Cassandra strauder

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Cassandra Strauder. Caçando os mercadores de gente! Introdução. Sou um apaixonado por histórias de vampiros, mas vejo esse meu amor ser a cada dia mais vandalizado pelos autores de maior sucesso sobre o tema, que transformaram esses monstros sedentos de sangue em fadas purpurina que brilham no escuro em histórias que estaria melhor em filmes para crianças de até quatro anos. Esse texto está na minha cabeça tem algum tempo, mas a personagem até que o amigo Daniel Arcos, (autor do Rboy) Me deu a idéia de por o nome de Kandra e a partir daí o nome Cassandra me veio à cabeça. Ela é uma personagem milenar, tendo um passado sofrido e uma história muitas vezes que confunde o leitor, pois ela alterna entre a vilã e mocinha em fração de poucas linhas, portanto cuidado para não julgar a personagem como sendo uma espécie de justiceira com fome de sangue, ela ainda trabalha para o lado mal e se as vezes faz boas ações em maior parte é movida pelos fantasmas do seu passado que quer destruir a qualquer custo. Ela é uma personagem completamente sem moral definida e mais pra frente nas próximas histórias é bem provável que muitos daqueles que leram essa introdução ficarão chocados com as ações que ela já teve no passado bem distante. Tenham todos uma boa leitura e apertem os cintos, cuidando bem dos pescoços para não acabarem como prato principal. Capítulo 1 – Parada conturbada. Aquela cidade vivia assombrada pelo medo, um grupo de criminosos que comandava a região havia imposto uma lei marcial e qualquer um que fosse contra aqueles códigos corria o risco de morrer de maneiras bastante sádicas. No entanto naquela noite uma estranha mulher pilotando um caminhão parou no posto após o toque de recolher e como não via ninguém por perto, foi ela mesma abastecer o tanque, pois precisava entregar aquela carga antes do amanhecer. O caminhão tinha os vidros completamente protegidos contra qualquer tipo de luz solar e na frente e nas laterais várias câmeras pequenas permitiam a ela pilotar mesmo com a total penumbra a sua frente. O estômago doía de fome, tinha se alimentado a várias horas atrás e ido dormir no entanto ainda estava com muita fome quando um grupo de criminosos chegou naquele lugar, disparando tiros para o alto, sem nenhum pudor. Quando aqueles homens bêbados em sua maioria viram na enchendo o tanque no posto deserto se dirigiram para lá, pensando em como iriam matar aquela criaturinha frágil que estava com o olhar fixado neles. Mal sabiam eles como estavam enganados, se pensavam que ela seria um alvo fácil, ela só estava esperando a hora certa para atacar e quando o grupo chegou perto ela usou seus poderes vampirescos e começou uma verdadeira carnificina, ela pulou no primeiro como uma felina e com uma mordida somente rasgou o pescoço dele juntamente com seu pomo de adão fazendo uma ferida que minou sangue e depois daquela cena os outros começaram a disparar, mas as balas deles pareciam ser pequenos projéteis em câmera lenta que mal faziam cócegas nela, do primeiro ela pulou no peito do segundo e com um chute cruzado na altura das costelas quebrou lhe o coração. Com esses dois ataques ela conseguiu o que queria, trouxe o medo para os demais, eram gente do interior que apesar de canalha ainda era supersticiosa e todos os outros fugiram correndo e ela os caçou e os devorou até a última gota, e com todo aquele frenesi causado pela matança ela quis, mas, ainda tinha um daqueles caras correndo, um velho ela podia ouvir seu


coração batendo forçadamente, ela podia sentir seu bafo de cigarro, ele era um dos líderes daquela matilha de cães imundos. Ela foi rastreando ele olhando para o relógio no seu peito, tinha gasto 40 minutos naquela brincadeira, estava perdendo a prática de como matar desde que aceitará aquela função de entregadora do mestre. Ela chegou próxima do velho e o cercou num canto, sem seus homens ele era um pedaço de carne somente e ao ver seus olhos vermelhos de sangue puro e simples, ela percebeu que ele tinha se sujado todo, era algo nojento de se ver e por um instante pensou que matar aquele idiota seria melhor, mas resolveu