Junho/2014 - Revista Babys
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Ano 3 - nº 20 - Agosto/Setembro - 2017
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Editorial
Antes que elas cresçam
Era hora de ir para a cama, e o coelhinho se agarrou firme nas longas orelhas do coelho pai e disse: “adivinha o quanto eu te amo!”. “Ah, acho que isso eu não consigo adivinhar” – respondeu o coelho pai. “Tudo isto” – disse o coelhinho, esticando os braços o mais que podia. Só que o coelho pai tinha os braços mais compridos, e disse: “e eu te amo tudo isto!” “Hum, isso é um bocado” pensou o coelhinho. “Eu queria ter braços compridos assim”. “Eu te amo toda a altura do meu pulo!”, riu o coelhinho saltando. “E eu te amo toda a altura do meu pulo” – riu também o coelho pai, e saltou tão alto que suas orelhas tocaram os galhos da árvore. “Isso é que é saltar; pensou o coelhinho. Bem que eu gostaria de pular assim.” “Eu te amo toda a estradinha daqui até o rio” – gritou o coelhinho. “Eu te amo até depois do rio, até as colinas.” – disse o coelho pai. “É uma bela distância pensou o coelhinho.” Mas, àquela altura já estava sonolento demais para continuar pensando. Então, ele olhou para além das copas das árvores, para a imensa escuridão da noite e concluiu: nada podia ser maior que o céu. “Eu te amo até a Lua!” – disse ele, e fechou os olhos. “Puxa, isso é longe” – falou o papai coelho – “longe mesmo!” O coelho pai deitou o coelhinho na sua caminha, inclinou-se e lhe deu um beijo de boa noite. Depois, deitou- se ao lado do filho e sussurrou sorrindo: “eu te amo até a Lua... ida e volta!” E você, assim como no livro “Adivinha quanto eu te amo” de Sam Mc Bratne, já disputou alguma vez com seu filho quem gosta mais um do outro? A vida atarefada por vezes nos afastam das coisas simples como sentar na cama ao lado do filho e lhe contar uma história, enquanto o sono não vem, acariciar os cabelos, falar sobre coisas boas, ouvir com ele uma melodia suave para espantar os medos que tantas vezes ele não confessa, falar do afeto que sentimos e do quanto ele é relevante em nossa vida. E se você pensa que isso não é importante, talvez tenha esquecido das muitas vezes que arranjou uma boa desculpa para se aconchegar ao lado do seu pai ou da sua mãe, nas noites de temporal. E com o desejo que o vinculo entre pai e filho se estreite cada vez mais desejamos um feliz mês dos pais! Esperamos que gostem de mais esta edição e até a próxima,
EXPEDIENTE
CAPA Parceria: Modelo: Aimée, 4 anos, filha de Maria Carolina e Fabio Martinho Cardoso Fotografia e tratamento de imagem Fernanda Greppe www.fernandagreppe.com.br
TIRAGEM 3.000 exemplares Gráfica Impressul
JORNALISTA RESPONSÁVEL Mariana Woj (Mtb 3580) (marianawoj@gmail.com)
FOTOGRAFIA Andrieli Mariano (contato@andrielimariano.com.br)
DIAGRAMAÇÃO Bianca Tontini biancadg.daportfolio.com (btontini@gmail.com)
AGRADECIMENTO Ana Paula Majcher Petry
Mariana Woj Editora da Revista Babies
ANUNCIE EM NOSSA REVISTA Departamento Comercial Leandro Maciel (47) 9.9955-6917 comercial@revistababies.com.br facebook.com/revistababies Instagram - @revista_babies www.revistababies.com.br
A Revista Babies não se responsabiliza pelas fotos enviadas pelos fotógrafos e pelos materiais publicados nos anúncios.
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Índice
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Decoração
Matéria principal
UM QUARTO FOFO PARA DOIS
Entrevista
26 BABY GENIUS
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Revista Babies -
PAI É PAI
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EDUÇÃO INFANTIL
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PAPO ENTRE MÃES
Festa Babies
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BAT-FESTA
Saúde
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VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA
Comportamento
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QUE TAL UM CINEMINHA?
