Circulação trimestral I Distribuição gratuita I Botucatu-SP
Ano 6 I nº29 I Abril-Maio-Junho 2018
Botucatu Terra da Aventura 163 anos
Presidente da ACOB fala de planos e Circuito Cuesta de Corridas de Rua 2018
Histórias de superação dos botucatuense na São Silvestre
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163 ANOS DA CIDADE DO TURISMO E DOS ESPORTES DE AVENTURA! Neste ano de 2018, Botucatu se reforça como um dos centros mais propícios para o turismo tanto de lazer e esporte de aventura. Por aqui passam atletas de todo o Brasil. Não dá para negar que cada pedacinho da Cuesta é de encher os olhos. No aniversário dos 163 anos de Botucatu é o momento de enfatizarmos essa marca que enriquece nosso povo, tradições e o amor pela natureza e atividades de aventura. É o momento de celebração e incentivo a todos que lutam nessa área.
Parabéns Botucatu!
Ano 6 I nº29 I Botucatu Abril - Maio - Junho 2018 Diretor responsável: Marcelino Dias MTB-35561
Contato Revista Registrando: (14) 99718 9332 e-mail: marcelinodiasfotografo@hotmail.com Revista Registrando Marcelino Dias Os artigos assinados são de responsabilidade de seus autores, não refletindo necessariamente os pontos de vista da Revista.
Tiragem: 1.500 exemplares - Distribuição Gratuita Circulação trimestral Impressão: Grafilar Reportagens: Assessoria Um - Geração de notícias
Foto da Capa Filipe Matos - Desafio Highline Foto: Marcelino Dias Tratamento Imagem : Daniel Camargo Alves
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Botucatu do turismo e esportes de aventura caminha para ampliar e aperfeiçoar serviços
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otucatu (SP) deixou faz muito tempo de ser uma possibilidade de turismo e esporte de aventura e hoje discute como desfrutar cada vez mais dos atrativos. É fácil sair pela Cuesta e ver bicicletas, caminhantes, praticantes de corrida, os off-roads, visitantes em mirantes, cachoeiras, passeios em bares rurais, unindo por vezes o passeio com o esporte. Nesse sentido, Botucatu está dando um passo importante na questão do turismo quando se fala em aprovação do plano diretor o que pode gerar o investimento por parte do governo do estado para esta área da cidade. “O documento foi desenvolvido de forma participativa envolvendo a população e empresas. Além de nortear os passos do desenvolvimento do turismo na cidade, com o projeto de lei aprovado Botucatu poderá pleitear uma vaga entre os Municípios de Interesse Turístico (MIT) no Estado de São Paulo”, explica o Cristiano Vieira Pinto que é presidente do Conselho Municipal de Turismo (Comutur) e também trabalha como produtor de eventos e guia de ecoturismo da Cuesta. Com essas aprovações tanto do plano municipal como no interesse turístico tudo isso é mais um passo a mais para o Desenvolvimento do setor e da cidade consequentemente. “Se conseguirmos o selo de MIT, não somente pela verba que poderemos pleitear mediante projetos que ajudará muito o município, mas pelo enorme potencial que tem a Cuesta e a Cidade de Botucatu num todo. O Turismo já vem acontecendo na nossa região e cada vez mais podemos observar o número crescente de visitantes e empreendimentos na Cuesta”, destaca. Segundo a análise de Vieira, “o Turismo hoje é uma das maiores ativida-
Foto: Paulo Li - Expressão Studio
des econômicas do mundo”. “E estamos dando um grande passo para o desenvolvimento da nossa cidade. Os governos, as empresas privadas, as comunidades locais e as organizações não-governamentais, todos têm um importante papel a desempenhar daqui pra frente. Somente através desse sistema Inter setorial conseguiremos atingir nossos objetivos”, frisa. TURISMO IRREVERSÍVEL “Não sei se posso dizer que hoje vivo do Turismo em Botucatu, tento! Mas muita coisa já mudou aqui na região nos últimos 4 anos; vemos pelo próprio comportamento dos munícipes, pelos números de eventos que o Botucatu Terra da Aventura tem trazido para a cidade; as festas e eventos culturais, Festas Religiosas,
Congressos e Simpósios importantíssimos a nível m u n d i a l ; H i stó r i a , a Pinacoteca que vem aí também, e tantas e outras coisas que se for pontuar seriam páginas. O Turismo hoje é uma realidade irreversível na região”, ressaltou o presidente do Comutur. ESPORTES Para Cristiano Vieira Pinto, em Botucatu hoje a pessoa faz desde um simples piquenique em um bosque ou mirante tranquilo unindo a uma vista paradisíaca como também passeio ciclístico, offRoad, esportes radicais como rapel, voo em paraglider, higline, atividades náuticas, passeios contemplativos, religiosos e culturais como nos museus e centro históricos. “Temos nossa excelente rota gastronômica desde os charmosos e deliciosos restaurantes rurais como nossa gastronomia urbana capaz de surpreender os mais exigentes paladares”.
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Atletas nacionais e internacionais desfrutam das belezas e desafios da Cuesta
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a sequência da reportagem sobre o passo que a cidade de Botucatu vem dando no sentido de ampliar ainda mais o turismo e esporte de aventura e lazer, Bruno João de Oliveira, da Associação dos Promotores e Organizadores de Eventos de Botucatu (APOE), diz que hoje existe uma diversidade de clientes que visitam a cidade. “Nosso município é tão rico que abrange boa parte dos seguimentos turísticos que existem, como o turismo cultural, turismo científico, turismo de negócios, ecoturismo, entre outros. De alguns anos pra cá nossa política se mostrou interessada em investir no desenvolvimento turístico do município. Hoje, recebemos diversos atletas brasileiros e internacionais para competir em nível profissional em nossa Cuesta”, destaca Bruno João. Ele ainda cita novos investimentos que serão possíveis. “Em breve, vamos sediar um centro de educação e cultura, a tão aguardada Pinacoteca, com expectativa de receber diversos turistas para visitação. Esperamos também que logo o município conquiste um espaço apropriado e estruturado para a realização de eventos de qualquer natureza, como shows e exposições, por exemplo”.
Foto: Arena Cross
UM PASSO IMPORTANTE “Com tudo isso acontecendo, s e nt i m o s q u e n o s s o m u n i c í p i o caminha para um novo e potencial fator de desenvolvimento econômico para geração de renda e emprego, sem contar na melhora em nossa qualidade de vida através de investimentos de infraestrutura previstos para melhor atender os turistas que visitam Botucatu”, cita Bruno João.
PLANEJAMENTO “Para que tudo isso aconteça de maneira planejada e responsável, é importante que o Plano Diretor de Turismo seja aplicado como norte das ações, atualizado a cada 3 anos e que o Poder Público fa ç a g e s t ã o d e s c e n t ra l i za d a através do Conselho Municipal de Turismo, colaborando assim para uma tomada de decisão mais assertiva e democrática através da participação da Sociedade Civil Organizada”, completa. Ele ainda diz que uma certificação deve ajudar em muito a cidade. “Sonhamos com que Botucatu seja reconhecida num primeiro passo como Município d e I n t e r e s s e Tu r í s t i c o, n u m futuro como Estância Turística, para que possamos colaborar na união, no fortalecimento e no desenvolvimento do turismo regional junto com os municípios que integram o Polo Turístico da Cuesta”, finaliza.
