PARQUE DA
VILA NOVA PARNAÍBA
PARQUE DA
VILA NOVA PARNAÍBA
P R O J E TO d e R E Q U A L I F I C A Ç Ã O URBANAdaVILANOVAPARNAÍBA
ficha técnica GOVERNO DO ESTADO DO PIAUÍ Governador Wilson Nunes Martins Secretário das Cidades Merlong Solano Equipe Técnica ________ ________ ________
SETEL TRABALHO TEMPORÁRIO Equipe Técnica Ana Rosa Soares Negreiros Feitosa Cíntia Bartz Machado Lívia Maria Macêdo Santos Rosa Gabriela Uchoa Lima Oliveira Valério de Araújo Silva Colaborador Pamela Krishna Ribeiro Franco Freire Estagiária Mariana Fiúza
PARQUE DA
VILA NOVA PARNAÍBA
SUMÁRIO OBJETO E LUGAR Historiografia do Lugar Povoamento da Região Preexistências e Identidades Ocupação e Consolidação do Assentamento DIAGNÓSTICO TERRITÓRIO DE ATUAÇÃO Aspectos Físicos e Socioeconômicos Sistemas Naturais Topografia Recursos Hídricos Cobertura Vegetal Sistemas Edificados Tipologias Ocupação Figura Fundo de Ocupação Infraestrutura Acessibilidade e Mobilidade Mobiliário Urbano e Arborização Energia e Iluminação Pública Agua, Saneamento, Drenagem e Resíduos Saúde, Assistência Social e Cidadania Educação e Cultura Segurança Espaços Públicos, Prática esportiva e Lazer Desenvolvimento Econômico e Abastecimento Mapa Síntese do Território Raio Ideal de Equipamentos PLANO DIRETOR CONCEITOS CONFLITOS OBJETIVOS E ESTRATÉGIAS DIRETRIZES Diretrizes e Soluções Estruturais 1 - Mapeamento de Problemas Estruturais 2 - Definições de Soluções de Macrodrenagem 3 - Estudos de Conectividade do Tecido Urbano 4 - Estudo de Terraplenagem para Conformação da Bacia 5 - Rearranjo e Desenho da Nova Morfologia Urbana 6 - Delimitação do Parque e Reassentamentos 7 - Estudo de Sistema Viário, Mobilidade e Acessibilidade 8 - Definição de Layout Funcional 9 - Setorização do Parque PROPOSTA PROJETUAL
OBJETO|LUGAR
O objeto desse estudo trata-se da análise do espaço urbano da Vila Nova Parnaíba, conjunto localizado na zona sul da cidade de Teresina, próximo ao centro da cidade. As principais vias de delimitação do conjunto são a Avenida Maranhão a oeste, a Avenida Pedro Freitas a leste, Avenida Professor Walter Alencar a sul. No entorno imediato estão os bairros Vermelha e São Pedro a leste, tendo a oeste como limite natural o Rio Parnaíba e a norte o Centro Administrativo do Estado, portanto é observável uma zona urbanizada e consolidada no tecido urbano de Teresina. Os elementos que o rodeiam permitiram a valorização da área, possibilitaram e auxiliaram de certo modo a fixação da população da comunidade, bem como criaram uma identidade ao local. Os elementos característicos ao espaço lhe conferem riqueza e ao mesmo tempo causam alguns problemas pela falta de estruturação urbana. A configuração do traçado da Vila é irregular o que causa desconexão com o entorno próximo. Observa-se a descontinuidade espacial por conta dos elementos naturais, das lagoas e áreas consideradas alagáveis na parte central do sítio, onde a população de modo não organizado se apropriou de lotes e construiu suas residências de maneira a melhor servi-los, criando uma disposição dissonante como o modo regular da cidade de Teresina, notável na configuração dos bairros próximos. Essas relações descontinuas da malha urbana, essa falta de legibilidade do espaço traz condicionantes negativos, como exemplo a falta de acessibilidade, tornando mais cara as infraestruturas e favorece o isolamento de determinados espaços que podem trazer a sensação de insegurança. Porém esse modo contraditório de organização de lotes pode trazer uma riqueza espacial, a
disposição aleatória demostra a relação humana com o espaço, bem como as ruas tortuosas levam a visada diferente ao percurso de pedestre, o que falta seria uma organização e uma estruturação urbana. A tipologia das construções existentes são em sua maioria residencial unifamiliar, com pequenos comércios e serviços, estes em sua maioria voltados para avenidas maiores circundantes do espaço da Vila. Existem equipamentos comunitários urbanos como centro de ensino infantil (creche) e igrejas, já outros equipamentos estão disponíveis próximos como correios, bancos em blocos do Centro Administrativo Estadual - CAE, outros mais distantes como mercados mas ainda dentro do bairro. Porém faltam demais equipamentos necessários como posto de saúde, cento de esportes, equipamentos culturais, praças e parques, posto policial etc. Os problemas do local baseiam-se na falta de infraestrutura como ausência de equipamentos comunitários urbanos, localização de edificações em zonas de risco de alagamentos, estrutura sanitárias, iluminação etc. Além de problemas sóciais como a condição de baixa renda de boa parte da população, desemprego, violência, etc. O diagnóstico sobre o espaço da Vila Nova Parnaíba é o instrumento que possibilita conhecer a realidade do território, a dinâmica social da área de abrangência desta intervenção. Contanto é observável muitos elementos característicos ao local que lhe confere indentidade e ao mesmo tempo causam problemas ao espaço. A intenção do projeto é tirar partido dos elementos enfáticos positivos e transformar o espaço através de uma requalificação urbana sustentável que tem como prioridade a qualidade de vida da comunidade local.
HISTORIOGRAFIA D O L U G A R
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A capital do Estado do Piauí foi fundada em 1852, com plano formulado pelo Conselheiro Saraiva com a proposta de um traçado regular retilíneo que se iniciava às margens do Rio Parnaíba, mais especificamente em volta da Praça da Bandeira, onde está situado o marco zero da cidade. Até a década de 40 o processo de ‘modernização’ da cidade intensificou-se com o incentivo do Estado, como consequência do crescimento econômico pelo qual passava. O bairro São Pedro, no qual a área de intervenção está inserida, surgiu na década de 1930, onde antes existiam várias quintas de propriedade da Prefeitura Municipal de Teresina, que eram subdivididas em parcelas e alugadas para moradia. Anteriormente a comunidade fazia parte do bairro da Vermelha, assistida pela paróquia da Nossa Senhora de Lourdes, cujos festejos de 30 dias de duração eram tradição marcante e muito recordada. O primeiro marco importante do bairro São Pedro talvez tenha sido a construção da Igreja de São Pedro, situada em um antigo terreiro de umbanda. A nome da igreja homenageia o santo padroeiro dos pescadores, isto devido aos muitos canoeiros que residiam no local, deste modo o nome da paróquia tornou-se também o nome do novo bairro. Na tipologia das edificações predominavam os casebres de taipa com cobertura em palha. As atividades econômicas da população residente eram principalmente o cultivo e venda de hortaliças, a pesca e o extrativismo de argila para a produção de tijolo nas olarias à margem do rio Parnaíba. A extração era feita nas margens das diversas lagoas e áreas alagadiças da região, originadas pela proximidade ao rio e onde hoje está localizada a Vila Nova Parnaíba. A ocupação teve de ser finalizada pela dificuldade da extração de jazidas mais profundas, o que aos poucos foi inviabilizando a atividade. A infra-estrutura veio
MAPA DE 1983. FONTE: Prefeitura Municipal de Teresina.
