Jornal Papel do Guia nº 49 - Março de 2008

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IMPRESSO

Foto: Dario Zalis

SINDEGTUR / RJ • Ano 9 • Nº 49 • Edição abril 2008

Sincretismo Carioca

O restaurante Zozô é de dar água na boca

Direito de acesso ao Guia de Turismo

Transporte turístico irregular não tem futuro

Protesto contra o abandono do AIRJ

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Editorial

Ano 9 • Nº 49 • Edição abril 2008

Uma Assembléia de temas relevantes

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a Assembléia Geral Ordinária do SINDEGTUR/RJ, realizada no dia 10 de abril de 2008, no Hotel Miramar Palace, em Copacabana, foram debatidos e deliberados os seguintes temas: 1. Por unanimidade, os guias de turismo decidiram por um acréscimo de 10% sobre o Piso de Remuneração por Serviço de 2008 para o ano de 2009. Na mesma ocasião, foi decidida por maioria de votos, a seguinte alteração para 2009: a hora extra noturna (a partir de meia-noite) passa também a valer como hora à disposição noturna (a partir das 19 horas) para serviços como inspeções, desk de informação e similares, exceto Rio By Night e transfers, para os quais permanece o tarifário normal. 2. Com a concordância de todos os presentes, a Assembléia autorizou a direção do SINDEGTUR / RJ a aceitar a proposta do Coordenador Geral dos Serviços Turísticos do Ministério do Turismo, Ricardo Moesch, no sentido de se criar uma cooperativa de guiasmotoristas (driver-guides), com o apoio institucional daquele órgão (leia mais em “Solução à vista para guias-motoristas”). 3. Foi debatido o tema da demora por parte das agências de turismo em posicionar-se quanto à proposta profissional-trabalhista apresentada pelo SINDEGTUR / RJ em outubro de 2007, a BITO, associação que reúne as principais agências do receptivo internacional (veja a matéria: “Acordo BITO: o lento caminho para o entendimento”). 4. Foram apresentadas as medidas tomadas pelo SINDEGTUR / RJ em relação aos novos procedimentos de acesso ao Cristo

Redentor, no sentido de assegurar a gratuidade de acesso para guias de turismo (mais detalhes em “Cumpra-se a Lei”). 5. Foi apresentada a situação contábil e patrimonial do SINDEGTUR / RJ referente ao ano de 2007. Toda a documentação está à disposição dos associados na sede do Sindicato. 6. Tomou posse a nova diretoria do SINDEGTUR/RJ, eleita para o triênio 2008-2011. Sua meta é a continuidade dos trabalhos e procedimentos realizados nos últimos seis anos, que incluem: a transparência contábil; a atuação destacando o Regimento Interno; a ênfase no desenvolvimento profissional e na atualização do guia de turismo; a luta pela remuneração adequada e corretas relações trabalhistas; a ampliação das oportunidades de trabalho para os guias e a atuação do SINDEGTUR/RJ no interior do Estado, e o incentivo, junto aos órgãos competentes, à fiscalização das atividades turísticas no Estado. Foram eleitos: Presidente – Luiz Augusto Nascimento dos Santos; Vice-presidente – Mauro Rubinstein; 1ª Secretária – Ângela Abreu; 2ª Secretária – Marcia Rabello; 1ª Tesoureiro – Liese-Lotte Erica Goessel; 2º Tesoureiro – Fernando Bordallo; 1º Suplente – Milton Teixeira; 2º Suplente – Felipe Heras Rocha; 3º Suplente – Sigried W. Bubeck Para o Conselho Fiscal foram eleitos: Carmela de Angelis, Iraci Schmidt e B. Andréas Klevenhusen, tendo como suplentes: Bernardo Leão, Suelly Ribeiro e Maria Auxiliadora da Silva (Dora). Mauro Rubinstein Vice-presidente do SINDEGTUR / RJ

NOSSA CAPA: Imagem da Regina Mater (Rainha-Mãe), utilizada na instalação dos relicários em uma das paredes do resturante Zozô, criação de José Possi Neto.

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COMUNICADO

Solução à vista para guias-motoristas A atividade de transporte remunerado, exercida por guias de turismo – guias-motoristas (driver-guides) – existe há mais de vinte anos e sempre foi equivocadamente tratada como transporte “pirata”, por falta de um dispositivo legal que a reconhecesse como legítima. O presidente do SINDEGTUR /RJ, Luiz Augusto Nascimento dos Santos, o vice-presidente, Mauro Rubinstein, e o advogado sindical, Dr. André Storni, reuniram-se recentemente com o Coordenador Geral dos Serviços Turísticos do Ministério do Turismo, Ricardo Moesch, e com o diretor de Operações da Turisrio, Sérgio de Mello Ferreira, em busca da regularização destes serviços. Foi proposta a criação de uma cooperativa de guias-motoristas, com o apoio do Ministério do Turismo, que dará a orientação necessária a sua regulamentação, de forma a atender as legislações federal e estadual. A iniciativa deverá finalmente legalizar esta atividade de suma importância para o turismo nacional. Conforme o que dispõe a CLT no Art.592, o SINDEGTUR/RJ poderá utilizar recursos da Contribuição Sindical para viabilizar a criação da cooperativa, que prevê, entre outros benefícios, a concessão de empréstimos e isenções fiscais (do IPI e do ICMS), por parte do governo federal, na aquisição de veículos, assegurada a preferência para guias sindicalizados, prevista na CLT, no Art. 544, incisos de I a X.

