EDITORIAL Se o ditado diz que “o mundo é um livro e aqueles que não viajam leem apenas uma página”, nessa edição desvendamos os caminhos e os atalhos para que você possa ler a obra completa da vida. E melhor ainda, ao lado da pessoa amada. Nas páginas a seguir, nossa equipe preparou um guia completo com opções de lua-de-mel para todos os bolsos, gostos e amores. Dos destinos aventureiros, praianos e urbanos até os inusitados roteiros entre os grandes estádios de futebol do mundo. E se o assunto é o inusitado, a edição conta também com uma matéria sobre a onda da cultura indiana em solos tupiniquins. Afinal, muito além de lazer e romance, as trocas entre EXPEDIENTE as diferentes culturas são um ponto fundamental para o enten- Edição de Imagens: Luiza Gomes Reportagem: Joanna Cassiano, Luiza Gomes, dimento do mundo em que vive- Paulo Henrique Tavares, Samantha Monteiro, mos. E, é claro, são fundamentais Úrsula Castro para termos cada vez mais vonta- Colunista: Joanna Cassiano Editoração: Paulo Henrique Tavares, Samande de nos lançar a novos destinos tha Monteiro, Luiza Gomes e experiências! Fotos: Divulgação e Reprodução
Falta de grana não pode ser mais uma desculpa pra não viajar! Samantha Monteiro
À
s vezes as pessoas têm medo de se jogar no mundo. Geralmente, pensam que vão gastar uma fortuna, que pode ser perigoso, que não vão conseguir entender os idiomas completamente diferentes e por aí vai... A artista plástica Alice Fernandes, de 24 anos conseguiu provar que viajar é possível e, mais que isso, confiar nas pessoas e viver experiências! "Minha viagem começou em junho desse ano, a partir daí foram 92 dias na Europa, passando por 13 países e 30 cidades, dentre elas: Amsterdam, Berlim, Paris, Londres, Veneza, Budapeste, Praga e Viena." contou Alice sobre o começo da aventura. Ao ser perguntada como conseguiu fazer a viagem, Alice se empolgou: "Só que para deixar a história um pouquinho mais interessante: eu resolvi viajar sem dinheiro nenhum. Comprei minhas passagens de ida e volta e saí do Rio de Janeiro sem nada de dinheiro e nem cartões de crédito. Nem mesmo para o caso de uma emergência. O objetivo era estar num lugar totalmente novo, num determinado período de tempo, confiando inteiramente no poder das relações interpessoais, ressaltando a bondade humana para além de bens materiais e mostrar ao mundo o quanto se é possível atingir a partir do momento que a ele você deposita total confiança e bondade." Ela optou por fazer essa viagem sem dinheiro, para contradizer o que muitos acreditam em relação ao mesmo. Para demonstrar que é um equívoco enorme associar a renda bancária ao que você
está ou não está hábil a realizar. Bloqueio e medos pessoais podem ser enfrentados para muito além da quantidade monetária acumulada numa conta bancária. Pessoas sempre deveriam ser mais valorizadas do que coisas, pois são aqueles que por nossas vidas passam, que nos proporcionam momentos sinceros e inesquecíveis. Seja no dia-a-dia ou numa viagem. Alice disse que acredita no lado bom das pessoas e que, a partir do momento em que se está aberto ao desconhecido, aberto
38 casas diferentes e viveu situações que dinheiro nenhum paga, simplesmente pelo ato de confiar nas pessoas. Deveríamos todos aprender a enfrentar o medo de portas abertas. Afinal, o perigo na grande maioria das vezes é ilusório. Ao ser perguntada se passou por alguma situação difícil, ou teve medo em algum momento, ela disse: "Se porventura passar por uma situação não tão agradável, acredite: é porque algo espetacular está para acontecer logo logo. Ao menos foi assim comigo inclusive durante as
Alice pegando uma carona de navio, pelo Rio Reno, na Suíça ao mundo, muito se pode alcançar, de uma forma pura, honesta e sim, livre de interesses materiais. "Sobretudo depois dessa viagem, eu passei a acreditar bastante nesse negócio de energia... o que você atrai para sua vida é o próprio reflexo das suas atitudes perante o próximo. Se faz o bem, o bem vem. Simples assim." Constatou ela, depois dessa grande experiência de vida. A artista plástica dormiu em
54 caronas que peguei na estrada. Passei por alguns momentos difíceis, como pegando carona debaixo de chuva e à noite. Mas surpreendentemente, todos os momentos difíceis vieram seguidos por outros positivamente incríveis. Como por exemplo certa vez, em que eu estava na estrada à noite, debaixo de um temporal e tive que atravessar, sozinha, uma rua desativada e