HISTORIOGRAFIA D O L U G A R P
aos poucos, de início haviam apenas estradas de areia, posteriormente houve a implantação da rede de energia através de postes de madeira cuja linha era alimentada pela Usina Santa Luzia. Conforme Nascimento (2002), durante as décadas de 1940 a 1960 algumas das propostas de urbanização foram acrescentadas, tais como: a reorganização das vias de tráfego, aumento da largura de diversas vias, e intensificação da comunicação fluvial, férrea e rodoviária.
CENTRO ADMINISTRATIVO DO ESTADO NO INÍCIO DA DÉC. DE 80. FONTE: GOMEZ, 1992.
Durante a década de 1970, o São Pedro tornou-se umas das principais opções de lazer da capital. A instalação espontânea dos bares na margem do Rio Parnaíba fez surgir um balneário então chamado de “Prainha”. Muito utilizado pela população teresinense, possuía como atrativo principal os bancos de areias (coroas) que se formavam próximo a margem do rio, haviam também campos de futebol e voleibol. O espaço contava com estruturas simples, barracas improvisadas com cobertura de palha. (OLIVEIRA, 2002). A “Prainha” cresceu rapidamente, e logo tornou-se ponto turístico, movimentando a economia do local. Com a instalação do Centro Administrativo Estadual no local, a “Prainha” teve maior visibilidade e com isso houve uma maior organização e instalação de estruturas mais adequadas para receber o público.
CENTRO ADMINISTRATIVO DO ESTADO NO FINAL DA DÉC. DE 90. FONTE: MENESES, 2005.
Nesta mesma década, durante o Governo de Dirceu Mendes Arcoverde (1975 - 1978), iniciou-se a elaboração e execução de um Centro Administrativo Estadual para centralizar em um só local os Órgãos da Administração Pública do Governo do Estado. Para esse fim o terreno escolhido foi um vazio urbano ao longo do rio Parnaíba, se estendendo entre o bairro da Vermelha e o São Pedro, onde hoje está localizado o objeto de trabalho. Como critério de escolha, o local situa-se em uma área inserida no contexto urbano da cidade, integrada ao sistema viário existente, facilitando o acesso e escoamento, e coberta com infra-estrutura urbana, no tocante a saneamento e energia.
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Após analise do terreno por parte dos órgãos responsáveis pela execução das obras do CAE, verificou-se as condições do solo e a necessidade de se fazer uma drenagem profunda e terraplanagens. Face sua localização ribeirinha e às condições hidrográficas do solo, foi criada uma grande via periférica que funciona como um dique de contenção de enchentes, além de proporciona uma definição física do CAE. A obra que configurava em torno de 33ha de terreno foi dividida em quatro etapas construtivas que seriam iniciadas em setembro de 1976 e finalizada em abril de 1981, segundo Estudo Preliminar SEEBLA. 1976. Porem somente parte da primeira e segunda etapa foram realizadas e concluídas até março de 1983, sendo que na primeira a via de circulação periférica foi construída com um perímetro menor. Posteriormente, com a não conclusão das etapas, as áreas não ocupadas e que ficaram de fora do cinturão viário permaneceram desprotegidas e propensas a ocupação irregular (SILVA, MACHADO. 2009). Com o tempo, a gleba sul começou a ser ocupada pela população que edificou suas casas em áreas de risco. O Estado interveio, promovendo a retirada das famílias e reassento-as em novas habitações no Bairro Promorar. No entanto, não houve o controle adequado da desocupação pois não foram retiradas as construções e assim as famílias retornaram para suas casas.
HISTORIOGRAFIA D O L U G A R pree x ist ê ncias eidentidades
Através da pesquisa realizada sobre a Vila Nova Parnaíba observou-se elementos que condicionaram e favoreceram a ocupação, até que se criasse o atual cenário local. As preexistências de determinados elementos, tais como a topografia, as olarias, as Avenidas Pedro Freitas e Maranhão, o balneário denominado Prainha e o Centro Administrativo do Estado, que contornavam o espaço e direcionavam as atividades internas, auxiliaram na formação da identidade da comunidade e na sua consolidação. Em pesquisa junto aos ógãos públicos, encontramos um mapa produzido pelo Sistema Cartográfico Municipal, na administração de Antônio de Almendra Freitas Neto, do ano de 1983, e observando-o identificamos elementos que facilitam a compreensão da formação de sua estrutura. É observável neste mapa as marcações de um grande areal na proximidade do rio ao lado norte do terreno da Vila, bem como lagoas no eixo central ao norte e ao sul. Os elementos topográficos naturais dessa região determinaram os espaços ocupados, bem como auxiliaram na fixação da população devido à possibilidade da criação de olarias. Neste mapa, podemos então destacar a importância que as olarias tiveram para o traçado original da vila. Estando reunidas na parte central do terreno, as olarias foram responsáveis pela criação das primeiras ruas e estradas de terra, estas faziam a coneão com as vias externas e o rio Parnaíba, e hoje compõe boa parte da malha viária presente. Como por exemplo a rua Coimbra, hoje composta por parte da Rua Evaristo Veloso com a Rua Emanuel Veloso, que conectava através, de uma via de terra, a Av. Pedro Freitas com as olarias até chegar onde hoje é o final da Av. Prof. Valter Alencar. Na formação e crescimento da Vila percebe-se uma ocupação de dentro para fora, pois iniciouse pelas extremidades, vindo das vias coletoras para as vias locais, mais internas. Na parte central,
onde anteriormente existiam as olarias, foram feitas escavações para extração de argila, esse fato fez com que aumentasse a profundidade natural do terreno, ampliando assim a lagoa existente. Essa foi a razão pela qual a ocupação foi freada, fazendo com que permanecesse uma grande área verde no centro da vila. Por ser uma área com cota inferior à cota das avenidas Maranhão e Pedro Freitas, toda a água que escoa dos terrenos adjacentes é conduzida naturalmente para dentro dessa depressão. Assim há um acúmulo maior de água neste espaço que foi naturalmente rejeitado pela população, não sendo ocupado por residências devido as dificuldades de construção, a presença de lagoas e o risco de alagamento. A Vila Nova Parnaíba é delimitada por três vias de grande importância. São elas as avenidas Pedro Freitas a Leste, a Maranhão a Oeste e a Professor Walter Alencar a Sul. A primeira já existia anteriormente ao objeto de estudo, contudo a Av. Maranhão surgiu simultaneamente ao Centro Administrativo, este situado a Norte em relação a Vila é o quarto limitantes desta. A existência dessas avenidas, constituindo a malha viária da cidade, atraiu a população para esse local, pois encontravam nelas uma certa facilidade estrutural urbana devido a proximidade com o centro da cidade e a possibilidade de desenvolvimento das atividade, com oportunidade de serviços no local, capaz de gerar renda à população. Percebemos que antes dessa estruturação, os elementos construídos e as fontes de renda que permitiram a permanência da população neste local tinham forte vínculo com o rio em diversos momentos. As atividades principais da população residente eram a pesca, o cultivo e a venda de hortaliças e a extração de argila para a produção de tijolos. Posteriormente, a realização do prolongamento da Av. Maranhão propiciou uma valorização das áreas próximas e o adensamento
urbano junto à esta via. Posteriormente, o Centro Administrativo do Estado (CAE) também foi um forte gerador de renda para a população local, possibilitando oportunidades de emprego e contribuindo para a geração de renda para a comunidade ribeirinha, através de atividades como vendas ambulantes, faxinas, lanchonetes e comércios em geral. Com a valorização da região no trecho ligado à Avenida Maranhão e a construção do Centro Administrativo, na década de 80, a parte do areal detectada no mapa de 1983 atraiu cada vez mais a população para uso dessa área como espaço de lazer. A urbanização dessa área através da inserção de equipamentos, como bares e quadras para atividades esportivas, fez com que a população da cidade pudesse permanecer no local por mais tempo e aproveitar mais da paisagem, com as populares coroas de areia que se formava no Rio. Assim foi surgindo o Balneário da Prainha, onde a população ía para passear com sua família, tomar banho no Rio Parnaíba e confraternizar com amigos. Dessa forma foi havendo a consolidação desse espaço, que possibilitou o seu desenvolvimento turístico, através desse atrativo cultural e econômico. Essa valorização e grande utilização dessa área pela população em geral permitiu a preservação do espaço, em detrimento da ocupação, por um longo tempo. Mas aos poucos ele também foi sendo ocupado, e hoje onde existia o último campos de futebol encontra-se uma creche e uma praça para a comunidade.
