Circulação trimestral Distribuição gratuita Ano 5 I nº16 I Botucatu Maio 2017
Cicloturismo: Projeto Pioneiro Corrida Botucatu 162 anos Especial: Elas na corrida Franz Burini na CBF
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Registrando: você em primeiro lugar! Hoje em dia a corrida de rua e o esporte de aventura estão tendo cada vez mais adeptos na cidade de Botucatu e também no cenário nacional. A corrida e caminhada bem como o esporte de aventura é uma forma de aproximar as pessoas das mais variadas idades e sexos a uma prática de atividade física, sempre buscando uma vida saudável e uma melhor qualidade de vida. É muito comum em nosso dia a dia encontrar pelas ruas de Botucatu com pessoas caminhando, correndo ou praticando exercícios nas diversas academias da cidade e também nas praças onde há academias ao ar livre. O número de pessoas que procuram por este tipo de esporte aumentou consideravelmente, seja ela por questão de estética, beleza, saúde ou
mesmo pelo prazer de se praticar uma atividade esportiva. Foi pensando nisso que decidi mudar a linha editorial da Revista Registrando, deixando a publicação social e partindo para as corridas de ruas,
montanhas e o esporte de aventura. A Revista Registrando será uma publicação trimestral, com tiragem de 1.500 exemplares, distribuição gratuita e direcionada, além de contar com ampla divulgação da Revista nas redes sociais. A publicação será voltada ao esporte, saúde e qualidade de vida, tendo seu foco principal as corridas de ruas, montanhas, bikes e esportes de aventura, bem como o calendário oficial de eventos do município. Seu conteúdo terá cobertura com fotos dos principais eventos e matérias envolvendo vida saudável, qualidade de vida, dicas, saúde, nutrição entre outras. Boa leitura. Marcelino Dias
Não fique fora da próxima edição. Reserve já seu espaço Contato (14) 99718-9332 marcelinodiasfotografo@hotmail.com
Tiragem: 1.500 exemplares - Distribuição Gratuita Ano 5 I nº16 I Botucatu - Maio 2017 Diretor responsável: Marcelino Dias MTB-35561
Contato Revista Registrando: (14) 99718 9332 e-mail: marcelinodiasfotografo@hotmail.com Revista Registrando Marcelino Dias Os artigos assinados são de responsabilidade de seus autores, não refletindo necessariamente os pontos de vista da Revista.
Circulação trimestral Diagramação: Diagrama - (14) 3815-5339 Impressão: Grafilar Reportagens: Assessoria Um - Geração de de notícias Foto da capa Corrida Brasil Ride Atletas: Lisa Milaré Gumieiro (774) e Andressa Amanda Satriano (778)
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Corrida em duplas marca início de temporada na equipe Marcha Lenta Fotos: Arquivo Marcha Lenta
A abertura do circuito Marcha Lenta de Corridas de 2017. E foi em grande estilo, já que mais de 120 competidores participaram da corrida de Duplas organizada pelo grupo. O local escolhido foi o bairro Califórnia, em Rubião Junior, e contou com um trajeto de 6 Km, onde o participante corre unido por um elástico ao seu par durante toda a prova, dificultando a sua corrida, pois os mesmos devem permanecer em uma velocidade compatível para um bom rendimento e conclusão da prova. As marcas da prova são a animação e o clima de receptividade dos organizadores, que pensam em cada detalhe para agradar os corredores. Nessa edição foi oferecido um café da manhã com frutas, sucos e pães. Após a corrida cada participante recebeu uma recordação e um kit contendo nove itens, inclusive uma toalha personalizada alusiva ao evento. No dia 06 de agosto está marcada a 2ª etapa, onde os participantes terão
a oportunidade de completar o troféu ofertado pela organização como prêmio de conclusão. Há a estimativa para a 2ª etapa da corrida de dupla tenha 80 duplas inscritas. PÓDIO Duplas Masculinas: Adauto e Rui Tadeu 5º, Jean e Luiz Pavan 4º, Edir e Paulo Henrique 3º, Alexandre Giandoni
e Marcelo Gomes 2º, Murilo e Claudemir Baldi 1º Duplas femininas: Ana Paula e Tamires 5ª, Nilza e Edna Bartanha 4ª, Érica e Vanessa 3ª, Cintia Pilan e Giovanna Menegon 2ª, Silvana e Josefina Baldi 1ª Duplas Mistas: João e Elisangela 5ª, Arilson e Valéria 4ª, Dalila e Marcos 3ª, Dilson e Elaine 2ª, Leila e Marcio 1ª Fonte: Jornal Acontece Botucatu
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Dia Mundial do Rim teve prevenção, caminhada e corrida
O Dia Mundial do Rim, que foi comemorado no dia 9 de março, é uma campanha de conscientização sobre doenças renais. O objetivo da ação feita no mês passado foi de conscientizar a população sobre a importância dos rins, além de falar sobre prevenção de doenças renais e informações sobre estilo de vida saudável. A cada ano, a campanha aborda um tema. O da edição de 2017 é “Estilo de vida saudável para rins saudáveis”, focando na divulgação de hábitos para uma melhor qualidade de vida, chamando a atenção para a obesidade. Com a iniciativa da Sociedade Brasileira de Nefrologia, a disciplina de Nefrologia da Faculdade de Medicina de Botucatu (FMB/UNESP) e a Unidade de Diálise do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu (HCFMB), em parceria com a Unimed Botucatu, além de outros parceiros, como a Fundação para o Desenvolvimento Médico Hospitalar (Famesp), Rede Viva Melhor, REDLine Personal Training e Associação dos Servidores da UNESP (ASU), promoveu diversas atividades com informações sobre estilo de vida saudável e prevenção de doenças renais. “Um dos nossos principais propósitos é promover a conscientização da
população e a prevenção da Doença Renal Crônica (DRC), considerada uma epidemia silenciosa. A obesidade é um fator de risco para a DRC, e alertar a população sobre esses riscos é nosso dever”, explicou a supervisora técnica da seção de Hemodiálise do HCFMB, a enfermeira Edwa Maria Bucuvic. Além de promover diversas palestras, o HCFMB realizou a 1ª Corrida/ Caminhada do dia Mundial do Rim. Números - A Organização Mundial de Saúde (OMS) aponta a obesidade como um dos maiores problemas de saúde pública no mundo. A projeção é que, em 2025, cerca de 2,3 bilhões de adultos estejam com sobrepeso; e mais de 700 milhões, obesos. Outro fator alarmante é o número de crianças com sobrepeso e obesidade, que pode
chegar - em um futuro próximo - a 75 milhões de casos. No Brasil, a obesidade vem crescendo cada vez mais. Alguns levantamentos mostram que mais de 50% da população está acima do peso. Entre crianças, estaria em torno de 15%. (Com assessoria).
