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1.1.2.3 3 ª fase: 1952 1959
parodiada, que aconteceu na gravação do humorista "Zé Fidélis", levada ao disco em 1952, pela gravadora Continental.37
1.1.2.3 3a fase: 1952-1959
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Vivendo dos louros que a repercussão de Vingança causou, Lupicínio Rodrigues assume em definitivo a carreira profissional de compositor, apesar de nunca ter admitido o fato, sempre dizendo que fazia música por brincadeira, ou que não era cantor nem compositor, mas boêmio.
Mesmo que tenha se valido de outros meios para sobreviver, como as diversas casas noturnas que abriu em Porto Alegre, a partir deste período, foi o dinheiro que ganhou com a música que oportunizou-lhe tais empreendimentos, associado ao fato inegável que ele era sempre a maior atração nestes locais. Talvez inicie-se aqui, o surgimento do "personagem" Lupicínio Rodrigues, em torno do qual se criou toda uma mitologia, diversas "histórias" pouco prováveis, que tornavam a compreensão de sua pessoa, associada a uma rara simplicidade, em um enigma constante. Os diversos textos e pequenas biografias que produziram-se neste período, aliado ao material escrito de próprio punho, por Lupicínio, nas crônicas do jornal Última Hora, somente em 1963, são tudo o que de mais fidedigno se construiu a seu respeito. São textos recheados de fantasia, refletindo um tanto do imaginário da época, além da inspiração do próprio artista. A partir destas versões, pouco mais sobre o autor foi escrito, que tenha um caráter de novidade, pois repetem-se os mesmos dados, exaustivamente, a cada "nova" matéria produzida. Exemplo da visão romanceada que se estabeleceu, inclusive por "culpa" de Lupicínio Rodrigues, são as descrições que se fez das mulheres de sua vida, como é o caso de Mercedes, "a Carioca", que no dizer do compositor, inclusive "rendera-lhe" um carro, batizado como "Vingança", adquirido a partir da música homônima, feita sob inspiração de uma desfeita que ela lhe causara. E, acrescenta Lupicínio, sempre ter preferido as mulheres más, pois as boazinhas nunca lhe deram dinheiro.
37 Versão gravada p/ Tese: Cd 1 - As três canções: faixa 11.
A notoriedade que Lupicínio Rodrigues desfruta, neste momento, ainda em função do sucesso de Vingança , pode ser percebida inclusive nas imagens de sua figura representada nas fotografias do período, que deixam de apresentá-lo acompanhado do violão (que nunca tocou), para associá-lo a "caixinha de fósforo", agora mostrada ostensivamente, como seu único instrumento.38 Mas, a caixinha de fósforo não seria, na verdade, seu único instrumento. Neste ano de 1952, Lupicínio teve registrada sua voz em disco. A importância da dicção desenvolvida pelo cancionista Lupicínio é extremamente reveladora da proposta estética a que se encontra vinculado. Sua performance enquanto cantor, contrariando uma estética vigente; chegou a ser chamado de cool, comparado ao estilo norte-americano. Ainda que tenha se inspirado em outros intérpretes, a presença de sua voz atua como uma afirmação do que diz a cada verso da canção. Uma voz baixa, calma, que pede licença a cada nova manifestação, pois ele "desculpa-se" como cantor, reveladora de um gesto maior do cancionista. Sua voz é seu instrumento, é porta-voz da mensagem que vem impregnada de verso e melodia.
Ao ouvir os discos gravados por Lupicínio Rodrigues em 1952, Augusto de Campos diria, em 1967, que ele foi o melhor intérprete de si mesmo, apesar da pesada orquestração que o acompanhava; o que seria perfeitamente dispensável. Chama a atenção que, naquelas circuntâncias, o microfone já era uma realidade acessível quanto aos registros da voz, possibilitando que os intérpretes fizessem uso de seus recursos afim de estabelecerem uma estética própria, quanto ao que quisesssem representar. Santuza Naves, em "O Violão Azul", destaca que frente aos recursos que o microfone permitia quanto a captação do som, ainda persistiam uma multiplicidade de estilos, inclusive aqueles que prescindiriam de seu uso como condicionantes a forma de interpretação. Interpretações como as de Vicente Celestino, associado ao bel canto italiano e a via operística, acompanhados de estilos semelhantes quanto ao "excesso" na voz, a exemplo de Francisco Alves, cruzavam-se com performances como as de Carmen Miranda e Mario Reis.39
Lupicínio Rodrigues que surgiu em disco, portanto, num momento em que já podia fazer uma escolha, como intérprete, tendo como referência experiências anteriores
38 Anexo 4, figuras números 15, 46 e 47. 39 NAVES, Santuza Cambraia. O violão zaul: modernismo e música popular. Rio de Janeiro: Edit. Fundação Getúlio Vargas, 1998, p. 184.
