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Reflex천es Semanais Bbhbh


1ª Semana – 28, 29 e 30 de Setembro de 2009

Na primeira semana de aula, comecei a perceber aquilo que me/nos esperava, ou seja, uma grande etapa nas nossas vidas. Muito sinceramente, sentia um misto de sentimentos, estava feliz pois não iria trabalhar com o método tradicional, e ansiosa com o novo método que iríamos conhecer. Mas tudo foi muito bem esclarecido pela professora Helena. Algo que me deixou muito satisfeita, foi o facto que teremos a ajuda fundamental e essencial tanto da professora Helena, do professor Paulo como da professora cooperante. Mas sinceramente, ainda não me sinto 100%, confiante, não, porque não acredito no Movimento da Escola Moderna, mas sim porque tenho muito medo de não corresponder as expectativas que estão a depositar em mim/nós. Posso até estar a sofrer por antecipação, mas o sentimento que agora tenho é de muito medo e algum receio. Nesta primeira semana, analisamos o regulamento que nos falava sobre o estágio, comparando de certa forma com o programa da disciplina apresentado pela professora Helena. Por certos momentos ficamos a saber sobre o estágio, os nossos direitos e deveres. Posteriormente, iniciámos um diálogo, sobre o que mudou na escola desde a nossa educação primária até aos dias de hoje. Os colegas divergiam nas opiniões, enquanto para uns a escola não mudou, para outros mudou. Na minha opinião a escola mudou muito, e mudou para melhor. Desde os espaços físicos, como os métodos, as técnicas, os instrumentos de trabalho e principalmente as aulas a tempo inteiro, que, como referir na sala, caberá a cada família o melhor regime das mesmas. Em jeito de conclusão, irei aguardar com muita ansiedade os próximos passos. As próximas novidades sobre o Movimento da Escola Moderna, tanto a nível teórico, mas principalmente a nível prático.


2ª Semana – 6 e 7 de Outubro de 2009

Nesta segunda semana de aulas, analisamos um texto que retratava novamente o Movimento da Escola Moderna, os seus métodos, as suas teorias, metodologias e ideologias. Percebemos quais eram os principais objectivos em relação aos profissionais de educação. Através da análise do texto fiquei a compreender melhor, alguns pontos e objectivos do Movimento da Escola Moderna. Também podemos referir que existem palavras-chave que retratam bem este movimento, tais como: cooperação, responsabilidade, metodologias activas, participação democrática, entre muito outros. Também falamos um pouco sobre a nossa pequena e primeira reflexão que elaboramos na sala. A professora voltou a dar-nos uma palavra amiga, no sentido em que para esta, as nossas reflexões salientavam o sentimento de medo e ansiedade. Após isso observámos um vídeo, aliás, uma reportagem sobre o Movimento da Escola Moderna os seus associados, e a ligação, ou não com a escola tradicional. Também podemos perceber melhor o método da Escola João de Deus. Este vídeo foi muito importante para percebemos de facto, como trabalham as professoras com o MME e as disparidades que existem entre este método e o ensino tradicional. Com a observação do vídeo apercebi-me de dois acontecimentos em particular, que até então não me tinha apercebido. Em primeiro lugar verifiquei que com o ensino tradicional, as crianças não têm tanta autonomia e aquisição de conhecimento como as crianças do MME. Em segundo lugar, a insatisfação, a desmotivação que as crianças do ensino tradicional sentiam, em aprender uma letra de cada vez. Concluindo desta forma que o ensino tradicional pode ser o principal factor de desmotivação e desinteresse na aprendizagem da criança. No dia sete de Outubro, eu e a Margarida analisámos um documento e realizámos um esquema resumindo as suas principais ideias. Através dessa análise, e da análise que os colegas também realizaram, apercebi-me de outras teorias que retratam o Movimento da Escola Moderna.


3ª Semana – 12 e 13 de Outubro de 2009

Na Segunda-feira dia 12 de Outubro, por motivos pessoais tive que faltar à aula, portanto a minha reflexão basear-se-á na Terça-feira dia 13 de Outubro. Mais uma vez foi analisado na aula um documento sobre o Movimento da Escola Moderna. Lemos, observámos e analisámos um documento relacionado, mais precisamente com as vantagens e desvantagens sobre a metodologia do MEM. Após uma reflexão individual e posteriormente em grupo, chegámos à conclusão que o Movimento apresenta grandes vantagens. Tais como: preparar a criança para a autonomia, livre expressão, sentido crítico, e principalmente para a cidadania. Na minha opinião, o MEM, pode de facto transformar as escolas e principalmente as crianças, tornando-as mais experientes e mais maduras, isto é, tornando-as mais preparadas para o futuro.


