PROJECTO INVESTIGAÇÃO ESCRITA CICLO DE LIÇÕES FAUP
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PRÁTICA(S) DE ARQUITECTURA
PROJECTO | INVESTIGAÇÃO | ESCRITA Presente a condição histórica de um lugar, de uma comunidade particular – o Porto – queremos tomar como referência a “aventura comum percorrida por três personagens” – Fernando Távora, Álvaro Siza, Eduardo Souto de Moura – e por um círculo variável de amigos. Uma experiência que partilhou, que partilha, o sonho de resgatar Portugal do seu isolamento e, ao mesmo tempo não renunciar à sua identidade histórica – projecção de uma prática da arquitectura que se libertou, que se liberta, das formas históricas, mas não do carácter profundo da sua cultura. Sinal e sedimento de uma identidade não linear, talvez sejam tão só a reunião de gestos de simplicidade de quem procura (procurou) processo e pauta para a elevação da cultura do lugar, para a transformação de uma paisagem – desassossegos da arte da casa-mãe, a Arquitectura. Arquitectura que é afinal um modo de aprender a modificar a circunstância criando nova circunstância, foi, tem sido, princípio e experiência, manifesto e espaço de uma cumplicidade mínima para (a)firmar um projecto para o ofício da arquitectura, estendido, transportado e traduzido, sem grande distância criativa mas com mágica convicção, como atmosfera festiva, como abraço instalador de prática de escola. Prática mansamente cultivada como escola hospitaleira e plural na evolução do “território da arquitectura”. Mas na agitação dessa condição ou na inteligibilidade desse processo, temos como seguro que os passos de hoje ou próximos interseccionam, atravessam, tocam diferentes confabulações e derivações, cruzamentos e desvios. Hoje, sabemo-lo bem, aquela aventura serve a muitas outras hospitalidades, de muitos outros lugares, de muitos outros praticáveis de conhecimento e desenho, de es-
tudo e investigação, de ensino e aprendizagem. É que em boa verdade “fazer um projecto é construir uma distância objecto-sujeito para, nesta distanciação, inventarmo-nos a nós próprios e, simultaneamente, o projecto”. Hoje, talvez seja instrutivo e operativo aceitar que projecto, investigação, pensamento são estações problemáticas na agitação do argumento e na manifestação de sentido da marca “Escola do Porto”. Hoje, talvez seja exigência: libertar o projecto na evolução da arquitectura enquanto encontro controverso entre prática disciplinar e experiência artística – criação, pensamento, conhecimento; averiguar, problematizar na investigação sobre a capacidade propositiva da arquitectura para a definição de lugares, a produção de significados, a sinalização de uma linguagem; tematizar, aprofundar na história o sentido de fundação, de perturbação, de (in)fidelidade do que o que aqui se foi proporcionando e partilhando como arquitectura, como escola, como lugar. Criação, pensamento, conhecimento são, seguramente, condição-disponibilidade de acolhimento do outro: gestos de simplicidade de quem prossegue processo e pauta para desassossegos da arte da casa-mãe – a Arquitectura – na transformação de uma paisagem. À mobilidade dos significados e à complexidade dos materiais que se oferecem à construção da arquitectura, de que forma servir criativamente o destino desta como expressão e projecção física da imaginação, como experimentação e experiência, como conhecimento e acontecimento, sem subverter a sua “coerência aventurosa” pela manipulação arbitrária e/ou abusiva da complexidade dos materiais que a movimentam, que a constroem?
Porto, Fevereiro de 2012 Manuel Mendes
BIOGRAFIA
Gonçalo Esteves de Oliveira do Canto Moniz nasceu no Porto a 30 de Janeiro de 1971. Licenciou-se em Arquitectura pelo Departamento de Arquitectura da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra, em 1989/1995, onde realizou as Provas de Aptidão Pedagógica e Capacidade Científica em Fevereiro de 2003. Desde 2006 está inscrito no Doutoramento com o tema “O ensino da Arquitectura em Portugal” na área da Teoria e História da Arquitectura, com a orientação dos professores doutores Alexandre Alves Costa e José António Bandeirinha, no Departamento de Arquitectura da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra. Foi monitor da disciplina Projecto I (2º ano) no Departamento de Arquitectura da FCTUC entre 1995 e 1998, com regência do Prof. Doutor Alexandre Alves Costa e assistente estagiário de Projecto II (2º ano) no Departamento de Arquitectura da FCTUC entre 1998 e 2003, com regência do Prof. Doutor Alexandre Alves Costa.