Cidade realiza 42 dias de eventos voltados ao esporte de aventura durante este ano
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Foto: Ivan Dias
Botucatu está realizando neste ano 42 dias de eventos voltados ao turismo esportivo. Augusto Cesar Tecchio que é Secretário Adjunto de Turismo diz que o ano de 2018 será um ano muito importante para o avanço no desenvolvimento turístico de Botucatu. “Este ano a cidade concorre ao selo de Município de Interesse Turístico, que pode trazer para a cidade verba anual de até R$ 600 mil para ser utilizada em projetos de turismo, além disso, será um ano em que a cidade receberá 42 dias de eventos esportivos, relacionados ao esporte de aventura, atividade que vem a cada ano colocando Botucatu na rota nacional deste segmento, o que vem movimentando toda a economia do tripé turístico: hospedagem, transporte e alimentação”, destaca. Para o gestor municipal, Botucatu segue também com um conselho municipal de turismo forte, voltado ao crescimento e fortalecimento da cidade em todas as áreas, inclusive ambientais. “A necessidade de desenvolver atividades para atrair visitantes também vai de encontro com projetos para a sustentabilidade ambiental local”, frisa. Para ele, ações como Cuesta Limpa e Guardiões da Cuesta mostram ao cidadão e aos que visitam a cidade, a preocupação com a natureza e que há um trabalho forte sendo feito para
Foto: Arena Cross
que sejam resolvidos os problemas de lixo descartado de forma irregular, bem como é intuito da Secretaria Adjunta de Turismo dar continuidade às atividades off-Road com base na sustentabilidade ambiental. “Grupos estão engajados para o bem estar local, ocorrendo, portanto, o turismo responsável. Acredito
que só assim, será possível ter uma cidade turística, geradora de renda e empregos, um local que tenha como foco principal a natureza e cultura para que todos possam contemplar e viver experiências, envolto ao cuidado e desenvolvimento sustentável. A ideia é cuidar hoje para deixarmos um legado com belezas e prosperidade”, finaliza.
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Três Pedras recebeu Desafio de Highline
As Três Pedras, um dos principais cartões postais da Cuesta, foi palco do Desafio Highline, no mês de janeiro. Atletas consagrados no esporte, como Rafael Bridi, Gui Coury, Maraue Munareti, atravessaram os vãos das Três Pedras se equilibrando em fitas com variação de distâncias: 35, 70, 150 e 250 metros de largura e 100 de altura. O highline é um esporte em que os atletas atravessam grandes distâncias equilibrando-se em uma fita. Os três desafiantes que estiveram em Botucatu já praticam a modalidade há anos e estiveram em diversos países do mundo praticando a técnica. Além do desafio, o evento contou com oficinas de slackline para adultos e crianças, e shows musicais. “O slackline é um esporte que pode ser praticado a partir dos seis anos, traz equilíbrio, força, concentração, além de ser muito divertido”, conta Cristiano Vieira, da agência EcoCuesta, promotora do evento. O Highline Três Pedras foi uma realização da Cuesta Slackline, com apoio da Secretaria Adjunta de Turismo de Botucatu, Ecocuesta, Prefeitura de Bofete, Edu Ev, Beer Fast e portal Cidade Botucatu. No mês de setembro de 7 a 9 acontece em Botucatu o festival internacional de highline.
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Mais de 300 atletas participaram da corrida de aventura
segunda etapa da Corrida Explore 2018, contou com a participação de aproximadamente 350 atletas. O evento foi realizado na base da nuvem no mês de março. A corrida teve o apoio da Prefeitura municipal de Botucatu. Nesta edição, a programação teve as modalidades de Corrida de Montanha, em quatro distâncias: 5 km, 10 km, 21 km e 35 km, sendo a mais longa uma novidade na competição. O atleta Diego Alexandre Gonçalves, de Botucatu, foi o vencedor nos 5 km masculino, classificação geral, com o tempo de 24min33s. Na mesma categoria, entre as mulheres, quem se deu bem foi Sidnéia Gomes, também de Botucatu, que encerrou o percurso com a marca de 34min26seg. Correndo em casa, o campeão na prova geral masculina dos 10 km foi Rodrigo Gomes de Paula, que fechou a competição em 52min57s. Telma Fernandes levou para Areiópolis a vitória no feminino: 1h13min25s para cruzar a linha após 10 km. Na modalidade de 21 km, destaque entre os homens para Marildo José Barduco, de Botucatu, que voltou a vencer na classificação geral dos 21 km, com a marca de 1h41min48s. No feminino, deu São Pedro: Katia Garozi completou a corrida em 2h03min39s. Na distância mais longa do evento, os primeiros vencedores foram Steve Maicon Correa, de São Manuel, com a marca de 2h57min47s, e Ingrid Trindade, da capital paulista, que completou os 35 km propostos em 3h52min41s.
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10 dicas para não estragar sua primeira maratona
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elizmente, a corrida de rua tem sido parte da vida de um grande número de pessoas. Alguns em busca da melhoria da qualidade de vida, outros, em busca de novos desafios, dentre eles, a maratona, definida como uma corrida realizada na distância oficial de 42,195km, originada de uma lenda, como uma homenagem ao soldado ateniense Fidípides, um mensageiro do exército de Atenas, que teria corrido cerca de 40 km entre o campo de batalha de Maratona até Atenas para anunciar aos cidadãos da cidade a vitória dos exércitos atenienses contra os persas e morrido de exaustão após cumprir a missão. Apesar da popularização e de um apelo comercial crescente, esta modalidade também traz alguns riscos a saúde e, assim como qualquer prática esportiva, o planejamento e a cautela são os pilares para sua boa execução. Infelizmente, relatos de pessoas que não conseguiram completar sua primeira prova por exaustão física e mental ou porque passaram mal são frequentes. Se você pretende correr sua primeira maratona, deseja ter a melhor performance possível e quer fugir dos riscos a saúde, seguem 10 dicas baseadas nos últimos estudos em medicina do esporte.
1.
Consulte um médico do esporte Os treinos e a prova propriamente dita colocam o atleta sob estresse físico e mental e, apesar de raras, mortes também podem acontecer durante uma prova. Um estudo publicado em 1996, descobriu que a possibilidade de um ataque cardíaco durante – ou até 24 horas depois – uma maratona, é da ordem de 1/50.000 em toda a carreira do atleta, sendo este o motivo principal pelo qual todo atleta deve consultar um médico do esporte antes de ingressar nos treinos.
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Planeje seu tempo - Pesquisas realizadas pela organização das provas mostram que a grande maioria dos iniciantes não tem isso em mente e, muitas vezes se esforçam além dos limites fisiológicos, levando a fadiga e, consequentemente, ao abandono da prova.
3.
Planeje seu ritmo - Por incrível que pareça, muitos maratonistas executam suas corridas longas em um ritmo específico, mais lento do que o objetivo e, em seguida, esperar para completar suas maratonas em um tempo
11 melhor. Lembre-se que resistência e capacidade de execução são sempre velocidade específica. Se você é capaz de correr a 12 km/h sem fadigar, não significa que será capaz de aumenta a velocidade para 15 km/h no dia da prova. A determinação dos limiares ventilatórios da ergo-espirometria podem te ajudar a aumentar a velocidade sem causar fadiga.
4.
“Longão aos finais de semana valem a pena? A pergunta clássica é: já que a maratona é uma corrida muito longa, não seria necessário praticar correndo por muito tempo em uma base semanal? O problema-chave é que longas corridas podem sobrecarregar articulações, muscules e tendões que estão sempre tentando recuperar-se dos impactos e abusos das cargas cíclica. Uma estratégia muito melhor que recomendo aos meus pacientes seria realizar o “longão” a cada três semanas. Isso ainda permitiria que um maratonista aprendesse a correr muito tempo, e permitiria treinamento de muito mais qualidade.
5.
Faça uso de bebidas esportivas adequadamente durante a corrida. - A maioria dos iniciantes consumem bebidas esportivas nos estágios finais da corrida, quando começam a sentir a fadiga. Neste momento, o consumo de bebidas esportivas realmente tem pouco efeito sobre o desempenho, uma vez que os eletrólitos e carboidratos ainda devem passar pelo estômago, pelo intestino delgado, pela parede do trato gastrointestinal e pelo sangue até os músculos, o que leva muito tempo. Por isso, o acompanhamento nutricional é de suma importância no planejamento da prova.
6.
