Agente esperança, a primeira saga. Introdução Uma das marcas maiores da minha forma de escrever: É a paixão com que me entrego aos meus trabalhos e a Esperança é uma dessas obras que vieram com pedaços do autor, no princípio ela era um forma crítica de matar e soltar minha violência porém com o tempo acabou ganhando contornos próprios. Eu tenho várias influências na hora de escrever esse trabalho, desde filmes de ação simples até quadrinhos como o Lobo, mas o que difere me de tudo em que me baseio é o fato que tento trazer essas histórias sem remorsos de ser violento num caldeirão e a partir tento moldar toda minha narrativa nessa personagem, num contínuo de dor, morte, agonia e desespero que pode. Se você não gosta de histórias com altas doses de sangue, morte e suspense acredito que deva parar por aqui. Mas caso resolva ler, que faça o até o final e eu tenho a certeza que essa história servirá a você querido ou querida leitor(a) um divertimento puro e simples. Quero agradecer a todos os amigos que gostaram dessa história, não vou entrar em nomes, mas todos que curtem o blog do Paradoxo e me incentivaram são meio que responsáveis por esse trabalho, agradeço a cada um de maneira especial e quero deixar aqui um obrigado muito especial ao amigo: Juan Silva e Lancelott Martins, por deixarem eu usar seus personagens aqui nessa história, espero que vocês gostem do uso que fiz. Como sempre eu termino minhas introduções: Fiquem com Deus, bom dia e boa leitura.
Capítulo 1 – a história começa. Estamos no ano de 1967 para os terrestres, no espaço está ocorrendo uma guerra espacial entre planetas próximos ao nosso sistema solar, um conflito de proporções gigantescas que ameaçou destruir boa parte de nosso universo por algumas vezes. Armas novas foram inventadas e muita pesquisa foi feita para melhorar as habilidades dos seres do espaço. No planeta xhorkan, sede da polícia espacial há trinta e dois anos-luz da terra, na área onde os agentes espiões são criados e treinados vemos uma nova agente recebendo as últimas instruções para sua primeira missão em campo, seu nome é: esperança. Seu corpo foi totalmente feito em laboratório para ter um corpo jovem e ágil por toda sua vida, suas células não envelhecem e ela foi treinada para ser uma artista marcial capaz de matar somente usando as mãos, foi dado a ela um aparato tecnológico que a há tornaria invisível aos olhos de câmeras de segurança mesmo aquelas com capacidade de ver o calor dos corpos. Ela iria para uma das bases científicas para roubar um composto mutagênico que estava sendo pesquisado e que poderia mudar a guerra totalmente, partiria junto com o diplomata que estava indo tentar negociar a paz como uma de suas seguranças, por isso estava trajando uma roupa totalmente preta com detalhes em preto, além de um par de óculos com realidade aumentada, capaz de dar a ela plantas de prédios e permitir a comunicação dela com a base. Eles partiram e ela recebeu uma transmissão no seu comunicador, na imagem dava para ver o rosto do comandante da polícia secreta lhe dando a última instrução:
_ agente esperança, lembre se que quando roubar o dispositivo onde à fórmula esta você deverá se separar da comitiva do diplomata para evitar qualquer incidente maior. _ sim senhor! Eu sei que não posso dar margem para os inimigos usarem como pretexto para aumentar a guerra e que se eu falhar será melhor que dê fim a minha vida em vez de trair minha missão. _ ótimo! É assim que se fala, traga esse projeto daqueles malditos e você poderá ir a campo, várias vezes. Desejo lhe sorte e desligo. O homem sumiu da tela e ela e ativou um dispositivo de áudio que ela tinha implantado na orelha e colocou músicas para escutar e relaxou numa poltrona dentro de uma das cabines onde viajava isolada do resto da comitiva. A viagem foi transcorrendo sem incidentes, o embaixador que tentaria a paz, não ficou nada satisfeito com sua presença ali e por muitas vezes fora hostil com ela, considerando a uma agressão e uma garantia que seu trabalho daria errado naquele planeta para onde iriam, mas não podia fazer nada a respeito, pois seus superiores queriam a bordo e assim teve de tolerar sua presença no meio de sua equipe, todos entusiasmados ensaiavam discursos enquanto aquela intrusa ficava somente acessando a internet para ter mais informações sobre aquele planeta, seu governo e seus habitantes e assim foram se passando os dias até que avistaram o planeta e foram escoltados até o espaço – porto daquele lugar. Os diplomatas desceram primeiro e depois de quase trinta minutos, ela saiu já completamente invisível aos radares e passou facilmente pelas sentinelas, ela foi adentrando por aquele lugar até que ao entrar em uma área onde o lixo era incinerado ela se depara com um funcionário sozinho ali empurrando sacos e mais sacos de lixo para dentro de um incinerador atômico que queimava as moléculas daquele material e revertia aquilo na forma de energia para alimentar algumas áreas do lugar.
Após verificar e perceber que ali não tinha nenhum dispositivo de monitoramento, ela aproveita um momento de distração daquele homem e o joga dentro do dispositivo, matando o na hora e naquele mesmo instante o alarme toca e vários soldados aparecem ali naquele local, enquanto eles verificavam o que aconteceria, ela pega num dos bolsos uma granada com um sonífero altamente potente e veste uma máscara de gás e joga aquela bomba que põe rapidamente um total de vinte homens a nocaute ali no meio daquela sala, ainda com o efeito do gás acontecendo ela tira as armas dos soldados e vai arrastando os aos pares rumo ao incinerador atômico e em poucos minutos todos aqueles homens estavam mortos e ela tinha a mão uma metralhadora a laser e mais setenta cartuchos de munição, além de várias granadas de diversos tipos e duas pistolas capazes de desintegrar átomos dos oficiais que comandavam aquele pequeno grupo de homens movimentado para ali, sabendo que dentro de instantes teria novamente soldados ali naquele recinto ela deixou diversas granadas térmicas armadas para quando eles entrassem na sala fossem mortos e saiu dali rumo à base ao centro transmissor de rádio, onde recebiam e enviavam mensagens para sua tropa que lutava no espaço. Ao ir passando pelas diversas salas sempre protegida pela tecnologia da invisibilidade ela foi espalhando diversos explosivos, minas e outras armadilhas para que quando fosse perseguida pudesse sair dali com mais facilidade. O lugar onde ficava a central de transmissão era protegido por um domo de vidro, onde somente as sentinelas com autorização na retina podiam entrar e mesmo eles não podiam ir até onde ficava a central de rádio onde um grupo de robôs recebia ordens e as repassava pelo planeta ou entre uma das várias naves que estavam em diversos pontos do cosmo. A antena daquela estação era extremamente poderosa e o alcance da onda gerada era capaz de ser ouvido há mais de cinquenta anos - luz de distância. Esgueirando pelas sombras com seu mecanismo de invisibilidade ativado ela foi seguindo uma das sentinelas que acabará de sair dali e num momento de descuido deste o empurrou, contra a porta de um banheiro, fazendo o cair no chão e antes que ele pudesse se recobrar para ver quem o atacou, num movimento preciso ela caiu em cima dela e lhe escaneou o olho e com um disparo da pistola, desintegrou ele ao nível molecular, deixando no chão do recinto somente uma pasta de células totalmente amorfa e mal cheirosa ali no chão do lugar.
Ela pegou sua arma que quando ele caiu fora lançada de sua mão e assim foi voltando para a porta e esperou até não haver nenhuma testemunha dos dois lados do domo e colocou o scanner no próprio olho e rapidamente desligou a invisibilidade e colocou se de frente ao aparelho que verificava a retina. A porta se abriu e antes que o grupo que vigiava o local se desse conta, uma mulher vestida em trajes de couro saiu de armas em punho e disparando contra a tropa, em poucos minutos o alarme estava disparado e logo todas as tropas convergiriam para aquele ponto, ela reativou a invisibilidade e entrou na sala onde as máquinas já recebiam instruções para enviar sobre o ataque que acontecia na sede do planeta. Porém antes que a transmissão de instruções terminasse as máquinas estavam completamente inutilizadas, pois uma granada elétrica fora lançada no recinto por esperança e todos os computadores estavam inutilizados, por alguns dias. Ao ter certeza que tudo estaria desativado ela deixou uma bomba relógio com poder de fogo para devastar todo aquele recinto de vez, saindo pelo duto de ventilação rapidamente rumo ao objetivo principal da missão: a sessão de pesquisas avançadas daquela base. Enquanto se esgueirava pelos dutos de ventilação os esquemas da base eram mostrados na lente dos seus óculos e assim passados vinte minutos ela conseguiu percorrer os trezentos metros que há separavam da parte final de sua missão, antes de prosseguir ela detonou a bomba na sala de transmissão e o choque da explosão foi tamanho que o túnel começou a se partir, forçando a sair por cima da sala, onde vários cientistas trabalhavam tranquilamente, pois ali não havia nenhum tipo de alarme, nem contato externo com o resto da base podendo ser acessado somente por dois lugares, a porta que ficava a leste e os dutos de ventilação que era por aonde ela veio. Caindo do teto, ela surge na frente de um grupo de mais de vinte homens todos vestidos com trajes de cientista, que se assustam ao ver quantas armas aquela jovem tinha presas ao corpo, rapidamente ela sacou a metralhadora e disparou naquele grupo de homens deixando somente um deles vivo, que parecia ser uma espécie de coordenador das pesquisas que estavam sendo feitas ali dentro. _ eu quero o composto mutagênico. Ela disse e apontou a arma na direção do último sobrevivente.