HISTORIOGRAFIA D O L U G A R O C U P A Ç Ã O E C O N S O L I D A Ç À O
A formação da Vila Nova Parnaíba, criada pela ocupação irregular no bairro São Pedro, na época denominada Favela da Prainha, mudou a imagem do bairro perante a sociedade. A forma como essa ocupação ocorreu transfomou a área da logoa em uma área marginalizada, isso porque a vila foi se desenvolvendo voltada para o exterior, o que facilitou o surgimento de atividades ilegais na região. Esse fato gerou na população um sentimento de repulsa devido ao grande receio em relação à segurança, não só por visitantes como até mesmo para os próprios moradores do bairro. A Associação de Moradores ressalta que a falta de investimento adequado na infra-estrutura urbana e na qualidade de vida daquela comunidade permitiu que o seu crescimento apenas intensificasse os problemas já existentes. Agravaram-se as doenças causadas pela presença da água poluída e do lixo, como dengue e meningite e a falta de controle do local tornou o ambiente propício às atividades ilícitas, como desmanche de motos e esconderijo de furtos. Nem mesmo a presença do Centro Administrativo, vizinho à comunidade, auxiliou na reversão desta imagem negativa. Pois, embora sua implantação esteja fisicamente próxima à vila, não existe um diálogo entre as duas. Enquanto a proposta original de uma é se abrir à população e ser acessível a ela, a outra ao longo dos anos foi cada vez mais se fechando à comunidade teresinense e isso se reflete inclusive no uso do espaço público oferecido no entorno do Centro Administrativo, que, ou é pouco utilizado pela comunidade vizinha, ou causa medo na população em utilizar o espaço tão perto da “favela”. No entanto, a partir dos anos 2000 houveram mudanças significativas que alteraram a perspectiva dos moradores sobre a vila e a visão negativa que esta tinha. Investimentos por parte da Prefeitura Municipal de Teresina – PMT vieram para melhorar
as condições habitacionais e saneamento básico através de intervenções nas vias, com calçamento e pavimentação de algumas vias ao longo desses anos, e nas moradias, com a melhoria na qualidade das construções. As casas, que no período da invasão foram construídas em taipa e cobertura de palha foram substituídas por uma de tijolo e cobertura em telha cerâmica através do regime de autoconstrução assistida. Nesse sistema a PMT ofereceu todo o material necessário à construção, inclusive acompanhamento técnico especializado, enquanto que o morador se responsabilizava pela mão de obra. O módulo habitacional possuía dimensões bastante reduzidas com os recúos necessários entre as construções. Com o tempo os moradores foram ampliando os limites das casas, eliminando os recúos e, assim, interferindo diretamente nas condições de salubridade das moradias, pois, com a redução ou eliminação desse afastamento necessário, os cômodos ficam sem ventilação e iluminação natural adequadas, impedindo o bom arejamento dos ambientes e assim o aumento o risco de proliferação dos fungos e bactérias. Outro grande agente transformador, que veio desta vez para alterar a dinâmica econômica e social no Bairro São Pedro como um todo, foi a implantação da Faculdade Santo Agostinho na avenida Walter Alencar, no ano de 2003. Junto com sua implantação, veio também melhorias na infra estrutura do bairro e consequentemente para a vila, como foi a diversificação na oferta de transporte público para atender à nova demanda. Após a faculdade ser instalada na região houve um aumento na oferta de emprego no bairro, onde muitos moradores passaram a ser funcionários da instituição, e a comunidade foi estimulada a voltar a estudar, melhorando assim a renda dos habitantes. As atividades econômicas indiretas também aumentaram, como papelarias, lan-house,
casas de xerox, restaurantes, quiosques, comércio ambulante de alimentação, dentre outros, que diversificaram a possibilidade de aumento da renda na comunidade. Embora a Vila Nova Parnaíba venha passando por consideráveis transformações que melhoram as condições de vida da população residente, até então eles viviam em situação não oficial. Os terrenos não possuíam registo na prefeitura constituindo os Lotes existentes naquela área. Somente em 2004, o Governo Estadual, na gestão de Wellignton Dias, garantiu àquela população o registro dos lotes e a transferência de domínio útil a quem já tinha posse mansa e pacífica dos mesmos, permanecendo o direito de propriedade do Estado. Em 2008 a Prefeitura de Teresina, através de uma parceria da Secretaria Municipal de Educação – Semec e a Superintendência de Desenvolvimento Urbano Sul – SDU Sul, construiu dentro da vila um Centro Municipal de Educação Infantil – CMEI Valquíria Ferraz Sousa. Ela foi construída no único espaço público livre que possuía boas condições para implantação da edificação, pois antes existía um campo de futebol, remanescente da antiga “Prainha”. Junto ao CMEI foi criada uma pequena praça, se tornando o único equipamento de lazer para a comunidade local. O processo de transformação pela qual a comunidade passa não pode ser considerado estável. Ainda hoje existem pessoas expandindo seus domínios e tentando ocupar novos espaços. Percebe-se uma tentativa de ocupação das margens da lagoa com novos aterros, mas a própria comunidade barra parte dessas investidas, pois estes consideram as margens da lagoa o fundo de seus lotes e assim parte de seu domínio. E essa dinamicidade estará presente até que as instevenções do poder público na área sejam efetivas e venham solucionar as questões urbanas e as problemáticas existentes na área.
D I A G N Ó S T I CO
TERRITÓRIO DE ATUAÇÃO A spectos _ F ísicos e _ S ocioecon ô micos
A Vila Nova Parnaíba, também conhecida como Vila da Prainha, situa-se na zona Sul de Teresina, porém próxima à zona central da Cidade. Suas delimitações estão compreendidas na zona de limite entre os bairros Vermelha (a norte) e São Pedro ( a sul), sendo que a maior porção da Vila está situada no bairro São Pedro. Os limites que definem o perímetro da vila a norte é o Centro Administrativo do Estado, a leste a Avenida Pedro Freitas, a sul a Avenida Walter Alencar e a oeste a Avenida Maranhão, na margem leste do Rio Parnaíba, que separa o Estado do Piauí do Maranhão. Tal perímetro define uma área de aproximadamente 170.195m2. O bairro São Pedro, segundo o censo de 2008, possuía uma população de 9.240 pessoas, sendo 5.012 mulheres; e 4.288, homens. Na vila residem 1.021 famílias, segundo o cadastramento do SIAB (2009), um aumento de 56,83% no número de famílias cadastradas pela prefeitura no Censo de Vila e Favelas em 1996, sendo à época 651 no total. Importante ressaltar que durante o Censo de Vila e Favelas de 1999, registrou-se uma redução no total de famílias, sendo cadastradas 559. A Vila, segundo os mapas produzidos pela PMT (2010), tem média densidade, com densidade populacional entre 78.88 a 147.35 habitantes/ hectare e densidade habitacional entre 18.97 a 35.94 habitações /hectare. Segundo os dados da PMT (1999), as localidades de proveniência das família da Vila Nova Parnaíba eram principalmente os bairros São Pedro, Vermelha, Monte Castelo, Tabuleta e Macaúba. Todos estes são bairros no entorno imediato e próximo da Vila, o que mostra o deslocamento mínimo dos moradores e supõe sua habituação e identificação à região.