lhe interrogar! _ Quem são vocês? O homem tremendo de medo, respondeu: _Somos uma guarnição de vigia da fazenda Esperança, viemos na cidade a passeio e para pegar suprimentos agrícolas! _ Armados até os dentes? Ela deu uma risada tão macabra que o coração do velho explodiu no peito e nas mãos dela ficou um corpo inerte, ela aproveitou para se alimentar do sangue dele e decidiu que o mestre poderia esperar por sua carga por um dia, ela iria fazer churrasquinho desses malditos que tentaram mata - lá simplesmente por que eles tentaram detonar ela, afinal era Cassandra Strauder e tinha uma reputação a zelar como a matadora número 1 dos vampiros. Capítulo 2 – Entre lembranças e mortes Ela voltou até o carro de onde aqueles caras sairão e fazendo uma verificação simples percebeu que eles tinham armamento pesado nos porta - malas, ela chegou a encontrar até alguns morteiros no meio de rifles, metralhadoras, pistolas e muita mais muita munição. As pessoas viram todo aquele barulho e após verem pelas janelas e câmeras de segurança que aqueles caras estavam mortos, sairão de suas casas para agradecer aquela estranha mulher, no entanto quando chegaram perto e viram seus olhos boa parte saiu correndo, menos um senhor de mais idade que há tempos atrás tinha sido padre, mas que desistirá da profissão após ver tudo o que acontecia naquela cidade e em como Deus tinha falhado em proteger aquelas boas almas até então, no entanto quando olhou no fundo daquela criatura ele percebeu que talvez fosse ele que tivesse tido pouca fé no altíssimo, pois estava diante dele um anjo da punição que em poucos minutos tinha dado cabo de todos aqueles seres malignos. Ele não estava enxergando direito, pois tinha deixado seus óculos esquecidos ao lado da cama e se vestido rapidamente para ver o que acontecia e se fosse o caso dar a extrema unção para mais uma pobre alma, então tudo o que via na sua frente era uma mulher de aparência frágil e pequena, mas que tinha olhos negros como à noite. Não havia medo em seu coração, pelo contrário, ele era um sacerdote de Deus e era seu dever ajudar aquela enviada dos céus ou do inferno que fosse a sua missão: _ Você não me teme, velho? Cassandra perguntou a ele, zombeteiramente. _ Não, por que você está aqui em uma missão para matar aqueles que queimaram o santo lugar! _ Demônio das profundezas, a fazenda que você procura fica ao norte próximo a linha do trem desativada, mas cuidado, ele tem sistemas de segurança avançados para proteger suas cargas malditas. Ela olhou para ele e rindo perguntou: _ O que esse líder da fazenda Esperança trafica? _ Seres humanos, em especial: mulheres e crianças para serem vendidas lá fora. Ele as mantém presas umas as outras trabalhando nas cozinhas e uma vez por ano vêm um comprador que leva aquelas pobres almas tiradas de suas casas a força, que vão para um


destino bem pior do que a morte: A escravidão! Ao ouvir aquelas palavras do sacerdote, ela se lembrou de Roma ainda sob o jugo dos césares e de como era ser uma escrava para um senhor romano, lembrou de como ela virá milênios atrás sua mãe ser violentada e morta por um grupo de gladiadores e de como ela defendeu se quando o senhor da Vila onde ela estava tentou abusar dela, lembrou se do chicote, das torturas, do frio e da fome, quando foi mandada para o cárcere. No dia que iria ser julgada a morte por ter varado a cabeça daquele depravado com uma faca de cozinha, ela fugiu, saiu dali correndo tendo no seu encalço vinte homens a cavalo, ela se escondeu em uma gruta e ouvia os passos do cavalo ao redor, o medo era tão grande que ela podia sentir, foi quando a lua apareceu do céu e do meio da caverna um homem vestido como se fosse um guerreiro saiu dali e bravamente lutou contra aqueles cavaleiros, numa rapidez que fora impressionante, ela só escutava gritos e barulhos dos homens que morriam sem entender de onde tinha surgido aquele monstro sanguinário. Passados alguns minutos o homem retornou para ela e com um carinho levantou lhe a cabeça que estava baixa e lhe falou: _ Você lembra muito minha filha, que eu perdi há muito tempo atrás, fique aqui e eu posso te proteger, pelos poucos anos que ainda