Desde 2003, é assistente de Projecto I (1º ano) no Departamento de Arquitectura da FCTUC, com regência do Prof. Doutor José António Bandeirinha. Foi o arquitecto responsável pela biblioteca do Departamento de Arquitectura da FCTUC entre 2001 e 2004. É editor da editorial e|d|arq do Departamento de Arquitectura da FCTUC e membro da Comissão Editorial da e(d)arq. Foi investigador do Centro de Estudos de Arquitectura da FCTUC, entre 1998 e 2007. É investigador do Núcleo de Arquitectura e Urbanismo do Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra, desde 2007. Tem publicado artigos sobre a Arquitectura Moderna em Portugal, nomeadamente sobre os equipamentos liceias e o ensino da arquitectura, sendo autor do livro “Arquitectura e Instrução: o projecto moderno do liceu, 1836-1936” (e(d)arq, 2007).
BIBLIOGRAFIA SELECCIONADA MONIZ, Gonçalo Canto (2011), “O Ensino Modernos da Arquitectura. A Reforma de 57 e as Escolas de Belas-Artes em Portugal (1931-69)”, Tese de Doutoramento, Coimbra, Universidade de Coimbra. MONIZ, Gonçalo Canto (2011),”A Cidade dos Equipamentos de Ensino”, in Rui Ramos (org.), Leituras de Marques da Silva. Porto: Fundação Instituto José Marques da Silva, 122-131. MONIZ, Gonçalo Canto (2011), “Património e Ensino: Os projectos de ampliação da E(S)BAP [1911-2011]”, Património em Construção. Lisboa: LNEC MONIZ, Gonçalo Canto (2010), “Ensino Moderno da Arquitectura: Currículo, Pedagogia, Edifício, Arquitectura 21”, 13, 60-65. MONIZ, Gonçalo Canto (2010), “A formação social do arquitecto: Crise nos cursos de arquitectura”, 1968‑1969, Revista Crítica de Ciências Sociais, 91, 59-76 MONIZ, Gonçalo Canto (2009), “Arquitectura do Barco: Cultura marítima no ensino da ESBAP (1958/591968/69)”, in Álvaro Garrido, Francisco Alves (org.), Octávio Lixa Filgueiras: Arquitecto de Culturas Marítimas. Lisboa: Âncora Editora, 38-56 MONIZ, Gonçalo Canto (2008), “The Portuguese “May 68”: Politics, Education and Architecture”, European Journal of American Studies, Special Issue on May 68, on-line. MONIZ, Gonçalo Canto (2008-11-21), “Modern education and the education in transformation of the modern: the experience of the Masters Degree in ‘Rehabilitation of the Built Environment “in Dirk van der Heuvel et al (org.), The Challenge of Change. Dealing with the Legacy of the Modern Movement. Amesterdão: IOS Press, 301-306. MONIZ, Gonçalo Canto (2008), “O ensino da arquitectura segundo Távora: intervir no Moderno”, Renovar-se ou Morrer?. Barcelona: Docomomo Ibérico, 157-162.
THE PORTUGUESE “MAY 68”: POLITICS, EDUCATION AND ARCHITECTURE. Introduction By 1968,1 Portugal had been living for 42 years under authoritarian regimes, for 35 of those years under the Estado Novo regime led by António de Oliveira Salazar, a former law professor at Coimbra University.2 During the 1960s Salazar’s authority was weakened, and in September 1968 he was replaced, ostensibly for health reasons, by Marcelo Caetano. This transition raised expectations for greater freedom in Portuguese society, but these hopes would only to be realised by the revolution of April 1974. Students at Porto, Lisbon and especially Coimbra Universities played a central role in opposing the authoritarian regimes, a role which was triggered as much by domestic political developments (the presidential elections of 1958) as by influences from abroad (the student protests in Paris in May 1968). This article will examine the background to the student reform movement, and the contribution made to it by the students of the Escola Superior de Belas Artes do Porto (ESBAP), the leading Arts School in Portugal. Groups from ESBAP supported the Coimbra students’ demands for university autonomy in 1962, and later, from August 1968 onwards, they linked up with faculty and initiated a movement for reform at the Arts school itself. As a result, the architecture department was closed at the end of 1969, to be revived in April 1970 with an experimental apparatus jointly run by lecturers and students.
THE “EXPERIMENT”: MAY 68 AT THE ARCHITECTURE SCHOOL IN PORTO
(Gonçalo Canto Moniz; The Portuguese “May 68”: Politics, Education and Architecture, “European journal of American studies“ (Online), Special issue /2008, p.2.)
This paper is part of a PhD project entitled “The architectural education in Portugal”, supported by a FCT PhD Scholarship. 1
On 28 May 1926, a military coup suspended the Republican Constitution of 1911. In 1928, Salazar became Finance Minister under President General Óscar Carmona, and in 1933, as prime minister, he put forward a new constitution called the New State (Estado Novo). Democracy would only return with the 25 April 1974 revolution. The nature of these right-wing governments (1926-1974) has been discussed by scholars, who debate whether they were dictatorships, fascist or authoritarian regimes. See António Costa Pinto, Salazar’s Dictatorship and European Fascism (New York: East European Monographs, 1996) and Dawn Linda Raby, Fascism and Resistance in Portugal 1941-74 (Manchester: Manchester University Press, 1988), translated into portuguese by Beatriz Oliveira, A Resistência Anti-Fascista em Portugal 1941-74 (Lisboa: Edições Salamendra, 1990). 2
(Gonçalo Canto Moniz; The Portuguese “May 68”: Politics, Education and Architecture; “European journal of American studies“ (Online), Special issue /2008, p.7 a 11.)
