Jornal Maranduba News #35

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Maranduba, 25 de Março de 2012

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Disponível na Internet no site www.jornalmaranduba.com.br

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Ano 3 - Edição 35 Foto: Ezequiel dos Santos

Poço da Capelinha Recanto natural feito a mão


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Jornal MARANDUBA News

Editorial:

Resgatando o retrocesso Foto: Emilio Campi

Passando pela Av. Iperoig não pude deixar de notar a falta do antigo Centro de Informações Turísticas de Ubatuba. Há poucos anos era um ambiente agradável, com monitores, computadores, exposição de artesanato, folhetos, enfim, um lugar onde muitos turistas tinham seu primeiro contato com a cidade. Acontece que ele não desapareceu, apenas mudou de lugar. Agora esse atendimento ao turista é feito do outro lado da avenida, em frente ao prédio da antiga Câmara Municipal, em uma barraquinha de praia com uma mesinha e algumas cadeiras de praia para os atendentes. Será que a mudança aconteceu para se adquar ao atual padrão da administração do

Resgate? Ou será que é para acompanhar o visual de nossas praias infestadas de ambulantes e barraquinhas “shopincenters”? Foto: RF UbaWeb

Emilio Campi Editor

Editado por:

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Emilio Campi Colaboradores:

Adelina Campi, Ezequiel dos Santos e Fernando A. Trocole Os artigos assinados são de inteira responsabilidade de seus autores e não refletem a opinião da direção deste informativo

Cartas a Redação Parabéns pelo Editorial A AGUA DA PISCINA DO VIZINHO é SEMPRE MAIS LIMPA. Todas as palavras perfeitamente escritas e descritas para tal vivência e situação que nos encontramos. De tudo o que temos ou melhor, o que não temos aqui em nosso bairro e cidade de Ubatuba, porque no Vizinho CARAGUÁ tem ? Porque lá fazem ? Porque lá existe PROGRESSO ? É tudo tão estranho, e aqui trágico se num fosse cômico. Entra ano sai ano, mandato e sai mandato e até quando vai ficar assim ? É sempre a mesma história, pra estar lá é pra se DAR BEM, aproveitar e o povo que se ... Que você possa continuar com este seu EDITORIAL com suas sábias palavras e mantenha esta escrita ATIVA onde o povo possa ler e ACORDAR para a realidade. Mudanças ? Só vai ocorrer no dia que cada morador tomar sua iniciativa, partir de cada um QUE DEVE HAVER MUDANÇAS. Obrigado pelas suas palavras e que continue com este DOM e sabedoria para a população. André Prado Sertão da Quina Abandono Tive a oportunidade e o prazer de ler o JORNAL MARANDUBA , Parabéns pelas reportagens do LUXO ao LIXO, moradores indignados com mortandade de peixes e etc. Na realidade estive fazendo uma visita a Ubatuba e

pergunto o que esta acontecendo com essa cidade? Que já foi a mais bela do nosso litoral. Totalmente abandonada, o que fazem as autoridades, que não tomam as providencias necessárias, deixando essa antiga e bela cidade acabar. Exemplo, RIO MARANDUBA onde havia disputa para pescar o melhor e maior peixe, onde crianças e adultos banhavam-se, brincando, tudo se acabou. Empresários relapsos jogam esgoto sem tratamento no Rio, que virou esgoto a céu aberto, pior o Rio desemboca no Mar, é triste, mas é a realidade. Nossa Praia esta com o futuro triste e incerto. Os Amigos de Maranduba, já enviaram ao Diretor da CETESB uma reclamação, e já estamos enviando algumas fotos, ao Sr. Diretor para que possa tomar as devidas providencias. Estaremos enviando as copias ao Editor Emilio Campi e ao Vereador Rogério Frediani, que luta para a melhoria da nossa MARANDUBA. Atenciosamente, Priscila Castilho e Amigos de Maranduba Singela Homenagem Gostaria de realizar nestas linhas uma singela homenagem ao meu irmão Maicon dos Santos Rodrigues, 28 anos que faleceu no último dia 11 de março, onde sua vida foi tirada brutalmente. Quando criança veio do Morro das Moças, pró-

ximo do Centro da cidade com seus dez irmãos para o Araribá, antes mesmo de existir a Vila Santana, onde residem até hoje. Tentou morar em Vargem Grande com sua avó, porém de saudades voltou para o seio da família. Menino bom começou cedo a trabalhar com eletrônica, arrumava de tudo. Sua aptidão o fez conhecer dois profissionais do ramo com quem começou a trabalhar. Jovem na flor da idade, irmão querido e amado, não vai ser fácil segurar esta dor, esta perda. Gostaria de neste momento prestar minhas homenagens a um “menino” bom que nos fazia feliz.

São simples palavras, porém, expressam a dor dos corações feridos de familiares e amigos que sentem falta de você. Sua memória estará para sempre conosco. Adeus nosso técnico, pai, irmão, filho e amigo. Vá com Deus! Te amo Maicon... De sua irmã Kalícia dos Santos Rodrigues


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Frediani apresenta projetos que regulariza a extração de areia artesanal Foto: Emilio Campi

Após três anos de pesquisa e consulta a especialistas, o vereador Rogério Frediani-PSDB protocolou na última quarta feira, na secretaria da Câmara Municipal, dois projetos de Lei que tratam do reconhecimento e dos critérios diferenciados para o licenciamento municipal à extração artesanal de areia. Os projetos ainda passarão pelas comissões da Câmara Municipal e não tem data para serem colocados em votação, mas já provoca satisfação entre os trabalhadores e técnicos consultados sobre o projeto. O que regulariza a atividade tem apenas cinco artigos e define de forma clara e objetiva como serão os procedimentos para a atividade. O texto considera extrator artesanal de areia, o trabalhador que retira areia do

leito do rio com pás ou conchas manuais utilizando uma pequena barcaça (chata/bateira) para transporte do material até a margem, de onde é transferida para caminhões para o destino final, realizada por profissionais cadastrados, que já exerciam a atividade há mais de dez anos. A proposta proíbe a extração de material as margens dos cursos d’água e o uso de equipamentos motorizados, como dragas, tratores e pás carregadeiras. Para equilibrar a retirada, a quantidade não poderá ultrapassar a dinâmica sedimentar de reposição do mesmo material e a circulação dos caminhões é reduzida à pequena área de acesso, restrita, sem área de manobras, evitando os danos à vegetação. Para o licenciamento municipal será exigido à cons-

tituição de Pessoa Jurídica, ou Cooperativa, que prestará assessoria técnica, jurídica e contábil aos associados ou cooperados, apresentação do Plano de Controle Ambiental, além de Relatório de Controle Ambiental, a serem analisados pelos órgãos ambientais do Estado e União, a anuência do IBAMA e a aprovação da Secretaria Municipal do Meio Ambiente. São exigências legais para organizar o setor, proteger o meio ambiente e separar o mau trabalhador do bom trabalhador. A Lei prevê ainda parcerias e convênios para o acompanhamento dos processos de licenciamento junto aos órgãos municipais, estaduais e federais, visando orientar e garantir o pleno atendimento e execução da Lei. Na justificativa, além de citar os dispositivos legais da legislação

vigente, Frediani destaca a importância de humanizar e dignificar a profissão. Outro aspecto positivo é o de desassorear os rios, que em períodos de chuva causam danos as comunidades. O autor fala que só foi possível apresentar o projeto porque a atividade artesanal é de baixo impacto ambiental e de grande importância social e econômica para o município. “Agora, a atividade está rodeada de homens maduros, responsáveis que vêem na extração de areia artesanal uma forma de diminuir e até mesmo reverter os estragos causados pela degradação da atividade, que por falta de licenciamento tornou homens de bem em bandidos, todos precisam trabalhar, para isso tem de cuidar para que sempre haja serviço”, desabafa Frediani.