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Dicas: quando começar a correr e caminhar? Leone Antonio Simonetti, coordenador do curso de educação física da Unifac de Botucatu e doutor na sua área de formação, dá dicas de sobre como começar uma caminhada ou atividade de corrida. Segundo ele, as pessoas foram com o tempo buscar as academias para melhorar a qualidade de vida. Depois começaram a procurar exercícios mais intensos. Com o decorrer do tempo começaram a gostar de participar de algumas provas de corrida de rua que hoje viraram moda. “Botucatu tinha apenas um circuito de corrida, e hoje existem vários grupos na cidade. Isso consequentemente levou Botucatu a ter um número maior de pessoas que praticam os exercícios para melhorar a vida, melhorar a qualidade de vida”. Leone alerta que a corrida, se você for com um espírito competitivo, de quebrar tempo e tentar conquistar um objeito de chegar mais rápido, ou provas como Triathlon – aquela prova com 3 modalidades diferentes – ele afirma que as pessoas precisam ter consciência que elas vão deixar por se dizer “normais”, e sim atletas. “Ela pode até dizer que não é atleta profissional, mas
a partir do momento que você entra numa prova buscando resultado, passar seus limites e impondo um ritmo maior, você tem que treinar para isso. Assim, você passa a ser um esportista. Então quando a gente pratica esporte visando medalha e uma recompensa financeira como prêmio, ou quebrar recordes, você deixa de fazer um exercício por lazer para fazer algo competitivo. Isso
a gente costuma colocar como exercício de alto rendimento”, explica. TREINAMENTO “Esse exercício de alto rendimento exige um treinamento crônico. Precisa ser bem feito e com um profissional de educação física. Ele que vai montar um treinamento rígido. E a pessoa vai precisar ter um regime e uma conduta
Leone Antonio Simonetti, coordenador do curso de educação física da Unifac de Botucatu e doutor na sua área de formação
de um atleta. Não cabe a essas pessoas comerem mal, dormirem mal, usarem álcool, fumar, então é realmente uma transformação na vida dessas pessoas”, orienta. Na corrida, diz o doutor em educação física, a pessoa precisa estar muito bem preparada para fazer esse tipo de exercício. “Antes de você partir para uma corrida é importante fazer uma avaliação, passar por um médico para avaliar a sua parte clínica, e certamente ele vai precisar de alguns exames. Acima de 40 anos é preciso até um teste ergométrico para saber se você não tem alguma alteração cardíaca. Isso pode até proibir que a pessoa faça um exercício tão extenuante”. Já o “personal”, através dessas avaliações, vai prescrever o treinamento. “Lembrando que quem faz exercício da alta intensidade, de alto rendimento vai sofrer com lesões. Em certo momento elas vão acontecer. Por mais treinado que você esteja, vai ficar extenuado, pois vai exigir das suas articulações, dos grupos musculares que vão ser usados durante a corrida, principalmente membros inferiores, então pode começar a surgir algum problema que todo atleta tem. Aí a gente deixa de pensar em saúde e começa a falar em rendimento. Rendimento máximo e saúde não combinam. É errado achar que esporte é saúde. Esporte é saúde até certo ponto. A partir do ponto que passa a ser competitivo e de alta intensidade e alto rendimento, você passa a competir com os outros
PASSO A PASSO
7 Passar por um médico. Procurar um profissional de educação física Participar de corrida assim que estiver preparado Caminhar em baixa intensidade não faz mal Se estiver obeso procure um médico para avaliação Use roupa adequada. Troque tênis e meias já gastas O tênis é muito importante. Existem hoje modelos bons e baratos Hidratação: leve água ou um isotônico natural: com um pouco de laranja coada e com água. Evite tomar anti-inflamatório e sem prescrição, antes, durante e depois à atividade Durma bem Não faça exercício após às 9 da noite; melhor horário é atividade pela manhã Alimente-se a cada 3 horas Dê mais atenção mais a carboidrato sem abusar da proteína; suplemento nem sempre é indicado Procure uma nutricionista
atletas e com o tempo, o clima, a sua personalidade, pois alguns querem ganhar a qualquer preço. Falando em lesões, para quem trabalha durante a semana precisa pesar na balança se vale a pena realmente atingir metas e recordes, mas na segunda-feira precisam trabalhar. Muitas pessoas têm problemas nas articulações de joelho, de tornozelo, e isso retira a pessoa do trabalho, então tudo isso precisa ser pesado na hora de buscar isso”, alerta. CAMINHADAS Alguns cuidados devem ser observados nas caminhadas segundo o professor Leone. “O ser humano caminha pela sua própria natureza, mas nós precisamos lembrar que caminhar é algo que deve ser feito constantemente, não se deve sair caminhando quilômetros, mas sim ir devagar e com o tempo ir aumentando o seu percurso”. O peso é algo a se prestar atenção antes de iniciar uma atividade. “Se eu estou obeso, antes eu preciso pensar em uma dieta e que preciso perder peso. A pessoa que corre ou caminha com certa intensidade devido ao peso do corpo vai sofrer impactos nas articulações e no sistema cardiovascular, respiratório, e o metabolismo em si”, cita Leone.
QUEM TEM ACIMA DE 35 – 40 ANOS Para quem passou dos 35 ou 40 anos, é recomendado antes de tudo pensar como está fisicamente e clinicamente, buscando antes fazer uma consulta médica. “Mesmo na caminhada deve se analisar como você está fisicamente. Se a pessoa tem problemas em articulações, coluna e outras, tem que saber como está fisicamente antes de sair andando”, cita Leone Simonetti. Ele diz que existe uma grande propaganda incentivando exercício, mas é importante começar da forma correta. “Mas começar uma atividade física sem orientação é muito perigoso. Caminhar já é uma pressão muito grande sobre as articulações, imagine correr. Por isso não indico a corrida para pessoas que estão acima do peso. Mas vemos muita gente obesa correndo de forma extenuante, e isso é muito perigoso”. E as proteções em articulações como nos joelhos? “Não se deve usar joelheiras, aquelas proteções, pois aquele tipo de artefato é mais psicológico. Se a pessoa tem algum problema tem que buscar fortalecer, e se for inflamação primeiro tratar. Depois que o corpo está em equilíbrio você está pronto para o exercício e melhorar a qualidade de vida”, finaliza.
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Passos largos para a solidariedade
Botucatu conta com uma corrida para unir o esporte e a ajuda ao próximo. Trata-se da Corrida “IntegrAção Solidária”. A primeira de muitas ações ocorreu no segundo semestre do ano passado com expectativa de mais edições para este e também os próximos anos. Com a venda de tickets 500 crianças foram vacinadas contra a poliomelite em uma ação mundial que é feita contra a doença. Além disso, a primeira corrida voltada para ajudar o próximo também arrecadou 250 brinquedos. A entrega desses materiais foi feita pelo Rotary Club de Botucatu na Vila Mariana. A organização da prova ocorreu após uma audiência pública ocorrida na Câmara Municipal com apoio do vereador Izaías Colino e as academias da cidade. É mais uma prova de que esporte e o social podem andar lado a lado para ajudar quem mais necessita.