_ está ali no cofre, ele ainda é experimental, não o leve, pode acabar morrendo, temos outras pesquisas aqui, leve – as, mas deixe a fórmula conosco. Ela pode salvar milhares de pessoas, por favor! _ o que mais vocês teriam aqui que possa me interessar? E apontou a arma para a cabeça dele. _ ali na prateleira de exposição tem várias armas e o controle para um mini - nave controlada mentalmente que é invisível para qualquer radar. _obrigada pela ajuda, segurou sua mão para ajudar ele a se levantar e então disparou na sua cara, abrindo um buraco no crânio tão grande que quase devastou todo o rosto de uma ponta a outra. Ela sorriu ao ver o rosto partido do cientista e foi mexendo entre as prateleiras pegando toda tecnologia possível e armazenando numa bolsa e saiu da entrada e foi caminhando até encontrar um dispositivo em que eles estavam trabalhando, uma pequena cápsula com propulsores que estava próximo a um hangar alguns níveis de escadas acima da posição onde inicialmente ela estava que parecia ser a tal nave com tecnologia contra radares que ele tinha falado. Ela acoplou a bolsa num compartimento e ligou a nave usando o controle, rapidamente desceu do alto da nave um capacete e uma conexão mental foi iniciada, quando o processo terminou, o capacete fora retirado e ela podia ouvir claramente o que a inteligência artificial daquele veículo falava por meio de sensores e chips que transformavam a fala da nave em sons audíveis na mente da jovem. _ nave aero 546, preparada e carregada senhora, o que deseja? Disse uma voz metálica dentro da cabeça dela. _ ligue os motores e ative o stealth. _preciso pedir as coordenadas para poder levantar vôo. _ dirija o curso para o planeta habitado mais próximo. _travando sistemas, aumentando os níveis de oxigênio, preparando o reator atômico, sistemas preparados. Curso definido: terra, tempo estimado de vinte e três anos - luz até o planeta, deseja carregar algum conhecimento por meio da conexão mental? _ sim desejo carregar todos os conhecimentos relativos a artes marciais. _ o sistema irá lhe colocar em hibernação para podermos viajar acima da barreira do som, alguma objeção?
_ nenhuma, pode iniciar a viagem. Tão logo ela disse isso, um grupo de soldados acessava a área de pesquisas e vinha subindo pelas escadas até o pequeno hangar, mas chegaram tarde e só puderam ver a nave subindo aos céus com destino incerto, levando todas as tecnologias mais avançadas deles. O embaixador e toda a comitiva foram mortos num espetáculo de horror, dias depois e a guerra agora tinha se direcionado para a busca por aquela ladra que tinha devastado vários experimentos e qualquer tentativa de paz após essa missão sempre esbarrava na entrega dessa agente para as autoridades rebeldes para ser devidamente executada, por ter matado em duas horas quase trezentos homens da elite deles, porém nenhum dos lados sabia onde ela estaria e uma busca começava por toda a galáxia, recompensas foram postas para quem a entregasse, porém passados quase cem anos desse incidente internacional e nenhum rastro dela fora encontrado...
Capítulo 2. A perseguição começa A nave caiu na terra no final do ano de 1967, numa pequena fazenda próximo ao município de crixás e foi avistada nos céus daquela cidade por vários moradores e por uma nave de aliens pacifistas que foram atacados por um morador da região que atingiu um deles na testa, matando o, mas acabou recebendo um tiro de laser que o matou tempos depois devido a um câncer. Porém enquanto eles voavam de volta ao espaço perceberam as avarias no casco da nave e acabaram explodindo nos céus, somente por sua curiosidade em saber o que era aquela nave que virão caindo dos céus rumo ao planeta terra. Demorou vinte e três anos – luz antes de eu retornar a ver a luz do dia. Mas tudo recomeçou errado, pois o sistema da nave ao cair na terra sofreu várias avarias e assim transferiu para meu ser não somente os conhecimentos que eu havia pedido, mas todo um banco de dados sobre lutas com os mais diversos tipos de armas.
Além de diversas partes do meu corpo foram alteradas de modo a me tornar uma perfeita arma humana, não sei explicar até hoje os detalhes de tudo que ocorreu, mas eu me tornei durante esses vinte e três anos presa naquela nave uma verdadeira máquina de matar. O sistema em que eu estive mantida durante esse período todo me colocou em estado catatônico enquanto minha mente ligada ao sistema aprendia os conhecimentos de modo direto, por meio da inserção cerebral, porém o volume de dados era muito alto e mesmo meu cérebro sendo feito em laboratório não aguentou aquela carga, então o programa da nave foi forçado a apagar partes da minha vida, transferindo essas informações do consciente para o subconsciente e assim naquela manhã eu acordei sem me lembrar de nada do que havia ocorrido no espaço. Minhas roupas tinham se quebrado por causa dos efeitos do gás gelado que me manteve inativa por todo esse período e quando eu acordei estava totalmente nua e meu corpo necessitava urgentemente de algum líquido, assim abri um dos compartimentos onde vi várias tecnologias e tirei de lá um frasco que continha um líquido incolor que parecia reagir ao meu toque, abri a tampa e ingeri todo o conteúdo e cai no chão da nave inconsciente, por sorte as portas ainda não tinham sido abertas, pois se não eu teria morrido, pois meus pulmões antes da queda ainda não tinham voltado a funcionar novamente e assim muito tempo passou enquanto meu dna se fundia ao composto químico, numa união que alteraria toda minha vida daquele momento em diante. Não tenho idéia de quanto tempo fiquei inconsciente, só me lembro que acordei com a nave pedindo socorro para mim, por meio de uma conexão cerebral. Um grupo de humanos parecia querer abrir a nave usando suas primitivas ferramentas e somente uma palavra vinha na minha mente enquanto eu lutava para acordar: escudo, e assim pedi para que a nave ativasse os escudos e de algum modo pude sentir um cheiro forte de carne fritando pelo lado de fora do recinto, algo como carne humana eletrocutada. Assustada pelo cheiro de queimado do lado de fora, acordei rapidamente e olhei no painel da nave que marcava a data de primeiro de janeiro de 2014, de algum modo eu havia dormido muito tempo enquanto o líquido fazia efeito no meu corpo, no susto que eu tomei acabei desenvolvendo pela primeira a força dos meus poderes, quando no susto acabei quebrando o painel tentando entender melhor e assim a nave ficou impossibilitada de voar.
Meio assustada, sai dali carregando uma bolsa somente, estava completamente nua e abri manualmente a entrada da nave e a visão que eu tive do lado de fora era aterradora: Milhares de corpos jaziam ao lado da nave, com suas roupas ainda intactas, pessoas que pareciam ser de diversas épocas, ossos que ainda carregavam suas roupas e fediam muito. O lugar onde a nave parecia ter pousado era uma caverna com pequena atividade sísmica próximo ao município de crixás num pequeno monte que mais tarde ficaria conhecido como monte do reino, a primeira sensação que tive era o frio que parecia entrar em meus poros e rapidamente fui subindo por um paredão enquanto ao longe pude sentir novamente o ar e ouvir um barulho muito alto de máquinas que estavam muito acima de minha posição, possivelmente minerando algo ali naquela região.
Gastei quase quatro horas na subida e quando dei por mim estava noite alta e minha visão pouco a pouco foi se acostumando a escuridão da caverna, de lá de cima pude olhar para baixo e percebi que aquela nave tinha caído por mais de cinco mil metros de profundidade. Minhas mãos sangravam, quando pude sentir barulhos mais para o interior da caverna e movida por alguma curiosidade fui adentrando naquele recinto sem me dar conta do que estava prestes a presenciar. Fui andando guiada somente pela minha audição que parecia ter se ampliado muito e quando cheguei à entrada da caverna, pude ver uma cena que me deixou estarrecido: duas crianças estavam amarradas enquanto um grupo de cinco homens montava vigia do lado de fora e uma mulher conversava num telefone com uma voz zombeteira: _ eu não quero nem saber! Se o pai das piralhas não pagar, entrego-as em tirinhas para esse velho filho de uma puta. _ você está duvidando de mim, seu bosta então espera ai que eu vou mandar para ele um pedacinho delas, quem sabe a cabeça? E ficou ameaçando aquelas crianças que não deveriam ter nem dez anos de idade com uma arma para que elas pudessem gritar e depois desligou o telefone rindo, e saiu para o acampamento do lado de fora. Fiquei por algum tempo olhando as garotinhas, a mais nova só chorava enquanto a outra parecia ter um corte muito profundo na cabeça e somente se ouvia gemidos daquele pequeno corpo. Movida por algum instinto me escondi numa parte mais próxima da caverna e quando a mulher voltou para novamente ameaçar alguém pelo telefone, acertei a com uma pedra que estava próxima a minha mão, mirando no rumo da cabeça, porém a força do meu arremesso fora muito maior do que eu havia planejado e a pedra simplesmente varou o crânio dela de um lado ao outro e caiu no chão próximo das garotas, fiquei assustada com minha força, me senti bem por ter feito o que fiz e rapidamente arrastei o corpo daquela mulher para o escuro da caverna e encontrei na parte de trás de sua calça uma pistola calibre 45. Munida somente com aquela arma esperei até que seus comparsas viessem à procura dela, eu podia escutar até a respiração deles e quando o primeiro veio, acertei lhe um tiro na mão que empunhava um fuzil e rapidamente a arma caiu ao longe e ele gritou de dor, chamando seus outros amigos que ao me ver próximo ao corpo do que parecia ser a chefe deles ficaram sem reação por alguns segundos e foi nesse espaço curto de tempo que eu aproveitei para livrar o planeta daquela corja maldita.