sem iluminação alguma, passando por baixo da auto estrada (este foi um dos momentos mais tensos da viagem), e eu acabei a noite num apartamento de uma artista plástica renomada, relaxando numa banheira quente, com sais de banho especiais e tudo, rindo para a chuva gelada que ainda caía do lado de fora. Momentos difíceis não vêm à toa, vêm para fortalecer e servirem de incentivo a olhar adiante e na possível seguinte escuridão confiar." "Mas, nossa, pegar carona é demais! É uma maneira de fazer do trajeto, parte significativa da viagem. Às vezes eu passava dias na estrada (como foi o caso de Londres-Belgrado, três dias de viagem) e nem sequer sentia o tempo passar. É bem diferente de uma viagem de ônibus ou trem... A sensação de conhecer pessoas pelo caminho, trocar de carro várias vezes durante um trajeto, fazer novas amizades, compartilhar... Na Sérvia por exemplo, eu peguei carona com um senhorzinho de uns 70 anos que não falava uma palavra em inglês. Seguimos e ao som de música balcânica às alturas... Demais" E por fim ela dá alguns conselhos: "Isso é viajar! Isso é se deixar viver: confiar. Confiar sobretudo em si próprio... Confiar que sim, você pode ir atrás dos seus sonhos. Você pode viajar. Eu sei que é bem fácil pensar em um milhão de desculpas para não o fazer... Porém hoje eu afirmo que, se alguma coisa falta para o passo adiante ser dado, essa coisa é coragem. Nada além disso. Não tenha medo do desconhecido, eu estive lá e posso garantir que ele é carregado de bondade e positivas surpresas. Abra suas portas ao mundo, viaje." Largar emprego, vender a casa, juntar as economias e correr atrás de um sonho parece coisa de cinema, fora do mundo 'real' onde as pessoas têm que trabalhar, ter bens e estabelecer uma família. No entanto, tem gente, com coragem e determinação, que vive pela filosofia de que sem o so
raro ver pessoas fazendo mudanças radicais, como abandonar tudo e correr atrás de um sonho. “Muitas pessoas ficam presas em situações durante a vida toda, que não é o que eles queriam ser ou fazer, vivendo em uma cidade ou situação que não os fazem sentir bem; ou em grupos que não refletem seus valores”. A insegurança é um dos principais motivos da estagnação frente ao desgosto. Aliada a ela, também aparecem a falta de formação adequada, de personalidade e o equivoco de crença. Mas, especialmente, o desânimo frente às dificuldades que aparecerem ao se correr atrás de um sonho. É quando a dor mental ultrapassa o limite do aceitável que algumas pessoas desenvolvem coragem para enfrentar os riscos envolvidos nas mudanças. “Essencialmente, essas pessoas apostam. Elas se dispõem a correr o risco de perder e estarem enganados” diz a psicóloga, e ainda alerta: "Fazer um sonho acontecer exige esforço. A realização é feita por 1% de inspiração e 99% de transpiração. Esta satisfação exige engajamento”.
nho é impossível viver e ser feliz. “Muitas vezes a gente se engana nas nossas escolhas. A sociedade nos convida a acreditar que atingir certo status significa felicidade, só que felicidade pode não ser nada disso”, explica a psicóloga Antônia Garrido. Casamento, carreira, família: diversas áreas da vida exigem essas escolhas. O problema, À PROCURA DO EMPREGO segundo a psicóloga, é quando PERFEITO elas são motivadas pelas razões er radas. “Os caminhos traçados com o coração nos enchem de sentido e significado, de que estamos realizando algo maior. Caminhos sem o coração são mais fáceis, mas não nos levam a esse lugar de satisfação”, destaca. E as pressões vêm de todos os lados. Segundo Antônia, vivemos em uma sociedade paradoxal. Ao mesmo tempo em que ela nos oferece inúmeras condições de satisfação, ela aumenta e estimula nossas expectativas para o consumo. “Somos convidados à confusão de se sentir bem com a idéia de ter muitas coisas. Nesse sentido, temos de entender que satisfação pessoal não é possuir. O que estamos fazendo Primeira rave de Hugo em Paris é criando um buraco maior ainda”, comenta. E por isso é cada vez mais
Outra pessoa a passar por essa experiência foi Hugo Barreto, 21, hoje formado em música na França. Tudo começou aos 17 anos quando ele foi estudar na Alemanha, como seus pais eram alemães, já possuía cidadania européia. "Comecei estudando em Berlim, na capital, fazendo o ensino médio ainda, com uma bolsa de estudos que consegui fazendo prova para uma escola de lá. No primeiro mês eu fiquei em albergue, depois já consegui um emprego de pedreiro e assim consegui dividir um apartamento com outros estrangeiros." No começo foi um pouco difícil, mas como já sabia inglês, conseguiu se comunicar com outros intercambistas e todos conseguiam compreender. "Pra mim foi fácil aprender a língua alemã, acho que já estava no sangue. Enquanto estava lá pude viajar por quase todos os países da Europa, são tantos que já até perdi as contas. Tudo isso apenas de trem e uns aviões menores que são absurdamente mais baratos que no Brasil, com preços que variam de 3 a 20 euros." "Depois de me formar, comecei a participar como organizador de eventos de música eletrônica pela Europa, e como na escola já havia feito muitos trabalhos ligados a música, decidi que esse era o meu caminho. E assim fui morar na França, fazendo alguns bicos como garçom e animador em festa de crianças consegui pagar um curso de artes e música e assim consegui contatos para trabalhar na Deadsun Records, uma gravadora francesa. E nela consigo gravar músicas de rap, reggae e hip hop de minha própria autoria, e nos quatro idiomas que aprendi. São poucos que imaginam a loucura que é ter 4 idiomas diferentes circulando na sua cabeça. Menos ainda sabem como é. " Conta Hugo sobre tudo que passou para conquistar seus objetivos. Pensando no futuro, Hugo diz que não que