PUBLICAÇÃO DO SINDICATO ESTADUAL DOS GUIAS DE TURISMO DO RIO DE JANEIRO Rua Santa Clara, 75 • 13º andar • Cob. 01 • CEP 22041-010 • telefone (0xx21) 3208-1801 • Fo n e / F a x ( 0 x x 2 1 ) 3 2 0 8 - 1 8 2 7 • e - m a i l s i n d e g t u r @ s i n d e g t u r. o r g . b r • Site: www.sindegtur.org.br • Horário de atendimento: de segunda a sexta-feira, das 10h às 13h e 14h às 18h PRESIDENTE: Luiz Augusto Nascimento dos Santos • VICE-PRESIDENTE: Mauro Rubinstein • JORNALISTA RESPONSÁVEL PELA EDIÇÃO: Graça Portela (Mtb/RJ 17391/79/2) • SECRETÁRIA: Marcia Rabello • COLABORARAM NESTA EDIÇÃO: Gerardo Millione, Liana Siag, Luiz Augusto N. dos Santos, Márcia Rabello, Márcia Silveira, Mauro Rubinstein, Milton Teixeira, Neyla Bontempo • DESIGN GRÁFICO E EDITORAÇÃO ELETRÔNICA: Kátia Regina Fonseca • TIRAGEM: 3.000 exemplares • IMPRESSÃO: Jornal do Commercio • PERIODICIDADE: Trimestral • DISTRIBUIÇÃO: Gratuita.


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Zozô inova

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muito difícil impressionar um guia de turismo. Acostumado com belas paisagens e boa comida, o guia de turismo é, sobretudo, um ser exigente de olhar e paladar aguçado, sobretudo quando se trata de selecionar um bom restaurante e levar o seu cliente. Prepare-se, porém, para ser surpreendido, no bom sentido da palavra: o recém-inaugurado Zozô, vizinho da estação do bondinho do Pão de Açúcar, é de deixar qualquer pessoa com água na boca. A começar pela arquitetura arrojada, com a fachada e tetos envidraçados, preservando uma frondosa mangueira bicentenária (corre a lenda que foi plantada por D. João VI, no ano da chegada da Família Real). As imagens que acompanham este texto expressam fielmente a realidade do restaurante. Um cenário privilegiado. E quem já conheceu e degustou suas delícias, não poupa elogios. O boca-a-boca no trade turístico foi imediato: já no mês de março, 87 guias de turismo apresentaram seus clientes à novidade. No interior, um confortável mobiliário de design moderno e arrojado, reparte-se entre dois ambientes: um espaço aberto com ventiladores e uma bucólica

Fotos: Dario Zalis

Churrasco com menos espetos e mais gastronomia

Preservando os valores brasileiros: a arte, a culinária e a mangueira bicentenária, em ambiente de extremo bom gosto

parede de taipa, outro espaço coberto com uma área climatizada e uma adega ao fundo. Incrustada na parede oposta, a magistral criação do cenógrafo e diretor teatral José Possi Neto: multicoloridos relicários de Santos e Orixás atestam o nosso sincretismo religioso e apontam aspectos culturais, presentes também na

Por trás da ilha de saladas e sobremesas, a parede com os relicários

culinária. Zozô era o carinhoso apelido de D. Zulmira, quituteira baiana de mão-cheia, avó de Marcelo Torres, um dos sócios do empreendimento. É dela a receita da farofa de manteiga, além do creme de espinafre, os quais coexistem em total harmonia com rolinhos asiáticos, sardinhas portuguesas na brasa, sushi e feijão fradinho com carne-seca, entre outras iguarias. Não, não é uma churrascariarodízio. Mas, o cliente pode se servir à vontade, sem o frenesi dos espetos por entre as mesas. É uma grata alternativa bem mais tranqüila, e o preparo das carnes, bem mais cuidadoso, pelo preço de uma boa churrascaria da cidade. As carnes – vinte diferentes cortes – são preparadas nos quatro estilos clássicos do churrasco: churrasqueira, grill, parrilla e rolete. O pedido vai à mesa com os acompanhamentos, além do auto-serviço no buffet variado de saladas, pratos frios e quentes, comida

japonesa e sobremesas. Para a alegria dos visitantes forasteiros, tem feijoada light todo dia e uma adega com mais de 180 rótulos. O serviço é atencioso e ágil. Há anos não inaugurava no Rio um ambiente tão grandioso, sofisticado e, ainda assim, agradável. Na parte térrea há espaço para 200 pessoas, com um mezanino em construção, com mais 150 lugares para dezembro próximo. No momento, recebe grupos com até 20 paxs durante a semana e acima de 20 paxs sob-consulta. A tarifa é de R$ 59,60 por pessoa (bebidas, café e gorjetas não inclusos), comissionáveis em R$ 12,00 para guias de turismo. Aceita cartões de crédito American Express, Mastercard e Visa e de débito Redecard e Visa Electron. Reservas no (21) 2542-9665 com as hostess de plantão. Aberto diariamente, do meio-dia à meia noite, com manobrista.