me restam. Ela somente assentiu com a cabeça, pois olhar nos olhos daquele homem tinha lhe dado uma sensação de segurança. E assim os anos foram se passando, ela ficava ali dentro durante o dia e a noite e sua pele morena foi ficando cada dia mais pálida, ele todo dia sai para caçar e punha algumas gotas de seu sangue no meio da comida para que ela fosse pouco a pouco se tornando uma vampira. Até que quando ela completou dezoito anos, ele já estava enfadado de viver, após algumas perdas que sua vida imortal lhe lembrava a todo momento e lhe deu um beijo final na boca onde transferiu para ela toda a sua essência vital e assim caiu duro perante aquela estarrecida garota, que desde o fim da segunda Guerra púnica estava sem um lar e agora mais uma vez via alguém que amava morrer diante dela. Há muito tempo atrás ele tinha lhe dito para quando ela partisse levasse consigo um baú que estava guardado no meio das rochas e ainda aturdida por aquele desfecho do homem que considerava quase como seu pai, ela pegou o baú e com uma pedra abriu o e lá dentro encontrou um monte de papéis escrito num idioma muito antigo que aquele vampiro tinha lhe ensinado a ler, era a antiga língua de Nod, um povo que viveu a muito tempo atrás e naqueles pergaminhos ela começou a ler uma obra que poucos vampiros tinham tido acesso durante séculos: O manual da noite, uma obra que tinha sido escrita há séculos atrás, pelos primeiros vampiros para servir como um guia para toda a raça de seres da noite que aumentaria muito daquele dia em diante. As ordens ali dadas continham magias e ensinamentos para proteger os vampiros de seus inimigos, da luz do dia e principalmente para ensinar a eles como se disfarçar no meio de humanos, usando magia em si mesmo para se misturarem a população e poderem viver tranquilamente por toda a eternidade. Ali dentro do baú encontrou muitos outros papéis além desse, no entanto ela estava com fome e após ler aquelas palavras ela sabia que tipo de comida agora ela precisava: sangue. Aquelas memórias vieram e foram cortadas pela voz de gralha daquele padre, que estava gritando com ela: _ Ou, Ou, Ou, tem alguém ai! Você está bem? Ela lhe deu um tapa na cara, reuniu todas as armas e partiu para o combate, agora não era só um exercício, tinha um fator pessoal, fazendo com que ela se movesse para aquela batalha. _ Odeio traficantes de gente, vou fazer esses idiotas pagarem no inferno por estarem fazendo


isso, ela disse para si mesma, no carro e as palavras carregavam tanto ódio que quase tinham capacidade para cortar a alma de quem as escutasse. Capítulo 3 – Hora da batalha O caminho era reto até a fazenda, ela já tinha dirigido por uma hora e no seu relógio agora já era meia noite, do primeiro dia de outubro, a raiva tomava conta dela e seus caninos tinham crescido, ela desceu do carro, pegou um cinto cheio de balas, duas pistolas e um rifle de precisão e saiu do carro, armando alguns explosivos, há alguns metros da entrada da fazenda. Ela saiu em meio aos pés de milho que se estendiam como um enorme corredor e logo percebeu que aquele velho estava certo, por todos os lados havia minas e detectores de movimento instalados e somente usando sua rapidez vampiresca, ela conseguiu chegar bem perto da cerca e fez crescer em suas mãos pequenas garras que cortaram o arame farpado, dando lhe espaço suficiente para entrar. Mas mesmo ela sendo rápida, as câmeras tinha pegado a e o alarme estava disparado, no momento que ela entrou começou a voar balas para todos os lados, enquanto ao longe o carro explodia numa nuvem de fogo, que rapidamente se alastrará para a plantação tornando os campos em uma zona de morte, destruindo os equipamentos e fazendo as várias minas terrestres instaladas explodirem, causando um barulho infernal. Vários atiradores estavam postados num galpão a sua frente, mas não tinham percebido que bem embaixo deles tinha um pequeno posto de combustível onde reabasteciam os tratores da fazenda e ela com um só tiro varou o tanque, causando uma explosão que matou todos eles e pôs o prédio abaixo, aquilo causou uma correria de todos os homens pois ali dentro estavam guardados os implementos agrícolas e