Diretoria do presidente João Chavari 9 investe mais de R$ 1 milhão na construção de novas salas
T
MURETA EXISTENTE NO PAV. TÉRREO
2,55
3,76
7,59
ACESSO PISCINAS (ENTRADA)
5,25 1,45
TELHA DE AÇO TRAPEZOIDAL PRÉ PINTADA (INTERNO BRANCO - EXTERNO GALVALUME) L 0,40 EXP. 0,45 DUPLA COM POLIESTIRENO DE 30MM ENTRE ELAS.
RUFO
TELHA DE AÇO TRAPEZOIDAL L40 PRÉ PINTADA COR A DEFINIR
0,30
VIGA I
3,42
VIDRO FIXO
PAV. SUPERIOR
1,70
1,19
LAJE PRÉ FABRICADA TIPO ALVEOLAR - H = 25 - β 30 SB = 600Kgf/m²
ESTRUTURA EM PERFIL METÁLICO TIPO "W"
4,45 VIGA I
11,71
VIGA I
3,42
10,15
10,15
área: 76,22 m²
JANELA VIDRO TEMPERADO LISO
À CONSTRUIR
PORTA EM VIDRO 8 FOLHAS DE CORRER
PISO VINILICO ESP. 3mm
área: 75,94 m²
1,00
VIGA I
GUARDA CORPO
PILARETE DE CONCRETO ARMADO
área: 76,66 m²
CANALETE 90 A SER RETIRADO SOMENTE APÓS EXECUÇÃO DA LAJE
ALVENARIA BLOCO CERÂMICO REV. C/ REBOCO DESEMPENADO E PINTURA LATEX
3,75
3,84 7,58
3,81 7,61
PAV. TÉRREO EXISTENTE
0,00
- 0,05
PASSEIO PÚBLICO
267x100 200
268x100 200
265x100 200
3,80
BALAUSTRE
3,42
ALVENARIA BLOCO CERÂMICO REV. C/ REBOCO DESEMPENADO E PINTURA LATEX 264x100 200
267x100 200
258x100 200
JANELA VIDRO TEMPERADO LISO
3,82
RUFO
CALHA
PVT 90X220
GUARDA CORPO - GRADIL DE FERRO H = 1,20 m
266x100 200
260x100 200
257x100 200
362x100 200
3,76
ACESSO PISCINAS (SAÍDA)
PVT 90X220
0,80 0,30
PVT 90X220
APROXIMADAMENTE 4,30
PVT 90X220
PD= 3,00
PVT 90X220
DIVISÓRIA EM DRYWAL PARA PERMITIR FLEXIBILIDADE NO LAYOUT DAS SALAS
7,55
1,35
CALHA
PVT 90X220
área: 152,36 m²
3,80
1,35
263x258 200
261x258 200
260x258 200
MURETA COM BALAUSTRE EXISTENTE NO PAV. TÉRREO
259x258 200
142x220 200
142x220 200
142x220 200
142x220 200
GUARDA CORPO - GRADIL DE FERRO H = 1,20 m
264x258 200
ESCADA EM PERFIL METÁLICO NÍVEL A CONFIRMAR
0,30
1,35
ÁREA PISCINAS
260x258 200
iveram início no mês de fevereiro, as obras de construção das novas salas para a prática de esportes da Associação Atlética Ferroviária (AAF) Botucatu. A previsão de término é meados de maio, quando o clube completará 78 anos de fundação. Segundo o presidente do clube, João Chavari, serão construídos 400 m² de salas que abrigarão as escolinhas de jiu-jitsu, judô, yoga, ballet e dança. “Atualmente, essas escolinhas utilizam espaços um pouco improvisados, como é o caso do jiu-jitsu, que as aulas são realizadas embaixo das escadas das João Chavari, presidente da AAF arquibancadas do ginásio. Vamos construir salas extremamente modernas mente planejado antes da execução. “Já com o que há de melhor no mercado, em temos 80% dos recursos guardados em termos de tatame, espaço e aparelhos. caixa para fazermos essa grande obra e o Vamos fazer o mesmo que fizemos com a restante conquistaremos ao logo dos prónossa academia”, explica. ximos meses. Sempre fazemos tudo com Como todo investimento realizado muita consciência e pé no chão”, reitera. pela atual administração, tudo é rigorosaAinda de acordo com João Chavari,
3,84
3,84 7,68
CORTE A
ESC. 1:100
FACHADA AVENIDA MANOEL DA SILVA
FACHADA - INTERNA
CLIENTES:
FACHADA TÉRREA EXISTENTE
ASSOC. ATLÉT. FERROVIÁRIA DE BOTUCATU
DATA:
PROJETO:
AMPLIAÇÃO DE SALAS PARA ATIVIDADES ESPORTIVAS - PAVIMENTO SUPERIOR
REVISÃO:
LOCAL:
RUA MANOEL DA SILVA S/ Nº BOTUCATU - SP
ESCALA:
ESTUDO PRELIMINAR TÍTULO:
LAYOUT SALAS OPÇÃO 02
15/02/2016 " 00 " 1:100
01/01
Layout das novas salas
o objetivo é sempre trazer o que há de melhor aos associados. “Os associados sempre foram nosso maior foco, e é por eles que continuarei trabalhando para manter a Ferroviária entre os maiores e melhores clubes do interior paulista”, completa.
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Superação e muita adrenalina marcam provas de corrida e mountain bike Botucatu foi palco do Trail Run Outono Brasil Ride 2017 e também da prova 24 Horas Brasil Ride de mountain bike. As distâncias foram de 16 km, 5 km corrida e corrida Kids. O evento tem parceria da Prefeitura, através da Secretaria Municipal de Esportes e Promoção de Qualidade de Vida, dentro do projeto “Botucatu Terra da Aventura” e é desenvolvido pelo Departamento de Turismo, que busca difundir a imagem da Cidade no cenário do esporte e turismo.
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Cuesta Cicloturismo: Projeto pioneiro para os amantes de mountain bike na região Formada por onze etapas, a travessia Cuesta de Cicloturismo totaliza 520 kms de percurso. A menos de 200 km da capital paulista, reúne o que há de melhor para o cicloturista aventureiro, que em meio a natureza, pedala por estradas rurais, enfrenta fortes, descidas e subidas desafiadoras, cruza vales, campos e plantações, toma banho de cachoeira, transpõe cursos d´água, margeia rios e represas. A aventura não acaba por ai, o trajeto passa por 12 acolhedoras cidades e seus vilarejos que formam o Pólo Turístico Cuesta. Região repleta de atrativos históricos, culturais e naturais. A religiosidade e a fé estão presentes nas imponentes igrejas, mosteiro e santuários. Nos diferentes caminhos, o cicloturista se surpreende com as belas paisagens. Mirantes se abrem possibilitando a contemplação panorâmica do relevo da Cuesta.
TRAJETO O trajeto auto guiado de 520 kms inclui vias urbanas, rurais, estradas vicinais e rodovias dos 12 municípios que compõem o Polo Turístico da Cuesta: Anhembi; Areiópolis; Avaré; Bofete; Botucatu; Conchas; Itatinga; Paranapanema; Pardinho; Pratânia; Barra Bonita e São Manuel. O percurso conta com mais de 700 placas de sinalização. Os interessados podem também se orientar por setas indicativas (criptografadas em vermelho) ou GPS. Todas as informações do trajeto podem ser obtidas no site do Pólo Cuesta (www.polocuesta.com.br), onde o viajante tem acesso a uma cartilha virtual (via pdf) contendo todas as informações do trajeto como: distância entre cidades, pontos de apoio, atrativos naturais, locais onde dormir e se alimentar, entre outras.