Figure 1 “A Fuga” (The Flight), Architect-teachers leaving ESBAP. Drawing by the students José Gigante and Francisco Barata, 1969. Archive of Domingos Tavares
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José Marques da Silva studied architecture at the École des Beaux-Arts de Paris between 1889-1896, and in 1932 as Dean of the Escola de Belas Artes do Porto he introduced the beaux-arts system as part of the reform of the architecture schools. 3
The school’s teachers, such as Fernando Távora and Octávio Lixa Filgueiras, worked with the Enquiry into Portuguese Popular Architecture between 1955 and 1960, published by the National Union of Architects in 1961. 4
Student teamwork by Camilo Cortesão, José Luis Carvalho Gomes et al., “Valongo, estudo para um plano”, Urban planning, ESBAP, 1971-72, archive of the Faculty of Architecture, Porto University. 5
English architecture was taught by Denys Lasdun in Porto (1963) and was reported on in Architectural Review. 6
The SAAL (Serviço Apoio Ambulatório Local) programme built low-cost housing with the participation of local inhabitants. See José António Bandeirinha, Processo SAAL e a Arquitectura no 25 de Abril de 1974 (Coimbra: Imprensa da Universidade, 2007). 7
Probably the most interesting experiment in democratic education during the Estado Novo took place at the ESBAP architecture school. This was only possible due to the relationship between faculty and students carefully built up by the Director, Carlos Ramos. The well-known “Porto School” and its relevance for contemporary architecture is a product of those critical and intense days of the “Experiment”. In 1958 a reform of architectural education was introduced with a view to replacing the French Beaux-Arts system that had been imported from Paris by Portuguese scholars.3 A “modern” paradigm was adopted in its place, using interdisciplinarity and a focus on scientific and technical ability. The new curriculum built on existing approaches to architecture which made use of the sociology of Chombart de Lowe and Henri Lefebvre, focusing on the relationship between architecture and the human habitat.4 From this point on, social problems became the architecture students’ problems. Housing, schools, student hostels, markets, industries or urban space were now the object of debate, research and design in architects’ education: “What matters is to learn the specificity of the urban process in its interrelations with the class struggle.”5 At the Architecture School in Porto, the new curriculum was introduced around three streams with distinct but complementary objectives. The first stream was split into two parts: a central subject – Analytical Architecture – where analytical studies of problematic urban areas were developed through the method of “urban enquiries,” and a focus on science taught at the Science College (which was not popular among the students and caused much resentment). The second stream was strongly based on the practice of architectural design through the subjects of Architectural Composition and Building. This was complemented by a solid theoretical education in Theory and History of Architecture, where the above-mentioned readings of the sociologists about space and society were merged with discussion on Enrico Tedeschi’s Theory of Architecture (1962) and the British ‘New Towns’.6 The third stream’s focus was on issues arising from Urban Planning and the application of different levels of design (from the Urban Project to the Master Plan). This approach therefore sought to unite analysis and practicality, science and humanity, art and technique, and architecture and urbanism. It supplied a generation of trainee architects and planners with instruments to intervene in resolving the housing situation through, for example, state programmes such as the SAAL which was introduced immediately after 25 April 1974.7 It also provoked a critical attitude among the student body, many of whom channelled their desire for change into political organisations and related activities such as film-clubs and associations.