quando o fogo chegou ao fosfato e demais materiais ficou gigantesco, no entanto ela não ficou parada admirando sua obra prima, tinha que salvar as garotas rapidamente antes que eles matassem as e tudo aquilo tivesse sido em vão. Cada passo dado era um homem morto até que a pistola acabou as balas e ela partiu para o uso dos poderes vampiros, foi ferida várias vezes, mas os poderes do sangue a curavam, Logo todos começaram a fugir por medo dos fogos, ela tinha se alimentado de um daqueles que fugiam e agora podia ouvir melhor o som, alguém estava preparando um helicóptero para voar, há alguns metros dali, na parte de trás, presas dentro de uma caixa estavam várias crianças, ela podia ouvir seu choro e os batimentos rápidos de seus corações assustados. Ela rapidamente olhou o chão e viu estacionado perto de um galpão anexo uma moto estacionada, rapidamente ela pegou aquela moto e uma arma deixada no chão por um dos mortos e saiu montada na moto, rompendo pela terra batida, levantando poeira , o piloto começou a levantar voo, quando viu a sua frente aquela moto e não teve chance para tentar levantar voo, pois com um tiro somente ela varou sua cabeça, o dono da fazenda que estava do lado até tentou fazer a aeronave decolar, mas não sabia manejar aquele aparelho satisfatoriamente e ficou voando baixo, balançando no ar, até que com o peso da caixa de metal, a porta lateral se abriu e as crianças cairão pelo espaço a fora, numa queda livre de mais ou menos 100 metros do solo, por sorte Cassandra estava bem em cima e usando a força do sangue vampírico conseguiu pegar a caixa e salvar as crianças, mas aquele esforço todo tinha destruído o músculo do seu antebraço direito, deixando com uma mão somente para lutar e se defender. A dor era tremenda e somente sua enorme força de vontade manteve a de pé, frente aqueles perigos todos. O helicóptero estava voando frente ao galpão em chamas e seu piloto não conseguiu desviar daquelas labaredas, pois no instante em que foi arremeter o corpo morto ao seu lado caiu em cima do painel de controle, travando a aeronave num curso macabro de morte e horror, até que enfim as chamas consumirão a aeronave, ela agora tinha de tirar aquelas crianças dali e


salvar as mulheres rapidamente. Ela voltou ao galpão onde estavam partindo, tendo deixado as crianças com a tampa da lata de sardinha onde estava aberta e havia prometido voltar em breve, deixando as escondidas num vão entre a porta daquele galpão e a estrada. Foi entrando naquele lugar com seu braço doendo horrivelmente, provavelmente aquilo deixaria uma marca pra sempre em sua vida. Ela foi subindo e em cada uma das salas haviam corpos de mulheres decapitadas, recentemente, devido o sangue ainda estava quente e isso deu ânimo para subir mais rápido aquelas escadas em espiral e chegar no próximo nível, quando chegou no topo viu um grito de uma jovem com traços árabes, iguais a sua mãe, a cena do assassinato de sua genitora lhe veio a mente, e naquele instante os caninos cresceram e ela avançou para cima do capanga que tinha degolado todas as jovens e num só golpe abriu a jugular dele e bebeu todo seu sangue. Quando terminou seu braço tinha parado de doer um pouco, mas a última jovem viva ali dentro estava desmaiada, ela foi pulando de nível em nível até chegar lá embaixo, o fogo estava se alastrando por todos os lados, era necessário correr, por sorte o carro do dono daquele maldito lugar estava ali ainda e ela carregando a mulher nos braços, entrou nele e colocou as crianças nos espaços que tinha, totalizando quase trinta passageiros ali dentro daquela caminhonete, e partiu com tudo, o velocímetro não marcou menos de cento e vinte quilômetros um segundo somente, ela sentia forte dores no ombro, mas no puro instinto de sobrevivência ela continuará, sem parar nem um momento até que avistou a vila, o sol já estava amanhecendo, todos estavam impressionados, ao verem os cadáveres, e quando virão ela chegando com a blusa e a calça rasgada trazendo crianças num carro do dono da fazenda Esperança e quando olharam em direção a fazenda, virão o fogo que parecia crescer cada vez mais atingindo a altura de um prédio de vários andares.

