Revista Umbanda - Escola Iniciática do Caboclo Mata Verde

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UMBANDA Escola Iniciรกtica do Caboclo Mata Verde

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Um novo ano começa e acreditamos ser a ocasião adequada para iniciarmos um novo desafio. Estamos lançando neste primeiro mês do ano de 2016 o primeiro número da revista virtual . Pretendemos oferecer com esta nova revista mais uma opção de estudos para os jovens umbandistas. Agregaremos neste espaço conhecimentos científicos, filosóficos e religiosos, tradicionais e contemporanêos, que serão apresentados pela ótica da doutrina umbandista dos Sete Reinos Sagrados; esperamos que esta revista seja mais uma ferramenta de estudos a todos os espiritualistas. Aguardamos ansiosamente sua participação, utilize um dos nossos canais de contato e envie seus comentários, sugestões ou críticas. A sua participação é muito importante, inclusive com sugestões de assuntos a serem abordados na revista. Esta revista é publicada com muito carinho, amor, esforço e dedicação e tem como foco principal você, leitor umbandista, que busca o conhecimento e o crescimento espiritual. Que Oxalá abençoe nossa caminhada. Saravá! São Vicente, 02 de Janeiro de 2016

Uma publicação do Núcleo Mata Verde Editor Responsável Manoel Lopes

Email: contato@mataverde.org Facebook: nucleo.mataverde Twitter: @mata_verde www.mataverde.org

O disponibiliza desde 2006 um módulo de ensino a distância voltado a todos os umbandistas. Neste site você poderá fazer cursos específicos sobre a religião de Umbanda. Você inicia os cursos quando quiser e assiste as aulas nos dias e horários que achar mais conveniente. Visite o módulo de ensino a distância e comece a estudar agora mesmo. www.ead.mataverde.org

Rua Julio de mesquita, 209 Santos/SP CEP:11075-221

(13)991274155

Durante o ano realizamos aqui no muitas palestras interessantes. Todas as palestras são filmadas e disponibilizadas nas TV´s Mata Verde e na TV Saravá Umbanda. Desta forma você que reside distante do poderá acompanhar nossas atividades. Acompanhe pelos sites: www.tvmv.com.br www.tvsu.com.br


adultos, mas ao observa-las tive a impressão de serem muito velhas e sábias.

“E

stamos quase chegando!Ouvi a voz firme me guiando. No breu da noite nos deslocávamos muito rápido, quase que

voando.

Na escuridão aos poucos comecei a visualizar ao meu redor uma espessa mata. Comecei a sentir a umidade da floresta, o cheiro da mata e da terra, o som dos insetos e dos animais.

Contei, eram em número de sete, entre eles uma mulher e um de cabelos brancos, que parecia ser o mais velho de todos. Estavam em silêncio sentados no chão ao redor da fogueira e banhados pela luz daquela enorme lua cheia. Novamente ouvi aquela voz a me dizer: Venha vamos nos juntar aos outros para ouvirmos as orientações. Outros? Perguntei.

Uma sensação muito forte. Sim, olhe ao seu redor, respondeu. Com uma rapidez incrível nos deslocávamos no meio daquela mata fechada, é como se estivéssemos voando entre as arvores numa velocidade surpreendente.

Fixei minha atenção ao redor da clareira e então percebi que existiam centenas, talvez milhares de pessoas em pequenos grupos ao nosso redor.

Quando de repente, enxerguei uma enorme clareira. Nesse momento perdi a consciência…” Olhei para cima e tive uma das mais intensas sensações da minha vida. O céu negro, com milhares de estrelas brilhantes e no horizonte uma enorme lua cheia.

Prezados leitores que acompanham nossos textos.

A lua prateada era enorme, maravilhosa.

Descrevi acima, de forma sucinta, um desdobramento ou projeção astral ocorrido comigo há muito tempo.

Por alguns segundos fiquei hipnotizado pela sua beleza, tive a sensação que foram horas olhando fixamente para aquela enorme lua prateada. Quando ouvi novamente a voz a dizer:

Nesta época ainda não tinha entrado para a umbanda, mas me interessava muito pelas coisas do espírito.

Voltei minha visão para o solo, e enxerguei uma grande fogueira com algumas pessoas sentadas ao seu redor.

Esta passagem me marcou profundamente e nunca mais esqueci os detalhes deste desdobramento astral.

