NISE E O MILAGRE DA MULTIPLICAÇÃO “722 pessoas 7 = Cabalístico 22 = o número do Louco Dia da estreia?! 8 de agosto. 8 do 8. Duas vezes o Infinito... O duplo do Quaternio, o número preferido de Jung, mestre de Nise. Meses de ensaio? 8. Sim... 8 mergulhos no Inconsciente que só um espaço com a Luz do Yogaluz Escola-Lazer poderia proporcionar. Patrocínio em dinheiro (público ou privado)? Nenhum. Fé?! Tamanha. Daquelas que removem montanhas. Quedas... Várias! Que prazer levantar!” Por Daniel Lobo
8 de agosto de 2014, estreia nacional - Florianópolis, Santa e bela Catarina (Foto Robin Lee)
“Somos uma garrafa de mensagem
atirada ao mar por uma nau de loucos. Sim... POETAS e LOUCOS que jogam dados e brincam de Deus. Somos o braço estendido do adeus na beira do cais, e também aquele que sonha e vai... Vai... Vai... Como ILHAS FLUTUANTES. Somos Um. O divino que há em mim, saúda e celebra o divino que mora em ti. Vistamos nossos ESCAFANDROS! Que possamos promover as melhores VIBRAÇÕES, nos despirmos de nossa vã filosofia e das certezas que carregamos como correntes amarradas nos pés. LIBERDADE. E que façamos juntos, esta noite, o espetáculo da VIDA que merecemos. Bom espetáculo!”
QUEM É NISE DA SILVEIRA Considerada uma das personalidades mais importantes do século XX, discípula de Carl Gustav Jung, a alagoana Nise da Silveira foi uma das primeiras mulheres a se formar em medicina no Brasil. Ela revolucionou a psiquiatria ao criar Ateliês de Arte dentro dos hospitais psiquiátricos, se negando a praticar os polêmicos tratamentos com eletrochoque e todos os procedimentos violentos contra os pacientes. Nise iniciou um estudo profundo das expressões simbólicas evocadas nas pinturas dos ‘ditos loucos’ para mergulhar no universo do inconsciente de cada um deles, chamados por ela carinhosamente de ‘Camafeus’. “A força daquela mulher revolucionou a psiquiatria através da arte e de um processo mais humanitário de cura, de um olhar para o seu semelhante que não fosse um olhar tão duro, tão científico, mas um olhar de amor ao próximo”, explica o idealizador e ator Daniel Lobo. As impactantes pinturas desses camafeus encantaram o mundo sendo expostas no Museu de Arte Moderna de São Paulo e Paris. “Nise da Silveira - Guerreira da Paz” é uma Epifania cênica. Um grande e poético caleidoscópio para celebrar a vida com humor, poesia e o sagrado que habita em nós. Este é o convite que fazemos ao público. Que possamos nos entrelaçar em uma experiência visceral e mergulhar em nosso inconsciente. Saiba mais sobre Nise da Silveira em museuimagensdoinconsciente.org.br
“Fiquei apaixonado pela obra da Dra. Nise da Silveira. Esta é uma das minhas melhores esculturas. Foram 2 meses e pouco só mergulhando na vida dela, me aprofundando até chegar na sua alma, no seu sentimento. Transformar essa madeira, esse tronco de arvore já morto, para dar vida a Nise.Estou emocionado! Ela me faz chorar várias vezes. Ela teve tanto amor, tanta entrega... Tantos valores... Que seu amor ainda vive na sua obra. E na tua obra, Daniel. Abraço-te e abraço a Nise para sempre!”
Martin Ricciardi
(www.martinricciardi.com)
PRECE ABENÇOADA DO CAMINHO DA BELEZA
“Yahoow Wakan Tanka Grande Espírito Mistério Sagrado Universo Sagrado Galáxia Sagrada
Do meu coração de criança te envio minha prece... Me ouve Que possamos caminhar na beleza sobre a Terra Nossa grande mãe Sob a luz do Sol... Nosso grande Pai Em harmonia com o mundo das plantas, dos animais, dos minerais e dos humanos Que a Beleza esteja a nossa frente...
Que a Beleza esteja atrás de nós... E que os únicos rastros que deixemos atrás de nós sejam aqueles da Beleza Yahoow Wakan Tanka Que recebamos a Beleza pelo lado esquerdo, seguindo nosso profundo feminino E doarmos a Beleza pelo lado direito, seguindo nosso profundo masculino Que não façamos nada que possa ferir ou machucar as crianças E a nossa criança mágica... Aquele que guardamos dentro do peito Que isso seja feito para mim, para nós, e para todas as nossas relações.”