4ª Semana – 19 e 20 de Outubro de 2009

Iniciámos a aula com um diálogo sobre o estágio, mais precisamente sobre a observação feita à aula da Quarta-feira anterior. Dado que foi a primeira vez que fomos observar a aula, e observámos pela primeira vez uma metodologia diferente da que estávamos habituados, tanto eu como os colegas tivemos muito que conversar. Cada grupo expôs as suas experiências e as suas observações e o engraçado é que tivemos muitas ideias em comum. Reflectimos muito e tirámos muitas dúvidas com a professora Helena. No segundo dia de aulas, realizámos a análise de um documento do Sérgio Niza da revista nº 24 do MEM. A análise deste documento foi feita a pares e eu fiquei com a Marta. O objectivo foi analisar o documento e realizarmos posteriormente um esquema. O texto dizia-nos que a escola deveria ter uma extensão lúdica, mas contrariava o uso abusivo dos jogos lúdicos. Dizia-nos que se houver uma partilha de saberes entre professor/aluno, aluno/aluno, passaria a existir desta forma a construção de uma cultura de saberes. Muito importante para o enriquecimento de ambos. No documento também é dada grande importância ao Trabalho de Projecto, transmitindo-nos que os alunos realizam os projectos que mais gostam ou que mais se identificam, sem serem impostos pelo professor. Refere que para que um trabalho corra na perfeição, este precisa de passar por várias fases. Por exemplo: a reprodução mental do que se quer fazer, saber ou mudar; elaboração do projecto; execução; entre outras. Com a análise deste documento do Sérgio Niza, fiquei a saber a importância do Trabalho de Projecto, e como se deve aplicar.


5ª Semana – 26 e 27 de Outubro de 2009

Por não me estar a sentir muito bem, na segunda-feira dia 26 de Outubro, infelizmente tive que faltar à aula. Portanto só posso comunicar-vos o que se realizou no dia 27. Na semana anterior, aos pares analisámos um documento e posteriormente, realizámos um esquema especificando os assuntos mais importante que o documento retratava. Um dos objectivos deste pequeno trabalho, passava pela apresentação do mesmo. Como no final da aula anterior o tempo foi escasso e não tivemos a oportunidade de apresentarmos o trabalho pretendido, concluímos no dia transacto. Como tal já salientei, coube à colega Marta o privilégio, de apresentar o trabalho, analisado e esquematizado por ambas. Basicamente, os grupos estiveram ao alcance pretendido, pela professora, ou seja, obtivemos as competências mínimas pelos menos nas apresentações dos trabalhos, a nossa tarefa, não foi divergente. Para concluir, com a análise do documento do Sérgio Niza, e posteriormente a exposição e reflexão do esquema, o que me chamou mais atenção foi o facto de que este saliente no Trabalho de Projecto. O que conclui e tive a oportunidade de conversar com a professora Helena, foi o facto de que, a maior parte dos objectivos que o MEM trata, muitos estão destacados no Trabalho de Projecto, é portanto deveras a sua importância, em desenvolve-lo e trabalhá-lo.


6ª Semana – 2 e 3 de Novembro de 2009

No dia 2 de Novembro, segunda-feira, a turma referiu os pontos mais interessantes do estágio de quarta-feira. O que mais se realçou nessa semana foi o facto de alguns apresentarem alguns comportamentos inadequados. A professora Helena, explicou-nos que as palavras castigos e punições não existem no Modelo. Quando os alunos infringem as regras, os alunos no Conselho de Turma reflectem sobre o referido acontecimento. As palavras castigo e ainda punição, são um pouco “assustadoras”, no sentido em que intimidam. Mas, se me é permitido, não concordo nada. Acho que um castigo merecido ou uma punição a um aluno que infringiu as regras, pode ser perfeitamente aplicado. Não desejo que me interpretem mal, não sou a favor, do exagero dos castigos, nem das punições, mas no momento certo, porque não castigar um aluno, isto é, deixando-o na sala durante o intervalo? Por exemplo, se explicámos a um aluno que numa sociedade ou comunidade, quem roubar, matar, ou agredir uma pessoa, vai preso, então esta forma que não respeitar as regras da pequena comunidade que é a sala de aula, também será penalizado. Se um dos pontos chaves do MEM é a cidadania e a democracia, numa sociedade democrática, temos direitos, deveres e também castigos e punições, portanto o Modelo acaba por se contradizer. Para finalizar a aula do dia 2 de Novembro, foi-nos pedido, a leitura e a análise a um documento intitulado “Uma cultura para o trabalho de projecto do Américo Peças,”. O trabalho foi realizado em grupo com a turma dividida em dois grupos. O objectivo foi analisarmos o documento e posteriormente a realização de um esquema que, para finalizar, seria devidamente apresentado. No dia 3 de Novembro, tivemos a oportunidade de apresentar o esquema por nós elaborado. Coube à colega Micaela a exposição do esquema. O Trabalho de Projecto salienta: uma pedagogia (inclusiva) estimulante; uma estrutura sociocêntrica; dá sentido de pertença e de identidade; uma organização democrática; empenho e desempenho; uma gestão de conteúdos, recursos, impulsos,


desejos e interesses. Concluindo o esquema referido que o Trabalho de Projecto traz ao meio envolvente uma maior cultura e cidadania.


