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São Paulo - Agosto 2010
JEANS: QUAL É
O SEU ESTILO
Para garantir que o jeans valorize ainda mais o seu corpo, marque seu estilo e cause uma boa impressão
RAIO-X
Um breve perfil sobre o estilista por trás de cada grife vendida na The Jeans Boutique
Luana Piovanni
Fiorella Matteis
Marianna Ximenez
AGITO
Raquel Zimmerman
As estrelas que brilharam no maior evento de moda da América Latina, o São Paulo Fashion Week
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Sumário/ expediente
SUMÁRIO identidade pág. 6
Num ad tinim zzriliquat dunt am velit lorem velisit alisl etue deliquisl exercing ercip estin ute consecte mod tem volo
acervo pág. 8
Num ad tinim zzriliquat dunt am velit lorem velisit alisl etue deliquisl exercing ercip estin ute consecte mod tem volobor perciduisl utem endre del ut accum iure dope
8 16
mercado pág. 14
Ovelisit alisl etue deliquisl exercing ercip estin ute consecte mod tem volobor perciduisl utem endre accum iure
revelação pág. 15
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estrutura pág. 16
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tentação pág. 18
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novidades pág. 19
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22 28
peça-chave pág. 20
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raio-x pág. 22
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tira teima pág. 28
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agito pág. 30
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EXPEDIENTE The Jeans Boutique
JB Pátria Editora Ltda. Presidente: Jaime Benutte Diretor Administrativo: Iberê Benutte Diretor de arte: Marcelo Paton Assistentes de arte: Gabriel de Moraes Luiz e Vivian Balardin Comercial: Ricardo Teixeira, Rosana Gazola e Walter Torres Marketing e Circulação: Erica Lujan Jornalista: Kelly Souza
PÁG.4 Carta
PARA VOCÊ Parece que foi ontem que a cantora Madonna conquistava multidões ao dançar com uma faixa no cabelo e roupas coloridas e divertidas. A década era 1980, e os looks de ginástica antes destinados a academia apareciam cada vez mais nas ruas. Mais de duas décadas depois, muitos estilistas brasileiros tentam reviver as tendências de uma época em que estava fora de moda quem não tinha blusas com ombreiras, roupas curtas e alegres. Nesse inverno, algumas tendências dos anos 80 voltam repaginadas – assim como influências dos anos 40 – para conquistar consumidoras modernas. Em uma matéria sobre jeans, as professoras de moda Andreia Miron e Mariana Roncoletta falam da volta da parceria do short com as meias coloridas ou com a calça legging e de outras releituras dos anos 80. Os anos 40 trazem referências pós guerra ao jeans que você vai querer usar nos próximos dias, tendências que também são avaliadas pelas professoras. Em clima de badalação, e ainda de moda, você confere quem passou pelo São Paulo Fashion Week durantes os seis dias do evento. No Guarujá, a animação ficou por conta das top models Letícia Birkheuer, Ana Claudia Michels, Mariana Weickert e Daniela Sarahyba, que prestigiaram os quatro dias de evento em comemoração a inauguração da loja The Jeans Boutique no shopping La Plage. Longe dos holofotes da semana de moda e de festas badaladas, estão alguns dos estilistas brasileiros que conquistam seu espaço no mundo fashion com criatividade e personalidade. Conheça um pouco do estilo de Cris Barros, Giselle Nasser e Lorenzo Merlino, que montam seus próprios impérios da moda. Boa leitura.
THE JEANS BOUTIQUE
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Identidade
QUAL É
A SUA
FIREWALL
?
Jeans sempre cai bem, mas para garantir que ele valorize ainda mais o seu corpo, marque seu estilo e cause uma boa impressão, tenha sempre em mente duas regras: a primeira é usar peças que levem em consideração sua altura, peso e biótipo; e a segunda é conhecer as modelagens que existem – elas variam de acordo com o corte, o comprimento e a largura das pernas, a localização da cintura e até os acabamentos. Sabendo disso é impossível não encontrar seu par perfeito para a balada, o trabalho, o encontro a dois...
Invenção recente da indústria de jeans, tem cavalo extremamente baixo e excesso de tecido na parte da frente. “A novidade vem conquistando vários admiradores, principalmente entre os altos e magros, independentemente do sexo. Os baixinhos devem evitar, pois o modelo dá a impressão de que as pernas são ainda mais curtas”, afirma Marcelo Pedrozo.
BUTT-LIFTER Apresenta uma dose extra de elastano na parte de trás da calça. A fibra, proveniente do poliuretano e comercialmente conhecida como Lycra, confere maior elasticidade ao jeans, acomodando melhor o bumbum, sem achatá-lo. Outro destaque da modelagem são os bolsos traseiros, posicionados estrategicamente acima do convencional. “Eles dão volume e sempre chamam a atenção para a área, ainda mais se trouxerem bordados, taxas ou lapelas, que é uma parte dobrada sobre si mesma e com largura que varia conforme as inspirações do momento”, esclarece Marcelo Pedrozo, professor do curso de Técnica em Estilismo do Centro Universitário Senac-São Paulo.
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Identidade
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SKINNY No inverno, a calça jeans justa e de boca pequena – tão estreita que você precisa tirar o sapato e fazer pé de bailarina para vestí-la – é a mais indicada para acompanhar as botas de cano longo. Já no verão, a peça pode ser combinada com sapatilha ou sandália de salto. “Além de versátil, o modelo skinny é confortável, sexy e valoriza o corpo, especialmente o de mulheres com quadris estreitos e pernas longas e homens com pernas finas”, afirma o professor Marcelo Pedrozo.
IMPÉRIO
“
Desde o início do ano a modelagem, que é facilmente reconhecida pela cintura marcada e extra alta, pode ser vista nos principais editoriais de moda do país. Ao que tudo indica esse desfile com a calça na altura do umbigo vai continuar no segundo semestre, seja com as pernas soltinhas ou coladas ao corpo. As mulheres altas e bem acinturadas são as que mais se beneficiam do modelo.