PASSAPORTE E CERTIFICADO O interessado em fazer a viagem pelo Cuesta Cicloturismo no início receberá um passaporte que será carimbado nas cidades do trajeto e também nos trechos entre os municípios. Totalizando, 23 pontos de carimbo. O trajeto tem início na Cidade de Botucatu e término em Avaré. Após a conclusão do percurso o participante receberá um certificado de Travessia Cuesta Cicloturismo. Todos os pontos de partida do Cuesta Cicloturismo estão localizados nas praças das igrejas matriz das 12 cidades, onde o participante encontra uma placa ilustrativa (totem) do trajeto com as informações. ROTAS TEMÁTICAS Por ser um trajeto longo de 520 kms o participante do Cuesta Cicloturismo pode optar por fazer três rotas temáticas, em diferentes ocasiões. A rota sertaneja conta com 176 kms do trajeto. Ela tem início em Botucatu, passando pelos municípios de Pratânia, Areiópolis, São Manuel, Barra Bonita e retornando para Botucatu.
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A rota Peabiru composta por 191 kms do trajeto com partida também de Botucatu segue pelas cidades de Anhembi, Conchas, Bofete, Pardinho e retorna para Botucatu. Já a rota Paranapanema conta com 212 kms com partida de Botucatu passando pelas cidades de Pardinho, Itatinga, Paranapanema e finaliza o percurso em Avaré. Nesse formato, o participante pode se programar em diferentes ocasiões para completar os 520 km do Cuesta Cicloturismo e assim receber ao final seu certificado. “Como outras rotas temáticas, o Cuesta Cicloturismo é um desafio de superação para o viajante. Ele pode ser realizado de forma individual ou por grupos de ciclistas, que crescem cada vez mais em todo o Brasil e também na nossa região. O participante do Cuesta Cicloturismo também pode optar por realizar todo o trajeto com um carro de apoio. O que possibilitará além dos ciclistas, os acompanhantes vivenciarem esse grande desafio”, destaca o secretário adjunto de Turismo de Botucatu, Guto Tecchio. SERVIÇO Outras informações sobre o Cuesta Cicloturismo podem ser obtidas no Polo Cuesta pelo telefone (14)3813-2143 ou na Secretaria Adjunta de Turismo de Botucatu nos contatos (14) 3811-1490/3811-1492.
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Elas na corrida
O tempo tem mostrado o que era privilégio dos homens está mudando a cada dia com a participação do público feminino. Foi-se o tempo que as corridas de rua eram dominadas pelos homens. Hoje, as mulheres dão um tom especial com seu vigor e charme, mostrando que é já comprovado que elas fazem tão bem essa atividade física quanto o público masculino. O tempo tem mostrado o que era privilégio dos homens está mudando a
cada dia com a participação do público feminino. A dona de casa Paula Martinhão que deixou o sedentarismo para correr, há 3 anos, faz parte de um grupo formado só para mulheres em Botucatu. Ela formou com amigas o “Juntas Vamos Mais Longe”, onde trocam informações sobre corrida, alimentação, dicas e fazem treinos em vários setores da cidade. O grupo começou no dia 25 de setembro de 2015. Paula Martinhão montou um grupo no WhattsApp com mais quatro amigas: Bruna Carron, Érica Barros, Núria Quintana e Tábatha Kuester. “O propósito inicial era
marcarmos os treinos do programa funcional da Kayla Itsines. Paula, Érica e Tábatha, que já eram corredoras desde aquela época, tentavam convencer as outras dos benefícios e prazeres da corrida. Pronto! Surgia o embrião da equipe #juntasvamosmaislonge. Ainda em setembro do ano passado, em pleno churrasco, conversando sobre os treinos enquanto saboreavam uma cervejinha, Paula convenceu Rosângela Rocha e Patrícia Orsi a entrarem para o grupo. O time crescia!”, conta Paula sobre o surgimento do grupo feminino de corridas. “Nunca gostei de exercícios”, diz organizadora de grupo feminino Paula Martinhão que organiza
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Paula mostra seu antes e depois com a vida agora de prática esportiva o grupo feminino de corrida “Juntas Vamos Mais Longe” era sedentária. “Nunca gostei de fazer exercícios, e sempre gostei de guloseimas, vivia no efeito sanfona, acho que comecei a fazer dieta com 15 anos, todo ano engordava e emagrecia, um sofrimento. Depois que tive meus filhos engordei e não emagreci mais”, conta. “Quando meu caçula estava com 5 anos resolvi tomar vergonha na cara, não era mais só questão estética (o que me deixava arrasada) mas saúde também. Não contei para ninguém, tinha vergonha, já tinha desistido tantas vezes. Baixei um aplicativo para treinar
corrida e treinava 30 minutos por dia, 4 dias por semana, intercalando treinos de corrida com de musculação. Ficava tão cansada, dolorida, mas falava para mim mesma que iria tentar por 6 meses, e se depois desse tempo não quisesse mais poderia desistir. Também controlava a alimentação, tirei doces, fritura e bebidas alcoólicas”, relata. Segundo ela, foram 5 meses de muito foco, mas adorou cada dia e eliminou 17 quilos. “Descobri uma nova pessoa e me apai-
xonei pela corrida. O esporte mudou minha vida, sinto que sou uma pessoa melhor”, destaca.
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As mulheres estão em proporção igual ou maior nas corridas, diz Nóbrega do “Marcha Lenta”
Robson Domingues Nóbrega, criador do grupo Marcha Lenta de Botucatu, diz que é notória a presença cada vez mais maciça das mulheres nas corridas de ruas em Botucatu e no Brasil. “Arrisco a dizer que elas estão em proporções iguais ou maiores que a masculina em algumas provas de nosso calendário. Na equipe Marcha Lenta são maioria: dos 130 colaboradores contribuintes 74 são do sexo feminino”, comenta. Para ele, “tanto é o aumento desse público nas provas que já existem aquelas corridas especializadas no seguimento. Uma das mais famosas é a WRun que na última edição contou com 5 mil mulheres,
e só da equipe Marcha Lenta foram 20 atletas”. “Essa prova oferece um universo exclusivo para elas regado a muita cor rosa e atividades como massagem corporal e maquiagem, além de um kit que enchem os olhos
das participantes”, conta Robson. O que chama a atenção, diz ele, é que o resultado de classificação para a grande maioria dessas participantes não é o que interessa. “Diferente do público masculino elas querem apenas se divertir e ser feliz tirando muitas fotos e curtindo cada momento”. O organizador do grupo dá os parabéns às mulheres “que tornaram as corridas de rua muito mais alegres e democráticas. Agora, com elas correndo, aumentam também os casais nas provas, que aproveitam as viagens e passeios para conciliar com uma corrida, uma cá outra lá. E o mais importante: sempre ganhando saúde”, finaliza Nóbrega.