7ª Semana – 9 e10 de Novembro de 2009

No dia 9 de Novembro, segunda-feira, a turma voltou a realçar os pontos mais interessantes do estágio da quarta-feira. Desta vez o foco foi para a situação do Manuel. O colega expôs como é que os alunos encararam o facto de este se apresentar em cadeira de rodas. Depois da sua exposição fiquei deveras contente pelo colega, pelo facto de os alunos aceitarem, muito bem a sua situação, algo que o deixou muito preocupado. Notei no colega uma grande satisfação pelas coisas terem corrido bem. Posteriormente, foi nos colocado uma questão sobre o que seria necessário para a elaboração de um bom texto. Juntamente com a professora elaborámos uma sequência de vários aspectos fundamentais para a elaboração do mesmo. Passo em seguida a salientar: um título; uma organização (introdução, desenvolvimento e conclusão); um autor no fim; uma linguagem clara e perceptível: uma pontuação correcta; uma utilização de tempos verbais; utilizando uma correspondência, género e numero; uniformizar as palavras com maiúsculas, as aspas, o itálico; referenciar descrever alguns pontos essenciais dos acontecimentos; para finalizar ter uma opinião individual sobre os acontecimentos; pode existir uma ilustração e citações de autores. Após, esta exposição presumo que os pontos analisados faziam referencia a como deveríamos elaborar uma boa e adequado reflexão. Em seguida, a professora Helena, passou a nos clarificar sobre os pontos avaliativos da disciplina. Depois da exposição da professora a turma entrou em alvoroço. Dado que a avaliação valoriza mais de 50% o portefólio final e não as práticas, a turma ficou insatisfeita e manifestou a sua reprovação. Para tal, a professora Helena tranquilizou-nos e referiu que iria reflectir melhor sobre a avaliação e mais precisamente sobre a pontuação estabelecida pela mesma.


8ª Semana – 16 e 17 de Novembro de 2009

Na segunda-feira, dia 16 de Novembro, iniciámos a aula, uma vez mais, a reflectir sobre o dia de estágio. Cada grupo falou sobre os pontos fortes do seu dia. A professora Helena propôs-nos que na próxima aula de estágio analisássemos o programa do ano em questão e que conferíssemos as Listas de Verificações, isto é, como estão distribuídas e o que desenvolve especificamente cada área curricular. A professora Helena, após uma pequena reflexão, também nos comunicou que já havia revisto a nossa avaliação

e

que,

juntamente

com

os

professores

cooperantes, elaborara uma nova grelha, com novos e mais especificados critérios de avaliação. Para finalizar a aula, a professora pediu-nos que cada um de nós definisse o que era uma criança com um mau comportamento e, então, elaborássemos uma relação das opiniões emergentes. Numa reportagem de Pedro Cunha ao jornal O Público, onde que este coloca as “Por

questões:

que

é

que

crianças

e

adolescentes sem qualquer deficiência ou atraso

e

com

um

aparentemente normal

desenvolvimento não aprendem na

escola? O que explica o seu desinteresse e desmotivação? E o que leva, tantas deles, à indisciplina e ao mau comportamento?” reconhece que “Antes de um problema, as dificuldades de aprendizagem constituem, sobretudo, um sintoma, defendem especialistas que debatem o tema amanhã (…) segundo o médico João Beirão que dirige a equipa de pedopsiquiatria da Estefânia, confirma o elevado número de pedidos de ajuda a crianças sinalizadas por problemas de mau comportamento, “falta de limites e ausência de regras” mas também com “dificuldade de concentração e de aprendizagem”. Na terça-feira, dia 17 de Novembro, iniciámos a aula com a leitura e análise de um documento (página 122) elaborado por Sérgio Niza, que incidia sobre o Trabalho de


Estudo Autónomo na sala de aula. Coube à colega Cláudia a leitura do respectivo documento. Este realçava que em cada dia da semana e pelo menos cerca de uma hora por dia, o aluno deveria trabalhar no Tempo de Estudo Autónomo, como um dos essenciais instrumentos de pilotagem o PIT. Segundo Sérgio Niza “ para que os alunos, individualmente ou a pares, possam treinar capacidades e competências curriculares guiadas por exercícios propostos em ficheiros; possam estudar, em textos informativos ou nos manuais, as matérias nucleares dos respectivos programas e possam exercitarse no trabalho de produção ou de revisão de textos escritos; proceder a leituras à sua escolha, ou realizar quaisquer outras actividades de consolidação ou de desenvolvimento das aprendizagens”. Para finalizar a aula, lemos e analisámos o texto do colega João sobre o Concelho de Cooperação do seu Diário de Estágio, com o intuito de preencher uma ficha em que continham os seguintes parâmetros: os comentários positivos, aspectos a melhorar, perguntas ao autor e por fim propostas de reescrita. Como auxiliar para a reescrita do texto, tínhamos os critérios para a elaboração de uma reflexão, criado pela turma juntamente com a professora Helena. Visto que não tivemos tempo para concluir a tarefa proposta, esta ficou adiada para a aula seguinte.


