Lar das Moças Cegas promove Campanha “Amigos do LMC” LMC busca atrair voluntários para instituição O Lar das Moças Cegas está promovendo a Campanha “Amigos do LMC” com objetivo de atrair mais voluntários para a entidade que há 70 anos educa e reabilita os deficientes visuais da Baixada Santista. Há vagas na área de esportes e atividades extras, como músicas, dança, artesanato e leitura, além de oportunidades no setor de eventos e no Mega Bazar da Pechincha, bazar beneficente promovido pela entidade. “O trabalho voluntário é muito importante para nós. Temos voluntários em várias áreas e com essa campanha pretendemos aumentar nossa equipe”, explica Carlos Antonio Gomes,
o Calucho, presidente do LMC, que há 26 anos exerce a função como voluntário. O voluntário doa sua energia, mas ganha, em troca, contato humano, convivência com pessoas diferentes, oportunidade de aprender coisas novas, satisfação de se sentir útil. Para ser um voluntário o interessado deve agendar uma visita monitorada, que acontece às quintas-feiras, sempre às 15h, e passar por uma entrevista no Serviço Social. “Depois de conhecer a instituição, caso haja identificação, ele passa por uma entrevista, onde é preenchida uma ficha com seus dados. Essa é a oportunidade de se conhecer um pouco
da pessoa, saber o que gosta e como gostaria de ajudar. A partir disso analisa-se onde podemos encaixá-la. Busca-
se enquadrar o voluntário na atividade em que ele se sinta melhor”, explica a assistente social Deborah Gentil.
Site do LMC volta com muitas novidades
A página foi reformulada e promete mais informação e interatividade sionais dos setores de Tecnologia da Informação (TI), Relações Institucionais (RI) e Pedagogia. “Foram oito meses de trabalho para implantarmos essa nova tecnologia, modificar o design e o conteúdo”, explica Orlando José Ferracini, coordenador do TI. O novo site foi desenvolvido em Wordpress, uma Acesse e confira: www.lmc.org.br tecnologia aberta, usada e desenvolEm seu último aniversário, comemorado em 16/04, o Lar das vida em todo o mundo. Um dos Moças Cegas (LMC) lançou seu responsáveis pela atualização da novo site. A página está reformu- página foi Reilan Gomes Ribeiro, lada e com uma nova tecnologia, web designer do LMC. “O site está mais moderna e com acessibilida- com um design mais limpo e com mais usabilidade. O usuário navede para deficientes visuais. O desenvolvimento do site co- ga de maneira mais rápida e não meçou em 2013 e envolveu profis- se perde”, observa.
Uma das preocupações nesse processo foi a acessibilidade para os deficientes visuais. Para isso, o aluno e colaborador Gilberto Ferreira participou do desenvolvimento da nova página. “Eu ajudei o Reilan verificando se o site estava acessível para nós, deficientes visuais, navegarmos. É um trabalho complexo que demanda cuidados, por isso vamos continuar, procurando melhorar sempre”, conta Gilberto. O novo site está mais completo, com mais informações e notícias. Entre as novidades está o Blog, que conta com a participação de alunos da instituição, a maioria do programa de empregabilidade “Visão Eficiente”. O Blog é mais uma ferramenta de inclusão social e uma forma dos alunos participarem mais ativamente do site da instituição. A página oferece espaço para que os deficientes visuais se expressem e se comuniquem. O projeto é uma
oportunidade que a sociedade tem de conhecer as atividades do LMC e a vida dos deficientes visuais. “É importante para a comunidade saber o que o deficiente visual pensa, e para ele esse conhecimento é fundamental”, conta a assistente social Gabriela Esteves, que participa do projeto. A equipe trabalha a escrita, a capacidade de organização, a leitura e o repertório de conhecimentos. “É um processo pedagógico construído a partir do saber deles e do nosso saber, que ajuda na construção de pensamentos e das criticas”, explica Gabriela. Além de Gabriela, participam do projeto a assessora de imprensa, Bruna Corralo, as professoras de informática Maria Aparecida Pin e Fabiana Santos da Silva, e a terapeuta ocupacional Valesca de Lima da Silva. “É uma iniciativa muito boa. O blog vem para somar e eles estão animados”, conta Valesca.