Festival de rap em Berlim, onde o jovem começou a mostrar seu talento dinheiro, não é seu principal inte Sentir medo antes de uma resse no momento. "Quero viajar, viagem é natural e todos sentem, mostrar minha capacidade, fazer pois estamos indo rumo ao desnovos amigos e conhecer novas conhecido, com culturas, idiomas, culturas. Com dinheiro dá pra pessoas e costumes diferentes. Mas fazer isso tudo, mas artificialmente. a diferença entre o medo e a coQuero fazer isso tudo por mim pra ragem está na atitude de ver tudo mostrar que ainda temos conexão isso como um grande desafio, uma com a naturalidade da vida." experiência única com inúmeros Que viajar faz bem para o aprendizados. Você nunca voltará corpo e a alma todo mundo já sabe. o mesmo de uma viagem de interMas a ciência resolveu comprovar câmbio porque mudamos nosso em diversas pesquisas vários benemodo de pensar, e com certeza fícios de sair de casa. Nos Estados sempre para melhor. Passamos a Unidos, o professor de neurociência dar valor para pequenas coisas que David Eagleman, do Baylor Colantes não nos importávamos. lege of Medicine, fez uma série de Passamos a ver o mundo experimentos sobre rotina e aprencomo ele realmente é, e não mais dizado. Ele comprovou que a forma só através de fotos, revistas, jornais, mais fácil de refrescar seu cérebro televisão. Vivemos em um mundo é viajar pelo mundo e conhecer lumaravilhoso, e só os corajosos são gares diferentes. Nesses momentos, os merecedores desta sabedoria e seu cérebro vai voltar a trabalhar terão o grande prazer de vivenciar e com força total. Já uma pesquisa da sentir isso. E não se esqueça: temos Universidade de Indiana, na cidade apenas uma vida pra viver. de Bloomington, convidou voluntários para um teste. Eles precisavam criar soluções de transporte para a cidade. Enquanto um grupo vivia em Bloomington, o outro morava na Grécia. As ideias mais criativas saíram dos estudantes de fora. A constatação é que quando você se distancia do problema, seja geograficamente, com uma viagem de férias, você encontra soluções menos óbvias.
Disney, Golden Bridge, Torre Eiffel? Que nada! A moda agora é ir atrás dos templos do futebol Brasileiros estão em busca de novo e diferente roteiro de turismo atrás das grandes Arenas poliesportivas do mundo moderno. por Paulo Henrique Tavares
O Brasileiro gosta mesmo de
viajar e está aproveitando cada vez mais as vantagens de uma moeda que tem se tornado forte para conhecer diversos destinos ao redor do mundo. As Ilhas paradisíacas, cidades famosas e os Parques temáticos, continuam no topo dos mais procurados mundo a fora. No entanto, uma nova rota de turismo tem se configurado nos últimos anos, principalmente pelo público masculino. Os estádios, ou melhor, as arenas de futebol. Com o passar dos anos, os grandes templos do esporte mais famoso e praticado no mundo, se transformaram em modernos centros poliesportivos e não servem mais apenas para a prática do futebol. Sediam olimpíadas, shows de grandes astros da música e também servem para outras modalidades, como o futebol americano e até o rúgbi, por exemplo. Para o policial militar Plínio De Macedo, por exemplo, que no último verão realizou um roteiro visando conhecer alguns dos grandes estádios do mundo, a visita representou muito mais do
que um simples turismo. “tive a oportunidade de visitar alguns dos principais palcos do esporte bretão espalhados pelo mundo, estádios que investem na modernidade das construções e são atrações turísticas não apenas pela importância dos times no cenário mundial e modernidade de suas instalações, mas principalmente pelo cuidado em preservar cada detalhe de suas vastas histórias”, disse. Listamos o top 5 dessas grandes obras arquitetônicas do mundo esportivo que tem sido o desejo de rota de muitos desses apaixonados. É claro que entre eles não podia faltar o nosso Maracanã, palco de duas finais de Copa do Mundo e que 2016 se tornará palco da abertura e fechamento das Olimpíadas do Rio de Janeiro. Entre os estádios mais impressionantes do planeta, também se destaca essa grande obra alemã, cuja construção começou em 2002 para a Copa do Mundo 4 anos depois. Localizado em Munique, na Alemanha, ela tem capacidade para 69.900 espectadores e é um dos mais modernos do mundo. Uma de suas particularidades é que sua fachada externa muda de cor de acordo com a equipe que está jogando.
Allainz Arena - A arena possui capacidade de 71 mil espectadores Com capacidade para 91 mil espectadores, o Estádio Nacional de Pequim, na China, um dos mais formidáveis, foi a sede principal dos Jogos Olímpicos de 2008. O Ninho de Pássaro, como é conhecido devido ao design peculiar, segue um conceito de construção sustentável: a água da chuva que cai sobre a superfície do teto é reutilizada para a lim
Ninho do Pássaro - Pouco utilizado, estádio serve apenas como monumento aos Jogos de 2008.
