O [i] MUNDO
DA VOLUNTÁRIOS
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Trabalho de Conclusão de Curso Arquitetura e Urbanismo Autor: Manuella Haygertt Orientação: Dr. Fernanda Moscarelli Prof: Me. Arq Patrícia Moreira
“Acidade é o espaço ideal do habitat humano. Ela precisa ser projetada. As coisas não podem acontecer como um caso histórico, com desvios de interesses particulares; temos que acomodar as populações no seu melhor arranjo dentro das cidades, e não só vender terrenos, como querem os especuladores imobiliários(...) A cidade é para todos. São os impostos que pagam o asfalto, o esgoto, o transporte coletivo e não individual; pois, como sabemos, o automóvel entope as ruas, não se anda e ainda polui a atmosfera. Isso acontece em Londres, Amsterdã, Milão, São Paulo, não tem nada a ver só com o terceiro mundo.” Paulo Mendes da Rocha em maquete de Papel.
Em um contexto de crescente densificação, expansão das cidades e agravante da problemática do resíduo sólido, a resposta encontrada por “cidades exemplos” tem sido projetos de intervenções sustentáveis, que dialogam entre o processo econômico, ambiental e social. Assim, o presente trabalho propõe ações na esfera do urbanismo e da arquitetura que podem interagir de forma a minimizar a problemática que a sociedade, em toda sua história, trouxe enquanto agrupamento humano: o resíduo sólido. Para pesquisa é analisado o mundo da reciclagem, as unidades de triagem de Porto Alegre, a condição de vida de quem trabalha com a reciclagem, os programas da prefeitura e os projetos de grupos coletivos que visam uma mudança na cidade através da educação ambiental. O estudo se delimitará na região do 4º distrito de Porto Alegre, local que sofre com o abandono do patrimônio industrial, falta de vitalidade urbana, mas que viu crescer ao longo dos anos a presença de empresas e cooperativas com foco no manejo dos resíduos sólidos. Mais precisamente o projeto de intervenção é delimitado à Avenida Voluntários da Pátria, pois trata-se de uma área com alta concentração de patrimônio histórico e potencialidades de conexão com outras áreas, além de reunir mãode-obra e impresas que trabalham com a reciclagem, sendo reflexo do 4º distrito. Pretende-se enfim, a apresentação de uma proposta que tire partido das forças e das fraquezas desta região, intervindo na macro escala: no perímetro da Avenida Voluntários da Pátria; e na microescala: em 04 pontos estratégicos, que serão designados como Clusters que designarão papel fundamental de conector e desenvolvimento do percurso da Av. Voluntários da Pátria . O trabalho se organiza na seguinte forma: Problemática e Justificativa, na qual se estuda a configuração da cidade contemporânea e suas problemáticas, o resíduo sólido e sua resiliência, projetos da prefeitura, as unidades de triagem e os coletivos no 4º distrito; Objetivos; Conceito e Diretrizes; Local de intervenção : análise morfológica, geográfica e sócio econômica; Material de repertorização: entendimento de pontos positivos e negativos de outros Clusters e intervenções urbanas; e prédimensionamento da proposta.
Projeto de Conclusão de Curso de arquitetura da Aluna Manuella Haygertt Orientação: Dr. Arq. Fernanda Moscarelli Prof: Me. Arq Patrícia Moreira
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SUMÁRIO 1. Introdução.............................................04
1.1 Resíduo Sólido.........................08
1.2 Resiliência do Resíduo Sólido..09 1.3 Vontade Pública......................10
2. Análise..................................................12 3. Condicionantes.....................................14 4.Conceito.................................................16 5.Objetivos................................................18 6. Estratégias.............................................19 7. Análise de Projeto..................................20 7.1. Percurso..................................20 7.2. Clusters...................................22 7.3. Módulos.................................32 8. Repertório..............................................34 9. Considerações Finais.............................38 10. Referência Bibliográfica.......................38 11. Anexo...................................................39
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CIDADE: PORTO ALEGRE POPULAÇÃO: 1,409 milhões (2010)
Com o aumento populacional das cidades e a crescente abordagem de suas infraestruturas para suprir as demandas da população, o questionamento sobre todos os processos neste estudo é: E o lixo? É proposto aqui, questionar qual o papel da arquitetura e do urbanismo para enfrentar esse vácuo de conexão entre a população e seu resíduo sólido. Saber como a sociedade interage com o resíduo possibilita a compreensão de como a sociedade interage também com a cidade. A educação ambiental, as formas de descarte, as tentativas de mudanças, tudo isso leva a entender como vivemos hoje. Como mostra o arquiteto Fuão “O lixo, enquanto lixo, é pura desordem, é aquilo que é jogado, expulso, eliminado, secretado, escondido, enterrado. Jamais o organizado(...) A deslocabilidade da gigantesca quantidade de lixo, sua trajetória
O QUÊ ACONTECE COM O RESÍDUO?? ?
dentro da cidade, revela a importância dele enquanto objeto de investigação, como rastro mesmo da superficialidade da vida, e organização das cidades. Da casa para rua, da rua afora, sempre mais para fora, excentricamente. Mas esse fora nunca é tão fora assim, esse fora é um fora momentâneo, é um logo após nosso campo de visão, de nossos olhos e de nossos narizes.”1 Com este questionamento a questão do reaproveitamento do lixo está intrínseca. Há poucos anos conhecemos maneiras novas de lidar com este insumo, e grandes cidades têm mudado sua visão para esta problemática. E para melhor entendimento do estudo é necessário compreender o conceito de sustentabilidade, termo este que guiará o projeto do início ao fim. A palavra sustentabilidade provém
O PROCESSO DE RESILIÊNCIA
O PROCESSO HOJE
INTRODUÇÃO
do latim sustentare que significa sustentar; defender; favorecer; apoiar; conservar, cuidar, sendo uma característica ou condição de um processo ou de um sistema que permite a sua permanência, em certo nível, por um determinado prazo. Este termo ganhou força apenas em 1972, na Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente Humano, realizada em Estocolmo e cunhado pela norueguesa Gro Brundtland no Relatório “Nosso Futuro Comum” (1987). A expressão é delineada com o objetivo de melhor eficiência e otimização dos recursos naturais que de acordo com esta definição deve “suprir as necessidades da geração presente sem afetar a possibilidade das gerações futuras de suprir as suas”. Assim, sustentabilidade é um conceito continuo que concilia os processos
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econômicos, ambientais e sociais. Sem uma das partes a sustentabilidade é inexistente. Juntamente com o termo sobre o ‘sustentável’, hoje acrescentamos a palavra ‘desenvolvimento’, para se referir a planejamento urbano nas cidades. O autor Carlos Leite declara que o desenvolvimento sustentável é o maior desafio e oportunidade do século 21. Reconhece que a cidade precisa atender aos objetivos sociais, ambientais, políticos e culturais, bem como os objetivos físicos e econômicos, equilibrando de forma eficiente os recursos necessários para seu funcionamento (seja nas fontes de entrada ou de saída) . Para melhor análise do termo é preciso entender os três pilares que sustentam o termo: o social, o econômico e o ambiental. SOCIAL| Trata-se do capital humano
da sociedade. Uma vez que a atuação humana é a maior responsável pelas alterações do planeta, deve se desenvolver ações de igualdade, equidade e de aspectos de bem estar em conjunto com o ambiental e a economia, visto que é imprescindível ver como a atividade econômica afeta as comunidades, contendo também problemas gerais da sociedade como educação, violência e até o lazer. AMBIENTAL| Refere-se ao capital natural . É necessário entender os efeitos de ações humanas no meio ambiente. Mudanças climáticas e até doenças podem ser gerados pelo impacto negativo da intervenção do ser humano na natureza. Nesse aspecto a sociedade deve pensar nas formas de amenizar impactos e compensar o que não é possível amenizar.
INTRODUÇÃO
até +de 1000 anos para decompor Minas do Leão insumos
COLETA PREFEITURA
R$125 mil/dia
Porto Alegre Minas do Leão FIGURA 01 Google Earth
UNIDADES TRIAGEM
100
de
viagens
DIÁRIAS
113 km para a cidade Minas do Leão, com carretas de 53 m³
de resíduo. Com isso, Porto Alegre gasta cerca de
INDUSTRIA
ECONÔMICO | Analisa-se a produção, distribuição, consumo de bens e serviços levando-se em conta os aspectos anteriores. Para o economista Paul Krugman (1991) a economia sustentável deveria seguir o ‘principio da interação’ onde os recursos deveriam ser utilizados de maneira mais eficiente possível para alcançar os objetivos da sociedade. Um dos problemas enfrentados hoje em cidades é a questão do resíduo sólido. O descarte em aterros sanitários gera um custo muito alto, custo esse que poderia ser aplicado em outros setores da cidade ou reverter para ganhos. Com o pensamento sustentável de maior duração de recursos, e visão deste insumo|resíduo como objeto de valor econômico, o presente trabalho
faz um apontamento sobre as unidades de triagem da capital gaúcha, possibilitando a compreensão de como esses agentes podem transformar de maneira sustentável a região que atuam. Na cidade de Porto Alegre, o gestor do manejo dos resíduos sólidos é o Departamento Municipal de Limpeza Urbana ( DMLU) realizando coleta seletiva e encaminhando para as Unidades de Triagem, que serão responsáveis pela separação, enfardamento e venda para a reciclagem. As Unidades de triagem são cooperativas, ou seja, são autogestionáveis. Há cerca de 20 unidades de triagem legais em Porto Alegre, na qual a prefeitura garante a manutenção, disponibilizando cerca de 2.500 reais por mês, valor este que é distribuído para os integrantes da cooperativa.
para manejo do resíduo sólido, entre valor
de deslocamento e valor de compra do serviço para em média
toneladas de lixo por dia. (90 reais por tonelada)
ATRAVESSADOR
CATADOR
reais diariamente
125 mil
As primeiras unidades de Triagem foram criadas na década de 70 (Ilha grande dos Marinheiros e Profetas da Beira Rio) tendo aumentado o número de unidades quando foi implementada a lei federal 12.305 em 2010 que deu o prazo de 4 anos para a extinção dos “lixões”. Apesar da quantidade de resíduo que a cidade produz diariamente, as Unidades de Triagem estão sofrendo processo de perda de entrada de material para trabalho. Com o aumento da demanda de produtos recicláveis pelas empresas, e com a crescente desigualdade social, o mercado informal cresceu, fazendo com que pessoas recolham o lixo antes dos caminhões da prefeitura e vendam para locais ilegais por valores consideravelmente menor que o das cooperativas.
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2,2mil
IMAGEM 01 Google Earth
Além da competitividade entre os informais e as cooperativas, as Unidades de Triagem foram concedidas pela Metroplan ( Fundação estadual de planejamento metropolitano e regional) através de Orçamento Participativo na década de 90, tendo pouca manutenção desde então, fazendo com que o local de trabalho se encontre em estado de péssimas condições e de forma geral, insalubre.
INTRODUÇÃO
Imagem 03- Ambiência da U.T R. Polônia ( foto autora)
IMAGEM 04 Autora - São Paulo
Imagem 02- trabalho exercido na Avenida (imagem Google Earth)
A cidade contemporânea é vista como um local dinâmico, democrático e como sugere o urbanista Carlos García Vasquez, uma ciudad hojaldre resumida em camadas, sendo cada uma delas uma percepção diferente como agente dentro do macro. Assim, o modelo contemporâneo de planejamento estratégico urbano tenta a aproximação de todos os agentes para melhor apropriação do espaço, gerando cooperação, vitalidade, segurança e identidade. As grandes cidades contemporâneas exemplos também são reconhecidas por serem cidades sustentáveis e cidades inteligentes, caracterizando a densificação, a eficiência de seus insumos e de seu consumo ambiental em contrapartidas adotadas.
A cidade de Porto Alegre vem nadando contra a corrente. O descaso com os pedestres e locais públicos estão tornando a cidade um local longe de se ter espaços para encontros e trocas, resultado da visão de edificações como elemento individual autocentrada, desencorajando a vida nas ruas e estimulando o uso do automóvel particular e do espraiamento urbano. Apesar de tudo, boas práticas de outras cidades se publicizam gerando discussões sobre a gestão e os projetos implementados em Porto Alegre. Fazendo com que a prefeitura revise seus projetos e se esforce para criar uma cidade mais humana e sustentável, a população vem se reafirmando através de coletivos e associações, resultando em
secretarias e projetos da prefeitura como: InovaPOA (), POAlixozero e o programa de orçamento Participativo. Como local de grande visibilidade, o 4º Distrito tem atraído discussões e projetos para sua revitalização. Em decorrência dos tantos estudos e propostas apresentadas pela Prefeitura de Porto Alegre para a região do 4º distrito, é escolhido a Avenida voluntários da Pátria, na qual permeia a borda do 4º distrito para análise. A região apresentada, ao Norte da cidade, compreende cerca de sete bairros, sendo eles: Centro, Marcílio Dias, Floresta, São Geraldo, Farrapos, Humaitá e Navegantes. Localizado as margens do Rio Guaíba é o conector da cidade com
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as regiões metropolitanas, pois abriga o trensurb, o aeroporto, a rodoviária, além de ser continuação da BR290 E BR160. A delimitação do terreno sendo o percurso da Avenida Voluntários da Pátria existente nos perímetros do 4º Distrito (não abrange parte do Centro Histórico de Porto Alegre) permeia por entre 4 locais que serão desenvolvidos como grandes projetos urbanos de reestruturação . Ao lado imagens das caracteristicas do 4 distrito, da direita para esquerda, de cima para baixo, mostra detalhes do bairro floresta até o humaitá, precebendo-se que a apropriação do morador através da arte ou dos poucos espaços disponíveis, é muito forte. Outro detalhe que as
imagens demonstram é a configuração de patrimonio his´tórico presente, lembrando que o 4 distrito é o maior acervo arquitetonico de Porto Alegre, com maior número de patrimonio histórico comparado a outros bairros.
