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O ESTADO DE S. PAULO
QUINTA-FEIRA, 3 DE SETEMBRO DE 2015
MASTER IMOBILIÁRIO DIVULGAÇÃO/CARVALHO HOSKEN
‘Dono da Barra’ recebe o prêmio hors concours
Penísula. Bairro planejado na Barra, com 12 mil moradores
Empresário é pioneiro na construção de grandes projetos na zona oeste do Rio Heraldo Vaz ESPECIAL PARA O ESTADO
FundadordaconstrutoraCarvalho Hosken, o empresário Carlos Fernando de Carvalho, de 91 anos, é o “dono da Barra da Tijuca”. Nos anos 1970, comprou 10 milhões de metros quadrados na Baixada de Jacarepaguá e começou a lançar grandes condomínios de alto padrão na região. A empresa já entregou 30 mil unidades residenciais e comerciais, totalizando 6 milhões de m² de edificações no período. Quando o Rio de Janeiro foi escolhido para sediar os Jogos Olímpicos de 2016, a Carvalho Hosken aceitou a empreitada deergueraViladosAtletas,batizada de Ilha Pura, em parceria com a Odebrecht Realizações Imobiliárias. São 31 prédios, com 3.604 apartamento e cerca de800 mil m²de área, para receber 18 mil atletas. “A Carvalho Hosken é hors
concours pelo seu pioneirismo e resultados de suas acertadas iniciativas e empreendimentos”, dizem Fiabci e Secovi. Em reconhecimento ao seu trabalho, os organizadores do prêmio Master lhe deram a láurea máxima do setor. Uma homenagem à trajetória de 64 anos da Carvalho Hosken, empresa com sede no Rio. “Receber o prêmio hors concours do Master Imobiliário é motivodeorgulhopeloquefizemos e um incentivo para o que vamos fazer”, diz Carvalho, que ainda possui área de 2,5 milhões de m² para novos projetos. A Barra da Tijuca, segundo os organizadores do Master, saiu em grande medida da imaginação e capacidade de realização do fundador da Carvalho Hosken. São exemplos disso a construção do Itanhangá Hills e o Atlântico Sul, sua estreia em condomínios de de alto padrão na década de 1970. Depois, vie-
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Premiação dupla
‘Essa láurea é motivo de orgulho e incentivo ao que vamos fazer. O Master para Ilha Pura é reconhecimento do projeto de alto padrão’ Carlos Fernando de Carvalho FUNDADOR DA CARVALHO HOSKEN
ram os bairros planejados Rio 2 (nos anos 1990), hoje com mais de 14 mil moradores; e a Península (em 2002), ainda hoje um dos mais luxuosos empreendimentos cariocas, com 12 mil. O Cidade Jardim, que terá novas fases de construção, já conta com 5 mil moradores. AIlhaPuraconquistouoMas-
ter de publicidade na categoria Profissional.O projetoestáavaliadoemR$2,5bilhões.Eoapartamento mais barato, com 90 m²,custa na faixa de R$ 800 mil. Segundo a Fiabci e o Secovi, o número de apartamentos que a Carvalho Hosken está construindo na Ilha Pura é o dobro do que o setor inteiro põe à venda anualmente na Barra. “Éoreconhecimentodagrandeimportânciado projeto dealto padrão que está sendo implantado”, diz Carvalho sobre o prêmio para a Ilha Pura. Início. Como empreiteira, du-
rante os anos 1960, a Carvalho HoskenrealizouobrasemBrasília, como o viaduto na estrada
de ferro Anápolis, as pontes sobre o Riacho Fundo e Córrego Guará, o conjunto residencial dos Industriários e 1.422 casas em Gama e Taguatinga. Foi na década de 1970 que mudou de direção rumo ao desenvolvimento imobiliário, construindo conjuntos residenciais no centro e zona sul do Rio. Na época, a zona sul apresentavasinaisdeesgotamento.Carvalho percebeu que o desenvolvimento da cidade se daria no sentido oeste. “Com o convite do então governador Negrão de Lima para que o urbanista Lúcio Costa fizesse o plano de ocupação da Baixadade Jacarepaguá,me voltei inteiramente para aquela
área, comprando terras e fazendo planos”, conta. Carvalhodiz quea infraestrutura feita para a Olimpíada vai acelerar o desenvolvimento da Barra, onde se realizará metade dosJogos,eapostanodesenvolvimento de uma nova centralidade, que vai do Centro Metropolitano até a Ilha Pura. “ABarrada Tijucarepresenta o futuro para o Rio”, diz. No Centro Metropolitano, a construtora implantou o Hilton Barra, o primeiro 5 estrelas da rede no Rio, inaugurado em abril deste ano. Ali, também construiuoShoppingMetropolitano, uma grande construção comacabamentonobre,eoprédio comercial Universe.
