Revista Arquitetura TCC-2

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Revista TCC - II Turma 1/2017 Arquitetura e Urbanismo

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SUMÁRIO ARQUITETURA DE INTERIORES ................................................................... 05 EULÁLIA ................................................................................................................................. 06 HELENO LUCAS ................................................................................................................... 13 SIGRIDY ................................................................................................................................... 21 ARQUITETURA PAISAGÍSTICA ..................................................................... 27 KARYNE FRAGA .................................................................................................................... 28 ENSINO E PESQUISA ..................................................................................... 35 DIÉSSICA................................................................................................................................. 36 JAÍNE ...................................................................................................................................... 42 JOSÉ ENÉCIO ....................................................................................................................... 48 RAGNER ................................................................................................................................. 54 SÃMELA .................................................................................................................................. 62 TAMIRES ................................................................................................................................. 70 MEIO AMBIENTE, PLANEJAMENTO URBANO E REGIONAL ........................ 77 JOSILÉIA ................................................................................................................................ 78 LUÍLLA GOMES .................................................................................................................... 85 RITA GUIMARÃES ................................................................................................................ 91 THAÍS COSTA ....................................................................................................................... 97 PATRIMÔNIO............................................................................................... 105 ARYEN .................................................................................................................................. 106 GUILHERME ........................................................................................................................ 110 RAQUEL ................................................................................................................................ 116 RODRIGO............................................................................................................................. 124


PROJETO DE ARQUITETURA DE EDIFICAÇÕES ........................................ 132 BRUNA BENEDITO ............................................................................................................ 133 BRUNA MAGRI ................................................................................................................... 139 CARLA BATISTA .................................................................................................................. 147 DAYANE LACERDA ............................................................................................................ 155 ERIK ALMEIDA .................................................................................................................... 164 FERNANDA DRUMOND .................................................................................................. 170 FERNANDA MONTEIRO PEREIRA ................................................................................. 176 IGOR .................................................................................................................................... 180 IOLANDA ............................................................................................................................ 188 JOAB SANGI ...................................................................................................................... 196 KARINA BITENCOURT ................................................................................................... 204 LEANDRO AZEVEDO ....................................................................................................... 212 NICOLE ................................................................................................................................ 218 RENATA ............................................................................................................................... 224 SAIMON REIS ..................................................................................................................... 230 SAMARA ............................................................................................................................. 235 SISTEMAS CONSTRUTIVOS E ESTRUTURAL ............................................. 243 RAMON STARLING .......................................................................................................... 244 URBANISMO E DESENHO URBANO ........................................................... 250 ELISA .................................................................................................................................... 251 ELLEN MARIANA ............................................................................................................... 259 KÁSSIA DUARTE ............................................................................................................... 265 LORRAYNE ASSIS .............................................................................................................. 272 TULIO ................................................................................................................................. 278


Essa revista consiste na junção dos trabalhos de conclusão de curso da turma 1/2017 do curso de Arquitetura e Urbanismo do Centro Universitário do Leste Minas. O foco da revista é apresentar o conteúdo estudado pelos alunos graduandos, servindo como portfólio e divulgação dos trabalhos.

Toda a revista foi subdivida de acordo com as linhas de pesquisas trabalhadas.

Turma 1/2017 - Arquitetura e Urbanismo


Linha de Pesquisa

ARQUITETURA DE INTERIORES


EULÁLIA DAMASCENO DE FARIA - ARQUITETURA DA MARCA: UM ELEMENTO DE IDENTIFICAÇÃO

LOJAS HAVAIANAS

ARQUITETURA DA MARCA: UM ELEMENTO DE IDENTIFICAÇÃO. A pesquisa realizada no TCCI teve como

Constatou-se a partir dos estudos feitos

principal objetivo mostrar quais são os artifícios

ao longo do artigo que a marca é uma forte

utilizados pela arquitetura e a marca, que influen-

aliada quando o assunto é vendas, e que a

ciam o crescimento comercial, fazendo com que

arquitetura possui um papel fundamental na

o ambiente se torne conhecido. Para tal entendi-

hora de produção. Todas as formas de criar e

mento foi feito um estudo desde os primórdios

expor os elementos citados ao longo de toda

até os dias atuais de como se deu a evolução das

analise como, o uso das cores, luzes, a

cidades, do comercio e da marca, procurando

exposição de produtos, os letreiros, e a criação

entender quais são as estratégias aplicadas hoje

do espaço em geral são considerados artifícios

no espaço comercial.

de manipulação que os arquitetos usam com

O Shopping do Vale do Aço localizado

intenção de aumento de vendas e reconheci-

na cidade de Ipatinga-MG, foi analizado como

mento do local e da marca. A marca e a arquite-

bjeto de estudo, a escolha se deu pelo fato de

tura juntas, proporcionam variadas sensações e

possuir em seu interior um maior número de

percepções, além da realização de desejos e

lojas que trabalham a marca unida a arquitetura, e

experiências, se unem com o maior proposito: o

por ser frequentado por diferentes públicos,

aumento das vendas.

dentre eles o Vale do Aço e cidades vizinhas.

Eulália Damasceno de Faria

06

eulalia.16@hotmail.com


EULÁLIA DAMASCENO DE FARIA - ARQUITETURA DA MARCA: UM ELEMENTO DE IDENTIFICAÇÃO

PROPOSTA DE TCCII A proposta de TCCII é projetar um ponto de venda física para uma marca da região do Vale do Aço no Shopping do Vale, utilizando a arquitetura como forma de materialização do conceito e da marca no espaço, criando assim uma identidade visual/uma nova linguagem. A marca escolhida foi a PICK & NICK, ela possui um público alvo especifico e fabrica seus proprios produtos. Localizada na Avenida Monteiro Lobato 955-Cidade Nobre/Ipatinga-MG. FOTO DA FACHADA DO ESPAÇO FÍSICO DA LOJA

PÚBLICO ALVO: Masculino e feminino de

1 a 12 anos, para as classes B, C e D. PONTO DE VENDA EXISTENTE: local usado para fabricar e estocar seus produtos, a loja não vende mercadoria no varejo, apenas atacado. A pick & nick foi fundada em 1995, possui 22 anos de experiêcia no ramo, confecciona roupas infantis e juvenis. A loja produz: conjuntos, calças, shorts, bermudas, camisas normais, regatas e de manga longa. Produzem uma faixa de 3000 peças por mês, esse valor varia de acordo com a demanda.

A LOGOMARCA A logo foi criada pensando nas palavras diversão e crianças. _Formas geométricas e cores chamam a atenção. _Uso das letras finais CK (rotacionados a 90 graus) formam o corpo de uma menina e um menino juntamente com uma bola e um coração, compondo assim o retângulo principal da marca. _A logo em si é composta de uma verdadei-

LOGO DA MARCA PICK & NICK

ra diversão, unindo cores e relembrando a diversão do famoso piquenique em meio a floresta.

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EULÁLIA DAMASCENO DE FARIA - ARQUITETURA DA MARCA: UM ELEMENTO DE IDENTIFICAÇÃO

SHOPPING DO VALE DO AÇO

SHOPPING DO VALE DO AÇO - DIÁRIO DO COMERCIO

O Shopping do Vale do Aço localiza-se na Avenida Pedro Linhares Gomes nº 3900, Ipatinga-MG. Ele foi escolhido pelo fato de possuir maior número de lojas que trabalham a marca unida a arquitetura, e por possuir diferentes tipos de público, dentre os quais é frequentado por todo Vale do Aço e cidades vizinhas como local de lazer. A cidade foi escolhida a partir de uma análise minha como moradora a algum tempo e por Ipatinga ser considerada “um dos setores econômicos e turísticos impor-

HORTO

Av. Pe

dro L

inh

are s

Go me s

tantes” (Prefeitura de Ipatinga).

LOCALIZAÇÃO SHOPPING DO VALE DO AÇO - HORTO, IPATINGA/MG

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EULÁLIA DAMASCENO DE FARIA - ARQUITETURA DA MARCA: UM ELEMENTO DE IDENTIFICAÇÃO

MAPEAMENTO PARA ESCOLHA DO LOCAL

ENTRADAS PRINCIPAIS LOJAS ÂNCORAS

L O J A S REDE

SHOPPING DO VALE DO AÇO - PLANTA PRIMEIRO PAVIMENTO

A escolha do local para a proposta do projeto teve como principal estratégia, proximidades com entradas e com lojas âncoras, pois elas acabam atendendo a diversos tipos de público, por possuirem variadas mercadorias e produtos. Portanto uma loja âncora atrai muitos consumidores de diferentes classes. O segundo pavimento não entrou na parte de mapeamento por ser um local de pouco fluxo de pessoas.O ponto estratégico da escolha se deu a partir desses dois fatores citados acima, entradas e lojas âncoras, portanto o local escolhido é proximo a Mariza e Riachuelo que também são proximas de uma entrada principal. O espaço possui 7, 5 metros de frente por 12 metros de profundidade.

12 m

7,5m

PLANTA SHOPPING DO VALE DO AÇO - LOTE ESCOLHIDO

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EULÁLIA DAMASCENO DE FARIA - ARQUITETURA DA MARCA: UM ELEMENTO DE IDENTIFICAÇÃO

CONCEITO Segundo o dicionário fomal a forma certa da escrita PICK & NICK é Piquenique que significa: passeio em local aberto, geralmente na floresta ou no campo, onde cada pessoa leva um tipo de comida e divide sua refeição com os demais; Geralmente é uma refeição feita para se ter contato com a natureza. LAZER, DIVERSÃO, INTEGRAÇÃO, PASSEIO, LANCHE, AMIGOS, ENCONTRO, NATUREZA E AR LIVRE, palavras síntese do projeto.

PIQUENIQUE

ESTRATÉGIAS - O projeto tem como principal estratégia chamar a atenção das crianças, já que elas são o principal público alvo, através de cores, formas geométricas e por ser uma pequena floresta dentro do espaço. O projeto conta ainda com o lúdico, possuindo assim árvores de verdade e por ser um grande playground, encantando assim as crianças, fazendo com que queiram entrar no ambiente juntamente com seus pais,fazendo com que o mesmo acabe comprando algo.

PROGRAMA DE NECESSIDADES

- Playground - expositores - balcão - estoque de mercadoria - provadores - banheiro - circulação 0

0

1

2

3

PROGRAMA DE NECESSIDADES - PLANTA

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EULÁLIA DAMASCENO DE FARIA - ARQUITETURA DA MARCA: UM ELEMENTO DE IDENTIFICAÇÃO

PROJETO O projeto foi produzido a partir do conceito e estudos do artigo de TCCI, foi planejada uma nova identidade/nova linguagem arquitetônica para a marca. O lúdico da floresta, das formas geométricas e cores foram transpostos dentro do ambiente, fazendo com que atraia os clientes pela arquitetura do espaço.

0

1

2

3

PLANTA PRIMEIRO PAVIMENTO

0

1

2

3

PLANTA SEGUNDO PAVIMENTO

O piso é composto por um caminho que convida o cliente a entrar, juntamente com a grama sintetica verde lembrando um campo, e arvores locadas de forma a conduzir o cliente por esse caminho, no primeiro piso as areas destacas de vermelho sao espaços para as crianças brincarem, o vermelho do segundo piso é um playground com escada e escorregador. As áreas destacadas de azul são os expositores de mercadoria.

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EULÁLIA DAMASCENO DE FARIA - ARQUITETURA DA MARCA: UM ELEMENTO DE IDENTIFICAÇÃO

PROJETO As paredes laterais são compostas por paineis de mdf com pequenos circulos que formam as folhas das arvores cortados a lazer, possui uma distância da parede pois possui uma luz na cor verde atraz iluminando os circulos. A arvore maior é cortada a lazer também e afastada do painel pois ela sera o local onde serão pendurados as mercadorias

0

1

2

3

CORTE ESCADA

ASUDHUH UASHEEIRJWEOI ODIDJFDIDJDDD ISDAIODHWUDH ASDIADOIQHW,

0

1

2

3

CORTE ESCORREGADOR

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HELENO LUCAS - A INFLUÊNCIA DA LUZ NOS ESPAÇOS COMERCIAIS NOTURNOS

PROPOSTA FACHADA LOJA EMPÓRIO BOHEMIO , CIDADE NOBRE - IPATINGA

PROPOSTA DE UMA NOVA LOJA PARA A EMPRESA EMPÓRIO BOHEMIO Em dezembro de 2016, dois amigos

base nos produtos oferecidos não tendo um proje-

com o propósito de criar uma empresa que desce

to específico, uma vez que ambos inicialmente

um retorno financeiro a ambos, Daniel R. e Tarcí-

previam que o novo negócio atendesse à expecta-

sio B. (sócios) decidiram abrir uma loja de supri-

tiva proposta. Porquanto todo o mobiliário e

mentos para churrasco, esta, que pudesse ofere-

disposição de layout da loja foram feitas sem

cer aos clientes todos os apetrechos necessários

nenhum padrão específico, sendo algumas partes

para o preparo do churrasco como carnes, bebi-

improvisadas

das, utensílios diversos e que também funciona-

locado.

e despojadas dentro do espaço

sse como um bar. Assim surgiu a “Empório Bohe-

Dentro desta estrutura é oferecido todo

mio”, atualmente com uma única loja situada em

os itens necessários para a o preparo de churrasco,

Vitória-ES, a loja oferece toda uma variedade de

serviço de entrega de bebidas frias/quentes e o

utensílios para churrasco como: carnes, bebidas,

exclusivo de bar, onde o cliente escolhe a carne e

ferramentas e um serviço de preparo e degus-

esta é preparada na própria loja para degustação

tação de bebidas e churrasco na própria loja.

do mesmo, oferecendo também com cursos de

Com uma estrutura baseada nas necesidades iniciais dos sócios, a loja foi montada com

corte de carnes, o que para os proprietários é o diferencial da empresa.

Heleno Lucas lenolucasarqurb@gmail.com

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HELENO LUCAS - A INFLUÊNCIA DA LUZ NOS ESPAÇOS COMERCIAIS NOTURNOS

Através desta premissa, surgiu a proposta de abrir uma nova loja que tenha um padrão específico e que adeque a empresa, criando um projeto dentro das necessidades dos sócios e com base nos produtos ofertados. O que para os sócios, esta estrutura gere um padrão para uma possível franquia posteriormente. Este novo local escolhido foi a cidade de Ipatinga-MG,

esta,

que

possui

toda

uma

infraestrutura compatível com as necessidades dos sócios em alguns parâmetros. Assim o intuito é criar uma loja diferenciada dentre as demais com um padrão moderno e que atenda às necessidades dos clientes *LEVANTAMENTO DOS ESTABELECIMENTOS

dentro do ramo deste seguimento.

Ipatinga é uma cidade localizada na Região Metropolitana do Vale do Aço, onde apresenta algumas empresas com seguimentos no mesmo ramo situados em alguns bairros, oferecendo produtos como: bebidas, carnes, gelo, carvão, utensílios e acessórios diversos. Com um cenário atual de lojas bem diversificado, com venda de produtos apenas e algumas não funcionando no período noturno, a idéia dos sócios é que esta seja um novo ponto de encontro para os apreciadores de bebidas e churrasco diferenciado, assim como o curso de corte de carne, o que difere das demais existentes.

O bairro Cidade Nobre é um bairro misto que apresenta uma grande variedade de comércio e público bastante diversificado. O endereço de localização do lote fica em uma esquina entre a rua Oswaldo Cruz e a Avenida Carlos Chagas, com uma boa visibilidade, em uma avenida de grande movimento, com um polo comercial digamos ao nível proposto pelos proprietários, tendo a presença do público alvo como; moradores e comerciantes locais, estudantes das instituições próximas(Faculdade BAIRRO: CIDADE NOBRE - LOTE 360M²

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Pitágoras) e os demais que transitam pela avenida de passagem.


HELENO LUCAS - A INFLUÊNCIA DA LUZ NOS ESPAÇOS COMERCIAIS NOTURNOS

CONCEITOS E ESTRATÉGIAS APLICADOS AO PROJETO O conceito do projeto é embasado na palavra Empório, que originada da palavra feira ,se passando por bazar,

empório

considera-se

a

evolução dos mesmos, em relaçao à estrutura física e a palavra em sí. Com base neste retrospecto onde os artefatos diversos eram/são vendidos em espaços livres, utilizando materiais efêmeros, como ferro e madeira, provinda da estrutura das barracas e caixotes empilhados, toda esta dinâmica se traduz em uma arquitetura vernacular adaptada ao modernismo, propondo uma composição diferenciada e que traga sensações adversas aos visitantes, dentro de toda a estrutura e proposta do projeto. *IMAGENS REFERÊNCIAIS ILUSTRATIVAS COM BASE NO CONCEITO DO PROJETO

Assim aliando a estrutura do ambi-

dor, empregando a iluminação como um

ente proposto â dinâmica das feiras, aos quais

elemento catalizador do espaço, uma vez que

acontecem à luz do dia, a proposta é intensifi-

a luz pode trazer sensações adversas e propor

car este ambiente com todo os materiais

um cenário harmonioso dentro do espaço

providos como a madeira e o ferro, aliado a

proposto, valorizando ainda mais os produtos

uma iluminação mais quente que remete à luz

e tornando o ambiente em si, um local super

do dia, proporcionando a experiência e sen-

agradável e que instigue os clientes a consu-

sação de um espaço aconchegante e acolhe

mir os produtos expostos na loja.

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HELENO LUCAS - A INFLUÊNCIA DA LUZ NOS ESPAÇOS COMERCIAIS NOTURNOS

LIXO GÁS

D.M.L.

W.C. COZINHA AREA CIRCULAÇÃO FUNCIONÁRIOS CÂMARA FRIA

ÁREA FUNCIONÁRIOS

ADMINSTRAÇÃO

DEP. COZINHA

COZINHA/CURSOS W.C.M.

MEZANINO

VISTA TÉRRO PÉ DIREITO 6,30M

W.C.F.

RUA OSWALDO CRUZ

PASSEIO

ÁREA DE FREEZER CARNE E BEBIDAS E UTENSÍLIOS

PASSEIO

RUA OSWALDO CRUZ

ADEGA

ACESSO SECUNDÁRIO

CHURRASCO MESAS INTERNAS PROJEÇÃO PLATIBANDA

CAIXA

TELHADO

ACESSO LOJA PRINCIPAL PROJEÇÃO PLATIBANDA

MESAS EXTERNAS

PASSEIO AV. CARLOS CHAGAS

PLANTA TÉRREO

PASSEIO AV. CARLOS CHAGAS

PLANTA 2º PAVIMENTO

O PROJETO Os espaços foram locados de acordo com o programa de necessidades que são: sala administrativa; local para cursos de corte de carne; sala de funcionários; cozinha; depósito para estoque; banheiros acessíveis; depósito de lixo; balcão/caixa; churrasqueira; área para exposição de bebidas, carnes e utensílios e um amplo espaço para disposição de mesas.

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HELENO LUCAS - A INFLUÊNCIA DA LUZ NOS ESPAÇOS COMERCIAIS NOTURNOS

PASSEIO

RUA OSWALDO CRUZ

PASSEIO

RUA OSWALDO CRUZ

PÉ DIREITO DUPLO

PROJEÇÃO PLATIBANDA

PROJEÇÃO PLATIBANDA

PASSEIO AV. CARLOS CHAGAS

PLANTA TÉRREO

PASSEIO AV. CARLOS CHAGAS

PLANTA 2º PAVIMENTO

ÁREA RESTRITA PARA FUNCIONÁRIOS

Assim, procurando dispor a dinâmica de funcionamento da loja, toda a estrutura das plantas e layout foram divididas de acordo com os espaços de utilização/setorização, Com área restrita a funcionários conforme legenda e as demais áreas de livre acesso ao público,

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HELENO LUCAS - A INFLUÊNCIA DA LUZ NOS ESPAÇOS COMERCIAIS NOTURNOS

AV. CARLOS CHAGAS

PLANTA TÉRREO LUZ NEUTRA

PASSEIO

RUA OSWALDO CRUZ

PASSEIO

RUA OSWALDO CRUZ

PASSEIO

PASSEIO AV. CARLOS CHAGAS

PLANTA 2º PAVIMENTO

LUZ QUENTE

A luz é considerada um elemento importantíssimo em qualquer projeto arquitetônico, sendo esta, um elemento que compôem todo o espaço, destacando produtos e mesmo iluminando ambientes específicos(BASE TCC1). Neste projeto propuz trabalhar com luminárias que, com lâmpadas quentes e neutras, estimulem e componham o ambiente ao seu uso específico. Conforme legenda observa-se que a luz neutra foi utilizada para ambientes que necessitam de uma iluminação para instimular e despertar o empenho dos funcionários, e para os outros ambientes utilizou-se a luz quente com pontos focais, que descaquem os produtos e trazem uma sensação de bem estar e conforto aos clientes, proporcionando um aconchego maior diante do layout proposto, com o intuito de fazer com que permanecam no local e consomem os produtos oferecidos na loja. Afinal de contas, quanto maior o tempo de permanência dentro da loja, maior será o consumo, e mais lucrativo será para os sócios. Esta é uma das principais idéias do projeto, além de toda a composição voltada a satisfação dos clientes.

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HELENO LUCAS - A INFLUÊNCIA DA LUZ NOS ESPAÇOS COMERCIAIS NOTURNOS

CORTE TRANSVERSAL 0,5

1

CORTE LONGITUDINAL 0,5

1

2

PLANTA TÉRREO *PLANTAS REFERÊNCIAIS

PLANTA 2º PAVIMENTO

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HELENO LUCAS - A INFLUÊNCIA DA LUZ NOS ESPAÇOS COMERCIAIS NOTURNOS

CHURRASQUEIRA E CAIXA NO HALL DE ENTRADA COM AS BANQUETAS

CORTE TRANSVERSAL

ESPAÇO COM OS FREEZERS DE BEBIDAS E CARNES E UTENSÍLIOS

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ESPAÇO VIP CLIMATIZADO COM ADEGA *IMAGENS ILUSTRATIVAS DO PROJETO


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Linha de Pesquisa

ARQUITETURA PAISAGÍSTICA

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KARYNE FRAGA RIBEIRO - PARQUE INTEGRADO

PARQUE INTEGRADO: PROJETO DE REQUALIFICAÇÃO DE VAZIO URBANO EM TIMÓTEO MG O parque integrado surgiu de uma valorizaçao de um vazio localizado na cidade de Timóteo MG que resultou em uma proposta de integração das praças dos bairros: Centro (coreto), Olaria, Funcionários e Timirim (coliseu) O projeto sucedeu do conceito de vazios urbanos baseado em alguns autores, entre eles: Rem Koolhaas que defendia que a criação de vazios no tecido urbano é o modo mais eficiente de inserir novos usos sem destruir o existente; Tranick que fala que existem cinco tipos de vazios intencionais na cidade, que são: espaços de passagem, pátios internos, quintais, ruas e praças, parques e jardins; e Nuno Portas que diz que a terra pode não estar literalmente vazia, mas sim desvalorizada, com potencialidade para outros fins de utilização. PROPOSTA PARQUE INTEGRADO

VAZIOS URBANOS A partir desses conceitos, concluiu-se que os vazios não são somente espaços vagos no interior da malha urbana, mas também são espaços que não possuem usos, podendo ser até mesmo um espaço edificado. O conceito de vazios urbanos está diretamente ligado ao usuário, pois um espaço, sendo ele construído ou não, se não atrair pessoas podem ser considerados vazios e acaba por perder o seu real significado arquitetônico.

Os vazios, ao se transformarem em espaços “ao nível dos olhos” pensados para o corpo, podem contribuir muito socialmente e serve para conceder significado para a cidade e para os que ali transitam. Se os vazios fossem pensados como parte integrante da cidade, seria um espaço utilizado por todos, ou seja, seria um espaço valorizado, visto como necessário e deixaria de ser um problema que permanece sem solução.

Karyne Fraga Ribeiro

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karynefribeiro@hotmail.com


KARYNE FRAGA RIBEIRO - PARQUE INTEGRADO

VAZIOS URBANOS: REQUALIFICAÇAO ATRAVÉS DO PAISAGISMO O espaço urbano não se constitui apenas de planos horizontais e verticais, espaços cheios e vazios, mas também é um espaço de relacionamento humano, de trocas, memórias, sentimento de pertencimento, enfim, as relações humanas afetam e são DIAGRAMA: ESTUDO DOS VAZIOS NO CENTRO DE TIMÓTEO

afetadas pelos espaços. As pessoas se sentem mais atraídas por espaços públicos que possuem um bom visual e interações, daí vem à importância dos vazios com utilidade (vazios intencionais) para a cidade, como por exemplo, as praças (quando utilizadas), são espaços amplos, abertos, vazios (no

sentido

de

preenchimento

arquitetônico), porém providos de utilização e conexão com os cheios.

Quanto mais conectado e dotado de áreas verdes for um bairro, maiores tendem a ser os índices de caminhabilidade e, consequentemente, de atividade física e sensação de bem-estar. Se as pessoas caminham mais e passam mais tempo nas ruas, a tendência é que o bairro também se torne mais seguro. Isso porque as pessoas tendem a se afastar, de forma intuitiva, de lugares vazios. A presença de “outros”, mesmo que desconhecidos, acaba

com o vazio das ruas, tornando-as mais seguras e vivas. A arquitetura está presente tanto nos espaços cheios quanto nos espaços vazios, a partir do momento que possuem uma utilização, passa a ter um significado para o espaço em que se está inserido, a ser um espaço cheio de utilização e pertencimento; arquitetura é ordenação, disposição do espaço, que pode ou não implicar uma ocupação.

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KARYNE FRAGA RIBEIRO - PARQUE INTEGRADO: PROJETO DE REQUALIFICAÇÃO DE VAZIO URBANO EM TIMÓTEO MG

MAPA DE INTEGRAÇÃO DAS PRAÇAS E LOCALIZAÇÃO DO PARQUE INTEGRADO,

PARQUE INTEGRADO: PROJETO DE REQUALIFICAÇÃO DE VAZIO URBANO EM TIMÓTEO MG Após a análise da praça do coreto,

Praça do Olaria: predomina o lazer infan-

expandiu-se a zona de mapeamento num raio de

til; praça do coliseu: predomina o uso do espaço

2 km ao sul e outras praças foram analisadas de

para atividades físicas e eventos culturais como

acordo com seus usos, sendo elas: praça do

teatro, “batalha de poesias” e encontros religiosos;

Olaria, praça do Funcionários e praça do Timirim.

praça do Funcionários: predomina o uso do

Foram observadas outras características que

espaço para atividades esportivas, principalmente

predominam os usos de cada praça, além dos

por skatistas.

usos comuns como descanso, lazer, etc.

A integração das praças, se dão através da ciclovia que perpassa por elas e liga na parte central, área do Parque Integrado. Além da ciclovia, o Parque Integrado se liga com as outras praças pelas ações, os usos predominantes de cada praça

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foram potencializados no Parque.


KARYNE FRAGA RIBEIRO - PARQUE INTEGRADO

O VAZIO O lote está localizado na esquina da Av. Alberto Batista Galo e da rua Trinta e seis no bairro Funcionários em Timóteo MG. Possui baixa iluminação e funciona basicamente como local de passagem, sendo que apresenta um potencial para vir a ser um vazio utilizado, por estar próximo ao centro comercial e contar com grandes fluxos tanto de veículos quanto de pedestres em suas redondezas. A proposta do Parque Integrado é de oferecer novos usos e torná-lo um local de vivências, consequentemente

passará a ser mais

seguro.

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KARYNE FRAGA RIBEIRO - PARQUE INTEGRADO

2

2

3

2

1

1

Espaço para atividades físicas

2 Jardim

5

3

Área de apoio (bicicletário e bebedouro) 4 Área infantil 5 Alameda frutífera (árvores frutíferas) 6 Pórtico de exposições artísticas e culturais

4

7

Alameda nativa (árvores nativas)

8 Área de jogos e pista de skate 9 Jardim

8

10 Área de descanso

8 7

14 o Córreg

9

9

11 Horta comunitária 12 Área de apoio (bicicletário e bebedouro) 13 Espaço reservado para uso da comunidade (plantio) 14 Área de reflorestamento e proteção do leito do rio 15 Ciclovia

10

11

15 13 12

32


KARYNE FRAGA RIBEIRO - PARQUE INTEGRADO

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KARYNE FRAGA RIBEIRO - PARQUE INTEGRADO

CICLOVIA

CONCEITO O conceito do projeto foi baseado na integração. Integração das praças mapeadas, (através da ciclovia e do ressalto das principais características das outras praças no Parque Integrado) das ações, dos usos, da relação das pessoas com o espaço urbano e principalmente da relação das pessoas com os vazios da cidade.

34

Esse espaço então, se torna um vazio provido de utilização a partir do momento que passa a ser vivenciado. O parque possui elementos arquitetônicos e paisagísticos que “se comunicam” com os usuários, chamando a atenção para determinadas atividades do espaço.


Linha de Pesquisa

ENSINO E PESQUISA


DIÉSSICA COSTA - ENSINO E PESQUISA

ESCOLA -BOSQUE : MÉTODO DE NOÇÕES ARQUITETÔNICAS PARA A FASE INFANTIL. A proposta de potencialização

da

arquitetura

através

de

estratégias multissensoriais, surge no Escola- Bosque, como uma metodologia para a fase infantil, que insere na didática das instituições educacionais, noções básicas de arquitetura, como apropriação, pertencimento,semiótica etc.

Baseada em conceitos interdisciplinares, cria uma ponte com a psicologia, pedagogia, e práticas corporais, contribuindo para a valorização do espaço e seu entorno; propondo auxílio futuro á outras problemáticas atuais, como descaso patrimonial, mobilidade urbana, respeito ao meio ambiente, dentre outras. ESCOLA ONDE O PROJETO FOI DESENVOLVIDO.

Com o desenvolvimento da idéia, e a

Freire, situada no Bairro Aparecida do Norte

proposta de execução, ficou definido que a

em Coronel Fabriciano. A escola disponibilizou

metodologia seria aplicada para teste, em

três turmas de 05 anos, e suas responsáveis,

escolas que acolhessem alunos de 03 á 07

para a realização do teste, concluído no dia

anos de idade, e que possuíssem um perfil

14/03/17. As

mais aberto á atividades lúdicas e alternativas

dependências da escola, com iniciação dos

como complemento de sua didática. A insti-

conceitos, e no bosque do CAU, unileste de

tuição escolhida, foi a escola Municipal Paulo

Coronel Fabriciano.

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atividades

iniciaram-se

Diéssica Costa diessicacristina91@hotmail.com

nas


DIÉSSICA COSTA - ENSINO E PESQUISA

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DIÉSSICA COSTA - ENSINO E PESQUISA

OFICINAS REALIZADAS: Oficina A | Do sentir: Nessa oficina, é trabalhada os sentidos de visão, haptico e audiçao, trazendo conceitos sobre ondas sonoras, paisagem, ouvir as pessoas e o entorno. Depois é proposto á elas, uma atividade que atrofie a visão( tampar os olhos e depois ouvidos) para que identifiquem objetos através do tato e da audiçao. Oficina B | O mundo em que vivemos :Trabalhados

conceitos

de

elementos

paisagísticos,

referências espaciais e escala, através de uma breve explicação e conversa com as crianças. Logo após elas confeccionam desenhos que tenham a ver com o que aprenderam , utilizando texturas, cores diferentes para APLICAÇÃO DAS OFICINAS NA ESCOLA PAULO FREIRE

representar o lugar onde moram.

Oficina C | Conhecendo o Bosque: Apresenta uma nova paisagem ás crianças para que possam através da junção de relatos relacionados ao lugar, criar laços e despertar curiosidade a respeito dele. Aqui as crianças recebem a imagem do local trabalhado e são convidadasá se imaginar nele, altern do a paisagem já existente, criando uma nova realidade Oficina D | O Bosque também é meu: Circuito guiado pelo(a) aplicador(a) das intervenções, ao lugar apresentado na oficina C. Permite a associação entre o conteúdo e a própria vivência. Oficina E | Taichi no bosque: Alia praticas corporais ao circuito guiado, seja qual for (Kun fu, taichi, yoga). Na aplicação do teste foi escolhido o Taichi , por ter movimentos leves e fáceis, permitindo o contato do corpo com a natureza, enquanto se observa o espaço. OFICINA F | Pintura com as mãos: Pintura das mãos em folha branca com apoio do(a) aplicador(a). Representa a particINTERVENÇÕES REALIZADAS NO BOSQUE CAU

ipação de cada criança e na modificação da paisagem. Depois as mãos são recortadas e

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expostas em lugar preparado anteriormente.


DIÉSSICA COSTA - ENSINO E PESQUISA

PÓS-OFICINAS | PRODUTO Após a aplicação das oficinas, foi feita a

os exercícios de TAICHI e planejam futuramente

análise de resultados, e percebeu-se que as ofici-

retornar com as crianças ao bosque da arquitetura.

nas e intervençôes, estimularam as crianças a

Todos esses relatos foram reunidos num acervo

participar de mais projetos relacionados á arquite-

digital e motivaram a criação de uma cartilha expli-

tura, e que todo o trabalho fez com que elas crias-

cativa, contendo o método, porém de forma

sem uma relação afetiva e simbólica com o

aberta e flexível, pssibilitando mudanças conforme

bosque e as atividades desenvolvidas. Outras

a necessidade de cada escola, e também referên-

questão relevante para o trabalho, foi que a escola

cias de apoio ao conteúdo. Toda a metodologia

adotou as práticas feitas á sua rotina diária, como

está detalhada no kit( vídeo e cartilha)

MODELO DA CARTILHA DISPONIBILIZADA

O conjunto do material audio visual contem a cartilha com especificações de cada oficna, material necessário e sugestões para a realização do método. O vídeo funciona como um a breve demonstração da aplicação e de como as crianças reagiram a cada oficina e um pós teste, com entrevistas e opiniões dos colaboradores. Especificações da cartilha: Papel triplex, formato A5 e impressão á laser.A cartilha também é disponibilizada de forma online juntamente com o vídeo. O intuito desse kit é ser vendido para o MEC, já que é um projeto que aborda atuais problemáticas da atualidade, visando o bem comum da sociedade num geral.

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DIÉSSICA COSTA - ENSINO E PESQUISA

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DIÉSSICA COSTA - ENSINO E PESQUISA

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JAÍNE LACERDA CARVALHO - O PAPEL DO ARQUITETO FRENTE A DEMANDAS POPULARES

O ARQUITETO COMO AGENTE TRANSFORMADOR É essencial o entendimento do planejamento urbano, pois assim é possível ponderar as condicionantes que colaboram com sua criação: a paisagem, a memória, a cultura e, sobretudo como se caracteriza cada local, sem que se rompam os principais símbolos que formam a identidade da cidade; e isso não diz respeito apenas à cidade, refere-se também às características de uma moradia e das pessoas que nela habitam. Trata-se do arquiteto

urbanista

como

agente

transformador, podendo sempre trazer qualificação para as moradias. A IMAGEM ACIMA SE REFERE AO TRABALHO DO ARQUITETO CHILENO ALEJANDRO ARAVENA, VENCEDOR DA EDIÇÃO DE 2016 DO PRÊMIO PRITZKER, DESTACANDO SUA CAPACIDADE DE AMPLIAR O CAMPO DE AÇÃO DO ARQUITETO PARA ALCANÇAR SOLUÇÕES QUE PERMITAM MELHORAR OS CONTEXTOS URBANOS E FAZER FRENTE À CRISE MUNDIAL DE HABITAÇÃO

Hoje no Brasil, ainda há um grande

A contratação de um profissional de

número de famílias, que embora possua meios

arquitetura possibilita o uso de materiais,

para construir suas moradias, sem depender

técnicas e soluções plausívies com o contexto

de aportes, optam pela autoconstrução, sem

social que cada indivíduo está inserido, além

nenhuma orientação técnica e/ou profissional,

de ser comprovada economia em obras que

como consequência da não contratação,

contam com a concepção de projetos feitos

acarretam-se inúmeros problemas na con-

por arquitetos.

strução ou reforma.

Jaíne Lacerda Carvalho

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jainelacerda@hotmail.com


JAÍNE LACERDA CARVALHO - O PAPEL DO ARQUITETO FRENTE A DEMANDAS POPULARES

CASA DONA DALVA- VILA MATILDE - SÃO PAULO. EXEMPLO DE DEMANDA POPULAR

DEMANDAS POPULARES A expressão “demandas populares”,

de estudar a fundo as particularidades se seu

pode ser caracterizada como a oportunidade de

cliente, para que as demandas sejam efetivamente

trabalho para profissionais de arquitetura, no que

solucionadas.

diz respeito a uma estabelecida classe social.