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1966, um passo da mulher na corrida Desde o início da história humana, a mulher sempre foi privada de certos privilégios, funções, lazeres, etc. e acompanhamos no decorrer da história que foram muitas as lutas por direitos e condições iguais, lutas que persistem até os dias de hoje. Com a corrida não foi diferente, assim como nos jogos olímpicos, as corridas, inicialmente só poderiam ser competidas por homens. Foi então que em 1966, aos poucos tudo começou a mudar. Neste ano, Roberta Gibb tentou se inscrever na maratona de Boston, mas teve a inscrição recusada, pois os organizadores alegaram que seria impossível uma mulher completar tal prova. Como não foi oficialmente aceita, Roberta ficou atrás de arbustos e entrou na corrida quando parte dos atletas já tinham passado pela largada da prova. Ela tentou se esconder em trajes masculinos, mas foi logo reconhecida pelos participantes, que para seu espanto a apoiaram e incentivaram. Assim, ela concluiu a prova em torno de 3h21m. Roberta participou da corrida nos 2 anos seguintes, também de forma extraoficial. Um ano depois, em 1967 e também na maratona de Boston, outra mulher decidiu entrar para a história das corridas e da luta pelo direito da mulher. Kathrine Switzer, com apenas
Kathrine Switzer durante a Maratona de Boston em 1967
20 anos, se tornou a primeira mulher a correr uma maratona com um número oficial. Isso tudo por um pequeno “deslize” da organização, que ao divulgar a competição e as regras, não fizeram nenhuma restrição à participação de uma mulher na corrida. Desta forma, Kathrine se inscreveu na corrida como K. V. Switzer, o que ajudou a organização a não reconhecer uma mulher entre os corredores até o momento da largada. No início da corrida Kathrine teve o apoio de alguns participantes, mas foi a organização que não gostou nada da sua presença e tentou expulsá-la da prova ainda nos primeiros quilômetros, quando um fiscal tentou tirá-la da corri-
Roberta Gibb durante a Maratona de Boston em 1966
da à força. Porém, o seu namorado Tom Miller, com 115 kg, conseguiu empurrar o fiscal, deixando assim Kathrine, com seu número de peito 261, com o caminho livre para que concluísse a prova em torno de 4h20m. Mesmo inscrita e concluindo a prova Kathrine acabou tendo a sua presença não confirmada oficialmente pela organização da prova Apesar de toda a repercussão e de terem concluído a prova, Roberta e Kathrine, não conseguiram convencer a organização da capacidade e da força feminina e foi somente em 1972 que as mulheres de fato foram aceitas e reconhecidas como maratonistas, podendo assim participar oficialmente dos eventos, com direito a número de peito e premiação. Desde então, a participação feminina nas corridas de rua e maratonas tem aumentado constantemente. Na maratona do Rio, em 2015, por exemplo, as mulheres foram quase metade dos participantes na prova de 21 km, aproximadamente 30% na prova de 42 km e cerca de 63% na prova de 6 km¹. Esses números apenas evidenciam a força e a capacidade da mulher. Elas continuam fazendo jus a tudo o que vem conquistando e a tudo que ainda conquistarão.
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O joelho da corredora Vencendo barreiras! A quantidade de mulheres que ingressam na corrida de rua tem aumentado de maneira crescente. Desde que a americana, Kathrine Switzer, correu a Maratona de Boston em 1967, disfarçada de homem, e quebrou o tabu, de que as mulheres “não tinham força e resistência para correr os 42.195 metros”, as mulheres não pararam mais de aderir ao movimento de saúde e qualidade de vida, através da caminhada e corrida. Aliado à isso, o surgimento de assessorias e campeonatos focadas no sexo feminino nos últimos 10 anos, sem dúvida fomentam esta explosão de corredoras nas ruas. Segundo o site Running USA, as mulheres já representam 53% dos corredores. O número foi apresentado no 19º Congresso Mundial da AIMS (Associação de Maratonas Internacionais e Corridas de Distância) em Praga, República Checa, que aconteceu de 10 a 12 de maio de 2012. Estudos publicados nos últimos 20 anos mostram que as mulheres não apenas estão se lesionando, mas que o fazem em taxas absurdamente maior que os homens. Para a corrida de rua, esta proporção de lesão no joelho extrapola o índice de 1 homem para 7 lesões mulheres lesionadas para a mesma intensidade e volume dos treinos. Mas, por que isso ocorreria? Seria o uso do salto alto, força muscular reduzida? Anatomia?
Por que a mulher é mais suscetível? Autores que estudam a mulher corredora afirmam que as atletas exibiriam um tempo de recrutamento de grupos musculares mais prolongado que os observados em homens e que isso poderia afetar a dinâmica de diversas articulações, principalmente
que, a médio e longo prazo desenvolveriam sintomas como a dor, desconforto e inchaço no joelho. A figura 1 mostra a diferença de uma aterrissagem de uma mulher (à esquerda) e de um homem (à direita). Note que os joelhos da mulher caem “para dentro” (valgizado) e em rotação interna e que isso não acontece com o homem.
do joelho. De maneira mais didática, isso significa que, em uma aterrizagem do vôlei, por exemplo, o “comando” vindo do cérebro para que a musculatura se contraia de maneira adequada, chega “atrasado” em alguns músculos, principalmente nos glúteos médio e mínimo no quadril (músculos estabilizadores da Pelve) e no vasto medial (músculo interno da coxa) fazendo com que as o fémur “rode para dentro” e deixe a patela mais lateralizada e em contato reduzido das superfícies articulares. Quanto menor a área de contato, maior a pressão e, consequentemente, maior a chance de lesão crônica de tecidos, em especial a cartilagem patelar. Nos últimos 5 anos, alguns autores provaram existir o valgo dinâmico (figura 1) através do exame chamado eletromiografia e da ressonância magnética dinâmica (em movimento) e postulam que o problema das mulheres corredoras é na verdade funcional e não só anatômico, como se pensava há 30 anos atrás. Isso significa que a cada passo da corrida, a mulher estaria sujeita ao valgo dinâmico? Sim. A fase inicial da corrida é chamada de absorção de impacto, no qual a energia cinética do contato do pé ao solo é absorvida através da contração muscular e da flexão do joelho. Havendo o valgo dinâmico, existiria um micro-trauma de repetição
Fotografia de um estudo neuromuscular simulando uma aterrissagem
Doenças do joelho da mulher corredora A) Tendinite Patelar Apesar de ser mais prevalente em indivíduos do sexo masculino, estatisticamente estaria ligada à alterações anatômicas como a patela alta. Pode ser difusa (pegando todo o tendão), só no pólo inferior da Patela, denominada “jumpers knee” pela literatura americana. Há caráter inflamatório inicial e, se não tratada, pode degenerar e levar à ruptura espontânea, descrita em alguns caso
Quando se opera? Em geral, após falha do tratamento conservador, indica-se o tratamento cirúrgico. Os dois principais procedimentos cirúrgicos incluem a perfuração do polo envolvido e a excisão da área acometida do tendão.
