Revista IBMista

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Da IBM para a sala de aula Parcerias técnicas garantem capacitação no mercado

Personalidade na baia IBMistas mostram o que têm em suas mesas de trabalho

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março/abril 2009

Milton Ramos e Henrique Nunes trabalham da meia-noite às oito da manhã na IBM Hortolândia

Na calada da noite

A rotina dos IBMistas que trabalham em horários alternativos

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Carta do presidente Olá, IBMistas e familiares! É com muita satisfação que apresento esta edição da revista IBMista. Preparamos reportagens especiais onde destacamos a IBM Brasil como empresa global e as ações que estamos fazendo para capacitação de jovens para o mercado de TI em nosso país. Eis algumas de nossas matérias: - Por ser uma empresa global, a IBM precisa estar ligada a todos os cantos do mundo o tempo inteiro. Leia, nas páginas 6 e 7, as histórias de IBMistas que trabalham de madrugada ou seguindo o fuso horário dos Estados Unidos para atender os clientes a qualquer hora e em todos os lugares. - Preocupados com o futuro, preparamos jovens que ainda estão nas escolas e universidades e muitos deles se tornam IBMistas. Saiba mais sobre as nossas parcerias educacionais nas páginas 10 e 11. - A IBM Brasil se orgulha por ter contribuído com a Fiocruz para diminuir o tempo necessário para finalizar uma pesquisa que

“Meu maior desafio é fazer com que cada IBMista entenda como seu trabalho contribui para a estratégia e objetivo da IBM, independente de sua posição na organização.” Leia a entrevista com Mauro Segura nas páginas 4 e 5

poderá gerar novos medicamentos. É o World Community Grid trabalhando para o Brasil. Leia sobre o WCG na página 9. - Nesta edição, apresento a vocês Mauro Segura, nosso diretor de Marketing e Comunicação. Ele fala, nas páginas 4 e 5, sobre as estratégias da área para nos relacionarmos com o público externo, composto por clientes e imprensa, e também com o interno, que somos todos nós IBMistas. Boa leitura! Ricardo Pelegrini Gerente Geral da IBM Brasil

Você notou? A sua revista agora passa a ser chamada IBMista, sem o artigo “O”. O ajuste é pequeno, mas carrega grande significado porque a nossa revista não tem gênero, ela é de todos para todos.

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Horas Extras

Uma artista na

gerência de projetos

Na adolescência, Patricia Caldeira, gerente de projetos da IBM no Rio de Janeiro, se dedicou à pintura e ao desenho. Já adulta, a paixão ficou de lado e ela se formou como analista de sistemas. Quem resgatou o lado artístico de Patricia foi sua filha, Luisa, hoje com 10 anos. Em 2005, a pequena pediu à mãe um quadro de cavalo. Patricia decidiu fazer ela mesma. “Gostei da brincadeira e voltei a pintar”, relembra. O problema é que ela morava em um apartamento em Botafogo e já não tinha mais onde guardar tanto quadro. “Gosto de telas grandes, então ficou complicado”, diz.

Comentou com uma colega do RH da IBM que já tinha mais de uma dezena de quadros prontos. Foi então que recebeu o convite para fazer uma exposição na filial da IBM do Rio de Janeiro. A mostra fez sucesso e a arte de Patricia foi divulgada pelos IBMistas para pessoas de fora da empresa. “As pessoas me ligavam porque queriam comprar quadros, indicadas por gente da IBM”, explica. Só uma compradora levou sete quadros. “Quando vi que tinha clientela, comecei a me animar”, lembra. Patricia trabalhava durante o dia na IBM e virava a madrugada pintando. “Me associei a grupos de arte, comecei a receber convites para exposições e consegui uma marchande (profissional que expõe e comercializa a produção de um artista)”, conta. “No mundo das artes você precisa participar de jantares e ir a aberturas de exposições. Eu não tinha como acompanhar, porque trabalho o dia todo”, explica Patricia. “Teve exposição minha que eu nem consegui ir.” Por isso, em 2007, ela sentiu que era hora de optar. “Escolhi minha carreira na IBM, porque além de gostar