Para técnicos e profissionais ouvidos pelo gabinete do vereador, é uma oportunidade única de aliar desenvolvimento social, geração de renda, dignificação do trabalhador e sua família e preservação ambiental. Outro projeto que trata do mesmo tema é o que declara de relevante interesse social, econômico e ambiental a atividade de extrator de areia artesanal. Seu reconhecimento facilitará o andamento dos processos de licenciamento. “Desenvolvimento sustentável não é o que todos queremos? Nosso trabalho é garantir de que todos tenham sua oportunidade! Não é um trabalho fácil, mas foi o que escolhemos, então temos de fazê-lo!”, comenta Frediani a amigos que participaram dos estudos, pesquisas e elaboração dos projetos.


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Escola Tiana Luiza recebe homenagem pelo projeto Araribá Na sessão do último dia 13 de março, a escola Sebastiana Luiza do bairro do Araribá foi homenageada com uma Moção de Congratulações pelo projeto que desenvolve com alunos, pais e moradores do bairro. A homenagem partiu do vereador Osmar de Souza, que se sentiu honrado em prestar esta homenagem. O projeto intitulado Araribá, nasceu da necessidade de mudança no ensino e no aprendizado dos alunos na escola, neste processo de mudança todos os envolvidos no projeto foram ouvidos, alunos, monitores, pais e professores, fazendo-se um questionamento e chegando a uma solução que agradou a todos. O resultado deste trabalho foi um novo desenho da escola, com mudanças no tempo, espaço e agrupamentos de alunos. Hoje a escola funciona em tempo integral, com oficinas de aprendizagem em espaços diversificados – extra classe e agrupamentos por projetos de alfabetização e projeto de pesquisa, mudando a rotina da escola, qualificou a aprendizagem dos alunos e dividiu responsabilidades da aprendizagem para uma equipe de professores.

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Assim o Projeto Araribá atende a expectativa dos pais, alunos, equipe Administrativa – Pedagógica e cumpre com a função social da escola que tem como meta a qualidade de ensino trazendo qualidade de vida pessoal e consequentemente da comunidade do bairro do Araribá. Na sessão estiveram a direção da escola, representante dos professores, pais e APM. No uso da tribuna a diretora se emocionou pela propositura que a escola recebera e que magistério é um dom, disse ainda que em décadas

de magistério nunca havia recebido tamanho reconhecimento. Fez questão de agradecer o corpo docente, os apoiadores, pais alunos, voluntários e a secretaria municipal de educação. O autor do projeto, Osmar de Souza, disse saber da luta dos professores e que a escola Tiana Luiza estava fazendo a diferença no bairro. Os demais vereadores parabenizaram o autor pela iniciativa. Na entrega o vereador Osmar de Souza convidou Rogério Frediani para entregar o quadro com a homenagem.

Capela Nossa Senhora das Graças apresenta obras de melhorias

A s obras da capela Nossa Senhora das Graças encontram-se em adiantado estado de acabamento, após o termino da sala de preparação dos padres, diáconos, coroinhas e convidados, o piso avança a cada dia. O mármore que cobre o chão da capela já pode ser admirado por todos, embora esteja em andamento. Até o momento, da parte de dentro já foram realizadas as obras da sala do santíssimo, a limpeza das paredes, o espaço da imagem da Santa, as luminárias, o gesso e pintura do teto. O passeio central da capela já está com piso e a base de onde serão realizadas as

missas futuras está preparada para receber o altar. Após a colocação do piso será a vez da porta de entrada, que está aguardando ser montada para sua destinação final - abrir para o povo de Deus entrar. Grande parte da obra é fruto de contribuições diretas dos fiéis e de doações de cristãos, sendo alguns anônimos. Para Padre Carlos, as doações tratam-se de bênçãos divinas. Para a obra continuar cada um pode ajudar com sua contribuição, basta ligar em horário comercial na secretaria da paróquia, no número 3849-8532.


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Criado a classificação especial para curso d água com relevante interesse a balneabilidade

Região Sul de Ubatuba recebe mais um Programa de Turismo Rural

Depois de várias denuncias e reclamações do trato dos rios do município, um grupo de defensores dos rios e do desenvolvimento sustentável solicitou ao vereador Rogerio Frediani um projeto de classificação dos rios de Ubatuba. Após várias pesquisas, profissionais especializados depositaram a confiança no vereador e ajudar a formatar um projeto em beneficio aos rios do município. Na sessão do último dia 13 de março, o projeto foi aprovado por unanimidade. Ele dispõe sobre a preservação do Patrimônio Natural do município e cria a classificação especial para os cursos d’água com relevante interesse a balneabilidade. O projeto, primeiro do litoral, prevê proteção especial ao patrimônio descrito no projeto e foi acompanhado por representantes da sociedade civil, ONGs, profissionais da área ambiental, comunidades interessadas, moradores, mídia especializada, membros do

EZEQUIEL DOS SANTOS Deu inicio no último dia 17 a mais um grupo de estudos do Programa de Turismo Rural do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural. O curso é ministrado pela mestra em hotelaria e turismo, professora Cândida Batista que se mostrou satisfeita em formar mais um grupo de moradores no programa. A atividade é fruto de um convenio entre o Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Ubatuba-STTR, a Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado de São Paulo-Fetaesp e o SENAR. Desta vez o curso acontece no Sitio Boca Larga no bairro do Sertão da Quina a beira da Avenida Fujio Iwai. Novamente 25 pessoas terão a oportunidade de se profissionalizarem em Turismo Rural. Os temas são divididos em módulos e trata-se de uma das atividades que mais se aproxima a sustentabilidade histórica, cultural e ambiental, além dos temas específicos tratados no programa. O programa faz reviver as aptidões locais e regionais como forma de ganhar dinheiro e manter as propriedades ainda mais rentáveis, trazendo novas perspectivas de geração de emprego e renda e ativida-

comitê de Bacias Hidrográficas e outros defensores das águas de Ubatuba. No texto fica estabelecida a Classe Especial para águas destinadas ao abastecimento doméstico sem prévia ou com simples desinfecção, à preservação do equilíbrio natural das comunidades aquáticas, à recreação de contato primário (balneabilidade, natação, surf, e mergulho). Com emenda do vereador Claudinei Xavier, também foi aprovado seu uso para a pesca artesanal e a retirada de areia, também artesanal, com autorização da agencia reguladora. O texto original prevê a classificação aos rios Maranduba, Itamambuca, Poruba e Rio da Fazenda, com emendas, também do vereador Claudinei, estendendo a classificação aos rios Grande, Tavares, Ubatumirim, Indaiá, Praia Dura, Lagoinha e Acaraú. O projeto prevê que nas águas de Classe Especial não serão tolerados lançamentos de águas residuárias, domésti-

cas e industriais, lixo e outros resíduos sólidos, substâncias potencialmente tóxicas, defensivos agrícolas, fertilizantes químicos e outros poluentes, mesmo tratados. Os casos de utilização para abastecimento doméstico deverão ser submetidos a uma inspeção sanitária preliminar. Na justificativa, Frediani destaca a importância de classificar as águas doces e salobras essenciais à defesa de seus níveis de qualidade, além da necessidade de garantir a qualidade das águas nos níveis sanitários seguros para contato direto e prolongado com os banhistas. Frediani destaca ainda que hoje existem disponibilidades de alternativas sanitariamente seguras para disposição final de efluentes. “É um trabalho a ser construído com as comunidades, técnicos e organizações interessadas para cuidar de um bem valioso que por enquanto temos em abundancia”, comenta Rogério Frediani.

