Revista TCC - II Turma 1/2017 Arquitetura e Urbanismo
01
SUMÁRIO ARQUITETURA DE INTERIORES ................................................................... 05 EULÁLIA ................................................................................................................................. 06 HELENO LUCAS ................................................................................................................... 13 SIGRIDY ................................................................................................................................... 21 ARQUITETURA PAISAGÍSTICA ..................................................................... 27 KARYNE FRAGA .................................................................................................................... 28 ENSINO E PESQUISA ..................................................................................... 35 DIÉSSICA................................................................................................................................. 36 JAÍNE ...................................................................................................................................... 42 JOSÉ ENÉCIO ....................................................................................................................... 48 RAGNER ................................................................................................................................. 54 SÃMELA .................................................................................................................................. 62 TAMIRES ................................................................................................................................. 70 MEIO AMBIENTE, PLANEJAMENTO URBANO E REGIONAL ........................ 77 JOSILÉIA ................................................................................................................................ 78 LUÍLLA GOMES .................................................................................................................... 85 RITA GUIMARÃES ................................................................................................................ 91 THAÍS COSTA ....................................................................................................................... 97 PATRIMÔNIO............................................................................................... 105 ARYEN .................................................................................................................................. 106 GUILHERME ........................................................................................................................ 110 RAQUEL ................................................................................................................................ 116 RODRIGO............................................................................................................................. 124
PROJETO DE ARQUITETURA DE EDIFICAÇÕES ........................................ 132 BRUNA BENEDITO ............................................................................................................ 133 BRUNA MAGRI ................................................................................................................... 139 CARLA BATISTA .................................................................................................................. 147 DAYANE LACERDA ............................................................................................................ 155 ERIK ALMEIDA .................................................................................................................... 164 FERNANDA DRUMOND .................................................................................................. 170 FERNANDA MONTEIRO PEREIRA ................................................................................. 176 IGOR .................................................................................................................................... 180 IOLANDA ............................................................................................................................ 188 JOAB SANGI ...................................................................................................................... 196 KARINA BITENCOURT ................................................................................................... 204 LEANDRO AZEVEDO ....................................................................................................... 212 NICOLE ................................................................................................................................ 218 RENATA ............................................................................................................................... 224 SAIMON REIS ..................................................................................................................... 230 SAMARA ............................................................................................................................. 235 SISTEMAS CONSTRUTIVOS E ESTRUTURAL ............................................. 243 RAMON STARLING .......................................................................................................... 244 URBANISMO E DESENHO URBANO ........................................................... 250 ELISA .................................................................................................................................... 251 ELLEN MARIANA ............................................................................................................... 259 KÁSSIA DUARTE ............................................................................................................... 265 LORRAYNE ASSIS .............................................................................................................. 272 TULIO ................................................................................................................................. 278
Essa revista consiste na junção dos trabalhos de conclusão de curso da turma 1/2017 do curso de Arquitetura e Urbanismo do Centro Universitário do Leste Minas. O foco da revista é apresentar o conteúdo estudado pelos alunos graduandos, servindo como portfólio e divulgação dos trabalhos.
Toda a revista foi subdivida de acordo com as linhas de pesquisas trabalhadas.
Turma 1/2017 - Arquitetura e Urbanismo
Linha de Pesquisa
ARQUITETURA DE INTERIORES
EULÁLIA DAMASCENO DE FARIA - ARQUITETURA DA MARCA: UM ELEMENTO DE IDENTIFICAÇÃO
LOJAS HAVAIANAS
ARQUITETURA DA MARCA: UM ELEMENTO DE IDENTIFICAÇÃO. A pesquisa realizada no TCCI teve como
Constatou-se a partir dos estudos feitos
principal objetivo mostrar quais são os artifícios
ao longo do artigo que a marca é uma forte
utilizados pela arquitetura e a marca, que influen-
aliada quando o assunto é vendas, e que a
ciam o crescimento comercial, fazendo com que
arquitetura possui um papel fundamental na
o ambiente se torne conhecido. Para tal entendi-
hora de produção. Todas as formas de criar e
mento foi feito um estudo desde os primórdios
expor os elementos citados ao longo de toda
até os dias atuais de como se deu a evolução das
analise como, o uso das cores, luzes, a
cidades, do comercio e da marca, procurando
exposição de produtos, os letreiros, e a criação
entender quais são as estratégias aplicadas hoje
do espaço em geral são considerados artifícios
no espaço comercial.
de manipulação que os arquitetos usam com
O Shopping do Vale do Aço localizado
intenção de aumento de vendas e reconheci-
na cidade de Ipatinga-MG, foi analizado como
mento do local e da marca. A marca e a arquite-
bjeto de estudo, a escolha se deu pelo fato de
tura juntas, proporcionam variadas sensações e
possuir em seu interior um maior número de
percepções, além da realização de desejos e
lojas que trabalham a marca unida a arquitetura, e
experiências, se unem com o maior proposito: o
por ser frequentado por diferentes públicos,
aumento das vendas.
dentre eles o Vale do Aço e cidades vizinhas.
Eulália Damasceno de Faria
06
eulalia.16@hotmail.com
EULÁLIA DAMASCENO DE FARIA - ARQUITETURA DA MARCA: UM ELEMENTO DE IDENTIFICAÇÃO
PROPOSTA DE TCCII A proposta de TCCII é projetar um ponto de venda física para uma marca da região do Vale do Aço no Shopping do Vale, utilizando a arquitetura como forma de materialização do conceito e da marca no espaço, criando assim uma identidade visual/uma nova linguagem. A marca escolhida foi a PICK & NICK, ela possui um público alvo especifico e fabrica seus proprios produtos. Localizada na Avenida Monteiro Lobato 955-Cidade Nobre/Ipatinga-MG. FOTO DA FACHADA DO ESPAÇO FÍSICO DA LOJA
PÚBLICO ALVO: Masculino e feminino de
1 a 12 anos, para as classes B, C e D. PONTO DE VENDA EXISTENTE: local usado para fabricar e estocar seus produtos, a loja não vende mercadoria no varejo, apenas atacado. A pick & nick foi fundada em 1995, possui 22 anos de experiêcia no ramo, confecciona roupas infantis e juvenis. A loja produz: conjuntos, calças, shorts, bermudas, camisas normais, regatas e de manga longa. Produzem uma faixa de 3000 peças por mês, esse valor varia de acordo com a demanda.
A LOGOMARCA A logo foi criada pensando nas palavras diversão e crianças. _Formas geométricas e cores chamam a atenção. _Uso das letras finais CK (rotacionados a 90 graus) formam o corpo de uma menina e um menino juntamente com uma bola e um coração, compondo assim o retângulo principal da marca. _A logo em si é composta de uma verdadei-
LOGO DA MARCA PICK & NICK
ra diversão, unindo cores e relembrando a diversão do famoso piquenique em meio a floresta.
07
EULÁLIA DAMASCENO DE FARIA - ARQUITETURA DA MARCA: UM ELEMENTO DE IDENTIFICAÇÃO
SHOPPING DO VALE DO AÇO
SHOPPING DO VALE DO AÇO - DIÁRIO DO COMERCIO
O Shopping do Vale do Aço localiza-se na Avenida Pedro Linhares Gomes nº 3900, Ipatinga-MG. Ele foi escolhido pelo fato de possuir maior número de lojas que trabalham a marca unida a arquitetura, e por possuir diferentes tipos de público, dentre os quais é frequentado por todo Vale do Aço e cidades vizinhas como local de lazer. A cidade foi escolhida a partir de uma análise minha como moradora a algum tempo e por Ipatinga ser considerada “um dos setores econômicos e turísticos impor-
HORTO
Av. Pe
dro L
inh
are s
Go me s
tantes” (Prefeitura de Ipatinga).
LOCALIZAÇÃO SHOPPING DO VALE DO AÇO - HORTO, IPATINGA/MG
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EULÁLIA DAMASCENO DE FARIA - ARQUITETURA DA MARCA: UM ELEMENTO DE IDENTIFICAÇÃO
MAPEAMENTO PARA ESCOLHA DO LOCAL
ENTRADAS PRINCIPAIS LOJAS ÂNCORAS
L O J A S REDE
SHOPPING DO VALE DO AÇO - PLANTA PRIMEIRO PAVIMENTO
A escolha do local para a proposta do projeto teve como principal estratégia, proximidades com entradas e com lojas âncoras, pois elas acabam atendendo a diversos tipos de público, por possuirem variadas mercadorias e produtos. Portanto uma loja âncora atrai muitos consumidores de diferentes classes. O segundo pavimento não entrou na parte de mapeamento por ser um local de pouco fluxo de pessoas.O ponto estratégico da escolha se deu a partir desses dois fatores citados acima, entradas e lojas âncoras, portanto o local escolhido é proximo a Mariza e Riachuelo que também são proximas de uma entrada principal. O espaço possui 7, 5 metros de frente por 12 metros de profundidade.
12 m
7,5m
PLANTA SHOPPING DO VALE DO AÇO - LOTE ESCOLHIDO
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EULÁLIA DAMASCENO DE FARIA - ARQUITETURA DA MARCA: UM ELEMENTO DE IDENTIFICAÇÃO
CONCEITO Segundo o dicionário fomal a forma certa da escrita PICK & NICK é Piquenique que significa: passeio em local aberto, geralmente na floresta ou no campo, onde cada pessoa leva um tipo de comida e divide sua refeição com os demais; Geralmente é uma refeição feita para se ter contato com a natureza. LAZER, DIVERSÃO, INTEGRAÇÃO, PASSEIO, LANCHE, AMIGOS, ENCONTRO, NATUREZA E AR LIVRE, palavras síntese do projeto.
PIQUENIQUE
ESTRATÉGIAS - O projeto tem como principal estratégia chamar a atenção das crianças, já que elas são o principal público alvo, através de cores, formas geométricas e por ser uma pequena floresta dentro do espaço. O projeto conta ainda com o lúdico, possuindo assim árvores de verdade e por ser um grande playground, encantando assim as crianças, fazendo com que queiram entrar no ambiente juntamente com seus pais,fazendo com que o mesmo acabe comprando algo.
PROGRAMA DE NECESSIDADES
- Playground - expositores - balcão - estoque de mercadoria - provadores - banheiro - circulação 0
0
1
2
3
PROGRAMA DE NECESSIDADES - PLANTA
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EULÁLIA DAMASCENO DE FARIA - ARQUITETURA DA MARCA: UM ELEMENTO DE IDENTIFICAÇÃO
PROJETO O projeto foi produzido a partir do conceito e estudos do artigo de TCCI, foi planejada uma nova identidade/nova linguagem arquitetônica para a marca. O lúdico da floresta, das formas geométricas e cores foram transpostos dentro do ambiente, fazendo com que atraia os clientes pela arquitetura do espaço.
0
1
2
3
PLANTA PRIMEIRO PAVIMENTO
0
1
2
3
PLANTA SEGUNDO PAVIMENTO
O piso é composto por um caminho que convida o cliente a entrar, juntamente com a grama sintetica verde lembrando um campo, e arvores locadas de forma a conduzir o cliente por esse caminho, no primeiro piso as areas destacas de vermelho sao espaços para as crianças brincarem, o vermelho do segundo piso é um playground com escada e escorregador. As áreas destacadas de azul são os expositores de mercadoria.
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EULÁLIA DAMASCENO DE FARIA - ARQUITETURA DA MARCA: UM ELEMENTO DE IDENTIFICAÇÃO
PROJETO As paredes laterais são compostas por paineis de mdf com pequenos circulos que formam as folhas das arvores cortados a lazer, possui uma distância da parede pois possui uma luz na cor verde atraz iluminando os circulos. A arvore maior é cortada a lazer também e afastada do painel pois ela sera o local onde serão pendurados as mercadorias
0
1
2
3
CORTE ESCADA
ASUDHUH UASHEEIRJWEOI ODIDJFDIDJDDD ISDAIODHWUDH ASDIADOIQHW,
0
1
2
3
CORTE ESCORREGADOR
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HELENO LUCAS - A INFLUÊNCIA DA LUZ NOS ESPAÇOS COMERCIAIS NOTURNOS
PROPOSTA FACHADA LOJA EMPÓRIO BOHEMIO , CIDADE NOBRE - IPATINGA
PROPOSTA DE UMA NOVA LOJA PARA A EMPRESA EMPÓRIO BOHEMIO Em dezembro de 2016, dois amigos
base nos produtos oferecidos não tendo um proje-
com o propósito de criar uma empresa que desce
to específico, uma vez que ambos inicialmente
um retorno financeiro a ambos, Daniel R. e Tarcí-
previam que o novo negócio atendesse à expecta-
sio B. (sócios) decidiram abrir uma loja de supri-
tiva proposta. Porquanto todo o mobiliário e
mentos para churrasco, esta, que pudesse ofere-
disposição de layout da loja foram feitas sem
cer aos clientes todos os apetrechos necessários
nenhum padrão específico, sendo algumas partes
para o preparo do churrasco como carnes, bebi-
improvisadas
das, utensílios diversos e que também funciona-
locado.
e despojadas dentro do espaço
sse como um bar. Assim surgiu a “Empório Bohe-
Dentro desta estrutura é oferecido todo
mio”, atualmente com uma única loja situada em
os itens necessários para a o preparo de churrasco,
Vitória-ES, a loja oferece toda uma variedade de
serviço de entrega de bebidas frias/quentes e o
utensílios para churrasco como: carnes, bebidas,
exclusivo de bar, onde o cliente escolhe a carne e
ferramentas e um serviço de preparo e degus-
esta é preparada na própria loja para degustação
tação de bebidas e churrasco na própria loja.
do mesmo, oferecendo também com cursos de
Com uma estrutura baseada nas necesidades iniciais dos sócios, a loja foi montada com
corte de carnes, o que para os proprietários é o diferencial da empresa.
Heleno Lucas lenolucasarqurb@gmail.com
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HELENO LUCAS - A INFLUÊNCIA DA LUZ NOS ESPAÇOS COMERCIAIS NOTURNOS
Através desta premissa, surgiu a proposta de abrir uma nova loja que tenha um padrão específico e que adeque a empresa, criando um projeto dentro das necessidades dos sócios e com base nos produtos ofertados. O que para os sócios, esta estrutura gere um padrão para uma possível franquia posteriormente. Este novo local escolhido foi a cidade de Ipatinga-MG,
esta,
que
possui
toda
uma
infraestrutura compatível com as necessidades dos sócios em alguns parâmetros. Assim o intuito é criar uma loja diferenciada dentre as demais com um padrão moderno e que atenda às necessidades dos clientes *LEVANTAMENTO DOS ESTABELECIMENTOS
dentro do ramo deste seguimento.
Ipatinga é uma cidade localizada na Região Metropolitana do Vale do Aço, onde apresenta algumas empresas com seguimentos no mesmo ramo situados em alguns bairros, oferecendo produtos como: bebidas, carnes, gelo, carvão, utensílios e acessórios diversos. Com um cenário atual de lojas bem diversificado, com venda de produtos apenas e algumas não funcionando no período noturno, a idéia dos sócios é que esta seja um novo ponto de encontro para os apreciadores de bebidas e churrasco diferenciado, assim como o curso de corte de carne, o que difere das demais existentes.
O bairro Cidade Nobre é um bairro misto que apresenta uma grande variedade de comércio e público bastante diversificado. O endereço de localização do lote fica em uma esquina entre a rua Oswaldo Cruz e a Avenida Carlos Chagas, com uma boa visibilidade, em uma avenida de grande movimento, com um polo comercial digamos ao nível proposto pelos proprietários, tendo a presença do público alvo como; moradores e comerciantes locais, estudantes das instituições próximas(Faculdade BAIRRO: CIDADE NOBRE - LOTE 360M²
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Pitágoras) e os demais que transitam pela avenida de passagem.
HELENO LUCAS - A INFLUÊNCIA DA LUZ NOS ESPAÇOS COMERCIAIS NOTURNOS
CONCEITOS E ESTRATÉGIAS APLICADOS AO PROJETO O conceito do projeto é embasado na palavra Empório, que originada da palavra feira ,se passando por bazar,
empório
considera-se
a
evolução dos mesmos, em relaçao à estrutura física e a palavra em sí. Com base neste retrospecto onde os artefatos diversos eram/são vendidos em espaços livres, utilizando materiais efêmeros, como ferro e madeira, provinda da estrutura das barracas e caixotes empilhados, toda esta dinâmica se traduz em uma arquitetura vernacular adaptada ao modernismo, propondo uma composição diferenciada e que traga sensações adversas aos visitantes, dentro de toda a estrutura e proposta do projeto. *IMAGENS REFERÊNCIAIS ILUSTRATIVAS COM BASE NO CONCEITO DO PROJETO
Assim aliando a estrutura do ambi-
dor, empregando a iluminação como um
ente proposto â dinâmica das feiras, aos quais
elemento catalizador do espaço, uma vez que
acontecem à luz do dia, a proposta é intensifi-
a luz pode trazer sensações adversas e propor
car este ambiente com todo os materiais
um cenário harmonioso dentro do espaço
providos como a madeira e o ferro, aliado a
proposto, valorizando ainda mais os produtos
uma iluminação mais quente que remete à luz
e tornando o ambiente em si, um local super
do dia, proporcionando a experiência e sen-
agradável e que instigue os clientes a consu-
sação de um espaço aconchegante e acolhe
mir os produtos expostos na loja.
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HELENO LUCAS - A INFLUÊNCIA DA LUZ NOS ESPAÇOS COMERCIAIS NOTURNOS
LIXO GÁS
D.M.L.
W.C. COZINHA AREA CIRCULAÇÃO FUNCIONÁRIOS CÂMARA FRIA
ÁREA FUNCIONÁRIOS
ADMINSTRAÇÃO
DEP. COZINHA
COZINHA/CURSOS W.C.M.
MEZANINO
VISTA TÉRRO PÉ DIREITO 6,30M
W.C.F.
RUA OSWALDO CRUZ
PASSEIO
ÁREA DE FREEZER CARNE E BEBIDAS E UTENSÍLIOS
PASSEIO
RUA OSWALDO CRUZ
ADEGA
ACESSO SECUNDÁRIO
CHURRASCO MESAS INTERNAS PROJEÇÃO PLATIBANDA
CAIXA
TELHADO
ACESSO LOJA PRINCIPAL PROJEÇÃO PLATIBANDA
MESAS EXTERNAS
PASSEIO AV. CARLOS CHAGAS
PLANTA TÉRREO
PASSEIO AV. CARLOS CHAGAS
PLANTA 2º PAVIMENTO
O PROJETO Os espaços foram locados de acordo com o programa de necessidades que são: sala administrativa; local para cursos de corte de carne; sala de funcionários; cozinha; depósito para estoque; banheiros acessíveis; depósito de lixo; balcão/caixa; churrasqueira; área para exposição de bebidas, carnes e utensílios e um amplo espaço para disposição de mesas.
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HELENO LUCAS - A INFLUÊNCIA DA LUZ NOS ESPAÇOS COMERCIAIS NOTURNOS
PASSEIO
RUA OSWALDO CRUZ
PASSEIO
RUA OSWALDO CRUZ
PÉ DIREITO DUPLO
PROJEÇÃO PLATIBANDA
PROJEÇÃO PLATIBANDA
PASSEIO AV. CARLOS CHAGAS
PLANTA TÉRREO
PASSEIO AV. CARLOS CHAGAS
PLANTA 2º PAVIMENTO
ÁREA RESTRITA PARA FUNCIONÁRIOS
Assim, procurando dispor a dinâmica de funcionamento da loja, toda a estrutura das plantas e layout foram divididas de acordo com os espaços de utilização/setorização, Com área restrita a funcionários conforme legenda e as demais áreas de livre acesso ao público,
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HELENO LUCAS - A INFLUÊNCIA DA LUZ NOS ESPAÇOS COMERCIAIS NOTURNOS
AV. CARLOS CHAGAS
PLANTA TÉRREO LUZ NEUTRA
PASSEIO
RUA OSWALDO CRUZ
PASSEIO
RUA OSWALDO CRUZ
PASSEIO
PASSEIO AV. CARLOS CHAGAS
PLANTA 2º PAVIMENTO
LUZ QUENTE
A luz é considerada um elemento importantíssimo em qualquer projeto arquitetônico, sendo esta, um elemento que compôem todo o espaço, destacando produtos e mesmo iluminando ambientes específicos(BASE TCC1). Neste projeto propuz trabalhar com luminárias que, com lâmpadas quentes e neutras, estimulem e componham o ambiente ao seu uso específico. Conforme legenda observa-se que a luz neutra foi utilizada para ambientes que necessitam de uma iluminação para instimular e despertar o empenho dos funcionários, e para os outros ambientes utilizou-se a luz quente com pontos focais, que descaquem os produtos e trazem uma sensação de bem estar e conforto aos clientes, proporcionando um aconchego maior diante do layout proposto, com o intuito de fazer com que permanecam no local e consomem os produtos oferecidos na loja. Afinal de contas, quanto maior o tempo de permanência dentro da loja, maior será o consumo, e mais lucrativo será para os sócios. Esta é uma das principais idéias do projeto, além de toda a composição voltada a satisfação dos clientes.
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HELENO LUCAS - A INFLUÊNCIA DA LUZ NOS ESPAÇOS COMERCIAIS NOTURNOS
CORTE TRANSVERSAL 0,5
1
CORTE LONGITUDINAL 0,5
1
2
PLANTA TÉRREO *PLANTAS REFERÊNCIAIS
PLANTA 2º PAVIMENTO
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HELENO LUCAS - A INFLUÊNCIA DA LUZ NOS ESPAÇOS COMERCIAIS NOTURNOS
CHURRASQUEIRA E CAIXA NO HALL DE ENTRADA COM AS BANQUETAS
CORTE TRANSVERSAL
ESPAÇO COM OS FREEZERS DE BEBIDAS E CARNES E UTENSÍLIOS
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ESPAÇO VIP CLIMATIZADO COM ADEGA *IMAGENS ILUSTRATIVAS DO PROJETO
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26
Linha de Pesquisa
ARQUITETURA PAISAGÍSTICA
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KARYNE FRAGA RIBEIRO - PARQUE INTEGRADO
PARQUE INTEGRADO: PROJETO DE REQUALIFICAÇÃO DE VAZIO URBANO EM TIMÓTEO MG O parque integrado surgiu de uma valorizaçao de um vazio localizado na cidade de Timóteo MG que resultou em uma proposta de integração das praças dos bairros: Centro (coreto), Olaria, Funcionários e Timirim (coliseu) O projeto sucedeu do conceito de vazios urbanos baseado em alguns autores, entre eles: Rem Koolhaas que defendia que a criação de vazios no tecido urbano é o modo mais eficiente de inserir novos usos sem destruir o existente; Tranick que fala que existem cinco tipos de vazios intencionais na cidade, que são: espaços de passagem, pátios internos, quintais, ruas e praças, parques e jardins; e Nuno Portas que diz que a terra pode não estar literalmente vazia, mas sim desvalorizada, com potencialidade para outros fins de utilização. PROPOSTA PARQUE INTEGRADO
VAZIOS URBANOS A partir desses conceitos, concluiu-se que os vazios não são somente espaços vagos no interior da malha urbana, mas também são espaços que não possuem usos, podendo ser até mesmo um espaço edificado. O conceito de vazios urbanos está diretamente ligado ao usuário, pois um espaço, sendo ele construído ou não, se não atrair pessoas podem ser considerados vazios e acaba por perder o seu real significado arquitetônico.
Os vazios, ao se transformarem em espaços “ao nível dos olhos” pensados para o corpo, podem contribuir muito socialmente e serve para conceder significado para a cidade e para os que ali transitam. Se os vazios fossem pensados como parte integrante da cidade, seria um espaço utilizado por todos, ou seja, seria um espaço valorizado, visto como necessário e deixaria de ser um problema que permanece sem solução.
Karyne Fraga Ribeiro
28
karynefribeiro@hotmail.com
KARYNE FRAGA RIBEIRO - PARQUE INTEGRADO
VAZIOS URBANOS: REQUALIFICAÇAO ATRAVÉS DO PAISAGISMO O espaço urbano não se constitui apenas de planos horizontais e verticais, espaços cheios e vazios, mas também é um espaço de relacionamento humano, de trocas, memórias, sentimento de pertencimento, enfim, as relações humanas afetam e são DIAGRAMA: ESTUDO DOS VAZIOS NO CENTRO DE TIMÓTEO
afetadas pelos espaços. As pessoas se sentem mais atraídas por espaços públicos que possuem um bom visual e interações, daí vem à importância dos vazios com utilidade (vazios intencionais) para a cidade, como por exemplo, as praças (quando utilizadas), são espaços amplos, abertos, vazios (no
sentido
de
preenchimento
arquitetônico), porém providos de utilização e conexão com os cheios.
Quanto mais conectado e dotado de áreas verdes for um bairro, maiores tendem a ser os índices de caminhabilidade e, consequentemente, de atividade física e sensação de bem-estar. Se as pessoas caminham mais e passam mais tempo nas ruas, a tendência é que o bairro também se torne mais seguro. Isso porque as pessoas tendem a se afastar, de forma intuitiva, de lugares vazios. A presença de “outros”, mesmo que desconhecidos, acaba
com o vazio das ruas, tornando-as mais seguras e vivas. A arquitetura está presente tanto nos espaços cheios quanto nos espaços vazios, a partir do momento que possuem uma utilização, passa a ter um significado para o espaço em que se está inserido, a ser um espaço cheio de utilização e pertencimento; arquitetura é ordenação, disposição do espaço, que pode ou não implicar uma ocupação.
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KARYNE FRAGA RIBEIRO - PARQUE INTEGRADO: PROJETO DE REQUALIFICAÇÃO DE VAZIO URBANO EM TIMÓTEO MG
MAPA DE INTEGRAÇÃO DAS PRAÇAS E LOCALIZAÇÃO DO PARQUE INTEGRADO,
PARQUE INTEGRADO: PROJETO DE REQUALIFICAÇÃO DE VAZIO URBANO EM TIMÓTEO MG Após a análise da praça do coreto,
Praça do Olaria: predomina o lazer infan-
expandiu-se a zona de mapeamento num raio de
til; praça do coliseu: predomina o uso do espaço
2 km ao sul e outras praças foram analisadas de
para atividades físicas e eventos culturais como
acordo com seus usos, sendo elas: praça do
teatro, “batalha de poesias” e encontros religiosos;
Olaria, praça do Funcionários e praça do Timirim.
praça do Funcionários: predomina o uso do
Foram observadas outras características que
espaço para atividades esportivas, principalmente
predominam os usos de cada praça, além dos
por skatistas.
usos comuns como descanso, lazer, etc.
A integração das praças, se dão através da ciclovia que perpassa por elas e liga na parte central, área do Parque Integrado. Além da ciclovia, o Parque Integrado se liga com as outras praças pelas ações, os usos predominantes de cada praça
30
foram potencializados no Parque.
KARYNE FRAGA RIBEIRO - PARQUE INTEGRADO
O VAZIO O lote está localizado na esquina da Av. Alberto Batista Galo e da rua Trinta e seis no bairro Funcionários em Timóteo MG. Possui baixa iluminação e funciona basicamente como local de passagem, sendo que apresenta um potencial para vir a ser um vazio utilizado, por estar próximo ao centro comercial e contar com grandes fluxos tanto de veículos quanto de pedestres em suas redondezas. A proposta do Parque Integrado é de oferecer novos usos e torná-lo um local de vivências, consequentemente
passará a ser mais
seguro.
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KARYNE FRAGA RIBEIRO - PARQUE INTEGRADO
2
2
3
2
1
1
Espaço para atividades físicas
2 Jardim
5
3
Área de apoio (bicicletário e bebedouro) 4 Área infantil 5 Alameda frutífera (árvores frutíferas) 6 Pórtico de exposições artísticas e culturais
4
7
Alameda nativa (árvores nativas)
8 Área de jogos e pista de skate 9 Jardim
8
10 Área de descanso
8 7
14 o Córreg
9
9
11 Horta comunitária 12 Área de apoio (bicicletário e bebedouro) 13 Espaço reservado para uso da comunidade (plantio) 14 Área de reflorestamento e proteção do leito do rio 15 Ciclovia
10
11
15 13 12
32
KARYNE FRAGA RIBEIRO - PARQUE INTEGRADO
33
KARYNE FRAGA RIBEIRO - PARQUE INTEGRADO
CICLOVIA
CONCEITO O conceito do projeto foi baseado na integração. Integração das praças mapeadas, (através da ciclovia e do ressalto das principais características das outras praças no Parque Integrado) das ações, dos usos, da relação das pessoas com o espaço urbano e principalmente da relação das pessoas com os vazios da cidade.
34
Esse espaço então, se torna um vazio provido de utilização a partir do momento que passa a ser vivenciado. O parque possui elementos arquitetônicos e paisagísticos que “se comunicam” com os usuários, chamando a atenção para determinadas atividades do espaço.
Linha de Pesquisa
ENSINO E PESQUISA
DIÉSSICA COSTA - ENSINO E PESQUISA
ESCOLA -BOSQUE : MÉTODO DE NOÇÕES ARQUITETÔNICAS PARA A FASE INFANTIL. A proposta de potencialização
da
arquitetura
através
de
estratégias multissensoriais, surge no Escola- Bosque, como uma metodologia para a fase infantil, que insere na didática das instituições educacionais, noções básicas de arquitetura, como apropriação, pertencimento,semiótica etc.
Baseada em conceitos interdisciplinares, cria uma ponte com a psicologia, pedagogia, e práticas corporais, contribuindo para a valorização do espaço e seu entorno; propondo auxílio futuro á outras problemáticas atuais, como descaso patrimonial, mobilidade urbana, respeito ao meio ambiente, dentre outras. ESCOLA ONDE O PROJETO FOI DESENVOLVIDO.
Com o desenvolvimento da idéia, e a
Freire, situada no Bairro Aparecida do Norte
proposta de execução, ficou definido que a
em Coronel Fabriciano. A escola disponibilizou
metodologia seria aplicada para teste, em
três turmas de 05 anos, e suas responsáveis,
escolas que acolhessem alunos de 03 á 07
para a realização do teste, concluído no dia
anos de idade, e que possuíssem um perfil
14/03/17. As
mais aberto á atividades lúdicas e alternativas
dependências da escola, com iniciação dos
como complemento de sua didática. A insti-
conceitos, e no bosque do CAU, unileste de
tuição escolhida, foi a escola Municipal Paulo
Coronel Fabriciano.
36
atividades
iniciaram-se
Diéssica Costa diessicacristina91@hotmail.com
nas
DIÉSSICA COSTA - ENSINO E PESQUISA
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DIÉSSICA COSTA - ENSINO E PESQUISA
OFICINAS REALIZADAS: Oficina A | Do sentir: Nessa oficina, é trabalhada os sentidos de visão, haptico e audiçao, trazendo conceitos sobre ondas sonoras, paisagem, ouvir as pessoas e o entorno. Depois é proposto á elas, uma atividade que atrofie a visão( tampar os olhos e depois ouvidos) para que identifiquem objetos através do tato e da audiçao. Oficina B | O mundo em que vivemos :Trabalhados
conceitos
de
elementos
paisagísticos,
referências espaciais e escala, através de uma breve explicação e conversa com as crianças. Logo após elas confeccionam desenhos que tenham a ver com o que aprenderam , utilizando texturas, cores diferentes para APLICAÇÃO DAS OFICINAS NA ESCOLA PAULO FREIRE
representar o lugar onde moram.
Oficina C | Conhecendo o Bosque: Apresenta uma nova paisagem ás crianças para que possam através da junção de relatos relacionados ao lugar, criar laços e despertar curiosidade a respeito dele. Aqui as crianças recebem a imagem do local trabalhado e são convidadasá se imaginar nele, altern do a paisagem já existente, criando uma nova realidade Oficina D | O Bosque também é meu: Circuito guiado pelo(a) aplicador(a) das intervenções, ao lugar apresentado na oficina C. Permite a associação entre o conteúdo e a própria vivência. Oficina E | Taichi no bosque: Alia praticas corporais ao circuito guiado, seja qual for (Kun fu, taichi, yoga). Na aplicação do teste foi escolhido o Taichi , por ter movimentos leves e fáceis, permitindo o contato do corpo com a natureza, enquanto se observa o espaço. OFICINA F | Pintura com as mãos: Pintura das mãos em folha branca com apoio do(a) aplicador(a). Representa a particINTERVENÇÕES REALIZADAS NO BOSQUE CAU
ipação de cada criança e na modificação da paisagem. Depois as mãos são recortadas e
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expostas em lugar preparado anteriormente.
DIÉSSICA COSTA - ENSINO E PESQUISA
PÓS-OFICINAS | PRODUTO Após a aplicação das oficinas, foi feita a
os exercícios de TAICHI e planejam futuramente
análise de resultados, e percebeu-se que as ofici-
retornar com as crianças ao bosque da arquitetura.
nas e intervençôes, estimularam as crianças a
Todos esses relatos foram reunidos num acervo
participar de mais projetos relacionados á arquite-
digital e motivaram a criação de uma cartilha expli-
tura, e que todo o trabalho fez com que elas crias-
cativa, contendo o método, porém de forma
sem uma relação afetiva e simbólica com o
aberta e flexível, pssibilitando mudanças conforme
bosque e as atividades desenvolvidas. Outras
a necessidade de cada escola, e também referên-
questão relevante para o trabalho, foi que a escola
cias de apoio ao conteúdo. Toda a metodologia
adotou as práticas feitas á sua rotina diária, como
está detalhada no kit( vídeo e cartilha)
MODELO DA CARTILHA DISPONIBILIZADA
O conjunto do material audio visual contem a cartilha com especificações de cada oficna, material necessário e sugestões para a realização do método. O vídeo funciona como um a breve demonstração da aplicação e de como as crianças reagiram a cada oficina e um pós teste, com entrevistas e opiniões dos colaboradores. Especificações da cartilha: Papel triplex, formato A5 e impressão á laser.A cartilha também é disponibilizada de forma online juntamente com o vídeo. O intuito desse kit é ser vendido para o MEC, já que é um projeto que aborda atuais problemáticas da atualidade, visando o bem comum da sociedade num geral.
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DIÉSSICA COSTA - ENSINO E PESQUISA
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DIÉSSICA COSTA - ENSINO E PESQUISA
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JAÍNE LACERDA CARVALHO - O PAPEL DO ARQUITETO FRENTE A DEMANDAS POPULARES
O ARQUITETO COMO AGENTE TRANSFORMADOR É essencial o entendimento do planejamento urbano, pois assim é possível ponderar as condicionantes que colaboram com sua criação: a paisagem, a memória, a cultura e, sobretudo como se caracteriza cada local, sem que se rompam os principais símbolos que formam a identidade da cidade; e isso não diz respeito apenas à cidade, refere-se também às características de uma moradia e das pessoas que nela habitam. Trata-se do arquiteto
urbanista
como
agente
transformador, podendo sempre trazer qualificação para as moradias. A IMAGEM ACIMA SE REFERE AO TRABALHO DO ARQUITETO CHILENO ALEJANDRO ARAVENA, VENCEDOR DA EDIÇÃO DE 2016 DO PRÊMIO PRITZKER, DESTACANDO SUA CAPACIDADE DE AMPLIAR O CAMPO DE AÇÃO DO ARQUITETO PARA ALCANÇAR SOLUÇÕES QUE PERMITAM MELHORAR OS CONTEXTOS URBANOS E FAZER FRENTE À CRISE MUNDIAL DE HABITAÇÃO
Hoje no Brasil, ainda há um grande
A contratação de um profissional de
número de famílias, que embora possua meios
arquitetura possibilita o uso de materiais,
para construir suas moradias, sem depender
técnicas e soluções plausívies com o contexto
de aportes, optam pela autoconstrução, sem
social que cada indivíduo está inserido, além
nenhuma orientação técnica e/ou profissional,
de ser comprovada economia em obras que
como consequência da não contratação,
contam com a concepção de projetos feitos
acarretam-se inúmeros problemas na con-
por arquitetos.
strução ou reforma.
Jaíne Lacerda Carvalho
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jainelacerda@hotmail.com
JAÍNE LACERDA CARVALHO - O PAPEL DO ARQUITETO FRENTE A DEMANDAS POPULARES
CASA DONA DALVA- VILA MATILDE - SÃO PAULO. EXEMPLO DE DEMANDA POPULAR
DEMANDAS POPULARES A expressão “demandas populares”,
de estudar a fundo as particularidades se seu
pode ser caracterizada como a oportunidade de
cliente, para que as demandas sejam efetivamente
trabalho para profissionais de arquitetura, no que
solucionadas.
diz respeito a uma estabelecida classe social.