9ª Semana – 23 e 24 de Novembro de 2009

No âmbito da disciplina curricular de estágio, coube-me uma vez mais a realização

de

uma

reflexão/descrição,

referindo

os

mais

importantes

momentos/situações da aula. Então, no dia 23 de Novembro, iniciámos a aula referindo o que de melhor e de pior nos tinha sucedido no nosso dia de estágio e também esclarecendo e respondendo às questões que a professora Helena colocava, para realizarmos às nossas professoras cooperantes. Posteriormente, reanalisámos o texto do João sobre o Concelho de Cooperação do seu Diário de Estágio. O objectivo era que nos colocássemos no papel dos alunos quando elaboram um Trabalho de Texto durante a aula. Denomina-se Trabalho de Texto em grupo a reescrita das criações dos alunos com a cooperação dos colegas e do professor. Não podemos deixar de realçar que a escrita, bem como a leitura se revelam de extrema importância para as crianças do 1º ciclo e que, por tal, tem que ser bem trabalhado para que futuramente surta o efeito desejado. Não podemos, em momento algum, descurar que a escrita é um processo em permanente construção e não um produto acabado. Segundo Grave-Resendes, L. e Soares, J (2002) “No MEM, entende-se a escrita e a leitura como um processo que começa antes das aprendizagens formais e se constrói ao longo de toda a vida através de interacções múltiplas do sujeito que aprende com o meio social onde vive e onde intervém. Na maioria das escolas, ignoram-se ou desprezam-se os conhecimentos que as crianças construíram antes da sua entrada na escola”. Alterámos o texto conjuntamente, de forma a melhorá-lo. Colocámos várias sugestões e criámos frases novas como por exemplo: “o Diário de Turma serve para reflectir, avaliar, debater, identificar as fontes de conflito, explicar as intenções dos actos e as suas consequências, experimentar colocar-se na perspectiva do outro (…) Gostei de ter participado no Conselho de Turma, pela primeira vez achei interessante ver o modo como os alunos discutiam democraticamente”. Não posso


deixar de salientar que a ficha que a professora distribuiu com os comentários positivos, aspectos a melhorar, perguntas ao autor e por fim propostas de reescrita, foi um grande auxiliar de apoio para a execução do exercício. Contudo, o João mostrou um pouco de desagrado com as alterações que fizéramos, referindo que o ao alterarmos o texto, este deixaria de ser autêntico, único e exclusivo daquele autor. Após reflexão sobre o que ouvira, cheguei a questionar-me se o João não teria razão. Este tipo de exercício que realizámos na sala de aula, criado pela metodologia do MEM, “é uma prática que privilegia a diferenciação como estratégia de ensino-apredizagem, todos os dias as crianças individualmente, a pares, em pequenos grupos, realizam actividades de aprendizagem da Língua Portuguesa. Nas

sessões

colectivas,

exibem

os

conhecimentos

que

foram

elaborando

individualmente e em cooperação com os colegas e com os professores e o que aprenderam fora da escola (…) aquelas sessões constituem um grande momento de comunicação, de reescrita e de leitura, de troca, de sistematização de conhecimentos, de tomada de consciência do funcionamento da Língua no sentido mais amplo e consequentemente de novas aprendizagens”. (Grave-Resendes, L. e Soares, J. 2002) Posteriormente analisámos um texto, de Inácia Santana, (páginas 123 a 132) onde era mencionado o Plano Individual de Trabalho como instrumento de pilotagem das aprendizagens do 1º ciclo. Referira-se instrumentos

que

individuais

existem e

outros

colectivos

de

pilotagem, que segundo Inácia Santana são: em primeiro lugar, como instrumento privilegiado, temos o PIT (como o próprio titulo do documento salienta), “porque constitui uma clarificação de todo o positivo de organização cooperada de trabalho”, depois, a Apresentação do Programa, “porque constitui a base do trabalho, e a primeira abordagem do que a escola exige de todos (professores e alunos). Procurando, deste modo, desocultar os critérios da escola e partilhar com os alunos as competências e os conteúdos das aprendizagens, de forma a envolvê-los no processo desde o primeiro


momento (…) estes momentos são simultaneamente de planificação dos conteúdos a trabalhar no período seguinte, e desencadeiam, naturalmente, a constituição e organização de grupos em torno de novos projectos.”. Já as Listas de Conteúdos “facilitam, por um lado, a gestão colectiva do trabalho, uma vez que assinalamos o que foi trabalhado e o que os projecta trabalhar e propicia, por outro, regulação individual das aprendizagens, através da autoavaliação periódica, permitindo a cada um situarse, em qualquer momento, face ao que já foi realizado. Dá-nos uma visão global dos progressos do grupo e de cada um facilitando aos alunos a tomada de consciência dos seus percursos. (…) os quadros elaborados, são para os programas de Língua Portuguesa, Matemática e de Estudo do Meio”. Temos também, o Plano da Semana e o Plano do Dia, cujo objectivo é “melhorar as respostas às necessidades do grupo em todas as áreas do programa, é negociado, com a turma, um horário semanal que contempla um número reduzido de rotinas já instituídas (…) esta organização das rotinas constituiu um importante salto qualitativo no nosso quotidiano porque permitiu clarificar as diferentes modalidades de trabalho utilizadas e a demarcação de tempos destinados a cada uma delas, o que se tornou estruturante para a organização individual e do grupo”. Contudo, não podemos, de forma alguma, descurar os materiais diversos como: Ficheiros, Guiões, Livros têm que responder “às necessidades de trabalho autónomo e estimulem as aprendizagens do grupo”. O Quadro de Tarefas e, também, muito importante pois, aí, “semanalmente são assumidas pelos alunos e avaliadas no grupo”. Outro instrumento de pilotagem é o Diário de Turma, que “permite gerir e regular conflitos, aferir processos, valorizar percursos, corrigir aspectos menos conseguidos, enfim, ir reinstituindo o dispositivo de organização por participação directa de todos os elementos envolvidos”. No entanto, não podemos deixar de realçar que, o Plano Individual de Trabalho como instrumento individual e colectivo de pilotagem das aprendizagens deverá realçar o modelo sociocentrado, ou seja, um modelo centrado no meio, na sociedade. À medida que avançávamos na leitura do referido documento, surgiam algumas dúvidas que não conseguíamos esclarecer. Para clarificar estas questões emergentes, a professora sugeriu que as colocássemos à professora cooperante no dia do estágio. No dia 24 de Novembro, a aula iniciou-se com o tema da avaliação. Tal como prometido, a professora Helena repensou sobre os critérios de avaliação que nos tinha