Olá, Amigos! O ano de 2014 trouxe muitas mudanças para o LMC. Entre as novidades estão nosso novo site e as mesas pedagógicas. Além disso, estamos desenvolvendo novos projetos para atrair voluntários e parceiros. Na 14ª edição do Informativo Visão você vai conferir todos os fatos que marcaram o LMC no primeiro semestre de 2014, além das novidades nos esportes e assuntos importantes ligados à Fisioterapia e à Audiodescrição.
Boa leitura! Carlos Antonio Gomes (Calucho) Presidente do LMC
Mesas Educacionais ensinam brincando
As Mesas Educacionais foram inauguradas durante as comemorações de 71 anos do LMC
O Lar das Moças Cegas (LMC) adquiriu em 2013, através do programa Destinação Criança, três Mesas Educacionais Alfabeto, desenvolvidas pela Positivo. As mesas permitem que os alunos se familiarizem com a linguagem escrita através do som, encaixando blocos coloridos em um grande painel eletrônico. À medida que são encaixadas, as letras são reconhecidas por um software especial e aparecem na tela do computador. Dessa forma, as crianças participam de atividades interativas aprendendo a reconhecer o alfabeto, a construir palavras, a encontrar significados, a descobrir acentos e a interpretar textos. As mesas podem ser utilizadas por grupos de até seis alunos que participam da aula de maneira colaborativa. “Estamos usando com todas as crianças, mesmo as que não são alfabetizadas. Apresentamos as letras e as formas, aqueles que já têm conhecimento da informática podem usar o teclado para comandar os jogos”, explica a professora do AEE, Cíntia. A mesa veio para complementar o trabalho já feito na instituição e está superando as expectativas das professoras e terapeutas que a usam. “O equipamento é ótimo. Ajuda a alfabetização, o reconhecimento de letras,
trabalha a atenção, a audição e a percepção dos alunos”, diz Cíntia. O equipamento permite que os alunos aprendam brincando. “Estamos intercalando o uso da mesa com as aulas tradicionais. Eles adoram ouvir histórias, jogar forca, jogo da memória e adivinhação. São inúmeras atividades”, conta Fabiana Santos, professora de Informática. As mesas são acessíveis aos alunos, porém algumas adaptações precisaram ser feitas. “Há muitas peças, então, para maior eficiência, separamos as letras e as entregamos para que os alunos identifiquem. Além disso, algumas atividades são limitadas, pois a mesa não fala tudo, então temos que complementar”, explica Fabiana. Para utilizar essa nova ferramenta, as profissionais foram treinadas pela própria Positivo, no início do ano. “Embora tenha sido muito bom, existe uma troca de informações entre as profissionais que a utilizam. Uma ajuda a outra”, conta Cíntia. Além do AEE e da Informática, as Mesas Educacionais são utilizadas na Fonoaudiologia e na Estimulação Visual. “É um estimulo a mais, mesmo para aquelas crianças mais comprometidas”, explica Cíntia.
Fisioterapia para deficientes visuais A visão é o sentido mais importante para o desenvolvimento pleno de todas as funções motoras,uma vez que este sentido esteja alterado ou ausente,o individuo terá alguns atrasos ou prejuízos em suas atividades. A criança, diferente do adulto, tem um fator que deve ser levado em conta durante a intervenção terapêutica: ela não traz no seu desenvolvimento nenhuma experiência visual que possa servir como referência. Portanto uma intervenção precoce para esta população é de extrema importância, para estimular os sentidos remanescente com novas experiências sensoriais e motoras, proporcionando uma adaptação em relação às limitações impostas pela deficiência visual. A atuação da fisioterapia na reabilitação visual com crianças, também é voltada para a estimulação do desenvolvimento neuropsicomotor normal, uma vez que a visão esteja prejudicada, todas as aquisições motoras sofrerão um atraso, prejudicando todo seu desenvolvimento .Além disso, a ausência da visão altera diretamente o equilíbrio,coordenação motora e também a consciência corporal. A fisioterapia atua nestes aspectos; busca, com recursos lúdicos,preparar a criança para uma melhor performance nas atividades e posteriormente uma maior independência funcional durante o seu desenvolvimento. Com o deficiente visual adulto,os objetivos da fisioterapia, visam o trabalho de adequação do controle postural,equilíbrio e consciência corporal,aspectos importantes para orientação e mobilidade de forma segura. Natália Ferreira Fisioterapeuta do Lar das Moças Cegas
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Cristiane Blanco
F
ormada em Fonoaudilogia, Cristiane Blanco trabalhou no LMC por seis anos e desde 2009 faz as audiodescrições dos vídeos instituicionais da entidade.
