O ESTADO DE S. PAULO
QUINTA-FEIRA, 3 DE SETEMBRO DE 2015
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Especial H17
MASTER IMOBILIÁRIO
Musical ‘transporta’ plateia por todo o País Tema do espetáculo, viagem pelas cinco regiões do Brasil adota gigantesco painel de LED para colocar convidados no meio do cenário DIVULGAÇÃO/FIABCI/SECOVI
ESPECIAL PARA O ESTADO
Os convidados para a festa de premiaçãodo21ºMasterImobiliário, marcada para a noite de ontem no Clube Monte Líbano, tinham uma viagem marcada para todas as regiões Brasil embalada pelo show da premiação – um musical com dez canções. A ideia de forrar todo o ambiente com painéis de LED, que somam 370 m², cobrindo as duas laterais do salão e o palco, foi de Richard Luiz, diretor artístico do espetáculo. “Através dessa caixa de viagem, os 1.400 convidados cruzam o País junto com os artistas que cantam e dançam no palco”, afirma. O painel – de 57 metros linear por 6,5 de altura – envolvia a plateia no meio do vídeo cenário. Richard fez mais de 75 vídeos para serem exibidos no salão do Monte Líbano. “As imagens abraçam esse gigantesco painel, oferecendo ao público uma visão de 360 graus”, enfatiza, citando as cataratas do Iguaçu no Sul e o Pelourinho no Nordeste. “Emoutromomento,todomundonomeiodafloresta amazônica.” Durante a viagem, havia escalas para que os artistas fizessem a divulgação dos vencedores e a entrega dos prêmios. Mais de uma década. Richard Luiz dirige o espetáculo do prêmio Master Imobiliário desde 2004. “Entrei na 10ª edição do evento para levar um toque artístico à premiação”, lembra. “Nesses anos, já falamos de tudo, da Itália, da França, de cinema,dos musicaisda Broadwaye uma viagem de volta ao mundo”, diz o diretor artístico. Agora, segundo ele, era o momento de falar exclusivamente do Brasil. “Homenagear esse país tão rico de culturas, e num momento tão difícil”, comenta. Foi criada uma companhia de teatro, batizada de Histórias do Brasil, para fazer essa viagem. Richard elogia “o casting incrível”, citando os nomes de MarcosTumura,PaulaCapovilla,ThiagoMachado,CorinaSabbas e Lissah Martins. Tumura está em cartaz com Raia30anos,Paulaestánomusical Chaplin e Machado em Mu-
Para diretor, show poderia entrar em cartaz no teatro l O show do Master leva um ano
de trabalho desde a concepção até o ensaio final, mas tem apresentação única na noite da premiação dos melhores projetos do setor. Segundo o diretor artístico, Richard Luiz, poderia entrar em cartaz em qualquer teatro. “Seria um pocket espetáculo”, diz. “O cuidado é o mesmo.” Ele conta que trabalhou durante 10 anos com teatro. “O show do Master tem o mesmo nível de produção do que se faz no teatro.” Neste ano, Richard fez os vídeos cenários do Viva Tim Maia, com Ivete Sangalo e Criolo, e também para o espetáculo Fafá de Belém 40 anos, que estreou em São Paulo na semana passada. “Também fiz o show da Alice Caymmi, que está em turnê.” Ele conta que, em novembro, estreia o Sarau do Brown, em Salvador. “Vamos fazer uma ópera urbana”, diz. “Estou fazendo todo o cenário do show do Carlinhos.”