de uso da voz frente ao microfone. Escolheu não só pelo que lhe era possível sustentar, a partir de seu timbre, dicção e extensão vocal, como pelo que se propunha a "dizer" em suas músicas. Augusto de Campos acerta em cheio quanto diz que Lupicínio é o melhor intérprete de si mesmo.40 Realizou, neste período, uma sequência de gravações, a começar pelos dois álbuns realizados em 1952, e outras gravações esparsas, em 1953. A oportunidade de gravação que lhe foi oferecida pode ser considerada uma "honraria", concedida a poucos intérpretes ou compositores, ainda que envolvesse um grande interesse comercial. Sendo-lhe proporcionado gravar dois álbuns, de própria voz, e com canções de sua autoria, numa circunstância em que o mais comum era gravar compactos, contendo apenas duas faixas de música, uma de cada lado do disco. No caso das gravações de Lupicínio, nesta data, foram reunidos os discos, duplicados em duas faixas a cada lado, atingindo as 8 canções, através de dois "compactos duplos". Era o prenúncio do Lp.
Gravou o primeiro álbum, através da gravadora Star, sob o título "Roteiro de um Boêmio", acompanhado pelo "Trio Simonetti", grupo musical bastante conceituado no período. Neste álbum acompanhando-se das "Três Marias", canta Felicidade em sua versão integral, gravada assim pela primeira vez.41 O repertório é : Vingança, Eu não sou de reclamar, Eu e o meu coração, Sombras, Nunca, Felicidade (classificado como "baião-shotts"), As aparências enganam e Eu é que não presto.
Pouco tempo depois, o segundo
álbum é gravado, pela Copacabana, acompanhado por Simonetti e Sua Orquestra, numa crescente ostentação do arranjo que acompanhava as músicas. Percebe-se que o repertório não se repete: Os beijos dela, Jardim da saudade 42 , Aves daninhas, Se acaso você chegasse 43 , Nossa Senhora das Graças, Inah, Namorados e Amor é um só.
40 Tal percepção acerca do potencial de Lupicínio Rodrigues como intérprete não é excessiva, de parte de Augusto de Campos, a medida que o próprio compositor revela-se consciente da mesma. Campos acusava o exagero do aparato instrumental que o acompanhava em 1952. Nas gravações que Lupicínio realizou depois, em 1973, "enxugou" tal desproporção, cantando junto de um regional. E, não por acaso, no show que fez no Teatro Opinião, em 1972, apresentou-se simplesmente junto ao exímio violão de Jessé Silva, que o acompanhava. 41 Versão gravada p/ Tese: Cd 1 - As três canções: faixa 2. 42 Versão gravada p/ Tese: Cd 3 - Multiplicidade de estilos: faixa 15. 43 Versão gravada p/ Tese: Cd 1 -As três canções: faixa17.
Como compositor continuou sendo muito gravado, diversificando-se os estilos de seus intérpretes entre os tradicionais cantores do samba-canção, aos prébossanovistas. Nesta fase também é retomada a via regionalista, em suas gravações, inclusive por ele próprio, através de Jardim da saudade, em seu álbum.
A "surpresa" ficou mesmo por conta das gravações de Jardim da saudade e Juca 44, feitas por Luiz Gonzaga, na gravadora RCA Victor, ainda em 1952; e, Cevando o amargo (mais conhecida por Amargo, música feita em parceria com Piratini), na voz de Carmélia Alves, pela Copacabana45, em 1957. Estes dois intérpretes eram conhecidos, respectivamente, como o "Rei" e a "Rainha do Baião". Suas interpretações de um estilo regional gaúcho por uma recriação nordestina, dão margem a uma série de indagações, inclusive quanto ao significado e autenticidade de cada um destes movimentos regionais, atravessados por uma homogeneização cultural em seus elementos, a partir da indústria fonográfica e da ressemantização proporcionada pelas rádios.