INTRODUÇÃO UNIDADES DE TRIAGEM EM PORTO ALEGRE
LEGENDA : UT FORMAIS 1|Novo Cidadão 2|Anjos da ecologia 3|Paraíba (imagem 2) 4|Mãos dadas com a ecologia 5|ANITA 6|Frederico Mentz 7|COADESC 8|Ilha Grande dos Marinheiros 9|Aterro Norte 10|São Pedro 11|Vila Pinto 12|Vila Pinto 13|Novo Chocolatão 14|Rubem Berta 15|Santíssima Trindade 16|Campo da Tuca
N 12 3 4 5 8 6 7
20
17 19 18
10 16 11 12
21
9 13 14
15
N
Marcílio Dias
Imagem 02
17|UTC Lomba do Pinheiro (também trabalham com compostagem) 18|Restinga 19|COOPERTINGA 20|Cavalhada UT INFORMAIS 21|Vila Santo André
4 DI
02
Imagem 01 03 Imagem 03
04
Floresta
São Geraldo
PORTO ALEGRE
STR ITO 05
06
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Navegantes
Humaitá
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Farrapos
RESÍDUO SÓLIDO
Imagem 04- curta-metragem Jorge Furtado Ilha das Flores fonte: Youtube.com
“Deus não existe. Existe um lugar chamado ilha das flores” Assim começa o documentário de Jorge Furtado sobre o lixão da Ilha das Flores- Porto Alegre. De maneira sarcástica e bem humorada Jorge Furtado mostra a realidade de quem vive dos dejetos que a cidade expele, sobre o desperdício de comida e a produção descontrolada de lixo. O documentário que foi produzido em 1989 pode vir a não ser considerado atual, pois a partir de 2002 começa no Brasil a lei que tenta acabar com os lixões. Mesmo assim, o cineasta retrata como vive a população que não tem condições nem amparo para mudar de vida. A população mostrada no documentário,
que já vivia em situação de risco, migrou para as zonas marginalizadas em Porto Alegre, vivendo ainda assim com o que o resíduo lhe proporciona. Com isso pode se dizer que o resíduo sólido é muito mais que uma questão somente de consumo, é também apropriação local e renda para quem vive a parte do sistema. O Comitê Interministerial para Inclusão Social e Econômica dos Catadores de Materiais Reutilizáveis e Reciclaveis ( CIISC ) desenvolveu uma cartilha de como incluir o catador de material reciclável no processo de coleta Seletiva, mostrando para os gestores público que é necessário
repensar todo o processo de reciclagem e de gestão do resíduo incluindo quem vive deste trabalho. Estudos realizados pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) estimam que existam de 400 a 600 mil catadores no Brasil. Cerca de 10% do total estão organizados em associações e cooperativas. Como mostra a cartilha os grupos organizados na forma de redes de comercialização têm conseguido um bom êxito na comercialização – hoje são cerca de 30 redes, composta por cerca de 12 mil catadores, fomentadas por programas de órgãos do Governo Federal que compõem o Comitê Interministerial de Catadores de Materiais Recicláveis e Reutilizáveis(CIISC).
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Imagem 05- Pavilhão Coréia- Bienal de Arquitetura em Veneza (2016) Fonte: Archdaily
Mesmo levando em consideração os baixos níveis de organização dos grupos de catadores, o volume de materiais recicláveis que chega às indústrias corresponde ao trabalho realizado por estes trabalhadores. Além disso, a atuação dos catadores desonera o município ao aumentar o tempo de vida útil dos aterros, contribuindo também para diminuir a emissão de gases de efeito estufa. Assim, o presente trabalho trás propostas de como é possível ter um sistema integrado de gestão dos resíduos se for respeitado todas as nuances deste processo. A segunda imagem é na Bienal de Arquitetura de Veneza do ano de 2016
do pavilhão da Coréia, em que vários expositores deste país abordam um elemento como forma de protesto, e um deles é o resíduo.
RECICLAGEM E CRIAÇÃO COMO RESILIÊNCIA
Imagem 06- Parque Sitiê Fonte: www.parquesitie. org
“Localizado no coração da favela do Vidigal no Rio de Janeiro, o Sitiê é um Parque Urbano de 8,500m2 e um instituto para o Meio Ambiente, Artes e Tecnologia com origem, liderança e apropriação comunitária(...)Em 1986, seis famílias invadiram a área e começaram a sua degradação, agravada em 2003 quando a prefeitura demoliu as casas mas falhou em remover os entulhos. Por 20 anos, um total de 16 toneladas de lixo, incluindo eletrodomésticos, vigas de metal e animais mortos, foram acumuladas. Frente ao lixão, Mauro Quintanilha, residente nascido e criado no Vidigal, ficou gradualmente frustrado e preocupado sobre sua saúde
e a da comunidade. Com só 0.25m2 de espaço público por habitante numa área de terreno extremamente íngreme, não só a limpeza como também a demanda por espaços públicos verdes para bemestar, cultura e lazer era uma necessidade urgente. Em 2006, ao invés de ir embora, Mauro decidiu começar a limpar a área com a ajuda de Paulo Cesar de Almeida(...)Eles começaram um processo de reflorestamento, incluindo mudas advindas do Jardim botânico, e começaram áreas para agricultura urbana, levando o Sitiê a ser reconhecido como a primeiraagro-floresta do Rio de Janeiro em 2012. Sob a liderança de Mauro, a comunidade
havia conseguido não só transformar o lugar mas também se transformar ao mudar sua cultura passando de vetor de degradação a protetora da floresta.” O caso de Sitiê no Rio de janeiro demonstra como é possível revitalizar um espaço através da apropriação coletiva. Outro dado importante de sse caso, é que todo o lixo que retiravam ou vendiam ou usavam para o design de mobiliário para o parque. O grande sucesso do Parque e Instituto Sitiê se atribui ao fato que este foi criado e continua sendo liderado pela comunidade enquanto incorpora profissionais altamente treinados na sua equipe.
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Imagem 07- Marca Upcycling do estilista Daniel Silverstein
Outros casos de responsabilidade ambiental são as industrias criativas com o foco sustentável, alguns designers chamam esse processo de reciclagem de UPciclyng, processo de criar algo novo a partir de itens antigos ou descartados. Grandes marcas e designers tem tido essa papel consciente no mercado. Daniel Silverstein é um estilista de Nova York e fabricante de roupas com zero resíduos. Em 2016, Silverstein pretende resgatar 3 toneladas de retalhos têxteis que sobram das confecções. Isso é suficiente para fazer cerca de 6.000 peças da sua marca Zero Waste Daniel/ZWD. O exemplo na arquitetura se dá através da construção
Imagem 08- Utilização de containers na construção civilarc
limpa usando containersmarítimos, em que se usa a estrutura para reutilizar em diferentes disposições.
VONTADE PÚBLICA
Legenda PONTOS COLETIVO Industria
Legenda
PONTO ARTE
PONTOS
PONTO ESPORTE
COLETIVO
PONTO GASTRONÔMICO
Industria PONTO ARTE
PONTO INSTITUCIONAL PONTO MOBILIDADE
PONTO ESPORTE
PONTO RELIGIOSO
PONTO GASTRONÔMICO
Unidade de triagem
PONTO INSTITUCIONAL PONTO MOBILIDADE
URB_bairros_PDDUA2010_wgs84 URB_quarteirao_PDDUA2010_wgs84
PONTO RELIGIOSO Unidade de triagem
250
0
250
500
750
1000 m
URB_bairros_PDDUA2010_wgs84 URB_quarteirao_PDDUA2010_wgs84 250
0 250 500 contemporâneo 750 1000 m “No mundo deste inicio de século, estamos perante desafios complexos, polarizações e desigualdades entre cidades e regiões. Para despoletar o potencial criativo de maneira a respondermos as mudanças dos contextos culturais, econômicos, sociais, tecnológicos e globais em que vivemos, é necessário o desenvolvimento de estratégias públicas, organizando, federando e criando parcerias com os diferentes atores do setor. É neste âmbito que o conceito de economia criativas e culturais está a crescer como uma interface entre cultura, economia, tecnologia e criatividade” Shelag Wright em “ Mapping the creative industries: a toolkit” . O contexto econômico recessivo e de
incertezas que atualmenteo Brasil apresent, propicia conforme já verificado no passado, que o homem se reinvente. Na procura de novos caminhos é possível proporcionar perspectivas inovadoras em resposta aos desafios através da criatividade. Com isso o projeto se apresenta em diferentes escalas podendo se ajustar para cada tipologia ou do desejo coletivo. As fotos ao lado demonstram as características de apropriação do local através de diferentes manifestações. Manifestações essas a serem exploradas. Outro ponto importante do projeto e da analise é a percepção de vontades públicas para esta região. A criação de coletivos tem sido uma saída para artistas, administradores, arquitetos,
enfim, diferentes ramos, se reinventarem para tentar fazer da região um local mais vivo. A recuperação de zonas através de um pensamento ambiental também tem sido o foco deste coletivos. A zispoa ( zona de inovação sustentável) o Lixo Zero ( programa que quer transformar o bairro São Geraldo em lixo Zero até 2030) e algumas casa colaborativas como o Vila Flores, Casa pandorga tem sido exemplos de resiliência através da criatividade e de um pensamento sustentável para com a cidade.
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VONTADE Pร BLICA
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ANÁLISE- DIAGNÓSTICO DO PEDESTRE
A
B
Imagem 10- Bairro Floresta
Imagem 09- Bairro Floresta
D
A
D
Imagem 13- Bairro São Geraldo
Jan Gehl nos mostra como projetar cidades com vitalidade, seguras e saudáveis. Mostra no livro Cidade para as pessoas como é importante reforçar a vida na cidade através da importância de áreas térreas. A cidade de Estocolmo para mapear e avaliar os pisos térreos das edificações desenvolveu uma escala de cinco níveis para registrar e avaliar estas edificações. Muitas cidades tem se utilizado destes métodos para avaliação da atratividade das áreas térreas para desenvolver a qualidade nos espaços urbanos.
E
Imagem 11- Rua Paraíba
E
Imagem 14- Bairro São Geraldo
A- ATIVO Pequenas unidades, muitas portas (15-20 portas a cada 100 m) Ampla variedade de funções Nenhuma unidade cega e poucas unidades passivas Muitos detalhes no relevo da fachada Predominância de articulação vertical da fachada Bons detalhes e materiais
B- CONVIDATIVO Unidades relativamente pequenas (10-14 portas a cada 100m) Algumas variações de funções Poucas unidades cegas e passivas Relevo na fachada Muitos detalhes
Imagem 12- Bairro São Geraldo
E
Imagem 15- Bairro Navegantes
C- MISTO Unidades grandes e pequenas (6-10 portas a cada 100m) Modesta variação de funções Algumas unidades passivas e cegas Relevo modesto na fachada Poucos detalhes D- MONÓTONO Grandes unidades, poucas portas (2-5 portas a cada 100m) Variação de função quase inexistente Muitas unidades cegas ou desinteressantes Poucos ( ou nenhum) detalhes
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Imagem 15- Bairro Navegantes
E- INATIVO Grandes unidades, poucas (ou sem) portas (0-2 portas a cada 100m) Nenhuma variação visível de função Unidades passivas ou cegas Fachadas uniformes, nenhum detalhe, nada para se ver.