A prática arquitetônica usual se mostra
Se refere ao ganho financeiro que o cliente possui
ineficiente para atender essas demandas principal-
e contexto social em questão.
mente em
Trata-se de recursos econômicos e não econômicos, isto é, refere-se ao que o cliente
virtude do afastamento social existente entre clientes populares e arquitetos.
dispõe e que pode ser utilizado na construção, a
Alguns problemas como a funcionalidade
contar do começo da construção, até um reparo
da habitação, falta de ventilação e iluminação
de uma edificação, seja ela de uso residencial ou
naturais, excesso de ruídos oriundos do meio
comercial.
urbano, por exemplo, comprovam a necessidade
A arquitetura deve ser inclusiva e
de integrar o arquiteto e suas atividades técnicas
atender as particularidades de qualquer pessoa,
com a comunidade, pois é onde encontram-se o
família, ou cidade, independente de sua situação
maior número de demandas populares. E é primor-
socioeconômica, cultural e espacial.
dial que haja mudanças favoráveis para a popu-
Um dos pontos mais relevantes em relação ao papel do arquiteto, é a sua capacidade
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JAÍNE LACERDA CARVALHO - O PAPEL DO ARQUITETO FRENTE A DEMANDAS POPULARES
AUTOPRODUÇÃO NO BRASIL Autoprodução é a produção própria, que não segue regras técnicas. os moradores e construtores diretos tomam as decisões. Esse tipo de construção, em sua grande parte, apontam má distribuição dos ambientes, deficiência no método construtivo, problemas com iluminação, ventilação e saneamento, além de levarem em consideração a legislação, questões urbanísticas, como afastamentos, por exemplo. Há ainda problemas com os fatores econômicos e de planejamento. O afastamento entre a produção formal de moradias e a informalidade da autoprodução reflete a distância entre arquitetos e autoproIMAGEM DE AUTOPRODUÇÃO EM COMUNIDADE CARENTE
dutores populares.
Entre esses dois polos, há um verdadeiro abismo social. Para o autoprodutor, o arquiteto, cujo trabalho é projetar mansões e grandes construções, ainda é o profissional das elites. Já os autoprodutores precisam construir pequenas ampliações e resolver defeitos construtivos. Hoje, mais de 85% da população economicamente ativa no Brasil, que reformou ou construiu suas casas não utilizou serviços de um profissional tecnicamente habilitado. Essa população, acostumada com práticas informais, não se sente segura em contratar um profissional, cujo trabalho não conhece bem. Prefere solicitar seu correspondente mais próximo como um mestre de obras, um pedreiro, ou até mesmo amigos e vizinhos. Muitos acreditam que com o IMAGEM DE AUTOPRODUÇÃO EM COMUNIDADE CARENTE
dinheiro que gastariam contratanto um profissional, é um dinheiro que poderiam estar
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investindo em materiais para sua construção.
JAÍNE LACERDA CARVALHO - O PAPEL DO ARQUITETO FRENTE A DEMANDAS POPULARES
O MÉTODO como
A partir daí, o arquiteto determina quais
referência o método desenvolvido e utilizado
são as necessidades e desejos dos clientes.
pelo Arquiteto argentino Rodolfo Livingston
Livingston não criou o Método com o objetivo
(Arquitectos da Familia), que se caracteriza por
de atender pessoas de baixa renda. Sua ideia era
relações pessoais com seus clientes, a sua forte
criar uma estratégia que solucionasse os prob-
crítica no planejamento urbano, arquitetura e
lemas que a forma convencional não era capaz
bem-estar social em geral. Esse método conta
de solucionar.
O trabalho
realizado tem
com uma sucessão de técnicas participativas,
Entretando, a abordagem de Livingston,
que podem determinar de forma coletiva, as
mesmo não comprometida direttamente com as
necessidades soluções
de
uma
arquitetônicas
família,
buscando
classes populares, é a que mais se aproxima de
para
problemas
um ponto de partida para a crítica que se busca-
encontrados pelos usuários em suas moradias.
va empreender.
O método emergiu a partir de sua
Livingston acredita na importância da
ampla experiência no que diz respeito ao
participação da família em todas as etapas, e
âmbito popular, no entanto pode ser utilizado
defende essa participação.
em outras classes sociais, Esse método dispõe de série de encontros do arquiteto e da família.
RODOLFO LIVINGSTON APLICANDO SEU MÉTODO COM UMA FAMÍLIA ARGENTINA
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JAÍNE LACERDA CARVALHO - O PAPEL DO ARQUITETO FRENTE A DEMANDAS POPULARES
LOCALIZAÇÃO DA RESIDÊNCIA - RUA PADRE BENTO FERREIRA, 935 VIRGINÓPOLIS- MG
INFORMAÇÕES SOBRE O CLIENTE O cliente, Carlin é ajudante de pedreiro e sua esposa, Stela é caixa de supermercado e eles tem uma filha de 1 ano. O casal ganhou a laje onde estão construindo, dos pais de Stela. As paredes externas e algumas internas já estavam construídas quando ganharam. E para sair do aluguel, estão construindo o mais rápido possível, conforme a condição financeira de ambos.
INFORMAÇÕES SOBRE A OBRA Como grande parte dos brasileiros, o casal está construindo sem nenhuma ajuda profissional. Foram detectados vários problemas na obra, tais como de infraestrutura, ventilação, incidência solar, iluminação, falta de planejamento, que acabaram gerando atrasos na obra e gastos indesejados, conforme mostra as imagens ao lado.
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IMAGENS DA RESIDÊNCIA DO CARLIN
JAÍNE LACERDA CARVALHO - O PAPEL DO ARQUITETO FRENTE A DEMANDAS POPULARES
ESTUDO DE CASO
A primeirra planta é o desenho da casa como ela é, onde há problemas com a localização dos ambientes, onde quarto e sala se encontram na fachada oeste, a janela do banheiro social, tem saída para um quarto e para o banheiro da suíte. Falta iluminação natural no corredor de circulação. Não existe janela na cozinha.
A segunda planta é o desenho da casa como uma possibilidade de como ela poderia ser. Melhor disposição dos ambientes, quartos voltados para fachada leste. A área social acabou se tornando uma área integrada, onde o casal poderá receber os amigos. corredor de circulação. O banheiro tem localização que facilita seu acesso. Há iluminação natural em toda casa, podendo diminuir o uso de ilumnação artificial.
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RAGNER TOMPSON SILVA - VIRTUALIDADES E POÉTICAS: A NARRATIVA, O LÚDICO E O LUGAR
A ARQUITETURA NOS BASTIDORES DO VIDEOGAME: CRÍTICA, SEMIÓTICA E FENOMENOLOGIA
IMAGEM ILUSTRATIVA DO LIVRO VIRTUALIDADES E POÉTICAS: A NARRATIVA, O LÚDICO E O LUGAR - PRODUTO PROPOSTO PARA TRABALHO DE CONLUSÃO DE CURSO
“Para construir Hogwarts, a autora
“Existem diversos meios para se
J.K. Rowling não ergueu um tijolo se quer.
contar uma história. O cinema oferece o som
Mesmo assim ninguém ousa dizer que o cas-
e a imagem, mas diferentemente dos livros, no
telo não exista. A prova disso é que muitos já
cinema o telespectador é passivo, se o mesmo
estiveram lá, inclusive eu, frequentei a escola
se distanciar, a narrativa continua. O livro
de Hogwarts por sete anos. A capacidade para
espera a pagina ser virada, caso o telespecta-
descrever ambientes, cheiros e sensações.
dor não o faça, a história se interrompe. O
Demonstram que este lugar é muito mais real
videogame é como o livro e o cinema, os
do que muitos lugares. Hogwarts é mais lar
aspectos visuais são presentes, porém sua
para alguns que o próprio lar. ”
decorrência é dependente do jogador. ”
Ragner Tompson Silva
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ragnersilva@hotmail.com
RAGNER TOMPSON SILVA - VIRTUALIDADES E POÉTICAS: A NARRATIVA, O LÚDICO E O LUGAR
Em visão geral, como autor deste
capacitados a lidar com os espaços. Posiciono-me
estudo busco confrontar o emergente panorama
assertivo na crença de que a virtualidade do ambi-
dos espaços virtuais com a crítica da produção
ente não o excluí da categoria lugar. E em posição
arquitetônica contemporânea. Tenho defendido
de graduando em Arquitetura e Urbanismo, apre-
desde a elaboração do artigo “LET´S PLAY: O
sento aqui meu trabalho que pode ser brevemente
Arquiteto Urbanista nos Bastidores do Videog-
definido como uma coletânea das defesas dessa
ame”, realizado como proposta do Trabalho de
ideia. Aplicados ao ambiente do videogame,
Conclusão de Curso I, ambientes virtuais podem
fenômeno virtual do espaço onde o jogador/u-
ser campos fenomenológicos carentes das
suário tem sido cada vez mais influente.
preocupações de profissionais
IMAGEM ILUSTRATIVA DA APRESENTAÇÃO DO TCCI
Os estudos apresentados são fomenta-
a série The Legend of Zelda com aspectos e críticas
dos sobre pesquisas, experimentações e estudos
da arquitetura contemporânea. Os aspectos tradi-
de casos. Porém, busco definir um produto que
cionais da arquitetura na construção civil sedem
quebre as formalidades cientificas tradicionais
parcialmente espaço para a crítica, a observação
do ambiente acadêmico e venho interferir como
do fenômeno e o conjunto de símbolos que influ-
intermediário entre jogador estudante. Minhas
enciam a projeção deste campo. Estes são esten-
vivencias experimentadas nestes dois campos
didos aos espaços não físicos desenvolvidos por
são propostas de observações pessoais puras e
imensos mundos dotados de significâncias narrati-
fundamentadas pelo artigo mencionado ante-
vas. Poéticas virtuais apresentadas no videogame.
riormente. O trabalho reúne diversas comparações entre o ambiente virtual do videogame, majoritariamente
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RAGNER TOMPSON SILVA - VIRTUALIDADES E POÉTICAS: A NARRATIVA, O LÚDICO E O LUGAR
O proposito deste trabalho não é ter prazo determinado de ocorrência. As exigências acadêmicas e o desenvolvimento do produto que se configura no TCC são apenas os passos iniciais. Ser um livro inacabado é o verdadeiro objetivo que almejo. Configurar uma coletânea de ideias, informações, estudos e análises sobre as virtualidades, a narrativa e a arquitetura. Ou seja, esta etapa de trabalho é a continuidade direta do artigo apresentado
no
TCCI,
sendo
a
fase
responsável pela fomentação morfológica e estratégias de publicação deste produto. É intencionada a expansão deste trabalho para além dos limites acadêmicos, atingindo diverHOLOCAUSTO JUDAICO NARRADO PELA ARQUITETURA CONTEMPORÂNEA
sos públicos e campos de conhecimento.
O conteúdo e escopo deste produto é o que eu chamo de a tríade de fundamentação. Esta é composta da amarração entre a arquitetura, os aspectos criativos do ambiente de videogame e a narrativa. Dos diversos assuntos que poderiam surgir desta tríade, eu me limito neste primeiro momento, a tratar dos aspectos críticos e fenológicos que sombreiam a sociedade contemporânea e as suas ocorrências. Como autor, não abandono as diversas possibilidades que o presente trabalho pode gerar. Pelo contrário, por consciência sobre as diversidades que o assunto tange, intenciono a continuidade deste trabalho na vida profissional. As ambiências do videogame são confrontas as críticas da arquitetura e intermediada pelas suas narrativas, pois acredito que estes assuntos poderiam atingir os aspectos introdutórios para esta fase. A Arquitetura: Disciplina responsável pelo estudo dos espaços e lugares abrangendo tanto o contexto macrossocial ao micro relacionamento com o indivíduo. O Ambiente virtual/videogame: Emergente espaço não físico. Tem cada vez mais abrangido as diversas filosofias e atividades contemporâneas para o indivíduo e sua configuração social. GAME CHILD OF LIGHT E AS AMBIENTAÇÕES POÉTICAS NO ESPAÇO VIRTUAL
As
Narrativas: A capacidade de contar
histórias, ocorrências e situações engloban-
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do lugares e personagens atuantes.
RAGNER TOMPSON SILVA - VIRTUALIDADES E POÉTICAS: A NARRATIVA, O LÚDICO E O LUGAR
Virtualidades e Poéticas: A narrativa, O lúdico e O lugar, não deve ser encarado como coletânea de ideias inéditas. Uma vez em que se apoia em estudos científicos de prévios conceitos críticos sobre a função e a forma da arquitetura. Conceitos que estão enraizados nos no sociocultural contemporâneo que teve início nos tempos pós-modernistas. Para ilustrar como ideias surgidas no movimento pós-moderno são influentes para a coletânea que tenho apresentado, tomarei como base algumas das visões do crítico em arquitetura Robert Venturi. Surgido em 1960 nos Estados Unidos da América, a chamada Pop Art foi um movimento influente no modo de vida da sociedade. Esta pregava a exarcebação e consumo exagerado influente pela situação econômica desta época. Explicitando o poder americano, a popularização das HQs evidenciou esta mídia na comunicação e design atingindo assim a crítica da produção arquitetônica de Venturi. Trato dos jogos eletrônicos como a mídia de nossa época, VENTURI E A ARQUITETURA DA ERA DOS HQS AMERICANOS
assim como, os HQs foram para Venturi.
Um bom exemplo entre a aproximação da arquitetura e do urbanismo nas mídias alternativas é o livro Yes is More do Bjarke Ingels. Este arquiteto contemporâneo explicita seus interesses pelas artes gráficas, especificamente as histórias em quadrinhos. Yes is More foi concebido com o propósito de tratar de assuntos relativos ao mercado e a produção da arquitetura contemporânea, porém utilizando-se da estratégia gráfica das HQs. Ingels ocupa-se do design gráfico alternativo em mídias diferentes do tradicional usado na arquitetura, desta forma atingiu sucesso na implementação de suas ideias. Virtualidades e Poéticas referencia-se nesta ideia, na busca
YES IS MORE OS HQS COMO A CRÍTICA DA ARQUITETURA CONTEMPORÂNEA DO BIG
pela comunicação alternativa sobre a crítica arquitetônica.
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RAGNER TOMPSON SILVA - VIRTUALIDADES E POÉTICAS: A NARRATIVA, O LÚDICO E O LUGAR
Além do conteúdo, o conceito do jogo estende-se ao design deste produto. Torna-lo um livro não convencional é o propósito da morfologia que o concebe. Buscar uma simbologia que sutilmente evoca a imagem do jogo tem sito um desafio no processo de concepção.
Protótipo idealizado para banca intermediaria:
Protótipo idealizado para banca final:
Livro indivisível e mais robusto.
Livro divisível, permite facilidade na portabilidade.
EVOLUÇÃO DE DESIGN PRÉ E PÓS BANCA INTERMEDIÁRIA DO TCCII
Este produto segue o conceito da divisibilidade inspirado nos jogos de quebra-cabeça. O conteúdo, ou seja, os textos que carregam a crítica entre o game e a arquitetura é guardada nas diversas partes que este livro possa assumir. É essencialmente composto por um box maior com livros individuais contidos em seu corpo. Esta ideia permite a continuidade deste livro, uma vez em que novas atualizações são permitidas, novos conteúdos podem ser agregados ao box através de artifícios magnéticos.
Para concluir, o design visual deste produto é inspirado na dualidade do contraste entre o preto e o branco. A forma cubica dos jogos analógicos montaveis e dados, a repetição de cores como nos tabuleiros. A torre, o símbolo forte que vem acompanhando este trabalho desde o TCCI, pois é um elemento do xadrez e uma peça arquitetônica. Por fim, a possibilidade que o livro permite conteúdos atualizáveis é inspirado nos DLCs, mecanismo que possibilitam a atualização dos conteúdos em jogos eletronicos.
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CONCEITOS E JUSTIFICATIVAS DO DESIGN APRESENTADAS PELO PRODUTO
RAGNER TOMPSON SILVA - VIRTUALIDADES E POÉTICAS: A NARRATIVA, O LÚDICO E O LUGAR
LIVRETO DE CONTEÚDO TEÓRICO 2: O ARQUITETO DE HISTÓRIAS FANTÁSTICAS
CONTEÚDO TEXTUAL DE CADA LIVRETO Teremos em cada livreto um estudo crítico sobre a arquitetura em contraposto ao videogame. Neste material inicial, proposto como produto para o TCCII, o foco maior é nas narrativas e elementos dinâmicos que compõe o desenrolar do roteiro do videogame. Outro aspecto importante que tenho lidado neste conteúdo inicial é a interação entre jogador ambiente. É importante esclarecer, que para esta primeira abordagem, o game escopo estudado é The Legend of Zelda, seus elementos recorrentes durante os 31 anos da série e o mais novo subtítulo Breath of the Wild. A seguir apresento o conteúdo de cada livreto:
PREFÁCIO “Uma arquitetura que nasce sem narrativa é uma arquitetura natimorta. Simples construção, sem nome, sem proposito, sem personalidade. Como poderia tal obra sobreviver aos avanços do tempo, muda, silenciosa, sem contexto, sem conceito? Apenas um agregado de elementos inorgânicos...” CONTEÚDO INTEGRAL: https://ragnersilva.wixsite.com/virtualiepoetic/prefacio
O ARQUITETO DE NARRATIVAS FANTÁSTICAS “A junção de arquitetura e narrativas compreende bem o indivíduo encerrado no espaço, pois uma história só acontece quando existe o equilíbrio perfeito entre o lugar, o indivíduo e o tempo, mesmo que os percursos dessa narrativa permeiam os espaços imaginários, subjetivos e fantásticos. Onde estão os arquitetos do imaginário para os personagens idealizados?” CONTEÚDO INTEGRAL: https://ragnersilva.wixsite.com/virtualiepoetic/o-arquiteto-de-narrativas-fantastic
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RAGNER TOMPSON SILVA - VIRTUALIDADES E POÉTICAS: A NARRATIVA, O LÚDICO E O LUGAR
A LENDA DE ZELDA Se os profissionais da arquitetura são disciplinados para lidar com os aspectos imaginários. Se são eles formados para entender lugares e elementos que se iniciam apenas no mundo das ideias, de narrativas fantasiosas que se afloram das mentes mais criativas. Porque não a sua participação na construção de espaços imaginários, em terras de fadas, heróis e princesas? Poderia o reino de Hyrule ser sonhado por um arquiteto? CONTEÚDO INTERGAL: https://ragnersilva.wixsite.com/virtualiepoetic/a-lenda-de-zelda
“I CALL ARCHITECTURE FROZEN MUSIC…” ”A relação entre a música e arquitetura sempre foi intima, gostaria de exemplificar com os ressonantes órgãos de tubos preenchiam os distorcidos cenários barrocos e evocavam o medo do inferno. Ou a assepsia e melancolia do canto gregoriano nas grossas camadas de pedra das catedrais góticas.” CONTEÚDO INTERGAL: https://ragnersilva.wixsite.com/virtualiepoetic/i-call-architecture-frozen-music
TRINTA E UM ANOS EM HYRULE “A Lenda de Zelda caminha muito para além do imaginário do jogador. Em 2017 a série The Legend of Zelda completou 31 anos e ainda assim continua sendo premiado como um dos melhores games virtuais da história dos videogames. Não só nos aspectos tecnológicos o game é aclamado, sua maior força concentra-se na capacidade que encontra para contar a épica história sobre o reinado de Hyrule...” CONTEÚDO
INTEGRAL:
https://ragnersilva.wixsite.com/virtualiepoetic/trin-
ta-e-um-anos-em-hyrule
POSFÁCIO ”Desde o princípio, no tratado da arquitetura clássica idealizado por Vitrúvio, a arquitetura está diretamente associada as artes. Não só a arte mais também outros campos e ofícios. Dessa forma podemos reconhecer a arquitetura como um campo multidisciplinar.” CONTEÙDO INTEGRAL: https://ragnersilva.wixsite.com/virtualiepoetic/posfacio
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RAGNER TOMPSON SILVA - VIRTUALIDADES E POÉTICAS: A NARRATIVA, O LÚDICO E O LUGAR
CONSIDERAÇÕES FINAIS E REFERÊNCIAS Acredito que a complexidade deste trabalho o torne um produto difícil de ser compreendido. Por este motivo busco nestas limitadas páginas uma forma generalizada de demonstrar o quanto minhas intenções são fiéis ao proposito desta disciplina que visa atestar a aptidão do graduando na transformação para profissional. Sou motivado pelas minhas crenças, aos meus anseios e a minha necessidade de exploração. Por isso este trabalho é mais que o cumprimento de uma etapa, mas uma forma de expressar minha paixão por este campo que é a arquitetura e urbanismo. O videogame e seus ambientes mágicos e a capacidade do arquiteto de fazer “magica” para tornar reais ambientes imaginários. Estes aspectos que quero compreender, não só neste momento, mas para um futuro profissional. Mesmo que este seja um momento limitado e de prazos calculados, as minhas intenções são atemporais. Mas gostaria para este momento, agradecer a oportunidade por poder começar aqui tudo isso. Agradecer principalmente a minha querida orientadora a Mestra Amanda Machado que não só me orientou, mas que me encorajou a lidar com algo tão subjetivo, sem deixar que eu perdesse a coragem. E também a todos os demais professores que contribuíram com informações sobre o tema com materiais interessantíssimos. Gostaria de agradecer também aos meus colegas que foram positivamente influentes em todo o processo, demonstrando curiosidade e interesse que foram grande parte da minha motivação. No mais, espero que o que tenho a demonstrar na banca final seja algo que esteja nas expectativas dos que me apoiaram. Vocês foram minhas referências juntamente com os gigantes invisíveis Eisenman, Venturi, Pallasmaa e Ingels. Obrigado
TO BE CONTINUED... 61
SÃMELA MOREIRA - O TRAÇO CONTEMPORÂNEO
O TRAÇO CONTEMPORÂNEO: UMA ANÁLISE SOBRE A FAMILIARIZAÇÃO DO GRADUANDO EM ARQUITETURA E URBANISMO COM O CROQUI DE CONCEPÇÃO.
Esta pesquisa surge como resultado da vivência como graduanda do curso de Arquitetura e Urbanismo no Centro Universitário do Leste de Minas (Unileste) decorrente de um questionamento sobre o papel do croqui de concepção em meio a novas tecnologias e seu papel dentro do processo criativo. A essência do traço é investigada como ferramenta natural do homem e suas potencialidades. O resultado é direcionado ao graduando onde pontos chaves relacionados ao estímulo do croqui de concepção estruturam a proposta final de cunho ‘HANDS’ - EGON SHIELE (2000)
acadêmico.
Em um primeiro momento esta
O processo criativo e sua ligação
pesquisa teve como base uma análise sobre a
com o croqui de concepção são explorados
ligação das mãos, mente e traço. O instinto e a
como fatores relacionados a habilidades pura-
relação do homem ao decorrer de sua história
mente humanas, decorrente da análise de
trazem o expressar do traço como registros de
fatores que caracterizam as possibilidades de
uma cumplicidade encontrada desde interi-
automação. Fechando assim os três pontos
ores de cavernas contando histórias a esboços
principais tratados ao decorrer deste trabalho:
de ideias em um pedaço de papel avulso.
a identidade do traço, a criatividade humana e o estímulo dos mesmos como nossa ferramenta natural.
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Sãmela Paula R. Moreira samelapaula@gmail.com
SÃMELA MOREIRA - O TRAÇO CONTEMPORÂNEO
JOÃO DINIZ – JOÃO DINIZ ARQUITETURAS, 2002, P.31
O INSTINTO INVESTIGATIVO DAS MÃOS E A IDENTIDADE DO TRAÇO. O traço caracteriza-se como mecanis-
Sendo o croqui de concepção um pro-
mo de expressão do homem desde seus primór-
cesso de representação espontânea, seu papel no
dios. Ilustrações rupestres tornaram-se registros e
processo de criação torna-se uma forma de regis-
fontes de pesquisas, assim como na infância
tro, onde o arquiteto entra em seu mundo mental,
linhas e histórias surgem através de rabiscos em
unindo-se memória, percepção e sua identidade.
superfícies consideradas às vezes inadequadas.
O ato de esboçar, esquematizar e destrinchar
O anseio de registro e a sensação investigativa
ideias aleatórias em uma superfície caracteriza o
levaram o homem primitivo assim como a
instinto investigativo das mãos.
criança a uma tela não delimitada; assim, não por
As experiências, tentativas e erros fazem
mera coincidência, ao buscar acompanhar sua
parte do processo de criatividade. E quando se
fonte destes traços, a mente, ambos chegam a
trata de projetar, criar determinados espaços que
uma única ferramenta em comum, suas mãos.
serão vivenciados por outros, a busca por ideias e
Tendo ligação direta com o ato de expressar pensamentos, as mãos por muitas
soluções criativas deve ser o papel do arquiteto e urbanista.
vezes levaram o homem a descobertas e a possibilidades excêntricas de comunicação.
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SÃMELA MOREIRA - O TRAÇO CONTEMPORÂNEO
Certamente, a flexibilidade das mãos do homem tanto em sua mobilidade, capacidade de aprendizado e suas funções são extraordinárias.
Ao tocar em algum objeto
ou superfície, o homem apropria-se de sua essência e detecta suas características através das mãos, antes mesmo de formular um pensamento sobre tal elemento.
Assim como
ferramenta exploratória, a mão também exerce o papel de um ‘portal’ entre a mente humana e o registro destes pensamentos. As mãos do homem são verdadeiros espelhos ao mundo, através das mãos consegue-se caracterizar e analisar diversos fatos sobre seu portador. Expressões, marcas na LEE JEFFRIES - PORTRAITS OF THE HOMELESS
pele, calos e até mesmo deformações podem traduzir muito sobre a personalidade de alguém. Sentimentos como fé, ansiedade, força; posição social, estado civil e ocupação também são expostos a sociedade através das mãos. Ao iniciar um croqui, as intenções, percepção e o mecanismo das mãos tornam-se uma única entidade. Ao imaginar um espaço, suas texturas e objetos a mão toma partido sobre a criação, assim, em colaboração direta a imaginação, o desenho surge sincronicamente entre a imagem mental e o traçado das mãos. Tornando impossível decifrar a sequencia de surgimento entre concepção e intensão.
Ao contextualizar o uso do desenA arquitetura também é um produto das mãos sábias. [...] Ao longo dos árduos processos de projeto, as mãos frequentemente assumem as rédeas na investigação de uma visão, de uma vaga suspeita que em determinado momento se transforme em um esboço, uma materialização de uma ideia.
ho como forma de registro dentro da arquitetura, o traço do arquiteto-artesão na idade média ainda era reflexo de uma forma livre de expressão e sem regras, uma herança de figuras rupestres de seus antepassados. Este processo de criação onde o croqui de concepção é introduzido esta ligado a este momento investigativo primiti-
JUHANI PALLASMAA - As Mãos Inteligentes - 2013, p.17
vo, onde a mão é inserida como cumplice e auxiliadora da criação. A bagagem contida na mente do graduando passa a ser material
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para que as ideias surjam.
SÃMELA MOREIRA- O TRAÇO CONTEMPORÂNEO
UMA FERRAMENTA NATURAL:
. Já a segunda classificação, o robô, é descrita
Não se pode cogitar a concepção de um
como uma ampliação de nossas características,
projeto arquitetônico sem o auxilio de softwares
como mais força, rapidez e sem exaustão, tendo
em pleno século XXI. A substituição de ferramen-
como exemplo a memória de um aparelho celular
tas nos escritórios de arquitetura revolucionou
que, tendo como medida a memoria humana é
não somente a concepção de um projeto, mas
ampliada para que possa atingir números inimag-
também a forma individual de pensar e produzir
ináveis de armazenamento. Simplificadamente, as
ideias. O que se reflete na preparação do gra
ferramentas replicantes mostram ao homem
duando para um conhecimento voltado a essas
como ele é, já o robô, o que se pode tornar.
A FERRAMENTA ROBÔ TORNA-SE AUXILIAR AO SE CONSIDERAR AS HABILIDADES MANUAIS
ferramentas.
Ao analisarmos as ferramentas-espelho que com-
Sennett (2009, p.101) utiliza a expressão
põem o ofício do arquiteto urbanista é possível
‘ferramenta-espelho’ para classificar utensílios
avaliar o grau de substituição de suas habilidades
que segundo o autor traz ao homem a reflexão
por softwares. Desenhos técnicos podem ser pro-
sobre si mesmo. Estas denominadas ferramen-
cessados completamente através de programas
tas-espelho são separadas em dois tipos: o repli-
destinados a esta tarefa, inclusive portando-se
cante e o robô. O autor exemplifica sua classifi-
como robôs, onde sua precisão ultrapassa a do
cação, sendo o primeiro como o marca-passo,
homem. Incluem-se nestas ferramentas os soft-
como uma máquina que fornece energia para
wares capazes de criar espaços tridimensionais e
que o coração funcione como deveria ser
levar ao profissional e ao cliente uma visão mais
biologicamente. São ferramentas que imitam a
clara do espaço projetado.
ação do homem espalhando em nossas funções.
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SÃMELA MOREIRA - O TRAÇO CONTEMPORÂNEO
O GRADUANDO E O ESTÍMULO DAS MÃOS: A AUTONOMIA DO TRAÇO Ao iniciar um croqui, as intenções,
ias a uma análise externa pode leva-lo a uma
percepção e o mecanismo das mãos do gra
desistência a tentativas, abortando-se o uso do
duando torna-se uma única entidade. Ao ima
croqui de concepção em meio a outras ferra-
ginar um espaço, suas texturas e objetos a mão
mentas que, caracterizam-se por transparecer
toma partido sobre a criação, assim, em cola
uma aparência mais sólida de uma proposta.
boração direta a imaginação, o desenho surge
O USO DO CROQUI DE CONCEPÇÃO
sincronicamente entre a imagem mental e o traçado das mãos. Tornando impossível decifrar a sequencia de surgimento entre concepção e intensão.
Tendo como base o estudo sobre pontos importantes ligados ao papel das mãos
Durante o processo individual de
como ferramenta de criação, uma pesquisa dire-
criação, o graduando encontra-se em meio a
cionada ao graduando serve como ponto inicial
suas próprias referências e memórias. O pro-
para o desenvolvimento da atividade modelo
cesso que se inicia ao propor uma solução ao
denominada
que lhe foi imposto é composto por diversas
estímulo do instinto, reflexo e memória ligados a
fases, onde a incerteza, a insegurança e até
essência do croqui de concepção.
mesmo a não familiarização em expor suas ideOFICINA ‘DESMUNHECANDO’: ESTIMULANDO MÃOS E MENTE ( ATIVIDADE TCC I )
66
‘Desmunhecando’,
voltada
ao
SÃMELA MOREIRA - O TRAÇO CONTEMPORÂNEO
As atividades desenvolvidas e aplicadas objetivaram a familiarização do aluno com o croqui de concepção, apresentando de forma dinâmica os elementos que compõem a essência do traço. Sendo os pontos principais a ligação das mãos com a mente e seus instintos e aconteceram em quatro momentos: - Desmunhecar: Estímulo muscular das mãos. - Memória: Traço e memória são interligados em atividades que envolvem a ilustração de objetos e ambientes já não presenciados ATIVIDADES APLICADAS AOS ALUNOS NA OFICINA ‘DESMUNHECANDO’ - MEMÓRIA E DITADO
pelo aluno com o passar dos anos.
- Ditado em formas: Em grupo, alunos são expostos a um conjunto de palavras e estimulados a registrar de forma rápida os elementos. - Melodia em traços: Voltado para o instinto contido na ligação das mãos e mente, em uma folha em branco o traço acompanha a melodia.
DITADO EM PALAVRAS - ATIVIDADE VOLTADA PARA O ESTÍMULO DO REFLEXO DO TRAÇO
HEDWIG'S THEME - JOHN WILLIAMS
3 -LEÃO-RUA-SOL-ARAME-CONTROLE REMOTO-CRAVO-SORVETE-AMENDOIN-TOMADAGARRAFA-ESCOVA-CHUVA-COBRA-SOFÁ-DENTE-CALÇA-RABO-COPA-BICICLETA-BARRIU
A MELODIA EM TRAÇOS - ATIVIDADE VOLTADA AO ESTÍMULO DO TRAÇO INSTINTIVO
67
Em seguida foi realizado um levantamento relacionado ao ensino do desenho dentro da grade atual do curso. Após análise da pesquisa e este levantamento a proposta se fechou em um desenvolvimento de atividades voltadas ao estímulo e autonomia do aluno sobre a FERRAMENTA NA TURAL, onde a essência do traço foi priorizada a fim de contribuir pra a autonomia do graduando ao uso do croqui de concepção.
Este trabalho de finda como proposta de reestabelecer e levantar uma análise sobre o papel do croqui de concepção durante o processo criativo, voltado ao estímulo do graduando e sua autonomia sobre uma ferramenta caracterizada como natural ao homem, a mão. Torna-se necessária uma abertura ao pensamento crítico sobre quais ferramentas são auxiliares e quais são extensões naturais ao nosso pensamento, fonte de nossa maior ferramenta, a
68
ideia.
SÃMELA MOREIRA - O TRAÇO CONTEMPORÂNEO
Atividade ‘Identidade do traço’: A partir dos traços de uma melodia.
Mãos e traço como ferramentas naturais do homem e cumplices de criação Desenhos avulsos de alunos colhidos durante aplicação de questionários em sala de aula.
Oficinas e atividades com participação direta de alunos.
Traço, imaginação e manipulação (Desenhos traçados com linhas)
69
TAMIRES TUSCHTLER - MUNDO INVERTIDO: ACESSIBILIDADE DAS PESSOAS CANHOTAS NA ARQUITETURA
MUNDO INVERTIDO: ACESSIBILIDADE DAS PESSOAS CANHOTAS NA ARQUITETURA Os
canhotos
representam
uma parcela significativa da população mundial e por esta razão enfrentam dificuldades no uso de determinados produtos, uma vez que atualmente os comercializados
no
mercado
são
desenvolvidos para o uso de destros. Segundo os princípios de Design, em quaisquer âmbitos se pressupõe a utilização de uma diversidade de produtos que atendam comercial, estética e principalmente funcionalmente às pessoas com capacidades limitadas ou não, mais especificamente o público infantil, objeto deste estudo. A MARCA
Portanto, possuímos a necessidade
no âmbito do design e da arquitetura, afim de
de promover designs universais, sem sepa-
avaliar as necessidades e embasar possíveis
ração
soluções para os problemas na adaptaçao e
de
capacidades,
habilidades
ou
preferências de modo que todos possam utilizar sem dificuldades e limitações. Devido a isso, o presente estudo levanta e discute questões sobre a acessibili-
educação ao mundo destro. De acordo com Raymond (1996), 10% a 13% da população têm preferência no uso da mão esquerda, ou seja, são canhotos.
dade das crianças canhotas nas salas de aulas,
70
Tamires Tuschtler Ribeiro tamirestuschtler@gmail.com
TAMIRES TUSCHTLER - MUNDO INVERTIDO: ACESSIBILIDADE DAS PESSOAS CANHOTAS NA ARQUITETURA
DESIGN UNIVERSAL E ACESSIBILIDADE
CANHOTOS, ARQUITETURA E DESING Trata-se de uma parcela significativa que
necessários, no entanto, objetos manuais necessi-
é muitas vezes desconsiderada pela arquitetura e
tam apresentar-se aptos para o uso com as dife-
design sendo obrigados a fazer uso de espaços e
rentes mãos, direita e esquerda, o que deve ajudar
produtos que são criados para destros. Quando
na melhoria da acessibilidade e usabilidade dos
ocorre uma certa dificuldade ao usar produtos
produtos, minimizando assim os “atritos” entre
que não atendam a demanda, o certo seria
usuário e o produto.
empregar produtos em que seu uso possa ser
Nesse contexto, é grande o número de
benéfico, satisfatório e comerciável, porém um
obstáculos, complicações, adversidades, entre
produto
com
outros proble- mas que crianças canhotas são
princípios importantes, como: possibilidades de
forçadas a lidar ao praticarem algumas de suas ativ-
uso, flexibilidade, praticidade, acessibilidade,
idades no dia-a-dia. Muitos desses obstáculos
estética, tolerância para o erro, interação, entre
estão presentes na sala de aula e podem ocasionar
outros. Pois, pressupõe-se que a permissão do
em dificuldades de aprendizagem. A arquitetura e o
objeto para ser usado por destros ou canhotos é
design possuem uma grande responsabilidade e
a assimetria, porém nem sempre ela é levada em
desafio para apreender novos conceitos para algu-
conta.
mas complexidades, afim de propiciar adaptação,
comerciável
deve
cumprir
Para que o canhoto possa desenvolver suas atividades no dia-a-dia confortavelmente, a criação e acessibilidade de objetos específicos
conforto, função e estética aos usuários, favorecendo em sua evolução e educação.
71
TAMIRES TUSCHTLER - MUNDO INVERTIDO: ACESSIBILIDADE DAS PESSOAS CANHOTAS NA ARQUITETURA
A ergonimia é o estudo da adaptação do trabalho ao homem. A definição mais antiga é da Ergonomics Society, da Inglaterra: “Ergonomia é o estudo do relacionamento entre o homem e seu trabalho, equipamento, ambiente e particularmente, a aplicação dos conhecimentos de anatomia, fisiologia e psicologia na solução dos problemas que surgem desse relacionamento”. Contudo entende-se que a ergonomia estuda várias causas que induz na execução de produtos procurando minimizar os efeitos negativos sobre o usuário. Assim, ela procura reduzir fatores insatisfatóros, possibilitanto garantia e satisfação aos usuários, durante a relação com EFEITOS NEGATIVOS SOBRE O USUÁRIO.
os produtos.