des ao turismo. Traça a busca de oportunidades como um bem possível e esclarece os vários mitos e dificuldades encontradas no setor. O primeiro módulo foi marcado pela acolhida entre alunos, professores e os proprietários do lugar. O Sindicato aproveitou e fez plantão para os associados que buscaram se atualizar e colocar em dia suas contribuições, importantes para o funcionamento das atividades buscadas pelo sindicato. Tadeu Mendes, diretor do STTR informa que a partir de maio, haverá um dentista que atenderá gratuitamente os associados que estão em dia com o sindicato e que estará providenciando o cadastro de produtor rural para os associados que ainda não realizam seus cadastros. Também a consulta para quem quer tirar e atualizar o ITR, dar entrada em nota fiscal de produtor e a busca dos benefícios governamentais de que a Lei garante aos produtores. A oportunidade foi aberta a muitos associados que não haviam tido a chance de participar de nenhum programa desta natureza e que agora poderão contar com um aprendizado a uma atividade profissional.


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História do Surf no Brasil ADRIANA FERNANDES No Brasil, as primeiras pranchas, então chamadas de “tábuas havainas”, foram trazidas por turistas. A história começa em 1938 com a, provavelmente, primeira prancha brasileira, feita pelos paulistas Osmar Gonçalves, João Roberto e Júlio Putz, a partir da matéria de uma revista americana, que dava medidas e o tipo de madeira a ser usada. Pesava 80 kg e media 3,6 m. Em 1950, os cariocas Jorge Grande, Bizão e Paulo Preguiça, construíram uma prancha de madeira, inspirados nas pranchas de balsa que um piloto comercial americano da rota Hawaii-Rio, trazia em suas viagens. Não tinham flutuação nem envergadura. Em 1962, enquanto no Rio o Sr. Moacir criou uma técnica para dar envergadura aos pranchões, em SP, Homero Naldinho, com 14 anos, fazia suas madeirites que mediam apenas 2,2m (o tamanho das Minimodels, que surgiram somente em 1967), pois as placas de madeirite tinham esse tamanho. Em 1963, George Bally e Arduíno Colassanti, começaram a shapear as primeiras pranchas de isopor. Com uma lixa grossa presa a uma madeira, levavam dois dias para fazer uma prancha. A referência era uma foto de revista. Em 1964, Mário Bração e Irencir, conheceram o australiano Peter Troy, que trouxe outlines (templates) e noções de shapear de seu país. Ainda usava o madeirão como lixa, o ralador de côco e a grosa. Mais tarde apareceu o “Suform” importado, mas o bloco ainda era de isopor. Enquanto isso, em SP, Homero fazia as primeiras pranchas de madei-

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ra oca. Inspirado em pranchões gringos. Em 1965, o Cel Parreiras fundou a primeira fábrica de pranchas no Brasil: a São Conrado Surfboard, no RJ. Parreiras adaptou para o shape uma técnica usada no aeromodelismo: após colar a longarina com a curva desejada, usava fio quente para cortar o fundo e o deck acompanhando a curva da longarina. A seguir cortava o outline e dava o finish. Seus shapers Mário Bração e Ciro Beltrão. Mais tarde, Carlos Mudinho também passou a shapear na São Conrado. Enquanto isso, em SP, além de Homero, Eduardo Faggiano, o Cocó, Nelsinho e Lagartixa, faziam pranchões de madeira envergados com calor. Mas logo aderiram ao isopor e a técnica do fio quente, a exemplo de pioneiro Parreiras. Em 1967, Penho volta do Ha-

waii, trazendo a primeira plaina Skill e a técnica de shapear. Porém, as minimodels haviam acabado de surgir e ninguém sabia exatamente o que shapear. Faziam-se miniguns e minipranchões, mas nada com embasamento teórico. Nessa época surgiram os shapers Miçari, Rico, Wanderbilt, Tito Rosemberg, Marcelo “Caneca”, Otávio Pacheco, Maraca, Zeca Guaratiba, Isso Amsler, Paulo Aragão e Dentinho. Em 1969, o Cel. Parreiras, lança o poliuretano branco com química importada Clark Foam. Paralelamente, Homero cria a primeira fábrica de pranchas de SP e passa a comprar blocos Clark Foam do Cel. Parreiras. Inovador, Homero alcançou popularidade em todo o Brasil. Além de ter criado, provavelmente, a primeira máquina de shape do mundo, dava garantia de 1 ano para suas pranchas modelo Homero Luxo e de 6 meses para o modelo “Superlight”. Nessa mesma época, Tito Rosemberg voltava da Europa e EUA, com um Know-How bastante avançado para a época, passando a dividir o mercado brasileiro com Homero. Em 1970, o surf explodiu, e a moda era shapear a própria prancha. Surgiram então muitos nomes: No Rio, Bocão e Betão, Pepê Lopes e Jorge Pritman, Lype Dylong, Daniel Friedman, Ricardo Bravo, e mais tarde Heinrich Reinhard, Heitor Fernandes, Italo Marcelo, Gustavo Kronig e Victor Vasconcelos. Entre outros. Em SP, Guto Navarro (Maui) Eduardo Argento (Twin), Brito (Moby), Flávio La Barre. Longarina, Paulo Rabello, Pascoal, Jorge Português, Jorge Limoeiro, e mais tarde Almir Salazar, entre outros.

Superkort Board Shop: Entre o mar e as montanhas

EZEQUIEL DOS SANTOS O jovem casal Luiz Henrique e Priscila está a cinco anos oferecendo tudo sobre pranchas e acessórios. Bem em frente à Rodovia SP-55, de fácil localização, estão na Avenida Marginal, 358, ao lado da sorveteria Mar Virado. A loja colorida com ares de saúde e bem estar, cheias de pranchas dos mais variados modelos e tamanhos agrada a todos os gostos. Dentro da loja as mais variadas pranchas e os mais variados acessórios, tudo que você precisa para curtir este esporte, que envolve saúde e meio ambiente. Lú que é shapper desde 1999, começou sua carreira na Ubatuba Surf Boards, hoje produz suas próprias pranchas e neste período conseguiu deixar sua marca. Ele já participou de programa televisivo, onde apresentou o estilo stand up, sendo um dos pio-

neiros nesta modalidade. Lú já recebeu vários telefonemas e e-mails de adeptos deste esporte. Suas encomendas são sobre medidas, o cliente escolhe tamanho, a cor e a prancha sai do jeito que o cliente imaginou. Na região a Superkort é referencia dos apaixonados pelo esporte que vem de todos os cantos do Brasil. No Sertão da Quina tem uma oficina onde produz suas obras de arte. A Superkort Board Shop rema em favor dos ventos e mostra toda sua importância num esporte que tem Ubatuba como referencia mundial. O casal na região sobrevive mostrando a importância de praticar esportes como o surfe, que alia saúde, dedicação e preservação do meio ambiente, além de oferecer oportunidades de melhorar de vida, remar em outros mares e dar um bom exemplo a novas gerações.