Capítulo 4 – Todos amam a salvadora vampira. A chegada a cidade foi plena de festas, eram cinco horas da manhã e pelas contas que ainda conseguia fazer, ela tinha matado quase mil homens em todo esse tempo, isso lhe provou o tanto que estava fora de forma. A população fez festa, o padre reabriu a igreja naquele momento para rezar em prol daquela alma caridosa. Ela não pode participar, por que vampiros não entram em locais sagrados, mesmo quando são bons. Assim que chegou foi para o bar, pediu uma garrafa de vodca, e foi para o banheiro, trancou a porta, e jogou a bebida em suas feridas tirando com as mãos estilhaços de bombas, e muitas cápsulas que tinham entrado, todos ficaram pasmos com os gritos de dor, mas mal sabiam eles que aquela estranha mulher tinha muita prática em sentir esse tipo de dor. Vestiu as roupas e devolveu a garrafa vazia, ao dono do bar, que percebeu pela prática naquele ramo que ela não tinha bebido e que seu corpo estava com o cheiro da bebida, portanto ela devia ter usado o álcool para limpar alguma ferida mais profunda. Ainda era noite, mas o sol já despontava, quando ela entrou no hotel pagou ao recepcionista e pediu um quarto totalmente escuro. O cara sem entender nada pois tinha acabado de abrir aquela manhã, levou ela para um antigo porão e perguntou se ela desejava mais alguma coisa: _ Não quero nada, só me acorde a noite por favor! Ela trancou o quarto e logo percebeu que ali no passado devia ter funcionado uma antiga adega, pois o lugar ainda fedia a vinho, no entanto tinha um banheiro e nenhuma possibilidade de um raio de sol entrar por ali, foi até o banheiro, novamente se despiu e tomou um bom banho e quase rastejando saiu dali ainda nua e se deitou na cama, e adormeceu pesadamente.


Enquanto ela descansava os moradores da cidade faziam festa! Estavam livres daquele bando de parasita, o dono do posto tentou tirar o caminhão dela da frente de sua loja e quase acabou linchado pela população que estava muito feliz, mas respeitando as ordens do padre não ia até o hotel incomodar ela de jeito nenhum. A cidade estava em polvorosa, todos estavam felizes, as crianças que ainda tinham família foram levadas de volta para a casa, com toda aquela gente simples do interior abençoando a misteriosa salvadora e as demais tinham conseguido lar, no orfanato da paróquia, que agora estava reaberta de dia e de noite, pois Deus tinha voltado para aquele lugar. A noite chegou e o funcionário veio acordar ela, que após a terceira batida na porta, apareceu ainda nua frente ao rapazinho de pouco mais de quinze anos, que ficou tão boquiaberto que não conseguiu falar, por sorte ela não se alimentava de idiotas como aquele e rapidamente deu lhe um pedido para que consiga alguma roupa no tamanho dela, pois as suas estavam muito queimadas, rapidamente apareceu de toda a cidade muitas roupas, o suficiente para encher uma mala. O mesmo rapazote foi mandado até lá para entregar e mais uma vez apreciou aquela linda nudez e mesmo após a porta ter se fechado ele ficou ali parado babando, como se ela fosse o ser mais lindo que já existiu. Ela rapidamente se vestiu, pegou suas roupas sujas e deu um jeito em todo o sangue espalhado pelo banheiro, mas ainda deixando todo o sangue das feridas que cicatrizaram durante o dia na roupa de cama. Ela estava vestida, com um lenço marrom, uma camisa preta com o nome de uma banda sertaneja, uma calça jeans nova mais bastante rasgada nas pernas e um par de