Não misture bebidas esportivas com outras coisas durante a corrida. Por exemplo, se consumir uma bebida esportiva e água durante uma maratona, você vai acabar com uma solução muito diluída em seu sistema gastrointestinal; Isso vai retardar a absorção de carboidratos e deixá-lo sem energia nos estágios finais da corrida. Novamente, o acompanhamento com um nutricionista esportivo é muito importante. A limente-se bem no dia da prova Outra dica nutricional é evitar alimentos que você não
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está acostumado a ingerir no dia da prova. Para o seu pequeno almoço pré-maratona, você deve escolher apenas alimentos que não causem desconforto gastrointestinais e que possam ser digeridos facilmente. O tempo entre a última refeição e o início da prova (“lead time”) deve ser o mesmo do treinamento.
seguro (a) da cura de uma lesão préexistente não tenha receio em se consultar um traumatologista do esporte. Lesões por esforço repetitivo como a fratura de estresse podem sim recidivar, tornarem-se sintomáticas e não te deixarem realize o sonho da primeira maratona!
8.
Não experimente alimentos e bebidas novos durante a prova. Há dois meses, um corredor que atendo em minha clínica me relatou que decidiu testar uma bebida rica em triglicerídeos de cadeia média (Mct.) que viu em uma feira de nutrição esportiva no dia da prova. Como resultado, sentiu-se lento, inchado e incapaz de correr a um ritmo intenso . Definitivamente, a maratona não é uma atividade para experimentar novas bebidas e alimentos!
9.
Não se esqueça que a aptidão aeróbica é o predito final de seu sucesso na maratona. O teste cardiopulmonar ou ergo-espirométrico nos traz dados como VO 2 máximo, limiar de lactato, economia de corrida, força execução, e podem tanto predizer sobre sua performance na primeira prova, quanto também podem monitorar sua evolução durante os treinos.
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Não negligencie sintomas! Se, durante os treinos você sente dores ou não se sente
DR. ADRIANO LEONARDI Médico ortopedista especialista em traumatologia do esporte e cirurgia do joelho. Médico e fisiologista do esporte. Presidente da Sociedade Brasileira de Medicina de Ambientes Remotos e Esportes de Aventura. +
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Histórias de superação dos atletas de Botucatu na São Silvestre Corredores de Botucatu contam como foram os momentos e a experiência em participar de uma das maiores corridas do mundo e que está entre as mais tradicionais do Brasil.
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i ã o Fe r re i ra , d e 6 2 a n o s , aposentado, encontrou na corrida a força para largar do álcool, que era um problema na sua vida. Os passos nas pistas ajudaram a encontrar forças a lutar contra o vício. Ele é um dos atletas que mudaram de vida através da corrida de rua. Um dos objetivos foi participar da São Silvestre e depois da primeira foram muitas. “ E u f u m ava e b e b i a m u i to . Naquela época, ainda com uns 20 anos, trabalhava na coleta de lixo, depois fui para motorista, onde me aposentei na prefeitura. Um amigo veio para mim e deu a ideia de correr. Seu nome é Lucio Antonio Couto. Ele também corria, mas hoje não mais. Fui primeiro fundista e depois fui para distâncias maiores. Te n h o b e m m a i s q u e u m a s 2 0 maratonas. Perdi a conta. A corrida mudou a minha vida”. Já comentando sobre esta
última São Silvestre ele diz que desta vez foi gripado e estava mal de febre, mas mesmo assim decidiu correr e conseguiu resultado melhor que o ano anterior. Ele fez a prova de 15 kms em uma hora e vinte minutos. Me preparo uns meses antes e já vou aumentando a distância dos treinos para uns 10 kms, isso desde a metade do ano”, explica. O começo da corrida na sua vida para ir chegando aos resultados, diz ele, foi gradativo. “No meu caso fui correndo de leve, mesmo antes sendo fundista, de prova de velocidade, isso foi acontecendo até chegar ao meu objetivo que eram provas como a São Silvestre”, conta. T i ã o fo i co m u m g r u p o d e 42 corredores de Botucatu que participam do Marcha Lenta, viajando um dia antes, dormindo no hotel e depois indo para a prova.
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Prova para confraternizar
Robson Nóbrega leva corredores do Grupo Marcha Lenta de Botucatu que ele coordena todos os anos para a corrida de São Silvestre. Segundo ele, a prova tem mais uma motivação de comemoração do que disputa. “Creio que a gente deva ter
levado já umas 45 pessoas diferentes à São Silvestre. Eu estou na sexta edição correndo. Essa é uma prova mais de confraternização. É muita gente. Uma prova mais travada. É mais para confraternização, aquela tradicional bagunça dos corredores. Apesar disso, para quem nunca fez ela vira um objetivo pessoal. É o sonho de todo corredor, senão não se sente realizado”, comenta
Nóbrega. O líder do grupo também comenta sobre a preparação alertando que os corredores precisam se preparar para longas distâncias de forma gradual e também para o calor, pois o final a prova exige bastante dos atletas, principalmente na Avenida Brigadeiro Luiz Antonio onde há 1km de subida, por volta das 10h30 e 11h da manhã.
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A corrida mudou minha vida
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Com sobrepeso, ela começou a correr e usou o esporte para enfrentar o luto que veio com a morte do seu pai
uem coloca o pé no tapete de largada da São Silvestre geralmente tem u m a b e l a h i stó r i a p a ra co nta r. Graziella Argentim Rita, 36 anos, que trabalha como auxiliar administrativo diz que começou a correr em novembro de 2016. Na adolescência sempre foi ativa em práticas de exercício, e depois que casou com Fernando, de 46 anos. Ela não fazia atividades, já ele praticava há 10 anos. Até tentou, mas não conseguia acompanhar o ritmo e diz que atrapalhava o treino dele. Depois de casar e ter a filha, além de faculdade, ficou com sobrepeso, o que a deixava irritada no dia a dia e autoestima baixa. “Foi onde vi que eu devia fazer algo por mim. É uma coisa que ninguém pode fazer por você, senão a própria pessoa. Fa laram para mim que tinha a professora no Inca, Silmara Modesto, pessoa maravilhosa e nossa campeã da cidade. Ela perguntou sobre objetivo e para mim era a qualidade de vida e autoestima. Comecei e no dia seguinte consegui horário sem atrapalhar a casa e minha filha. Comecei a fazer aula. O Jair e a Solange esposa que criaram o grupo Saia do Sofá, que passei a fazer parte. Os resultados começaram a aparecer. Comecei a ir aos treinos longos, aos domingos, caminhando e correndo até acostumar. Lembro que meu primeiro longo foi em 1º de janeiro de 2017 do Bairro Alto até a Base da Nuvem com 11 km de ida e volta. Arrisquei os 11 kms e se não conseguisse a Solange me disse que a gente caminha. Fomos devagar, no trotinho, e a partir daí não parei mais”, conta.
eu ia começar a correr me deu muita força, apesar dele não ter visto muita coisa. Em 2017, apesar de participar das corridas da cidade, da região, aulas e os treinos longos, foi um ano muito difícil. A corrida para mim foi uma válvula de escape, porque se eu não corresse ou fizesse algum exercício entraria em depressão. A hora que eu via que estava triste e ia chorar colocava o tênis e saia correr, nem que fosse meia hora ou 40 minutos. Era o tempo meu. Esse tempo é da pessoa. Faço treino com a Silmara e é o tempo meu, onde converso, são pessoas maravilhosas que a gente às vezes nem sabe que existe. Costumo dizer que fui picada pelo bichinho do vício do bem. O melhor de tudo isso é a minha família poder participar da corrida, da aula, onde ela (filha) brinca e conheceu um monte de amiguinhos. A corrida para mim é tudo”. Emoção na largada
LUTO
“Com sobrepeso entrou no Grupo Saia do Sofá em novembro de 2016. Mesmo com esse avanço na sua vida, no mês seguinte, ela perdeu seu pai, em 18 de dezembro de 2016. O resultado e a luta para não desistir veio do marido e a filha Gabriela de 8 anos, que faz parte do grupo e é a torcedara número um, viajando junto para as corridas. “A corrida mudou minha vida radicalmente, tanto fisicamente como mentalmente, com autoestima. Eu tive uma perda muito grande do meu pai no acidente na estrada do Rio Bonito. Veio a pior notícia da minha vida que foi no dia 18 de dezembro. Um cara que sempre me incentivou e me deu força em tudo o que eu fazia. Quando soube que
INSPIRAÇÃO PARA OUTRAS PESSOAS
“O que me deu bastante incentivo é que os amigos me viam em fotos do Facebook perguntavam o que eu tinha feito para emagrecer, pois estava mais bonita. Quando as pessoas me perguntavam ou mesmo para o meu marido ele falava que era a corrida. Isso me incentivou muito mais. Eu indicava e as pessoas iam procurar a Silmara. Se me perguntaram eu falo que vou junto e até mostro como correr, sempre dizendo que é importante procurar um profissional de educação física. Importante as pessoas buscarem qualidade de vida. Fico feliz das pessoas se inspirarem em mim para terem uma vida melhor. Fico muito feliz com isso”.