S I S T E M A S _ N A T U R A I S
Áreas alagadas com vegetação hidrófila e entulho de demolições.
TERRITÓRIO DE ATUAÇÃO S E
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PERFIS TIPOLÓGICOS PRINCIPAIS Residencial Unifamiliar Térreo
Residencial Unifamiliar Sobrado
Comércio e Serviço
Uso Misto Comério/Serviço+Residencial
Especiais
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A F U N D U P A Ç
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20 17 16 15 14
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13 18 2
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10 11
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1
RUA PEDRO FREITAS
2
RUA EURÍPEDES AGUIAR
2 3
RUA SANTO GUARDA
4
RUA CLIMÉRIO BENTO GONÇALVES
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RUA EVARISTO VELOSO
6
RUA BENEDITO PRATICANTE
7
RUA AZEITEIRO MARIANO
2 8
RUA EMANUEL VELOSO
2 9
GALERIA
10 4 RUA PROJETADA 11 2 RUA EVARISTO VELOSO
7
6
12 2 RUA SÃO FRANCISCO 13 2 BECO 4 14 2 RUA MURILO BRAGA 15 RUA SEM DENOMINAÇÃO
21 8
16 RUA SEM DENOMINAÇÃO 17 RUA LAGOINHA 18 RUA DA FELICIDADE 19 AV. MARANHÃO 20 RUA ABÍLIO GUIMARÃES 21 RUA WALTER ALENCAR
INFRAESTRUTURA
INFRAESTRUTURA MOBILIDADE|ACESSIBILIDADE
As formas de mobilidade principais no local são através dos sistemas de transporte público coletivo por linhas de ônibus, automóvel individual, cicloviário e pedestre; não há, porém, ponto de táxi fixo no perímetro da vila, sendo o mais próximo no Centro Administrativo.
grande o número de deslocamento de pedestres, a infraestrutura do passeio não é adequada, tanto na largura quanto nos materiais, sendo muitas delas em terra batida ou em contrapiso de cimento. Os moradores, portanto, ocupam as ruas, dividindo espaço com os automóveis.
Quanto ao sistema viário, as ruas estão quase todas com pavimentação asfáltica com bom estado de conservação, porém a largura das caixas das vias internas da comunidade tem dimensões reduzidas. No mapa pode-se perceber que a hierarquia do sistema viário segue o padrão da morfologia urbana, partindo da melhor infraestrutura no perímetro da vila, tornando-se mais deficiente no interior, sobretudo nas proximidades da zona de alagamento, onde ainda persistem vias sem pavimentação (Rua Felicidade, Rua Emanoel Veloso).
Outro sistema deficitário é o de ciclovias, onde existe na região apenas a ciclovia da Av. Maranhão, compreendida entre as avenidas Valter Alencar e Joaquim Ribeiro. A ciclovia tem pavimentação em asfalto com extensão de 2km, no entanto, vários trechos estão ocupados pela atividade informal de lavagem de carros. Segundo o Plano Diretor de Transporte e Mobilidade Urbana de Teresina (2008), o nível de uso da ciclovia é de 36%.
Devido à falta de planejamento no traçado das vias, característico da ocupação, e reduzida dimensão de sua seção transversal, não houve à destinação ideal de espaço para calçadas. Apesar de ser
Por fim, completando os modais principais de transporte, tem-se o transporte público coletivo, cujo único sistema ofertado é através de linhas de ônibus. A comunidade é assistida por 2 linhas de ônibus (linhas 801 e 802), 1 linha de ônibus em horário especial (linha 803 – corujão) e 5 linhas de vans (linhas 01, 02, 03, 04 e 05).
VIA LOCAL PAVIMENTADA SEM CALÇADA
CICLOVIA NA AV. MARANHÃO
RUA EMANUEL VELOSO - INEXISTÊNCIA DE CALÇADAS
RUA FELICIDADE - VIA NÃO PAVIMENTADA
INFRAESTRUTURA
INFRAESTRUTURA
Devido às calçadas de dimensões reduzidas e poucos espaços públicos abertos, é restrito o espaço para a instalação de mobiliários urbanos, tais como bancos, postes, orelhões, lixeiras, etc. Os pontos de ônibus das linhas citadas no item anterior localizam-se todas no perímetro da comunidade, no entanto na maioria não há abrigo para passageiros, apenas placa de sinalização afixada em poste. Apenas na parada da Av. Maranhão há ponto com abrigo em estrutura de concreto armado.
O fornecimento de energia elétrica para a Vila é de responsabilidade da Eletrobrás, seção Piauí, que mantém o sistema com capacidade suficiente para a demanda atual, estando a população satisfeita com o serviço prestado. No entanto, persiste ruas não atendida pela rede de baixa tensão – RUA DA FELICIDADE e RUA S/D (partindo da rua Climério Gonçalves), e alguns trechos de ruas necessitando de extensão - RUA EVARISTO VELOSO, RUA EURÍPEDES AGUIAR, RUA CLIMÉRIO GONÇALVES, RUA S/D (entre as ruas Murilo Braga e Eurípedes Aguiar). Portanto, a rede carece de projeto de ampliação para atender os moradores que, atualmente, estão no ponto cego do sistema. As subestações que alimentam a rede localizam-se uma na Rua Abílio Guimarães e duas na Av. Walter Alencar.
ENERGIA
MOBILIÁRIO URBANO E ARBORIZAÇão
Quanto à existência de mobiliários de estar e descanso, tem-se na única praça da vila um conjunto de bancos com estrutura em concreto e assentos em madeira, alguns já danificados, porém a maior parte em bom estado de conservação. No entanto, não há na praça lixeiras, floreiras, tampouco no restante do bairro. Também não foram identificadas bancas de revista ou quiosques de venda, mobiliários de playground, ginástica, bicicletários, mesas para jogos, etc. A arborização nos passeios públicos (calçadas e praça) é esparsa, sendo apenas duas árvores de grande porte e outras 6 de médio porte de plantio recente na única praça da vila e poucas espécies dispersas pelas calçadas da comunidade, sendo alguns arbustos decorativos e árvores como amendoeira, neem ou fícus.
AUSÊNCIA DE MOBILIÁRIO URBANO NAS VIAS INTERNAS
MOBILIÁRIO URBANO E ARBORIZAÇÃO NA PRAÇA DA VILA
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ILUMINAÇÃO
PÚBLICA
Já a implantação e manutenção da iluminação pública é de responsabilidade da Prefeitura Municipal de Teresina, e atende grande parte da área urbanizada da gleba. Há deficiência de iluminação urbana nas Ruas Emanuel Veloso, Rua Felicidade, Rua S/D (entre as ruas Murilo Braga e Eurípedes Aguiar) e Rua Climério Gonçalves. A iluminação urbana atende 84,2% das ruas internas da comunidade. A qualidade da iluminação é regular, podendo ter distribuição melhor, locando as luminárias com distâncias mais aproximadas entre elas. Algumas ruas apresentam apenas um poste com luminária para extensões de 200m.
