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Herodoto Barbeiro 4 e

cote por parte dos países produtores. A divulgação do plano cai como uma bomba no meio político. A imprensa abre amplos espaços para reportagens e debates. Há resistência no mundo político e até mesmo nas forças armadas brasileiras identificadas com ideais nacionalistas. A proposta abre ampla possibilidade para a internacionalização da Amazônia. Outras indústrias, como a farmacêutica, também têm projetos para pesquisas e utilizar a grande biodiversidade para a produção de remédios. A proposta central é construir uma barragem de 2 quilômetros de extensão sobre o leito do baixo rio Amazonas, com 100 metros de profundidade. Através dele é possível, diz o Instituto Hudson, implementar o comércio com outros países e facilitar o escoamento dos minérios para os portos. Toda a bacia do Rio Amazonas seria transformada em um imenso lago. Há que diga que o projeto é inexequível e que isso poderia até mesmo alterar o equilíbrio do planeta pela imensa quantidade de água armazenada. Os danos sociais seriam imensos. Cidades como Manaus, Óbidos e Belém poderiam ser parcialmente inundadas. As populações ribeirinhas desapareceriam assim como toda flora e fauna da região. O chefe do Instituto, Hermann Khan, autor do livro O Ano 2000, é considerado um futurólogo. Opina sobre todos os assuntos que assustam a humanidade como a explosão populacional e um conflito nuclear entre a União Soviética e os Estados Unidos. A publicação de 1967 traz outros projetos próprios de um megalomaníaco. Khan, chegou mesmo a ser capa de O Pasquim, um jornal da oposição. Na medida que suas propostas são rejeitadas pelo bom senso e pela ciência, o tal plano dos lagos amazônicos vai para a estante da ficção política. E Khan se imortaliza uma vez que inspira o genial cineasta Stanley Kubrick a produzir o filme Doutor Fantástico e na cena final o personagem monta em uma bomba atômica e se lança com ela sobre uma cidade da União Soviética. Faz 54 anos que o livro foi lançado.

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GENTIL GIGANTE

jornalismo

Blues Zones Sardenha

Silvia Triboni

Viajante Sênior e Repórter 60+ Fotos enviadas pela colunista

Acredito que você já saiba o que são, e onde estão localizadas as Blue Zones, certo?! Aquelas 5 regiões do mundo em que as pessoas chegam aos 100 anos, ou mais, e com muita saúde! Agora, caso não saiba, vou lhe contar aqui um pouco do que tenho aprendido sobre os achados e sobre as pessoas super longevas habitantes daqueles locais que tanto despertaram o interesse de pesquisadores do envelhecimento. Blue Zones: Sardenha Interesso-me muito por tudo que possa nos inspirar a construção de nosso bom envelhecimento, razão pela qual saber mais sobre as Blue Zones é algo que me desperta uma grande vontade de conhecer os estudos e as pessoas avaliadas pelos pesquisadores que identificaram estes povos extraordinários.

O trabalho por eles já realizado é vasto, e as Blue Zones, onde as pessoas centenárias vivem, estão espalhados pelo mundo. Assim, para que eu me aprofunde nestes conhecimentos, precisarei de muito esforço, dedicação e disposição para viajar. Sem problemas! Decidi-me, então começar a minha exploração rumo aos segredos da vida longa e saudável. Comecei pelo estudo da Sardenha, na Itália, a primeira região declarada Blue Zone. Não posso deixar de dizer que iniciei meus estudos pela Sardenha por interesse pessoal uma vez que sou cidadã italiana e sinto-me feliz por imaginar que meus ancestrais possam ter vivido naquela ilha italiana. Quem sabe eu, e meus filhos, possamos ter herdado alguma condição que nos ajude a viver longamente e com saúde. Será? Será que o fator genético é significativo para que os habitantes das Blue Zones vivam tão bem e por tanto tempo? Da leitura deste artigo você saberá a resposta. Não quero antecipar nada.

Mas, quero contar que já tenho passagem comprada para a Sardenha, e, em breve, e se tudo correr bem quanto às res-

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Por ora, deixo aqui uma síntese sobre as Blue Zones para que você se inteire do assunto, e me acompanhe nesta nova aventura que, ao final, nos proporcionará conhecimento, aumento da auto-estima e, quem sabe, algo mais para que nos leve a viver até os 100 anos com saúde e alegria.… ou mais. O que são e como surgiram as Blue Zones? Blue Zones (zonas azuis) é um termo não científico dado a regiões geográficas que apresentam habitantes que atingem idades muito mais elevadas em comparação ao resto do mundo. São pessoas que vivem com mais de 90 e 100 anos. O termo apareceu pela primeira no artigo do jornalista Dan Buettner, de novembro de 2005 da revista National Geographic, “The Secrets of a Long Life”. O conceito das Blue Zones surgiu a partir do trabalho demográfico feito pelos pesquisadores Gianni Pes e Michel Poulain descrito no jornal Experimental Gerontology, que identifica a província de Nuoro na Sardenha como a região com a maior concentração de homens centenários. (fonte: Wikipedia). A partir do trabalho dos demógrafos Pes e Poulain, o jornalista Dan Buettner ampliou o alcance do termo ao publicar artigo na edição de novembro de 2005 da revista National Geographic, “The Secrets of a Long Life”, em que incluiu outras 4 áreas de longevidade.