Decoração
Um quarto fofo para dois
Pais usaram a criatividade na hora de montar o quarto para dois irmãos com idades diferentes Por: Mariana Woj Fotos: Pablo Teixeira
Pais usaram a criatividade na hora de montar o quarto para dois irmãos com idades diferentes
Por: Mariana Woj Fotos: Pablo Teixeira
Com a chegada do Benício, o quarto que até então era todo cor de rosa e exclusivo da Helena, 3 anos, foi transformado em um espaço acolhedor, atemporal e lúdico onde os dois irmãos possam dormir e brincar juntos. Os pais, Elaine Schumacher e Rodrigo dos Santos, começaram a preparar o local logo que souberam da gestação e procuraram o Studio Scala Arquitetura e Interiores para ajudar a elaborá-lo. A escolha dos tons levou em consideração o fato de ser um quarto para menino e menina, em idades diferentes. “A influência veio das pesquisas de internet sobre tendências de decoração. Queria algo moderninho e apesar do estilo nórdico estar muito presente, quis fugir dos tradicionais branco, preto e cinza, a assim, naturalmente vieram os novos tons: rosa, azul e amarelo”, explica a mãe.
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Decoração
Na hora de escolher os fornecedores Elaine levou em consideração à satisfação com experiências anteriores e indicações. Segundo ela, sentiu dificuldade apenas na hora de comprar papel de parede, pois não encontrou na cidade lojas que oferecem as últimas tendências de estampas para quartos infantis. Os móveis foram feitos sob medida e diversos objetos, que trouxe chame e graça para o quarto, foram comprados na loja BB Encanto. “Desejo que o quarto deles seja seu porto seguro, um lugar onde se sintam amados e confortados; onde o lúdico se mistura com fantasia e diversão, para deixar em suas lembranças, belas e doces memórias”, destaca a mãe.
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Matéria Principal
Mesmo fazendo as mesmas coisas que a mãe, ele é que só o pai tem. E, com essas diferenças, quem leva a melhor são os filhos Por: Mariana Woj Consultora: Ana Paula Petry Psicóloga, Coach e fundadora da Gestando e Aprendendo
Foto: Fernanda Luz
diferente. A graça está justamente ai. No jeito, na pegada
João Vicente com seu pai Iolando Rodrigues Skrosk Junior
Mesmo que seja bem pequena, a criança logo percebe quando o pai se aproxima. Por mais que os homens não sejam mais aqueles machões de antigamente, as diferenças no trato com os filhos começam já na própria constituição biológica, ele é mais viril e a criança percebe isso na maneira dele segurá-la, no jeito que brinca com ela. Mãe, geralmente é mais suave. Pai, mesmo carinhoso, é duro e aventureiro. Além disso, o pai é a primeira pessoa que mostra à criança que ela pode confiar em
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mais alguém, além da mãe. Assim, a relação de total dependência materna é amenizada e os pequenos começam a encarar o mundo e a se entrosar na sociedade. Também é interessante saber que o pai aproxima o filho da realidade, não sendo aquela na qual a mãe o coloca para que não tenha sofrimento e dor. Além disso, o pai costuma também não dar ao filho o que ele precisa imediatamente. Assim, a criança aprende o autocontrole, aprende que nem tudo se consegue na hora em que se quer. E aprende a empatia: se sente fome, frio etc., pode compreender quem passa por isso também. A forma como a criança percebe a família nos primeiros anos de vida é simples: a mãe representa o conforto e o cuidado e o pai, as leis e a independência. É o convívio com essas autoridades que faz o pequeno perceber os seus limites. Mas isso não quer dizer não dar carinho nem proteção. Pelo contrário! Quanto mais presente for a figura paterna, mais seguro o filho vai se sentir.