peza e irrigação do gramado. Conta também com aquecedores solares para regular a temperatura, além de um restaurante e um cinema. Foi o local da abertura e fechamento das Olimpíadas de 2008. O Maracanã é uma das arenas mais impressionantes do mundo, não só pela magnitude, mas por seu significado cultural. Construído para o Mundial de 1950, foi o estádio que abrigou o maior número de partidas da Copa do Mundo, inclusive a final, conquistada pelos alemães. A reforma do Maracanã respeitou a sua concepção original. Com espaço para 76.935 espectadores, continua a sendo o maior estádio do Brasil, com todos os assentos trocados e um novo teto que recolhe a água da chuva. Reformado em 2006, o estádio londrino é famoso tanto por suas dimensões (capacidade para 90 mil espectadores) como por sua história. Uma de suas características mais impactantes é o teto retrátil: em menos de uma hora, pode ser fechado completamente. Também conta com escadas rolantes mecânicas para o acesso aos diversos níveis, 12 restaurantes e 58 lojas. Um verdadeiro shopping, com um campo de futebol dentro. Palco da grande final da História brasileira nas Copas, o tri de 70 no México, o Estádio Azteca é simplesmente um monumento que parece não ter fim. Espanta ainda mais o fato de que não há pista de atletismo no estádio (o que normalmente o torna maior por natureza própria). Ou seja, sua grandiosidade é Maracanã (acima) - Apesar de ter pertido o posto no mesmo nas arquibancadas. O local também foi pal- mundo, o maraca ainda é o maior do Brasil. co da “partida do século”, entre Itália e Alemanha. Wembley (esquerda) - o estádio foi demolido e reconstruído em 2003. Estádio Azteca (direita) - O palco do futebol mexicano é o maior estádio me extensão do Veja abaixo um ranking com os maiores mundo.
estádios do mundo:
Brasil: Sucursal da Índia Joanna Cassiano Luiza Gomes
movimentada de Ipanema. Ele é a personificação de um processo que corre nas veias da globalização: a apropriação cultural. No seu álbum de fotos, uma dedicação extensiva e talvez até lisonjeira aos gurus indianos e panteões hindus. Ele conta que vai à Índia pelo menos de dois em dois anos para reciclar seus conhecimentos e, fazendo peregrinações, assegura que vive a ioga como uma verdade, e não como uma forma de se adornar com seus símbolos.
e também não consta em minha dieta café, guaraná, cebola, alho, nenhum tipo de enlatado, pois são alimentos que influenciam negativamente o corpo físico e a mente, nas praticas de meditação”, explicou o professor. Quanto aos propósitos que conduzem à prática da ioga - encarada com austeridade pelos praticantes nativos da Índia -, Charles foi categórico. “Muitos buscam aprimorar a forma física, outros mais tranquilidade mental e são poucos que buscam como desenvolvimento espiritual, o que na realidade é o propósito do ioga”, e arrematou: “Praticar ioga não é uma questão de modismo ou de pegar bem, ou você pratica para o seu desenvolvimento espiritual ou você não está fazendo a coisa com o propósito certo. Pouco importa o que as pessoas acham”. Charles não se identifica com o estereótipo que lhe é atribuído por alguns de seus ex-alunos,
O QUE ELES COMEM? A dieta que ele conduz seria encarada como um baita sacrifício para alguns de seus alunos da Zona Sul que, segundo ele, levam a ioga “na flauta”, se preocupando mais em manter a forma física do que cogitando qualquer mudança mais le está andando de fo- severa de hábitos. Segundo ele, nes de ouvido da Apple sob o sol o iogue deve se alimentar de aliimpetuoso do centro da cidade em mentos ”satívicos”, frescos e natupleno verão. Mas seus pés, calça- rais. “Sou vegetariano há 21 anos, dos com sandálias crocs, mal tocam o chão e seus paralelepípedos fumegantes. O plástico do sapato não derrete, sua pele não reage à sensação térmica que impera no Saara - que leva o nome do deserto por certa ironia, mas não por acaso. Ao seu redor, o retrato do caos e da informalidade, mas o headphone transmite letras de mantras em sânscrito, língua sagrada, e sua caixa craniana fica então cheia de ideias coloridas por seres com vários braços. Charles Shiva Shankara é o seu nome no Facebook. Ele é cria dos subúrbios, nasceu no Méier, passou pelo Sampaio e hoje, aos 41 anos, mora no Engenho de Dentro e dá aula para uma legião de filhotes de Ganesha - um elefante que é uma deidade hindu - Ananda (à esquerda) e Charles (a direita) em “rolé” espiritual em um estúdio de ioga, numa rua
E