É PROIBIDO USAR JEANS RASGADO NO TRABALHO.
JÁAO O BORDADO CONTRÁRIO DO QUE MUITA GENTE ACHA,
TAMBÉM ESTÁ LIBERADO PARA O DIA”
Bia Kawasaki, consultora de moda
TRADICIONAL “A modelagem é inspirada na lendária calça 501, da Levi’s, ou seja, o corte dá uma leve afunilada a partir da coxa, a cintura é correta e vem com cinco bolsos – três na frente e dois atrás –, que dão leveza à peça”, analisa a consultora Nazareth Amaral, que sugere o modelo para homens e mulheres, independentemente do tipo físico.
LOLITA O nome já diz tudo: é o jeans da adolescente, que usa cós baixíssimo. O modelo provocativo traz ainda boca “flare”, ou seja, coxas apertadas que vão abrindo sutilmente a partir do joelho.
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FENÔMENO POP
JEANS:
155 ANOS DE SUCESSO Passados quase dois séculos desde sua criação, o jeans continua mais atual do que nunca. E quem diria que ele chegaria lá... Afinal, o mesmo tecido que hoje garante conforto e estilo já foi usado para cobrir barracas, fazer velas para barcos e suportar o trabalho pesado de mineradores
O
O jeans é o maior fenômeno mundial da indústria da moda, mais popular até que o pretinho básico eternizado por Audrey Hepburn no longa Bonequinha de luxo. Um dos motivos do sucesso é a sua incrível versatilidade: ele se molda e se reinventa a cada geração e atende a todas as mudanças de estilo e atitude das mais diversas classes sociais e na mesma velocidade dos acontecimentos. “Podemos dizer que a calça jeans é o único item do vestuário que perdura há mais de 100 anos na história de vários grupos sociais, participando, inclusive, de fatos marcantes em todo o mundo”, comenta a professora de design de moda Sandra Harabagi, da Fundação Armando Álvares Penteado (FAAP), em São Paulo. O primeiro deles foi a corrida do ouro e a conquista do oeste norte-americano nos idos de 1850. Nesse momento inúmeros mercadores aproveitaram o trabalho nas minas para vender produtos de primeira necessidade – leia-se mantimentos, ferramentas, roupas e Lorem um tem poryw lonas. Esse último era o item mais procurado para a cobertura essapetes quastus public de barracas e capas de proteção, por isso não demorou para rentell abeffre
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ENTRE OS FÃS DESSE NOVO JEITO DE VESTIR
ESTAVA O REI DO ROCK
ELVIS PRESLEY que todos os mercadores a comercializassem, o que causou uma saturação no mercado. Um dos atingidos por essa ressaca foi o jovem imigrante judeu nascido na cidade alemã da Bavária, Levi Strauss, que foi para Nova York em 1847 trabalhar com os irmãos Jonas e Louis, que mexiam com artigos variados e, seis anos depois, para San Francisco se encontrar com a irmã Fanny e o cunhado David Stern. Pensando numa forma de dar cabo do seu estoque de lonas, Levi observou que os trabalhadores tinham que substituir freqüentemente as roupas utilizadas. Isso sem contar que a maioria deles tinha chegado ali praticamente com o que tinham no corpo. Atento a isso, resolveu criar três calças compridas feitas com a tal lona marrom e incluiu nelas três bolsos, que se prendiam com tiras reforçadas. Apesar de ser extremamente desconfortável, a aprovação foi imediata, já que a roupa era bastante resistente. Na busca por um tecido mais macio, flexível e durável, Levi encontrou a sarja de algodão grosso bem trançada e em tom azul-escuro. Fabricada na pequena cidade francesa de Nîmes, a sarja era usada para confeccionar as velas dos barcos e as roupas dos marinheiros de Gênova, uma cidade portuária da Itália e que os franceses chamam de Gênes. Foi da má audição e compreensão da palavra e sua posterior reprodução que originouse a expressão jeans.
Lorem um tem poryw essapetes quastus public rentell abeffre
ENQUANTO ISSO NO BRASIL... A primeira calça jeans produzida por aqui, em
leiros compraram a idéia de poder ir e vir propor-
meados de 1950, foi a Far-West, obra da São Pau-
cionado pela calça. Já nos anos 1980 o mercado
lo Alpargatas e que era destinada tanto ao tra-
de jeans se mostra como um dos carros-chefe da
balho quanto ao passeio no campo. Para circular
moda nacional. Passam a brigar pela atenção do
pelos grandes centros urbanos, os jovens, prin-
consumidor empresas como Pool, Inega, Staroup,
cipalmente os burgueses cariocas, davam prefe-
Nexus, Chopper, Fiorucci, Ellus, Gang, Zoomp,
rência às marcas Lee, Levi’s e Wrangler, que eram
Forum e Yes Brasil, entre outras. Também é aqui
contrabandeadas da Europa e dos Estados Uni-
que Humberto Saad lançou seu Dijon, cuja ga-
dos – muitas delas ficavam apreendidas no porto
rota-propaganda era Luiza Brunet. Clodovil tam-
de Santos, em São Paulo.
bém apresentou jeans com sua assinatura. Nos
A febre pelas grifes americanas durou até os anos
anos seguintes, os diversos planos econômicos
1970, quando surgiu a nacional Mr Krishna (futura
do governo arruinaram muitas empresas volta-
Richards), que começou a produzir tanto modelos
das para o segmento, mas algumas continuaram
com apelo popular, vendidas em lojas de depar-
firmes nos negócios e investiram em inovação e
tamento, quanto com alto padrão de qualidade,
tecnologia. Graças a elas, nos anos 1990 o jeans
encontradas apenas em boutiques.
ganhou força e hoje, nos anos 2000, o país é nada
O período também foi marcado pelo surgimento
mais nada menos do que o segundo maior consu-
da U.S.Top com o seu anúncio “Liberdade é uma
midor de jeans do mundo.