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Cumpra-se a Lei

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m ofício enviado ao Superintendente do IBAMA no Rio de Janeiro, Rogério Rocco e ao chefe do Parque Nacional da Floresta da Tijuca – PNT, Ricardo Calmon, em 29 de março de 2008, o SINDEGTUR/RJ reivindicou que não fosse cobrado do guia de turismo o ingresso ao Parque (que inclui o Monumento do Cristo Redentor), já que o acesso gratuito a atrativos turísticos é previsto em lei específica – de nº 8.623, de 28 de janeiro de 1993 , e regulamentado em decreto presidencial em 1º de outubro de 1993, do qual transcrevemos abaixo o Art. 2º. Art. 2º – Constituem atribuições do Guia de Turismo: I – Acompanhar, orientar e transmitir informações a pessoas ou grupos em visitas, excursões urbanas, municipais, estaduais, interestaduais ou especializadas dentro do território nacional;

II – Acompanhar ao exterior pessoas ou grupos organizados no Brasil; III – Promover e orientar despachos e liberação de passageiros e respectivas bagagens em terminais de embarques e desembarques aéreos, marítimos, fluviais, rodoviários e ferroviários; IV – Ter acesso a todos os veículos de transporte, durante o embarque ou desembarque, para orientar as pessoas ou grupos sob sua responsabilidade, observadas as normas específicas do respectivo terminal. V – Ter acesso gratuito a museus, galerias de arte, exposições, feiras, bibliotecas e pontos de interesse turístico, quando estiver conduzindo ou não pessoas ou grupos, observadas as normas de cada estabelecimento, desde que devidamente credenciado como Guia de Turismo;

VI – Portar, privativamente o crachá de Guia de Turismo emitido pela EMBRATUR. Parágrafo único: A forma e o horário dos acessos a que se referem as alíneas III, IV e V, deste artigo, serão sempre, objetivo de prévio acordo do guia de turismo com os responsáveis pelos empreendimentos, empresas e equipamentos. Em resposta a nossa solicitação, o chefe do PNT nos enviou um e-mail, reproduzido a seguir: “Prezado Mauro, conforme conversamos por telefone, estamos trabalhando para atender a demanda do Sindicato e garantir a gratuidade dos Guias regularmente credenciados pelo Ministério do Turismo. Encaminhamos, no dia 03 de abril passado, consulta ao jurídico do IBAMA para orientar sobre como proceder para conceder a isenção. Entendemos que a visitação guiada, além de reconhecidamente agregar qualidade para a atividade turística pode ainda ajudar na preservação ambiental por meio da prestação de informações sobre o Parque Nacional da Tijuca – aonde o Corcovado está inserido – bem como sobre a floresta atlântica que nossa unidade de conservação tem a missão de proteger e que faz do Rio uma cidade maravilhosa. Assim, além da gratuidade, pretendemos uma maior aproximação com o Sindicato para em parceria melhorarmos o atendimento ao visitante do Parque. Cordialmente, Ricardo Calmon, Chefe do Parque Nacional da Tijuca”. Em resumo, a questão da concessão da gratuidade para os guias de turismo foi encaminhada, com parecer favorável das autoridades citadas, para o departamento jurídico do IBAMA em Brasília, o que pode demandar algum tempo. Todos esperamos uma decisão favorável, mas caso isto não ocorra, tomaremos as medidas cabíveis para que a lei que nos contempla a gratuidade de acesso aos pontos turísticos seja cumprida.

O QUE É O IBAMA O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) é uma autarquia federal de regime especial vinculada ao Ministério do Meio-Ambiente. Tem como atribuições principais exercer o poder de polícia ambiental; executar ações das políticas nacionais de meio ambiente, relativas ao licenciamento ambiental, ao controle da qualidade ambiental, à autorização de uso dos recursos naturais e à fiscalização e monitoramento do meio-ambiente.

QUEM ADMINISTRA O CRISTO REDENTOR? Varias entidades e órgãos públicos administram no Cristo Redentor, fato que dificulta a tomada de decisões para melhorar o complexo turístico. O monumento pertence à Cúria Metropolitana (Igreja Católica), mas está localizado em área do PNT, portanto, sob jurisdição do IBAMA (Ministério do MeioAmbiente, governo federal); o comércio e demais atividades são fiscalizados pela Prefeitura; o fornecimento de água é de responsabilidade da CEDAE (Estado); a segurança está a cargo da Guarda Municipal (Município) e Bptur – Polícia Militar (Estado). Quando as diferentes esferas divergem politicamente, sofre o Cristo e sofremos nós.

Comunicado (no fechamento da edição) Em resposta à solicitação do SINDEGTUR/RJ, a direção do Parque Nacional da Tijuca (PNT) anuncia que, a partir de 15 de abril de 2008, passa a liberar o acesso sem cobrança dos guias de turismo ao Cristo Redentor e à área do PNT, mediante a apresentação do crachá profissional, dentro do prazo de validade.