O que é audiodescrição? É um recurso de acessibilidade que consiste na descrição clara e objetiva de todas as informações e que permite que as pessoas com deficiência visual ouçam o que é apreciado visualmente. A audiodescrição amplia o conhecimento, facilita o entendimento e oferece a oportunidade de autonomia, independência e poder de interpretação para as pessoas com deficiência visual.
Há cursos específicos? No Brasil, a formação de audiodescritores tem acontecido através de cursos livres com carga horária pequena, introduzindo assim algumas técnicas e os principais conceitos. Há cursos em São Paulo, Rio de Janeiro, e já acontece em Juiz de Fora, Minas Gerais, um curso de extensão com uma carga horária de 360 horas.
Onde esse recurso é utilizado? Este recurso pode ser utilizado em cinemas, teatros, museus, televisão, desfile de carnaval, jogos de futebol, entre outros...
Qual o profissional que pode fazer a audiodescrição? Qualquer profissional que tenha contato com o público necessitado desde que faça o curso adequado. Entretanto há a necessidade de uma boa fluência verbal, conhecimento de línguas, senso de observação. Por esse motivo profissionais com graduação em Letras, Tradução, Cinema, Rádio e TV, Comunicação e Artes já apresentam maiores habilidades.
Qual a sua importância? A sua importância está em garantir a todas as pessoas com deficiência o direito constitucional ao lazer e à educação, seja parcial ou totalmente. Além de permitir o acesso aos conteúdos da televisão, dos espetáculos, teatros, museus e outros, favorece também as pessoas analfabetas e disléxicas, pessoas com dificuldade ou que estão totalmente impedidas de entender o conteúdo escrito. Entretanto, são as pessoas com deficiência visual que mais se beneficiam com este recurso, permitindo que essas pessoas participem em igualdade de oportunidades. Como ela deve ser feita? Existe uma técnica. A audiodescrição é diferente da narração. Ela é muito mais detalhada. Ela descreve, por exemplo, expressões faciais e corporais que comuniquem algo, informações sobre o ambiente, figurinos, efeitos especiais, mudanças de tempo e espaço, além da leitura de créditos, títulos e qualquer informação escrita na tela, podendo ou não passar sensações, depende da interpretação. A descrição acontece nos intervalos entre diálogos, ou quando não há informações sonoras. Como é o processo para fazer a audiodescrição? O primeiro passo é fazer um curso para conhecer o recurso, suas técnicas e aplicações, pois na maioria das vezes as pessoas acham que audiodescrever é simplesmente verbalizar ou oralizar um acontecimento, mas não é tão simples assim. Em seguida, estudar e dedicar-se bastante para que se atinja o objetivo almejado. O audiodescritor necessita de muito estudo, análise, observação e conhecimento sobre o tema a ser audiodescrito. Existem vários tipos de audiodescritor? Sim. Pode-se dividir o trabalho entre o audiodescritor roteirista, o audiodescritor locutor e o revisor.
Existe alguma lei que exige o uso da audiodescrição? Sim, existe. O Art 17 da Lei 10098/2000, Lei da Acessibilidade, diz: “O Poder Público promoverá a eliminação de barreiras na comunicação e estabelecerá mecanismos e alternativas técnicas que tornem acessíveis os sistemas de comunicação e sinalização às pessoas portadoras de deficiência sensorial e com dificuldade de comunicação, para garantir-lhes o direito de acesso à informação, à comunicação, ao trabalho, à educação, ao transporte, à cultura, ao esporte e ao lazer.” O Art 53 – Decreto Federal Nº 5296/2004 e as Portarias Nº 310 e Nº188 do Ministério das Comunicações, também asseguram esse direito, mas essas leis ainda não são suficientes. Diferente do close captions (legendas), a audiodescrição não se estende a 100% da programação.