calça velha, azul e desbotada”, amplamente veiculado na televisão. Em plena ditadura, os brasi-
Fonte: Marco Sabino, Dicionário da Moda, editora Campus/Elsevier
Lorem um tem poryw essapetes quastus public rentell abeffre
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AS GRANDES
PARA A HISTÓRIA DO JEANS,
O EVENTO MAIS SIGNIFICATIVO
DO PERÍODO FOI O FESTIVAL DE
INVENÇÕES
Mais do que depressa Levi contratou um costureiro para a fabricação das peças, um imigrante vindo da Letônia, mais precisamente da cidade de Riga, Jacob Davis, e que em San Francisco se ocupava de fazer capas para eqüinos. Dessa experiência ele trouxe as mesmas tachinhas de cobre (também chamadas rebites) utilizadas nas correias para cavalos para prender os bolsos nas calças, que até então se soltavam por não suportar o peso das ferramentas. A crescente demanda pela novidade estimulou a indústria têxtil de Maryland, na Nova Inglaterra, a fabricar o jeans nas mesmas características do produzido em Nîmes. Confiante que o negócio daria certo, Levi fundou a Levi Strauss & Co. Um pouco mais tarde, em 1890, já sob a marca Levi’s, o alemão criou seu modelo mais famoso, o 501, o mesmo usado até hoje. “O nome foi inspirado no número do primeiro lote de denim e seu modelo era fechado por botões gravados com o nome da empresa, tinha cinco bolsos, dois atrás e três na frente, arrematados por rebites e pespontados com linha laranja, que também foi patenteada”, conta Sandra Harabagi. Com o negócio em plena ebulição não tardou a surgir um forte concorrente em 1889: Henry David Lee, que decidiu trocar a fabricação de alimentos e óleos enlatados pelo macacão jeans.
WOODSTOCK
HOLLYWOOD Uma seleção
Lorem um tem poryw essapetes quastus public rentell abeffre
O selvagem de László Benedek (1954)
EN
PÁG. 11 Acervo
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O TECIDO COMEÇA
A PEGAR
A essa altura o denim já era usado como uniforme pelos vaqueiros. Isso explica porque a peça marcou presença em todos os filmes de western lançados na década de 1930. Mas não foi somente o cinema que contribui para a divulgação do jeans: o tecido também esteve presente nas vestimentas dos soldados convocados para a Segunda Guerra Mundial e nas malas dos americanos que passavam férias em ranchos e traziam as calças como souvenir. Diante desse quadro, surge em 1947 a Wrangler. “A grife foi criada pela fusão de três companhias: Globe Superior, Blue Bell Overall e Big Ben Manufacturing, que se transformaram na maior e mais importante empresa fabricante de roupas utilitárias dos Estados Unidos”, conta o estilista Marco Sabino, autor de Dicionário da Moda (Editora Campus/Elsevier). Logo depois da guerra, os jovens passam a usar a calça jeans como símbolo de contestação. Dos diversos grupos que surgiram nesse período, o que ganhou mais destaque foi o beatnik, que pregava a não-conformidade e a criatividade espontânea. “Os beatniks usavam jeans gastos e justos e pés descalços, com sandálias ou sapatilhas de balé ou chinesas, e lançaram moda entre os universitários. Já as meninas usavam calças dobradas até o meio da panturrilha com sapatilhas, num estilo mostrado pela designer Tina Leser na revista Harper’s Bazaar em 1951”, diz a professora de história da moda Patrícia Sant’Anna, da Universidade Anhembi Morumbi, em São Paulo. Mas foi na década de 1950 que o jeans se tornou popular e sinônimo de juventude. O cinema norte-americano – ele de novo! – teve papel fundamental nisso, especialmente depois que Marlon Brando e James Dean apareceram na telona como anti-heróis, vestidos com calça jeans, camiseta branca e jaqueta de couro. O look, que foi copiado por milhares de jovens, chegou a ser proibiLorem um tem do em algumas escolas, cinemas e resporyw essapetes taurantes, pois não era mais usado como quastus public rentell abeffre uma simples peça de roupa, mas como
NTRA EM CENA de filmes que retrata a evolução do denim:
O selvagem de László Benedek (1954)
O selvagem de László Benedek (1954)
O selvagem de László Benedek (1954)
O selvagem de László Benedek (1954)
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uma ideologia. Entre os fãs desse novo jeito de vestir estavam o rei do rock, Elvis Presley, e a ousada e curvilínea Marilyn Monroe, que trocou a calça comprida por um modelo cigarrete. A essa altura do campeonato os rebeldes dos anos 1950 se transformaram nos contestadores da década seguinte, participando de passeatas pelos direitos civis, shows dos Beatles e dos Rollings Stones e, mais tarde, se rebelando contra a guerra do Vietnã. As formas de se vestir eram das mais variadas e impulsionadas, principalmente pelo crescimento econômico que cria algo até então impensável: o jovem começa a ter poder de compra. De Paris a Londres, as grandes cidades fervem com uma juventude que faz de tudo para não parecer com seus pais.
DE BETHEL PARA O
MUNDO
A transição das décadas de 1960 e 1970 foi marcada pela valorização da opinião e a conquista de novos espaços pelas minorias, especialmente as formadas por mulheres, negros e hippies. “Inspirados nos beatniks, os hippies não usavam marcas, apenas jeans e roupas de brechó, peças exóticas e de preferência com um perfume oriental. A justificativa era que não queriam se converter em escravos de uma aparência construída pelos valores do capitalismo”, resume a professora Patrícia Sant’Anna. Para a história do jeans, o evento mais significativo do período foi o Festival de Woodstock, em agosto de 1969, que reuniu 400 mil pessoas numa fazenda em Bethel, no interior de Nova York. Dele participaram músicos ligados a diversos estilos e que, de alguma forma, relacionavam-se com as propostas do movimento hippie: folk, rock, blues e até mesmo a cítara de Ravi Shankar, que inspirou o beatle George Harrison a introduzir sonoridades indianas nos discos dos garotos de Liverpool. Além das formas variadas e inusitadas de combinar o denim, o festival ainda influenciou as primeiras lavagens, impulsionadas pelos tingimentos artesanais feitos pelos hippies à beira do rio em Bethel.