INFRAESTRUTURA
Á G U A _ D R E N A G E m SANEAMENTO_rESÍDUOS
Segundo os dados do SIAB, de 2009, apesar da maioria das casas ter acesso ao abastecimento de água ligado à rede concessionária local, das 1.021 casas cadastradas na comunidade, ainda 24,64% dos domicílios não recebem qualquer tratamento da água destinada ao consumo. Ainda mais preocupante são os dados relativos ao saneamento básico, 24,88% das residências não têm esgoto ou fossa séptica, de modo que há a exposição de fezes e urina dos moradores. A Prefeitura Municipal de Teresina vem gradativamente realizando obras de construção de unidades sanitárias nos domicílios sem sistema de saneamento, a última melhoria foi em 2012, com a construção de 15 unidades. Quanto à destinação de resíduos, verificou-se que a coleta de lixo municipal atende a vila, porém nem todas as ruas tem largura de caixa suficiente para a passagem do caminhão de coleta, de modo que muitos moradores tem que colocar o lixo em esquinas e ruas onde seja possível o recolhimento. Contudo, não existe local apropriado para guarda do lixo, sendo que 14,69% das moradias os dejetos são deixados a céu aberto. A coleta domiciliar é terceirizada, porém de responsabilidade da administração pública municipal, e a frequência é de três dias por semana. Outro grave problema é o despejo de lixo nos arredores da lagoa, tanto por parte de moradores, como de carroceiros e até mesmo órgãos públicos, transformando alguns pontos em lixão aberto
A deficiência infraestrutural é maior quanto à drenagem, pois não há sistema de galeria para a macrodrenagem do local. As galerias identificadas na Av. Walter Alencar despeja as águas pluviais acumuladas nesta avenida diretamente na Lagoa do São Pedro. A drenagem da lagoa é feita através de galeria sob a Av Maranhão, que despeja as água diretamente no Rio Parnaíba, sem que haja um sistema de comportas que impeçam o retorno de águas do rio para a lagoa. Os esgotos dos diversos domicílios sem sistema de saneamento são vertidos na lagoa e de lá para o rio sem que haja algum tratamento. Esta questão da drenagem torna-se mais complicada visto que a vila está assentada em local de risco de inundação, com enchentes constantes. “Aparentemente, a Vila Nova Parnaíba parece ser um bom local para se viver. Há boas casas e um comércio local bem organizado, mas essa aparência esconde uma lagoa que vem sendo usada como depósito de lixo (...). Quando chove, as águas – e todo tipo de lixo 0 invadem as casas e tornam as ruas um escoadouro de detritos. A lagoa tem uma ligação direta com o rio Parnaíba, mas o lixo não permite a renovação das águas, o que aumenta a insalubridade e provoca diversas doenças, especialmente nas crianças.” (ABONG, 2010)
LOGRADOUROS SEM PAVIMENTAÇÃO
LOGRADOUROS COM DEFICIÊNCIA DE ILUMINAÇÃO
EXTENSÃO DE ENERGIA ELÉTRICA
LOGRADOUROS SEM ENERGIA ELÉTRICA
INFRAESTRUTURA
INFRAESTRUTURA
S A Ú D e _ A S S I S T Ê N C I A S O C I A L _ C I D A D A N I A
O principal canal de prestação de serviço de saúde verificado na Vila Nova Parnaíba é através de estratégia de saúde da família (atenção básica), por meio do Programa de Saúde da Família – PSF. Não foram constatados na comunidade a instalação de estabelecimentos de assistência à saúde, assistência social ou cidadania. Assim, quando há a necessidade de serviços de saúde, os moradores da região da prainha utilizam, em casos mais simples, a Unidade de Saúde da Família – USF São Pedro, no bairro Tabuleta (no raio de 1km), em casos mais graves os hospitais do Monte Castelo (no bairro Monte Castelo, no raio de 2km) ou Hospital Geral do Promorar (bairro Promorar, no raio de 5km), e em casos mais urgentes o Hospital de Urgência de Teresina – HUT. Outros estabelecimentos de saúdes próximos à vila é o Centro de Diagnóstico por Exames Dr. Raul Barcellar (Prefeitura Municipal de Teresina), no bairro São Pedro, para exames laboratoriais, e o Serviço Escola Integrado de Saúde Carolina de Freitas Lira – Clínica Escola vinculada à Faculdade Santo Agostinho, que oferece serviços ambulatoriais de nutrição e fisioterapia, também no bairro São Pedro. USF São Pedro – Tabuleta 1km USF Vila Confiança – Macaúba 1,5km USF Vermelha – Vermelha 1,5km US Monte Castelo – Monte Castelo 2km US Promorar – Promorar 5km Hospital de Urgência de Teresina - Redenção 2km
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Quanto ao atendimento especial para pessoa com deficiência – PCD, persiste a necessidade de melhoria das condições de acessibilidade dos logradouros públicos e equipamentos públicos. Na vila, existem, segundo dados de 2009 (SIAB), sete pessoas com deficiência física. Foi constatado também que não há Centro de Referência em Assistência Social – CRAS, ou Centros de Assistência Psicossocial – CAPS, apesar do forte índice de jovens narcodependentes na comunidade. Existem, no entorno próximo da comunidade, instituições que realizam trabalhos sociais com jovens e crianças do bairro, sendo estas a Casa de Zabelê, que recebe jovens carentes vítimas de violência sexual ou prostituição, ofertando oficinas de inglês, costura, serigrafia, dança, além de atividades esportivas e de lazer, e o Movimento pela Paz na Periferia – MP3, sendo uma ONG destinada à inclusão digital de jovens moradores de áreas socialmente excluídas, como o caso da Prainha, oferecendo cursos de computação básica, avançada, robótica, edição de vídeo, etc. Já em relação ao acesso de serviços públicos gratuitos, constatou-se que o Centro Administrativo funciona como um centro de cidadania para a população, onde a mesma tem acesso a bancos, correios, emissão de documentos, atividades socioculturais com instalação de projeto para atender as crianças e famílias carentes da Vila Nova Parnaíba e São Pedro nas áreas de teatro, oficinas, educação de jovens e adultos, prevenção de doenças, etc. (parceria com SASC, FAZENDA SEDUC, Associações de Moradores da Vila Nova Parnaíba e São Pedro, SINDIFAZ, Ministério Público do Trabalho e ASA.
Os estabelecimentos de ensino e cultural são fundamentais para o desenvolvimento social de uma área. Até 2009, apenas 35,48% das crianças de 7 a 14 anos estavam frequentando a escola, o que demonstra o alto déficit educacional e a necessidade de intervenções para inserção desta comunidade em rotinas escolares, sobretudo com a oferta de estabelecimentos de ensino dentro da comunidade. É importante que existam os equipamentos educacionais públicos que atendam a demanda em raios de distância máximos, conforme o esquema ao lado. Foi identificado dentro do bairro apenas uma unidade de ensino, o Centro Municipal de Educação Infantil Valquíria Ferraz Sousa. A creche mais próxima, localizada na sede da Associação de Moradores do Bairro São Pedro, está dentro do raio máximo, no entanto não possui capacidade para atender a demanda do bairro - “Creche Esperança do Amanhã”. A escola mais próxima é Escola Municipal José Auto de Abreu, a menos de 100m do perímetro da vila, porém, segundo os moradores, encontra-se desativada para reforma desde 2011. Outras unidades de ensino da rede pública no entorno são U.E. Anísio Teixeira – Bairro Vermelha U. E. Paulo Ferraz – Bairro Vermelha Escola Popular – Bairro Vermelha E. M. Benjamin Soares – Bairro Pio XII CMEI Pedro Mendes Ribeiro – Bairro Macaúba U.E. Gabriel Ferreira - Vermelha
Quanto aos equipamentos culturais, o local não dispõe de espaços destinados a esta finalidade, não foram identificados anfiteatros, centros culturais, salas ou espaços para oficinas culturais, dança, música, projeção ou teatro. Também não foram identificadas manifestações culturais típicas da população atualmente. No resgate histórico de tradições da comunidade verificou-se que existia na comunidade um grupo de bumba meu boi importante na época, conhecido por “Boi da Zica”, que circulava nas ruas da região. Também já foi forte na região as festas de folguedos, quando haviam muitas quadrilhas. No entanto, a falta de espaços públicos abertos desestimula as práticas populares e festejos da comunidade. As festas que ainda são realizadas carecem deste espaço, o último festejo religioso da vila foi realizado na paróquia do São Pedro e o arraial da comunidade está sendo realizado na rua. Próximo, tem-se duas associações que realizam atividades culturais com jovens da comunidade, sendo eles a Casa de Zabelê, na Vermelha, e o MP3 Movimento pela Paz na Periferia, no São Pedro.