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A IBMista Patricia Caldeira e a filha Luisa, sua maior incentivadora

demais do que faço, sei que viver só de arte é muito complicado”, afirma. Hoje, Patricia mora numa casa no Recreio dos Bandeirantes e tem muito espaço para pintar no jardim – e guardar os quadros, embora eles normalmente sejam vendidos rapidamente. Ela espera, depois de se aposentar, fazer aulas e se dedicar ao hobby. “Preciso treinar e estudar muito para melhorar minha técnica”, diz, modesta. E parece que o próprio sucesso lhe dará diversas oportunidades para se aperfeiçoar. “Uma compradora veio em casa e viu o quadro do cavalo. Insistiu tanto que o vendi. Mas já penso em fazer outro para minha filha”, ri a IBMista.

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Entrevista

Marketing

Quando você pensa em Marketing e Comunicação, podem vir à sua cabeça as campanhas publicitárias, os eventos para clientes, tudo o que é dito na imprensa e até esta revista que você lê agora. É isso tudo mesmo, mas os desafios da área vão muito além. Desenvolver a imagem de uma empresa cidadã, comprometida com a sociedade e o sucesso de seus clientes e gerar demanda por nossos serviços também fazem parte dessa missão que cada vez se torna mais desafiante. O mundo interconectado trouxe novos desafios ao time de Marketing, Comunicação e Cidadania Corporativa da IBM, liderado por Mauro Segura.

e Comunicação num mundo

conectado

O que faz hoje o time de Marketing, Comunicação e Cidadania Corporativa? A primeira missão que temos é analisar o mercado e os concorrentes e entender o comportamento de nossos potenciais e atuais clientes, através de um trabalho profundo de inteligência. Chamamos isso de Market Insights. A segunda missão é gerar preferência pela marca IBM, que hoje é a segunda marca mais valiosa do mundo. Chamamos isso de Brand System. Publicidade, por exemplo, está dentro desse

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“O profissional da comunicação deixou de ser um mero divulgador para ser um estrategista”

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grupo. Outra área é Demand Programs, que tem a responsabilidade de gerar oportunidades de negócio para as nossas linhas de produtos e serviços, como os eventos para clientes. WorkForce and Field Enablement é responsável por comunicação e formação da força de trabalho, área importante para uma empresa que vem crescendo consistentemente. External Communications é responsável pelo relacionamento da IBM com públicos externos, com claro foco em imprensa. Por fim, uma área fundamental para uma empresa que tem 92 anos de Brasil: Cidadania Corporativa. Desenvolver e atuar como uma empresa cidadã é uma das nossas missões. A primeira vez que você trabalhou na área foi em 1995. O que mudou desde aquela época em seu trabalho? Primeiro, saímos de uma comunicação feita em via única, em que praticamente só a companhia se pronunciava, para uma era de comunicação de mão dupla, em que os colaboradores e os clientes se falam o tempo todo. A evolução tecnológica foi fundamental nessa mudança de cenário. Por exemplo, antes, em comunicação interna, tínhamos os jornais impressos como principais veículos, hoje podemos utilizar redes sociais e blogs. Outra mudança é que o profissional da área deixou de ser um divulgador para ser um estrategista. Ele não tem mais a simples tarefa de informar, mas sim de formar e engajar. E você considera que o cenário ficou mais complexo? Sim, é claro que a tecnologia trouxe facilidades,

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mas também gerou maior volume de informação e complexidade, especialmente em uma empresa globalmente integrada como a nossa. O instantâneo ganhou um peso muito grande e as informações que circulam dentro da empresa, em dois minutos, podem estar já sendo divulgadas na imprensa. Enfim, cada vez mais o nosso sucesso dependerá da nossa capacidade de trabalhar de forma integrada. Com tantos assuntos para falar sobre a IBM, qual a mensagem mais relevante que a empresa está passando no momento para os funcionários e para os públicos externos, como clientes e jornalistas? Desde o ano passado, a IBM começou a falar sobre como podemos tornar o planeta mais inteligente e é este o conceito que estamos levando para os IBMistas e para o mercado, o Smarter Planet. É a tecnologia ajudando a resolver alguns dos grandes desafios atuais da sociedade, como congestionamentos de trânsito, por exemplo. Acreditamos que nós podemos transformar o mundo com a tecnologia já existente, basta que toda a sociedade se mobilize, adotando modelos de negócios mais inteligentes e utilizando melhor os recursos disponíveis. Qual o maior desafio do seu dia a dia? Fazer com que cada IBMista entenda como seu trabalho contribui para a estratégia e objetivo da IBM, independente de sua posição na organização.