Matéria Princioal
Pai ausente
Foto Cupclick Photo Kids
Quando o convívio com um homem não acontece, largar a barra da saia da mãe pode se tornar uma tarefa difícil. Cada criança reagirá de um modo diferente, no entanto é comum identificar traços de introspecção e dependência naquelas que não tiveram um modelo masculino. A tendência é a filha ou o filho se tornarem mais fechados e medrosos. Isso também reflete na adolescência e na vida adulta. Muitas vezes intempestivos, os jovens, além de buscar o acolhimento materno, desejam se deparar com os limites impostos pelo pai, que os direciona e ajuda a formar valores.
Miguel Filipe com seu pai Roger Rayner Cunha Bento
Foto- Cristiane Back Fotografia
Atitude masculina No caso dos meninos, a presença do papel do pai é ainda mais fundamental. O ser humano precisa de alguém para se espelhar e, no caso dos garotos, a figura masculina mostra que a mãe não é a única referência. O homem contribui para a introdução da criança no mundo das diferenças, nos âmbitos social e sexual, o que favorece a construção de relacionamentos e a confiança nos outros.
Miguel com seu pai Dagoberto Evaristo
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Matéria Principal
Família moderna
Nem sempre pai e mãe criam juntos os filhos. O importante é fazer a criança se sentir segura nas mais variadas situações caso de morte, mudança de cidade, adoção independente ou qualquer 1. Em situação em que o convívio com o pai não é possível, a mãe não pode ceder demais e tentar compensar essa ausência. É preciso fazer o papel de pai e mãe. Dar carinho ao mesmo tempo que estabelece limites.
ausência do pai, é saudável que as crianças adotem outro modelo 2.Na masculino. Pode ser o avô, o tio, o irmão, o padrinho, um amigo chegado. No entanto, deixe claro para o seu filho quem é essa pessoa na dinâmica familiar para evitar confusões na cabeça do pequeno.
Foto Globo
o casamento acaba, o pai deve continuar presente na rotina do 3.Quando filho. Lembre-se que não ter sido a pessoa certa para você não significa que ele não é essencial para a criança. O afastamento gera dificuldades para se relacionar em sociedade.
Victor Hugo com seu pai Victor Hugo Araujo Santos
Empurrãozinho de mãe
Dicas práticas que vão ajudar você a harmonizar a relação entre pai e filho
DÊ ESPAÇO
É importante permitir que a figura masculina participe da rotina, assumindo tarefas, como ninar, contar histórias, passear, buscar na escola, dar as refeições, banho…
CONCEDA PODER DE DECISÃO
Não é só a mãe que sabe o que é melhor para a criança. O homem da casa também deve colaborar nas escolhas.
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TENHA PULSO FIRME
Não vale deixar o pai bancar o chato enquanto você oferece colo. Mãe também dá bronca e limites.
CONFIE
Quando o pai leva a criança para passear, evite ficar ligando a toda hora para checar se está tudo bem. Já que você liberou, precisa mesmo confiar, ok?
DELEGUE
Peça para o pai dar colo e mamadeira, trocar as fraldas… Cuidados que envolvem contato físico criam laços. Aproveite a participação dele para retomar a sua vida de mulher. Faça as unhas, vá ao cinema, reúna as amigas, ou simplesmente aproveite o momento para relaxar!