ANÁLISE Conforme analisado (Anexo 01) a Avenida Voluntários apresenta grandes cheios urbano, decorrente da área industrial predominante na Área. Por ter elementos construídos de grande porte a morfologia dos quarteirões são diversas, o lote pode variar de 100m por 600 m, sendo trajetos longos a ser percorrido, motrando na maioria de seus pontos a falta de planejamento e preocupação para o pedestre e para quem habita os entronos da via. Com largura média de 10m de via, e 3m a calçada, a via se apresenta como via arterial, porém é visto que em horários de pico não atende a demanda para o tráfego de automóvel particular. Além disso, a Avenida Voluntários não tem um bom aproveitamento das linhas de ônibus, e apesar de 2 estações do trensurb serem ou muito próxima ou na avenida, o percurso até as estações se encontram inseguros e, como falado anteriormente, debilitada para o passeio peatonal. É importante entender como o 4 distrito se tornou identidade de degradação e abandono para Porto Alegre. o 4 distrito manteve até a decada de 30 a configuração de local de lazer, com chacarás e identificada como zonas das chamines ( pelo grande acumulo de industrias) e pela sua multiculturalidade ( era porta de entrada para os imigrantes que trabalhavam nas fabricas) Logo com a criação da ferrovia as industrias se transferiram para o Litoral ( já não havia mais necessidade de entrar mercadorias pelo porto) fazendo com que se instalassem em outras cidades e levando alguns trabalhadores que eram morades desta região. Também ajudou a setorização do plano diretor em 1959, não dando a possibilidade de usos misto para a região.
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Construção da Rodoviária central
1999-
-1959
Inauguração da Ponte do Guaíba
Novos Atrativos na região
-2010
Inauguração do Trensurb
-1980
Plano DiretorSetoriza a cidade - 4o distrito é designado como industrial
1969-
Plano Gladosh
1938-
1938-
Ascenção do Polo Industrial no 4o distrito
Ampliação da Avenida Farrapos
-1940
Companhia Territorial PortoAlegrense loteou, abriu e nomeou vias da região
-1895
Pós revolução FarroupilhaConstrução do Porto e chegada de imigrantes
1880-
1850
Construção da Primeira Ferrovia
-1870
LINHA DO TEMPO
Novo Plano Diretor
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DENSIDADE +RENDA
RENDA TERRENO
DENSIDADE: A Densidade média de Porto Alegre equivale 2.837 habitantes por km (IBGE,2010) Para análise, os bairros com maior densidade são: em primeiro lugar o bairro Farrapos, em segundo Floresta e em terceiro o bairro São Geraldo. RENDA: Renda média de Porto Alegre equivale a 5,3 salários minimos por pessoa (IBGE, 2010). ANALFABETISMO: Conforme analise gráfica, é possível compreender que o analfabetismo se dá em regiões mais pobres e densas VALOR MÉDIO DO TERRENO: Os valores da m² do terren o no 4º distrito comparado a outros bairros próximos é relativamente baixo. Decaindo o valor no bairro Farrapos, bairro com menor renda e maior densidade. CONDICIONANTES DE PROJETO O território de análise faz parte do chamado Corredor de Desenvolvimento e Corredor de Urbanidade do Plano Diretor de Porto Alegre. Corredor de Desenvolvimento : (...) Considerando a sua excepcional potencialidade para se tornar, pela sua localização estratégica, um pólo de importância regional. Excelentes condições de acesso pelas BRs 116 e 290 e pelo Rio Gravataí, as presenças do complexo Trensurb, da CEASA e do Aeroporto Internacional Salgado Filho, juntamente com a disponibilidade de grandes vazios urbanos para empreendimentos econômicos sustentáveis, representam oportunidades fundamentais para o desenvolvimento urbano desta região. Corredor de Urbanidade : é o espaço que circunda o Centro Histórico, onde estão situados bairros e lugares significativos em termos de patrimônio histórico e cultura. O Regime urbanístico é regulado pelos seguintes dispositivos de controle: I- Índice de aproveitamento (IA), II- Solo criado (SC), e quota ideal mínima de terreno por economia (QI); III- Regime volumétrico; recuos de ajardinamento e viário; garagens e estacionamento. O Indice de aproveitamento ou IA é o instrumento de controle urbanistico , no lote, das densidades populacionais previstas para as unidades de estruturação urbana.
DENSIDADE
ANÁLISE SÓCIO ECONÔMICA
ANÁLISE PLANO DIRETOR ALTURA MÁXIMA
TAXA DE OCUPAÇÃO
N
N
MARCÍLIO DIAS
FLORESTA
MARCÍLIO DIAS
FLORESTA
SÃO GERALDO
SÃO GERALDO NAVEGANTES
NAVEGANTES
FARRAPOS
FARRAPOS
HUMAITÁ
HUMAITÁ
0,1km
0,1km
1km
0,4km
1,5km
1,5km
Legenda
Legenda 66,6%
1km
0,4km
90% base 75% corpo *
ÁREA DE ANÁLISE
90% base e divisa de 9m e 75%corpo e divisa de 18 m * *Terrenos com frente para as vias constantes no Anexo 7.2 do PDDUA 75%
9m
27m
12,50 m
33m
18 m
42m
52m
USOS
ÍNDICE DE APROVEITAMENTO
N
N
MARCÍLIO DIAS
FLORESTA
MARCÍLIO DIAS
FLORESTA
SÃO GERALDO
SÃO GERALDO NAVEGANTES
NAVEGANTES
FARRAPOS
HUMAITÁ
HUMAITÁ
0,1km
0,1km
1km
0,4km
1km
0,4km
1,5km
1,5km
Legenda
Legenda 1,0 a 1,5
1,6 a 3,0
1,3 a 2,0
1,9 a 3,0
1,3 a 3,0
FARRAPOS
ÁREA DE ANÁLISE
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Residencial e Misto
Corredor de centralidade e urbanidade
Residencial, Misto e Predom. Produtiva
Residencial, Misto de 1 a 11 e Predom. Produtiva
RESUMO- ANÁLISE GERAL FORÇAS: Centralidade: Próximo ao centro histórico e a entrada das cidades da região metropolitana. Mobilidade: Atendida pelo trem e pelas principais vias de Porto Alegre e próximo ao aeroporto Patrimônio Histórico: Grande acervo arquitetônico Rio Guaíba: Proximidade com a orla do Guaiba Topografia: Sem grandes difereças de nível facilitando o deslocamento a pé ou de bicicleta Valor do Terreno: Baixo custo comparado as principais áreas de Porto Alegre.
OPORTUNIDADES: NOVOS INVESTIMENTOS: Grandes empresas interessadas em de implementar na região. Cencos de Comunidade: Heterogenia: grande mistura cultural e social. Consciência: moradores e coletivos estão transformando a região através da consciência de sua importãncia para Porto Alegre.
FRAQUEZAS: Abandono do Patrimonio Histórico e questões sociais estão abandonados pela prefeitura. Falta de equipamento urbano Sem conexão direta com a orla do Guaíba, Grandes barreiras físicas: trensurb, Avenida Farrapos e grandes infraestruturas viárias.
AMEAÇAS: Potencial área alagadiça Gentrificação Urbana, descaracterização e abandono do patrimônio histórico e cultural.
. MOBILIDADE
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CONCEITO
O (I) MUNDO DA VOLUNTÁRIOS São muitas as idéias que permeiam o conceito sobre o “imundo” da voluntários, mas a principal é a renovação da concepção do resíduo sólido- que é visto como algo sujo, como rejeito, algo a ser posto “fora”- para inovação no sentido mais amplo da sustentabilidade . “Se as práticas sociais definem o espaço de uma sociedade, os catadores de materiais recicláveis, os trabalhadores das UTRS convidam a sociedade a reinventar a cidade, requalificar a cidade, requalificar o urbano, radicalizar o direito à cidade, inaugurando novas práticas frente ao lixo e aquelas que dele retiram sua sobrevivência.” (Escrito no folder do 3° Encontro de Lixo e Cidadania, em Belo Horizonte)
Desenhos do artista Ben Tolman Exemplificando os processos recorrentes da cidade de abandono e densificação. Etapas iniciais muito parecido com o que ocorreu na região estudada.
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OBJETIVOS GERAIS
01- EMPATIA ATRAVÉS DA EDUCAÇÃO
02- VALORIZAÇÃO
03- GESTÃO
04- VALORIZAÇÃO
05- RESPONSABILIDADE
Visando a compreensão do reuso, não só arquitetônico e urbano, mas também do resíduo, como catalisador de mudança, o presente trabalho tras como objetivo a qualificação do local através dos pilares da sustentabilidade, o social, econômica e ambiental da Avenida Voluntários da Pátria através da criação de 4 clusters ligados a utilização de resíduo sólido e a integração da população na atividade de desenvolvimento economico e social. Com o desmanche de lixões e a preocupação e o gasto público com o resíduo sólido, o projeto se desenvolve através das unidades de triagem da região, gerando renda, educação ambiental e
valorização dos trabalhadores. Através de percursos de acupuntura urbana a requalificação do eixo da Avenida Voluntária pretende integrar a atividade de catação do resíduo ao processo de requalificação do eixo Voluntários . Através da melhoria das Unidades de Triagem, é possível que escolas possam levar seus alunos para entenderem o processo de reciclagem, que as empresas queiram comprar o resíduo sólido de cooperativas e que o catador de lixo se vincule ao trabalho exercido pelas UT, e não permaneça como mão-de-obra escrava à atravessadores. Melhorando as unidades de Triagem e o perímetro em que elas se
encontram ( Avenida Voluntários da Pátria) é possível também que gere consciência coletiva sobre a reciclagem, construindo junto com as cooperativas uma possível plataforma de conexão entre moradores e as unidades de triagem.
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01-Reeducação através de um urbanismo pedagógico, ao longo dos processos de vincular coletivos u.t e prefeitura o cidadão será lembrado de seu compromisso para com seu resíduo sólido. 02-Através da valorização das Unidades de Triagem é possível se estabelecer compromisso do cidadão com o resíduo. As Unidades de triagem serão também residuários, local de oficinas e pesquisas, terão espaços de lazer e o Apoio acontecerá próximo a Arena ( Local que disponibilizará para os trabalhadores ambulatório, hospedagem e creche, tendo em vista que em maioria são trabalhadores do sexo feminino que muitas vezes não tem onde deixar seus filhos). Também terá nas U.T compoteiras e hortas que poderá ser feita a comercialização do
produto. 03- Convênio com as Unidades de Triagem. Sempre irão para a u.t mais próxima e serão diferentes caminhões para cada u.t ( visto que na nova configuração as U.T terão também residuários) 04-Valorização do catador através de vinculo entre morador e ele. Serão conveniados com as Unidades de Triagem, recebendo salário como trabalhador, e como serão vinculadas as U.T ele não precisará fazer grandes percursos. 05-As indústrias terão que se responsabilizar em comprar apenas das U.T legais, para não se permanecer a cadeia que hoje temos em que o Atravessador explora os catadores.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Vitalidade
para a região:
A qualidade do espaço público e a interação dos espaços privados com a rua é essencial para uma cidade sustentável. Um local com vitalidade urbana sintetiza diferentes forças atuantes no local, podendo ser elas a interação social e econômica, diversidade de usos e tipologias, ambiência típica desse lugar, entre outros. Janes Jacobs fala sobre “qualidade vibrante dos lugares” fazendo referência a “atmosfera de alegria, companheirismo e bem-estar nas ruas”. Assim, o objetivo deste projeto é trazer vitalidade para a Avenida Voluntários, de maneira que as forças deste local convirjam em harmonia. Jane Jacobs também fala da importância de entender o local e através de suas características se adotar medidas para melhorias. “Pensar em recuperar ou melhorar projetos como projetos é persistir no mesmo erro. O objetivo deveria ser costurar novamente esse projeto, esse retalho da cidade, na trama urbana- e, ao mesmo tempo, fortalecer a trama ao redor. Reintegrar esses projetos à cidade é imprenscindível não só para dar vida aos próprios conjuntos perigosos e estagnados. É também imprenscindível para o planejamento urbano amplo de distritos.” JACOBS, JANE (2014,pg 437)
OBJETIVOS ESPECÍFICOS 1-Mobilidade desacelerada: A caminhabilidade incentiva o processo de permanência e apropriação. É criado rotas de bicicleta pelas unidades de triagem (rota ecológica), melhorias no passeio público e diminuição das vias de automóvel com articulação de desaceleração. 2-Interação: Através da acupuntura urbana, é valorizado os locais de ambiência representativa gerando relação de vizinhança, já que os locais de encontro reconhecidos pela população estimulam o sentimento de pertencimento. 3-Mix de uso: A diversidade de usos e
tipologias garante vitalidade, intercâmbio de experiência e maior permanência no espaço. 4-Integração: A acessibilidade ao Porto e a outros locais da cidade como a Zona Norte e o Centro através de experiências peatonais gera integração do cidadão com a cidade e suas características físicas e sociais. 5-Acessibilidade: Essencial para a melhoria da qualidade de vida gerando também segurança, autonomia e empatia com o local. 7- Apropriação: Apropriação dos cidadãos com o local é símbolo de cuidado com a área. 8-Identidade: a valorização das
características do local aumenta a autoestima dos usuários, integra afinidades e cria espontaneamente espaços com caráter similar. 9-Respiração: Uma relação equilibrada entre edificação e áreas verdes encoraja o crescimento urbano equilibrado,motiva vínculos com a natureza e o cuidado da mesma, garante pontos de encontro e interação de porte locais, gera pontos turísticos e melhora a segurança do local.