19 O objetivo da perfuração é aumentar o suprimento vascular para a área afetada. Recentemente, com o advento da artroscopia do joelho, é possível que seja realizada sem a incisão anterior clássica. O segundo procedimento envolve a excisão longitudinal do tendão envolvido. Conforme relatado por Blazina et al, em 1973, o principal benefício deste procedimento é que ele permitiria retirada de todo o tendão doente, com posterior cicatrização da lesão.
Além da cirurgia, existem outros tratamentos? Embora ainda em estudo, autores relatam sucesso no tratamento da doença com a terapia por ondas de choque (TOC). Nesta técnica, uma máquina emite pulsos semelhantes aos usados nas quebras de cálculos renais sobre o tendão doente. A partir daí, ocorreriam estímulos à cicatrização da lesão.
muitos autores intitularem a condição como “o joelho da mulher” na década passada. Quando surge na mulher corredora traduz que o esporte está ultrapassando os limites fisiológicos e os tecidos do joelho estão sobrecarregados. Em geral, sintomas ocorrem em atividades da vida diária, como subir e descer escadas, estando intimamente associado ao uso excessivo de salto alto e podem limitar muito a prática esportiva. Embora a sintomatologia seja exuberante, muitas vezes não há relação direta com os achados de exames de imagem, como na ressonância nuclear magnética, por exemplo e a grande maioria das pacientes melhora com uma boa reabilitação.
C) Condromalácia Condromalácia
Área da dor
B) Sinovite difusa Trata-se de uma reação inflamatória difusa, acometendo a membrana articular, denominada sinóvia e pode se estender a outras estruturas, como o coxim gorduroso, ou gordura de Hoffa da região anterior do Joelho. Acomete principalmente mulheres após a segunda década de vida, envolvidas ou não com atividades físicas, o que levou a
Condromalácia patelar na mulher O termo vem do latim e significa, em sua essência, “amolecimento da cartilagem”. Muito comentada e estudada desde o início dos anos 90 com o advento da Ressonância Nuclear Magnética como ferramenta diagnóstica de lesões no joelho. Dentre o rol de doenças do joelho da mulher corredora, esta intimamente ligada ao valgo dinâmico e, infelizmente, tratada de maneira incorreta em muitos casos. Conforme descrito acima, postula-se que a doença desenvolva-se a partir do contato excessivo da cartilagem da rótula que estaria lateralizada em relação ao seu “tri-
lho”, a tróclea femoral. A distribuição desigual dos pontos de pressão causaria, em longo prazo, morte celular e desarranjo da matriz extra-celular, com consequentes sintomas de dor, creptação ou sensação semelhante a “areia” dentro do joelho, estalos e, às vezes, falseios. No início, a lesão dá-se por amolecimento da cartilagem. A seguir, podem haver ulcerações, fissuras, terminando com o desgaste de toda sua espessura, evoluindo, assim como qualquer lesão cartilaginosa, para a osteoartrose. O tratamento é não cirúrgico na grande maioria dos casos e fundamenta-se na detecção da presença valgo dinâmico e de desequilíbrios musculares através do teste de força ou avaliação isocinética. A reabilitação envolve recursos antiinflamatórios iniciais como o laser e o ultrassom, seguidos da ativação de grupos musculares enfraquecidos, muitas vezes com auxílio da eletroterapia (correntes russa ou australiana), seguida do fortalecimento e aumento do tempo de ativação de grupos musculares através dos treinos proprioceptivos e pliométricos. Muitas vezes, o uso do salto alto deve ser reduzido por determinado período e pisadas muito pronadas ou muito supinadas também devem ser tratadas.
Tratamento cirúrgico O tratamento cirúrgico se reserva aos casos quem não melhoraram com a reabilitação bem feita, com defeito cartilaginoso de graus III ou IV e com encurtamento crônico da retinacula lateral (tecido que segura a patela na região externa). Nestes casos, através da artroscopia do joelho pode se realizar a regularização da cartilagem lesada, retirada de corpos livres e a soltura da retinacula encurtada, procedimento chamado de “release lateral”. Terapias adjuvantes como a aplicação intra-articular de ácido hialurônico no período pós-operatório auxilia no tratamento e previne a recidiva de sintomas.
20 óssea lateral do joelho, o Epicôndilo lateral. Ocorre reação inflamatória localizada que, caracteristicamente, dói durante a corrida e pedalada e melhora após o repouso. Indivíduos que pedalam de maneira incorreta com banco muito alto, trazendo o joelho muito próximo à linha mediana da bicicleta, assim como as portadoras de Genu varum ou “joelho arqueado” são mais suscetíveis à lesão. O tratamento envolve alongamento da banda ileotibial sob manipulação D) Síndrome do
atrito íleotibial Area do atrito da banda ileotibial no epicondilo lateral do joelho. Lesão extremamente frequente em ciclistas e corredores. Ocorre devido à fricção da banda fibrosa lateral chamada banda ileotibial com a proeminência
do fisioterapeuta e fortalecimento dos músculos estabilizadores da pelve, em especial do glúteo médio e rotadores do quadril. Nos casos que não melhoram, terapias como as ondas de choque e infiltrações tem tido bom resultado. Muito raramente, pacientes com esta doença necessitam de tratamento cirúrgico que inclui o alongamento da banda ileotibial (zetaplastia) ou a retirada da proeminência óssea (epicôndilo lateral).
DR ADRIANO LEONARDI Traumatologia do esporte / Cirurgia do Joelho Médico do futebol profissional do Clube Atletico Bragantino Presidente da Associação Brasileira de medicina de áreas remotas e esporte de aventura. Consultório: Rua Bento de Andrade,103 Ibirapuera SP - Tels. (11) 2507 9021/2507 9024
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Prepare-se para correr Os benefícios da corrida obviamente são inúmeros, mas se ela não estiver associada a uma boa preparação física os impactos serão bem mais negativos do que positivos. Por Salete Coelho A corrida tem conquistado muitos adeptos nos últimos anos. Nos parques, nas academias, nas ruas, nas praias essa tem sido uma prática cada vez mais recorrente. Porém, é muito comum as pessoas começarem a correr de forma aleatória, sem preparar músculos e ossos para os impactos pro-
vocados por essa atividade. Empolgados pelo fato do sistema cardiorrespiratório condicionar-se muito mais rapidamente que a estrutura musculoesquelética, como são chamados esses componentes tão importantes, acabam se empolgando e criando uma rotina própria. Os benefícios da corrida obviamente são inúmeros, mas se ela não estiver as-
sociada a uma boa preparação física os impactos serão bem mais negativos do que positivos. Usando uma analogia, é similar a construir uma casa sem um bom alicerce. Começar sem estar preparado pode provocar a lesões crônicas e trazer para o dia a dia as indesejáveis dores, que levam muita gente a abandonar o esporte precocemente. E sem atividade física, a qualidade de vida diminuiu e cria brechas para a obesidade, estresse e outros problemas que afetam à saúde de grande parte da população atualmente. É cientificamente comprovado que a intervenção por meio da atividade física estruturada, ou planejada, é o principal fator para reabilitar essas doenças modernas, causadas principalmente pela falta de atividade física. E é aí que entra a figura do preparador físico. Esse profissional atua com o objetivo de integrar todas as atividades realizadas pelos indivíduos, como por exemplo, os esportes e atividades de lazer que praticam, suas atividades do dia a dia em casa, se passam mais tempo sentado ou em pé, entre
outros fatores capazes de influenciar em seu condicionamento. Com isso, é possível criar uma boa base de movimento, o tal alicerce, que os habilitam a exercer sua rotina diária sem dores, ajuda a corrigir padrões errados de movimentos adotados durante toda uma vida e atenuar a sobrecarga que o esporte pode causar para o praticante. Nesse processo é fundamental contar com o apoio de um profissional capacitado e que se atualize constantemente, trabalhe através da multidisciplinariedade e, principalmente, foque na saúde de seu cliente. * Salete Coelho é Bacharel em Esporte, preparadora física de atletas na cidade de São Paulo, mastertrainer Core 360 e faz parte da equipe multidisciplinar do Dr. Franz Burini. Aluna de mestrado do Cemenutri.