proposto e, desta vez, apresentou-nos uma grelha avaliativa muito mais específica e aprazível. A respectiva professora explicou-nos que a avaliação é um processo muito complicado, mas que todos estarão dispostos a ajudar-nos durante a nossa caminhada, para que possamos atingir o objectivo final com sucesso. Seguidamente, lemos e analisámos um documento do Sérgio Niza intitulado O Diário de Turma e o Conselho (da página 95 até 100). Após a leitura do documento fiquei a perceber que uma Turma é uma instituição dentro de uma instituição, porque tem regras e normas. A mesma é, ainda, um subsistema em que é auto-reguladora. Para Sérgio Niza (1991) “essa unidade social e educativa

entendo-a

como

um

sistema

(ou

subsistema)

auto-regulado

em

desenvolvimento. A Turma (como a Escola), é um sistema social com uma organização finalizada para a educação através da reconstrução ou reconstituição cultural e social operada pelos companheiros com o apoio dos adultos educadores.” Para que a Turma funcione como um sistema organizacional e auto-regulador, um dos preceitos fundamentais do sistema ou da organização da Turma é, sem dúvida, o Conselho. Segundo Sérgio Niza (1991) “o Conselho é assim um momento de articulação, de reordenação, de coordenação e de instituição por excelência. É o momento de síntese e chave da abóbada da construção educativa de cada um dos subgrupos sociais (turmas) que constituem a escola” Este grande momento de regularização social e de democratização que é o Conselho, tem como principal guia o Diário de Turma, segundo Inácia Santana, um instrumento colectivo de pilotagem. “ O Diário de Turma é, em síntese, o motor do Conselho de turma (ou conselhos de classes) e como seu instrumento fundamental torna o Conselho o centro da tomada de decisões democraticamente negociadas; o Centro do controlo institucional da execução das actividades e dos projectos combinados e da análise sistemática e crítica do seu desenvolvimento; o lugar de construção e do debate crítico das normas de convívio e dos comportamentos sociais do grupo”. Sérgio Niza (1991)


Assim, o Diário de Turma revela-se um instrumento de extrema importância, já que nos permite ficar a saber tudo o que se passa com o grupo, em geral, com o próprio aluno, em particular, e até mesmo com todo o meio educativo envolvente: funcionários, outros professores, outros colegas, directora da escola, entre outros. Deste modo, o professor consegue ter um maior e fácil controlo do aluno, da Turma e de tudo o que se passa em seu redor. “O Diário de Turma torna-se assim um verdadeiro catalisador emocional na medida em que ajuda a instaurar “habitus” de racionalização e formalização mediadora, (…) ele permite desocultar os destinos clandestinos e os incidentes críticos e assumir o lado inconsciente das instituições como renovadoras e instituintes. E permite-o, pela anulação da vigilância externa, desenvolvendo o autocontrolo, isto é, interiorizando o papel de “vigilante””. (Sérgio Niza, 1991)


10ª Semana – 7e 8 de Dezembro de 2009

No âmbito da disciplina curricular de estágio, coube-me uma vez mais a realização

de

uma

reflexão/descrição,

referindo

os

mais

importantes

momentos/situações da aula. Então, no dia 7 de Dezembro, iniciámos a aula referindo o que de melhor e de pior nos tinha sucedido no nosso dia de estágio. Existiu um tema em comum nos grupos. Nas escolas onde estamos a estagiar já existem casos confirmados da Gripe A. Segundo o último comunicado da Ministra da Saúde “Na semana de 30 de Novembro a 6 de Dezembro, foram observados nos serviços de saúde 20.506 doentes com sintomas de gripe. A distribuição da gripe estendeu-se a quase todo o território do Continente, mantendo-se, no entanto, heterogénea. Na semana em referência, estiveram internados 127 doentes, dos quais 20 em Unidades de Cuidados Intensivos. No mesmo período, registaram-se 9 óbitos, sendo o total acumulado até domingo, dia 6 de Dezembro, de 32 óbitos. Nesta semana foram notificados 94 clusters em escolas. A actividade gripal continua predominantemente centrada em ambiente escolar, tal como nas semanas antecedentes. (…) Nesta semana foram registados casos de gripe A em 45 escolas da Região Autónoma da Madeira”. À parte do precedente assunto, cada grupo especificou mais um pouco sobre o seu dia de estágio. A colega Cláudia referiu que realizaram com os seus alunos uma actividade prática, pelas lojas das ruas de Câmara de Lobos. O objectivo era fazer um levantamento dos preços de distintos objectos/produtos locais. A colega adorou a experiência. Considerei deveras interessante, a forma divertida e lúdica que um conteúdo do programa foi abordado. As crianças num ambiente real conseguem consolidar as aprendizagens pretendidas, se calhar de uma maneira até muito mais eficaz. A colega Micaela contou-nos que durante 10 minutos ficou sozinha e responsável pela sua Turma. Esta pareceu-me que ficou um tanto assustada com este facto, pois disse-nos: “não estava nada à espera, nem minimamente preparada”.


Compreendi por um lado a colega, mas por outro lado gostaria de ter estado no seu lugar. O colega Carlos referiu que a sua turma apresenta casos problemáticos, mais especificamente crianças com défice de atenção e afectividade. A professora falou-nos nos currículos alternativos. “É o romper com a pedagogia magistral, no dizer de realizar aprendizagens. Organizam-se então currículos diversos para diferentes grupos. (…) O método de adaptação de objectivos insinua-se no sistema das mais variadas formas”. (Sérgio Niza, 2000. PJ 52) A Patrícia explicou-nos que, na sua escola quando é feriado as aulas são repostas no outro dia. Por exemplo, à terça-feira os alunos da colega têm Inglês, como foi feriado nesse dia, o Inglês foi dado na quarta-feira. A Patrícia explicou-nos que a sua professora cooperante não gosta nada quando isso acontece. Compreendo perfeitamente este desagrado, porque se sujeita os alunos a constantes alterações de planos. Não consigo perceber muito bem a lógica que isso tem, no entanto, desconheço os critérios que a instituição utiliza. Em relação ao meu grupo falamos um pouco sobre a situação desagradável a que a colega Margarida esteve exposta, o facto de a colega ter apanhado piolhos. Também comunicámos à professora Helena, que a directora da Escola recusou o nosso pedido, designadamente o de dotar a sala de aula de um computador, para que os alunos pudessem ter acesso à Internet, para pesquisar sobre temas de interesse pessoal e desenvolver uma actividade bastante elucidativa, intitulada “Os porquês”, que tinha adquirido em suporte DVD. Nesta actividade os discentes poderiam responder a diversas questões, que por vezes surgem no momento dos Projectos. A professora cooperante, então, sugeriu que redigíssemos uma carta à Secretaria da Educação a solicitar a devida autorização. A professora Helena comunicou-nos que no próximo dia de estágio esta iria estar presente na nossa escola e que aproveitaria a oportunidade para falar com a respectiva Directora sobre essa situação.


A professora orientadora fez, ainda uma pequena analogia entre as aulas expositivas e as aulas do MEM. As primeiras são de facto mais lentas, no que diz respeito à aquisição de conceitos. Por mais recursos materiais diversificados que a professora se dote, o conceito pode não ser aprendido, já que no MEM os alunos exploram de forma autónoma os conceitos consoante o seu próprio ritmo e interesse. Para finalizar, a professora Helena levou-nos a reflectir um pouco em relação à mudança que os alunos sentem na transição do 1º para o 2º ciclo, considerando que deveria existir uma ligação entre ambos. Nós,

como

futuros

auxiliares

de

educação, devemos ter em atenção que muitos alunos que estão agora no 4º ano de escolaridade do ensino básico, ainda não se sentem preparados para transitar, mostrando alguns medos e receios os invadem. A professora

ensinou-nos,

então,

várias

estratégias que poderemos vir a pôr em prática, tais como: estabelecer diálogos francos e esclarecedores com os alunos acerca da nova etapa que os espera; prontificar-se a esclarecer algumas dúvidas que os alunos possam apresentar; realizar visitas de estudo à futura escola; dar-lhes a conhecer alguns horários do 5º ano; entre outras não menos interessantes.


11ª Semana – 14 e 15 de Dezembro de 2009

Na segunda-feira, dia 15 de Dezembro, iniciámos a aula de estágio com uma reflexão ponderada acerca das estratégias implementadas, bem como das actividades desenvolvidas. Neste sentido, cada grupo de trabalho pronunciou-se acerca dos pontos fortes do seu dia. Na sequência deste momento, o João apresentou-nos a acta do nosso próprio conselho de cooperação, referente à sessão da passada sexta-feira. Depois fizemos referência algumas frases de diversos autores, relacionadas com a metodologia que estamos a utilizar, tais como: “um adulto em miniatura”, a percepção da criança segundo Américo Peças, “a criança é um ser em desenvolvimento” de Rosseau, “temos que ver a criança como um ser intelectual” de Sérgio Niza. Estas citações levam-me a reflectir um pouco e considero que os diversos autores têm alguma razão, no sentido em que não devemos infantilizar as crianças porque elas são suficientemente inteligentes e, na maior parte das vezes, somos nós que caímos em exagero. Tanto que por vezes adopto no dia-a-dia as frases dos supracitados autores. A professora relembrou que existiam aspectos que ainda não tínhamos feito como por exemplo: a lista do que é uma criança mal comportada e as palavras-chave do Conselho de cooperação. Algumas palavras podem ser: A professora também nos alertou para o facto de que, por vezes, podemos demonstrar favoritismos pelos alunos e, mesmo tenhamos, o que é normal, nunca os devemos revelar. Disse-nos, a docente, ainda que devemos impor respeito, evitando que uns alunos nos tratem pelo nome e outros que nos chamem “professora”. O que se pretende é que se estabeleça empatia e afectividade com os demais, sem que, em momento algum, haja desrespeito. Devemos gostar dos alunos por igual e nunca evidenciar preferências. Voltámos a falar na questão dos castigos e punições. Neste âmbito, a professora pediu-me que voltasse a falar sobre o assunto, explicando como o tinha feito na reflexão.


