ILUSTRAÇÃO MANU DUARTE
Recife chegará aos 500 anos do jeito que o povo quer Com a responsabilidade de ser a primeira capital do país a completar 500 anos, o Recife começa a desenhar o futuro que quer alcançar.
Secretário Antônio Alexandre diz que modelo antigo não serve mais; é preciso fazer o novo
O aniversário ainda está longe, em 2037, mas a Prefeitura da Cidade já começou a preparar a comem-
paradigmas. O aniversário de 500 anos do Recife serve como referência para
oração. E o melhor: cada morador
discutirmos um projeto de futuro. Esse plano, a médio e longo prazo, é o
pode sugerir o presente, que virá em
planejamento estratégico da cidade, e não de uma gestão”, afirma o secretário
forma de melhorias para a própria
de Desenvolvimento e Planejamento Urbano do Recife, Antônio Alexandre.
cidade. É dessa forma que vai funcionar o projeto Recife 500 anos, que entrou em ação para construir um planejamento estratégico urbano pa-
Inclusão social e desenvolvimento humano; espaço urbano e mobilidade; desenvolvimento econômico; sustentabilidade ambiental; e serviços públicos. São esses os cinco eixos centrais das intervenções previstas pelo plano. O
ra a capital pernambucana, através
objetivo do projeto é promover a melhoria da qualidade de vida da cidade.
de ativa participação popular.
Nesse desafio, a sociedade tem o papel de sugerir suas ideias, que podem
“Os diversos segmentos que pens-
ser enviadas para o site do projeto. A partir deste ano, através de audiências
am a sociedade têm a clareza de que o atual modelo de desenvolvimento não oferece respostas para a cidade em termos de qualidade de vida. Não há visão de futuro. Existe um consenso de que precisamos de novos
públicas e reuniões administrativas, haverá a coleta e a discussão sobre as novas ideias dos cidadãos recifenses. “Será um modelo de participação através de diversos canais, tanto presenciais como virtuais. O poder público terá o papel de coordenação e geração dos produtos”, explicou Antônio Alexandre. Ainda segundo o secretário, existem ações emergenciais, que precisam ser implantadas dentro dos quatro anos de uma gestão, e outras estruturadoras, que envolvem grandes temas como a mobilidade urbana. “É uma fase de transição: o modelo antigo não serve mais; é preciso fazer o novo”, arrematou. O prefeito Geraldo Julio também comentou sobre a ação: “Nós seremos incentivadores; queremos que toda a população se envolva para que o plano represente o desejo dos recifenses”.
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