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PERCURSO- CONECTAR PORQUE A NECESSIDADE DE PERCURSOS?
A criação de espaços que atendam aos usos existentes, que consagrem novos usos e dinamizem a região se viabilizará através de um percurso integrador de equipamentos urbanos. Abrigando feiras, disponibilizando espaços para ateliers
MACROESCALA REVITALIZAÇÃO DA ÁREA ATRAVÉS DE INOVAÇÃO SUSTENTÁVEL
e pesquisas de tecnologia, dispondo de espaços para lazer, descanso e atendimento a necessidades dos trabalhadores da reciclagem. Assim, o trabalho tem como finalidade despertar a compreensão da sociedade para com a importância do resíduo e transformar a avenida voluntários em local de inovação sustentável, de experiências ambientais e vivência do espaço urbano
através dos percursos que engloba todas as fases da diminuição de recursos naturais para melhor qualidade de vida e das cidades. Como explica o professor FUÃO (2006 página 129) Entende-se que a arquitetura não é suficientemente reconhecida na problemática da reciclagem do lixo, e muitas vezes até menosprezada a sua importância
MESOESCALA ACUPUNTURA URBANA ATRAVÉS DE FORÇAS LOCAISREVITALIZAÇÃO DO EIXO VOLUNTÁRIOS, VALORIZAÇÃO DA VIVÊNCIA URBANA ATRAVÉS DE PERCURSOS QUE SE ENCONTRAM NA AVENIDA
em face das necessidades mais emergentes dos catadores. Mesmo dentro de outras áreas da ciência como Administração, Educação, Sociologia, Psicologia que estudam esse tema, ela permanece ausente nesse processo interdisciplinar. Com freqüência, a importância da arquitetura e do espaço não comparecem diretamente como item referencial na política do lixo.
Assim, entendendo a sustentabilidade como futuro das cidades, é necessário transcrever este tema em um projeto urbano que qualifique e integre todos os agentes que compõem este quadro. Para isso é necessário a aproximação e valorização de quem vive e sobrevive para tornar a cidade ambientalmente mais rica.
MICROESCALA INCENTIVO AS UNIDADES DE TRIAGEM COMO CATALISADORES DE MUDANÇA LOCAL.
FASES DE VIABILIDADE DO PROJETO FASE 01
FASE 02
REVITALIZAÇÃO das unidades de Triagem
REVITALIZAÇÃO da Avenida Voluntários da Pátria
FASE 03 Módulos implementados como apoio e vinculo com os coletivos existentes e indústrias locais
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FASE 04
FASE 05 - TCC2
Glosário Urbano- especificação de Criação de parques, conexão e mobiliário, vegetação, tipologias de revitalização da orla. uso e identidade visual.
PERCURSO- CONECTAR CONEXÃO| A proposta dos percursos e da estruturação da Av. tem como objetivo a conexão da zona norte com o centro e a Orla, também cria conexão com os coletivos existentes e as unidades de triagem.
ENTRADA DA CIDADE| Com a implementação de 2 novas pontes nesta região é necessário se repensar qual a ambiência gerada para os novos usuários à cidade. Assim, a proposta apresenta novas estruturas locais tanto para os moradores quanto para os visitantes.
EVENTOS| É proposto locais de praça seca para abrigar estruturas temporárias para a procissão, Caminho do Gol ( do centro até a Arena do Grêmio), Festival com as Escolas de samba do distrito e incentivo ao carnaval de rua , feiras artísticas com locais pra exposição temporária e incentivo ao grafiti e exposição permanente na rota ecológica. 15 DIAS | caminho do gol 1 ANO| procissão DIÁRIO| moradores e trabalhadores
CLUSTER| Diferentes núcleos que ligam elementos já existentes configuram os clusters, mantendo-se em até 1km de distância, sendo facilmente conectado.
1km
1km
PERCURSOS | A partir do estudo do local e das propostas sugeridas se configurou 3 percursos diferentes. Conectando diferentes tipologias e dinâmicas da região.
1,7km
Legenda
CLUSTER ARTES
Av. Cri
s
stov ão C
olom
CLUSTER APOIO
CLUSTER DESIGN AV. VOLUNTÁRIOS
Av. sertório
rapo
CLUSTER MODA E TECNOLOGIA Av.São Pedro
Rua Paraíba
Av. Far
Av. Mauá
CONECTOR Percurso criativo Percurso sustentabilidade Percurso histórico Cluster Unidade de Triagem e Residuário
Av. Frederico Mentz
bo ESCALA GRÁFICA 0
página 21
100 m
200 m
500 m
PERCURSO E CLUSTER É pensado em proposta do mobiliário urbano, de nova pavimentação e de pequenas praças locais. O pré dimensionamento é inacessível a esta etapa, pois o projeto se aplicará como apropriação da rua, com mobiliários efêmeros e fixos. O módulo efemero poderá se repetir inúmeras vezes, ele servirá para
festivais, para o caminho do Gol ( do centro até a Arena) e será montável e desmontável. Algumas propostas aqui apresentadas posteriormente como o Boulevar urbano e outras intervenções serão calculadas as áreas na apresentação do Cluster. O módulo arquitetônico servirá como atendimento aos eventos e as Unidades
de Triagem, um exemplo do que será proposto, são as “barraquinhas” de triagem em festivais em São Paulo. Como mostra a imagem 4 . Av. Voluntários da Pátria Reestruturação viária da avenida, aumento das calçadas e mudança de piso em determinados locais como mostra o
Mapa. É proposto o incentivo a locais de praça seca para abrigar estruturas temporárias para a procissão, Caminho do Gol ( do centro até a Arena do Grêmio), Festival com as Escolas de samba do distrito eincentivo ao carnaval de rua ( blocos se unem quase que mensalmente na cidade de Porto Alegre
para apresentações), feiras artísticas com locais pra exposição temporária e incentivo ao grafiti e exposição permanente na rota ecológica. ÁREA: 910.000m2
PERCURSO CONECTOR DE DIFERENTES FORÇAS ANÁLISE GERAL
PERCURSOS
ACUMULO DE PATRIMONIO HISTÓRICO
PERCURSO EDUCAÇÃO AMBIENTAL
ESTAÇAO RODOVIÁRIA
ESTAÇAO SÃO PEDRO
ESTAÇAO FARRAPOS
PERCURSO PATRIMÔNIO HISTÓRICO
TOPOGRAFIA E VENTOS PERCURSO CRIAÇÃO
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CLUSTER- PERMANECER de turismo local. A intenção de projeto é disponibilizar à cidade ambiências de carater local, servindo de infraestrutura para o morador e Unidades de Triagem. O fator que colabora com a essa tomada de decisão para o projeto são as casas colaborativas e os coletivos existente no 4 distrito, como mostra o mapa, há uma
Locais que se interligam, com uma caracteristica própria geralmente tende a ter mais sucesso do que locais de grande porte com uma ambiência única. Porto Alegre carece de espaços a nível local. Pode se dizer que temos grandes parques que são marcos para a cidade, fazendo com que haja deslocamento até eles como forma
LEGENDA DE FLUXOGRAMA E PROGRAMA DE NECESSIDADE DOS CLUSTERS PROGRAMA FIXO: 1| Local para exposição 2| Incentivo a Grafiti (tapumes expostos) 3| Estar Funcionários 4| Salas para Oficinas 5| Horta + Árvore Frutíferas 6|Composteira
grande vontade pública de se criar espaços para os moradores integrando a vizinhança e a cidade.
PROGRAMA SINGULAR: 7| Espaço Música. 8| Vaga Viva. 9| Academia + Playgroud. 10| Boulevar Urbano. 11| Incubadora. 12| Cinema de rua. 13| Porto (infraestrutura). 14| Estação Bike. 15| Praça seca 16|Ambulatório 17| Escola e creche. 18| Brinquedoteca.
PARQUE LINEAR 9
11
1
3 10
9 7
UT
2
UT 2
1
8
1
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6 13 12
1
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6
5
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UT
3
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CLUSTER ARTES
CLUSTER MODA E TECNOLOGIA
CLUSTER DESIGN
CLUSTER APOIO
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ESCALA GRÁFICA 0
100 m
200 m
500 m
1 CLUSTER |ARTES pemanecer Túnel Verde Escola Hab. Social
a raíb a P ua
R
UNIDADE DE
Vazio urbano
1km
0,4km
0,1km
1km
0,4km
0,1km
1km
0,4km
0,1km
1km 1km
0,4km 0,4km
0,1km 0,1km
Rio Guaíba
Patrimonio Histórico
DI ST ZIS RITO PO C A
Escola de Samba
1,5km
1,5km
1,5km
1,5km 1,5km
ESCALA GRÁFICA 0
100 m
200 m
500 m
+ *
R.R am iro
AV. VOLUNTÁRIOS
DA PÁTRIA
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R. Cân
R. Paraíba
+ +
Situação existente
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Trensurb
AV. Vo lunt da Pá ários tria
s
AV.
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AÇÃO GOVERNAMENTAL EQUIPAMENTO + MOBILIÁRIO MOBILIDADE PERCURSOS Conector ( todos os U.T +Residuário U.T +Residuário + + Incentivo Fiscal para Mão- percursos passam pelo conector) Módulos de exposições Via de dois sentidos * de-obra e material para fins de Percurso criativo e histórico restauro de Patrimônio histórico. Área pública+ módulos Via de um sentido Percurso sustentável Galpões abandonados Parque Ciclovia recebem isenções de IPTU se Nova Vegetação Traffic Calming alocarem exposições de artistas. Densa área verde ( antiruído)
PORQUE? O Cluster Artes, cluster
mais próximo ao centro histórico de Porto Alegre é desenvolvido como pólo de criatividade com incentivos a Cultura e Arte. O local com maior densidade no 4 distrito abriga locais que já atraem a população para ele. É proposto então o uso de fachadas ativas,o uso de galpões desocupados para instalações temporárias de artistas e oficinas de grafiti, gerar Naked Street na Rua Paraíba com exposições temporárias sobre o resíduo sólido e o uso do terreno da prefeitura ao lado da Vila Santa Teresa ( onde abriga 2 unidades de triagem), como mostra o mapa .Também é proposto a qualificação das unidades de triagem da Rua Paraíba com sua verticalização com áreas para composteiras, hortas e espaço de lazer, oficinas e descanso.
Zonas de acupuntura urbana
30
km/h
Espacialização das estratégias
PASSEIO PÚBLICO
PISTA DE ROLAMENTO
CICLOVIA
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PASSEIO PÚBLICO
COMO? O arquiteto dinamarques Jan Gehl 9 fala que uma cidade saudável é aquela que o caminhar ou o pedalar são etapas naturais do padrão de atividades diárias. Com isso o projeto deseja tornar essa região agradável para o passeio mas transformando a vivência urbana em aprendizado através da arte ( com exposições na rua ou pelo número de galerias e redutos de artistas) ou pela reciclagem ( U.T)
As atividades previstas para o local são:
9 7 Fluxograma
A população que vive no local estudado do cluster artes é significativamente heterogênea, os moradores se diferem tanto econômicamente quanto culturalmente. Com a visão de mundos tão diferentes e a proximidade física o que pode aproximar e ensinar a respeitar o diferente é a arte. O local que hoje abriga escolas de samba, grafiteiros de rua, pintores e escultores renomados, poderá contribuir para o desenvolvimento de uma cultura local.
8
PROGRAMA FIXO: 1| Local para exposição 2| Incentivo a Grafiti (tapumes ou quadros expostos) 3| Estar Funcionários 4| Salas para Oficinas 5| Horta + Árvore Frutíferas 6|Composteira
1 UT
2
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3 4
CLUSTER |ARTES 1
5 6
PROGRAMA SINGULAR: 7| Espaço Música. 8| Vaga Viva. 9| Academia + Playgroud. UT : A Unidade de Triagem não terá residuário como as outras, mas no local será
2 CLUSTER| MODA E TECNOLOGIA permanecer
PORQUE? O Cluster busca melhor aproveitamento dos coletivos e das Unidades de triagem
As atividades previstas para o local são:
11 10 Fluxograma
existentes através de atividades que se vinculem a moda e a tecnologia. Hoje existe o coletivo Tecendo cidadania(localizado na Avenida Voluntários da Pátria) que busca melhor aproveitamento de resíduos sólidos para a confecção de tecidos. Há também neste cluster a presença da única Unidade de Triagem do Brasil que tria resíduos eletrônicos. Com isso é proposto o aumento e melhoria de pavimentação e iluminação da Rua Moura de Azevedo ( local que abriga pequeno comércio e estúdios de Publicidade e propaganda com o foco em Cinema), vaga viva e melhorias das Unidades de triagem e do atelier tecendo cidadania. No Terreno da Prefeitura, hoje sem utilidade ( em frente ao condomínio Fiateci, ao lado da estação de metrô) é criado conexão com o Rio Guaíba através de boulevar urbano, também se cria uma praça seca para a possibilidade de eventos e feiras.