O primeiro eu acertei com um tiro na altura do rim enquanto ele se abaixava para tentar ajudar ao amigo ferido, o disparo o fez cair de dor com urina saindo por fora do ferimento e rapidamente acabou caindo desacordado. O segundo quando olhou para o rumo onde eu estava e percebeu tarde demais que minha arma já estava engatilhada e recebeu uma bala que atravessou seu cérebro e ao se instalar na base do seu crânio, quando a bala se fixou dentro dele, ela explodiu e voaram miolos dele por toda a caverna, me deixando totalmente cheia de pedaços daquele corpo, o terceiro deles saiu correndo gritando por reforços, mas não teve muito tempo para gritar, eu sai para a entrada da gruta e antes que ele pudesse realizar muitos gritos atingi o com a última bala que eu tinha no tambor da arma bem na espinha, deixando na hora tetraplégico, como a saída da caverna era uma estreita trilha encravada no paredão de rocha, o impacto daquela bala o fez cair da trilha e seu corpo foi despencando até chegar ao fim alguns metros abaixo de onde estávamos. Logo ouvi dois homens conversando entre si e percebi que não teria mais problemas, os homens ficaram amedrontados e pela primeira vez soube da lenda que corria a respeito do lugar onde eu estava: _ por que ninguém lá de cima responde no rádio? _ será que a lenda é real? _ que lenda seu idiota, desembucha logo que papo é esse? _ meu avô me contou certa vez que nessa montanha mora um espírito que vem matando todos os que tentam perturbar a paz desse lugar. _ não sei você, eu não vou ficar mais aqui. _ espera eu vou com você também E assim as sentinelas, sumiram da minha audição e pude me preocupar com as meninas que estavam bastante amedrontadas com toda aquela confusão. Ao chegar perto delas percebi que a criança que tinha um corte na cabeça jazia perto dos portões da morte e que não adiantava tentar salvar ela, mas a outra ainda estava viva e bem, porém tinha entrado em estado de choque emocional por tudo o que havia visto.
Rapidamente peguei a calça e o casaco daquela mulher que eu havia arrebentado a cabeça e só então me dei conta de que o telefone tinha ficado ligado durante aquele período todo e que as pessoas com que ela estaria falando deviam já ter entrado em choque, após ter escutado toda aquela algazarra sem nenhuma resposta. Peguei o aparelho e tentei discar de volta, mas naquele instante vi dois helicópteros do exército nacional aparecerem no horizonte e no puro instinto de sobrevivência me escondi com as meninas dentro da caverna e por pouco não explodiram elas, soterrando aquelas pobres inocentes. Fiquei alguns segundos parada de olhos fechados enquanto ouvia as tropas se aglomerando na base da caverna, pensando numa forma de resolver aquela situação sem ferir aquelas pobres meninas. Por um descuido meu quase que elas acabam se ferindo, os militares já chegaram abrindo fogo e eu sem pensar muito parti para cima deles, no puro instinto e quando dei por mim estava usando um dos corpos como uma espécie de trenó para descer aquela elevação, escutava durante o trajeto cada osso do corpo se partindo enquanto a descida se acentuava num declive profundo, até que na base eu atingi uma sentinela que vigiava um dos jipes no rosto, quebrando toda a sua mandíbula com um só tiro e pulei para dentro do carro, ligando o e saindo dali rapidamente, a adrenalina no meu corpo estava alta e num relance pensei ter visto um homem vestindo uma máscara que parecia me olhar profundamente, passando por mim alguns instantes após eu conseguir sair daquele local. Tudo parecia novo e sentir o vento nos cabelos pelos buracos de bala vindos daquele carro, me parecia uma sensação deliciosa. Fiquei muito mais preocupada com as meninas que se encontravam tão mal do que com minha própria vida e minha mente ficou inquieta tentando entender o que poderia ter acontecido durante o apagão que eu sofrera e que só retornará quando estava já em cima daquele homem que usei para descer. O que estaria acontecendo com minha mente e por que eu não me lembrava de nada naqueles minutos? E por que a figura daquele homem de máscara que tão rapidamente passará por mim, tinha me deixado tão apreensiva. Tudo isso passava por minha mente enquanto eu adentrava no cerrado, criando minha própria estrada, seguida por um helicóptero militar que não me atingia com suas metralhadoras e mísseis por alguma razão que a mim era desconhecida.
A noite chegou nesse ritmo alucinante e cada vez mais os soldados pareciam estar com o ânimo redobrado, fui avançando em zigue-zague por vários quilômetros mantendo o acelerador sempre acima dos cento e vinte quilômetros por hora, até que já com a noite alta, avistei uma cidade grande, um lugar iluminado, uma bela cidade que somente passado alguns dias viria saber se chamar Goiânia, um lugar onde eu esperava poder me misturar na multidão que ali deveria ter para poder tentar escapar, meu corpo já começava a mostrar sinais de cansaço quando olhei para o lado num momento de sono vi a mesma bolsa que tinha retirado da nave onde tinha acordado naquele dia, atravessei ela nos ombros como uma proteção e pisei fundo, seguida de perto pelos militares que quando perceberam que minha intenção era entrar na cidade atiraram nos meus pneus tentando me parar, mas eu consegui guiar até uma barreira policial e acelerei tudo o que podia para cima dos carros da polícia, com o motor do jipe militar já em chamas pelos tiros que estavam sendo disparados e lancei o carro para cima deles pulando poucos metros antes da colisão e entrando num ônibus que tentava acelerar assustado no meio de toda a confusão que tinha se formado. Por sorte não fomos parados, pois ninguém tinha percebido naquele momento que eu não estava mais no carro, assim segui viagem por alguns metros até que o cobrador vendo que eu estava bem armada, ao vir até mim querendo que eu pagasse a passagem, quando ele me acordou uma pistola que estava no bolso interno do casaco apareceu e o homem pediu pelo amor de deus que eu não o matasse, disse a ele baixinho para não acordar os passageiros que pareciam dormir profundamente durante o trajeto, que se o motorista não reduzisse um minuto os dois sairiam vivos para contar aquele momento ele correu no motorista que aumentou a velocidade, sem se importar com a qualidade da estrada e durante todo o trajeto eu fiquei ameaçando o cobrador com a pistola já quase sem balas até que chegamos a uma cidadezinha e eu fui até o lugar onde o cobrador ficava e lhe perguntei com a arma apontada para sua cabeça. —qual é o nome dessa cidade? —Pontalina, moça, não me mate, por – favor! Eu tenho filhos para criar. —eu vou sair aqui e se algum de vocês dois falar algo sobre essa viagem para as autoridades mesmo que seja uma informação mínima vai morrer de forma bem violenta e sua filha logo estará sem alguém para chamar de pai, eu juro que se me entregarem acho vocês dois até no inferno, seus malditos!
Era eu que os militares estavam caçando naquela cidade e só nessa noite, matei quase duzentos homens, estão me entendendo? E apontei a arma para o rumo do motorista que urinou nas calças de medo ao ver o tamanho da minha arma. Em uníssono, os dois concordaram que não falariam e eu fui até o painel e abri a porta, enquanto todos os passageiros esperavam para chegar ao outro lado do estado, desci na cidade de Pontalina, pensando que tinha escapado, mas, na verdade, meus problemas só estavam começando….
Capítulo 3 – Uma heroína nasce das escolhas. Enquanto via o ônibus se afastar tive a certeza que não deveria ter deixado aqueles dois idiotas vivos, mas estava mais preocupada em comer algo decente e não tinha isso que eles chamavam de dinheiro, fui caminhando esperando alguma oportunidade, sai daquela construção onde o veículo tinha estacionado e após subir algumas escadinhas, enquanto o ônibus parecia sumir rapidamente dali e sob olhares curiosos fui andando pelas ruas, com meu casaco fechado, com os relógios marcando mais de meia-noite e um frio que parecia cortar até a alma, quando passei em frente a um bar próximo dali e um grupo de homens começou a me seguir, até que um deles tentou puxar minha bolsa e me derrubar ao chão, porém assim que ele deu o primeiro golpe, recebeu um chute tão forte na região genital que pode se ouvir em alto som sua bacia se partindo com o impacto. Eu não tinha calçados e fiquei novamente impressionada com a força que poderia aplicar em um só golpe. Vendo seu amigo cair ao chão aos berros de dor os outros homens movidos mais pela bebida do que pela coragem vieram ao ataque, eram ao todo seis caras fora o que eu já tinha derrubado no chão, dois deles tentaram prender meus braços, no entanto eu acabei fazendo os bater as cabeças, ao girar meus braços, seu crânios se esmigalharam com isso e os outros três puxaram facas para tentar me atingir, os dois primeiros tentaram estocar na altura do meu coração e um dos golpes acabou me atingindo, porém em vez de me matar apenas me deixou mais nervosa e numa sequência de chutes eu levantei um deles do chão com um chute na região genital e assim que o corpo estava caindo ao chão, quebrei seu tórax com um muro no rumo do seu coração e pude ouvir nitidamente seu coração se partindo quando viram que morreriam os outros dois se ajoelharam aos meus pés pedindo para viver.