Estavam sérias, tinham a aparência de pessoas do campo, fisionomias rudes, a maioria era de homens


Foi a primeira, de muitas outras projeções onde “ entrei em contato consciente com o Vou detalhar um pouco mais cada etapa desta viagem astral. Comecei o texto acima com aquela voz que me Esta visão marcou minha vida. marcou profundamente: Ainda hoje quando olho para a lua cheia, sinto uma força interior que me incomoda, uma Naquele momento não me preocupei em saber alegria intensa, misturada com muita saudades de quem era a voz, somente ouvia de forma firme daquele lugar e daquele momento. e intensa, mas não enxergava mais ninguém me Uma visão maravilhosa que eu nunca acompanhando e sentia uma havia visto antes; o céu era negro e segurança muito grande naquele ser nuvens de estrelas brilhavam formando que estava me acompanhando. uma imagem que lembrava o leito de Após muitos anos, fiquei sabendo, um rio iluminado. que era do A lua era muito grande e brilhante, no Outro momento marcante foi momento que olhei para aquela lua caminhar ligeiro no meio do enorme foi como se eu me juntasse a desconhecido. ela; perdi por alguns instantes a noção de tudo o que existia ao meu redor, me “ senti nas entranhas daquele astro. “

Foi uma sensação muito estranha e marcante.

A sensação durou segundos, mas pareceu uma eternidade, foi um momento de arrebatamento.

A sensação era que estava caminhando a uma “ velocidade enorme, poderia até dizer que estava voando, me deslocando a uma velocidade muito grande e totalmente no escuro. Até aquele momento não tinha notado a Quando falo no escuro, é no escuro mesmo, sem presença de mais nada, somente a mata e o céu. nenhuma referência. Quando despertado pela voz, daquele momento Sentia uma sensação de frio, é como se a de êxtase, pude perceber as sete pessoas que umidade daquela região, o ar frio soprasse sobre estavam ao redor da fogueira. meu corpo. Lembraram-me índios, mas não os índios Aos poucos fui ficando mais consciente e brasileiros; tinham traços fortes em sua comecei a visualizar algumas referências. fisionomia. “ Transmitiam muita seriedade e força espiritual. Olhei, um por um, notando suas diferenças individuais e pude perceber a presença de uma mulher e do mais velho do grupo.

Tudo era muito real, as sensações eram muito reais. De forma instintiva contei quantos eram, e pude confirmar que eram em número de sete, naquele Embora aquela mata fosse real, estava me momento não significou nada para mim. deslocando no meio daquela floresta numa velocidade incrível e sem trombar em nenhuma arvore ou cipó existente; é como se eu passasse por dentro da matéria que formava aquela região.


Isso também chamou minha atenção. Estavam sentados ao redor da fogueira, todos em silêncio, os olhares se perdiam no infinito, mas tive a impressão que estavam se comunicando entre si. É como se todos estivessem conectados mentalmente, o luar que iluminava aquela reunião dava a impressão de trazer vibrações espirituais que vinham do espaço cósmico. A sensação era de que estavam todos em transe mediúnico recebendo mensagens das esferas superiores. “

E m nome de Quando a voz me orientou a olhar ao redor notei que não estávamos sozinhos, mas acompanhados por muitos espíritos, eram centenas de grupos. Notei que em cima de cada grupo de espíritos, havia um ponto luminoso de luz tênue, que posteriormente fiquei sabendo que era a luz do mentor espiritual de cada grupo. Semelhante àquela voz que me acompanhava e me orientava naquela viagem astral. “

Passados muito anos, fiquei sabendo que diariamente me deslocava para aquela região e sempre acompanhado pelo .

Em nome de todos os Em nome da sagrada sagrado Em nome dos S a coroa espiritual do

, e do . e perante

Eu juro respeitar e seguir todos ensinamentos recebidos neste Terreiro.

os

Jamais usar meus conhecimentos para interferir ou prejudicar o livre arbítrio dos meus semelhantes. Sempre obedecer a lei divina e respeitar a lei dos homens. Amar meus irmãos e praticar a Em nome de

Da mesma forma, outras pessoas, durante o sono, eram encaminhadas aquela região para receberem ensinamentos e orientações sobre a espiritualidade e a umbanda. Estávamos em formavam o

.

e aqueles sete espíritos

Reino das Águas

eu juro!