ESBAP 1: BUILDING A STUDENT MOVEMENT
The Exposição Magna, Grand Exhibition, was one of dean Carlos Ramos’s ideas for connecting the architecture school more closely with society. Ramos was dean of ESBAP between 1952 and 1967. 8
Alexandre Alves Costa, “Tomada da Bastilha”, ESBAP 1, January 1962, 8. 9
Arnaldo Araújo, ESBAP 1, January 1962, 5. This was first published in Boletim da Antiga Associação de Estudantes da Escola de Belas-Artes do Porto (November 1954). 10
“Depois da Reforma. Depoimento dos alunos da ESBAL”, Arquitectura 72 (1961), 37-41. 11
Carlos Morais, “A crise do Jovem na Universidade”, ESBAP 1, January 1962, 12. 12
Comissão da Pró-Associação, Repport (9 December 1964), archive of Pedro Ramalho. 13
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In 1962 students published the first number of the ESBAP bulletin, and it is noteworthy that many were involved in the demonstrations of the Storming of the Bastille (25 November 1961), the First Student National Meeting (9 March 1962), Student Day (24 March 1962), and in solidarity with the ensuing strike of Coimbra students. ESBAP 1 published, on the first page, an extract from the Director’s speech at the opening of the X Exposição Magna in the presence of the Minister for National Education.8 During that ceremony, students’ high failure rates at the Science College were pointed out as being a pedagogic problem which should be solved by a new reform. Alexandre Alves Costa, a 4th year student, authored an article on the participation of ESBAP students at the Storming of the Bastille: “we think such participation [in student meetings] would be extremely advantageous for all of us. Defending true university comradeship, we could learn a lot in Coimbra, defending a true university culture for our own benefit. As young people we could learn to act in an authentic and healthy way.”9 ESBAP 1 also included a short text by Arnaldo Araújo, professor of Theory and History of Architecture, written when he was a student in 1954 for the bulletin of the old Student Association of ESBAP: “To associate is to share, to give and to receive, to think, to feel and to act. To associate is to be aware.”10 From the Lisbon Architecture School (ESBAL) came further encouragement for students’ associative activity: “Every student should acknowledge that academic life is community life which, while ensuring certain benefits, also imposes specific obligations.”11 Finally, appealing to students’ political awareness and to their capacity for action, in “The youth crisis at the University” Carlos Morais referred to “the trio crisis-youth-university,” emphasising the mission of the university and the role of students in its construction.12 In 1964 the students set out the statutes of the ESBAP Student Association, profiting from the liberal atmosphere allowed by Director Carlos Ramos. Ramos carefully mediated with the students to avoid conflict, under the watchful eye of the PIDE. The statutes were a way to consolidate the student organisation, and at a general assembly on 15 April 1964 the students elected an Association Commission which, with the authorisation and support of Ramos, analysed the statutes and submitted them for the appreciation of the Minister for National Education.13
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ESBAP 2: BUILDING A NEW DIDACTIC FORM In June 1968 the ESBAP Student Association (still being created) published a second bulletin. The first article was entitled “Without a free youth there is no responsible youth,”14 and the bulletin included a section on “International Student Events” to “inform every student of what is going on with our foreign colleagues.” It added: “All these movements that are spreading through a large part of the world… have some analogies.”15 ESBAP 2 included information on the events at the Universities of Turin and Rome,16 and the crisis of May 68 in France was covered in an interview with a student recently returned from Paris.17 In Italy students demanded that “students’ education should be the centre around which all the University didactic structures are organized,” leading necessarily to “a completely new didactic experience based on this principle.”18 As a result, organic forms of knowledge would be created: “a counter course … that consists of a deep and conscious maturity of choice from the students.” This new didactic form had already been articulated by architecture students in 1964 when they closed down all nine Italian architecture schools, as reported at the time in the magazine Casabella.19 On events in Paris, ESBAP 2 interviewed Carlos Araújo, who described how “in these last few weeks, young people have been demonstrating almost every day, demanding an end to the Vietnam War, political freedom in countries with totalitarian regimes, etc., etc., all of which was supported by the population and without any interference from the police.”20 In the university “an obvious fact was the union between teachers and students, since all of them demanded the reform of an education system which was not meeting their legitimate expectations.”21 Students rejected the teaching system, demanding in its place student self-management and “the democratisation of education” and refusing “the life-style” of French society. According to Araújo, the students took the crowds with them, from workers to the common citizen, and French youth as a whole “became aware of its value and claimed its position.”22 ESBAP 2 was probably one of the first student newspapers to discuss the events in France, since censorship restricted the reporting of the mainstream media. In late August 1968, heavily influenced by the news from Czechoslovakia concerning the Soviet invasion, the lecturers of the Architecture Course of ESBAP assembled for a political meeting. In a letter to the minister they explained “the discouragement and the exhaustion that have been felt in this school”, including the attending of classes both at the School and at the University, and in the recruiting of lecturers.23 Faculty members asked for a revision of their contracts and the creation of a working group to promote an improved pedagogic approach,24 faced as they were with the imminent “extinction of the School … in a period of a lack of [professional] values and a crisis of conscience, with the resulting national impact on the young masses.”25 Students took advantage of these demands by the faculty and proposed that “classes in this course should be replaced by school meetings.”26 This went ahead, with either general meetings or smaller panels taking place almost every day between 17 October and 3 December. On 2 November, at one of these meetings, a petition was signed asking for the “transfer of the subjects taught at the Porto Sciences College to the School … access to the 3rd year without having passed three subjects and the utmost freedom for trainees.” On 16 November, this petition was personally handed to the Minister for National Education, who suggested that it should be