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1
UT 2 4
PROGRAMA FIXO: 1| Local para exposição 2| Incentivo a Grafiti (tapumes ou quadros expostos) 3| Estar Funcionários 4| Salas para Oficinas
3
PROGRAMA SINGULAR: 10| Boulevar Urbano. 11| Incubadora. 12| Cinema de rua.
12
UT : A Unidade de Triagem contará com residuário de tecnologia e moda. O residuário moda será um local em que a população poderá deixar restos de tecido ou até doar, deixando em armários solidários ( armários que ficam na rua com roupas para as pessoas escolherem o que achar necessário) O residuário de tecnologia, será para descarte de equipamentos eletrônicos deixando a Unidade de Triagem Paulo Freire encarregada de sua administração.
CLUSTER| MODA E TECNOLOGIA 2 Vazio Urbano Rio Guaíba
Av.
dro
Pe São
Galpão Makers
U.T Paulo Freire Tecendo Cidadania
Mãos dadas ESCALA GRÁFICA 0
200 m
500 m
*
+
AV. Vo lunt da Pá ários tria
+
2
+
+
Trensurb
100 m
3
1
+
+
Situação existente
MOBILIDADE EQUIPAMENTO + MOBILIÁRIO + U.T +Residuário + U.T +Residuário Via de dois sentidos * Módulos expositor e feira Via de um sentido Área pública+ módulos Ciclovia Nova Vegetação Traffic Calming Densa área verde ( antiruído)
COLETIVOS
PERCURSOS
Vaga Viva: ocupar uma Conector ( todos os vaga de estacionamento para expor percursos passam pelo conector) trabalhos do local e transformar Percurso criativo e histórico de forma temporária o local. Percurso sustentável Composteira e Horta urbana: As U.T poderão comercializar seus adubos provindos do lixo orgânico e utilizar para hortas comunitárias.
1
Zona de acesso a orla, espaços itinerantes e parque local
30
km/h
2
Espacialização das estratégias
3
COMO? Os vazios urbanos existentes que hoje se configuram como local ocioso
e abandonado, pode se tornar área de interação entre moradores, local turistico e potencializador da economia local. Com isso o projeto preve a reutilização dos espaços para reunir os eventos que ocorrem na região, para potencializar o trabalho das UT colocando em evidência em local público e revitalizar as áreas criando conexões com diferentes estruturas ( a orla, o acesso ao trem e corredor de ônibus).
PASSEIO PÚBLICO
PERFIL VIÁRIO| esc: 1:250
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PISTA DE ROLAMENTO
PASSEIO PÚBLICO
FOTOS DO LOCAL
3 CLUSTER |DESIGN permanecer Severinas DC shopping U.T ANITAS
IPA
io rtór e S Av. Senac
Guaíba
ESCALA GRÁFICA
*
* +
*
0
100 m
200 m
500 m
* *
Trensurb +
Situação existente DC SHOPPING
ORLA
MOBILIDADE EQUIPAMENTO + MOBILIÁRIO + U.T +Residuário + U.T +Residuário * Via de dois sentidos Módulos expositor e feira Via de um sentido Área pública+ módulos Ciclovia Nova Vegetação Traffic Calming Densa área verde ( antiruído)
COLETIVOS
BOULEVARD URBANO
AV. Vo lunt da Pá ários tria
SENAC
PERCURSOS
Boulevard Urbano: Através Conector ( todos os da criação de pequeno comércio a percursos passam pelo conector) baixo de estruturas préexistentes ( Percurso criativo e histórico ponte) o boulevard urbana é uma Percurso sustentável maneira de levar vitalidade ao local.
Zonas de eventos
PISTA DE ROLAMENTO
CANTEIRO CENTRAL
PISTA DE ROLAMENTO
PASSEIO PÚBLICO
Espacialização das estratégias
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COMO? É necessário respeitar o local e os eventos que já acontecem na área. Possibilitando melhor aproveitamento do espaço e entendendo as dinâmicas que ocorrem hoje neste cluster, foram desenvolvidos estratégias que abraçam as atividades, oferencendo infraestrutura de qualidade e podendo ter por mais tempo esses eventos.
PORQUE? O nó viário da Sertório com a Avenida da Legalidade, se tornará nó de
5 Fluxograma
encontro, com grande infra estrutura verde de lazer, com o fechamento do acesso a Sertório pela Castelo Branco e através de topografia operativa entre o terreno da Igreja Nsa. Dos Navegantes e a Unidade de Triagem. Este cluster será polo de integração, unindo as faculdades IPA E SENAI através de comércio de gastronomia ( vinculo com o distrito cervejeiro) com identidade boemia, de eventos noturnos e exposições de arquitetura ( visto que o shopping DC Navegantes hoje é conhecido como um dos poucos núcleos de lojas de decoração na cidade).
4
1 6
As atividades previstas para o local são:
13 10 15
UT
3 14
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CLUSTER |DESIGN 3
PROGRAMA FIXO: 1| Local para exposição 2| Incentivo a Grafiti (tapumes ou quadros expostos) 3| Estar Funcionários 4| Salas para Oficinas PROGRAMA SINGULAR: 10| Boulevar Urbano. 13| Porto (infraestrutura). 14| Estação Bike. 15| Praça seca UT : A unidade de triagem contará com residuário de material de construção, e juntamente local de pesquisa e elaboração de novos obejtos apartir dos materiais de construção triados.
4 APOIO permanecer
As atividades previstas para o local são:
PORQUE? Além de revitalização através da U.T este cluster se configura como Cluster local. É
proposto no terreno que a OAS concedeu a prefeitura para aumento da unidade de triagem, um local com equipamentos urbanos que atenda as necessidades de todas as UT do 4º Distrito, como: ambulatório, creche, espaço para oficina e confraternização, auditório e oficina tecnológica de experimentação. Além disso é desenhado um eixo para chegada do caminho do gol ou feiras artesanais nos finais de semana.
1
Fluxograma
6 5
página 30
UT
9 12 17
3 4
16
18
PROGRAMA FIXO: 1| Local para exposição 2| Incentivo a Grafiti (tapumes ou quadros expostos) 3| Estar Funcionários 4| Salas para Oficinas PROGRAMA SINGULAR: 9| Academia + Playgroud. 12| Cinema de rua. 1 16|Ambulatório 17| Escola e creche. 18| Brinquedoteca. UT : A unidade de triagem e albergue
APOIO 4 Vazio Urbano-
contrapartida OAS DO NA IO E R M A RÊ G
COADESC
z ent
oM eric
Fred
Guaíba ESCALA GRÁFICA 0
AV. Vo lunt da Pá ários tria
+
+
+
100 m
200 m
500 m
+
Situação existente
área desenvolvida pela estudante
MOBILIDADE EQUIPAMENTO + MOBILIÁRIO + U.T +Residuário + U.T +Residuário Via de dois sentidos * Módulos expositor e feira Via de um sentido Área pública+ módulos Ciclovia Nova Vegetação Traffic Calming Densa área verde ( antiruído)
PERCURSOS
COLETIVOS
Composteira e Horta urbana: Conector ( todos os As U.T poderão comercializar seus percursos passam pelo conector) adubos provindos do lixo orgânico e Percurso criativo e histórico utilizar para hortas comunitárias. Percurso sustentável
Projeto implementado: Vivian
PISTA DE ROLAMENTO
Espacialização das estratégias
COMO? O Local de inserção do cluster de apoio tem caracter residencial com algumas industrias, para melhorar a qualidade de vida do morador este cluster atende as necessidades gerais de todos os trabalhadores e todas as U.T além de levar vitalidade com pequeno comércio e local para feiras ( melhorando e potencializando a economia local)
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CANTEIRO CENTRAL
PISTA DE ROLAMENTO
CANTEIRO CENTRAL
PISTA DE ROLAMENTO
PASSEIO PÚBLICO
Arquitetura: Com Com aa possibilidade possibilidade de de uma uma técnica técnica única única ee de de “desenho “desenho universal” universal” foi foi Arquitetura: [ C E Nproposto T R O que proposto que os os módulos módulos sejam sejam desenvolvido desenvolvido de de maneira maneira semelhante. semelhante. Explorando Explorando através através do do [1] disposição volumétrica [3] espaço espaço parklet com com [COBERTURA Banco parklet [3] UNIVERSITÁRIO [2] espaço com parklet para pamobiliário e do espaço,um local com grande interação e itinerância. [4] espaço espaço externo externo com com possipossie do espaço,um local com grande interação e itinerância. [ C E N mobiliário T R O [4] possibilidade para para eventos. eventos. VERDE] possibilidade lestras e oficinas parceria enIPA + Como disposição volumétrica Comomaterialidade materialidadese se[1] buscou usoapenas apenas damadeira madeirapinus, pinus,[2] madeira considerada sustentável, [COBERTURA bilidade de convivío, lazer Banco 80 buscou oouso da madeira considerada sustentável, bilidade de convivío, lazer ee UNIVERSITÁRIO espaço com parklet para paHIPÓTESES tre precisando diretório acadêmico e loja e VERDE] descanso. FAST FLEX +quando tratada e quando tratada quimicamente, quimicamente, de de grande grande vida vida útil, útil, não não de- manutenção manutenção descanso. lestras e oficinas parceria ene precisando de e IPA + 80 HIPÓTESES DC SHOPPING| pintura. uso de de um um único único40material material para se se demonstrar demonstrar riqueza não na materialidade, materialidade, tre diretório acadêmico e loja Mobiliário OO uso éé para riqueza não na FAST FLEXpintura. + 40 Mobiliário ALEGRE] mas na na tipologia, tipologia, na na volumetria volumetria nas possibilidades possibilidades que que um um único único material material pode pode se se mas ee nas DCPORTO SHOPPING| [VERÃO] 44 [INVERNO] manifestar em projeto. Busca também a volumetria como um painel único a ser descoberto manifestar em projeto. Busca também a volumetria como um painel único a ser descoberto [VERÃO] PORTO ALEGRE] 30 sição e implantação: A disposição dos módulos traz o conceito edeexplorado. que o objeto [INVERNO] e explorado. 80 30 um potencializador de convívio, reunindo em um único espaço atividades. A volumetria, além de remeter uma casa desconstruida, se concretizou através de uma uma ção e implantação: A disposição dos módulos traz o conceito de que o objeto A volumetria, além de remeter uma casa desconstruida, se concretizou através de 80 etura: Com a possibilidade de uma técnica única e de “desenho universal” foi iluminaçãonatural naturalpelos pelossheeds sheeds((inspiração inspiraçãoindustrial, industrial,resultante resultanteda dainspiração inspiraçãoincessante incessante um potencializador de convívio, reunindo em um único espaço atividades. iluminação que os módulos sejam desenvolvido de maneira semelhante. Explorando através do oo distrito, e seu patrimônio histórico industrial) Além do sheeds, a que a região traz|4 tura: Com a possibilidade de uma técnica única e de “desenho universal” foi [5] Espaço externo com que a região traz|4 distrito, seu patrimônio histórico industrial) Além do sheeds, a [5] Espaço externo com [3] espaço eparklet com io do módulos espaço,um local com grandedeinteração e itinerância. [4] espaço externoéécom possi- oo volumetria se dá pelo peitoril do terraço, onde por normas brasileiras permitido [1] disposição volumétrica [COBERTURA possibilidade para apresentação Banco quee os sejam desenvolvido maneira semelhante. Explorando através do [6] Espaço Espaço externo externo ++ mobiliário mobiliário volumetria se dá pelo peitoril do terraço, onde por normas brasileiras permitido possibilidade para apresentação [2] espaço com parklet para papossibilidade para eventos. [6] erialidade se o uso apenas da interação madeira pinus, madeira considerada sustentável, [3] Banco espaço parklet com bilidade de convivío, lazer e [1]buscou disposição volumétrica [COBERTURA VERDE] de projeto, filmes e minimo de 1,05 1,05 de altura. altura. com possibilidade possibilidade para para esporte esporte e do espaço,um local com grande e itinerância. René Francisco - Cuba, Cuba, 1960 [2] espaço com parklet para pade projeto, filmes e lestras e oficinas - parceria en- de minimo de com [4] espaço externo com possiRené Francisco 1960 80 possibilidade para eventos. descanso. VERDE] documentários. tratadasequimicamente, de grande vida pinus, útil, lestras não precisando de manutenção e de mesa e brincadeiras. Mobiliário flexível:Com a mesma intensão de projeto, é proposto um desenho de mobiliário e considerada oficinas - Mobiliário parceria en-flexível:Com documentários. tre diretório acadêmico e loja ialidade buscou o uso apenas da madeira madeira sustentável, de e brincadeiras. bilidade um de desenho convivío, e a mesma intensão de projeto, é