A prática arquitetônica usual se mostra

Se refere ao ganho financeiro que o cliente possui

ineficiente para atender essas demandas principal-

e contexto social em questão.

mente em

Trata-se de recursos econômicos e não econômicos, isto é, refere-se ao que o cliente

virtude do afastamento social existente entre clientes populares e arquitetos.

dispõe e que pode ser utilizado na construção, a

Alguns problemas como a funcionalidade

contar do começo da construção, até um reparo

da habitação, falta de ventilação e iluminação

de uma edificação, seja ela de uso residencial ou

naturais, excesso de ruídos oriundos do meio

comercial.

urbano, por exemplo, comprovam a necessidade

A arquitetura deve ser inclusiva e

de integrar o arquiteto e suas atividades técnicas

atender as particularidades de qualquer pessoa,

com a comunidade, pois é onde encontram-se o

família, ou cidade, independente de sua situação

maior número de demandas populares. E é primor-

socioeconômica, cultural e espacial.

dial que haja mudanças favoráveis para a popu-

Um dos pontos mais relevantes em relação ao papel do arquiteto, é a sua capacidade

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JAÍNE LACERDA CARVALHO - O PAPEL DO ARQUITETO FRENTE A DEMANDAS POPULARES

AUTOPRODUÇÃO NO BRASIL Autoprodução é a produção própria, que não segue regras técnicas. os moradores e construtores diretos tomam as decisões. Esse tipo de construção, em sua grande parte, apontam má distribuição dos ambientes, deficiência no método construtivo, problemas com iluminação, ventilação e saneamento, além de levarem em consideração a legislação, questões urbanísticas, como afastamentos, por exemplo. Há ainda problemas com os fatores econômicos e de planejamento. O afastamento entre a produção formal de moradias e a informalidade da autoprodução reflete a distância entre arquitetos e autoproIMAGEM DE AUTOPRODUÇÃO EM COMUNIDADE CARENTE

dutores populares.

Entre esses dois polos, há um verdadeiro abismo social. Para o autoprodutor, o arquiteto, cujo trabalho é projetar mansões e grandes construções, ainda é o profissional das elites. Já os autoprodutores precisam construir pequenas ampliações e resolver defeitos construtivos. Hoje, mais de 85% da população economicamente ativa no Brasil, que reformou ou construiu suas casas não utilizou serviços de um profissional tecnicamente habilitado. Essa população, acostumada com práticas informais, não se sente segura em contratar um profissional, cujo trabalho não conhece bem. Prefere solicitar seu correspondente mais próximo como um mestre de obras, um pedreiro, ou até mesmo amigos e vizinhos. Muitos acreditam que com o IMAGEM DE AUTOPRODUÇÃO EM COMUNIDADE CARENTE

dinheiro que gastariam contratanto um profissional, é um dinheiro que poderiam estar

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investindo em materiais para sua construção.


JAÍNE LACERDA CARVALHO - O PAPEL DO ARQUITETO FRENTE A DEMANDAS POPULARES

O MÉTODO como

A partir daí, o arquiteto determina quais

referência o método desenvolvido e utilizado

são as necessidades e desejos dos clientes.

pelo Arquiteto argentino Rodolfo Livingston

Livingston não criou o Método com o objetivo

(Arquitectos da Familia), que se caracteriza por

de atender pessoas de baixa renda. Sua ideia era

relações pessoais com seus clientes, a sua forte

criar uma estratégia que solucionasse os prob-

crítica no planejamento urbano, arquitetura e

lemas que a forma convencional não era capaz

bem-estar social em geral. Esse método conta

de solucionar.

O trabalho

realizado tem

com uma sucessão de técnicas participativas,

Entretando, a abordagem de Livingston,

que podem determinar de forma coletiva, as

mesmo não comprometida direttamente com as

necessidades soluções

de

uma

arquitetônicas

família,

buscando

classes populares, é a que mais se aproxima de

para

problemas

um ponto de partida para a crítica que se busca-

encontrados pelos usuários em suas moradias.

va empreender.

O método emergiu a partir de sua

Livingston acredita na importância da

ampla experiência no que diz respeito ao

participação da família em todas as etapas, e

âmbito popular, no entanto pode ser utilizado

defende essa participação.

em outras classes sociais, Esse método dispõe de série de encontros do arquiteto e da família.

RODOLFO LIVINGSTON APLICANDO SEU MÉTODO COM UMA FAMÍLIA ARGENTINA

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JAÍNE LACERDA CARVALHO - O PAPEL DO ARQUITETO FRENTE A DEMANDAS POPULARES

LOCALIZAÇÃO DA RESIDÊNCIA - RUA PADRE BENTO FERREIRA, 935 VIRGINÓPOLIS- MG

INFORMAÇÕES SOBRE O CLIENTE O cliente, Carlin é ajudante de pedreiro e sua esposa, Stela é caixa de supermercado e eles tem uma filha de 1 ano. O casal ganhou a laje onde estão construindo, dos pais de Stela. As paredes externas e algumas internas já estavam construídas quando ganharam. E para sair do aluguel, estão construindo o mais rápido possível, conforme a condição financeira de ambos.

INFORMAÇÕES SOBRE A OBRA Como grande parte dos brasileiros, o casal está construindo sem nenhuma ajuda profissional. Foram detectados vários problemas na obra, tais como de infraestrutura, ventilação, incidência solar, iluminação, falta de planejamento, que acabaram gerando atrasos na obra e gastos indesejados, conforme mostra as imagens ao lado.

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IMAGENS DA RESIDÊNCIA DO CARLIN


JAÍNE LACERDA CARVALHO - O PAPEL DO ARQUITETO FRENTE A DEMANDAS POPULARES

ESTUDO DE CASO

A primeirra planta é o desenho da casa como ela é, onde há problemas com a localização dos ambientes, onde quarto e sala se encontram na fachada oeste, a janela do banheiro social, tem saída para um quarto e para o banheiro da suíte. Falta iluminação natural no corredor de circulação. Não existe janela na cozinha.

A segunda planta é o desenho da casa como uma possibilidade de como ela poderia ser. Melhor disposição dos ambientes, quartos voltados para fachada leste. A área social acabou se tornando uma área integrada, onde o casal poderá receber os amigos. corredor de circulação. O banheiro tem localização que facilita seu acesso. Há iluminação natural em toda casa, podendo diminuir o uso de ilumnação artificial.

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RAGNER TOMPSON SILVA - VIRTUALIDADES E POÉTICAS: A NARRATIVA, O LÚDICO E O LUGAR

A ARQUITETURA NOS BASTIDORES DO VIDEOGAME: CRÍTICA, SEMIÓTICA E FENOMENOLOGIA

IMAGEM ILUSTRATIVA DO LIVRO VIRTUALIDADES E POÉTICAS: A NARRATIVA, O LÚDICO E O LUGAR - PRODUTO PROPOSTO PARA TRABALHO DE CONLUSÃO DE CURSO

“Para construir Hogwarts, a autora

“Existem diversos meios para se

J.K. Rowling não ergueu um tijolo se quer.

contar uma história. O cinema oferece o som

Mesmo assim ninguém ousa dizer que o cas-

e a imagem, mas diferentemente dos livros, no

telo não exista. A prova disso é que muitos já

cinema o telespectador é passivo, se o mesmo

estiveram lá, inclusive eu, frequentei a escola

se distanciar, a narrativa continua. O livro

de Hogwarts por sete anos. A capacidade para

espera a pagina ser virada, caso o telespecta-

descrever ambientes, cheiros e sensações.

dor não o faça, a história se interrompe. O

Demonstram que este lugar é muito mais real

videogame é como o livro e o cinema, os

do que muitos lugares. Hogwarts é mais lar

aspectos visuais são presentes, porém sua

para alguns que o próprio lar. ”

decorrência é dependente do jogador. ”

Ragner Tompson Silva

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ragnersilva@hotmail.com


RAGNER TOMPSON SILVA - VIRTUALIDADES E POÉTICAS: A NARRATIVA, O LÚDICO E O LUGAR

Em visão geral, como autor deste

capacitados a lidar com os espaços. Posiciono-me

estudo busco confrontar o emergente panorama

assertivo na crença de que a virtualidade do ambi-

dos espaços virtuais com a crítica da produção

ente não o excluí da categoria lugar. E em posição

arquitetônica contemporânea. Tenho defendido

de graduando em Arquitetura e Urbanismo, apre-

desde a elaboração do artigo “LET´S PLAY: O

sento aqui meu trabalho que pode ser brevemente

Arquiteto Urbanista nos Bastidores do Videog-

definido como uma coletânea das defesas dessa

ame”, realizado como proposta do Trabalho de

ideia. Aplicados ao ambiente do videogame,

Conclusão de Curso I, ambientes virtuais podem

fenômeno virtual do espaço onde o jogador/u-

ser campos fenomenológicos carentes das

suário tem sido cada vez mais influente.

preocupações de profissionais

IMAGEM ILUSTRATIVA DA APRESENTAÇÃO DO TCCI

Os estudos apresentados são fomenta-

a série The Legend of Zelda com aspectos e críticas

dos sobre pesquisas, experimentações e estudos

da arquitetura contemporânea. Os aspectos tradi-

de casos. Porém, busco definir um produto que

cionais da arquitetura na construção civil sedem

quebre as formalidades cientificas tradicionais

parcialmente espaço para a crítica, a observação

do ambiente acadêmico e venho interferir como

do fenômeno e o conjunto de símbolos que influ-

intermediário entre jogador estudante. Minhas

enciam a projeção deste campo. Estes são esten-

vivencias experimentadas nestes dois campos

didos aos espaços não físicos desenvolvidos por

são propostas de observações pessoais puras e

imensos mundos dotados de significâncias narrati-

fundamentadas pelo artigo mencionado ante-

vas. Poéticas virtuais apresentadas no videogame.

riormente. O trabalho reúne diversas comparações entre o ambiente virtual do videogame, majoritariamente

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RAGNER TOMPSON SILVA - VIRTUALIDADES E POÉTICAS: A NARRATIVA, O LÚDICO E O LUGAR

O proposito deste trabalho não é ter prazo determinado de ocorrência. As exigências acadêmicas e o desenvolvimento do produto que se configura no TCC são apenas os passos iniciais. Ser um livro inacabado é o verdadeiro objetivo que almejo. Configurar uma coletânea de ideias, informações, estudos e análises sobre as virtualidades, a narrativa e a arquitetura. Ou seja, esta etapa de trabalho é a continuidade direta do artigo apresentado

no

TCCI,

sendo

a

fase

responsável pela fomentação morfológica e estratégias de publicação deste produto. É intencionada a expansão deste trabalho para além dos limites acadêmicos, atingindo diverHOLOCAUSTO JUDAICO NARRADO PELA ARQUITETURA CONTEMPORÂNEA

sos públicos e campos de conhecimento.

O conteúdo e escopo deste produto é o que eu chamo de a tríade de fundamentação. Esta é composta da amarração entre a arquitetura, os aspectos criativos do ambiente de videogame e a narrativa. Dos diversos assuntos que poderiam surgir desta tríade, eu me limito neste primeiro momento, a tratar dos aspectos críticos e fenológicos que sombreiam a sociedade contemporânea e as suas ocorrências. Como autor, não abandono as diversas possibilidades que o presente trabalho pode gerar. Pelo contrário, por consciência sobre as diversidades que o assunto tange, intenciono a continuidade deste trabalho na vida profissional. As ambiências do videogame são confrontas as críticas da arquitetura e intermediada pelas suas narrativas, pois acredito que estes assuntos poderiam atingir os aspectos introdutórios para esta fase. A Arquitetura: Disciplina responsável pelo estudo dos espaços e lugares abrangendo tanto o contexto macrossocial ao micro relacionamento com o indivíduo. O Ambiente virtual/videogame: Emergente espaço não físico. Tem cada vez mais abrangido as diversas filosofias e atividades contemporâneas para o indivíduo e sua configuração social. GAME CHILD OF LIGHT E AS AMBIENTAÇÕES POÉTICAS NO ESPAÇO VIRTUAL

As

Narrativas: A capacidade de contar

histórias, ocorrências e situações engloban-

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do lugares e personagens atuantes.


RAGNER TOMPSON SILVA - VIRTUALIDADES E POÉTICAS: A NARRATIVA, O LÚDICO E O LUGAR

Virtualidades e Poéticas: A narrativa, O lúdico e O lugar, não deve ser encarado como coletânea de ideias inéditas. Uma vez em que se apoia em estudos científicos de prévios conceitos críticos sobre a função e a forma da arquitetura. Conceitos que estão enraizados nos no sociocultural contemporâneo que teve início nos tempos pós-modernistas. Para ilustrar como ideias surgidas no movimento pós-moderno são influentes para a coletânea que tenho apresentado, tomarei como base algumas das visões do crítico em arquitetura Robert Venturi. Surgido em 1960 nos Estados Unidos da América, a chamada Pop Art foi um movimento influente no modo de vida da sociedade. Esta pregava a exarcebação e consumo exagerado influente pela situação econômica desta época. Explicitando o poder americano, a popularização das HQs evidenciou esta mídia na comunicação e design atingindo assim a crítica da produção arquitetônica de Venturi. Trato dos jogos eletrônicos como a mídia de nossa época, VENTURI E A ARQUITETURA DA ERA DOS HQS AMERICANOS

assim como, os HQs foram para Venturi.

Um bom exemplo entre a aproximação da arquitetura e do urbanismo nas mídias alternativas é o livro Yes is More do Bjarke Ingels. Este arquiteto contemporâneo explicita seus interesses pelas artes gráficas, especificamente as histórias em quadrinhos. Yes is More foi concebido com o propósito de tratar de assuntos relativos ao mercado e a produção da arquitetura contemporânea, porém utilizando-se da estratégia gráfica das HQs. Ingels ocupa-se do design gráfico alternativo em mídias diferentes do tradicional usado na arquitetura, desta forma atingiu sucesso na implementação de suas ideias. Virtualidades e Poéticas referencia-se nesta ideia, na busca

YES IS MORE OS HQS COMO A CRÍTICA DA ARQUITETURA CONTEMPORÂNEA DO BIG

pela comunicação alternativa sobre a crítica arquitetônica.

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RAGNER TOMPSON SILVA - VIRTUALIDADES E POÉTICAS: A NARRATIVA, O LÚDICO E O LUGAR

Além do conteúdo, o conceito do jogo estende-se ao design deste produto. Torna-lo um livro não convencional é o propósito da morfologia que o concebe. Buscar uma simbologia que sutilmente evoca a imagem do jogo tem sito um desafio no processo de concepção.

Protótipo idealizado para banca intermediaria:

Protótipo idealizado para banca final:

Livro indivisível e mais robusto.

Livro divisível, permite facilidade na portabilidade.

EVOLUÇÃO DE DESIGN PRÉ E PÓS BANCA INTERMEDIÁRIA DO TCCII

Este produto segue o conceito da divisibilidade inspirado nos jogos de quebra-cabeça. O conteúdo, ou seja, os textos que carregam a crítica entre o game e a arquitetura é guardada nas diversas partes que este livro possa assumir. É essencialmente composto por um box maior com livros individuais contidos em seu corpo. Esta ideia permite a continuidade deste livro, uma vez em que novas atualizações são permitidas, novos conteúdos podem ser agregados ao box através de artifícios magnéticos.

Para concluir, o design visual deste produto é inspirado na dualidade do contraste entre o preto e o branco. A forma cubica dos jogos analógicos montaveis e dados, a repetição de cores como nos tabuleiros. A torre, o símbolo forte que vem acompanhando este trabalho desde o TCCI, pois é um elemento do xadrez e uma peça arquitetônica. Por fim, a possibilidade que o livro permite conteúdos atualizáveis é inspirado nos DLCs, mecanismo que possibilitam a atualização dos conteúdos em jogos eletronicos.

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CONCEITOS E JUSTIFICATIVAS DO DESIGN APRESENTADAS PELO PRODUTO


RAGNER TOMPSON SILVA - VIRTUALIDADES E POÉTICAS: A NARRATIVA, O LÚDICO E O LUGAR

LIVRETO DE CONTEÚDO TEÓRICO 2: O ARQUITETO DE HISTÓRIAS FANTÁSTICAS

CONTEÚDO TEXTUAL DE CADA LIVRETO Teremos em cada livreto um estudo crítico sobre a arquitetura em contraposto ao videogame. Neste material inicial, proposto como produto para o TCCII, o foco maior é nas narrativas e elementos dinâmicos que compõe o desenrolar do roteiro do videogame. Outro aspecto importante que tenho lidado neste conteúdo inicial é a interação entre jogador ambiente. É importante esclarecer, que para esta primeira abordagem, o game escopo estudado é The Legend of Zelda, seus elementos recorrentes durante os 31 anos da série e o mais novo subtítulo Breath of the Wild. A seguir apresento o conteúdo de cada livreto:

PREFÁCIO “Uma arquitetura que nasce sem narrativa é uma arquitetura natimorta. Simples construção, sem nome, sem proposito, sem personalidade. Como poderia tal obra sobreviver aos avanços do tempo, muda, silenciosa, sem contexto, sem conceito? Apenas um agregado de elementos inorgânicos...” CONTEÚDO INTEGRAL: https://ragnersilva.wixsite.com/virtualiepoetic/prefacio

O ARQUITETO DE NARRATIVAS FANTÁSTICAS “A junção de arquitetura e narrativas compreende bem o indivíduo encerrado no espaço, pois uma história só acontece quando existe o equilíbrio perfeito entre o lugar, o indivíduo e o tempo, mesmo que os percursos dessa narrativa permeiam os espaços imaginários, subjetivos e fantásticos. Onde estão os arquitetos do imaginário para os personagens idealizados?” CONTEÚDO INTEGRAL: https://ragnersilva.wixsite.com/virtualiepoetic/o-arquiteto-de-narrativas-fantastic

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RAGNER TOMPSON SILVA - VIRTUALIDADES E POÉTICAS: A NARRATIVA, O LÚDICO E O LUGAR

A LENDA DE ZELDA Se os profissionais da arquitetura são disciplinados para lidar com os aspectos imaginários. Se são eles formados para entender lugares e elementos que se iniciam apenas no mundo das ideias, de narrativas fantasiosas que se afloram das mentes mais criativas. Porque não a sua participação na construção de espaços imaginários, em terras de fadas, heróis e princesas? Poderia o reino de Hyrule ser sonhado por um arquiteto? CONTEÚDO INTERGAL: https://ragnersilva.wixsite.com/virtualiepoetic/a-lenda-de-zelda

“I CALL ARCHITECTURE FROZEN MUSIC…” ”A relação entre a música e arquitetura sempre foi intima, gostaria de exemplificar com os ressonantes órgãos de tubos preenchiam os distorcidos cenários barrocos e evocavam o medo do inferno. Ou a assepsia e melancolia do canto gregoriano nas grossas camadas de pedra das catedrais góticas.” CONTEÚDO INTERGAL: https://ragnersilva.wixsite.com/virtualiepoetic/i-call-architecture-frozen-music

TRINTA E UM ANOS EM HYRULE “A Lenda de Zelda caminha muito para além do imaginário do jogador. Em 2017 a série The Legend of Zelda completou 31 anos e ainda assim continua sendo premiado como um dos melhores games virtuais da história dos videogames. Não só nos aspectos tecnológicos o game é aclamado, sua maior força concentra-se na capacidade que encontra para contar a épica história sobre o reinado de Hyrule...” CONTEÚDO

INTEGRAL:

https://ragnersilva.wixsite.com/virtualiepoetic/trin-

ta-e-um-anos-em-hyrule

POSFÁCIO ”Desde o princípio, no tratado da arquitetura clássica idealizado por Vitrúvio, a arquitetura está diretamente associada as artes. Não só a arte mais também outros campos e ofícios. Dessa forma podemos reconhecer a arquitetura como um campo multidisciplinar.” CONTEÙDO INTEGRAL: https://ragnersilva.wixsite.com/virtualiepoetic/posfacio

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RAGNER TOMPSON SILVA - VIRTUALIDADES E POÉTICAS: A NARRATIVA, O LÚDICO E O LUGAR

CONSIDERAÇÕES FINAIS E REFERÊNCIAS Acredito que a complexidade deste trabalho o torne um produto difícil de ser compreendido. Por este motivo busco nestas limitadas páginas uma forma generalizada de demonstrar o quanto minhas intenções são fiéis ao proposito desta disciplina que visa atestar a aptidão do graduando na transformação para profissional. Sou motivado pelas minhas crenças, aos meus anseios e a minha necessidade de exploração. Por isso este trabalho é mais que o cumprimento de uma etapa, mas uma forma de expressar minha paixão por este campo que é a arquitetura e urbanismo. O videogame e seus ambientes mágicos e a capacidade do arquiteto de fazer “magica” para tornar reais ambientes imaginários. Estes aspectos que quero compreender, não só neste momento, mas para um futuro profissional. Mesmo que este seja um momento limitado e de prazos calculados, as minhas intenções são atemporais. Mas gostaria para este momento, agradecer a oportunidade por poder começar aqui tudo isso. Agradecer principalmente a minha querida orientadora a Mestra Amanda Machado que não só me orientou, mas que me encorajou a lidar com algo tão subjetivo, sem deixar que eu perdesse a coragem. E também a todos os demais professores que contribuíram com informações sobre o tema com materiais interessantíssimos. Gostaria de agradecer também aos meus colegas que foram positivamente influentes em todo o processo, demonstrando curiosidade e interesse que foram grande parte da minha motivação. No mais, espero que o que tenho a demonstrar na banca final seja algo que esteja nas expectativas dos que me apoiaram. Vocês foram minhas referências juntamente com os gigantes invisíveis Eisenman, Venturi, Pallasmaa e Ingels. Obrigado

TO BE CONTINUED... 61


SÃMELA MOREIRA - O TRAÇO CONTEMPORÂNEO

O TRAÇO CONTEMPORÂNEO: UMA ANÁLISE SOBRE A FAMILIARIZAÇÃO DO GRADUANDO EM ARQUITETURA E URBANISMO COM O CROQUI DE CONCEPÇÃO.

Esta pesquisa surge como resultado da vivência como graduanda do curso de Arquitetura e Urbanismo no Centro Universitário do Leste de Minas (Unileste) decorrente de um questionamento sobre o papel do croqui de concepção em meio a novas tecnologias e seu papel dentro do processo criativo. A essência do traço é investigada como ferramenta natural do homem e suas potencialidades. O resultado é direcionado ao graduando onde pontos chaves relacionados ao estímulo do croqui de concepção estruturam a proposta final de cunho ‘HANDS’ - EGON SHIELE (2000)

acadêmico.

Em um primeiro momento esta

O processo criativo e sua ligação

pesquisa teve como base uma análise sobre a

com o croqui de concepção são explorados

ligação das mãos, mente e traço. O instinto e a

como fatores relacionados a habilidades pura-

relação do homem ao decorrer de sua história

mente humanas, decorrente da análise de

trazem o expressar do traço como registros de

fatores que caracterizam as possibilidades de

uma cumplicidade encontrada desde interi-

automação. Fechando assim os três pontos

ores de cavernas contando histórias a esboços

principais tratados ao decorrer deste trabalho:

de ideias em um pedaço de papel avulso.

a identidade do traço, a criatividade humana e o estímulo dos mesmos como nossa ferramenta natural.

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Sãmela Paula R. Moreira samelapaula@gmail.com


SÃMELA MOREIRA - O TRAÇO CONTEMPORÂNEO

JOÃO DINIZ – JOÃO DINIZ ARQUITETURAS, 2002, P.31

O INSTINTO INVESTIGATIVO DAS MÃOS E A IDENTIDADE DO TRAÇO. O traço caracteriza-se como mecanis-

Sendo o croqui de concepção um pro-

mo de expressão do homem desde seus primór-

cesso de representação espontânea, seu papel no

dios. Ilustrações rupestres tornaram-se registros e

processo de criação torna-se uma forma de regis-

fontes de pesquisas, assim como na infância

tro, onde o arquiteto entra em seu mundo mental,

linhas e histórias surgem através de rabiscos em

unindo-se memória, percepção e sua identidade.

superfícies consideradas às vezes inadequadas.

O ato de esboçar, esquematizar e destrinchar

O anseio de registro e a sensação investigativa

ideias aleatórias em uma superfície caracteriza o

levaram o homem primitivo assim como a

instinto investigativo das mãos.

criança a uma tela não delimitada; assim, não por

As experiências, tentativas e erros fazem

mera coincidência, ao buscar acompanhar sua

parte do processo de criatividade. E quando se

fonte destes traços, a mente, ambos chegam a

trata de projetar, criar determinados espaços que

uma única ferramenta em comum, suas mãos.

serão vivenciados por outros, a busca por ideias e

Tendo ligação direta com o ato de expressar pensamentos, as mãos por muitas

soluções criativas deve ser o papel do arquiteto e urbanista.

vezes levaram o homem a descobertas e a possibilidades excêntricas de comunicação.

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SÃMELA MOREIRA - O TRAÇO CONTEMPORÂNEO

Certamente, a flexibilidade das mãos do homem tanto em sua mobilidade, capacidade de aprendizado e suas funções são extraordinárias.

Ao tocar em algum objeto

ou superfície, o homem apropria-se de sua essência e detecta suas características através das mãos, antes mesmo de formular um pensamento sobre tal elemento.

Assim como

ferramenta exploratória, a mão também exerce o papel de um ‘portal’ entre a mente humana e o registro destes pensamentos. As mãos do homem são verdadeiros espelhos ao mundo, através das mãos consegue-se caracterizar e analisar diversos fatos sobre seu portador. Expressões, marcas na LEE JEFFRIES - PORTRAITS OF THE HOMELESS

pele, calos e até mesmo deformações podem traduzir muito sobre a personalidade de alguém. Sentimentos como fé, ansiedade, força; posição social, estado civil e ocupação também são expostos a sociedade através das mãos. Ao iniciar um croqui, as intenções, percepção e o mecanismo das mãos tornam-se uma única entidade. Ao imaginar um espaço, suas texturas e objetos a mão toma partido sobre a criação, assim, em colaboração direta a imaginação, o desenho surge sincronicamente entre a imagem mental e o traçado das mãos. Tornando impossível decifrar a sequencia de surgimento entre concepção e intensão.

Ao contextualizar o uso do desenA arquitetura também é um produto das mãos sábias. [...] Ao longo dos árduos processos de projeto, as mãos frequentemente assumem as rédeas na investigação de uma visão, de uma vaga suspeita que em determinado momento se transforme em um esboço, uma materialização de uma ideia.

ho como forma de registro dentro da arquitetura, o traço do arquiteto-artesão na idade média ainda era reflexo de uma forma livre de expressão e sem regras, uma herança de figuras rupestres de seus antepassados. Este processo de criação onde o croqui de concepção é introduzido esta ligado a este momento investigativo primiti-

JUHANI PALLASMAA - As Mãos Inteligentes - 2013, p.17

vo, onde a mão é inserida como cumplice e auxiliadora da criação. A bagagem contida na mente do graduando passa a ser material

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para que as ideias surjam.


SÃMELA MOREIRA- O TRAÇO CONTEMPORÂNEO

UMA FERRAMENTA NATURAL:

. Já a segunda classificação, o robô, é descrita

Não se pode cogitar a concepção de um

como uma ampliação de nossas características,

projeto arquitetônico sem o auxilio de softwares

como mais força, rapidez e sem exaustão, tendo

em pleno século XXI. A substituição de ferramen-

como exemplo a memória de um aparelho celular

tas nos escritórios de arquitetura revolucionou

que, tendo como medida a memoria humana é

não somente a concepção de um projeto, mas

ampliada para que possa atingir números inimag-

também a forma individual de pensar e produzir

ináveis de armazenamento. Simplificadamente, as

ideias. O que se reflete na preparação do gra

ferramentas replicantes mostram ao homem

duando para um conhecimento voltado a essas

como ele é, já o robô, o que se pode tornar.

A FERRAMENTA ROBÔ TORNA-SE AUXILIAR AO SE CONSIDERAR AS HABILIDADES MANUAIS

ferramentas.

Ao analisarmos as ferramentas-espelho que com-

Sennett (2009, p.101) utiliza a expressão

põem o ofício do arquiteto urbanista é possível

‘ferramenta-espelho’ para classificar utensílios

avaliar o grau de substituição de suas habilidades

que segundo o autor traz ao homem a reflexão

por softwares. Desenhos técnicos podem ser pro-

sobre si mesmo. Estas denominadas ferramen-

cessados completamente através de programas

tas-espelho são separadas em dois tipos: o repli-

destinados a esta tarefa, inclusive portando-se

cante e o robô. O autor exemplifica sua classifi-

como robôs, onde sua precisão ultrapassa a do

cação, sendo o primeiro como o marca-passo,

homem. Incluem-se nestas ferramentas os soft-

como uma máquina que fornece energia para

wares capazes de criar espaços tridimensionais e

que o coração funcione como deveria ser

levar ao profissional e ao cliente uma visão mais

biologicamente. São ferramentas que imitam a

clara do espaço projetado.

ação do homem espalhando em nossas funções.

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SÃMELA MOREIRA - O TRAÇO CONTEMPORÂNEO

O GRADUANDO E O ESTÍMULO DAS MÃOS: A AUTONOMIA DO TRAÇO Ao iniciar um croqui, as intenções,

ias a uma análise externa pode leva-lo a uma

percepção e o mecanismo das mãos do gra

desistência a tentativas, abortando-se o uso do

duando torna-se uma única entidade. Ao ima

croqui de concepção em meio a outras ferra-

ginar um espaço, suas texturas e objetos a mão

mentas que, caracterizam-se por transparecer

toma partido sobre a criação, assim, em cola

uma aparência mais sólida de uma proposta.

boração direta a imaginação, o desenho surge

O USO DO CROQUI DE CONCEPÇÃO

sincronicamente entre a imagem mental e o traçado das mãos. Tornando impossível decifrar a sequencia de surgimento entre concepção e intensão.

Tendo como base o estudo sobre pontos importantes ligados ao papel das mãos

Durante o processo individual de

como ferramenta de criação, uma pesquisa dire-

criação, o graduando encontra-se em meio a

cionada ao graduando serve como ponto inicial

suas próprias referências e memórias. O pro-

para o desenvolvimento da atividade modelo

cesso que se inicia ao propor uma solução ao

denominada

que lhe foi imposto é composto por diversas

estímulo do instinto, reflexo e memória ligados a

fases, onde a incerteza, a insegurança e até

essência do croqui de concepção.

mesmo a não familiarização em expor suas ideOFICINA ‘DESMUNHECANDO’: ESTIMULANDO MÃOS E MENTE ( ATIVIDADE TCC I )

66

‘Desmunhecando’,

voltada

ao


SÃMELA MOREIRA - O TRAÇO CONTEMPORÂNEO

As atividades desenvolvidas e aplicadas objetivaram a familiarização do aluno com o croqui de concepção, apresentando de forma dinâmica os elementos que compõem a essência do traço. Sendo os pontos principais a ligação das mãos com a mente e seus instintos e aconteceram em quatro momentos: - Desmunhecar: Estímulo muscular das mãos. - Memória: Traço e memória são interligados em atividades que envolvem a ilustração de objetos e ambientes já não presenciados ATIVIDADES APLICADAS AOS ALUNOS NA OFICINA ‘DESMUNHECANDO’ - MEMÓRIA E DITADO

pelo aluno com o passar dos anos.

- Ditado em formas: Em grupo, alunos são expostos a um conjunto de palavras e estimulados a registrar de forma rápida os elementos. - Melodia em traços: Voltado para o instinto contido na ligação das mãos e mente, em uma folha em branco o traço acompanha a melodia.

DITADO EM PALAVRAS - ATIVIDADE VOLTADA PARA O ESTÍMULO DO REFLEXO DO TRAÇO

HEDWIG'S THEME - JOHN WILLIAMS

3 -LEÃO-RUA-SOL-ARAME-CONTROLE REMOTO-CRAVO-SORVETE-AMENDOIN-TOMADAGARRAFA-ESCOVA-CHUVA-COBRA-SOFÁ-DENTE-CALÇA-RABO-COPA-BICICLETA-BARRIU

A MELODIA EM TRAÇOS - ATIVIDADE VOLTADA AO ESTÍMULO DO TRAÇO INSTINTIVO

67


Em seguida foi realizado um levantamento relacionado ao ensino do desenho dentro da grade atual do curso. Após análise da pesquisa e este levantamento a proposta se fechou em um desenvolvimento de atividades voltadas ao estímulo e autonomia do aluno sobre a FERRAMENTA NA TURAL, onde a essência do traço foi priorizada a fim de contribuir pra a autonomia do graduando ao uso do croqui de concepção.

Este trabalho de finda como proposta de reestabelecer e levantar uma análise sobre o papel do croqui de concepção durante o processo criativo, voltado ao estímulo do graduando e sua autonomia sobre uma ferramenta caracterizada como natural ao homem, a mão. Torna-se necessária uma abertura ao pensamento crítico sobre quais ferramentas são auxiliares e quais são extensões naturais ao nosso pensamento, fonte de nossa maior ferramenta, a

68

ideia.


SÃMELA MOREIRA - O TRAÇO CONTEMPORÂNEO

Atividade ‘Identidade do traço’: A partir dos traços de uma melodia.

Mãos e traço como ferramentas naturais do homem e cumplices de criação Desenhos avulsos de alunos colhidos durante aplicação de questionários em sala de aula.

Oficinas e atividades com participação direta de alunos.

Traço, imaginação e manipulação (Desenhos traçados com linhas)

69


TAMIRES TUSCHTLER - MUNDO INVERTIDO: ACESSIBILIDADE DAS PESSOAS CANHOTAS NA ARQUITETURA

MUNDO INVERTIDO: ACESSIBILIDADE DAS PESSOAS CANHOTAS NA ARQUITETURA Os

canhotos

representam

uma parcela significativa da população mundial e por esta razão enfrentam dificuldades no uso de determinados produtos, uma vez que atualmente os comercializados

no

mercado

são

desenvolvidos para o uso de destros. Segundo os princípios de Design, em quaisquer âmbitos se pressupõe a utilização de uma diversidade de produtos que atendam comercial, estética e principalmente funcionalmente às pessoas com capacidades limitadas ou não, mais especificamente o público infantil, objeto deste estudo. A MARCA

Portanto, possuímos a necessidade

no âmbito do design e da arquitetura, afim de

de promover designs universais, sem sepa-

avaliar as necessidades e embasar possíveis

ração

soluções para os problemas na adaptaçao e

de

capacidades,

habilidades

ou

preferências de modo que todos possam utilizar sem dificuldades e limitações. Devido a isso, o presente estudo levanta e discute questões sobre a acessibili-

educação ao mundo destro. De acordo com Raymond (1996), 10% a 13% da população têm preferência no uso da mão esquerda, ou seja, são canhotos.

dade das crianças canhotas nas salas de aulas,

70

Tamires Tuschtler Ribeiro tamirestuschtler@gmail.com


TAMIRES TUSCHTLER - MUNDO INVERTIDO: ACESSIBILIDADE DAS PESSOAS CANHOTAS NA ARQUITETURA

DESIGN UNIVERSAL E ACESSIBILIDADE

CANHOTOS, ARQUITETURA E DESING Trata-se de uma parcela significativa que

necessários, no entanto, objetos manuais necessi-

é muitas vezes desconsiderada pela arquitetura e

tam apresentar-se aptos para o uso com as dife-

design sendo obrigados a fazer uso de espaços e

rentes mãos, direita e esquerda, o que deve ajudar

produtos que são criados para destros. Quando

na melhoria da acessibilidade e usabilidade dos

ocorre uma certa dificuldade ao usar produtos

produtos, minimizando assim os “atritos” entre

que não atendam a demanda, o certo seria

usuário e o produto.

empregar produtos em que seu uso possa ser

Nesse contexto, é grande o número de

benéfico, satisfatório e comerciável, porém um

obstáculos, complicações, adversidades, entre

produto

com

outros proble- mas que crianças canhotas são

princípios importantes, como: possibilidades de

forçadas a lidar ao praticarem algumas de suas ativ-

uso, flexibilidade, praticidade, acessibilidade,

idades no dia-a-dia. Muitos desses obstáculos

estética, tolerância para o erro, interação, entre

estão presentes na sala de aula e podem ocasionar

outros. Pois, pressupõe-se que a permissão do

em dificuldades de aprendizagem. A arquitetura e o

objeto para ser usado por destros ou canhotos é

design possuem uma grande responsabilidade e

a assimetria, porém nem sempre ela é levada em

desafio para apreender novos conceitos para algu-

conta.

mas complexidades, afim de propiciar adaptação,

comerciável

deve

cumprir

Para que o canhoto possa desenvolver suas atividades no dia-a-dia confortavelmente, a criação e acessibilidade de objetos específicos

conforto, função e estética aos usuários, favorecendo em sua evolução e educação.

71


TAMIRES TUSCHTLER - MUNDO INVERTIDO: ACESSIBILIDADE DAS PESSOAS CANHOTAS NA ARQUITETURA

A ergonimia é o estudo da adaptação do trabalho ao homem. A definição mais antiga é da Ergonomics Society, da Inglaterra: “Ergonomia é o estudo do relacionamento entre o homem e seu trabalho, equipamento, ambiente e particularmente, a aplicação dos conhecimentos de anatomia, fisiologia e psicologia na solução dos problemas que surgem desse relacionamento”. Contudo entende-se que a ergonomia estuda várias causas que induz na execução de produtos procurando minimizar os efeitos negativos sobre o usuário. Assim, ela procura reduzir fatores insatisfatóros, possibilitanto garantia e satisfação aos usuários, durante a relação com EFEITOS NEGATIVOS SOBRE O USUÁRIO.

os produtos.