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Polícia Civil investiga transporte irregular na porta de hotéis

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ooperativas de transporte turístico, formadas por motoristas de veículos particulares, chamadas Car Service, tinham o apoio de funcionários dos hotéis e foram acusadas de cobrar valores abusivos pelo serviço. Estima-se que 350 veículos particulares prestam o serviço irregular nas portas de hotéis da Zona Sul e da Barra da Tijuca. O faturamento mensal de cada motorista, segundo as investigações, chega a R$ 7 mil, podendo atingir R$ 10 mil no fim do ano e em época de férias. Funcionários de hotéis ganham com a indicação do cliente cerca de 30% do valor da corrida. Com base na investigação e no inquérito, o Ministério Público fez a denúncia

contra 70 motoristas por formação de quadrilha, crime contra o consumidor e contra a ordem tributária. Segundo o delegado do DEAT, Fernando Veloso, a investigação começou com a denúncia de um taxista legalizado, que alegou estar impedido de trabalhar perto de hotéis de luxo, porque essas áreas estavam loteadas por motoristas piratas. Na investigação, ficou comprovado que, para ter direito a parar em frente aos hotéis e receber passageiros enviados por funcionários, cada motorista tinha que comprar o ponto por R$ 50 mil. Através de um anúncio de jornal vendendo pontos em frente a hotéis, policiais conseguiram identificar pelo menos 150 moto-

ristas que agem em frente ao Sheraton, na Barra da Tijuca. A polícia descobriu ainda que as cooperativas não cobram sequer a carteira de habilitação ou a licença do veículo dos motoristas que trabalham nesses pontos. A única exigência é de que o carro seja novo, de luxo, e que o profissional use terno e gravata. Em alguns hotéis, as cooperativas piratas montavam balcões nos saguões. Com a ajuda de funcionários, os motoristas conseguiam clientes, principalmente estrangeiros, sob a alegação de que se tratava de um serviço regular de táxi especial para os hóspedes. Para ter um veículo o dia inteiro à sua disposição, o turista pagava R$ 450. Para comprovar a irregularidade, policiais do DEAT se

infiltraram nas portarias dos hotéis e seguiram esses veículos. Além disso, conversaram com turistas, que preencheram formulários contando como contrataram o serviço. As provas incluem também fotos e vídeos de funcionários de hotéis e taxistas piratas. De acordo com o delegado Fernando Veloso, somente os hotéis Caesar Park, em Ipanema, Copacabana Palace e Sofitel, em Copacabana, não aceitam as cooperativas piratas. Caso os 70 indiciados sejam condenados por formação de quadrilha, crime contra o consumidor e contra a ordem tributária, poderão receber uma pena de até 15 anos de prisão. FONTE: Jornal O Globo, 22/12/2007 Ana Cláudia Costa


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Acordo com a BITO: o lento caminho para o entendimento ção dos reembolsos para despesas operacionais a serviço e criação de comissão para a conciliação de controvérsias. “As dificuldades enfrentadas por nosso setor, principalmente a partir da crise da Varig e do ‘caos aéreo’, alcançaram seu maior impacto durante o ano de 2007, com a agravante de mais 18% de desvalorização do dólar frente ao real. Essa situação tem dificultado muito os trabalhos da BITO, que é dirigida por empresários que estão cada vez mais absorvidos pela necessidade de ‘sobrevivência’ de suas próprias empresas”, justifica Dultra. Prossegue o diretor da BITO: “Devido a essa situação, muitos associados da BITO só tomaram conhecimento da íntegra da proposta de regulamentação das relações profissionais entre os guias de turismo e as agências

receptivas membros da BITO, durante a última assembléia de nossa associação, em 25/10/07. Sendo assim, ficou decidido então que uma assembléia especifica para análise dessa proposta seria convocada exclusivamente para esse fim”. “Desde então não tivemos condições de realizar nenhuma outra assembléia ou reunião e estamos agora, finalmente, nos preparando para convocar essa assembléia em data a ser definida, dentro dos próximos 30 dias. Tão logo essa assembléia seja realizada, entraremos em contato com o SINDEGTUR/RJ para dar continuidade ao projeto”, conclui o presidente da BITO. O SINDEGTUR/RJ tem consciência das dificuldades apontadas pelo presidente da BITO. São problemas que nos atingem duramente, também. Entretanto, é preciso priorizar o acordo trabalhista, cuja dinâmica não deve depender de conjunturas econômicas desfavoráveis, que felizmente sempre se mostram passageiras.

Aguardamos a realização da assembléia da associação patronal para darmos seqüência aos trabalhos. Temos a convicção de que hoje estamos muito próximos de alcançarmos um entendimento inédito na história do turismo do Brasil.