que não quiseram se identificar. Pelo contrário, ele alega que vive e encarna no dia-a-dia os preceitos do ioga de realização espiritual e, que, inclusive, cumprimenta o porteiro. “Os 12 funcionários do Shiva Shankara, entre porteiros e faxineiros, sempre nos elogiam por sermos educados e sempre cumprimentá-los. A prática de ioga acontece também fora da sala de aula”, garante o professor. Outros iniciantes não chegam a se entregar à filosofia de corpo (e mente) inteiro, diz ele. “Muitos buscam por modismo ou por terem ouvido falar que alguém famoso pratica. É só perguntar quando o aluno chega, qual é o propósito de estar ali, e se escuta as coisas mais absurdas”, confessa Charles, bem-humorado. CONSUMO CULTURAL De acordo com o doutor em Comunicação e Cultura pela UFRJ, Mohammed Elhajji, o Brasil começou a importar ‘produtos culturais’ de forma mais significativa a partir dos anos 70. “O ‘oriente’ foi trazido para o Brasil pela cultura pop e cultura alternativa norte-americana e europeia. Já a partir dos anos 90, começou a ter uma curiosidade e uma abertura direta sobre as outras partes do mundo”, comenta o professor. A impressão que Charles tem dos seus alunos se confirma nos estudos culturais de Elhajji. “Até hoje, na verdade, essa abertura a outras culturas se assemelha mais a um modismo de que a um desejo autêntico de incorporar o seu modo de vida. Até por que o cinema, a música, moda ou espiritualidade orientais às vezes consumidos aqui, não chegam para nós diretamente de suas regiões de origem, mas passam pela América do Norte ou a Europa”, explica. O primeiro centro de prática é do ioga no Brasil data de uma
década antes da popularização o fenômeno citado por Mohammed. A ‘Academia de Cultura Física’ foi criada em 1958 por um francês, há poucos quilômetros do centro de Charles, em Copacabana. O mesmo sujeito fundou, na sequência, a ‘Sivananda School of Hatha Yoga’, no mesmo bairro. Uma reportagem da Veja de 2003, intitulada ‘Ioga vira Malhação’, deixou no ar que a maior parte dos 5 milhões de praticantes de ioga da época viam essa atividade sobretudo como ‘malhação’, e que o aspecto meditativo e da bus-
tros de Nova Déli, capital da Índia, faz parte de um processo que se intensifica em diversas partes do mundo. Esses movimentos evidenciam o conceito de Aldeia Global, desenvolvido em 1967 por um dos maiores teóricos da Comunicação, o filósofo canadense Marshall McLuhan. Para ele, a tecnologia faria com que todo o planeta se aproximasse da relação que ocorre dentro de uma aldeia onde todos estão, de certa forma, interligados. Quando McLuhan delineou sua visão, a Internet ainda não era uma realidade no cotidiano da po-
O casal se conheceu durante um workshop à moda indiana em 2010 ca espiritual vinham como ‘suplementos. Diz a matéria: “a maioria deles é atraída sobretudo pelos benefícios físicos dos exercícios, como músculos mais firmes e flexíveis. Se o bumbum mais rijo vier acompanhado de paz espiritual, melhor ainda”. MEGAMERCADO PLANETÁRIO A tentativa de apropriação da cultura indiana pela classe média de uma das capitais mais urbanas e populosas do Brasil, localizada a mais de 14 mil quilôme-
pulação mundial. O que o filósofo nos diria sobre os dias de hoje? Segundo o pesquisador Mohammed Elhajji, especialista em Comunicação e Cultura e professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro, os deslocamentos e as trocas humanas sempre existiram, mas nunca na velocidade como observamos atualmente: “Pode-se falar em integração e interação de virtualmente todas as regiões do globo. Existe, hoje, um megamercado planetário de produtos materiais e simbólicos oriundos de todas as
partes do planeta”. No Brasil, as práticas de apropriação de culturas internacionais se intensificaram a partir dos anos 70, mas foi somente nos anos 90 que o panorama cultural do país se abriu para as produções que estavam fora do eixo Estados Unidos-Europa, tradicionalmente dominante na produção simbólica do mundo. Elhajji ressalta o fato de que as culturais orientais e as próprias culturas de nossos vizinhos latino-americanos muitas vezes passam pelos Estados Unidos ou pela Europa antes de chegarem até nós. Segundo o pesquisador: “Infelizmente continuamos agindo como colônia ou província e não como uma nação segura e aberta sobre o mundo”.
“Uma minoria adere à prática e a adota como modo de vida. Isso faz parte do espírito da modernidade”
Embora cultura seja uma das principais categorias de exportação das grandes potências mundiais, as culturas tradicionais e regionais vendem bem nos dias de hoje, e a tendência é que se destaquem cada vez mais nesse “mercado da produção simbólica”. Para Elhajji, a assimilação ocidental de práticas como o budismo, hinduísmo e ioga, é mais um modismo do que uma verdadeira busca pela essência do orientalismo. “Uma minoria adere à prática e a adota como modo de vida. Isso faz parte do espírito da modernidade: a possibilidade de aderir a outras culturas ou práticas espirituais. A identidade não é mais uma, definitiva e imposta pela sociedade. Pode também ser plural e vocacional”, afirma o pesquisador. PERFIL DE ‘CHARLES SHIVA SHANKARA’, de 41 anos, e professor de ioga desde os 28 anos