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RESULTADOS
“De acordo com os treinos que vão sendo feitos, nos mais longos, a gente consegue mais fôlego, mais força e os resultados vão aparecendo. Nas corridas da região eu consegui alguns pódios. Você ouvir chamarem seu nome por categoria, em segundo ou terceiro, é uma emoção. Na última corrida que participei em Manduri que foi a penúltima da minha São Silvestre eu vibrei como se fosse entre as primeiras da geral. Eram pessoas muito fortes. Só quem consegue sabe explicar. Os resultados foram vindo consequentemente”.
SÃO SILVESTRE
“A corrida teve 30 mil inscritos. Como eu achava que era uma movuca e que ninguém iria conseguir se mexer eu vi que não é nada disso. Cada um tem o seu espaço e não demorou muito pra gente passar no tapete. O mais legal, o que eu achei: é festa, é muita gente, gente fantasiada, dá risada o tempo todo, é música; na largada começou a chover, passamos um pouco de frio, mas a São Silvestre é festa. Se o atleta quiser ir nos 15 kms e ver o tempo, não dá, pois é mesmo para curtir a corrida. São avenidas largas, mas gente o tempo todo. O mais legal é que as pessoas que assistem
a corrida e você passa a parte de viadutos, são as pessoas que ficam na calçada, vibram e dão força para você. Elas incentivam quem nunca viram na vida. É uma corrida especial e diferente. Eles soltam a elite às 9h e em 5 minutos o povo da geral, que somos nós. A hora que passei no tapete da largada aí caiu a minha ficha, e pensei: Meu Deus, eu estou em uma São Silvestre. Que privilégio! Fui filmando e tirando fotos. Corri o tempo todo, mas é devagar, não dá para correr rápido. Vi coisas que nunca tive oportunidade, como duas pessoas correndo de muletas, sem uma das pernas, um japonês
de uns 80 ou 90 anos com camiseta de atletismo, correndo de meia, e o chip amarrado na meia, um moço correndo descalço, um moço devia ser obeso que ali estava se superando nessa corrida e vi que tinha peles, que eu deduzo com pele sobrando no braço. Tinha Turma do Chaves até o Seu Barriga de terno e vários personagens”.
SUBIDAS
“Ela não tem muitas subidas. Quem corre em Botucatu onde é morro corre em qualquer lugar. A temida ‘Brigadeiro’ que todo mundo fala tem um quilômetro e oitocentos. Eu achei que cansasse, mas dá para subir de boa, mas devagar, pois ela é mais na final e aí cansa. Só que mais para o final ela tem uma subida mais íngreme ainda. Mas dá para ir de boa. A corrida me traz benefícios e propicia até eu pode poder estar dando entrevista para uma revista de esporte. Quando na minha vida alguém iria procurar o meu depoimento e que eu pudesse fazer parte de uma reportagem de rua e melhor de tudo da São Silvestre? Obrigada por me procurar. É uma satisfação imensa. Sobre a São Silvestre ainda depois fiquei curiosa em saber a colocação. Fiquei em 2.160 no geral (30.000 participantes) e categoria 464”.
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Sem parar os treinos durante ano, casal consegue chegar à famosa corrida
enato Fioravanti, 48 anos tecnólogo em radiologia e Terumi Dairiki, 46 anos, técnica de enfermagem são casados há 27 anos e agora também estão juntos nas pistas. Eles contam como foi a preparação e as atividades para chegar até a São Silvestre. “Eu sempre gostei de corrida. Corro há muitos anos, mas a Terumi começou a treinar há uns quatro anos. E a partir daí sempre corremos um do lado do outro em treinos e provas”, conta Renato. Neste ano foi a vez de experimentar a corrida mais famosa entre os praticantes. “Já participamos se muitas provas em São Paulo 10 km e 21 km, mas a São Silvestre foi a primeira vez. Adoramos. Muita diver-
são, muita emoção, muitas risadas, muita energia! E neste ano voltaremos”, comenta o casal. Terumi treina corrida de 3 a 4 vezes por semana 10 km e 12 km com fortalecimento com a Cris Guerreiro (Personal e Pilates). Ela pratica também Muaythay com Bruno Machado. Renato treina em Bauru todos os dias da semana com 5 km e 10 km e desenvolve outras atividades. “Faço fortalecimento também. Além da corrida minha outra paixão é mergulho”. Depois, de toda essas atividades, nada melhor do que colocar em prática todo o suor não só na São Silvestre, mas nas demais corridas do ano, onde é a celebração dos atletas.
Estreante em corridas, em um ano de treino corretor de imóveis alcançou a São Silvestre
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corretor de imóveis, Luís Gustavo Aguiar, de 41 anos, tem uma vivência bem especial em corridas porque conseguiu alcançar resultados rápidos devido ao esforço e superação chegando até a São Silvestre em um ano depois de começar a atividade nas pistas. “Comecei a correr dia 11 de Janeiro de 2017. Minha experiência com corridas é muito recente, porém bem intensa. O Marcos Fracaroli meu professor e incentivador juntamente com dois amigos especiais Joel e Sandra, fizeram os primeiros treinos e estiveram meses ao me lado me orientando. A equipe Studio Forma virou como se fosse uma família. Treinamos 2 vezes na semana e minha primeira prova oficial foi a corrida do aniversário da cidade. Comecei meus treinos com 5 kms em janeiro. Já em agosto estava treinando
para meia maratona da Claus 21 km. Consegui um tempo excelente de 1h e 56 minutos e isso deu ânimo para partimos para a última prova do ano: a
tão desejada prova internacional da São Silvestre”, conta. Luís Gustavo fala sobre o sentimento de chegar a uma corrida que é tão importante na vida de um corredor. “No meu ano de corrida foram os momentos mais emocionantes. Meus amigos que estiveram ao meu lado o ano todo, quando da corrida iniciamos e encerramos todos de mãos dadas na Avenida Paulista. Naquele momento passou um filme na minha cabeça. É um momento de reflexão. Perdi 14 quilos nesses 12 meses de corrida e participei de mais de 14 provas e já começamos o ano treinando pesado e com certeza estaremos novamente na São Silvestre de 2018, mas para isso precisamos manter a rotina de treinos e foco nos objetivos, além de muita preparação também com musculação e funcional para não dar lesões”, destaca o corretor.
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Uma corrida de agradecimento
oel Nogueira, 38 anos, publicitário falou sobre a sua experiência com corrida, como ela entrou na sua vida em sua participação na São Silvestre. “Foi a segunda vez que fiz a São Silvestre. Fiz em 2015 e agora em 2017. Na primeira vez era tudo muito novo, um desafio fazer os 16 quilômetros, mas foi a porta de entrada para que eu me envolvesse cada vez mais no universo das corridas. Depois vieram outras provas até eu correr meia maratona de 21 quilômetros. Este ano fomos em várias pessoas da equipe correr a São Silvestre, fechando o ano junto com os amigos e para mim foi uma prova de agradecimento. Sempre um desafio e superação”, destaca. Mas para chegar à São Silvestre, diz ele, a corrida vai entrando na
rotina da pessoa até ir alcançando novos resultados pessoais. “Hoje a corrida faz parte do meu dia a dia, tento correr pelo menos três vezes por semana, o que me ajudou em muito no condicionamento físico e na perda de peso. Devagar e sempre, respeitando nossos limites, o importante é não parar. Para mim a corrida é algo que transforma o corpo, a resistência física e principalmente, a mente. Eu acho que pra tudo tem que respeitar os nossos limites, pois ninguém começa correndo 16 quilômetros do dia pra noite. É sempre bom ter acompanhamento profissional, além do descanso entre os treinos, muita hidratação, roupas leves e tênis adequado. O começo não é fácil, mas a superação final compensa tudo”, finaliza.