proposto delazer mobiliário Uso mesa eficaz da ventilação natural, ilumi 80 Mesa O uso dequimicamente, um único material é paravida se demonstrar riqueza não na materialidade, tre diretório acadêmico e loja versátil, podendo ser montado montado ee disposto disposto de de inumeras inumeras maneiras. descanso. pela autora- demonstra o carácter de flexibilidade proposto no projeto tratada de grande útil, não precisando de manutenção e ser sistemas para se para conseguir um ganho de ef Projeto desenvolvido dos módulos os clusters versátil, podendo maneiras. Uso eficaz da ventilação natural, ilumina volumetria e énas um único material pode se Mesa energética. Possibilita que a edificação con 4 PROPOSTA ITINERÂNCIA Otipologia, uso de umnaúnico material parapossibilidades se demonstrarque riqueza não na materialidade, PROPOSTA ITINERÂNCIA sistemas para se conseguir um ganho de efic ar em projeto. Busca também a volumetria como que um painel únicomaterial a ser descoberto resfriamento, entrada seletiva do sol e co ipologia, na volumetria e nas possibilidades um único pode se energética. Possibilita que a edificação consi NN 4 para desuso de meios mecânicos para um rado. em projeto. Busca também a volumetria como um painel único a ser descoberto objeto LL resfriamento, entrada seletiva do sol e cont agradavel. Só é possivel tal ganho en 80 O Local destinado a aprendizagem, tria, além de remeter uma casa desconstruida, se concretizou através de uma objeto O Local destinado a aprendizagem, para desuso de meios mecânicos para um h do. graçasao estudo da localização e da i 80 a experimentação, antes de entrar em ão natural pelos sheeds ( inspiração industrial, resultante da inspiração incessante agradavel. Só é possivel tal ganho ener a experimentação, antes dese entrar em através de uma ria,foi além de remeter uma casa desconstruida, concretizou al” natural. o graçasao estudo da localização e da ins parâmetros volumétricos, desenho de distrito, e seu patrimônio histórico industrial) Além do sheeds, a gião traz|4 ” foi [5] Espaço externo com parâmetros volumétricos, desenho da inspiração de natural ( inspiração industrial, resultante incessante vés do pelos sheeds A fachada que se tem ao sul ( Sol forte no natural. zoneamento, ritmo e implantação, deve ser ia se dá pelo do terraço, onde por normas brasileiras é permitido o espaço parklet com o [3] peitoril possibilidade para apresentação [6] Espaço externo + mobiliário vés do mantida apenas uma vitrine esbelta para a zoneamento, ritmo e implantação, deve ser industrial) Além com do possisheeds, a ião traz|4 distrito, e seu patrimônio histórico[4] [5] Espaço externo com espaço externo A fachada que se tem ao sul ( Sol forte no ve [3] espaço parklet possibilidade paracom eventos. de projeto, filmes e descontruido do imaginário imaginário já espaço existente. e 1,05dádepelo altura. com possibilidade para esporte diretório,onde se tem o ganho também de ve descontruido do já existente. se peitoril do terraço, onde por normas brasileiras é permitido o ntável, [4] externo com possipossibilidade para apresentação bilidade de convivío, lazer e [6] Espaço externo + mobiliário mantida apenas uma vitrine esbelta para a lo possibilidade para eventos. documentários. de mesa e brincadeiras. Bicicletário cruzada. preciso estabelecer que équalquer qualquer local ário aÉ mesma intensão de projeto, proposto um desenho lazer de mobiliário tável, preciso estabelecer que local bilidade de convivío, e de projeto, filmes e descanso. 1,05 flexível:Com de nção e altura. É com possibilidade para esporte diretório,onde se tem o ganho também de vent Uso eficaz da ventilação natural, iluminação e se pode aprender experimentar que podendo ser montado e intensão disposto deprojeto, maneiras. descanso. documentários. Mesa ção e de mesa e brincadeiras. pode aprender eeinumeras experimentar .. OO um que éé Bicicletário cruzada. rio flexível:Com a se mesma de é proposto desenho de mobiliário lidade, Uso eficazpara da se ventilação e sistemas conseguir natural, um ganho iluminação de eficiência necessário nesta intervenção é a inspiração, Mesa ITINERÂNCIA idade, necessário nesta intervenção é a inspiração, podendo ode se ser montado 4e disposto de inumeras maneiras. sistemas paraPossibilita se conseguir ganho de eficiência energética. que um a edificação consiga ter diálogo, aa discussão, discussão, intercâmbio, aa N de se oo 4 diálogo, oo intercâmbio, oberto energética. Possibilita a edificação consiga ter ITINERÂNCIA resfriamento, entrada que seletiva do sol e contribuia L vivência, a contextualização global, oberto vivência, a contextualização ee oo global, resfriamento, do sol e contribuia para desuso entrada de meiosseletiva mecânicos para um habitat N Corte A Corte A’ A’ questionamento, inquietação, aa para de é meios mecânicos habitat agradavel. Só possivel tal para ganho umenergético Corte Adesuso Corte oo questionamento, aa inquietação, L de uma agradavel. Só é possivel tal ganho Esc: 1:75 Esc: 1:75 1:75 possibilidade, a apropriação. A desconstrução. graçasao estudo da localização e daenergético insolação Esc: e uma Esc: 1:75 possibilidade, a apropriação. A desconstrução. essante graçasao natural. estudo da localização e da insolação desconstruçãodo do local, a desconstrução ssante AA desconstrução eds, a [5] Espaço externo comlocal, a desconstrução natural. A fachada que se tem ao sul ( Sol forte no verão) é de paradigmas, a desconstrução do aluno, eds, de paradigmas, a com desconstrução aluno, tido ao [5] Espaço externo possibilidade para apresentação [6] do Espaço externo + mobiliário Amantida fachada apenas que se uma tem vitrine ao sul (esbelta Sol forte noaverão) para loja eéo da cidade, da arquitetura. O projeto ido o da cidade, da arquitetura. projeto possibilidade para apresentação de projeto, filmes e [6] externo +para mobiliário comOEspaço possibilidade esporte mantida apenas uma vitrine esbelta para loja e o diretório,onde se tem o ganho também dea ventilação (des)construção busca aproximação da de projeto, filmesbusca e documentários. com possibilidade para esporte (des)construção aa aproximação da de mesa e brincadeiras. Bicicletário diretório,onde se tem o ganho também de ventilação cruzada. iliário documentários. arquitetura com com aa experiencia experiencia cotidiana, de mesa e brincadeiras. Bicicletário cruzada. liário arquitetura cotidiana, permitindo novas novas possibilidades possibilidades para para aa permitindo ITINERÂNCIA vivência do espaço. Adequando as duas escalas: vivência do espaço. Adequando as duas escalas: ITINERÂNCIA urbana ee local, local, se se trabalha trabalha aa itinerância itinerância urbana Esquema -- planta planta baixa baixa Esquema Corte A Corte A’ permitindo apropriação espontânea ,, permitindo apropriação espontânea Esc:inflexivel Esc: A’ 1:75 daquilo que que surge surge contra contra Corte A1:75 Corte daquilo oo inflexivel ee rígido ( local) abraçando a construção Esc:a 1:75 Esc: 1:75 rígido ( local) abraçando construção coletiva ee expondo expondo aa potência potência da da mudança. mudança. Decameron- São Paulo coletiva Reciclar: palavra chave para o desenvolvimento das estratégias de projeto. Em conjunto com o conceito de A arquitetura efêmera, atende as necessidades Projeto: mk27 A arquitetura efêmera, atende as necessidades surpreende com suas suas possibilidades. explorar é possivel a transformação dos locais em que estarãoÉÉinseridos os módulos através do conhecimento ee surpreende com possibilidades. Imagem: Pedro Vannucchi Planta baixa-módulo baixa-módulo Corte CC Corte DD Corte Corte discutivel que que exista exista diversos diversos meios meios para para se se Planta discutivel Esc: 1:75 1:75 Esc: 1:75 1:75 Esc: 1:75 1:75 Esc: Esc: Esc: chegar aa um um propósito propósito de de projeto, projeto, porém porém éé chegar visivel que o papel do arquiteto e urbanista Uso interno| interno| visivel que o papel do arquiteto e urbanista Uso privacidade não éé imposto imposto ou ou determinante, determinante, mas mas sim sim Esquema - planta baixa privacidade não Como conclusão de projeto, é vist complementar Não será será caso caso de de sucesso sucesso se se Corte A’ .. Não complementar Esquema - planta baixa as determinadas Corte A’ não houver consciência coletiva, a práxis 1:75 consciência coletiva, a práxis Comoprincipais conclusão questões de projeto, é visto O MÓDULO nãoEsc: houver arquitetonico se alinha determinadas de forma co Esc: 1:75 é que determinará o sucesso ou o fracasso. as principais questões é que determinará o e sucesso Com o propósito de se adequar tambémou o fracasso. Como objetivo se buscou entender as MÓDULO OFICINAAUDIO VISUAL: Local MÓDULO COMPOSTAGEM: Espaço MÓDULO RESIDUÁRIO| MODA: É com as questões ditas de conceituais, Com isso isso oo projeto projeto se se baseia baseia em em gerir gerir arquitetonico se alinha forma coe Com discutir a possibilidades, realidade, os se módulos aqui diferenças que o projeto desde o inic através dos coletivos e dasconceituais, unidades entre cada cluster e Unidade de que se adapta a diferentes tipologias, mas disponível para oficinas de compostagem analisadocom possibilidades, se transformando transformando de acordo acordo asguiaram questões ditas e de sua fundamentação, de sua implantaç com o desejo da consciencia coletiva. propostos nos clusters se configuram como que prioriza o espaço para convívio e troca e geração de minhocário e horta de triagem a necessidade de depósito triado Triagem, chegando a um grid que se configura que guiaram o projeto desde o inici aixa-módulo Corte C Corte D INTERAÇÃO URBANA com o desejo da consciencia coletiva. INTERAÇÃO URBANA mobiliário desenvolvido. estrutura sua fundamentação, de suaA implantaçã 5 Esc: Cde 1:75 acordo com a metragem quadrada de Esc:de solução sustentável para as problemáticas a de moda, além comunitária. As Unidades de Triagem serão de materiais ixa-módulo Corte Corte D1:75experiências e elaboração de produtos Implantação como relacionados instrumento desenvolviment Implantação mobiliário desenvolvido. A estrutura Esc: 1:75 módulos que as unidades de triagem, os coletivosEsc: e 1:75 administradores deste local, o produto disso, muitas empresas sabem ofoi que para o material reciclável. Se adapta comoUso os cada tipologia. As salas de residuário e lojas interno| nenhum momentonão de de projeto empeci módulos como instrumento desenvolvimento fast flex Parklet privacidade fast flex Através dos módulos desenho, ao contrário, foi fundamenta Parklet a cidade enfrentam. Porta vira divisória, poderão ter 12,5 m², as salas de oficina auditório, como cinema de rua, teatro, atelier proveniente da horta comunitária abastecerá fazer com restos de tecido que sobram Uso interno| nenhumPorta momento projeto foi empecilh vira de divisória, Esquema - planta baixa a criação conceito funcional, divindo oum ambiente. privacidade divindo o ambiente. desenho, aoede contrário, foi fundamental Como conclusão deo projeto, é visto que Fachada Fachada LesteDCA Fachada Sul-DCA+ LOJA Fachada OesteLoja Esquemaos - planta baixa é possível experimentar em curto prazo 25m², cluster de infraestrutura, e pode ser de seus produtos, acabam descartando ateliers makers 50m²... assim, é e como núcleo de atendimento ao cluster. Fachada LesteDCA Fachada Sul-DCA+ LOJA OesteLoja ( local local de de estudo estudo ou e venustas). belo (firmitas, utilitas Local de de ( ou Como conclusão de projeto, é visto que Local a criação de um conceito funcional, u as principais questões determinadas pelo Esc: 1:75 1:75 Esc: 1:75 1:75 Esc: 1:75 1:75 Esc: Esc: Esc: as possibilidades que o local pode possível oficinas para a loja) loja) parado Neste ambiente os agentes deprincipais administração comercializado em locais