discussed during a meeting at the ESBAP three days later. Students, teachers and the minister took part in this meeting at the Aula Magna in ESBAP. The students presented the same petition again, emphasising the need for functional autonomy and supporting their faculty in their claim for the lecturing body to be reviewed. The lecturers, in agreement with their students, reinforced the “three most relevant aspects – career, economic problems and research” and asked for “permanent experimentation” and financial support for the Architecture Study Centre. The minister, an expert in handling conflicts, made a speech about the role of the school in society, stating that “more important than teaching at school is the communal learning of the population” and about the importance of the school as part of the university, exalting the “true university” climate that was felt at ESBAP. He finished the meeting without making any commitments. For the rest of the academic year, faculty and students deliberated on the existing situation and prospects for the future. On the one hand, during the various general meetings, students produced further declarations with demands addressed to the minister and criticism of police repression at Porto University in March 1969. On the other hand, after countless meetings from May 1969 onwards, the faculty took a firm attitude and declared their non-availability to teach during the 1969-70 academic year. The comments of many of them are revealing: Fernando Távora felt “disenchantment”; Arnaldo Araújo “does not find a convincing or, at least, encouraging perspective to continue at the School”; Álvaro Siza, “considering it advantageous for some teachers to have a
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Mário Sacramento, “Sem juventude livre não há juventude responsável”, ESBAP 2, June 1968, 1. 14
ESBAP 2, “Informação sobre os movimentos internacionais estudantis”, June 1968, 4-5. 15
Alberto Friedman, Frederico Avanzini, “O que é que querem os estudantes? Como podem agir?”, ESBAP 2 (...) 16
Carlos Araújo, interview, “Os acontecimentos estudantis franceses”, ESBAP 2, June 1968, 4-5. 17
Alberto Friedman, Frederico Avanzini, “O que é que querem os estudantes? Como podem agir?”, ESBAP 2, June 1968, 4. Students occupied the Campagna Palace in Turin and implemented self-management at the Law School in Rome. 18
“Debattito sulle scuole di Architettura in Italia”, Casabella Continuità 287 (May 1964). 19
20
Carlos Araújo, interview, 4.
21
Ibid., 5.
22
Ibid., 5.
Letter from the ESBAP School Council to the Minister for National Education (August 1968), archive of Pedro Ramalho. 23
The Minister for National Education allowed pedagogic experiments according to Decree-Law no. 47,587 of 10 March 1967. 24
Letter from the ESBAP School Council to the Minister for National Education (August 1968), archive of Pedro Ramalho. 25
Letter from the ESBAP Student Association to the Dean of ESBAP (4 November 1968), ibid. 26
6
Letter from Octávio Lixa Filgueiras to ESBAP Teachers (16 July 1969), ibid. 27
ESBAP Students, “A situação na Escola de Belas Artes”, 25 November 1969, ibid. 28
Diário de Notícias, “Professores e estudantes dirigem no Porto (em regime experimental) a Escola de Belas-Artes”, 18 April 1970, 1. 29
Professores Octávio Lixa Filgueiras, Fernando Távora, Jorge Gigante and students Ricardo Figueiredo, José Garrett, Rui Louro. 30
Letter from Coordinating Committee to the Minister for National Education (1 April 1970), archive of Alexandre Alves Costa. 31
Report from Coordinator Commission to Minister of National Education (25 July 1970), ibid. 32
33
Ibid.
Paulo Varela Gomes in Páginas Brancas (Porto: FAUP, 1991), 21. 34
liberal profession, thinks that, under the present conditions, it is impossible to reconcile these two aspects, which for him are essential.” Octávio Lixa Filgueiras stated he was unwilling to continue, “so it is legitimate to claim to know the meaning of this collective, albeit unorganised, need to leave.”27 At the end of 1969 the ESBAP Architecture Course was closed down: “There are no teachers, there are no classes, there are no under-graduates”.28 Students directed a new petition to the minister requesting “functional autonomy,” and they informed the press about the breakdown of education at the School. In January 1970 the Porto District Governor mediated discussions between the faculty and the new Minister for National Education, Veiga Simão. Eventually, lecturers agreed to return to work, since “a School has to be based on the principle of teamwork, in which criticism will constitute the rule of a process of creativity.” On 4 April 1970 the Minister authorised an “Experimental Regime” until July, awarding functional autonomy to the Architecture Course at ESBAP. On 18 April the newspaper Diário de Notícias headed its first page with “Teachers and students manage (on an experimental basis) the Fine Arts School in Porto” and published an interview reporting the “unusual” pedagogic activities taking place there.29 The Architecture Course became the responsibility of a Coordinating Committee, consisting of three teachers and three students.30 The Committee reduced the number of subjects (which had prevented “the existence of a backbone”),31 abolished the absentee system, and introduced a three-part study plan: A – Architecture, B – Mathematics, C – Parallel Subjects. Group A covered, under the heading “School of Architecture”, the areas of composition, building, structures and urban planning, and was a group exercise involving cooperation between faculty and students. The Experimental Regime ended on 29 July 1970. An evaluation report was written, and a future plan, entitled “Project for the basis of the re-organisation proposal for 1970-71,” laid the focus on developing a student’s personality and critical awareness, and developing autonomy and responsibility through teamwork, joint school management, and students’ control over their own education. Courses should have an identical structure from the 1st to the 6th year, with only four subjects: Drawing, Urban Planning, Building, and Theory. These were organised in “departments directed by architecture teachers, with expert assistance, gathering together some areas now scattered among different subjects.”32 Students would be grouped in curricular years and could also organise work groups with students from different years, to be evaluated by commissions of faculty and students. These changes represented a return to the basic study of architecture and, as the document claimed, to the tradition of the Architecture Course that existed prior to the 1957 reforms.33 In this way the School was no longer using a teaching model based on the French model (where in 1968 Architecture was taken out of the École des Beaux Arts), but aimed “to renew itself based on its own traditions.”34 The experimental regime remained in place until 1974, but it was undermined by the Ministry, which gradually shifted responsibility for School management back to the Director.