Os dois vão à Índia de dois em dois anos para rever suas práticas de ioga 1) Qual estilo de ioga você ensina 4) Aquilo que você ensina nas nas suas aulas? Quais as carac- aulas (dos aspectos mais concreterísticas essenciais desse estilo? tos aos mais abstratos) você pratica? HATHA YOGA & ASHTANGA Sim, só ensino o que pratico. VINYASA YOGA. O Ashtanga usam um tipo de respiração dife- 5) ‘Faz ioga & cumprimenta o rente. Existe o ‘vinyasa’, que é o porteiro’? Como o ioga está premovimento da respiração com as sente no seu dia-a-dia? posturas, com uma série fixa, exis- Yoga não se resume à sala de tem outras técnicas chamadas de aula e sim, à vida de cada um. No BHANDAS, que no HATHA só é Shiva Shankara,, que fica na GAusado nas praticas de respiração, a LERIA 111, um prédio com pelo técnica chamada “pranayama”. menos 12 funcionários (porteiros e faxineiros), esses funcionários 2) Além das posturas, você ensi- sempre elogiam os alunos do Shina outras práticas indianas (li- va Shankara, por serem educados gadas à alimentação, mantras, e sempre cumprimentá-los. A prámeditações,...)? tica de Yoga acontece fora da sala Bom, a prática de Yoga não se re- de aula. sume em ásanas (postura), o ásana é só uma parte. Aquele que não en- 6) O que é a ioga para você? sina pranayama, filosofia, medita- Tudo… Yoga lhe ensina a viver, ção, mantra, alimentação, modo de desde da forma de se alimentar, pensar, não ensina Yoga, e nós, no pensar, lidar com as dificuldades Shiva Shankara, ensinamos Yoga. na vida e o mais importante, entender o que é a vida, o que é a morte 3) Como descreveria a sua forma e qual o propósito do ser humano particular de dar aula? aqui, quando encarnado. Acho que dar aula, principalmente de Yoga, deve ser da forma que 7) Como se alimenta? Come carvocê pratica, então ensino o que ne? Come em fast food? Onde pratico. compra os seus alimentos? A natureza qualifica as coisas em três parte a) SATVICA B) RAJAS
C)TAMAS. O yogue deve se alimentar de alimentos SATÍVICOS, frescos e naturais. Sou vegetariano há 21 anos, vegetariano é aquele que não come nenhum tipo de carne, se alguém come somente peixe e se diz vegetariano, está errado. Não consta em nossa dieta também café, guaraná, cebola, alho, nenhum tipo de alimento enlatado, pois são alimentos que influenciam negativamente o corpo físico e a mente, nas praticas de meditação. 8) Qual a sua postura como consumidor? (Busca qualidade, filtra por preço, por marca, consome só o necessário,...). Compra em lojas, shopping, feiras…? Qualidade e, obviamente, só o necessário.
2 em 2 anos, sempre que possível. Chegamos de lá em março desse ano e voltaremos em outubro de 2015. Da última vez ficamos 6 meses, estudando e fazendo as peregrinações. 15) Em qual nível socioeconômico se encaixa (A, b, c, d)? Eu sou do subúrbio. Moro no Endenho de Dentro, morei no Sampaio e no Méier.
ioga ‘pega bem’ hoje em dia? Praticar Yoga não é uma questão de modismo ou de pega bem, você pratica para o seu desenvolvimento espiritual ou é você não esta fazendo a coisa com o propósito certo. Pouco importa o que as pessoas acham.
20) Acha que pessoas podem buscar a ioga por fetiche e não por real interesse? Como identificar essas pessoas em sala? 16) Em qual nível socioeconômi- Sim, muitos a buscam por modisco se encaixam os seus alunos do mo ou por terem ouvido falar que
9) Se considera uma pessoa mística? Defina mística (risos). 10) De onde tira o seu sustento? Das aulas de Yoga. 11) Tem filhos? De que idade? Sem filhos. 12) É casado? Há quanto tempo? Casado há 3 anos com Ananda, que também é professora de Yoga, O mestre de Charles o ajuda a permanecer em uma posição alguém famoso pratica. É só percanadense, e nos conhecemos na Shiva Shankara? São alunos que moram na Zona guntar quando o aluno chega qual India em 2010, em um curso. Sul. é o propósito de ele estar ali, e se escuta as coisas mais absurdas.... 13) Fez faculdade de quê? 17) O que eles buscam na ioga, Não me formei mas, comecei com 21) Com quantos anos começou Fisioterapia e depois Educação em geral? Muitos buscam aprimorar a forma a se interessar pela ioga? Com Física. Fui jogador de futebol profissional, deixei o Brasil quando ti- física, outros mais tranquilidade quantos anos começou a pratinha 17 anos e morei na Inglaterra, mental e são poucos que buscam car? E a dar aulas? Dinamarca, Suécia, Alemanha e como desenvolvimento espiritual, Comecei a meditar com 21 anos, EUA, jogando futebol, até estourar o que na realidade é o propósito do dar aula com 28 anos. os ligamentos do joelho esquerdo. Yoga. 22) Como descreveria sua persoVoltei para o brasil em 1993. 18) Acha que todos praticam o nalidade (vícios e virtudes)? (Preferiu não comentar) 14) Quantas vezes por ano vai à que aprendem? Índia? Qual o propósito das via- Não, com certeza não. 23) O que mais deseja da vida? gens? Vou à India sempre que posso, de 19) Acha que ser praticante de Realização espiritual
Para cada lua um tipo de mel Úrsula Castro
Com a correria e a tensão do ma-
trimônio, vem o tão merecido descanso dos recém-casados: a lua de mel. Tradicionalmente conhecida, é ela que motiva pombinhos do mundo inteiro a viajar e aproveitar os primeiros instantes a dois. Uma lua de mel perfeita varia de acordo com o gosto do casal. Enquanto, para uns, poder apreciar um copo sublime de Bordeaux, em uma degustação de vinhos é fantástico, para outros, poder saltar de um avião é mais incrível ainda. Pensando exatamente nisso, elaboramos uma lista com dez destinos incríveis para passar a lua de mel, tanto no exterior como no Brasil. O que lhe agrada mais? Curtir uma praia com clima bem quente ou um friozinho regado a boas taças de vinho e foundue? Independentemente da estação do ano, viajar também é uma oportunidade de fugir do clima pelo qual passamos e poder escolher uma cidade com características completamente diferentes.