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A segurança pública é, talvez, o ponto mais crítico do diagnóstico urbanístico da comunidade. A Vila nova Parnaíba, também conhecida como favela da Prainha, possui no seu entorno uma imagem negativa quanto à incidência da prática de crimes e atos de violência. O que afasta os moradores de bairros vizinhos e evita o transito de estranhos nas ruas locais da vila, sendo este prejudicial ao desenvolvimento econômico e social dos moradores. Outro ponto negativo é o envolvimento na comercialização e consumo de drogas ilegais, onde apontados 18 pontos de comércio de drogas na área.
A principal atividade econômica da Vila está no comércio varejista a nível local, como mercearias, padaria, bares, etc., e na prestação de serviços automotivos, a nível regional, como serviços de lanternagem, estofaria, pintura automotiva, etc. Muito moradores trabalham no mercado informal, com pontos ambulantes de alimentação ou barraca para prestação de serviços de interesse e comércio ambulante, próximo à áreas de grande concentração de pessoas no entorno, como no Centro Administrativo ou na Faculdade Santo Agostinho.
Não existe dentro da área de estudo algum posto policial ou equipamento de segurança. O policiamento da região é feito através de ronda diária frequente pela Polícia Militar, que, no entanto, não percorre todas as ruas dentro da vila. O Distrito Policial mais próximo localiza-se na Vermelha, 3º DP, em um raio de 500m da Prainha.
Não existem agencias bancárias dentro da área de estudo, contudo este serviço é ofertado no entorno imediato ( Centro Administrativo).
3ª Distrito Policial – 3ºDP – Vermelha – 500m 6ª Distrito Policial – 6ºDP – Monte Castelo – 2km Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente – DPCA – Redenção – 2km Central de Flagrantes – Centro – 2,5km
Quanto ao artesanato local, não há a produção de artefatos típicos ou de identidade. Existem alguns grupos de bordadeiras, que podem ter suas atividades aperfeiçoadas com a destinação de espaço para cooperativa e comercialização de produtos. Falta espaço para capacitação, produção e abastecimento, como Centros de Capacitação ou Mercados Públicos. Não havendo possibilidade de ofertas de abastecimento de baixo custo, muitos moradores deslocam-se até o Mercado da Vermelha.
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Como foi percebido, não há na área de estudo a implantação de espaços públicos adequados à reunião, nem tampouco para a prática esportiva e lazer. Não existem na comunidade ginásios, quadras cobertas, quadras descobertas ou campos de futebol. Também não foram identificados clubes ou praças de eventos. As opções de lazer social resumem-se, sobretudo, aos bares, sendo observados 12 bares instalados no interior da Vila. Os espaços fora da comunidade destinado à pratica esportiva e ao lazer mais próximos são principalmente as áreas abertas do Centro Administrativo do Estado, com quatro minicampos de futebol e uma quadra de vôlei de areia utilizados pela comunidade para prática de esporte, bem como lazer contemplativo no lago do complexo. Outros equipamentos esportivos próximos são as Praças do bairro São Pedro, da Vermelha e um campo de Futebol próximo ao Corpo de Bombeiros. Como equipamentos de lazer próximo, tem-se ainda algumas casas de shows, como o tradicional Chão de Estrelas. Tem-se ainda os espaços sociais das associações seguintes: Associação de Cegos do Piauí – São Pedro, Associação Comunitária dos Moradores do Bairro São Pedro, Clube de Mães do Bairro São Pedro.
Parque Ambiental Prainha, margem do Rio Parnaíba. Balanço instalado pela populaçào.
Ao lado da comunidade tem-se o Parque Ambiental Prainha, situado entre a Av. Maranhão e o Rio Parnaíba com 120.000m2, instituído em 1997; porém sem estrutura de apoio à população ou desenvolvimentos de atividades esportivas ou lazer contemplativo. Possui, no entanto, áreas de “museus vivos” dos principais biomas do estado: caatinga, cerrado e cocais.
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EQUIPAMENTOS
correios 700m
ens.fundamental 600m ponto de ônibus 300m
COMÉRCIO PONTO DE ÔNIBUS CORREIO
1000m
UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE
800m
+
educação infantil 500m
creche 250m
600m
CRECHE
comércio 800m
400m
CMEI - CENTRO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO INFANTIL
200m
UE - UNIDADE ESCOLAR
+ UBS 1000m
parques e praças 600m
M A P A S Í N T E S E
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200m 400m
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600m 800m
UE - UNIDADE ESCOLAR
1000m 1200m
CMEI - CENTRO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO INFANTIL
1400m 1600m
CRECHE
+ +
1800m 2000m
UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE
2200m 2400m
HOSPITAL DELEGACIA
CENTRO ADMINISTRATIVO DO ESTADO
CORPO DE BOMBEIRO
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COMÉRCIO 5200m
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O nascimento de um plano diretor para determinado local é fruto direto de um detalhado diagóstico e apresenta o caminho mais natural a ser seguido para resolver os principais problemas levantados. O mapeamento do espaço, seus agentes, pontos de interesse, vocações e conflitos, delineam prioridades e norteam as diretrizes para o plano de intervenção e projetos de desneho urbano para determinada área. Antes de serem relacionadas e justificadas as diretrizes, é necessário que exponha alguns conceitos urbanísticos aplicados neste trabalho que orientam a proposta no caminho do desenho urbano de qualidade. Também serão relacionados objetivos principais do projeto e quais as estratégias definidas para que o projeto urbanistico cumpra sua função. Dentro destes objetivos, é elaborado um esquema de soluções técnicas que ao passo que apresenta um estudo justificativo, serve de instrução para se conhecer os caminhos que levaram a determinada forma urbana. São relações que dialogam entre si ocupação, sistemas naturais, sistema viário, funcionalidade, distribuição de usos, infraestrutura, etc. O resultado deste caminho é um projeto integrado social, técnico, arquitetonico e urbanisticamente. Quanto ao pensamento urbanístico proposto, esta intervenção tem como base a requalificação de um espaço urbano subutilizado, com grande potencial de transformação devido à sua localizaçào, à vulnerabilidade social do entorno, à proximidade a outros importantes sistemas da cidade: rio, avenidas, parques, equipamentos urbanos, etc. Devido à este potenial, esta intervenção não pode resumir-se apenas à mera melhoria de
infraestrutura, é interessante que a proposta para o local apresente as características que tornam um desenho urbano capaz de criar CIDADES ATIVAS .Cidades ativas são aquelas que estimulam o uso pelos seus usuários, e neste estímulos contribuem para a melhoria da qualidade de vida de seus habitantes, promovendo ambientes sadios, propiciando atividades físicas, alimentação saudável e acesso a atividades educativas ou culturais. O desenho urbano ativo pode lançar mão de estratégias diversas, no entanto, persistem nelas alguns conceitos chaves, que são: IMAGINABILIDADE_ a qualidade do espaço de ser distindo e assim reconhecível, assimilável. Espaços de alta imaginabilidade se formam quando um determindo arranjo de elementos físicos específicos capturam a atenção dos usuários, evocando sentimentos e impressões. ESPAÇO ENVOLTÓRIO_ faz referência ao grau com que os elementos, tais como vias, arborização, edifícios, conformam um espaço e lhe trazem determinadas características. ESCALA HUMANA_ os dimensionamentos, texturas e articulações entre elementos devem considerar as proporçães do corpo humano, bem como à velocidade de seus movimentos, devem ser considerados para estimular a utilização de ambientes ou equipamentos. TRANSPARÊNCIA_ é o grau com que pessas podem perceber objetos e atividades através de determinados obstáculos. É um conceito importante quando se trata de interveçòes em áreas de fronteiras, como este caso. COMPLEXIDADE_ a experimentação do espaço não deve ser monótona, ela deverá apresentar uma riqueza visual suficiente para estimular a os movimentos através destes espaços, exigindo a variação do ambiente.
