seminariocapitulo4

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Sabem qual é a razão pela qual o grupo de crianças num infantário é reduzido? E a razão pela qual exista um educador por cada duas ou quatro crianças?

A importância de uma boa coordenação, sem permanentes mudanças, recai no sentimento de segurança/confiança que as crianças sentem.


Linhas orientadoras da organização de uma programação diária e de rotinas de cuidados

 Criar um horário diário que seja previsível e, no entanto, flexível;  Incorporar aprendizagem ativa, incluindo apoio do adulto, em cada acontecimento e rotina de cuidados.

Criar um horário diário que seja previsível mas flexível

 Programação diária que seja organizada e consistente, mas suficientemente flexível;  Conhecimento do percurso do dia em termos genéricos;  Capacidade de modificar qualquer acontecimento para se adaptar às diversas necessidades de alimentação e de higiene.

A previsibilidade e a flexibilidade podem parecer contraditórias, mas num infantário, ambas andam de mãos dadas para a construção de um dia calmo, centrado na criança.


 Organizar o dia em torno de acontecimentos diários regulares e rotinas de cuidados;  Seguir consistentemente o horário-diário.

1. Chegada ao infantário;

6. Almoço;

2. Pequeno-almoço;

7. Sesta;

3. Tempo de escolha livre;

8. Tempo de grupo;

4. Tempo de exterior;

9. Tempo de escolha livre;

5. Tempo de grupo;

10.Saída do infantário.


Adaptação aos ritmos naturais e aos temperamentos das crianças.

Proporcionar uma transição suave entre uma experiência interessante e a que se segue.

Incorporar a aprendizagem ativa, incluindo o apoio do adulto em cada parte do dia

 Ser paciente com o intenso interesse das crianças em relação às coisas à sua volta;  Valorizar a necessidade da criança para a exploração sensoriomotora em cada acontecimento e rotina;  Partilhar o controlo do dia com as crianças, proporcionando-lhes oportunidades de escolha;  Estar alerta para as comunicações e conversas das crianças ao longo do dia;  Trabalhar em equipa de forma a dar apoio a cada criança ao longo do dia;  Observar as ações e as comunicações das crianças pela perspetiva das experiências-chave.


A Chegada e a Partida

Hora da Chegada vs. Hora da Partida  As crianças alargam o seu leque de confiança para além dos pais e da família.  As crianças aprendem a lidar com as chegadas e com as partidas de familiares e de amigos pela sua vida fora.

Mesmo que o infantário possua uma zona de entrada ampla para receber as crianças, não existe um sítio pré-estabelecido para as boas vindas e as despedidas.

Chorar

Sorrir

Gritar

Agarrar num boneco interessante

Bater Não largar as pernas dos pais Chuchar o dedo Evitar o contato visual Ignorar a mãe, o pai ou o educador

Observar com interesse outras crianças Dizer adeus à mãe ou ao pai Juntar-se a uma atividade que está a decorrer


Bebés (que não se deslocam) vs. Bebés (que gatinham/andam) vs. Crianças pequenas (mais novas) vs. Crianças pequenas (mais velhas)

O modo como os educadores apoiam as crianças no momento da chegada e da partida

 Dar as boas vindas e fazer as despedidas calmamente de forma a tranquilizar crianças e pais;  Reconhecer os sentimentos das crianças e dos pais acerca da separação e do reencontro;  Seguir os indícios das crianças sobre o querer entrar e sair das atividades do centro infantil;  Comunicar abertamente com as crianças sobre as chegadas e as partidas dos pais;  Trocar informações e observações com os pais sobre as crianças.


Dar as boas vindas e fazer as despedidas calmamente de forma a tranquilizar crianças e pais

A presença de um educador calmo e amigo pode ajudar as crianças e os pais a sentirem-se tranquilos e confiantes.

Reconhecer os sentimentos das crianças e dos pais acerca da separação e do reencontro

Sentir uma ajuda preciosa para começar a ganhar de novo uma certa estabilidade emocional.

Seguir os indícios das crianças sobre o querer entrar e sair das atividades do centro infantil

A criança ganha tanto controlo quanto possível sobre a situação mais vasta que é estar no infantário.


Comunicar abertamente com as crianças sobre as chegadas e as partidas dos pais

A forma de não tornar um mistério a vinda ou a ida dos pais, é encorajar a criança e os pais a estabelecerem um ritual de separação e de reencontro.