Como últimos grandes destaques nesta fase, vale lembrar a estréia da interpretação de canções de Lupicínio Rodrigues, no ano de 1959, por dois intérpretes distintos: Jamelão e Elza Soares.
Jamelão, segundo Lupicínio Rodrigues, era seu "melhor intérprete". A primeira música gravada por ele, em 1959, foi o samba-canção Ela disse-me assim, pela gravadora Continental. Daí em diante não parou mais, fazendo da música de Lupicínio uma extensão de seu gesto de cancionista, recriando-o à sua maneira, fundindo-se os dois estilos. Apesar da voz forte com que interpreta cada canção, consegue ser um importante divulgador da obra de Lupicínio, seja pela extensão do repertório que gravou do mesmo, seja pela maneira como expressa o samba romântico.
Elza Soares regravou Se acaso você chegasse no mesmo ano, pela gravadora Odeon, criando um grande contraste não só ao contrapor os dois principais estilos pelos quais Lupicínio se expressou, como por sua própria performance, única e talentosa.
44 Apesar de Luiz Gonzaga ter gravado Jardim da saudade e Juca, apresenta-se aqui apenas sua gravação desta última canção - Versão gravada p/ Tese: Cd 3 - Multiplicidade de estilos: faixa 14. A versão de Jardim da saudade no registro sonoro presente neste trabalho consta apenas na voz de Lupicínio Rodrigues. 45 Versão gravada p/ Tese: Cd 3 -Multiplicidade de estilos: faixa 11.
Calou fundo no gosto e ouvido da nova geração que redescobria Lupi. Seguiria gravando o compositor ao longo de sua carreira, e entre uma música e outra, repetiria a gravação de Se acaso você chegasse. 46 A força desta canção é tamanha que definiu sua carreira de estreante, como fizera com Ciro Monteiro, em 1938.
Também, não menos importante a se considerar, iniciou-se nesta fase, mais precisamente no ano de 1952, o comprovado envolvimento de Lupicínio Rodrigues como representante da SBACEM no RS. Apesar desta associação ter sido fundada em 1946, no Rio de Janeiro, não foi possível precisar quando Lupicínio passou a integrá-la, ou mesmo quando assumiu a direção da entidade em Porto Alegre. Comprovadamente, a partir de matéria da Revista do Globo, no ano de 1952, Lupicínio já desempenhava tais funções.47
As atribuições que tinha aqui como representante, estavam diretamente subordinadas a orientação da sede nacional da SBACEM , no Rio de Janeiro. Conforme veicula o estatuto da entidade, tem entre suas obrigações,
" (...) distribuir e repassar aos associados os direitos autorais arrecadados pelo Escritório Central de Arrecadação e Distribuição ( ECAD ), e remetidos por aquele Órgão à Associação para este fim, filiação essa que deverá permanecer enquanto convier aos associados da SBACEM." 48
Em função do caráter de distribuição dos direitos autorais, assumindo pela SBACEM, somavam-se as suas tarefas a fiscalização nas casas noturnas, que apresentavam música ao vivo, averiguando se o repasse destes recursos estava sendo feito ao ECAD - Escritório Central de Arrecadação de Direitos - . Misturavam-se as funções, com relação as competências entre um e outro. De qualquer maneira, a perambulação noturna que se fazia "necessária" era uma das tantas justificativas de Lupicínio, para proceder a ronda que fazia na boemia da cidade, justificando assim seus compromissos à noite, entre a matriz (esposa) e filial (amante).
46 Versão gravada p/ Tese: Cd 1 - As três canções: faixa 18. Trata-se de uma versão da cantora, acompanhada do cantor e compositor Lobão, de 1996. 47 Revista do Globo, n. 566, 09/08/1952, p. 61. 48 Estatutos da Sociedade Brasileira de Autores, Compositores e Escritores de Música (SBACEM), p. 3.