O mapeamento dos pontos em conflito no espaço das hortas definiu quatro tipos de problemas principais: aqueles referentes ao espaço urbano edificado e os sistemas naturais, aqueles de ordem urbanístiivos relativos ao modo de ocupação, aqueles onde a ocupação influencia questões sociais e deficiências de infraestrutura. EDIFICADO X NATURAL - Conflito decorrente da ocupação de área de risco, naturalmente alagável e sujeita a inundações;
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- Sensação de insegurança no bairro; - Fraca identidade da população com a lagoa; - Baixo desenvolvimento econômico e social; - Baixa autoestima dos moradores; - Falta de espaços propícios ao convívio social e desenvolvimento da cidadania, à manifestação cultural e educação ambiental; INFRAESTRUTURA
- Doenças decorrentes da má ocupação e poluição do entorno da lagoa;
- Sem destinação de espaço para passeios, calçadas e praças;
- Convivência entre moradores e animais silvestres, tais como iguanas, jacarés, cobras, etc.
- Escassos equipamentos públicos destinado ao lazer, educação e cultura;
MODO DE OCUPAÇÃO
- Baixa qualidade do espaço urbano quanto à iluminação urbana, arborização e passeios públicos;
- Ocupação informal, irregular e sem prévio planejamento gerou conflitos de morfologia urbana. Quadras de dimensões e ocupação variável, ruas estreitas e sinuosas, lotes irregulares que dificultam a expansão e adensamento da vila; - Sem espaço destinado para áreas institucionais; - Sem espaço destinado para áreas verdes; - Baixa conectividade e acessibilidade do sistema viário; - A subtilização do espaço o torna vulnerável ao depósito constante de lixo e outros resíduos; - Pouco diálogo entre interior da comunidade e seu entorno; QUESTOES SOCIAIS - Imagem negativa da vila no seu entorno e na cidade;
- Baixa qualidade dos sistemas de drenagem e saneamento; - Mobiliário urbano insuficiente e baixa qualidade daqueles instalados; - Necessidade de ampliar a rede de distribuição de energia elétrica.
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OBJETIVOS|ESTRATÉGIAS
OBJETIVOS|ESTRATÉGIAS
OBJETIVOS
ESTRATÉGIAS
NÃO OCUPAÇÃO DE ÁREAS DE RISCO, ESTABILIDADE HIDROLÓGICA E CONVIVÊNCIA HARMÔNICA ENTRE HOMEM E MEIO AMBIENTE
Intervir nas áreas alagáveis, estabilizando o solo onde for ambientalmente adequado e propondo o reassentamento de famílias em áreas impróprias para áreas seguras.
REQUALIFICAR VIAS PÚBLICAS E ACESSOS
Criação de passeios pedestres aprazíveis, inserção de ciclovias com bicicletário, reforma e redistribuição de pontos de ônibus e acessos.
MELHORAR A CONECTIVIDADE DO TECIDO URBANO
Melhorar a conectividade e acessibilidade do sistema viário, através da requalificação e prolongamento de vias existentes, ordenação do trânsito e das interseções entre vias. Inserir estacionamentos para veículo visitantes.
PROMOVER A MISTURA DE USOS
DRENAGEM, SUSTENTABILIDADE AMBIENTAL E SANEAMENTO
Criar uma bacia natural de drenagem de águas pluviais e promover o sanemanto da lagoa do São Pedro.
ESPAÇO ACESSÍVEL
Criação de calçadas e mobiliários acessíveis, bem como estacionamentos e adaptação dos pontos de acesso à paradas de ônibus e cruzamentos.
SEGURANÇA
Tornar rotas de pedestres, ciclovias e vias locais seguras atraves da iluminação urbana e da visibilidade. Aumentar a autoestima dos moradores através do parque e abrir o parque à cidade. Reduzir a ociosiodade de crianças e jovens, através de sua introdução às atividades esportivas e culturais.
Promover a integração de usos, como atarvés da inserção de equipamentos esportivos, comunitários, de lazer, cultura, alimentação, mercados, junto aos equipamentos educacionais e zonas residenciais.
ESCALA HUMANA
Ênfase para o design em respeito à escala humana em mobiliários, iluminação e paisagismo. Aumenta a sensação de segurança e estiula o uso.
PROMOVER O DESENVOLVIMENTO URBANO E SOCIOECONÔMICO
Pensar intervenções em escala e ferramentas que possam desencadear mudanças sociais e econômicas, seja pela melhoria da qualidade de vida, como pela oferta de emprego, ou engajamento em atividades esportivas ou culturais.
COMUNICAÇÃO VISUAL
Orientação e informação através da comunicação visual, informando acessos, acessos aos equipamentos urbanos, informações acerca da parque e do lugar, bem como senso de localização através da paisagem.
PROMOVER HUMANO
Inserir espaços de promoção de atividades culturais, como teatro, música, dança e artes plástica.
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DESENVOLVIMENTO
ESTÍMULO AO LAZER E À ATIVIDADE FÍSICA
A vizinhança e a cidade como um todo deverá dispor de um parque urbano onde será disponibilizado espaços de recreação ativa, com parque infantil, academias abertas, quadras esportivas, ciclovia, calçada para caminhada, etc.
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DIRETRIZES E SOLUÇÕES ESTRUTURAIS
O desenvolvimento da proposta projetual do parque parte da consideração dos conflitos relacinados, dos objetivos definidos e da aplicação direta das estratégias apresentadas. O desenho urbano proposto nesta intervenção será o resultado de três níveis de trabalho. Em prmeiro momento será realizado uma proposta em macroescala, numa conecpção técnica, que delineará a macrodrenagem urbana, a intervenção em áreas de risco, terraplenagem e a reestruturação do sistema viário como resolução dos problemas estruturais do local. Após a definição destas soluções macro, será, em cima deste resultado, pensado as questões sociais, e urbanas de ordenamento paisagístico e funcional, de modo fazer a correta distribuição de funções, com localização adequada e que estimule seu uso e dialogue com os desejos da comunidade. Trabalhando diretamente os conceitos apresentados de imaginabilidade, complexidade e transparência. Por fim, num terceira escala de intervenção, temse o detalhamento do desenho urbano. Envolvese aqui os conceitos de espaço envoltório e escala humana. Como trabalhar as características de espaços, equipamentos e mobiliários, de modo criar um espaço particular e de qualidade urbanística e paisagística. Nos esquemas seguintes serão apresentadas as soluções nos diferentes níveis de atuação, justificando a forma urbana e o resultado final, mostrando o passo-a-passo da composição do projeto desde a situação existente até o plano diretor concebido.