N

o centro de formoso jardim, havia grande lago, adornado de ladrilhos azul-turquesa. Alimentado por diminuto canal de pedra, escoava suas águas, do outro lado, através de grade muito estreita.

– “Não será melhor pesquisar a vida e conhecer outros rumos?” Optou pela mudança. Apesar de macérrimo pela abstenção completa de qualquer conforto, perdeu várias escamas, com grande sofrimento, a fim de atravessar a Nesse reduto acolhedor, vivia toda uma passagem estreitíssima. comunidade de peixes, a se refestelarem, nédios e satisfeitos, em complicadas locas, frescas e Pronunciando votos renovadores, avançou, sombrias. Elegeram um dos concidadãos de otimista, pelo rego d’água, encantado com as barbatanas para os encargos de rei e ali viviam, novas paisagens, ricas de flores e sol que o plenamente despreocupados, entre a gula e a defrontavam, e seguiu, embriagado de preguiça. esperança … Junto deles, porém, havia um peixinho vermelho, Em breve, alcançou grande rio e fez inúmeros menosprezado de todos. conhecimentos. Não conseguia pescar a mais leve larva, nem refugiar-se nos nichos barrentos. Os outros, vorazes e gordalhudos, arrebatavam para si todas as formas larvárias e ocupavam, displicentes, todos os lugares consagrados ao descanso.

Encontrou peixes de muitas famílias diferentes, que com ele simpatizaram, instruindo-o quanto aos percalços da marcha e descortinando-lhe mais fácil roteiro. Embevecido, contemplou nas margens homens e animais, embarcações e pontes, palácios e veículos,

cabanas e arvoredo. O peixinho vermelho que nadasse e sofresse. Por isso mesmo era visto em correria constante, Habituado com o pouco, vivia com extrema perseguido pela canícula ou atormentado de simplicidade, jamais perdendo a leveza e a fome. agilidade naturais. Não encontrando pouso no vastíssimo domicílio, Conseguiu, desse modo, atingir o oceano, ébrio o pobrezinho não dispunha de tempo para de novidade e sedento de estudo. muito lazer e começou a estudar com bastante interesse. De início, porém, fascinado pela paixão de observar, aproximou- se de uma baleia para Fez o inventário de todos os ladrilhos que quem toda a água do lago em que vivera não enfeitavam as bordas do poço, arrolou todos os seria mais que diminuta ração; impressionado buracos nele existentes e sabia, com precisão, com o espetáculo, abeirou-se dela mais que devia onde se reuniria maior massa de lama por e foi tragado com os elementos que lhe ocasião de aguaceiros. constituíam a primeira refeição diária. Depois de muito tempo, à custa de longas perquirições, encontrou a grade do escoadouro. À frente da imprevista oportunidade de aventura benéfica, refletiu consigo:

Em apuros, o peixinho aflito orou ao Deus dos Peixes, rogando proteção no bojo do monstro e, não obstante as trevas em que pedia salvamento, sua prece foi ouvida, porque o valente cetáceo