Após a minha explicação, a docente perguntou aos restantes colegas as suas opiniões. A turma concordou comigo, tendo no entanto alguns colegas mencionado que o problema é a interpretação que se dá aos castigos e que a interpretação que cada indivíduo atribui ao respectivo conceito. Confesso que, a dada altura, fiquei um pouco confusa e não percebo o porquê da não aplicação de um castigo. Será este assim tão prejudicial? Por que é que o MEM não é apologista dos castigos? Qual é o propósito? A professora, uma vez mais, explicou-nos que os castigos não resolvem o problema. A melhor maneira de resolver o conflito será o acto reflexivo sobre o mesmo no momento em que ocorre e a sua posterior exposição no Diário de Turma, para que seja, depois, lido em Conselho de Cooperação. O nosso papel com crianças de tenra idade é leva-las a pensar, a questionar os seus actos através do Diário de Turma e do Conselho de Cooperação. Contudo, a docente explicou-nos que teríamos a oportunidade de colocar esta questão ao próprio Sérgio Niza, já que em Janeiro teremos a honra de contar com a sua presença na Universidade da Madeira, visto estar agendada uma reunião, para falamos acerca do respectivo modelo e eventual exposição de dúvidas.


12ª Semana – 4 e 5 de Janeiro de 2010

No âmbito da disciplina curricular de estágio, coube-me uma vez mais a realização de uma reflexão/descrição, referindo as mais importantes situações da aula. Então, no dia 4 de Janeiro, iniciámos a aula falando da interrupção lectiva do Natal. Muitos de nós referiram que apesar de ter sido agradável, não foi suficiente para descansar, já que tivemos que realizar muitos trabalhos. A professora colocou-nos uma questão, designadamente a nossa opinião acerca deste ano estagiarmos em grupos de dois, ao invés do que acontecera no ano lectivo transacto, termos sido grupos de quatro. Na minha opinião esta foi uma excelente opção, pelo simples facto de este ano termos conseguido distribuir o trabalho equitativamente entre a Margarida e eu, já que em anos lectivos anteriores ambas termos sentido que, apesar de sermos um grupo constituído por quatro elementos, todo o trabalho acabava por recair sempre sobre nós. Diga-se de passagem que atingíamos bons resultados, portanto chegamos à conclusão que este ano não seria excepção. No entanto, já definíramos que, se houvesse possibilidade, gostaríamos de trabalhar sozinhas. Portanto, foi com imenso agrado que recebemos essa notícia.

Considero que quanto maior for o grupo, mais difícil se torna de criar o entendimento entre os seus vários elementos, o que acaba por prejudicar o respectivo aproveitamento. Posteriormente a professora distribuiu a grelha de avaliação. Então em conjunto, lemos e analisamos todos os seus itens de forma a que todos se pudessem pronunciar sobre a mesma colocou-nos as seguintes questões: Estão a perceber bem cada item? Acham quem esta está melhor do que a anterior? Na minha opinião, os parâmetros estão bem distribuídos e mais explícitos do que na grelha anteriormente apresentada. No entanto, considero que a sua distribuição peca por ser tardia, já que desconhecíamos muitos dos itens agora apresentados. Se tivéssemos acesso prévio a esta grelha, julgo que poderíamos nos ter redimido perante


diversas situações emergentes, logo poderíamos ter alterado ou reflectido melhor acerca de determinadas atitudes que adoptamos. Eis que a colega Patrícia colocou a tão célebre questão: Qual é a cotação que deve ser atribuída a cada item? Achei a questão pertinente, porque os professores dizem-nos muito para não nos preocuparmos com isso, porque o que interessa é aprendermos com os nossos erros. Concordo em pleno com esta observação, no entanto o facto é que temos uma grande pressão sobre os nossos ombros no que concerne a esta questão. Perante um concurso que se nos avizinha, não podemos, de modo algum, desconsiderar este parâmetro, pois é este que nos diferencia e define a nossa posição nas listas. Posteriormente falámos sobre uma situação que surgiu na sala dos colegas Patrícia e João, mais precisamente quando falaram nos conteúdos “as metades e o dobro”, designadamente reconhecer o operador; “metade de…” como inverso de “o dobro de…”. Repartir uma unidade em quantidades iguais em 2, 3, 4 em quantidades iguais, utilizar a noção ½ x e 2x para representar “metade de…” e o “dobro de…”. Depois, os colegas mostraram-nos o convite de Natal que os alunos da sua sala elaboraram e lhes ofereceram. O convite consistia num círculo, com um pinheiro feito com quartos de um círculo. A professora Sofia aproveitou muito bem a situação, criando uma ponte perfeita entre a matéria explorada e o convite, pois de uma forma inconsciente os alunos estavam a explorar a matéria dada. Acho importante que um professor deva ser bastante criativo e flexível e, sempre quando possível, seguir o exemplo da professora Sofia. A professora Helena Freitas também nos alertou para o facto de termos em consideração os despachos de avaliação do 1º ciclo. Esta explicou-nos que é muito complicado avaliar um discente, pois devemos sempre praticar uma avaliação contínua e formativa valorizando sempre o seu percurso escolar, mas que também o produto final tem a sua importância. Para finalizar a aula, a professora pediu-nos que realizássemos a avaliação desta disciplina contendo a nossa opinião sobre as aulas de estágio, mas precisamente sobre o modo como a disciplina foi ministrada no 1º semestre; os aspectos positivos e negativos sobre a mesma; de que forma veio ao encontro das nossas expectativas/necessidades; os diversos pontos