O QUE É A BITO A Associação Brasileira de Tu r i s m o R e c e p t i v o ( B r a z i l i a n Incoming Travel Organization – BITO, em inglês) reunia no passado as principais agências do turismo receptivo do Rio de Janeiro e de outros estados. A partir de 2006, passou por uma reestruturação que permitiu admitir como associados – além de agentes de viagens – o segmento de hotelaria e das empresas aéreas; e como afiliados, outras empresas e instituições que também atendem aos turistas estrangeiros no Brasil. Seus associados são os principais contratantes de guias de turismo no Rio de Janeiro. Saiba quem são eles, acessando o endereço www.bito.com.br

Eles merecem! U

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m e-mail enviado recente mente à direção do SINDEGTUR/RJ, o presidente da Brazilian Incoming Travel Organization – BITO, Roberto Dultra, lamenta o atraso nas negociações para o acordo profissional-trabalhista entre agentes de viagens e guias de turismo. A pedido da própria BITO, o SINDEGTUR/RJ havia apresentado uma proposta em outubro de 2007, elaborada após sucessivas votações em assembléias sindicais. Ela inclui entre outras questões: tabela mínima de remuneração; regulamentação da relação profissional-trabalhista-tributária; seguro contra acidentes de trabalho; fim da exigência de exclusividade na prestação de serviços para guias autônomos; garantia de ressarcimento para os casos de reserva antecipada para serviços depois cancelados; regulamenta-

m grupo de maleteiros do AIRJ e suas famílias visitaram recentemente o Cristo Redentor. Uma empreitada a custo zero, pois a empresa Trem do Corcovado concedeu cortesia no trem, a Furglaine Service cedeu o ônibus e o guia de turismo e organizador do evento, Wagner Medeiros, com a participação do guia Cláudio Meneghine, doaram suas jornadas de trabalho. Segundo Wagner Medeiros, “para uma boa parte do pessoal, o mais próximo que eles haviam chegado de uma excursão era o bagageiro dos ônibus. Foi de arrepiar observar a emoção daquelas famílias. Uma experiência única”. A iniciativa faz parte de um programa voltado ao Turismo Social, que vem sendo desenvolvido por Wagner, em parceria com o trade turístico. O objetivo é fazer com que trabalhadores dos mais diversos setores do turismo, cujos salários não lhes permitam passeios como este, também usufruam e se orgulhem das maravilhas da nossa cidade.


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Divulgação CCAPA

Verão do Morro agradou geral

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Companhia Caminho Aéreo Pão de Açúcar (CCAPA), em parceceria com o SINDEGTUR/RJ, distribuiu, durante todos os fins de semana de fevereiro, cem pares de convites para guias de turismo e acompanhantes para assistir aos shows do Verão do Morro.

ACADÊMICO

Curso para profissionais do setor de Turismo

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om o objetivo de capacitar profissionais do setor de hotelaria, bares e restaurantes da cidade do Rio de Janeiro, as secretarias municipais da Pessoa com Deficiência (SMPD) e Especial de Turismo (Setur) abriram inscrições para cinco novas turmas do curso gratuito de Libras (Linguagem Brasileira de Sinais), que terá como tema “Como Melhor Atender ao Turista com Deficiência”. O curso, com cem vagas, tem duração de 50 horas, com turmas em horários e dias alternados para facilitar a participação dos profissionais. As aulas começam em maio e serão realizadas no Ciad Mestre Candeia (Av. Presidente Vargas, 1997), no Centro. Os interessados devem se inscrever, pela internet, até o dia 30 de abril no endereço http:// www.rio.rj.gov.br/ funlar

Recebemos diversos e-mails de agradecimento. Para muitos foi uma oportunidade única para assistir e dançar o melhor da música carioca. Esperamos continuar a promoção na próxima temporada do programa e, naturalmente, quem gostou recomende aos clientes!


Social

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“Cada um de nós deixa um legado” Divulgação

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pós longa batalha contra um câncer de fígado, faleceu em 18 de janeiro nosso amigo e colega Bayard Wyse. Guia de turismo veterano no receptivo internacional, Bayard iniciou sua carreira nos anos 1970. Dono de forte personalidade, nunca esmoreceu, mesmo quando, nos últimos meses, já estava visivelmente debilitado. Vários colegas se cotizaram para ajudálo quando já não podia trabalhar. Foi um belo exemplo de solidariedade entre os guias de turismo do Rio de Janeiro, fato que já presenciamos outras vezes. Nas palavras da colega Liana Siag, amiga próxima de Bayard: “Sua paixão era o turismo e tudo o que envolve nossa profissão: viajar, conhecer gente, mostrar sua cidade adotada de coração. Era cidadão do mundo, falava diversos idiomas. É inesquecível vê-lo em cima de um banco no Morro da Urca, contando a história do Pão de Açúcar para um grupo de turistas estrangeiros, quando seus olhos brilhavam enquanto exaltava as maravilhas do Rio. Muito aprendi com ele! Doce e meigo com seus passageiros, combativo, ético e leal, uma pessoa com qualidades e defeitos como todos nós. Recla-

Andres Lejarraga Divulgação

Bayard Wyse Baranski

Nosso amigo e guia de turis-

Bayard Wyse com Liana Siag, em momento feliz

mava? Muuuuito... Todos sabemos dos tempos difíceis nessa cidade tão maltratada pelo poder público. “Mas, o que fica é o legado de amor e respeito à profissão e aos colegas e um exemplo de luta pela vida, mesmo nos momentos finais. Hospitalizado, ainda pla-

nejava seu futuro profissional. Quero tornar pública sua gratidão a todos que o ajudaram e sua impossibilidade de responder pessoalmente. Sua doença seguiu o rumo inexorável do tempo – sua rapidez foi avassaladora. Foi um guerreiro!”, afirma Liana emocionada.

