Touro ao Tejo - As Largadas no Rosário tremeram mas estão salvaguardadas (Diário da Região 20/11/14)

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MOÇÃO DE COSTA PASSA POR SETÚBAL MoItA P.7

104.º AnIVErsárIo do VItórIA

P.15

líder socialista reuniu com 200 militantes. distrito elege amanhã delegados ao congresso do Ps P.5 grândolA P.4

gnr caça rede de viaturas roubadas AlcochEtE P.3

câmara aumenta IMI mas incentiva reabilitação

Intermarché entrega equipamento aos bombeiros

MoItA P.3

EducAção P.6

Família vitoriana

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Município reduz taxas dos mercados e restauração


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TAUROMAQUIA

O DIÁRIO DE SETÚBAL

QUINTA-FEIRA 20/11/2014

Touro

As largadas no Rosário treme Texto e fotorreportagem por Marcos Fernandes jornalista freelance

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o concelho da Moita, a tradição das largadas de touros na Praia do rosário tremeu mas estabilizou. depois de um ano sem festa brava e de outro com recursos mínimos, uma jovem organização recuperou as largadas na areia fluvial e promete manter viva a tradição. as largadas de touros na praia remontam a tempos imemoriais, e fazem parte da Festa anual em Honra de nossa senhora do rosário. atraem centenas de pessoas da freguesia, do concelho, da região, e de outros pontos do país. Gente nova, e menos nova, desafia touros, vacas, e bezerros, numa praia do Tejo, por entre fintas, toureios, derrapagens na areia, e quedas no rio. Há quem dê espectáculo. Há quem se arrisque. Há quem seja atropelado. os animais, esses, voltaram para casa, no final do dia, sãos e salvos.

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diário da reGião colocou seis questões a ricardo carregosa, 35 anos, nascido na Moita mas com raízes no Gaio e no rosário, o presidente da comissão de Festas em Honra de nossa senhora do rosário. nos últimos anos houve uma festa que não teve largada de touros e outra em que só as anunciaram em cima da hora. este ano já houve largadas semelhantes às antigas. está tudo estabilizado? Há três anos não houve festividades porque não havia comissão. Há dois anos apareceu um grupo, com pessoas mais antigas, mas apenas organizou naquele ano. e em 2013 a Junta de Freguesia não conseguiu arranjar ninguém para constituir uma nova comissão de Festas, e elas foram postas em causa. Foi nessa altura que eu e mais uns amigos nos juntamos e avançámos com esta comissão. este foi o segundo ano que organizamos as Festas do rosário. o problema é

que estes movimentos associativos não são remunerados, funcionam à base de voluntariado, e uma comissão de festas dá muito trabalho, requer muito tempo e as pessoas, nos dias de hoje, não têm disponibilidade para dedicarem tempo de forma gratuita. as comissões têm muita responsabilidade. É necessário tratar de muitas partes burocráticas, da organização, de falar com fornecedores... É claro que depois de se arrancar com um grupo mais facilmente se conseguem arranjar pessoas amigas para dar uma mãozinha. as largadas de touros na praia são para continuar? são para continuar, são para continuar. esta comissão de Festas é um grupo de pessoas com raizes no Gaio e no rosário - algumas vivem lá, outras têm origem na freguesia mas vivem em zonas diferente no concelho -, e é uma comissão que está motivada. Temos um grupo coeso. nunca se sabe o dia de amanhã mas estamos todos mobilizados para manter a tradição. É uma co-

missão mais jovem, na faixa entre os 30 e os 40 anos de idade. Temos o apoio da Junta de Freguesia, que também tem um executivo jovem, e é ela que gere a parte financeira da festa, por uma questão de credibilidade. a Junta de Freguesia ainda nos facilita o contacto directo com a câmara Municipal, porque este tipo de eventos só é possível com a ajuda das duas autarquias, que nos dão apoio financeiro e nos auxiliam com recursos humanos e algumas infraestruturas. Por exemplo, a rampa de areia, para os touros sairem da carrinha, é colocada pela câmara da Moita. a crise também vos afectou? Quanto custa fazer as largadas? as nossas largadas custam mais de 2000 euros. Há licenças, seguros, e temos que zelar pela segurança através de bombeiros. sendo uma comissão pequena, é um valor avultado mas nós vamos à procura de apoio. É com muita dificuldade mas conseguimos chegar ao que queremos. Vamos para a rua anga-


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ao Tejo

ram mas estão “asseguradas” riar dinheiro através de donativos da população, de eventos, publicidade, e solicitamos apoio a empresas, à Câmara e à Junta. Existem coisas que são prioridades, como as tradicionais largadas, o som, a luz e as licenças para a festa. Se sobrar algum dinheiro compomo-la melhor. Se não fazemos a festa mais modesta mas, pelo menos, é assegurada a tradição. Apesar a recuperação das largadas, o modelo alterou-se ligeiramente este ano. Deixou de haver um batelão a confinar o terreno e a servir de bancada. Será este o modelo daqui para a frente? Antigamente havia uma empresa que facultava os batelões. As antigas Comissões de Festas aproveitavam essas embarcações para recolher donativos que suprissem os custos das largadas. Há dois anos entrámos em contacto para termos os batelões mas disseram-nos que estavam muito degradados e que têm sido abatidos. São embarcações muito antigas, que não oferecem condições de segurança.

Acabo por não haver mais batelões para tentar manter o formato antigo. No ano passado fez-se uma a largada à corda. Foi uma decisão de emergência para conseguirmos ter largadas sem as embarcações. Este ano conseguimos fazer de outra forma: colocou-se uma vedação na praia que passava dentro de água. Vamos manter este formato. Há u ano não tinhamos as infraestruturas, as vedações e os ripados, nem tinhamos quem nos arranjasse. Estavamos um bocado verdinhos, não tinhamos contactos, fomos um bocado às cegas. Mas, este ano, a ganadaria que fez as largadas facultou esse material. Vamos manter este formato. Não temos barcos mas temos vedações. Qual é a origem histórica das largadas de touros na praia? Não temos registo. O Rosário tem uma história que remonta ao Século XVI. Os registos históricos mostram que já havia população nessa altura, até pela própria capela, mas não há documentação sobre quando começaram as

festas e as largadas. As pessoas mais velhas relatam que já havia largadas quando eram miúdos. Por isso, acreditamos que há mais de 100 anos que existem largadas na praia. Mas sabemos que houve um periodo em que não se realizaram. Centenas de pessoas assistiram a três largadas este ano, e muitas saltaram lá para dentro. O Ricardo Carregosa também o fez? Toda esta região do país tem muitos aficionados. As largadas na praia do Rosário, pela originalidade de serem feitas no rio, numa praia, acabam por ser um polo de atracção turística. Temos pessoas que

vêm de vários pontos do país. Acaba por ser mais do Ribatejo e do Alentejo mas ainda este ano me cruzei com visitantes de Santarém e de Évora. Algumas pessoas já tinham vindo e gostaram, e outras reapareceram com familiares e amigos para mostrar como são largadas. Eu sou um aficionado mas de bancada! (risos) Desde miúdo que vou às largadas da Moita e do Rosário, e a todas as touradas, mas nunca estive na parte de dentro, por algum receio e porque não tenho perícia nem técnica para brincar com o animal. Sei que preservo melhor a minha integridade física na parte de fora (risos)!

TAuROmAquIA 11


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