MODA DEMOCRÁTICA
Nos anos 70 os jovens já estavam habituados a usar jeans. A novidade agora era investir na marca certa, isto é, Levi’s, Lee ou Wrangler, e ficar atento ao tipo de denim, lavagem, acabamento e modelagem – os primeiros modelos diferenciados surgiram no final da década com o intuito de agradar crianças, jovens, adultos e idosos, que passaram a adotar a roupa em nome do conforto. As jaquetas jeans também invadiram as cidades, em versões personalizadas com bordados, tachas, pinturas, rasgados, desfiados, botons e aplicações de todos os tipos. “Todas as barreiras sócio-culturais que restringiam o jeans a um uso juvenil ou de trabalho foram rompidas. Prova disso é que em 1973 o prêmio Neiman Marcus, entregue a profissionais e personalidades de destaque no mundo da moda, foi dado a Levi Strauss”, relata Patrícia Sant’Anna. Outro exemplo veio dos elegantes nova-iorquinos, que passaram a combinar o blazer azul-marinho de grife com calça jeans com vinco. Aos poucos as grandes grifes cederam a esses acontecimentos e começaram a produzir jeans. Calvin Klein foi o primeiro estilista a colocar a peça na passarela, causando indignação aos mais conservadores. Na seqüência vieram Giorgio Armani, Gloria Vanderbilt, com seus jeans brancos, Elio Fiorucci, com os cáquis, e Ralph Lauren, com o índigo, todos ostentando suas assinaturas em etiquetas visíveis. Foi a gota d’água para o jeans conquistar espaço na alta sociedade e estabelecer o conceito de jeanswear.
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MUITO ALÉM DA
PROPAGANDA Não basta apresentar as novas peças da coleção: campanha publicitária de jeans que se preze tem que antecipar tendências, revelar comportamentos e lançar novos conceitos. Confira alguns exemplos:
IÓDICE A ação de 2006 deu o que falar. Para divulgar a lavagem ice, que amacia o tecido sem desbotar a cor azul tradicional, foram espalhados 10 blocos de gelo na fachada da loja da rua Oscar Freire. Dentro deles, calças skinny congeladas! “A idéia era chamar a atenção para a resistência do nosso denim associado à nova tecnologia”, lembra Valdemar Iódice.
CARMIM Para ilustrar a coleção Mitos Modernos, de outono-inverno 2008, a empresa apostou numa produção forte e marcante, “capaz de despertar nas pessoas o desejo de conhecer ou incorporar um mito”, resume Carol Fávero, do marketing. No elenco, a bela Laryssa de Castro e o fotógrafo Márcio Scavone.
JOHN JOHN JEANS Para fazer a primeira campanha da linha premium denin, lançada em 2007, a empresa convidou a fotógrafa Debby Gram e a modelo Melissa Arce. O resultado é uma mulher estabelecida, bem resolvida, moderna e sensual.
PÁG. 14 Mercado
ORIGINAL DO
BRASIL
Reconhecido pela qualidade, tecnologia em tecido e cortes que valorizam o corpo, o nosso jeans faz sucesso lá fora e disputa mercado com as grifes top de linha
S
Se você não pensa duas vezes antes de levar uma calça importada ao invés de uma nacional, que tal dar uma olhadinha na etiqueta? E não se surpreenda se nela encontrar um “made in Brazil”, afinal a cada seis metros de denim produzidos no país, um é exportado, especialmente para os Estados Unidos, conforme dados da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (ABIT). A calça pronta também não fica atrás e já tem admiradores nos grandes centros de moda, como Paris, Milão, Nova York e Tóquio. É o caso da John John, que nasceu há três anos em Tietê, no interior de São Paulo. Especialista no segmento premium, lança apenas 250 peças por modelo e cinco coleções por ano. “Iniciamos nosso trabalho de expansão na Europa, mais especificamente na França, que valoriza os produtos diferenciados”, justifica o consultor da marca Alexandre Manetti. Outro exemplo é a Carmim. A exportação da grife começou em 2003 e hoje ela é encontrada em Portugal, Cingapura e Espanha. “Há um ano estamos com um showroom em Barcelona. As peças são as mesmas vendidas aqui já que as espanholas, assim como as brasileiras, também gostam de valorizar o corpo”, fala Carol Favero, do departamento de comunicação. Ousada, a Iódice teve, em 2001, Los Angeles e Nova York como seus primeiros pontos de venda. “Escolhemos essas cidades porque ali estão grandes formadores de opinião e pelos Estados Unidos serem a maior economia mundial, tendo, assim, um potencial de consumo gigante. Hoje nos consolidamos, tanto é que participamos da semana de moda de Nova York”, diz Adriano Iódice, diretor industrial de negócios internacionais e que responde por mais de 240 pontos de vendas, espalhados pela Grécia, Itália, França, Austrália, Japão e alguns países do Oriente Médio, que no ano passado receberam 2.900 calças – em 2001 esse volume não ultrapassou 300 peças.