A ergonomia é enfatizada no âmbito do trabalho, tendo em vista que no ambiente contemporâneo o design abarca todo o cotidiano, seja ele laboral ou não. Enfim, o design está presente na vida dos seres humanos com maior intensidade, ainda que o design nacional se difere bastante da concepção comercial dos países do cone norte, ou seja, não é acessível financeiramente a todas as classes sociais e está a serviço dos mais favorecidos. Espera-se que essa concepção seja revista entre os profissionais da área. É fundamental compreender o que é design universal e quais são os seus princípios básicos. Entende-se que “desgin para todos” é representado como intermédio sobre serviços, produtos e espaços com o objetivo de possibilitar a inclusão, independentemente de quaisquer circunstâncias. O design para todos pretende resolver problemas específicos em geral, tornando-se irrelevantes as questões que envolvem pessoas com incapacidades ou a outros grupos de populção. Entende-se que o produto precisa ser útil, funcional, estético e acessível no mercado e ao público, independentemente das habilidades desenvolvidas por cada usuário, atingindo uma grande variedade de pessoas de forma que sua utilização e adaptação atenda ás suas necessidades. E por fim, o design deve oferecer a dimensão e volumetria para o uso e interação apesar do tamanho, postura ou mobilidade dos usuários.

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TAMIRES TUSCHTLER - MUNDO INVERTIDO: ACESSIBILIDADE DAS PESSOAS CANHOTAS NA ARQUITETURA

Se por um lado os designers são capazes

Mediante a realização de pesquisa biblio-

de gerar conceitos criativos para novos produtos,

gráfica e de campo, que foi na Escola Municipal

por outro há cerca de 6 bilhões de pessoas no

Vereador Joaquim de Ávila Neto, em Coronel

mundo que têm suas próprias ideias sobre o que

Fabriciano-MG, afim de levantar dados para

gostariam. Assim, outra forma de gerar ideias para

idealizar a criação de um produto esfecífico que

produtos é descobrir quais são as necessidades e

atenda as expectativas e necessidades das crianças

os desejos do público.(RICHARD,2010).

canhotas dentro da sala de aula. Por esta razão,

No mundo contemporâneo as tecnolo-

preocupamo-nos não com o desenvolvimento de

gias são inúmeras e diversificadas e é pratica-

habilidades específicas, mas com o desenvolvi-

mente

estar

mento de certas atividades que são gerais ao

presente na pesquisa dos designer de forma con-

organismo. As mais importantes entre elas são a

tundente.

lateralidade e a direcionalidade.

impossível

a

lateralidade

não

CORPO DESIGN ERGONOMIA Segundo alguns arquitetos e designers

Estas

duas

funções

criança

mobiliário

postura

dependem

dos

renomeados como, Walter Gropius, Charles

padrões do movimento e da aprendizagem da pos-

Eames, Mies Van Der Rohe, Rem Koolhaas, Oscar

tura e dos ajustes de movimento.

Niemeyer, entre outros, observa-se que o âmago

Vamos querer favorecer o desenvolvi-

de cada conceito expressos ao longo da história e

mento motor da criança,mas vamos querer guiá-la,

em todos os tempos a preocupação com a socia-

também em direção a estas atividades mais gerias.

bilização dos seres humanos. Todos têm em

Observando as atividades que exigem

comum a ideia de equilíbrio no alcance e nos

mais esforço dos alunos, como escrever ou colorir,

usos de todas as coisas que permeiam o universo

são ações que necessitam o uso intenso do mo-

humano.

biliário, essas tarefas exigem maior conforto, ergonomia e estética, e são um dos pontos mais negativos que as

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TAMIRES TUSCHTLER - MUNDO INVERTIDO: ACESSIBILIDADE DAS PESSOAS CANHOTAS NA ARQUITETURA

professoras destacaram, visto que executar atividades em que o design do mobiliário não favorece pode causar qualquer lesão, devido à má postura ou mal-uso. O principal fator observado diz respeito à ergonomia e design, e foi identificado o fato dos alunos canhotos se inclinarem junto ao caderno. Além da questão do design tem-se que considerar a ambientação emocional onde o portador de lateralidade está sendo direcionado para alcançar a vida adulta sem distorções psicológicas. Embora este tema parecça relacionado apenas à psicologia é mais um fator no qual o designers deveriam estar atentos. Com a finalidade de melhorar as atividades exercidas por essas crianças, foi projetado um novo modelo de carteira escolar, que possa favorecer o indivíduo canhoto, amenizando suas dificuldades, ajudando no seu desempenho escolar, mas que também possa ser usufruído pelas outras crianças sem causar constrangimentos nas diferenças. CROQUI - PROJETO.

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TAMIRES TUSCHTLER - MUNDO INVERTIDO: ACESSIBILIDADE DAS PESSOAS CANHOTAS NA ARQUITETURA

O PROJETO

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TAMIRES TUSCHTLER - MUNDO INVERTIDO: ACESSIBILIDADE DAS PESSOAS CANHOTAS NA ARQUITETURA

cabeça esférica multifunção

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Linha de Pesquisa

MEIO AMBIENTE, PLANEJAMENTO URBANO E REGIONAL


JOSILÉIA BRIDI SCARDUA - MEIO AMBIENTE, PLANEJAMENTO URBANO E REGIONAL

ARQUITETURA DO PRAZER - HIVE

“Toda experiência comovente com a arquitetura é multissensorial; as características de espaço, matéria e escala são medidas igualmente por nossos olhos, ouvidos, nariz, pele, língua, esqueleto e músculos. A arquitetura reforça a experiência existencial, nossa sensação de pertencer ao mundo,

e

essa

é

essencialmente

uma

experiência de reforço da identidade pessoal. Em vez da mera visão, ou dos cinco sentidos clássicos,

a

arquitetura

envolve

diversas

esferas da experiência sensorial que interagem e fundem entre si.” (Juhani Pallasmaa, p. 39)

ARQUITETURA SENSORIAL

SENTIDOS FUNDAMENTAIS

pode ser sensorial,

Nós, seres humanos, temos cinco

pode tocar as pessoas a partir de uma experi-

sentidos fundamentais, são eles: audição, olfa-

mentação fora

do cotidiano dela, o corpo

tivo-gustativo, háptico, visão e orientação .

pode ser estimulado de outras formas. pelo

São eles que propiciam o nosso relacionamen-

espaço e pela arquitetura.

to com o ambiente. Com esses sentidos o

A arquitetura

nosso corpo percebe o que está ao nosso O espaço pode influenciar o corpo.

redor e isso nos ajuda a sobreviver e integrar com o ambiente em que vivemos.

Josiléia Bridi Scardua

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josyscardua@gmail.com


JOSILÉIA BRIDI SCARDUA - MEIO AMBIENTE, PLANEJAMENTO URBANO E REGIONAL

CÓLMEIA - SER CONSTRUÍDO POR TODOS, PROCESSO DE CONSTRUÇÃO CONTÍNUO, PONTOS QUE ESTIMULEM O CORPO

MEL - GOSTO, SENSAÇÃO DE TRANQUILIDADE, ALTERAÇÃO SENSORIAL, TEXTURAS.

HIVE Com o passar do tempo, o nosso cotidiano se torna não estimulador das sensações,

Os ambientes naturais proporcionam, despertam com muita facilidade o prazer nas pessoas.

os atos ficam muito automáticos, o

urbano já não estimula mais as pessoas, as

O QUE É O HIVE

construções, os locais passam despercebidos.

HIVE É UM BANCO DE DADOS - APLICATIVO

Diante dessa analise, foi feito a partir do meu

+

conhecimento pessoal, um mapeamento de

UM PROCESSO DE CONHECIMENTO E INCENTI-

alguns locais na natureza das cidades da região

VO

que nos proporcione esses estímulos.

ARQUITETÔNICAS + DIVULGAÇÃO)

A

EXPERIMENTAÇÃO.

(INTERVENÇÕES

Nasce assim O projeto HIVE, de um mapeamento das áreas proporcionadoras de prazer na

OBJETIVO DO HIVE

Região Leste de minas Gerais.

Ser uma forma de experimentação sensorial, valo-

O HIVE, projeto colmeia, tem por objetivo esti-

rização da região, valorização do individuo.

mular a população em geral a conhecer, visitar,

Pois o individuo quando atua ele vai construir a

os locais na natureza que são fáceis proporcio-

COLMEIA.

nadores de sensações. Colmeia, pois esse banco de dados poderá ser alimentado pela população em geral, a partir de suas experiências sensoriais.

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JOSILÉIA BRIDI SCARDUA - MEIO AMBIENTE, PLANEJAMENTO URBANO E REGIONAL

PLACAS DE SINALIZAÇÃO DOS PONTOS MAPEADOS

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JOSILÉIA BRIDI SCARDUA - MEIO AMBIENTE, PLANEJAMENTO URBANO E REGIONAL

MAPEAMENTO PARA IMPLANTAÇÃO DAS OBRAS EFÊMERAS INTERVENÇÕES ARQUITETÔNICAS PARA POTENCIALIZAR OS ESPAÇOS, AS SENSAÇÕES.

O local escolhido para se implantar as obras efêmeras é o - PERD - Parque Estadual do Rio Doce. Está localizado na Região do Vale do Aço, entre os municípios de Marliéria, Dionísio e Timóteo a 248 km de Belo Horizonte.

CONHECENDO O PERD O parque está inserido em uma região que se configura como o terceiro maior ecossistema lacustre do Brasil, perdendo apenas para o Pantanal e a Amazônia. Somente em seu interior, a unidade de conservação abriga 40 lagos naturais, dentre eles, destaca-se a Lagoa Dom Helvécio, com 6,7 Km² e profundidade de até 32,5 metros. As lagoas abrigam uma grande diversidade de peixes, que servem de importante instrumento para estudos e pesquisas da fauna aquática nativa. A Mata Atlântica, bioma que domina a unidade, é morada de animais ameaçados de extinção como a onça pintada e o mono-carvoeiro, maior primata das Américas.

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JOSILÉIA BRIDI SCARDUA - MEIO AMBIENTE, PLANEJAMENTO URBANO E REGIONAL

ATRATIVOS - Passeios de caiaque, canoa, barco a remo e motorizado; - Pesca; - Banho na principal lagoa do parque; - Trilhas próprias para os turistas; - Mirante onde se vê a riqueza natural do parque; - Centro de visitantes; - Capela; - Centro de Convenções; - Loja de artesanatos. ONDE COMER - Restaurante; - Preparar a sua própria comida nas áreas comuns. ONDE FICAR O Parque possui estruturas de hospedagem para todos os gostos. - Pousadas com diversas tipologias; - Alojamentos para pesquisadores; - Área de camping, com estacionamento, banheiros, áreas de convivência e churrasqueiras. MAPEAMENTO 1- Quantas pessoas visitam o PERD por mês? 700 em média Capacidade dia de 2.000 visitantes 2- Quem são essas pessoas? Estudantes, turistas, pessoas da redondeza 3- Qual valor é cobrado para a entrada no PERD? Para passar o dia é R$10,00 por pessoa. 4- As visitas são mais incidentes no fim de semana ou durante a semana? Durante a semana recebemos escolas em média 50 alunos por dia , totalizando em média 1000 alunos.

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JOSILÉIA BRIDI SCARDUA - MEIO AMBIENTE, PLANEJAMENTO URBANO E REGIONAL

OBRAS EFÊMERAS A ponte abaixo será construida na proposta 2 do PERD, onde se tem uma vista privilegiada do Lago Dom Hélvecio.

A ponte será construída sobre andaimes multidirecionais, com peças de 1 metro, sobre sapata fixa e uma base de concreto. Essa estrutura poderá ser montada em qualquer lugar e à alturas diversas, pois os andaimes são modulados. A mesma terá um percurso em tela de aço, transparência para causar sensação de adrenalina, redes de circo em dois pontos, provocando a sensação de liberdade, uma vez que a ponte estará a 18 metros do solo. Como estará na altura das copas das árvores, as pessoas terão diversas sensações, o vento, o ar, o tocar das folhas, o contato com os bichos, a visão do Lago. Todos os sentidos serão aguçados. Poderá ser transportada dentro de containers de 20 pés

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JOSILÉIA BRIDI SCARDUA - MEIO AMBIENTE, PLANEJAMENTO URBANO E REGIONAL

OBRAS EFÊMERAS O complexo de boias infláveis será implantada na proposta 1, na parainha do PERD. A proposta desse complexo de boias, fabricadas em plástico resistente para flutuar, velcros para acoplarem umas nas outras e redes navais e chamar a atenção para uma área degradada, pouco utilizada. Esse projeto de boias pode se montar e desmontar em qualquer lugar, fácil transporte e instalação. O objetivo desse projeto é aproveitar o potencial

hidrográfico,

possibiltar

novos

ângulos fotográficos, estimular o toque, a refrescância e o relaxamento em contato com a água. Toque, olfato, visão e audição serão de alguma forma aguçados. A liberdade de se desacoplar do complexo e nadar no lago, irá trazer a sensação de liberdade, o escoregar do tobogã, adrenalina.

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THAÍS CRISTINA DOS SANTOS COSTA - PLANO PARTICIPATIVO DE REQUALIFICAÇÃO URBANA

PLANO PARTICIPATIVO DE REQUALIFICAÇÃO URBANA DA OCUPAÇÃO TERRA DE CANAÃ. No ano de 2012 na cidade de Timóteo, localizada no estado de Minas Gerais, iniciou-se o processo de ocupação urbana organizada em assentamentos precários, as comunidades que ali se abrigam começaram a ganhar visibilidade e apoio de instituições como as Brigadas Populares, devido ao crescente número de moradores dentro dessa realidade. Tal situação é consequência de um histórico de urbanismo insuficiente que, durante o desenvolvimento das cidades brasileiras, não conseguiu responder a demanda de infraestrutura necessária, levando ao aumento do número da população em assentamentos precários. BRASIL

“O

urbanismo

planejamento

brasileiro e

(entendido

regulação

urbanística)

aqui

como

não

tem

comprometimento com a realidade concreta, mas com uma ordem que diz respeito uma parte da cidade apenas.” (MARICATO, 2000, p.122).

TIMÓTEO | MG

Ausência de políticas 81.243 habitantes

Crise urbana

IBGE 2010

públicas que garantam o direito à moradia da população de baixa renda.

FORMAÇÃO DAS OCUPAÇÕES “A população carente, por não ter lugar para morar acaba indo para beira dos córregos. Uma cidade mais democrática do ponto de vista da moradia é também uma cidade menos poluída e melhor de se viver.” (Sala de notícias, 2014. Desafios da cidade.)

OCUPAÇÃO TERRA DE CANAÃ | TIMÓTEO

Thaís Cristina dos Santos Costa cscthais@gmail.com

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THAÍS CRISTINA DOS SANTOS COSTA - PLANO PARTICIPATIVO DE REQUALIFICAÇÃO URBANA

PROPOSTA

REQUALIFICAÇÃO X PARTICIPAÇÃO POPULAR Com o objetivo de solucionar os

Tendo em vista o aumento do número de

problemas ocasionados por esse urbanismo

ocupações urbanas na cidade de Timóteo e a

desenfreado

o Governo Federal desenvolveu

necessidade de trazer uma melhoria da condição

programas de políticas públicas, onde há um

de vida da população que vive nessas áreas,

conjunto de decisões, planos e ações voltados

propõem-se

a

para resolução de problemas de interesse público.

Participativo

de

Um dos problemas das políticas públicas de

Ocupação Terra de Canaã. Este plano consiste em

requalificação de ocupações urbanas é a ausência

ações, desenvolvidas através da participação da

da participação da população de forma efetiva

comunidade, destinadas a dar melhores condições

durante o processo, devido aos níveis de

à ocupação. A requalificação do espaço é buscada

manipulação por porte dos detentores do poder.

por meio da integração da área as necessidades da

De acordo com Aristoteles, “O homem é virtuoso quer governe, quer seja governado. [...] é cidadão

aquele

que

tem

capacidade

concepção

de

Requalificação

um

Plano

Urbana

da

vida contemporânea.

ONDE?

ou

Dentre as 8 ocupações urbanas existentes

oportunidade de participar do governo.”, portanto

na cidade Timóteo, foi escolhida a ocupação Terra

para que o processo de requalificação das

de Canaã, pois a comunidade dessa ocupação já

ocupações urbanas seja consolidado de forma

trabalha de forma organizada e estão engajados no

efetiva é necessário criar oportunidades para que

processo de luta pela moradia e direito à cidade.

a comunidade possa participar diretamente da

Além disso, o documentário Ouro em Pó,de Renata

realização do projeto.

Salas, feito dentro da ocupação,

é uma das

referências do projeto.

LINHA DO TEMPO | OCUPAÇÃO TERRA DE CANAÃ Início da ocupação

Processo de despejo

Suspensão

Terra de Canaã

vigente

porária do processo

ameça

a

retirada das famílas.

m a r. 2 0 1 2 As

instalações

2013

m a r. 2 0 1 5

de despejo.

2016

m a r. 2 0 1 7

Os moradores criam a

É fechado o acordo com o

própria

de

prefeito da cidade de Timó-

precarias, sem acesso

iluminação pública e

teo, que comprometeu-se

a água, luz e esgoto.

esgoto.

a regularizar a área.

comunidade

98

na

2014

são

rede

tem-


THAÍS CRISTINA DOS SANTOS COSTA - PLANO PARTICIPATIVO DE REQUALIFICAÇÃO URBANA

LOCALIZAÇÃO OCUPAÇÃO TERRA DE CANAÃ | TIMÓTEO

METODOLOGIA O objetivo da metodologia é entender, a partir da comunicação com a comunidade, as necessidades da ocupação. Sejam elas estruturais ou sociais, para que seja traçado um plano de ações na área. Para que a Plano seja realizado com a devida participação da comunidade, todas as etapas de trabalho serão realizadas por meio de oficinas. Estas oficinas tem como objetivo aproximar os moradores da ocupação do projeto, tornando-os parte ATIVA do processo.

ETAPAS DE TRABALHO Elaborar

as

formas

de

Mapeamento físico

abordagem a comunidade

sensorial da ocupação.

e cronograma.

e

Propostas de ações que serão registradas

no

Plano.

1 METODOLOGIA Levantamento

2 LEVANTAMENTO

3

MAPEAMENTO

4

DIAGNÓSTICO

5 PROPOSIÇÃO DE AÇÕES

dos

primeiros conceitos do plano

e

necessidades

básicas da comunidade.

Análise

dos

dados

coletados.

99


THAÍS CRISTINA DOS SANTOS COSTA - PLANO PARTICIPATIVO DE REQUALIFICAÇÃO URBANA

1. METODOLOGIA Para que o Plano de Requalificação fosse de de forma efetivo quanto a participação social, foi criado um cronograma sistemático das atividdes, que ao longo do processo foi modificado pela comunidade a partir da disponibilidades deles. A elaboração das oficinais e reuniões de planejamento, assim como apresentação do projeto para a comunidade fazem parte da metodologia de trabalho.

CRONOGRAMA MENSAL Metodologia

Levantamento

FEV.

Mapeamento

MAR.

Mapeamento

X

Diagnóstico

ABR.

Diagnóstico Proposição de Ações

MAI.

JUN.

1.1 APRESENTAÇÃO DO PROJETO A apresentação da proposta de projeto

Objetivos:

foi realizada através de uma reunião com apoio

1)Auxiliar na integração entre os participantes.

da coordenadora das Brigadas Populares do

Desenvolver a solidariedade e a força da união de

Vale do Aço, Flávia Nolasco. Neste dia foi

grupos;

distribuído o Termo de autorização do uso de

2) Perceber a importância do planejamento para

imagem, para que todas as oficinas pudessem

a resolução dos

ser registrada e a partir da disponibilidade dos

problemas e estimular o respeito à opinião do

moradores definirmos a data da primeira oficina.

outro.

Atividade realizada Dinâmica: Nó humano

22 Fev.

25 pessoas

40 min.

APRESENTAÇÃO DO PROJETO - OCUPAÇÃO TERRA DE CANAÃ | TIMÓTEO

100


THAÍS CRISTINA DOS SANTOS COSTA - PLANO PARTICIPATIVO DE REQUALIFICAÇÃO URBANA

2. LEVANTAMENTO 2.1 OFICINA 1: ENTENDENDO O PLANO Com

o

objetivo

de

introduzir

a

comunidade ao tema “ Requalificação Urbana ” a primeira oficina proposta foi dividia em 3 atividades: 1- O que é requalificar? Objetivo: ATIVIDADE 2 - ÁRVORE DOS SONHOS

Entender o conceito de requalificação urbana. Dados Coletados: Identificação

3 - Muro das lamentações

de

elementos

paisagisticos

e

Objetivos:

urbanísticos.

Perceber quais são os maiores desafios coletivos da

Discussão sobre a importância de áreas públicas e

comunidade que precisam ser solucionados para

moradia.

garantir melhor qualidade de vida às pessoas. Promover a organização do pensamento coletivo, visando um planejamento futuro. Dados coletados: Maior participação dos moradores /Recursos financeiros/ Estrutura emocional/socia/ Diálogo com a Prefeitura Municipal

ATIVIDADE 1 - O QUE É REQUALIFICAR?

2 - Árvores dos sonhos Objetivo: Fazer com que a comunidade possa sonhar com um espaço melhor para viver; Resgatar idéias comuns

para

melhor

qualidade

de

vida;

Organização do pensamento coletivo, visando um planejamento futuro.

ATIVIDADE 3 - MURO DAS LAMENTAÇÕES

Dados coletados: Creche/ Brinquedos / Asfalto / Coleta seletiva /

04 Mar.

09 pessoas

1h30 min.

Água e luz /Reflorestamento do córrego / Regularização / Arborização das ruas / Emprego/ Moradia/União da comunidade/ Respeito.

101


THAÍS CRISTINA DOS SANTOS COSTA - PLANO PARTICIPATIVO DE REQUALIFICAÇÃO URBANA

3. MAPEAMENTO 11 Mar.

18 Mar.

17 Mai.

24 Mai.

27 Mai.

Oficina 2

Oficina 3

Reunião

Oficina 4

Oficina 5

Passeio Guiado

Conhecendo o

Apresentação do

Percepção de

Ocupação sob

Objetivos:

nosso espaço.

processo de projeto

medidas

medida.

Estimular uma

Objetivos:

Para definir as

Objetivo:

Objetivo:

nova percepção

Conhecer os

próximas etapas do

Apresentar as

Fazer o mapea-

dos participantes

elementos que

Plano, foi apresen-

técnicas de

mento das medidas

em relação ao

compõe a zona

tado todo o proces-

medição para que

dos lotes e vias da

ambiente em que

urbana e identificar

so executado até o

seja possível

ocupação.

vivem com intuito

a presença desses

mês de Abril. A

realizar o mapea-

de despertar o

elementos na ocu-

partir dessa reunião

mento das medidas

senso de pertenci-

pação a partir da

as datas das próxi-

dos lotes da ocu-

mento e de

visão dos próprios

mas etapas foram

pação.

responsabilidade

moradores.

marcadas.

MAPA MENTAL DESENVOLVIDO PELOS MORADORES DA OCUPAÇÃO NA OFICINA 3

102 100


THAÍS CRISTINA DOS SANTOS COSTA - PLANO PARTICIPATIVO DE REQUALIFICAÇÃO URBANA

4. DIAGNÓSTICO 27 Mai.

31 Mai.

08 Jun.

Bate-Papo sobre Plano Diretor e o

Bate-Papo sobre Meio Ambiente

Oficina 6

Estatuto de Cidade.

Objetivo:

Maquetando (parte 1)

Objetivo:

O Arquiteto e Urbanista Itallo

Objetivo:

A Arquiteta e Urbanista Kênia

Campos e a Bióloga Daniellen

Barbosa esteve na ocupação para

Martins estiveram na ocupação

falar um pouco sobre o Plano

para falar um pouco sobre o Meio

elementos estruturantes para o

Diretor de Timóteo, esclarecendo

Ambiente e a importância da sua

Plano de Requalificação Urbana e

as dúvidas da comunidade e

preservação. Essa discussão foi

que serão implementadas após a

levantando pontos importantes

muito importante para a

sua finalização. A discussão foi

para o processo de elaboração do

sensibilização dos moradores e

dividida a partir de 6 temas, sendo

Plano de Requalificação Urbana.

para reafirmar a ideia de que

eles: 1) Elaboração ou modificação

Os moradores puderam entender

quanto maior a interferência deles

de

melhor o que o papel deles no

no meio ambiente maiores serão

Urbanísticas;

processo e a importância de

os problemas enfrentados

estarem por dentro das questões

Levantar

as

requalificação,

Leis;

que

2) 3)

ações

de

são

os

Intervenções Intervenções

Arquitetônicas; 4) Elaboração de

judicalmente , além de prejudicar a modelo de gestão; 5) Sistema de

relacionadas a legislação e direito à

condição de vida dos próprios

informação e monitoramento; 6)

cidade.

moradores.

Financiamento de ações.

103


THAÍS CRISTINA DOS SANTOS COSTA - PLANO PARTICIPATIVO DE REQUALIFICAÇÃO URBANA

5. PROPOSIÇÃO DE AÇÕES 12 Jun.

14 Jun.

19 Jun.

Oficina 6

Oficina 6

Oficina 6

Maquetando (parte 2)

Maquetando (parte 3)

Maquetando (parte 4)

Objetivo:

Objetivo:

Objetivo:

Continuar

a

discussão

proposições,

e

demarcação

das

das Continuar a proposições,

promover áreas

a

na demarcação

discussão e das

das

promover

a

áreas

na

maquete. Neste dia discutimos e maquete. Neste dia discutimos e

Finalizar

a

discussão

proposições de ação, com

aos temas:

4)

Elaboração

Financiamento de ações.

de

2) Intervenções Urbanísticas;

modelo de gestão; 5) Sistema de

3) Intervenções Arquitetônicas.

informação e monitoramento;

PRODUTO FINAL O resumo das informações levantadas no processo de construção do Plano Participativo de Requalificação Urbana da ocupação Terra de Canaã será apresentado á comunidade no formato de uma mapa de bolso, contendo o plano de ação e a descrição do proesso de elaboração do projeto.

104

a

discussão do último tema: 5)

demarcamos as áreas referentes demarcamos as áreas referentes aos temas:

das

IMAGEM ILUSTRATIVA DA REPRESENTAÇÃO DO MAPA DE BOLSO


Linha de Pesquisa

PATRIMÔNIO


ARYEN LEISY ALVES - AS RUÍNAS SUBMERSAS DE FURNAS: PLANO DE RABILITAÇÃO CULTURAL PARA O DESTRITO DE PONTALETE TRÊS PONTAS/MG

OS 2/3 A Hidrelétrica de Furnas foi um ambicioso plano para a geração de energia no país, que em nome do progresso afetou diversas comunidades da região sul de Minas Gerais. Pontalete é um pequeno distrito da cidade de Três Pontas, que em meados das décadas de 40 e 50 vivia um PONTE SUBMERSA REAPARECE EM ESTIAGEM. FONTE: EQUIPE POSITIVA

grande

avanço

econômico

geográfico e populacional. Contudo com instalação da Hidrelétrica de Furnas o Distrito perdeu 2/3 de seu território, e assim como outras comunidades do Sul de Minas Gerais teve que aprender a tirar proveito do lago para

sobreviver.

Deixando

grande

parte de sua trajetória histórica, submersas e condicionadas a um possivel esquecimento.

DEMOLIÇÃO DA PONTE DE MADEIRA. FONTE: ACERVO MINEIRO

Possuindo o entendimento que patrimônio cultural se trata de elementos

discutido entre os profissionais necessitando de uma maior abrangência deste tema.

culturais que agregam valor e auxiliam para a formação de determinada sociedade através de sua trajetória. Questões patrimoniais volta-

Pontalete

dos para Arquitetura e Urbanismo em áreas alagadas no país ainda é um tema pouco

Aryen Leisy Alves

106

aryen211@gmail.com

Três Pontas(Sede)


ARYEN LEISY ALVES - AS RUÍNAS SUBMERSAS DE FURNAS: PLANO DE RABILITAÇÃO CULTURAL PARA O DESTRITO DE PONTALETE TRÊS PONTAS/MG

2-Residência José Batista

5

3-Residência “Cartório”

1 2 3 4

4-Residência do Costinha Ponte 5-Cafezal

DIAGNÓSTICO DO LOCAL O distrito após a inundação teve de

Em realaçao ao seus patrimônios em

readaptar sua economia. Antes voltada para a

Pontalete, Três Pontas reconhece 4 residências

agricultura e comércio hoje a população vive

e o Cafezal desconsiderando a principal Ruína

da piscicultura e principalmente do turismo do

causada por Furnas. A Ponte de Concreto, inau-

Lago de Furnas. Contudo ainda muito tímido

gurada pelo entao governador do Estado de

não explorando todo seu potecial de rendda.

Minas Gerais Juscelino Kubitscheck, foi salva

Localizado a 24,4Km da sede Três

pelos moradores da inundação. Em épocas de

Pontas além da sua proximidade com outras

secas submerge, sendo utilizada pela popu-

cidades locais, Pontalete possui equipamentos

laçao e trazendo à tona uma parte importante

que atendem satisfatóriamente a população

da história local.

em dias comuns. Com uma via apenas fazendo a ligação à cidade os moradores utilizam um linha de ônibus, carros próprios, alugados para se locomoverem. A Balsa é o principal veículo que o distrito possui para coméricio e transporte de pessoas reforçando a utilidade e ifluência do Lago de Furnas na geração que nasceu juntamente com a intervenção teritórial que a Hidrelétrica causou.

107


108


ARYEN LEISY ALVES - AS RUÍNAS SUBMERSAS DE FURNAS: PLANO DE RABILITAÇÃO CULTURAL PARA O DESTRITO DE PONTALETE TRÊS PONTAS/MG

INTERVENÇÃO PARA A VALORIZAÇÃO CULTURAL DAS RUINAS DE PONTALETE Para sanas as necessidades descobertas durante este estudo, foi proposto um a intervenção em áreas estratéicas de Pontalete com o objetivo de gerar uma nova renda para a populaçao local e transformar a área em uma novo polo educacional. valorizandas ruínas MIRANTE E CENTRO DE EDUCAÇÃO E ARTES DE PONTALETE

como patrimônio histórico local com trilhas direcinadas à ela alem de passeios aquaticos próximos à área.

ENTRADA DO CENTRO DE EDUCAÇÃO E ARTES DE PONTALETE

PIER

IMPLANTAÇÃO GERAL

TEATRO

TRILHA

ÁREA DE APOIO

PONTE SUBMERSA

NOVO ESTACIONAMENTO NOVO PIER COM ÁREA DE ALIMENTAÇÃO

0M

50M

100M 150M 200M

250M

300M

109


GUILHERME MARTINS RODRIGUES - ARQUITETURA CENOGRAFICA

ARQUITETURA CENOGRAFICA Pode ser considerada uma manifes-

No artigo de TCC1, foi abordado sobre

tação espacial que transita na linha tênue que

a influência da cenografia no corpo humano

existe entre a arquitetura e a arte.

levando

em

consideração

conceitos

da

arquitetura e urbanismo contemporâneos. Para isso, a pesquisa descreve sobre o entendimento de cenografia, arquitetura de interiores, fenomenologia e semiótica. Traça um paralelo da história da cenografia desde o início da civilização, sobre as influencias arquitetônicas, manifestações urbanas e a aplicação no momento contemporâneo. A metodologia aplicada a pesquisa foi teórica

qualitativa

de

procedimento

exploratório, foi utilizado como estratégia de estudo a leitura de livros, artigos, dissertações e obras de referências. A pesquisa contribuiu para entender se através do auxílio de artifícios da arquitetura contemporânea os espaços cenográficos são capazes de causar estímulos corporais e emoções. GALERIA MIGUEL RIO BRANCO, DIÁLOGOS COM AMAÚ

O objetivo geral da pesquisa foi identificar

e a semiótica para entender como podem ser

como a arquitetura contemporânea pode

promotoras de valores, sensações e estímulos.

potencializar a produção da cenografia. Para

Além de entender quais os artifícios contem-

isso, será investigado como a cenografia se

porâneos podem ser utilizados para promover

relacionou com a arquitetura ao longo da

espaços cenográficos.

história, analisadas a ciência fenomenológica

Guilherme Martins Rodrigues

110

guilhermegmr@hotmai.com.br


GUILHERME MARTINS RODRIGUES - ARQUITETURA CENOGRAFICA

RUAS DE ÁGUEDA, PORTUGAL

RELAÇÃO DA CENOGRAFIA E A ARQUITETURA E SEUS CAMINHOS ATÉ AS DIMENSÕES CONTEMPORÂNEAS A cenografia palavra de origem grega skénegraphein, que em sua definição é “a arte e

suas necessidades, sendo ela funcional, estética, tecnológica e social.

ciência de projetar e executar a instalação de

A Por ter soluções muita detalhistas e que

cenários” (URSSI, 2009, p.14). Vitrúvio (1946)

se atenta também a pequenas escalas de projeto,

também define cenografia em sua quinta edição

a cenografia é constantemente associada a

do livro De Architetura como a arte de desenhar e

dimensão de interiores, entretanto, ela tem sido

compor lugares.

uma solução que é capaz de promover espaços

A arquitetura é definida por uma ciência

destinados a manifestações artísticas de caráter

responsável pelo planejamento e projetos de

efêmero criando um campo específico de atu-

edificações de diferentes ambientes para difer-

ação.

entes tipos de atividades, também é definida por

Eliminando as fronteiras dos espaços

Costa (1940) como uma arte compostas pelo

fechados, a cenografia tem chegado à escala

conjunto de princípios, normas, técnicas e mate-

urbana, provando que se tais técnicas forem

riais utilizados para projetar o espaço, visando

utilizadas em comunhão as questões sociais, ao

determinada intenção plástica.

urbanismo e a arquitetura podem promover

Dentre os diferentes tipos de seguimentos,

espaços capazes de instigar o corpo e a mente a

a arquitetura de interiores segundo Civil (2011) se

desejos, afetos, medos, e diversos outros senti-

define como arte de projetar espaços internos,

mentos.

sendo capaz de melhorar a relação do indivíduo ao seu ambiente baseado no conhecimento de

111


GUILHERME MARTINS RODRIGUES - ARQUITETURA CENOGRAFICA

CONCEITOS A cenografia palavra de origem grega

Dentre os diferentes tipos de seguimen-

skénegraphein, que em sua definição é “a arte e

tos, a arquitetura de interiores segundo Civil

ciência de projetar e executar a instalação de

(2011) se define como arte de projetar espaços

cenários” (URSSI, 2009, p.14). Vitrúvio (1946)

internos, sendo capaz de melhorar a relação do

também define cenografia em sua quinta

indivíduo ao seu ambiente baseado no conheci-

edição do livro De Architetura como a arte de

mento de suas necessidades, sendo ela funcion-

desenhar e compor lugares.

al, estética, tecnológica e social.

A arquitetura é definida por uma ciência

Há pessoas mais sensíveis ao sentido da

responsável pelo planejamento e projetos de

visão, e a essas a arquitetura deve comunicar a

edificações de diferentes ambientes para difer-

mensagem, porque a imagem é uma linguagem

entes tipos de atividades, também é definida

universal. Cada espaço tem suas peculiaridades,

por Costa (1940) como uma arte compostas

sendo necessária a aplicação de teorias para que

pelo conjunto de princípios, normas, técnicas e

os artifícios se torne algo tangível na produção,

materiais utilizados para projetar o espaço,

para isso temos o auxílio da fenomenologia e

visando determinada intenção plástica.

semiótica.

A fenomenologia interpretada como o ”espírito do lugar”, ou “a expressão máxima da influência da arquitetura no corpo”, é responsável por gerar emoções ligadas à nossa alma, dessa maneira ela é capaz de dar significado ao ambiente. A semiótica é a ciência que estuda os símbolos e signos, capaz de dar significados e sentido à linguagem e comunicação no qual está intimamente ligada ao homem. O signo é a junção desses aspectos que podem atribuir a relação do homem ao espaço. MUSEU DO HOLOCAUSTO BERLIM

112


GUILHERME MARTINS RODRIGUES - ARQUITETURA CENOGRAFICA

ARQUITETURA COMO ESTRATÉGIA EM GERAR ESTÍMULOS NO CORPO E ESPAÇO A proposta de TCC 2 foi desenvolver um projeto cenografico com o uso de artifícios arquitetônico, após ter feito mapeamentos o edifício a ser trabalhado será a Casa de Memória, localizado no município de Timoteo. A Casa de Memória foi criada por um processo de valorização cultural no município de Timóteo. Ela é um centro cultural e em suas instalações estão guardadas as histórias da cidade. É responsável pelos trabalhos de pesquisas históricas do município, inventários do acervo cultural, pesquisa e análise arquitetônica de bens móveis e imóveis, elaboração de dossiê de tombamento e educação patrimonial, realizada em colaboração com a comunidade. Tem por objetivos preservar a memória da evolução política, histórica e cultural do povo de Timóteo por intermédio de peças, documentos, fotografias, obras de arte, coleções científicas, objetos antigos, e outras formas que caracterizam a expressão cultural mineira, utilizando-os como instrumentos de educação e desenvolvimento.

FONTE AUTOR

Localizado na década de 50 na antiga rua dos Malaquias, mas hoje rua se chama Mateus Araújo, a casa era toda em construção de madeira, coberta de telhas cumbucas, com 8 cômodos, piso em madeira taco.