O cargo praticamente lhe foi destinado, não ficando claro em que circunstâncias aconteceu. Segundo depoimentos, provavelmente tenha recebido tal função como "oportunidade" ou "recompensa" , quanto a não ter denunciado a violação de seus direitos autorais, por pessoas ligadas ao repasse desse recurso em Porto Alegre, em época anterior.49 Talvez explique-se também pela parceria que lhe fora imposta no passado, através da figura de Felisberto Martins.
Quanto ao histórico da SBACEM, a partir de sua atuação no Rio de Janeiro, é importante ressaltar que teve um peso significativo, sendo bem mais representativa do que é hoje. Sua proximidade com o então centro do poder nacional, pode ser percebida pelo trânsito de seus representantes e membros junto ao Palácio do Catete. Isso num momento em que era crucial ao Estado Nacional manter um controle sobre a atividade radiofônica, em em contrapartida, também sobre os artistas que viviam desta atividade. Através dos boletins da associação, verificaram-se vários momentos em que teve sua diretoria recebida pelo Presidente da República, ou um representante. Entre seus presidentes e sua diretoria estiveram presentes nomes como Benedito Lacerda, Ary Barroso e Herivelto Martins. A SBACEM rivalizava com a União Brasileira de
Compositores - UBC -, que teve por algum tempo a liderança de Ismael Silva, de atuação concomitante.
O fato de pertencer a SBACEM, como seu representante no Estado, certamente permitiu a Lupicínio Rodrigues ter os seus direitos, como compositor, assegurados minimamente, ao mesmo tempo em que mantinha o vínculo com o centro político e cultural do país, redundando assim em oportunidades quanto a colocar suas músicas no mercado do disco. De certa forma, possibilitava-lhe manter o vínculo com o eixo RioSão Paulo, sem sair de Porto Alegre.
Passo a citar as músicas gravadas ao longo desta fase, que ainda não foram mencionadas: em 1952, o samba-canção As aparências enganam, foi gravado por Gilberto Milfont, na RCA Victor; em 1952, o samba-canção Eu não sou de reclamar, foi gravado por Francisco Carlos, através da RCA Victor; em 1952, o samba Divórcio
49 Segundo depoimentos, Lupicínio seria assim ressarcido inclusive pela atuação até certo ponto predatória, com relação aos seus direitos como compositor, exercida pelos Irmãos Vitale, responsáveis pela edição de suas músicas.
foi gravado por João Dias, na Odeon; em 1952, o samba Prá São João decidir, feito em parceria com Francisco Alves, é gravado pelo mesmo, através da Odeon50; em 1952, Quem há de dizer (parceria com Alcides Gonçalves) é gravada como um "tango", por Roberto Fama e Seu Conjunto Típico, na gravadora Star; em 1952, o samba-canção Exfilha de Maria é gravado por Roberto Silva, na Star51; em 1952, Linda Batista voltou a gravar Lupicínio, lançando o samba-canção Foi assim, através da RCA Victor52 ; em 1952, Dircinha Batista gravou Lupicínio pela primeira vez, através do samba-canção Nunca, pela Odeon; neste mesmo ano, Isaura Garcia gravou também esta canção, através da RCA Victor; em 1952, Dircinha Batista lançou o samba-canção Ponta de lança, pela Odeon; em 1952, Homero Marques lançou o samba-canção Feiticeira (em parceria com F. Martins), através da Elite Special; em 1953, a marcha Os óculos do vovô foi lançada por Léo Romano, na Sinter; em 1953, Gilberto Milfont volta a gravar Lupicínio, lançando o samba Castigo (em parceria com Alcides Gonçalves), através da RCA Victor; em 1953, o Conjunto Farroupilha teria lançado a toada Amargo (em parceria com Piratini), assim com teria gravado Felicidade53 ; em 1953, João Dias lança a marcha Meu figurino, através da Odeon; em 1953, Isaura Garcia lança o samba Recado não aceito, pela RCA Victor; em 1953, o exímio flautista Dante Santoro gravou Quando eu for bem velhinho, em ritmo de baião, apenas instrumental, através da Odeon; em 1954, Nora Ney fez a antológica gravação do samba Aves daninhas, através da gravadora Continental 54; em 1954, Jorge Goulart lançou o samba Minha ignorância, através da Continental 55 (Nora Ney e Jorge Goulart já eram casados neste período; Jorge Goulart conhecera Lupicínio Rodrigues há algum tempo, ainda em Porto Alegre; a música Vingança deixou de ser lançada por ele, em função do contrato junto a gravadora; o cantor tem um estilo bem definido como intérprete do samba-canção, romântico; em contrapartida, Nora Ney encontra-se a meio caminho da Bossa Nova); em 1954, Marlene lançou a toada Se é verdade, através da gravadora Continental; em 1954, o Trio de Ouro lançou o samba Boca fechada, pela RCA Victor; em 1954, o samba Namorados foi gravado por Léo Romano, na RCA Victor; em 1954, Carlos Galhardo gravou Lupicínio pela primeira vez, lançando o samba-canção Minha história
50 Versão gravada p/ Tese: Cd 4 - Sambas: faixa 5. 51 Versão gravada p/ Tese: Cd 3 - Multiplicidade de estilos: faixa 2. 52 Esta música consta em outras duas versões, gravadas para este trabalho, no Cd 3 - Sambas: faixas 18 e 19. 53 Não encontrei a gravação; estou referindo esta data a partir de outros textos. 54 Versão gravada p/ Tese: Cd 4 - Sambas: faixa 7. 55 Versão gravada p/ Tese: Cd 4 - Sambas: faixa 6.