Figure 2 Requiem for an Experiment, 1971-72. Archive of José Gigante.
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Students understood that the Experiment was dead, and ‘buried’ it with theatrical happening known as the “Requiem for an Experiment.” It became a lasting symbol of a democratic school, a “school for people” that inspired the creation of the Faculty of Architecture at Porto University after 1974.
LEGACY: THE DEMOCRATIC UNIVERSITY
(Gonçalo Canto Moniz, The Portuguese “May 68”: Politics, Education and Architecture, “European journal of American studies”(Online), Special issue /2008, p. 11)
Figure 3 Faculty of Architecture at Porto University (1986-1992), designed by Álvaro Siza.
With the coming of democracy in 1974 (and eventual membership of the European Union in 1986), the university system has gradually been opened up for the mass enrolment of students. State universities spread throughout Portugal with European funds, the polytechnic system developed technical education, and the private universities opened their classrooms to every student who was able to pay. Such rapid quantitative development brought many problems for the maintenance of qualitative standards in the education system, and the adaptations required by the Bologna Process (the EU’s directive to harmonise curricula and education methods in all universities by the end of 2010) are causing major difficulties. The Associação Académica de Coimbra is still protesting against “the destruction of State universities,” although the last major student struggle was in the 1990s against the payment of tuition fees. Today, in the government and in the opposition, we can find some of the activists from 1962 and 1969; the leader of the parliamentary group of the Socialist Party is the student who showed “lack of respect to President Tomás” in April 1969. The Porto Architecture School is now within the university system and is one of thirty Portuguese architecture schools; the current Director is the student who drew the oppositional cartoons in 1969. The School building, with a courtyard open to the city as a metaphor for the democratic process, is an icon of Portuguese architecture designed by Álvaro Siza, one of the leading teachers of the 1969 protests. Has the spirit of protest survived? For those involved, it has never gone away. In 1983 Alexandre Alves Costa, twenty one years after editing ESBAP 1, declared this in a debate entitled University Youth and the Future: The reason for the struggles of the past is rooted in the present of the men who fought them, and that present, in spite of different historical conditions, is also ours.35
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Alexandre Alves Costa, “A Juventude Universitária e o Futuro” in Textos Datados (Coimbra: e|d|arq, 2007), 226. This is from a lecture given during the debate “A Juventude Universitária e o Futuro”, Porto, ESBAP, 1983. 35
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Gonçalo Canto Moniz, Universidade de Coimbra Tradução livre da comunicação de Gonçalo Canto Moniz a 21 de Abril de 2007, na sessão “Educaciones”, moderada por Gonçalo Byrne, integrada no VI Congreso Docomomo Ibérico, organizado pela Fundación do_co,mo.mo_ibérico (documentación y conservación de la arquitectura y el urbanismo del movimiento moderno) http://www.arquitectosdecadiz.com/web%20docomomo6/nm/spa/video5.html
“O ENSINO DA ARQUITECTURA SEGUNDO TÁVORA: INTERVIR NO MODERNO.” (…) Começo com uma citação do arquitecto Fernando Távora: “O passado é uma prisão de que poucos se sabem livrar airosamente e produtivamente. Vale muito, mas é necessário olha-lo não em si próprio mas em função de nós próprios” A problemática da intervenção crítica no espaço construído, resulta do encontro no início da década de 40 de Carlos Ramos e Fernando Távora na Escola de Belas Artes do Porto: o primeiro enquanto professor, o segundo enquanto estudante. Até aqui estava pateada uma forte consciência da importância da conservação em monumentos históricos consagrada por exemplo na intervenção do arquitecto e arqueólogo Sidónio da Silva durante todo o século XIX na reforma do ensino da arquitectura de 1911, na actividade de instituições públicas responsáveis pela conservação de monumentos nacionais como a Direcção Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais. No entanto, o debate estava ainda ancorado na questão da unidade de estilo, evocando Ruskin e Viollet-le-Duc. Na passagem desta atitude romântica oitocentista para a inclusão do passado no lado do projecto, viria-se a consolidar na segunda metade do século XX como reacção crítica ao movimento moderno. Fernando Távora é, em Portugal, o protagonista desta consciência. O ensino de Carlos Ramos é o