No palco. Depois de falar de cinema, musicais da Broadway e dar volta ao mundo, show deste ano fez homenagem ao Brasil dança de Hábito. Corina interpretou a personagem Tilde em Sexoe as Negas, de Miguel Falabella, na Rede Globo, e Lissah fez Miss Saigon e vários musicais. Eles são os cinco protagonistas do espetáculo. Além do quinteto, oito bailarinos e quatro músicos deram
jos para vários artistas como Milton Nascimento, Lenine, Ana Carolina e Stanley Jordan. “É o terceiro ano que o Marcelo faz o trabalho conosco”, conta Richard. Os temas musicais foram adaptados para representar o Sul, Sudeste, Centro-Oeste,
Norte e Nordeste. Nototal,45pessoasparticipariam do show, somando elenco, músicos, equipe de criação e as pessoas atrás do palco. Coreografia. A direção de coreografiafoideFernandaChamma, diretora artística e coreó-
NOS BASTIDORES FOTOS: DIVULGAÇÃO / FIABCI / SECOVI
l Paulo Germanos
l Richard Luiz
l Fernanda Chamma
l Marcelo Ghelfi
Apresentador do Master em 20 edições, desta vez atuou como consultor técnico do show, participando de tudo
Diretor artístico, é o principal responsável pelo espetáculo desde a 10ª edição do Master, realizada em 2004
Trabalha com Richard Luiz há 9 anos e cuida das coreografias dos musicais apresentados no evento de premiação
Maestro e arranjador das músicas apresentadas completa o trio com Richard e Vanessa desde o Master de 2013
Apresentador deixa boca de cena depois de 20 anos Pela primeira vez o empresário Paulo Germanos, ex-presidente do Sindicato da Habitação (Secovi-SP), ficou fora do palco,onde atuou como mestre cerimônia em todas as 20 edições anteriores da festa do Master Imobiliário.
vida às canções Vida de Viajante (Luiz Gonzaga), Sampa (Caetano), Prenda minha (folclore gaúcho), Disparada (Vandré), Aquarela do Brasil, entre outras. A base musical foi toda produzida pelo maestro Marcelo Ghelfi, que já escreveu arran-
O formato mudou. Em vez de ter um casal – como foi com a atriz Maria Fernanda Cândido nos últimos três anos –, agora os artistas que cantam e dançam também fazem o papel dos apresentadores, chamando os premiados.
“É um desafio trocar um formato que vinha funcionando”, avalia.“Masresolvemos enfrentar o risco.” Ele comenta que sua voz ainda se faria presente nas chamadas para os prêmios nas categorias Empreendimento e Profissional.
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Risco
“É um desafio trocar um formato que vinha funcionando bem. Mas resolvemos enfrentar o risco” Paulo Germanos CONSULTOR ARTÍSTICO
Consultoria. Para a festa de on-
tem, Germanos fez a consultoria artística, conforme consta na ficha técnica do espetáculo. “Continuoparticipantedomesmo jeito”, diz. “Faço parte da
organização.”Eleafirmaque,logo no dia seguinte do evento, a equipe já está pensando como será o próximo.
“Fazemos reuniões de avaliação para saber onde melhorou ou o que piorou”, conta. “Tudo para encantar ainda mais o público na próxima festa.” Durante a concepção do show deste ano, Germanos acompanhou a seleção das canções, que representam as diferentes regiões do Brasil, por onde o espetáculo fez uma viagem musical. O ex-presidente do Secovi elogia toda a equipe – “trabalho num time bacana –, e diz que o
grafa da Only Broadway e da Master Musical Class. Seu trabalhoestáemcartaz nosespetáculos Mudança de Hábito, Antestarde do que nunca e Memórias de um Gigolô. “Trabalhamos juntos há nove anos no Master”, informa Richard. O diretor artístico conta que nas edições anteriores sempre cuidou dos figurinos, mas, desta vez, chamou o estilista Fause Haten. “Ele é meu amigo da São Paulo Fashion Week”, fala o diretor de TV da semana da moda há 18 anos. “Eu disse: Fause é a sua cara trazer a poesia dessa viagemaoBrasil”.Segundo odiretor, os 58 figurinos “são a coisa mais linda”. Depois de encerrada a premiação, um coquetel e pratos típicos dariam continuidade ao tema da festa deste ano com uma viagem gastronômica servindo tucupi, cuscuz, acarajé, entrevero de pinhão e outros acepipes típicos de diferentes localidades do País.
diretor artístico é espetacular, referindo-se a Richard Luiz. Também louva “o background musical muito bem escolhido pelo maestro Marcelo Ghelfi”, que também coordenou o trabalho dos músicos para a apresentação ao vivo. Retribuição. “Procuramos corresponder à qualidade e à excelência dos premiados com uma festa que esteja à altura do que foi mostrado pelos trabalhos vencedores”, argumenta.