A ergonomia é enfatizada no âmbito do trabalho, tendo em vista que no ambiente contemporâneo o design abarca todo o cotidiano, seja ele laboral ou não. Enfim, o design está presente na vida dos seres humanos com maior intensidade, ainda que o design nacional se difere bastante da concepção comercial dos países do cone norte, ou seja, não é acessível financeiramente a todas as classes sociais e está a serviço dos mais favorecidos. Espera-se que essa concepção seja revista entre os profissionais da área. É fundamental compreender o que é design universal e quais são os seus princípios básicos. Entende-se que “desgin para todos” é representado como intermédio sobre serviços, produtos e espaços com o objetivo de possibilitar a inclusão, independentemente de quaisquer circunstâncias. O design para todos pretende resolver problemas específicos em geral, tornando-se irrelevantes as questões que envolvem pessoas com incapacidades ou a outros grupos de populção. Entende-se que o produto precisa ser útil, funcional, estético e acessível no mercado e ao público, independentemente das habilidades desenvolvidas por cada usuário, atingindo uma grande variedade de pessoas de forma que sua utilização e adaptação atenda ás suas necessidades. E por fim, o design deve oferecer a dimensão e volumetria para o uso e interação apesar do tamanho, postura ou mobilidade dos usuários.
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TAMIRES TUSCHTLER - MUNDO INVERTIDO: ACESSIBILIDADE DAS PESSOAS CANHOTAS NA ARQUITETURA
Se por um lado os designers são capazes
Mediante a realização de pesquisa biblio-
de gerar conceitos criativos para novos produtos,
gráfica e de campo, que foi na Escola Municipal
por outro há cerca de 6 bilhões de pessoas no
Vereador Joaquim de Ávila Neto, em Coronel
mundo que têm suas próprias ideias sobre o que
Fabriciano-MG, afim de levantar dados para
gostariam. Assim, outra forma de gerar ideias para
idealizar a criação de um produto esfecífico que
produtos é descobrir quais são as necessidades e
atenda as expectativas e necessidades das crianças
os desejos do público.(RICHARD,2010).
canhotas dentro da sala de aula. Por esta razão,
No mundo contemporâneo as tecnolo-
preocupamo-nos não com o desenvolvimento de
gias são inúmeras e diversificadas e é pratica-
habilidades específicas, mas com o desenvolvi-
mente
estar
mento de certas atividades que são gerais ao
presente na pesquisa dos designer de forma con-
organismo. As mais importantes entre elas são a
tundente.
lateralidade e a direcionalidade.
impossível
a
lateralidade
não
CORPO DESIGN ERGONOMIA Segundo alguns arquitetos e designers
Estas
duas
funções
criança
mobiliário
postura
dependem
dos
renomeados como, Walter Gropius, Charles
padrões do movimento e da aprendizagem da pos-
Eames, Mies Van Der Rohe, Rem Koolhaas, Oscar
tura e dos ajustes de movimento.
Niemeyer, entre outros, observa-se que o âmago
Vamos querer favorecer o desenvolvi-
de cada conceito expressos ao longo da história e
mento motor da criança,mas vamos querer guiá-la,
em todos os tempos a preocupação com a socia-
também em direção a estas atividades mais gerias.
bilização dos seres humanos. Todos têm em
Observando as atividades que exigem
comum a ideia de equilíbrio no alcance e nos
mais esforço dos alunos, como escrever ou colorir,
usos de todas as coisas que permeiam o universo
são ações que necessitam o uso intenso do mo-
humano.
biliário, essas tarefas exigem maior conforto, ergonomia e estética, e são um dos pontos mais negativos que as
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TAMIRES TUSCHTLER - MUNDO INVERTIDO: ACESSIBILIDADE DAS PESSOAS CANHOTAS NA ARQUITETURA
professoras destacaram, visto que executar atividades em que o design do mobiliário não favorece pode causar qualquer lesão, devido à má postura ou mal-uso. O principal fator observado diz respeito à ergonomia e design, e foi identificado o fato dos alunos canhotos se inclinarem junto ao caderno. Além da questão do design tem-se que considerar a ambientação emocional onde o portador de lateralidade está sendo direcionado para alcançar a vida adulta sem distorções psicológicas. Embora este tema parecça relacionado apenas à psicologia é mais um fator no qual o designers deveriam estar atentos. Com a finalidade de melhorar as atividades exercidas por essas crianças, foi projetado um novo modelo de carteira escolar, que possa favorecer o indivíduo canhoto, amenizando suas dificuldades, ajudando no seu desempenho escolar, mas que também possa ser usufruído pelas outras crianças sem causar constrangimentos nas diferenças. CROQUI - PROJETO.
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TAMIRES TUSCHTLER - MUNDO INVERTIDO: ACESSIBILIDADE DAS PESSOAS CANHOTAS NA ARQUITETURA
O PROJETO
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TAMIRES TUSCHTLER - MUNDO INVERTIDO: ACESSIBILIDADE DAS PESSOAS CANHOTAS NA ARQUITETURA
cabeça esférica multifunção
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Linha de Pesquisa
MEIO AMBIENTE, PLANEJAMENTO URBANO E REGIONAL
JOSILÉIA BRIDI SCARDUA - MEIO AMBIENTE, PLANEJAMENTO URBANO E REGIONAL
ARQUITETURA DO PRAZER - HIVE
“Toda experiência comovente com a arquitetura é multissensorial; as características de espaço, matéria e escala são medidas igualmente por nossos olhos, ouvidos, nariz, pele, língua, esqueleto e músculos. A arquitetura reforça a experiência existencial, nossa sensação de pertencer ao mundo,
e
essa
é
essencialmente
uma
experiência de reforço da identidade pessoal. Em vez da mera visão, ou dos cinco sentidos clássicos,
a
arquitetura
envolve
diversas
esferas da experiência sensorial que interagem e fundem entre si.” (Juhani Pallasmaa, p. 39)
ARQUITETURA SENSORIAL
SENTIDOS FUNDAMENTAIS
pode ser sensorial,
Nós, seres humanos, temos cinco
pode tocar as pessoas a partir de uma experi-
sentidos fundamentais, são eles: audição, olfa-
mentação fora
do cotidiano dela, o corpo
tivo-gustativo, háptico, visão e orientação .
pode ser estimulado de outras formas. pelo
São eles que propiciam o nosso relacionamen-
espaço e pela arquitetura.
to com o ambiente. Com esses sentidos o
A arquitetura
nosso corpo percebe o que está ao nosso O espaço pode influenciar o corpo.
redor e isso nos ajuda a sobreviver e integrar com o ambiente em que vivemos.
Josiléia Bridi Scardua
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josyscardua@gmail.com
JOSILÉIA BRIDI SCARDUA - MEIO AMBIENTE, PLANEJAMENTO URBANO E REGIONAL
CÓLMEIA - SER CONSTRUÍDO POR TODOS, PROCESSO DE CONSTRUÇÃO CONTÍNUO, PONTOS QUE ESTIMULEM O CORPO
MEL - GOSTO, SENSAÇÃO DE TRANQUILIDADE, ALTERAÇÃO SENSORIAL, TEXTURAS.
HIVE Com o passar do tempo, o nosso cotidiano se torna não estimulador das sensações,
Os ambientes naturais proporcionam, despertam com muita facilidade o prazer nas pessoas.
os atos ficam muito automáticos, o
urbano já não estimula mais as pessoas, as
O QUE É O HIVE
construções, os locais passam despercebidos.
HIVE É UM BANCO DE DADOS - APLICATIVO
Diante dessa analise, foi feito a partir do meu
+
conhecimento pessoal, um mapeamento de
UM PROCESSO DE CONHECIMENTO E INCENTI-
alguns locais na natureza das cidades da região
VO
que nos proporcione esses estímulos.
ARQUITETÔNICAS + DIVULGAÇÃO)
A
EXPERIMENTAÇÃO.
(INTERVENÇÕES
Nasce assim O projeto HIVE, de um mapeamento das áreas proporcionadoras de prazer na
OBJETIVO DO HIVE
Região Leste de minas Gerais.
Ser uma forma de experimentação sensorial, valo-
O HIVE, projeto colmeia, tem por objetivo esti-
rização da região, valorização do individuo.
mular a população em geral a conhecer, visitar,
Pois o individuo quando atua ele vai construir a
os locais na natureza que são fáceis proporcio-
COLMEIA.
nadores de sensações. Colmeia, pois esse banco de dados poderá ser alimentado pela população em geral, a partir de suas experiências sensoriais.
79
JOSILÉIA BRIDI SCARDUA - MEIO AMBIENTE, PLANEJAMENTO URBANO E REGIONAL
PLACAS DE SINALIZAÇÃO DOS PONTOS MAPEADOS
80
JOSILÉIA BRIDI SCARDUA - MEIO AMBIENTE, PLANEJAMENTO URBANO E REGIONAL
MAPEAMENTO PARA IMPLANTAÇÃO DAS OBRAS EFÊMERAS INTERVENÇÕES ARQUITETÔNICAS PARA POTENCIALIZAR OS ESPAÇOS, AS SENSAÇÕES.
O local escolhido para se implantar as obras efêmeras é o - PERD - Parque Estadual do Rio Doce. Está localizado na Região do Vale do Aço, entre os municípios de Marliéria, Dionísio e Timóteo a 248 km de Belo Horizonte.
CONHECENDO O PERD O parque está inserido em uma região que se configura como o terceiro maior ecossistema lacustre do Brasil, perdendo apenas para o Pantanal e a Amazônia. Somente em seu interior, a unidade de conservação abriga 40 lagos naturais, dentre eles, destaca-se a Lagoa Dom Helvécio, com 6,7 Km² e profundidade de até 32,5 metros. As lagoas abrigam uma grande diversidade de peixes, que servem de importante instrumento para estudos e pesquisas da fauna aquática nativa. A Mata Atlântica, bioma que domina a unidade, é morada de animais ameaçados de extinção como a onça pintada e o mono-carvoeiro, maior primata das Américas.
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JOSILÉIA BRIDI SCARDUA - MEIO AMBIENTE, PLANEJAMENTO URBANO E REGIONAL
ATRATIVOS - Passeios de caiaque, canoa, barco a remo e motorizado; - Pesca; - Banho na principal lagoa do parque; - Trilhas próprias para os turistas; - Mirante onde se vê a riqueza natural do parque; - Centro de visitantes; - Capela; - Centro de Convenções; - Loja de artesanatos. ONDE COMER - Restaurante; - Preparar a sua própria comida nas áreas comuns. ONDE FICAR O Parque possui estruturas de hospedagem para todos os gostos. - Pousadas com diversas tipologias; - Alojamentos para pesquisadores; - Área de camping, com estacionamento, banheiros, áreas de convivência e churrasqueiras. MAPEAMENTO 1- Quantas pessoas visitam o PERD por mês? 700 em média Capacidade dia de 2.000 visitantes 2- Quem são essas pessoas? Estudantes, turistas, pessoas da redondeza 3- Qual valor é cobrado para a entrada no PERD? Para passar o dia é R$10,00 por pessoa. 4- As visitas são mais incidentes no fim de semana ou durante a semana? Durante a semana recebemos escolas em média 50 alunos por dia , totalizando em média 1000 alunos.
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JOSILÉIA BRIDI SCARDUA - MEIO AMBIENTE, PLANEJAMENTO URBANO E REGIONAL
OBRAS EFÊMERAS A ponte abaixo será construida na proposta 2 do PERD, onde se tem uma vista privilegiada do Lago Dom Hélvecio.
A ponte será construída sobre andaimes multidirecionais, com peças de 1 metro, sobre sapata fixa e uma base de concreto. Essa estrutura poderá ser montada em qualquer lugar e à alturas diversas, pois os andaimes são modulados. A mesma terá um percurso em tela de aço, transparência para causar sensação de adrenalina, redes de circo em dois pontos, provocando a sensação de liberdade, uma vez que a ponte estará a 18 metros do solo. Como estará na altura das copas das árvores, as pessoas terão diversas sensações, o vento, o ar, o tocar das folhas, o contato com os bichos, a visão do Lago. Todos os sentidos serão aguçados. Poderá ser transportada dentro de containers de 20 pés
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JOSILÉIA BRIDI SCARDUA - MEIO AMBIENTE, PLANEJAMENTO URBANO E REGIONAL
OBRAS EFÊMERAS O complexo de boias infláveis será implantada na proposta 1, na parainha do PERD. A proposta desse complexo de boias, fabricadas em plástico resistente para flutuar, velcros para acoplarem umas nas outras e redes navais e chamar a atenção para uma área degradada, pouco utilizada. Esse projeto de boias pode se montar e desmontar em qualquer lugar, fácil transporte e instalação. O objetivo desse projeto é aproveitar o potencial
hidrográfico,
possibiltar
novos
ângulos fotográficos, estimular o toque, a refrescância e o relaxamento em contato com a água. Toque, olfato, visão e audição serão de alguma forma aguçados. A liberdade de se desacoplar do complexo e nadar no lago, irá trazer a sensação de liberdade, o escoregar do tobogã, adrenalina.
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THAÍS CRISTINA DOS SANTOS COSTA - PLANO PARTICIPATIVO DE REQUALIFICAÇÃO URBANA
PLANO PARTICIPATIVO DE REQUALIFICAÇÃO URBANA DA OCUPAÇÃO TERRA DE CANAÃ. No ano de 2012 na cidade de Timóteo, localizada no estado de Minas Gerais, iniciou-se o processo de ocupação urbana organizada em assentamentos precários, as comunidades que ali se abrigam começaram a ganhar visibilidade e apoio de instituições como as Brigadas Populares, devido ao crescente número de moradores dentro dessa realidade. Tal situação é consequência de um histórico de urbanismo insuficiente que, durante o desenvolvimento das cidades brasileiras, não conseguiu responder a demanda de infraestrutura necessária, levando ao aumento do número da população em assentamentos precários. BRASIL
“O
urbanismo
planejamento
brasileiro e
(entendido
regulação
urbanística)
aqui
como
não
tem
comprometimento com a realidade concreta, mas com uma ordem que diz respeito uma parte da cidade apenas.” (MARICATO, 2000, p.122).
TIMÓTEO | MG
Ausência de políticas 81.243 habitantes
Crise urbana
IBGE 2010
públicas que garantam o direito à moradia da população de baixa renda.
FORMAÇÃO DAS OCUPAÇÕES “A população carente, por não ter lugar para morar acaba indo para beira dos córregos. Uma cidade mais democrática do ponto de vista da moradia é também uma cidade menos poluída e melhor de se viver.” (Sala de notícias, 2014. Desafios da cidade.)
OCUPAÇÃO TERRA DE CANAÃ | TIMÓTEO
Thaís Cristina dos Santos Costa cscthais@gmail.com
97
THAÍS CRISTINA DOS SANTOS COSTA - PLANO PARTICIPATIVO DE REQUALIFICAÇÃO URBANA
PROPOSTA
REQUALIFICAÇÃO X PARTICIPAÇÃO POPULAR Com o objetivo de solucionar os
Tendo em vista o aumento do número de
problemas ocasionados por esse urbanismo
ocupações urbanas na cidade de Timóteo e a
desenfreado
o Governo Federal desenvolveu
necessidade de trazer uma melhoria da condição
programas de políticas públicas, onde há um
de vida da população que vive nessas áreas,
conjunto de decisões, planos e ações voltados
propõem-se
a
para resolução de problemas de interesse público.
Participativo
de
Um dos problemas das políticas públicas de
Ocupação Terra de Canaã. Este plano consiste em
requalificação de ocupações urbanas é a ausência
ações, desenvolvidas através da participação da
da participação da população de forma efetiva
comunidade, destinadas a dar melhores condições
durante o processo, devido aos níveis de
à ocupação. A requalificação do espaço é buscada
manipulação por porte dos detentores do poder.
por meio da integração da área as necessidades da
De acordo com Aristoteles, “O homem é virtuoso quer governe, quer seja governado. [...] é cidadão
aquele
que
tem
capacidade
concepção
de
Requalificação
um
Plano
Urbana
da
vida contemporânea.
ONDE?
ou
Dentre as 8 ocupações urbanas existentes
oportunidade de participar do governo.”, portanto
na cidade Timóteo, foi escolhida a ocupação Terra
para que o processo de requalificação das
de Canaã, pois a comunidade dessa ocupação já
ocupações urbanas seja consolidado de forma
trabalha de forma organizada e estão engajados no
efetiva é necessário criar oportunidades para que
processo de luta pela moradia e direito à cidade.
a comunidade possa participar diretamente da
Além disso, o documentário Ouro em Pó,de Renata
realização do projeto.
Salas, feito dentro da ocupação,
é uma das
referências do projeto.
LINHA DO TEMPO | OCUPAÇÃO TERRA DE CANAÃ Início da ocupação
Processo de despejo
Suspensão
Terra de Canaã
vigente
porária do processo
ameça
a
retirada das famílas.
m a r. 2 0 1 2 As
instalações
2013
m a r. 2 0 1 5
de despejo.
2016
m a r. 2 0 1 7
Os moradores criam a
É fechado o acordo com o
própria
de
prefeito da cidade de Timó-
precarias, sem acesso
iluminação pública e
teo, que comprometeu-se
a água, luz e esgoto.
esgoto.
a regularizar a área.
comunidade
98
na
2014
são
rede
tem-
THAÍS CRISTINA DOS SANTOS COSTA - PLANO PARTICIPATIVO DE REQUALIFICAÇÃO URBANA
LOCALIZAÇÃO OCUPAÇÃO TERRA DE CANAÃ | TIMÓTEO
METODOLOGIA O objetivo da metodologia é entender, a partir da comunicação com a comunidade, as necessidades da ocupação. Sejam elas estruturais ou sociais, para que seja traçado um plano de ações na área. Para que a Plano seja realizado com a devida participação da comunidade, todas as etapas de trabalho serão realizadas por meio de oficinas. Estas oficinas tem como objetivo aproximar os moradores da ocupação do projeto, tornando-os parte ATIVA do processo.
ETAPAS DE TRABALHO Elaborar
as
formas
de
Mapeamento físico
abordagem a comunidade
sensorial da ocupação.
e cronograma.
e
Propostas de ações que serão registradas
no
Plano.
1 METODOLOGIA Levantamento
2 LEVANTAMENTO
3
MAPEAMENTO
4
DIAGNÓSTICO
5 PROPOSIÇÃO DE AÇÕES
dos
primeiros conceitos do plano
e
necessidades
básicas da comunidade.
Análise
dos
dados
coletados.
99
THAÍS CRISTINA DOS SANTOS COSTA - PLANO PARTICIPATIVO DE REQUALIFICAÇÃO URBANA
1. METODOLOGIA Para que o Plano de Requalificação fosse de de forma efetivo quanto a participação social, foi criado um cronograma sistemático das atividdes, que ao longo do processo foi modificado pela comunidade a partir da disponibilidades deles. A elaboração das oficinais e reuniões de planejamento, assim como apresentação do projeto para a comunidade fazem parte da metodologia de trabalho.
CRONOGRAMA MENSAL Metodologia
Levantamento
FEV.
Mapeamento
MAR.
Mapeamento
X
Diagnóstico
ABR.
Diagnóstico Proposição de Ações
MAI.
JUN.
1.1 APRESENTAÇÃO DO PROJETO A apresentação da proposta de projeto
Objetivos:
foi realizada através de uma reunião com apoio
1)Auxiliar na integração entre os participantes.
da coordenadora das Brigadas Populares do
Desenvolver a solidariedade e a força da união de
Vale do Aço, Flávia Nolasco. Neste dia foi
grupos;
distribuído o Termo de autorização do uso de
2) Perceber a importância do planejamento para
imagem, para que todas as oficinas pudessem
a resolução dos
ser registrada e a partir da disponibilidade dos
problemas e estimular o respeito à opinião do
moradores definirmos a data da primeira oficina.
outro.
Atividade realizada Dinâmica: Nó humano
22 Fev.
25 pessoas
40 min.
APRESENTAÇÃO DO PROJETO - OCUPAÇÃO TERRA DE CANAÃ | TIMÓTEO
100
THAÍS CRISTINA DOS SANTOS COSTA - PLANO PARTICIPATIVO DE REQUALIFICAÇÃO URBANA
2. LEVANTAMENTO 2.1 OFICINA 1: ENTENDENDO O PLANO Com
o
objetivo
de
introduzir
a
comunidade ao tema “ Requalificação Urbana ” a primeira oficina proposta foi dividia em 3 atividades: 1- O que é requalificar? Objetivo: ATIVIDADE 2 - ÁRVORE DOS SONHOS
Entender o conceito de requalificação urbana. Dados Coletados: Identificação
3 - Muro das lamentações
de
elementos
paisagisticos
e
Objetivos:
urbanísticos.
Perceber quais são os maiores desafios coletivos da
Discussão sobre a importância de áreas públicas e
comunidade que precisam ser solucionados para
moradia.
garantir melhor qualidade de vida às pessoas. Promover a organização do pensamento coletivo, visando um planejamento futuro. Dados coletados: Maior participação dos moradores /Recursos financeiros/ Estrutura emocional/socia/ Diálogo com a Prefeitura Municipal
ATIVIDADE 1 - O QUE É REQUALIFICAR?
2 - Árvores dos sonhos Objetivo: Fazer com que a comunidade possa sonhar com um espaço melhor para viver; Resgatar idéias comuns
para
melhor
qualidade
de
vida;
Organização do pensamento coletivo, visando um planejamento futuro.
ATIVIDADE 3 - MURO DAS LAMENTAÇÕES
Dados coletados: Creche/ Brinquedos / Asfalto / Coleta seletiva /
04 Mar.
09 pessoas
1h30 min.
Água e luz /Reflorestamento do córrego / Regularização / Arborização das ruas / Emprego/ Moradia/União da comunidade/ Respeito.
101
THAÍS CRISTINA DOS SANTOS COSTA - PLANO PARTICIPATIVO DE REQUALIFICAÇÃO URBANA
3. MAPEAMENTO 11 Mar.
18 Mar.
17 Mai.
24 Mai.
27 Mai.
Oficina 2
Oficina 3
Reunião
Oficina 4
Oficina 5
Passeio Guiado
Conhecendo o
Apresentação do
Percepção de
Ocupação sob
Objetivos:
nosso espaço.
processo de projeto
medidas
medida.
Estimular uma
Objetivos:
Para definir as
Objetivo:
Objetivo:
nova percepção
Conhecer os
próximas etapas do
Apresentar as
Fazer o mapea-
dos participantes
elementos que
Plano, foi apresen-
técnicas de
mento das medidas
em relação ao
compõe a zona
tado todo o proces-
medição para que
dos lotes e vias da
ambiente em que
urbana e identificar
so executado até o
seja possível
ocupação.
vivem com intuito
a presença desses
mês de Abril. A
realizar o mapea-
de despertar o
elementos na ocu-
partir dessa reunião
mento das medidas
senso de pertenci-
pação a partir da
as datas das próxi-
dos lotes da ocu-
mento e de
visão dos próprios
mas etapas foram
pação.
responsabilidade
moradores.
marcadas.
MAPA MENTAL DESENVOLVIDO PELOS MORADORES DA OCUPAÇÃO NA OFICINA 3
102 100
THAÍS CRISTINA DOS SANTOS COSTA - PLANO PARTICIPATIVO DE REQUALIFICAÇÃO URBANA
4. DIAGNÓSTICO 27 Mai.
31 Mai.
08 Jun.
Bate-Papo sobre Plano Diretor e o
Bate-Papo sobre Meio Ambiente
Oficina 6
Estatuto de Cidade.
Objetivo:
Maquetando (parte 1)
Objetivo:
O Arquiteto e Urbanista Itallo
Objetivo:
A Arquiteta e Urbanista Kênia
Campos e a Bióloga Daniellen
Barbosa esteve na ocupação para
Martins estiveram na ocupação
falar um pouco sobre o Plano
para falar um pouco sobre o Meio
elementos estruturantes para o
Diretor de Timóteo, esclarecendo
Ambiente e a importância da sua
Plano de Requalificação Urbana e
as dúvidas da comunidade e
preservação. Essa discussão foi
que serão implementadas após a
levantando pontos importantes
muito importante para a
sua finalização. A discussão foi
para o processo de elaboração do
sensibilização dos moradores e
dividida a partir de 6 temas, sendo
Plano de Requalificação Urbana.
para reafirmar a ideia de que
eles: 1) Elaboração ou modificação
Os moradores puderam entender
quanto maior a interferência deles
de
melhor o que o papel deles no
no meio ambiente maiores serão
Urbanísticas;
processo e a importância de
os problemas enfrentados
estarem por dentro das questões
Levantar
as
requalificação,
Leis;
que
2) 3)
ações
de
são
os
Intervenções Intervenções
Arquitetônicas; 4) Elaboração de
judicalmente , além de prejudicar a modelo de gestão; 5) Sistema de
relacionadas a legislação e direito à
condição de vida dos próprios
informação e monitoramento; 6)
cidade.
moradores.
Financiamento de ações.
103
THAÍS CRISTINA DOS SANTOS COSTA - PLANO PARTICIPATIVO DE REQUALIFICAÇÃO URBANA
5. PROPOSIÇÃO DE AÇÕES 12 Jun.
14 Jun.
19 Jun.
Oficina 6
Oficina 6
Oficina 6
Maquetando (parte 2)
Maquetando (parte 3)
Maquetando (parte 4)
Objetivo:
Objetivo:
Objetivo:
Continuar
a
discussão
proposições,
e
demarcação
das
das Continuar a proposições,
promover áreas
a
na demarcação
discussão e das
das
promover
a
áreas
na
maquete. Neste dia discutimos e maquete. Neste dia discutimos e
Finalizar
a
discussão
proposições de ação, com
aos temas:
4)
Elaboração
Financiamento de ações.
de
2) Intervenções Urbanísticas;
modelo de gestão; 5) Sistema de
3) Intervenções Arquitetônicas.
informação e monitoramento;
PRODUTO FINAL O resumo das informações levantadas no processo de construção do Plano Participativo de Requalificação Urbana da ocupação Terra de Canaã será apresentado á comunidade no formato de uma mapa de bolso, contendo o plano de ação e a descrição do proesso de elaboração do projeto.
104
a
discussão do último tema: 5)
demarcamos as áreas referentes demarcamos as áreas referentes aos temas:
das
IMAGEM ILUSTRATIVA DA REPRESENTAÇÃO DO MAPA DE BOLSO
Linha de Pesquisa
PATRIMÔNIO
ARYEN LEISY ALVES - AS RUÍNAS SUBMERSAS DE FURNAS: PLANO DE RABILITAÇÃO CULTURAL PARA O DESTRITO DE PONTALETE TRÊS PONTAS/MG
OS 2/3 A Hidrelétrica de Furnas foi um ambicioso plano para a geração de energia no país, que em nome do progresso afetou diversas comunidades da região sul de Minas Gerais. Pontalete é um pequeno distrito da cidade de Três Pontas, que em meados das décadas de 40 e 50 vivia um PONTE SUBMERSA REAPARECE EM ESTIAGEM. FONTE: EQUIPE POSITIVA
grande
avanço
econômico
geográfico e populacional. Contudo com instalação da Hidrelétrica de Furnas o Distrito perdeu 2/3 de seu território, e assim como outras comunidades do Sul de Minas Gerais teve que aprender a tirar proveito do lago para
sobreviver.
Deixando
grande
parte de sua trajetória histórica, submersas e condicionadas a um possivel esquecimento.
DEMOLIÇÃO DA PONTE DE MADEIRA. FONTE: ACERVO MINEIRO
Possuindo o entendimento que patrimônio cultural se trata de elementos
discutido entre os profissionais necessitando de uma maior abrangência deste tema.
culturais que agregam valor e auxiliam para a formação de determinada sociedade através de sua trajetória. Questões patrimoniais volta-
Pontalete
dos para Arquitetura e Urbanismo em áreas alagadas no país ainda é um tema pouco
Aryen Leisy Alves
106
aryen211@gmail.com
Três Pontas(Sede)
ARYEN LEISY ALVES - AS RUÍNAS SUBMERSAS DE FURNAS: PLANO DE RABILITAÇÃO CULTURAL PARA O DESTRITO DE PONTALETE TRÊS PONTAS/MG
2-Residência José Batista
5
3-Residência “Cartório”
1 2 3 4
4-Residência do Costinha Ponte 5-Cafezal
DIAGNÓSTICO DO LOCAL O distrito após a inundação teve de
Em realaçao ao seus patrimônios em
readaptar sua economia. Antes voltada para a
Pontalete, Três Pontas reconhece 4 residências
agricultura e comércio hoje a população vive
e o Cafezal desconsiderando a principal Ruína
da piscicultura e principalmente do turismo do
causada por Furnas. A Ponte de Concreto, inau-
Lago de Furnas. Contudo ainda muito tímido
gurada pelo entao governador do Estado de
não explorando todo seu potecial de rendda.
Minas Gerais Juscelino Kubitscheck, foi salva
Localizado a 24,4Km da sede Três
pelos moradores da inundação. Em épocas de
Pontas além da sua proximidade com outras
secas submerge, sendo utilizada pela popu-
cidades locais, Pontalete possui equipamentos
laçao e trazendo à tona uma parte importante
que atendem satisfatóriamente a população
da história local.
em dias comuns. Com uma via apenas fazendo a ligação à cidade os moradores utilizam um linha de ônibus, carros próprios, alugados para se locomoverem. A Balsa é o principal veículo que o distrito possui para coméricio e transporte de pessoas reforçando a utilidade e ifluência do Lago de Furnas na geração que nasceu juntamente com a intervenção teritórial que a Hidrelétrica causou.
107
108
ARYEN LEISY ALVES - AS RUÍNAS SUBMERSAS DE FURNAS: PLANO DE RABILITAÇÃO CULTURAL PARA O DESTRITO DE PONTALETE TRÊS PONTAS/MG
INTERVENÇÃO PARA A VALORIZAÇÃO CULTURAL DAS RUINAS DE PONTALETE Para sanas as necessidades descobertas durante este estudo, foi proposto um a intervenção em áreas estratéicas de Pontalete com o objetivo de gerar uma nova renda para a populaçao local e transformar a área em uma novo polo educacional. valorizandas ruínas MIRANTE E CENTRO DE EDUCAÇÃO E ARTES DE PONTALETE
como patrimônio histórico local com trilhas direcinadas à ela alem de passeios aquaticos próximos à área.
ENTRADA DO CENTRO DE EDUCAÇÃO E ARTES DE PONTALETE
PIER
IMPLANTAÇÃO GERAL
TEATRO
TRILHA
ÁREA DE APOIO
PONTE SUBMERSA
NOVO ESTACIONAMENTO NOVO PIER COM ÁREA DE ALIMENTAÇÃO
0M
50M
100M 150M 200M
250M
300M
109
GUILHERME MARTINS RODRIGUES - ARQUITETURA CENOGRAFICA
ARQUITETURA CENOGRAFICA Pode ser considerada uma manifes-
No artigo de TCC1, foi abordado sobre
tação espacial que transita na linha tênue que
a influência da cenografia no corpo humano
existe entre a arquitetura e a arte.
levando
em
consideração
conceitos
da
arquitetura e urbanismo contemporâneos. Para isso, a pesquisa descreve sobre o entendimento de cenografia, arquitetura de interiores, fenomenologia e semiótica. Traça um paralelo da história da cenografia desde o início da civilização, sobre as influencias arquitetônicas, manifestações urbanas e a aplicação no momento contemporâneo. A metodologia aplicada a pesquisa foi teórica
qualitativa
de
procedimento
exploratório, foi utilizado como estratégia de estudo a leitura de livros, artigos, dissertações e obras de referências. A pesquisa contribuiu para entender se através do auxílio de artifícios da arquitetura contemporânea os espaços cenográficos são capazes de causar estímulos corporais e emoções. GALERIA MIGUEL RIO BRANCO, DIÁLOGOS COM AMAÚ
O objetivo geral da pesquisa foi identificar
e a semiótica para entender como podem ser
como a arquitetura contemporânea pode
promotoras de valores, sensações e estímulos.
potencializar a produção da cenografia. Para
Além de entender quais os artifícios contem-
isso, será investigado como a cenografia se
porâneos podem ser utilizados para promover
relacionou com a arquitetura ao longo da
espaços cenográficos.
história, analisadas a ciência fenomenológica
Guilherme Martins Rodrigues
110
guilhermegmr@hotmai.com.br
GUILHERME MARTINS RODRIGUES - ARQUITETURA CENOGRAFICA
RUAS DE ÁGUEDA, PORTUGAL
RELAÇÃO DA CENOGRAFIA E A ARQUITETURA E SEUS CAMINHOS ATÉ AS DIMENSÕES CONTEMPORÂNEAS A cenografia palavra de origem grega skénegraphein, que em sua definição é “a arte e
suas necessidades, sendo ela funcional, estética, tecnológica e social.
ciência de projetar e executar a instalação de
A Por ter soluções muita detalhistas e que
cenários” (URSSI, 2009, p.14). Vitrúvio (1946)
se atenta também a pequenas escalas de projeto,
também define cenografia em sua quinta edição
a cenografia é constantemente associada a
do livro De Architetura como a arte de desenhar e
dimensão de interiores, entretanto, ela tem sido
compor lugares.
uma solução que é capaz de promover espaços
A arquitetura é definida por uma ciência
destinados a manifestações artísticas de caráter
responsável pelo planejamento e projetos de
efêmero criando um campo específico de atu-
edificações de diferentes ambientes para difer-
ação.
entes tipos de atividades, também é definida por
Eliminando as fronteiras dos espaços
Costa (1940) como uma arte compostas pelo
fechados, a cenografia tem chegado à escala
conjunto de princípios, normas, técnicas e mate-
urbana, provando que se tais técnicas forem
riais utilizados para projetar o espaço, visando
utilizadas em comunhão as questões sociais, ao
determinada intenção plástica.
urbanismo e a arquitetura podem promover
Dentre os diferentes tipos de seguimentos,
espaços capazes de instigar o corpo e a mente a
a arquitetura de interiores segundo Civil (2011) se
desejos, afetos, medos, e diversos outros senti-
define como arte de projetar espaços internos,
mentos.
sendo capaz de melhorar a relação do indivíduo ao seu ambiente baseado no conhecimento de
111
GUILHERME MARTINS RODRIGUES - ARQUITETURA CENOGRAFICA
CONCEITOS A cenografia palavra de origem grega
Dentre os diferentes tipos de seguimen-
skénegraphein, que em sua definição é “a arte e
tos, a arquitetura de interiores segundo Civil
ciência de projetar e executar a instalação de
(2011) se define como arte de projetar espaços
cenários” (URSSI, 2009, p.14). Vitrúvio (1946)
internos, sendo capaz de melhorar a relação do
também define cenografia em sua quinta
indivíduo ao seu ambiente baseado no conheci-
edição do livro De Architetura como a arte de
mento de suas necessidades, sendo ela funcion-
desenhar e compor lugares.
al, estética, tecnológica e social.
A arquitetura é definida por uma ciência
Há pessoas mais sensíveis ao sentido da
responsável pelo planejamento e projetos de
visão, e a essas a arquitetura deve comunicar a
edificações de diferentes ambientes para difer-
mensagem, porque a imagem é uma linguagem
entes tipos de atividades, também é definida
universal. Cada espaço tem suas peculiaridades,
por Costa (1940) como uma arte compostas
sendo necessária a aplicação de teorias para que
pelo conjunto de princípios, normas, técnicas e
os artifícios se torne algo tangível na produção,
materiais utilizados para projetar o espaço,
para isso temos o auxílio da fenomenologia e
visando determinada intenção plástica.
semiótica.
A fenomenologia interpretada como o ”espírito do lugar”, ou “a expressão máxima da influência da arquitetura no corpo”, é responsável por gerar emoções ligadas à nossa alma, dessa maneira ela é capaz de dar significado ao ambiente. A semiótica é a ciência que estuda os símbolos e signos, capaz de dar significados e sentido à linguagem e comunicação no qual está intimamente ligada ao homem. O signo é a junção desses aspectos que podem atribuir a relação do homem ao espaço. MUSEU DO HOLOCAUSTO BERLIM
112
GUILHERME MARTINS RODRIGUES - ARQUITETURA CENOGRAFICA
ARQUITETURA COMO ESTRATÉGIA EM GERAR ESTÍMULOS NO CORPO E ESPAÇO A proposta de TCC 2 foi desenvolver um projeto cenografico com o uso de artifícios arquitetônico, após ter feito mapeamentos o edifício a ser trabalhado será a Casa de Memória, localizado no município de Timoteo. A Casa de Memória foi criada por um processo de valorização cultural no município de Timóteo. Ela é um centro cultural e em suas instalações estão guardadas as histórias da cidade. É responsável pelos trabalhos de pesquisas históricas do município, inventários do acervo cultural, pesquisa e análise arquitetônica de bens móveis e imóveis, elaboração de dossiê de tombamento e educação patrimonial, realizada em colaboração com a comunidade. Tem por objetivos preservar a memória da evolução política, histórica e cultural do povo de Timóteo por intermédio de peças, documentos, fotografias, obras de arte, coleções científicas, objetos antigos, e outras formas que caracterizam a expressão cultural mineira, utilizando-os como instrumentos de educação e desenvolvimento.
FONTE AUTOR
Localizado na década de 50 na antiga rua dos Malaquias, mas hoje rua se chama Mateus Araújo, a casa era toda em construção de madeira, coberta de telhas cumbucas, com 8 cômodos, piso em madeira taco.