113


GUILHERME MARTINS RODRIGUES - ARQUITETURA CENOGRAFICA

Os elementos simbólicos têm um importante papel dentro da arquitetura cenográfica. Para produzir cenografia é importante compreender uma microescala, pois cada detalhe faz muita diferença na conformação total do espaço. Esse tipo de produção demanda de uma atmosfera sensível, sendo necessárias soluções especificas para o projeto. Existem artifícios da arquitetura

contemporânea

utilizados

para

potencializar a cenografia ao ponto de garantir uma forte comunicação entre corpo, tempo e espaço. As sensações no corpo podem ser estimuladas pelas cores sendo que cada cor possui um RAIOS EM TRANSPARÊNCIA DE REVERBERAÇÃO DE ONDAS SONORAS E FOCOS DE LUZ PARA DESTAQUE QUADROS

significado, em exemplo o verde que simboliza harmonia e equilíbrio. Além da cor, aplicasse

O layout do espaço é um elemento usado

junto outro elemento marcante, as texturas que

para estabelecer fluxo e influenciar na locomoção

proporciona volumes ao ambiente com possibili-

dentro do ambiente, o layout possui capacidade

dades visuais e táteis, potencializando as sen-

de envolver o ambiente com o usuário.

sações.

Outro artifício primordial é a iluminação, podendo ser aplicada de forma natural ou artificial, possui dimensão sensorial valorizando o espaço. A luz é a mais importante ferramenta na cenografia, ela influencia os outros elementos da arquitetura, ela induzir e potencializa os estímulos corporais. A luz transforma a capacidade de uso e apropriação dos espaços, possibilita o destaque de formas e texturas. O som possui uma ligação simultânea com a luz que atribui um suporte para o estimulo corporal, sendo capaz de motivar e definir uma ação em determinado tempo. Os efeitos sonoros, a frequência sonora e o volume do som, estabelece uma atmosfera combinada para a produção sensorial.

114

PROJEÇÃO MAPEADA NOINTERIOR DA CASA DE MEMÓRIA


GUILHERME MARTINS RODRIGUES - ARQUITETURA CENOGRAFICA

O objetivo é potencializar o local

tente a partir de novas percepções sensoriais,

com artifícios arquitetônicos estipulando

sendo uma forma de estimular as sensações,

um cenário com o tema que é abordado

onde cada pessoa experimentará e terá a sua

pelo local sendo "A história de nosso povo

própria memória para construir o seu significado.

é a memória de todos nós", na qual as pessoas possam vivenciar um espaço exis-

SALA EQUIPADA COM MONÓCULOS QUE POSSUEM FOTOS DE MOMENTOS IMPORTANTES VIVIDO PELAS PESSOAS DA CIDADE

115


RAQUEL SALAZAR RAMOS SILVA - HABITAR, AÇÃO QUE GERA HISTÓRIA

HABITAR, AÇÃO QUE GERA HISTÓRIA. O verbo habitar, envolve uma porção de

O processo de experimentação do espaço,

atos que dizem algo sobre quem somos. Este

vem acontecendo a muitos anos. O corpo

texto faz uma analogia do próprio habitar,

através de sua necessidade de sobrevivêcia, foi

com o que construímos a partir dele e adquiri-

desbravando uma grande porção espacial até

mos na busca por conquistas que estabelece-

descobrir que o que precisava, em meio a imen-

mos ao longo da vida. Assim sesndo, foram

sidão do mundo, era de uma pequena porção,

eleitas 08 (oito) palavras para serem associa-

que com o passar do tempo, denominamos de

das à nossa linha

casa.

tempo histórico e

cronológico. No contexto arquitetônico, o habitar envolve a casa, o corpo e quaisquer outras relações que constrímos ao longo do tempo. A primeira palavra a ser associada ao habitar, é “ESPAÇO”. Um geógrafo chines chamado Yu Fu Tan, estuda e trata do espaço de uma forma humanista e afirma “o espaço

PALEOLÍTICO NEOLÍTICO

PRIMEIRAS COMUNIDADES

transforma-se em lugar à medida que adquire definição e significados; o espaço é experimentado quando tem lugar para se mover.” Para ele a experimentação do espaço independe de pré determinações, levando em conta que o homem o pode fazer à medida

IDADE MÉDIA

ERA INDUSTRIAL

que vai se conectando com este espaço que esta sendo experimentado.

Raquel Salazar Ramos Silva

116

salazarramossilva@gmail.com


RAQUEL SALAZAR RAMOS SILVA - HABITAR, AÇÃO QUE GERA HISTÓRIA

Dona Maria Simões, primeira entrevistada e moradora

do

bairro

Morro do Carmo a 60 anos. “Esses amigos que moram aqui perto da minha casa, são a mesma

coisa

que

irmãos”.... “Esse lugar é Graça de Deus... Moro aqui a 60 anos, Eu gosto daqui, Eu quero morrer aqui!”

DEFINIÇÃO DE LUGAR COM AUTENTICIDADE E IDENTIDADE A PARTIR DE EXPERIMENTAÇÃO PURA DO CORPO NO ESPAÇO. A necessidade humana de se adequar no

A casa é o próximo passo no processo de

espaço onde habita, se torna evidente, quando

experimentação e reconhecimento do espaço.

principalmente na Idade Média a privacidade e

Esse passo, é o início de uma jornada cheia de

intimidade da casa começam a sobressair no

descobertas na qual iniciamos um processo de

meio social. “A casa é o lugar do homem no

enraizamento com o LUGAR, criando laços de

mundo, a primeira membrana do seu universo,

amizade e pertencimento que influenciam dire-

nela se retém muitas de nossas histórias e lem-

tamente o modo de habitar. Mas quando a CASA

branças,

objeto.”

é apenas casa, alguns sentimentos e ações

(Bachelard, 1989 p.26). Após a experimentação

importantes para definição de quem somos no

do ESPAÇO, o homem usa do seu “CORPO”

espaço onde vivemos, se perdem na cansativa

para defitinir o “LUGAR”, e assim é o espaço que

rotina do dia a dia, então o MORAR se torna

se condiciona às proporções e necessidades

vulnerável e se condiciona ao espaço, quando

do corpo que o experimenta, e o resultado

deveria se condicionar ao CORPO. É neste ponto

disto, são o surgimento de lugares habitados

que precisamos definir que CASA e LAR são duas

cheios de autenticidade e identidade.

condições diferentes do Morar.

em

cada

ambiente

e

117


RAQUEL SALAZAR RAMOS SILVA - HABITAR, AÇÃO QUE GERA HISTÓRIA

HABITAR EXPERIMENTADO

ESPAÇO SENTIDO

EXPLORADO

CORPO

O COMPORTAMENTO HUMANO SE TRADUZ EM USOS E HÁBITOS. CADA INDIVÍDUI POSSUI UM COMPORTAMENTO PARTICULAR QUE ESTARÁ REFLETIDO EM SUA LUGAR DE MORADIA.

FAZ PARTE DA

LUGAR EXISTÊNCIA.

CASA LUGAR DE ENRAIZAMENTO

NOSSO CANTO NO MUNDO

A PRIMEIRA MEMBRANA DO SEU UNIVERSO

LAR

IDENTIDADE

MEMÓRIA

FORMA DE PERPETUAR ARMAZENAMENTO

HISTÓRIA

118

CONDIÇÃO COMPLEXA QUE INTEGRA MEMÓRIAS, IMAGENS, PASSADO E PRESENTE. UM COMPLEXO DE RITOS PESSOAIS E ROTINAS COTIDIANAS QUE CONSTITUI O REFLEXO DE SEUS HABITANTES.


RAQUEL SALAZAR RAMOS SILVA - HABITAR, AÇÃO QUE GERA HISTÓRIA

1930

Construção da Estação Ferroviária e prestação de serviços nos arredores. Começa a surgir uma importante rede de comércio na região.

1937

Começa a surgir um aglomerado às margens do Rio Piracicaba, chamado Arraial do Calado.

1940, o bairro era apenas uma área isolada, porém o processo de exploração de carvão vegetal por parte da Belgo Mineira sem oferecer uma infraestrutura para os trabalhadores, impulsiona o crescimento do local que começa a ser habitado.

BAIRRO MORRO DO CARMO 1949

Emancipação da cidade de Coronel Fabriciano.

1920

Construção da Estrada de ferro que liga, Minas a Espírito Santo.

1930

Belgo Mineira localizada em João Monlevade, usa uma área em Coronel Fabriciano como ponto de apoio e exploração do carvão mineral

Grande porção da Mata Atlântica desmatada, no processo de exploração das minas e emancipação das cidades.

1944

Consolidação da Empresa Acesita na atual cidade de Timóteo.

1950

Usiminas Ipatinga

Vale do Aço

119


RAQUEL SALAZAR RAMOS SILVA - HABITAR, AÇÃO QUE GERA HISTÓRIA

“A história do patrimônio é a história da cosntrução do sentido de indetidade.”

METODOLOGIA

“Para que exista patrimônio é necessário que

01

REGISTRO EM FORMA DE DOCUMENTÁRIO.

02

APRESENTAR O DOCUMENTÁRIO À COMUNIDADE.

03

FAZER UM EVENTO ONDE ELES POSSAM, EXPOR IDEIAS QUE ENVOLVAM TANTO IDEIAS DE MELHORIA TANTO PARA O BAIRRO, QUANTO PARA A PRESERVAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS MARANTES DO BAIRRO.

ele seja reconhecido, eleito, que lhe seja conferido valor.” De acordo com o Iphan, para quem algo seja patrimonializado é necessário que exista um sentido e significado coletivo para o

que se queira patrimonializar. Neste

caso, levando em conta que “Como abrigo a habitação é uma extensão dos mecanismos corporais de cotrole térmico”, e cada indivíduo tem os seus próprios mecanismos, não se pode

01 Através da rua Vereador José Vieira Simões,

patrimonializar algo que seja vivenciado e sen-

procurei, pessoas que tivessem algum parente-

tido por uma população ao mesmo tempo,

sco com o nome. Então encontrei a Dona Maria

cada uma a seu modo, e ponto de vista.

Simões, que cedeu um depoimento completo de informações do bairro e sobre a sua história

PONTO DE PARTIDA

COLHER DEPOIMENTOS E RELATOS HISTÓRICOS DE MORADORES DO BAIRRO.

O relato das pessoas, será a forma mais clara e de uma linguagem mais cotidiana de apresentar aos moradores a riqueza que existe em suas memórias, e o quão importantes elas são para que a sua identidade não se perca no tempo.

120

de vida. Através do depoimento de Dona Maria, pude montar uma história fragmentada da cidade como também descobrir outras pessoas que como ela, contruíram seu patrimônio histórico, emocional e material no bairro. “essas pessoas que você viu aqui na porta de casa, são como imãos.”


RAQUEL SALAZAR RAMOS SILVA - HABITAR, AÇÃO QUE GERA HISTÓRIA

01 A segunda pessoa entrevistada foi Maria

Lúcia Teles, apresentou relatos importantes sobre o bairro e sobe sua história de vida. Seu pai foi o Senhor Raimundo Pipoqueiro, que ficou conhecido por toda cidade de Coronel fabriciano por vender pipoca por muitos anos na porta do cine Marrocos e anos depois na porta da igreja. “Aqui está toda história da minha vida, da minha família...”

que os mesmos pudessem expor opiniões, e relatar histórias ou sugestões de melhoria.

“Quanta coisa poderíamos estar revivendo, mas não podemos porque as pessoas quiseram mudar? a história se perde.”

01

“Essa família que existe aqui no bairro é bonito demais...”

Senhor Levi, hoje é um catador de latinhas e aposentado pela empresa ACESITA, tem uma longa história no bairro. Durante a entrevista ele relembrou de muitas amizades que fez no bairro ao longo dos anos que morou lá, e recordou daqueles que já partiram e marcaram sua vida de certa forma. “Eu cheguei no morro em 1970 e aqui não existia praticamente rua, existia estrada...” “As melhorias que o bairro teve, foi com esforço do vereador Tonhão...” “Eu encerro essa minha palestra pra vocês relembrando dos meus saudosos amigos. ” “Hoje o morro, em vista do que era antes, é uma cidade. ”

03

Em meio ao registro dos depoimentos, surgiu uma oportunidade de realizar juntamente com a aluna Luila Gomes, cujo tema do trabalho de conclusão de curso envolve também as mudanças ocorridas no espaço urbano por meio das história vivênciadas pelos moradores, uma reunião com os moradores do bairro para

O convite foi panfletado no bairro e compareceram os interessados. Não foram apresentados aos participantes, conceitos ou temas específicos, mas apenas foi dado a eles a oportunidade de falarem livremente o que quisessem falar sobre o lugar, ondem vivem. Assim, iniciou-se uma roda de conversa onde Dona Maria (a primeira entrevistada) começou contando sobre sua história de vida. O encontro foi surpreendente e ultrapassou as espectativas, muitos mencionaram a falta de uma associação de bairros, como também a presença de um vereador eleito no bairro, e o reforço da segurança juntamente com a construção de equipamentos de laser para crianças. Após a roda de conversas, pedimos que representassem em forma de um desenho ou escrita livre, o que consideravam mais marcante no bairro e sugestões de melhora.

121


RAQUEL SALAZAR RAMOS SILVA - HABITAR, AÇÃO QUE GERA HISTÓRIA

CAFÉ COM PROSA

LISTA DE PRESENÇA

122


RAQUEL SALAZAR RAMOS SILVA - HABITAR, AÇÃO QUE GERA HISTÓRIA

Leyse Nunes “O morro avançou muito , mas ainda tem problemas a serem resolvidos. Falta alguém pra tomar a frente e lutar por melhorias.” “Conhecer as pessoas trás segurança.”

Carla Gomes “Gostei do vídeo porque relembrei de coisas da minha infância, relembrei a bica, das ruas sem asfalto e das brincadeiras na rua. A associação de bairros promovia jogos, e faz falta.”

Weslene Rosa “Eu moro aqui desde pequena, amo esse bairro. Eu vi o vídeo e achei muito importante principalmente a auto estima dos idosos só de falar do passado ficam felizes.”

Marcilene Valadares “O vídeo me fez lembrar de quando eu vim para o bairro, as crianças brincavam nas ruas. Aqui era muito difícil, e hoje já tem muitas melhorias.”

123


RODRIGO HONÓRIO - COLÉGIO ANGÉLICA: USOS CONTEMPORÂNEOS DO PATRIMÔNIO CULTURAL

O COLÉGIO ANGÉLICA Fundado pelo Arcebispo de Mariana, Dom Helvécio Gomes de Oliveira, em 1950, o Colégio Angélica é uma instituição privada localizada no centro do município de Coronel Fabriciano, interior do estado de Minas Gerais, que fornece os ensinos fundamental, médio e técnico, além da educação infantil. Patrimônio cultural do COLÉGIO ANGÉLICA AINDA EM OBRAS, 1955.

município, o colégio se destaca por sua arquitetura singular na malha urbana da cidade, por sua tradição como instituição de ensino e por sua importância cultural para a formação da identidade e memória dos cidadãos fabricianenses. . A escola foi palco de festas, bailes, competições esportivas da cidade e celebração de missas da paróquia.

FDESFILE DE 7 DE SETEMBRO DO COLÉGIO ANGÉLICA, 1960.

Com sua arquitetura singular, em

Em dezembro de 2015 foi anunciado

estilo neoclássico, em março de 1997 a facha-

o tombamento municipal de todo o prédio e

da do colégio foi tombada como patrimônio

encaminhado junto ao poder público a solici-

cultural municipal, mantendo todo o projeto

tação de seu tombamento em âmbito estadu-

original. Os elementos de sua frente se repe-

al após uma visita do Instituto Estadual do Pat-

tem de forma simétrica e as janelas cobrem

rimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais,

quase todos os planos e possuem estrutura

vetando qualquer alteração em sua estrutura

em madeira.

física e retirada de bens materiais.

Rodrigo Honório

124

rodrigo.honoriio@hotmail.com


RODRIGO HONÓRIO - COLÉGIO ANGÉLICA: USOS CONTEMPORÂNEOS DO PATRIMÔNIO CULTURAL

FACHADA DO COLÉGIO ANGÉLICA, 2017.

OS PROBLEMAS ENFRENTADOS PELO COLÉGIO ANGÉLICA E A NECESSIDADE DA IDENTIFICAÇÃO DE NOVOS USOS O Colégio Angélica, nos últimos anos,

Teme-se que em um futuro próximo o

vem passando por seguidas ameaças de fecha-

uso se torne obsoleto e a edificação não tenha

mento e encerramento das suas atividades nor-

utilização, descaracterizando-a no seu sentido

mais. Os problemas financeiros e a necessidade

histórico e cultural.

de reformas do prédio colocam em risco a

O objetivo que se torna urgente é a

continuidade da instituição de ensino. Sem

identificação de novos usos capazes de preser-

conseguir se manter financeiramente, a preser-

var e garantir a continuidade desse patrimônio,

vação e manutenção da estrutura do edifício

aliado a estratégias de desenvolvimento local,

corre grande risco de não acontecer.

considerando as potencialidades do local onde a

Aliado aos problemas citados, há o

edificação está inserida.

fato do imóvel tombado ser de propriedade

Esses novos usos são importantes para

particular, o que torna questionável o investi-

incentivar as práticas ligadas à memória coletiva,

mento público direto em sua edificação, ainda

na tentativa de viabilizar o sistema econômico,

que esta tenha caráter de patrimônio coletivo.

utilizando como recurso o dinamismo cultural e

Atualmente, o Instituto Católico de

turístico.

Minas Gerais (ICMG), em acordo firmado com as Irmãs Carmelitas, garante a manutenção do colégio e das atividades normais.

125


RODRIGO HONÓRIO - COLÉGIO ANGÉLICA: USOS CONTEMPORÂNEOS DO PATRIMÔNIO CULTURAL

O COLÉGIO ANGÉLICA COMO POLO GASTRONÔMICO E CULTURAL DO VALE DO AÇO Assumindo que o Colégio Angélia precisa de uma requalificação, os novos usos necessitam potencializar o patrimônio cultural, além de gerar maior desenvolvimento sócio-econômico para a região. Diante de tal exigência, identificou-se os novos usos que vão responder da melhor maneira possível as demandas apontadas tanto na pesquisa do TCC, quanto no Plano Diretor do Município. A proposta é a concepção de um Polo Gastronômico e Cultural para o Vale do Aço que incorpore um leque de aspectos de natureza tecnológica, interativas e arquitetônica que venha fomentar uma marca que possa se tornar um porduto turístico reconhecido nacional e internacionalmente. Essa iniciativa alé de revigorar a preservação dos troços culturais do patrimônio, também propicia o desenvolvimento sócio-econômico da região. O polo gastronômico e cultural engloba todas as estratégias traçadas para a garantia que o empreendimento dê certo. A gastronomia é hoje um dos princimais motivos dos turistas virem ao Brasil. É tida como economia criativa e permite várias extenções, desde sua produção até o consumo final. O próprio ato de cozinhar está ligado diretamente com as raízes de um povo, sua identidade, grande atrativo para aprimorar a relação da comunidade com o patrimônio.

A requalificação urbana é, sobretudo, um instrumento para a melhoria da qualidade de vida da população, promovendo a construção e recuperação de equipamentos e infraestruturas e a valorização do espaço público com medidas de dinamização social e econômica, através de melhorias urbanas, de acessibilidade ou centralidade (MOURA, et. al., 2006).

126


RODRIGO HONÓRIO - COLÉGIO ANGÉLICA: USOS CONTEMPORÂNEOS DO PATRIMÔNIO CULTURAL

PROJETO: POLO GASTRONÔMICO E CULTURAL ANGÉLICA O patrimônio construído e preservado é um ativo urbano de fundamental importância para as futuras gerações. Um povo que não preserva sua história dificilmente conseguirá planejar o seu futuro. Algumas estratégias foram empregadas de modo que sua implementação venha conferir ainda mais notoreidade ao patrimônio trabalhado. Por exemplo, a retirada do gradil é ponto importante no projeto do novo uso,

GRADIL COLÉGIO ANGÉLICA

uma vez que a intenção é que os espectadores passem a ser potenciais usuários do local, assim retirar o gradil é como se fosse um convite aberto para que a população adentre o ambiente e participe das atividades que ali serão propostas. A continuidade da capela e dos seus elementos se mostrou de tamanha importãncia na pesquisa que ela não só continua no programa, mas também passa a ter papelfun-

CAPELA

damental para com os novos usuários. Já a quadra descoberta é importante atrativo para a comunidade, não só para a prática de esportes mas também para as atividades culturais já realizadas pelo colégio. Porém, será repaginada para incorporar as novas demandas provenientes dos novos usos. Entre outros.

QUADRA DESCOBERTA

127


RODRIGO HONÓRIO - COLÉGIO ANGÉLICA: USOS CONTEMPORÂNEOS DO PATRIMÔNIO CULTURAL

PROPOSTA: POLO GASTRONÔMICO E CULTURAL ANGÉLICA

IMPLANTAÇÃO

O programa dinâmico conta com três vetores, ensino (faculdade, tecnólogo, biblioteca, pesquisa), entretenimento (teatro, áreas verdes, horta, quadra) e serviços (bares, restaurante, lojas, comércio, café, feira). As novas edificações relacionam diretamente e criam novas maneiras de usar o patrimônio já reconhecido.

128


RODRIGO HONÓRIO - COLÉGIO ANGÉLICA: USOS CONTEMPORÂNEOS DO PATRIMÔNIO CULTURAL

PROJETO: POLO GASTRONÔMICO E CULTURAL ANGÉLICA

PLANTA QUADRA - CENTRAL DE ATENDIMENTO - 1º PAV. BIBLIOTECA -

PLANTA NÍVEL +6,00M - SALAS DE AULA - 2º PAV. BIBLIOTECA - COZINHA

SALAS COMERCIAIS. E APOIO

Projeto idealizado a partir da perspectiva de que os espaços devem se comunicar o máximo possível entre eles e com a edificação do prédio principal, além dos espaços serem multifuncionais e/ou mutáveis. PLANTA NÍVEL +6,00M - SALAS DE AULA

A biblioteca em dois pisos com a fachada em vidro voltada para o colégio cria a relação observador/observado, permitindo o contato visual, sendo guiado pelo corredor de salas comerciais e de apoio as atividades da faculdade. Todas as salas no miolo do terreno foram planejadas de modo a criar relação direta com as atividades exercidas na edificação principal. A quadra é ponto chave no projeto. Projetada bem na fachada da rua Angélica, permite que ela possa ter relação direta e idependente do resto do programa. Além de servir para a prática de atividades físicas dos usuários, também é local para as manifestações artísticas e culturais já realizadas pelo colégio, como a quadrilha, além de servir como espaço para a feira. Logo acima da quadra está localizada as salas de aula da faculdade e do tecnólogo. Foi criada uma segunda cozinha para as aulas práticas e para atender a demanda dos estudantes. Além de varandas projetadas para criar a relação dos estudantes com o restante do projeto.

129


RODRIGO HONÓRIO - COLÉGIO ANGÉLICA: USOS CONTEMPORÂNEOS DO PATRIMÔNIO CULTURAL

PROJETO: POLO GASTRONÔMICO E CULTURAL ANGÉLICA

PLANTA RESTAURANTE TÉRREO

PLANTA RESTAURANTE SUBSOLO

CORTE AA

CORTE BB

A estratégia de intervenção na estrutura do edifício principal do Colégio Angélica foi manter o máximo do original possível e somente intervir no que realmente é necessário para que o novo programa seja atendido. Assim, interviu-se apenas nas paredes internas do térreo e do subsolo, criando espaços mais espaçosos para atender as novas necessidades devido aos novos usos, como restaurante, cozinha, salas comerciais, salão de eventos, etc.

130


RODRIGO HONÓRIO - COLÉGIO ANGÉLICA: USOS CONTEMPORÂNEOS DO PATRIMÔNIO CULTURAL

PROJETO: POLO GASTRONÔMICO E CULTURAL ANGÉLICA

PLANTA TEATRO - BAR - JARDIM

CAPELA

O teatro é o grande equipamento cultural do polo. Projetado para atender uma necessidade antiga da região, decadente de equipamentos culturais, o teatro tem papel fundamental tanto na parte cultural, como econômica da região. O palco que abre para o jardim da fachada principal é o grande trunfo do teatro, é como um convite a comunidade a pretigiar uma obra a céu aberto.

131


Linha de Pesquisa

PROJETO DE ARQUITETURA DE EDIFICAÇÕES


BRUNA BENEDITO - COMUNIDADE JOÃO PAULO I: PROJETO DE REQUALIFICAÇÃO

COMUNIDADE JOÃO PAULO I: PROJETO DE REQUALIFICAÇÃO INTRODUÇÃO Após o modernismo e a renovação litúr-

to mais viáveis economicamente. Essas técnicas caracterizam os princípios

gica, a arquitetura religiosa assumiu características mais simples e desprovidas de ornamento.

modernos, criando assim uma nova linguagem

A modernização da igreja católica som-

arquitetônica. Além da perda de elementos

adas ao processo evolutivo da arquitetura gerou

arquitetônicos com a era modernista, houve

uma perda de elementos arquitetônicos nas igre-

também um grande afastamento dos arquitetos

jas e com isso perdeu-se também a qualidade

das obras, o que empobreceu a composição

nesses ambientes e seu real significado. Aspectos

dessas igrejas. Isso culminou para uma falta de pro-

estes fundamentais na concepção de espaços

jetos como referência de arquitetura religiosa, e

sagrados.

assim fez com que o perfil de arquitetura “sem

Na história da religião foram realizados diversos concílios, o mais recente o Concílio Vati-

significado” assumisse um papel nos edifícios igrejas.

cano II (1965), e seus documentos são válidos

Isso explica a relevância da arquitetura a

ainda atualmente. Este Concílio foi um grande

composição desses espaços, para que sejam pro-

evento da Igreja Católica no século XX, tendo

jetados com funcionalidade e que acolham a

como objetivo modernizar a igreja. O papa João

demanda de cada espaço.

XXIII convidou membros da igreja para vários

Estimulando a elaboração de projetos

encontros e debates no Vaticano, para discussões

dessas igrejas, ajuda-se na produção de um refer-

de temas pertinentes que envolviam questões de

encial que poderá futuramente servir de base para

uma igreja reformulada, como: rituais da missa,

entender de modo geral esses espaços religiosos

os deveres de cada padre, a liberdade religiosa e a

modernos. Assim, arquitetos serão norteados e

relação da Igreja com os fiéis e os costumes da

embasados nessas referências, podendo criar uma

época.

tipologia e arquitetura coerente ao significado de No século XX a arquitetura das igrejas

sagrado. Portanto, é pertinente o estudo e a forma

eram caracterizadas pelo fim do adorno e do

de conceber edifícios igrejas sob normas litúrgicas,

ornamento, levando a um perfil mais limpo e sim-

para garantir a inclusão e relação do usuário com o

ples nessas construções. As construções de igre-

ambiente. E a arquitetura faz parte disso.

jas com técnicas construtivas mais modernas, marcada pelo uso do concreto e do aço, são mui-

Bruna Letícia Aguiar Benedito abrunaleticia@gmail.com

133


BRUNA BENEDITO - COMUNIDADE JOÃO PAULO I: PROJETO DE REQUALIFICAÇÃO

REQUALIFICAR?

PORQUE?

O sentido da palavra “requalificar” na

A comunidade necessita de um espaço

arquitetura significa dar qualidade a um espaço.

adequado para acolher os membros da igreja. Esse

No projeto da Comunidade João Paulo I, requali-

espaço além de acolher a comunidade deve

ficar atribui a várias funções a ação de projetar.

expressar toda a crença e simbolismo presentes na

Como: restaurar a identidade dos espaços e seus

religião católica.

usuários, adaptação às novas necessidades e mel-

A proposta de projeto deve ser elaborada

horia nas condições de espaço, manter o valor

cuidadosamente para que exerca sua função de

histórico e cultural além de atribuir novas funções

igreja e que crie uma relção do espaço sagrado

ao edifício.

com o usuário, atenda a demanda da comunidade

O QUE É? Popor intervenções arquitetônicas no

e melhore as suas condições para que haja um espaço harmônico em sua forma, significado e espaço enquando sagrado.

espaço religioso, para a sua melhor condição,

O processo de requalificação pode resga-

requalificando-o em relação ao conforto, espaço

tar valores ocultos e que não são percebidos, além

e significado enquanto símbolo da religião católi-

de valorização da igreja na imagem urbana.

ca.

ONDE? IIgreja da Comunidade João Paulo I, na Rua Tambaqui, bairro Granjas Vagalume em Ipatinga.

134


BRUNA BENEDITO - COMUNIDADE JOÃO PAULO I: PROJETO DE REQUALIFICAÇÃO

SOBRE A COMUNIDADE JOÃO PAULO I No começo, os membros da comunidade se reuniam de casa em casa, fazendo orações e encontros religiosos. Logo após foi cedido aos membros, um espaço na sede de Vicentinos no Bairro Vagalume, para que pudessem ser realizatos missas e celebrações a comunidade. Em 2003, com várias doações e ajuda de membros da comunidade, foi iniciada a construção da igreja da Comunidade João Paulo I. Atualmente, a comunidade faz parte juntamente de mais de comunidade, que compõem a Paróquia Cristo Redentor, Diocese Itabira-Cel. Fabriciano, em Ipatinga.

Fotos da atual Igreja da Com. João Paulo I (2017)

SANTA PADROEIRA Nas Igrejas católicas é comum cada comunidade receber um santo como padroeiro, assim comemoram o dia com festas e rezam por sua interseção. Na comunida João Paulo I, a santa padroeira é Nossa Senhora de Lourdes. Santa que fez milagres no sul da França, fazendo brotar água da terra seca. A santa foi reconhecida em janeiro de 1862, mesmo sua primeira aparição tenha acontecido em fevereiro de 1858. A festa da padroeira

Nossa Senhora de Lourdes.

comemora-se em 12 de fevereiro na comunidade.

135


BRUNA BENEDITO - COMUNIDADE JOÃO PAULO I: PROJETO DE REQUALIFICAÇÃO

PROJETO DE REQUALIFICAÇÃO O projeto de requalificação da Comunidade João Paulo I consiste em uma série de intervenções com o objetivo de proporcionar melhorias a qualidade espacial da igreja, atendendo a demanda existente da comunidade e suas necessidade. No desenvolvimento do trabalho, uma de suas etapas foi a abordagem aos usuários da igreja. Processo esse utilizado como metodologia, onde foram realizados encontros e reuniões com a comunidade para o estreitamento das relções com os membros. Os assuntos abordados vão desde as dificuldade relacionadas ao espaço da igreja até um programa de necessidades atualizado que correspondesse a demanda da igreja. Dos pontos Principais foram colocados em pauta: um apoio para a igreja com salas, copa, banheiros; fachada; aumento da igreja; melhorias na qualidade espacial do local e acessibilidade.

Planta original da Igreja.

Planta projeto requalificação da igreja. Aumento da capacidade da Igreja - intervenção no espaço quanto a sua capacidade. Essa estratégia de projeto é necessária para acolher a demanda do aumento fiéis na comunidade, e para que os membro tenham mais espaço e conforto, além de poder receber futuros visitantes á comunidade.

136


BRUNA BENEDITO - COMUNIDADE JOÃO PAULO I: PROJETO DE REQUALIFICAÇÃO

PROJETO DE REQUALIFICAÇÃO

Espaços internos da igreja.

Espaço - No projeto há uma melhoria quanto a iluminação (natural e artificial) ventilação e acústica do ambiente. Essas modificações visam o bem estar de quem está presente dentro do espaço da igreja, além do conforto que garantem um bom uso e funcionalidade quanto ao espaço sagrado. Apoio - A igreja atualmente não possui uma estrutura adequada que a demanda exige. São salas para reuniões, cursos e catequese além de eventos patrocinados dentro do ambiente da igreja. É necessário que hajam salas arejadas e espaçosas, banheiros, cozinha, depósito e acessibilidade. Além desses espaços, a comunidade carece de uma sacristia melhorada, com pias, armários e banheiro para acolher o presidente das missas que acontecem no local. Foi previsto no projeto um elevador que desloca do térro para o primeiro pavimento para deficientes físicos e impossibilitados.

137


BRUNA BENEDITO - COMUNIDADE JOÃO PAULO I: PROJETO DE REQUALIFICAÇÃO

PROJETO DE REQUALIFICAÇÃO

Parte externa da igreja, fachada.

A fachada dos edifícios é como cartão

igreja que de acordo com ele não condiz com

de visita! Uma fachada bem planejada reflete

uma fachada que é relacionada a igrejas católi-

personalidade e e características sobre aquela

cas. O projeto consiste em projetar uma fachada

construção. Não muito diferente da fachada

que relaciose com a imagem e contexto urbano

das igrejas que tem a ver com identidade e

mas que tenha as caracteristicas presente nas

muitas são como marcos em determinadas

igrejas católicas , além de elemento estético essa

paisagens urbanas.

fachada funciona também como marco na

Um dos pontos principais falados nos

imagem da cidade, como nos tempos antigos

encontroa com os membros da comunidade ,

que as igrejas possuiam elementos altos para

houve uma queixa sobre a fachada atual da

servirem de pontos de localização das pessoas nas cidades.

138


BRUNA MAGRI - HABITAR O CENTRO

HABITAR O CENTRO: UM ESTUDO SOBRE O USUÁRIO, UNIDADE HABITACIONAL E MERCADO A cidade é o espaço onde aconte-

O Centro Norte em Timóteo, desde

cem simultaneamente uma infinidade de ativi-

seu projeto industrial até o panorama e mer-

dades, fluxos e processos variados. Entender o

cado atuais, com sua influência e hegemonia

centro como o local privilegiado desse

em relação às outras áreas da cidade, acarreta

espaço, o ponto do encontro, da troca, do

a dependência dos habitantes para com os

movimento, é compreendê-lo como articula-

equipamentos e serviços que ele promove.

dor da vida urbana.

PROPOSTA DE HABITAÇÕES NO CENTRO NORTE EM TIMÓTEO

O estímulo à habitação no Centro se

dades habitacionais dessa área é compatível

justifica primeiramente a partir da ideia de que

com o perfil dos usuários/habitantes interessa-

a habitação não é só a unidade habitacional,

dos em habita-la. Os resultados indicaram que

mas também o ambiente coletivo, a praça, a

o mercado para habitação se apresenta como

escola, o comércio. E morar no Centro Norte

uma

de Timóteo é, portanto, dinamizar as inevitabi-

necessária uma reformulação das propostas,

lidades do “habitar”. Para isso, foi realizado um

que preferencialmente desvinculem-se do

estudo para investigar se a atual oferta de uni-

padrão pré-estabelecido.

alternativa

promissora,

porém,

Bruna Magri brunamaagri@hotmail.com

139

era


BRUNA MAGRI - HABITAR O CENTRO

CONCEITO DO PROJETO: PATRIMÔNIO X CONTEMPORÂNEO Era necessário pensar em uma arquitetura que valorizasse e facilitasse a troca entre o habitante e o centro, já que o perfil do público identificado já possuia uma relação efetiva com a área devido aos postos de emprego, os estabelecimentos comerciais e de serviços que ela oferece. Um dos objetivos principais era pensar na cidade para seu habitante, levar em conta as especificidades das pessoas e do lugar, para que o indivíduo se reconhecesse na própria cidade. Além disso, outro desafio se fazia presente: onde intervir? O Centro Norte é uma das áreas mais adensadas e valorizadas de Timóteo, portanto a disponibilidade de lotes vazios não era uma alternativa possível. Para isso, foi adotada uma estratégia de aproveitamento de estruturas existentes para produzir novas habitações, além de possibilitar a implatanção do projeto em uma área estratégica, seria uma forma de nelhorar a superfície do patrimônio já edificado, uma forma de estabelecer vínculos entre o que já existe e o proposto. O local da intervenção foi definido através de um estudo sobre a paisagem, a história

ALAMEDA 31 DE OUTUBRO E SEU ENTORNO VISTOS DE CIMA

Inicialmente, uma edificação chamou a atenção: o prédio do antigo Cine Marabá, implantando na década de 1970 para abrigar o novo cinema da cidade, o projeto possui caracteríticas modernistas e abriga hoje vários estabelecimentos comerciais. Porém, ao lado do do antigo Cine Marabá, separado pela rua 6 de janeiro, se encontra o prédio do antigo Cine Acesita, fundado na década de 1960 e que hoje também abriga estabelecimentos comerciais. Apesar de épocas e padrões arquitetônicos distintos, os dois prédios são volumetricamente parecidos e historicamente vinculados portanto intervir nos dois juntos era uma forma de manter a harmonia da paisagem e valorizar e preservar sua história.

e o uso do Centro Norte. Diante disso, um elemento que deve ser destacado é a Alameda 31 de Outubro. Além de importante ponto nodal, esta via destaca-se também como elemento importante da paisagem local tanto por seu perfil

FOTO ATUAL DO ANTIGO CINE ACESITA (ESQ.) E ANTIGO CINE MARABÁ (DIR.)

diferenciado, quanto pela função do edifícios que a margeiam, muitos deles historicamente relevantes, como por exemplo a Fundação Acesita, o edifício residencial Pioneiros, o Colégio Dom Bosco (ginásio coberto), e os prédios do antigo Cine Marabá e Cine Acesita, que hoje são galerias comerciais.

140

VISTA DE CIMA DO ANTIGO CINE ACESITA (ESQ.) E ANTIGO CINE MARABÁ (DIR.)