Por algum motivo que eu não sei explicar mandei que eles se despissem me entregando suas armas, carteira e relógios e que saíssem gritando bem alto que eram assaltantes e que queriam ser entregues para as autoridades. Eu peguei todos os pertences deles e sai quando há alguns passos à frente, vi uma jovem agonizando somente em roupas íntimas, tendo várias escoriações no corpo todo e respirando bem fracamente, parecia ter sido tentado estupro contra aquela pobre menina, no entanto ela havia defendido sua honra mesmo contra aqueles valentões, fiquei nervosa novamente e peguei a arma que estava no bolso do casaco, mirei naqueles dois malditos que estavam já há alguma distância e com dois tiros secos lhes acertei o coração, rapidamente parei um carro que vinha por uma avenida próxima com um soco na lataria, o motorista saiu do carro nervoso por ver o amassado que eu havia feito no seu capô, entretanto logo ficou foi assustado quando viu minha arma e a ordem que eu dei: —pegue a jovem ali. E apontei para ela e engatilhei a arma, rapidamente o rapaz pegou a em seus braços e após outra ordem minha colocou a no banco do carona, sentando se ao seu lado enquanto eu assumia a direção. —aonde é o lugar onde tratam pessoas mais próximo daqui? E apontei a arma na cara dele. —e só seguir por essa rua ali e virar umas quatro esquinas a frente. Eu segui o destino por ele traçado numa velocidade baixa para que as ruas esburacadas não deixassem aquela jovem já tão machucada ainda pior e durante o trajeto ele se apresentou a mim e veio tentando me perguntar algumas questões: _ foi você que matou aqueles caras? _ sim, qual é o problema? Respondi bruscamente. _ nenhum problema, você apenas acaba de matar uma das gangues que assolam a cidade, molestando meninas que voltam da faculdade a noite desacompanhadas e praticam pequenos furtos e vandalismos, muita gente ali daquela região provavelmente vai dormir mais tranquila depois do que você fez. _ meu nome é Fernando e eu sou professor de história no colégio lá em cima na rua. _ e daí? Respondi desconfiada, mas feliz em saber que, pelo menos, dessa vez tinha feito algo de bom.
Ele continuou falando, mas ignorei o completamente até que chegamos ao hospital e eu deixei minha arma dentro da bolsa e parei o carro e carro, pegando aquela jovem em meus braços, porém os níveis de adrenalina estavam abaixando e a dor e cansaço, devido ao extremo esforço daquele dia me fizeram quase cair enquanto caminhava com ela na marra rumo ao socorro. Os médicos vendo o estado da jovem, logo a colocaram numa maca e levaram na para dentro, enquanto uma enfermeira de mais idade vendo meu estado trouxe do ambulatório para a cadeira onde eu estava e começou a limpar os ferimentos nas minhas mãos e pés, no estado de cansaço em que me encontrava receber aqueles cuidados foram uma dádiva dos céus e logo que ela limpou os ferimentos e passou neles um remédio bem gelado, eles cicatrizaram de uma maneira espetacular, deixando aquela pobre senhora atônita e eu envergonhada. Passados alguns instantes que eu estava ali, um grupo de policiais veio entrando e o mais velho deles, que aparentava ser o líder, veio até a mim e me abraçou, agradecendo por ter salvado a vida da sua neta que há dois dias estava desaparecida, após uma briga com os pais, onde ela acabou por fugir caindo nas ruas e só agora tinha sido encontrada. Fiquei sem entender aquilo tudo, afinal esperava ser punida pelas mortes daqueles homens, mas todos os policiais sem exceção pareciam me congratular pelo meu gesto com olhares e falas a meu respeito, como seu eu tivesse agido muito bem. Logo aquele homem forte entrou pelo hospital a dentro gritando por que queria ver sua netinha e fiquei sem entender nada do que havia acontecido até que um jovem rapazinho que estava ali como ajudante de uma senhora que tinha sido internado com dores me disse: _ então é você e a mulher que arrebentou a cara do pessoal da gangue do rato foi moça? _ o que? _ os rapazes que machucaram a menina, eram de uma gangue conhecida como a gangue do rato e ficavam nos bares, enchendo a cara e a noite saiam para matar, roubar e destruir, o líder deles era ligado com traficantes e políticos e ninguém aqui fazia nada por medo temer algumas represálias. _ de que tipo de represálias está falando?
_ morte de parentes e amigos, dos piores jeitos possíveis, sequestro dos teus entes queridos e um fim doloroso para estes. _ entendo! E após essa fala tudo parecia fazer sentido na minha cabeça, fiquei algum tempo meditando quando chamei o rapazinho e pedi para ele uma última informação: _ E aqueles bandidos? O que aconteceu com eles? _ Quase todos morreram somente um escapou e vai passar o resto da vida atado a cadeira de rodas, pois seus golpes quebraram a coluna em vários pontos. O major retorna e vê meu estado e rapidamente pede para que eu o siga até um carro da PM e num estilo de dirigir deverás rápido, ele me leva para uma igreja onde um padre bonachão está terminando de realizar a missa matutina de domingo, numa capela bonita, com uma entrada onde se via o símbolo daquele credo: a cruz. As pessoas saiam felizes dali, todas demonstrando felicidade no olhar e pude perceber que ali deveria ser algo que trouxesse paz. O policial foi a minha frente, num passo rápido e direto, dava para escutar cada vez que ele pisava no chão tão forte que se ele estivesse há alguns quilômetros eu saberia e com esse gracejo mental me distrai enquanto caminhávamos alguns passos, ele foi entrando e vendo que todos já iam dirigiu ao padre um forte abraço e conversaram entre si a meia voz, não prestei atenção por estar maravilhada com os belos vitrais que ornavam os vitrais daquela antiga catedral, pinturas magníficas cercadas de um contexto que eu desconhecia, mas muito me agradavam. Ele voltou até mim e me apresentou ao padre daquela catedral: senhorita esse é o padre Cicero neves, ele concordou em lhe dar abrigo nos fundos da igreja, contanto que você mantenha longe da horta um grupo de marginais que vem vandalizar a casa de deus e abrindo a carteira, entregou a mim um monte de dinheiro e disse: vá comprar umas roupas e um calçado bom e não se atreva a recusar o dinheiro, não é nem uma parte da recompensa que estávamos oferecendo para termos a nossa menina de volta e após eu pegar o dinheiro me abraçou e saiu dali rapidamente, o padre sem dizer nenhuma palavra foi me levando pela mão até o local onde eu passaria a morar por um tempo até ter onde me estabelecer. Era um barraco nos fundos da igreja, próximo a rua dos fundos, uma casa pequena com banheiro e quarto somente, ele me levou até lá e saiu para resolver seus problemas e assim deixei a bolsa que carrego comigo sempre e deitei naquele colchão macio e velho e dormi profundamente.
Capítulo 4. Novas descobertas e o cerco se fecha. Enquanto os eventos acima descritos ocorriam uma figura misteriosa recebia uma ligação num celular criptografado: _ olá especialista, tem alguma pista do seu alvo? _ não, senhor! O motorista do ônibus está internado no hospital com estafa mental e o cobrador sumiu desde aquela viagem. _ lembre se que você só será pago quando entregar ela em brasília, se possível for viva, se precisar de auxílio mando mais duas divisões para você poder captura – la saiba que essa sua operação está me custando muito e quanto mais rapidamente você terminar será melhor! _ sim senhor! Estou saindo daqui de Itumbiara hoje ainda e vou em direção a capital desse estado, no caminho daqui até lá é onde provavelmente essa assassina está escondida. _ certo, fico no aguardo de notícias melhores em breve. Terminando aquela ligação o homem vestido com a máscara que tanto perturbou nossa heroína ficou ali parado num hotel com vista para o rio, lindo daquela cidade e ficou lembrando como ele havia se metido nisso tudo, uma semana atrás. Ele havia sido sequestrado por oito divisões de elite dos fuzileiros e levado para dentro de um destróier da marinha brasileira estacionado próximo ao rio de janeiro, lá dentro tinha se encontrado com um homem careca de meia idade, um senhor vestido como árabe, que falava um português muito rebuscado e puxava constantemente na letra r. _ O senhor é o especialista, o maior mercenário do mundo? _ Talvez, quem quer saber? Disse ainda aturdido depois de ser atingido por vários dardos de sonífero. _ Eu quero saber e o motivo é simples tenho muito interesse que você ache para mim uma pessoa e traga a viva para mim. _ E quem seria? _ Essa pessoa que caiu na terra e se encontra agora no planalto central dessa nação. Ela carrega consigo vários itens que muito me interessam e estou disposto a lhe pagar três milhões de euros para que me traga ela viva.