botas com um pequeno salto que tinham entrado perfeitamente no seu pé, além disso ela tinha encontrado no quarto um óculos de sol preto, que impedia as pessoas de se assustarem com seus olhos vermelho rubro. Ela saiu e foi uma festa, todo mundo queria abraçar lhe, mal sabendo dos riscos de ficar perto de uma vampira com fome, as crianças estavam felizes por vê - la e por todos os lados as pessoas pareciam felizes e contentes, a jovem que ela salvou lhe deu um abraço tão apertado que lhe fez doer novamente o braço ainda sensível, foi uma alegria só, todos ali queriam lhe cumprimentar, e só depois de umas boas duas horas ela pode sair dali, com um vazio enorme no estômago e uma sensação boa que nunca tinha sentido: felicidade. Capítulo 5 – Entregando a Carga Montou no caminhão e foi seguindo para mais uma noite na estrada, aquela carga de produtos roubados que o Conde tinha mandado ela entregar deveria estar no porto há várias horas atrás, mas não importava desde que ela pudesse dar uma desculpa plausível, além do que o mestre não gostava tanto quanto ela de mercadores de gente. A carreta tinha um pequeno frigobar de onde tirou uma bolsa de sangue e sorveu aquela bebida fria, que apesar de poucos nutrientes foi o bastante para dar uma amansada no estômago, impedindo que ela ficasse em fúria e acabasse cometendo um crime ao matar um inocente, algo que ela jamais faria se não fosse para sobreviver. Ainda estava fraca, quando viu aquilo que mais gostava no Brasil: Ladrões, esses tentavam cercar o caminhão para roubar lhe a carga, rapidamente ela fingiu se render e desligou os motores, no entanto quando eles sairão dos carros, ela já tinha pulado pelo vidro aberto do seu lado e derrubado dois dos quatro bandidos e em fração de segundos, ela roubou a arma dos que tinha derrubado e matou os outros dois. Aqueles homens caídos no chão gritaram muito, choraram, mas por fim acabaram no porta malas de um dos carros, explodindo numa nuvem de fogo, agora ela estava saciada e pronta para detonar.


O caminho até o porto foi tranquilo e ninguém arriscou cruzar seu caminho, durante o dia ela fechou os vidros, ativou o sistema de piloto automático e deixou o caminhão seguir sozinho até o destino, acordou na sua cripta móvel dentro do porto de Suape em Pernambuco em um galpão próximo, tinha descarregado toda a carga, e agora a sua frente um celular interno da máquina estava chamando: _ Olá minha filha! Você demorou, teve problemas para fazer essa entrega? _ Não pai, somente pequenos contratempos e algumas diversões. _ Como assim diversões? _ Mercadores de gente, mas eu já lidei com o assunto. _ Eu sei minha criança, vi tudo nos jornais, fez um bom trabalho e eu já estou providenciando para comprar aquelas terras para expandirmos nossos negócios para a agricultura também. Fez bem minha filha, agora volte para casa, que tenho mais missões lhe aguardando. Era estranho ser chamada de filha pelo Conde Drácula, mas ela tinha sido sagrada assim há muito tempo, ela era a primogênita entre os vampiros, para caso o líder caísse ou resolvesse que era hora de morrer e isso trazia a inveja de vários outros vampiros mais antigos que viam naquela predileção uma afronta a sua nobreza de sangue e de direito. E assim termina a primeira aventura dessa vampira, será que outras missões ela ainda terá pela frente e que segredos o seu milenar passado guarda? Vejam no próximo episódio!


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