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Voluntários realizam a 1ª Copa Água Branca de Futebol Infantil

Com previsão de apenas sete rodadas, a 1ª Copa Água Branca de Futebol Infantil acontece nos campos da Maranduba e Sertão do Ingá e conta com cinco times, sendo um feminino e os restantes masculinos. Os primeiros jogos aconteceram no último domingo quatro de março. Na abertura da “copinha” todos os times se perfilaram e ouviram o hino nacional. Todos jogam entre si e classificam quatro para a semifinal. Foram dois meses de reunião e preparação para o evento, que embora simples faz toda a diferença entre os familiares, torcedores e principalmente os organizadores. A “copinha” conta com o apoio da Regional Sul e da Secretaria Municipal de Esportes. O esforço esta valendo a pena comentam os voluntários. Participam desta empreitada os amigos, Régis, Carlinhos, Pindá, Ataliba, Donizete, Zé Cor-

reia, Pérsio, Adriano, Dimas, Vaguinê, Eleandro, Jurandir entre outros. O nome escolhido foi por conta do mais antigo clube da região, o Água Branca Futebol Clube, onde jogou provavelmente os bisavós dos meninos que hoje participam da “copinha”. O evento ainda é de extrema importância, já que enquanto as crianças participam do evento não estão em locais duvidosos em más companhias. As famílias estão satisfeitas com o andamento do evento. Os organizadores pretendem nos próximos anos contar com mais voluntários e times para fazer um evento ainda maior. Todos estão convidados. Convidados Especiais O evento contou com o brilho dos “mosqueteiros” de plantão (abaixo) que permaneceram até o final do evento. Sorte de todos que este grupo,nestas horas, não se separa.

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Poço da Capelinha: recanto natural feito à mão EZEQUIEL DOS SANTOS No final da Rua da cachoeira no bairro do Sertão da Quina, isto é bem a seu final, encontra-se uma quantidade de pequenos poços e quedas d’água. Por entre as pedras é possível observar as mais belas paisagens. A floresta dá-nos a sensação de estramos em outro mundo. É nada mais do que um cenário hipnotizante em meio à mata velada, guardada por antigos moradores e visitados por turistas. O local guarda uma fauna e flora de rara beleza. Mais do que admirar, a grande pedida é aproveitar as atrações, em um cardápio variado, ao gosto do visitante: com banhos relaxantes, pequenas escorregadeiras naturais, observação, contemplação e caminhadas por entre as pedras como faziam os Tupinambás quando caçavam utilizando o rio como guia. Situada nas proximidades dos limites do parque estadual, dentro de uma área particular, o local é ideal para banhos relaxantes. A volta do poço um

paredão de pedras que serve como plataforma para sentar e vislumbrar o que é natureza aliada ao trato do homem tradicional. Para chegar até lá, o visitante segue o caminho até a um portão de cor preta, indicando que tem gente cuidando do lugar. O local é mantido sempre limpo e sem sinais de degradação, parece aquelas cenas de filmes românticos ou de desbravadores. O final da estrada é sombreada e úmida, em meio à mata terciaria, moradia de animais silvestres e de lindas orquídeas, bromélias e caraguatás. Muitas árvores frutíferas são possíveis de serem vistos no local, alguns nasceram por mãos humanas quando o local era roça e bananal. Na realidade o local é parte do caminho histórico que leva ao planalto, por ali subiam e desciam as tropas de moradores quem trocavam mercadorias. Peça sempre para um guia local te acompanhar, embora belo a natureza pode esconder surpresas desagradáveis.

Vestígios de antigos moradores dão nome ao local

Fotos: Ezequiel dos Santos


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Um encontro íntimo com a natureza Fotos: Ezequiel dos Santos

O caminho um dos mais antigos da região proporcionou uma interação impar na comunidade e que o Poço da Capelinha presenciou muitas coisas, dentre elas a aliança entre o povo bom do litoral com o planalto, muitos deles se tornaram amigos até hoje, outros surtiram casamentos, outros bons negócios. Esse lugar é cercado de belezas por todos os lados, é um convite ao relaxamento e descanso privilegiado. Suas aguas

frias, transparentes e límpidas fascina o visitante na primeira olhada. De profundidade o local não tem mais de que um metro e meio. Destino não tão badalado, o local se mantem vivo, tanto pela beleza natural, quanto pelas atitudes de quem vem para desfrutar do que Deus deixou. O local cercado por pedras exige muita atenção, portanto todo o cuidado é pouco. Acima, depois do poço um descanso na pedra para apre-

ciar a paisagem. Por falar em pedras existem varias pedras do que seriam construções antigas, um muro de pedra e duas cavernas, por onde certamente passou ou guarda algum segredo, mais acima ruínas que lembram algum lugar para sacrifícios, ou descanso dos antigos moradores. Muitos dizem que havia uma capelinha no lugar, por isso o nome dado até hoje. O local guarda muita história antiga, a visita ao local nos remete

a um passado de desbravadores, de onde os moradores passavam depois, ou antes, de subirem a serra. A mistura de beleza e mistérios criados pelo homem faz do lugar algo diferente. São sentimentos diversos mais um deles é semelhante a todos: estar no paraíso! A paisagem parece um quadro em que você pode desfrutar das maravilhas e belezas. Suas aguas parecem que se moldam a fim de proporcionar

um banho mais do que prazeroso, um banho divino. Só não é permitido sujar, deixar algum material, cortar plantas. De resto, respeitando a propriedade, a natureza e a aptidão do local é possível passar um dia no paraíso. Chegando lá você vai perceber que ele existe. Por ser área montanhosa e em floresta é sempre importante à companhia de um guia local que vai lhe mostrar outros detalhes, que só ele poderá oferecer.


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Observadores de Aves da região participam do programa de Expedições da TV Brasil EZEQUIEL DOS SANTOS No último dia 21, os observadores de aves Fábio de Souza e Roberto de Oliveira participaram da gravação do programa Expedições onde deram entrevista à jornalista e apresentadora Paula Saldanha sobre o trabalho e atividade de guia de observadores de aves. Acompanhando o grupo e representando a Secretaria Municipal de Meio Ambiente estava o professor Carlos Rizzo, que em 2011 levou mais uma oportunidade de geração de renda e transferência de conhecimento natural formando um grupo de observadores na região Sul do município. O programa Expedições veiculado na TV Brasil está gravando uma serie de reportagens sobre a Mata Atlântica. Começaram na Bahia e devem chegar até Santa Catarina. Em Ubatuba conheceram a trilha do mangue da Praia da Fazenda e o Projeto de Observação de Aves desenvolvido pelo Parque Estadual da Serra do Mar e Prefeitura Municipal de Ubatuba. A apresentadora, além de conhecer as belas paisagens e a natureza exuberante, buscou informações sobre as comunidades que tiveram suas áreas “tomadas” pelo parque, como vivem, as alternativas de geração de emprego e renda e situação atual destes moradores. A observação tornou uma alternativa viável e necessária, já que trata as populações tradicionais como parceiros do meio antes de tudo, reconhece seu etnoconhecimento e oferece oportunidade num crescente mercado de trabalho e proteção das espécies de flora e fauna. Para os observadores entrevistados foi uma experiên-

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cia muito boa e que mostra a nossa importância como protetores da cultura, das tradições, dos conhecimentos e das atividades no meio em que vivemos. O programa Expedições é um dos pioneiros em mostrar a realidade dos rincões do Brasil, suas belezas naturais, culturas, histórias sempre foram temas dos programas. Instituto Paula Saldanha O Instituto Paula Saldanha foi criado em 1991, originalmente com o nome de Instituto Cultural Ecológico Terra Azul, como resultado da união de esforços de Paula com sócios-fundadores como Darcy Ribeiro e Oscar Niemeyer. Em 2003, a ONG foi declarada de utilidade pública. Entre seus objetivos, Paula Saldanha destaca a divulgação do Brasil. A jornalista dirige e apresenta em rede nacional o programa ‘Expedições’ e criou, em 1979, o primeiro programa de meio ambiente da TV brasileira – o ‘Globinho Repórter’. Através de centenas de documentários, que são resultado de trinta e três anos de produção independente junto a seu companheiro, o biólogo Roberto Werneck, Paula pretende