Conheça melhor nosso entrevistado

Mauro entre a mulher e os filhos: “adoro ficar em casa com a família”

Nome: Mauro Segura Idade: 48 anos Família: Casado com Regina há 24 anos, é pai do Tadeu, de 22 anos, e do Bernardo, de 20. Hobby: Nos finais de semana, pratica jardinagem em sua casa em Paraty, no Rio de Janeiro. Além disso, adora cozinhar. E, durante toda a semana, adora “blogar” em seu blog: www.aquintaonda.blogspot.com Formação: Engenharia elétrica e Marketing Trajetória na IBM: Entrou na IBM como Assistente de Análise de Sistemas em 1987. Nos anos seguintes, ocupou diferentes posições em Vendas, Marketing e Comunicação. Em 1995, foi nomeado gerente de Comunicações de Marketing para o Brasil. Em 2000, saiu da companhia e voltou em 2006, como líder de Comunicação. Mauro por Mauro: “Sou o típico canceriano, adoro ficar em casa com a família”.

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Vivendo em outro Capa

Às três da manhã, quando a maioria das pessoas dorme tranquilamente, há IBMistas, como Henrique Nunes Ramos e Milton Ramos da Silva, trabalhando atentos, monitorando sistemas internos e de clientes no centro de comando da IBM em Hortolândia. Por outro lado, quando a maior parte dos IBMistas trabalha pela manhã, Pilar Picone, de Atendimento em Finanças, está na praia no Rio de Janeiro.

fizeram durante o dia. “Quando acontece algum problema no sistema, temos de tentar resolver antes de acordar o responsável pelo suporte, que faz o turno diário. Por isso acho que os colegas acabam se ajudando mais na madrugada”, afirma Milton.

Com rotinas diferentes, porém com as mesmas responsabilidades de quem cumpre um turno das 9 às 18 horas, esses IBMistas já estão acostumados com o espanto da família e dos amigos com seus horários de trabalho. “Muitos me falam que não é normal ficar acordado à noite e dormir durante o dia, mas me adaptei rápido”, conta Milton, há seis anos no chamado “terceiro turno”, da meia-noite às oito horas da manhã. Além do sono, as refeições também tiveram de ser modificadas e ele procurou uma nutricionista para ajudálo. Hoje, Milton janta de madrugada, come um lanche de manhã antes de dormir e faz mais uma refeição antes de ir trabalhar. Henrique Nunes Ramos, do “terceiro turno” há cinco anos, tomava muito café para afastar o sono. Hoje, não precisa mais. “A hora mais crítica é entre cinco e seis da manhã, mas o pessoal é muito solidário. É um clima de bastante união, em que um incentiva o outro a ir lavar o rosto e

Já no Rio de Janeiro, a equipe de suporte a Operações Financeiras, da qual fazem parte Pilar Picone e Roberta Môcho, acompanha o horário dos clientes nos Estados Unidos. Por isso é que Pilar, que atende à Costa Oeste norte-americana (fuso de cinco horas a menos), pode ir à praia antes do trabalho, que vai das 13 às 22 horas.

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esticar as pernas. Acho que, por isso, nunca houve caso de alguém cochilar”, diz. Quem pensa que é moleza trabalhar de madrugada, já que os clientes não estão acordados, se engana. É nesse horário que acontecem as manutenções, processamento e compensações de tudo o que os usuários

“Moro super longe da IBM. Se eu tivesse que chegar aqui às nove da manhã, teria de sair no máximo às sete de casa. Seriam duas horas perdidas”, explica Pilar. No horário deslocado, ela não pega trânsito na ida e nem na volta. “Dou graças a Deus pelo meu horário, tenho uma qualidade de vida muito boa.”