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Entrevista
Educação Roger Hansen é Doutor em Educação e pesquisador da infância há mais de 10 anos. Iniciou sua carreira como professor universitário e, posteriormente, dedicou-se ao desenvolvimento da Pedagogia Florença, trabalhando em parceria com o Prof. Walter Gutdeutsch (Alemanha). Atualmente tem ministrado cursos e palestras sobre o tema e, recentemente, lançou o livro: “Pedagogia Florença I: As bases da Educação Infantil de 0 a 3 anos”. Em entrevista para a Babies, ele explicou os conceitos da metodologia e como a primeira infância é decisiva no desenvolvimento e formação do ser humano. Confira:
Infantil
Conheça o Dr. Roger Hansen e sua proposta pedagógica para bebês Por: Mariana Woj Foto: Divulgação
Revista Babies: No que consiste a Pedagogia Florença? Roger Hansen: Consiste em uma proposta de Pedagogia Infantil fundamentada em princípios filosóficos e metodológicos humanistas e que tem por finalidade gerar condições para que a criança conheça a si mesma de maneira profunda, desenvolvendo seus distintos potenciais de inteligência e criatividade. Revista Babies: Quais são os cinco principais pilares desta pedagogia? Roger Hansen: São eles: Laço de amor: possibilita que o adulto estabeleça um vínculo profundo com a criança, de modo que possa compreendêla, aceitá-la e ajudá-la quando necessário sem ser invasivo; Ambiente Preparado: promove que se crie um ambiente adequado para a educação da criança em cada etapa de sua vida; Rotinas e Rituais: a aplicação desse princípio cria condições para que a criança possa se orientar no tempo e no espaço, que são as duas esferas de manifestação da vida; Limites e Regras: ensinar limites é ensinar a viver, pois os limites fazem parte da vida; Observação Ativa: a criança tem uma imensa capacidade de desenvolver por conta própria as suas capacidades. Porém só poderá fazer isso mediante a observação atenta de um adulto que se interesse verdadeiramente por ela. Revista Babies: Segundo a Pedagogia Florença, todas as crianças são inteligentes, precisamos apenas descobrir qual a inteligência desse ser humano, é isso? Como os pais e a escola podem descobrir quais são os potenciais de um bebê? Roger Hansen: Sim, não só acreditamos, como comprovamos com nossos estudos, pesquisas e prática pedagógica que as crianças são dotadas de imensa inteligência. A recomendação não seria a de nos preocuparmos tanto em conseguir enxergar os potenciais, mas sim em saber identificar quais são as reais necessidades de uma criança em cada etapa de sua vida. Se soubermos atender bem a essas necessidades, os potencias da criança irão saltar diante dos nossos olhos com surpreendente clareza e beleza. Revista Babies: Quando falamos em educação até os três anos, o que é fundamental que seja ensinado nesta fase da vida? Roger Hansen: Eu mudaria o termo “ensinar” quando nos referimos a crianças antes dos 3 anos, pois ele pode nos levar ao grande equívoco de querer transmitir conteúdos intelectuais em uma fase em que isso faz pouco ou quase nenhum sentido. Nessa fase da vida o ser humano tem uma estrutura incrível por meio da qual ele aprende todas as coisas: o seu corpo! Por isso a grande recomendação é nos dedicarmos com imensa atenção aos cuidados e aos tratamentos que fazemos com o corpo da criança. Ela absorve absolutamente tudo com seu corpo e por meio das impressões que com ele capta é que a criança constrói as bases de sua inteligência e portanto de todo seu aprendizado.
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Entrevista Revista Babies: Como é possível se comunicar com um bebê que ainda não fala? Roger Hansen: Um bebê tem uma linguagem ritual. Organizar os principais momentos de seu dia (troca de fraldas, banho, alimentação) em uma rotina, de maneira que se repitam da mesma forma, nos mesmos locais e horários, facilita que o bebê compreenda o que irá acontecerá com ele. Além disso, o olhar direto para os olhos do bebê, o toque carinhoso e ritmado em sua pele e a fala melodiosa, carregada de sentimentos, são os grandes agentes da boa comunicação antes dos 3 anos de vida. Revista Babies: Quais são os limites saudáveis para começar a educar? Roger Hansen: A educação deveria começar desde que o ser humano chega ao mundo e acompanha-lo por toda a vida. Os antigos gregos chamavam essa concepção de Paideia, a verdadeira educação, aquela que acontece ao longo da vida inteira. O problema não é começar cedo, mas sim saber a forma adequada de educar em cada etapa. É aí que cometemos nossos maiores erros, tanto no Brasil quanto em outros países do mundo, pois se parte de propostas intelectualistas, que submetem as crianças a exercícios precoces para os quais não estão preparadas. Essas práticas têm se mostrado não só ineficientes, como imensamente prejudiciais até mesmo para a saúde das crianças pequenas. Temos muito a melhorar nesse sentido.