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Com foco e treinos atleta chegou em 51º lugar na São Silvestre e agora vai largar na elite
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rnaldo Gonçalves da Silva Neto, 24 anos, foi um dos mais bem colocados na São Silvestre em 31 de dezembro de 2017. Ele chegou na 51ª posição entre os 30 mil participantes, sendo o corredor de Botucatu que melhor se posicionou. Neste ano, Marildo Barduco que já chegou em quarto lugar em 2007 não correu. Abaixo uma entrevista com o treinador Nilton César Andrade, o Professor Nenê, comentando sobre o resultado de Arnaldo. “O treinamento para o Arnaldo foi focando a São Silvestre e os Jogos Regionais com treino de 180 kms semanais, antes com preparação física, e depois a parte específica para as corridas locais e regionais. Foi feito um trabalho de força e velocidade” diz Nenê. Vendo o potencial no atleta, o treinador o chamou para um trabalho de melhoria de resultado. “Quando eu o conheci era o quinto atleta nas corridas de rua da cidade. Não tinha tanta expressão, mas vi a postura dele correndo e o seu potencial. Assim eu o chamei para começar a treinar em 2015 para que a gente fizesse um trabalho de melhoria na parte física e também avançando no tempo dele. Com isso desde a corrida luz de 2015 ele saiu de quinto e sexto para estar brigando entre os primeiros da região e fez esse excelente tempo na São Silvestre”, destaca o treinador. O o b j e t i v o p a ra o A r n a l d o neste ano é ser medalhista nos Jogos Regionais e principalmente m e l h o ra r o s e u te m p o n a S ã o Silvestre visando os 30 primeiros lugares. O trabalho é específico agora para isso. Com esse tempo que ele fez agora pode sair no pelotão de elite.
Dica para quem quer correr a São Silvestre
“A dica que eu dou para quem vai à São Silvestre é que o treino comece agora. Tanto na preparação física e condicionamento geral, a postura da corrida, postura da passada, como vai elevar o joelho e principalmente a questão do fortalecimento muscular que a pessoa faz na estrutura muscular. Isso as pessoas têm que fazer para uma prova de 15 kms. Isso é fundamental. Hoje, vejo pessoas que nunca praticaram corrida, e mesmo sem ter feito uma atividade, colocam tênis no pé e saem correndo. Logo vem as lesões nos patelares, discos tibiais, flexores, por má postura e falta de força muscular. A musculação é fundamental para que esses corredores amadores possam ter uma boa condição física de correr a São Silvestre”, diz Nenê.
- Para chegar lá!
“Para quem busca um bom resultado é fundamental uma assessoria que dê uma orientação e uma prescrição de treino fundamentada para esse corredor amador porque com isso as pessoas poderão desenvolver a sua
corrida, melhorar o seu desempenho e até buscar um pódio, pois o seu resultado vai melhorando, ou seja, não só correr por gostar, mas também visar resultado. Com uma boa periodização de treinamentos os resultados vem. Foi assim que aconteceu com o Arnaldo e todos os atletas do Espaço Mais Vida que fizeram uma periodização de treinamentos. Isso gera resultados”, finaliza o treinador.
Atleta sonha com pódio
Arnaldo Gonçalves da Silva Neto, de 24 anos, é natural de Itatinga e representando Botucatu foi o 51º colocado. “A 93°São Silvestre foi um das minhas melhores experiências. Melhor ainda sabendo da evolução que tive nesses dois anos e meio com meu treinador, Professor Nenê, que me orientou em meus treinos. A minha família também foi fundamental para que alcançasse o resultado onde estou hoje. Fico muito feliz pelo meu 51°geral e vou continuar treinando forte para que futuramente venham posições melhores e até sonho mais alto com um pódio”, disse o atleta. Arnaldo trabalha na Caio de Botucatu e mora em Itatinga.
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Avaré: terra do verde, da água, do Sol e da Meia Maratona mais linda do interior Fotos: Lucas Faria e Muka Hiray
Anderson Garzzesi, organizador da Meia Maratona, João Oliveira e Betão Sangeroti, locutor do evento, recepcionando o guerreiro após mais de 3 horas e meia de corrida
Percurso desafiador, um Sol para cada atleta, alto nível técnico e muita alegria. Assim foi a 3ª edição, que distribuiu mais de 200 troféus em premiação. A 4ª edição já está definida: 17.3.19 Tudo o que é bom dura pouco? Não é bem assim, pelo menos para a Meia Maratona de Avaré, a mais linda do interior. Comemorando a 3ª edição, o evento realizado no último dia 18 de março foi sucesso de público e crítica. Mais de 500 atletas, entre adultos e crianças, fizeram a festa. E o palco não poderia ser melhor: a represa de Avaré, dentro do Ibiquá Eco Resort, um local paradisíaco que mistura clima de campo com ares de praia. Os atletas, oriundos de várias cidades e estados, tais como São João Del Rei (MG), Parati, Niterói (RJ), Toledo, Curitiba (PR), além toda região de Bauru, Botucatu e Avaré se dividiram entre 3 percursos, sendo 7k – 14k – 21k e também na inédita Trail Kids Run, que reuniu uma galerinha boa de perna. “Foi suado e corrido, mas valeu cada esforço para que a Meia Ma-
Tomiko Eguchi, a Rainha da Montanha, também esteve presente na Meia de Avaré
Marildo Barduco e Rita de Cássia, campeões da principal prova, os 21k!
ratona fosse realizada. A alegria das pessoas cruzando a linha de chegada é sensacional. Fiquei muito feliz com o resultado e acredito que os atletas também”, afirma Anderson Garzzesi, diretor da Sports + Saúde, empresa que organiza a corrida, que ressalta: “as crianças foram um show a parte. Fiz questão que os pais entregassem as medalhas. Foi muito bonito”. “Aproveitando o espaço cedido pela revista Registrando, agradeço a todos os atletas presentes e também aos patrocinadores, pois sem eles nada seria possível. Muito obrigado Óptica Vitória, Alecrim Restaurante e Ibiquá Eco Resort, além do Eldorado Lanches, Leandro Transportes, Avaré Plaza Hotel e Montevergine”. Guerreiro Entre os diversos atletas presentes, cada um com uma história de garra e superação, impossível não destacar João Batista Oliveira Santos, que pelo segundo ano consecutivo percor-
As crianças foram um show a parte
reu os 21k da Meia Maratona de Avaré. Santos perdeu a perna e parte do movimento do braço esquerdo depois de um acidente. Ao invés de se lamentar foi se superar e hoje não é apenas um “meia-maratonista”. Participou de diversas ultras, inclusive provas internacionais. “Gosto das provas da Sports + Saúde porque o respeito é do início ao fim. Passei pelo último ponto de água mais de 3 horas depois da largada e ainda estava gelada”. Campeões A premiação da 3ª edição da Meia Maratona foi uma das maiores do interior, já que os 5 primeiros da categoria Geral e os 3 primeiros por categoria foram premiados, nos 3 percursos. Além das 3 maiores equipes (por número de inscritos).