Ilustração: Livro Vermelho - Carl Gustav Jung
? ucura o l é e “O qu ? ucura o l é que
O
alta que s o ç a alh Um p sem pézio a r t de um o, roteçã p e d rede ixo emba á l o ant enqu es à ro leõ i e d a c se no pi minto a f m o fita solta a?! a boc n a v i al com s a ! Um ? a r u uc e é lo O qu te inves e u q onete mari teiro titeri o a r os cont rópri p s u e ndo s corta ela indo m u s s a fios e s óprio r p s a seu mesm inda sos, a s a p se gesto ada?! n r e v esgo que d O ura? c u o l eé O qu ue ?Oq a r u c lou que é ue cão q O ? ura é louc io própr o d s atrá o corre trás d a e r r o que c rabo ?! o cão i r p ó pr e é... O qu ... uuuu u u u Louu !?” Cura
VIDA “Vida é partitura aberta. Nota que se toca uma após a outra. Como um músico que mergulha no ‘vazio’ e executa a melodia, solta. Sem papel ou caneta que possa eternizar a Obra. Apenas toca, nota a nota. Vida é partitura livre. Que se improvisa e vive enquanto baila o planeta. Pés descalços que pousam na terra, enquanto se vê a chama acesa extravasar o tempo e o pavio. Apenas dança, a chama. Dança... Vida é ar que inebria. E alimenta a chama, viva. É convite ao baile de gala do encontro com o semelhante. Vida é sopro sublime, divino. É apenas o vento que sopra na face. Apenas o vento. Vida é lembrança de antepassados presentes. Entes queridos, pais, mães, avós, irmãos, filhos... E de amigos. Amigos próximos e distantes. Mas sempre dentro, sempre. Vida é algo que corre dentro. Sempre. Vida é braço de rio que deságua no mar. Imenso memorial de vidas. Água de fonte cristalina, útero-mãe-origem de todas as coisas. Vida é coisa que se vive e lágrima-verso que escorre enquanto se escreve o poema. Mas sempre dentro, sempre. Vida é algo que corre dentro. Sempre. Sempre.” Daniel Lobo
“Um dos traços mais significativos da personalidade de NISE da Silveira era o AFETO. Isso é que conduziu a Dra. Nise a compreender a importância que teria o trabalho de ARTE, em vez do relacionamento objetivo, conceitual, conduzido pela linguagem lógica. O afeto, a beleza, a expressão simbólica das formas da pintura, da escultura foi uma descoberta decisiva para a psiquiatria brasileira e uma experiência muito importante.” Ferreira Gullar “Nise. Terra de Dionísio. De Nise... Nise da Silveira. JUNG disse pra ela o seguinte: o que é importante é botar o dedo no foco... PÁ! O indivíduo mesmo... Você, Eu, Ele... Todos nós temos que topar com o nosso inconsciente. Quando a gente topa é uma maravilha! É prazer! EVOÉ BACO! Evoé Nise! Ondas quânticas... A Vida é Dionisíaca. Ponti luminosi. A loucura é uma benção! A NISE TÁ VIVA. A Nise é Nanã Borocô. E eu sou esquizo. Sou completamente esquizo. Porque eu sou eu quando eu sou o outro. E meu outro é meu louco. E meu louco que ver outro louco.” José Celso Martinez Corrêa
EQUIPE DE CRIAÇÃO
Idealização, dramaturgia, concepção multimídia, direção e performance: Daniel Lobo - Diretora-Assistente: Ciliane Bedin - Coreografias: Ana Botafogo - Direção musical/Trilha sonora original: João Carlos Assis Brasil. Exceto “Odeon” e “Brejeiro” (Ernesto Nazareth); “Onça” (Juca do Bolo / Grupo Barbatuques) e “O Pastor” (Pedro Ayres Magalhães, Rodrigo Leão, Gabriel Gomes e Francisco Ribeiro) - Percussão: Marco Lobo - Desenho de Luz: Djalma Amaral - Figurino: Ronald Teixeira - Operação de som: Hélio Sol – Operação de vídeo: Vanessa Soligo Operação de luz e assistente de filmagem: Henrique Keller Polli Participações em vídeo: Ferreira Gullar, José Celso Martinez Corrêa, Ednaldo Lucena e Gilray Coutinho – A Voz do Inconsciente: Monja Coen - Convidados DVD: Christian ABBA e Nick Phenix - Poema “O olhar do louco”: Autoria e interpretação: José Alberto - Projeções/ Museu de Imagens do Inconsciente: Obras de Adelina Gomes, Fernando Diniz, Carlos Pertuis, Raphael Domingues, Octávio Ignácio, Emygdio de Barros e Isaac Liberato. Designer gráfico e site: Mariana Barardi - Fotos oficiais: Maristela Giassi/MAG Foto Estúdio - Confecção filtro dos sonhos: Sheila Arnt e João Pedro Severo - Maquiagem/Fotos: Sintia Nunes - Edições de vídeo: Fernando Gurzoni, Danny Meireles e Rafael Augusto – Edição de som: André Rangel - Bule e xícara: Adrimoa Arte Em Mosaico – Sementes Cadeira-Espiral: Beto da Guarda - Confecção Cadeira-Espiral, MesaSerpente e cama: Beto Móveis Rústicos - Escafandro: Erbio da Rosa – Filmagem vídeo de abertura: Ciliane Bedin e Daniel Lobo - Designer Cadeira-Espiral, mesa-Serpente e ambientação cênica: Daniel Lobo Oficina de dança indiana: Gabriela Lopez - Oficina de pintura: Maria Meirelles - Assistente de produção: Johanna Della Rocca - Realização: Yogaluz Escola-Lazer Agradecimentos especiais: Aldeia Guarani M’ Biguaçu, IMMA, Martin Ricciardi, Caliandra Marina, Simone Colombo, Fernando Prado, João Roni e Ana Cristina da Luz Dedicamos este espetáculo ao povo Guarani e as crianças mágicas Karaí Nhamandu e Yva VISITE O SITE E PATROCINE A ‘EMOÇÃO DE LIDAR’
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VISÃO “Vasta luz que me cega a retina E quanto mais cego estou Mais de mim se aproxima a curva Do monte sagrado de onde um dia parti Vasta luz que me tira a visão E quanto menos vejo Com acerto e precisão Mais me guiam os tambores da aldeia onde nasci Vasta luz que se foi levando embora Maya A pura ilusão E hoje, a escuridão por onde caminho em incertos passos É rastro de luz que me conduz na imensidão” www.culturanise.com