113
GUILHERME MARTINS RODRIGUES - ARQUITETURA CENOGRAFICA
Os elementos simbólicos têm um importante papel dentro da arquitetura cenográfica. Para produzir cenografia é importante compreender uma microescala, pois cada detalhe faz muita diferença na conformação total do espaço. Esse tipo de produção demanda de uma atmosfera sensível, sendo necessárias soluções especificas para o projeto. Existem artifícios da arquitetura
contemporânea
utilizados
para
potencializar a cenografia ao ponto de garantir uma forte comunicação entre corpo, tempo e espaço. As sensações no corpo podem ser estimuladas pelas cores sendo que cada cor possui um RAIOS EM TRANSPARÊNCIA DE REVERBERAÇÃO DE ONDAS SONORAS E FOCOS DE LUZ PARA DESTAQUE QUADROS
significado, em exemplo o verde que simboliza harmonia e equilíbrio. Além da cor, aplicasse
O layout do espaço é um elemento usado
junto outro elemento marcante, as texturas que
para estabelecer fluxo e influenciar na locomoção
proporciona volumes ao ambiente com possibili-
dentro do ambiente, o layout possui capacidade
dades visuais e táteis, potencializando as sen-
de envolver o ambiente com o usuário.
sações.
Outro artifício primordial é a iluminação, podendo ser aplicada de forma natural ou artificial, possui dimensão sensorial valorizando o espaço. A luz é a mais importante ferramenta na cenografia, ela influencia os outros elementos da arquitetura, ela induzir e potencializa os estímulos corporais. A luz transforma a capacidade de uso e apropriação dos espaços, possibilita o destaque de formas e texturas. O som possui uma ligação simultânea com a luz que atribui um suporte para o estimulo corporal, sendo capaz de motivar e definir uma ação em determinado tempo. Os efeitos sonoros, a frequência sonora e o volume do som, estabelece uma atmosfera combinada para a produção sensorial.
114
PROJEÇÃO MAPEADA NOINTERIOR DA CASA DE MEMÓRIA
GUILHERME MARTINS RODRIGUES - ARQUITETURA CENOGRAFICA
O objetivo é potencializar o local
tente a partir de novas percepções sensoriais,
com artifícios arquitetônicos estipulando
sendo uma forma de estimular as sensações,
um cenário com o tema que é abordado
onde cada pessoa experimentará e terá a sua
pelo local sendo "A história de nosso povo
própria memória para construir o seu significado.
é a memória de todos nós", na qual as pessoas possam vivenciar um espaço exis-
SALA EQUIPADA COM MONÓCULOS QUE POSSUEM FOTOS DE MOMENTOS IMPORTANTES VIVIDO PELAS PESSOAS DA CIDADE
115
RAQUEL SALAZAR RAMOS SILVA - HABITAR, AÇÃO QUE GERA HISTÓRIA
HABITAR, AÇÃO QUE GERA HISTÓRIA. O verbo habitar, envolve uma porção de
O processo de experimentação do espaço,
atos que dizem algo sobre quem somos. Este
vem acontecendo a muitos anos. O corpo
texto faz uma analogia do próprio habitar,
através de sua necessidade de sobrevivêcia, foi
com o que construímos a partir dele e adquiri-
desbravando uma grande porção espacial até
mos na busca por conquistas que estabelece-
descobrir que o que precisava, em meio a imen-
mos ao longo da vida. Assim sesndo, foram
sidão do mundo, era de uma pequena porção,
eleitas 08 (oito) palavras para serem associa-
que com o passar do tempo, denominamos de
das à nossa linha
casa.
tempo histórico e
cronológico. No contexto arquitetônico, o habitar envolve a casa, o corpo e quaisquer outras relações que constrímos ao longo do tempo. A primeira palavra a ser associada ao habitar, é “ESPAÇO”. Um geógrafo chines chamado Yu Fu Tan, estuda e trata do espaço de uma forma humanista e afirma “o espaço
PALEOLÍTICO NEOLÍTICO
PRIMEIRAS COMUNIDADES
transforma-se em lugar à medida que adquire definição e significados; o espaço é experimentado quando tem lugar para se mover.” Para ele a experimentação do espaço independe de pré determinações, levando em conta que o homem o pode fazer à medida
IDADE MÉDIA
ERA INDUSTRIAL
que vai se conectando com este espaço que esta sendo experimentado.
Raquel Salazar Ramos Silva
116
salazarramossilva@gmail.com
RAQUEL SALAZAR RAMOS SILVA - HABITAR, AÇÃO QUE GERA HISTÓRIA
Dona Maria Simões, primeira entrevistada e moradora
do
bairro
Morro do Carmo a 60 anos. “Esses amigos que moram aqui perto da minha casa, são a mesma
coisa
que
irmãos”.... “Esse lugar é Graça de Deus... Moro aqui a 60 anos, Eu gosto daqui, Eu quero morrer aqui!”
DEFINIÇÃO DE LUGAR COM AUTENTICIDADE E IDENTIDADE A PARTIR DE EXPERIMENTAÇÃO PURA DO CORPO NO ESPAÇO. A necessidade humana de se adequar no
A casa é o próximo passo no processo de
espaço onde habita, se torna evidente, quando
experimentação e reconhecimento do espaço.
principalmente na Idade Média a privacidade e
Esse passo, é o início de uma jornada cheia de
intimidade da casa começam a sobressair no
descobertas na qual iniciamos um processo de
meio social. “A casa é o lugar do homem no
enraizamento com o LUGAR, criando laços de
mundo, a primeira membrana do seu universo,
amizade e pertencimento que influenciam dire-
nela se retém muitas de nossas histórias e lem-
tamente o modo de habitar. Mas quando a CASA
branças,
objeto.”
é apenas casa, alguns sentimentos e ações
(Bachelard, 1989 p.26). Após a experimentação
importantes para definição de quem somos no
do ESPAÇO, o homem usa do seu “CORPO”
espaço onde vivemos, se perdem na cansativa
para defitinir o “LUGAR”, e assim é o espaço que
rotina do dia a dia, então o MORAR se torna
se condiciona às proporções e necessidades
vulnerável e se condiciona ao espaço, quando
do corpo que o experimenta, e o resultado
deveria se condicionar ao CORPO. É neste ponto
disto, são o surgimento de lugares habitados
que precisamos definir que CASA e LAR são duas
cheios de autenticidade e identidade.
condições diferentes do Morar.
em
cada
ambiente
e
117
RAQUEL SALAZAR RAMOS SILVA - HABITAR, AÇÃO QUE GERA HISTÓRIA
HABITAR EXPERIMENTADO
ESPAÇO SENTIDO
EXPLORADO
CORPO
O COMPORTAMENTO HUMANO SE TRADUZ EM USOS E HÁBITOS. CADA INDIVÍDUI POSSUI UM COMPORTAMENTO PARTICULAR QUE ESTARÁ REFLETIDO EM SUA LUGAR DE MORADIA.
FAZ PARTE DA
LUGAR EXISTÊNCIA.
CASA LUGAR DE ENRAIZAMENTO
NOSSO CANTO NO MUNDO
A PRIMEIRA MEMBRANA DO SEU UNIVERSO
LAR
IDENTIDADE
MEMÓRIA
FORMA DE PERPETUAR ARMAZENAMENTO
HISTÓRIA
118
CONDIÇÃO COMPLEXA QUE INTEGRA MEMÓRIAS, IMAGENS, PASSADO E PRESENTE. UM COMPLEXO DE RITOS PESSOAIS E ROTINAS COTIDIANAS QUE CONSTITUI O REFLEXO DE SEUS HABITANTES.
RAQUEL SALAZAR RAMOS SILVA - HABITAR, AÇÃO QUE GERA HISTÓRIA
1930
Construção da Estação Ferroviária e prestação de serviços nos arredores. Começa a surgir uma importante rede de comércio na região.
1937
Começa a surgir um aglomerado às margens do Rio Piracicaba, chamado Arraial do Calado.
1940, o bairro era apenas uma área isolada, porém o processo de exploração de carvão vegetal por parte da Belgo Mineira sem oferecer uma infraestrutura para os trabalhadores, impulsiona o crescimento do local que começa a ser habitado.
BAIRRO MORRO DO CARMO 1949
Emancipação da cidade de Coronel Fabriciano.
1920
Construção da Estrada de ferro que liga, Minas a Espírito Santo.
1930
Belgo Mineira localizada em João Monlevade, usa uma área em Coronel Fabriciano como ponto de apoio e exploração do carvão mineral
Grande porção da Mata Atlântica desmatada, no processo de exploração das minas e emancipação das cidades.
1944
Consolidação da Empresa Acesita na atual cidade de Timóteo.
1950
Usiminas Ipatinga
Vale do Aço
119
RAQUEL SALAZAR RAMOS SILVA - HABITAR, AÇÃO QUE GERA HISTÓRIA
“A história do patrimônio é a história da cosntrução do sentido de indetidade.”
METODOLOGIA
“Para que exista patrimônio é necessário que
01
REGISTRO EM FORMA DE DOCUMENTÁRIO.
02
APRESENTAR O DOCUMENTÁRIO À COMUNIDADE.
03
FAZER UM EVENTO ONDE ELES POSSAM, EXPOR IDEIAS QUE ENVOLVAM TANTO IDEIAS DE MELHORIA TANTO PARA O BAIRRO, QUANTO PARA A PRESERVAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS MARANTES DO BAIRRO.
ele seja reconhecido, eleito, que lhe seja conferido valor.” De acordo com o Iphan, para quem algo seja patrimonializado é necessário que exista um sentido e significado coletivo para o
que se queira patrimonializar. Neste
caso, levando em conta que “Como abrigo a habitação é uma extensão dos mecanismos corporais de cotrole térmico”, e cada indivíduo tem os seus próprios mecanismos, não se pode
01 Através da rua Vereador José Vieira Simões,
patrimonializar algo que seja vivenciado e sen-
procurei, pessoas que tivessem algum parente-
tido por uma população ao mesmo tempo,
sco com o nome. Então encontrei a Dona Maria
cada uma a seu modo, e ponto de vista.
Simões, que cedeu um depoimento completo de informações do bairro e sobre a sua história
PONTO DE PARTIDA
COLHER DEPOIMENTOS E RELATOS HISTÓRICOS DE MORADORES DO BAIRRO.
O relato das pessoas, será a forma mais clara e de uma linguagem mais cotidiana de apresentar aos moradores a riqueza que existe em suas memórias, e o quão importantes elas são para que a sua identidade não se perca no tempo.
120
de vida. Através do depoimento de Dona Maria, pude montar uma história fragmentada da cidade como também descobrir outras pessoas que como ela, contruíram seu patrimônio histórico, emocional e material no bairro. “essas pessoas que você viu aqui na porta de casa, são como imãos.”
RAQUEL SALAZAR RAMOS SILVA - HABITAR, AÇÃO QUE GERA HISTÓRIA
01 A segunda pessoa entrevistada foi Maria
Lúcia Teles, apresentou relatos importantes sobre o bairro e sobe sua história de vida. Seu pai foi o Senhor Raimundo Pipoqueiro, que ficou conhecido por toda cidade de Coronel fabriciano por vender pipoca por muitos anos na porta do cine Marrocos e anos depois na porta da igreja. “Aqui está toda história da minha vida, da minha família...”
que os mesmos pudessem expor opiniões, e relatar histórias ou sugestões de melhoria.
“Quanta coisa poderíamos estar revivendo, mas não podemos porque as pessoas quiseram mudar? a história se perde.”
01
“Essa família que existe aqui no bairro é bonito demais...”
Senhor Levi, hoje é um catador de latinhas e aposentado pela empresa ACESITA, tem uma longa história no bairro. Durante a entrevista ele relembrou de muitas amizades que fez no bairro ao longo dos anos que morou lá, e recordou daqueles que já partiram e marcaram sua vida de certa forma. “Eu cheguei no morro em 1970 e aqui não existia praticamente rua, existia estrada...” “As melhorias que o bairro teve, foi com esforço do vereador Tonhão...” “Eu encerro essa minha palestra pra vocês relembrando dos meus saudosos amigos. ” “Hoje o morro, em vista do que era antes, é uma cidade. ”
03
Em meio ao registro dos depoimentos, surgiu uma oportunidade de realizar juntamente com a aluna Luila Gomes, cujo tema do trabalho de conclusão de curso envolve também as mudanças ocorridas no espaço urbano por meio das história vivênciadas pelos moradores, uma reunião com os moradores do bairro para
O convite foi panfletado no bairro e compareceram os interessados. Não foram apresentados aos participantes, conceitos ou temas específicos, mas apenas foi dado a eles a oportunidade de falarem livremente o que quisessem falar sobre o lugar, ondem vivem. Assim, iniciou-se uma roda de conversa onde Dona Maria (a primeira entrevistada) começou contando sobre sua história de vida. O encontro foi surpreendente e ultrapassou as espectativas, muitos mencionaram a falta de uma associação de bairros, como também a presença de um vereador eleito no bairro, e o reforço da segurança juntamente com a construção de equipamentos de laser para crianças. Após a roda de conversas, pedimos que representassem em forma de um desenho ou escrita livre, o que consideravam mais marcante no bairro e sugestões de melhora.
121
RAQUEL SALAZAR RAMOS SILVA - HABITAR, AÇÃO QUE GERA HISTÓRIA
CAFÉ COM PROSA
LISTA DE PRESENÇA
122
RAQUEL SALAZAR RAMOS SILVA - HABITAR, AÇÃO QUE GERA HISTÓRIA
Leyse Nunes “O morro avançou muito , mas ainda tem problemas a serem resolvidos. Falta alguém pra tomar a frente e lutar por melhorias.” “Conhecer as pessoas trás segurança.”
Carla Gomes “Gostei do vídeo porque relembrei de coisas da minha infância, relembrei a bica, das ruas sem asfalto e das brincadeiras na rua. A associação de bairros promovia jogos, e faz falta.”
Weslene Rosa “Eu moro aqui desde pequena, amo esse bairro. Eu vi o vídeo e achei muito importante principalmente a auto estima dos idosos só de falar do passado ficam felizes.”
Marcilene Valadares “O vídeo me fez lembrar de quando eu vim para o bairro, as crianças brincavam nas ruas. Aqui era muito difícil, e hoje já tem muitas melhorias.”
123
RODRIGO HONÓRIO - COLÉGIO ANGÉLICA: USOS CONTEMPORÂNEOS DO PATRIMÔNIO CULTURAL
O COLÉGIO ANGÉLICA Fundado pelo Arcebispo de Mariana, Dom Helvécio Gomes de Oliveira, em 1950, o Colégio Angélica é uma instituição privada localizada no centro do município de Coronel Fabriciano, interior do estado de Minas Gerais, que fornece os ensinos fundamental, médio e técnico, além da educação infantil. Patrimônio cultural do COLÉGIO ANGÉLICA AINDA EM OBRAS, 1955.
município, o colégio se destaca por sua arquitetura singular na malha urbana da cidade, por sua tradição como instituição de ensino e por sua importância cultural para a formação da identidade e memória dos cidadãos fabricianenses. . A escola foi palco de festas, bailes, competições esportivas da cidade e celebração de missas da paróquia.
FDESFILE DE 7 DE SETEMBRO DO COLÉGIO ANGÉLICA, 1960.
Com sua arquitetura singular, em
Em dezembro de 2015 foi anunciado
estilo neoclássico, em março de 1997 a facha-
o tombamento municipal de todo o prédio e
da do colégio foi tombada como patrimônio
encaminhado junto ao poder público a solici-
cultural municipal, mantendo todo o projeto
tação de seu tombamento em âmbito estadu-
original. Os elementos de sua frente se repe-
al após uma visita do Instituto Estadual do Pat-
tem de forma simétrica e as janelas cobrem
rimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais,
quase todos os planos e possuem estrutura
vetando qualquer alteração em sua estrutura
em madeira.
física e retirada de bens materiais.
Rodrigo Honório
124
rodrigo.honoriio@hotmail.com
RODRIGO HONÓRIO - COLÉGIO ANGÉLICA: USOS CONTEMPORÂNEOS DO PATRIMÔNIO CULTURAL
FACHADA DO COLÉGIO ANGÉLICA, 2017.
OS PROBLEMAS ENFRENTADOS PELO COLÉGIO ANGÉLICA E A NECESSIDADE DA IDENTIFICAÇÃO DE NOVOS USOS O Colégio Angélica, nos últimos anos,
Teme-se que em um futuro próximo o
vem passando por seguidas ameaças de fecha-
uso se torne obsoleto e a edificação não tenha
mento e encerramento das suas atividades nor-
utilização, descaracterizando-a no seu sentido
mais. Os problemas financeiros e a necessidade
histórico e cultural.
de reformas do prédio colocam em risco a
O objetivo que se torna urgente é a
continuidade da instituição de ensino. Sem
identificação de novos usos capazes de preser-
conseguir se manter financeiramente, a preser-
var e garantir a continuidade desse patrimônio,
vação e manutenção da estrutura do edifício
aliado a estratégias de desenvolvimento local,
corre grande risco de não acontecer.
considerando as potencialidades do local onde a
Aliado aos problemas citados, há o
edificação está inserida.
fato do imóvel tombado ser de propriedade
Esses novos usos são importantes para
particular, o que torna questionável o investi-
incentivar as práticas ligadas à memória coletiva,
mento público direto em sua edificação, ainda
na tentativa de viabilizar o sistema econômico,
que esta tenha caráter de patrimônio coletivo.
utilizando como recurso o dinamismo cultural e
Atualmente, o Instituto Católico de
turístico.
Minas Gerais (ICMG), em acordo firmado com as Irmãs Carmelitas, garante a manutenção do colégio e das atividades normais.
125
RODRIGO HONÓRIO - COLÉGIO ANGÉLICA: USOS CONTEMPORÂNEOS DO PATRIMÔNIO CULTURAL
O COLÉGIO ANGÉLICA COMO POLO GASTRONÔMICO E CULTURAL DO VALE DO AÇO Assumindo que o Colégio Angélia precisa de uma requalificação, os novos usos necessitam potencializar o patrimônio cultural, além de gerar maior desenvolvimento sócio-econômico para a região. Diante de tal exigência, identificou-se os novos usos que vão responder da melhor maneira possível as demandas apontadas tanto na pesquisa do TCC, quanto no Plano Diretor do Município. A proposta é a concepção de um Polo Gastronômico e Cultural para o Vale do Aço que incorpore um leque de aspectos de natureza tecnológica, interativas e arquitetônica que venha fomentar uma marca que possa se tornar um porduto turístico reconhecido nacional e internacionalmente. Essa iniciativa alé de revigorar a preservação dos troços culturais do patrimônio, também propicia o desenvolvimento sócio-econômico da região. O polo gastronômico e cultural engloba todas as estratégias traçadas para a garantia que o empreendimento dê certo. A gastronomia é hoje um dos princimais motivos dos turistas virem ao Brasil. É tida como economia criativa e permite várias extenções, desde sua produção até o consumo final. O próprio ato de cozinhar está ligado diretamente com as raízes de um povo, sua identidade, grande atrativo para aprimorar a relação da comunidade com o patrimônio.
A requalificação urbana é, sobretudo, um instrumento para a melhoria da qualidade de vida da população, promovendo a construção e recuperação de equipamentos e infraestruturas e a valorização do espaço público com medidas de dinamização social e econômica, através de melhorias urbanas, de acessibilidade ou centralidade (MOURA, et. al., 2006).
126
RODRIGO HONÓRIO - COLÉGIO ANGÉLICA: USOS CONTEMPORÂNEOS DO PATRIMÔNIO CULTURAL
PROJETO: POLO GASTRONÔMICO E CULTURAL ANGÉLICA O patrimônio construído e preservado é um ativo urbano de fundamental importância para as futuras gerações. Um povo que não preserva sua história dificilmente conseguirá planejar o seu futuro. Algumas estratégias foram empregadas de modo que sua implementação venha conferir ainda mais notoreidade ao patrimônio trabalhado. Por exemplo, a retirada do gradil é ponto importante no projeto do novo uso,
GRADIL COLÉGIO ANGÉLICA
uma vez que a intenção é que os espectadores passem a ser potenciais usuários do local, assim retirar o gradil é como se fosse um convite aberto para que a população adentre o ambiente e participe das atividades que ali serão propostas. A continuidade da capela e dos seus elementos se mostrou de tamanha importãncia na pesquisa que ela não só continua no programa, mas também passa a ter papelfun-
CAPELA
damental para com os novos usuários. Já a quadra descoberta é importante atrativo para a comunidade, não só para a prática de esportes mas também para as atividades culturais já realizadas pelo colégio. Porém, será repaginada para incorporar as novas demandas provenientes dos novos usos. Entre outros.
QUADRA DESCOBERTA
127
RODRIGO HONÓRIO - COLÉGIO ANGÉLICA: USOS CONTEMPORÂNEOS DO PATRIMÔNIO CULTURAL
PROPOSTA: POLO GASTRONÔMICO E CULTURAL ANGÉLICA
IMPLANTAÇÃO
O programa dinâmico conta com três vetores, ensino (faculdade, tecnólogo, biblioteca, pesquisa), entretenimento (teatro, áreas verdes, horta, quadra) e serviços (bares, restaurante, lojas, comércio, café, feira). As novas edificações relacionam diretamente e criam novas maneiras de usar o patrimônio já reconhecido.
128
RODRIGO HONÓRIO - COLÉGIO ANGÉLICA: USOS CONTEMPORÂNEOS DO PATRIMÔNIO CULTURAL
PROJETO: POLO GASTRONÔMICO E CULTURAL ANGÉLICA
PLANTA QUADRA - CENTRAL DE ATENDIMENTO - 1º PAV. BIBLIOTECA -
PLANTA NÍVEL +6,00M - SALAS DE AULA - 2º PAV. BIBLIOTECA - COZINHA
SALAS COMERCIAIS. E APOIO
Projeto idealizado a partir da perspectiva de que os espaços devem se comunicar o máximo possível entre eles e com a edificação do prédio principal, além dos espaços serem multifuncionais e/ou mutáveis. PLANTA NÍVEL +6,00M - SALAS DE AULA
A biblioteca em dois pisos com a fachada em vidro voltada para o colégio cria a relação observador/observado, permitindo o contato visual, sendo guiado pelo corredor de salas comerciais e de apoio as atividades da faculdade. Todas as salas no miolo do terreno foram planejadas de modo a criar relação direta com as atividades exercidas na edificação principal. A quadra é ponto chave no projeto. Projetada bem na fachada da rua Angélica, permite que ela possa ter relação direta e idependente do resto do programa. Além de servir para a prática de atividades físicas dos usuários, também é local para as manifestações artísticas e culturais já realizadas pelo colégio, como a quadrilha, além de servir como espaço para a feira. Logo acima da quadra está localizada as salas de aula da faculdade e do tecnólogo. Foi criada uma segunda cozinha para as aulas práticas e para atender a demanda dos estudantes. Além de varandas projetadas para criar a relação dos estudantes com o restante do projeto.
129
RODRIGO HONÓRIO - COLÉGIO ANGÉLICA: USOS CONTEMPORÂNEOS DO PATRIMÔNIO CULTURAL
PROJETO: POLO GASTRONÔMICO E CULTURAL ANGÉLICA
PLANTA RESTAURANTE TÉRREO
PLANTA RESTAURANTE SUBSOLO
CORTE AA
CORTE BB
A estratégia de intervenção na estrutura do edifício principal do Colégio Angélica foi manter o máximo do original possível e somente intervir no que realmente é necessário para que o novo programa seja atendido. Assim, interviu-se apenas nas paredes internas do térreo e do subsolo, criando espaços mais espaçosos para atender as novas necessidades devido aos novos usos, como restaurante, cozinha, salas comerciais, salão de eventos, etc.
130
RODRIGO HONÓRIO - COLÉGIO ANGÉLICA: USOS CONTEMPORÂNEOS DO PATRIMÔNIO CULTURAL
PROJETO: POLO GASTRONÔMICO E CULTURAL ANGÉLICA
PLANTA TEATRO - BAR - JARDIM
CAPELA
O teatro é o grande equipamento cultural do polo. Projetado para atender uma necessidade antiga da região, decadente de equipamentos culturais, o teatro tem papel fundamental tanto na parte cultural, como econômica da região. O palco que abre para o jardim da fachada principal é o grande trunfo do teatro, é como um convite a comunidade a pretigiar uma obra a céu aberto.
131
Linha de Pesquisa
PROJETO DE ARQUITETURA DE EDIFICAÇÕES
BRUNA BENEDITO - COMUNIDADE JOÃO PAULO I: PROJETO DE REQUALIFICAÇÃO
COMUNIDADE JOÃO PAULO I: PROJETO DE REQUALIFICAÇÃO INTRODUÇÃO Após o modernismo e a renovação litúr-
to mais viáveis economicamente. Essas técnicas caracterizam os princípios
gica, a arquitetura religiosa assumiu características mais simples e desprovidas de ornamento.
modernos, criando assim uma nova linguagem
A modernização da igreja católica som-
arquitetônica. Além da perda de elementos
adas ao processo evolutivo da arquitetura gerou
arquitetônicos com a era modernista, houve
uma perda de elementos arquitetônicos nas igre-
também um grande afastamento dos arquitetos
jas e com isso perdeu-se também a qualidade
das obras, o que empobreceu a composição
nesses ambientes e seu real significado. Aspectos
dessas igrejas. Isso culminou para uma falta de pro-
estes fundamentais na concepção de espaços
jetos como referência de arquitetura religiosa, e
sagrados.
assim fez com que o perfil de arquitetura “sem
Na história da religião foram realizados diversos concílios, o mais recente o Concílio Vati-
significado” assumisse um papel nos edifícios igrejas.
cano II (1965), e seus documentos são válidos
Isso explica a relevância da arquitetura a
ainda atualmente. Este Concílio foi um grande
composição desses espaços, para que sejam pro-
evento da Igreja Católica no século XX, tendo
jetados com funcionalidade e que acolham a
como objetivo modernizar a igreja. O papa João
demanda de cada espaço.
XXIII convidou membros da igreja para vários
Estimulando a elaboração de projetos
encontros e debates no Vaticano, para discussões
dessas igrejas, ajuda-se na produção de um refer-
de temas pertinentes que envolviam questões de
encial que poderá futuramente servir de base para
uma igreja reformulada, como: rituais da missa,
entender de modo geral esses espaços religiosos
os deveres de cada padre, a liberdade religiosa e a
modernos. Assim, arquitetos serão norteados e
relação da Igreja com os fiéis e os costumes da
embasados nessas referências, podendo criar uma
época.
tipologia e arquitetura coerente ao significado de No século XX a arquitetura das igrejas
sagrado. Portanto, é pertinente o estudo e a forma
eram caracterizadas pelo fim do adorno e do
de conceber edifícios igrejas sob normas litúrgicas,
ornamento, levando a um perfil mais limpo e sim-
para garantir a inclusão e relação do usuário com o
ples nessas construções. As construções de igre-
ambiente. E a arquitetura faz parte disso.
jas com técnicas construtivas mais modernas, marcada pelo uso do concreto e do aço, são mui-
Bruna Letícia Aguiar Benedito abrunaleticia@gmail.com
133
BRUNA BENEDITO - COMUNIDADE JOÃO PAULO I: PROJETO DE REQUALIFICAÇÃO
REQUALIFICAR?
PORQUE?
O sentido da palavra “requalificar” na
A comunidade necessita de um espaço
arquitetura significa dar qualidade a um espaço.
adequado para acolher os membros da igreja. Esse
No projeto da Comunidade João Paulo I, requali-
espaço além de acolher a comunidade deve
ficar atribui a várias funções a ação de projetar.
expressar toda a crença e simbolismo presentes na
Como: restaurar a identidade dos espaços e seus
religião católica.
usuários, adaptação às novas necessidades e mel-
A proposta de projeto deve ser elaborada
horia nas condições de espaço, manter o valor
cuidadosamente para que exerca sua função de
histórico e cultural além de atribuir novas funções
igreja e que crie uma relção do espaço sagrado
ao edifício.
com o usuário, atenda a demanda da comunidade
O QUE É? Popor intervenções arquitetônicas no
e melhore as suas condições para que haja um espaço harmônico em sua forma, significado e espaço enquando sagrado.
espaço religioso, para a sua melhor condição,
O processo de requalificação pode resga-
requalificando-o em relação ao conforto, espaço
tar valores ocultos e que não são percebidos, além
e significado enquanto símbolo da religião católi-
de valorização da igreja na imagem urbana.
ca.
ONDE? IIgreja da Comunidade João Paulo I, na Rua Tambaqui, bairro Granjas Vagalume em Ipatinga.
134
BRUNA BENEDITO - COMUNIDADE JOÃO PAULO I: PROJETO DE REQUALIFICAÇÃO
SOBRE A COMUNIDADE JOÃO PAULO I No começo, os membros da comunidade se reuniam de casa em casa, fazendo orações e encontros religiosos. Logo após foi cedido aos membros, um espaço na sede de Vicentinos no Bairro Vagalume, para que pudessem ser realizatos missas e celebrações a comunidade. Em 2003, com várias doações e ajuda de membros da comunidade, foi iniciada a construção da igreja da Comunidade João Paulo I. Atualmente, a comunidade faz parte juntamente de mais de comunidade, que compõem a Paróquia Cristo Redentor, Diocese Itabira-Cel. Fabriciano, em Ipatinga.
Fotos da atual Igreja da Com. João Paulo I (2017)
SANTA PADROEIRA Nas Igrejas católicas é comum cada comunidade receber um santo como padroeiro, assim comemoram o dia com festas e rezam por sua interseção. Na comunida João Paulo I, a santa padroeira é Nossa Senhora de Lourdes. Santa que fez milagres no sul da França, fazendo brotar água da terra seca. A santa foi reconhecida em janeiro de 1862, mesmo sua primeira aparição tenha acontecido em fevereiro de 1858. A festa da padroeira
Nossa Senhora de Lourdes.
comemora-se em 12 de fevereiro na comunidade.
135
BRUNA BENEDITO - COMUNIDADE JOÃO PAULO I: PROJETO DE REQUALIFICAÇÃO
PROJETO DE REQUALIFICAÇÃO O projeto de requalificação da Comunidade João Paulo I consiste em uma série de intervenções com o objetivo de proporcionar melhorias a qualidade espacial da igreja, atendendo a demanda existente da comunidade e suas necessidade. No desenvolvimento do trabalho, uma de suas etapas foi a abordagem aos usuários da igreja. Processo esse utilizado como metodologia, onde foram realizados encontros e reuniões com a comunidade para o estreitamento das relções com os membros. Os assuntos abordados vão desde as dificuldade relacionadas ao espaço da igreja até um programa de necessidades atualizado que correspondesse a demanda da igreja. Dos pontos Principais foram colocados em pauta: um apoio para a igreja com salas, copa, banheiros; fachada; aumento da igreja; melhorias na qualidade espacial do local e acessibilidade.
Planta original da Igreja.
Planta projeto requalificação da igreja. Aumento da capacidade da Igreja - intervenção no espaço quanto a sua capacidade. Essa estratégia de projeto é necessária para acolher a demanda do aumento fiéis na comunidade, e para que os membro tenham mais espaço e conforto, além de poder receber futuros visitantes á comunidade.
136
BRUNA BENEDITO - COMUNIDADE JOÃO PAULO I: PROJETO DE REQUALIFICAÇÃO
PROJETO DE REQUALIFICAÇÃO
Espaços internos da igreja.
Espaço - No projeto há uma melhoria quanto a iluminação (natural e artificial) ventilação e acústica do ambiente. Essas modificações visam o bem estar de quem está presente dentro do espaço da igreja, além do conforto que garantem um bom uso e funcionalidade quanto ao espaço sagrado. Apoio - A igreja atualmente não possui uma estrutura adequada que a demanda exige. São salas para reuniões, cursos e catequese além de eventos patrocinados dentro do ambiente da igreja. É necessário que hajam salas arejadas e espaçosas, banheiros, cozinha, depósito e acessibilidade. Além desses espaços, a comunidade carece de uma sacristia melhorada, com pias, armários e banheiro para acolher o presidente das missas que acontecem no local. Foi previsto no projeto um elevador que desloca do térro para o primeiro pavimento para deficientes físicos e impossibilitados.
137
BRUNA BENEDITO - COMUNIDADE JOÃO PAULO I: PROJETO DE REQUALIFICAÇÃO
PROJETO DE REQUALIFICAÇÃO
Parte externa da igreja, fachada.
A fachada dos edifícios é como cartão
igreja que de acordo com ele não condiz com
de visita! Uma fachada bem planejada reflete
uma fachada que é relacionada a igrejas católi-
personalidade e e características sobre aquela
cas. O projeto consiste em projetar uma fachada
construção. Não muito diferente da fachada
que relaciose com a imagem e contexto urbano
das igrejas que tem a ver com identidade e
mas que tenha as caracteristicas presente nas
muitas são como marcos em determinadas
igrejas católicas , além de elemento estético essa
paisagens urbanas.
fachada funciona também como marco na
Um dos pontos principais falados nos
imagem da cidade, como nos tempos antigos
encontroa com os membros da comunidade ,
que as igrejas possuiam elementos altos para
houve uma queixa sobre a fachada atual da
servirem de pontos de localização das pessoas nas cidades.
138
BRUNA MAGRI - HABITAR O CENTRO
HABITAR O CENTRO: UM ESTUDO SOBRE O USUÁRIO, UNIDADE HABITACIONAL E MERCADO A cidade é o espaço onde aconte-
O Centro Norte em Timóteo, desde
cem simultaneamente uma infinidade de ativi-
seu projeto industrial até o panorama e mer-
dades, fluxos e processos variados. Entender o
cado atuais, com sua influência e hegemonia
centro como o local privilegiado desse
em relação às outras áreas da cidade, acarreta
espaço, o ponto do encontro, da troca, do
a dependência dos habitantes para com os
movimento, é compreendê-lo como articula-
equipamentos e serviços que ele promove.
dor da vida urbana.
PROPOSTA DE HABITAÇÕES NO CENTRO NORTE EM TIMÓTEO
O estímulo à habitação no Centro se
dades habitacionais dessa área é compatível
justifica primeiramente a partir da ideia de que
com o perfil dos usuários/habitantes interessa-
a habitação não é só a unidade habitacional,
dos em habita-la. Os resultados indicaram que
mas também o ambiente coletivo, a praça, a
o mercado para habitação se apresenta como
escola, o comércio. E morar no Centro Norte
uma
de Timóteo é, portanto, dinamizar as inevitabi-
necessária uma reformulação das propostas,
lidades do “habitar”. Para isso, foi realizado um
que preferencialmente desvinculem-se do
estudo para investigar se a atual oferta de uni-
padrão pré-estabelecido.
alternativa
promissora,
porém,
Bruna Magri brunamaagri@hotmail.com
139
era
BRUNA MAGRI - HABITAR O CENTRO
CONCEITO DO PROJETO: PATRIMÔNIO X CONTEMPORÂNEO Era necessário pensar em uma arquitetura que valorizasse e facilitasse a troca entre o habitante e o centro, já que o perfil do público identificado já possuia uma relação efetiva com a área devido aos postos de emprego, os estabelecimentos comerciais e de serviços que ela oferece. Um dos objetivos principais era pensar na cidade para seu habitante, levar em conta as especificidades das pessoas e do lugar, para que o indivíduo se reconhecesse na própria cidade. Além disso, outro desafio se fazia presente: onde intervir? O Centro Norte é uma das áreas mais adensadas e valorizadas de Timóteo, portanto a disponibilidade de lotes vazios não era uma alternativa possível. Para isso, foi adotada uma estratégia de aproveitamento de estruturas existentes para produzir novas habitações, além de possibilitar a implatanção do projeto em uma área estratégica, seria uma forma de nelhorar a superfície do patrimônio já edificado, uma forma de estabelecer vínculos entre o que já existe e o proposto. O local da intervenção foi definido através de um estudo sobre a paisagem, a história
ALAMEDA 31 DE OUTUBRO E SEU ENTORNO VISTOS DE CIMA
Inicialmente, uma edificação chamou a atenção: o prédio do antigo Cine Marabá, implantando na década de 1970 para abrigar o novo cinema da cidade, o projeto possui caracteríticas modernistas e abriga hoje vários estabelecimentos comerciais. Porém, ao lado do do antigo Cine Marabá, separado pela rua 6 de janeiro, se encontra o prédio do antigo Cine Acesita, fundado na década de 1960 e que hoje também abriga estabelecimentos comerciais. Apesar de épocas e padrões arquitetônicos distintos, os dois prédios são volumetricamente parecidos e historicamente vinculados portanto intervir nos dois juntos era uma forma de manter a harmonia da paisagem e valorizar e preservar sua história.
e o uso do Centro Norte. Diante disso, um elemento que deve ser destacado é a Alameda 31 de Outubro. Além de importante ponto nodal, esta via destaca-se também como elemento importante da paisagem local tanto por seu perfil
FOTO ATUAL DO ANTIGO CINE ACESITA (ESQ.) E ANTIGO CINE MARABÁ (DIR.)
diferenciado, quanto pela função do edifícios que a margeiam, muitos deles historicamente relevantes, como por exemplo a Fundação Acesita, o edifício residencial Pioneiros, o Colégio Dom Bosco (ginásio coberto), e os prédios do antigo Cine Marabá e Cine Acesita, que hoje são galerias comerciais.
140
VISTA DE CIMA DO ANTIGO CINE ACESITA (ESQ.) E ANTIGO CINE MARABÁ (DIR.)