Pilar Picone na praia de Itacoatiara (RJ) enquanto a maioria dos IBMistas trabalha

Roberta Môcho cumpre o horário de Nova York, ainda que atenda clientes de outras regiões dos Estados Unidos. Normalmente, trabalha das 8 às 17 horas, mas na época de horário de verão, entra uma ou duas horas mais tarde. Tanto Roberta quanto Pilar seguem

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o fuso o calendário americano. Por isso, nos feriados brasileiros, como o carnaval, as equipes se revezam para ter sempre alguém de plantão. Em compensação, estão de folga no dia de Ação de Graças, celebrado em novembro, ou em 4 de julho, dia da independência americana. O namorado acaba acompanhando a rotina. “Trabalhei no carnaval e ele não viajou, ficou no Rio comigo”, lembra Roberta. Como se não bastasse viver uma rotina de trabalho como se fosse uma “nova-iorquina”, Roberta ainda escolhe o país para passar férias. “Eu adoro os Estados Unidos”, afirma. Seguir o fuso horário de outro país tampouco é problema para Jaime Alarcon, também de Operações Financeiras do Rio de Janeiro, que cumpre um horário estendido para os Estados Unidos, das 13 às 22 horas. “Sou obrigado a levar meu cachorro para passear de manhã, e acabo fazendo uma caminhada”, diz. Colombiano, está há seis anos no país. Sua língua materna é o espanhol, se comunica com os clientes em inglês, e em português no seu departamento. Não dá confusão? “Com os clientes não, porque inglês não é o problema. Meus colegas é que dão risada do meu portunhol e brincam me mandando falar direito”, conta rindo.

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Turma do ‘terceiro turno’: “A hora mais crítica de sono é entre cinco e seis da manhã, mas o pessoal é muito solidário”, conta Henrique (esq)

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Por onde anda

Costurando histórias

e refazendo vidas

Norma Caetano trabalhou por 25 anos na IBM e há 13 aposentou-se pela Fundação IBM como analista de Recursos Humanos. Em vez de aproveitar o tempo livre para si, ela se dedica a cuidar de “famílias doentes”. Por meio da ONG Refazer, que dá apoio a crianças que fazem tratamento no Instituto Fernando Figueira, em Botafogo, Rio de Janeiro. “Não adianta só dar remédio para os pequenos, normalmente os pais também precisam de ajuda, pois estão em uma condição social muito complicada”, conta. A intenção é que as crianças recebam o tratamento e alimentação adequada em casa a fim de evitar novas internações. Desde 2002, quando começou a atuar na ONG, Norma percebeu que a sua experiência e a de suas colegas de IBM poderiam ser úteis na organização dos trabalhos. Por isso, convidou para ajudá-la a aprimorar o funcionamento da entidade: Angela Valle, Carmem Peres, Marina Maia e Anna Zalcman, hoje presidente da Refazer. Juntas fundaram o departamento de Marketing para divulgar as ações que realizam, montaram uma confecção de acessórios e estão dando oportunidade de trabalho às mães das crianças que recebem apoio da instituição.

No começo, Norma e as ex-IBMistas ofereciam cursos de manicure, mas perceberam que não dava certo, pois muitas crianças exigem cuidados especiais e suas mães não têm como sair de casa para trabalhar. “Mudamos o foco e começamos a ensiná-las a fazer bordado e bijuteria. Assim, elas levam o material para casa, trazem as peças prontas e nós nos encarregamos da venda”, explica.

O trabalho de Norma e da ONG também inclui o “entorno” da criança. Os pais recebem aula de cidadania, saúde e higiene, e as famílias cujas casas não tenham infraestrutura recebem ajuda para a reforma ou construção com sistema de saneamento adequado. “Por isso é que digo que cuidamos da saúde de toda a família”, explica. Conheça o trabalho da ONG Refazer: http://www.refazer.org.br/

O empreendimento já é um sucesso e os convites para vender as peças em quiosques de shopping, lojas e eventos não param de surgir. “As mães estão superfelizes com o resultado”, conta Norma. Além de receberem por produtividade, as 22 mulheres beneficiadas também têm direito a bônus no final do ano. “Copiamos essa ideia da IBM”, confessa a voluntária.