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Praça da Juventude de Botucatu ganha academia ao ar livre A Praça da Juventude de Botucatu – “José Fernando Donida”, localizada na entrada da Cohab 1, região sul do Município, acaba de ganhar mais um equipamento gratuito voltado ao lazer e à promoção da saúde da população. Trata-se de uma nova academia ao ar-livre, com 11 aparelhos para exercício físico. Cinco deles voltados à utilização exclusiva de pessoas com deficiência. Cada um dos aparelhos trabalha uma musculatura específica do corpo como a região peitoral, o quadril, o abdômen, membros inferiores e superiores, além de auxiliar no equilíbrio, resistência aeróbica, ganho de força e coordenação motora do praticante. E o melhor: todos os exercícios são de baixíssimo impacto, nos quais se levam em conta praticamente apenas o peso da própria pessoa. O novo equipamento é fruto de
doação da Duratex. No âmbito da Lei de Incentivo ao Esporte, do Ministério do Esporte, a empresa patrocinou o desenvolvimento e implantação
do projeto “Vida Ativa”, de iniciativa da Organização Social Esporte Brasil (OSEB), e que contemplou as cidades de Botucatu e Agudos.
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“Este é mais um projeto que se concretiza através do benefício da Lei de Incentivo ao Esporte, do Governo Federal, que trabalha com renuncia fiscal de imposto de renda da iniciativa privada. Neste caso, com apoio e patrocínio da Duratex, com quem temos desenvolvido essa parceria desde 2012 e que beneficia as cidades que a empresa tem operação”, diz Osvaldo Camargo Júnior, diretor de projetos da Organização Social Esporte Brasil. “A Duratex gera emprego direto e indireto em Botucatu, mas também tem que ter esse envolvimento com a população através de projetos sociais e esportivos como este. Com apoio das entidades é que as empresas concretizam esses projetos. E neste sentido, a gente consegue ver
onde o dinheiro está sendo investido perfeitamente, trazendo benefícios diretos à população”, enfatiza Frederico Matos, engenheiro ambiental da unidade fabril da Duratex em Botucatu.
Promoção à saúde
Inaugurada em abril de 2013, a Praça da Juventude de Botucatu oferece diversas opções para a prática esportiva. Isso inclui quadra coberta, campo de futebol, quadra de areia para vôlei e futebol, pista de caminhada, teatro de arena, pista de skate e salas para o desenvolvimento de inúmeras atividades voltadas a crianças e até o público da Terceira Idade. “Faltava ainda na Praça da Juventude uma academia ao ar livre,
o que irá enriquecer ainda mais o leque de atividades deste espaço esportivo. Já temos 42 academias na Cidade e pretendemos, em breve, dar um novo passo, que é disponibilizar profissionais que possam acompanhar a população durante os exercícios. Inclusive com a oferta de avaliações físicas. Queremos estimular que as pessoas criem tempo para cuidar da sua própria saúde agora para que no futuro não gaste tempo e dinheiro com uma doença”, argumenta o então secretário municipal de Esportes e Promoção da Qualidade de Vida, Franz Burini. Serviço Praça da Juventude de Botucatu Av. Mário Barberis, 410 – Cohab 1 Tel.: (14) 3814-7930
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Corrida noturna reuniu cerca de 600 participantes em Botucatu
Fotos: Walter Contessoti Júnior e Ivan Dias
A região central de Botucatu foi cenário de uma grande festa do esporte. Cerca de 600 pessoas participaram da Corrida Noturna – 162 Anos Luz, evento que faz parte da programação do mês de aniversário da Cidade. Os percursos foram de 3 km de caminhada e 5 km de corrida. A prova teve início pontualmente às 20h30 na Avenida José Pedreti Neto, em frente ao Posto de Informações Turísticas (PIT) e da Praça João Rodrigo de Souza Aranha, na Cecap. Os atletas contornaram o Corpo de Bombeiros pela Rua Dr. Costa Leite, passaram em frente ao Pronto Socorro Adulto na Rua Joaquim Lyra Brandão, retornaram para a Pedreti e seguiram sentido Avenida Santana, até o cruzamento com a Rua Silva Jardim. Nos 5km masculino o campeão geral foi Marildo José Barduco (16min37s) e no feminino, Margarete Maria Pereira (20min08s). Em menos de uma hora todos já haviam cruzado a linha de chegada e recebido medalha de participação. O resultado final, com a
classificação por categoria, pode ser acessado na íntegra no site www.corridadaluz.com.br. “O sucesso deste evento é atrelado ao próprio público participante. Seja dos atletas profissionais até os amadores, de diferentes idades. O que mais nos enche de orgulho é justamente ver como o esporte pode unir e transformar a vida das pessoas. Espero que esta prova possa ter servido como incentivo para que muita gente deixe o sedenta-
rismo de lado e passe a cuidar de sua saúde”, enfatiza o então secretário municipal de Esportes e Promoção da Qualidade de Vida, Franz Burini. A Corrida Noturna é realizada em Botucatu desde 2011 e tradicionalmente abre a temporada de provas do Circuito Cuesta de Corridas de Rua, que é realizada pela Prefeitura de Botucatu, através da Secretaria Municipal de Esportes e Promoção da Qualidade de Vida.
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A Vidativa- Espaço Personal está há 15 anos se dedicando ao atendimento individualizado e de pequenos grupos. Nossa busca é por qualidade, resultados e eficiência em seus treinamentos. Oferecemos atividades externas orientadas como corrida de rua, caminhada e bike. Interação e treinamento esse é nosso foco!