Revista Babies: Nesta fase aulas de idiomas, musicalização e raciocínio ajudam ou atrapalham? Roger Hansen: É um assunto extenso, mas eu destacaria que tudo depende da forma que vamos adotar para que a criança aprenda. Se submetermos a criança a exercícios metódicos, estaremos incorrendo em um sério erro, não importa o conteúdo. Mas se, como exemplo, uma mãe canta calmamente para seu bebê, isso o desenvolve de uma maneira absolutamente incrível, em todos os aspectos de sua inteligência. Revista Babies: Como os contos de fadas, histórias e outras exposições lúdicas podem auxiliar na educação das crianças? Roger Hansen: Os contos de fadas permitem um tipo de experiência e aprendizado dificilmente substituível para a educação de uma criança. De 0 a 3 anos são suficientes histórias muito simples e curtas, pois o que importa é a variabilidade de sons, palavras e expressões faciais que elas convidarão o adulto a fazer durante a contação, elementos esses essenciais para a formação do próprio cérebro do bebê. A partir dos 3 anos o impacto positivo é ainda mais amplo pois a criança começa a compreender a linguagem simbólica, que é a linguagem dos contos. E com isso as histórias permitem que as crianças realizem um maravilhoso mergulho dentro de si mesmas, desenvolvendo todas as suas inteligências, suas bases morais, de valores de vida. Os benefícios são tantos e tão profundos que poderíamos escrever páginas inteiras sobre o tema.
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Papo entre mães - por Mari Woj
Mãe x Pai Pra rir e levar na brincadeira uma listinha do comportamento clássico da mamãe e do papai
Fofoca no
trocador
Bebê barroco:
além de um charme os colares e pulseiras de âmbar são terapêuticos, indicados principalmente na fase da dentição. Quer saber mais? A Taysa Dal Piva Vieira pode te ajudar através do whats (47) 99681-3396
A mãe pesquisa todos os sites e lojas para fazer o quartinho dos sonhos. O pai se pergunta o que é um Kit berço! A mãe chora junto ao ver o filho em uma crise de cólica O pai pendura o pequeno no braço e sai andando pela casa (o pior que funciona!). A mãe coloca a papinha na palma da mão para saber se está quente. O pai prova com a colher do bebê e ainda dá algumas colheradas extra (afinal, está tão gostoso!). A mãe leva o bebê para passear com a roupa e a mantinha combinando. O pai não leva a manta e ainda coloca uma meia de cada cor. A mãe brinca com o bebê falando de jeito engraçado e fazedo bobeirinhas. O pai joga a criança para cima (e a mãe tem certeza de que uma hora o filho vai cair no chão!). A mãe vai falar com a coordenadora quando alguma criança bate em seu filho na escola. O pai diz ao filho que da próxima vez ele precisa se defender. A mãe diz ao filho que primeiro ele precisa fazer a lição de casa, depois pode brincar. O pai chega e vai jogar video game com o pequeno, que a lição de casa fique para depois! A mãe vê o filho fazendo birra e sai de perto para não esganá-lo. O pai liga uma música alta e simplesmente não ouve mais nada! A mãe se pergunta por que o pai é tão desligado. O pai se pergunta por que a mãe é tão estressada.
Superdica:
recém-lançada, o Clube da Infância é uma loja infantil online que você vai amar! Um espaço confiável e cheio daqueles produtos fofos que vivemos procurando, desde roupas, décor e acessórios. Acesse clubedainfancia.com.br, use o cupom REVISTABABIES e ganhe 10 reais de desconto na primeira compra.
Tulipa Baby em Milão:
berço Cama Retrô ganhou espaço na maior feira de decoração do mundo. Composto de madeira maciça reflorestada e acabamento acrílico na cor avelã, o grande destaque são os pés palito que remetem a estética visual dos anos 60. Muito resistente e funcional, ele pode ser transformado em uma sofisticada mini cama ou mini sofá podendo ser utilizada até os seis anos de idade da criança.