“agregar valor histórico à produção audiovisual de televisão, dando ao público uma macrovisão do país e sua gente e contribuindo para a transmissão da memória nacional às próximas gerações”. A documentação de Paula Saldanha vai além de um registro datado. As produções são dinâmicas e as relações com os povos retratados, orgânicas, construindo, ao longo do tempo, leituras e releituras históricas dos povos que constituem nossa nação, possibilitando, ainda, comparações entre décadas diferentes. O caráter mobilizador das obras faz com que sejam base de estudos e pesquisas. Vale ressaltar que Paula Saldanha e Roberto Werneck foram os primeiros expedicionários do mundo a fazer, em 1994, a documentação cinematográfica da verdadeira nascente do maior rio do mundo-Amazonas. Além de abrigar centenas de obras audiovisuais, o Instituto Paula Saldanha também tem como um de seus objetivos conservar um acervo pessoal etnográfico de peças indígenas e artesanato brasileiro.

O Professor JOSÉ RONALDO DOS SANTOS

Ontem, ao chegar na minha casa, já havia uma mensagem do meu irmão: “Zé,morreu o professor Aziz”. No mesmo instante comecei a recordar os momentos que ele viveu conosco em Ubatuba, das suas palestras e das suas gostosas prosas. Inesquecível foi a sua participação no fórum que tratou das questões das terras em Ubatuba, há mais de dez anos. O ginásio “Tubão” estava lotado de caiçaras atentos às palavras do mestre tão íntimo das particularidades do nosso espaço. O nosso amigo Miguel Angel deve manter o seu inigualável arquivo daquela ocasião. Era só estar em sua casa, na praia Itamambuca, que logo ele dava um jeito de telefonar ao Domingos para combinar umas andanças. Nessas ocasiões, não se desgrudava de um bloco de anotações para registrar detalhes da nossa região. “São riquezas; dão uma pesquisa fantástica” era uma expressão corriqueira do professor Aziz, esse grande geógrafo do mundo nascido em São Luiz do Paraitinga, mas ligado à nossa terra desde a meninice, quando o pai, imigrante libanês casado com uma nativa da “Serra Acima”, exaltava o país que o acolheu, a paz dos caminhos, a acolhida dos caipiras e as belezas naturais. Do professor Aziz, durante as orientações para o trabalho de graduação do Domingos, na Universidade de São Paulo (USP), ficamos sabendo que “a prova de que o litoral já foi parte de um deserto, é a presença dos lagartos, dos manacarus e de outras adaptações que permeiam o espaço da cultura caiçara”. E o que dizer

das suas narrativas empolgantes de como foi admitido na universidade como ajudante de um célebre mestre, como jardineiro? Este foi o definitivo passo para a formação do maior geógrafo que eu conheci. O professor, sempre muito lúcido e com muita inteligência, nunca deixou de denunciar as armações politiqueiras que o circundavam. Em certa ocasião, no “Espaço cultural Nalva”, ele se mostrava indignado pela forma que, através do seu destaque acadêmico, o presidente Lula tentou, pelas vias politicamente incorretas, encaixar um de seus filhos (aquele que depois foi envolvido em “facilidades do setor de comunicação”) na USP. Para ele, “o Prouni, esse programa que está atendendo muita gente que realmente precisa, foi criado para resolver as questões das vagas ociosas das faculdades privadas. É um jeito dos empresários desse setor manterem os seus lucros”. Também à sua irmã, a professora Nídia Nacib, igualmente professora na mesma instituição, devemos agradecimentos por trabalhos formativos à nossa atuação, na compreensão da nossa realidade. Foi quem nos auxiliou em significativo trabalho na região do Perequê-açu, no início da década de 1990. Certamente que muitas outras contribuições virão das interessantes anotações nas restingas, costeiras e morros ubatubanos feitas pelo nosso querido professor Aziz Ab’Saber. A ele nunca negamos a nossa grande admiração. Valeu, professor Aziz! Nossos sinceros pêsames à família.


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O melhor tempero de minhas lembranças gastronômicas CRISTINA DE OLIVEIRA Peço um pouco de atenção dos senhores para falar de minhas melhores lembranças gastronômicas. Falo das comidinhas de minha mãe. Além de nos alimentar, ela com todo carinho, cuidava para que cada refeição tivesse algo que realmente “nos desse sustância”. Acompanhávamos todo o ritual, desde sua ida a horta, a “panha” das caçarolas e a colocação dos temperos até servir a mesa. Lembro-me como se fosse hoje da “cambuquira” que ela fazia. Era assim: um maço de cambuquira (broto de abóbora), um colher de sopa de vinagre, óleo, alho socado, sal, cheiro verde e pimenta. Ela lavava bem a cambuquira e picava bem miudinha, depois colocava numa panela para refogar em óleo, o alho, cebola, cebolinha, salsa picada e sal. Depois de tudo refogado, ela tampava a panela, esperava alguns minutos e pronto. Tava pronta a cambuquira, com arroz, feijão cozido com carne seca e suco de laranja, apanhados no quintal, era o melhor almoço que existia. Ninguém faz idéia também de como era gostoso o virado de milho verde que ela fazia. O milho era debulhado, acrescentados três ovos de galinha caipira, óleo, sal, temperos, farinha de milho, salsa picadi-

Cantinho da Poesia

Sonho impossível Sou do amor o escravo Que em sua tenda buscou abrigo. Andorinha perdida no espaço, Em busca de um ninho amigo. Talvez já cansada de voar ao léu, Na incessante busca de um amor eterno, Voando sempre por perdidos horizontes, Buscando primavera onde só existe inverno. Minhas asas me levam a sonho distante Procurando na noite o lúmen brilhante, Ainda que esse brilho seja luz efêmera, Que possa me fazer feliz apenas por um instante.

nha, cebolinha verde, rodelas de salsicha frita (daquelas que eram vendidas em lata) e muito amor. Ela cozinhava o milho, refogava, tão logo estivesse refogado, despejava aos poucos a farinha de milho, sempre mexendo. Tirava do fogão a lenha, colocava na gamela, enfeitava com rodelas de ovos cozidos e servia a mesa. O mais importante não era a comida. O simples fato de estarmos todos a MESA, juntos, era a felicidade para minha mãe. Lembrava ela de quantas mães comem sem seus filhos a mesa. Quanta mãe não tem sequer o pão para colocar a

mesa. Quantas mães sequer poderão ter seus filhos à mesa novamente. O maior tempero de minha mãe é o amor, daquele incondicional, que não precisa trocar por favores, por roupas, por nada. Ele, o amor de minha mãe, vinha de graça e em grande quantidade. Não lembro aqui da cambuquira por que éramos simples, mas lembro pelo fato de ser real, verdadeiro, de lembrar de resgatar de minha memória um amor verdadeiro, diga-se de passagem, em falta neste mundo. Os sentidos que temos, que fizeram a história de nosso povo tem muito valor,

pena que tem gente remando contrario a sua cultura e história. Será falta de tempero na vida ou simplesmente falta de amor. Quando minha mãe ia preparar alguma coisa, nos preparava para a vida. Quando se encostava ao fogão nos passava ensinamentos que a faculdade não ensina. Mesmo sem falar nada, seu exemplo era seguido, a comida era só uma ferramenta de aprendizagem, por isso quem possui recordações gastronômicas boas é porque viveu algo maravilhoso, no sabor do mais puro tempero deixado por Deus, o amor de mãe.