Passo 1
Passo 2
MAPEAMENTO DE PROBLEMAS ESTRUTURAIS
DEFINIÇÃO DE MACRODRENAGEM
Foi diagnosticada uma extensa área de alagamento, permanecendo alguns pontos com grande acúmulo de água formando lagoas nas regiões marcadas graficamente no esquema. Mapeadas também as edificações em situação de risco ou cuja situação exigirá desapropriação para a solução dos problemas estruturais da comunidade.
Passo 3 SOLUÇÃO
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ESTUDO DE CONECTIVIDADE DO TECIDO URBANO
A necessidade de se planejar o escoamento das águas para o rio delineia a criação de uma bacia de escoamento que parte do perfil natural do terreno, como pode ser visto através das curvas de nível, e propõe requalificação da galeria sob a Av Maranhão para direcionar o fluxo de água em direção ao rio. A galeria existente está em cota acima de vários pontos do terreno, permanecendo o acúmulo de água.
Devido às zonas alagáveis e lagoas, o sistema viário está fragmentado. É importante a conexão deste tecido pois é esta conectividade que promove maiores deslocamentos e traz vitalidade ao espaço urbano. Também é fundamental o acesso direto do parque à Av Maranhão. A legibilidade do tecido urbano aumenta a sensação de segurança, uma vez que o visitante não se sentirá perdido e a transparência para a avenida aumenta a visibilidade e a sensação de segurança.
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ESTUDO DE TERRAPLENAGEM PARA CONFORMAÇÃO DA BACIA Uma vez que o terreno do local apresenta diversos pontos baixos de acúmulo de água, é necessário a terraplenagem para elevar as cotas nas zonas de alagamento (aterramento) e rebaixar os trechos para favorecer o escoamento adequado da água.
REARRANJO E DESENHO DA NOVA MORFOLOGIA URBANA Para facilitar a urbanização, passeios, instalação de mobiliários e equipamentos, a terraplenagem resultará em platos de cotas em nível decrescente em sentido à galeria. Na cota mais baixa será mantida a lagoa em sua localização original que servirá como mecanismo de estabilização, uma vez que a área possui instabilidade hidrológica. Elevação do platô de acesso para a Av Maranhão para integrar a paisagem do parque à paisagem do rio e da cidade.
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DELIMITAÇÃO DO PARQUE E REASSENTAMENTOS Os platos delimitam áreas para ocupação, que deverão ser utilizados para a reversão dos problemas de ordem social e urbanística. Promoção de espaços públicos de lazer e cidadania através da delimitação de um grande parque urbano que irá reverter a imagem negativa do bairro. Com a terraplenagem dos platôs e abertura de acesso do parque, será necessário o reassentamento de unidade habitacionais, preferencialmente no entorno próximo, como marcado no esquema abaixo.
ESTUDO DE SISTEMA VIÁRIO, MOBILIDADE E ACESSIBILIDADE Vista a conectividade, é preciso estudar o acesso e a mobilidade através das vias em diferentes modais de transporte. O estudo das vias foi pensado de modo a favorecer o trânsito natural, respeitando o acesso de veículos observando fluxo e sentido das principais vias adjacentes. Aqui também é proposto um sistema viário perimetral, que permita todo o passeio pelo parque, com estacionamentos neste perímetro. Os pontos de ônibus não necessitarão de grandes deslocamentos, sendo proposta uma nova parada no acesso principal do parque. Todo o parque possui ciclovias e rotas acessíveis para pedestres.
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Passo 8 DEFINIÇÃO DE LAYOUT FUNCIONAL Na definição de layout funcional tem-se no primeiro momento a marcação da praça de acesso, necessária à inserção do novo parque à cidade e responsável também pela abertura da própria comunidade, fechada em seu centro, permitindo a visibilidade imediata da área verde para aqueles que passam pela Av Maranhão. Tem-se depois a função de parque urbano inserida longitudinalmente de modo a ocupar os espaços vazios antes alagados. E, por fim, nas margens do parque e voltados para a entrada estão os equipamentos urbanos, dispostos de modo a não prejudicar a visibilidade entre acesso e área verde. Acompanham toda a extensão do parque, servindo como uso de equilíbrio, pois o uso dos equipamentos - Mercado e complexo Multiuso - estimula o uso do parque e vice-versa.
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Passo 9 SETORIZAÇÃO DO PARQUE A distribuição de equipamentos dentro do parque foi estudada para o melhor desenvovimento de suas função. Na praça de acesso tem-se a área aberta para reuniões, com pequeno anfiteatro, a sua locação garante visibilidade aos atos da comunidade, solenidades, etc. Em seguida tem-se o pier mirante, que permite a vista geral do parque com os equipamentos urbanos em seu entorno. Próximo à lagoa, por restrição de uso, tem-se a função de parque contemplativo, com arborização e mobiliários de estar. Em seguida tem-se a área de quiosque, dialogando entre as áreas de lazer contemplativo, lazer ativo, e em frente ao complexo multiuso, fazendo o link entre todas estas funções. Nos dois últimos platôs, mais inseridos dentro da comunidade para servir preferencialmente à popoulação residente, tem-se as áreas de lazer ativo, com quadras esportivas, equipamentos de ginastica e parque infantil.
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ABONG. Enchentes no Nordeste brasileiro: áreas de risco e moradias inseguras em Arari e Trizidela do Vale (Maranhão), Fortaleza (Ceará) e Teresina (Piauí) / Abong, Associação Brasileira de ONGs. Rio de Janeiro : ABONG, 2010. AFONSO, Alcília A. . Arquitetura em Teresina: 150 anos. Da origem a contemporaneidade. Teresina. ED. Halley, 2002. ETAPA; SEEBLA. Centro Administrativo Estadual. Estudo Preliminar. Memorial Descritivo. Governo Diceru Mendes Arcoverde, Secretaria de Obras Públicas. 1976. FILHO, A. Tito. “Memorial da cidade verde”. GOMES, Jóse. Theresina ontem e hoje. Teresina, Fundação Cultural Monsenhor Chaves, 1992. MENESES, Robert. Teresina vista do céu. Teresina, Ed. Halley S.A, 2005. NASCIMENTO, Francisco. A Cidade Sob o Fogo. Modernização e violência policial em Teresina (1937-1945) Teresina. Fundação Monsenhor Chaves, 2002. OLIVEIRA, Fernando (org.). Edição comemorativa, dos 150 anos de Teresina. Ed. Halley S.A. Teresina. 2002. TERESINA. Censo de Vilas e Favelas de Teresina/99. Alínea Publicações Editora: Teresina, 1999. SEEBLA. Histórico. Disponível em: www.seebla. com.br. Acesso em 05 de outubro de 2009. SILVA,Valério de Araújo; MACHADO, Cíntia Bartz. Centro Administrativo do Piauí: Relação do edifício moderno com a capital contemporânea. In: 8 Seminário DOCOMOMO Brasil. Cidade Moderna e Contemporânea: Síntese e Paradoxo das Artes. Rio de Janeiro- RJ. 2009. TORRES, Michelle et Al. O processo de territorialização no bairro São Pedro em Teresina, Piauí: uma visão de saúde na população. ConScientiae Saúde, vol. 10, núm. 4, pp. 672-680. São Paulo: Universidade Nove de Julho, 2011.
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