Sobre mim: Mariana Woj, 32 anos, jornalista e mãe do Ben. Devido à sua profissão, vive rodeada de outras mães e está disposta a escrever sobre tudo que acontece neste mundo misterioso e de aprendizado diário que é a maternidade. Contato: marianawoj@gmail.com
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Saúde
Violência obstétrica
Discutir o assunto, aumentar a conscientização e a denúncia dos casos são caminhos importantes para combater esse problema Por Mariana Woj
Recusa de atendimento, ouvir gracinhas e grosserias, privação do acompanhante, abuso de medicalização, passar por procedimentos sem entender o que eles significam. Essas são algumas das situações que várias mulheres vivenciam no pré-natal e na hora do parto. Para evitar esses tipos de violências, que envolvem ofensa verbal e física, Santa Catarina conta com a Lei nº 17097 que garante o direito a um atendimento digno, respeitoso e de qualidade. Aline Melo, doula e psicoterapeuta transpessoal, explica que as vontades da grávida têm que ser respeitadas e ela tem que ser consultada a cada etapa e decisão médica. Condutas inadequadas, imposições, procedimentos dolorosos e demais atos estão enquadrados na violência obstétrica. “O importante não é apenas sobreviver ao parto, mas sim ter o direito assegurado de uma experiência de gestação – pré-natal, parto e pós-parto – digna, positiva e saudável para a mulher e para a criança”, destaca.
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Saúde CONFIRA OS PROCEDIMENTOS E ATITUDES QUE SÃO CONSIDERADOS VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA SEGUNDO A LEI 17097, DE 17 DE JANEIRO DE 2017 E PROTEJA-SE: Tratar a mulher de forma grosseira, não empática, zombeteira; Recriminar a parturiente por gritar, chorar ou ter dúvidas; Não ouvir as queixas da mulher; Fazer a gestante acreditar que precisa de uma cesariana quando não é necessário; Impedir que seja acompanhada por alguém de sua preferência durante o trabalho de parto; Submeter a mulher a procedimentos dolorosos, desnecessários e humilhantes como lavagem intestinal, raspagem de pelos pubianos e posição ginecológica de pernas abertas; Deixar de aplicar anestesia quando for requerida; Proceder a episiotomia quando não é imprescindível; Fazer qualquer procedimento sem previamente pedir permissão e explicar, com palavras simples, o que está sendo oferecido ou recomendado; Submeter o bebê saudável a aspiração de rotina, injeções na primeira hora de vida sem antes ter contato com a mãe; Retirar da mulher o direito de ter o bebê ao seu lado depois do parto no alojamento e de amamentar em livre demanda; Não informar a mulher com mais de 25 anos ou dois filhos sobre seu direito à ligadura nas trompas gratuitamente nos hospitais conveniados ao SUS.
Como denunciar
Para denunciar uma violência obstétrica, basta procurar o Ministério Público do Estado com cópia do prontuário médico, documento que registra todos os procedimentos pelos quais a mulher foi submetida desde que chegou ao hospital ou maternidade. Para obtê-lo é preciso procurar o setor administrativo da instituição e solicitá-lo. O único custo que pode ser cobrado é o de cópia das folhas.
Começo feliz
Para finalizar, Aline destaca que, além de saber da lei, para a mulher se sentir mais tranquila durante esses dias tão especiais, ela pode tomar algumas outras atitudes antes do parto, como: visitar o local para conhecer as instalações e os serviços que são oferecidos, saber se há grupo de enfermagem especialista em amamentação, se informar se existe obstetra plantonista e quem são no caso de um imprevisto com o seu médico, conversar com outras amigas que já deram à luz. “Vale sempre destacar, informação, nunca é demais. Tudo isso fará com que a mulher ganhe cada vez mais segurança.”
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Publieditorial
BABY GENIUS
Programa Super Bebês
aulaue
bilíng
o que é?
O foco do Baby Genius é...
mexer o esqueleto! O aumento da força física; Controle muscular; Desenvolvimento da habilidade motora fina e global; Equilíbrio; Noção de causa e efeito.