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18/02 - Corrida Saia do Sofá 21/04 - Corrida 163 Anos Luz* 20/05 - Corrida Expande / Galileu* 09/06 - Claus Sports night RUN 22/07 - Corrida Super 12* 26/08 - Corrida de Aniversário da ASU*
23/09 - Corrida Criativa FM* 28/10 - Corrida UNIMED* 18/11 - Corrida 21k Claus Sports* 16/12 - II Corrida Solidária da Educação *Provas que farão parte do Circuito. APOIO
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Silmara Izidoro Modesto Ela emprestava tênis para correr. Hoje ensina alunos e sobe aos principais pódios
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ilmara Izidoro Modesto, 33 anos nascida e criada na cidade de Areiópolis, hoje é uma das principais corredoras de Botucatu, com destaque nos pódios nas disputas locais, regionais e no Estado de São Paulo. Criada pelos avós Tereza Matias izidoro e Luiz Izidoro (in memorian), hoje é moradora de Botucatu e referência quando se fala em corridas. “Ingressei ao esporte aos 13 anos na modalidade de vôlei da equipe da prefeitura municipal de Areiópolis. Mesmo com 1m52cm sem chances para o esporte que exige altura eu desenvolvia junto a um grupo de meninas essa modalidade 3 vezes por semana, onde o projeto também oferecia aulas de musculação junto a um acompanhamento suplementar após os exercícios”, relembra. Ela relataque sempre se dedicou aos estudos e ao esporte que desenvolvia e tinha um sonho fazer uma faculdade ou um curso profissional. “Mas eu pensava em trabalhar e guardar dinheiro para quem sabe conseguir fazer pelo menos um curso. Mas os planos de Deus eram maiores dos que os meus e, foi aí que
conheci o atletismo por intermédio de um professor de Botucatu, Osni Bertotti Leme que foi para Areiópolis ser o secretário da educação na cidade. Como ele já era envolvido com o esporte na cidade de Botucatu e também técnico da equipe feminina e masculina do atletismo, que estava precisando de atletas para completar a equipe feminina, então foi aí que ele foi até o ginásio onde eu treinava e pediu para a professora para fazer um teste com todas as meninas, e dentre essas garotas eu passei no teste. Então surgiu o convite para vir pra Botucatu”, conta a atleta. Ali era hora de mudar de modalidade. “Despedi-me do vôlei mesmo gostando do esporte, mas sabia que no atletismo teria mais chances de seguir uma carreira de sucesso. Nisso eu tinha 16 anos. No ano de 2000 competi nos jogos regionais e jogos escolares, destacando-me nas provas de velocidade 100m, 200m e 400m. E assim surgiu novo convite com o professor Waldomiro Dias que me revelou atleta velocista através do Projeto Esporte Comunitário da secretaria de esportes de Botucatu”, destaca Silmara.
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ESPORTE COMO PROJETO DE VIDA
“Como ainda estava no ensino médio, o meu técnico Valdomiro disse que quando terminasse o ensino médio ele iria conseguir uma bolsa na faculdade de educação física (através do projeto) e foi assim meu sonho foi sendo realizado. Em 2006 me formei professora de Educação Física nas Faculdades integradas de Botucatu-UNIFAC no curso de licenciatura e bacharelado. No mesmo projeto que fui revelada atuei como estagiária e depois professora”, disse. Silmara casou-se com Misael Modesto com quem teve o primeiro filho. E por conta disso se afastou do atletismo por 2 anos. “Em 2008 retornei ao esporte em grande estilo sendo sempre apontada como destaque no atletismo regional”. “No ano de 2010, 2011 em diante resolvi mudar minha categoria para fundista onde disputo corridas longas de 5km, 10km e 21km. E me adaptei bem ao novo estilo de corrida. Participei junto com a Equipe de Corredores da Cuesta de Botucatu (ACOB) no circuito Corpore na cidade de São Paulo, liderando o circuito e no final ficando como vice-campeã, esse que é um dos circuitos mais disputados do Estado de São Paulo”, cita a corredora.
OUTRA PARADA E RETORNO
Em 2015 outra parada para realizar o sonho de ser mãe pela segunda vez. “Tenho um casal de filhos: João Pedro e Camila. Mais uma vez retornei em grande estilo em 2017 na corrida noturna de aniversário de Botucatu ficando na primeira colocação. Hoje sigo treinando e desenvolvendo meus próprios treinamentos e também
desenvolvendo técnicas de corridas com a equipe Saia do Sofá para pessoas de todas as idades. Hoje atendo aproximadamente 60 alunos, tanto para performance ou qualidade de vida”, enumera. Seu resultado mais expressivo veio recentemente. “Na meia maratona de Claus - 21k consegui minha melhor marca e fiquei muito feliz por ter feito minha melhor corrida, feito esse que exigiu muito treino e dedicação, pois em uma prova como essa precisa estar preparada”, conta.
DIFICULDADES NO COMEÇO
“Minha maior dificuldade no início da carreira foi para fazer as viagens buscando participar de corridas e acesso a material esportivo. Tinha que emprestar tênis de uma minha amiga, pois os que eu tinha eram apertados. E como estudava ainda no ensino médio no período da manhã fazia minha refeição na escola mesmo, às 10 horas, e ao meio-dia seguia com o ônibus para Botucatu onde esperava o treino começar às 14 horas.
Depois desenvolvia o treino das 14h às 16hs. Muitas vezes não tinha um lanche na bolsa nesse intervalo. Mesmo com essas dificuldades, isso não foi empecilho para me fazer desistir. Ser referência pelos alunos é muito gratificante, pois costumo dizer que eles me fazem correr mais forte. E se cheguei até aqui foi com muito esforço e dedicação, pois nada acontece por acaso. Temos que ter fé e correr em busca do que almejamos, com paciência empenho e perseverança. Essa é a chave. E não desistir nunca. Sigo colecionando troféus, cada um com uma história. São experiências que não tem preço”, conta ela. A vida é corrida também no dia a dia onde é preciso ter espaço para tudo. “Com a correria de aulas, treinamentos e família ainda tenho um tempinho para desenvolver meus próprios treinamentos. Ainda não alcancei uma marca expressiva nos 5k, prova essa que, como vim de provas rápidas é a que mais encaixa no meu estilo. Estou trabalhando pra isso”, conta Silmara, a corredora que sempre tem algo novo para oferecer e surpreender.
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Nova diretoria da Associação dos Corredores de Botucatu (ACOB) planeja ano de superação A reportagem foi conversar com Edmilton Santana, novo presidente da Acob – Associação dos Corredores de Botucatu para falar dos planos do seu grupo de trabalho para incentivar essa prática esportiva na cidade e região. Ele assumiu a diretoria neste começo do ano tendo como vice Antonio Carlos Pereira. “Individualmente as pessoas não conseguem nada. E um grupo sem uma representação formal também não acontece. O papel da Acob é ser a representante daquelas pessoas que veem na corrida de rua uma causa nobre. Essa é a posição da Acob: ser a representante dos corredores junto ao poder público e à sociedade. Sozinho a gente não consegue nada. Pode até ficar cada um reclamando em um canto mas para fazer a coisa funcionar não tem como. É preciso ter um grupo”, comentou Edmilton.