Trocar informações e observações com os pais sobre as crianças

Ver os pais à hora da chegada e da partida proporciona uma oportunidade aos educadores de trocarem informações sobre a vida das crianças, tanto na creche como em casa.

A Hora das Refeições

Bebés (que não se deslocam) vs. Bebés (que gatinham/andam) vs. Crianças pequenas

“As crianças mais novas estão num processo de desenvolvimento de atividades em relação às refeições, à experiência de comer que perdurarão pela vida fora. Num ambiente calmo e relaxante, formam atitudes positivas e aprendem competências sociais vitais.”


O modo como os educadores apoiam as crianças durante as refeições

 Segurar e prestar uma atenção plena ao bebé latente;  Apoiar o interesse dos bebés mais crescidos em comerem sozinhos;  Juntar-se às crianças na mesa das refeições;  Envolver as criança mais velhas na tarefa de por e levantar a mesa.

Segurar e prestar uma atenção pela ao bebé latente

Durante a alimentação do latente, o educador mostra-se disponível para interagir sempre que o bebé mostre interesse para isso.

Apoiar o interesse dos bebés mais crescidos em comerem sozinhos


Os educadores gostam de agarrar e dar de dar de comer a bebés, mas é importante que os deixem crescer e mudar.

O tempo dos cuidados corporais

 As rotinas dos cuidados corporais devem ser breves para os bebés e para as crianças ocorrendo com bastante regularidade;  As áreas de mudança de fraldas, de vestir e as casas de banho devem ser construídas de forma a serem facilmente lavadas, bem localizadas, cómodas para os adultos e agradáveis para as crianças.

Bebés (que não se deslocam) vs. Bebés (que gatinham/andam) vs. Crianças pequenas (mais novas) vs. Crianças pequenas (mais velhas)

O modo como os educadores apoiam as crianças durante as suas rotinas de cuidados corporais


 Integrar os cuidados corporais na exploração e brincadeira da criança;  Centrar-se em cada criança durante a rotina de cuidados;  Proporcionar à criança escolhas sobre partes da rotina;  Encorajar as crianças a fazer coisas sozinhas.

 A sesta proporciona o sono e o descanso necessários para o crescimento e o desenvolvimento das crianças sendo que, em termos fisiológicos, permite-lhes que o cérebro trabalhe no sentido de consolidar as mudanças maturacionais no sistema nervoso central;

 O sono ajuda a trazer-lhes, em muitos casos, a boa disposição de volta, fazendo com recarreguem energias físicas e emocionais para o resto do dia.


O modo como os educadores apoiam as crianças durante a sesta

 Programar a hora da sesta segundo as necessidades individuais de cada criança;  Ajudar as crianças a acalmarem-se para a sesta;  Proporcionar alternativas sossegadas para as crianças que não dormem;  Deixar que as crianças tenham vários estilos de acordar.

O Tempo de Escolha Livre

O que é?

 Tempo em que os bebés e as crianças podem investigar, explorar diversos materiais e ações e interagir com os outros colegas e educadores;  Proporciona às crianças um período de exploração e brincadeira com qualquer tipo de interrupções;


 Promove a consciência que os bebés e as crianças mais novas têm de si mesmas enquanto agentes que fazem algo, tomam decisões e resolvem problemas.

Os educadores poderão reconhecer o tempo de escolha livre como uma versão bebés-crianças pequenas do tempo de trabalho em que as crianças em idade pré-escolar desenvolvem atividades desenvolvidas por si próprias.

Bebés (que não se deslocam) vs. Bebés (que gatinham/andam) vs. Crianças pequenas (mais novas) vs. Crianças pequenas (mais velhas)

 Quando as crianças começam a crescer, a consciência de si própria e dos outros vai desenvolvendo-se e estas iniciam comportamentos sociais, como abraçar e fazer festinhas a outra criança demonstrando afeto, trazer um brinquedo ou um objeto de conforto a outra criança ou brincar às escondidas com os colegas.

O modo como os educadores apoiam as crianças durante o tempo de escolha livre


 Prestar muita atenção às crianças enquanto exploram e brincam;  Ajustar as ações e respostas do educador às indicações e ideias das crianças;  Desenvolver-se numa comunicação do estilo dar-e-receber com as crianças;  Apoiar as interações das crianças com os outros;  Utilizar uma abordagem de resolução de problemas aos conflitos sociais das crianças.