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mente à mil! Consciência espacial e perceptiva; Desenvolvimento de linguagem (português e inglês) e auto-expressão; Conhecimento de números, letras e cores; Resolução de problemas; Imaginação criativa; Pensamento simbólico.
socializar e cooperar! Desenvolver a independência e se sentir confortável longe dos pais; Socialização; Partilha e cooperação; Aceitação de novas situações Brincar de forma independente e em grupo.
Publieditorial Nossas aulas promovem uma base sólida para prepará-lo para os desafios presentes em cada estágio do crescimento.
O Baby Genius é dividido por níveis respeitando a faixa etária e habilidades do bebê. BG BG BG BG BG
01 - 0 a 6 meses; 02 - 6 a 12 meses; 03 - 12 a 18 meses; 04 - 18 a 24 meses; 05 - 2 a 3,5 anos;
As aulas incluem momentos de partilha entre os pais para ajudá-los a saber mais sobre o desenvolvimento do bebê. E já que você estará junto, poderá comemorar cada descoberta com sorrisos, abraços e muito afeto.
fb.com/spacomaeebebe spacomaeebebe.com.br
@spacomaeebebe 47 3278-8010
47 99232-0058
Rua Euzébio de Queiróz, 294 - Atiradores - Joinville
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Guloseimas mil deram gás para a criançada se aventurar com o herói favorito do aniversariante Por Mariana Woj - Fotos: Juli Souza Fotografia
A festa com o tema Batman é uma grande sensação entre os meninos. Afinal, quem nunca sonhou em ser um superherói? O personagem é um dos justiceiros de histórias em quadrinhos mais conhecidos do mundo. Na festa para comemorar os três anos do Bernardo, Valkiria Herms caprichou no cenário para ambientar as aventuras do homem morcego. No espaço destacam-se os edifícios de Gotham City e alguns dos inimigos que o Batman enfrentou. Na hora de escolher a paleta de cores levou-se em consideração a roupa do personagem: preto e amarelo
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Para ficar à altura da decoração, o bolo cinematográfico de três andares foi colocado em um latão entre as duas mesas de doces. O grande destaque do dia ficou por conta da presença do super-herói. “A presença do Batman foi o ponto alto da festa, pois nessa idade as crianças realmente acreditam, e esse momento faz todo esforço da organização valer a pena”, destaca a mãe Ana Karla Paludo. Para finalizar, todas as crianças levaram para casa uma xícara. “Tive a ideia de dar uma lembrança que os pequenos pudessem usar depois e, ás vezes, recebo fotos das minhas amigas com os filhos usando, isso me deixa bem feliz”, comenta a mãe.
FORNECEDORES: Local da festa: Carrosel Festas Decoração: Valkiria Festas Buffet de salgados e bolos: São Jose Panificadora Doces: Chocolate com Glacê Doces Finos Tortas: Avanete Carvalho Lembrancinha: Encomendou pelo Elo 7 Convite: Taize Pohl Fotografia: Juli Souza Fotografia Personagem: Art Encanto Personagens Vivos Número de convidados: 90
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Comportamento
Antes de comprar os ingressos considere o perfil do seu filho e veja as dicas da Revista Babies Por: Mariana Woj
Para muitos especialistas cinco anos é uma idade adequada para começar a levar as crianças ao cinema, pois sua capacidade de concentração, de seguir uma história e de distinguir realidade de fantasia já são maiores. Mas há muitas crianças bem menores que isso que se dão bem no passeio. Para que as primeiras experiências cinematográficas do seu filho sejam positivas, veja a seguir algumas sugestões do que avaliar antes de sair de casa:
Pesquisem Considere que nem todo filme de classificação livre é apropriado para crianças pequenininhas. Antes de ir, pergunte a amigas e familiares com crianças de idade semelhante à do seu filho se já viram o filme e o que acharam. Além disso, procure informações e críticas na Internet sobre a história e se há algum elemento que pode assustar ou impressionar. Isso quer dizer que os pais sempre devem evitar filmes com alguma cena mais forte ou que introduza um assunto difícil ou delicado na vida do filho? Não, mas é importante que você considere se é a hora certa para aquilo. Pense, por exemplo, em um filme como “O Rei Leão”, que aborda a perda de um familiar. Seu filho está pronto para lidar com as emoções relacionadas à morte? Se você acha que ainda não, espere mais um pouco.