BRUNA MAGRI - HABITAR O CENTRO
ESTRATÉGIAS DE IMPLANTAÇÃO: RELAÇÃO USUÁRIO E CIDADE - Primeiro pavimento destinado ao uso comercial, criação de um espaço público com
PERSPECTIVA EDIFÍCIOS CINE ACESITA E MARABÁ
EDIFÍCIO CINE ACESITA
EDIFÍCIO CINE MARABÁ
áreas verdes e vista privilegiada, potencialização do comércio e do fluxo de pessoas; - Os demais pavimentos de uso residencial, sendo que cada unidade possui uma varanda com área para jardim, o que permite diferentes relações com a paisagem; - Passarela de ligação entre os dois edifícios, além de permitir o trânsito de pedestres entre as galerias, cria uma espécie de alameda suspensa; - Presença do aço na nova estrutura, material vinculado à história e economia de Timóteo. O ritmo e repetição do novos pilares em harmonia com os existentes; - O nome dos edifícios será mantido como
DIAGRAMA SILHUETA PRÉDIOS EXISTENTES
“Edifício Cine Marabá” e Edifício Cine Acesita”, é uma forma de resgatar sua história e fortalecer o referencial simbólico dos prédios. PERSPECTIVA EDIFÍCIOS CINE ACESITA E MARABÁ
141
BRUNA MAGRI- HABITAR O CENTRO
PROJETO
PRAÇA SUSPENSA A idéia da criação da praça no primeiro pavimento vem da prosposta de potencializar os
RUA 6 DE JANEIRO
fluxos e usos já consolidados no centro. Os canteiros foram pensados para que criassem espaços de permanência e passagem estretégicos.
ALAMEDA 31 DE OUTUBRO
PRIMEIRO PAVIMENTO- COMERCIAL + ÁREA PÚBLICA 36 LOJAS
SEGUNDO PAVIMENTO- RESIDENCIAL 26 UNIDADES RESIDENCIAIS
142
BRUNA MAGRI- HABITAR O CENTRO
PROJETO
JARDINS No primeiro plano urbanístico de Timóteo, solicitado pela antiga Acesita para a implantação da Usina, em 1952, havia uma diretriz para que todos os lotes residencias fossem grandes o suficiente para que os moradores pudessem cultivar seus jardins. Os jardins foram pensados não só como elementos paisagísticos mas também como estretágia de resgate à história de Timóteo.
TERCEIRO PAVIMENTO- RESIDENCIAL 26 UNIDADES
QUARTO PAVIMENTO- RESIDENCIAL 26 UNIDADES RESIDENCIAIS
143
BRUNA MAGRI- HABITAR O CENTRO
PROJETO
CORTE
PROPOSTA DE HABITAÇÕES NO CENTRO NORTE EM TIMÓTEO
144
BRUNA MAGRI- HABITAR O CENTRO
PROJETO: TIPOLOGIAS RESIDENCIAIS
2º PAVIMENTO
3º PAVIMENTO
4º PAVIMENTO
TIPOLOGIA 1 APARTAMENTOS 02 QUARTOS- 56,39M²
2º PAVIMENTO
3º PAVIMENTO
TIPOLOGIA 2 LOFT- 43M²
2º PAVIMENTO
3º PAVIMENTO
4º PAVIMENTO
TIPOLOGIA 3 APARTAMENTO 2 QUARTOS- 58,55M²
145
BRUNA MAGRI- HABITAR O CENTRO
PROJETO: TIPOLOGIAS RESIDENCIAIS
2º PAVIMENTO
3º PAVIMENTO
4º PAVIMENTO
3º PAVIMENTO
4º PAVIMENTO
TIPOLOGIA 4 APARTAMENTOS 03 QUARTOS- 68,54M²
2º PAVIMENTO
TIPOLOGIA 5 APARTAMENTO 1 QUARTO- 38M²
2º PAVIMENTO
3º PAVIMENTO
TIPOLOGIA 6 APARTAMENTO 2 QUARTOS- 55,84M²
146
4º PAVIMENTO
CARLA BATISTA - ARQUITETURA PENITENCIÁRIA
O MÉTODO APAC
O método apaqueano parte do pressuposto de que todo ser humano é recuperável, desde que haja um tratamento ade-
A Associação de Proteção e Assistên-
quado. Para tanto, trabalha-se com 12
cia aos Condenados (APAC) é uma entidade
elementos fundamentais. Vale ressaltar que,
civil, sem fins lucrativos, que se dedica à recu-
para o êxito no trabalho de recuperação do
peração e reintegração social dos condena-
condenado, é imprescindível a adoção de
dos a penas privativas de liberdade, bem
todos eles, quais sejam:
como socorrer a vítima e proteger a sociedade.
Sua filosofia é ‘Matar o criminoso e
1) Participação da comunidade;
Salvar o homem’, a partir de uma disciplina
2) Recuperando ajudando recuperando;
rígida, caracterizada por respeito, ordem,
3) Trabalho;
trabalho e o envolvimento da família do sen-
4) Religião;
tenciado. O objetivo da APAC é gerar a
5) Assistência jurídica;
humanização das prisões, sem deixar de lado
6) Assistência à saúde;
a finalidade punitiva da pena. Sua finalidade é
7) Valorização humana;
evitar a reincidência no crime e proporcionar
8) A família;
condições para que o condenado se recupere
9) O voluntário e sua formação;
e consiga a reintegração social.
10) Centro de Reintegração Social – CRS (O CRS possui três pavilhões destinados ao regime fechado, semi-aberto e aberto); 11) Mérito do recuperando; 12) A Jornada de Libertação com Cristo.
REGIMES PENAIS FECHADO
SEMI-ABERTO
ABERTO
É o periodo de adaptação do apenado, além de poder cursar o supletivo e cursos profissionalizantes,realizam trabalhos internos, e oficinas laborterápicas
Cuida-se da mão de obra especializada (oficinas profissionalizantes instaladas dentro dos Centros de Reintegração
O trabalho tem o enfoque da inserção social, pois, o recuperando trabalha fora dos muros do Centro de Reintegração prestando serviços à comunidade;
Carla Batista carlacristinabatista@gmail.com
147
CARLA BATISTA - ARQUITETURA PENITENCIÁRIA
CENTRO DE REINTEGRAÇÃO SOCIAL APAC VALE DO AÇO O problemas relacionados ao sistema
de que na cidade de Ipatinga está em processo
carcerário brasileiro, hoje em dia, são muitos, e
de instalação um Centro de Reintegração Social
de complexa resolução, a metodologia APAC
baseado no metodo APAC. Meu TCC, tem como
por si só, não tem a pretensão e muito menos a
projeto uma unidade de CRS para a referida
capacidade de resolver, os vários problemas
cidade. As APAC´s são instaladas nas cidades
existente nas prisões brasileiras, porém em
mineiras atráves de uma parceria, entre as prefei-
comparação com as prisões convencionais, o
turas e o governo estadual, dentro do programa
que tem sido visto é um resultado muito positi-
“Novos Rumos”, que têm contribuído muito para
vo no que se refere a recuperação dos apena-
que a metodologia ganhe força no estado. Das
dos e consequentemente, isso reflete nos
aproximadamente cem unidades de APAC´s
numeros de reincidência criminal, que entre os
existentes no Brasil, trinta e nove são mineiras e
recuperandos da metodologia, tem mostrado
já se encontram em funcionamento e quarenta
numero bem baixos quando comparado ao
se encontram em processo de instalação. Dessas
sistema convencional. Sendo assim, devido ao
trinta e nove em funcionamento apenas sete são
sucesso da metodologia enquanto instrumento
femininas.
de reinserção social dos apenados, e pelo fato
COMPARATIVO ENTRE A APAC E O SISTEMA PRISIONAL COMUM
148
CARLA BATISTA - ARQUITETURA PENITENCIÁRIA
EQUIPAMENTOS DO ENTORNO
1- Unileste - Campus Ipatinga 2- Hospital Márcio Cunha Unidade II 3- Posto de Saúde Bom Retiro
LEGENDA:
4- AAPI - Associação dos Metalúrgicos Aposentados e Pensionista de Ipatinga 5- Escola Estadual Doutor Ovídio de Andrade 6- Industrial Esporte Clube 7- Área de Intervenção
149
CARLA BATISTA - ARQUITETURA PENITENCIÁRIA
INTENÇÕES DE PROJETO
ISOLADO
CENTRALIZADO de
Busca a aproximação com a
cunho penitenciária são instala-
sociedade, e também facilitar o
das em áreas periféricas da
acesso a unidade
Usualmente
edificações
cidade.
SIMILARIDADE
DIFERENCIAÇÃO
Os espaços geralmente projeta-
Diferencia os espaços con-
dos com foco na segurança, não
forme nível de acesso, diferen-
fazem diferenciação dos espaços
ciando assim, os espaços con-
conforme nível de acesso.
forme usos/público, promovendo uma sensação de bem estar.
EXCLUSÃO
PERMEABILIDADE
O isolamento não propicia uma
A própria metodologia permite
melhora nas relações, a falta de
que isso aconteça, a confiança
visibilidade excluí, e empurra os
em ter os apenados portando as
apenados cada vez mais para a
chaves, e o seu embasamento
margem da sociedade, não
na ajuda de voluntários permite,
contribuido
que a exclusão derivado do isol-
assim
ressocialização.
para
sua
amento seja amenizada, a permeabilidade vai além da arquitetura mais aberta e acolhedora e se move para as relações
150
CARLA BATISTA - ARQUITETURA PENITENCIÁRIA
LEGENDA: APP - Área de Preservação Permanente Rio Áreas Permeáveis Confrontantes
151
CARLA BATISTA - ARQUITETURA PENITENCIÁRIA
PERFIS
RIO PIRACICABA
PERFIL LONGITUDINAL A.A ESC. GRÁFICA
PERFIL TRANSVERSAL B.B ESC. GRÁFICA
152
CARLA BATISTA - ARQUITETURA PENITENCIÁRIA
PLANTA BAIXA EDIFICAÇÃO PRINCIPAL
LEGENDA: 1-Estacionamento Privativo 2-Estacionamento Público 3-Prédio Administrativo/Serviços 4-Bloco de Visitas Intimas 5-Bloco de Visitas Sociais 6-Bloco de Serviços Internos 7-Bloco de Dormitórios 8-Corredores Centrais 9-Auditório
153
CARLA BATISTA - ARQUITETURA PENITENCIÁRIA
PLANTA BAIXA EDIFICAÇÃO SECUNDÁRIA
LEGENDA: 1-Estacionamento Privativo 2-Bloco Serviços/Dormitórios 3-Jardim Central 4-Refeitório Coletivo 5-Quadra Poliesportiva 6-Lavanderia
154
DAYANE SILVA LACERDA - ARQUITETURA HABITACIONAL MÍNIMA FLEXÍVEL
ANÁLISE A RESPEITO DOS NOVOS MODOS DE VIDA E NOVOS MODOS DE MORAR
87m²
Anos 70
Anos 90 Anos 80
100m²
?
73m²
2010
2016
Anos 2000
72m²
2020/2030
59m²
50m²
PERSPECTIVA FACHADA EDIFÍCIO ELO.
A casa é o reflexo da cultura, da
Ainda que os grupos domésticos
sociedade e da identidade do indivíduo/u-
possuam perfis cada vez mais diversificados e
suário. Este, em constante mudança requer
cujo os estilos de vida apresentem uma grande
que a arquitetura o acompanhe, suprindo suas
variação, os desenhos dos espaços de morar
novas necessidades. No entanto, embora a
permanecem inalterados, sob a argumentação
população esteja em constante transfor-
de que se alcançou resultados projetuais eco-
mação, o ritmo das inovações, no que diz
nomicamente viáveis, que atendem às neces-
respeito a conformidade do espaço habitacio-
sidades dos moradores.
nal, tem se dado de maneira bastante lenta.
Dayane Lacerda dayanelacerda06@gmail.com
155
DAYANE SILVA LACERDA - ARQUITETURA HABITACIONAL MÍNIMA FLEXÍVEL
Sendo o arquiteto o responsável pela concepção do projeto de uma habitação, influenciando diretamente a vida dos habitantes, considera-se importante repensar o modo com que se dá este processo, analisando o modo de se projetar e para quem é projetado. O trabalho proposto aborda dois temas principais: O mínimo espacial e a flexibilidade na arquitetura. O mínimo refere-se ao dimensionamento de espaços habitacionais, visto que estes tem-se reduzido progressivamente [imagem 3] devido a uma série de moti-
NOVAS COMPOSIÇÕES FAMILARES INDIVÍDUOS EM CONSTRANTE TRANSFORMAÇÃO TODOS QUE ALMEJAM UMA ARQUITETURA VIVA QUE OS ACOMPANHE
vos: O inchaço dos centros
urbanos, que
acarreta carência de espaço para novas con-
2 - PÚBLICO ALVO DEMONSTRAÇÃO DA VARIAÇÃO DE GRUPOS DOMÉSTICOS AO DA VIDA
struções; A necessidade de lucro, fazendo
com que as construtoras optem por uma maior quantidade de unidades, consequentemente menores;
Busca por praticidade, uma vez que homens e mulheres possuem cada vez menos tempo para atividades domésticas; Redução do número de filhos por casal; Aumento do número de pessoas solteiras, divorciadas, ou que optam por morar só; entre diversas outras justificações, levando a crer na tendência de que o tamanho dos imóveis prossigam diminuindo. O tema é fundamentado no desafio de conseguir com o mínimo possível, que o espaço habitacional se adeque às necessidades dos seus habitantes e aos usos que poderão ser-lhes conferidos, de modo que, embora mínimos, sejam espaços agradáveis e compatíveis com seus moradores. O mínimo, entretanto, é totalmente relativo, seja ao usuário [imagem 2] , dimensão ou renda. Essa definição tem variáveis ainda socioculturais e comportamentais; altera-se com as mudanças na tecnologia, usos e funções dadas à moradia. Fonte: O Glo Planta b s feita o s a par tir
Graças à variedade de espaços de ex
emplo
s reais
de lanç
amen
tos na
87m²
Anos 70
s grand
es cap
itais b
rasileir
as no
?
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do.
73m²
Anos 90
Anos 80
100m²
períod
2010
72m²
2020/2030
59m²
50m²
estudo o conceito de flexibilidade, que permite uma diversidade de formas de uso, ocupação e organização do espaço, garan-
2016
Anos 2000
mínimos ideais possíveis, incorporou-se ao
tindo ao usuário a oportunidade de escolha, um espaço dimensionado adequadamente às suas necessidades, suporte às atividades distintas e desejos inesperados, atendendo além das exigências básicas cotidianas, toda a imprevisibilidade de fenômenos que o
156
acompanhará ao longo de sua vida.
DAYANE SILVA LACERDA - ARQUITETURA HABITACIONAL MÍNIMA FLEXÍVEL
EDIFÍCIO ELO INSERIDO NO LOCAL - AV. FERNANDO DE NORONHA, IPATINGA.
EDIFÍCIO ELO Representa a conexão entre o corpo e o espaço; o vínculo afetivo que se cria com o lar e ainda a união entre os moradores que esse edifício proporcionará.
O projeto é desenvolvido no município de Ipatinga, Minas Gerais, onde foi constatado
O Edifício Elo é um edifício multifamiliar, com habitações flexíveis que atendem à necessidade constante de transformação do espaço de habitar e a adequação às novas formas
de viver,
proposrcionando
maior
autonomia, satisfação e conforto do morador.
que o usuário apresenta novas tendências de morar, com perfis familiares diversificados. Entretanto, o espaço habitacional predominante
Cariru
Centro Horto
Bela Vista
ofertado na cidade não caracteriza uma tipolo-
Bom Retiro
gia mínima. Decorrente disto, verificou-se como Coronel Frabriciano
Imbaúbas
Av. Fe
tações de tipologia mínima com arquitetura
rna
de
No
ron
ha
a
na
Ru
flexível planejada especificamente à população
ndo
istó
Ba rba ce
Cr o vã
de Ipatinga, uma vez constatada a demanda no
s
Vis c
ue
q Já
. de
uma alternativa promissora, a proposta de habi-
ares
go Álv
município. Propõe-se ainda que o tema da flexi-
Ipatinga
Rua Dio
bilidade e sua aplicação sejam vistos como algo fundamental, objetivando uma arquitetura de melhor qualidade tanto para o usuário como para a cidade em que se insere.
Bom Retiro Brasil Minas Gerais
157
DAYANE SILVA LACERDA - ARQUITETURA HABITACIONAL MÍNIMA FLEXÍVEL
APARTAMENTOS
As unidades habitacionais do Edifício ELO são comercializadas em lotes, de forma que o proprietário possa organizar o layout como lhe for mais adequado, atendendo suas necessi-
TIPOLOGIA 1 - EXPANSÃO A 0
1
2
3
4
ÁREA CONSTRUÍDA: 45,70M² LOTE: 31,94M²
dades. São 3 tipologias de lotes: a tipologia 1 (Representada ao lado) possui 69,18m², a tipologia 2 (próxima página), tipologia
TIPOLOGIA 1 - EXPANSÃO B 0
1
2
3
4
ÁREA CONSTRUÍDA: 49,71M² LOTE: 21,51M²
3
60,44m² e a
(próxima
pagina),
70,63m². Cada lote possui uma construção mínima de 45,70m² (Tipologia 1) ou 43,95m² (Tipologias 2 e 3), onde as áreas molhadas e janelas são fixas, afim de
TIPOLOGIA 1 - EXPANSÃO C 0
1
2
3
4
ÁREA CONSTRUÍDA: 54,25M² LOTE: 16,28M²
manter a organização projetual do edifício como um todo. O restante das vedações internas são completamente flexíveis, ou seja podem ser retiradas, acres-
TIPOLOGIA 1 - EXPANSÃO D 0
1
2
3
centadas ou relocadas. Quando
4
ÁREA CONSTRUÍDA: 60,44M² LOTE: 9,86M²
não totalmente construído, o lote apresenta
um
área
livre
à
disposição do usuário, seja para atividades de lazer, integração social com o condomínio ou simTIPOLOGIA 1 - EXPANSÃO E 0
1
2
3
4
ÁREA CONSTRUÍDA: 62,99M² LOTE: 6,42M²
plesmente para ter o seu próprio quintal no edificio. Expansão Lote
TIPOLOGIA 1 - EXPANSÃO F 0
1
2
3
4
ÁREA CONSTRUÍDA: 69,18M²
158
Possíveis usos do lote
DAYANE SILVA LACERDA - ARQUITETURA HABITACIONAL MÍNIMA FLEXÍVEL
APARTAMENTOS
Com o intuito de auxiliar a comercialização e o consumidor, foram propostas diversas sugestões de layouts que podem possuir 1 ou 2 banheiros, 1 a 4 quartos, a possibilidade de 1 ou 2
TIPOLOGIA 2 E 3 - EXPANSÃO A 0
1
2
3
4
ÁREA CONSTRUÍDA: 43,95M² LOTE: 29,60M²
home
office,
acesso
espaços
independente,
com closet,
integraçao total ou parcial dos ambientes... resultando em mais de 400 possibilidades de layout TIPOLOGIA 2 E 3 - EXPANSÃO B 0
1
2
3
4
ÁREA CONSTRUÍDA: 57,38M² LOTE: 14,62M²
que estão disponíveis para consulta em:
TIPOLOGIA 2 E 3 - EXPANSÃO C 0
1
2
3
4
ÁREA CONSTRUÍDA: 51,17M² LOTE: 20,96M²
O site dispõe de infor-
TIPOLOGIA 2 E 3 - EXPANSÃO D 0
1
2
3
4
ÁREA CONSTRUÍDA: 61,97M² LOTE: 9,86M²
mações,
imagens
e
detalhes
sobre o edifício e conta com uma busca personalizada para que o consumidor encontre com facilidade a planta do apartamento TIPOLOGIA 2 - EXPANSÃO E 0
1
2
3
4
ÁREA CONSTRUÍDA: 62,68M² LOTE: 8,12M²
que mais se adeque à suas necessidades. Expansão Lote
TIPOLOGIA 2 - EXPANSÃO F 0
1
2
3
4
Possíveis usos do lote
ÁREA CONSTRUÍDA: 70,63M²
159
DAYANE SILVA LACERDA - ARQUITETURA HABITACIONAL MÍNIMA FLEXÍVEL
EDIFÍCIO O edifício ELO possui 10 pavimentos. O Térreo é destinado às áreas comuns, academia, salão de festas, DML, escritório ELO,
2
1
1
lojas, escritórios, áreas de convivência, bicicletário e hall comercial e residencial distintos. O 1º e 2º pav. são destinados à garagem, sendo, no total, 68 vagas; uma por apartamento sendo 6 apartamentos com 2 vagas cada. Do 3º ao 9º são pavimentos exclusivamente residenciais, sendo que em cada pavimento encontram-se duas caixas de escada, 4 elevadores, 2 apartamentos de tipologia 1, 4 apartamentos de tipologia 2 e 2 apartamentos de tipologia 3. PERPECTIVA LATERAL DIREITA EDIFÍCIO ELO.
160
2
2
3
3
2
DAYANE SILVA LACERDA - ARQUITETURA HABITACIONAL MÍNIMA FLEXÍVEL
EDIFÍCIO
Circulação Vagas Circulação Pedestres
Apartamento + área de lazer Apartamento + área de lazer Circulação
1º e 2º PAV. - Garagem
Circulação Apartamentos Área de expansão (Lote)
3º PAV. - Apartamentos com área de lazer
4º ao 9º PAV. apartamentos
Escritórios Permeável Academia Circulação Salão de Festas Bicicletário Lojas Hall DML Escritório ELO
Térreo
161
DAYANE SILVA LACERDA - ARQUITETURA HABITACIONAL MÍNIMA FLEXÍVEL
ESTRUTURA , CONFORTO
A fachada do edifício, apesar de naõ ser uma fachada completamente verde, faz uso de
E SUSTENTABILIDADE
plantas ao redor de toda a garagem. Além de contribuir para a estética do edifício,
as plantas
ajudam a equilibrar a temperatura, diminuir a poluição e bloquear o barulho externo.
PERSPECTIVA FACHADA TÉRREO E GARAGENS.
Uma vez que o edifício ELO possibilita a flexibilidade dos espaços, é fundamental uma estrutura que viabilize esta proposta. A estrutura do edifício é de concreto armado com lajes nervuradas. Esse tipo de laje além de permitir a liberação de grandes vãos, garantindo ainda mais flexibilidade, é versátil, tem alta durabilidade e permite um a maior economia. As vedações externas são de alvenaria comum, enquanto as internas são de draywall, material que garate modificações rápidas e com facilidade.
PERSPECTIVA FACHADA DETALHE BRISES MÓVEIS.
Para controlar a luz do sol e oferecer conforto térmico, brises móveis distribuem-se pela construção. Os painéis vasados não bloqueiam a ventilação cruzada existente, tornando as residências sombreadas, ventiladas e naturalmente agradáveis.
PAREDES INTERNAS DRYWALL PAREDES EXTERNAS ALVENARIA
162
DAYANE SILVA LACERDA - ARQUITETURA HABITACIONAL MÍNIMA FLEXÍVEL
VIABILIDADE ECONÔMICA
serviços que o edifício ELO apresenta sobre os demais. Apartamentos com qualidade espa-
Uma das propostas do edifício ELO é
cial, totalmente adaptáveis, com ótima local-
mudar o paradgma de muitas construtoras, de
ização e infraestrutura e dentro do valor do
que um edifício diferenciado não é rentável e é
mercado. Ainda sobre valores, a construtora e
inviável economicamente. O edifício ELO é
incorporador tem 30% de lucro nessa obra.
capaz de atender à grande maioria, se não
Independente do quanto o proprietário resol-
todos, os usuários se tratando de funcionali-
va construir em seu lote, o lucro é o mesmo.
dade e qualidade espacial. Quando se trata de
Por fim, com tantos benefícios, as vendas
valores não é diferente; Os apartamentos (lotes)
seriam rápidas, sem riscos.
variam entre R$248.000,00 e R$315.000,00, já que cada expansão e tamanho contruído de
Todos os valores e mais detalhes constam no site Edifioelo.tk
venda possui um valor diferente. Esse valor encontra-se dentro da média dos edifícios em lançamento na região. E importante observar, entretanto, as inúmeras vantagens, facilidades e PERSPECTIVA FACHADA EDIFÍCIO ELO.ASDIADOIQHW,
163
ERIK DE ALMEIDA AGUIAR - IPATINGÃO ARENA
O CONCEITO DE ARENA MULTIUSO APLICADO AO ESTÁDIO JOÃO LAMEGO NETTO, O IPATINGÃO
O termo Arena Multiuso até meados da década passada era pouco usado no Brasil. O conceito amplamente difundido na Europa e Estados Unidos basicamente está ligado a estádios que oferecem uma diversidade de serviços e recebem eventos que vão além do esporte. O conceito multiuso, a princípio, pode parecer novo e ser ligado à modernidade, no entanto, sua gênese é datada do ano de 80 d.C. no Coliseu de Roma. O anfiteatro era altamente versátil sendo capaz de se adaptar e receber diversos tipos de eventos da época. Vale lembrar que a origem do nome “arena” vem exatamente do Coliseu que possuía o palco recoberto de areia. PROJETO DE MODERNIZAÇÃO DO IPATINGÃO
No
passado,
administradores
de
Além do esporte, as arenas passaram a
estádios em sua maioria não possuíam uma
contar com outras atividades como shows mu-
visão empreendedora que focasse em aprove-
sicais, eventos corporativos, bares e restau-
itar todo potencial de público. Entretanto, aos
rantes, cinema, lojas, academias e quaisquer
poucos a situação foi mudando e os gerentes
outras atividades que pudessem gerar ganhos
de arenas começaram a perceber que oferecer
financeiros para o local fazendo com que o
outros serviços no local ajudava a capitalizar
estádio pudesse ser aberto na maioria dos dias
recursos e a fidelizar novos frequentadores.
do ano e não somente em dias de jogos.
Erik de Almeida Aguiar
164
aguiarquiteto@hotmail.com
ERIK DE ALMEIDA AGUIAR - IPATINGÃO ARENA
IMAGEM DO PROJETO COM VISTA PELO PARQUE IPANEMA,
IPATINGÃO ARENA - PROJETO DE REFORMA E MODERNIZAÇÃO DO ESTÁDIO IPATINGÃO Um dos mais tradicionais palcos do
Fora o Ipatinga, o Ipatingão ainda recebia espo-
futebol mineiro, o Estádio Municipal João
radicamente jogos dos clubes da capital. Atlético
Lamego Netto, mais conhecido como Ipat-
e Cruzeiro, vez ou outra mandavam seus jogos
ingão é um dos maiores patrimônios da cidade
no estádio com boas médias de público. O maior
de Ipatinga. Situado no coração do Parque
público inclusive, foi registrado no dia 15 de
Ipanema, o estádio erguido nos anos 80 na
novembro de 2004 na partida entre Atlético e
gestão do então prefeito João Lamego Netto,
Flamengo válida pelo campeonato brasileiro. Na
viveu seu auge na década passada onde sediou
ocasião, 29 mil pessoas presenciaram a histórica
jogos de grandes competições nacionais e
vitória de 6 a 1 do Atlético. No período de reformas do Mineirão
internacionais como o Campeonato Brasileiro e a Copa Libertadores.
para a Copa do Mundo, o Ipatingão recebeu
Com o Ipatinga Futebol Clube, princi-
algumas partidas dos campeonatos mineiro e
pal equipe da cidade vivendo a melhor fase de
brasileiro. Contudo, concluídas as obras da
sua história, a torcida local pôde ver de perto
Copa, os clubes da capital perderam o interesse
grandes jogos. O clube, campeão mineiro em
em levar seus jogos para Ipatinga já que Belo
2005, chegou inclusive a disputar o Campe-
Horizonte passou a contar com duas modernas
onato Brasileiro da primeira divisão em 2008,
arenas.
porém, a péssima campanha na competição resultou no rebaixamento à segunda divisão.
165
ERIK DE ALMEIDA AGUIAR - IPATINGÃO ARENA
Atualmente, o Ipatingão tem sofrido com a falta de cuidados. O estádio que poderia receber
até 23 mil pessoas, teve sua
capacidade reduzida para apenas 10 mil torcedores e ainda assim, encontra-se interditado para jogos oficiais por não apresentar a segurança mínima exigida pelo corpo de bombeiros. Para obras de adequação e liberação do estádio, foi feito um convênio entre a Prefeitura de Ipatinga e o Ministério dos Esportes. O projeto de adequação foi orçado em 2,1 milhões de reais e visava cumprir as exigências dos órgãos de fiscalização, entretanto, as obras iniciadas em agosto de 2015 foram interrompidas pela falta de repasse de GRAMADO PREJUDICADO COM A FALTA DE CUIDADOS
recursos junto ao Ministério dos Esportes.
Comparado com o alto padrão das novas arenas brasileiras, o Ipatingão se mostra um estádio totalmente antiquado em todos os sentidos. Projetado exclusivamente para ser uma casa do futebol, o estádio apresenta estruturas ausentes ou insuficientes para o ideal acolhimento do público. Equiparando ao padrão exigido pela FIFA, faltam no local banheiros, guichês, entradas e saídas, serviços de alimentação e vagas de estacionamento condizentes com a capacidade do estádio. Problemas de acessibilidade e a ausência assentos cobertos e uma clara definição de setores também são problemas. A construção dos estádios da Copa do Mundo trouxe uma série de questionamentos a respeito do efetivo aproveitamento dos mesmos. O Ipatingão hoje, nada mais é do que o elefante branco do Vale do Aço e de uma maneira ou de outra, gera prejuízos à cidade. Pensar em um projeto de modernização do estádio a fim de torná-lo uma arena multiuso rentável requer uma série de análises capazes de demonstrar à empresários e investidores que um empreendimento como esse pode trazer retorno a longo prazo.
VISTA AÉREA DO PROJETO DO NOVO IPATINGÃO
166
ERIK DE ALMEIDA AGUIAR - IPATINGÃO ARENA
SOBRE O PROJETO O estudo de viabilidade econômica
Deve-se analisar cuidadosamente a real
para tornar o Ipatingão um espaço atrativo
demanda, as zonas de influência e o perfil do
passa diretamente pelo padrão que pre-
público como estratégias para se definir as
tende-se aplicar no projeto. Deve-se pensar
capacidades e os produtos e serviços que
que embora o estádio possa gerar grandes
poderão ser disponibilizados no novo Ipatingão.
receitas mensais, o investimento a ser feito é
A partir de algumas análises viu-se a
alto e o seu retorno pode demorar alguns anos
possibilidade de redução da capacidade do esta-
para vir. O importante nesse caso é buscar
dio de 23 para 18 mil tocedores adequando-se
maximizar todos os ganhos e minimizar os
assim para uma demanda considerada mais
gastos, aumentando assim a lucratividade.
realista para o estadio em caso de jogos de fute-
O primeiro passo na elaboração do
bol. Para shows musicais, a capacidade pode ser
projeto foi tomar como exemplo os erros e
ampliada para até 30 mil pessoas ja que o grama-
acertos cometidos nos projetos da Copa do
do passa a ser utilizado pelo público.
Mundo, Olimpíadas e outras arenas no Brasil e
Pensando que a arena deverá funcionar
no exterior e verificar qual é a possibilidade
o maximo de dias possível, todos os espaços
mais viável de se aplicar os conceitos multifun-
foram pensados para serem versáteis e receber-
cionais ao estádio fazendo com que o mesmo
em outras atividades como lojas, bares, museu,
possa funcionar todos os dias da semana.
academia dentre outras atrações.
VISTA INTERNA DO NOVO IPATINGÃO
167
ERIK DE ALMEIDA AGUIAR - IPATINGÃO ARENA
O projeto de modernização do Ipatingão foi pensado para atender ás novas exigên-
imprensa, vestiários e todos os demais espaços indispensáveis para uma arena multiuso.
cias de segurança, conforto, comodidade e
Com essas mudanças, outros problemas
versatilidade, fatores presentes nas novas e
recorrentes do estádio como a falta de saídas de
modernas arenas construídas no Brasil recente-
emergência, rampas de acesso, insuficiência de
mente. Para tanto, algumas intervensões drásti-
sanitários e acessibilidade serão resolvidos e
cas foram feitas de modo não somente a
atenderão as normas exigidas pelas autoridades
atender os novos padrões de modernidade mas
regulamentadoras, e darão maior conforto e
também resolver problemas crônicos presentes
comodidade aos espectadores da arena.
no estádio.
Outra notável mudança será a con-
Planta atual
Corte AA - Atual
Corte AA - Projeto
Corte BB - Atual
Corte BB - Projeto CORTES ESQUEMÁTICOS DO PROJETO DE MODERNIZAÇÃO
A principal proposta de modificação do
strução da cobertura, uma exigência antiga dos
estádio se dará na estrutura fisica das arquiban-
frequentadores do Ipatingão. Formada basica-
cadas superiores. Atualmente, todas as arqui-
mente por dois grandes arcos metálicos semel-
bancadas do estádio são sustentadas por um
hantes aos usados na Amsterdã Arena na Holan-
volume de terra abaixo do concreto. O novo
da, a estrutura será recoberta por uma membrana
projeto prevê a reconstrução das arquibancadas
tensionada que permitirá que parte da luz solar
superiores sendo sustentadas por vigas e pilares.
chegue ao gramado. Com isso, todos os assentos
Isso permitirá a locação de estruturas funda-
serão protegidos das intempéries. A cobertura
mentais para a versatilidade da arena pois o novo
ainda terá um papel importante na acústica pois
espaço abrigará bares, lojas, camarotes, salas de
servirá como barreira sonora e possibilitará uma melhor experiência para os expectadores em dia
168
de shows musicais.
ERIK DE ALMEIDA AGUIAR - IPATINGÃO ARENA
IPATINGÃO ARENA
As intervenções propostas no projeto
Outro fator importante para o novo
do novo Ipatingão buscam além de tudo aliar
Ipatingão é que com a nova estrutura será pos-
uma arquitetura diferenciada capaz de criar
sível trazer eventos de maior porte tanto no
uma integração entre a nova arena e o Parque
âmbito esportivo quanto no âmbito cultural.
Ipanema sem esquecer a funcionalidade de suas estruturas.
Entretanto, apesar da nova estrutura o sucesso da arena dependerá de um bom plano
O Ipatingão Arena passará a ser um
de gestão que busque trabalhar em todos os
ponto atrativo da cidade de Ipatinga tendo
setores buscando alternativas que façam tudo
todas as condições de abrigar diversos tipos de
funcionar todos os dias.
eventos musicais, esportivos, corporativos dentre outros. Salas, camarotes, lojas,bares e academia também serão outros atrativos do estádio e poderão estar em funcionamento todos os dias da semana.
A nova arena ainda possiblilitará a criação de novos empregos e será um fator de valorização pra cidade de ipatinga.
169
FERNANDA DRUMOND - COMPLEXO V
COMPLEXO V O CONCEITO DE UM NOVO MODELO HABITACIONAL O seguinte trabalho tem o objetivo de empregar os conceitos da Norma
de
Desempenho
–
NBR
15.575/2013 no projeto de um Edifício Residencial Multifamiliar, aplicando os conceitos referentes a qualidade na construção de novas edificações. A partir do entendimento da importância
da
participação
do
Arquiteto como um dos principais criadores
de
arquitetônicas
novas capazes
formas de
auto
sustentar e se manter com qualidade espacial e econômica, foi elaborado um projeto no qual busca atender tais propriedades. EDIFICAÇÃO VISTA PELA AVENIDA FERNANDO DE NORONHA
O trabalho procura aproveitar do
comerciais no térreo e primeiro pavimento,
espaço e localização para a conexão entre
ambientes de convivência integrados com o
projeto, sistemas construtivos e materiais,
entorno e garagem para moradores no
pensando nas melhores possibilidades para
subsolo. O conjunto habitacional é composto
uma maior qualidade da construção.
por 6 apartamentos por andar sendo:
A Edificação possui oito pavimentos
-04 Apartamentos de 60m²
com unidades habitacionais de diferentes
-02 Apartamentos de 90m²
tipologias e dimensões, contando com salas
Total de 36 unidades habitacionais
170
Fernanda Drumond drumondf.fd@gmail.com
FERNANDA DRUMOND - COMPLEXO V
ESPAÇO DE CONVIVÊNCIA | PLAYGROUND
NORMA DE DESEMPENHO | NBR 15.575 AS NOVAS EXIGÊNCIAS DO MERCADO Atualmente o mercado imobiliário vem seguindo um padrão construtivo buscando apenas cumprir requisitos mínimos referentes a qualidade espacial e material em suas edificações. Acontece uma constante réplica de edifícios habitacionais, empregados em toda e qualquer circunstância não observando o local, posicionamento em relação ao entorno, não considerando o conforto do usuário. Com isso diversas edificações deixam a desejar em vários aspectos relacionados ao conforto, durabilidade e expressividade arquitetônica, servindo apenas com o propósito de cumprir uma demanda habitacional existente. A partir daí tomou se como princípio neste projeto atender aos itens estabelecidos pela Norma de Desempenho/NBR 15.575 onde no Projeto de Arquitetura está implícita a discussão de aspectos como implantação e distribuição do programa, estrutura e relações de espaço, internos e externos, quesitos ambientais etc., no qual se baseia o projeto, buscando um melhor desempenho da edificação. CRITÉRIOS ABORDADOS NA NORMA SEGURANÇA - Segurança estrutural
- Saúde, higiene e qualidade do ar
- Segurança contra o fogo
- Funcionalidade e acessibilidade
- Segurança no uso e na operação
- Conforto tátil e antropodinâmico
HABITABILIDADE
SUSTENTABILIDADE
- Estanqueidade
- Durabilidade
- Desempenho térmico
- Manutenibilidade
- Desempenho acústico
- Impacto ambiental
- Desempenho lumínico
171
FERNANDA DRUMOND - COMPLEXO V
MAPEAMENTO | HABITANTES | ATIVIDADE ECONÔMICA
172
FERNANDA DRUMOND - COMPLEXO V
ÁREA DE INTERVENÇÃO | IMPLANTAÇÃO | ESTRATÉGIAS O edificação
posicionamento se
deu
através
da dos
estudos realizados referentes aos condicionantes naturais (insolação), e pela vizinhança já consolidada, buscando um melhor aproveitamento da iluminação e ventilação natural. Respeitando também os parâmetros urbanisticos da região, (afastamentos, coeficientes de aproveitamento, taxa de permeabilidade, etc.)