Funcionamento da Acob
“A intenção nossa hoje é que como qualquer sociedade organizada devem existir regras. O estatuto rege todo um acontecer dentro dessa associação. Nesse sentido a Acob também não faz nada. O importante é a união dos corredores, independente de bandeira, camiseta ou equipe, a gente precisa se juntar para formar um grupo que tenha uma representatividade forte para poder conseguir benefício para nós mesmos que somos os corredores, ou seja, as pessoas que gostam de corrida e para as corridas de rua.
vai marcar ponto individualmente e para a equipe dele. No final do ano a gente pretende fazer uma festa de premiação que valorize o corredor. Chegar no fim do ano e receber uma ‘tampinha’ não é isso que deve ser tratado o assunto. A gente pretende fazer uma premiação legal e isso sirva para que as pessoas que estão em volta e pretendam participar de corrida também tenham uma motivação, com um troféu, camiseta e sua equipe campeã. Isso motiva as pessoas porque caso contrário cada um vai fazer seu treino e aí não tem um elo. Já fazendo diferente a gente valoriza o corredor e os promotores de corrida de Botucatu. Porque promover corrida não é fácil. Os riscos são grandes. É muita coisa envolvida como o capital. É preciso motivação e o circuito traz isso”. Caso contrário não haverá evolução e ficará cada vez pior”. Motivação
corredores
aos
“Antes as provas eram desorganizadas e hoje elas são bem organizadas. Então hoje cabe a nós, com a Acob, criar sistemas diferentes para dar motivação ao corredor ter tanto a motivação no mês de janeiro como de dezembro. Quando a gente fala de corrida, ela termina ali acabou, não tem uma motivação para continuar. A ideia é que a pessoa pense na próxima, por isso do circuito. Isso vai unificar as corridas. É uma etapa atrás da outra. O corredor
Sistema de pontuação no circuito
“Corrida todo promotor pode estar organizando a sua, agora fazer parte de um circuito.. aqui em Botucatu na verdade nós já fechamos. Serão sete provas. A pessoa não vai aproveitar todas as provas na sua pontuação. Vai ser implantado algo também chamado como prova de descarte. Isso porque muitas vezes a pessoa tem um compromisso inadiável ou acordou machucada ou acordou mal, então não é lógico eu tirar essa pessoa do circuito dizendo que ela perdeu porque não participou de uma prova. A gente precisa dar essa oportunidade para ter motivação. De sete provas os atletas vão apro-
27 veitar seus seis melhores resultados. A primeira prova do circuito será no dia 21 de abril que é a comemorativa ao aniversário da cidade”.
Como se associar
“A Acob tem uma anuidade é de 40 reais. Quem se associa tem alguns benefícios como descontos em corridas. Na primeira prova de 18 de fevereiro por exemplo do “Saia do Sofá” ela não faz parte do circuito mas faz parte do calendário. E a primeira prova do ano a gente não poderia colocar no circuito mas talvez no ano que vem talvez ela entre. Nesse caso ao invés de pagar 65 reais o associado paga 60 e tem o desconto do boleto de 3,50. Então sai 8,50 a menos. Se você multiplicar com outras etapas do circuito, a anuidade já está paga só com essa facilidade. Fora isso a Acob vai continuar com o convênio que a última diretoria conseguiu com a CDL (Câmara de Dirigentes Lojistas). Esse convênio traz para o associado as mesmas regalias que o funcionário de uma empresa que é filiada ao CDL. Tem vários profissionais na parte médica, odontológica que são filiados a eles. O associado terá desconto ainda em demais serviços como salões de beleza, cinema, entre outros. O mais importante é o corredor estar em uma entidade organizada, mas mesmo se isso não for um apego dele, tem outras vantagens que valem a pena. Para se associar a pessoa pode procurar a loja da Rua Major Matheus, 278, na Vila dos Lavradores”.
Proximidade com o corredor
A ideia é usar o site da Acob com assunto de interesse com prevenção, inclusive a Revista Registrando sempre traz matérias de prevenção. O que a gente precisa é estar indo atrás e absorvendo isso. Lógico que com a experiência a gente pode ajudar. Importante dizer que na atividade de corrida que é preciso tomar alguns cuidados. É uma coisa mui-
to legal, mas qualquer pessoa seja sedentária ou não, ela precisa passar periodicamente por um exame médico, fazer um exame de sangue para ver em que nível ela está. E a gente costuma dizer que tudo que a gente começa não é por cima e sim pela base e pelo alicerce. Se está começando uma atividade vá devagar e de uma forma que ela tenha prazer. Essa é a palavra chave. Não é se torturar. Isso aí é outra situação. Se começar devagar esses degraus vão sendo conquistados e a pessoa vai chegar a um ponto que nunca tinha imaginado alcançar”.
Referência para o Estado
“A intenção é valorizar o corredor independente de performance. O cuidado que a gente tem com quem vai ganhar uma prova é o mesmo com quem chega por último. Colocação não é o que importa. E sim que a pessoa está de dedicando a fazer uma atividade física, tem um objetivo e a gente tem que respeitá -la. O que Acob coloca é o respeito. O que eu coloco para todo corredor que conhece a gente é que toda pergunta e questionamento vão ter uma resposta. A gente nunca vai se omitir ao que a Acob imagina ou pretende. Cada um tem seu interesse pessoal, mas temos que pensar no coletivo. Desta vez vamos fazer com que o atletismo seja bem representado não só em Botucatu como em toda a região. Não só a Acob mas que todos os corredores sejam referência no Estado inteiro. Isso acontecia com a Corpore (clube de corredores da América Latina e centro de referência para os esportistas) quando a gente saía de Botucatu e era respeitado em São Paulo. Também queremos que nosso circuito seja uma referência com a valorização do corredor”.
Vice-presidente
Antonio Carlos Pereira que e é vice-presidente da Acob foi se-
cretário de Esportes da cidade. Ele tem vasta experiência na área com atuação no Ministério dos Esportes. Também pratica corrida. “O motivo da gente reativar a Acob para fazer o circuito de rua é pra gente valorizar a corrida de rua em Botucatu. Muita gente vai correr fora e nós temos corridas aqui com uma capacidade de realização muito boa, como a dos Bombeiros, Unimed, Prefeitura, Criativa, enfim, é uma série de corridas que você tem condições de fazer com que o corredor de Botucatu prestigie”, comentou. Uma das ideias, enfatiza ele, é fazer uma premiação no final do ano dos melhores corredores. “A gente quer que esses organizadores possam um ano antes realizar sua estreia em fazer suas provas e que a gente possa colocá-las no ano seguinte no circuito. A Acob se dispõe e colaborar com os organizadores”, diz ele citando que a Associação tem alguns itens de apoio como placa de identificação, caixas de gelo e equipamento de hidratação, por exemplo.
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Varredor de rua trocou a vida de alcoólatra e fumante pelos pódios Elton Oliveira, de 29 anos, morador de Torre de Pedra (SP), trabalha como serviços gerais na prefeitura da cidade varrendo as ruas. Fora do horário de trabalho é um dos corredores da região que já começa a alcançar resultados importantes. “Comecei com a caminhada literalmente em 2016 porque eu era muito pesado. Tinha 123 quilos. Conforme foi perdendo peso comecei a correr em 2017. Intercalava corrida e caminhada. Em maio de 2017 foi minha primeira corrida. Eu tinha perdido 40 quilos e hoje são 52 quilos a menos. Já de cara fiz 7 quilômetros na corrida de Cesário Lange. Depois foi aparecendo mais corridas. Parei de beber e fumar, era alcoólatra. Parei com tudo e me dediquei somente à corrida e caminhada. Hoje meu lema é correr e inspirar as pessoas”, disse à reportagem. Ele que é pai de 3 filhos, casado, vai a pé ao trabalho, caminha o dia todo limpando as ruas e depois volta a pé. O treino vem depois de muito esforço e superação, pois o cansaço do dia não é fácil. As três principais: São Silvestre, que era meu sonho, corri também a Ultra Brasil Ride 32 kms quando cheguei em terceiro e depois corri uma em São Manuel de 32 kms e ali cheguei em quinto no geral. O resultado é o de menos, pois o que vale é a saúde e a amizade que se ganha. Também uma vez por semana ele faz ainda a coleta de lixo nos caminhões já que existe rodízio entre os servidores da cidade.
Deus nas pistas
Nos treinos ele diz que conversa com Deus, pois é um momento de concentração onde o corredor faz uma reflexão quando se deparada com dificuldades e pensam em parar as atividades. “O corredor acaba c o nve rs a n d o c o m e l e m e s m o, como saísse do seu corpo e acaba conversando com Deus. A nossa fé
acaba ficando mais viva. Às vezes a gente corre para descansar (risos). Isso é inexplicável. Corre mesmo estando cansado. Mesmo quando está cansado o remédio é a corrida. Eu não deixo de treinar, mesmo que seja uma caminhada. Se a gente quer chegar onde ninguém chega tem que fazer o que ninguém faz. Primeiro tem que buscar inspiração nos outros, mas hoje sou a minha própria inspiração. Às vezes caminhada ou corrida, mesmo o corpo ou a mente cansada não deixo de treinar. Não pode desistir, pois o que a gente quer ser amanhã precisa começar hoje. Às vezes durante a corrida a gente até encontra soluções a problemas que não se tinha saída. Treino todo dia. O resultado só vem assim”, comentou o corredor.