BRUNA MAGRI - HABITAR O CENTRO

ESTRATÉGIAS DE IMPLANTAÇÃO: RELAÇÃO USUÁRIO E CIDADE - Primeiro pavimento destinado ao uso comercial, criação de um espaço público com

PERSPECTIVA EDIFÍCIOS CINE ACESITA E MARABÁ

EDIFÍCIO CINE ACESITA

EDIFÍCIO CINE MARABÁ

áreas verdes e vista privilegiada, potencialização do comércio e do fluxo de pessoas; - Os demais pavimentos de uso residencial, sendo que cada unidade possui uma varanda com área para jardim, o que permite diferentes relações com a paisagem; - Passarela de ligação entre os dois edifícios, além de permitir o trânsito de pedestres entre as galerias, cria uma espécie de alameda suspensa; - Presença do aço na nova estrutura, material vinculado à história e economia de Timóteo. O ritmo e repetição do novos pilares em harmonia com os existentes; - O nome dos edifícios será mantido como

DIAGRAMA SILHUETA PRÉDIOS EXISTENTES

“Edifício Cine Marabá” e Edifício Cine Acesita”, é uma forma de resgatar sua história e fortalecer o referencial simbólico dos prédios. PERSPECTIVA EDIFÍCIOS CINE ACESITA E MARABÁ

141


BRUNA MAGRI- HABITAR O CENTRO

PROJETO

PRAÇA SUSPENSA A idéia da criação da praça no primeiro pavimento vem da prosposta de potencializar os

RUA 6 DE JANEIRO

fluxos e usos já consolidados no centro. Os canteiros foram pensados para que criassem espaços de permanência e passagem estretégicos.

ALAMEDA 31 DE OUTUBRO

PRIMEIRO PAVIMENTO- COMERCIAL + ÁREA PÚBLICA 36 LOJAS

SEGUNDO PAVIMENTO- RESIDENCIAL 26 UNIDADES RESIDENCIAIS

142


BRUNA MAGRI- HABITAR O CENTRO

PROJETO

JARDINS No primeiro plano urbanístico de Timóteo, solicitado pela antiga Acesita para a implantação da Usina, em 1952, havia uma diretriz para que todos os lotes residencias fossem grandes o suficiente para que os moradores pudessem cultivar seus jardins. Os jardins foram pensados não só como elementos paisagísticos mas também como estretágia de resgate à história de Timóteo.

TERCEIRO PAVIMENTO- RESIDENCIAL 26 UNIDADES

QUARTO PAVIMENTO- RESIDENCIAL 26 UNIDADES RESIDENCIAIS

143


BRUNA MAGRI- HABITAR O CENTRO

PROJETO

CORTE

PROPOSTA DE HABITAÇÕES NO CENTRO NORTE EM TIMÓTEO

144


BRUNA MAGRI- HABITAR O CENTRO

PROJETO: TIPOLOGIAS RESIDENCIAIS

2º PAVIMENTO

3º PAVIMENTO

4º PAVIMENTO

TIPOLOGIA 1 APARTAMENTOS 02 QUARTOS- 56,39M²

2º PAVIMENTO

3º PAVIMENTO

TIPOLOGIA 2 LOFT- 43M²

2º PAVIMENTO

3º PAVIMENTO

4º PAVIMENTO

TIPOLOGIA 3 APARTAMENTO 2 QUARTOS- 58,55M²

145


BRUNA MAGRI- HABITAR O CENTRO

PROJETO: TIPOLOGIAS RESIDENCIAIS

2º PAVIMENTO

3º PAVIMENTO

4º PAVIMENTO

3º PAVIMENTO

4º PAVIMENTO

TIPOLOGIA 4 APARTAMENTOS 03 QUARTOS- 68,54M²

2º PAVIMENTO

TIPOLOGIA 5 APARTAMENTO 1 QUARTO- 38M²

2º PAVIMENTO

3º PAVIMENTO

TIPOLOGIA 6 APARTAMENTO 2 QUARTOS- 55,84M²

146

4º PAVIMENTO


CARLA BATISTA - ARQUITETURA PENITENCIÁRIA

O MÉTODO APAC

O método apaqueano parte do pressuposto de que todo ser humano é recuperável, desde que haja um tratamento ade-

A Associação de Proteção e Assistên-

quado. Para tanto, trabalha-se com 12

cia aos Condenados (APAC) é uma entidade

elementos fundamentais. Vale ressaltar que,

civil, sem fins lucrativos, que se dedica à recu-

para o êxito no trabalho de recuperação do

peração e reintegração social dos condena-

condenado, é imprescindível a adoção de

dos a penas privativas de liberdade, bem

todos eles, quais sejam:

como socorrer a vítima e proteger a sociedade.

Sua filosofia é ‘Matar o criminoso e

1) Participação da comunidade;

Salvar o homem’, a partir de uma disciplina

2) Recuperando ajudando recuperando;

rígida, caracterizada por respeito, ordem,

3) Trabalho;

trabalho e o envolvimento da família do sen-

4) Religião;

tenciado. O objetivo da APAC é gerar a

5) Assistência jurídica;

humanização das prisões, sem deixar de lado

6) Assistência à saúde;

a finalidade punitiva da pena. Sua finalidade é

7) Valorização humana;

evitar a reincidência no crime e proporcionar

8) A família;

condições para que o condenado se recupere

9) O voluntário e sua formação;

e consiga a reintegração social.

10) Centro de Reintegração Social – CRS (O CRS possui três pavilhões destinados ao regime fechado, semi-aberto e aberto); 11) Mérito do recuperando; 12) A Jornada de Libertação com Cristo.

REGIMES PENAIS FECHADO

SEMI-ABERTO

ABERTO

É o periodo de adaptação do apenado, além de poder cursar o supletivo e cursos profissionalizantes,realizam trabalhos internos, e oficinas laborterápicas

Cuida-se da mão de obra especializada (oficinas profissionalizantes instaladas dentro dos Centros de Reintegração

O trabalho tem o enfoque da inserção social, pois, o recuperando trabalha fora dos muros do Centro de Reintegração prestando serviços à comunidade;

Carla Batista carlacristinabatista@gmail.com

147


CARLA BATISTA - ARQUITETURA PENITENCIÁRIA

CENTRO DE REINTEGRAÇÃO SOCIAL APAC VALE DO AÇO O problemas relacionados ao sistema

de que na cidade de Ipatinga está em processo

carcerário brasileiro, hoje em dia, são muitos, e

de instalação um Centro de Reintegração Social

de complexa resolução, a metodologia APAC

baseado no metodo APAC. Meu TCC, tem como

por si só, não tem a pretensão e muito menos a

projeto uma unidade de CRS para a referida

capacidade de resolver, os vários problemas

cidade. As APAC´s são instaladas nas cidades

existente nas prisões brasileiras, porém em

mineiras atráves de uma parceria, entre as prefei-

comparação com as prisões convencionais, o

turas e o governo estadual, dentro do programa

que tem sido visto é um resultado muito positi-

“Novos Rumos”, que têm contribuído muito para

vo no que se refere a recuperação dos apena-

que a metodologia ganhe força no estado. Das

dos e consequentemente, isso reflete nos

aproximadamente cem unidades de APAC´s

numeros de reincidência criminal, que entre os

existentes no Brasil, trinta e nove são mineiras e

recuperandos da metodologia, tem mostrado

já se encontram em funcionamento e quarenta

numero bem baixos quando comparado ao

se encontram em processo de instalação. Dessas

sistema convencional. Sendo assim, devido ao

trinta e nove em funcionamento apenas sete são

sucesso da metodologia enquanto instrumento

femininas.

de reinserção social dos apenados, e pelo fato

COMPARATIVO ENTRE A APAC E O SISTEMA PRISIONAL COMUM

148


CARLA BATISTA - ARQUITETURA PENITENCIÁRIA

EQUIPAMENTOS DO ENTORNO

1- Unileste - Campus Ipatinga 2- Hospital Márcio Cunha Unidade II 3- Posto de Saúde Bom Retiro

LEGENDA:

4- AAPI - Associação dos Metalúrgicos Aposentados e Pensionista de Ipatinga 5- Escola Estadual Doutor Ovídio de Andrade 6- Industrial Esporte Clube 7- Área de Intervenção

149


CARLA BATISTA - ARQUITETURA PENITENCIÁRIA

INTENÇÕES DE PROJETO

ISOLADO

CENTRALIZADO de

Busca a aproximação com a

cunho penitenciária são instala-

sociedade, e também facilitar o

das em áreas periféricas da

acesso a unidade

Usualmente

edificações

cidade.

SIMILARIDADE

DIFERENCIAÇÃO

Os espaços geralmente projeta-

Diferencia os espaços con-

dos com foco na segurança, não

forme nível de acesso, diferen-

fazem diferenciação dos espaços

ciando assim, os espaços con-

conforme nível de acesso.

forme usos/público, promovendo uma sensação de bem estar.

EXCLUSÃO

PERMEABILIDADE

O isolamento não propicia uma

A própria metodologia permite

melhora nas relações, a falta de

que isso aconteça, a confiança

visibilidade excluí, e empurra os

em ter os apenados portando as

apenados cada vez mais para a

chaves, e o seu embasamento

margem da sociedade, não

na ajuda de voluntários permite,

contribuido

que a exclusão derivado do isol-

assim

ressocialização.

para

sua

amento seja amenizada, a permeabilidade vai além da arquitetura mais aberta e acolhedora e se move para as relações

150


CARLA BATISTA - ARQUITETURA PENITENCIÁRIA

LEGENDA: APP - Área de Preservação Permanente Rio Áreas Permeáveis Confrontantes

151


CARLA BATISTA - ARQUITETURA PENITENCIÁRIA

PERFIS

RIO PIRACICABA

PERFIL LONGITUDINAL A.A ESC. GRÁFICA

PERFIL TRANSVERSAL B.B ESC. GRÁFICA

152


CARLA BATISTA - ARQUITETURA PENITENCIÁRIA

PLANTA BAIXA EDIFICAÇÃO PRINCIPAL

LEGENDA: 1-Estacionamento Privativo 2-Estacionamento Público 3-Prédio Administrativo/Serviços 4-Bloco de Visitas Intimas 5-Bloco de Visitas Sociais 6-Bloco de Serviços Internos 7-Bloco de Dormitórios 8-Corredores Centrais 9-Auditório

153


CARLA BATISTA - ARQUITETURA PENITENCIÁRIA

PLANTA BAIXA EDIFICAÇÃO SECUNDÁRIA

LEGENDA: 1-Estacionamento Privativo 2-Bloco Serviços/Dormitórios 3-Jardim Central 4-Refeitório Coletivo 5-Quadra Poliesportiva 6-Lavanderia

154


DAYANE SILVA LACERDA - ARQUITETURA HABITACIONAL MÍNIMA FLEXÍVEL

ANÁLISE A RESPEITO DOS NOVOS MODOS DE VIDA E NOVOS MODOS DE MORAR

87m²

Anos 70

Anos 90 Anos 80

100m²

?

73m²

2010

2016

Anos 2000

72m²

2020/2030

59m²

50m²

PERSPECTIVA FACHADA EDIFÍCIO ELO.

A casa é o reflexo da cultura, da

Ainda que os grupos domésticos

sociedade e da identidade do indivíduo/u-

possuam perfis cada vez mais diversificados e

suário. Este, em constante mudança requer

cujo os estilos de vida apresentem uma grande

que a arquitetura o acompanhe, suprindo suas

variação, os desenhos dos espaços de morar

novas necessidades. No entanto, embora a

permanecem inalterados, sob a argumentação

população esteja em constante transfor-

de que se alcançou resultados projetuais eco-

mação, o ritmo das inovações, no que diz

nomicamente viáveis, que atendem às neces-

respeito a conformidade do espaço habitacio-

sidades dos moradores.

nal, tem se dado de maneira bastante lenta.

Dayane Lacerda dayanelacerda06@gmail.com

155


DAYANE SILVA LACERDA - ARQUITETURA HABITACIONAL MÍNIMA FLEXÍVEL

Sendo o arquiteto o responsável pela concepção do projeto de uma habitação, influenciando diretamente a vida dos habitantes, considera-se importante repensar o modo com que se dá este processo, analisando o modo de se projetar e para quem é projetado. O trabalho proposto aborda dois temas principais: O mínimo espacial e a flexibilidade na arquitetura. O mínimo refere-se ao dimensionamento de espaços habitacionais, visto que estes tem-se reduzido progressivamente [imagem 3] devido a uma série de moti-

NOVAS COMPOSIÇÕES FAMILARES INDIVÍDUOS EM CONSTRANTE TRANSFORMAÇÃO TODOS QUE ALMEJAM UMA ARQUITETURA VIVA QUE OS ACOMPANHE

vos: O inchaço dos centros

urbanos, que

acarreta carência de espaço para novas con-

2 - PÚBLICO ALVO DEMONSTRAÇÃO DA VARIAÇÃO DE GRUPOS DOMÉSTICOS AO DA VIDA

struções; A necessidade de lucro, fazendo

com que as construtoras optem por uma maior quantidade de unidades, consequentemente menores;

Busca por praticidade, uma vez que homens e mulheres possuem cada vez menos tempo para atividades domésticas; Redução do número de filhos por casal; Aumento do número de pessoas solteiras, divorciadas, ou que optam por morar só; entre diversas outras justificações, levando a crer na tendência de que o tamanho dos imóveis prossigam diminuindo. O tema é fundamentado no desafio de conseguir com o mínimo possível, que o espaço habitacional se adeque às necessidades dos seus habitantes e aos usos que poderão ser-lhes conferidos, de modo que, embora mínimos, sejam espaços agradáveis e compatíveis com seus moradores. O mínimo, entretanto, é totalmente relativo, seja ao usuário [imagem 2] , dimensão ou renda. Essa definição tem variáveis ainda socioculturais e comportamentais; altera-se com as mudanças na tecnologia, usos e funções dadas à moradia. Fonte: O Glo Planta b s feita o s a par tir

Graças à variedade de espaços de ex

emplo

s reais

de lanç

amen

tos na

87m²

Anos 70

s grand

es cap

itais b

rasileir

as no

?

o cita

do.

73m²

Anos 90

Anos 80

100m²

períod

2010

72m²

2020/2030

59m²

50m²

estudo o conceito de flexibilidade, que permite uma diversidade de formas de uso, ocupação e organização do espaço, garan-

2016

Anos 2000

mínimos ideais possíveis, incorporou-se ao

tindo ao usuário a oportunidade de escolha, um espaço dimensionado adequadamente às suas necessidades, suporte às atividades distintas e desejos inesperados, atendendo além das exigências básicas cotidianas, toda a imprevisibilidade de fenômenos que o

156

acompanhará ao longo de sua vida.


DAYANE SILVA LACERDA - ARQUITETURA HABITACIONAL MÍNIMA FLEXÍVEL

EDIFÍCIO ELO INSERIDO NO LOCAL - AV. FERNANDO DE NORONHA, IPATINGA.

EDIFÍCIO ELO Representa a conexão entre o corpo e o espaço; o vínculo afetivo que se cria com o lar e ainda a união entre os moradores que esse edifício proporcionará.

O projeto é desenvolvido no município de Ipatinga, Minas Gerais, onde foi constatado

O Edifício Elo é um edifício multifamiliar, com habitações flexíveis que atendem à necessidade constante de transformação do espaço de habitar e a adequação às novas formas

de viver,

proposrcionando

maior

autonomia, satisfação e conforto do morador.

que o usuário apresenta novas tendências de morar, com perfis familiares diversificados. Entretanto, o espaço habitacional predominante

Cariru

Centro Horto

Bela Vista

ofertado na cidade não caracteriza uma tipolo-

Bom Retiro

gia mínima. Decorrente disto, verificou-se como Coronel Frabriciano

Imbaúbas

Av. Fe

tações de tipologia mínima com arquitetura

rna

de

No

ron

ha

a

na

Ru

flexível planejada especificamente à população

ndo

istó

Ba rba ce

Cr o vã

de Ipatinga, uma vez constatada a demanda no

s

Vis c

ue

q Já

. de

uma alternativa promissora, a proposta de habi-

ares

go Álv

município. Propõe-se ainda que o tema da flexi-

Ipatinga

Rua Dio

bilidade e sua aplicação sejam vistos como algo fundamental, objetivando uma arquitetura de melhor qualidade tanto para o usuário como para a cidade em que se insere.

Bom Retiro Brasil Minas Gerais

157


DAYANE SILVA LACERDA - ARQUITETURA HABITACIONAL MÍNIMA FLEXÍVEL

APARTAMENTOS

As unidades habitacionais do Edifício ELO são comercializadas em lotes, de forma que o proprietário possa organizar o layout como lhe for mais adequado, atendendo suas necessi-

TIPOLOGIA 1 - EXPANSÃO A 0

1

2

3

4

ÁREA CONSTRUÍDA: 45,70M² LOTE: 31,94M²

dades. São 3 tipologias de lotes: a tipologia 1 (Representada ao lado) possui 69,18m², a tipologia 2 (próxima página), tipologia

TIPOLOGIA 1 - EXPANSÃO B 0

1

2

3

4

ÁREA CONSTRUÍDA: 49,71M² LOTE: 21,51M²

3

60,44m² e a

(próxima

pagina),

70,63m². Cada lote possui uma construção mínima de 45,70m² (Tipologia 1) ou 43,95m² (Tipologias 2 e 3), onde as áreas molhadas e janelas são fixas, afim de

TIPOLOGIA 1 - EXPANSÃO C 0

1

2

3

4

ÁREA CONSTRUÍDA: 54,25M² LOTE: 16,28M²

manter a organização projetual do edifício como um todo. O restante das vedações internas são completamente flexíveis, ou seja podem ser retiradas, acres-

TIPOLOGIA 1 - EXPANSÃO D 0

1

2

3

centadas ou relocadas. Quando

4

ÁREA CONSTRUÍDA: 60,44M² LOTE: 9,86M²

não totalmente construído, o lote apresenta

um

área

livre

à

disposição do usuário, seja para atividades de lazer, integração social com o condomínio ou simTIPOLOGIA 1 - EXPANSÃO E 0

1

2

3

4

ÁREA CONSTRUÍDA: 62,99M² LOTE: 6,42M²

plesmente para ter o seu próprio quintal no edificio. Expansão Lote

TIPOLOGIA 1 - EXPANSÃO F 0

1

2

3

4

ÁREA CONSTRUÍDA: 69,18M²

158

Possíveis usos do lote


DAYANE SILVA LACERDA - ARQUITETURA HABITACIONAL MÍNIMA FLEXÍVEL

APARTAMENTOS

Com o intuito de auxiliar a comercialização e o consumidor, foram propostas diversas sugestões de layouts que podem possuir 1 ou 2 banheiros, 1 a 4 quartos, a possibilidade de 1 ou 2

TIPOLOGIA 2 E 3 - EXPANSÃO A 0

1

2

3

4

ÁREA CONSTRUÍDA: 43,95M² LOTE: 29,60M²

home

office,

acesso

espaços

independente,

com closet,

integraçao total ou parcial dos ambientes... resultando em mais de 400 possibilidades de layout TIPOLOGIA 2 E 3 - EXPANSÃO B 0

1

2

3

4

ÁREA CONSTRUÍDA: 57,38M² LOTE: 14,62M²

que estão disponíveis para consulta em:

TIPOLOGIA 2 E 3 - EXPANSÃO C 0

1

2

3

4

ÁREA CONSTRUÍDA: 51,17M² LOTE: 20,96M²

O site dispõe de infor-

TIPOLOGIA 2 E 3 - EXPANSÃO D 0

1

2

3

4

ÁREA CONSTRUÍDA: 61,97M² LOTE: 9,86M²

mações,

imagens

e

detalhes

sobre o edifício e conta com uma busca personalizada para que o consumidor encontre com facilidade a planta do apartamento TIPOLOGIA 2 - EXPANSÃO E 0

1

2

3

4

ÁREA CONSTRUÍDA: 62,68M² LOTE: 8,12M²

que mais se adeque à suas necessidades. Expansão Lote

TIPOLOGIA 2 - EXPANSÃO F 0

1

2

3

4

Possíveis usos do lote

ÁREA CONSTRUÍDA: 70,63M²

159


DAYANE SILVA LACERDA - ARQUITETURA HABITACIONAL MÍNIMA FLEXÍVEL

EDIFÍCIO O edifício ELO possui 10 pavimentos. O Térreo é destinado às áreas comuns, academia, salão de festas, DML, escritório ELO,

2

1

1

lojas, escritórios, áreas de convivência, bicicletário e hall comercial e residencial distintos. O 1º e 2º pav. são destinados à garagem, sendo, no total, 68 vagas; uma por apartamento sendo 6 apartamentos com 2 vagas cada. Do 3º ao 9º são pavimentos exclusivamente residenciais, sendo que em cada pavimento encontram-se duas caixas de escada, 4 elevadores, 2 apartamentos de tipologia 1, 4 apartamentos de tipologia 2 e 2 apartamentos de tipologia 3. PERPECTIVA LATERAL DIREITA EDIFÍCIO ELO.

160

2

2

3

3

2


DAYANE SILVA LACERDA - ARQUITETURA HABITACIONAL MÍNIMA FLEXÍVEL

EDIFÍCIO

Circulação Vagas Circulação Pedestres

Apartamento + área de lazer Apartamento + área de lazer Circulação

1º e 2º PAV. - Garagem

Circulação Apartamentos Área de expansão (Lote)

3º PAV. - Apartamentos com área de lazer

4º ao 9º PAV. apartamentos

Escritórios Permeável Academia Circulação Salão de Festas Bicicletário Lojas Hall DML Escritório ELO

Térreo

161


DAYANE SILVA LACERDA - ARQUITETURA HABITACIONAL MÍNIMA FLEXÍVEL

ESTRUTURA , CONFORTO

A fachada do edifício, apesar de naõ ser uma fachada completamente verde, faz uso de

E SUSTENTABILIDADE

plantas ao redor de toda a garagem. Além de contribuir para a estética do edifício,

as plantas

ajudam a equilibrar a temperatura, diminuir a poluição e bloquear o barulho externo.

PERSPECTIVA FACHADA TÉRREO E GARAGENS.

Uma vez que o edifício ELO possibilita a flexibilidade dos espaços, é fundamental uma estrutura que viabilize esta proposta. A estrutura do edifício é de concreto armado com lajes nervuradas. Esse tipo de laje além de permitir a liberação de grandes vãos, garantindo ainda mais flexibilidade, é versátil, tem alta durabilidade e permite um a maior economia. As vedações externas são de alvenaria comum, enquanto as internas são de draywall, material que garate modificações rápidas e com facilidade.

PERSPECTIVA FACHADA DETALHE BRISES MÓVEIS.

Para controlar a luz do sol e oferecer conforto térmico, brises móveis distribuem-se pela construção. Os painéis vasados não bloqueiam a ventilação cruzada existente, tornando as residências sombreadas, ventiladas e naturalmente agradáveis.

PAREDES INTERNAS DRYWALL PAREDES EXTERNAS ALVENARIA

162


DAYANE SILVA LACERDA - ARQUITETURA HABITACIONAL MÍNIMA FLEXÍVEL

VIABILIDADE ECONÔMICA

serviços que o edifício ELO apresenta sobre os demais. Apartamentos com qualidade espa-

Uma das propostas do edifício ELO é

cial, totalmente adaptáveis, com ótima local-

mudar o paradgma de muitas construtoras, de

ização e infraestrutura e dentro do valor do

que um edifício diferenciado não é rentável e é

mercado. Ainda sobre valores, a construtora e

inviável economicamente. O edifício ELO é

incorporador tem 30% de lucro nessa obra.

capaz de atender à grande maioria, se não

Independente do quanto o proprietário resol-

todos, os usuários se tratando de funcionali-

va construir em seu lote, o lucro é o mesmo.

dade e qualidade espacial. Quando se trata de

Por fim, com tantos benefícios, as vendas

valores não é diferente; Os apartamentos (lotes)

seriam rápidas, sem riscos.

variam entre R$248.000,00 e R$315.000,00, já que cada expansão e tamanho contruído de

Todos os valores e mais detalhes constam no site Edifioelo.tk

venda possui um valor diferente. Esse valor encontra-se dentro da média dos edifícios em lançamento na região. E importante observar, entretanto, as inúmeras vantagens, facilidades e PERSPECTIVA FACHADA EDIFÍCIO ELO.ASDIADOIQHW,

163


ERIK DE ALMEIDA AGUIAR - IPATINGÃO ARENA

O CONCEITO DE ARENA MULTIUSO APLICADO AO ESTÁDIO JOÃO LAMEGO NETTO, O IPATINGÃO

O termo Arena Multiuso até meados da década passada era pouco usado no Brasil. O conceito amplamente difundido na Europa e Estados Unidos basicamente está ligado a estádios que oferecem uma diversidade de serviços e recebem eventos que vão além do esporte. O conceito multiuso, a princípio, pode parecer novo e ser ligado à modernidade, no entanto, sua gênese é datada do ano de 80 d.C. no Coliseu de Roma. O anfiteatro era altamente versátil sendo capaz de se adaptar e receber diversos tipos de eventos da época. Vale lembrar que a origem do nome “arena” vem exatamente do Coliseu que possuía o palco recoberto de areia. PROJETO DE MODERNIZAÇÃO DO IPATINGÃO

No

passado,

administradores

de

Além do esporte, as arenas passaram a

estádios em sua maioria não possuíam uma

contar com outras atividades como shows mu-

visão empreendedora que focasse em aprove-

sicais, eventos corporativos, bares e restau-

itar todo potencial de público. Entretanto, aos

rantes, cinema, lojas, academias e quaisquer

poucos a situação foi mudando e os gerentes

outras atividades que pudessem gerar ganhos

de arenas começaram a perceber que oferecer

financeiros para o local fazendo com que o

outros serviços no local ajudava a capitalizar

estádio pudesse ser aberto na maioria dos dias

recursos e a fidelizar novos frequentadores.

do ano e não somente em dias de jogos.

Erik de Almeida Aguiar

164

aguiarquiteto@hotmail.com


ERIK DE ALMEIDA AGUIAR - IPATINGÃO ARENA

IMAGEM DO PROJETO COM VISTA PELO PARQUE IPANEMA,

IPATINGÃO ARENA - PROJETO DE REFORMA E MODERNIZAÇÃO DO ESTÁDIO IPATINGÃO Um dos mais tradicionais palcos do

Fora o Ipatinga, o Ipatingão ainda recebia espo-

futebol mineiro, o Estádio Municipal João

radicamente jogos dos clubes da capital. Atlético

Lamego Netto, mais conhecido como Ipat-

e Cruzeiro, vez ou outra mandavam seus jogos

ingão é um dos maiores patrimônios da cidade

no estádio com boas médias de público. O maior

de Ipatinga. Situado no coração do Parque

público inclusive, foi registrado no dia 15 de

Ipanema, o estádio erguido nos anos 80 na

novembro de 2004 na partida entre Atlético e

gestão do então prefeito João Lamego Netto,

Flamengo válida pelo campeonato brasileiro. Na

viveu seu auge na década passada onde sediou

ocasião, 29 mil pessoas presenciaram a histórica

jogos de grandes competições nacionais e

vitória de 6 a 1 do Atlético. No período de reformas do Mineirão

internacionais como o Campeonato Brasileiro e a Copa Libertadores.

para a Copa do Mundo, o Ipatingão recebeu

Com o Ipatinga Futebol Clube, princi-

algumas partidas dos campeonatos mineiro e

pal equipe da cidade vivendo a melhor fase de

brasileiro. Contudo, concluídas as obras da

sua história, a torcida local pôde ver de perto

Copa, os clubes da capital perderam o interesse

grandes jogos. O clube, campeão mineiro em

em levar seus jogos para Ipatinga já que Belo

2005, chegou inclusive a disputar o Campe-

Horizonte passou a contar com duas modernas

onato Brasileiro da primeira divisão em 2008,

arenas.

porém, a péssima campanha na competição resultou no rebaixamento à segunda divisão.

165


ERIK DE ALMEIDA AGUIAR - IPATINGÃO ARENA

Atualmente, o Ipatingão tem sofrido com a falta de cuidados. O estádio que poderia receber

até 23 mil pessoas, teve sua

capacidade reduzida para apenas 10 mil torcedores e ainda assim, encontra-se interditado para jogos oficiais por não apresentar a segurança mínima exigida pelo corpo de bombeiros. Para obras de adequação e liberação do estádio, foi feito um convênio entre a Prefeitura de Ipatinga e o Ministério dos Esportes. O projeto de adequação foi orçado em 2,1 milhões de reais e visava cumprir as exigências dos órgãos de fiscalização, entretanto, as obras iniciadas em agosto de 2015 foram interrompidas pela falta de repasse de GRAMADO PREJUDICADO COM A FALTA DE CUIDADOS

recursos junto ao Ministério dos Esportes.

Comparado com o alto padrão das novas arenas brasileiras, o Ipatingão se mostra um estádio totalmente antiquado em todos os sentidos. Projetado exclusivamente para ser uma casa do futebol, o estádio apresenta estruturas ausentes ou insuficientes para o ideal acolhimento do público. Equiparando ao padrão exigido pela FIFA, faltam no local banheiros, guichês, entradas e saídas, serviços de alimentação e vagas de estacionamento condizentes com a capacidade do estádio. Problemas de acessibilidade e a ausência assentos cobertos e uma clara definição de setores também são problemas. A construção dos estádios da Copa do Mundo trouxe uma série de questionamentos a respeito do efetivo aproveitamento dos mesmos. O Ipatingão hoje, nada mais é do que o elefante branco do Vale do Aço e de uma maneira ou de outra, gera prejuízos à cidade. Pensar em um projeto de modernização do estádio a fim de torná-lo uma arena multiuso rentável requer uma série de análises capazes de demonstrar à empresários e investidores que um empreendimento como esse pode trazer retorno a longo prazo.

VISTA AÉREA DO PROJETO DO NOVO IPATINGÃO

166


ERIK DE ALMEIDA AGUIAR - IPATINGÃO ARENA

SOBRE O PROJETO O estudo de viabilidade econômica

Deve-se analisar cuidadosamente a real

para tornar o Ipatingão um espaço atrativo

demanda, as zonas de influência e o perfil do

passa diretamente pelo padrão que pre-

público como estratégias para se definir as

tende-se aplicar no projeto. Deve-se pensar

capacidades e os produtos e serviços que

que embora o estádio possa gerar grandes

poderão ser disponibilizados no novo Ipatingão.

receitas mensais, o investimento a ser feito é

A partir de algumas análises viu-se a

alto e o seu retorno pode demorar alguns anos

possibilidade de redução da capacidade do esta-

para vir. O importante nesse caso é buscar

dio de 23 para 18 mil tocedores adequando-se

maximizar todos os ganhos e minimizar os

assim para uma demanda considerada mais

gastos, aumentando assim a lucratividade.

realista para o estadio em caso de jogos de fute-

O primeiro passo na elaboração do

bol. Para shows musicais, a capacidade pode ser

projeto foi tomar como exemplo os erros e

ampliada para até 30 mil pessoas ja que o grama-

acertos cometidos nos projetos da Copa do

do passa a ser utilizado pelo público.

Mundo, Olimpíadas e outras arenas no Brasil e

Pensando que a arena deverá funcionar

no exterior e verificar qual é a possibilidade

o maximo de dias possível, todos os espaços

mais viável de se aplicar os conceitos multifun-

foram pensados para serem versáteis e receber-

cionais ao estádio fazendo com que o mesmo

em outras atividades como lojas, bares, museu,

possa funcionar todos os dias da semana.

academia dentre outras atrações.

VISTA INTERNA DO NOVO IPATINGÃO

167


ERIK DE ALMEIDA AGUIAR - IPATINGÃO ARENA

O projeto de modernização do Ipatingão foi pensado para atender ás novas exigên-

imprensa, vestiários e todos os demais espaços indispensáveis para uma arena multiuso.

cias de segurança, conforto, comodidade e

Com essas mudanças, outros problemas

versatilidade, fatores presentes nas novas e

recorrentes do estádio como a falta de saídas de

modernas arenas construídas no Brasil recente-

emergência, rampas de acesso, insuficiência de

mente. Para tanto, algumas intervensões drásti-

sanitários e acessibilidade serão resolvidos e

cas foram feitas de modo não somente a

atenderão as normas exigidas pelas autoridades

atender os novos padrões de modernidade mas

regulamentadoras, e darão maior conforto e

também resolver problemas crônicos presentes

comodidade aos espectadores da arena.

no estádio.

Outra notável mudança será a con-

Planta atual

Corte AA - Atual

Corte AA - Projeto

Corte BB - Atual

Corte BB - Projeto CORTES ESQUEMÁTICOS DO PROJETO DE MODERNIZAÇÃO

A principal proposta de modificação do

strução da cobertura, uma exigência antiga dos

estádio se dará na estrutura fisica das arquiban-

frequentadores do Ipatingão. Formada basica-

cadas superiores. Atualmente, todas as arqui-

mente por dois grandes arcos metálicos semel-

bancadas do estádio são sustentadas por um

hantes aos usados na Amsterdã Arena na Holan-

volume de terra abaixo do concreto. O novo

da, a estrutura será recoberta por uma membrana

projeto prevê a reconstrução das arquibancadas

tensionada que permitirá que parte da luz solar

superiores sendo sustentadas por vigas e pilares.

chegue ao gramado. Com isso, todos os assentos

Isso permitirá a locação de estruturas funda-

serão protegidos das intempéries. A cobertura

mentais para a versatilidade da arena pois o novo

ainda terá um papel importante na acústica pois

espaço abrigará bares, lojas, camarotes, salas de

servirá como barreira sonora e possibilitará uma melhor experiência para os expectadores em dia

168

de shows musicais.


ERIK DE ALMEIDA AGUIAR - IPATINGÃO ARENA

IPATINGÃO ARENA

As intervenções propostas no projeto

Outro fator importante para o novo

do novo Ipatingão buscam além de tudo aliar

Ipatingão é que com a nova estrutura será pos-

uma arquitetura diferenciada capaz de criar

sível trazer eventos de maior porte tanto no

uma integração entre a nova arena e o Parque

âmbito esportivo quanto no âmbito cultural.

Ipanema sem esquecer a funcionalidade de suas estruturas.

Entretanto, apesar da nova estrutura o sucesso da arena dependerá de um bom plano

O Ipatingão Arena passará a ser um

de gestão que busque trabalhar em todos os

ponto atrativo da cidade de Ipatinga tendo

setores buscando alternativas que façam tudo

todas as condições de abrigar diversos tipos de

funcionar todos os dias.

eventos musicais, esportivos, corporativos dentre outros. Salas, camarotes, lojas,bares e academia também serão outros atrativos do estádio e poderão estar em funcionamento todos os dias da semana.

A nova arena ainda possiblilitará a criação de novos empregos e será um fator de valorização pra cidade de ipatinga.

169


FERNANDA DRUMOND - COMPLEXO V

COMPLEXO V O CONCEITO DE UM NOVO MODELO HABITACIONAL O seguinte trabalho tem o objetivo de empregar os conceitos da Norma

de

Desempenho

NBR

15.575/2013 no projeto de um Edifício Residencial Multifamiliar, aplicando os conceitos referentes a qualidade na construção de novas edificações. A partir do entendimento da importância

da

participação

do

Arquiteto como um dos principais criadores

de

arquitetônicas

novas capazes

formas de

auto

sustentar e se manter com qualidade espacial e econômica, foi elaborado um projeto no qual busca atender tais propriedades. EDIFICAÇÃO VISTA PELA AVENIDA FERNANDO DE NORONHA

O trabalho procura aproveitar do

comerciais no térreo e primeiro pavimento,

espaço e localização para a conexão entre

ambientes de convivência integrados com o

projeto, sistemas construtivos e materiais,

entorno e garagem para moradores no

pensando nas melhores possibilidades para

subsolo. O conjunto habitacional é composto

uma maior qualidade da construção.

por 6 apartamentos por andar sendo:

A Edificação possui oito pavimentos

-04 Apartamentos de 60m²

com unidades habitacionais de diferentes

-02 Apartamentos de 90m²

tipologias e dimensões, contando com salas

Total de 36 unidades habitacionais

170

Fernanda Drumond drumondf.fd@gmail.com


FERNANDA DRUMOND - COMPLEXO V

ESPAÇO DE CONVIVÊNCIA | PLAYGROUND

NORMA DE DESEMPENHO | NBR 15.575 AS NOVAS EXIGÊNCIAS DO MERCADO Atualmente o mercado imobiliário vem seguindo um padrão construtivo buscando apenas cumprir requisitos mínimos referentes a qualidade espacial e material em suas edificações. Acontece uma constante réplica de edifícios habitacionais, empregados em toda e qualquer circunstância não observando o local, posicionamento em relação ao entorno, não considerando o conforto do usuário. Com isso diversas edificações deixam a desejar em vários aspectos relacionados ao conforto, durabilidade e expressividade arquitetônica, servindo apenas com o propósito de cumprir uma demanda habitacional existente. A partir daí tomou se como princípio neste projeto atender aos itens estabelecidos pela Norma de Desempenho/NBR 15.575 onde no Projeto de Arquitetura está implícita a discussão de aspectos como implantação e distribuição do programa, estrutura e relações de espaço, internos e externos, quesitos ambientais etc., no qual se baseia o projeto, buscando um melhor desempenho da edificação. CRITÉRIOS ABORDADOS NA NORMA SEGURANÇA - Segurança estrutural

- Saúde, higiene e qualidade do ar

- Segurança contra o fogo

- Funcionalidade e acessibilidade

- Segurança no uso e na operação

- Conforto tátil e antropodinâmico

HABITABILIDADE

SUSTENTABILIDADE

- Estanqueidade

- Durabilidade

- Desempenho térmico

- Manutenibilidade

- Desempenho acústico

- Impacto ambiental

- Desempenho lumínico

171


FERNANDA DRUMOND - COMPLEXO V

MAPEAMENTO | HABITANTES | ATIVIDADE ECONÔMICA

172


FERNANDA DRUMOND - COMPLEXO V

ÁREA DE INTERVENÇÃO | IMPLANTAÇÃO | ESTRATÉGIAS O edificação

posicionamento se

deu

através

da dos

estudos realizados referentes aos condicionantes naturais (insolação), e pela vizinhança já consolidada, buscando um melhor aproveitamento da iluminação e ventilação natural. Respeitando também os parâmetros urbanisticos da região, (afastamentos, coeficientes de aproveitamento, taxa de permeabilidade, etc.)