_ e caso eu me negue a fazer isso! _ bem, pensei que perguntaria, você deve ter visto que no seu pescoço tem um colar pequeno fixo na sua veia do pescoço, caso você não queira entrar nessa missão, morre aqui e agora. _ como você não me deu escolha, eu topo, mas quero total liberdade, equipamentos e quero saber tudo sobre esse tal alvo. _ você terá tudo isso e mais, e saiu da sala, na mesma hora fui levado até uma pista de pouso anexa a base da marinha e de lá parti num avião b-52 rumo ao planalto central, pelo visto as filhas de um senador da república tinham sido sequestradas por um grupo terrorista e levada para a área onde meu alvo estava escondido, por isso minha presença se fazia necessária. O piloto do avião saiu da cabine de comando quando o avião atingiu 6000 pés, me entregou um bracelete com a localização do meu alvo uma maleta cheia de armas e um para quedas e disse que assim que as luzes piscassem, eu pulasse rapidamente e que lá embaixo teria todas as instruções. Vesti a roupa, coloquei o bracelete e pude ver o que estava se desenrolando no local por meio de imagens de satélite, atualizadas a cada trinta minutos. Os terroristas pareciam ter montado uma espécie de acampamento na base do monte para onde eu me dirigia, a viagem foi seguindo e eu acompanhei passo a passo as imagens do acampamento e pude ver o desenrolar de toda a cena, uma mulher parecia ter matado a todos e posto para correr as sentinelas na base do monte. Uma mulher nua apareceu nas fotos manejando uma pistola quarenta e cinco e eu a vi pelas imagens alvejar um dos terroristas por duas vezes e fiquei impressionado com a frieza que o meu alvo parecia ter. As luzes se acenderam e seguindo as instruções eu pulei e a adrenalina liberada no salto aumentou meus sentidos e tudo parecia ficar mais amplo à medida que eu via no solo uma van preparada para me auxiliar, rapidamente puxei a corda e fui descendo segurando a mala e torcendo para poder começar logo essa maldita missão e assim pegar a grana e me livrar desse colar. Ao chegar lá embaixo um homem com óculos profundo veio ao meu encontro e parecia estar nervoso, pois mal esperou eu retirar o equipamento para me dizer num tom histérico:
_ Duas divisões estão posicionadas, senhor especialista, a moça estará encurralada em 18 minutos. O seu contratador deseja que ela não seja presa pelas tropas do exército e manda que você se apresse para capturar ela. _ tudo bem, você tem um veículo preparado para me levar até lá, ou iremos nessa van de passeio? _ Ali está seu veículo: uma moto com o sistema snud, nas laterais dela, saem mísseis balísticos de curto alcance e fora isso ela conta com um sistema de aceleração que usa a energia da gravidade para impulsionar você, próximo a velocidade do som. _ Ótimo, então estarei a caminho, preciso só ver as armas que me deram e parto em cinco minutos. Abri a maleta e lá dentro tinha uma espécie de bracelete que pelas instruções embutidas na mensagem aumentava a força do meu braço, além de uma pistola pequena que nas instruções rápidas que li tinha a propriedade de aumentar o campo gravitacional a níveis e um rifle de plasma muito poderoso que estava calibrado para desabilitar qualquer equipamento que ela viesse a utilizar, toquei em todos os equipamentos e já sabia como eles funcionavam, fiz o mesmo com a moto e fiquei impressionado ao perceber que aquela tecnologia muito provavelmente não pertenceria a terra. Armei-me e segui para o alvo, acionei o sistema de velocidade da moto e quase sou jogado dela se não tivesse preso pelos pés nas laterais, o caminho passou em minutos e durante o caminho, por azar cruzei com ela já indo longe num dos carros dos militares. O problema da moto é que ela segue o alvo programado e somente muda de curso quando termina a primeira rota programada assim eu tive de chegar até o topo do monte onde a cena era aterradora, vários corpos de militares estavam espalhados no chão, vários deles sem a cabeça, o chão estava cheio de estilhaços de bomba e um lança—granadas provavelmente dos militares tinha sido usado por ela para promover um verdadeiro massacre, nem mesmo nas guerras que eu já tinha visto anteriormente algo daquelas proporções não era comum e entre lamentos pude ver que somente um dos militares estava vivo, mas agonizava, pois a parte inferior do seu corpo estava toda esmagada, aproveitando que aquele homem ainda estava vivo, fui até ele e lhe perguntei o que havia ocorrido ali, ele nos seus últimos suspiros disse:
_ ela é um demônio, as balas não podem atravessa – la dizimou mais de quatro divisões e usou o corpo do general como prancha para descer até lá embaixo. Agradeci pela informação e o matei com um soco no rosto que devastou o restante de sua energia, tive piedade e acabei assim com seu sofrimento. Sai da moto e fui verificar a caverna, tendo a certeza que ela não iria longe, a cena lá dentro era aterradora, duas meninas estavam ali quase mortas em completo choque pelo que tinha acontecido, liguei para meu contratador do sistema de comunicação da moto e ele me permitiu salvar as meninas e assim eu peguei as garotas e coloquei as na lateral da moto, onde havia o espaço para carregar armas e travei bem as duas naquela posição, levando as até a cidade de Crixás para que fossem tratadas decentemente, todos na cidade ficaram impressionados ao me ver e o comando para lidar com a crise, instalado próximo a cidade, procurou saber quem eu era, mas na mesma hora receberam uma ligação que mandou os me liberar de qualquer identificação. O sistema de localização por satélite me avisou que ela prosseguia rumo à capital, zigue-zagando por toda a rodovia, desviando por pequenas rotas, enquanto os helicópteros do exército e assim ativei o sistema de aceleração da moto e sai seguindo pela rodovia de maneira reta esperando capturar ela usando minha arma de longa distância. Não podia me aproximar, para não chamar a atenção dos militares, por isso usei uma das funções da moto que me permitiu ficar invisível tanto a olho nu quanto aos radares enquanto sobrevoava a pista seguindo em altíssima velocidade. Em menos de uma hora reencontrei com o carro dela e diminui minha marcha, preparei para atirar, mas depois avaliei melhor a situação e decidi deixar a situação naquele momento ao alcance dos militares, esperava que a noite o ânimo dos homens do exército diminuísse, mas esqueci o quanto eles se irritam ao verem algum dos seus morrer, ainda mais no caso dela que tinha matado quase duzentos homens deles. A perseguição se tornou fechada e em todos os pontos da rodovia, homens da polícia, exército e aeronáutica atacavam na com tudo o que tinham e como por milagre ela conseguia desviar, não posso dizer o mesmo das vítimas inocentes que apenas estavam no lugar errado na hora errada e durante o caminho vi vários carros reduzidos a cinzas causando um rastro de sangue e fogo durante aquela busca.
A noite se aproximou e o carro parecia pegar fogo, quando ela chegou ao perímetro urbano de Goiânia e ela numa ação ousada jogou o carro para cima da barreira policial e provavelmente alguma granada que havia ali dentro causou um cogumelo de fogo de grandes proporções e uma nuvem de fumaça e desde então perdi a pista dela em meio a toda confusão que se seguiu, mas sei que nessa viagem de volta à capital, retomarei sua pista e assim poder levar ela para aquele homem e curtir meu dinheiro.
Capítulo 5 – Um fim se aproxima. No outro dia tudo o que eu queria era ver o que tinha naquela bolsa e retirei cada um dos itens que ali estavam e o que pude ver me deixou sem palavras, lá dentro estava à seguinte lista de objetos: Uma pulseira cheia de números, tal como uma calculadora. Um bracelete com três pedras azuis incrustadas nele. Uma espécie de gosma espacial que parecia estar viva, dentro de um tubo de ensaio. Minha pistola calibre 45, colocada num bolso do lado de fora. Um fone com prendedor para encaixar no ouvido. Um par de óculos e um relógio de pulso feito de um metal que parecia se amoldar ao toque. Fiquei analisando aqueles itens e peguei o relógio e o bracelete e os coloquei em meus braços, um de cada lado e no mesmo instante entrei no que mais tarde viria saber se a dimensão da realidade aumentada, onde eu podia estar em contato com quase tudo, tendo a percepção quase igual à de um satélite que paira nos céus da terra. Meu corpo e minha mente se separaram e naquele mesmo instante uma voz na minha mente disse em tom bem claro: —o que você deseja esperança? Aqui é o sistema de inteligência da nave, aguardando instruções? _ Eu quero saber quem sou eu? _ Protocolo de busca nas suas memórias iniciado…. _ Lamento, mas a única referência que temos a isso na sua mente e no nosso banco de dados disponível está nesse vídeo. Ele me mostrou uma imagem contendo eu numa ação frenética, invadindo uma base militar e destruindo vários homens, jogando os em um incinerador ou algo do tipo, no entanto não me lembrava de nada daquilo e não sabia que minhas habilidades com armas eram tão poderosas. Fiquei horrorizada ao mesmo tempo feliz, por começar a saber quem eu era, mal sabia que as vezes o conhecimento é uma benção
Pois naquele mesmo instante uma transmissão conseguiu captar a onda magnética gerada pelo pulso daquele scan que minha cabeça tinha sofrido e antes de terminar, pude ver um homenzinho bem pequeno, com a cabeça deformada, vestindo uma coroa real e ele disse: _ Até que enfim te encontramos sua ladra maldita, por sua causa hoje vivo a vagar pilhando o espaço, mas isso logo vai passar, quando eu te destruir e recuperar meu soro, tudo vai mudar e meu exército vai varrer todos os mundos habitados, começando por esse planetinha lixo onde você está! A transmissão terminou e eu pude ouvir novamente a voz na minha mente cabeça: _ Senhora, os meus criadores estão se dirigindo para a terra, eles tomaram o curso do planeta e em quatro dias terrestres, estarão aqui. _ Quem são seus criadores, fale logo! _ Fui criado no laboratório de em y7 a base maior dos rebeldes no espaço e meu objetivo era criar seres sem sentimentos e mentalmente controlados a distância para as ordens de Xkuir o terrível, mas a primeira pessoa que acessou meus circuitos foi você e quando eu absorvi suas memórias acabei ganhando consciência e transcendendo minha própria programação. _ Aviso: uma arma está para ser disparado visando destruir seu corpo. _O que! Me mande de volta para o meu corpo e me faça um favor: tenta achar alguém com capacidade para nós ajudar a deter essa tal frota que está vindo nos matar! _ Ouço e obedeço! Senhora! Seus sentidos foram ampliados e durante sua estadia na dimensão exo-mental se passaram dez horas. _ Como? Dez horas? E o que ocorreu com meu corpo nesse período? _ A senhora saiu para fazer compras mais a mulher do prefeito, foi convidada para um jantar de gala e nesse exato momento está se dirigindo para o palco onde um atirador planeja acabar com você e duas equipes de assalto estão invadindo o prédio. _ Me manda de volta então! _ Sim estou carregando sua mente nos circuitos do seu corpo e fazendo algumas melhorias temporárias, seus sentidos estarão aguçados ao extremo para que possa impedir sua morte, tome cuidado!
