Contextualização
O
cenário de pandemia - Covid-19, associado a uma crise sanitária sem precedentes desde o século XX, culminou na orientação e implementação de uma série de medidas de confinamento social como forma de evitar uma catástrofe humanitária de alcance mundial. Até o momento, ainda não dispomos de uma vacina nem de remédios para o efetivo tratamento e cura dessa doença que tem atingido milhões de vida mundo afora. Então, desde meados do mês de março de 2020, instituições de ensino no mundo inteiro suspenderam suas atividades presenciais e remodelaram seus espaços e suas estratégias pedagógicas de promoção do ensino e da aprendizagem. Como receituário para suspensão das atividades presenciais, foi prescrito pelos organismos internacionais o ensino remoto, atropelando as condições de vida de milhões de estudantes. Estes, mergulhados na pior crise sanitária e humanitária dos últimos tempos, principalmente, em países com grandes diferenças 7
sociais e altos índices de miséria, como o Brasil, vêm enfrentando dificuldades para a sua inclusão nos processos sugeridos pelos administradores públicos como sendo os que poderiam viabilizar processos educacionais, especialmente no âmbito escolar e acadêmico. Seguindo essa orientação, uma miríade de portarias e resoluções, a qual nos reportaremos brevemente, foi publicada por diferentes instituições, compreendendo documentos oriundos desde o Ministério de Educação (MEC) até aqueles internos às Instituições de Ensino Superior. Em se tratando da Universidade Federal do Ceará (UFC), instituição à qual o presente plano diz respeito mais diretamente, tais documentos foram aprovados à revelia das condições da comunidade acadêmica e das reais condições de vida da maioria de seus integrantes, fazendo uma verdadeira “apologia” ao ensino remoto. A problemática em tela exige uma posição melhor contextualizada e debatida da comunidade universitária que vai além da preocupação com a