problema da Casa Portuguesa. Távora frequenta a escola de Belas-Artes a partir de 1941, um ano após a entrada de Carlos Ramos como professor da cadeira “Arquitectura”. Ramos substitui Marques da Silva, um arquitecto oitocentista, e substitui também o ensino académico, abrindo a escola a outras metodologias de ensino referenciadas nas ideias de Walter Gropius registadas no seu texto “Plano para um Ensino na Arquitectura” que Ramos traduz para português, onde propõe para a escola de Harvard uma revisão do modelo de ensino da Bauhaus. Progressivamente Ramos introduz as propostas de Gropius, uma valorização do método de projecto, uma coordenação dos diversos saberes, a concepção tridimensional do espaço, a aproximação entre projecto e construção promovendo a obra, o urbanismo, o trabalho de equipa, o estudo da Arquitectura, da história da Arquitectura, a experiência profissional dos professores, e uma escola de pequenas dimensões. Ramos garantiu assim a sedimentação de um espírito de abertura ideal em todo o corpo escolar, num contexto de um ensino vigiado e do seu próprio estatuto delegado de um governo ditatorial. O curso de Távora estava marcado pela vigência do modelo Beaux-Arts, onde se estudavam as ordens clássicas mas incluindo já a resposta a problemas concretos, próximos dos programas relacionados com a prática profissional de Carlos Ramos, como equipamentos hospitalares e escolares. Em 45, prestes a concluir o curso, Fernando Távora publica o seu texto inicial “O Problema da Casa Portuguesa”, onde clarifica a sua adesão aos princípios modernos e reage a uma perspectiva informativa da história, herdada do academismo oitocentista. Távora escreve: “Ei-los agarrados à história, ei-los agarrados a uma falsa interpretação da Arquitectura Antiga para resolverem questões bem presentes e bem vivas”. E propõe uma perspectiva mais operativa ou formativa da História. “A História vale na medida em que pode resolver os problemas do presente e na medida em que se torna um auxiliar e não uma obsessão” À questão da história, Távora associa também a Arquitectura Popular. E sobre as duas escreve: “É indispensável que na história das nossas casas antigas e populares se determinem as condições que se criaram e desenvolveram, sejam elas condições da terra, sejam elas condições do homem, e se estudem o modo como os materiais se empregaram e satisfizeram as necessidades do momento. A casa popular fornecer-nos-á grandes lições pois ela é a mais funcional e a menos fantasiosa” Távora é assim, juntamente com Keil do Amaral, o primeiro a justificar a necessidade de realizar um estudo sobre a arquitectura popular de Portugal que será consagrado no congresso de 1948 promovido pelo sindicado dos arquitectos. Do congresso sairá também a decisão maciça aos princípios modernos como reacção à arquitectura oficial do Estado Novo. Sendo aliás neste contexto que Távora conclui o seu curso em 1952 com a presentação do seu projecto de CODA a famosa “Casa sobre o Mar”. N’ “O Inquérito à Arquitectura Popular em Portugal”, de 1953, Távora percorre a zona Norte do país, em que é coordenador. Procurando o funcionalismo das arquitecturas populares, explorando uma terceira via para a arquitectura moderna. A inclusão do popular na arquitectura moderna, expressa de forma exemplar no mercado de vila da Feira (1953-1959), será de imediato apresentado no CIAM de 1959, em Otterloo. Colocando-se Távora em sintonia com os italianos Giancarlo
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PRÁTICA(S) DE ARQUITECTURA PROJECTO, INVESTIGAÇÃO, ESCRITA
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GONÇALO CANTO MONIZ
De Carlo, Ernesto Rogeres e principalmente Bruno Zevi. A partir de 1951, é assistente de Carlos Ramos na cadeira de Arquitectura, com Octávio Lixas Filgueiras, José Carlos Loureiro e Arnaldo Araújo. Ao longo da década de 1960 e 1970, os exercícios de projecto aproximam-se dos problemas quotidianos como as habitações, os campos de ténis, o mercado, a casa do chá, ou uma escola primária, coincidindo agora com os projectos em cursos nos escritórios dos assistentes de Carlos Ramos. Exercitam-se os programas de carácter privado, mais próximos dos pequenos atelieres e abandonam-se os grandes programas públicos. A reforma de ensino de 1957, protagonizada por Carlos Ramos, tem como objectivo a integração da arquitectura no espírito científico da universidade, aproximando-se das trocas europeias através da inclusão no currículo do curso das áreas da Matemática, da Geografia e da Medicina. O grupo de disciplinas de Arquitectura do primeiro grupo incluía, para além da disciplina “Composição”, que é Projecto, a “Arquitectura Analítica”, onde se articulavam os aspectos socias do habitat, a Teoria e História da