que foram abordados; os trabalhos elaborados na aula; a articulação que é feita pela professora orientadora, a professora cooperante e o professor Paulo Brazão. Achei muito importante a professora ter tomado esta iniciativa. Devemos sempre reflectir sobre os nossos actos, devemos ter consciência que nós somos seres em evolução, que estamos em aprendizagem constante e temos que ser suficientemente humildes para apercebermo-nos das nossas falhas, para que consigamos melhorá-las. No dia 5 de Janeiro analisámos um texto de Grave-Resendes Soares, intitulado Diferenciação Pedagógica, Língua Portuguesa/Trabalho de Texto, da página 57. Como tivemos a presença da colega Rute e de esta estar a estagiar no 1º ano, tivemos a oportunidade de ouvir, na primeira pessoa, a sua experiência, bem como as explicações da professora Helena. Ficámos a perceber o percurso da escrita e da leitura no 1º ano, segundo a metodologia do MEM. A Margarida e eu, iremos desenvolver um trabalho em Estágio, que trata a iniciação da leitura e da escrita no Movimento da Escola Moderna. Portanto já tínhamos algumas noções sobre este assunto. A professora também referiu que o trabalho que é feito na Pré-primária é muito importante, que quando bem explorado, se torna fundamental para o posterior desenvolvimento da criança e para a aquisição de aprendizagens do ensino básico. Para finalizar a aula, a professora distribuiu uma folha que continha uma grelha, que especificava o perfil de competências do professor que trabalha segundo o modelo pedagógico do MEM. Considerei deveras interessante o modo como os diversos parâmetros estão distribuídos, pelo facto destes serem semelhantes aos das listas de Verificação dos nossos alunos. Constatei que o MEM, mesmo na sua formação, utiliza os mesmos critérios, tornando-se desta forma linear e conciso nos seus interesses e objectivos.


13ª Semana – 11 e 12 de Janeiro de 2010

No âmbito da disciplina curricular de estágio, coube-me uma vez mais a realização

de

uma

reflexão/descrição,

referindo

os

mais

importantes

momentos/situações da aula. Então, no dia 11de Janeiro, começamos por iniciar a aula com um diálogo que já prevíamos antecipadamente. A nossa conversa incidiu sobre o sábado pedagógico que tínhamos tido. Dialogámos mais exactamente sobre as comunicações feitas pelo professor Luís Mestre e posteriormente pelo professor Sérgio Niza. Os colegas num âmbito geral revelaram um enorme entusiasmo pelo passado acontecimento. Mais especificamente alguns colegas sentiram uma maior empatia do que ouviram e aprenderam do professor Luís Mestre outros preferiram o Sérgio Niza. No meu caso em particular, gostei de ouvir o professor Luís Mestre, é sempre positivo conhecermos outras experiências, aprendemos sempre mais com as experiências dos outros. Tanto que o professor Mestre explicou durante a sua comunicação uma estratégia que utilizava durante o Conselho de Cooperação, que pessoalmente reconheci excelente, achei que era uma magnífica ideia. Gostei tanto que irei fazer a posposta a minha professora cooperante para implementarmos na nossa sala. Mas, preferia ter estado mais tempo com o professor Sérgio Niza, porque apesar de ser sempre positivo termos a noção de várias experiências, aquilo que o professor Luís comunicou durante a apresentação algumas noções e matérias e exposições de ideias nós e eu já conhecíamos. Estar perante o “pai” do modelo em Portugal, Sérgio Niza, foi fantástico, o senhor fala extremamente bem, tendo um poder de argumentação e de retórica e fabuloso e excelente. Algo que achei fascinante também foi o facto de ter estudado aquele senhor, as suas ideias as suas teorias e tê-lo à minha frente, foi de facto muito estranho, mas no bom sentido, fiquei de facto até um pouco sensibilizada. O professor Sérgio Niza tem um discurso muito próprio, que até então nunca tinha ouvido nem visto, utilizando palavras fortes como chamada de atenção, o seu


objectivo é alertar para a educação nos dias de hoje e fazer com que as pessoas reflictam mais sobre as suas atitudes. Este utilizou termos do género: “ Posteriormente a colega Patrícia mostrou alguns materiais e instrumentos de pilotagem da sua sala de estágio. Pude verificar que alguns instrumentos também existem na minha sala, podendo estar exposto de maneira diferente, mas mesmo assim basicamente são os mesmos. Para finalizar a aula continuamos com a análise e a leitura do documento, mas precisamente do texto de Grave-Resendes Soares, intitulado Diferenciação Pedagógica. Língua Portuguesa/Trabalho de Texto, da página 57. Como novamente não o concluímos a professora pediu-nos que continuássemos em casa.


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