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Cidália Aguiar (CAPA) 35 e

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Ebe Fabra 93 e

Ebe Fabra 93 e

Fotos: Cidália Aguiar Aguiar.pela.arte https:// momentoscidaliaaguiar. wordpress.com/ No mosteiro, junto à entrada do refeitório, pode encontrar uma fonte. Diz a lenda que se colocarmos a mão na pata do leão ele se realiza, não perde por experimentar! Se o desejo não se realizar, não fique triste. Tem logo ao lado um famoso local onde pode esquecer as mágoas saboreando um dos doces mais famosos de Portugal, o pastel de nata! Pastéis há muitos Embora existam pastéis de nata em todas as pastelarias de Portugal, o de Belém é famoso. A receita dos pastéis de Belém terá surgido no Mosteiro dos Jerônimos e com a dissolução das ordens religiosas, passou a ser comercializado em Belém. Dizem que a receita surgiu como uma forma de aproveitar as gemas, que sobravam da fabricação de hóstias, que eram feitas com farinha e clara de ovo. Com a extinção das ordens religiosas em Portugal, em 1834, a receita dos pastéis terá saído do Mosteiro. Reza a lenda que havia um confeiteiro, dono de uma refinaria de açúcar — Domingos Rafael Alves — que se tornou amigo de um pasteleiro que trabalhava no Mosteiro dos Jerónimos. A determinada altura o confeiteiro contratou o pasteleiro desempregado — detentor da receita dos pastéis. O pasteleiro passou a trabalhar de noite até de madrugada, tendo a patente da receita sido registada um pouco mais tarde e mantida em segredo até hoje. À medida que a produção foi aumentando, tornou-se necessário contratar mais empregados e a fuga do segredo da receita era algo que não podia acontecer! Cada novo pasteleiro tinha que fazer um voto e assinar um acordo em que se comprometia a não revelar o segredo dos pastéis. Foi assim que desde 1837 os pastéis de Belém começaram a ser vendidos na loja da refinaria, seguindo a receita secreta do Mosteiro, que se mantém igual até hoje. Embora fosse distante da cidade de Lisboa, era uma região muito importante naquela época e atraía muitas pessoas, que desde então se habituaram aos deliciosos pastéis de Belém. Hoje em dia, é uma verdadeira tradição. Felizmente, nunca ninguém revelou o segredo, que se mantém dentro das paredes da fábrica. E nos dias que correm, produzem-se cerca de 14 mil pastéis por dia. Os pastéis de nata ou de Belém são uma das mais populares especialidades da doçaria portuguesa. Embora se possam saborear pastéis de nata em muitos cafés e pastelarias de Portugal, a receita original é um segredo exclusivo da Fábrica dos Pastéis de Belém. Fica o convite: venha saborear os pastéis, ainda quentes, polvilhados de açúcar em pó e canela! Fontes: https://www.ecotravel. pt/blog-viagens/ http://www.monumentos.gov.pt/site/app_pagesuser/sipa.aspx?id=6543

Outros blogues/páginas da autora: https://www.facebook.com/ Aguiar.momentos https://www.instagram.com/aguiar.pela.arte/ http://urbanscidalia.blogspot.com/ https://www.pinterest.pt/cidaliaaguiar/ https://www.facebook.com/cidalia.aguiar/

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Conversando sobre economia Cada um “puxa a brasa para sua sardinha”

Edson Covic Economista

Um sistema é um conjunto de componentes, organismos ou entidades que se relacionam entre si num fluxo contínuo com finalidade de cumprir um objetivo definido com eficiência. A boa integração nesse relacionamento chama-se sinergia e a falta dela pode levar a mau funcionamento, falência ou morte do sistema. Como compreender o sistema econômico mediante os mais diferentes agentes que se relacionam numa competição por vezes predatória? W.Chan Kin e Renée Mauborgne publicaram o livro A Estratégia do Oceano Azul – Editora Sextante - que trata do perigo da competição acirrada. A competição entre tubarões do mercado pode sangrar até o oceano ficar vermelho pela perda de lucratividade. O Oceano Azul é aquele em que a concorrência é baixa e os preços são os mais interessantes ao investidor. A visão do Oceano Azul refere-se a decisão do empreendedor que deve ser prudente e criativo em seu negócio. Decisões individuais resultam em vencedores e perdedores. Nas boas técnicas de negócio, entre comprador e vendedor, observou-se que as relações de confronto resultam em ganha/ perde e que a construção de parcerias é a melhor estratégia para as relações ganha/ganha. Mas a competição sempre formará um Oceano Vermelho na medida que a demanda se arrefece porque a lógica natural do mercado está na intersecção - oferta x demanda. Se a competição, por um lado é positiva no sentido de ser motivadora ao desenvolvimento,

magazine 60+ #38 - Setembro/2022 - pág.37

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