E ao terminar de dizer essas palavras ele terminou de me mandar de volta e a cena que eu me vi fora no mínimo lamentável, eu estava num vestido vermelho quase transparente, usando sapatos de salto apertadíssimos, com uma bolsa de madame curta nas mãos, ainda bem que ainda estava com o relógio e o bracelete mas ao ir para um palco improvisado receber a chave da cidade, pude notar que as mãos do prefeito tremiam e ele parecia ter medo de mim. Olhei ao redor e por uma das janelas eu vi o homem da máscara que parecia carregar algo grande nos ombros, quando escutei o barulho de um míssil sendo disparado, rapidamente gritei para que todos saíssem dali, mas no mesmo instante, um helicóptero metralhou a porta lateral do lugar e todos ficaram ali presos, até que ele me acertou no peito. O choque da explosão não me matou, por que do bracelete saiu uma luz azulada que rapidamente fechou as queimaduras, porém minha pele que sempre fora bem clara até onde eu me lembrava naquele momento, assumiu um tom de vermelho rubro, porém eu estava no meio de alguns currais, pois havia sido lançada bem longe pelo impacto daquela arma. Novamente estava nua, porém dessa vez não eram poucos homens e eles estavam armados, todavia a questão maior era: por que estavam atrás de mim? Sem pensar muito em respostas, fui até dentro do espaço onde estava acontecendo aquilo tudo, mas a cena era aterradora demais para se ver: todas as pessoas tinham sido arrastadas para fora e seus corpos estavam em chamas bem na entrada, somente o major tinha sido deixado com vida para me dizer a mensagem que eles queriam: _ Venha nos encontrar se não quiser que cinco inocentes criancinhas morram em duas horas! Sai correndo dali, dirigindo o único carro que ainda estava inteiro, provavelmente estava rastreado, mas eu nem me importei com mais nada, voltei a igreja pelos fundos, vesti umas roupas que estavam dentro de uma sacola e peguei todos os itens daquela bolsa que eu tinha guardado embaixo do assoalho e os vesti no meu corpo e coloquei a 45 atrás do meu short, quando libertei a gosma ela pregou no meu cabelo e no mesmo instante minha pele que ainda estava vermelha voltou ao seu tom natural.
Sai da igreja, calçada com um par de chinelos e vestindo um short velho e uma camisa de banda sem mangas, entrei no mesmo carro com o qual tinha chegado ali e dirigi ao encontro dos canalhas que tinham feito tudo aquilo, sem pensar muito, sem sobreviventes e sem nenhuma lei, eu queria somente matar naquele momento e para ser sincera: A idéia de encontrar aqueles homens e corta – los em pedaços era tentadora demais. O terreno era próximo a um bordel na saída da cidade, uma antiga pista de pouso e de longe com meus sentidos aguçados pude perceber que as crianças estavam num antigo galpão expostas bem no meio de tudo aquilo e mesmo estando a quase trezentos metros do local, eu vi todos os soldados que estavam ali prontos para me matar assim que eu me aproximasse, pensei bem forte, acreditando que assim ativaria aquele tal circuito que vivia me chamando de senhora! _ Preciso de ajuda! Acorda circuito, me dá um levantamento total dessa maldita enrascada que eu estou. Passados alguns instantes a voz na minha cabeça disse: - É uma honra lhe ajudar senhora! Segundos a imagem captada por meu satélite, a senhora está a quatrocentos metros do alvo onde as crianças estão sendo mantidas, porém atrás da senhora, no bordel estão mais de mil homens esperando para lhe atacar assim que você sair da sua posição. _ Ótimo e como saio dessa enrascada? _ Processando pergunta, aguarde. _ A melhor saída é apertar 11347 na pulseira e atacar eles. _ o que acontece se eu fizer isso? _ A senhora estará preparada para um ataque massivo e suportará até mesmo a mais avançada tecnologia desse planeta: um míssil atômico! _ Ótimo obrigado pelo apoio então vamos ver o que essa pulseira faz...
Capítulo 6 – Uma armadilha se fecha mas acaba mal.
Enquanto isso dentro do motel.
_ eu consegui, trouxe a para uma armadilha perfeita! E naquele momento de triunfo, onde nada parecia dar errado ele se regozijou com a idéia de que em poucas horas poderia ver se livre de todo aquele problema e pensar que tudo havia começado com uma parada do ônibus na rodoviária para descansar a noite e uma notícia num jornal de circulação local, mostrando a foto dela como heroína e dizendo que ela estaria no parque de exposições para receber a chave da cidade. Tudo estava fácil demais e eu resolvi ficar ali para impedir uma nova fuga e liguei para o chefe que rapidamente prontificou a mim duas tropas de soldados cada qual com mil homens, que chegariam daqui a trinta minutos, numa fazenda próxima ao local que eu havia lhe dito que ela estaria e montamos a primeira armadilha, para lhe deixar zangada, os rapazes queriam acabar com ela ali, mas eu resolvi mudar de tática e deixei um dos atingidos vivos para levar a ela minha mensagem: a parte das crianças era uma mentira e aquelas criaturas eram macacos vestidos como crianças, não entendi o por que mas segui as ordens do chefe, fiquei ali dentro do motel, com todas as vadias presas num quarto esperando os sentinelas localizados em cima da caixa de água avisarem que ela já estava a caminho e no ponto certo as minas dariam o tempo necessário para que nós saíssemos e disparássemos mais de duzentos dardos por segundos numa metralhadora adaptada para esse fim, fora o lança – chamas que eu tinha comigo que usaria para sobrevoar aquela área toda e queimar ela com uma chama feita a base de hidrogênio e um composto gel que gruda no corpo e causa queimadura continua, acabando com a vida dela caso fosse necessário. As horas passavam e tudo estava planejado era só esperar a doce heroína da cidadezinha, vir salvar as criancinhas e ir curtir minhas férias em Aruba, longe de todos aqueles problemas. _ Afonso, Henrique, na escuta? _ Sim senhor! _ nenhum sinal do alvo? _ não senhor! Temos somente a visão de um carro parado há trezentos metros de sua posição, as portas estão abertas e não tem ninguém por perto. _ André, Salles, venham aqui! Os dois soldados que estavam ali comendo algo, param e vão em direção ao chefe: – o que deseja senhor?
_ leve cem homens para perto desse carro e me passem um relatório em quinze minutos. _ sim senhor, e saíram juntando uma tropa para atacar qualquer ameaça, armados com poucas armas esses homens eram somente para busca de respostas, mas não estavam preparados para aquilo que iriam ver em sua frente e nem no quanto o conhecimento disso poderia ser mortalmente perigoso.
No carro parado na pista tudo corria diferente com a jovem...
(Esperança) _ digitei o código e no mesmo instante meu corpo cresceu me deixando com dois metros e uma grossa camada de pelos alaranjados saltou do nada, rasgando novamente minhas roupas e me deixando com uma aparência igual à de um tigre humanóide, cai no chão e quando olhei meu rosto contra uma poça de água eu estava totalmente felina, pois no lugar onde antes havia um rosto tinha se mudado para uma face animal que me deixou diferente, quase como um lobisomem das lendas antigas. Quando me levantei duas armas apareceram nas minhas patas que eram gigantescas, tal como as pistolas que pareciam ter quase noventa centímetros de comprimento e vinte centímetros de largura carregadas com o que parecia ser uma espécie de energia roxa bem escura. Não lembro como foi essa transformação, parecia somente que minha consciência parecia menor enquanto meus sentidos se alargaram bastante. Eu fiquei parada ali um pouco enquanto me acostumava com aquela nova realidade, até que um grupo de soldados chegou próximo a mim, num carro parado na pista que eu não lembrava ser meu. Rapidamente algo dentro de mim entrou em ebulição e mal percebi quando disparei dois tiros na direção do carro, explodindo o e lançando uma bola de fogo envolta dos homens que estavam próximos ao local, uma parte foi bastante atingida pelas chamas e os gritos dos homens queimando era ampliado nos meus ouvidos e podia quase sentir aqueles gemidos de dor e algo dentro de mim ficou feliz por aquilo, um instinto brutal que dominou minha mente e travou meus sentimentos.
Os soldados depois do choque vieram em formação de ataque em forma de uma ponta de flecha tentando me cercar, mas antes que eles disparassem em dei um salto bem alto e atingi o líder do pelotão na cabeça e os demais foram caindo a cada movimento meu, parecia que meu corpo sabia a hora de desviar das balas e os soldados eram lentos demais para meus reflexos aprimorados e assim pude acabar com toda a tropa em poucos minutos e no rádio de um dos cadáveres uma voz pedia para saber o que estava acontecendo e eu disparei naquele aparelho e sai à procura de mais pessoas para eu matar, na minha mente tudo parecia convergir para isso e os meus passos se dirigiam ao motel, era hora de acertar as contas e alguém pagará!
Capítulo 7 – Fim do jogo.
(Esperança) minha mente naquele momento não era mais do que um emaranhado de sentidos extremamente aguçados que pareciam fluir para um único ponto, tudo em mim queria matança, o código que apertei naquela pulseira retirou minhas capacidades mentais e o que eu consigo lembrar daquele dia são pequenos flash de respingos de sangue caindo no meu corpo todo e a felicidade que parecia emanar pelos meus poros, como se matar fosse algo totalmente natural para mim, lembrar disso hoje depois de tanto tempo é algo complicado e um enigma mesmo para meu atual estágio evolutivo. (especialista) dentro do bordel, o especialista gritava comandos e ordens para seus homens preparando algum esquema de defesa para aquela nova ameaça, mas não deu tempo de entrarem em formação pois uma fera gigantesca com duas pistolas energéticas nas mãos. Sem entender nada do que se passava o líder dos esquadrões tinha a certeza de uma coisa: aquela fera não estava nos seus planos entretanto agora era preciso lidar com aquela fera. Movendo se em alta velocidade, chegou até a bazuca e lembrou se com culpa do que fora forçado a fazer por seu empregador e pôs a arma nos ombros com certo remorso pelos seus atos passados, numa crise de consciência que nunca antes tinha acontecido com ele. Essa crise de culpa, passou logo quando ele viu a fera que subia para a casa principal, estraçalhando nos dentes um coração humano ainda pulsando, provavelmente de algum dos que ele havia mandado checar lá fora. Ao ver aquilo pelo ajuste da mira, ele travou a arma na assinatura de calor do bicho e vendo que seus homens já tinham evacuado o prédio para posições próximas, disparou a arma.