mo, associado ao SINDEGTUR/RJ, Andres Lejarraga morreu em 14 de março. Nas palavras de Marcelo Armstrong (Favela Tour) que o conhecia bem, “Andres era argentino de nascimento e carioca de coração. Trabalhou conosco por cerca de três anos e deixa a lembrança de uma pessoa e um profissional de extrema simplicidade, bom humor, simpatia, cordialidade e competência. Partiu, mas ficará por muito tempo em nossa lembrança. Uma inspiração para muitos de nós pelas suas grandes qualidades que hoje andam um tanto em falta”.

O governo português acaba de lançar um museu virtual com objetivo de resgatar a memória de um de seus mais importante heróis nacionais: o embaixador Aristides de Sousa Mendes, que morreu na pobreza e na obscuridade, há mais de 50 anos. Souza Mendes era cônsul-geral de Portugal em Bordeaux, França, quando os nazistas invadiram o país em 1940. Contrariando as recomendações de seu governo, Mendes emitiu cerca de 10 mil vistos para judeus e mais 20 mil outros vistos para perseguidos pelo nazismo. Para muitos, a única saída do “inferno” era por Lisboa, com visto português, o que permitia transitar pela Espanha, em direção ao Atlântico. Os funcionários do consulado português trabalharam freneticamente emitindo milhares de vistos para dezenas de refu-

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Um justo em Portugal giados abrigados no consulado de Portugal. Quando faltou papel, carimbaram até papel de embalagem! Na época, Souza Mendes afirmou: “Eu prefiro estar com Deus contra um homem, do que com um homem contra Deus”. Mas sua atitude foi descoberta e o ditador Antonio Salazar expulsou-o do serviço diplomático do país. Isolado socialmente, com a aposentadoria revogada, e proibido de advogar, Souza Mendes acabou por viver em extrema pobreza com sua mulher e 14 filhos, morrendo em 1954. À memória de Aristides Sousa Mendes, com nossos mais profundos sentimentos de respeito e admiração. Fontes: Osias Wurman, Jornal Alef, www.sousamendes.com


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A história dos meios de transporte sobre o Rio de Janeiro, sob o ângulo da evolução dos transportes, mola-mestre do desenvolvimento de uma cidade e, freqüentemente, de sua decadência. Muita informação viva, apimentada pela fina ironia e verve de um dos grandes conhecedores desta cidade.

tes coletivos – gôndolas, omnibus, diligências, bondes puxados por animais e bondes elétricos. Trens e primeiras ferrovias.

Guias de Turismo ou estudantes SINDICALIZADOS, em dia com as mensalidades. Valor por palestra: R$ 10,00.

17 de junho – 3ª Palestra: Primeiros transatlânticos, balões, aviões, companhias aéreas e aeroportos.

Guias não sindicalizados, mas que contribuintem com imposto sindical para o SINDEGTUR/RJ. Valor por palestra: R$ 15,00.

24 de junho – 4ª Palestra: Visita ao Museu Histórico Nacional.

Outros participantes. Valor por palestra: R$ 20,00

PROGRAMA:

10 de junho – 2ª Palestra: Transpor-

Inclui: Apresentação de slides em sala e apostila digital por e-mail. Divulgação

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SINDEGTUR/RJ reinicia o ciclo de palestras com o professor Milton Teixeira, todas as terças–feiras de junho. A pedido de muitos colegas, que não puderam assistir no ano passado, voltaremos ao tema “Os Meios de Transporte no Rio de Janeiro 1565-2008”. Uma rara oportunidade de aperfeiçoar seus conhecimentos

03 de junho – 1ª Palestra: Pés e patas – os meios de transporte na cidade durante o período colonial; a chegada da Corte, a Independência. Carros puxados por animais durante o primeiro e segundo Impérios, carruagens da realeza e da fidalguia; carros dos remediados.

VAGAS LIMITADAS! Informações na secretaria do SINDEGTUR/RJ Tels. 3208-1801 – 3208-1827 Visite nosso site: www.sindegtur.org.br


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Carioquices

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Primórdios do Turismo Carioca

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osso emérito professor e historiador Milton Teixeira conta que, em abril de 1907, os principais jornais da Capital Federal (na época, Rio de Janeiro, gente!) noticiavam que a agência Cook estava organizando uma excursão de turistas, a primeira do gênero para o Brasil, com ênfase na visitação à cidade do Rio de Janeiro. O fato mereceu crônica bem humorada de Olavo Bilac, nosso aclamado Príncipe dos Poetas, membro fundador da Academia Brasileira de Letras e, – o que poucos sabem – nosso primeiro repórter de turismo, que na época publicou na revista Kosmos: “Será nos primeiros dias de julho a partida do Byron, em que vêm os forasteiros da Agência. Saltarão em Pernambuco, visitarão a Veneza da América; descerão na Bahia, fartar-seão de vatapá e de mangas (sic); no Rio de Janeiro pasmarão diante do Pão de Açúcar (ainda não existia o bondinho) e diante do Corcovado, atravessando em