do empreendimento não só pelas unidades habitacionais como também pelo parque de 72 mil m² em construção e o entorno. Muita gente vai querer morar naquela maravilha. Aí ficará fácil comercializar.
l Qual sua avaliação sobre o cenário imobiliário do Rio?
ENTREVISTA Carlos Fernando de Carvalho, presidente da Carvalho Hosken
‘Já construímos 30 mil unidades’ DIVULGAÇÃO/CARVALHO HOSKEN
Construtora entrega 6 milhões de m2 desde a estreia com o Itanhangá Hills na década de 1970, afirma o fundador O presidente da Carvalho Hosken, Carlos Fernando de Carvalho, aparece no ranking dos bilionários divulgado semana passada pela Agência Bloomberg. É o 13º mais rico do Brasil, com fortuna de US$ 4,2 bilhões, segundo o Bloomberg Billionaires Index. Ele nunca havia aparecido em lista internacional de riqueza. “Tomara que eles estejam certos”, respondeu Carvalho por e-
mail. “Não tenho em caixa, pois tudo que ganhamos é reinvestido.” Carvalho já construiu e entregou 30 mil unidades habitacionais e comerciais desde os anos 1970, quando adquiriu 10 milhões de m² em terrenos na Barra da Tijuca. Ele ainda tem saldo de 2,5 milhões de m². São lotes em urbanização para novos projetos. Para efeito de comparação, o Parque Ibirapuera, em São Paulo, tem área de 1,5 milhão de m².
l Quantos unidades foram cons-
truídas pela Carvalho Hosken desde a década de 1970?
Desde a construção do Itanhangá Hills, a empresa já entregou 30 mil unidades habitacionais e comerciais, o que representa um total de 6 milhões de m² de construção. l Qual é o valor global de vendas
Na Barra. Carvalho tem 2,5 milhões de m2 para novas obras l Como estão as obras do Ilha Pura e quando ficará pronto?
O empreendimento está com 90% da obra realizada e será entregue para a Rio 2016 em 1º de março. Para os comprado-
res, depois do acabamento final, a previsão é fins de 2017. l Qual é o resultado das vendas iniciadas em outubro?
Lançamos a venda de uma parte pequena para teste de mercado. Foram 712 unidades, e vendemos 40%. Não temos pressa, a Olimpíada mostrará a beleza
lançado em 2014 e qual a previsão de VGV para 2015?
Em 2014, não lançamos nada. Prosseguimos a construção da Ilha Pura. Não temos previsão de VGV para 2015. Em 2017 colocaremos a venda as 3.600 unidades da Vila dos Atletas.
O Brasil vive crise que afeta todos os setores, com o imobiliário não é diferente. Em 2015, recrudesceu. Tenho esperança que a partir de 2016 o País volte à normalidade. Para a Carvalho Hosken, uma empresa patrimonialista, é mais cômodo enfrentar a crise. Os imóveis que não vendemos, alugamos. l Qual parcela dos 10 milhões de m2 adquiridos na Barra está disponível para novas obras?
Dos 10 milhões de m² adquiridos nos anos 1970, 5,5 milhões – área maior que Copacabana – foram doados ao município do Rio de Janeiro. Do saldo de 4,5 milhões de m² cerca de 2 milhões foram desmobilizados em edificações ou vendidos. O saldo de 2,5 milhões de m² são lotes em urbanização para serem construídos.