173
FERNANDA DRUMOND - COMPLEXO V
COMPLEXO V | PLANTAS
PLANTA TÉRREO
R
re lva Á o iog .D
s
Av. Fernando de Noronha
R. C. Jaques
-Salas comerciais -Salão de eventos -Playground -Espaço de convivência
PLANTA 1º PAVIMENTO -Escritórios -Academia
174
FERNANDA DRUMOND - COMPLEXO V
COMPLEXO V | PLANTA | EDIFÍCIO
PLANTA 2º A 7º PAVIMENTO -Apartamentos de 90m² e 60m²
EDIFICAÇÃO VISTA PELA R. AV. FERNANDO DE NORONHA
EDIFICAÇÃO VISTA PELA R. C. JAQUES
ESPAÇO COMERCIAL | PLAYGROUND | ESPAÇO DE CONVIVÊNCIA
175
FERNANDA MONTEIRO PEREIRA - ARQUITETURA COMERCIAL : A INFLUÊNCIA DA IDENTIDADE VISUAL E SEMIÓTICA
REQUALIFICAÇÃO DO MERCADO MUNICIPAL DE ITABIRA HISTÓRIA , VALORES A requalificação é, sobretudo, um instrumento para a melhoria da qualidade de vida da população,
em grande escala, a cidade de fato começou a crescer e a se desenvolver economicamente.
promovendo a construção e recuperação de equipa-
Uma vez aquecida pela mineração Itabira
mentos e infraestruturas e a valorização do espaço
consolidou seu comercio, hoje é possível ver um
público com medidas de dinamização social e
maior investimento na criação e utilização de
econômica, através de melhorias urbanas, de acessib-
espaços comerciais.
ilidade ou centralidade (MOURA, et. al., 2006).
Segundo o senso de 2016 realizado pelo Insti-
O comercio de Itabira é tão antigo quanto à
tuto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Itabi-
cidade, movimenta toda a população cotidiana-
ra conta com uma população estimada de 118.481
mente, Foi elevada à categoria de cidade, com o
habitantes. Em 2010, 11,65% da população estava
nome de Itabira em 1848.
empregada no setor de construção, 1,47% nos seto-
Com a criação da Vale S.A., antiga Companhia Vale do Rio Doce (CVRD), e a exploração do minério
res de utilidade pública, 14,18% no comércio e 43,64% no setor de serviços em geral Considerando que Itabira é uma cidade mineradora, podemos considerar que estes 43,64% giram em torno da industria, seguida do comercio, que a segunda atividade de maior giro financeiro na cidade. Estes dados revelam o tamanho do potencial de mercado a ser explorado.
FOTO 01 - CENTRO DE ITABIRA EM 1890 | WWW.ITABIRA.MG.GOV.BR |
ITABIRA MG 120
MG 129
Fernanda Monteiro Pereira
176
fernandamonteiro.arq@hotmail.com
FERNANDA MONTEIRO PEREIRA - ARQUITETURA COMERCIAL : A INFLUÊNCIA DA IDENTIDADE VISUAL E SEMIÓTICA
Mais declarações encontram-se no livro memórias
MEMÓRIAS | IDENTIDADE Cada consumidor tem sua preferência por
com renda familiar inferior a 2,5 salários mínimos,
determinadas lojas e marcas, tais espaços emitem
os alimentos eram adquiridos dos produtores pela
sinais visuais que acabam por fazer parte de nosso
Cobal, sem subsídios e vendidos diretamente a
cotidiano, se tornam SIGNOS amados e influencia
cooperativas de consumo, mas declinou a partir de
nossas escolhas.
1987.
Projetar espaços comerciais de qualidade implica: no conhecimento da lógica de funcionamento do comércio, que é extremamente dinâmico e consequentimente leva transformações no meio urbano. Dentro da lógica de espaço temporal o Mercado Municpal de Itabira realiza mediações entre diferentes espaços, pessoas e objetos. Ele concentram momentos de trocas comerciais e proporcionam, para além de transações econômicas, relações sociais e simbólicas.
O INÍCIO;
FOTO 02 - MODELO SUPERMERCADO COBAL | WWW.ITABIRA.MG.GOV.BR |
Já em 1985 o Ministério da Agricultura, propunha-se a vender alimentos a preços baixos à população
177
FERNANDA MONTEIRO PEREIRA - ARQUITETURA COMERCIAL : A INFLUÊNCIA DA IDENTIDADE VISUAL E SEMIÓTICA
Ainda no ano de 1987 o Supermercado Cobal deixa de existir dando espaço a Associação de Agricultores de Itabira e Região. No fim deste mesmo ano a associação da espaço para outros produtores dando início ao Mercado Municipal Caio Martins da Costa. No processo de requalificação resgatar valores é muito mais importante do que uma requalificação estrutural, a melhoria no espaço se torna consequencia a partir de seu uso, o projeto traz consigo que tudo deve ser feito dentro das limitações e considerações que espaço é um mercado e deve permanecer , não perdendo as características. FOTO 03 - MERCADO 2011 | WWW.ITABIRA.MG.COV.BR
O espaço no projeto comercial é nosso, é
“... E fica a pergunta a vizinhança cresceu e o
meu, é dele e de todo mundo, acredito que o
mercado cresceu? ou a vizinhança cresceu porque
comercio tem que ser publico, tem que ser um
o mercado cresceu? Tudo na cidade cresceu o
espaço agradável, você tem que chegar la e se
entrono desenvolveu e o mercado esta ficando
sentir em casa se você entrar na loja e não se sentir
feio, nos éramos os mais bonitos!...”
bem a loja vai quebrar porque você não vai se sentir
Ivan - Tabacaria
dono.
20 ano de Mercado
IN
IRO E H
OP Ã . JO AV
178
FERNANDA MONTEIRO PEREIRA - ARQUITETURA COMERCIAL : A INFLUÊNCIA DA IDENTIDADE VISUAL E SEMIÓTICA
INTENÇÕES DE PROJETO RECONHECIMENTO DOS CRITÉRIOS DE ESCOLHA DO LOCAL Após análises no espaço, foi identificado pontos positivos que influenciaram na escolha do local para intervenção: patrimônio imaterial da cidade; já há acessibildade em alguns pontos; fácil acesso para transporte de cargas; proximidade com ponto de interesse turístico; proximidade com ciclovia; proximidade com áreas bem adensadas e grandes reservas finaceira; espaço
FOTO FACHADA MERCADO MUNICIPAL CAIO MARTINS DA COSTA
já consolidado como mercado municipal. Diante de diversas qualidades tambem foram identificados os principais probelamas; falta de acessibilidade em alguns pontos; iluminação e ventilação precária; falta de sinalização; cheio muito forte em alguns pontos; banheiro precários e quase inutilizáveis; barracas não legalizadas no espaço externo.
FOTO FACHADA MERCADO MUNICIPAL CAIO MARTINS DA COSTA
FOTOS MERCADO MUNICIPAL CAIO MARTINS DA COSTA
179
IGOR BARRETO MENDES - O ARQUITETO PÚBLICO NA CIDADE DE TIMÓTEO
O PAPEL DO ARQUITETO PÚBLICO NA CIDADE DE TIMÓTEO / MG
TCC II - IGOR BARRETO MENDES ORIENTADOR – ROGÉRIO BRAGA
Igor Barreto Mendes
180
igor.bmendes@hotmail.com
IGOR BARRETO MENDES - O ARQUITETO PÚBLICO NA CIDADE DE TIMÓTEO
85% DOS BRASILEIROS CONSTROEM SEM AUXÍLIO DE ARQUITETOS E URBANISTAS. A comovente história da empregada doméstica de São Paulo que guardou poupança durante anos, e contratou arquitetos para reconstruir sua moradia em Vila Matilde pagando um preço justo. Serviu de exemplo e quebra de paradigmas para o surgimento e o aproveitamento melhor de uma arquitetura mais humanitária e pensada para classe social mais baixa. Neste sentido ainda nos dias atuais, 85% da população brasileira constrem sem auxílio de arquitetos e urbanistas. Onde ocasiona predominante a autoconstrução. Além do aspecto negativo economicamente, isso resulta em HTTP://G1.GLOBO.COM/FANTASTICO/NOTICIA/2015/10/MAIS-DE-80-DOS-BRASILEIROS-FAZEM-OBRA-SEM-ARQUITETO-OU-ENGENHEIRO.HTML
vários problemas.
Partindo da linha de pesquisa do TCC
desenvolvido um programa de viabilidade
I, onde o tema foi Habitação de Baixo Custo
econômica para ser possível a adaptações da
para Cidade de Timóteo.
planta
para
a
utilização
do
usuário.
Este trabalho de TCC II visou viabilizar
O programa pode ser viabilizado
e tornar ainda mais possível a democratização e
pelos recursos federais da LEI Nº 11.888, DE
a realização de um trabalho supervisionado por
24 DE DEZEMBRO DE 2008. chamada “Lei de
um arquiteto e urbanista voltado para classe
Assistência Técnica” onde o “Arquiteto Públi-
social mais necessitada. Onde a enfase é tornar
co” pode seguir e prestar um ótimo e
paupável a expressão “Arquiteto Público” .
excelente atendimento aos que mais necessi-
Neste sentido foram criadas três
tam. A Classe Social C, D e E.
opções de plantas reformatadas para ser pré-aprovada na prefeitura de Timóteo/MG, e
181
182
1º PASSO – SEPARAR OS SEGUINTES DOCUMENTOS – RG CPF CERTIDÃO DE CONJUGUE (CASO CASADO) COMPROVANTE RESIDÊNCIA COMPROVANTE DE RENDIMENTOS COMPROVANTE ESCRITURA DO LOTE SE TIVER – CARTÓRIO HABITE-SE COMPROVANTE IPTU PAGO NOS ÚLTIMOS ANOS 2º PASSO - IR PRESENCIALMENTE A PREFEITURA DE TIMÓTEO MG 3º PASSO – ESCOLHER A PLANTA NECESSÁRIA 4º PASSO – ENTRAR EM CONTATO COM “ARQUITETO PÚBLICO” RESPONSÁVEL PARA SEGUINTES ANALISES: - LEVANTAMENTO DE DADOS – VISITA LOCAL DA OBRA - REUNIÃO DE NECESSIDADES - APRESENTAÇÃO E ADAPTAÇÃO - APRESENTAÇÃO DE REGULARIZAÇÃO TERRENO 5º PASSO – APROVAR O PROJETO COM NECESSIDADES 6º PASSO – ASSINAR UM CONVÊNIO DE COMPRA DE MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO 7º PASSO - DECIDIR ENTRE: - A AUTOCONSTRUÇÃO ACOMPANHADA - OU CONSTRUTORA 8º PASSO – PAGAR IMPOSTOS E PRESTAR CONTAS
PASSO A PASSO
PLANTA FUNCIONAL 01 / PRÉ - APROVADA PROGRAMA: MINHA CASA MINHA VIDA LOCALIZAÇÃO – TIMÓTEO MG ÁREA - 33.70 M² CUSTOS APROXIMADO – 30 MIL REAIS
OPÇÃO 01
SECRETARIA MUNICIPAL DE PLANEJAMENTO E URBANISMO SETOR B – TELEFONE 3848-7100 AV. ACESITA, 3230 - SÃO JOSÉ, TIMÓTEO - MG, 35182-000
IGOR IGOR BARRETO BARRETO MENDES MENDES - O ARQUITETO - O ARQUITETO PÚBLICO PÚBLICO NA CIDADE NA CIDADE DE TIMÓTEO DE TIMÓTEO
1º PASSO – SEPARAR OS SEGUINTES DOCUMENTOS – RG CPF CERTIDÃO DE CONJUGUE (CASO CASADO) COMPROVANTE RESIDÊNCIA COMPROVANTE DE RENDIMENTOS COMPROVANTE ESCRITURA DO LOTE SE TIVER – CARTÓRIO HABITE-SE COMPROVANTE IPTU PAGO NOS ÚLTIMOS ANOS 2º PASSO - IR PRESENCIALMENTE A PREFEITURA DE TIMÓTEO MG 3º PASSO – ESCOLHER A PLANTA NECESSÁRIA 4º PASSO – ENTRAR EM CONTATO COM “ARQUITETO PÚBLICO” RESPONSÁVEL PARA SEGUINTES ANALISES: - LEVANTAMENTO DE DADOS – VISITA LOCAL DA OBRA - REUNIÃO DE NECESSIDADES - APRESENTAÇÃO E ADAPTAÇÃO - APRESENTAÇÃO DE REGULARIZAÇÃO TERRENO 5º PASSO – APROVAR O PROJETO COM NECESSIDADES 6º PASSO – ASSINAR UM CONVÊNIO DE COMPRA DE MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO 7º PASSO - DECIDIR ENTRE: - A AUTOCONSTRUÇÃO ACOMPANHADA - OU CONSTRUTORA 8º PASSO – PAGAR IMPOSTOS E PRESTAR CONTAS
PASSO A PASSO
PLANTA FUNCIONAL 02 / PRÉ - APROVADA PROGRAMA: MINHA CASA MINHA VIDA LOCALIZAÇÃO – TIMÓTEO MG ÁREA - 43.62 M² CUSTOS APROXIMADO – 40 MIL REAIS
OPÇÃO 02
SECRETARIA MUNICIPAL DE PLANEJAMENTO E URBANISMO SETOR B – TELEFONE 3848-7100 AV. ACESITA, 3230 - SÃO JOSÉ, TIMÓTEO - MG, 35182-000
IGOR BARRETO MENDES - O ARQUITETO PÚBLICO NA CIDADE DE TIMÓTEO
183
184
1º PASSO – SEPARAR OS SEGUINTES DOCUMENTOS – RG CPF CERTIDÃO DE CONJUGUE (CASO CASADO) COMPROVANTE RESIDÊNCIA COMPROVANTE DE RENDIMENTOS COMPROVANTE ESCRITURA DO LOTE SE TIVER – CARTÓRIO HABITE-SE COMPROVANTE IPTU PAGO NOS ÚLTIMOS ANOS 2º PASSO - IR PRESENCIALMENTE A PREFEITURA DE TIMÓTEO MG 3º PASSO – ESCOLHER A PLANTA NECESSÁRIA 4º PASSO – ENTRAR EM CONTATO COM “ARQUITETO PÚBLICO” RESPONSÁVEL PARA SEGUINTES ANALISES: - LEVANTAMENTO DE DADOS – VISITA LOCAL DA OBRA - REUNIÃO DE NECESSIDADES - APRESENTAÇÃO E ADAPTAÇÃO - APRESENTAÇÃO DE REGULARIZAÇÃO TERRENO 5º PASSO – APROVAR O PROJETO COM NECESSIDADES 6º PASSO – ASSINAR UM CONVÊNIO DE COMPRA DE MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO 7º PASSO - DECIDIR ENTRE: - A AUTOCONSTRUÇÃO ACOMPANHADA - OU CONSTRUTORA 8º PASSO – PAGAR IMPOSTOS E PRESTAR CONTAS
PASSO A PASSO
PLANTA FUNCIONAL 03 / PRÉ - APROVADA PROGRAMA: MINHA CASA MINHA VIDA LOCALIZAÇÃO – TIMÓTEO MG ÁREA - 55.55 M² CUSTOS APROXIMADO – 50 MIL REAIS
OPÇÃO 03
SECRETARIA MUNICIPAL DE PLANEJAMENTO E URBANISMO SETOR B – TELEFONE 3848-7100 AV. ACESITA, 3230 - SÃO JOSÉ, TIMÓTEO - MG, 35182-000
IGOR BARRETO MENDES - O ARQUITETO PÚBLICO NA CIDADE DE TIMÓTEO
IGOR BARRETO MENDES - O ARQUITETO PÚBLICO NA CIDADE DE TIMÓTEO
A HISTÓRIA DO ALEXANDRE E A PROPOSTA DO PROJETO APLICADO. Encontramos a história do Sr. Alexandre, recém divorciado, morando em Ipatinga, trabalhando em Timóteo, com uma filha morando fora do país com a mãe. Observou -se a necessidade de uma moradia em Timóteo de apenas um quarto, para facilitar seu dia a dia e seu trabalho. A princípio o próprio Alexandre desenhou sua própria proposta a mão, como podemos ver na foto ao lado. Sem nenhuma referência. E posteriormente iria realizar sua auto construção. Nota -se na planta desenhada baixa qualidade espacial, baixa qualidade de ventilação e luminosidade. Este tipo de autoconstrução, onde representa
85% das con-
struções nacionais pode oferecer vários ricos ao usuário. FOTO EM IN LOCO - FOTOGRAFIA IGOR BARRETO MENDES
185
IGOR BARRETO MENDES - O ARQUITETO PÚBLICO NA CIDADE DE TIMÓTEO
O lote está localizado no Bairro Santa Terezinha em Timóteo na Rua Carvalho da Silva contendo apenas 6 metros de frente e 30 metros de fundo com um leve declive no seu fundo. A idéia seria adptar as suas necessidades utilizando a proposta 01. Pré aprovada como mostrada nas páginas anteriores. A proposta contou com um enxaixe perfeito da habitação minima do estudo ao lote de 6 metros de largura.
Atendendo
totalmente a legislação Municipal, tendo ainda
um
objetico
maior
da
planta
pre-aprovada que seria regularizar a situação da construção junto a Prefeitura MuIMAGENS 3D - PROPOSTA PROJETO PRE APLICADO - PERSPECTIVA 01
nicipal de Timóteo.
A idéia é conseguir gerar uma habitação de qualidade e ainda adicionar um belo afastamento, grama, boa qualidade espacial, contendo boa ventilação e iluminação. Aproximando o custo da obra para não ocorrer imprevistos. E programa conta ainda adaptações de talhados para garaem e até mesmo um desenho de um portão especifico para esse estudo de caso. Entre a autoconstrução inrregular e a construção da planta pre-aprovada assistida por um “Arquiteto Publico” torna se lógico que o próprio cidadão não tome essa decisão que pode prejudicar até mesmo a sua saúde na pós ocupação. Ainda assim, existem dúvidas a respeito de como o projeto seria pago/viabilizado para o arquiteto ou profissional responsával. Mesmo existindo uma LEI FEDERAL que disponibiliza repasses para dar assistencia técnica as classes mais necessitantes. Foi onde então, resolvemos criar uma estratégia para o funcionámento dessa proposta dentro da Prefeitura de Timóteo. Como podemos ver na página seguinte um Estudo de Viabilidade. IMAGENS 3D - PROPOSTA PROJETO PRE APLICADO - PERSPECTIVA 02
186
IGOR BARRETO MENDES - O ARQUITETO PÚBLICO NA CIDADE DE TIMÓTEO
O programa “Timóteo Legal” seria uma proposta de iniciativa da Prefeitura Municipal de
80% da população de Timóteo, segundo fontes do IBGE. (classes socias).
Timóteo para arquitetos canditados a prestar o
A planta pré-aprovada serve para facilitar
serviço de Assistência Técnica as classes mais
e agilidade dos projetos que poderão ser construi-
necessitantes. Mantidos com recursos federais e
do pelo cidadão. Deixando - o livre a escolha
facilitado pela instituição municipal sedendo um
pre-definida pelo usuário. Vários imprevistos
espaço minimo de 30m² para prestar o devido
podem ser evitados partindo desta proposta.
atendimento ao auto numero e volume de
Como custos, a qualidade da construção e a até
cidadão onde se enquadra economicamente
mesmo regularidade da escritura junto ao fisco.
Uma parceria poderia ser criada para
baixa renda reformarem imóveis, com uma
manter os estágiários. Para cada 01 arquiteto
condição de ser assistida por um profissional
entre 2 a 5 estagiários de arquitetura. Sendo man-
(arquiteto) para autorizar os repasses. Podendo
tido por um covênio: Parceria/Convênio entre
haver integração entre contrução e reforma.
Depósitos de Materiais de Construções da Região
Neste caso, torna-se viável e beneficente o uso
com Município de Timóteo. Vendas por pacotes.
deste programa para toda população municipal.
Comissão
Entre a autoconstrução e a construção assistida
do
vendedor
para
manter
a
Bolsa/Salário dos dos estagiários. Junto ao momento, desta proposta, o
por um “Arquiteto Público”. A arquitetura pode sim SER PARA TODOS!
Governo Federal, lançou o “Programa Cartão Reforma.” A iniciativa dará crédito para famílias de
187
IOLANDA RAMAIOLI - EDIFÍCIOS RESIDENCIAL
EXPANSÃO E GENTRIFICAÇÃO DO BAIRRO TERESÓPOLIS Neste seguimento, foram realBH
izados estudos sobre a cidade de João Monlevade, a Região Sul e em especifico o bairro Teresópolis. Com o intuído de apontar a complexidade da Região Sul, foram efetuados estudos históricos do desenvolvimento da cidade, da composição das famílias e do mercado Imobiliário remanescente. As pesquisas junto as imo-
BR 381
BR 381
biliárias da cidade indicaram os valores de mercado das regiões, o que possibili-
JOÃO MONLEVADE
tou notar a disparidade entre a Região Norte (Centro Comercial) e a Região Sul,
Região Norte
mesmo
Região Sul
serviços e comércios na atualidade.
População Estimada 2016
ambos
oferecendo
vários
79.100
FONTE: IBGE E PMJM, COM REVISÕES DA AUTORA.
Nos estudos, foi possível visualizar as
ocorreram próximos a siderúrgica e a Região
disparidade, por meio do desenvolvimento
Norte. Com a expansão e o baixo custo de mer-
urbano, que iniciou devido a chagada da
cado da região sul, os novos bairros foram
siderúrgica Belgo Mineira, atual Arcelor Mittal,
surgindo aceleradamente, apresentando um
levando a urbanização sentido Região Norte,
público de classe baixa. Esse desenvolvimento
tendo a última grande expansão da cidade a
rápido levou ao investimento do comércio local,
Região Sul, que inicialmente não possuía
o que contribuiu para que essa região se e
serviços, pois os primeiros assentamentos
tornasse a 2º centralidade da cidade atualmente.
188
Iolanda Ramaioli iolly.ramayoli@gmail.com
IOLANDA RAMAIOLI - EDIFÍCIOS RESIDENCIAL
Sequenciando as análises da região sul, pode se constatar na Figura 1 – Mapa Plano diretor de João Monlevade que há poucas zonas de expansão urbana existentes na cidade, e que o bairro Teresópolis se encontra no centro dessas áreas que futuramente serão os novos bairros da cidade. Sendo pertinente pensar em uma verticalização para as novas construções deste bairro. Considerando o histórico do bairro Teresópolis que inicialmente possuía somente
Zona de Expansão Urbana 1 - (ZEU 1)
construções de baixo padrão e de pequeno
Zona de Expansão Urbana 2 - (ZEU 2)
porte, nos dias atuais possui grades edifi-
Contorno do bairro Teresópolis - (ZUD2)
cações, valorizando o mercado imobiliário.
FONTE: PMJM, COM REVISÕES DA AUTORA.
Este bairro até então detém edifícios de baixo padrão, no entanto dispõe de uma predileção para residências de alto padrão nas novas construções propostas, análise que ao unir as modificações urbanas ocorridas pode se dizer que a região está passando por um processo de gentrificação. Remetendo as características do público alvo que se mostrou de classe média alta, foi proposto um edificação multifamiliar de classe B, a qual obtém uma localidade favorável e que ofereças variadas possibilidades de tipologias habitacionais partindo de uma área mínima de 83.9 m² com varanda, podendo adquirir metade ou todo o pavimento que chega há 195,6 m² com varanda, outra opção também seria obter dois
REGIÃO NORTE
blocos mínimos um sobre o outro. Essa as diversas propostas familiares abrangendo dimensões conforme as necessidades dos moradores.
B. Teresópolis
R$380,00
R$350,00
R$300,00
R$320,00
R$330,00
B. Tanquinho
R$300,00
R$320,00
R$250,00
R$2800,00
R$290,00
REGIÃO
SUL
Área Central
estratégia tem como objetivo adequar se
FONTE: PESQUISAS JUNTO AS IMOBILIÁRIAS DE JOÃO MONLEVADE
189
IOLANDA RAMAIOLI - EDIFÍCIOS RESIDENCIAL
Sucedendo as demandas do público alvo que se demonstrou por meio de entrevistas e questionários, margeei as intenções de projeto, voltadas as ações e atividades apontadas pelos propícios clientes. Pensando em proporcionar liberdade e individualidade em um ambiente parcialmente coletivo, foi direcionado ao contextualíssimo do bairro e do público alvo, oferecendo atividades coletivas como: Play Grand, salão de jogos, área de eventos e horta coletiva.
O projeto consiste em 21 apartamentos, sendo 14 com tamanho mínimo e 7 com tamanha médio, todos os blocos possuem varandas, alguma cobertas outras não, PESPECTIVA EXTERNA - FACHADAS
para que em tempos frios a total presença do sol possa acontecer. Áreas comuns: - Horta verticais e horizontar se localiza nos fundo do empreendimento, onde há mais silencio e a presença do sol da manhã. - Salão de eventos: Entrada principal pela portaria, possui área para recepção dos convidados, banheiros, cozinha e área coberta de mesa de 50 m² que pode se estender até as áreas externas do bloco. - Salão de jogos: Possui sala de cinema e vídeo game, paredes que podem serem riscada, mesas e cadeiras de tamanho menor, sinuca, totó e um banheiro infantil. Este posicionado próximo ao Play Ground pensado
nas
crianças
e
jovens
que
utilizaram esses ambiente com frequência e ao mesmo tempo.
190
PERSPECTIVA EXTERNA - ACESSO DE VEÍCULOS
IOLANDA RAMAIOLI - EDIFÍCIO RESIDENCIAL
MAPA ENTORNO LEGENDA Lote Acesso ao lote Vento Dominante Edificações até 2 pavimentos
RUA POLÔNIA
LOTE
RUA POLÔNIA
Edificações acima de 2 pavimentos
RUA ESCÓCIA
RUA ESCÓCIA
PLANTA DE SITUAÇÃO
01
5
10
SUBSOLO 1 - GARAGEM
CURVA DE NIVEL
01
5
10
SUBSOLO 2 - GARAGEM
191
IOLANDA RAMAIOLI - EDIFÍCIO RESIDENCIAL
0 1
5
10
PLANTA TÉRREO
PORTARIA RUA POLÔNIA
192
IOLANDA RAMAIOLI - EDIFÍCIO RESIDENCIAL
PERSPECTIVA - PLAY GROUND E BOSQUE
PERSPECTIVA - FACHADA SECUNDÁRIA
193
IOLANDA RAMAIOLI - EDIFÍCIO RESIDENCIAL
APTO 2
APTO 1
0
1
3
PLANTA PAVIMENTO 1 APARTAMENTO 1 - 1 DORMITÓRIO E 1 SUÍTE APARTAMENTO 2 - 1 SUÍTE
194
6
IOLANDA RAMAIOLI - EDIFÍCIO RESIDENCIAL
0
1
3
6
PLANTA PAVIMENTO 2 APARTAMENTO PAVIMENTO TOTAL
195
JOAB SANGI - ESPAÇOS E CENTROS CULTURAIS
REVITALIZAÇÃO DO CENTRO CULTURAL SETE DE OUTUBRO
O projeto tem como objetivo principal, transformar um espaço cultural em um centro cultural. Foi escolhido a cidade de Ipatinga em Minas Gerais devido o seu grande potencial cultural, onde a cidade é classificada como o segundo maior polo cultural do estado de Minas Gerais e possui o 12º melhor centro cultural do País. Com a execução desse projeto a cidade terá a oportunidade de vivenciar a transformação de um espaço que foi um marco na historia da cidade, um
SITUAÇÃO ATUAL DO ESPAÇO
ambiente que um dia foi um espaço cultural – adaptado a partir de baias de cavalo – para a construção de um centro cultural, conservando sua memória popular e revitalizando a historia da Ipatinga, trazendo de volta um espaço que contribuiu de forma decisiva para a afirmação da identidade cultural da região. O projeto ainda irá promover a integração da classe artística local, promovendo o intercambio e a construção de uma rede colaborativa de artistas que trabalham de forma integrada.
SITUAÇÃO ATUAL DO ESPAÇO
Joab Sangi
196
joabsangi@hotmail.com
JOAB SANGI - ESPAÇOS E CENTROS CULTURAIS
LEGENDA: 1-ESTACIONAMENTO 2- GUARITA 3- REDES 4- RESTAURANTE 5- PALCO 17
6- ESCOLA DE ARTES 7- NOVO TEATRO
18 PLANTA DE ESPAÇOS A SEREM DEMOLIDOS (GALPÕES E CAMPO DE FUTEBOL)
8- BILHETERIA 9- BANHEIROS
2
4 5
3
6
1 5 17
18
14
8 2 9 11 7 5 10 5 12 13 15 16
10- TEATRO EXISTENTE 11- ESCOLA INFANTIL 12- PARQUE MUSICAL 13- MEMORIAL 14- DECK 15- PONTE 16- PONTO MARIA FUMAÇA 17- PARQUE IPANEMA
PLANTA DE LOCALIZAÇÃO
ESTACIONAMENTO / REDES
18- BR 381
2 5 3
18 119 VAGAS DE CARROS 90 VAGAS DE MOTOS
197
JOAB SANGI - ESPAÇOS E CENTROS CULTURAIS
CORTE DE VOLUMETRIA E SETORIZAÇÃO AA
LEGENDA: 1- RESTAURANTE 2- COZINHA 3- DISPENSA 4- BANHEIRO 5- PALCO
CORTE DE VOLUMETRIA E SETORIZAÇÃO BB
6- ATELIER
RESTAURANTE / ESCOLA DE ARTES
7- COWORKING 8- RECEPÇÃO
1
3
2
11
4 6
7
12
10- ESPELHO D’AGUA
8 4 9
9- GALERIA 11- BILHETERIA 12- CIRCULAÇÃO
10
5 Um restaurante foi pensado para atender a necessidade da comunidade local e ao centro cultural. Ao lado pode-se observar que a implantação da escola de artes foi pensada de forma que seja é totalmente independe onde a separação do público e privado é bem definida.
CORTE ESCOLA DE ARTES
198
JOAB SANGI - ESPAÇOS E CENTROS CULTURAIS
A demanda para atender as
ESCOLA DE ARTES 7
2
1
necessidades foram baseadas em um Projeto politico pedagógico realizado em
3
2006 que atende as necessidades da classe artística, como abrigar a expansão das áreas de formação ligadas à cena, 4
PLANTA 1º PAVIMENTO ESCOLA DE ARTES
cumprindo assim o papel que é esperado pela comunidade “ESCOLA”. O desenvolvimento de um espaço que seja ocupado por artistas e a população da
7
2
região. Espaços que propiciem a circu-
3
lação dos artistas locais através de espe-
6
táculos, palestra, oficinas, eventos e
5
shows e ocupação permanente, destina4
PLANTA 2º PAVIMENTO ESCOLA DE ARTES
da para 12 entidades culturais reconhecidas por sua atuação social através de projetos de formação artística.
7
2 6
8 9
LEGENDA:
3
1- SALA DE DANÇA
8
2- HALL
8
3- BANHEIRO
4
PLANTA 3º PAVIMENTO ESCOLA DE ARTES
4- NOVO TEATRO 5- SALA DE ESPETÁCULOS 6- TERRAÇO JARDIM
7
2
7- CIRCULAÇÃO
3
8- SALA DE MÚSICA
6
11 12
PLANTA 4º PAVIMENTO ESCOLA DE ARTES
10 13
9- ESTÚDIO DE GRAVAÇÃO 10- SALA DE REUNIÃO
4
11- COZINHA 12- SECRETARIA 13- DEPÓSITO
199
JOAB SANGI - ESPAÇOS E CENTROS CULTURAIS
ENTRADA PRINCIPAL / PRAÇA 1
4
4
2 2 3
LEGENDA:
3
1- GUARITA 2- BANHEIRO CENTRO CULTURAL 3- BANHHEIRO TEATRO 4- EDIFICAÇÃO EXISTENTE
4
5- TEATRO EXISTENTE 6- PALCO
6
7- ACESSO CARGA E DESCARGA
5
7 PLANTA ENTRADA PRINCIPAL DO CENTRO CULTURAL E PRAÇA DA MÚSICA
Devido a existência de um teatro, o projeto cria uma integração entre o velho e o novo, com o desenvolvimento de uma praça central que integra os espaços, onde é mantido uma saída lateral do teatro diretamente na praça. A entrada do teatro também é mantida, mas foi criado uma estrutura para que o mesmo possa ser utilizado de forma pública ou privada, não atrapalhando as atividades do restante do centro cultural. Logo na entrada principal, foi criado uma guarita para controle dos acessos e uma bilheteria que tem acesso direto ao teatro novo e o existente..
200
JOAB SANGI - ESPAÇOS E CENTROS CULTURAIS
CAFÉ / MEMORIAL / PARQUE DA MÚSICA 1
3
2 4
5
6 6
LEGENDA:
4
5
1- CAFÉ 2- BANHEIRO
4
3- PALCO
4
4- BRINQUEDOS MUSICAIS 5- MEMORIAL
6
5
6 6
4 5
5 5
6- JARDIM SENSORIAL
4
6
O projeto preza pela responsabilidade cultural e identidade da região que é carregado pelo nome sete de outubro. Com isso foi proPLANTA DE LOCALIZAÇÃO DO MEMORIAL / CAFÉ E PARQUE DA MÚSICA
jetado um memorial para que essa data seja representada de uma forma artística, onde os oito painéis foram pensados para sofrerem intervenções de artistas locais. Juntamente foi criado jardins sensoriais, para que as pessoas possam sentir, tocar, comer e cheirar. O piso do memorial foi pensado em pedras para ativar o tato dos visitantes. Ao lado encontramos um parque musical sensorial para que os visitantes criem suas próprias sinfonias. Tambem foi pensado um mini palco para estimular os novos artistas.
201
JOAB SANGI - ESPAÇOS E CENTROS CULTURAIS
LEGENDA:
DECK
1- DEPÓSITO 2- CAMARIM
1
3- BANHEIRO 4- PONTE DE ACESSO
3 2 2
5- PONTO Mª FUMAÇA
4
6- PALCO 7- ESCORREGADORES
O Deck foi pensado para estimular as manifes5
tações artísticas de forma espontânea,
seja
pequenas
grandes.
ou
elas O
mesmo foi pensado para atender PLANTA DO TÉRREO DECK / NOVO ACESSO PELA PONTE E PONTO DA Mª FUMAÇA
as
necessidades
culturais da região, ex: Live Jazz, Rua Declama entre
6
outros. Foi um criado um
7
palco de arena, pois assim todos os lados são frente. Para dar suporte aos futuros 4
eventos foi projetado dois camarins
e
banheiros
de
acesso direto ao palco, onde 5
o mesmo pode ser facilmente controlado
o
acesso
de
visitantes em momentos de espetáculos. Suas esstruturas metálicas são devido a facilidade de ser ocupado e sofra interferências de elementos PLANTA DO 1º PAV. DO DECK / NOVO ACESSO PELA PONTE E PONTO DA Mª FUMAÇA
202
cenográficos.
JOAB SANGI - ESPAÇOS E CENTROS CULTURAIS
DECK LEGENDA: 1- PALCO 2- PONTE DE ACESSO
1
3- PONTO Mª FUMAÇA
2
3
PLANTA DO 2º PAV. DO DECK / NOVO ACESSO PELA PONTE E PONTO DA Mª FUMAÇA
203
KARINA BITENCOURT - CENTRO DE ASSITÊNCIA À POPULAÇÃO EM SITUAÇÃO DE RUA
CONTEXTO TCC1 A presença dos moradores em situ-
lema urbano gerando zonas de insegurança e
ação de rua tem modificado o meio urbano e
violência urbana, o que resulta em aumento da
sua paisagem, seja através de suas moradias
criminalidade e degradação de patrimônios.
improvisadas ou até mesmo da forma com que
Problema este que deixou em evidência a
habitam o espaço em que estão inseridos. Por
necessidade de atenção por partido arquitetôni-
não terem um lugar para voltar, acabam por
co e urbanístico juntamente com as políticas
procurar abrigo na rua, sendo estes: praças,
públicas, se tornando assim o tema da pesquisa
patrimônios abandonados, viadutos, parques e
de TCC1 sendo contextualizado no Brasil e na
etc. essa pratica acaba por ocasionar um prob-
cidade de Ipatinga MG.