PARA
GRINGO VER
Esses números colocam a indústria nacional como a segunda maior produtora mundial de jeans, atrás apenas da China. “Nosso tecido não deve em nada aos melhores fabricantes do mundo, sendo comparado inclusive ao italiano, reconhecido pela excelente qualidade”, conta Renata Guarniero, gerente de marketing da Vicunha Têxtil, em São Paulo, empresa que exporta cerca de 35% de sua produção para países como França, Espanha, Inglaterra e Itália e tem a americana Levi’s entre seus maiores clientes. Essa qualidade pode ser comprovada ao ver, tocar ou vestir o jeans nacional. “Ele é regular, não tem defeitos, é macio, confortável, tem bom acabamento e excelente caimento no corpo”, comenta Maria Lúcia Rezende, professora e pesquisadora de produtos têxteis do Instituto de Design do Senai-Cetiqt, no Rio de Janeiro. A explicação para isso está no tipo de algodão usado, geralmente vindo do Canadá, que é mais branco; na construção do tecido, feita com fios que valorizam o efeito que se quer dar na peça depois de costurada; e no modo como o jeans é tingido, tendo tom uniforme do começo ao fim do rolo. Isso permite confeccionar, por exemplo, uma calça bem clara ou bem escura, com aspecto envelhecido ou desgastado. “Os clientes estrangeiros se interessam por essa versatilidade, que possibilita fazer variações tanto na calça pronta, que ganha em originalidade, quanto no tecido bruto, para confeccionar peças diferenciadas”, explica Cássia Silveira, gerente de marketing da Cedro Têxtil, de Belo Horizonte (MG), que está entre as cinco maiores produtoras de denim do Brasil. Tais atributos são conferidos principalmente na hora de customizar a calça. “Na lavanderia é onde se revelam todas as características boas e ruins do tecido, e o nacional não costuma dar trabalho”, garante Evilásio Batista, gerente de desenvolvimento da Hi-Tech Química, de São Paulo, empresa que desenvolve produtos químicos para lavanderias e confecções.
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CURTAS
SOBRE O
JEANS
Reunimos aqui algumas das melhores e mais curiosas história para você saber tudo sobre o mundo do jeans e sair contando por aí. CIDADÃO ILUSTRE
Quando Levi Strauss faleceu, em 1902, aos 73 anos, a cidade americana de San Francisco, o berço do jeans, declarou feriado para que todos os grandes negociantes pudessem ir a seu enterro.
ARTISTAS DO JEANS
Para criar um jeans premium, os “artistas” da lavandeira apelam para tudo, até mesmo esponja e pincel fino. As ferramentas são usadas para espalhar a tinta ou algum produto químico no tecido e criar os efeitos de mancha de graxa, sujeira ou desbotamento mais localizado.
CLANDESTINO
Com a queda do muro de Berlim, em novembro de 1989, os jovens da Alemanha oriental puderam, finalmente, parar de comprar jeans por debaixo do pano, ou melhor, no câmbio negro.
VALE TUDO
Acredite se puder, até broca de dentista, escova de dente e lixa de pintor já foram usadas para deixar o denim com aspecto esfarrapado.
MANCHAS E ESTILO Você sabia que a mesma máquina usada para pintar carros também é utilizada para produzir manchas e tonalidades diferentes nos jeans?
16 HORAS
Esse é o tempo médio que pode durar a lavagem de uma calça jeans nova para que ela fique com aparência de usada.
MOTO STYLE
Se você é motoqueiro, pintor de parede ou anda bastante a cavalo, não se surpreenda se um dia um engenheiro químico ou um estilista quiser comprar a calça do seu corpo. É comum esses profissionais estudarem as peças desgastadas na real para copiar na fábrica.
NO CHUTE
Sabe aquela lavagem hi-tech que acabou de chegar à loja? Acredite, é bem provável que ela tenha sido descoberta por acaso. É que o trabalho nas lavanderias é artesanal e as descobertas são obtidas na base da tentativa e do erro.
80’s
A idéia de dar uma cara de usado ao jeans é relativamente recente, começou por volta de 1982. O primeiro processo foi o soft rinse, uma lavagem bem simples feito apenas para tirar o excesso de goma do denim bruto e deixá-lo mais macio e confortável.
TUDO AZUL
Sabe da onde vem o termo índigo blue? Das folhas da indigófera, uma planta oriental que libera uma tinta azulescura que era usada para tingir o jeans.
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BASTIDORES DA
THE JEANS
BOUTIQUE
Um espaço descolado, tão aconchegante quanto a sua casa, que concentra as grifes mais badaladas de jeans do planeta, a preços para todos os bolsos e que ainda respeita a natureza. Bem-vindo à loja que inaugura uma nova forma de comprar calças no Brasil
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A
A vitrine que exibe manequins pela metade, mais precisamente da cintura para baixo, não deixa dúvida: trata-se de uma loja especializada em calças jeans. Agora, se conseguir dar uma leve esticada no pescoço e olhar lá dentro vai notar que ali estão reunidas diversas grifes nacionais e internacionais, todas elas premium, de diferentes modelos, tamanhos e lavagens. “As marcas estão separadas ou agrupadas de forma que o cliente consiga identificar, rapidamente, qual é a personalidade de cada uma e qual tem mais a ver com o seu estilo”, diz Walter Bueno, especialista em visual merchandising da Kawahara Takano Projetos para Varejo, que ficou responsável pela arquitetura, decoração e comunicação visual da loja, em São Paulo. Entre as calças penduradas e dobradas de um jeito inusitado, que mais parecem uma exposição de performance art , já que o público deixa de ser um simples observador e passa a interagir com as peças, estão Alexandre Herchcovitch, Calvin Klein, Carmim, Cavalera, Iódice, John John Jeans, V.Rom e Zoomp, representando as nacionais, e 575 Denim, Antik, Earnest Sewn, Faith Connexion, Lee, Levis, Serfontaine e Tag Jeans, dentre as estrangeiras.