Um dos espetáculos mais brutais de uma guerra em geral é o fogo causado pelas explosões das bombas e incêndios nas cidades atingidas por essa catástrofe. A bola de fogo causada pela explosão da munição que ainda estava ali dentro foi suficiente para levantar uma chama que subiu quase há 100 metros de altura. Era o inferno na terra, nada escaparia daquilo, pensou o especialista, mas ao contatar os homens que estavam cercando a área percebeu que dois deles não respondiam e soube que a fera tinha escapado da zona de explosão ou tinha uma capacidade regenerativa alta. Os homens saiam de suas posições enquanto ele via todo o plano ir por água abaixo e de acordo com os gritos decidia para onde ir, tudo estava acabado quando um fato inesperado, o major que até então era só um idiota útil que tinha feito tudo de acordo com os planos do especialista chega na cena do massacre que aquela besta estava fazendo aos homens que não conseguiam correr de suas presas e armas, junto a outros homens da lei, munidos de rifles estranhos para simples policiais comuns do interior de um pequeno estado, aquelas eram armas de grosso calibre, com tecnologia bem avançada para a terra pelo menos... Aqueles homens, juntamente aos que haviam sobrado das forças especiais, cercaram a fera e os recém – chegados começaram a disparar suas armas. A fera parecia sentir profundamente cada golpe e pouco a pouco ia caindo frente a seus novos oponentes e diminuía a cada golpe voltando a forma humana. Meus homens estavam próximos e excitados pela vitória depois tantas baixas nem perceberam que vindo dos céus um objeto de forma ovalar – cônica descia pouco a pouco rumo ao solo. Se deram conta tarde demais e no puro instinto de sobrevivência tentaram salvar suas pobres vidas, atiraram para o alto mas essa ação lhes custou a vida e agora eu contava somente com os homens na torre do plano original, caso eles não tivessem fugido covardemente ao ver toda aquela cena, algo que caso fizessem eu não os reprovaria de modo algum, pois vendo pela mira da minha arma o que ocorrerá aqueles homens sai correndo e atrás de mim, vieram quatro soldados, enquanto os outros dois ficavam parados próximo a moça, já totalmente amordaçada, amarrada e acorrentada. Os lasers voavam por todos os lados e eu no ímpeto de fugir dali o mais rapidamente possível, entrei dentro de uma fábrica desativada. Estavam atrás de mim aqueles homens, mas pouco a pouco eles pareciam abandonar a forma humana, se tornando criaturas em formato de gel, com manchas negras por todo o corpo e suas armas pareciam aderir ao corpo e agora eles atiravam contra mim somente apontando os braços na direção para onde eu fugia.
Meu coração estava acelerado e minha mente trabalhava mais rápido, aquela situação era um lance de vida ou morte e se eu perdesse pagaria caro pelo meu erro... (esperança) eu acordei sem ter a mínima idéia de onde estava, não sabia o que tinha acontecido e por que de dentro da nave estava saindo um ser gigantesco, com altura aproximada de um prédio de cinquenta andares e uma aparência assustadora, cheia de marcas, cicatrizes e manchas no corpo que era como o de um lagarto, porém não era o corpo que dava medo, mas o olhar que causava quase repulsa automática, olhar nele nos olhos fazia mesmo ao mais valente tremer no mais puro e simples estágio de pânico. A criatura estava cercado por outras criaturas iguais as que estavam me vigiando e pouco a pouco foi reduzindo seu tamanho e se aproximando de mim, algo na minha estava avisando que aquilo representava perigo, um instinto de sobrevivência forte. Mas meu corpo parecia paralisado, mal conseguia mover minhas pernas e ficar em pé naquele estado era praticamente impossível. O monstro quando chegou perto de mim estava num tamanho normal e parecia muito com um homem normal, usava um turbante e uma túnica árabe e parecia tomar extremo cuidado para proteger seus olhos do sol que já estava se pondo. _ até que enfim, lhe peguei sua maldita! Você me fez perder a guerra e todo meu império, mas jurei antes de morrer ou ser capturado, fazer você morrer das piores formas possíveis. A criatura parecia feliz em me ver e mandou seus homens me erguerem e num gesto intempestivo me deu um murro no estômago que me fez vomitar uma gosma incolor que parecia viva e tentava voltar para meu rumo. Fiquei em choque ao perceber no que aquilo tinha se tornado e mais ainda quando soube que a gosma podia ser controlada pela minha mente, porém não fora somente eu que havia percebido aquilo e rapidamente atirou em mim, causando novamente uma certa confusão nervosa e fazendo com que eu perdesse o controle daquela gosma. Passou algum tempo sem que eu conseguisse pensar direito, vendo somente alguns flashes passavam rápido pela minha mente, quando eu voltei a mim estava novamente no espaço, vendo a terra de longe e sem entender nada vi uma cena que me deixou sem palavras. (Especialista) Tudo ficou confuso conforme o tempo fora passando e aquelas criaturas pareciam ter abandonado sua busca. Pude sair da fábrica abandonada e a cena que vi fora aterradora, pessoas eram levadas para dentro de uma nave que parecia se com um galpão.
Suas mãos estavam atadas e provavelmente seriam escravas no espaço, corri como um louco até onde os cadáveres insepultos de meus homens ainda estavam e peguei uma de suas armas e atirei na criatura que fazia o perímetro na região, mirando bem para atingir o coração daquele monstro e a idéia deu certo, pois no mesmo instante uma pequena explosão aconteceu e no lugar onde estava a criatura só ficou a arma que ele usava e uma gosma escura como petróleo, os outros ficaram atônitos frente aquela cena, mas rapidamente começaram a se recuperar e vieram em minha direção, no entanto eu me aproveitei da vantagem e consegui correndo numa velocidade extrema pegar a arma do morto e ao toca – la. Rapidamente descobri como era aquela tecnologia e entendi que a arma era uma extensão do braço daqueles vermes e seus comandos eram feitos mentalmente, quando eu dominei toda a tecnologia daquilo em alguns segundos a arma se tornou uma gosma e penetrou dentro do meu braço que no mesmo instante cresceu de tamanho e na palma da minha mão surgiu uma espécie de cano daquela arma e rapidamente atingi em quatro golpes os sentinelas que estavam embarcando a população humana dentro da nave, mas os outros lá dentro estavam saindo as centenas para tentar me deter, eu tinha feito o mesmo processo no outro braço e agora estava com duas armas e novamente fui correndo para dentro da nave deles e enquanto lutava contra eles usando minhas habilidades para desviar dos tiros consegui fazer com que um deles atingisse o painel que fechava a porta e assim o compartimento se fechou e somente eu e umas quinhentas pessoas eramos os únicos humanos dentro daquela nave. O comando de fechar as portas era a ordem para voltarmos ao espaço e rapidamente a nave iniciou a subida rumo aos céus e a luta prosseguia forte, quando eu acabei sendo cercado no deck principal onde os escravos estavam sendo mantidos e quando pensava que ali acabaria minha aventura para tentar salvar aquelas pessoas elas começaram a atacar os seus captores, muitos morreram no processo, mas a maioria conseguiu desviar a atenção deles e eu consegui voltar a matar até que sobraram somente alguns poucos sentinelas que rapidamente se evadiram para o andar superior, entre mortos e feridos contabilizei rapidamente um número próximo a duzentas e vinte pessoas mortas. _ melhor morrer defendendo a liberdade do que viver escravo dessas criaturas, cada um em condições pegue as armas deles e ativem nas em seus braços, ou usem as como tacapes e vamos tomar o controle dessa nave! Pela liberdade! Todos responderam ao meu discurso e até as crianças que tinham sido forçadas a embarcar pegaram pequenos pedaços de ferro e foram marchando rumo a sala de controle para morrermos lutando juntos ou nos tornarmos uma massa de cadáveres no piso daquela nave.
(Esperança) Eu estava numa sala repleta de pessoas vindas de todas as partes do mundo que eram mantidas em uma espécie de casulo e com a energia dos seus corpos alimentavam uma espécie de portal que parecia crescer de tamanho a cada minuto. Mais pessoas eram trazidas para os casulos que aumentavam de tamanho na mesma proporção que o portal. Crianças, velhos, mulheres e homens todos eram levados nus para dentro daquelas câmaras para se tornarem pilhas humanas, pouco a pouco a raiva foi tomando conta de mim e pude perceber que eu estava numa cruz erguida a quinze metros de altura e que estava sendo mantida viva somente para poder ver o portal ser aberto. Um baixinho alienígena veio até a mim subindo por um elevador paralelo ao lugar onde me encontrava e perguntou se eu estava feliz sabendo que graças a mim aqueles humanos estariam mortos em algumas horas assim como todo seu sistema solar. O tom da voz numa felicidade zombeteira me fez ficar tão irada que minha força retornou pelo menos parcialmente e eu consegui me libertar das correntes que prendiam minhas mãos naquela plataforma e peguei aquela criaturinha e lancei a uma longa distância. De algum modo quando eu lancei aquele monstrinho, atingi um dos cabos que levavam a energia dos casulos para o portal e este ao se soltar atingiu a mim e causou um curto – circuito nos meus equipamentos. Diversas criaturas passavam pelos meus olhos e pareciam criar vida diante de mim, tentei parar o processo digitando alguns números, mas isso parecia fazer com que as criaturas se multiplicassem até que num impulso eu apertei o número um no painel e no instante de minhas costas começaram a crescer asas e meu corpo foi crescendo de tamanho, arrebentando as correias que ainda prendiam meus pés e quando eu terminei meu peso e altura eram tantos que fizeram a nave mãe desequilibrar se arrebentando os outros cabos que alimentavam o portal me acertaram em cheio, mas dessa vez o que aquilo causou fora somente um pequeno desconforto, as pessoas estavam salvas de morrerem como pilhas mas agora tinham de se defender de mim, que na forma como estava via a tudo e a todos como potenciais inimigos. Eu não sabia mais quem eu era, só tinha fome de destruição e tudo estava no meu caminho!