04 a 08/08
Feira de Pais
26/08
14º Encontro de Escolas
13/09
Jantar Dançante
06 a 10/10
Feira de Primavera
08 a 10/10
Semana da Criança
08/11
Jantar Dançante
26/11
Graduação Capoeira
08 a 12/12
Feira de Natal
09 e 10/12
Festa de Natal e Formatura
O direito de estudantes e idosos de pagar a metade do preço em ingressos de espetáculos artísticos, culturais e esportivos foi estendido para pessoas com deficiência e jovens de 15 a 29 anos que comprovem renda familiar mensal de até dois salários mínimos. O benefício da meia-entrada para pessoas com deficiência é estendido, inclusive, para o acompanhante, quando necessário. No caso de jovens carentes, o desconto fica condicionado à inscrição no cadastro único para programas sociais do governo federal. Pelas novas regras, os responsáveis pelos eventos ficam obrigados a reservar 40% do total de ingressos para os beneficiários da lei. Para garantir que a reserva de lugares seja cumprida, a lei estabelece que qualquer pessoa pode ter acesso às informações sobre bilheteria.
O colaborador Iris da Silva Sousa, foi eleito o colaborador do ano. Contratado para uma reforma nas dependências da instituição, acabou, ao término da obra, há 15 anos, entrando para o quadro de funcionários do LMC. Iris considera a instituição sua segunda casa e se destaca pela dedicação e empenho com que exerce sua função no Serviços Gerais.
Há filmes, peças ou programas que utilizam? Sim, atualmente há muitos filmes que já contam com este recurso. E nas principais capitais já há teatros, salas de cinema e alguns espaços culturais com audiodescrição. Como funciona o recurso? A audiodescrição é realizada ao vivo em shows, teatros, espetáculos de dança e jogos através do uso de equipamentos de tradução simultânea, fones de ouvido e receptores. As informações são transmitidas pelos audiodescritores de dentro de uma cabine, com um roteiro já descrito. A audiodescrição é realizada durante as pausas do espetáculo ou entre as falas dos personagens. Em filmes ou em documentários, a audiodescrição pode ser gravada.
Visão é uma publicação semestral do Lar das Moças Cegas (LMC) - Centro de Educação e Reabilitação para Deficientes Visuais. Presidente - Carlos Antonio Gomes Planejamento Gráfico e Arte | Designer Gráfico - Mariana Terra Jornalista Responsável (textos e edição) - Bruna Corralo Revisão - Rosária Maria Duarte Parada e Carmen Lucia Chaves Gonçalves Impressão - Gráfica Santista Tiragem - 1.000 exemplares Endereço - Avenida Ana Costa, 198, Vila Mathias Santos/SP Tel.: 13 3226-2760 ramal 2782 imprensa@lmc.org.br | www.lmc.org.br | www.sitioparaisolmc.com.br
Goalball comemora um ano de parceria com Santos F.C. A profissionalização dos times aconteceu em 2013 e já rende bons frutos Em março de 2013 o Santos Futebol Clube profissionalizou os atletas do Goalball do Lar das Moças Cegas, ampliando uma parceria que existia desde 2006. Com a contratação dos atletas, o LMC passou a ter quatro equipes, LMC e Santos, tanto no feminino, e quanto no masculino. Após um ano, a instituição e o clube comemoram a parceria. O Santos entrou nas competições com um time totalmente novo e vem fazendo um trabalho intenso para conquistar boas colocações. “Estamos fazendo um trabalho de pesquisa e revelação de novos atletas. O Goalball não é esporte de retorno rápido, é um esporte técnico e esse será um trabalho a
longo prazo”, explica o técnico das equipes masculinas Danilo Rong. Apesar de ainda não ter conquistado títulos, a parceria já tem bons frutos. Paulo Rubens, atleta do Santos, serviu a seleção de jovens de São Paulo nas Paralimpíadas Escolares no ano passado. Este ano é a vez de Pedro Lucas. De acordo com os técnicos, essa união também atraiu mais
Capoeira vai muito além dos muros do LMC O projeto Capoeira Escola faz parte da grade escolar do Lar das Moças Cegas dede 2009. Esse, projeto não se limita ao Lar das Moças Cegas; alguns alunos participam de apresentações no litoral e no interior de São Paulo. Uma vez por mês o projeto faz apresentações públicas com o objetivo de informar a sociedade e estimular a inclusão social. “Buscamos pontos diferentes para que os alunos possam conhecer espaços distintos, não só em Santos como em outras cidades da região”, explica Mes-
João Vitor Araujo foi um dos alunos que participaram da Virada Cultural em Presidente Prudente.