Bordar e fazer bijuterias são passatempos lucrativos para as artesãs

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Cidadania Corporativa

Seu computador

em prol da humanidade

O Brasil já tem uma instituição beneficiada por uma ideia da IBM para um mundo mais inteligente. A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), localizada no Rio de Janeiro, concluiu em menos de 12 meses uma pesquisa que levaria 3.748 anos de análise mesmo se utilizasse um único computador de última geração. Tamanha redução de tempo aconteceu graças ao World Community Grid, projeto apoiado pela IBM. O World Community Grid é uma comunidade mundial que permite a participação de qualquer pessoa que tenha computador em casa ou no trabalho. Basta preencher um cadastro com nome e e-mail e baixar um software que vai aproveitar o tempo ocioso do seu computador – durante a pausa para o café ou no almoço – para cálculos de pesquisa. Rodrigo Cezar de Queiroz, gerente de projeto de Cidadania Corporativa da IBM Brasil, salienta que o Grid é mais uma iniciativa da IBM para ajudar a construir um mundo mais inteligente, um Smarter Planet. “É uma maneira eficaz de rodar pesquisas científicas; em vez de utilizar supercomputadores com alto gasto de energia, o Grid usa a capacidade dos computadores em momentos em que estão ligados à toa,

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nas pausas do trabalho das pessoas. Dessa forma, aproveitase uma energia que seria desperdiçada”, explica. Contando com a ajuda de 1,2 milhão de computadores cadastrados, sendo 17 mil deles no Brasil, a pesquisa da Fundação Oswaldo Cruz resultou no Proteinworld Database (www. proteinworlddb.org), uma base de dados com a análise de milhões de sequências de proteínas de 3.800 organismos, desde o homem até bactérias. Pesquisadores de qualquer lugar do planeta podem consultálos e, conhecendo melhor determinada proteína, podem desenvolver, por exemplo, novos medicamentos. A Fundação foi a primeira instituição brasileira a participar do Grid. Os trabalhos de universidades e órgãos de pesquisa são submetidos ao corpo diretivo da associação, composto por doutores de universidades de vários países, que escolhe os projetos que contarão com o apoio dos computadores cadastrados. Faça parte dessa rede! Para cadastrar seu computador no World Community Grid, acesse www.worldcommunitygrid.org.

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Parcerias IBM

IBM na sala de aula Até o ano 2010, as empresas de tecnologia brasileiras, entre elas a IBM, não conseguirão profissionais especializados para as mais de 200 mil vagas de trabalho disponíveis neste mercado. O dado, da Associação Brasileira de Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação (Brasscom), é confirmado por Edson Luiz Pereira, de Parcerias Educacionais da IBM Brasil. “Não há mão de obra especializada em tecnologia em número suficiente para dar conta da demanda”, afirma. Por isso, a IBM considera fundamental a formação e o treinamento de futuros profissionais em parcerias com escolas, universidades e organizações. Em 2008, a IBM uniu-se ao Centro Paula Souza de Ensino, que administra 157 escolas técnicas e 46 faculdades de tecnologia estaduais (Fatecs). O objetivo, segundo Edson, é inserir um conteúdo mais atual nos currículos dos cursos técnicos de TI. A IBM treinou os professores do Centro e eles deram um curso em programação Java e Operação em Multiplataforma, nas unidades de Jundiaí, Americana e Hortolândia. “Foi um sucesso. Formamos