Sonho de corredor
“Eu não tenho patrocinador. Às vezes as pessoas perguntam e ajudam com inscrição. Juntamos em quatro amigos e rachamos a gasolina. Mas eu não tenho pressa. Perdi 50 quilos em dois anos sem cirurgia. Tudo tem o tempo certo, o tempo de Deus, e vai conhecendo pessoas, deixando
algumas coisas para trás, e tudo na vida vai virando aprendizado”. “Meu maior sonho é ser maratonista. Como meu maior sonho era correr a São Silvestre agora é ser maratonista. Tem a Maratona de São Paulo. Mas vou na corrida de julho também em São Paulo. Serei maratonista com fé em Deus. Vai dar tudo certo”, finaliza. Elton é fã do corredor Marildo Barduco que já ficou em quarto lugar na São Silvestre. Ele tem uma foto com o atleta de Botucatu a quem também foi uma inspiração nas pistas. “Sou fã incondicional dele”.
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Elton através das corridas eliminou 52 kilos.
Uma carta na rede social contra o desânimo
Elton deixou um recado na sua rede social para que leia sempre quem pensa em desanimar. Veja: “Algumas pessoas querem que aconteça, outras esperam acontecer e outras fazem acontecer!” (Michael Jordan) Por um bom tempo na minha vida eu vivia esperando o milagre, mal sabia que eu precisava ser o milagre. Eu adotei o #CorrerEinspirar não foi à toa, eu precisava de algo que me empurrasse pra frente quando desanimasse, não foi e não é fácil, más se fosse.. todo mundo ia conseguir. Essa marca de -50 é o maior troféu destes que tenho conseguido. Os que tiravam sarro hoje querem saber o meu método. Como se tivesse segredo. Só precisava de um tênis e determinação, mas muitos param no meio do caminho, porém a mudança é lenta e silenciosa; às vezes nem avanço tem. Quantas vezes chorei durante um treino e as lágrimas misturavam-se com o suor, eu sabia que ali era a barreira dos que querem e dos que fazem acontecer. Dar o exemplo não é a melhor maneira de ensinar, é a ÚNICA. Longe do cigarro e da bebida há um tempo vejo quanto perdi; quantos se vão e quantos
vem. As lágrimas de hoje são as mesmas que me fizeram começar e as mesmas que me fazem continuar. N o s t re i n o s d i á r i o s t e n h o conversado muito com Deus. ELE se tornou meu melhor amigo. Não estranhe se me ver correndo falando sozinho ou rindo (haha). Às vezes chuva, frio, sol, noite.. blábláblá.. quem quer faz acontecer, geralmente eu vou dormir na certeza do que vou fazer no dia seguinte, independente do tempo. É preciso ter força, é preciso ter raça, é preciso ter gana sempre.. sim o desânimo é algo normal, tem hora que da vontade de parar e falar: está bom, já era, cansei.. Mas 1 minuto depois eu vejo aqui mesmo pessoas que por muito mais dificuldade não desistem, e lá vai o Eltão calçar o teninho dele e cortar essa Torre de la Piedra de cima em baixo. Hoje corro pelo condicionamento que ainda vou melhorar e a sensação de liberdade quando se corre é indescritível. E é isso galera vou deixar isso aqui para quando eu mesmo desanimar ter que ser lembrado; quanto já foi suado, cada um no seu limite, cada um na sua meta; eu só fui pra frente quando deixei de tentar ser alguém e tentei me melhorar. E vamos que vamos porque o ‘pórtico’ de chegada é logo ali”.
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Seja diferente, faça diferente!! Carol Bernardino
Um novo ano chegou e com ele muitas expectativas, promessas de um ano melhor, aliado aquela vontade incontrolável de se permitir arrumar tudo o que ficou no passado. Entre muitos dos desejos, um deve estar presente na grande maioria da população... Emagrecer.Eai começa aquela loucura toda mil e uma dietas privações de alguns alimentos e mais atualmente a utilização dos shakes substitutos das refeições. Há quem diga que os famosos ‘shakes’sustentem a saciedade proporcionada por ele por eles passem por mil vezes das que os alimentos proporcionam. Há quem diga que não tem tempo para comer e que é uma maneira rápida e gostosa de emagrecer...há quem diga...vivemos em sociedade democrática, temos de aceitar as vontades e preferência de cada indivíduo. Entretanto, os riscos associados a essa prática passam bem longe talvez de uma comodidade pontual. Geralmente associados com propostas milagrosas de perda de peso, os substitutos de refeições são caracterizados como uma bebida prática e saborosa, o que aumenta sua popularidade todos os dias. E todos os dias em meu consultório aparecem pessoas que fazem a utilização dessa estratégia. Nada contra! Apenas faço meu papel de estimular o consumo de alimentos, já que eles são minha principal ferramenta de trabalho. Os shakes em geral apresentam quantidades reduzidas de vitaminas e sais minerais que deviam conter em uma refeição ‘normal’ e sua substituição pode levar a ingestão calórica muito inferior a necessária para a ma-
nutenção das funções vitais, podendo ocasionar baixa imunidade, hipovitaminoses, anemias entre outras. A ideia de usá-lo seria como complemento alimentar e não como refeição. Temos de respeitar a individualidade biológica de cada um, ou seja a variabilidade entre elementos da mesma espécie, o que faz com que não existam pessoas iguais entre si. Não pessoa iguais e nem todo mundo precisa de 1200 kilocalorias para emagrecer. Um copo de “shake” tem em média entre 100 kcal e 250 kcal. Ao ingerir 2 copos por dia, a pessoa consome 500 kcal. Se considerar o consumo de ao menos uma refeição completa ao dia –café da manhã, por exemplo-é possível que a pessoa não atinja nem 1.000kcal /dia. O que significa que a pessoa irá comer metade ou menos ainda do total que deveria ter consumido para manter um peso saudável. Quando ingerimos menos calorias que necessitamos, o nosso organismo de uma maneira inteligente, elimina os tecidos que consomem energia, a fim de poupar o gasto calórico desnecessário. O que perdemos (interrogação) Músculos! Ao analisarmos com um olhar nutricional mais críticos os rótulos destes produtos, vemos quantidades da grande maioria dos nutrientes. É mostrado que ao ingerir uma porção do shake você ingerirá apenas 3 g de fibras. Segundo as Dietary Reference Intakes(DRI)o valor ideal de ingestão seria acima de 25g. As fibras funcionam como uma vassoura que vai limpando todas as impurezas de nosso corpo. Se deixamos de consumi-las por muito tempo, deixamos nosso organismo vulnerável a infecções, inflamações e obesidade. Em relação a quantidade de gorduras,
é muito abaixo do recomendado (2035 por cento da alimentação diária) e não contem ácidos graxos essências como ômega 3 e ômega 9. Estes influências na diminuição dos níveis de triglicerídeos e colesterol ruim LDL, enquanto pode fornecer o aumento do colesterol bom HDL... Possui ainda importante papel em contra alergias e processo inflamatórios. Não existem receitas de bolos, e nem alimentos milagrosos. Nutrição de verdade se utiliza de números, cálculos, quantidade e qualidade alimentar. Tudo de maneira individualizada. Antes de optar pelo substituto alimentar, é recomendável consultar um profissional de saúde, pois este produto é indicado para adultos saudáveis não englobando crianças, idosos, pessoas com diabetes ou pressão alta. Além de gestantes e lactantes. Comece o ano mudando hábitos errados. Se dê esse prazer da mudança deixe de acumular sentimentos ruins por ter comido aquilo que não devia; acumule coisas boas, pensamentos positivos, aprenda a falar não. Seja diferente faça diferente dos outros anos. MUDE para melhor, sua saúde agradece.
Av Dom Lucio 835 - Fone 38146648
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