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Secretaria de Esportes e Promoção de Qualidade de Vida realiza ações e anuncia as Principais Estratégias deste Novo Governo Profissionais da Secretaria de Esportes e Promoção da Qualidade de Vida estão estruturando visitas aos principais postos de saúde de Botucatu para identificar pessoas que estejam acima do peso ou algum problema a mais em sua saúde para que depois possam ser encaminhadas para locais que ofereçam atividade física gratuita. Essas pessoas são orientadas e passam a frequentar locais com equipe multiprofissional, como professores de educação física e nutricionistas, geralmente em praças e academias ao ar livre. Essas ações fazem parte de um conjunto de outras a serem adotadas na cidade, ainda neste primeiro semestre de governo na área esportiva. Dentro deste contexto, também entre as novidades existem orientações em centros esportivos como Campo do Inca, Ginásio Municipal do Bairro Alto e Praça da Juventude, onde além de feita aferição da pressão arterial, a população é convidada a receber as orientações como a forma correta de se fazer exercícios. “Esses serviços estão disponíveis em horários de maior procura, geralmente, no começo da manhã ou final da tarde onde população é atendida”, comenta o então secretário de esportes, Franz Burini. Além destas estratégias iniciais, há ainda suporte académico-cientifico respaldando algumas ações, como análise
de gasto calórico em pista de caminhadas (Inca), protocolos de exercícios a serem implementados nas academias a céu aberto, e outras no intuito de oferecer o máximo de segurança e acolhimento à nossa população no que diz respeito a práticas desportivas. “Comparamos com equipamento levado ao Inca onde se mede o gasto de caloria em uma atividade na pista de atletismo ou em pedrinhas no entorno do campo, onde o exercício é mais eficaz
nesse sentido e o impacto às articulações é menor”, diz Burini. A ideia é aproximar a população das atividades físicas e assim ter uma vida mais saudável. E o esporte também continuará nos projetos sociais e locais de públicos com aulas gratuitas como judô, vôlei, futsal, handbol, muay thai, dança e natação, sendo algumas atividades usando horários ociosos dos clubes da cidade. Essa assinatura de convênios aumentou para 2.545 o número de alunos atendidos, ou seja, 617 a mais que o ano passado dentro dos trâmites das alterações de lei federal, em edital de chamamento público realizado com as entidades esportivas na prefeitura. Também será feita a otimização de algumas academias ao ar livre com aparelhos mais eficientes para as atividades, que contemplam grupos musculares de forma integrada. Outro local para prática esportiva que vai atender as pessoas com deficiência é o completo esportivo do Bairro Alto que vai funcionar em parceria com a Apape – Associação de Pais e Amigos das Pessoas Portadoras de Necessidades Especiais,
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Prefeitura, Fatec, Sesi, Senac, Ciesp e Sincomercio. Cerca de 2.120 atendimentos serão realizados no local. Competições que a cidade vai realizar Botucatu vai realizar neste ano o trekking, circuito cuesta (corrida de rua), Brasil Ride, Hakka Racing, Passeio Ciclístico, campeonatos, Festival Integração de Futsal de 8 a 20 anos de idade, Copa dos Campeões, Copa TV Tem e Record, Jogos dos Idosos (JORI), Jogos da Juventude com Damas, Judô, Natação, Xadrez, Tênis de Mesa, Vôlei e Futsal, e participação nos Regionais. Nos bairros a prática esportiva receberá incentivos como o Projeto Campinho, reacendendo práticas clássicas da infância de muitos com futebol nos campinhos dos bairros (a Secretaria está se empenhando
As aulas são ministradas pelo Professor Chicão
em oferecer bola, trave e cuidando destes campos/terrenos nos bairros mais carentes), fut de rua e street basketball também será uma forma de levar um pouco de motivação ao esporte. Centros esportivos também serão executados como Heróis do Araguaia, Vila Maria e na Zona Sul (em estudo de local, assim como na zona oeste). Criar bolsa atleta também está nos planos. Outra forma de incentivar o esporte é olhar para a sua história ouvindo e homenageando os chamados boleiros que jogaram nos clubes de Botucatu durante os campeonatos amadores.
Franz Burini deixa a Secretaria de Esportes e Promoção de Qualidade de Vida para assumir projeto na CBF Estes passos e estratégias iniciais foram fundamentais na estruturação da Secretaria de Esportes e Promoção de Qualidade de Vida, principalmente pelo fato que a partir do início de maio, o secretário Dr Franz Burini deixará o cargo para assumir o projeto junto à CBF já focados para a Copa do Mundo da Rússia, 2018. “A CBF já me convocou 4 vezes neste ano, e pelo compromisso com nossa população e governo, não pude prestigiar. Acredito que minha participação nesta fase inicial tenha sido válida no contexto de estruturação de toda a evolução da nossa secretaria nos próximos anos de governo. A bandeira da Promoção da Qualidade de Vida exigiu que tivéssemos que expandir o conceito habitual da Secretaria de Esportes, e com
certeza nossas ações e estratégias de diagnóstico e intervenções referentes ao sedentarismo e principais doenças associadas terão repercussões também em outras secretarias, principalmente a da Saúde”, comenta Burini. Franz Burini, além de ter sido secretário de esportes e Promoção de Qualidade de Vida, é médico do esporte do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina UNESP de Botucatu, supervisor do programa de residência em Medicina do Esporte da instituição, consultor em metabolismo do Comitê Olímpico Internacional e algumas confederações brasileiras e agora constituinte do departamento médico da Confederação Brasileira de Futebol-CBF.
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Dia 28 de maio CALENDÁRIO Corrida Runner Expande Dia 2 de julho DE CORRIDAS Corrida Criativa FM EM BOTUCATU Dia 30 de julho Corrida Super 12 dos Bombeiros Dia 27 de agosto Corrida ASU Dia 22 de outubro Corrida Unimed Dia 14 de novembro Corrida Noturna da República Dia 19 de novembro Corrida Claus Esporte Dia 3 de dezembro Corrida Prefeitura e Clubes AAB, AAF, BTC *DATAS SUJEITO A ALTERAÇÃO PELAS ORGANIZAÇÕES
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Doe sangue pelo esporte Ajude o Hemocentro a continuar salvando vidas. Doe sangue!
A maior marca que um atleta pode superar é salvar vidas. Cada doação é muito importante e pode salvar até
4 vidas.
Toda doação de sangue é bem-vinda, e todos os tipos de sangue doados são de extrema importância. A cada doação, quatro vidas podem ser salvas. Os requisitos para ser doador de sangue são: apresentar documento emitido por órgão oficial com foto, como RG ou CNH ou, ter boa saúde e pesar acima de 50 quilos; ter idade entre 16 anos completos e 69 anos, 11 meses e 29 dias. Candidatos com idade entre 16 e 17 anos, devem possuir consentimento formal, por escrito, do seu responsável legal para cada doação que realizar; não estar em jejum, dormir ao menos 6 horas antes da doação; não estar com doenças infecciosas; não ter vida sexual promíscua; não ser usuário de drogas; não ingerir bebidas alcoólicas 12 horas antes da doação.
O horário de atendimento do Hemocentro do HCFMB é: Segunda a Sexta – 8 às 16h30 Sábado – das 7 às 12h30 Em caso de dúvida, contatar o Hemocentro do Hospital das Clínicas de Botucatu pelo número (14) 3811-6234, ramal 240.