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78 alunos em seis meses”, diz Edson. Leonardo Millan de Souza Pinto foi um dos estudantes e, em fevereiro, foi contratado pela área de suporte na IBM Hortolândia. “É meu primeiro emprego. Tinha muita vontade de trabalhar na IBM”, conta. A parceria com o Paula Souza, que tem 20 mil alunos matriculados em cursos técnicos, já programou cursos até 2010. Outra iniciativa, o Oficina do Futuro, já formou mais de cinco mil profissionais desde 2005 e é realizada em parceria com o Instituto de Pesquisas Eldorado, organização civil de interesse público (OSCIP). O curso é proposto em dois módulos. O primeiro, feito à distância, é sobre fundamentos de TI. Os melhores alunos da região de Campinas são convidados para cursos presenciais específicos, como programação, help desk e outros. “Boa parte dos participantes é admitida pela IBM ou por um de nossos parceiros de projetos e serviços”, explica Edson. Pamela Menendes, administradora de Banco de Dados em Hortolândia, é prova de que o programa é bem-sucedido. Participante da primeira turma do Oficina do Futuro, foi contratada assim que terminou o treinamento. Agora, Pamela foi chamada a dar aula para a turma mais recente do projeto. “Já cheguei na sala contando que um dia eu estive no

lugar deles para que eles percebam que é possível conseguir um bom emprego”, diz. A jovem não foi escolhida à toa, conforme lembra Carlos Gondo, gerente de Pamela na época da contratação: “Durante o curso, ela se sentava na primeira fileira e ficava após a aula para tirar dúvidas.” Seu colega de turma na época, Gustavo Henrique Paro, também se destacou e foi um dos escolhidos para integrar o time que administra Bancos de Dados. Depois de quatro anos na empresa, ele agora coordena a seleção de candidatos que vêm do projeto. “Desde que entrei na IBM a demanda por profissionais com conhecimento em Bancos de Dados sempre foi grande. Como Hortolândia cresceu muito, decidimos levar o conteúdo e modelo da Oficina do Futuro para Belo Horizonte. Deu certo, hoje 12 de nossos profissionais trabalham da filial mineira e a expectativa é de intensificar os treinamentos no local para atendermos às novas demandas e mantermos a qualidade do trabalho”, diz o rapaz. Saiba mais sobre os projetos: Centro Paula Souza http://www.ceeteps.br/ Oficina do Futuro http://www.oficinadofuturo.org.br

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Primeira turma com portadores de deficiência se forma pelo Instituto Eldorado: capacitação para todos

Inclusão com treinamento Em fevereiro, o Instituto de Pesquisas Eldorado formou, com o apoio da IBM, 17 pessoas com deficiência física nos cursos de Arquitetura Mainframe e Sistemas Distribuídos. Além disso, os alunos tiveram aulas de inglês. “Acreditamos que a inclusão passa por dar um treinamento eficiente e igualdade de oportunidades”, explica Gabriela Herz, do time de Diversidade. Sem trabalhar há dois anos, após um acidente que o deixou paraplégico, Rodolfo Renato Cano, de Valinhos, participou do curso e foi contratado para o Command Center da IBM Hortolândia. “Quero me tornar um profissional cheio de certificações na IBM e fazer uma faculdade”, conta o recém-chegado IBMista.

Gustavo Paro e Pamela Menendes se destacaram durante a Oficina do Futuro e hoje são IBMistas

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Mulher: prevenção com medidas simples O câncer de mama é ainda o tumor mais frequente em mulheres, seguido pelo câncer do colo do útero. A boa notícia é que essas doenças podem ser facilmente detectadas com medidas simples, como exames de rotina e consultas regulares ao médico. Na maioria dos casos, um exame anual com o ginecologista pode detectar um tumor mamário com bastante antecedência. “Consultas com esse intervalo possibilitam reconhecer a lesão que antecede o câncer e tratá-la antes que evolua”, diz Adriana Graça, ginecologista e obstetra pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro. As consultas são importantes especialmente se seguidas pelos exames corretos. Até os 35, a mulher deve fazer anualmente o exame de toque e o ultrassom de mamas. “Apenas o exame físico feito em consultório não basta. Nódulos pequenos podem ser imperceptíveis”, diz a ginecologista. Dos 35 aos 40 ela deve realizar uma mamografia de dois em dois anos e, a partir dos 40, esse teste deve ser anual. Sentir dor ou já ter tido nódulos benignos não significa maior chance de desenvolver câncer. A displasia mamária, alteração também bastante comum da mama, pode resultar de alterações

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hormonais e nada tem de malignidade. A mamografia é um exame muito eficaz para essa diferenciação.

Também para a prevenção de tumores uterinos, a medicina tem avanços. A vacina contra o HPV, vírus presente em mais de 90% dos casos do câncer, já pode ser indicada para mulheres com idade entre 9 e 26 anos, com proteção válida por 5 anos aproximadamente. “É bom lembrar que a vacina não protege contra todos os tipos de vírus HPV e que o uso do preservativo dá maior segurança”, explica a médica. O mais eficaz continua sendo a prevenção, que nesse caso é feita pelo exame de papanicolau, no qual o médico detecta alterações que podem ser tratadas antes de se tornarem câncer. Há outros fatores a serem evitados, como o sexo sem proteção e o tabagismo. “O cigarro enfraquece o sistema imunológico e nos deixa mais expostos a doenças”, esclarece a doutora Adriana.

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Palavra de especialista

Diminua o volume e escute melhor Você pode nem perceber, mas está sempre exposto a sons. O máximo que o ouvido humano suporta sem danos são 85 decibéis por no máximo 8 horas de exposição. Por incrível que pareça, essa é a intensidade do barulho de uma avenida movimentada. Os cuidados com a saúde dos ouvidos são chamados de “ergonomia auditiva”. Veja abaixo como pequenas mudanças de hábito podem conservar sua audição: • Escute música no máximo uma hora por dia e em volume moderado. Não utilize fones de ouvido de inserção (aqueles que são encaixados nos ouvidos), prefira os externos (tipo concha). • Deixe telefone, celular e televisão no volume mínimo. O ouvido é um órgão que se adapta, portanto, devemos também nos policiar quanto aos hábitos diários. • No trânsito, feche as janelas para amenizar o barulho. E diminua o som do carro. • Caso tenha algum tipo de zumbido no ouvido, procure um otorrinolaringologista.

Mitos e verdades sobre os cuidados com bebês Cuidar de um bebê não é fácil nem mesmo para pais, tios e avós que não são de primeira viagem. A pediatra e pneumologista Fernanda Jundi, do Rio de Janeiro, esclarece alguns mitos. Deve-se usar talco na troca de fralda? Não, pois o talco é composto por partículas muito pequenas que podem atingir o sistema respiratório do bebê, causando reação inflamatória. Bebês sentem mais frio? O termostato natural dos bebês se estabelece alguns dias após o nascimento, logo não devemos vesti-lo mais do que a nós mesmos. Existe leite materno fraco? Não, mas o leite materno é de fácil digestão, por isso alguns bebês precisam mamar com mais frequência.

É preciso mesmo colocar o bebê para arrotar? Ele pode engolir ar enquanto mama e isso pode fazê-lo se sentir desconfortável, reduzindo o volume da refeição. Logo, é necessário colocar o bebê para arrotar no meio e no final da mamada. O arroto pode vir acompanhado de leite, que pode ser aspirado se o bebê estiver deitado. Como saber por que um bebê chora? Veja se não há nenhuma peça de roupa apertando. Depois, procure por sinais de febre. Se não houver nada errado, a causa pode ser cólica, comum até os três meses de vida. Chá caseiro é bom para cólica? Não é recomendado o uso do chá para recém-nascidos, principalmente para aqueles que estão sendo amamentados ao seio materno. Faça uma compressa morna, uma massagem na barriguinha ou movimentos com as perninhas, tipo bicicleta, que favorecem a eliminação de gases e fezes, diminuindo os episódios de cólica.