As 5 Blue Zones, descritas por Buettner são: 1. “Icaria (Grécia) 2. Ogliastra, Sardenha (Itália) 3. Okinawa (Japão) 4. Península de Nicoya (Costa Rica) 5. Os Adventistas do Sétimo Dia em Loma Linda, Califórnia (EUA)

Embora essas sejam as únicas áreas discutidas no livro de Buettner, já se sabe que há outras áreas com pessoas 100+ a viverem com qualidade de vida ímpar. Sardenha – a primeira Blue Zone identificada O trabalho inicial que inspirou Dan Buettner a pesquisar e escrever sobre as Blue Zones decorreu dos resultados das pesquisas de dedicados estudiosos da vida dos habitantes da Sardenha, na Itália. Tudo começou em 2004, na ilha da Sardenha, quando uma equipe de pesquisa com profissionais de diferentes áreas começou a investigar uma peculiaridade genética rara de seus habitantes: o marcador M26. Constataram que este gene é ligado a longevidade excepcional dos residentes daquela ilha, um gene que permaneceu imutável nos habitantes daquele lugar. Entretanto, descobriram, também, que não só a genética dos sardos era responsável pela longa e saudável vida dos habitantes. Constataram ser a vivência cultural isolada razão de terem até hoje um estilo de vida saudável e muito tradicional. Caçam, pescam e colhem os alimentos que comem. Eles permanecem próximos de amigos e familiares ao longo de suas vidas. Eles riem e bebem vinho juntos.

E ainda, segundo os pesquisadores, na Sardenha a demência em seus habitantes centenários é algo raro. É fato que o envelhecimento afeta as nossas funções cerebrais, sendo estimado que 60 a 70% das pessoas idosas sofram com demência. Entretanto, naquela ilha somente 1/3 da população tem demência, ou seja, 2/3 dos sardos possuem capacidades cerebrais normais. Por que essas regiões de chamam Blue Zones? Vimos até aqui que a Sardenha foi a primeira região identificada como Blue Zone, sendo o Professor Giovanni Pes um dos pioneiros das pesquisas e dos achados. É interessante saber a razão da escolha do nome “Blue Zones” para identificar as localidades de pessoas ultra longevas. Segundo Pes, a escolha da cor azul (blue) decorreu das marcações que faziam nos mapas para identificar demograficamente onde os estavam as pessoas 100+. Não foi inspirado pelos mares azuis claros, ou pelo azul do céu da Sardenha, mas sim porque marcava um ponto no mapa com um marcador azul cada uma das pessoas que identificava. Depois de 6 meses, uma nuvem de pontos azuis se formou no mapa e aí decidiram chamar de zona azul (Blue Zone) onde os longevos se aglomeravam. “Era apenas a única cor de caneta que ele tinha em sua mesa. Um por um, os pontos azuis se acumularam até surgir uma névoa de tinta azul cobrindo uma área geográfica. Esta neblina, depois de muito ceticismo e descrença, mais tarde se tornaria a primeira Zona Azul do mundo. “ Giovanni Pes é pesquisador sênior do Departamento de Medicina Clínica e Experimental da Universidade de Sassari, Sardenha, Itália, cofundador da Blue Zone da Sardenha e expert em longevidade. Em entrevista concedida ao site Preferred Magazine, Dr. Pes afirmou: “Durante décadas, acreditava-se que a longevidade era atribuída a fatores genéticos, mas a variabilidade da vida útil, segundo estudos recentes, mostra que aproximadamente 10% é atribuída aos genes. O resto depende de fatores não genéticos.” Quais são os fatores não genéticos que garantem a longevidade na Sardenha? Na entrevista citada, o ilustre Professor Pes revelou valiosas informações acerca do estilo de vida do povo centenário sardo (da Sardenha). Veja só: “Acho que podemos aprender muito com centenários da Sardenha. A sopa da Sardenha, a clássica minestrone, por exemplo, é rica em vegetais e batatas. Às vezes as batatas não são consideradas saudáveis porque podem aumentar o nível de açúcar no sangue, mas como os centenários colocam um pequeno pedaço de banha na minestrone, essa banha diminui a absorção de açúcar, de modo que até mesmo as batatas podem ser consideradas bastante saudáveis, pelo menos na sopa da Sardenha. Minhas recomendações são essencialmente três: 1) Aumentar a atividade física. Acorde de manhã cedo, caminhe de forma consistente sem interrupção. 2) Coma alimentos produzidos localmente, como queijo, coma carne (muito raramente). Durante minha entrevista com

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