começou a soluçar e vomitou, restituindo-o às Estimulado pela proeza de amor que efetuava, correntes marinhas. supôs que o seu regresso causasse surpresa e entusiasmo gerais. Certo, a coletividade inteira O pequeno viajante, agradecido e feliz, procurou lhe celebraria o feito, mas depressa verificou que companhias simpáticas e aprendeu a evitar os ninguém se mexia. perigos e tentações. Todos os peixes continuavam pesados e ociosos, Plenamente transformado em suas concepções repimpados nos mesmos ninhos lodacentos, do mundo, passou a reparar as infinitas riquezas protegidos por flores de lótus, de onde saíam da vida. Encontrou plantas luminosas, animais apenas para disputar larvas, moscas ou minhocas estranhos, estrelas móveis e flores diferentes no desprezíveis. seio das águas. Sobretudo, descobriu a existência de muitos peixinhos, estudiosos e delgados tanto Gritou que voltara a casa, mas não houve quem quanto ele, junto dos quais se sentia lhe prestasse atenção, porquanto ninguém, ali, maravilhosamente feliz. havia dado pela ausência dele. Ridiculizado, procurou, então, o rei Vivia, agora, sorridente e de guelras enormes e comunicoucalmo, no Palácio de Coral que lhe a reveladora aventura. elegera, com centenas de amigos, para residência ditosa, O soberano, algo entorpecido pela quando, ao se referir ao seu mania de grandeza, reuniu o povo começo laborioso, veio a saber e permitiu que o mensageiro se que somente no mar as explicasse. criaturas aquáticas dispunham de mais sólida garantia, de vez O benfeitor desprezado, valendoque, quando o estio se fizesse se do ensejo, esclareceu, com mais arrasador, as águas de ênfase, que havia outro mundo outra altitude continuariam a líquido, glorioso e sem fim. correr para o oceano. Aquele poço era uma O peixinho pensou, pensou... e insignificância que podia sentindo imensa compaixão desaparecer, de momento para daqueles com quem convivera outro. na infância, deliberou consagrarse à obra do Além do escoadouro próximo progresso e salvação deles. desdobravam-se outra vida e outra experiência. Lá fora, corriam Não seria justo regressar e regatos ornados de flores, rios anunciar-lhes a verdade? Não caudalosos repletos de seres seria nobre ampará-los, prestando-lhes a tempo diferentes e, por fim, o mar, onde a vida aparece valiosas informações? cada vez mais rica e mais surpreendente. Não hesitou. Descreveu o serviço de tainhas e salmões, de Fortalecido pela generosidade de irmãos trutas e esqualos. benfeitores que com ele viviam no Palácio de Deu notícias do peixe-lua, do peixe-coelho e do Coral, empreendeu comprida viagem de volta. galo-do-mar. Tornou ao rio, do rio dirigiu-se aos regatos e dos regatos se encaminhou para os canaizinhos que Contou que vira o céu repleto de astros sublimes o conduziram ao primitivo lar. e que descobrira árvores gigantescas, barcos imensos, cidades praieiras, monstros temíveis, Esbelto e satisfeito como sempre, pela vida de jardins submersos, estrelas do oceano e estudo e serviço a que se devotava, varou a ofereceu-se para conduzi-los ao Palácio de Coral, grade e procurou, ansiosamente, os velhos onde viveriam todos, prósperos e tranqüilos. companheiros. Finalmente os informou de que semelhante felicidade, porém, tinha igualmente seu preço.


Deveriam todos emagrecer, convenientemente, abstendo-se de devorar tanta larva e tanto verme nas locas escuras e aprendendo a trabalhar e estudar tanto quanto era necessário à venturosa jornada. Assim que terminou, gargalhadas estridentes coroaram-lhe a preleção. Ninguém acreditou nele. Alguns oradores tomaram a palavra e afirmaram, solenes, que o peixinho vermelho delirava, que outra vida além do poço era francamente impossível, que aquela história de riachos, rios e oceanos era mera fantasia de cérebro demente e alguns chegaram a declarar que falavam em nome do Deus dos Peixes, que trazia os olhos voltados para eles unicamente. O soberano da comunidade, para melhor ironizar o peixinho, dirigiu-se em companhia dele até à grade de escoamento e, tentando, de longe, a travessia, exclamou, borbulhante: – “Não vês que não cabe aqui nem uma só de minhas barbatanas? Grande tolo! vai-te daqui! Não nos perturbes o bem estar… Nosso lago é o centro do Universo... Ninguém possui vida igual à nossa!… Expulso a golpes de sarcasmo, o peixinho realizou a viagem de retorno e instalou-se, em definitivo, no Palácio de Coral, aguardando o tempo. Depois de alguns anos, apareceu pavorosa e devastadora seca. As águas desceram de nível. E o poço onde viviam os peixes pachorrentos e vaidosos esvaziou-se, compelindo a comunidade inteira a perecer, atolada na lama…


Gira Grande dos Guardiões

D

ia 18 de Dezembro de 2015 encerramos as atividades deste ano

no

Como sempre fazemos realizamos a pedido do Guardião responsável pelo a festa de confraternização, que chamamos de É um dia especial de muita energia, força e união. Um encontro entre os Guardiões do Terreiro, seus médiuns e pouquíssimos convidados, que normalmente são familiares dos membros do Terreiro. Cada um leva seu prato predileto que será compartilhado com os demais participantes. Um ágape em família - material e espiritual. A pedido do Guardião Chefe do Terreiro preparamos com muito carinho sua comida preferida (Frango ensopado, Jerimum com carne seca e farofa amarela) que é feita com muito cuidado e dedicação pela madrinha Elisabete. Parte desta comida oferenda no centro restante sobre a compartilhada com convidados.

