Opinião sobre a iniciativa Laboratórios de Aprendizagem / Future Classroom Lab (LA/FCL)- Por Maria Silva
O modelo educativo vigente nas escolas portuguesas provém do modelo educativo de epistemologia positivista dos finais do século XIX, da época da industrialização. É um modelo assente essencialmente na uniformidade pedagógica- para todos os alunos, os mesmos ritmos, metodologias e avaliações- e que continua, como então, a valorizar a rotina, a repetição, a uniformidade didáctica. Vivemos mudanças cosméticas dos currículos escolares, mas mantémse a forma como o espaço e o tempo são geridos na Escola. Os métodos de ensino e de avaliação dos alunos são primordialmente orientados para os resultados. Existe uma excessiva pressão exercida sobre os professores para os resultados nas provas finais e nos exames. A escola de hoje continua a perpetuar um modelo de ensino reconhecidamente obsoleto, desfasado das reais necessidades de empregabilidade para o século XXI. As aulas são consideradas aborrecidas pelos alunos que, segundo o estudo internacional da OMS sobre a adolescência, mostraram não gostarem muito da escola:
Segundo Margarida Matos, a investigadora que coordena este estudo da OMS em Portugal: