Convicto

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Frederico Gurgel

O QUE VOCÊ PRECISA SABER SOBRE CRIAÇÃO DE NOVOS NEGÓCIOS

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Ficha Técnica

Autor Frederico Gurgel Imagens Pexels - Banco de imagens de livre uso (https://www.freepik.com/pt-br) (https://pt.vecteezy.com/) Designer Marisa Marques de Melo


O PLANO DE

NE

PARTE 3 O MOMENTO DE MONTAR O PLANO DE NEGÓCIO

CIO


O planejamento não é uma tentativa de predizer o que vai acontecer. O planejamento é um instrumento para raciocinar agora, sobre que trabalhos e ações serão necessários hoje, para merecermos um futuro. O resultado do planejamento não é a informação, mas sempre o trabalho. Peter Drucker. 4


Z Especialistas sobre tendências

confirmam que o estudo do passado e do presente é que determina a direção que leva ao futuro. É fundamental entender as conexões sobre o que está ocorrendo. O futuro, portanto, está presente nas ações cotidianas mais frequentes.

Z O futuro do que deverá ser

consumido, demandado, não surge a esmo, mas da convergência de determinados aspectos sociais, econômicos e psicológicos, apresentados pelo consumidor observado em certo momento. Assim, identificar tendências significa antecipar as mudanças que necessitam ser feitas, de forma que estas façam parte do cotidiano.

Z Não há dúvidas de que o melhor

instrumento para a ampliação das visões, dos limites preconcebidos é a informação. É a informação que alicerça a definição de um bom planejamento. É preciso estar atento e consciente do que é válido ou não. Há muita informação disponibilizada que é infundada ou equivocada.

Z Apesar de muitas empresas

alcançarem sucesso, mesmo não conhecendo um plano de negócio adequado, muitos insucessos poderiam ser evitados se os empreendedores estivessem mais bem preparados para administrá-los.

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Pesquisas constatam um aumento de 60% de chances de um novo negócio obter êxito, a partir do momento em que as ideias são organizadas por escrito, através da elaboração e conclusão da ferramenta Plano de Negócios.

Z Apesar de não eliminar totalmente os riscos, essa ferramenta auxilia

o empreendedor nas tomadas de decisões e no alcance dos objetivos de modo mais direto e expressivo. “O plano de negócios aumenta em 60% a probabilidade de sucesso dos negócios”, aponta o Professor José Dornelas, “no entanto, 98% das pequenas empresas americanas morrem por falta de planejamento adequado do negócio, pois pior do que não fazer um plano de negócio é fazê-lo de forma inadequada, forjando informações, e pior ainda é fazer isso conscientemente”, conclui Dornelas.

Z Um dos motivos que provoca a estagnação da empresa, ou da própria

pessoa, é a falta de visão ordenada do que precisa ser feito, que determine passo a passo o que é necessário ser realizado, antecipando possíveis complicações e diminuindo os riscos iminentes.

Z De forma geral, estudos realizados no Brasil identificam o fato de que

os empreendedores de empresas ativas demonstram planejar e buscar informações em uma proporção maior do que os empreendedores de empresas inativas pesquisadas.

Z Portanto, planejar talvez não seja uma das tarefas mais

agradáveis para alguns empreendedores, e muitos não a realizem conforme necessário, mas é, indubitavelmente, fundamental para o desenvolvimento de um negócio. Não podemos voltar no tempo e começar tudo de novo, mas podemos planejar o futuro e mudar o final. Nathan Monte 6


Z De modo geral, o empresário

de micro e pequenas empresas, conforme define a tipologia aplicada, não realiza o planejamento do seu negócio de forma adequada. Justifica tal postura pois não admite “desperdiçar” o seu tempo com análises mais aprofundadas. E essa decisão é um grande erro.

O principal objetivo do plano de negócios é orientar o empreendedor com relação às decisões estratégicas da empresa, mesmo antes de iniciar o empreendimento, pois assim ele terá uma noção prévia do seu funcionamento do ponto de vista mercadológico, operacional, financeiro e organizacional.

Z Infelizmente, a realidade tem

mostrado que empresários de micro e pequenas empresas expressam baixa predisposição para planejar, escrever planos de ação e prever cenários. Assim, optam por resolver os problemas pertinentes ao seu negócio, conforme ocorram e necessitem ser solucionados.

Z Entretanto, como o ambiente

é bastante dinâmico e novas situações surgem a cada momento, ações estratégicas devem ser tomadas previamente, de modo planejado, no objetivo de retomar o rumo traçado, independentemente das dificuldades que possam surgir no percurso.

Z Sem planejamento não há como

traçar metas. E as metas funcionam como referencial quantitativo; corroboram na retomada do caminho certo; funcionam como degraus para se alcançar um objetivo maior. 7


Planejar não serve apenas para resolver problemas emergentes, mas para também aproveitar melhor as possíveis oportunidades. O planejamento, desde que elaborado adequadamente, permite a visão além do alcance, ultrapassando limites preconcebidos.

Z Se imaginarmos o plano de

negócio como um mapa de estrada, por exemplo, entenderemos melhor o seu significado. Imagine que você esteja decidindo ir de Porto Alegre à Campos do Jordão de motocicleta. Há várias rotas possíveis, cada uma exigindo planejamento de tempo e custos diferentes. O motociclista deverá então tomar decisões importantes e, obviamente, reunir informações para preparar o plano de viagem.

Z Dessa forma, o mencionado plano

deverá considerar fatores externos, como a existência de oficinas para consertos de emergência, as condições do tempo e manutenção das estradas, alternativas de hotéis ou pousadas para hospedagem e descanso. Alguns desses fatores não podem ser controlados pelo motociclista viajante, mas devem ser considerados no plano, determinando e projetando quanto dinheiro e tempo serão necessários, para realizar o plano de viagem exitosamente. 8


Assim, o plano de viagem exemplificado deverá responder a quatro perguntas:

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ONDE ESTOU?

PARA ONDE ESTOU INDO?

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COMO CHEGAREI LÁ?

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QUANTO TEMPO E DINHEIRO PRECISAREI PARA CONCLUIR A VIAGEM PLANEJADA?

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Os planos têm um propósito comum: a previsão, a programação e a coordenação de uma sequência lógica de possibilidades e ações que, em princípio, viabilizam o alcance do objetivo que se pretende alcançar. Z A criação de um plano de

Z Ao final, o plano deverá mostrar

negócios, por conseguinte, exige a integração de conhecimentos de diversas áreas da empresa, favorecendo a percepção do todo complexo – estrutura, operacionalização, estratégias aplicáveis, destinação de recursos – para então haver a implantação definitiva do negócio.

os custos e as despesas do negócio, investimento inicial, máxima necessidade de recursos para colocar a empresa em operação, a estratégia de marketing e vendas, bem como a projeção de receita e lucro para os próximos anos, além de colaborar para que se possa responder à seguinte pergunta: “Vale a pena abrir, manter ou ampliar o meu negócio?”.

Z Assim, o plano de negócios

assume papel estratégico, pois é tido como uma ferramenta que orienta o gestor na implantação do negócio, favorecendo no mapeamento de riscos, podendo também calcular o retorno do investimento feito de forma clara e objetiva.

Z Para tal, o estudo de

viabilidade econômico-financeira é imprescindível para a decisão acertada. Antes de iniciar o plano de negócio, o empreendedor precisará de informações chave sobre mercado, operações de produção e estimativas financeiras.

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INFORMAÇÕES CHAVE PARA ESTUDO DE VIABILIDADE ECONÔMICO-FINANCEIRA 1.

10. Estimativa dos custos com

Estimativa dos investimentos fixos

mão-de-obra

2. Capital de giro

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3. Fontes de financiamento

12. Estimativa dos custos fixos operacionais mensais

4. Benefícios existentes para a montagem do negócio

13. Demonstrativo de resultados

5. Investimentos

Estimativa dos custos com depreciação

pré-operacionais

do exercício

14. Indicadores de viabilidade econômica

6. Resumo do investimento total

15. Ponto de equilíbrio

7. Estimativa do faturamento

16. Margem de contribuição

mensal

8. Estimativa dos custos unitários

17. Lucratividade

18. Rentabilidade

com matéria-prima e terceirizações

9. Estimativa dos custos com

19. Prazo do retorno do

comercialização

investimento

Embora o estudo de viabilidade econômico-financeira não seja uma garantia do sucesso empresarial, ele permite a tomada de decisões mais acertadas. Por permitir uma análise mais aprofundada, possibilita melhores negociações e respostas aos questionamentos de fornecedores, distribuidores, bancos, sócios e do próprio empreendedor e sua equipe. 11


O MODELO MAIS ADEQUADO PARA MONTAR SEU NEGÓCIO Há modelos de Plano de Negócios, porém, de modo geral, sua estruturação deve obedecer a seguinte lógica de apresentação:

Z Conceito do negócio Z Mercado e competidores Z Equipe de gestão Z Produtos e serviços Z Estrutura e operações Z Marketing e vendas Z Estratégia de crescimento Z Finanças 12


Em Resumo O que todo empreendedor iniciante deverá saber, antes de montar seu novo negócio: 1. O que é o seu negócio? 2. Qual o diferencial competitivo do seu negócio? 3. O que você quer vender ou qual serviço quer prestar? 4. Quem é o seu público-alvo? 5. Esse público-alvo realmente precisa do seu produto ou serviço? Por quê? 6. Onde essas pessoas ou empresas estão localizadas? Como sabe disso? 7. Como você distribuirá seus produtos? Por que distribuirá assim? 8. Como você atrairá esses clientes? Como pretende fazer a divulgação? 9. Como você pensa em vender? Por que pretende vender assim? 10. Qual é o preço? Por que optou por esse preço?

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Sugiro ainda atenção quanto a DEZ aspectos.

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1.

Evite direcionar todos os seus esforços e recursos para apenas um cliente comprador ou um só fornecedor. Não hesite, no entanto, ante uma real oportunidade percebida.

2.

Se a opção é trabalhar com alguma franquia, cerque-se de todas as informações possíveis, pois franquias não representam nenhuma garantia de sucesso.

3.

Se o sócio for um parente, maior deverá ser o cuidado com a escolha. Negócios são desfeitos; já uma família...

4.

Fuja da ilusão do glamour de ser um grande empresário, sentado numa confortável poltrona, num belo escritório, antes de ter trabalhado bastante no novo negócio. Empreendedorismo exige maturidade, e maturidade é algo que só se conquista com o tempo. Às vezes, um longo tempo.

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5.

Persista no que acredita, desde que seu objetivo seja claro, específico, mensurável e atingível. Sonhar é bom, mas é preciso estar acordado, muito bem acordado, para fazer acontecer.

6.

Reconheça suas limitações; portanto, não arrisque por arriscar. Lembre-se que de recuar no momento certo é também uma iniciativa estratégica.

7.

Esteja consciente de que boas ideias não são, obrigatoriamente, boas oportunidades de negócio. Pesquise o mercado, cerque-se de informações conclusivas, procure assessoria para o que não domina e tenha maturidade para fazer o que deve ser feito.

8.

Não há nenhum constrangimento em afirmar que tem dúvidas ou alguma insegurança quanto aos próximos passos. Constrangimento maior é assumir dívidas de atitudes impensadas ou resultantes de decisões impulsivas.

9.

Leia todo e qualquer contrato que realize. E leia, principalmente, aquelas letras bem miudinhas.

10. Por fim, tenha calma, mas se apresse! Festina Lente.

m e z fa s a o ss e p s a m u lg A o ã t n e e , s i o p e d m a s n e p antes, . e r p m se a r a p m e d n e se arrep Autor Desconhecido 15


SOBRE O AUTOR Frederico Gurgel é mestre em Administração de Empresas, especialista em gestão de negócios, professor universitário de cursos de pós graduação na área de gestão estratégica, pesquisador em empreendedorismo e comprometimento organizacional. Empresário, dirige a empresa fredgurgel.com – especializada em educação empreendedora e liderança organizacional. Instrutor credenciado à ONU – Unctad – como facilitador líder do programa Empretec no Brasil.

O QUE VOCÊ PRECISA SABER SOBRE CRIAÇÃO DE NOVOS NEGÓCIOS

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