Venha voar comigo! Faça de mim o seu ala! Transforme meus perdidos sonhos em doce realidade. Dos céus, vamos respirar juntos as brancas nuvens, Que com o seu perfume são toda a minha vontade. Vamos fazer do impossível o nosso momento, Viajando em sonhos daqui ao infinito. Transportando nossos desejos para a eternidade, E fazendo do hoje o nosso dia mais bonito!

Manoel Del Valle Neto


Página 12 Gente da Nossa História: EZEQUIEL DOS SANTOS Nascido no rincão da Bahia, no dia 13 de junho de 1933, numa cidade chamada Ibitiara, daquelas que possuem as famílias tradicionais. De um lado da família de fulano e de outro lado à família de beltrano. Bom! Vamos pular uma parte do começo de sua história para vocês entenderem melhor. Cabra trabalhador deixou a Bahia e veio trabalhar em São Paulo por volta de 1973. Lá, nos barzinhos da capital conheceu uma moça chamada Malvina Maria Pereira da Silva, daí começou a vida de “Seu Bahia e Maria do Bahia”. Iniciaram sua vida conjugal morando numa favela no Jabaquara, um ano depois nasce o primeiro filho, na realidade uma menina de nome Monica. Trabalhador como sempre seu Bahia ajudou a construir o Campo de Marte, conheceu muito bem os aviões e helicópteros, na época ele trabalhava na Breda, que era tão somente uma empreiteira de obras, ainda não era uma empresa de transportes. Homem prendado que era foi convidado a construir a casa do dono da empresa, o tal Luiz Magalhães, em Ubatuba. Seu Bahia não tinha a menor idéia de onde seria este lugar. Vindo para cá construiu uma casa para o patrão, enquanto isso sua esposa fazia marmitex para ajudar o marido a construir sua própria casa. Enquanto trabalhava na construção da casa do patrão morava de caseiro na mesma casa, ficou assim de 1974 até 1982. Depois comprou um terreno na Rua da Laje, onde ficou até o fim dos dias. Seu Bahia trabalhou 15 anos no Jardim Beira Rio, construindo casas em companhia dos amigos João da Mata e Biu. Mesmo com idade avançada ainda ajudou a construir as últimas casas daquele lugar. No inicio levava a esposa e os filhos (Monica, Luiz Henrique e Vanderson) pequenos para ajudar na obra. Foram dias difíceis e muito trabalho duro.

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Enedino Francisco de Lima (Seu Bahia) - um “homem Homem de bem que era, casado com uma pessoa maravilhosa, foram construindo uma identidade com o lugar. Não havia quem não gostasse de conversar com seu Bahia. Os filhos foram crescendo e acompanhando a vida normal do Lugar. Gabava-se em dizer que tinha conhecido os ex-governadores Fleury e Quércia. Depois de quarenta anos em Ubatuba seu Bahia resolve fazer uma visita a sua terra natal, lá reviu os filhos que tinham ficado com a primeira esposa. Ele havia separado e vindo a São Paulo. Lá ele pôde reencontrar os três filhos do primeiro casamento. Surpresa foi quando no dia 8 de maio de 2001 recebe em casa a família da Bahia, foi uma grande festa. Todos os filhos de seu Bahia reunidos e pela primeira vez se conhecem. Foi muita emoção. Felicidade foi tanta que foram recebidos de braços abertos. Os filhos mais velhos Jaime e José foram a uma praia pela primeira vez. No retorno levaram cinco litros de agua salgada. Estava aqui também a filha Maria Neuza que havia ficado na Bahia há 45 anos. Seu Bahia era filho de família nobre da Bahia, havia deixado para trás 800 hectares de terra, era de família tradicional de fazendeiros, daquelas que mandam na cidade. Algo fez com que Bahia viesse para São Paulo, na época a vida era muito mais sofrida do que agora, sem comparação. Talvez pela amargura que era a vida lá veio enfrentar a vida

aqui e acabou vindo para nossa região. Sorte a nossa, tivemos seu Bahia a nosso lado. Em conversas ele dizia algumas coisas que eram cômicas e segundo ele, eram verdades. Quando na Bahia passou o primeiro avião sobrevoando seu bairro, todos corriam para ver o que era aquilo, seguindo seu rastro, com a cartucheira na

mão, chegou até um vizinho, um compadre e perguntou: Compadre você viu o avião? Vi sim chupou um “bucado” de cana e depois foi embora. Seu Bahia tinha sempre seu lado engraçado. Consumidor fiel do Bar do Bruxa e do Antônio Belo, gostava de jogar no bicho e de uma “branquinha”, da “marvada” e vinha muitas vezes pra casa “sapecado”

empurrando sua bicicleta Barra Forte vermelha com dínamo na roda dianteira para ascender o farol, na garupa uma sacola de nylon com listras coloridas cheias de misturas, a metade pro lado de fora e os cachorros fazendo a festa. Num certo dia chegou tão ruim que caiu com bicicleta e tudo na fossa em que havia recém construído em frente a sua casa, passou por entre as tabuas e lá ficou a noite inteira. Outra vez chegou com tanta sede que foi a pia pegar um copo viu um recipiente branco cheio com cara de coisa gostosa, daquelas que matam a sede só de olhar, olhou bem, cheirou bem, sabor de coco, bebeu. De repente ele sai aos gritos: Socorro! Socorro! Seu Bahia havia tomado quase um tubo de detergente de coco. Assim como os outros anciãos do lugar ele não sabia ler. Contam que ele era tão preocupado com o serviço que mesmo na hora do almoço, dava uma garfada na marmita e uma mexida no concreto, pra não perder a massa. Trabalhou também por algum tempo na Serra da Cantareira e para agradar a esposa trazia, todo embrulhado, uma fita K7 do Amado Batista e uma barra de Marshmallow, coisa chique! Em 2000 resolveu para de vez com a bebida, ele havia sofrido um infarto. Ficou doze dias internado. “Vi a morte de frente... Nunca mais vou beber” e assim o fez. 2009 foi um ano muito triste para famí-

trabalhadô”

lia. Falece dona Maria, a quem chamava carinhosamente de “Vina”, que dizia ter deixado muitas saudades. “Vina deixou meus filhos tudo criados, tudo casado”, comentava. Era 18 de agosto daquele ano. Seu Bahia não gostava de ir ao médico, dava uma volta enorme só para não passar pelo posto de saúde. Com a idade avançando tinha de ir ao medico frequentemente. Seu Bahia teve uma grande felicidade na vida, a chegada do neto Gabriel, a quem chamava de passarinho, disse um dia com familiares: “O coração do Bahia não vai longe não! O coração do Bahia Ó!” Certo passou mal, levado ao hospital, levado ao posto de saúde descobriram que ele tinha sofrido um Acidente Vascular Cerebral-AVC. Dr. Frederico e os enfermeiros fizeram de tudo que estava ao alcance. Entubado, levado a Santa Casa por uma ambulância UTI, lá fez uma tomografia que dizia haver um coagulo no cérebro. Na UT de Ubatuba foi visitado pelos familiares. Mas pouco depois veio então a noticia que ninguém queria ouvir, seu Bahia havia partido para junto de Vina. Era 13 de março de 2012. No velório grande amigos compareceram e lá depositaram lágrimas de reconhecimento e tristeza. Seu Bahia foi sepultado em cima da esposa como por assim dizendo: “Aqui estou Vina, meu amor eterno.” Hoje seu Bahia faz muita falta a nossa comunidade. Das lembranças das boas conversas, homem que gostava de contar história, alegre, pacifico, bom homem, bom pai, bom avo, bom marido, que deixa um exemplo de luta e honestidade, qualidades cada vez mais distantes de nossa era moderna. Seu Bahia muito obrigado de permitir tê-lo conhecido. Consigo ouvir sua voz enquanto escrevo e permita-me dizer que me sinto honrado e privilegiado por conhecê-lo e pelo senhor dizer duas palavras quando o cumprimentava: Oi filho!