NILTON FUKUDA/ESTADÃO
Para entidade, mercado imobiliário está “se ajustando aos poucos” Foram lançadas e comercializadas 9,6 mil unidades até junho; Secovi espera resultado melhor no 2º semestre A venda de 9,6 mil apartamentos no acumulado de janeiro a junho empatou com o total de lançamentos realizados no primeiro semestre. Se na segunda metade do ano, esse resultado se repetir o total ficará abaixo de 20 mil unidades. “O segundo semestre normalmente é melhor que o primeiro”, afirma o presidente do Secovi-SP, Claudio Bernardes. Eleacreditaquedêpara superar as10milunidadestantoemvendas como em lançamentos nesta segunda metade do ano. Nacomparação com2014,segundo ele, os lançamentos caí-
ram 18%. “Nas vendas tivemos pequeno incremento”, acrescenta, ressaltando que 2014 foi um ano ruim. O problema é na comparação com o primeiro semestre de 2013. “Lançamos 45% a menos e vendemos 62% a menos”, afirma. “A situação é difícil não só para nós, outros setores também estão atravessando momento semelhante.” Ajuste. Com base nos dados
desua última pesquisa,o Secovi vê o mercado imobiliário “se ajustando aos poucos” na cidade de São Paulo. Abril e maio registraram volume de vendas superior ao mesmo período de 2014, diz o economista-chefe do Secovi-SP, Celso Petrucci em nota da entidade. Com um aumento de 20% em relação a maio, foram negociados 2.588 apartamentos no-
vosna capitalemjunho.A maioria (58%) é de dois dormitórios: 1.491 unidades, que registraram, em média, o valor de R$ 356mil,deacordocomaobalançosemestraldoSecovi, divulgado em agosto. Também praticamente empataram as vendas de apartamentos de três e dois dormitórios – respectivamente com 524 e 521 unidades. Com uma diferença de 1 ponto porcentual, cada uma das tipologias respondeu por 20% do total. No caso de quatro ou dormitórios, registrou-se a venda de 52 unidades, ou seja, apenas 2% do total comercializado. Estoque. São Paulo iniciou o
segundo semestre com 27.448 apartamentos disponíveis para vendas,umareduçãode670unidades ante o mês de maio. Essa oferta é composta por imóveis
Capital. Em junho foram negociados 2.588 imóveis novos, segundo o Sindicato da Habitação na planta, em construção e prontos, lançados nos últimos 36 meses. Bernardes vê chance de bons negócios para o comprador. “O incremento de vendas em relação ao ano passado é fruto disso”, diz. “As pessoas começam a perceber que existem ótimas oportunidades no mercado.” As melhores promoções estãonavenda dosestoques,prin-
cipalmente unidades prontas ou prestes a serem entregues. “Os preços tiveram uma queda real em torno de 4% a 5%, em média, dependendo do produto e da região”, acrescenta, ressalvando são as facilitações oferecidaspelasempresasqueestimula fechar negócio. Lógico que o estoque mais alto, segundo o presidente do Secovi, é a razão de haver essas
oportunidades. “As empresas precisam se tornar mais liquidas”, declara. “Não tem muita alternativa porque o custo de operação é grande.” Bernardes explicaque asempresasfazema conta de por quanto conseguem vender e qual é o custo de manter a unidade pronta em estoque. “Se der um desconto, já empatou, mas, para o comprador, é uma vantagem.”