Hotel Luxuoso em Trancoso é dono de uma das vistas mais bonitas. Para quem não dispensa boas refeições, Trancoso dispõe de restaurantes diversificados, com ótima culinária, especialmente os pratos com frutos do mar, tradicionais. Entre os atrativos da pequena vila estão especialmente as praias. Valem as caminhadas que levam até as praias vizinhas, Arraial D’ajuda e Espelho. O passeio de barco que leva os turistas até Caraíva, um povoado 40 km distante de Trancoso, depois da praia Espelho, é ótimo para quem desejar aproveitar uma boa noite de forró.
Para os amantes da praia - BA Uma das praias em evidência na Bahia de hoje, Trancoso é simples e charmosa. Antiga vila de pescadores, com praias belíssimas e uma tranquilidade sem igual, hoje atrai muitos turistas que ficam encantados com a natureza local. O centro da vila é chamado de “Quadrado”, o qual abriga as lojinhas, bares, restaurantes e a igreja em volta da praça. Apesar da simplicidade natural, Trancoso agora conta com pousadas luxuosas e encantadoras, além dos restaurantes requintados, bares e casas noturnas.
Curação O país foi a capital das Antilhas Holandesas e tem um dialeto próprio muito similar ao português Sua capital é Willenstad, dividida em Otrobanda e Punda, e a vantagem de fazer uma viagem para a ilha é poder conhecer não só a cultura local, como ao mesmo tempo descobrir um pedacinho da Holanda no Caribe. Mas sabe o que é melhor? Curaçao está pertinho do Brasil. Alugar um carro é essencial para desbravar a ilha e poder ver de
perto não só as belezas naturais como também sua parte histórica. As praias de Curaçao são ótimas para mergulho, mas às vezes são pagas – o que não tira o encanto do lugar. Praias lindas como Kenepa ou Port Marie possuem um mar tão azul e deslumbrante que são capazes de arrancar suspiros dos viajantes mais exigentes. Curaçao tem aeroporto próprio com voos diretos do Brasil, destino que muitas pessoas conhecem em combinação com Aruba. Também não é preciso visto, apenas passaporte válido. O país tem temperaturas agradáveis o ano inteiro e não sofre com a temporada de furacões do Caribe.
Praia paradisíaca e concorrida entre os turistas é o ponto principal em curaçao
Para os amantes da natureza: Bonito - MS Situada no Estado do Mato Grosso do Sul, a cidade é conhecida como a “capital brasileira do ecoturismo”. Rica em belezas naturais, os rios, cavernas, grutas e dolinas atraem os turistas para a região. Bonito integra o complexo turístico do Parque da Bodoquena, que reúne ainda os municípios de Jardim, Guia Lopes da Laguna e Bodoquena. A Serra da Bodoquena faz fronteira com o Pantanal. Como um dos pólos do ecoturismo mundial, Bonito oferece diversas opções de entretenimento com o meio ambiente. Os mergulhos nas águas cristalinas dos rios são uma oportunidade incrível para observar e se encantar com o colorido dos peixes e da vegetação. Quem vai a Bonito não pode deixar de visitar o Abismo Anhuma, uma cratera de 72 metros de profundidade, com lago de água cristalina ao fundo. O passeio combina a descida de rapel com o mergulho. A visita é guiada e exclusiva, apenas dois grupos de oito pessoas são autorizados a descer, diariamente. O processo todo dura entre três e quatro horas, sendo 30 minutos para mergulho ou flutuação. Além disso, também vale a pena conferir as belezas da Cachoeira Boca da Onça, da Gruta do Lago Azul e também a flutuação nos Rios da Prata e Sucuri. A culinária sul-matogrossense tem opções deliciosas e indicadas, especialmente, para dar mais energias aos turistas. Vale conferir os caldos de peixe e também os outros pratos com pacu, dourado e pintado, além do tradicional arroz com pequi e o churrasco pantaneiro, sempre servido acompanhado de mandioca.
Lagoa azul e cristalina, fascina os olhares dos amantes que procuram paz e sossego. Monte Verde –MG Este é mais um maravilhoso lugar para quem gosta de apreciar as belezas da natureza e ainda curtir um clima gostoso de inverno. Em Monte Verde, que preserva um clima rústico, conta com pousadas e hoteis-fazenda, perfeito para curtir o vinho, a lareira e o fondue. Os esportes ligados à natureza também são atrativos do lugar. Para os mais aventureiros Monte Verde tem a oferecer os passeio a cavalo, as trilhas com quadriciclo ou jipe, passear de monomotor apreciando a vista aérea, além das caminhadas pela vila
Nos meses de inverno as temperaturas caem, favorecendo o interesse dos turistas. Os esportes como trekking e a escalada também são ótimas opções para quem deseja aventura. Minas Gerais é um estado famoso pelas comidas típicas, e em Monte Verde os restaurantes misturam em sua culinária as tradições mineiras com toques europeus, que garantem o charme dos pratos. O destaque vai para os fondues, os saborosos cafés coloniais, com mesa farta e também os pratos à base de truta.
Hotel Fazenda com comidas típicas e chalés aconchegantes
Para os amantes do frio: Campos do Jordão - SP Sofisticação e requinte dão o tom em Campos do Jordão. A cidade fica a apenas 170 quilômetros da capital paulista e é o point do inverno brasileiro. No mês de julho, a fábrica de cervejas Baden Baden é palco do Festival de Inverno, que conta com diversas apresentações de música clássica. Para quem se casará no na estação fria do ano e quer aproveitar a lua de mel sem precisar gastar muitas horas no trajeto, essa é uma ótima opção. Jantar em restaurantes charmosos, tomar chás e chocolates quentes são programas certeiros dos casais em lua de mel. Andar nas ruas de Campos curtindo o clima ameno e o aconchego do parceiro é a melhor pedida na cidade.