POPULAÇÃO EM SITUAÇÃO DE RUA NO BRASIL
QUANTO AO GÊNERO:
QUANTO À MOTIVAÇÃO: 45% ALCOOLISMO E DROGAS
82 % 32% DESEMPREGO
18%
23% DESENTENDIMENTOS FAMILIARES
QUANTO A ORIGEM: QUANTO A ESCOLARIDADE
16 %
ZONA URBANA
84%
ZONA RURAL
74% SABEM LER E ESCREVER 17,1% NÃO SABEM ESCREVER 8,9% ASSINAM APENAS O NOME
LOCAL ONDE COSTUMAM DORMIR
8,3% ALTERNAM 22,1% ALBERGUES 69,6% RUA
Karina Bitencourt
204
karinagbitencourt@gmail.com
KARINA BITENCOURT - CENTRO DE ASSITÊNCIA À POPULAÇÃO EM SITUAÇÃO DE RUA
POPULAÇÃO EM SITUAÇÃO DE RUA EM IPATINGA QUANTO AO GÊNERO:
TEM CONHECIMENTO DA ASSITÊNCIA AO MORADOR DE RUA NA CIDADE?
67,56 %
57% SIM, MAS NAO UTILIZAM 25% DESCONHECEM
32,44%
18 % CONHECEM E UTILIZAM
NATURAL DE IPATINGA?
40,55% 59,45%
NAO
PORQUE NÃO UTILIZAM OS CENTROS DE ASSISTÊNCIA?
SENTEM-SE DESLOCADOS
SENTEM-SE PRESOS
SENTEM-SE INCAPAZES
SIM
LOCALIZAÇÃO DOS CENTROS DE ASSITÊNCIA À POPULAÇÃO DE RUA
CONSULTÓRIO DA RUA ALBERGUE CENTRO POP
205
KARINA BITENCOURT - CENTRO DE ASSISTÊNCIA À POPULAÇÃO EM SITUAÇÃO DE RUA
PROPOSTA Com base nos estudos realizados no trabalho de TCC1, identificou-se a necessidade da criação de um centro de assistência para população em situação de rua na cidade de Ipatinga.
O QUE É ? Um Centro de Assistência para a População de Rua é um equipamento que visa atender as necessidades básicas dos usuários, oferecendo atividades para formação, qualificação pessoal e profissional e alcance de autonomia, bem como proporcionar áreas e condições de convivência dignas e mais humanas entre essa população
OBJETIVOS: Acolher, capacitar e reinserir os usuários no mercado de trabalho e convívio social. Em decorrência melhorar o meio urbano e a cidade como um todo
COMO? Através da criação de um espaço arquitetônico flexível e funcional que relacione público x privado de forma integradora, estimulando a vivencia interação social de ambas as partes.
206
KARINA BITENCOURT - CENTRO DE ASSITÊNCIA À POPULAÇÃO EM SITUAÇÃO DE RUA
PORQUE? Um espaço arquitetônico projetado de forma harmônica interfere diretamente no sucesso das políticas assistenciais ofertadas, que fazem o possível para que essa população tenha uma nova perspectiva de vida e assim deixem as ruas, se reintegrando a sociedade. Os centros de assistência a população de rua já existentes na cidade de Ipatinga não possuem estrutura adequada, são imóveis adaptados sem nenhum planejamento o que acaba por contribuir para insuficiência das atividades ofertadas, como pode ser observado nas imagens abaixo do albergue em funcionamento na cidade:
ESTRATÉGIAS Acolher a população em situação de rua de forma integral - projetando um espaço que atenda suas necessidades básicas como alimentação higiene vestuário e convivência, não só durante a noite mas também durante o dia. Incentivo á autonomia independência - oferecer serviço social e psiquiátrico adequado Fortalecimento de vínculos sociais – realizando a integração desta população com o restante da sociedade através de oficinas, cursos, convivência diária etc. Aliada ao espaço arquitetônico que mescla áreas publicas com áreas privadas destinadas aos moradores em situação de rua. Promover a reintegração no mercado de trabalho – Através da requalificação profissional perspectiva e inclusão produtiva, Através de empregos ofertados pelo próprio centro, como cabelereiros, cozinheiros, agricultores, jardineiros, limpeza geral, feirantes, artesãos, costureiras etc. Participação da população na gestão e manutenção - através de reuniões coparticipavas
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KARINA BITENCOURT - CENTRO DE ASSISTÊNCIA A POPULAÇÃO EM SITUAÇÃO DE RUA
LOCALIZAÇÃO DO EMPREENDIMENTO LOTE ALBERGUE CENTRO POP DETRAN RODOVIÁRIA PREFEITURA
IPATINGA
CENTRO
A partir de todos os dados recolhidos anteriormente, foi possivel chegar ao seguinte programa de necessidades, visando atender da melhor forma a população em situação de rua, mesclando serviços direcionados a eles com serviços de utilidade pública, visando uma maior integração com a sociedade.
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KARINA BITENCOURT - CENTRO DE ASSISTÊNCIA À POPULAÇÃO EM SITUAÇÃO DE RUA
IMPLANTAÇÃO Desde o princípio foi pensado um programa que contemplaria além de abrigo, uma série de outras atividades que ajudariam aos usuários que assim desejassem, a obeter uma nova vida. o Centro de Assitência à população em situação de rua, conta com 7,431m de área construída, fora praças decks e área de lazer externa, atendendo uma média de 1.000 pessoas por dia (entre aqueles que pernoitam, se alimentam ou utilizam quaiquer dos serviços públicos ofertados). A intenção principal é que a praça central juntamente com as marquises/terraço jardim se integre à cidade de forma a trazer um novo conceito tanto do espaço publico X privado quando da experimentação do edificio para toda população!
7
6
5
1
4 2
1 - BLOCO A
5 - ÁREA ESPORTIVA/LAZER
2 - PRAÇA PRINCIPAL
6 - CANIL
3 - BLOCO B
7 - HORTA COMUNITÁRIA
3
4- DECK
PLANTA 1 PAVIMENTO BLOCO A 1 - REFEITÓRIO 2 - BANHEIROS
12
3 - COZINHA
11
4- APOIO COZINHA
10
5 - RECEPÇÃO/TRIAGEM 6 - POUPA TEMPO
9 8
7 - BANHEIROS
7
8 - RECEPÇÃO
4 2
5
6
9 - ÁREA DE FUNCIONÁRIOS 10 - SALAS MÉDICAS
3 1
11 - ASSITÊNCIA SOCIAL 12 - ADMINISTRAÇÃO
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KARINA BITENCOURT - CENTRO DE ASSISTÊNCIA À POPULAÇÃO EM SITUAÇÃO DE RUA
PLANTAS PLANTA 1 PAVIMENTO BLOCO B 1 - RECEPÇÃO / TRIAGEM 2 - CENTRAL DE DOAÇÕES 3 - BANHEIROS
6
5
4- LAVANDERIA PÚBLICA 5 - LOJINHA DE ARTESANATO
4
6 - GUARDA VOLUMES
3
2 1
PLANTA 2 PAVIMENTO BLOCO A
1 - BIBLIOTECA
4
2 - LABRATÓRIO INFORMÁTICA 3 - BANHEIROS
3
4- SALAS DE AULA
2 1
PLANTA 2º,3º E 4º PAVIMENTO BLOCO B 4 3 1 - HALL 2 - COPA 3 - DORMITÓRIOS
2 1
210
4- BANHEIROS
KARINA BITENCOURT - CENTRO DE ASSISTÊNCIA À POPULAÇÃO EM SITUAÇÃO DE RUA
PERSPECTIVAS O Centro de AssitEência à Populção de Rua, conta com dois edificios que se interligam atravéz de uma grande praça, sendo um edificio (bloco A) para atender toda população da cidade, intensificando assim a convivência da população em situação de rua com a sociedade, onde poderão receber atendimento médico, psicológico, dentário e até aulas de cursos profissionalizantes em conjunto com a comunidade, sem esquecer a horta comunitária que fica bem próxima a este prédio que também oferece aulas de jardinagem e cultivo. O outro edificio (bloco B) é chamado de edificio dormitório, pois é aquele que recebe os a população que pernoita, desta forma o prédio abriga todos os equipamentos necessários para o cotidiano destas pessoas, como banheiros, lavandeiria pública, guarda volumes, canil, etc. O centro conta ainda, com um espaço dedicado ao esporte e lazer, que possui uma quadra esportiva, área de escalada, espaço para exercícios funcionais, caminhada, e playground, com o intuito de promover ainda mais a união do Centro de Assitência à população em situação de rua com todo seu entorno, convidando toda população para usufruir e integrar-se aos serviços ofertados no mesmo.
211
LEANDRO AZEVEDO - ESPAÇOS COMERCIAIS NOTURNOS
MAGIC CLUB
LOCALIZAÇÃO
CASA NOTURNA
O lote encontra-se na cidade de Ipatinga/MG
Entre as formas de entretenimento e lazer
na rua Rio Parana, bairro Veneza.
disponíveis ao público estão as casas noturnas, que têm como público alvo jovens. Ipatinga nos últimos anos tem passado por uma fase de desenvolvimento no comercio noturno, com novas instalações, devido a carência que havia na região, porém muitas seguem o mesmo adepto, deixando a cena eletrônica em falta e
BAIRRO
SITUAÇÃO BAIRRO NA CIDADE IPATINGA-MG
focando mais em sertanejo. Com a demanda crescente desse público procurando por esses ambientes, e diferenciados, o tema proposto é a elaboração de um clube de música eletrônica (casa noturna) mista, sendo LGBT em um dia da semana, e onde o foco principal seja a música eletrônica devido ser
RUA RIO PARANA LOTE 24 X 30 M
o estilo musical mais carente na região do Vale
MAPEAMENTO DA ÁREA
do Aço, especificamente em Ipatinga.
ENTREVISTA
VISTA DO LOTE
A região mostra-se mais adequada a locação de um espaço noturno, pois é uma área de ocupação recente, com grandes espaços desocupados e ausência de habitação no entorno. Próximo a esta área tem espaços comerciais noturnos, fazendo com que a área não seja tão isolada e sendo mais seguro para os usuarios. > Contexto urbano
> Pouco movimento
*Inserido na cidade;
* Sem residência;
*Fácil acesso;
*Tranquilo;
> Paisagem privilegiada FONTE: TCC1 ESPAÇOS COMERCIAIS NOTURNOS
*Ver e ser visto; *Vista da cidade;
212
Leandro Moreira Azevedo lleandruh@yahoo.com.br
LEANDRO AZEVEDO - ESPAÇOS COMERCIAIS NOTURNOS
FACHADA CASA NOTURNO MAGIC CLUB
CONCEITO
ESTRATÉGIA
O projeto foi conceituado através do
A fachada de vidro foi pensada de
cubo mágico que foi criado pelo professor de
forma que comunicasse com o externo, e
arquitetura de Budapeste (Hungria), Erno Rubik.
para que as pessoas que passem por fora
Com isso o projeto ganhou uma volu-
possa ter uma visão do interior e se sentir-se
metria mais quadrada e com os pavimentos
convidada a entrar. No interior foi proposto as
girados da mesma forma que o cubo mágico,
áreas restritas para o fundo de forma que a
quando se está montando.
cozinha comunique com pavimento de cima
Muito mais do que apenas na volume-
e para não atrapalhar na estética visual fron-
tria, foi explodido essa ideia para todo o interior
tal. A casa é 100% acessível para PNE, contan-
do projeto.
do com elevador que vai desde ao térreo,
A vegetação no entorno do projeto vem com a proposta de envolver e criar um ambiente mais aconchegante.
pista e camarote da casa, e os espaços de atendimento nos bares e banheiros.
213
LEANDRO AZEVEDO - ESPAÇOS COMERCIAIS NOTURNOS
PROGRAMA DE NECESSIDADE BAR - Térreo
BOATE - 1º e 2 ºPav
– Banheiros;
– Banheiros;
– Banheiro de serviço;
– Bilheterias;
– Cozinha;
– Camarim;
– Depósito;
– Bar;
– DML;
– Recepção/Hall;
– Espaço de mesas interno e externo;
– Salão (Pista de dança);
– Espaço sinuca e mesa de pobelim.
– Camarote
PLANTAS
LEGENDA Deck de acesso ao bar Área externa com mesas
2
Espaço interno Balcão/Caixa Banheiros Cozinha/Lixo/DML/Deposito/Lavabo
ESCADAS 1
1 Acesso à boate e elevador panorâmico
2 Acesso restrito para boate (artistas)
PLANTA TÉRREO - BAR ESCALA GRÁFICA 2m
214
4m
6m
LEANDRO AZEVEDO - ESPAÇOS COMERCIAIS NOTURNOS
PLANTAS
LEGENDA Corredor acesso restrito
2
Palco principal Espaço interno Bar Banheiros Hall de entrada Caixas Escritório Camarim
1
PLANTA 1ºPAV - BOATE ESCALA GRÁFICA 2m
4m
Lavabo
ESCADAS 1 Acesso à boate e elevador panorâmico 2 Acesso restrito para boate (artistas)
6m
LEGENDA Área externa (fumante) Espaço interno camarote Bar Espaço interno Darkroom Banheiros
ESCADA 1 Acesso ao camarote e elevador panorâmico
PLANTA 2ºPAV - BOATE ESCALA GRÁFICA 2m
4m
6m
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LEANDRO AZEVEDO - ESPAÇOS COMERCIAIS NOTURNOS
CORTES
CORTE AA ESCALA GRÁFICA
CORTE BB ESCALA GRÁFICA
2m
2m
4m
4m
6m
6m
IMAGENS INTERNAS
216
VISTA INTERNA BAR
LEANDRO AZEVEDO - ESPAÇOS COMERCIAIS NOTURNOS
IMAGENS INTERNAS
VISTA INTERNA BAR - ESCADA ACESSO BOATE
VISTA INTERNA BOATE
VISTA INTERNA BOATE
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NICOLE DIAS - ASSISTÊNCIA TÉCNICA DO ARQUITETO E URBANISTA NA OCUPAÇÃO URBANA TERRA DE CANAÃ
LEI DE ASSISTÊNCIA TÉCNICA (11.888), APROVADA EM 2008, ATÉ HOJE SÓ EXISTE NA TEORIA. A lei 11.888 está em vigor desde junho de 2009 e garante assistência
técnica
prestada
por
arquitetos e engenheiros a pessoas que querem construir, reformar e ampliar, ou mesmo fazer a regularização fundiária de casas com até 60m2, localizadas em áreas de interesse social e alcança famílias que ganham até 3 salários mínimos. Mas atualmente DADOS DO CAU SOBRE COMO O BRASILEIRO CONSTRÓI
na maioria dos municípios essa lei só existe na teoria.
O TCCI trata-se de um estudo com base em uma analise da assistência técnica do arquiteto e urbanista nas ocupações urbanas organizadas da cidade de Timóteo , abordando a relevância da assessoria técnica na auto construção para uma moradia de qualidade.
218
Nicole Moreira Dias nicolemoreiradias@gmail.com
NICOLE DIAS - ASSISTÊNCIA TÉCNICA DO ARQUITETO E URBANISTA NA OCUPAÇÃO URBANA TERRA DE CANAÃ
RUA MAÇARANDUBA - OCUPAÇÃO TERRA DE CANAÃ
AS OCUPAÇÕES DE TIMÓTEO -Formações iniciadas em março de 2012.
brigadas populares.
-7 ocupações distribuídas em 8 pontos da cidade.
-Em março de 2017, entraram em acordo com o
-Mais de 700 famílias.
atual prefeito, que garantiu a regularização de
-Organizadas socialmente e com apoio das
todas as ocupações.
OCUPAÇÃO ESCOLHIDA - TERRA DE CANAÃ -A ocupação é composta por três vias, Todas elas
-200 famílias vivendo nesta ocupação .
sem asfaltamento.
-Possui um local para reuniões que foi construído
-Aproximadamente 100 moradias, todas de alve-
pelos próprios moradores denominado escritório
naria, sendo que algumas delas, estão localizadas
da ocupação, destacado na figura 1.
em APP (Área de Preservação Ambiental).
FIGURA 1
219
NICOLE DIAS- ASSISTÊNCIA TÉCNICA DO ARQUITETO E URBANISTA NA OCUPAÇÃO URBANA TERRA DE CANAÃ
PROPOSTA Um escritório piloto que oferece a assistência técnica do arquiteto e urbanista na ocupação urbana organizada Terra de Canaã.
Uma identidade visual foi criada para o escritório, denominado Comunitá Arquitetura e Urbanismo. Posteriormente foi feito também um uniforme para ser usado nos dias de atendimento. No dia 01/03 aconteceu a apresentação do escritório para comunidade.
220
NICOLE DIAS - ASSISTÊNCIA TÉCNICA DO ARQUITETO E URBANISTA NA OCUPAÇÃO URBANA TERRA DE CANAÃ
DIVULGAÇÃO DO ESCRITÓRIO No dia 04/03 aconteceu a colagem dos cartazes e a distribuição de panfletos informativos do Comunitá.
ÍNICIO DO FUNCIONAMENTO DO ESCRITÓRIO No dia 04/03 iniciou-se os atendimentos no escritório. A demanda foi alta, 6 moradores solicitaram visitas técnicas.
Casa do Fábio
Casa do Ivan
Casa do Michael
221
NICOLE DIAS - ASSISTÊNCIA TÉCNICA DO ARQUITETO E URBANISTA NA OCUPAÇÃO URBANA TERRA DE CANAÃ
O escritório possui um formato não convencional e o atendimento do mesmo é adaptado a dinâmica e realidade da ocupação. Através de consultas, busca-se uma linguagem de atendimento pragmática.
De ínicio, foi definido que o local para os atendimentos seria no escritório da ocupação todos os sábados a partir das 14Hrs. Posteriormente no decorrer dos atendimentos foi observado que os atendimentos em loco (nas casas/obras) funcionaram com maior eficácia.
PARTICIPAÇÃO EM REUNIÕES INTERNAS E EXTERNAS REFERENTES A SITUAÇÃO DAS OCUPAÇÕES.
ASSEMBLEIA NA CÂMARA DOS VEREADORES QUE OCORREU NO DIA 06/03 NA QUAL ABRIU-SE ESPAÇO PARA DISCUTIR A SITUAÇÃO DAS OCUPAÇÕES, QUE FIZERAM SEUS APELOS PARA REGULARIZAR AS MESMAS.
MODELO DE FINANCIAMENTO O financiamento não tem o auxílio do poder público. No Brasil existem empresas que apoiam o desenvolvimento de negócios sociais, como a internacional Ashoka e a brasileira Artemisia. Os Moradores são de baixíssima renda e precisam de iniciativas coletivas para captação de verbas. A primeira iniciativa foi organizar bazares para realizar pequenas intervenções nas moradias mais precárias.
222
NICOLE DIAS - ASSISTÊNCIA TÉCNICA DO ARQUITETO E URBANISTA NA OCUPAÇÃO URBANA TERRA DE CANAÃ
BAZAR COMUNITÁ Com a ajuda de doações no dia 13/05 o comunitá realizou seu primeiro bazar beneficente na ocupação Terra de Canaã para intervenção nas moradias que mais necessitam de pequenas reformas.
ARTE PARA DIVULGAÇÃO DO BAZAR NAS MÍDIAS SOCIAIS
CURSOS DE CAPACITAÇÃO PROFISSIONAL NA ÁREA DE CONSTRUÇÃO CIVIL O Comunitá em parceria com a ONG CATOS, Brigadas Populares, Sociedade São Vicente de Paula e coordenação de morarores da ocupação Terra de Canaã, estão promovendo cursos de capacitação profissional na área da construção civil, com o objetivo de promover a oconstrução da autonomia, fonte de renda, empoderamento social e habilidades necessárias para a auto construção de moradias dignas e de qualidade.
REUNIÇÃO REALIZADA NO DIA 01/06 A RESPEITO DOS CURSOS PROFISSIONALIZANTES. PARA ESTA CONVERSA, CONTAMOS COM A PRESENÇA DOS LÍDERES DA OCUPAÇÃO IVAN E NENIRA, A PRESIDENTE DO CATOS CONCEIÇÃO, SEBASTIÃO A ASSOCIAÇÃO SÃO VICENTE DE PAULO E JOSÉ CARLOS.
223
RENATA FLAVIA DE SOUZA SOARES - UMA CASA PARA A CLASSE C
PANORAMA GERAL TCC 1
CASA A+A
Tcc 1 foi uma investigação sobre a casa da classe em Coronel Fabriciano. Importância da casa para a classe C;
A classe C brasileira representa mais de 50% da população, é composta, por 91,8
Acesso à casa própria exige dessa
milhões de brasileiros. Para a FGV (Fundação
classe um grande e longo investimento de
Getulio Vargas), uma família é considerada de
tempo;
classe média (classe C) quando tem renda Auto Construção, não tem planeja-
mensal entre R$ 1.064 e R$ 4.591, com renda
mento técnico, contratação de engenheiros
familiar per capita mensal entre R$ 291,00 e R$
ou arquitetos, tornando maior o custo da casa
1.019,00 (dados de 2012).
ou, mesmo, transformando os espaços inadequados para uso.
PROPOSTA TCC 2
Reduções no orçamento doméstico,
Elaborar um projeto para um cliente
comprometendo expressivamente o acesso a
real da classe C testando um método desen-
vestuário, alimentação, saúde, educação dos
volvido pelo arquiteto argentino Rodolfo
filhos.;
Livingston para atender as demandas popuAquisição do lote, pela informali-
lares em projetos e reformas de casas.
dade, não cumprimento das normas urbanísti-
Baseado em uma série de técnicas
cas, conformando espaços de ocupação
participativas que podem definir coletiva-
aleatória, densos, deficientes de infraestrutura,
mente as necessidades e desejos dos usuários
portanto em condições de habitabilidade pre-
como a solução arquitetônica que melhor
cária”.
resolve. Vem da sua vasta experiência com A família adquire um lote, faz a base,
setores da classe média.
levanta as paredes, põem uma cobertura e
O método: uma série de reuniões
geralmente já se muda para a casa e passa
entre o arquiteto e seu cliente, a família por
conviver com obras por muito tempo, “comer
completo, destinados a demarcar a demanda
muita poeira”.
do cliente (o projeto) a partir de suas necessi-
Muitas famílias passam anos constru-
dades e aspirações.
indo suas casas, ano após ano, a casa sofre alterações, estéticas e em sua configuração, acrescenta novos cômodos, cresce para os lados, para frente, para trás e para cima, tentando adequar-se a dimensão da família, à chegada de novos membros (sejam noras, genros, filhos, ou outros familiares), ou ainda transformando local de trabalho.
224
Renata Flavia de Souza Soares renataflass@gmail.com
RENATA FLAVIA DE SOUZA SOARES - UMA CASA PARA A CLASSE C
MÉTODO DE LIVINGSTON 1. O Pacto
2.5 A Família;
1.1 Pre-entrevista: contato inicial, explicação método, família, tipo de serviço, tipos de prob-
2.6 Mapeamento do Lote. 3. Criatividade e desenvolvimento de variantes:
lemas, quando, quanto. de
É a elaboração do projeto. Diferentemente do
trabalho,etapas, valor, fechamento do contra-
que acontece no procedimento convencional, o
to, pedir os clientes para trazer o lote desenha-
cliente encontra com o arquiteto e participa de
do no próximo enconto.
todo o processo.
1.2
Primeira
2.
entrevista:
Informação
e
roteiro
recursos
do
cliente/Mapeamento; 2.1 O projeto do cliente(PC): Desenho do
4. Apresentação de Variantes: É apresentado ao cliente o projeto. 5. Ajuste Final:
cliente da casa ou do lote;
Se ouver alguma alteração o arquiteto ajuste
2.2 Mais e Menos: O que mais gosta e me nos
conforme o cliente solicitou.
gosta no ambiente em que vive; 2.3 Casa dos Sonhos: Pedir o cliente para
Com base no metodo de linvingston e
desenhar a casa dos sonhos dele;
com o que aprendi na faculdade desenvolvi o
2.4 Breve relato do cliente sobre o local e sobre
meu metodo que foi realizado.
eles; FOTO DO CASAL AMANDA E ALAN NO NOSSO PRIMEIRO ENCONTRO
225
RENATA FLAVIA DE SOUZA SOARES - UMA CASA PARA A CLASSE C
METODO DA RENATA INFORMAÇÃO E RECURSOS DO CLIENTE/MAPEAMENTO
CASA DOS SONHOS AMANDA
DESENHO DO CLIENTE LOTE
MAIS E MENOS
ALAN
226
RENATA FLAVIA DE SOUZA SOARES - UMA CASA PARA A CLASSE C
CASA DOS SONHOS
O LOTE
A HISTÓRIA
A FAMÍLIA
227
RENATA FLAVIA DE SOUZA SOARES - UMA CASA PARA A CLASSE C
CRIATIVIDADE E
CONCEITO
DE VARIANTES
ZONA RURAL + CIDADE = CASA A+A = PEQUENA PAUSA NA PAISAGEM URBANA
PROGRAMA DE NECESSIDADES
Local para assistir TV, series, filmes, jogos, lutas e etc.
Local de dormir para o casal;
Local para cozinhar;
Local para tomar banho, higiene;
Local para higiene;
Local de dormir para os futuros filhos;
Local de lavar roupa;
DESENVOLVIMENTO
Local higiene dos futuros filhos;
Local para fazer as refeições;
Local para guardar uma moto e um futuro carro; Local para fazer churrasco, pequenas festas e
228
receber visitas.
RENATA FLAVIA DE SOUZA SOARES - UMA CASA PARA A CLASSE C
ESTRATEGIAS Vazios: São repletos de jardins que podem ser vistos de todos os ambientes possibilitando ventilação cruzada, maior iluminação natural e uma incrível conexão visual de qualquer parte da casa; Cobogó: ilumina e ventila a fachada oeste sem penetrar a privacidade; Localização da casa no lote: aproveita ao máximo a iluminação e ventilação natural, a casa se fecha para o sol torrido do meio dia, se abre totalmente para o sol da manha e timidamente para o sol da tarde; Setorização: Térreo fica toda vida social e de serviços da casa. Primeiro pavimento fica toda a área privada. Arvores, Hortas e jardins: Remeter ao morador um espaço com referências da sua antiga casa na zona rural, possibilitando assim um sentimento de pertencimento, fazendo com que ele se aproprie do espaço. Local de cozinhar próximo a churrasqueira: integram o local de comer e o de preparar alimentos, podendo servir para fazer churrascos, festas e receber a família e amigos; Casa se fecha pra rua: privacidade e se abre para os jardins: integração; Material tijolo ecológico de solo cimento: Elemento plástico, estrutural e sustentável, segunda pele.
229
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230
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232
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233
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234
235
SAMARA CARDOSO MARQUES - A UTILIZAÇÃO DO CONTAIER NA ARQUITETURA
HTTP://WWW.PORTALRESIDUOSSOLIDOS.COM/CLASSIFICACAO-DOS-RESIDUOS-DA-CONSTRUCAO-CIVIL-NO-BRASIL/
IMPACTOS AMBIENTAIS DA CONSTRUÇÃO CIVIL Com os avanços da construção civil houve-se a necessidade de adaptação de novas técnicas construtivas. A sustentabilidade e o planejamento habitacional passaram a impactar fortemente
na
concepção
dos
projetos
arquitetônicos e nos métodos construtivos adotados. Fatores como a geração e manejo de resíduos, fontes de extração de matéria-prima, reutilização de materiais, melhor utilização dos espaços e infraestrutura, são, hoje, de grande importância para a área. Nesse sentido, há o constante debate
TIBÚRCIO, 2012).
sobre melhores práticas na arquitetura e con-
A arquitetura busca difundir novas manei-
strução, incluindo a utilização de recursos que
ras construtivas que minimizem os impactos ambi-
causem menor impacto ambiental e ofereçam
entais para maiores ganhos tanto econômicos,
novas possibilidades estruturais. Assim, exige-se
quanto sociais e ambientais. Diversos projetos feitos com materiais
da arquitetura técnicas que conciliem responsabcusto-benefício
alternativos são encontrados pelo mundo, isso
aceitável e viabilidade dos projetos (PAULA;
comprova que é possível ter uma arquitetura de
ilidade
ambiental,
relação
qualiddade e utilizando de materiais não conven-
236
cionais.
SAMARA CARDOSO MARQUES - A UTILIZAÇÃO DO CONTAIER NA ARQUITETURA
CONTAINER COMO MATERIAL ALTERNATIVO
HTTP://WWW.SOLUCOESINDUSTRIAIS.COM.BR/EMPRESA/CONTEINER
Um bom exemplo é a utilização de containers na estrutura de edificações. Muito utilizados no transporte de cargas entre portos, os containers, gradativamente, estão sendo aceitos em projetos arquitetônicos, em substituição da alvenaria. Container é, segundo a empresa Ampla Containers (2016), que atua na venda de containers, “uma caixa, construída em aço, alumínio ou fibra, criada para o transporte unitizado de mercadorias e suficientemente forte para resistir ao uso constante”. As dimensões de um container é medida em pés (') e polegadas ("), podendo ser abertos ou fechados, além da opção com controle de temperatura, para cargas congeladas ou refrigeradas. Os containers são utilizados no transporte marítimo de cargas desde 1966, quando o primeiro porta-containers cruzou o oceano Atlântico com 600 unidades dessa estrutura. No início da década de 80 os containers se espalharam pelo mundo, sendo utilizado em todos os portos que ofereciam a estrutura
necessária
para
manuseá-los
(AMPLA CONTAINERS, 2016, p. 1).
237
SAMARA CARDOSO MARQUES - A UTILIZAÇÃO DO CONTAINER NA ARQUITETURA
A construção usando containers pode ser uma opção viável ao investidor/propri-
recursos, quanto no volume de resíduos e emissão de poluentes.
etário, com vistas em redução do custo da
A efetiva reutilização dos containers
obra, o que pode ser possível não só pelo uso
como estruturas para a construção de casas
de uma estrutura mais barata, mas também
depende de uma transformação de mentalidade
pela redução do tempo de execução. Assim,
dos profissionais da área, também dos investi-
gasta-se menos com mão de obra – consid-
dores e toda a sociedade. As mudanças culturais
erando o custo diário –, com manejo de entul-
precisam ser tanto em aumento da consciência
hos após a conclusão da obra e reduz o tempo
ambiental e da necessidade de se construir de
de locação de outro imóvel de moradia para a
forma menos agressiva ao meio ambiente,
família (quando for esse o caso).
quanto de aceitação do container como um ma-
Além disso, há interessante valor am-
terial de qualidade e que pode oferecer conforto
biental em casas edificadas com containers,
para os ocupantes. Para tanto, profissionais
“desafogando”
containers
como engenheiros, arquitetos e os de áreas
sucateados pelo setor logístico-portuário, dan-
operacionais da construção precisam acreditar
do-lhes nova utilidade, e, evitando maiores
nas possibilidades desse tipo de obra, investir em
impactos ambientais na realização de uma
conhecimento e aprimorar técnicas.
os
galpões
de
edificação tradicional, tanto pela extração de
HTTP://WWW.DECORFACIL.COM/CASAS-FEITAS-COM-CONTAINERS/
238
SAMARA CARDOSO MARQUES - A UTILIZAÇÃO DO CONTAINER NA ARQUITETURA
O PROJETO O desenvolvimento de um projeto residencial unifamiliar não tem limitações com relação as suas formas e cores, o uso da criatividade para compor seus traços é o que torna o projeto inédito. Seguindo essa linha de raciocínio aliada ao comprometimento com a sustentabilidade, compromisso com o meio ambiente, é que surge a proposta de uma casa utilizando contêineres marítimos. O projeto foi pensado para que comtemplasse aspectos rústicos aliados aos traços modernos. Outros aspectos presentes na proposta são o conforto, ambientes bem iluminados, jogo de cores, harmonia
entre os ambientes e espaços relativamente amplos levando em conta as
dimensões dos contêineres. Uma característica muito importante presente no projeto é a sustentabilidade, pois a reutilização do próprio contêiner já tem relação com a reciclagem.
PROGRAMA
O lote escolhido escolhido está localizado no bairro Santa Helena em Coronel Fabriciano, Minas Gerais. O bairro possui uma área total de 0,2 km², limitando-se com os bairros Santa Terezinha, Bom Jesus (a leste), Professores (a norte), e Centro ( a oeste ), e com o município de Timóteo (a sul).
239
SAMARA CARDOSO MARQUES - A UTILIZAÇÃO DO CONTAINER NA ARQUITETURA
VIABILIDADE
A escolha do lote se deu por ser um bairro residêncial , com proximidade ao centro da cidade e a varios bairros, acesso facilitado pela malha de transporte e acesso aos comércios, serviços e equipamentos institucionais sem precisar fazer grandes deslocamentos
FLUXO DE CARROS E PESSOAS
LEGENDA TERRENO FLUXO MODERADO DE CARROS FLUXO BAIXO DE CARROS
FLUXO MODERADO DE PESSOAS FLUXO INTENSO DE PESSOAS
240
SAMARA CARDOSO MARQUES - A UTILIZAÇÃO DO CONTAINER NA ARQUITETURA
DIAGRAMA MODULAR DA CASA CONTAINER
MAPEAMENTO USUÁRIOS
241
SAMARA CARDOSO MARQUES - A UTILIZAÇÃO DO CONTAINER NA ARQUITETURA
PLANTAS BAIXAS
PLANTA BAIXA HUMANIZADA 1º PAV. 0
1
2
3
5
PLANTA BAIXA HUMANIZADA 2º PAV. 0
242
1
2
3
5
Linha de Pesquisa
SISTEMAS CONSTRUTIVOS E ESTRUTURAL
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248
249
Linha de Pesquisa
URBANISMO E DESENHO URBANO
ELISA MATIAS SOARES - PLANO DE REQUALIFICAÇÃO URBANA- O PARQUE DAS ÁGUAS
PLANO DE REQUALIFICAÇÃO URBANA. ESTUDO DE CASO BAIRRO JK CORONEL FABRICIANO A requalificação urbana trata- se de ações que visam a melhoria da qualidade do ambiente nas cidades através da integração e articulação da: -Mobilidade urbana -Coesão social -Cultura -Habitação Com objetivo de melhorar a : -Vitalidade Urbana IMAGEM AEREA DO BAIRRO JK NA CIDADE DE CORONEL FABRICIANO.
-Apropriação dos espaços -Qualidade de vida
Deste modo foi realizado no TCC1 um estudo
Visto isso, o TCC1 permitiu a reflexão da
sobre como a dinâmica das cidades influencia
necessidade e importância da requalificação
na frequente mudança no cenário urbano.
das áreas negligenciadas, pouco apropriadas,
A importância desse estudo se dá no fato de
subutilizadas e livres para que haja qualidade e
que tais fatores refletem diretamente na quali-
vitalidade urbana das áreas além de uma
dade espacial e paisagística, na vitalidade
melhor interação entre os moradores locais.
urbana, no comportamento do usuário com espaço e na melhor apropriação do espaço.
Elisa Matias Soares elisamsoares@outlook.com
251
ELISA MATIAS SOARES - PLANO DE REQUALIFICAÇÃO URBANA- O PARQUE DAS ÁGUAS
VISTA PARCIAL DO BAIRRO JK
JUSTIFICATIVA DO PLANO DE REQUALIFICAÇÃO URBANA
APRESENTAÇÃO DO TCC2
Através do mapeamento feito no tcc1, foi
O plano de requalificação do bairro JK,
possível perceber uma carência de áreas livres
tem como objetivo requalificar os espaços
de uso público no bairro JK e a necessidade
pouco apropriados do local a fim de potenciali-
que os moradores sentem das mesmas.
za-lo; Fortalecendo o planejamento urbano, o
A partir disso foi feito para o tcc2 um plano de requalificação, das áreas que se
uso e ocupação do solo e a interação dos moradores com a área.
encontram em desuso ou mau uso, para que
O plano será efetivado através do estudo
haja uma efetiva apropriação desses espaços,
do bairro e mapeamento, os quais possibilitaram
tornando-os em ambientes sadios, de descan-
a criação de diretrizes que resultaram em uma
so, que tenham contato com a natureza e
melhor
resultando assim em cenários urbanos que
urbanísticas e consequentemente no plano de
tenham vitalidade e qualidade urbana.
requalificação urbana
252
estruturação
urbana,
intervenções
ELISA MATIAS SOARES - PLANO DE REQUALIFICAÇÃO URBANA- O PARQUE DAS ÁGUAS
O Bairro JK Nome do bairro de intervenção: Bairro Juscelino Kubitschek. Localidade: À margem esquerda do Córrego Caladão, fazendo divisa com o Bairro Vila Bom Jesus e com propriedades rurais. Suas principais vias de acesso são a Avenida Cananéia e a Rua Geraldo Rodrigues Soares. Município: Coronel Fabriciano.
INSERÇÃO DO BAIRRO EM MG E CORONEL FABRICIANO
Histórico Há aproximadamente 50 anos, os terrenos que pertenciam à Mitra Diocesana de Mariana, localizados próximos ao Córrego Caladão começaram a ser doados e invadidos. Loteada no ano de 1971, sob mandato do prefeito Mariano Pires Pontes foi oficialmente criado. Há um pequeno curso d’água que se inicia na parte alta do bairro e atravessa o quarteirão desde a curva da Rua Geraldo Rodrigues Soares até a Rua 10, esta área, conhecida como Gabião.
Há aproximadamente 15 anos, uma quadra definida entre a Rua José Fortunato de Assis e a Rua Cinco, começou a ser invadida e por se tratar da ocupação irregular de uma área com declividade bastante elevada, observam-se problemas de deslizamento de terra e desmoronamento.
ACROZONEAMENTO EXISTENTE/ ÁREA ESPECIAIS
253
ELISA MATIAS SOARES - PLANO DE REQUALIFICAÇÃO URBANA- O PARQUE DAS ÁGUAS
MAPEAMENTO | CONCEITO | RESULTADO
O BAIRRO JK
O conceito A proposta do plano de requalificação urbana se dá através de:
cendo a vitalidade, qualidade e apropripriação urbana e apropriação dos usuários com espaço. •Oferecer infra estruturas dignas, que propiciem moradia, lazer e serviços urbanos, favorecendo a qualidade urbana.
Mobilidade urbana
Infra-estrutura
Paisagem
•Ofertar espaços para criação de HIS de forma a estimular as políticas de habitação social, pro-
O resultado
movendo sua integração com as políticas
Diretrizes urbanísticas
públicas urbanas, ambientais e sociais.
•Fortalecer as demandam políticas de inter-
•Disciplinar e melhorar as condições de circu-
venção e parâmetros urbanísticos, fortalece-
lação e fluxo de veículos, ciclistas e pedestres nas áreas de intervenção. •Potencializar a mobilidade de pedestres e
254
ciclistas.
ELISA MATIAS SOARES - PLANO DE REQUALIFICAÇÃO URBANA- O PARQUE DAS ÁGUAS
Através do mapeamento, diagnóstico local feito e das diretrizes criadas para o bairro JK, delimitar O espaço Da área de intervenção, possibilitando assim a elaboração do Plano de Requalificação
Urbana
que
atuará
como
elemento de estruturação urbana.
Áreas especiais de interesse urbanístico e ambiental O PERÍMETRO DE INTERVENÇÃO
Zona 1- Área especial ecológica, sobrepõe a ZPA devido a suas características favorece a preservação, proteção. Zona 2- Região que apresenta características paisagísticas significativas para área de intervenção, devido as suas características espaciais e paisagísticas favorece a potencialização dos espaços existentes além da concepção de espaços para interação e lazer. Zona
3-
Área
especial
de
ocupação
espontânea, que favorece uma requalificação da área para oferta de áreas para HIS suas qualidades. MACROZONEAMENTO DO PLANO DE REQUALIFICAÇÃO URBANA DO BAIRRO JK
1- Setor de lazer: Área verde com mirante contemplativos e gruta com a padroeira da comunidade. 2- Setor ecológico: Área verde com trilhas e espaços para piquenique. 3- Setor de interação: Rua compartilhada que se desenvolve no decorrer do curso d’água. 4- Setor de interesse social: Área de oferta para possível concepção de HIS. 5- Setor de recreação Área com brinquedos, equipamentos de ginástica, quadra esportiva, pistas de skate e bicicleta e quiosques de alimentação.
255
ELISA MATIAS SOARES - PLANO DE REQUALIFICAÇÃO URBANA- O PARQUE DAS ÁGUAS
PARQUE DAS ÁGUAS JK | O RESTAURO DAS ÁGUAS A área escolhida para detalhe da intervenção
Camas jardim
MACIÇOS ARBORÉOS
objetivo a sanar as carências do bairro, potencial-
Curso d’água restaurado
DECKS
izar a apropriação dos moradores, a interação e
Banco
abrange toda Av. Cananéia e seu entorno.Com
convivência dos usuários locais com espaço, além de potencializar a vitalidade urbana e a qualidade de vida.
Áreas verdes
ESPAÇO KIDS Horta comunitária Muro dos sonhos
Pavilhão da versatilidade
Mesa comunitária Arquibancada
O PERÍMETRO DE INTERVENÇÃO
B;B
B;B
A;A
A;A
PARQUE DAS ÁGUAS | IMPLANTAÇÃO GERAL
CORTE A;A
1m
2m
3m
256
ELISA MATIAS SOARES - PLANO DE REQUALIFICAÇÃO URBANA- O PARQUE DAS ÁGUAS
PARQUE DAS ÁGUAS JK | O RESTAURO DAS ÁGUAS
Corte B;B
Zoom corte B;B
5m
10m
15m
Zoom 2- corte B;B
5m
10m
15m
257
ELISA MATIAS SOARES - PLANO DE REQUALIFICAÇÃO URBANA- O PARQUE DAS ÁGUAS
PARQUE DAS ÁGUAS JK | O RESTAURO DAS ÁGUAS
Pista de carros
Pista de carros
Área 1
Área 2
ÁREA 3
258
ÁREA 4
ÁREA 5
ELLEN MARIANA BARBOSA - PRAÇAS SENSORIAIS
PRAÇAS SENSORIAIS: A VALORIZAÇÃO DOS SENTIDOS NO ESPAÇO PÚBLICO A palavra Praça recebe diversas
Ao longo dos anos, e com o cresci-
definições e especificações de uso, em sua
mento exacerbado das cidades, o papel das
maioria voltada para a classificação como um
praças se modificou; passou a ser local de
espaço público e urbano. Com diferentes tipo-
circulação, curta permanência, prática de
logias e livre de edificações, configuram
esportes, lazer, estética, referência, troca de
espaços ideais para os pedestres mantendo
experiências e valores.
sempre o conceito de encontro.
FOTO NOTURNA ATUAL PRAÇA 1° DE MAIO - TIMÓTEO MG
A partir da integração de novos usos,
Desta forma, para revalorizar o seu
as praças contemporâneas surgem como um
papel, passa a ser um ambiente não apenas
território a ser explorado, com novas formas
construído, mas um espaço que oferece sen-
de experimentações e linguagens.
sações, experiências e imaginação.
Tem por finalidade construir espaços
Para entender a relação da arquitetu-
atrativos, de encontros e acontecimentos que
ra e das praças públicas vinculadas aos senti-
por sua vez, através de intervenções, surgem
dos do corpo, foi desenvolvido um trabalho na
como uma reação a vida reclusa em espaços
Praça 1° Maio situada na cidade de Timó-
fechados.
teo-MG.
Ellen Mariana Barbosa emarianabarbosa@gmail.com
259
ELLEN MARIANA BARBOSA - PRAÇAS SENSORIAIS
PRAÇA 1º DE MAIO ANTES DA REFORMA VISTA DE CIMA
PRAÇA 1º DE MAIO APÓS A REFORMA VISTA DE CIMA
PRAÇA 1° DE MAIO: IDENTIDADE, CULTURA E USOS Pode-se definir a Praça 1° de Maio como um símbolo referencial para a cidade de
a Praça 1° de Maio, para entender quais os sentimentos e sensações vivenciadas no local.
Timóteo. Quando se fala em praça, referem-se
Foram realizadas entrevistas com pes-
ao centro como um todo, e a praça fica conhe-
soas in loco, a fim de entender quais as relações
cida como coreto. Nessa relação percebe-se
de usos e experiências vivenciadas, com foco na
um exemplo de influência cultural antiga,
importância da praça para a cidade e moradores.
criando uma relação de identidade entre a
Dessa forma é possível observar as conexões
praça e a cidade. A praça possui diferentes
sensoriais do corpo com o espaço, através da
usos, alguns que se tornaram elementos
memória, sentimento de pertencimento e sen-
culturais. Ainda nessa relação de identidade, os
sações.
usuários por terem o hábito de freqüentarem todos os dias, no mesmo horário acabam sendo seres corpóreos, fazem parte do lugar, criando laços de pertencimento. Dentro desse contexto, se constrói relações corpo + espaço; e o espaço edificado pelo homem, proporciona atividades em seu meio com a função de aproximar o homem, que ao se identificar, terá prazer em ocupar. Nessa ótica, foi feito um mapeamento a partir dos usos e relações dos indivíduos com
260
PRAÇA DE JOGOS CONVÍVIO CIRCULAÇÃO TAXI I MOTO TÁXI LAVA CARROS ATIVIDADES FISICAS
ÁREA MAIS ULTILIZADA
261
ELLEN MARIANA BARBOSA - PRAÇAS SENSORIAIS
PROCESSO DE INTERVENÇÕES Construindo Idéias - Placemaking Com o intuio de aproximação dos reais desejos e necessidades de quem vive ou visita a praça, foi realizado uma oficina participativa com a comunidade. O objetivo era iniciar um processo coletivo e participativo para organizar as vontades de quem ocupa, promovendo a partir do resultado, novas intervenções. Foi colocado um cavalete com um cartaz, com a seguinte frase: o que você quer da praça? Os reultados foram: flores, teatro, musica, exercicios, literatura e encontos.
Mémorias Compartilhadas Mostrar que uma praça pode ser mais que uma praça. Pode ser um lugar de encontro, experiencias e memórias. Para isso a interveção tem o objetivo de contar histórias da praça por diferentes olhares e vivências. Foi entregue as pessoas que circulavam pela praça, papéis onde eram registrados de alguma forma mémorias em relação a praça. As memórias foram expostas no coreto como forma de mostrar a população usos e vivências de quem frequenta.
262
ELLEN MARIANA - PRAÇAS SENSORIAIS
1- Como o conceito de Placemaking se aplica? O conceito foi aplicado a partir das
2- Como os sentidos do corpo podem ser potencializados?
intervenções participativas, onde foi possível
A partir do estudo da praça e de uma
entender o que as pessoas buscavam desse
leitura urbana do entorno imediato, foi feito uma
espaço. A partir do resultado foi possivel pensar
setorização como estratégia de potencializar os
em um plano de ação para contribuir com
usos e os sentidos. Portanto cada setor recebeu
ideias e práticas para ajudar cidadãos, prefeitu-
sentidos referentes a atividades desenvolvidas
ra, empresas e todos demais interessados em
ali. Trata-se de uma reabilitação da praça, sem
construir melhores praças públicas.
desconsiderar seus usos e relações ja consolidadas com seus usuários, tornando-se acolhedora,
Mapa de setorização sensorial
interativa e identidade.
MAPA DE SETORIZAÇÃO
Setor 1: zona de atividades fisícas ja existente. Potencializada ao permear o interior da praça permitindo maior integração do usuário. Trabalha todos os sentidos, principalmente a visão através dos spots de iluminação que demar-
Setor 3: zona multifuncional com atividades espontãneas, culturais, local para jogos, descanso e circulação. Sentidos aguçados através das cores/ atividades/ movimento/ contemplação.
cam o percurso. Setor 4: jardins já existentes, agora pensados de Setor 2: promove a circulação e o encontro de pessoas. Espaço já existente, mas que mantém ligação com os jardins, agora sensoriais. Dessa forma permite aguçar a visão, olfato e paladar.
forma sensorial. Capazes de atrai o usuário pelo plantio de flores que trabalham o olfato, paladar, visão, tato e audição.
263
ELLEN MARIANA BARBOSA - PRAÇAS SENSORIAIS
Iluminação Por apresentar baixa iluminação nas extremidades do circuto demarcado, foi pensado uma iluminação evidenciando o espaço destinado a atividades fisicas. Esse espaço agora se estende a outras regiões no interior da praça. Luminária: DecoScene de embutir.
Jardins Sensoriais Plantas ornamentais por toda a praça, com a função de trabalhar os sentidos do corpo. Foram escolhidas plantas de porte pequeno, para trabalhar a questão de segurança local.
Visão através das cores
Olfato e paladar através do cheiro que emitem.
Tato através das texturas
Audição com o entrelaçar das folhas através do vento
Fluxo Pensando na função da praça para receber eventos da cidade, pode-se fazer a leitura de uma extensão; utilizando das vias no entorno imediato, sem alterar o fluxo sentido centro x bairro e o centro comercial em si. Desdobramentos Finais Vias interditadas
- Setembro/2017: lançamento da proposta de reformulação
Sentido de fluxo das vias
do plantio na praça juntamente com a Prefeitura e Setor de
ativas
Meio Ambiente. Mostrando que cada praça desempenha diferentes usos e funções de acordo com o local inserido.
264
- Setembro/2017: Lançamento do site juntamente com o setor de comunicação da prefeitura.
KÁSSIA SOUZA DUARTE - O FENÔMENO DA CIDADE
O PROCESSO DE APROPRIAÇÃO DA IDENTIDADE A apropriação é uma característica
mesa, portas, janelas. “As coisas concretas que
própria da natureza humana. Ao se apropriar
constituem
nosso
mundo
de um lugar o indivíduo busca se relacionar a
inter-relacionam de modo complexo e talvez
partir daquilo que lhe torna reconhecível,
contraditório.
identificável, de maneira a se sentir pertencido
exemplo, podem compreender outros. A
no novo espaço. O cotidiano é composto por
floresta compõem-se de árvores e a cidade é
fenômenos; pessoas, animais, ruas, texturas,
feita de casa.”(NORBERG-SCHULZ, Christian).
Alguns
dado
fenômenos,
se por
terra, pedra, árvores, mobílias, objetos, cama, BRASIL MG CORONEL FABRICIANO
A pesquisa tem como objetivo analisar a influência da cidade de Coronel Fabriciano e sua identidade no cotidiano de seus cidadãos. A princípio, afim de compreender
as
relações
de
pertencimento das pessoas com os lugares, foram feitas entrevistas com CORONEL FABRICIANO - FOTO POR THIAGO MELO
estudantes que não possuíam moradia fixa na cidade, para que os mesmos apresentassem
uma
análise
pessoal
quanto a sua relação com a cidade.
Total de 28 entrevistados
Kássia Souza Duarte kassiasduarte@gmail.com
265
KÁSSIA SOUZA DUARTE - O FENÔMENO DA CIDADE
Assim como a floresta compõem-se de árvores, a cidade é feita de casas, e dentro delas existem inúmeros espaços arquitetônicos capazes de desenvolver uma ligação com o usuário. Esta relação se dá a partir das conexões desenvolvidas pela memória cognitiva responsáveis por estabelecer o pertencimento. A arquitetura tem como um dos seus princípios estreitar a relação entre indivíduo ao seu modo de habitar, como afirma Christian Norberg em “identifica o potencial fenomenológico da arquitetura como a capacidade de dar significado ao ambiente mediante a criação de lugares específicos”. Esta relação acontece quando os fenômenos envolvidos possuem caráter operante e tornam cada detalhe uma qualidade peculiar do ambiente ou seja, necessários.
ANÁLISE DE DADOS O resultado das entrevistas girou entorno das conexões com objetos, ações do cotidiano e no que se refere a valorização da estrutura do lugar. A partir das respostas obtidas foi possível estabelecer uma compreensão de que o pertencimento é construído pela ligação do usuário no espaço, proporcionado a partir das ações e objetos familiarizados que são capazes
de trazer
proximidade
entre
os
mesmos. No entanto, não houve uma relação com a estrutura física do lugar, nem mesmo nos percursos realizados no cotidiano.
CABEÇEIRA DE CAMA PERSONALISADADA
Imagens tiradas durante as entrevistas, dos objetos relatados pelos entrevistados. Relação de aproximidade com o lugar em que moram a partir dessas conexões de objetos e ações.
objeto
82%
ação
75%
estrutura
23%
nenhuma
17%
*Resultado com base nas entrevistas
266
MOBILIÁRIO
ADORNO NA PAREDE
KÁSSIA SOUZA DUARTE - O FENÔMENO DA CIDADE
DO MICRO AO MACRO Na década de 60, Kevin Lynch afirmou que “Evidentemente estar perdido é justo o oposto do sentimento de segurança que distingue o habitar.”, pois ele está relacionado à maneira que nos identificamos no lugar.
Cores, cheiros, texturas, formas, estruturas, sabores, paisagens, elementos encontrados no cotidiano, são capazes de fazer com que a estrutura de um lugar não sejam imóveis, fixas, e sim transportadas a partir do momento em que fazem parte da identificação inseridos em um novo espaço, isto é a definição de lugar passa a ser guiado mais uma vez pela memória.
Para obter uma visão mais ampla de como a identidade da cidade está totalmente relacionada no sentimento de pertencimento de seus habitantes, a segunda etapa do trabalho buscou investigar as relações de identidade da cidade, em uma escala maior, aos olhos dos moradores, visitantes e naturais da cidade, uma vez que a construção da cidade se dá de acordo com a construção da identidade. FOTO POR THIAGO MELO
FOTO POR THIAGO MELO
267
KÁSSIA SOUZA DUARTE - O FENÔMENO DA CIDADE
Para iniciar a conversa com as pessoas
Alguns pontos citados:
da cidade de Coronel Fabriciano, foi apresentado um conjunto de fotografias da própria cidade,
PRAÇAS
CASAS
com a intenção de questioná-los quanto as relação afetivas com as mesmas. Ao longo das entrevistas, os participantes citaram lugares que
IGREJAS
diziam ter conexões a partir da vivência e
ESCOLAS
identificação do lugar.
A VALORIZAÇÃO DO ESPAÇO ARQUITETÔNICO
RODOVIÁRIA
Porém, ficou claro que apesar da valorização da história da cidade, o entorno não s
FOTO POR THIAGO MELO
Ficou entre os mais citados locais de
Terminal Rodoviário de Coronel Fabriciano é uma
afetividade na região o Terminal Rodoviário, por
estação rodoviária que funciona como terminal de
estabelecer pontos de conexão com a cidade,
passageiros no município brasileiro de Coronel
tanto para os moradores quanto visitantes. Na
Fabriciano, no interior do estado de Minas Gerais.
tentativa de transmitir um pouco da história, o
Inaugurado em setembro de 1988, foi construída
terminal conta com alguns monumentos e fotos
também, alguns meses depois, a Praça da Estação.
da trajetória da cidade de Coronel Fabriciano. O
Apesar do nome está vinculado ao Terminal, hoje a praça
268
KÁSSIA SOUZA DUARTE - O FENÔMENO DA CIDADE
FOTO POR THIAGO MELO
Por intermédio da apreciação arquitetônica/espacial da cidade, é possível se pensar quanto a identidade, sob a perspectiva histórica e ecológica. De certo, a formação da cidade se dá dialógicamente através da construção da identidade, partindo do individuo ate o meio social em que está inserido. Isso permite a verificação/constatação do afastamento do homem moderno do ambiente natural. Faz-se, assim,
fundamental pensar na cidade além de sua forma. Deve-se
estuda-la "por dentro", ou seja, refletir sobre sua natureza, considerar seu conteúdo e seus processos; voltar-se para uma dimensão específica da cidade: a sua dimensão visual/espacial, que se configura como o espaço da realização física/concreta das relações sociais e da subjetividade humana. A cidade é como um imenso alfabeto que permite, a cada momento, uma nova construção de palavras e frases. É viva, pulsante. Ao mesmo tempo, transformadora e transformante.
FOTO POR THIAGO MELO
FOTO POR THIAGO MELO
269
KÁSSIA SOUZA DUARTE - O FENÔMENO DA CIDADE
PROPOSTA DE REVITALIZAÇÃO URBANA COMO VALORIZAÇÃO DA IDENTIDADE de
Com base em toda a análise feita pelo
reconhecimento que se tem do local aumenta,
estudo do local, tanto físico quanto social,
torna-se fundamental o desenvolvimento e
faz-se essencial a revitalização do entorno,
preservação. A partir de uma consciência
voltado para a Praça da Estação e camelôs, uma
cultural,
vez que a Rodoviária está integrada ao redor e
A
medida
começa-se
em
a
que
o
grau
valorização
pelo
patrimônio público, pela cultura e a história.
foi apontada como valor significativo para os habitantes,
aos
quais,
com
orgulho,
identificam-se e o chamam de lar. IPATINGA
LEGENDA LOCAL DE ESTUDO - REGIÃO CENTRAL DE CORONEL FABRICIANO
TIMÓTEO
EXTENSÃO TERRITORIAL DE CORONEL FABRICIANO IPATINGA
270
KÁSSIA SOUZA DUARTE - O FENÔMENO DA CIDADE
A revitalização é um processo de planejamento
estratégico,
capaz
de
reconhecer, manter e introduzir valores de forma cumulativa. Dessa maneira, ela intervém a médio e longo prazo, de forma relacional, assumindo e promovendo vínculos entre territórios,
atividades
conseguinte qualidade
do
e
influencia ambiente
pessoas, na
e,
por
melhoria
da
urbano
e
nas
condições socioeconômicas (MOURA, et. al., 2006). Além disso, considera-se que revitalizar é dar vida a um lugar, renovando-o.
FOTO POR THIAGO MELO
271
LORRAYNE IRIS ASSIS DOS SANTOS - PLANO DE REQUALIFICAÇÃO URBANA - JAGUARAÇU/MG
CIDADE: CONCEITO, DINÂMICA E INFLUÊNCIA Pensar a cidade, significa reconhecer
os fatores responsáveis
por definir o meio urbano, e consequentemente,
tal
reconhecimento
influencia na dinâmica da cidade e seus espaços públicos. A linguagem da cidade dentro da Arquitetura e Urbanismo, se volta significativamente, para o quadro social, responsável pela permanente interação entre o homem e o meio urbano que se vivencia. Cada vez mais se discute o conceito de Cidade, na perspectiva de uma dinâmica eficaz e ajustável em função do tempo e contexto em que se insere, aliada à sua imagem, planejamento, organização, gestão e etc.. CIDADE DE JAGUARAÇU/MG (SEDE) - LOCAL DE APLICAÇÃO DO PLANO DE REQUALIFICAÇÃO
A cidade é palco da pluralidade, formada por
forma, apropria, reflete na sociedade que está
tudo que é diverso. Porém, há uma automa-
inserida e nas possibilidades dadas a partir das
tização do modo de materialização e apro-
características que o espaço urbano propor-
priação das cidades, muitas vezes de forma
ciona, influenciando na vivência do homem.
desfavorável. Não é que a cidade tenha um
Assim, propor ações que visam uma melhoria
modelo predefinido, porém cada vez mais o
na qualidade do espaço urbano induz à
percentual da população humana no meio
requalificação e vitalidade urbana eficazes e
urbano aumenta e o modo como a cidade se
em concordância com todo contexto urbano.
Lorrayne Iris Assis dos Santos
272
lorrayne.iris10@hotmail.com
LORRAYNE IRIS ASSIS DOS SANTOS - PLANO DE REQUALIFICAÇÃO URBANA - JAGUARAÇU/MG
VISTA PARCIAL DA SEDE DE JAGUARAÇU/FONTE: PREFEITURA MUNICIPAL DE JAGUARAÇU
DA IDENTIDADE À VITALIDADE URBANA: RECONHECIMENTO, VIVÊNCIA, INTERAÇÃO E RESSIGNIFICAÇÃO O estudo realizado no TCC1 (Trabalho
que esteja de acordo com suas capacidades
de Conclusão de Curso 1) se baseia na dinâmi-
máximas.”. Assim, demonstra como a dinâmica
ca das cidades em relação à vivência e experi-
espacial urbana apropriada reflete de modo
mentação do homem no espaço urbano. A
significativo na qualidade do espaço urbano,
pesquisa tem como estudo de caso a cidade de
induzindo à vitalidade e ressignificação do lugar.
Jaguaraçu, situada ao leste de Minas Gerais e
Nesse mesmo contexto, o TCC2 (Tra-
resultou do interesse pessoal-afetivo e também
balho de Conclusão de Curso 2) propõe um
técnico da autora de tal pesquisa, a partir da
plano de requalificação urbana com diretrizes e
percepção sobre a fragilidade do reconheci-
ações que visam melhorar a qualidade urbana de
mento, valorização e potencialização urbanos
Jaguaraçu, potencializando o planejamento da
locais.
cidade, a apropriação e interação dos/nos O foco se dá na relação do indivíduo
espaços públicos, de modo a estimular a vitali-
com o espaço urbano, e seu reflexo na valori-
dade e requalificação urbana, espacial e pais-
zação e requalificação do lugar em si. Jan Gehl
agística da cidade.
cita: “as cidades deveriam ser feitas para aproveitar nossas capacidades, as construindo em torno do corpo e sentidos do ser humano para que possa viver sua cidade em uma escala
273
LORRAYNE IRIS ASSIS DOS SANTOS - PLANO DE REQUALIFICAÇÃO URBANA - JAGUARAÇU/MG
GOVERNADOR VALADARES 150km
SANTANA DO PARAÍSO
mancha urbana sede
IPATINGA
ANTÔNIO DIAS
381
381 452
CORONEL FABRICIANO
TIMÓTEO
JAGUARAÇU
RIBEIRÃO ONÇA GRANDE
MARLIÉRIA 320
BELO HORIZONTE
760
195km
N
BAIRROS:
DESENVOLVIMENTO
ALBERTO SCHARLET CRUZEIRO CENTRO
A proposta do TCC2 - Plano de
JOÃO ROLLA
VIAS LOCAIS
Requalificação Urbana na cidade de Jag-
MG-320
uaraçu se deu a partir da análise realizada no TCC1, que aponta as potencialidades e fragi-
N
lidades da cidade integradas à mobilidade, infraestrutura, patrimônio histórico-cultural, meio ambiente, cultura, habitação, entre outros. Os mapas a seguir, mostram a ÁREA: 163.760 KM² POPULAÇÃO: 3147 HAB.
relação dos dados coletados nas entrevistas
INSERIDA NO COLAR METROPOLITANO DO VALE DO AÇO
e no mapeamento in-loco, que sobrepostos definiram os “sub-temas” e as diretrizes aplicados no plano de requalificação.
MAPA ILUSTRATIVO - SEDE DE JAGUARAÇU
MAPAS COMPARATIVOS - MAPA 1: ENTREVISTAS | MAPA 2: ANÁLISE IN-LOCO
HISTÓRIA | CULTURA | IDENTIDADE ESPAÇOS PÚBLICOS RIBEIRÃO ONÇA GRANDE
INFRAESTRUTURA | MOBILIDADE
RIBEIRÃO ONÇA GRANDE
COMÉRCIO | SERVIÇOS LAZER | ENTRETENIMENTO MG-320
HABITAÇÃO
MG-320
PATRIMÔNIO
274
ENTREVISTA INDIVÍDUOS
ANÁLISE IN-LOCO
LORRAYNE IRIS ASSIS DOS SANTOS - PLANO DE REQUALIFICAÇÃO URBANA - JAGUARAÇU/MG
PLANO DE REQUALIFICAÇÃO URBANA: METODOLOGIA E DIRETRIZES INTEGRADAS O plano de requalificação urbana se
• apresentação das propostas para os colabora-
baseia em diretrizes e ações visando a melhoria
dores que fazem interface com o plano;
da qualidade urbana, de modo a potencializar e
• consolidação das diretrizes integradas no plano
ressignificar o perfil e planejamento da cidade
de requalificação (âmbito especulativo);
de Jaguaraçu. Assim, o plano se divide em 07
• aplicação esquematizada das diretrizes e ações
(sete) etapas, sendo elas:
do plano, a partir de croquis explicativos (expli-
• estudo científico acerca dos fatores pertinen-
cação especulativa da aplicação das propostas). O plano de requalificação urbana se
tes para entendimento do processo de planejamento urbano;
fundamenta na potencialização e ressignificação
• mapeamento in-loco e entrevistas com os
do espaço urbano, propondo ações e diretrizes
indivíduos na cidade (dados explícitos no diag-
que ao serem aplicadas estimulem à vitalidade
nóstico);
urbana, na intenção de que o perfil da cidade se
• análise das potencialidades e fragilidades
destaque por suas peculiaridades, articulando
locais para viabilização das propostas integra-
todas as vertentes da cidade com a vivência e
das;
apropriação do ser-humano no espaço urbano.
• definição das diretrizes integradas ao Plano (diagrama esquemático com sub-temas); DIAGRAMA ESQUEMÁTICO: SUB-TEMAS INTEGRADOS ÀS DIRETRIZES PROPOSTAS
TERRITÓRIO
INFRAESTRUTURA
ACESSO-FLUXO-MOBILIDADE
ECONOMIA
SUSTENTABILIDADE
POPULAÇÃO-HABITAÇÃO
COMÉRCIO-LOGÍSTICA-
TURISMO
INDÚSTRIA
URBANISMO
SEGURANÇA
MEIO AMBIENTE
CULTURA
LEGISLAÇÃO ATRATIVOS-TRADIÇÕES
IDENTIDADE USOS
VIVÊNCIA-EXPERIMENTAÇÃO
RECONHECIMENTO
ESPAÇO PÚBLICO
VITALIDADE URBANA
RECURSOS INOVAÇÃO
275
LORRAYNE IRIS ASSIS DOS SANTOS - PLANO DE REQUALIFICAÇÃO URBANA - JAGUARAÇU/MG
A partir da análise dos dados coletados
cio, indústria e logística | capital | planejamento |
no decorrer dos trabalhos, o diagnóstico
tecnologia | recursos;
gerado definiu os pontos principais a abordar
• eixo territorial: espaços públicos | habitação |
nas diretrizes e ações propostas no plano de
infraestrutura | mobilidade | turismo | segurança |
requalificação, que para melhor articulação se
meio ambiente | paisagem | urbanismo.
dividiu em 03 (três) eixos temáticos, são eles:
O objetivo geral é pensar a cidade como campo
• eixo cultural: identidade | patrimônio históri-
de experiência, ambicionando e impulsionando
co-cultural | educação | lazer e entretenimento;
novos futuros e perspectivas de vida urbana.
• eixo sócio-econômico: população | comérPATRIMÔNIO HISTÓRICO-CULTURAL
HABITAÇÃO/ APROPRIAÇÃO
LEGISLAÇÃO URBANÍSTICA
EDUCAÇÃO LAZER/ ENTRETENIMENTO
INFRAESTRUTURA URBANA
ESPAÇOS PÚBLICOS
VISTA NOTURNA PARCIAL DA SEDE DE JAGUARAÇU | FONTE: PREFEITURA MUNICIPAL DE JAGUARAÇU
A partir da análise do diagnóstico e
festividades no âmbito cultural e tradicional;
dados coletados, a fase seguinte e atual é a de
• requalificar os espaços públicos e os cursos
consolidação das diretrizes e ações propostas
d’água na cidade;
no plano de requalificação, sendo alguma
• propor a implantação das ETA e ETE nas demais
delas:
localidades e distritos da cidade;
• propor o tombamento de conjunto urbano a
• estimular a reorganização e regularização da horta
fim de valorizar e potencializar o valor históri-
comunitária;
co-cultural da cidade;
• garantir a aplicação da legislação urbana vigente, a
• melhorar as condições dos centros esportivos
fim de solucionar divergências provindas da
e de lazer na cidade, com o intuito de atender a
infraestrutura inadequeda;
demanda atrativa e esportiva;
• propor a implantação de uma pista de caminhada
• otimizar os espaços que sediam eventos e
e ciclovia na rodovia MG-320, que liga Jag-
uaraçu-Marliéria.
276
LORRAYNE IRIS ASSIS DOS SANTOS - PLANO DE REQUALIFICAÇÃO URBANA - JAGUARAÇU/MG
1 ENTRADA DA CIDADE
7 1 7 PORTAL DA CIDADE DE JAGUARAÇU
2 IGREJA NOSSA SRA. DO ROSÁRIO
2 3
BAIRRO CRUZEIRO
6
6
4 PREFEITURA MUNICIPAL DE JAGUARAÇU
3 5
4
5 PRAÇA JOÃO ROLLA
IGREJA MATRIZ DE SÃO JOSÉ
ALGUNS PONTOS ONDE AS DIRETRIZES SE APLICAM PELO PLANO
277
TULIO JANSEN - REQUALIFICAÇÃO URBANA
NOS TRILHOS DO BAIRRO MANGUEIRAS: PROJETO DE REQUALIFICAÇÃO URBANA A Requalificação Urbana é uma área relativamente recente do Planejamneto Local
que
está
associada à evolução da disciplina do Urbano, ao interesse crecente pelo patrimônio histórico e ao processo de desindustrialização das cidades. Trata-se, portanto, de uma forma actual associada à cultura urbana e à capacidade de atração e desenvolvimento PERSPECTIVA DA ÁREA PARA EVENTOS COMUNITÁRIOS
sustentável
dos
territórios, tendo em vista a regeneração dos tecidos físicos e sociais.
A proposta de Requalificação Urbana surgiu
ropolitano UNIMED.
a partir de pesquisas onde se concluiu que o
Lefevbre disse:” o espaço público é, antes de
bairro Mangueiras necessita de espaços livres
tudo, o lugar, a praça, rua, shopping, praia,
para uso público. Um local que é referência
qualquer tipo de espaço onde não haja
na cidade por fazer principais ligações como; a estrada de Ferro Vitória Minas e a BR 381, e
obstáculos a possibilidade de acesso e participação de qualquer tipo de pessoa”.
que recentemente inaugurou o Hospital Met-
Tulio Jansen Soares
278
tuliojansen@hotmail.com
TULIO JANSEN- REQUALIFICAÇÃO URBANA
FOTO DO BAIRRO MANGUEIRAS
JUSTIFICATIVA DO PLANO DE REQUALIFICAÇÃO
APRESENTAÇÃO DO TCC2
A partir dos estudos realizados no
O plano de requalificação do Bairro
TCC1, chegou-se a conclusão que no Bairro
Mangueiras tem como objetivo otimizar o uso
Mangueiras não existe uma área específica para
em áreas pouco utilizadas e que tem grande
o lazer e interação pública. Sendo assim, essas
potencial de melhorias. Estabelecer uma
respectivas atividades acontecem nas ruas de
proposta de requalificação para o bairro.
forma improvisada. Porém, no bairro há uma
Potencializando
área que pertence à Vale do Rio Doce por onde
memória e identidade do local.
passsava a antiga estrada de ferro. Com a ausência de uso , a área foi liberada aos moradores para que pudessem plantar. Visitando o local foi observado que é muito extenso e pouco
os
espaços
atráves
da
Através do diagnóstico de como a comunidade utiliza os espaços e como gostariam de utilizar, já que o bairro não possui áreas específicas para o uso público.
utilizada. Foi aí que surgiu a idéia de requalificar a área de modo que toda a comunidade pudesse usufruir em igualdade atendendo todas as necessidades.
279
TULIO JANSEN- REQUALIFICAÇÃO URBANA
Bairro Mangueiras O bairro originalmente pertencia á Rubem Siqueira Maia, que foi primeiro prefeito de Coronel Fabriciano. Em 1960 o bairro foi loteado. O nome é referente a algumas mangueiras que existiam no local onde hoje é a Escola Municipal. Onde também está 1 Minas Gerais 2 RMVA 3 Santana do Paraiso
localizada a primeira creche municipal. A Estrada de Ferro Vitória Minas e a BR-381 cortam o Mangueiras após atraves-
4 Ipatinga
sarem o Rio Piracicaba e traçam o limiite
5 Coronel Fabriciano 6 Timoteo
com o bairro Ponte Nova.
LOCALIZAÇÃO
Mapeamento de usos
ATIVIDADES REALIZADAS NO BAIRRO
280
TULIO JANSEN - REQUALIFICAÇÃO URBANA
ÁREA DA INTERVENÇÃO
FOTO DO BAIRRO MANGUEIRAS
RUAS SEM SAÍDA PRÓXIMO A ÁREA
281
TULIO JANSEN - REQUALIFICAÇÃO URBANA
CONCEITO/ DIRETRIZES Através do mapeamento realizado, o conceito do projeto constituiu-se nas seguintes
evitar que os moradores saiam do bairro para exercitar; -Potencializar o urbanismo como forma
palavras; Memória, Pertencimento, Caminho que conduz, Requalificação da Paisagem.
de suprir a ausência do verde no bairro; -Fazer com que o espaço seja extensão
Diretrizes/Estratégias
do privado; -Resgatar as memórias daquilo que um
-Promover ligação das ruas sem saída;
dia existiu no bairro e com o tempo foi se per-
-Requalificar e potencializar aréa de
dendo;
plantação transformando em horta urbana; -Produzir espaços adequados para atividdes que acontecem de forma improvisada; -Caminho próprio para uso de pedestres e ciclistas a fim de desafogar o trânsito e
PERSPECTIVA ENTRADA
282
-Utilizar materiais que existem na região imprimindo sua identidade; -Valorização do bairro.
TULIO JANSEN - REQUALIFICAÇÃO URBANA
IMPLANTAÇÃO
MANGUEIRAS (PÉ DE MANGA) QUIOSQUE
CICLOVIA MISTA
QUADRA DE JOGOS E USOS DIVERSOS
PRAÇA/ACADEMIA FONTE DA SAÚDE SECA
VIADUTO
QUIOSQUE/ APOIO
PERGOLADO/ JOGO DE MESA HISTÓRIA ESTRADA DE FERRO
CUL DE SAC
CONCHA ACUSTICA EVENTOS COMUNITARIOS MACIÇO ARBÓREO BOSQUE COMUNITÁRIO
HORTA
PLAY GROUND FIM PERCURSO
CAMPO DE FUTEBOL
20 0 10
40
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TULIO JANSEN - REQUALIFICAÇÃO URBANA
PERSPECTIVA CUL DE SAC
PERSPECTIVA ÁREA DE LAZER
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