automóveis a Tijuca entrando pelo Andaraí e saindo pelo Jardim Botânico, irão ao Sumaré admirar a maravilhosa criação de Casimiro Costa (os novos bondes turísticos, de efêmera existência), percorrerão a Avenida (Central); depois, irão ver as docas de Santos, gozarão as paisagens grandiosas da Inglesa (ferrovia) entre Santos e São Paulo, irão contemplar o monumento do Ipiranga – e seguirão para outras terras da América do Sul, queixando-se talvez da sujeira dos carros da nossa medonha Estrada de Ferro Central (do Brasil), da ladroagem dos cocheiros dos nossos carros de praça, da incomodidade dos quartos dos nossos hotéis, da ferocidade dos empregados das nossas alfândegas, da inópia dos menus das nossas casas de pasto (restaurantes), – mas confessando ao menos que viram algumas coisas originais, e refletindo que o Brasil será um dia um grande e belo país quando tiver achado quem o administre com um pouco mais de inteligência e um pouco menos de politiquice. “E, atrás des-

Visita turística no Alto do Corcovado, sem o Cristo, em 1908, na foto de Augusto Malta

ses forasteiros, virão outros...”. Segundo Milton Teixeira, “o notável do texto de Bilac não está apenas na descrição do roteiro pelo Rio, ainda hoje realizado de forma parecida pelas agências de viagens, mas dos problemas e mazelas que ele levanta: a pouca honestidade dos choferes de praça, que exploravam os incautos, nossos precários hotéis de turismo e o atendimento nos restaurantes, não esquecendo a sujeira dos trens da Central do Brasil, hoje aplicável a toda a cidade; e a politicagem governamental, esta última, presentemente muito ativa. Muitas de suas queixas são atuais e esses problemas ainda não foram resolvidos de todo entre nós, apesar de outros já se lhes terem ajuntado, como a criminalidade descontrolada e o ameaçador tráfico de entorpecentes, e ambos de braços dados com a impunidade e a corruptibilidade policial”. Para o professor, “o parágrafo seguinte do texto do Príncipe dos Poetas é um notável exemplo de bom senso turístico e, porque não dizer, também um perfeito trabalho de premonição, pois tudo ali observado é bem atual e parece escrito em nossos dias”, ressalta. Olavo Bilac, em sua matéria, destaca: “Ainda não somos conhecidos, mas já começamos a excitar a curiosidade do mundo. Ainda não é o bastante, mas já é alguma coisa. O que é preciso – e isso já se escreveu que farte a propósito da próxima viagem do Byron – é que compreendamos que não devemos espantar a gente forasteira com as exigên-

cias revoltantes das nossas alfândegas sempre desconfiadas, farejando um contrabandista em cada viajante e um carregamento de artigos de contrabando em cada saco de roupa servida...”. Ainda segundo o professor Milton Teixeira: “Em 1907, com o Rio livre da febre amarela, o turista já podia ver a Floresta da Tijuca, a Avenida Central (hoje Rio Branco), a Avenida Beira Mar, o Teatro Municipal, o Palácio Monroe, o cais acostável, o Corcovado, a iluminação elétrica, o calçamento a asfalto em cerca de quarenta ruas, além de melhoramentos menores e da incomparável magia do cenário”. Ele também explica que “quase trinta anos depois, em 1936, o Rio de Janeiro já recebia 120.000 turistas estrangeiros. Com o crescimento da demanda turística, dois anos depois, em fevereiro de 1938, o prefeito Henrique Dodsworth criava a figura do Guia de Turismo da Prefeitura. Era o primeiro e único profissional habilitado a conduzir turistas pela cidade. Não existiam agências intermediárias. Quando chegava um paquete de viajantes, os turistas que assim desejassem solicitavam um guia de turismo e a Prefeitura indicava um profissional, o qual usava, na época, um uniforme azul e servia-se de carros de aluguel”. Texto elaborado com base nas apostilas “Olavo Bilac e os Turistas” e “O início do turismo de massa no Rio de Janeiro”, ambas de autoria do professor Milton Teixeira, e com sua permissão.


Ano 9 • Nº 49 • Edição abril 2008

RadarRio

O SINDEGTUR/RJ na RioIntertur 2008

Na foto acima, a representante do SINDEGTUR / RJ Marcia Rabello entre “D. Pedro II” e “D. Teresa Cristina”

Novo cyber-café em Copacabana Com o sugestivo nome de @ (assim mesmo, o símbolo de arroba), um novo cyber-café surge na cidade. O proprietário é o guia de turismo Celso Rubinstein e o espaço fica na sobreloja da galeria Ritz, na Av. N. S. de Copacabana, entre as ruas Figueiredo Magalhães e Siqueira Campos. Os guias de turismo com crachá têm cortesia para acessar seus e-mails. Uma ótima opção para turistas que fogem dos preços salgados dos business centers nos hotéis.

