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CAPÍTULO 16 | “Clube do povo”: o surgimento do Parque do Ingá
CAPÍTULO 16
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O Parque do Ingá foi fundado em 10 de outubro de 1971. Possuindo 482 mil m², conta com lago artificial, 7 quilômetros de pavimentação com paralelepípedos que foram retirados e transferidos da avenida Brasil, prédio administrativo, além de zoológico e gruta com a imagem de Nossa Senhora Aparecida, a qual foi doada pelo então governador Haroldo Leon Peres.
Sua concepção se deu durante a gestão de Adriano José Valente. O prefeito defendia que as pessoas precisavam de um espaço público para desfrutar de seu momento de lazer em meio à natureza. Chamava o local que criou de “clube do povo”. Mas houve aqueles que desacreditaram de uma das arrojadas ações que incluíam aquele projeto: a formação de um gigantesco lago artificial no meio do parque. Muitos achavam que o prazo estipulado não seria cumprido para o represamento da água. Assim, o então prefeito fez um simples exercício: pediu para que sua equipe calculasse em quanto tempo a nascente nas imediações levaria para encher de água uma lata com a medida de 18 litros. Com aquela informação, estabeleceu-se a referência para todo o preenchimento do lago e uma data foi cravada. Por sorte da gestão pública e precisão dos cálculos, o prazo foi cumprido com sucesso.
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A imagem mostra o prefeito junto com o jornalista Antonio Augusto de Assis, acompanhando a estrutura que cumpriu a difícil tarefa de criar o lago artificial do Parque do Ingá.
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O registro revela detalhes da vistoria final promovida por autoridades no interior do Parque do Ingá antes de sua abertura ao público. Aparecem circulando pelo equipamento ambiental o engenheiro-agrônomo Anníbal Bianchini da Rocha, que atuou como consultor técnico naquele projeto; Hermes Moreira, então diretor do Instituto Agronômico de Campinas-SP; e Adriano José Valente, prefeito que viabilizou a obra.
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Com o passar dos anos, outros elementos foram sendo incorporados ao Parque do Ingá, como, por exemplo, a “Maria Fumaça”, que fora a locomotiva responsável pela inauguração da Estação Ferroviária em janeiro de 1954, conforme já vimos em páginas anteriores. Aliás, o transporte dessa locomotiva foi extremamente complicado, exigindo a instalação de bitolas e trilhos por ruas e avenidas até o seu destino final.
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O transporte da Locomotiva 608 até o Parque do Ingá foi uma verdadeira operação de guerra.
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Quiosques e churrasqueiras, bem como lanchonete e restaurante, eram estruturas disponíveis para o usufruto dos visitantes. Os pedalinhos também ganharam destaque sobre o lago artificial, que também seria transformado em palco para torneios aquáticos. Em 21 de junho de 1978, inaugurou-se o Jardim Japonês, em homenagem aos então príncipes do Japão, Akihito e Michiko, que estavam visitando o país e passaram por Maringá. As pontes instaladas nessa região do parque foram construídas pela Marcenaria Moderna, de Saburo Matsuzawa, com base nas existentes no Parque Ritsurin, em Takamatsu, no Japão.
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Jardim Japonês, possivelmente no início da década de 1980.
Fontes: Revista Manchete, de 1972 / Acervo Antonio Augusto de Assis / Desenvolvimento e Humanização: Relatório 69-72, Prefeitura do Município de Maringá, administração Adriano José Valente / O Diário do Norte do Paraná, de 3 de maio de 1978 / Gerência de Patrimônio Histórico de Maringá / Contribuições de José Carlos e Felipe Santos / Acervo José Carlos / Acervo IBGE / Acervo Maringá Histórica.
Tem vídeo sobre o Parque do Ingá
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