que(firmitas, levam estas os intervenção oficinas para o asobras desejo intervenção Caminho criar módulos que dependendo de as questões pelo e doado. belo Traduzindo utilitas e venustas).dir arquitetonico se alinha determinadas de forma coerente Caminho do estudante estudante acadêmico e deo um desejo espaço para est oferecer. Também agindo como forma de do aterros. Visando a demanda e a falta sua disposição podem ser transformados serãos os coletivos ( que arquitetonico disponibilizaram seasalinha forma coerente Traduzindo dodeo dire com as questões ditas de conceituais, estas, Centro de arquitetura, o projeto age politic com as questões ditas conceituais, estas, Centro empoderamento local o espaço demonstra Universitário acadêmico e de um espaço para no o estu que desde o VAGA-VIVA: inicio de Módulo gerado infraestrutura na cidade, é possibilitado para atender a diferentes tipologias. oficinas) e as unidades de guiaram triagem. o projetoMÓDULO Shopping Shopping através da arquitetura, construin Universitário que o projeto o inicio de de arquitetura, o projetoe age politica sua guiaram fundamentação, de desde sua das implantação ao diferentes pontos Dc Navegantes de maneira Dc prática como pequenas ações Metodista Cluster2 um módulo de residuário triagem As referências aqui apresentadas através oficinas para Corte D Navegantes Metodista discursoda crítico sobre a construind realidade sua fundamentação, de suaA implantação ao através arquitetura, mobiliário desenvolvido. estrutura dada Corte D Esc: 1:75 arquitetônicas podem trazer grandes são módulos de containers marítimos, para aviamentos e tecidos. MÓDULO EXPOSITOR: Neste módulo da Av. Voluntários da Pátria. São composições valores atuais e da coletividade atra mobiliário desenvolvido. A estrutura dada discurso crítico sobre a realidade, como instrumento de desenvolvimento, em Esc: 1:75 apropriação do espaço. como instrumento de desenvolvimento, em benefícios urbanos. O módulo se configura transformados em diferentes ambientes, os produtos serão apresentados para em dimensões 2,5mx de 5m que ocupa uma valores atuais e da coletividade atravé Uso interno| nenhum momento de projeto foi empecilho Porta vira Colocando objeto arquitetônico interno| nenhum momento de divisória, projeto empecilho de transformando o privacidade apropriação do oespaço. desenho, ao contrário, foifoi fundamental para nos clusters como peça chave dos grandes geralmenteUso vaga de automóvel, relacionados com a criatividade. a sociedade, assim como será possível divindo o ambiente. catalisador do entorno, é possivel privacidade Leste- DCA Fachada Sul-DCA+ LOJA Fachada Oeste- Loja desenho, ao contrário, foi fundamental para Porta vira divisória, Rua Colocando o objeto arquitetônico a criação de um conceito funcional, util e Rua de ser de fácil e limpa execussão os ( local de estudo ou vazios urbanos, de Esc: forma representativa instalações efêmeras neste local. estacionamento publico em pequenos Além estudante aprenda e experimente divindo o ambiente. Esc: 1:75 Frederico abelo criação de um conceito catalisador do entorno, é possivelnoq (firmitas, utilitas efuncional, venustas).util e Frederico este- DCA Fachada1:75 Sul-DCA+ LOJA Fachada Oeste- Loja oficinas para a loja) ( local de estudo ou projetado aprenda ousodesejo de transformação Mentz a demonstrar o Esc: potencial dos lugares belo (firmitas, utilitas e venustas). containers são reciclados, reconfigurando espaços de lazer urbanos. externo| Mentz estudante e experimente no Traduzindo o desejo do diretório 1:75 Esc: 1:75 uso externo| oficinas para adesejo loja) necessariamente do espaço, mas do coti Integração com Traduzindo o do diretório projetado o desejo de transformação, acadêmico e de um espaço para o estudante Integração com ocupados. sua tipologia inicial. Fachada Leste -Loja Implantação Fachada Oeste Oeste -- DCA DCA Fachada Norte Norte entorno Implantação Fachada Fachada “Primeiro, a vida como tal não um po acadêmico e de um espaço para o estudante Fachada Leste -Loja oo entorno necessariamente do espaço, mas doécotid de arquitetura, o projeto age politicamente página 32 Esc: 1:75 1:75 sem escala escala Esc: 1:75 1:75 Esc: 1:75 1:75 Esc: sem Esc: Esc: objeto de experiência ou conheciment de arquitetura, o projeto ageconstruindo politicamente “Primeiro, a vida como tal não é um pos através da arquitetura, um por que formas são ou condições neces através arquitetura, um objeto deas experiência conhecimento discursodacrítico sobre a construindo realidade, dos 45
CHAS DE ASSESSORAMENTO, FORMA COM DE MOSTRAR HA ENTREGUE EM PRETO COMO E BRANCO ALUSÃO DO PROJETO CONTINUA SEMPRE EM CONSTRUÇÃO. AS DE ASSESSORAMENTO, COMO FORMA DE MOSTRAR PROJETO CONTINUA SEMPRE EM CONSTRUÇÃO.
80
80
76
76
45
45
30
80
30
80
5 MÓDULOS- explorar Módulo fast flex exemplo
RECICLAR
76
Referência
76
1. transitivo direto. Submeter (algo) a reciclagem, a uma série de processos de mudança ou tratamento para reutilização. Processar (dejeto líquido ou sólido, industrial ou não) para que se possa reutilizar. Obter subproduto de (minério). 2.transitivo direto e pronominal p.ext. Promover a reciclagem (‘formação’) de (alguém ou de si próprio); atualizar(se), requalificar(-se).
Referências
MÓDULOS 5
TABELA DE ÁREAS- MÓDULOS Apoio
UNIDADE DE TRIAGEM RESÍDUO SÓLIDO
Atelier XO- São Paulo Imagem: Escritório O’Reilly
Atelier 8 artistas- Lyon França Imagem: Le collectif Architecture Container
5m
12,
EXPOSITOR
2
25
Vestiário área limpa Vestiário área suja
2
0 0
2
3
5 35 327
15 100
15 Local de acesso as U.T e guarda de volumes dos funcionários Lockers e visita 100 Local de uso higiênico e pessoal dos funcionários e visitas.Chuveiro, bacia sanitária, pia e lockers 1200
Apoio Almoxarifado/depósito Atendimento Local de exposição
Unidades Área Minima m² Uso 1 x EXPOSITOR 1 5 Atendimento ao público e comércio 6 pessoas 1 7,5 Local de exposição dos produtos 12,5 * Pode ser considerado o local de trabalho como área administrativa, e o estoque pode ser feito através de armários
2
m
Apoio Almoxarifado/depósito Reunião Local de exposição
Unidades Área Minima m² Uso 1 x Local de depósito de material OFICINAS 1 25 Sala de reunião e debate 6 pessoas 1 x Local de exposição dos produtos 25 * Pode ser considerado o local de trabalho como área administrativa, e o estoque pode ser feito através de armários * Assim como todos os módulos, o módulo oficina pode "aumentar" disponibilizando outro módulo ao lado, porém a área mínima é 25m²
ATELIER MODA
U.T + Residuário
Total
Sistema Modular: Cada módulo de 2,5x5m pode se adaptar a diferentes usos. Possibilitando que o módulo se ajuste para cada atividade. MÓDULO RESIDUÁRIO|TECNOLOGIA : A única cidade do Brasil que se tem triagem de material eletrônico é Porto Alegre, porém a quantidade de material triado, a demanda e a informação ao público são ineficientes. A unidade de triagem Paulo Freire, que se configura na av. Voluntários da Pátria tem grande potencial de transformar a cidade em um exemplo de descarte consciente de material eletrônico. Para isso o módulo Tecnologia leva infraestrutura para a U.T Paulo Freire, otimizando seu processo e agindo como agente pedagógico para a cidade.
5 35
* As composteiras serão definidas nos locais externos da edificação, elas serão dimensionadas juntamente com as hortas e perimetro com arvores frutiferas nas praças, porém para cada unidade de triagem será qualificado um local para este item. ** As novas edificações terão cobertura verde, com espaço para hortas.
ATELIERS
m
1 1
Total
OFICINAS
m
50
Unidades Área Minima Total m² de área Área minima Máxima Total m² m²ÁreaUso Máxima m² Mobiliário/ Equipamentos 1 Depósito com tanque inferior para armazenagem e sucção de chorume bomba para sucção de gases e chorume Estoque resíduo não triado 20 20 100 100 Triagem primária 1 20 20 150 150 Local de triagem geral do resíduo sólido 03 ou mais mesas de 1x2,80m e 01pia Triagem secundária 1 20 20 150 150 Local de classificação do tipo de resíduo sólido 03 ou mais mesas de 1x2,80m, pia, 02 prensadoras 01 empilhadeira Estoque final através de Baias (box) 15 12 180 35 525 Prensagem e estocagem do material triado Balança Estoque de resíduo orgânico 1 5 5 20 20 Depósito de material orgânico Bags de minhocario e terra - serão levados para composteira Composteira 1 0 0 Composteira de resíduos orgânicos triados Bags de minhocario e terra Lavanderia 1 7 7 20 20 Local para limpeza de uniformes máquina de lavar e secar roupa, tanque e dml Escritório 1 10 10 30 30 Local para serviços administrativos Computador, telefone, impressora, mesas, cadeira, tv etc Estar Funcionários 1 15 15 55 55 Local de convivio dos funcionários e refeitório rádio, sofás, mesas e televisão Copa 1 10 10 35 35 Local de convivio de refeição dos funcionários geladeira,fogão, microondas, mesas, cadeiras, pia e armários etc
Apoio Unidades Área Minima m² Depósito resíduo recolhido 1 5 Triagem 1 x Depósito resíduo triado 1 x Lavanderia 1 10 Almoxarifado 1 X Modelagem 1 25 Corte- Costura 1 10 50
Uso Depósito de residuário Estoque de material a ser trabalhado e material final * Depósito de residuário triado * Limpeza de material Local de reunião e administrativo Local para peças piloto serem testadas e desenhadas Acabamento
Mobiliário/ Equipamentos Armário Bancada, computador e cofre Local para fixar obras e instalações
Mobiliário/ Equipamentos Armário Bancada, equipamento audiovisual, cadeiras Local para fixar obras e instalações
Mobiliário/ Equipamentos Prateleiras Armários com portas Prateleiras Maquina de Lavar e secar roupa Bancada e cadeira Bancada e cadeira, calungas Maquina de costura e acabamento **
* Pode ser considerado o local de trabalho como área administrativa, e o estoque pode ser feito através de armários ** Pode ser montado 1 ou mais módulos de costura para diferentes tipos de corte e costura.
ATELIER
MÓDULO RESIDUÁRIO| CONSTRUÇÃO: O 3o Cluster é hoje um dos locais de maior conexão entre diferentes locais de Porto Alegre. Além de se encontrar próximo a universidades, grandes industrias e shoppings há tambémacumulo do patrimônio histórico, acesso ao Rio Guaíba e ao metrô. O fator também que contribui para a elaboração do módulo construção é a necessidade de local que trie materiais de contrução ( esse um dos materiais em maior quantidade em porto alegre). Para isso, o módulo construção se desenvolve como conector da vida já estabelecida neste local com intervenções e elaboração de designs com a temática de lixo-zero, reutilizando o material descartado.
TECNOLOGIA Total
Apoio Unidades Área Minima m² Depósito resíduo recolhido 1 10 Triagem 1 x Depósito resíduo triado 1 5 Pesquisa 1 35 50
Uso Depósito de residuário Estoque de material a ser trabalhado e material final * Depósito de residuário triado * Local de pesquisa sobre o material triado**
Mobiliário/ Equipamentos Prateleiras Armários com portas Prateleiras bancada com cadeiras e computadores
* Pode ser considerado o local de trabalho como área administrativa, e o estoque pode ser feito através de armários ** Pode ser montado com o módulo oficina podendo gerar interações entre outras áreas, ou até se criar vinculos com as industrias locais como mão de obra de pesquisa
Apoio ATELIER DESIGN MARCENARIA
Total
Depósito Estoque Sala administrativa Local de Trabalho 1
Unidades Área Minima m² 1 5 1 x 1 x 1 45
Uso Depósito de residuário Estoque de material a ser trabalhado e material final * Local de reunião e administrativo do local * Trabalho com material bruto
Local de trabalho2
1
45
Acabamento
Sanitário
1
5 100
Local para higiênie pessoal
* Pode ser considerado o local de trabalho como área administrativa, e o estoque pode ser feito através de armários * Local deve ter Sistema de ar pneumático e retenção dos fluidos através de taque de decantação.