é colocada em do Terreiro e o mesa para ser todos os demais

É importante registrar que os Guardiões quando estão em terra, trabalhando incorporados em seus médiuns, não comem. Os médiuns irão participar da ceia, após o encerramento dos trabalhos, juntamente com os demais convidados e participantes do Terreiro.

Neste dia evocamos os Exus de todos os sete reinos sagrados (Fogo, Terra, Ar, Água, Matas, Humanidade e Almas).



D

urante o ano realizamos mensalmente uma Gira para os Guardiões, mas em nenhuma delas existe a presença da comida.

A bebida utilizada é colocada num copo de vidro sobre a toalha vermelha que fica ao centro do Terreiro e nenhuma entidade incorporada consome bebida ou comida. Cada um dos Guardiões firma sua vela (sebo) na cor desejada (preta, vermelha ou vermelha e preta) ao redor da toalha. Dois vasos são colocados nas laterais para serem colocadas as rosas vermelhas (Pombas Giras) e os cravos vermelhos (Exus). Ao centro da toalha é colocada uma

, simbolizando o Exu (Esfera).

Sob esta esfera são colocados os pedidos dos presentes e durante os trabalhos os Guardiões ficam vibrando ao redor desta toalha. Além de atuarem na limpeza espiritual e proteção do Terreiro, também atendem as necessidades daqueles que estão presentes na Gira. Na Grande Gira de final de ano, o Guardião chefe oferece a oferenda (comida) a todos aqueles espíritos que durante o ano, por algum motivo, se aproximaram do Terreiro e escolheram participar da . Muitos são presos e afastados de suas vítimas, alguns escolhem deixar o caminho das trevas e são resgatados espiritualmente pelos para começarem a participar como (são os chamados exus batizados). A estes espíritos vitoriosos (segundo o Guardião Chefe) é que são oferecidas as oferendas do final de ano na . São seres espirituais que num futuro próximo estarão atuando como Lei de Umbanda.

os Guardiões da


Podem ser entendidos como forças espirituais universais. 6)Exu na Quimbanda tem uma atuação bem diferente do Exu na Umbanda.

T

enho recebido muitos e-mails solicitando textos e orientações sobre Exu. Exu é uma linha de trabalho bastante complexa e polêmica, e devido a falta de informações e preconceitos que foram se formando durantes os anos, desperta muita curiosidade entre os umbandistas e demais estudiosos da Umbanda.

Neste caso estamos nos referindo a outro tipo de culto, diferente da Umbanda e que não segue a lei da Umbanda, um culto onde não existem “limites” morais para os “trabalhos espirituais” realizados.

Na doutrina seguida pelo Núcleo Mata Verde, estudamos e também trabalhamos com a linha Iremos aos poucos elucidando cada uma das questões apresentadas acima. dos Exus. Para aqueles que quiserem se aprofundar mais com o tema recomendamos o curso à distância ” que se encontra “ disponível na plataforma EAD do Núcleo Mata Verde – www.ead.mataverde.org

Hoje quero iniciar esta série de textos com um mito de Oxalá e Exu. Este mito pode ser encontrado no livro “Mitologia dos Orixás” de Reginaldo Prandi, às fls. 40.

Iremos apresentar, neste texto, a visão Segue abaixo o mito na íntegra. doutrinária do Núcleo Mata Verde, iremos aos poucos conhecendo a atuação dos Exus nos Sete Reinos Sagrados. No Núcleo Mata Verde chamamos os Exus de . Fazemos logo de início um alerta:

Iniciamos, portanto nosso estudo com algumas premissas: 1)Exu na doutrina seguida pelo Núcleo Mata Verde é considerado um Guardião. 2)Existem visões totalmente diferentes entre os cultos de Umbanda, Quimbanda e Candomblé. 3)Muito diferente é o conceito de Exu, espírito trabalhador da Umbanda e da Quimbanda, do Exu Orixá (culto de Nação). 4)Na Umbanda trabalhamos com a linha de Exu, ou seja, espíritos que atuam e possuem trabalho bem definido dentro da religião de Umbanda 5)Exu no Candomblé é um Orixá, semelhante aos demais orixás, irmão de Ogum e Oxossi.