Local onde é realizado o Festival de Inverno de Campos do Jordão
Conhecida como Cidade Luz na época do Natal, Gramado mantém arquitetura típica alemã Gramado - RS Gramado é um município do Estado do Rio Grande do Sul, localizado na região da serra gaúcha. Conhecida pela beleza das hortênsias, tipo de flor muito comum por lá, a cidade tem pouco mais de 30 mil habitantes e influência da imigração alemã e italiana. O clima de frio intenso do inverno gaúcho atrai grande número de turistas de vários lugares do país
que ficam encantados com o charme de Gramado. A cidade é fascinante nos mínimos detalhes, tudo com ar de aconchego e delicadeza. Quem a visita não deixa de conferir os produtos tradicionais, como o artesanato, bolsas e calçados de couro, artigos de decoração e especialmente os chocolates caseiros produzidos na região. Entre os principais passeios na cidadestão a visitação dos museus, o Mini Mundo (parque em formato de cidade
miniatura) e os lagos Negro e Joaquina Bier, a Cascata Véu da Noiva, a Aldeia do Papai Noel, entre outros. A gastronomia local é marcada pelos produtos coloniais, especialmente as mesas de café recheadas de delícias, com variedades em pães, bolos, tortas, cucas, bolachas, geléias, queijos e muito mais.
Para os amantes de história e cultura: Paris: A cidade é objeto de desejo e sonho de milhares de pessoas ao redor do mundo, e não poderia faltar na nossa lista. Dentre as cidades do Velho Continente, a Cidade Luz é dos principais destinos escolhidos para passar a lua de mel, afinal, como não se render ao clima romântico e charmoso que percorre as ruas antigas da capital francesa? Cheia de pontos turísticos mundialmente famosos, visitar a Torre Eiffel é um programa bem ao estilo turistão, mas obrigatório. O roteiro da viagem dos sonhos continua com uma visita a Catedral de Notre Dame, ao Arco do Triunfo, Palácio de Versalhes e com um passeio ao Museu do Louvre, para ver de perto o pintura mais famosa do mundo, Mona Lisa. Paris é uma cidade enorme onde descobrir e redescobrir faz parte da mágica. A cidade costuma ser geladinha, com temperaturas amenas e estação de chuva indefinida. É necessário passaporte e documentos requeridos pelo acordo Schengen para a entrada no país, que dispensa visto preexistente aos turistas.
Torre Eiffel como um dos principais pontos turísticos de Paris para lá não poderão deixar de fazer um passeio de gôndola para conhecer os tão famosos canais e sentirem na pele toda a magia de desbravar um dos pedacinhos mais românticos do mundo. Para viajar a Veneza é necessário passaporte
válido e a documentação requerida pelo Acordo Schengen. O período entre abril e outubro é o mais recomendado, visto que no inverno as temperaturas podem ser baixas.
Veneza: Venezia, importante patrimônio da humanidade, é história pura e transmite nos mínimos detalhes toda a glória de ter sido uma das cidades mais influentes da Europa séculos atrás. Eleita diversas vezes como a cidade mais bonita do mundo, Veneza é um dos lugares mais escolhidos (talvez ‘o mais’) para casais passarem lua de mel. Ruelas e canais, diversas igrejas, monumentos históricos, vai ser difícil não se apaixonar por esse destino e ficar triste na hora de voltar Romântico e ao mesmo tempo autêntico, Veneza ilumina com o seu ar de viagem. Os casais que viajarem de cinema.
Para os amantes da buzina e do caos: Nova York - Estados Unidos Cosmopolita, Nova York consegue reunir o mundo todo.Com tantos museus interessantes, difícil escolher apenas um. Diversidade gastronômica não falta na Big Apple: da tradicional febre dos cupcakes coloridos, sem falar nos representantes da culinária dos mais variados cantos do planeta. Se a carteira estiver recheada, faça a reserva em restaurantes classudos como o Adour, do chef Alain Ducasse, ou o Daniel, do renomado Daniel Boulud. Com o dólar favorável, vai ser difícil resistir à tentação das compras e convém deixar um espacinho na mala. Vale a pena conhecer a loja dos sapatos estilosos do designer espanhol Manolo Blahnik ou a moderna loja da Apple.
A cidade que nunca dorme e que nunca desliga Japão - Tóquio Uma viagem a Tóquio é uma viagem muito diferente, uma mistura de vida moderna com as tradições antigas, desenhos animados manga e gadgets de alta tecnologia. Se pretendem uma lua-de-mel baseada numa experiência diferente, considerem a cidade de Tóquio para o fazerem. Desde a cozinha, aos costumes, o Japão é um país que pode deslumbrar qualquer viajante. Façam as malas e preparem-se para dar asas aos sentidos. A beleza desta cidade é uma beleza diferente – a mistura de santuários e das lanternas e de outras marcas do Japão tradicional com arranha-céus, loucos centros comerciais e os grandes centros de transportes públicos tornam esta cidade única.
Tradicional e moderna ao mesmo tempo, Tóquio encanta cada vez mais admiradores