DISCOTECA VAI VIRAR MUSEU

Divulgação

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SINDEGTUR/RJ esteve presente na segunda edição da RioIntertur, em Cabo Frio, nos dias 14 e 15 de março. O evento é dedicado à interiorização do turismo no Estado do Rio de Janeiro – uma grande mostra das potencialidades e oportunidades que as diversas regiões apresentam para a realização do turismo de lazer e de negócios. Eventos desta natureza constituem uma excelente oportunidade para contatos de fornecedores, hotelaria, equipamentos e prestadores de serviços com os agentes de viagens, operadores, empresários e o público em geral.

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Foi iniciada em 29 de janeiro a desapropriação da discoteca Help para a instalação do MIS – Museu da Imagem e do Som, atualmente dividido entre prédios na Praça XV e na Lapa. O custo da desapropriação é estimado entre R$ 11 milhões e R$ 13 milhões. Há uma disputa judicial para decidir quem são os herdeiros do imóvel com direito ao valor da desapropriação. Segundo a ProcuradoriaGeral do Estado, a questão não deve atrapalhar o processo, pois haverá depósito do dinheiro em juízo. A transferência do MIS deve ampliar a área para exposições. Sua direção pretende torná-lo mais interativo e estuda projetos semelhantes de congêneres como o Cité de La Musique, em Paris, o National Media Museum, em Bradford, na Inglaterra, e o Museum of Broadcasting, em Nova York. Ele terá espaços multimídia e salas para exposições permanentes, com a exibição de figurinos, fotos e instrumentos, além de locais para shows, oficinas e mostras temáticas. Primeiro museu audiovisual do país, criado em 1965, o MIS guarda mais de 38 mil discos da Rádio Nacional, scripts de seus programas e 20 mil partituras. Outros tesouros são as 44 mil fotos do Rio de Janeiro feitas por Augusto Malta no início do século passado, e as 900 entrevistas de personalidades brasileiras realizadas dentro da série Depoimentos para a Posteridade. Inclui também um precioso acervo com mais de mil discos e 350 pastas de recortes de jornais, além de documentos relacionados à Música Popular Brasileira, doados pelo pai do governador, jornalista Sérgio Cabral, um dos maiores especialistas em MPB do país. Fonte: Patrick Moraes


Boca no Microfone

Ano 9 • Nº 49 • Edição abril 2008

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Conselho Estadual de Turismo – CET é formado pelas mais diversas entidades do turismo, entre elas, o SINDEGTUR / RJ. Em 12 de março passado, o CET emitiu veemente nota de repúdio sobre a situação precária em que se encontra o Aeroporto Internacional do Galeão – Antonio Carlos Jobim, um desrespeito aos visitantes, aos cariocas e residentes no Rio de Janeiro, e à memória do ilustre compositor. “Reunido em sessão extraordinária nesta data na Fecomercio, o Conselho Estadual de Turismo, por unanimidade de seus conselheiros, ao tratar da absurda questão do Aeroporto Internacional Tom Jobim, cujas obras de reforma permanecem indefinidas, como sem resposta continuam os pleitos do Estado e sem atendimento as necessidades do mercado relativas ao melhor aproveitamento da capacidade ociosa do aeroporto, decidiu protestar junto à Infraero contra essa situação que considera intolerável, inadmissível e incompatível com o atual momento vivido pelo turismo do Rio de Janeiro”. Aviso no AIRJ informando absolutamente nada, após sabotagem por indivíduos “Assim, o Conselho Estadual interessados em ludibriar passageiros. Em nenhum outro aeroporto do país de Turismo repudia de maneira se assiste a cenas tão deprimentes, como o livre assédio de "bandalhas", engraxates e mendigos; brigas por cliente e xingamentos em público; veemente o abandono em que se encontra o Aeroporto Internacional Tom Jobim, cujo funcionamento precário gera uma série de desconfortos e constrangimentos aos passageiros, além de depor contra a imagem da cidade”. “O Conselho repudia, igualmente, a inexplicável negativa de atender a uma solicitação antecipada e exaustivamente negociada pelo governo do Estado com as autoridades italianas e a empre“Tropa de choque” de taxistas legalizados obstruem a porta, com a participação do segurança da INFRAERO sa aérea Alitalia,

Raphael Dantas Romero

Protesto contra o abandono do AIRJ interessada em implantar um vôo direto entre Roma e o Rio de Janeiro”. “Em um aeroporto como o Tom Jobim, cujas instalações se encontram relegadas à ociosidade operacional, e sendo o turismo do Rio de Janeiro prejudicado pela carência de mais vôos diretos a partir dos grandes centros emissores, é insustentável que a Infraero permaneça omissa e indiferente a esse pleito, mediante o uso de recursos absurdos para justificar sua negativa, como o que aponta a falta de um local para o check-in da empresa aérea. Isso em um aeroporto que não utiliza nem 50% de sua capacidade operacional”. “Assim, vem esse Conselho denunciar à opinião pública a omissão da Infraero e encarecer ao Ministério da Defesa a necessidade de se encontrar urgentemente uma solução que ponha fim a esse estado de coisas, que contraria a mais simples lógica e tem produzido prejuízos irreparáveis ao turismo e à economia do Rio de Janeiro”. O assédio desordenado aos usuários do aeroporto por taxistas legalizados, aqueles que deveriam ser o exemplo de uma postura profissional


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