173


FERNANDA DRUMOND - COMPLEXO V

COMPLEXO V | PLANTAS

PLANTA TÉRREO

R

re lva Á o iog .D

s

Av. Fernando de Noronha

R. C. Jaques

-Salas comerciais -Salão de eventos -Playground -Espaço de convivência

PLANTA 1º PAVIMENTO -Escritórios -Academia

174


FERNANDA DRUMOND - COMPLEXO V

COMPLEXO V | PLANTA | EDIFÍCIO

PLANTA 2º A 7º PAVIMENTO -Apartamentos de 90m² e 60m²

EDIFICAÇÃO VISTA PELA R. AV. FERNANDO DE NORONHA

EDIFICAÇÃO VISTA PELA R. C. JAQUES

ESPAÇO COMERCIAL | PLAYGROUND | ESPAÇO DE CONVIVÊNCIA

175


FERNANDA MONTEIRO PEREIRA - ARQUITETURA COMERCIAL : A INFLUÊNCIA DA IDENTIDADE VISUAL E SEMIÓTICA

REQUALIFICAÇÃO DO MERCADO MUNICIPAL DE ITABIRA HISTÓRIA , VALORES A requalificação é, sobretudo, um instrumento para a melhoria da qualidade de vida da população,

em grande escala, a cidade de fato começou a crescer e a se desenvolver economicamente.

promovendo a construção e recuperação de equipa-

Uma vez aquecida pela mineração Itabira

mentos e infraestruturas e a valorização do espaço

consolidou seu comercio, hoje é possível ver um

público com medidas de dinamização social e

maior investimento na criação e utilização de

econômica, através de melhorias urbanas, de acessib-

espaços comerciais.

ilidade ou centralidade (MOURA, et. al., 2006).

Segundo o senso de 2016 realizado pelo Insti-

O comercio de Itabira é tão antigo quanto à

tuto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Itabi-

cidade, movimenta toda a população cotidiana-

ra conta com uma população estimada de 118.481

mente, Foi elevada à categoria de cidade, com o

habitantes. Em 2010, 11,65% da população estava

nome de Itabira em 1848.

empregada no setor de construção, 1,47% nos seto-

Com a criação da Vale S.A., antiga Companhia Vale do Rio Doce (CVRD), e a exploração do minério

res de utilidade pública, 14,18% no comércio e 43,64% no setor de serviços em geral Considerando que Itabira é uma cidade mineradora, podemos considerar que estes 43,64% giram em torno da industria, seguida do comercio, que a segunda atividade de maior giro financeiro na cidade. Estes dados revelam o tamanho do potencial de mercado a ser explorado.

FOTO 01 - CENTRO DE ITABIRA EM 1890 | WWW.ITABIRA.MG.GOV.BR |

ITABIRA MG 120

MG 129

Fernanda Monteiro Pereira

176

fernandamonteiro.arq@hotmail.com


FERNANDA MONTEIRO PEREIRA - ARQUITETURA COMERCIAL : A INFLUÊNCIA DA IDENTIDADE VISUAL E SEMIÓTICA

Mais declarações encontram-se no livro memórias

MEMÓRIAS | IDENTIDADE Cada consumidor tem sua preferência por

com renda familiar inferior a 2,5 salários mínimos,

determinadas lojas e marcas, tais espaços emitem

os alimentos eram adquiridos dos produtores pela

sinais visuais que acabam por fazer parte de nosso

Cobal, sem subsídios e vendidos diretamente a

cotidiano, se tornam SIGNOS amados e influencia

cooperativas de consumo, mas declinou a partir de

nossas escolhas.

1987.

Projetar espaços comerciais de qualidade implica: no conhecimento da lógica de funcionamento do comércio, que é extremamente dinâmico e consequentimente leva transformações no meio urbano. Dentro da lógica de espaço temporal o Mercado Municpal de Itabira realiza mediações entre diferentes espaços, pessoas e objetos. Ele concentram momentos de trocas comerciais e proporcionam, para além de transações econômicas, relações sociais e simbólicas.

O INÍCIO;

FOTO 02 - MODELO SUPERMERCADO COBAL | WWW.ITABIRA.MG.GOV.BR |

Já em 1985 o Ministério da Agricultura, propunha-se a vender alimentos a preços baixos à população

177


FERNANDA MONTEIRO PEREIRA - ARQUITETURA COMERCIAL : A INFLUÊNCIA DA IDENTIDADE VISUAL E SEMIÓTICA

Ainda no ano de 1987 o Supermercado Cobal deixa de existir dando espaço a Associação de Agricultores de Itabira e Região. No fim deste mesmo ano a associação da espaço para outros produtores dando início ao Mercado Municipal Caio Martins da Costa. No processo de requalificação resgatar valores é muito mais importante do que uma requalificação estrutural, a melhoria no espaço se torna consequencia a partir de seu uso, o projeto traz consigo que tudo deve ser feito dentro das limitações e considerações que espaço é um mercado e deve permanecer , não perdendo as características. FOTO 03 - MERCADO 2011 | WWW.ITABIRA.MG.COV.BR

O espaço no projeto comercial é nosso, é

“... E fica a pergunta a vizinhança cresceu e o

meu, é dele e de todo mundo, acredito que o

mercado cresceu? ou a vizinhança cresceu porque

comercio tem que ser publico, tem que ser um

o mercado cresceu? Tudo na cidade cresceu o

espaço agradável, você tem que chegar la e se

entrono desenvolveu e o mercado esta ficando

sentir em casa se você entrar na loja e não se sentir

feio, nos éramos os mais bonitos!...”

bem a loja vai quebrar porque você não vai se sentir

Ivan - Tabacaria

dono.

20 ano de Mercado

IN

IRO E H

OP Ã . JO AV

178


FERNANDA MONTEIRO PEREIRA - ARQUITETURA COMERCIAL : A INFLUÊNCIA DA IDENTIDADE VISUAL E SEMIÓTICA

INTENÇÕES DE PROJETO RECONHECIMENTO DOS CRITÉRIOS DE ESCOLHA DO LOCAL Após análises no espaço, foi identificado pontos positivos que influenciaram na escolha do local para intervenção: patrimônio imaterial da cidade; já há acessibildade em alguns pontos; fácil acesso para transporte de cargas; proximidade com ponto de interesse turístico; proximidade com ciclovia; proximidade com áreas bem adensadas e grandes reservas finaceira; espaço

FOTO FACHADA MERCADO MUNICIPAL CAIO MARTINS DA COSTA

já consolidado como mercado municipal. Diante de diversas qualidades tambem foram identificados os principais probelamas; falta de acessibilidade em alguns pontos; iluminação e ventilação precária; falta de sinalização; cheio muito forte em alguns pontos; banheiro precários e quase inutilizáveis; barracas não legalizadas no espaço externo.

FOTO FACHADA MERCADO MUNICIPAL CAIO MARTINS DA COSTA

FOTOS MERCADO MUNICIPAL CAIO MARTINS DA COSTA

179


IGOR BARRETO MENDES - O ARQUITETO PÚBLICO NA CIDADE DE TIMÓTEO

O PAPEL DO ARQUITETO PÚBLICO NA CIDADE DE TIMÓTEO / MG

TCC II - IGOR BARRETO MENDES ORIENTADOR – ROGÉRIO BRAGA

Igor Barreto Mendes

180

igor.bmendes@hotmail.com


IGOR BARRETO MENDES - O ARQUITETO PÚBLICO NA CIDADE DE TIMÓTEO

85% DOS BRASILEIROS CONSTROEM SEM AUXÍLIO DE ARQUITETOS E URBANISTAS. A comovente história da empregada doméstica de São Paulo que guardou poupança durante anos, e contratou arquitetos para reconstruir sua moradia em Vila Matilde pagando um preço justo. Serviu de exemplo e quebra de paradigmas para o surgimento e o aproveitamento melhor de uma arquitetura mais humanitária e pensada para classe social mais baixa. Neste sentido ainda nos dias atuais, 85% da população brasileira constrem sem auxílio de arquitetos e urbanistas. Onde ocasiona predominante a autoconstrução. Além do aspecto negativo economicamente, isso resulta em HTTP://G1.GLOBO.COM/FANTASTICO/NOTICIA/2015/10/MAIS-DE-80-DOS-BRASILEIROS-FAZEM-OBRA-SEM-ARQUITETO-OU-ENGENHEIRO.HTML

vários problemas.

Partindo da linha de pesquisa do TCC

desenvolvido um programa de viabilidade

I, onde o tema foi Habitação de Baixo Custo

econômica para ser possível a adaptações da

para Cidade de Timóteo.

planta

para

a

utilização

do

usuário.

Este trabalho de TCC II visou viabilizar

O programa pode ser viabilizado

e tornar ainda mais possível a democratização e

pelos recursos federais da LEI Nº 11.888, DE

a realização de um trabalho supervisionado por

24 DE DEZEMBRO DE 2008. chamada “Lei de

um arquiteto e urbanista voltado para classe

Assistência Técnica” onde o “Arquiteto Públi-

social mais necessitada. Onde a enfase é tornar

co” pode seguir e prestar um ótimo e

paupável a expressão “Arquiteto Público” .

excelente atendimento aos que mais necessi-

Neste sentido foram criadas três

tam. A Classe Social C, D e E.

opções de plantas reformatadas para ser pré-aprovada na prefeitura de Timóteo/MG, e

181


182

1º PASSO – SEPARAR OS SEGUINTES DOCUMENTOS – RG CPF CERTIDÃO DE CONJUGUE (CASO CASADO) COMPROVANTE RESIDÊNCIA COMPROVANTE DE RENDIMENTOS COMPROVANTE ESCRITURA DO LOTE SE TIVER – CARTÓRIO HABITE-SE COMPROVANTE IPTU PAGO NOS ÚLTIMOS ANOS 2º PASSO - IR PRESENCIALMENTE A PREFEITURA DE TIMÓTEO MG 3º PASSO – ESCOLHER A PLANTA NECESSÁRIA 4º PASSO – ENTRAR EM CONTATO COM “ARQUITETO PÚBLICO” RESPONSÁVEL PARA SEGUINTES ANALISES: - LEVANTAMENTO DE DADOS – VISITA LOCAL DA OBRA - REUNIÃO DE NECESSIDADES - APRESENTAÇÃO E ADAPTAÇÃO - APRESENTAÇÃO DE REGULARIZAÇÃO TERRENO 5º PASSO – APROVAR O PROJETO COM NECESSIDADES 6º PASSO – ASSINAR UM CONVÊNIO DE COMPRA DE MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO 7º PASSO - DECIDIR ENTRE: - A AUTOCONSTRUÇÃO ACOMPANHADA - OU CONSTRUTORA 8º PASSO – PAGAR IMPOSTOS E PRESTAR CONTAS

PASSO A PASSO

PLANTA FUNCIONAL 01 / PRÉ - APROVADA PROGRAMA: MINHA CASA MINHA VIDA LOCALIZAÇÃO – TIMÓTEO MG ÁREA - 33.70 M² CUSTOS APROXIMADO – 30 MIL REAIS

OPÇÃO 01

SECRETARIA MUNICIPAL DE PLANEJAMENTO E URBANISMO SETOR B – TELEFONE 3848-7100 AV. ACESITA, 3230 - SÃO JOSÉ, TIMÓTEO - MG, 35182-000

IGOR IGOR BARRETO BARRETO MENDES MENDES - O ARQUITETO - O ARQUITETO PÚBLICO PÚBLICO NA CIDADE NA CIDADE DE TIMÓTEO DE TIMÓTEO


1º PASSO – SEPARAR OS SEGUINTES DOCUMENTOS – RG CPF CERTIDÃO DE CONJUGUE (CASO CASADO) COMPROVANTE RESIDÊNCIA COMPROVANTE DE RENDIMENTOS COMPROVANTE ESCRITURA DO LOTE SE TIVER – CARTÓRIO HABITE-SE COMPROVANTE IPTU PAGO NOS ÚLTIMOS ANOS 2º PASSO - IR PRESENCIALMENTE A PREFEITURA DE TIMÓTEO MG 3º PASSO – ESCOLHER A PLANTA NECESSÁRIA 4º PASSO – ENTRAR EM CONTATO COM “ARQUITETO PÚBLICO” RESPONSÁVEL PARA SEGUINTES ANALISES: - LEVANTAMENTO DE DADOS – VISITA LOCAL DA OBRA - REUNIÃO DE NECESSIDADES - APRESENTAÇÃO E ADAPTAÇÃO - APRESENTAÇÃO DE REGULARIZAÇÃO TERRENO 5º PASSO – APROVAR O PROJETO COM NECESSIDADES 6º PASSO – ASSINAR UM CONVÊNIO DE COMPRA DE MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO 7º PASSO - DECIDIR ENTRE: - A AUTOCONSTRUÇÃO ACOMPANHADA - OU CONSTRUTORA 8º PASSO – PAGAR IMPOSTOS E PRESTAR CONTAS

PASSO A PASSO

PLANTA FUNCIONAL 02 / PRÉ - APROVADA PROGRAMA: MINHA CASA MINHA VIDA LOCALIZAÇÃO – TIMÓTEO MG ÁREA - 43.62 M² CUSTOS APROXIMADO – 40 MIL REAIS

OPÇÃO 02

SECRETARIA MUNICIPAL DE PLANEJAMENTO E URBANISMO SETOR B – TELEFONE 3848-7100 AV. ACESITA, 3230 - SÃO JOSÉ, TIMÓTEO - MG, 35182-000

IGOR BARRETO MENDES - O ARQUITETO PÚBLICO NA CIDADE DE TIMÓTEO

183


184

1º PASSO – SEPARAR OS SEGUINTES DOCUMENTOS – RG CPF CERTIDÃO DE CONJUGUE (CASO CASADO) COMPROVANTE RESIDÊNCIA COMPROVANTE DE RENDIMENTOS COMPROVANTE ESCRITURA DO LOTE SE TIVER – CARTÓRIO HABITE-SE COMPROVANTE IPTU PAGO NOS ÚLTIMOS ANOS 2º PASSO - IR PRESENCIALMENTE A PREFEITURA DE TIMÓTEO MG 3º PASSO – ESCOLHER A PLANTA NECESSÁRIA 4º PASSO – ENTRAR EM CONTATO COM “ARQUITETO PÚBLICO” RESPONSÁVEL PARA SEGUINTES ANALISES: - LEVANTAMENTO DE DADOS – VISITA LOCAL DA OBRA - REUNIÃO DE NECESSIDADES - APRESENTAÇÃO E ADAPTAÇÃO - APRESENTAÇÃO DE REGULARIZAÇÃO TERRENO 5º PASSO – APROVAR O PROJETO COM NECESSIDADES 6º PASSO – ASSINAR UM CONVÊNIO DE COMPRA DE MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO 7º PASSO - DECIDIR ENTRE: - A AUTOCONSTRUÇÃO ACOMPANHADA - OU CONSTRUTORA 8º PASSO – PAGAR IMPOSTOS E PRESTAR CONTAS

PASSO A PASSO

PLANTA FUNCIONAL 03 / PRÉ - APROVADA PROGRAMA: MINHA CASA MINHA VIDA LOCALIZAÇÃO – TIMÓTEO MG ÁREA - 55.55 M² CUSTOS APROXIMADO – 50 MIL REAIS

OPÇÃO 03

SECRETARIA MUNICIPAL DE PLANEJAMENTO E URBANISMO SETOR B – TELEFONE 3848-7100 AV. ACESITA, 3230 - SÃO JOSÉ, TIMÓTEO - MG, 35182-000

IGOR BARRETO MENDES - O ARQUITETO PÚBLICO NA CIDADE DE TIMÓTEO


IGOR BARRETO MENDES - O ARQUITETO PÚBLICO NA CIDADE DE TIMÓTEO

A HISTÓRIA DO ALEXANDRE E A PROPOSTA DO PROJETO APLICADO. Encontramos a história do Sr. Alexandre, recém divorciado, morando em Ipatinga, trabalhando em Timóteo, com uma filha morando fora do país com a mãe. Observou -se a necessidade de uma moradia em Timóteo de apenas um quarto, para facilitar seu dia a dia e seu trabalho. A princípio o próprio Alexandre desenhou sua própria proposta a mão, como podemos ver na foto ao lado. Sem nenhuma referência. E posteriormente iria realizar sua auto construção. Nota -se na planta desenhada baixa qualidade espacial, baixa qualidade de ventilação e luminosidade. Este tipo de autoconstrução, onde representa

85% das con-

struções nacionais pode oferecer vários ricos ao usuário. FOTO EM IN LOCO - FOTOGRAFIA IGOR BARRETO MENDES

185


IGOR BARRETO MENDES - O ARQUITETO PÚBLICO NA CIDADE DE TIMÓTEO

O lote está localizado no Bairro Santa Terezinha em Timóteo na Rua Carvalho da Silva contendo apenas 6 metros de frente e 30 metros de fundo com um leve declive no seu fundo. A idéia seria adptar as suas necessidades utilizando a proposta 01. Pré aprovada como mostrada nas páginas anteriores. A proposta contou com um enxaixe perfeito da habitação minima do estudo ao lote de 6 metros de largura.

Atendendo

totalmente a legislação Municipal, tendo ainda

um

objetico

maior

da

planta

pre-aprovada que seria regularizar a situação da construção junto a Prefeitura MuIMAGENS 3D - PROPOSTA PROJETO PRE APLICADO - PERSPECTIVA 01

nicipal de Timóteo.

A idéia é conseguir gerar uma habitação de qualidade e ainda adicionar um belo afastamento, grama, boa qualidade espacial, contendo boa ventilação e iluminação. Aproximando o custo da obra para não ocorrer imprevistos. E programa conta ainda adaptações de talhados para garaem e até mesmo um desenho de um portão especifico para esse estudo de caso. Entre a autoconstrução inrregular e a construção da planta pre-aprovada assistida por um “Arquiteto Publico” torna se lógico que o próprio cidadão não tome essa decisão que pode prejudicar até mesmo a sua saúde na pós ocupação. Ainda assim, existem dúvidas a respeito de como o projeto seria pago/viabilizado para o arquiteto ou profissional responsával. Mesmo existindo uma LEI FEDERAL que disponibiliza repasses para dar assistencia técnica as classes mais necessitantes. Foi onde então, resolvemos criar uma estratégia para o funcionámento dessa proposta dentro da Prefeitura de Timóteo. Como podemos ver na página seguinte um Estudo de Viabilidade. IMAGENS 3D - PROPOSTA PROJETO PRE APLICADO - PERSPECTIVA 02

186


IGOR BARRETO MENDES - O ARQUITETO PÚBLICO NA CIDADE DE TIMÓTEO

O programa “Timóteo Legal” seria uma proposta de iniciativa da Prefeitura Municipal de

80% da população de Timóteo, segundo fontes do IBGE. (classes socias).

Timóteo para arquitetos canditados a prestar o

A planta pré-aprovada serve para facilitar

serviço de Assistência Técnica as classes mais

e agilidade dos projetos que poderão ser construi-

necessitantes. Mantidos com recursos federais e

do pelo cidadão. Deixando - o livre a escolha

facilitado pela instituição municipal sedendo um

pre-definida pelo usuário. Vários imprevistos

espaço minimo de 30m² para prestar o devido

podem ser evitados partindo desta proposta.

atendimento ao auto numero e volume de

Como custos, a qualidade da construção e a até

cidadão onde se enquadra economicamente

mesmo regularidade da escritura junto ao fisco.

Uma parceria poderia ser criada para

baixa renda reformarem imóveis, com uma

manter os estágiários. Para cada 01 arquiteto

condição de ser assistida por um profissional

entre 2 a 5 estagiários de arquitetura. Sendo man-

(arquiteto) para autorizar os repasses. Podendo

tido por um covênio: Parceria/Convênio entre

haver integração entre contrução e reforma.

Depósitos de Materiais de Construções da Região

Neste caso, torna-se viável e beneficente o uso

com Município de Timóteo. Vendas por pacotes.

deste programa para toda população municipal.

Comissão

Entre a autoconstrução e a construção assistida

do

vendedor

para

manter

a

Bolsa/Salário dos dos estagiários. Junto ao momento, desta proposta, o

por um “Arquiteto Público”. A arquitetura pode sim SER PARA TODOS!

Governo Federal, lançou o “Programa Cartão Reforma.” A iniciativa dará crédito para famílias de

187


IOLANDA RAMAIOLI - EDIFÍCIOS RESIDENCIAL

EXPANSÃO E GENTRIFICAÇÃO DO BAIRRO TERESÓPOLIS Neste seguimento, foram realBH

izados estudos sobre a cidade de João Monlevade, a Região Sul e em especifico o bairro Teresópolis. Com o intuído de apontar a complexidade da Região Sul, foram efetuados estudos históricos do desenvolvimento da cidade, da composição das famílias e do mercado Imobiliário remanescente. As pesquisas junto as imo-

BR 381

BR 381

biliárias da cidade indicaram os valores de mercado das regiões, o que possibili-

JOÃO MONLEVADE

tou notar a disparidade entre a Região Norte (Centro Comercial) e a Região Sul,

Região Norte

mesmo

Região Sul

serviços e comércios na atualidade.

População Estimada 2016

ambos

oferecendo

vários

79.100

FONTE: IBGE E PMJM, COM REVISÕES DA AUTORA.

Nos estudos, foi possível visualizar as

ocorreram próximos a siderúrgica e a Região

disparidade, por meio do desenvolvimento

Norte. Com a expansão e o baixo custo de mer-

urbano, que iniciou devido a chagada da

cado da região sul, os novos bairros foram

siderúrgica Belgo Mineira, atual Arcelor Mittal,

surgindo aceleradamente, apresentando um

levando a urbanização sentido Região Norte,

público de classe baixa. Esse desenvolvimento

tendo a última grande expansão da cidade a

rápido levou ao investimento do comércio local,

Região Sul, que inicialmente não possuía

o que contribuiu para que essa região se e

serviços, pois os primeiros assentamentos

tornasse a 2º centralidade da cidade atualmente.

188

Iolanda Ramaioli iolly.ramayoli@gmail.com


IOLANDA RAMAIOLI - EDIFÍCIOS RESIDENCIAL

Sequenciando as análises da região sul, pode se constatar na Figura 1 – Mapa Plano diretor de João Monlevade que há poucas zonas de expansão urbana existentes na cidade, e que o bairro Teresópolis se encontra no centro dessas áreas que futuramente serão os novos bairros da cidade. Sendo pertinente pensar em uma verticalização para as novas construções deste bairro. Considerando o histórico do bairro Teresópolis que inicialmente possuía somente

Zona de Expansão Urbana 1 - (ZEU 1)

construções de baixo padrão e de pequeno

Zona de Expansão Urbana 2 - (ZEU 2)

porte, nos dias atuais possui grades edifi-

Contorno do bairro Teresópolis - (ZUD2)

cações, valorizando o mercado imobiliário.

FONTE: PMJM, COM REVISÕES DA AUTORA.

Este bairro até então detém edifícios de baixo padrão, no entanto dispõe de uma predileção para residências de alto padrão nas novas construções propostas, análise que ao unir as modificações urbanas ocorridas pode se dizer que a região está passando por um processo de gentrificação. Remetendo as características do público alvo que se mostrou de classe média alta, foi proposto um edificação multifamiliar de classe B, a qual obtém uma localidade favorável e que ofereças variadas possibilidades de tipologias habitacionais partindo de uma área mínima de 83.9 m² com varanda, podendo adquirir metade ou todo o pavimento que chega há 195,6 m² com varanda, outra opção também seria obter dois

REGIÃO NORTE

blocos mínimos um sobre o outro. Essa as diversas propostas familiares abrangendo dimensões conforme as necessidades dos moradores.

B. Teresópolis

R$380,00

R$350,00

R$300,00

R$320,00

R$330,00

B. Tanquinho

R$300,00

R$320,00

R$250,00

R$2800,00

R$290,00

REGIÃO

SUL

Área Central

estratégia tem como objetivo adequar se

FONTE: PESQUISAS JUNTO AS IMOBILIÁRIAS DE JOÃO MONLEVADE

189


IOLANDA RAMAIOLI - EDIFÍCIOS RESIDENCIAL

Sucedendo as demandas do público alvo que se demonstrou por meio de entrevistas e questionários, margeei as intenções de projeto, voltadas as ações e atividades apontadas pelos propícios clientes. Pensando em proporcionar liberdade e individualidade em um ambiente parcialmente coletivo, foi direcionado ao contextualíssimo do bairro e do público alvo, oferecendo atividades coletivas como: Play Grand, salão de jogos, área de eventos e horta coletiva.

O projeto consiste em 21 apartamentos, sendo 14 com tamanho mínimo e 7 com tamanha médio, todos os blocos possuem varandas, alguma cobertas outras não, PESPECTIVA EXTERNA - FACHADAS

para que em tempos frios a total presença do sol possa acontecer. Áreas comuns: - Horta verticais e horizontar se localiza nos fundo do empreendimento, onde há mais silencio e a presença do sol da manhã. - Salão de eventos: Entrada principal pela portaria, possui área para recepção dos convidados, banheiros, cozinha e área coberta de mesa de 50 m² que pode se estender até as áreas externas do bloco. - Salão de jogos: Possui sala de cinema e vídeo game, paredes que podem serem riscada, mesas e cadeiras de tamanho menor, sinuca, totó e um banheiro infantil. Este posicionado próximo ao Play Ground pensado

nas

crianças

e

jovens

que

utilizaram esses ambiente com frequência e ao mesmo tempo.

190

PERSPECTIVA EXTERNA - ACESSO DE VEÍCULOS


IOLANDA RAMAIOLI - EDIFÍCIO RESIDENCIAL

MAPA ENTORNO LEGENDA Lote Acesso ao lote Vento Dominante Edificações até 2 pavimentos

RUA POLÔNIA

LOTE

RUA POLÔNIA

Edificações acima de 2 pavimentos

RUA ESCÓCIA

RUA ESCÓCIA

PLANTA DE SITUAÇÃO

01

5

10

SUBSOLO 1 - GARAGEM

CURVA DE NIVEL

01

5

10

SUBSOLO 2 - GARAGEM

191


IOLANDA RAMAIOLI - EDIFÍCIO RESIDENCIAL

0 1

5

10

PLANTA TÉRREO

PORTARIA RUA POLÔNIA

192


IOLANDA RAMAIOLI - EDIFÍCIO RESIDENCIAL

PERSPECTIVA - PLAY GROUND E BOSQUE

PERSPECTIVA - FACHADA SECUNDÁRIA

193


IOLANDA RAMAIOLI - EDIFÍCIO RESIDENCIAL

APTO 2

APTO 1

0

1

3

PLANTA PAVIMENTO 1 APARTAMENTO 1 - 1 DORMITÓRIO E 1 SUÍTE APARTAMENTO 2 - 1 SUÍTE

194

6


IOLANDA RAMAIOLI - EDIFÍCIO RESIDENCIAL

0

1

3

6

PLANTA PAVIMENTO 2 APARTAMENTO PAVIMENTO TOTAL

195


JOAB SANGI - ESPAÇOS E CENTROS CULTURAIS

REVITALIZAÇÃO DO CENTRO CULTURAL SETE DE OUTUBRO

O projeto tem como objetivo principal, transformar um espaço cultural em um centro cultural. Foi escolhido a cidade de Ipatinga em Minas Gerais devido o seu grande potencial cultural, onde a cidade é classificada como o segundo maior polo cultural do estado de Minas Gerais e possui o 12º melhor centro cultural do País. Com a execução desse projeto a cidade terá a oportunidade de vivenciar a transformação de um espaço que foi um marco na historia da cidade, um

SITUAÇÃO ATUAL DO ESPAÇO

ambiente que um dia foi um espaço cultural – adaptado a partir de baias de cavalo – para a construção de um centro cultural, conservando sua memória popular e revitalizando a historia da Ipatinga, trazendo de volta um espaço que contribuiu de forma decisiva para a afirmação da identidade cultural da região. O projeto ainda irá promover a integração da classe artística local, promovendo o intercambio e a construção de uma rede colaborativa de artistas que trabalham de forma integrada.

SITUAÇÃO ATUAL DO ESPAÇO

Joab Sangi

196

joabsangi@hotmail.com


JOAB SANGI - ESPAÇOS E CENTROS CULTURAIS

LEGENDA: 1-ESTACIONAMENTO 2- GUARITA 3- REDES 4- RESTAURANTE 5- PALCO 17

6- ESCOLA DE ARTES 7- NOVO TEATRO

18 PLANTA DE ESPAÇOS A SEREM DEMOLIDOS (GALPÕES E CAMPO DE FUTEBOL)

8- BILHETERIA 9- BANHEIROS

2

4 5

3

6

1 5 17

18

14

8 2 9 11 7 5 10 5 12 13 15 16

10- TEATRO EXISTENTE 11- ESCOLA INFANTIL 12- PARQUE MUSICAL 13- MEMORIAL 14- DECK 15- PONTE 16- PONTO MARIA FUMAÇA 17- PARQUE IPANEMA

PLANTA DE LOCALIZAÇÃO

ESTACIONAMENTO / REDES

18- BR 381

2 5 3

18 119 VAGAS DE CARROS 90 VAGAS DE MOTOS

197


JOAB SANGI - ESPAÇOS E CENTROS CULTURAIS

CORTE DE VOLUMETRIA E SETORIZAÇÃO AA

LEGENDA: 1- RESTAURANTE 2- COZINHA 3- DISPENSA 4- BANHEIRO 5- PALCO

CORTE DE VOLUMETRIA E SETORIZAÇÃO BB

6- ATELIER

RESTAURANTE / ESCOLA DE ARTES

7- COWORKING 8- RECEPÇÃO

1

3

2

11

4 6

7

12

10- ESPELHO D’AGUA

8 4 9

9- GALERIA 11- BILHETERIA 12- CIRCULAÇÃO

10

5 Um restaurante foi pensado para atender a necessidade da comunidade local e ao centro cultural. Ao lado pode-se observar que a implantação da escola de artes foi pensada de forma que seja é totalmente independe onde a separação do público e privado é bem definida.

CORTE ESCOLA DE ARTES

198


JOAB SANGI - ESPAÇOS E CENTROS CULTURAIS

A demanda para atender as

ESCOLA DE ARTES 7

2

1

necessidades foram baseadas em um Projeto politico pedagógico realizado em

3

2006 que atende as necessidades da classe artística, como abrigar a expansão das áreas de formação ligadas à cena, 4

PLANTA 1º PAVIMENTO ESCOLA DE ARTES

cumprindo assim o papel que é esperado pela comunidade “ESCOLA”. O desenvolvimento de um espaço que seja ocupado por artistas e a população da

7

2

região. Espaços que propiciem a circu-

3

lação dos artistas locais através de espe-

6

táculos, palestra, oficinas, eventos e

5

shows e ocupação permanente, destina4

PLANTA 2º PAVIMENTO ESCOLA DE ARTES

da para 12 entidades culturais reconhecidas por sua atuação social através de projetos de formação artística.

7

2 6

8 9

LEGENDA:

3

1- SALA DE DANÇA

8

2- HALL

8

3- BANHEIRO

4

PLANTA 3º PAVIMENTO ESCOLA DE ARTES

4- NOVO TEATRO 5- SALA DE ESPETÁCULOS 6- TERRAÇO JARDIM

7

2

7- CIRCULAÇÃO

3

8- SALA DE MÚSICA

6

11 12

PLANTA 4º PAVIMENTO ESCOLA DE ARTES

10 13

9- ESTÚDIO DE GRAVAÇÃO 10- SALA DE REUNIÃO

4

11- COZINHA 12- SECRETARIA 13- DEPÓSITO

199


JOAB SANGI - ESPAÇOS E CENTROS CULTURAIS

ENTRADA PRINCIPAL / PRAÇA 1

4

4

2 2 3

LEGENDA:

3

1- GUARITA 2- BANHEIRO CENTRO CULTURAL 3- BANHHEIRO TEATRO 4- EDIFICAÇÃO EXISTENTE

4

5- TEATRO EXISTENTE 6- PALCO

6

7- ACESSO CARGA E DESCARGA

5

7 PLANTA ENTRADA PRINCIPAL DO CENTRO CULTURAL E PRAÇA DA MÚSICA

Devido a existência de um teatro, o projeto cria uma integração entre o velho e o novo, com o desenvolvimento de uma praça central que integra os espaços, onde é mantido uma saída lateral do teatro diretamente na praça. A entrada do teatro também é mantida, mas foi criado uma estrutura para que o mesmo possa ser utilizado de forma pública ou privada, não atrapalhando as atividades do restante do centro cultural. Logo na entrada principal, foi criado uma guarita para controle dos acessos e uma bilheteria que tem acesso direto ao teatro novo e o existente..

200


JOAB SANGI - ESPAÇOS E CENTROS CULTURAIS

CAFÉ / MEMORIAL / PARQUE DA MÚSICA 1

3

2 4

5

6 6

LEGENDA:

4

5

1- CAFÉ 2- BANHEIRO

4

3- PALCO

4

4- BRINQUEDOS MUSICAIS 5- MEMORIAL

6

5

6 6

4 5

5 5

6- JARDIM SENSORIAL

4

6

O projeto preza pela responsabilidade cultural e identidade da região que é carregado pelo nome sete de outubro. Com isso foi proPLANTA DE LOCALIZAÇÃO DO MEMORIAL / CAFÉ E PARQUE DA MÚSICA

jetado um memorial para que essa data seja representada de uma forma artística, onde os oito painéis foram pensados para sofrerem intervenções de artistas locais. Juntamente foi criado jardins sensoriais, para que as pessoas possam sentir, tocar, comer e cheirar. O piso do memorial foi pensado em pedras para ativar o tato dos visitantes. Ao lado encontramos um parque musical sensorial para que os visitantes criem suas próprias sinfonias. Tambem foi pensado um mini palco para estimular os novos artistas.

201


JOAB SANGI - ESPAÇOS E CENTROS CULTURAIS

LEGENDA:

DECK

1- DEPÓSITO 2- CAMARIM

1

3- BANHEIRO 4- PONTE DE ACESSO

3 2 2

5- PONTO Mª FUMAÇA

4

6- PALCO 7- ESCORREGADORES

O Deck foi pensado para estimular as manifes5

tações artísticas de forma espontânea,

seja

pequenas

grandes.

ou

elas O

mesmo foi pensado para atender PLANTA DO TÉRREO DECK / NOVO ACESSO PELA PONTE E PONTO DA Mª FUMAÇA

as

necessidades

culturais da região, ex: Live Jazz, Rua Declama entre

6

outros. Foi um criado um

7

palco de arena, pois assim todos os lados são frente. Para dar suporte aos futuros 4

eventos foi projetado dois camarins

e

banheiros

de

acesso direto ao palco, onde 5

o mesmo pode ser facilmente controlado

o

acesso

de

visitantes em momentos de espetáculos. Suas esstruturas metálicas são devido a facilidade de ser ocupado e sofra interferências de elementos PLANTA DO 1º PAV. DO DECK / NOVO ACESSO PELA PONTE E PONTO DA Mª FUMAÇA

202

cenográficos.


JOAB SANGI - ESPAÇOS E CENTROS CULTURAIS

DECK LEGENDA: 1- PALCO 2- PONTE DE ACESSO

1

3- PONTO Mª FUMAÇA

2

3

PLANTA DO 2º PAV. DO DECK / NOVO ACESSO PELA PONTE E PONTO DA Mª FUMAÇA

203


KARINA BITENCOURT - CENTRO DE ASSITÊNCIA À POPULAÇÃO EM SITUAÇÃO DE RUA

CONTEXTO TCC1 A presença dos moradores em situ-

lema urbano gerando zonas de insegurança e

ação de rua tem modificado o meio urbano e

violência urbana, o que resulta em aumento da

sua paisagem, seja através de suas moradias

criminalidade e degradação de patrimônios.

improvisadas ou até mesmo da forma com que

Problema este que deixou em evidência a

habitam o espaço em que estão inseridos. Por

necessidade de atenção por partido arquitetôni-

não terem um lugar para voltar, acabam por

co e urbanístico juntamente com as políticas

procurar abrigo na rua, sendo estes: praças,

públicas, se tornando assim o tema da pesquisa

patrimônios abandonados, viadutos, parques e

de TCC1 sendo contextualizado no Brasil e na

etc. essa pratica acaba por ocasionar um prob-

cidade de Ipatinga MG.