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Dicionário de vocábulos e expressões caiçaras - Parte 7

CHACRA - ( s.f.) - chácara; terreno. CHALADO - ( adj. ) - bêbado. CHALEIRA - ( s.f.) - vasilha de metal com bico e tampa , onde se aquece a água p/ o café ou chá. CHAMA - ( s.f. ) - mesmo que negaça; chamariz; chama; ave aprisionada na gaiola usada para atrair outras. CHAMá A CANOA - ( v.t ) movimentar o remo pela popa da canoa, para mudar a direção para a esquerda. CHAMARO - ( v.t. ) - chamaram. “ eu não fui , que eles não me chamaro “ CHANCHE - ( s.f. ) - chance. CHAPA - ( s.f.) - dentadura. CHAPá - ( v.t. ) - encher demasiado. CHAPOLETADA (v.t.d.) - soco; tapa; pancada em cheio; chapoletada. “ Uma chapoletada dele chega inté a derrubá o sujeito “ CHAPADO - ( adj. ) - cheio; repleto. “ o Mané passô aqui cum cesto chapadinho de pexe “ CHAPEá - ( v.t. ) - furar a bacia, ou a chapa da roda de sevá com um ponção, a fim de que ela faça a função de ralador. ”Chapeá, é como seja furá a chapa da roda de sevá com punção bem rumbudo”. CHATA - ( s.f.) - embarcação para transporte de carga pesada. CHAVASCADA - ( s.f.) - pancada; bordoada. “ não foi com a

unha, foi com chavasco “ CHEGANÇA - ( s.f.) - fandango. CHIBANCA - ( s.f.) - ferramenta para destocar terrenos, com um lado para cavar a terra e outro para cortar raízes. CHINCHADA - ( s.f.) - bronca; indireta grosseira e pesada; chamar na chincha. CHIO DE PEITO - ( s.m. ) chiaço; bronquite; asma. CHISPA - ( s.f.) - sair na chispa; sair na pisa; sair correndo ; andar em alta velocidade CHISPá - ( v.t. ) - sair correndo em disparada. CHISPADO - ( s.m. ) - apressado ; com muita pressa; correndo. CHOÇA - ( s.f.) - cabana rústica. CHOCO - ( s.m. ) - podre ; estragado ; ovo em incubação. CHUMBADA - ( s.f.) - chumbo que se põe nas redes e varas de pesca. CHUMBADO - ( adj. ) - bêbado ; embriagado. CHUMBEIRO - ( s.m. ) - pedaço de chumbo, colocado de espaço em espaço , na parte inferior da rede de pescar. CHURIÇO - ( s.m. ) - chouriço; iguaria feita de tripa e sangue de porco. CHURIÇO - ( s.m. ) - chouriço; expressão que se usa quando não se quer responder ou explicar alguma coisa para criança. “ o que é isso ? ; é churiço , pra comê na hora do serviço CISCá - ( v.int.) - esgaravatar ( a galinha ) o solo à procura de alimentos. CISCO - ( s.m. ) - sujeira; lixo; argueiro no olho. CISQUêRO - ( s.m. ) - tipo de pá de lixo, com cabo comprido. CISTINHO - ( s.m.) - cesto. COBERTA - (s.f.) - cobertura de sapê ou palha nas casas de pau-a-pique e barro. ” conforme a coberta, sendo bem

grossa anssim, atura prá mais de doze ano ” COBRêRO - ( s.m. ) - espécie de lagarta. COBRêRO - ( s.m.) - doença da pele que consiste em estrias avermelhadas que provocam forte coceira no local afetado. CóÇA - ( s.f.) - surra; levar uma coça; levar uma surra. COCHá - ( v.t.) – cochar; torcer; trançar , tecer; contorcer. “ Maria meu tá se cochando de dor de intistino “ Cordão faiz de imbira cochada. “ COCHá- (v.t.) – cochar; espremer; prensar; imprensar. No fabrico da farinha de mandioca cocha-se o tipiti cheio de massa verde sevada, entre a coroa e a mesa, na arataca ou no fuso. ” Tem de cochá bem...” COCHADô - ( s.m.) - instrumento de madeira usado para esticar e trançar cipó na confecção de cordas rústicas. COCHANDO ( v.t.) – contorcendo - “ não qué tomá remédio e fica aí se cochandode dor nas tripa.” COCHO - ( s.m. ) - grande recipiente retangular de madeira, com fundo côncavo, de 2 ms. de comprimento por 0,50 m. de largura e 0,40 de altura. Quando esse cocho está debaixo da roda de sevá não tem as partes laterais, e, ficando numa posição inclinada, faz o caldo da massa verde escorrer para uma das duas extremidades. Há ainda outros, nas mesmas discriminações, tendo, porém, suas partes laterais, e com vários usos, entre as quais, o de receber a massa seca passada na penêra, ou de receber a farinha já forneada. COCHO DA MASSA SECA - ( s.m.) - apetrecho usado no fabrico da farinha de mandioca, que consiste numa grande vasilha, feita de um tronco

grosso da árvore, escavado, de cerca de 2 ms. de comprimento por 0,50 de largura e 0,40 de profundidade, tendo duas aparas de tábuas em cada uma de suas extremidades. Serve para receber a massa seca pela arataca ou pelo fuso, para daí ir ao forno. COCHO DE CANOA - (s.m.) canoa velha; pedaço de canoa usada como cocho. COCHO DE MASSA VERDE - ( s.m. ) - vasilhame nas mesmas características do cocho de massa seca, recebendo, entretanto, a massa sevada que desce da roda. Difere do primeiro por não ter as duas aparas da borda, para que o caldo da mandioca ralada possa ir escorrendo, já na operação de sevá. COCíCA – ( s.f.) – fazer cocica; mesmo que fazer cócegas. COCURUTO - ( s.m. ) - parte mais alta da cabeça. COIVáRA - ( s.f.) - pilha de galhadas e tronco que não se queimaram inteiramente na roça e que se junta para serem incineradas. COLERINHA - ( s.f.) - espécie de pássaro. COLHãO - ( s.m. ) - testículo. COLHERêRO - ( s.m. ) - espécie de ave marítima. COM O CRARO - ( loc.adv.)antes do anoitecer. “ queremo vê se chegamo lá com o craro “ CONSERTá O PEIXE - (v.t. ) - limpar o peixe das vísceras. “ primero conserta eles tudo, adespois cunzinha cum banana “ COMIDINHO - ( s.m. ) - pequena ondulação que os cardumes fazem na superfície do mar. Fonte: PEQUENO DICIONÁRIO DE VOCÁBULOS E EXPRESSÕES CAIÇARAS DE CANANÉIA. Obra registrada sob nº 377.947Liv.701. Fls. 107 na Fundação Biblioteca Nacional do Ministério da Cultura para Edgar Jaci Teixeira – CANANÉIA –SP .