Prestar muita atenção às crianças enquanto exploram e brincam

Cabe aos educadores verem e compreenderem aquilo que as crianças estão a fazer de modo a proporcionar-lhes o apoio, encorajamento e tranquilidade de que necessitam à medida que estas se vão aventurando nas explorações do mundo físico e social.

Ajustar as ações e respostas do educador às indicações e ideias das crianças;


Quando os educadores têm em consideração e respondem às comunicações das crianças, estas ganham um sentido de controlo sobre o que está a acontecer.

Desenvolver-se numa comunicação do estilo dar-e-receber com as crianças

Os educadores devem encorajar a criança de forma a ser esta a contribuir livremente para cada interação, significando também corresponder aos contributos das crianças e não ignorá-los ou ultrapassá-los.

Apoiar as interações das crianças com os outros

Os educadores apoiam as interações entre pares de crianças proporcionando-lhes equipamentos que lhes permite brincarem lado a lado, como por exemplo, um escorrega, rampas e escadas largas, barcos de baloiço, cadeiras grandes e recantos com espaço para dois.


Oferecer às crianças pequenas mais velhas oportunidades de planear e recordar

 As crianças com 2, 3 e 4 anos de idade são capazes de planear, ou seja, pensar sobre acontecimentos futuros e passados bem como falar e descrever pensamentos.  A planificação com crianças mais novas baseia-se numa interação breve e íntima de um para o outro (perguntar acerca dos seus planos livres, ajoelharmo-nos junto da criança, etc.,).

Encorajar as crianças a arrumarem os materiais depois do tempo de escolha livre

 As crianças possuem características no seu desenvolvimento que lhes permite participarem na arrumação dos materiais;  As crianças não têm necessidade de serem minuciosas, pois mesmo que o espaço esteja bem organizado estas vão arrumar os materiais à sua maneira. Na arrumação dos brinquedos, o educador deve participar junto com as crianças.


Brincadeira no espaço exterior

 A brincadeira no espaço exterior é importante, pois permite às crianças expandirem as suas brincadeiras para um novo espaço.  É importante passar algum tempo diário num espaço exterior durante todas as estações, pois influencia positivamente o modo como as crianças dormem, sentam-se e comem. Os espaços exteriores devem ser concebidos de acordo com a faixa etária em questão.

O modo como os educadores apoiam as crianças no tempo exterior

 Proporcionar uma diversidade de materiais para o conforto e brincadeiras das crianças;  Proporcionar uma variedade de experiências a bebés pequenos;  Utilizar estratégias de apoio que sejam adequadas ao tempo de escolha livre;  Observar a natureza com as crianças;  Terminar o tempo exterior de forma tranquila.


Proporcionar uma diversidade de materiais para o conforto e brincadeiras das crianças

Os educadores devem ter sempre em conta que nem todos os bebés já se conseguem deslocar

Utilizar estratégias de apoio que sejam adequadas ao tempo de escolha livre

O educador necessita de ter uma atenção redobrada visto que os materiais tiveram de ser transportados para um novo meio.

O tempo de grupo


 O tempo que as crianças passam em grupo é muito importante e fundamental

para

a

sua

aprendizagem,

bem

como

para

desenvolverem a sociabilidade;  Os educadores reúnem os bebés mais crescidos e as crianças que têm ao seu cuidado para explorarem e brincarem com um determinado conjunto de materiais ou para fazerem parte de uma atividade comum;  Ajuda as crianças a construírem um reportório de experiências partilhadas a que podem recorrer quando brincam ou comunicam num estilo dar-e-receber durante os outros momentos do dia;  Não precisa de ocorrer no mesmo local, todos os dias.

O modo como os educadores apoiam as crianças no tempo de grupo

 Planear antecipadamente e proporcionar experiências ativas em grupo;


 Recolher materiais e oferecê-los às crianças;  Respeitar as escolhas e as ideias das crianças sobre a utilização dos materiais;  Fazer comentários breves e específicos sobre aquilo que as crianças fazem;  Interpretar as ações e comunicações das crianças para com outras crianças;  Deixar que as ações das crianças anunciem o fim do tempo de grupo.

FIM !


“ AUTORES: “

Ana Rita Alves Agostinho Beatriz Palha Jéssica Faial Marta Batista Sara Pedro Tatiana Pereira


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