Fernanda Jundi fala sobre o benefício do leite materno e dá dicas para acabar com as cólicas dos bebês

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Personalidade na mesa

e u q o e m z i D - m tu a tens e. e te direi me sa .. é s quem as stram que bai IBMistas mo a muito sobre podem falar no s o d s e de seu personalidad

vidas “Passamos a maior parte de nossas com r trabalhando, então eu procuro faze onioso que este ambiente seja o mais harm s.” possível, com minhas flores e balinha Suely Silva - Cenu

em casa, em um m que eu me sinta co em faz s igo am s de trabalho.” “Os recados do dentro do ambiente or ed olh ac e ído tra espaço mais descon rtolândia Marina Faber – Ho

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“Adoro os meus br inquedos porque me lembram a in fância. Além disso, refletem um pouc o a minha alegria e a forma positiva de ver as coisas.” Marcela Fernan des Pereira Hortolândia

ia é ter ousad , aventura os, d la u “Para mim s calc se em risco ra ç o n la sc ri ra pa .O da empresa ra fo u o ra o e sup r dentr o prazer de m co a d n ção.” nos bri à pura emo io e m m e s barreira tóia idotti - Tu Marlene V

“Sempre gostei de me reunir com os colegas, e fotografo nossos encontros para sentir sempre toda aquela energia. O tempo não para, mas os momentos felizes são eternos.” Aurea Almeida - Pasteur

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“Tenho na minha mesa a foto do Super Boy, personagem do seriado americano Smallville. Ele é muito lindo, um boneco! É meu antiestresse!” Maria Cecília Jordão - Tutóia

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IBM Club

Cartas

Dicas para aproveitar

suas horas vagas

Ainda dá tempo de iniciar em 2009 aquele curso que você tanto queria. Basta apresentar o badge e IBMista tem desconto em diversas opções, que vão de mangá e pintura a dança. Aproveite também para trocar seu computador com desconto. Brasil Lenovo: Funcionários da IBM e familiares pagam mais barato nos produtos à venda pelo site da empresa. Para notebooks e desktops, o desconto é de 17%, e de 23% para acessórios e monitores. Informações: www. lenovo.com.br É necessário fornecer uma senha (e-code) para acessar a área promocional do site. Ela está disponível na página do IBM Club na Intranet, clicando em ‘Informática’. Contato: 0800-701-4817

cursos

Campinas Escola Marilda Beligni: Aulas de desenho, pintura e artesanato. IBMistas e dependentes pagam 15% menos no valor do curso. Informações: marildabeligni@uol.com.br Contatos: (19) 3808-2149 / (19) 9773-5038 Rio de Janeiro Dança de Salão: Aula em grupo ou particular de bolero, fox, samba, salsa, forró, gafieira, zouk, hip hop, valsa, tango, teatro e femele. IBMistas iniciantes têm 20% de desconto nos cursos e isenção de matrícula. Informações: www.annamoura.com.br Contato: (21) 3388-5070 / (21) 2513-1527 São Paulo Impacto Quadrinhos: Cursos de mangá, histórias em quadrinhos, desenhos artísticos e outros. O desconto é de 10% na matrícula e nas mensalidades. Informações: www.impactoquadrinhos.com.br

Alberto Buscaglione, aposentado Em meio a estes tempos turbulentos, mais uma vez me veio a lembrança do nosso fundador Thomas Watson. Quando houve a crise de 1929, ele manteve todos os funcionários e investiu em treinamento, pois dizia que a crise ia passar e quem estivesse preparado seria o melhor! O Sr. Watson foi um visionário, em especial na área de recursos humanos e uma pessoa fora da sua época. Tenho uma enorme admiração por ele e orgulho de poder ter participado desse tempo tão bom no relacionamento entre os seus funcionários. Alberto, a revista IBMista está aí para comprovar que a IBM continua valorizando suas pessoas como nunca. Seu depoimento é um estímulo para todos os IBMistas.

Fale com a revista IBMista: oibmista@br.ibm.com Expediente | Conselho: Diretor de Recursos Humanos: Osvaldo Nascimento Diretor de Marketing e Comunicação: Mauro Segura

Conselho Editorial: Flávia Apocalypse e Luciana Machado, de Comunicação. Redação: Renata Costa MTb: 31679 e Giulia de Marchi Projeto Gráfico: Comunicação InVitro Gráfica: IGIL (Indústria Gráfica Itu Ltda.) Foto da capa: Daniela Toviansky Fotos: Daniela Toviansky, divulgação e acervos pessoais dos IBMistas. A revista IBMista é uma publicação bimestral da IBM Brasil, editada por Comunicação e Recursos Humanos. Sua tiragem é de 14.400 exemplares.

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