(em parceria com Rubens Santos), pela RCA Victor 56; em 1954 o samba Meu pecado (em parceria com Felisberto Martins) é gravado por Osni Silva, na Odeon; em 1954 o samba Se acaso você chegasse (em parceria com F. Martins) recebeu nova gravação, interpretado por Risadinha, na Odeon; em 1955, Nora Ney gravou o samba Dois tristonhos, através da Continental; em 1955, João Dias lançou Rainha do show, através do Copacabana; chama a atenção a autoria deste samba-canção, feito em parceria, com o conhecido jornalista David Nasser; em 1956, o samba-canção Nossa Senhora das Graças foi gravado por Nélson Gonçalves, na RCA Victor57; em 1956, o samba Se acaso você chegasse (parceria de F. Martins), recebeu a versão instrumental ao piano por Carolina Cardoso de Menezes, na Odeon; em 1957, Ângela Maria gravou Lupicínio pela primeira vez, lançando a marcha Dominó (outra parceria com David Nasser), pela gravadora Copacabana58; em 1957, Ângela Maria lançou o samba-canção Amigo ciúme (em parceria com Onofre Pontes); em 1957, o samba-canção Há um Deus foi gravado duas vezes, não sei qual é a primeira versão: através da esplendorosa interpretação de Dalva de Oliveira, que gravou Lupicínio pela primeira vez, através da Odeon 59 ; e, também por Maria Helena Andrade, através da gravadora Mocambo; Maria Helena Andrade também lançaria Você não sabe (feito em parceria com Rubens Santos), através da gravadora Mocambo, em 1957 60; nova gravação de Linda Batista, lançando o samba-canção Volta, na RCA Victor, em 1957; em 1958, Linda Batista lancou também o samba-canção Calúnia (feito em parceria com Rubens Santos), pela RCA Victor; em 1958, novamente Dircinha Batista, que lançou o samba-canção Coisas minhas , através da RCA Victor; em 1958, Vicente Celetestino gravou Lupicínio pela primeira vez, escolhendo (muito ao estilo de sua interpretação) o samba-canção Vingança, pela RCA Victor; em 1959, Francisco Carlos lançou Canto das lágrimas, pela RCA Victor; em 1959, a cantora Sônia Dutra gravou o samba Margarida, pela RCA Victor 61; existe ainda uma outra gravação desta música, não datada, pelo cantor João Dias, como uma "toada baião", através da Columbia; não sei qual das duas é a original; e, novamente Orlando Silva, lançando o samba Fuga, pela Odeon.
56 Versão gravada p/ Tese: Cd 2 - Os parceiros: faixa 8. 57 Versão gravada p/ Tese: Cd 3 - Multiplicidade de estilos: faixa 3. 58 Versão gravada p/ Tese: Cd 4 - Sambas: faixa 1. 59 Versão gravada p/ Tese: Cd 3 - Multiplicidade: faixa 4. 60 Versão gravada p/ Tese: Cd 4 - Sambas: faixa 8.