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João Aranha 13 a

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Ebe Fabra 93 e

Ebe Fabra 93 e

O jovem Gandhi quando estudava em Londres No seu entender a guerra objetivava apenas acrescentar mais territórios e implantar nesses territórios a escravidão, sempre com o intuito de fazer prevalecer os interesses econômicos em detrimento do bom senso e da consciência de cada um. Thoreau diz: “Deve o cidadão por um momento sequer, ou num grau mínimo, renunciar à sua consciência em prol do legislador”? A desobediência civil visa, de forma não violenta, sensibilizar a opinião pública, encorajando-a para que reaja frente a leis injustas, não colaborando com o dano que ela mesma condena. Embora ilegal, atitudes de desobediência civil não são antijurídicas. Não é resistir aos governos democraticamente eleitos, mas se posicionar no sentido de reforçar o vínculo entre a sociedade civil e o poder constituinte. Propõe ser um catalisador de coragem, uma solução democrática de afirmação da cidadania, uma transformação melhor e mais justa da vida em sociedade.

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Por se negar a pagar o imposto que julgava injusto e que feria sua consciência, Thoreau foi preso e na solidão do xadrez meditava, a respeito da pena que lhe havia sido do imposta, como se ele fosse apenas composto de carne e osso, ignorando o sentido moral e intelectual de um homem, cujos ideias extrapolavam os limites físicos e deveriam perdurar pela eternidade. Observação: O Manual da Desobediência Civil de Henry David Thoreau costuma ser parte integrante de sua obra Walden ou A Vida nos Bosques, publicado em 1854, considerado um dos cem livros mais edificantes para a humanidade.

Talvez, sem Thoreau, não teríamos tido a filosofia da resistência não violenta de Gandhi, não atentaríamos para o papel que uma voz isolada representa contra as guerras de conquista e da escravidão, além de chamar à nossa razão para uma necessária atenção para os cuidados com o meio ambiente e, principalmente, relembrar o respeito à liberdade individual e ao direito às diferenças e à diversidade.

Cuidado, Cuidador e cuidados com a relação! (parte IV)

Sandra Regina Schewinsky

Psicóloga - Neuropsicóloga

Meus queridos, acidentes e doenças podem ocorrer em qualquer fase da vida! O processo de adoecimento, bem como o de envelhecimento, não é fácil. Seguimos com as questões relativas à arte de cuidar, agora com as falas de quem recebe os cuidados, aqueles que chamamos de pacientes. Até agora acompanhamos profissionais e familiares com testemunhos que vão de profundo agradecimento a descontentamentos com atitudes e comportamentos, mas como se sentem as pessoas adoentadas ou com deficiências incapacitantes? Farei aqui uma lista de algumas respostas que obtive:

1- Acho ótimo ter cuidadora, pois não fico sozinha. 2- O mais importante de ter cuidador é ter com quem conversar. 3- Se ela não estivesse comigo eu não teria melhorado, pois agora é remédio na hora certa, comida especial, banho e cuidados com minha pele e saúde geral, qualquer coisa a cuidadora corre e avisa para me levar ao hospital. 4- Muito legal, saímos para caminhar na calçada, posso passear um pouco e fazer minhas coisas, sem atrapalhar meu filho no trabalho dele. 5- Tenho três cuidadores um é sensacional, mas dois me irritam. Um é mandão, vem me cutucando, mexendo na minha fralda sem me consultar ou pedir licença, o outro é apático só faz alguma coisa

magazine 60+ #38 - Setembro/2022 - pág.15

*1 O Uripen, também conhecido como sonda de camisinha, é de borracha, que se encaixa no pênis e se conecta a uma bolsa coletora de urina. *2 Disreflexia autonômica nhal é uma reação exacerbada do sistema nervoso autônomo a uma espinhal, causando aumento de pressão arterial (hipertensão) de risco à vida.

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