POPULAÇÃO EM SITUAÇÃO DE RUA NO BRASIL

QUANTO AO GÊNERO:

QUANTO À MOTIVAÇÃO: 45% ALCOOLISMO E DROGAS

82 % 32% DESEMPREGO

18%

23% DESENTENDIMENTOS FAMILIARES

QUANTO A ORIGEM: QUANTO A ESCOLARIDADE

16 %

ZONA URBANA

84%

ZONA RURAL

74% SABEM LER E ESCREVER 17,1% NÃO SABEM ESCREVER 8,9% ASSINAM APENAS O NOME

LOCAL ONDE COSTUMAM DORMIR

8,3% ALTERNAM 22,1% ALBERGUES 69,6% RUA

Karina Bitencourt

204

karinagbitencourt@gmail.com


KARINA BITENCOURT - CENTRO DE ASSITÊNCIA À POPULAÇÃO EM SITUAÇÃO DE RUA

POPULAÇÃO EM SITUAÇÃO DE RUA EM IPATINGA QUANTO AO GÊNERO:

TEM CONHECIMENTO DA ASSITÊNCIA AO MORADOR DE RUA NA CIDADE?

67,56 %

57% SIM, MAS NAO UTILIZAM 25% DESCONHECEM

32,44%

18 % CONHECEM E UTILIZAM

NATURAL DE IPATINGA?

40,55% 59,45%

NAO

PORQUE NÃO UTILIZAM OS CENTROS DE ASSISTÊNCIA?

SENTEM-SE DESLOCADOS

SENTEM-SE PRESOS

SENTEM-SE INCAPAZES

SIM

LOCALIZAÇÃO DOS CENTROS DE ASSITÊNCIA À POPULAÇÃO DE RUA

CONSULTÓRIO DA RUA ALBERGUE CENTRO POP

205


KARINA BITENCOURT - CENTRO DE ASSISTÊNCIA À POPULAÇÃO EM SITUAÇÃO DE RUA

PROPOSTA Com base nos estudos realizados no trabalho de TCC1, identificou-se a necessidade da criação de um centro de assistência para população em situação de rua na cidade de Ipatinga.

O QUE É ? Um Centro de Assistência para a População de Rua é um equipamento que visa atender as necessidades básicas dos usuários, oferecendo atividades para formação, qualificação pessoal e profissional e alcance de autonomia, bem como proporcionar áreas e condições de convivência dignas e mais humanas entre essa população

OBJETIVOS: Acolher, capacitar e reinserir os usuários no mercado de trabalho e convívio social. Em decorrência melhorar o meio urbano e a cidade como um todo

COMO? Através da criação de um espaço arquitetônico flexível e funcional que relacione público x privado de forma integradora, estimulando a vivencia interação social de ambas as partes.

206


KARINA BITENCOURT - CENTRO DE ASSITÊNCIA À POPULAÇÃO EM SITUAÇÃO DE RUA

PORQUE? Um espaço arquitetônico projetado de forma harmônica interfere diretamente no sucesso das políticas assistenciais ofertadas, que fazem o possível para que essa população tenha uma nova perspectiva de vida e assim deixem as ruas, se reintegrando a sociedade. Os centros de assistência a população de rua já existentes na cidade de Ipatinga não possuem estrutura adequada, são imóveis adaptados sem nenhum planejamento o que acaba por contribuir para insuficiência das atividades ofertadas, como pode ser observado nas imagens abaixo do albergue em funcionamento na cidade:

ESTRATÉGIAS Acolher a população em situação de rua de forma integral - projetando um espaço que atenda suas necessidades básicas como alimentação higiene vestuário e convivência, não só durante a noite mas também durante o dia. Incentivo á autonomia independência - oferecer serviço social e psiquiátrico adequado Fortalecimento de vínculos sociais – realizando a integração desta população com o restante da sociedade através de oficinas, cursos, convivência diária etc. Aliada ao espaço arquitetônico que mescla áreas publicas com áreas privadas destinadas aos moradores em situação de rua. Promover a reintegração no mercado de trabalho – Através da requalificação profissional perspectiva e inclusão produtiva, Através de empregos ofertados pelo próprio centro, como cabelereiros, cozinheiros, agricultores, jardineiros, limpeza geral, feirantes, artesãos, costureiras etc. Participação da população na gestão e manutenção - através de reuniões coparticipavas

207


KARINA BITENCOURT - CENTRO DE ASSISTÊNCIA A POPULAÇÃO EM SITUAÇÃO DE RUA

LOCALIZAÇÃO DO EMPREENDIMENTO LOTE ALBERGUE CENTRO POP DETRAN RODOVIÁRIA PREFEITURA

IPATINGA

CENTRO

A partir de todos os dados recolhidos anteriormente, foi possivel chegar ao seguinte programa de necessidades, visando atender da melhor forma a população em situação de rua, mesclando serviços direcionados a eles com serviços de utilidade pública, visando uma maior integração com a sociedade.

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KARINA BITENCOURT - CENTRO DE ASSISTÊNCIA À POPULAÇÃO EM SITUAÇÃO DE RUA

IMPLANTAÇÃO Desde o princípio foi pensado um programa que contemplaria além de abrigo, uma série de outras atividades que ajudariam aos usuários que assim desejassem, a obeter uma nova vida. o Centro de Assitência à população em situação de rua, conta com 7,431m de área construída, fora praças decks e área de lazer externa, atendendo uma média de 1.000 pessoas por dia (entre aqueles que pernoitam, se alimentam ou utilizam quaiquer dos serviços públicos ofertados). A intenção principal é que a praça central juntamente com as marquises/terraço jardim se integre à cidade de forma a trazer um novo conceito tanto do espaço publico X privado quando da experimentação do edificio para toda população!

7

6

5

1

4 2

1 - BLOCO A

5 - ÁREA ESPORTIVA/LAZER

2 - PRAÇA PRINCIPAL

6 - CANIL

3 - BLOCO B

7 - HORTA COMUNITÁRIA

3

4- DECK

PLANTA 1 PAVIMENTO BLOCO A 1 - REFEITÓRIO 2 - BANHEIROS

12

3 - COZINHA

11

4- APOIO COZINHA

10

5 - RECEPÇÃO/TRIAGEM 6 - POUPA TEMPO

9 8

7 - BANHEIROS

7

8 - RECEPÇÃO

4 2

5

6

9 - ÁREA DE FUNCIONÁRIOS 10 - SALAS MÉDICAS

3 1

11 - ASSITÊNCIA SOCIAL 12 - ADMINISTRAÇÃO

209


KARINA BITENCOURT - CENTRO DE ASSISTÊNCIA À POPULAÇÃO EM SITUAÇÃO DE RUA

PLANTAS PLANTA 1 PAVIMENTO BLOCO B 1 - RECEPÇÃO / TRIAGEM 2 - CENTRAL DE DOAÇÕES 3 - BANHEIROS

6

5

4- LAVANDERIA PÚBLICA 5 - LOJINHA DE ARTESANATO

4

6 - GUARDA VOLUMES

3

2 1

PLANTA 2 PAVIMENTO BLOCO A

1 - BIBLIOTECA

4

2 - LABRATÓRIO INFORMÁTICA 3 - BANHEIROS

3

4- SALAS DE AULA

2 1

PLANTA 2º,3º E 4º PAVIMENTO BLOCO B 4 3 1 - HALL 2 - COPA 3 - DORMITÓRIOS

2 1

210

4- BANHEIROS


KARINA BITENCOURT - CENTRO DE ASSISTÊNCIA À POPULAÇÃO EM SITUAÇÃO DE RUA

PERSPECTIVAS O Centro de AssitEência à Populção de Rua, conta com dois edificios que se interligam atravéz de uma grande praça, sendo um edificio (bloco A) para atender toda população da cidade, intensificando assim a convivência da população em situação de rua com a sociedade, onde poderão receber atendimento médico, psicológico, dentário e até aulas de cursos profissionalizantes em conjunto com a comunidade, sem esquecer a horta comunitária que fica bem próxima a este prédio que também oferece aulas de jardinagem e cultivo. O outro edificio (bloco B) é chamado de edificio dormitório, pois é aquele que recebe os a população que pernoita, desta forma o prédio abriga todos os equipamentos necessários para o cotidiano destas pessoas, como banheiros, lavandeiria pública, guarda volumes, canil, etc. O centro conta ainda, com um espaço dedicado ao esporte e lazer, que possui uma quadra esportiva, área de escalada, espaço para exercícios funcionais, caminhada, e playground, com o intuito de promover ainda mais a união do Centro de Assitência à população em situação de rua com todo seu entorno, convidando toda população para usufruir e integrar-se aos serviços ofertados no mesmo.

211


LEANDRO AZEVEDO - ESPAÇOS COMERCIAIS NOTURNOS

MAGIC CLUB

LOCALIZAÇÃO

CASA NOTURNA

O lote encontra-se na cidade de Ipatinga/MG

Entre as formas de entretenimento e lazer

na rua Rio Parana, bairro Veneza.

disponíveis ao público estão as casas noturnas, que têm como público alvo jovens. Ipatinga nos últimos anos tem passado por uma fase de desenvolvimento no comercio noturno, com novas instalações, devido a carência que havia na região, porém muitas seguem o mesmo adepto, deixando a cena eletrônica em falta e

BAIRRO

SITUAÇÃO BAIRRO NA CIDADE IPATINGA-MG

focando mais em sertanejo. Com a demanda crescente desse público procurando por esses ambientes, e diferenciados, o tema proposto é a elaboração de um clube de música eletrônica (casa noturna) mista, sendo LGBT em um dia da semana, e onde o foco principal seja a música eletrônica devido ser

RUA RIO PARANA LOTE 24 X 30 M

o estilo musical mais carente na região do Vale

MAPEAMENTO DA ÁREA

do Aço, especificamente em Ipatinga.

ENTREVISTA

VISTA DO LOTE

A região mostra-se mais adequada a locação de um espaço noturno, pois é uma área de ocupação recente, com grandes espaços desocupados e ausência de habitação no entorno. Próximo a esta área tem espaços comerciais noturnos, fazendo com que a área não seja tão isolada e sendo mais seguro para os usuarios. > Contexto urbano

> Pouco movimento

*Inserido na cidade;

* Sem residência;

*Fácil acesso;

*Tranquilo;

> Paisagem privilegiada FONTE: TCC1 ESPAÇOS COMERCIAIS NOTURNOS

*Ver e ser visto; *Vista da cidade;

212

Leandro Moreira Azevedo lleandruh@yahoo.com.br


LEANDRO AZEVEDO - ESPAÇOS COMERCIAIS NOTURNOS

FACHADA CASA NOTURNO MAGIC CLUB

CONCEITO

ESTRATÉGIA

O projeto foi conceituado através do

A fachada de vidro foi pensada de

cubo mágico que foi criado pelo professor de

forma que comunicasse com o externo, e

arquitetura de Budapeste (Hungria), Erno Rubik.

para que as pessoas que passem por fora

Com isso o projeto ganhou uma volu-

possa ter uma visão do interior e se sentir-se

metria mais quadrada e com os pavimentos

convidada a entrar. No interior foi proposto as

girados da mesma forma que o cubo mágico,

áreas restritas para o fundo de forma que a

quando se está montando.

cozinha comunique com pavimento de cima

Muito mais do que apenas na volume-

e para não atrapalhar na estética visual fron-

tria, foi explodido essa ideia para todo o interior

tal. A casa é 100% acessível para PNE, contan-

do projeto.

do com elevador que vai desde ao térreo,

A vegetação no entorno do projeto vem com a proposta de envolver e criar um ambiente mais aconchegante.

pista e camarote da casa, e os espaços de atendimento nos bares e banheiros.

213


LEANDRO AZEVEDO - ESPAÇOS COMERCIAIS NOTURNOS

PROGRAMA DE NECESSIDADE BAR - Térreo

BOATE - 1º e 2 ºPav

– Banheiros;

– Banheiros;

– Banheiro de serviço;

– Bilheterias;

– Cozinha;

– Camarim;

– Depósito;

– Bar;

– DML;

– Recepção/Hall;

– Espaço de mesas interno e externo;

– Salão (Pista de dança);

– Espaço sinuca e mesa de pobelim.

– Camarote

PLANTAS

LEGENDA Deck de acesso ao bar Área externa com mesas

2

Espaço interno Balcão/Caixa Banheiros Cozinha/Lixo/DML/Deposito/Lavabo

ESCADAS 1

1 Acesso à boate e elevador panorâmico

2 Acesso restrito para boate (artistas)

PLANTA TÉRREO - BAR ESCALA GRÁFICA 2m

214

4m

6m


LEANDRO AZEVEDO - ESPAÇOS COMERCIAIS NOTURNOS

PLANTAS

LEGENDA Corredor acesso restrito

2

Palco principal Espaço interno Bar Banheiros Hall de entrada Caixas Escritório Camarim

1

PLANTA 1ºPAV - BOATE ESCALA GRÁFICA 2m

4m

Lavabo

ESCADAS 1 Acesso à boate e elevador panorâmico 2 Acesso restrito para boate (artistas)

6m

LEGENDA Área externa (fumante) Espaço interno camarote Bar Espaço interno Darkroom Banheiros

ESCADA 1 Acesso ao camarote e elevador panorâmico

PLANTA 2ºPAV - BOATE ESCALA GRÁFICA 2m

4m

6m

215


LEANDRO AZEVEDO - ESPAÇOS COMERCIAIS NOTURNOS

CORTES

CORTE AA ESCALA GRÁFICA

CORTE BB ESCALA GRÁFICA

2m

2m

4m

4m

6m

6m

IMAGENS INTERNAS

216

VISTA INTERNA BAR


LEANDRO AZEVEDO - ESPAÇOS COMERCIAIS NOTURNOS

IMAGENS INTERNAS

VISTA INTERNA BAR - ESCADA ACESSO BOATE

VISTA INTERNA BOATE

VISTA INTERNA BOATE

217


NICOLE DIAS - ASSISTÊNCIA TÉCNICA DO ARQUITETO E URBANISTA NA OCUPAÇÃO URBANA TERRA DE CANAÃ

LEI DE ASSISTÊNCIA TÉCNICA (11.888), APROVADA EM 2008, ATÉ HOJE SÓ EXISTE NA TEORIA. A lei 11.888 está em vigor desde junho de 2009 e garante assistência

técnica

prestada

por

arquitetos e engenheiros a pessoas que querem construir, reformar e ampliar, ou mesmo fazer a regularização fundiária de casas com até 60m2, localizadas em áreas de interesse social e alcança famílias que ganham até 3 salários mínimos. Mas atualmente DADOS DO CAU SOBRE COMO O BRASILEIRO CONSTRÓI

na maioria dos municípios essa lei só existe na teoria.

O TCCI trata-se de um estudo com base em uma analise da assistência técnica do arquiteto e urbanista nas ocupações urbanas organizadas da cidade de Timóteo , abordando a relevância da assessoria técnica na auto construção para uma moradia de qualidade.

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Nicole Moreira Dias nicolemoreiradias@gmail.com


NICOLE DIAS - ASSISTÊNCIA TÉCNICA DO ARQUITETO E URBANISTA NA OCUPAÇÃO URBANA TERRA DE CANAÃ

RUA MAÇARANDUBA - OCUPAÇÃO TERRA DE CANAÃ

AS OCUPAÇÕES DE TIMÓTEO -Formações iniciadas em março de 2012.

brigadas populares.

-7 ocupações distribuídas em 8 pontos da cidade.

-Em março de 2017, entraram em acordo com o

-Mais de 700 famílias.

atual prefeito, que garantiu a regularização de

-Organizadas socialmente e com apoio das

todas as ocupações.

OCUPAÇÃO ESCOLHIDA - TERRA DE CANAÃ -A ocupação é composta por três vias, Todas elas

-200 famílias vivendo nesta ocupação .

sem asfaltamento.

-Possui um local para reuniões que foi construído

-Aproximadamente 100 moradias, todas de alve-

pelos próprios moradores denominado escritório

naria, sendo que algumas delas, estão localizadas

da ocupação, destacado na figura 1.

em APP (Área de Preservação Ambiental).

FIGURA 1

219


NICOLE DIAS- ASSISTÊNCIA TÉCNICA DO ARQUITETO E URBANISTA NA OCUPAÇÃO URBANA TERRA DE CANAÃ

PROPOSTA Um escritório piloto que oferece a assistência técnica do arquiteto e urbanista na ocupação urbana organizada Terra de Canaã.

Uma identidade visual foi criada para o escritório, denominado Comunitá Arquitetura e Urbanismo. Posteriormente foi feito também um uniforme para ser usado nos dias de atendimento. No dia 01/03 aconteceu a apresentação do escritório para comunidade.

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NICOLE DIAS - ASSISTÊNCIA TÉCNICA DO ARQUITETO E URBANISTA NA OCUPAÇÃO URBANA TERRA DE CANAÃ

DIVULGAÇÃO DO ESCRITÓRIO No dia 04/03 aconteceu a colagem dos cartazes e a distribuição de panfletos informativos do Comunitá.

ÍNICIO DO FUNCIONAMENTO DO ESCRITÓRIO No dia 04/03 iniciou-se os atendimentos no escritório. A demanda foi alta, 6 moradores solicitaram visitas técnicas.

Casa do Fábio

Casa do Ivan

Casa do Michael

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NICOLE DIAS - ASSISTÊNCIA TÉCNICA DO ARQUITETO E URBANISTA NA OCUPAÇÃO URBANA TERRA DE CANAÃ

O escritório possui um formato não convencional e o atendimento do mesmo é adaptado a dinâmica e realidade da ocupação. Através de consultas, busca-se uma linguagem de atendimento pragmática.

De ínicio, foi definido que o local para os atendimentos seria no escritório da ocupação todos os sábados a partir das 14Hrs. Posteriormente no decorrer dos atendimentos foi observado que os atendimentos em loco (nas casas/obras) funcionaram com maior eficácia.

PARTICIPAÇÃO EM REUNIÕES INTERNAS E EXTERNAS REFERENTES A SITUAÇÃO DAS OCUPAÇÕES.

ASSEMBLEIA NA CÂMARA DOS VEREADORES QUE OCORREU NO DIA 06/03 NA QUAL ABRIU-SE ESPAÇO PARA DISCUTIR A SITUAÇÃO DAS OCUPAÇÕES, QUE FIZERAM SEUS APELOS PARA REGULARIZAR AS MESMAS.

MODELO DE FINANCIAMENTO O financiamento não tem o auxílio do poder público. No Brasil existem empresas que apoiam o desenvolvimento de negócios sociais, como a internacional Ashoka e a brasileira Artemisia. Os Moradores são de baixíssima renda e precisam de iniciativas coletivas para captação de verbas. A primeira iniciativa foi organizar bazares para realizar pequenas intervenções nas moradias mais precárias.

222


NICOLE DIAS - ASSISTÊNCIA TÉCNICA DO ARQUITETO E URBANISTA NA OCUPAÇÃO URBANA TERRA DE CANAÃ

BAZAR COMUNITÁ Com a ajuda de doações no dia 13/05 o comunitá realizou seu primeiro bazar beneficente na ocupação Terra de Canaã para intervenção nas moradias que mais necessitam de pequenas reformas.

ARTE PARA DIVULGAÇÃO DO BAZAR NAS MÍDIAS SOCIAIS

CURSOS DE CAPACITAÇÃO PROFISSIONAL NA ÁREA DE CONSTRUÇÃO CIVIL O Comunitá em parceria com a ONG CATOS, Brigadas Populares, Sociedade São Vicente de Paula e coordenação de morarores da ocupação Terra de Canaã, estão promovendo cursos de capacitação profissional na área da construção civil, com o objetivo de promover a oconstrução da autonomia, fonte de renda, empoderamento social e habilidades necessárias para a auto construção de moradias dignas e de qualidade.

REUNIÇÃO REALIZADA NO DIA 01/06 A RESPEITO DOS CURSOS PROFISSIONALIZANTES. PARA ESTA CONVERSA, CONTAMOS COM A PRESENÇA DOS LÍDERES DA OCUPAÇÃO IVAN E NENIRA, A PRESIDENTE DO CATOS CONCEIÇÃO, SEBASTIÃO A ASSOCIAÇÃO SÃO VICENTE DE PAULO E JOSÉ CARLOS.

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RENATA FLAVIA DE SOUZA SOARES - UMA CASA PARA A CLASSE C

PANORAMA GERAL TCC 1

CASA A+A

Tcc 1 foi uma investigação sobre a casa da classe em Coronel Fabriciano. Importância da casa para a classe C;

A classe C brasileira representa mais de 50% da população, é composta, por 91,8

Acesso à casa própria exige dessa

milhões de brasileiros. Para a FGV (Fundação

classe um grande e longo investimento de

Getulio Vargas), uma família é considerada de

tempo;

classe média (classe C) quando tem renda Auto Construção, não tem planeja-

mensal entre R$ 1.064 e R$ 4.591, com renda

mento técnico, contratação de engenheiros

familiar per capita mensal entre R$ 291,00 e R$

ou arquitetos, tornando maior o custo da casa

1.019,00 (dados de 2012).

ou, mesmo, transformando os espaços inadequados para uso.

PROPOSTA TCC 2

Reduções no orçamento doméstico,

Elaborar um projeto para um cliente

comprometendo expressivamente o acesso a

real da classe C testando um método desen-

vestuário, alimentação, saúde, educação dos

volvido pelo arquiteto argentino Rodolfo

filhos.;

Livingston para atender as demandas popuAquisição do lote, pela informali-

lares em projetos e reformas de casas.

dade, não cumprimento das normas urbanísti-

Baseado em uma série de técnicas

cas, conformando espaços de ocupação

participativas que podem definir coletiva-

aleatória, densos, deficientes de infraestrutura,

mente as necessidades e desejos dos usuários

portanto em condições de habitabilidade pre-

como a solução arquitetônica que melhor

cária”.

resolve. Vem da sua vasta experiência com A família adquire um lote, faz a base,

setores da classe média.

levanta as paredes, põem uma cobertura e

O método: uma série de reuniões

geralmente já se muda para a casa e passa

entre o arquiteto e seu cliente, a família por

conviver com obras por muito tempo, “comer

completo, destinados a demarcar a demanda

muita poeira”.

do cliente (o projeto) a partir de suas necessi-

Muitas famílias passam anos constru-

dades e aspirações.

indo suas casas, ano após ano, a casa sofre alterações, estéticas e em sua configuração, acrescenta novos cômodos, cresce para os lados, para frente, para trás e para cima, tentando adequar-se a dimensão da família, à chegada de novos membros (sejam noras, genros, filhos, ou outros familiares), ou ainda transformando local de trabalho.

224

Renata Flavia de Souza Soares renataflass@gmail.com


RENATA FLAVIA DE SOUZA SOARES - UMA CASA PARA A CLASSE C

MÉTODO DE LIVINGSTON 1. O Pacto

2.5 A Família;

1.1 Pre-entrevista: contato inicial, explicação método, família, tipo de serviço, tipos de prob-

2.6 Mapeamento do Lote. 3. Criatividade e desenvolvimento de variantes:

lemas, quando, quanto. de

É a elaboração do projeto. Diferentemente do

trabalho,etapas, valor, fechamento do contra-

que acontece no procedimento convencional, o

to, pedir os clientes para trazer o lote desenha-

cliente encontra com o arquiteto e participa de

do no próximo enconto.

todo o processo.

1.2

Primeira

2.

entrevista:

Informação

e

roteiro

recursos

do

cliente/Mapeamento; 2.1 O projeto do cliente(PC): Desenho do

4. Apresentação de Variantes: É apresentado ao cliente o projeto. 5. Ajuste Final:

cliente da casa ou do lote;

Se ouver alguma alteração o arquiteto ajuste

2.2 Mais e Menos: O que mais gosta e me nos

conforme o cliente solicitou.

gosta no ambiente em que vive; 2.3 Casa dos Sonhos: Pedir o cliente para

Com base no metodo de linvingston e

desenhar a casa dos sonhos dele;

com o que aprendi na faculdade desenvolvi o

2.4 Breve relato do cliente sobre o local e sobre

meu metodo que foi realizado.

eles; FOTO DO CASAL AMANDA E ALAN NO NOSSO PRIMEIRO ENCONTRO

225


RENATA FLAVIA DE SOUZA SOARES - UMA CASA PARA A CLASSE C

METODO DA RENATA INFORMAÇÃO E RECURSOS DO CLIENTE/MAPEAMENTO

CASA DOS SONHOS AMANDA

DESENHO DO CLIENTE LOTE

MAIS E MENOS

ALAN

226


RENATA FLAVIA DE SOUZA SOARES - UMA CASA PARA A CLASSE C

CASA DOS SONHOS

O LOTE

A HISTÓRIA

A FAMÍLIA

227


RENATA FLAVIA DE SOUZA SOARES - UMA CASA PARA A CLASSE C

CRIATIVIDADE E

CONCEITO

DE VARIANTES

ZONA RURAL + CIDADE = CASA A+A = PEQUENA PAUSA NA PAISAGEM URBANA

PROGRAMA DE NECESSIDADES

Local para assistir TV, series, filmes, jogos, lutas e etc.

Local de dormir para o casal;

Local para cozinhar;

Local para tomar banho, higiene;

Local para higiene;

Local de dormir para os futuros filhos;

Local de lavar roupa;

DESENVOLVIMENTO

Local higiene dos futuros filhos;

Local para fazer as refeições;

Local para guardar uma moto e um futuro carro; Local para fazer churrasco, pequenas festas e

228

receber visitas.


RENATA FLAVIA DE SOUZA SOARES - UMA CASA PARA A CLASSE C

ESTRATEGIAS Vazios: São repletos de jardins que podem ser vistos de todos os ambientes possibilitando ventilação cruzada, maior iluminação natural e uma incrível conexão visual de qualquer parte da casa; Cobogó: ilumina e ventila a fachada oeste sem penetrar a privacidade; Localização da casa no lote: aproveita ao máximo a iluminação e ventilação natural, a casa se fecha para o sol torrido do meio dia, se abre totalmente para o sol da manha e timidamente para o sol da tarde; Setorização: Térreo fica toda vida social e de serviços da casa. Primeiro pavimento fica toda a área privada. Arvores, Hortas e jardins: Remeter ao morador um espaço com referências da sua antiga casa na zona rural, possibilitando assim um sentimento de pertencimento, fazendo com que ele se aproprie do espaço. Local de cozinhar próximo a churrasqueira: integram o local de comer e o de preparar alimentos, podendo servir para fazer churrascos, festas e receber a família e amigos; Casa se fecha pra rua: privacidade e se abre para os jardins: integração; Material tijolo ecológico de solo cimento: Elemento plástico, estrutural e sustentável, segunda pele.

229


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233


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234


235


SAMARA CARDOSO MARQUES - A UTILIZAÇÃO DO CONTAIER NA ARQUITETURA

HTTP://WWW.PORTALRESIDUOSSOLIDOS.COM/CLASSIFICACAO-DOS-RESIDUOS-DA-CONSTRUCAO-CIVIL-NO-BRASIL/

IMPACTOS AMBIENTAIS DA CONSTRUÇÃO CIVIL Com os avanços da construção civil houve-se a necessidade de adaptação de novas técnicas construtivas. A sustentabilidade e o planejamento habitacional passaram a impactar fortemente

na

concepção

dos

projetos

arquitetônicos e nos métodos construtivos adotados. Fatores como a geração e manejo de resíduos, fontes de extração de matéria-prima, reutilização de materiais, melhor utilização dos espaços e infraestrutura, são, hoje, de grande importância para a área. Nesse sentido, há o constante debate

TIBÚRCIO, 2012).

sobre melhores práticas na arquitetura e con-

A arquitetura busca difundir novas manei-

strução, incluindo a utilização de recursos que

ras construtivas que minimizem os impactos ambi-

causem menor impacto ambiental e ofereçam

entais para maiores ganhos tanto econômicos,

novas possibilidades estruturais. Assim, exige-se

quanto sociais e ambientais. Diversos projetos feitos com materiais

da arquitetura técnicas que conciliem responsabcusto-benefício

alternativos são encontrados pelo mundo, isso

aceitável e viabilidade dos projetos (PAULA;

comprova que é possível ter uma arquitetura de

ilidade

ambiental,

relação

qualiddade e utilizando de materiais não conven-

236

cionais.


SAMARA CARDOSO MARQUES - A UTILIZAÇÃO DO CONTAIER NA ARQUITETURA

CONTAINER COMO MATERIAL ALTERNATIVO

HTTP://WWW.SOLUCOESINDUSTRIAIS.COM.BR/EMPRESA/CONTEINER

Um bom exemplo é a utilização de containers na estrutura de edificações. Muito utilizados no transporte de cargas entre portos, os containers, gradativamente, estão sendo aceitos em projetos arquitetônicos, em substituição da alvenaria. Container é, segundo a empresa Ampla Containers (2016), que atua na venda de containers, “uma caixa, construída em aço, alumínio ou fibra, criada para o transporte unitizado de mercadorias e suficientemente forte para resistir ao uso constante”. As dimensões de um container é medida em pés (') e polegadas ("), podendo ser abertos ou fechados, além da opção com controle de temperatura, para cargas congeladas ou refrigeradas. Os containers são utilizados no transporte marítimo de cargas desde 1966, quando o primeiro porta-containers cruzou o oceano Atlântico com 600 unidades dessa estrutura. No início da década de 80 os containers se espalharam pelo mundo, sendo utilizado em todos os portos que ofereciam a estrutura

necessária

para

manuseá-los

(AMPLA CONTAINERS, 2016, p. 1).

237


SAMARA CARDOSO MARQUES - A UTILIZAÇÃO DO CONTAINER NA ARQUITETURA

A construção usando containers pode ser uma opção viável ao investidor/propri-

recursos, quanto no volume de resíduos e emissão de poluentes.

etário, com vistas em redução do custo da

A efetiva reutilização dos containers

obra, o que pode ser possível não só pelo uso

como estruturas para a construção de casas

de uma estrutura mais barata, mas também

depende de uma transformação de mentalidade

pela redução do tempo de execução. Assim,

dos profissionais da área, também dos investi-

gasta-se menos com mão de obra – consid-

dores e toda a sociedade. As mudanças culturais

erando o custo diário –, com manejo de entul-

precisam ser tanto em aumento da consciência

hos após a conclusão da obra e reduz o tempo

ambiental e da necessidade de se construir de

de locação de outro imóvel de moradia para a

forma menos agressiva ao meio ambiente,

família (quando for esse o caso).

quanto de aceitação do container como um ma-

Além disso, há interessante valor am-

terial de qualidade e que pode oferecer conforto

biental em casas edificadas com containers,

para os ocupantes. Para tanto, profissionais

“desafogando”

containers

como engenheiros, arquitetos e os de áreas

sucateados pelo setor logístico-portuário, dan-

operacionais da construção precisam acreditar

do-lhes nova utilidade, e, evitando maiores

nas possibilidades desse tipo de obra, investir em

impactos ambientais na realização de uma

conhecimento e aprimorar técnicas.

os

galpões

de

edificação tradicional, tanto pela extração de

HTTP://WWW.DECORFACIL.COM/CASAS-FEITAS-COM-CONTAINERS/

238


SAMARA CARDOSO MARQUES - A UTILIZAÇÃO DO CONTAINER NA ARQUITETURA

O PROJETO O desenvolvimento de um projeto residencial unifamiliar não tem limitações com relação as suas formas e cores, o uso da criatividade para compor seus traços é o que torna o projeto inédito. Seguindo essa linha de raciocínio aliada ao comprometimento com a sustentabilidade, compromisso com o meio ambiente, é que surge a proposta de uma casa utilizando contêineres marítimos. O projeto foi pensado para que comtemplasse aspectos rústicos aliados aos traços modernos. Outros aspectos presentes na proposta são o conforto, ambientes bem iluminados, jogo de cores, harmonia

entre os ambientes e espaços relativamente amplos levando em conta as

dimensões dos contêineres. Uma característica muito importante presente no projeto é a sustentabilidade, pois a reutilização do próprio contêiner já tem relação com a reciclagem.

PROGRAMA

O lote escolhido escolhido está localizado no bairro Santa Helena em Coronel Fabriciano, Minas Gerais. O bairro possui uma área total de 0,2 km², limitando-se com os bairros Santa Terezinha, Bom Jesus (a leste), Professores (a norte), e Centro ( a oeste ), e com o município de Timóteo (a sul).

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SAMARA CARDOSO MARQUES - A UTILIZAÇÃO DO CONTAINER NA ARQUITETURA

VIABILIDADE

A escolha do lote se deu por ser um bairro residêncial , com proximidade ao centro da cidade e a varios bairros, acesso facilitado pela malha de transporte e acesso aos comércios, serviços e equipamentos institucionais sem precisar fazer grandes deslocamentos

FLUXO DE CARROS E PESSOAS

LEGENDA TERRENO FLUXO MODERADO DE CARROS FLUXO BAIXO DE CARROS

FLUXO MODERADO DE PESSOAS FLUXO INTENSO DE PESSOAS

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SAMARA CARDOSO MARQUES - A UTILIZAÇÃO DO CONTAINER NA ARQUITETURA

DIAGRAMA MODULAR DA CASA CONTAINER

MAPEAMENTO USUÁRIOS

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SAMARA CARDOSO MARQUES - A UTILIZAÇÃO DO CONTAINER NA ARQUITETURA

PLANTAS BAIXAS

PLANTA BAIXA HUMANIZADA 1º PAV. 0

1

2

3

5

PLANTA BAIXA HUMANIZADA 2º PAV. 0

242

1

2

3

5


Linha de Pesquisa

SISTEMAS CONSTRUTIVOS E ESTRUTURAL


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Linha de Pesquisa

URBANISMO E DESENHO URBANO


ELISA MATIAS SOARES - PLANO DE REQUALIFICAÇÃO URBANA- O PARQUE DAS ÁGUAS

PLANO DE REQUALIFICAÇÃO URBANA. ESTUDO DE CASO BAIRRO JK CORONEL FABRICIANO A requalificação urbana trata- se de ações que visam a melhoria da qualidade do ambiente nas cidades através da integração e articulação da: -Mobilidade urbana -Coesão social -Cultura -Habitação Com objetivo de melhorar a : -Vitalidade Urbana IMAGEM AEREA DO BAIRRO JK NA CIDADE DE CORONEL FABRICIANO.

-Apropriação dos espaços -Qualidade de vida

Deste modo foi realizado no TCC1 um estudo

Visto isso, o TCC1 permitiu a reflexão da

sobre como a dinâmica das cidades influencia

necessidade e importância da requalificação

na frequente mudança no cenário urbano.

das áreas negligenciadas, pouco apropriadas,

A importância desse estudo se dá no fato de

subutilizadas e livres para que haja qualidade e

que tais fatores refletem diretamente na quali-

vitalidade urbana das áreas além de uma

dade espacial e paisagística, na vitalidade

melhor interação entre os moradores locais.

urbana, no comportamento do usuário com espaço e na melhor apropriação do espaço.

Elisa Matias Soares elisamsoares@outlook.com

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ELISA MATIAS SOARES - PLANO DE REQUALIFICAÇÃO URBANA- O PARQUE DAS ÁGUAS

VISTA PARCIAL DO BAIRRO JK

JUSTIFICATIVA DO PLANO DE REQUALIFICAÇÃO URBANA

APRESENTAÇÃO DO TCC2

Através do mapeamento feito no tcc1, foi

O plano de requalificação do bairro JK,

possível perceber uma carência de áreas livres

tem como objetivo requalificar os espaços

de uso público no bairro JK e a necessidade

pouco apropriados do local a fim de potenciali-

que os moradores sentem das mesmas.

za-lo; Fortalecendo o planejamento urbano, o

A partir disso foi feito para o tcc2 um plano de requalificação, das áreas que se

uso e ocupação do solo e a interação dos moradores com a área.

encontram em desuso ou mau uso, para que

O plano será efetivado através do estudo

haja uma efetiva apropriação desses espaços,

do bairro e mapeamento, os quais possibilitaram

tornando-os em ambientes sadios, de descan-

a criação de diretrizes que resultaram em uma

so, que tenham contato com a natureza e

melhor

resultando assim em cenários urbanos que

urbanísticas e consequentemente no plano de

tenham vitalidade e qualidade urbana.

requalificação urbana

252

estruturação

urbana,

intervenções


ELISA MATIAS SOARES - PLANO DE REQUALIFICAÇÃO URBANA- O PARQUE DAS ÁGUAS

O Bairro JK Nome do bairro de intervenção: Bairro Juscelino Kubitschek. Localidade: À margem esquerda do Córrego Caladão, fazendo divisa com o Bairro Vila Bom Jesus e com propriedades rurais. Suas principais vias de acesso são a Avenida Cananéia e a Rua Geraldo Rodrigues Soares. Município: Coronel Fabriciano.