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Mobiliário/ Equipamentos Prateleiras Armários com portas Bancada, cadeira e armário com portas Mesa marceneiro, lixadeira combinada, tupia, plaina, desingrossadeira, (2) serra circular, serra fita e (2) serra fita de bancada Setor de Serralheria : 1/2 esquadria, inversor de solda Solda Oxigênio e capela de pintura
EXEMPLOS DE PROJETOS
MACRO| MESO E MICRO ESCALA
REQUALIFICAÇÃO DA VIA
PONTOS TURÍSTICOS
ESTRATÉGIAS PARA QUALIDADE URBANA
4 DISTRITO AÉREO SEM ESCALA página 34
ESPAÇOS PÚBLICOS DE QUALIDADE
CONEXÃO COM A ORLA
SISTEMA MODULAR
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FICHA DE REPERTÓRIO- Percurso Revitalização de antiga linha ferroviária
Plano de requalificação urbana de área central
Local: E.U.A | New YorkDesenho: New York City Department of Parks & Recreation Área de intervenção: 3,75Km
Local: Rio Pardo – RS Ano: Plano – 2013 Área de intervenção: 119.646m² Área de influência 1.452.682.95m² População beneficiada: 26.041 habitantes Projeto: 3c Arquitetura e Urbanismo
ANTES
PLANO Foto: thehighline.org
Imagem: 3c.arq.br/056_
DEPOIS
DEPOIS Foto: Iwan Been 2014
PROPOSTA Com cerca de 2,5 km cruzando entre prédios e industrias 3 bairros de Ny, o Hight Line era uma antiga linha férrea suspensa abandonada que mantinha o local ocioso, sem vitalidade e em muitos trechos inseguro. Com a discussão de retirada da estrutura para melhor aproveitamento da cidade houve grande resistência de alguns moradores que defenderam o local para que se mantivesse a estrutura, porém que houvesse mudança transformando ele em um parque suspenso. PONTOS POSITIVOS Hoje a Hight Line se tornou ponto turístico ligando várias zonas e transformando áreas até então abandonadas em locais de grande vitalidade. Reciclando a antiga estrutura, o projeto do hight line contou com novo paisagismo e mobiliário. Hoje grandes projetos estão sendo implementados ao longo do jardim suspenso, projetos do escritório como BIG, StudiaMDA e Zaha. PONTOS ANALISADOS EM PROJETO O percurso da High Line tem contexto totalmente diferente da Av. Voluntários. Podemos entender que o 4º distrito passa por um processo de discussão e vontade publica de mudança, porém a Av. Voluntários ainda é vista como local estigmatizado pela violência e abandono. A high Line assim como a Voluntários se situa em local de predomínio industrial, mas os pontos aqui analisados é p desejo de melhorar a qualidade de vida das pessoas e dos moradores da região, através de uma infraestrutura já existente, de conectar diferentes zonas através da valorização do pedestre.
Imagem: 3c.arq.br/056_
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PROPOSTA plano urbanístico integrador de intervenções de desenho urbano, regramento e promoção de atividades. O plano apresentado se estrutura em dois percursos temáticos: o do patrimônio, que conecta as edificações históricas listadas e tombadas na área central através da qualificação do espaço de passeio, das vias, do combate à poluição visual, da sinalização adequada e da promoção de atividades culturais. Já o percurso do comércio busca apoiar-se no ambiente qualificado para gerar maior acessibilidade e valorizar o comércio de rua que é tradição no município. PONTOS POSITIVOS O Plano busca resgatar qualidades do centro histórico de Rio Pardo, especialmente a qualidade da vivência urbana e a percepção do patrimônio histórico pelos seus cidadãos. Busca também qualificar as áreas públicas, de lazer e comércio da região central, com investimento na qualificação do espaço das vias, passeios e praças, além da criação do primeiro parque urbano do município. PONTOS ANALISADOS EM PROJETO O plano integrador de intervenções de desenho urbano de Rio Pardo gera a partir de conexões com o existente e da requalificação do espaço publico novos usos do centro histórico. Como a Avenida Voluntários, rica em patrimônio histórico e comércio local é interessante a compreensão deste projeto para a mudança na qualidade de vida do cidadão e valorização e respeito de seu caráter.
FICHA DE REPERTÓRIO- Cluster
ANTES
PARK Local:Turquia Ano: 2015 Programa: Escritórios, espaço de laboratório, galeria, café, restaurante, sala de exposições, galeria, terraço exterior e jardim Área: 1000 m2 total terreno, 800m2 paisagismo Projeto: ATÖYLE LABS
Foto: thehighline.org
FICHA DE REPERTÓRIO- Módulo Pavilhão de Contêiner Local: China Ano do projeto: 2015 Área de intervenção: 305m² Projeto: People’s Architecture
ENTORNO Foto: People’s Architecture Office fonte:Archdaily.com.br
DEPOIS
Foto: Iwan Been 2014
PROJETO
PROPOSTA “Construir uma instalação capaz de fomentar a colaboração interdisciplinar e abrigar um emergente parque tecnológico no centro de Izmir, uma movimentada cosmópole na Turquia ocidental. O projeto resultante reutiliza 35 contêineres de segunda mão para formar a peça central de uma nova e vibrante comunidade de pesquisa no campus, assim como gerar um imã para o talento criativo .” PONTOS POSITIVOS “Leva-se em consideração o fato de que a capacidade de adaptação e resistência do núcleo e da pele de um edifício são os seus maiores atrativos a longo prazo. O projeto conta com vários detalhes técnicos tais como vigas e colunas, instalações elétricas visíveis, tomadas abundantes, ventilação de alta capacidade, sistemas de calefação-resfriamento controláveis a nível local e estrutura de apoio para ajudar a construir possíveis separações no futuro. Todos os sistemas ajudam a modificar facilmente os usos espaciais ao longo do tempo.” PONTOS ANALISADOS EM PROJETO O projeto do Pavilhão iniciou com o processo de reciclagem de conteiners adquiridos localmente e com o descobrimento de um terreno que ainda havia escombros de um edifício demolido dentro do campus universitário. Reutilizando materiais de construção, os conteiners e através da reutilização de local subaproveitado, o local se tornou símbolo de resiliência através de boas ideias. Além disso o projeto conta com a capacidade de adaptação já que o projeto de instalações são independentes em cada contêiner, possibilitando possíveis reconfigurações de layout no futuro. O projeto também conta com móveis modulares que prevem secções das fachadas como telas viáveis para os pintores e grafiteiros, além de ajudar na desmontagem e translado.
Foto: People’s Architecture Office fonte:Archdaily.com.br
PROPOSTA Estrutura temporária que pode ser deslocada para qualquer local. Escritórios, coworkings e espaço de lazer configuram o pavilhão Contêiner.. PONTOS POSITIVOS O pavilhão, que possui continuidade com a rua, apresentam suas atividades internas para o exterior. Com janelas até o pé direito em suas extremidades o movimento gerado pelos contêineres empilhados, maximiza as vistas no nível superior e aumenta o número de áreas públicas sombreadas no térreo do pavilhão. 7,5 metros de balanço marca o ponto de entrada do projeto. PONTOS ANALISADOS EM PROJETO
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O projeto apresenta um diálogo de respeito entre o interior e o exterior, característica relevante para os módulos propostos. Além disso, o projeto do pavilhão pode ser ampliado, transferido e modificado a qualquer momento podendo ser inserido para qualquer local, estratégia de itinerância adotada para os módulos.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
BATISTA, Vinicius Ferreira. “Liberdade pelo trabalho ou trabalho pela liberdade: o caso dos catadores de materiais recicláveis” 2013, página 120. CALVINO, Italo. As cidades Invisiveis. Companhia das letras Tradução Diogo Manardi
Como conclusão da pesquisa, a estratégia é vincular os atores hoje existentes da região e melhorar a infraestrutura para qualificar a atuação e resiliência da Avenida Voluntários e entorno. A criação de espaços que atendam aos usos existentes, que consagrem novos usos e dinamizem a região se viabilizará através de um percurso integrador de equipamentos urbanos. Abrigando feiras, disponibilizando espaços para ateliers e pesquisas de tecnologia, dispondo de espaços para lazer, descanso e atendimento a necessidades dos trabalhadores da reciclagem. Assim, o trabalho tem como finalidade despertar a compreensão da sociedade para com a importância do resíduo e transformar a avenida voluntários em um Cluster de inovação sustentável, abarcando todas as fases da diminuição de recursos naturais para melhor qualidade de vida e das cidades. Como explica FUÃO (2006 página 129) Entende-se que a arquitetura não é suficientemente reconhecida na problemática da reciclagem do lixo, e muitas vezes até menosprezada a sua importância em face das necessidades mais emergentes dos catadores. Mesmo dentro de outras áreas da ciência como Administração, Educação, Sociologia, Psicologia que estudam esse tema, ela permanece ausente nesse processo interdisciplinar. Com freqüência, a importância da arquitetura e do espaço não comparecem diretamente como item referencial na política do lixo. Assim, entendendo a sustentabilidade como futuro das cidades, é necessário transcrever este tema em um projeto urbano que qualifique e integre todos os agentes que compõem este quadro. Para isso é necessário a aproximação e valorização de quem vive e sobrevive para tornar a cidade ambientalmente mais rica.
Cartilha do Catador, Comitê Interministerial para Inclusão Social e Econômica dos Catadores de Materiais Reutilizáveis e Reciclaveis – CIIS. Ministerio do Meio Ambiente. FUÃO, Fernando de Freitas. “Unidades de triagem de lixo-Reciclagem para vida” que provém da pesquisa “unidades de triagem de Resíduos Sólidos (UTRS), um estudo sobre normativas e proposições arquitetônicas”. 2006, página 107. JACOBS, Jane. Vida e Morte das grandes cidades. 3º Edição 2013, pagina 437 LEITE, Carlos. Cidades Sustentáveis Cidades Inteligentes. Desenvolvimento sustentável num planeta urbano- Porto Alegre, 2012. Pagina 14. LYNCH, Kevin. A Theory of Good City Form. EUA, Editora Mit Press, 1984. pagina 524 ROCHA, Paulo Mendes. Maquetes de Papel . Editora Cosacnaif Geh, Jan, 1936, Cidade para as pessoas/ Jan Gehl ; tradução anita Dimarco .3 ed. São Paulo: Perspectiva, 2015 Plano de economia Criativa Lisboa, www.cross-innovation.eu. Acesso 22 de novembro de 2016
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ANEXO AS CIDADES CONTÍNUAS
Italo Calvino
A cidade de Leônia refaz a si própria todos os dias: a população acorda todas as manhãs em lençóis frescos, lava-se com sabonetes recém-tirados da embalagem, veste roupões novíssimos, extrai das mais avançadas geladeiras latas ainda intatas, escutando as últimas lengalengas do último modelo de rádio. Nas calçadas, envoltos em límpidos sacos plásticos, os restos da Leônia de ontem aguardam a carroça do lixeiro. Não só tubos retorcidos de pasta de dente, lâmpadas queimadas, jornais, recipientes, materiais de embalagem, mas também aquecedores, enciclopédias, pianos, aparelhos de jantar de porcelana: mais do que pelas coisas que todos os dias são fabricadas, vendidas, compradas, a opulência de Leônia se mede pelas coisas que todos os dias são jogadas fora para dar lugar às novas. Tanto que se pergunta se a verdadeira paixão de Leônia é de fato, como dizem, o prazer das coisas novas e diferentes, e não o ato de expelir, de afastar de si, expurgar uma impureza recorrente. O certo é que os lixeiros são acolhidos como anjos e a sua tarefa de remover os restos da existência do dia anterior é circundada de um respeito silencioso, como um rito que inspira a devoção, ou talvez apenas porque, uma vez que as coisas são jogadas fora, ninguém mais quer pensar nelas. Ninguém se pergunta para onde os lixeiros levam os seus carregamentos: para fora da cidade, sem dúvida; mas todos os anos a cidade se expande e os depósitos de lixo devem recuar para mais longe; a imponência dos tributos aumenta e os impostos elevam-se, estratificam-se, estendem-se por um perímetro mais amplo. Acrescente-se que, quanto mais Leônia se supera na arte de fabricar novos materiais, mais substancioso torna-se o lixo, resistindo ao tempo, às intempéries, à fermentação e à combustão. E uma fortaleza de rebotalhos indestrutíveis que circunda Leônia, domina-a de todos os lados como uma cadeia de montanhas. O resultado é o seguinte: quanto mais Leônia expele, mais coisas acumula; as escamas do seu passado se solidificam numa couraça impossível de se tirar; renovando-se todos os dias, a cidade conserva-se integralmente em sua única forma definitiva: a do lixo de ontem que se junta ao lixo de anteontem e de todos os dias e anos e lustros. A imundície de Leônia pouco a pouco invadiria o mundo se o imenso depósito de lixo não fosse comprimido, do lado de lá de sua cumeeira, por depósitos de lixo de outras cidades que também repelem para longe montanhas de detritos. Talvez o mundo inteiro, além dos confins de Leônia, seja recoberto por crateras de imundície, cada uma com uma metrópole no centro em ininterrupta erupção. Os confins entre cidades desconhecidas e inimigas são bastiões infectados em que os detritos de uma e de outra escoram-se reciprocamente, superam-se, misturam-se. Quanto mais cresce em altura, maior é a ameaça de desmoronamento: basta que um vasilhame, um pneu velho, um garrafão de vinho se precipitem do lado de Leônia e uma avalanche de sapatos desemparelhados, calendários de anos decorridos e flores secas afunde a cidade no passado que em vão tentava repelir, misturado com o das cidades limítrofes, finalmente eliminada - um Cataclismo irá aplainar a sórdida cadeia montanhosa, cancelar qualquer vestígio da metrópole sempre vestida de novo. Já nas cidades vizinhas, estão prontos os rolos compressores para aplainar o solo, estender-se no novo território, alargar-se, afastar os novos depósitos de lixo.
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