“
Lorem um tem essapetes quastus public rentell abeffre
O NOVO CONCEITO
Desde que surgiu a idéia de criar uma loja de calça jeans premium e o que você vê hoje, se passaram dois anos. A roupa foi a principal inspiração, afinal ela não só é considerada um curinga na produção, com acesso livre a qualDEVE ACOMPANHAR A EVOLUÇÃO DO CONSUMIDOR quer evento, da feira de rua à festa badalada, MANTER SEMPRE O MESMO como é democrática, podendo ser usada por todos, do neto ao avô, muitas vezes até como um uniforme – quem é que não tem pelo meJulio Takano, arquiteto nos uma no armário? Mas só isso não bastava: era necessário reunir num único local marcas RECEITA DE diferentes, de qualidade e que fossem desejaUma volta rápida pelo espaço e lá se vai a impressão de que das por nove entre dez celebridades do quilate de Jennifer Aniston, tudo ali é inacessível, principalmente porque o preço está esHilary Duff, George Cloney, Penélope Cruz, Nicole Kidman e Keith tampado na etiqueta de cada calça. Como os vendedores são Urban, entre muitas outras. Enfim, um lugar que o cliente tivesse a atenciosos na medida certa, a essa altura você já deve estar se certeza de que seria impossível sair dali sem encontrar pelo menos sentindo em casa. Então, aproveite para conferir a decoração um jeans que é a sua cara e que coubesse em seu orçamento. feita com material reciclado. “A madeira, por exemplo, que reA primeira unidade da The Jeans Boutique foi inaugurada no iníveste os provadores, as poltronas, as molduras e os balcões é cio de junho, na rua Oscar Freire, em São Paulo, num espaço de de reflorestamento, certificada e foi tratada artificialmente para 200 metros quadrados distribuídos em dois pisos. Uma semana ficar com aspecto envelhecido. Já o espelho colocado na fachadepois veio a loja do Shopping Iguatemi, em Porto Alegre (RS). da da loja é, na verdade, alumínio composto espelhado, outro Passados seis dias foi a vez de São Paulo receber a segunda que pode ser reciclado. Como não enferruja e é resistente, tamfranquia, desta vez no Shopping Jardim Sul, e após 15 dias a The bém pode ser usado em lojas da The Jeans Boutique localizaJeans aportou no Paraná, no Shopping Paladium Curitiba. das em cidades litorâneas”, explica o arquiteto Julio Takano. A previsão é de que até o fim do ano 20 franquias estarão funcioA preocupação com a sustentabilidade não pára por aí. Segunnando em várias capitais brasileiras. Há boas perspectivas tamdo o especialista, a iluminação é feita com luz verde, um tipo bém do negócio se espalhar pela América Latina e chegar até o de lâmpada de 35 watts que produz metade do calor das conJapão. “Esse foi o principal desafio na concepção da The Jeans vencionais. Resultado: a refrigeração do lugar não precisa ser Boutique: criar algo jovem, inovador, aconchegante e que pudestão eficiente, o que gera uma economia no consumo de energia se ser aplicado em várias localidades de culturas e costumes elétrica da ordem de 17% ao mês! diferentes”, revela o arquiteto Julio Takano. Missão cumprida.
A DECORAÇÃO DA
THE JEANS BOUTIQUE E
FRESCOR E O INEDITISMO NAS SOLUÇÕES” SUCESSO
PÁG. 18 Tentação
A peça que já foi símbolo unissex da rebeldia pop é hoje uma das roupas mais versáteis e chiques do mundo
JEANS CLASSE
M
Mais do que peça obrigatória no guarda-roupa de crianças, jovens e adultos, o jeans é um verdadeiro coringa para qualquer ocasião. O que já foi símbolo de juventude e rebeldia nos anos 60 ganhou um novo significado: desfilar por aí com uma calça jeans agarrada ao corpo pode ser sinônimo de luxo e glamour. Isso porque essa peça popular, confeccionada originalmente para os mineiros americanos, ganhou fôlego e um novo tratamento com a febre mundial do jeans premium. Assim, passou a ser o queridinho não só das celebridades mais fashion e elegantes do tapete vermelho, como Jennifer Aniston, Paris Hilton, Jennifer Lopez, George Clooney e Cameron Diaz, mas também de consumidores que cobiçam poder e status em um visual diferenciado. Usar um premium é sinal de originalidade, atitude e, acima de tudo, estar na moda.
INSPIRAÇÃO ÚNICA
Para criar um jeans exclusivo, cada marca explora suas características principais sempre modernizando os modelos e explorando ao máximo sua originalidade. “Atualizamos os ícones que tornaram a peça mundialmente conhecida e, juntamente a este trabalho, são adicionados elementos de tendências resultantes de pesquisas das melhores e mais conceituadas marcas de jeans do mercado externo. A marca Lee possui uma linha diferenciada, em que são trabalhados tecidos, fits, processos e matérias primas que são o Premium da coleção”, explica a estilista da grife. Já a Calvin Klein, que sugere modelagens mais hypes, tem duas opções de lavagens consideradas Premium: a clara, com características vintage de um jeans usado; e a lavagem natural, em que utiliza-se apenas sal e vinagre em um denim bruto, ocasionando um desgaste natural ao tecido sem usar produtos químicos. “Em todos os modelos as costuras laterais internas são abertas com as cores da bandeira americana. A peça ainda tem vários detalhes com forro personalizado, silk indicando o número da edição comprada, sem esquecer dos bordados e das aplicações manuais nos modelos fit bootleg e skinny”, esclarece Cristiane.
INOVAR É PRECISO
E como o mundo fashion não pára, o mercado do jeanswear Premium no Brasil já prepara novidades para os consumidores. Os modelos flare, mais conhecidos como ‘boca de sino’ vão voltar com força total. Além disso, há uma diversificação de alturas de cintura que ora sobem, ora descem. No entanto, vale reforçar que todas essas variações convivem harmoniosamente com os processos inusitados pelos quais as calças passam. Novos acabamentos invadem o jeans Premium: amassados, blacks, coloridos, falsos brancos, brilhos, customização, brutos e, sobretudo, os detalhes manuais. “Além disso, existe uma grande preocupação com o meio ambiente por parte das grifes que trabalham e investem para obterem produtos que atendam a necessidade dos consumidores e dos órgãos defensores do meio ambiente. Inclusive, o Brasil está sendo muito observado por outros mercados como alvo de investimento para produtos com este perfil”, finaliza Eliana.