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Moradores realizam mutirão de melhoria em acesso Os moradores da Rua Zé Leal no bairro do Sertão da Quina arregaçaram as mangas e realizam no último dia 4 de março um mutirão de melhorias na rua onde moram. Por se tratar de uma descida, as fortes chuvas têm levado o material que sustenta seu leito. O esforço foi por conta da necessidade de adequar o local para melhor atender aos usuários do local. Os moradores rea-

lizaram uma “vaquinha” e arcaram com a compra do material, além de disponibilizar mão-de-obra para realizar o trabalho. Quem compareceu relembrou os velhos tempos do “bitirão/dijutório” que eram realizados por seus antepassados quando o poder público estava distante dos bairros. O mutirão aproximou ainda mais os moradores e ajudou a resolver um problema em pouco tempo.

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Coluna da

As “pérolas” do ENEM 2011 Adelina Campi

Ser Feliz Você pode ter defeitos, viver ansioso e ficar irritado algumas vezes, mas não se esqueça de que sua vida é a maior empresa do mundo. Só você pode evitar que ela vá à falência. Há muitas pessoas que precisam, admiram e torcem por você. Gostaria que você sempre se lembrasse de que ser feliz não é ter um céu sem tempestades, caminhos sem acidentes, trabalhos sem fadigas, relacionamentos sem decepções. Ser feliz é encontrar força no perdão, esperança nas batalhas, segurança no palco do medo, amor nos desencontros. Ser feliz não é apenas valorizar o sorriso, mas refletir sobre a tristeza. Não é apenas comemorar o sucesso, mas aprender lições nos fracassos. Não é apenas ter júbilo nos aplausos, mas encontrar alegria no anonimato. Ser feliz é reconhecer que vale a pena viver a vida, apesar de todos os desafios, Oncompreensões e períodos de crise. Ser feliz não é uma fatalidade do destino, mas uma conquista de quem sabe viajar para dentro do seu próprio ser. Ser feliz é deixar de ser vítima dos problemas e se tornar um autor da própria história. É atravessar desertos fora de si, mas ser capaz de encontrar um oásis no recôndito da sua alma e agradecer a Deus a cada manhã pelo milagre da vida.

Ser feliz é não ter medo dos próprios sentimentos. É saber falar de si mesmo. É ter coragem para ouvir um “não”. É ter segurança para receber uma crítica, mesmo que injusta. É beijar os filhos, curtir os pais e ter momentos poéticos com os amigos, mesmo que eles nos magoem. Ser feliz é deixar viver a criança livre, alegre e simples que mora dentro de cada um de nós. É ter maturidade para falar “eu errei”. É ter ousadia para dizer “me perdoe”. É ter sensibilidade para expressar “eu preciso de você”. É ter capacidade de dizer “eu te amo”. Desejo que a vida se torne um canteiro de oportunidades para você ser feliz... Que nas suas primaveras você seja amante da alegria. Que nos seus invernos você seja amigo da sabedoria. E, quando você errar o caminho, recomece tudo de novo, pois assim você será cada vez mais apaixonado pela vida. E descobrirá que... Ser feliz não é ter uma vida perfeita. Mas usar as lágrimas para irrigar a tolerância. Usar as perdas para refinar a paciência. Usar as falhas para esculpir a serenidade. Usar a dor para lapidar o prazer. Usar os obstáculos para abrir as janelas da inteligência. Jamais desista de si mesmo!!! Jamais desista das pessoas que você ama. Jamais desista de ser feliz, pois a vida é um espetáculo imperdível. E você é um ser humano especial !!!!

“O Brasil não teve mulheres presidentes mas várias primeiras-damas foram do sexo feminino”. (Ou seja: alguns ex-presidentes casaram-se com travestis.) “Vasilhas de luz refratória podem ser levadas ao forno de microondas sem queimar”. (Alguém poderia traduzir?!) “O bem star dos abtantes da nossa cidade muito endepende do governo federal capixaba”. (Vende-se máquina de escrever faltando algumas letras.) “Animais vegetarianos comem animais não-vegetarianos”. (Esse aí deve comer capim.) “Não cei se o presidente está melhorando as insdiferenças sociais ou promovendo o sarneamento dos pobres. Me pré-ocupa o avanço regresssivo da violência urbana”. (“Sarneamento” deve ser o conjunto de medidas adotadas por Sarney no Maranhão. Quer dizer, eu “axo”, mas não me “pré-ocupo” muito.) “Fidel Castro liderou a revolução industrial de 1917, que criou o comunismo na Russia”. (Não, besta, foi o avô dele.) “O Convento da Penha foi construído no céculo 16 mas só no céculo 17 foi levado definitivamente para o alto do morro”. (Demorou o “céculo” inteiro pra fazer a mudança.) “A História se divide em 4: Antiga, Média, Momentânea e Futura, a mais estudada hoje”. (Esqueceu a História em Quadrinhos.) “Os índios sacrificavam os filhos que nasciam mortos ma-

tando todos assim que nasciam”. (Mas e se os índios não matassem os mortos????) “Bigamia era uma espécie de carroça dos gladiadores, puchada por dois cavalos”. (Ou era uma “biga” macho que tinha duas “bigas” fêmeas, puxada por um burro?!) “No começo Vila Velha era muito atrazada mas com o tempo foi se sifilizando”. (Deve ter sido no tempo em que lá chegaram as primeiras prostitutas.) “Os pagãos não gostavam quando Deus pregava suas dotrinas e tiveram a idéia de eliminá-lo da face do céu”. (Como será que eles pretendiam fazer isso?!) “A capital da Argentina é Buenos Dias”. (De dia. À noite chama-se Buenas Noches.) “A prinssipal função da raiz é se enterrar no chão”. (E a “prinssipal” função do autor deveria ser a mesma. E ainda vivo...)

(E alguns ainda vivem nas “catatumbas”.)

meio viole

“Os egipícios dezenvolveram a arte das múmias para os mortos poderem viver mais”. (Precisa “dezenvolver” o cérebro. Será que egipício é para rimar com estrupício?)

“O Papa ticano em rinha não truir a Ca no mesmo do ele ve lembra?)

“O nervo ótico transmite idéias luminosas para o cérebro”. (Esse aí não deve ter o tal nervo, ou seu cérebro não seria tão obscuro.)

“Hormônio ais dos ho (Isso. E n nos, essa -se frescu

“A Geografia Humana estuda o homem em que vivemos”. (I will survive.)

“Os prime ES constru talba”. (En “Tiro ao Á

“O nordeste é pouco aguado pela chuva das inundações frequentes”. (Verdade: de São Paulo até o Nordeste, falta construir aquadutos para levar as inundações.) “Os Estados Unidos tem mais de 100.000 Km de estradas de ferro asfaltadas”. (Juro que eu não li isso.)

“As aves tem na boca um dente chamado bico”. (Cruz credo.)

“As estrelas servem para esclarecer a noite e não existem estrelas de dia porque o calor do sol queimaria elas”. (Hum... Desconfio que vai ser poeta!)

“A Previdência Social/SUS assegura o direito a enfermidade coletiva”. (hehe. Esse é espirituoso... está correto??? acho que sim kkkk)

“Republica do Minicana e Aiti são países da ilha América Central”. (Procura-se urgente um Atlas Geográfico que venha com um Aurélio junto.)

“Respiração anaeróbica é a respiração sem ar, que não deve passar de 3 minutos”. (Senão a anta morre.)

As autoridades estão preocupadas com a ploleferação da pornofonografia na Internet”. (Deve estar falando do CD dos Raimundos.)

“Ateísmo é uma religião anônima praticada escondido. Na época de Nero, os romanos ateus reuniam-se para rezar nas catatumbas cristãs”.

“A ciência progrediu tanto que inventou ciclones como a ovelha Dolly”. (Teve a ovelha Katrina, também. Só que ela era

“Onde nas te, onde d (Indecent pra todos.



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