Arquitectura, onde se propõe um novo entendimento da História, e da conjugação das três Artes, onde se relaciona a Arquitectura com a Pintura e a Escultura. A Teoria e a História da arquitectura, separada agora da História da Arte, é lecionada pelos professores de Projecto, como Távora, abandonando-se os manuais e estabelecendo uma plataforma de debate onde se discute a Arquitectura a partir da análise historiográfica e tipológica dos edifícios e das cidades das diversas épocas. A revisão do moderno e a “Teoria Geral da Organização do Espaço” No ensaio “Da organização do Espaço” apresentado em 1962 (a sua prova para professor) Távora segue a tradição dos arquitectos teóricos, fundamentando a sua prática e organizando as suas preocupações teóricas que já vinha desenvolvendo em diferentes textos. “Da organização do espaço” passa a ser o seu tema de trabalho no atelier, mas também na aula de projecto, e principalmente na aula de Teoria e História da Arquitectura, que vira mais tarde a denominar-se de “Teoria Geral da Organização do Espaço”. Evitando grandes narrativas, até porque já não estávamos no tempo delas, Távora fixa neste livro a sua relação com o Moderno. E constrói um conjunto de reflexões que se irão constituir como o seu suporte pedagógico. Sobre o método Preocupado com a relação entre a obra e a vida, Távora encontra no conhecimento, enquanto História e Memória o fundamento para a sua Arquitectura. O Conhecimento constitui-se assim como método de Projecto e de Ensino, recusando o Estilo e a Forma como ponto de partida, caminha de particular, ou seja, da circunstância para a generalidade, pegando nas partes para construir o todo. Diz Távora “Em cada momento, ou em cada projecto, trata-se de saber que parte da circunstância há que seguir e que parte temos de duvidar, ou mesmo contradizer.” Sobre o Espaço A partir do conceito moderno do espaço constrói a ideia de Organização do Espaço, para e pelo Homem. Afastando-se de uma perspectiva mecanicista e abstracta, e aproximando-se de uma perspectiva humanista e realista que promove a integração hierarquizada e correcta de factores. Neste sentido, vem a valorizar todas as dimensões do espaço, alertando que o espaço vazio é tão importante como o espaço que está construído e apontado também para uma importância do espaço público, a praça, a rua ou avenida. Sobre o tempo e o espaço A intervenção no espaço construído (arquitectura ou cidade) está condicionada pela continuidade e irreversibilidade do espaço. Assim, e gerindo a dicotomia velho novo, propomos um diálogo entre o passado e o presente. Afirmando mais as semelhanças e as continuidades que cultivando a diferença e a ruptura. Sobre as constâncias Távora percorre os diversos momentos da História transformando a consciência história, arqueológica e fenomenológica em língua viva. Isto é, determinando as constantes, os valores universais da arquitectura e do urbanismo que sistematiza em três aspectos. Diz Távora. “A sua modernidade permanente, o esforço de colaboração que sempre traduziu e a sua importância como elemento condicionante da vida do homem”. As suas aulas (como a que vemos aqui sobre o Porto e Nicolau Nasoni) transmitem o modo como vêm os problemas da arquitectura a partir das suas cidades: Delfos, Atenas, Olímpia, Versalhes, Paris, Katzura, Brasília ou o Porto. Os seus arquitectos, de que falava frequentemente Vitrúvio, Nasoni, Le Corbusier, Wright ou Lúcio Costa. E das suas casas a casa sobre o Mar, a casa de Luz (a sua casa particular), a casa da Covilhã, a casa de Ofir, a casa da Prelada, a casa do Freixo, e Ramalde (as casas que vemos aqui Távora a desenhar), e dos seus temas: o sítio, a via, a praça, o jardim, a cidade, a vegetação, o espaço, o tempo, a construção, o cruzamento ou o remate. Em cada aula, Távora desenha intensamente construindo a sua própria história, através de um mapa que integra toda a dimensão da memória. (…) SELECÇÃO DE TEXTOS E ORGANIZAÇÃO DO CADERNO PELO COLECTIVO “PRÁTICA(S) DE ARQUITECTURA” COM SUGESTÕES BIBLIOGRÁFICAS DO ARQUITECTO GONÇALO CANTO MONIZ
PRÁTICA(S) DE ARQUITECTURA PROJECTO, INVESTIGAÇÃO, ESCRITA
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GONÇALO CANTO MONIZ
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AGENDA 29 FEV 15:00H 29 FEV 15:00H 29 FEV 15:00H 01 MAR 18:30H 15 MAR 21:30H 19 ABR 21:30H 26 ABR 21:30H 03 MAI 21:30H 17 MAI 21:30H 24 MAI 21:30H 29 MAI 21:30H 31 MAI 21:30H 06 JUN 21:30H A ANUNCIAR
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GONÇALO CANTO MONIZ JOSÉ MIGUEL RODRIGUES MARTA OLIVEIRA JORGE FIGUEIRA JACQUES LUCAN FRANCISCO JARAUTA MAURICI PLA LUIS MARTINEZ SANTA-MARIA LUZ VALDERRAMA FEDERICO SORIANO JEAN-PHILIPPE VASSAL ALEXANDRE ALVES COSTA ANTHONY VIDLER VITTORIO GREGOTTI