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Novidades
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O MUST HAVE DA
DA ESTAÇÃO Confira as novidades de algumas marcas para a próxima estação! CALÇA
IÓDICE
CALÇA
CAVALERA
N
CAVALERA
Foto: Daniela Paulino
Nem acabou o verão e as lojas mais cobiçadas do país já se preparam para deixar os biquínis e regatas de lado e forrar as vitrines com roupas de inverno. Entre botas e tricôs, o jeans mantém seu posto de peça clássica, em modelos que vão desde o skinny ao short com bolsos à mostra. “O jeans terá formas paradoxais: ou será muito exagerado, com maxi bolsos por exemplo, ou tradicional, com estrutura bem demarcada e linhas retas”, adianta Andreia Miron, professora de moda da Faculdade Santa Marcelina. Mas o jeans que vai conquistar os consumidores nesse inverno não é só modismo. Com referências dos anos 40 e 80, política e cultura misturaram-se ao mundo fashion e levaram referências históricas para as passarelas. “A releitura dos anos 80 surge no estilo slim, com calças justas. Meias coloridas e calça legging relembram a combinação academia, bem anos 80”, diz Andreia. Para deixar as meias à mostra, Mariana Roncoletta, professora do curso de Design de Moda da Universidade Anhembi Morumbi, sugere combinar os acessórios: “Uma dica é fazer sobreposição de meias, como uma 3/4 ou 7/8 de lã sobre
BERMUDA
CALÇAS
ELLUS
uma meia de renda fina. As botas também são parceiras inseparáveis”, diz. Já as referências do pós Segunda Guerra poderão ser vistas, de acordo com Andreia, “em taxas e formas pontiagudas, por exemplo, que surgem como alusão ao material bélico, e nos remete aos anos 40”. O jeans resinado, com aparência “emborrachada” também promete ser um dos astros desse inverno. Mas antes de sair enchendo a sacola de calças, saiba que para vestir bem, é preciso que o modelo da peça combine com o formato do seu corpo. “A calça saruel dão um ar contemporâneo”, diz Andreia. “Já as calças de cintura alta são ótimas opções para quem quer manter em forma uma cintura fina”, completa. Queridinha das mulheres, a calça skinny ainda tem um longo reinado pelas próximas estações. “ O cuidado deve ser ao comprimir o quadril e as coxas com a calça, pois ao invés de disfarçar o excesso de curvas, a skinny realça ainda mais o corpo”, avisa a Andreia.
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Peça-chave
UM CASO DE
AMOR
Gente de verdade declara porque não vie sem o jeans CARLA SERAFIM Decoradora
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DENNIS HECTOR Arquiteto
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DENISE LOCKE Gerente de marketing
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KALUS WEBER Designer gráfico
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Kate Hudson Ihiliquam num aurortem tum ilii confero raeque fauctorbi facrenari, convenimod fore consupiena ia
A INSPIRAÇÃO DE CADA
GRIFE
Vamos dar um breve perfil sobre o estilista por trás de cada grife vendida na The Jeans Boutique
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Jennifer Lopez Ihiliquam num aurortem tum ilii confero raeque fauctorbi facrenari, convenimod fore consupiena ia
575 DENIM YVES SAINT-LAURENT Matthew McConaughey Onum aurortem tum ilii confero raeque fauctorbi facrenari, convenimod fore consupiena ia
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Angelina Jolie Ihiliquam num aurortem tum ilii confero raeque fauctorbi facrenari, convenimod fore consupiena ia
Kiefer Sutherland Ihiliquam num aurortem tum ilii confero raeque fauctorbi facrenari, convenimod fore consupiena ia
CARMIN
GIORGIO ARMANI Tatemor tuspiorum tercenatum silintia? Simur, consi te, nunum hacto move, nondamplina. Serevideo iu sil huctatratus se nox mod crem sta video iu sil huctatratus se nomo. Cnihil confir horte num inatrae moratestrist ia et ia ina reistid me Es, Catisuam elum nonit ac tam pestus. Vermilis, nihil confir horte num inatrae sulesil iissultum pribut vium taris. Vivissum quam erevideo iu sil huctatratus se nox modmoratestrist ia et ia ina reistid me eris, que crum ut ficiam publicu permant? Efacivir auderimus, supiescit, furoxim ilicaperis vilicae ne inverrius ad rei inprace remorus, con tus estrae nos aus locte, qui ipione nitaris? Nam morunti musquo ego egeribut iaesces! Serevideo iu sil huctatratus se noxmo. Ordit cionvesimpli pravo, nonsussis, effresimis hucota, quid ret? Qui convere ine te, pernu querus co adem. Pere, nereditia nos issis viris factus Mulum itratum facchum eline cla ret; elus nos ex novitiliis hos iaet; non ta, quodiem es bon sentrae cus eteraectus efa. Ommore cla vide te co con Etrarec incessen Etri, Catiesciocci ter a nost ora, suame es clesili isquem pratur, vastremus inve, consult icaperi bemquitam nor fac re nostam ad de testrumUnu con ad iacto mandum que nonontus inculud elinte non hem huctodit; in te, no. Vivici estri enam acessen iritili camplis is? Ica vit; inc iam tarider ceriss
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Nicole Kidman Ihiliquam num aurortem tum ilii confero raeque fauctorbi facrenari, convenimod fore consupiena ia
TRUE RELIGION ALEXANDRE HERCHCOVITCH
Rodrigo Santoro Ihiliquam num aurortem tum ilii confero raeque fauctorbi facrenari, convenimod fore consupiena ia
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Gerard Butler
REPLAY
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TOM FORD
Natalie Portland Ihiliquam num aurortem confero raeque fauctorbi facrenari, convenimod fore consupiena
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Jessica Simpson Ihiliquam num aurortem confero raeque fauctorbi facrenari, convenimod fore consupiena
IĂ“DICE COCO CHANNEL Tatemor tuspiorum tercenatum silintia? Simur, consi te, nunum hacto move, nondamplina. Serevideo iu sil huctatratus se nox mod crem sta video iu sil huctatratus se nomo. Cnihil confir horte num inatrae moratestrist ia et ia ina reistid me Es, Catisuam elum nonit ac tam pestus. Vermilis, nihil confir horte num inatrae sulesil iissultum pribut vium taris. Vivissum quam erevideo iu sil huctatratus se nox modmoratestrist ia et ia ina reistid me eris, que crum ut ficiam publicu permant? Efacivir auderimus, supiescit, furoxim ilicaperis vilicae ne inverrius ad rei inprace remorus, con tus estrae nos aus locte, qui ipione nitaris? Nam morunti musquo ego egeribut iaesces! Serevideo iu sil huctatratus se noxmo. Ordit cionvesimpli pravo, nonsussis, effresimis hucota, quid ret? Qui convere ine te, pernu querus co adem. Pere, nereditia nos issis viris factus Mulum itratum facchum eline cla ret; elus nos ex novitiliis hos iaet; non ta, quodiem es bon sentrae cus eteraectus efa. Ommore cla vide te co con Etrarec incessen Etri, Catiesciocci ter a nost ora, suame es clesili isquem pratur, vastremus inve, consult icaperi bemquitam nor fac re nostam ad de testrumUnu con ad iacto mandum que nonontus inculud elinte non hem huctodit; in te, no. Vivici estri enam acessen iritili camplis is? Ica vit; inc iam tarider ceriss
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MODA SEM
DÚVIDA
Você sempre se pergunta se está com a roupa certa para a ocasião, o que está na moda ou qual o melhor modelo para o seu tipo de corpo? Confira aqui algumas questões importantes de moda, respondida por quem entende do assunto!