tre Márcio, responsável pela prática no LMC. A Capoeira Escola é frequentemente convidada para participar de eventos. “Fazemos palestras e apresentações em todo o estado. Em 2013 fomos convidados para participar da Virada Inclusiva. Fizemos apresentações nos eventos de Santos e Presidente Prudente”, conta o Mestre. Nas apresentações o Mestre Márcio ressalta a importância da prática da capoeira como forma de inclusão social e resgate da cultura e dos valores humanos. “Costumamos não só fazer a roda, mas falar sobre cada caso, não como uma exposição pejorativa, mas como uma forma de explicar e mostrar para a sociedade o que é a deficiência e como se portar diante dela”, ressalta. Segundo o Mestre, essas apresentações elevam a autoestima dos alunos. “Para eles é ótimo. Eles adoram participar. É muito satisfatório o reconhecimento do nosso trabalho”.
alunos para o Goalball. “Os atletas acham muito importante. O rendimento melhorou e vemos a satisfação no semblante deles. Além disso, a parceria ajuda a divulgar o Goalball. Quando vamos competir, o uniforme do Santos chama a atenção, por ser o único com brasão conhecido”, revela José Mauro, técnico dos times femininos. Na visão dos treinadores essa
parceria abriu portas para o LMC. “Essa profissionalização nos dá esperança de crescimento. Se hoje com esse trabalho que já tem 14 anos, o nível na Baixada Santista já está alto, daqui a 30, penso que o esporte poderá estar na mídia. Quem sabe em um futuro próximo poderemos ver uma partida na televisão”, conta Danilo. O Santos é o único clube do Brasil que apoia o esporte com o registro em carteira profissional. “O Santos reconhece essa parceria como uma benfeitoria para o clube. Hoje nós temos não só uma união profissional, mas um reconhecimento. Depois de um ano podemos afirmar que temos vínculo bem mais próximo”, afirma Danilo.
Natação ajuda crianças a vencerem medos e desafios O Lar das Moças Cegas incentiva a prática esportiva desde os primeiros passos. A natação é uma dessas atividades e faz parte da grade da instituição. Entre os 50 alunos que frequentam o Centro Aquático Carlos Inocêncio Gomes, Unidade II do LMC, há cerca de dez crianças de 1 a 12 anos. “A natação é um esporte completo. É fundamental para as crianças, pois elas aprendem a lidar com o ser humano e a superar medos e desafios”, afirma a professora Fabiana Lindinho. Como em todas as atividades do LMC, cada aluno é avaliado e tem um projeto individual. “As aulas podem ser em grupo ou individual, dependendo de cada caso. Os bebês entram junto com a mãe. O processo se inicia com a apresentação do meio líquido ao aluno. Depois dos alunos estarem totalmente adaptados, passamos para a parte prática da natação, aprendendo a respiração, a flutuação, os movimentos de perna, e depois a rotação de braço. Usamos boia, macarrão, pranchinha e todos os instrumentos necessários até que eles se sintam seguros na piscina”, explica Fabiana. O esporte trabalha o equilíbrio, a
postura, a respiração, a lateralidade, a noção de tempo e espaço e a coordenação. “A evolução deles é notável. Temos alunos que começaram a andar depois de passar pela natação. Essa é a melhor recompensa”, conta Allan Pernadas Brazil. Uma dessas alunas é Beatriz Barbosa. “A Bia está há quatro anos na natação e a atividade a deixou mais segura. Para mim a natação é fundamental e ela adora”, conta Maria Barbosa, mãe da aluna. Outro aluno que vem mostrando evolução na piscina é João Pedro Lui. “O João está há um ano nas aulas. Foi um começo difícil, mas ele está muito mais seguro hoje. Eu sinto que a natação ajuda o equilíbrio dele, o que é muito importante”, diz Flávia Roberta de Medeiros Lui, mãe de João.