INSERÇÃO DO BAIRRO EM MG E CORONEL FABRICIANO

Histórico Há aproximadamente 50 anos, os terrenos que pertenciam à Mitra Diocesana de Mariana, localizados próximos ao Córrego Caladão começaram a ser doados e invadidos. Loteada no ano de 1971, sob mandato do prefeito Mariano Pires Pontes foi oficialmente criado. Há um pequeno curso d’água que se inicia na parte alta do bairro e atravessa o quarteirão desde a curva da Rua Geraldo Rodrigues Soares até a Rua 10, esta área, conhecida como Gabião.

Há aproximadamente 15 anos, uma quadra definida entre a Rua José Fortunato de Assis e a Rua Cinco, começou a ser invadida e por se tratar da ocupação irregular de uma área com declividade bastante elevada, observam-se problemas de deslizamento de terra e desmoronamento.

ACROZONEAMENTO EXISTENTE/ ÁREA ESPECIAIS

253


ELISA MATIAS SOARES - PLANO DE REQUALIFICAÇÃO URBANA- O PARQUE DAS ÁGUAS

MAPEAMENTO | CONCEITO | RESULTADO

O BAIRRO JK

O conceito A proposta do plano de requalificação urbana se dá através de:

cendo a vitalidade, qualidade e apropripriação urbana e apropriação dos usuários com espaço. •Oferecer infra estruturas dignas, que propiciem moradia, lazer e serviços urbanos, favorecendo a qualidade urbana.

Mobilidade urbana

Infra-estrutura

Paisagem

•Ofertar espaços para criação de HIS de forma a estimular as políticas de habitação social, pro-

O resultado

movendo sua integração com as políticas

Diretrizes urbanísticas

públicas urbanas, ambientais e sociais.

•Fortalecer as demandam políticas de inter-

•Disciplinar e melhorar as condições de circu-

venção e parâmetros urbanísticos, fortalece-

lação e fluxo de veículos, ciclistas e pedestres nas áreas de intervenção. •Potencializar a mobilidade de pedestres e

254

ciclistas.


ELISA MATIAS SOARES - PLANO DE REQUALIFICAÇÃO URBANA- O PARQUE DAS ÁGUAS

Através do mapeamento, diagnóstico local feito e das diretrizes criadas para o bairro JK, delimitar O espaço Da área de intervenção, possibilitando assim a elaboração do Plano de Requalificação

Urbana

que

atuará

como

elemento de estruturação urbana.

Áreas especiais de interesse urbanístico e ambiental O PERÍMETRO DE INTERVENÇÃO

Zona 1- Área especial ecológica, sobrepõe a ZPA devido a suas características favorece a preservação, proteção. Zona 2- Região que apresenta características paisagísticas significativas para área de intervenção, devido as suas características espaciais e paisagísticas favorece a potencialização dos espaços existentes além da concepção de espaços para interação e lazer. Zona

3-

Área

especial

de

ocupação

espontânea, que favorece uma requalificação da área para oferta de áreas para HIS suas qualidades. MACROZONEAMENTO DO PLANO DE REQUALIFICAÇÃO URBANA DO BAIRRO JK

1- Setor de lazer: Área verde com mirante contemplativos e gruta com a padroeira da comunidade. 2- Setor ecológico: Área verde com trilhas e espaços para piquenique. 3- Setor de interação: Rua compartilhada que se desenvolve no decorrer do curso d’água. 4- Setor de interesse social: Área de oferta para possível concepção de HIS. 5- Setor de recreação Área com brinquedos, equipamentos de ginástica, quadra esportiva, pistas de skate e bicicleta e quiosques de alimentação.

255


ELISA MATIAS SOARES - PLANO DE REQUALIFICAÇÃO URBANA- O PARQUE DAS ÁGUAS

PARQUE DAS ÁGUAS JK | O RESTAURO DAS ÁGUAS A área escolhida para detalhe da intervenção

Camas jardim

MACIÇOS ARBORÉOS

objetivo a sanar as carências do bairro, potencial-

Curso d’água restaurado

DECKS

izar a apropriação dos moradores, a interação e

Banco

abrange toda Av. Cananéia e seu entorno.Com

convivência dos usuários locais com espaço, além de potencializar a vitalidade urbana e a qualidade de vida.

Áreas verdes

ESPAÇO KIDS Horta comunitária Muro dos sonhos

Pavilhão da versatilidade

Mesa comunitária Arquibancada

O PERÍMETRO DE INTERVENÇÃO

B;B

B;B

A;A

A;A

PARQUE DAS ÁGUAS | IMPLANTAÇÃO GERAL

CORTE A;A

1m

2m

3m

256


ELISA MATIAS SOARES - PLANO DE REQUALIFICAÇÃO URBANA- O PARQUE DAS ÁGUAS

PARQUE DAS ÁGUAS JK | O RESTAURO DAS ÁGUAS

Corte B;B

Zoom corte B;B

5m

10m

15m

Zoom 2- corte B;B

5m

10m

15m

257


ELISA MATIAS SOARES - PLANO DE REQUALIFICAÇÃO URBANA- O PARQUE DAS ÁGUAS

PARQUE DAS ÁGUAS JK | O RESTAURO DAS ÁGUAS

Pista de carros

Pista de carros

Área 1

Área 2

ÁREA 3

258

ÁREA 4

ÁREA 5


ELLEN MARIANA BARBOSA - PRAÇAS SENSORIAIS

PRAÇAS SENSORIAIS: A VALORIZAÇÃO DOS SENTIDOS NO ESPAÇO PÚBLICO A palavra Praça recebe diversas

Ao longo dos anos, e com o cresci-

definições e especificações de uso, em sua

mento exacerbado das cidades, o papel das

maioria voltada para a classificação como um

praças se modificou; passou a ser local de

espaço público e urbano. Com diferentes tipo-

circulação, curta permanência, prática de

logias e livre de edificações, configuram

esportes, lazer, estética, referência, troca de

espaços ideais para os pedestres mantendo

experiências e valores.

sempre o conceito de encontro.

FOTO NOTURNA ATUAL PRAÇA 1° DE MAIO - TIMÓTEO MG

A partir da integração de novos usos,

Desta forma, para revalorizar o seu

as praças contemporâneas surgem como um

papel, passa a ser um ambiente não apenas

território a ser explorado, com novas formas

construído, mas um espaço que oferece sen-

de experimentações e linguagens.

sações, experiências e imaginação.

Tem por finalidade construir espaços

Para entender a relação da arquitetu-

atrativos, de encontros e acontecimentos que

ra e das praças públicas vinculadas aos senti-

por sua vez, através de intervenções, surgem

dos do corpo, foi desenvolvido um trabalho na

como uma reação a vida reclusa em espaços

Praça 1° Maio situada na cidade de Timó-

fechados.

teo-MG.

Ellen Mariana Barbosa emarianabarbosa@gmail.com

259


ELLEN MARIANA BARBOSA - PRAÇAS SENSORIAIS

PRAÇA 1º DE MAIO ANTES DA REFORMA VISTA DE CIMA

PRAÇA 1º DE MAIO APÓS A REFORMA VISTA DE CIMA

PRAÇA 1° DE MAIO: IDENTIDADE, CULTURA E USOS Pode-se definir a Praça 1° de Maio como um símbolo referencial para a cidade de

a Praça 1° de Maio, para entender quais os sentimentos e sensações vivenciadas no local.

Timóteo. Quando se fala em praça, referem-se

Foram realizadas entrevistas com pes-

ao centro como um todo, e a praça fica conhe-

soas in loco, a fim de entender quais as relações

cida como coreto. Nessa relação percebe-se

de usos e experiências vivenciadas, com foco na

um exemplo de influência cultural antiga,

importância da praça para a cidade e moradores.

criando uma relação de identidade entre a

Dessa forma é possível observar as conexões

praça e a cidade. A praça possui diferentes

sensoriais do corpo com o espaço, através da

usos, alguns que se tornaram elementos

memória, sentimento de pertencimento e sen-

culturais. Ainda nessa relação de identidade, os

sações.

usuários por terem o hábito de freqüentarem todos os dias, no mesmo horário acabam sendo seres corpóreos, fazem parte do lugar, criando laços de pertencimento. Dentro desse contexto, se constrói relações corpo + espaço; e o espaço edificado pelo homem, proporciona atividades em seu meio com a função de aproximar o homem, que ao se identificar, terá prazer em ocupar. Nessa ótica, foi feito um mapeamento a partir dos usos e relações dos indivíduos com

260

PRAÇA DE JOGOS CONVÍVIO CIRCULAÇÃO TAXI I MOTO TÁXI LAVA CARROS ATIVIDADES FISICAS

ÁREA MAIS ULTILIZADA


261


ELLEN MARIANA BARBOSA - PRAÇAS SENSORIAIS

PROCESSO DE INTERVENÇÕES Construindo Idéias - Placemaking Com o intuio de aproximação dos reais desejos e necessidades de quem vive ou visita a praça, foi realizado uma oficina participativa com a comunidade. O objetivo era iniciar um processo coletivo e participativo para organizar as vontades de quem ocupa, promovendo a partir do resultado, novas intervenções. Foi colocado um cavalete com um cartaz, com a seguinte frase: o que você quer da praça? Os reultados foram: flores, teatro, musica, exercicios, literatura e encontos.

Mémorias Compartilhadas Mostrar que uma praça pode ser mais que uma praça. Pode ser um lugar de encontro, experiencias e memórias. Para isso a interveção tem o objetivo de contar histórias da praça por diferentes olhares e vivências. Foi entregue as pessoas que circulavam pela praça, papéis onde eram registrados de alguma forma mémorias em relação a praça. As memórias foram expostas no coreto como forma de mostrar a população usos e vivências de quem frequenta.

262


ELLEN MARIANA - PRAÇAS SENSORIAIS

1- Como o conceito de Placemaking se aplica? O conceito foi aplicado a partir das

2- Como os sentidos do corpo podem ser potencializados?

intervenções participativas, onde foi possível

A partir do estudo da praça e de uma

entender o que as pessoas buscavam desse

leitura urbana do entorno imediato, foi feito uma

espaço. A partir do resultado foi possivel pensar

setorização como estratégia de potencializar os

em um plano de ação para contribuir com

usos e os sentidos. Portanto cada setor recebeu

ideias e práticas para ajudar cidadãos, prefeitu-

sentidos referentes a atividades desenvolvidas

ra, empresas e todos demais interessados em

ali. Trata-se de uma reabilitação da praça, sem

construir melhores praças públicas.

desconsiderar seus usos e relações ja consolidadas com seus usuários, tornando-se acolhedora,

Mapa de setorização sensorial

interativa e identidade.

MAPA DE SETORIZAÇÃO

Setor 1: zona de atividades fisícas ja existente. Potencializada ao permear o interior da praça permitindo maior integração do usuário. Trabalha todos os sentidos, principalmente a visão através dos spots de iluminação que demar-

Setor 3: zona multifuncional com atividades espontãneas, culturais, local para jogos, descanso e circulação. Sentidos aguçados através das cores/ atividades/ movimento/ contemplação.

cam o percurso. Setor 4: jardins já existentes, agora pensados de Setor 2: promove a circulação e o encontro de pessoas. Espaço já existente, mas que mantém ligação com os jardins, agora sensoriais. Dessa forma permite aguçar a visão, olfato e paladar.

forma sensorial. Capazes de atrai o usuário pelo plantio de flores que trabalham o olfato, paladar, visão, tato e audição.

263


ELLEN MARIANA BARBOSA - PRAÇAS SENSORIAIS

Iluminação Por apresentar baixa iluminação nas extremidades do circuto demarcado, foi pensado uma iluminação evidenciando o espaço destinado a atividades fisicas. Esse espaço agora se estende a outras regiões no interior da praça. Luminária: DecoScene de embutir.

Jardins Sensoriais Plantas ornamentais por toda a praça, com a função de trabalhar os sentidos do corpo. Foram escolhidas plantas de porte pequeno, para trabalhar a questão de segurança local.

Visão através das cores

Olfato e paladar através do cheiro que emitem.

Tato através das texturas

Audição com o entrelaçar das folhas através do vento

Fluxo Pensando na função da praça para receber eventos da cidade, pode-se fazer a leitura de uma extensão; utilizando das vias no entorno imediato, sem alterar o fluxo sentido centro x bairro e o centro comercial em si. Desdobramentos Finais Vias interditadas

- Setembro/2017: lançamento da proposta de reformulação

Sentido de fluxo das vias

do plantio na praça juntamente com a Prefeitura e Setor de

ativas

Meio Ambiente. Mostrando que cada praça desempenha diferentes usos e funções de acordo com o local inserido.

264

- Setembro/2017: Lançamento do site juntamente com o setor de comunicação da prefeitura.


KÁSSIA SOUZA DUARTE - O FENÔMENO DA CIDADE

O PROCESSO DE APROPRIAÇÃO DA IDENTIDADE A apropriação é uma característica

mesa, portas, janelas. “As coisas concretas que

própria da natureza humana. Ao se apropriar

constituem

nosso

mundo

de um lugar o indivíduo busca se relacionar a

inter-relacionam de modo complexo e talvez

partir daquilo que lhe torna reconhecível,

contraditório.

identificável, de maneira a se sentir pertencido

exemplo, podem compreender outros. A

no novo espaço. O cotidiano é composto por

floresta compõem-se de árvores e a cidade é

fenômenos; pessoas, animais, ruas, texturas,

feita de casa.”(NORBERG-SCHULZ, Christian).

Alguns

dado

fenômenos,

se por

terra, pedra, árvores, mobílias, objetos, cama, BRASIL MG CORONEL FABRICIANO

A pesquisa tem como objetivo analisar a influência da cidade de Coronel Fabriciano e sua identidade no cotidiano de seus cidadãos. A princípio, afim de compreender

as

relações

de

pertencimento das pessoas com os lugares, foram feitas entrevistas com CORONEL FABRICIANO - FOTO POR THIAGO MELO

estudantes que não possuíam moradia fixa na cidade, para que os mesmos apresentassem

uma

análise

pessoal

quanto a sua relação com a cidade.

Total de 28 entrevistados

Kássia Souza Duarte kassiasduarte@gmail.com

265


KÁSSIA SOUZA DUARTE - O FENÔMENO DA CIDADE

Assim como a floresta compõem-se de árvores, a cidade é feita de casas, e dentro delas existem inúmeros espaços arquitetônicos capazes de desenvolver uma ligação com o usuário. Esta relação se dá a partir das conexões desenvolvidas pela memória cognitiva responsáveis por estabelecer o pertencimento. A arquitetura tem como um dos seus princípios estreitar a relação entre indivíduo ao seu modo de habitar, como afirma Christian Norberg em “identifica o potencial fenomenológico da arquitetura como a capacidade de dar significado ao ambiente mediante a criação de lugares específicos”. Esta relação acontece quando os fenômenos envolvidos possuem caráter operante e tornam cada detalhe uma qualidade peculiar do ambiente ou seja, necessários.

ANÁLISE DE DADOS O resultado das entrevistas girou entorno das conexões com objetos, ações do cotidiano e no que se refere a valorização da estrutura do lugar. A partir das respostas obtidas foi possível estabelecer uma compreensão de que o pertencimento é construído pela ligação do usuário no espaço, proporcionado a partir das ações e objetos familiarizados que são capazes

de trazer

proximidade

entre

os

mesmos. No entanto, não houve uma relação com a estrutura física do lugar, nem mesmo nos percursos realizados no cotidiano.

CABEÇEIRA DE CAMA PERSONALISADADA

Imagens tiradas durante as entrevistas, dos objetos relatados pelos entrevistados. Relação de aproximidade com o lugar em que moram a partir dessas conexões de objetos e ações.

objeto

82%

ação

75%

estrutura

23%

nenhuma

17%

*Resultado com base nas entrevistas

266

MOBILIÁRIO

ADORNO NA PAREDE


KÁSSIA SOUZA DUARTE - O FENÔMENO DA CIDADE

DO MICRO AO MACRO Na década de 60, Kevin Lynch afirmou que “Evidentemente estar perdido é justo o oposto do sentimento de segurança que distingue o habitar.”, pois ele está relacionado à maneira que nos identificamos no lugar.

Cores, cheiros, texturas, formas, estruturas, sabores, paisagens, elementos encontrados no cotidiano, são capazes de fazer com que a estrutura de um lugar não sejam imóveis, fixas, e sim transportadas a partir do momento em que fazem parte da identificação inseridos em um novo espaço, isto é a definição de lugar passa a ser guiado mais uma vez pela memória.

Para obter uma visão mais ampla de como a identidade da cidade está totalmente relacionada no sentimento de pertencimento de seus habitantes, a segunda etapa do trabalho buscou investigar as relações de identidade da cidade, em uma escala maior, aos olhos dos moradores, visitantes e naturais da cidade, uma vez que a construção da cidade se dá de acordo com a construção da identidade. FOTO POR THIAGO MELO

FOTO POR THIAGO MELO

267


KÁSSIA SOUZA DUARTE - O FENÔMENO DA CIDADE

Para iniciar a conversa com as pessoas

Alguns pontos citados:

da cidade de Coronel Fabriciano, foi apresentado um conjunto de fotografias da própria cidade,

PRAÇAS

CASAS

com a intenção de questioná-los quanto as relação afetivas com as mesmas. Ao longo das entrevistas, os participantes citaram lugares que

IGREJAS

diziam ter conexões a partir da vivência e

ESCOLAS

identificação do lugar.

A VALORIZAÇÃO DO ESPAÇO ARQUITETÔNICO

RODOVIÁRIA

Porém, ficou claro que apesar da valorização da história da cidade, o entorno não s

FOTO POR THIAGO MELO

Ficou entre os mais citados locais de

Terminal Rodoviário de Coronel Fabriciano é uma

afetividade na região o Terminal Rodoviário, por

estação rodoviária que funciona como terminal de

estabelecer pontos de conexão com a cidade,

passageiros no município brasileiro de Coronel

tanto para os moradores quanto visitantes. Na

Fabriciano, no interior do estado de Minas Gerais.

tentativa de transmitir um pouco da história, o

Inaugurado em setembro de 1988, foi construída

terminal conta com alguns monumentos e fotos

também, alguns meses depois, a Praça da Estação.

da trajetória da cidade de Coronel Fabriciano. O

Apesar do nome está vinculado ao Terminal, hoje a praça

268


KÁSSIA SOUZA DUARTE - O FENÔMENO DA CIDADE

FOTO POR THIAGO MELO

Por intermédio da apreciação arquitetônica/espacial da cidade, é possível se pensar quanto a identidade, sob a perspectiva histórica e ecológica. De certo, a formação da cidade se dá dialógicamente através da construção da identidade, partindo do individuo ate o meio social em que está inserido. Isso permite a verificação/constatação do afastamento do homem moderno do ambiente natural. Faz-se, assim,

fundamental pensar na cidade além de sua forma. Deve-se

estuda-la "por dentro", ou seja, refletir sobre sua natureza, considerar seu conteúdo e seus processos; voltar-se para uma dimensão específica da cidade: a sua dimensão visual/espacial, que se configura como o espaço da realização física/concreta das relações sociais e da subjetividade humana. A cidade é como um imenso alfabeto que permite, a cada momento, uma nova construção de palavras e frases. É viva, pulsante. Ao mesmo tempo, transformadora e transformante.

FOTO POR THIAGO MELO

FOTO POR THIAGO MELO

269


KÁSSIA SOUZA DUARTE - O FENÔMENO DA CIDADE

PROPOSTA DE REVITALIZAÇÃO URBANA COMO VALORIZAÇÃO DA IDENTIDADE de

Com base em toda a análise feita pelo

reconhecimento que se tem do local aumenta,

estudo do local, tanto físico quanto social,

torna-se fundamental o desenvolvimento e

faz-se essencial a revitalização do entorno,

preservação. A partir de uma consciência

voltado para a Praça da Estação e camelôs, uma

cultural,

vez que a Rodoviária está integrada ao redor e

A

medida

começa-se

em

a

que

o

grau

valorização

pelo

patrimônio público, pela cultura e a história.

foi apontada como valor significativo para os habitantes,

aos

quais,

com

orgulho,

identificam-se e o chamam de lar. IPATINGA

LEGENDA LOCAL DE ESTUDO - REGIÃO CENTRAL DE CORONEL FABRICIANO

TIMÓTEO

EXTENSÃO TERRITORIAL DE CORONEL FABRICIANO IPATINGA

270


KÁSSIA SOUZA DUARTE - O FENÔMENO DA CIDADE

A revitalização é um processo de planejamento

estratégico,

capaz

de

reconhecer, manter e introduzir valores de forma cumulativa. Dessa maneira, ela intervém a médio e longo prazo, de forma relacional, assumindo e promovendo vínculos entre territórios,

atividades

conseguinte qualidade

do

e

influencia ambiente

pessoas, na

e,

por

melhoria

da

urbano

e

nas

condições socioeconômicas (MOURA, et. al., 2006). Além disso, considera-se que revitalizar é dar vida a um lugar, renovando-o.

FOTO POR THIAGO MELO

271


LORRAYNE IRIS ASSIS DOS SANTOS - PLANO DE REQUALIFICAÇÃO URBANA - JAGUARAÇU/MG

CIDADE: CONCEITO, DINÂMICA E INFLUÊNCIA Pensar a cidade, significa reconhecer

os fatores responsáveis

por definir o meio urbano, e consequentemente,

tal

reconhecimento

influencia na dinâmica da cidade e seus espaços públicos. A linguagem da cidade dentro da Arquitetura e Urbanismo, se volta significativamente, para o quadro social, responsável pela permanente interação entre o homem e o meio urbano que se vivencia. Cada vez mais se discute o conceito de Cidade, na perspectiva de uma dinâmica eficaz e ajustável em função do tempo e contexto em que se insere, aliada à sua imagem, planejamento, organização, gestão e etc.. CIDADE DE JAGUARAÇU/MG (SEDE) - LOCAL DE APLICAÇÃO DO PLANO DE REQUALIFICAÇÃO

A cidade é palco da pluralidade, formada por

forma, apropria, reflete na sociedade que está

tudo que é diverso. Porém, há uma automa-

inserida e nas possibilidades dadas a partir das

tização do modo de materialização e apro-

características que o espaço urbano propor-

priação das cidades, muitas vezes de forma

ciona, influenciando na vivência do homem.

desfavorável. Não é que a cidade tenha um

Assim, propor ações que visam uma melhoria

modelo predefinido, porém cada vez mais o

na qualidade do espaço urbano induz à

percentual da população humana no meio

requalificação e vitalidade urbana eficazes e

urbano aumenta e o modo como a cidade se

em concordância com todo contexto urbano.

Lorrayne Iris Assis dos Santos

272

lorrayne.iris10@hotmail.com


LORRAYNE IRIS ASSIS DOS SANTOS - PLANO DE REQUALIFICAÇÃO URBANA - JAGUARAÇU/MG

VISTA PARCIAL DA SEDE DE JAGUARAÇU/FONTE: PREFEITURA MUNICIPAL DE JAGUARAÇU

DA IDENTIDADE À VITALIDADE URBANA: RECONHECIMENTO, VIVÊNCIA, INTERAÇÃO E RESSIGNIFICAÇÃO O estudo realizado no TCC1 (Trabalho

que esteja de acordo com suas capacidades

de Conclusão de Curso 1) se baseia na dinâmi-

máximas.”. Assim, demonstra como a dinâmica

ca das cidades em relação à vivência e experi-

espacial urbana apropriada reflete de modo

mentação do homem no espaço urbano. A

significativo na qualidade do espaço urbano,

pesquisa tem como estudo de caso a cidade de

induzindo à vitalidade e ressignificação do lugar.

Jaguaraçu, situada ao leste de Minas Gerais e

Nesse mesmo contexto, o TCC2 (Tra-

resultou do interesse pessoal-afetivo e também

balho de Conclusão de Curso 2) propõe um

técnico da autora de tal pesquisa, a partir da

plano de requalificação urbana com diretrizes e

percepção sobre a fragilidade do reconheci-

ações que visam melhorar a qualidade urbana de

mento, valorização e potencialização urbanos

Jaguaraçu, potencializando o planejamento da

locais.

cidade, a apropriação e interação dos/nos O foco se dá na relação do indivíduo

espaços públicos, de modo a estimular a vitali-

com o espaço urbano, e seu reflexo na valori-

dade e requalificação urbana, espacial e pais-

zação e requalificação do lugar em si. Jan Gehl

agística da cidade.

cita: “as cidades deveriam ser feitas para aproveitar nossas capacidades, as construindo em torno do corpo e sentidos do ser humano para que possa viver sua cidade em uma escala

273


LORRAYNE IRIS ASSIS DOS SANTOS - PLANO DE REQUALIFICAÇÃO URBANA - JAGUARAÇU/MG

GOVERNADOR VALADARES 150km

SANTANA DO PARAÍSO

mancha urbana sede

IPATINGA

ANTÔNIO DIAS

381

381 452

CORONEL FABRICIANO

TIMÓTEO

JAGUARAÇU

RIBEIRÃO ONÇA GRANDE

MARLIÉRIA 320

BELO HORIZONTE

760

195km

N

BAIRROS:

DESENVOLVIMENTO

ALBERTO SCHARLET CRUZEIRO CENTRO

A proposta do TCC2 - Plano de

JOÃO ROLLA

VIAS LOCAIS

Requalificação Urbana na cidade de Jag-

MG-320

uaraçu se deu a partir da análise realizada no TCC1, que aponta as potencialidades e fragi-

N

lidades da cidade integradas à mobilidade, infraestrutura, patrimônio histórico-cultural, meio ambiente, cultura, habitação, entre outros. Os mapas a seguir, mostram a ÁREA: 163.760 KM² POPULAÇÃO: 3147 HAB.

relação dos dados coletados nas entrevistas

INSERIDA NO COLAR METROPOLITANO DO VALE DO AÇO

e no mapeamento in-loco, que sobrepostos definiram os “sub-temas” e as diretrizes aplicados no plano de requalificação.

MAPA ILUSTRATIVO - SEDE DE JAGUARAÇU

MAPAS COMPARATIVOS - MAPA 1: ENTREVISTAS | MAPA 2: ANÁLISE IN-LOCO

HISTÓRIA | CULTURA | IDENTIDADE ESPAÇOS PÚBLICOS RIBEIRÃO ONÇA GRANDE

INFRAESTRUTURA | MOBILIDADE

RIBEIRÃO ONÇA GRANDE

COMÉRCIO | SERVIÇOS LAZER | ENTRETENIMENTO MG-320

HABITAÇÃO

MG-320

PATRIMÔNIO

274

ENTREVISTA INDIVÍDUOS

ANÁLISE IN-LOCO


LORRAYNE IRIS ASSIS DOS SANTOS - PLANO DE REQUALIFICAÇÃO URBANA - JAGUARAÇU/MG

PLANO DE REQUALIFICAÇÃO URBANA: METODOLOGIA E DIRETRIZES INTEGRADAS O plano de requalificação urbana se

• apresentação das propostas para os colabora-

baseia em diretrizes e ações visando a melhoria

dores que fazem interface com o plano;

da qualidade urbana, de modo a potencializar e

• consolidação das diretrizes integradas no plano

ressignificar o perfil e planejamento da cidade

de requalificação (âmbito especulativo);

de Jaguaraçu. Assim, o plano se divide em 07

• aplicação esquematizada das diretrizes e ações

(sete) etapas, sendo elas:

do plano, a partir de croquis explicativos (expli-

• estudo científico acerca dos fatores pertinen-

cação especulativa da aplicação das propostas). O plano de requalificação urbana se

tes para entendimento do processo de planejamento urbano;

fundamenta na potencialização e ressignificação

• mapeamento in-loco e entrevistas com os

do espaço urbano, propondo ações e diretrizes

indivíduos na cidade (dados explícitos no diag-

que ao serem aplicadas estimulem à vitalidade

nóstico);

urbana, na intenção de que o perfil da cidade se

• análise das potencialidades e fragilidades

destaque por suas peculiaridades, articulando

locais para viabilização das propostas integra-

todas as vertentes da cidade com a vivência e

das;

apropriação do ser-humano no espaço urbano.

• definição das diretrizes integradas ao Plano (diagrama esquemático com sub-temas); DIAGRAMA ESQUEMÁTICO: SUB-TEMAS INTEGRADOS ÀS DIRETRIZES PROPOSTAS

TERRITÓRIO

INFRAESTRUTURA

ACESSO-FLUXO-MOBILIDADE

ECONOMIA

SUSTENTABILIDADE

POPULAÇÃO-HABITAÇÃO

COMÉRCIO-LOGÍSTICA-

TURISMO

INDÚSTRIA

URBANISMO

SEGURANÇA

MEIO AMBIENTE

CULTURA

LEGISLAÇÃO ATRATIVOS-TRADIÇÕES

IDENTIDADE USOS

VIVÊNCIA-EXPERIMENTAÇÃO

RECONHECIMENTO

ESPAÇO PÚBLICO

VITALIDADE URBANA

RECURSOS INOVAÇÃO

275


LORRAYNE IRIS ASSIS DOS SANTOS - PLANO DE REQUALIFICAÇÃO URBANA - JAGUARAÇU/MG

A partir da análise dos dados coletados

cio, indústria e logística | capital | planejamento |

no decorrer dos trabalhos, o diagnóstico

tecnologia | recursos;

gerado definiu os pontos principais a abordar

• eixo territorial: espaços públicos | habitação |

nas diretrizes e ações propostas no plano de

infraestrutura | mobilidade | turismo | segurança |

requalificação, que para melhor articulação se

meio ambiente | paisagem | urbanismo.

dividiu em 03 (três) eixos temáticos, são eles:

O objetivo geral é pensar a cidade como campo

• eixo cultural: identidade | patrimônio históri-

de experiência, ambicionando e impulsionando

co-cultural | educação | lazer e entretenimento;

novos futuros e perspectivas de vida urbana.

• eixo sócio-econômico: população | comérPATRIMÔNIO HISTÓRICO-CULTURAL

HABITAÇÃO/ APROPRIAÇÃO

LEGISLAÇÃO URBANÍSTICA

EDUCAÇÃO LAZER/ ENTRETENIMENTO

INFRAESTRUTURA URBANA

ESPAÇOS PÚBLICOS

VISTA NOTURNA PARCIAL DA SEDE DE JAGUARAÇU | FONTE: PREFEITURA MUNICIPAL DE JAGUARAÇU

A partir da análise do diagnóstico e

festividades no âmbito cultural e tradicional;

dados coletados, a fase seguinte e atual é a de

• requalificar os espaços públicos e os cursos

consolidação das diretrizes e ações propostas

d’água na cidade;

no plano de requalificação, sendo alguma

• propor a implantação das ETA e ETE nas demais

delas:

localidades e distritos da cidade;

• propor o tombamento de conjunto urbano a

• estimular a reorganização e regularização da horta

fim de valorizar e potencializar o valor históri-

comunitária;

co-cultural da cidade;

• garantir a aplicação da legislação urbana vigente, a

• melhorar as condições dos centros esportivos

fim de solucionar divergências provindas da

e de lazer na cidade, com o intuito de atender a

infraestrutura inadequeda;

demanda atrativa e esportiva;

• propor a implantação de uma pista de caminhada

• otimizar os espaços que sediam eventos e

e ciclovia na rodovia MG-320, que liga Jag-

uaraçu-Marliéria.

276


LORRAYNE IRIS ASSIS DOS SANTOS - PLANO DE REQUALIFICAÇÃO URBANA - JAGUARAÇU/MG

1 ENTRADA DA CIDADE

7 1 7 PORTAL DA CIDADE DE JAGUARAÇU

2 IGREJA NOSSA SRA. DO ROSÁRIO

2 3

BAIRRO CRUZEIRO

6

6

4 PREFEITURA MUNICIPAL DE JAGUARAÇU

3 5

4

5 PRAÇA JOÃO ROLLA

IGREJA MATRIZ DE SÃO JOSÉ

ALGUNS PONTOS ONDE AS DIRETRIZES SE APLICAM PELO PLANO

277


TULIO JANSEN - REQUALIFICAÇÃO URBANA

NOS TRILHOS DO BAIRRO MANGUEIRAS: PROJETO DE REQUALIFICAÇÃO URBANA A Requalificação Urbana é uma área relativamente recente do Planejamneto Local

que

está

associada à evolução da disciplina do Urbano, ao interesse crecente pelo patrimônio histórico e ao processo de desindustrialização das cidades. Trata-se, portanto, de uma forma actual associada à cultura urbana e à capacidade de atração e desenvolvimento PERSPECTIVA DA ÁREA PARA EVENTOS COMUNITÁRIOS

sustentável

dos

territórios, tendo em vista a regeneração dos tecidos físicos e sociais.

A proposta de Requalificação Urbana surgiu

ropolitano UNIMED.

a partir de pesquisas onde se concluiu que o

Lefevbre disse:” o espaço público é, antes de

bairro Mangueiras necessita de espaços livres

tudo, o lugar, a praça, rua, shopping, praia,

para uso público. Um local que é referência

qualquer tipo de espaço onde não haja

na cidade por fazer principais ligações como; a estrada de Ferro Vitória Minas e a BR 381, e

obstáculos a possibilidade de acesso e participação de qualquer tipo de pessoa”.

que recentemente inaugurou o Hospital Met-

Tulio Jansen Soares

278

tuliojansen@hotmail.com


TULIO JANSEN- REQUALIFICAÇÃO URBANA

FOTO DO BAIRRO MANGUEIRAS

JUSTIFICATIVA DO PLANO DE REQUALIFICAÇÃO

APRESENTAÇÃO DO TCC2

A partir dos estudos realizados no

O plano de requalificação do Bairro

TCC1, chegou-se a conclusão que no Bairro

Mangueiras tem como objetivo otimizar o uso

Mangueiras não existe uma área específica para

em áreas pouco utilizadas e que tem grande

o lazer e interação pública. Sendo assim, essas

potencial de melhorias. Estabelecer uma

respectivas atividades acontecem nas ruas de

proposta de requalificação para o bairro.

forma improvisada. Porém, no bairro há uma

Potencializando

área que pertence à Vale do Rio Doce por onde

memória e identidade do local.

passsava a antiga estrada de ferro. Com a ausência de uso , a área foi liberada aos moradores para que pudessem plantar. Visitando o local foi observado que é muito extenso e pouco

os

espaços

atráves

da

Através do diagnóstico de como a comunidade utiliza os espaços e como gostariam de utilizar, já que o bairro não possui áreas específicas para o uso público.

utilizada. Foi aí que surgiu a idéia de requalificar a área de modo que toda a comunidade pudesse usufruir em igualdade atendendo todas as necessidades.

279


TULIO JANSEN- REQUALIFICAÇÃO URBANA

Bairro Mangueiras O bairro originalmente pertencia á Rubem Siqueira Maia, que foi primeiro prefeito de Coronel Fabriciano. Em 1960 o bairro foi loteado. O nome é referente a algumas mangueiras que existiam no local onde hoje é a Escola Municipal. Onde também está 1 Minas Gerais 2 RMVA 3 Santana do Paraiso

localizada a primeira creche municipal. A Estrada de Ferro Vitória Minas e a BR-381 cortam o Mangueiras após atraves-

4 Ipatinga

sarem o Rio Piracicaba e traçam o limiite

5 Coronel Fabriciano 6 Timoteo

com o bairro Ponte Nova.

LOCALIZAÇÃO

Mapeamento de usos

ATIVIDADES REALIZADAS NO BAIRRO

280


TULIO JANSEN - REQUALIFICAÇÃO URBANA

ÁREA DA INTERVENÇÃO

FOTO DO BAIRRO MANGUEIRAS

RUAS SEM SAÍDA PRÓXIMO A ÁREA

281


TULIO JANSEN - REQUALIFICAÇÃO URBANA

CONCEITO/ DIRETRIZES Através do mapeamento realizado, o conceito do projeto constituiu-se nas seguintes

evitar que os moradores saiam do bairro para exercitar; -Potencializar o urbanismo como forma

palavras; Memória, Pertencimento, Caminho que conduz, Requalificação da Paisagem.

de suprir a ausência do verde no bairro; -Fazer com que o espaço seja extensão

Diretrizes/Estratégias

do privado; -Resgatar as memórias daquilo que um

-Promover ligação das ruas sem saída;

dia existiu no bairro e com o tempo foi se per-

-Requalificar e potencializar aréa de

dendo;

plantação transformando em horta urbana; -Produzir espaços adequados para atividdes que acontecem de forma improvisada; -Caminho próprio para uso de pedestres e ciclistas a fim de desafogar o trânsito e

PERSPECTIVA ENTRADA

282

-Utilizar materiais que existem na região imprimindo sua identidade; -Valorização do bairro.


TULIO JANSEN - REQUALIFICAÇÃO URBANA

IMPLANTAÇÃO

MANGUEIRAS (PÉ DE MANGA) QUIOSQUE

CICLOVIA MISTA

QUADRA DE JOGOS E USOS DIVERSOS

PRAÇA/ACADEMIA FONTE DA SAÚDE SECA

VIADUTO

QUIOSQUE/ APOIO

PERGOLADO/ JOGO DE MESA HISTÓRIA ESTRADA DE FERRO

CUL DE SAC

CONCHA ACUSTICA EVENTOS COMUNITARIOS MACIÇO ARBÓREO BOSQUE COMUNITÁRIO

HORTA

PLAY GROUND FIM PERCURSO

CAMPO DE FUTEBOL

20 0 10

40

283


TULIO JANSEN - REQUALIFICAÇÃO URBANA

PERSPECTIVA CUL DE SAC

PERSPECTIVA ÁREA DE LAZER

284


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