DIVULGAÇÃO / PDG
Empresas veem impulso com Jogos no Rio
Júri considera projeto de Niemeyer como um novo marco de Niterói As torres gêmeas, de 28 andares, com jardim suspenso no 12º piso, ganham Master de soluções arquitetônicas A PDG está construindo um complexo comercial composto de escritórios, mall e hotel assinado pelo arquiteto Oscar Niemeyer (1907-2012). “O empreendimento de estética diferenciada contribui sobremaneira para a valorização da obra e do seu entorno”, avalia a comissão julgadora do Master, que deuao projetoo prêmiode soluções arquitetônicas na categoriaProfissional, destacandoque se trata de “um novo marco” na paisagem urbana do centro de Niterói(RJ). A cidade abriga um conjunto de obras públicas concebidas por Niemeyer. O projeto, batizado de Oscar Niemeyer Monumental, terá torres gêmeas de 28 andares. Uma com 456 salas comerciais, de 19 a 63 m², e a outra com 35 conjuntos corporativos (de 98
a 229 m²), 14 lojas, bar e restaurante, além de hotel com 293 quartos. No12ºpavimento,osdoisblocossãoligadosporumapassarela, afirma o diretor regional da PDG no Rio, Claudio Hermolin. “Essalaje,comumaárea deconvivência e jardins, integra todas as unidades, incluindo o hotel voltado para negócios.” A imponência do jardim suspenso é apontado por Hermolincomo um dos diferenciais do projeto com fachada de formas curvase concreto aparente,que ocupa um terreno de 3,9 mil m² de frente para a Baía da Guanabara.O Monumentalseráerguido sobre pilotis – uma característica do Niemeyer – para deil
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“É uma honra receber esse Master, que vem coroar o orgulho e a grandiosidade que é desenvolver um projeto do Niemeyer” Claudio Hermolin DIRETOR REGIONAL DA PDG NO RIO
xar livre a vista da paisagem ao redor.O finaldasobrasestá previsto para setembro de 2017. “Para nós, é oportunidade única de desenvolver um projeto imobiliário privado feito por um ícone da arquitetura brasileira e mundial”, exulta o diretor da PDG. “É uma honra receber esse Master, que vem coroar o orgulho e a grandiosidade que é desenvolver um projeto do Niemeyer.” Engenheiro civil de formação,Hermolincontaque nolançamento disse aos arquitetos da PDG que eles deveriam se sentir honrados por colocar no currículo a oportunidade de desenvolver esse projeto. “Normalmente, os projetos de Niemeyer são para obras públicas como museus e sedes de governo”, explica. A primeira fase, comsalascomerciais,corporativas e lojas, ocorreu em abril de 2014.Segundo ocaseapresentado aojúri, mais de 200 unidades foram vendidas no primeiro mês. O lançamento do hotel, com a bandeira Ibis, foi em dezembro passado.
Monumental: Hotel e salas diante da Baía da Guanabara
O presidente da Carvalho Hosken,CarlosCarvalho, eo diretor da PDG, Claudio Hermolin, concordam que a Olimpíadadeugrandeimpulsoaodesenvolvimento da cidade do Rio. “O legado dos Jogos Olímpicos será para toda a cidade”, diz Carvalho. “Como previu Lucio Costanoseuplano,asTransoeste, Transcarioca e Transolímpica, que a prefeitura vem construindo, vão melhorar o fluxo e a acessibilidade, com menos tempo gasto pelo cidadão para ir ao trabalho e para casa.” Hermolin, da PDG, também destaca os investimento em infraestrutura, principalmente para mobilidade urbana. “São obras relevantes, que não pararam apesar da crise.” Ele cita a extensão do metrô até a Barra e os corredores de BRT (sigla em inglês que significa transporte rápido por ônibus), que, por exemplo,fazemligaçãoatéo aeroporto internacional do Rio. “E as obras do Porto Maravilha, que estão transformando a região portuária”, afirma. “São os principais legados dos Jogos.”