Lilian Pacce é editora de moda e apresentadora do GNT Fashion, autora do livro “Pelo Mundo da Moda – Criadores, Grifes e Modelos”
Bolsos baixos deixam o bumbum caído?
Deixam, sim. Na verdade, eles não “abaixam” o bumbum, mas dão essa impressão porque, visualmente, encurtam as pernas. O mesmo acontece com calças de gancho baixo. A impressão é a mesma. Por isso, pelo menos na teoria, esse tipo de calça deveria ser evitada por mulheres com pernas mais curtas. Mas o melhor mesmo é fazer o teste do espelho. Vista a peça, de preferência com o sapato que você vai usar, e veja como ficou sua imagem. Se achar que não ficou interessante, uma sugestão: procure outro modelo que caia melhor com o seu tipo de corpo.
Quando dá para usar calça bordada?
Esse estilo entrou uma vez em moda, saiu e não voltou mais. Acredito que nem volte, até porque é uma peça difícil para combinar. Um detalhe ou outro bordado, tudo bem. Mas tem de ser pequeno. Porém mais do que isso é arriscar. O que está na moda e você pode investir sem susto são os jeans com diversas lavagens diferentes, de preferência.
Barra dobrada é fashion ou brega?
Mais fashion, impossível, principalmente depois que celebridades, como a Katie Holmes, apareceram usando jeans com barra dobrada. As calças de corte reto caem melhor com a barra virada. Nas de comprimento normal, experimente deixar a barra com mais ou menos quatro dedos de largura, acima do ossinho do tornozelo.
Quem é gordinha deve evitar estampas a todo custo?
Claro que não. Essa história de que deve-se-evitar-a-todo-custo está fora de moda, hoje em dia. A gordinha pode, sim, usar estampas, mas com moderação. Depois, é bom escolher as de fundo neutro e escuro, com desenhos de tamanho médio. Os muito pequenos vão ficar perdidos no fundo, já os grandes aumentam o volume do corpo, mais ainda se as cores forem muito contrastantes. Outra dica boa é abusar das estampas que criem a ilusão de movimento e, por isso, confundem o olhar. Esse é um truque para dar a impressão de um menor volume corporal.
Quem pode usar bolsos diferentes, como o tipo faca?
Não há dúvida que o bolso-faca “aumenta” o volume do quadril. A não ser que a peça seja tão bem cortada que o bolso não fique sobrando para fora, num desagradável (e engordativo) efeito 3D. Nesse caso, a regra é clara: quanto mais discreto o bolso, menos olhares atrai, o que é ótimo para quem quer disfarçar uma largurinha extra. Já no bumbum e para quem tem quadris largos, é bom evitar bolsos com bordados, pespontos muito contrastantes e botões “exibidos”. Chama ainda mais a atenção para o que se quer esconder.
Qual é o maior pecado na moda?
Na verdade, é não conhecer seu próprio corpo. É achar que pode usar qualquer coisa, desde que esteja acompanhando as tendência que os estilistas levam para as passarelas. E não é bem assim. Se você se conhece, saberá evitar alguns erros comumente cometidos. Por exemplo: há pouco tempo, muita gente abusava das calças de cós baixo e das blusas curtas. Você precisa ter um corpo adequado para usar essa dupla, se não fica complicado.
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PÁG. 30 Agito
Mel Lisboa
Sarah Oliveira
SÃO PAULO Fotos: Daniela Paulino
FASHION
Fiorella Matteis
WEEK
Acostumado a ser o palco principal do maior evento de moda da América Latina, o Pavilhão da Bienal do Parque do Ibirapuera serve também de passarela para os artistas. Durante os seis dias do evento, que ocorreu entre os dias 17 e 22 de janeiro, passaram por lá celebridades como a top número 1 do mundo Raquel Zimmerman e as atrizes Mariana Ximenes e Fernanda Lima. Adriane Galisteu e Maria Fernanda Candido
KiKa Martinez e Alice Braga
Julia Petit
Carla Lamarca
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Vera Viel e Rodrigo Faro
Priscila Borgonov
Camila Morgado
Dudu Linhares
Luana Piovanni
Daniela Albuquerque
Marianna Ximenez
Raquel Zimmerman
Fernanda Lima
Carol Francischini fotografada por Marcos Lopes
CALV IN K L E IN • CA RM I M • ZOOM P • CAVALERA • DI ESEL • AN IM ALE • CIT IZEN S I Ó D I CE D E N IM • O S K L E N • TRI TON • PAI GE • TRUE RELI GI ON • J O HN J O HN • LEE • HU D SO N F O RU M • R O C K & R E P UBLI C • RK DENI M • 7 FOR ALL M ANKIN D • TAG J EAN S • OX TO
RUA OSCAR FREI RE, 784 - SÃO PAULO Todos os endereços em www.thejeansboutique.com Fazemos a barra da calça no ato da compra. Serviço gratuito.