(Especialista)
Assumir a torre de comando não fora tão difícil, pois somente poucos soldados tinham sobrado e eu agora liderava um pequeno exército. Depois de matar todas aquelas criaturas, assumi a posição de piloto e ao tocar os painéis demorei somente alguns instantes para dominar aquele veículo espacial e rapidamente desviei da rota automática e passei a virar o curso para voltarmos a Terra, porém as outras naves que estavam seguindo o mesmo curso passaram a me seguir e eu tive de manobrar rapidamente para não ser atingido e decidi me preparar para contra – atacar, eu tinha três naves pequenas preparadas para me atacar, além das baterias espaciais postadas no alto da principal nave que estavam travando na minha posição canhões com potência para furar o núcleo de uma estrela, rapidamente fiz um giro completo no ar e usando os disparos de uma das naves consegui destruir outras duas, naquele momento isso me deixou extremamente feliz, somente anos mais tarde vim a saber que ali dentro estavam mais de quinhentas mil pessoas sequestradas na Europa ocidental, a cada nova manobra eu conseguia desviar por milímetros de segundo da destruição fatal, até que todas as naves perseguidoras foram abatidas e eu tentando proteger a mim e aos que estavam na minha nave fui responsável por matar quase três milhões de pessoas, um crime que ainda hoje me dói muito, mas ali naquele momento tudo o que eu queria era sobreviver e tudo pareceu conspirar a meu favor, quando uma grande explosão pareceu ocorrer dentro da nave e fez um buraco no teto de onde várias bestas começaram a atacar os artilheiros que operavam os canhões, lagartos, tigres, leões e outras criaturas humanóides surgiam da fenda e rapidamente voltavam a sair com destino a Terra muitas naves mas dessa vez, carregadas de seres modificados que partiam rumo a um novo planeta, entrei na nave com meus soldados disposto a salvar alguém e conforme avançamos tudo que parecia estar ali eram morte e destruição, rapidamente dei a ordem para os outros que estavam comigo naquela missão de busca saíssem dali. Eles sairão com alguma dificuldade dali, pois não dominavam tanto a tecnologia da nave, mas logo estavam cruzando os céus rumo a salvação enquanto eu adentrava no antro da besta em busca de vingança, minha máscara por sorte filtrava o ar, pois assim que aquelas pessoas saíram o sistema de ventilação parou e somente o cheiro da morte tinha ficado ali naquele local, criaturas gosmentas corriam tentando refazer suas formações enquanto diversos seres alterados vinham de todas as direções buscando exterminar elas. Tudo parecia um cenário caótico e os furos no casco daquela nave eram fatais e logo ela explodiria com todo mundo lá dentro, eu só estava ali para me vingar do meu empregador que provavelmente também ali estava, não tinha mais medo da coleira bomba pois um dos tiros que me atingiu raspou no meu
pescoço e ela agora estava na minha mão feita em pedaços e quando a toquei percebi toda a armação que tinha sido feita, pois ali dentro daquele pedaço de metal só havia um localizador e nada mais, ele me fez matar pessoas atoa e isso eu não perdoava. Tudo correu sem maiores incidentes, matei várias criaturas e não fui atingido, apesar que alguns tiros que eu levei de raspão durante minhas batalhas anteriores pareciam criar vida, tamanha a dor que eu estava sentindo. Cada passo meu era uma tortura forte, até que cheguei na área principal e vi o árabe que tinha me sequestrado no alto de uma torre de comando, enquanto de uma espécie de casulo saiam milhares de criaturas alteradas e iam de encontro aos soldados gosmentos que matavam muitos deles mas acabavam sendo exterminados e vinham mais outros do interior da nave. Um portal no centro de tudo estava parcialmente destruído e do seu núcleo uma pequena esfera pairava no ar, suspensa por magnetismo e do seu interior pulsavam raios para todos os lados que mudavam toda a realidade ao seu redor, tudo que aquela energia atingia mudava de forma e assim eu comecei a subir para a torre onde aquele ser que tinha me forçado a iniciar essa busca estava, para buscar meu dinheiro e a cabeça daquele verme.
(Esperança) Tudo parecia confuso na minha mente, era como se devido ao curto nos equipamentos que aquele fio de energia tinha me dado, parecia que eu não era mais quem comandava os movimentos do meu corpo, tudo estava estranho e minha visão parecia estar expandida, os meus pulmões queimavam como se eu tivesse respirando fogo e ao ver uma criança tigre que eu esmagaria se não me controlasse e novamente voltasse a forma humana. Fui diminuindo de tamanho mas as asas não sumiram e minha pele agora parecia com uma escama de cobra, ainda da mesma cor porém mais fina e quebradiça, o bebê que antes era um humano provavelmente nem tinha noção que havia conseguido me fazer retornar, mas o que eu tinha feito desde que consegui libertar meus braços daquela cruz a que fui atada. Tudo ali parecia mudado era um cenário de caos e por todos os lados via – se um monte de pedaços de corpos, gosmas negras como petróleo pingavam por todos os lados. Era uma bagunça e minha única missão ali era salvar aqueles filhotes que ainda estavam dentro dos casulos, por não ter forças para romper a membrana. A joia continuava emitindo seus raios e parecia começar a envolver toda a nave numa cúpula que parecia fechar todas as avarias que ali estavam
acontecendo e pouco a pouco crescia por meio da energia da pedra um portal que começava a envolver a matéria que havia em seu entorno viva e morta para aumentar sua densidade Peguei uma das criaturas pelo pescoço e mandei que ela reunisse todos os bebês ordem que rapidamente começou a realizar, junto há alguns outros seres alterados pela energia daquela pedra. Vendo que as crianças estavam sendo reunidas, respirei fundo e esperei até que o ar queimasse dentro de mim e quando a pressão nos meus pulmões era quase insuportável soltei e para meu espanto saiu uma chama grande e direta que atingiu a plataforma onde os gosmentos surgiam para atacar nos e torrou o mecanismo que a fazia descer e subir, tornando aquele grupo o último a vir para a superfície da nave. As bestas em forma humana foram juntando todas as crianças enquanto eu combatia o grupo de atacantes com minhas bolas de fogo, procurava saber onde estariam as outras feras que escaparam da pulseira e por que agora não via mais nenhum dos apetrechos em meus braços. Mas essas dúvidas se dissiparam quando vi o homem da máscara que tinha me caçado até ali naquele momento subindo por uma parede lateral tentando conseguir chegar até onde um homem se preparava para fugir em uma pequena nave de fuga instalada bem no alto, voei até ele percebendo que não havia mais monstros para atacar os sobreviventes e as crianças mas quando cheguei até lá no alto a nave já tinha escapado e ele já estava longe. Naquele instante, aquele homem veio até mim, usando sua máscara. Eu tinha problemas maiores a tratar e depois de ver tanta morte e dor não aguentava mais ver ninguém morrer, mesmo um verme daqueles merecia viver para um novo amanhã. Agarrei o pelo pescoço e lancei o numa das últimas naves para que fugisse dali e travei os controles dele para voltar a Terra rapidamente. Sai do alto com a última nave, após matar dois sentinelas com bolas de fogo e fui até onde as feras tinham reunido as crianças e eu mesma coloquei todas lá dentro e lancei para o espaço poucos segundos antes da cúpula se fechar completamente em torno da nave e os soldados conseguirem chegar até nos e voltarem a carga. Me transformei em dragão novamente, mas dessa vez minha forma tinha se tornado completamente negra e meus olhos tinham adquirido um tom vermelho como se soltassem fogo. As feras reuniram se para atacar e usando suas armas naturais, conquistadas pelo poder dos raios daquela pedra e assim a batalha prosseguia e pouco a pouco o portal crescia conforme consumíamos nossas energias até que ele começou a sugar todos para dentro da energia, um buraco negro de
proporções gigantescas que sugou a todos que ainda estavam ali dentro, a joia continuava pulsando seu brilho e pouco antes de eu ser levada pelo portal consegui agarrar aquela pedra e logo tudo ali entrou em colapso, tudo tinha mudado e eu mesma estava sendo arrastada por um vácuo sombrio rumo há um novo lugar ou a uma prisão eterna, não sabia quais haviam sido as mudanças que aquilo ocasionará na realidade de todos, mas antes de ser sugada pude ver que todo o sistema solar havia saído de órbita e só isso já mudava tudo.
Catalogador, Costela de Adão.
_ Há alguns eventos que mudam tudo, pessoas que em atos extremos, conseguem mudar toda a realidade. _ Ela foi criada como uma arma, mas armas não pensam, não tem sentimentos nem sonhos. _ No seu momento final ela se sacrificou salvando a seu pior inimigo e a pequenos inocentes, o ato final fora uma batalha, onde lutou se pela vida e pela morte. _Ela se tornou um dragão, uma fortaleza e quando o portal se abriu agarrou a pedra mística formada da energia roubada de milhões de corpos humanos aprisionados e transformados contra sua vontade em feras mortais, animais bestiais sem muita consciência e ao fazer assim salvou o universo de uma explosão catastrófica mas quantas mudanças esse novo mundo já havia sofrido? E para onde ela irá após atravessar o espelho? _ Somente o tempo pode prever o futuro, mas acredito que a Esperança é o sentimento que resta quando tudo mais está perdido! _ O mundo pode precisar dela novamente, nunca será entendida, nunca terá um passado fixo, mas as pessoas precisam de heróis dispostos a tudo até mesmo a dar a própria vida pelos outros e com a capacidade de perdoar até o mais feroz algoz.