Segurem a ansiedade Ir ao cinema com seu filho pode ser um sonho seu, mas vale esperar até que ele esteja preparado para que a tentativa não vire uma frustração tão grande para toda a família. A própria experiência da sala de cinema, tão fascinante que é para os adultos, pode ser assustadora para os menores. Afinal é escuro, barulhento e a imagem na tela é enorme. Por isso, caso decidam ir, vão preparados para o pior: um ataque de choro, um cocô bem na hora em que o filme vai começar, um copo de suco virado em cima da roupa. Assim você não se decepciona se uma dessas coisas acabar acontecendo
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Comportamento Entenda os limites do seu filho Opinião de especialistas e de familiares pode ser útil, mas mais relevante é você conhecer o temperamento do seu filho. Se em casa ele nunca consegue assistir um filme até o final, de uma vez só, dificilmente terá paciência para ficar sentado no ambiente do cinema. Espere até sentir que ele demonstra real interesse pela história quando vê um filme em casa. Nem toda criança é igual nesse aspecto.
Prepare seu filho
Na primeira vez que forem expliquem tudo o que vai acontecer com antecedência, como a luz que vai apagar, a som alto que sairá das caixas de som, a expectativa de todos permanecerem sentados o tempo todo, a necessidade de fazer silêncio. Avise que tem banheiro do lado de fora, se precisar. Vale a pena contar também alguns detalhes do próprio filme antes de assisti-lo. Fale sobre a história, quem são os personagens, assim seu filho vai passar menos tempo tentando entender e mais tempo se divertindo.
Se organizem
Imagine o estresse para uma criança pequena de ser tirada correndo do carro, levada às pressas pelos corredores e colocada dentro de uma sala escura de cinema minutos antes da sessão começar. Por isso, procurem se organizar para chegar antes, comprar a pipoca com calma e escolher o melhor lugar para sua família (só não exagere na antecedência para não esgotar a paciência do seu filho). No caso das crianças novinhas, o melhor lugar costuma ser longe da tela (as imagens da telona muito perto podem ser excessivamente exageradas para esta idade) e estrategicamente perto do corredor, a fim de ter liberdade de ir e vir dos assentos.
Lara, 2 anos e 7 meses, em sua primeira vez no cinema com os pais Silvia C. Tontini e Renan Macedo
Criem um sinal
Escolha sessões infantis, de preferência de manhã ou à tarde, para poder falar com seu filho durante o filme sem incomodar muito as outras pessoas. Vá comentando o filme com ele, em voz baixa, para ajudá-lo a manter o interesse e a tranquilidade. Mesmo que você faça de tudo, seu filho pode se assustar ou se cansar e querer ir embora de qualquer jeito. Uma ideia é que vocês dois criem um esquema de comunicação para que ele possa expressar quando o filme foi longe demais. Algo como segurar sua mão se estiver com um pouco de medo. Se estiver mais assustado, ele pode pedir para dar uma volta. E se estiver realmente arrepiado de medo pode simplesmente pedir para ir embora. Não force uma criança assustada a assistir o filme
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todo, mesmo se você souber que no fim da história tudo ficará bem. Caso seu filho fique abalado por causa de alguma parte do filme, observe se ele vai querer ou não falar sobre isso depois. Às vezes as crianças não conseguem colocar suas emoções em palavras, mas gostam de desenhar algo relacionado ao que está se passando dentro delas. Deixe-o fazer o que tiver vontade, e depois aproveite para conversar de forma bem simples. A intenção é criar boas associações à experiência de ir ao cinema, e não medo. A presença de amiguinhos e primos maiores poder ajudar a encorajar seu filho, porém não force a barra se as outras crianças estiverem se divertindo e ele não. Haverá muitos e muitos filmes no futuro para voltar. Continue tentando!
Os pais Polianna Moraes e Miere Teixeira optaram por um filme que o filho Helden, 4 anos, adora para levá-lo a primeira vez ao cinema.
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