Naturalmente que iremos nos referir a linha dos Exus, espíritos e não ao Orixá Exu da Nação. Iremos destacar alguns trechos do mito acima apresentado:

Entendemos que todos os Exus que trabalham em Terreiros de Umbanda, possuem compromissos sérios com a lei da Umbanda. São trabalhadores da espiritualidade, chamamos estes exus de Exus de Lei. Nem sempre estes espíritos foram Exus de Lei, existiu uma época em que eram espíritos que estavam perdidos, sem nenhum compromisso com o bem, com a lei divina, com a evolução e com a espiritualidade. É isso o que diz este trecho

Vamos continuar com a leitura:

Aqui vamos, por analogia, chamar de Casa de Oxalá o .


Todos sabem que praticamente não existe Estes espíritos que ficaram, que observavam, que Terreiro de Umbanda que não tenha no alto, em estudavam, que prestavam atenção e que cima do Congá uma imagem de Oxalá. adquiriram o conhecimento maior, ficaram nos Terreiros. Oxalá na Umbanda é sincretizado com Jesus, e com certeza é o principal orixá cultuado na Foi então lhes dado a missão de cuidarem das Umbanda. encruzilhadas, por onde passavam todas as pessoas que se dirigiam a Casa de Oxalá. Podemos afirmar que todo Terreiro de Umbanda é considerado uma Casa de Oxalá, uma casa de São as tronqueiras existentes em todos os caridade, de bênçãos, de amor e espiritualidade. Terreiros e que ficam exatamente na entrada do Terreiro, lugar por onde deve passar todos os Voltando ao texto do mito, entendemos então que entram e todos os que saem. que estes espíritos que vagavam pelo mundo, sem rumo, se aproximaram do Terreiro de Umbanda, e aqui podemos estender o conceito de Terreiro para a própria Umbanda. Estes espíritos vieram para a Umbanda, e passaram a observar o que se fazia dentro dos Terreiros. Continuando a leitura do texto: Aqui verificamos qual a função do Exu da Umbanda, que é a da proteção ao Terreiro, a Casa de Oxalá. São os Exus os Guardiões do Templo, os Guardiões da Lei da Umbanda.

Muito são os espíritos que se aproximam dos Terreiros de Umbanda, se aproximam da Lei de Umbanda, mas nada aprendem e se afastam. Continuam a vagar sem rumo pelo espaço. Exu por sua vez continuou no Terreiro, observou, prestou atenção, teve paciência, estudou, aprendeu com o Mestre Oxalá.

Verifica-se no texto que os Exus passaram a ser os grandes trabalhadores da Umbanda e passaram a ter um papel muito importante na Umbanda.

Finaliza o mito afirmando que Exu ficou sendo o responsável por todas as encruzilhadas.

Finalizamos este texto destacando algumas características importantes do Exu de Lei, o Guardião da Umbanda:


1) Um dia foram espíritos sem rumo, que provavelmente trabalhavam negativamente, ou eram dominados por espíritos negativos. 2) Em um determinado momento se aproximaram da Lei da Umbanda e mudaram sua forma de pensar e agir, de “vagabundos” passaram a ser os maiores trabalhadores. 3) Foi designado a estes espíritos a função de tomarem conta da Casa de Oxalá, ou seja, tomarem conta do Terreiro de Umbanda, da Lei de Umbanda. 4) São espíritos fortes, e quando necessário, podem usar de meios duros para afastarem e punirem os indesejáveis. 5) São os espíritos responsáveis por todas as encruzilhadas. Saravá Exu das Sete Encruzilhadas! Saravá Umbanda!


No Núcleo Mata Verde seguimos uma umbanda iniciática, ou seja, existem graus iniciáticos onde o médium deve estudar e se desenvolver Assim ficaram classificados: espiritualmente. - Entidades dos médiuns Embora poucos umbandistas conheçam, a Iniciantes (I) umbanda iniciática é bem antiga e teve seu inicio . em 1924 na - Entidades dos médiuns de Banco (B) - Entidades dos médiuns de Terreiro (T) Em 1920 no Rio de Janeiro, o médium (26/12/1902 - Entidades dos Sub-Chefes 03/12/1986), teve a primeira manifestação de de Terreiros (SCT) uma entidade que identificou-se como . Durante os primeiros anos de sua ligação - Entidades dos Chefes de com a Umbanda, Benjamin foi auxiliado no seu Terreiros (CT) desenvolvimento pelo médium - Entidades dos Sub (Caboclo das Sete Encruzilhadas). Comandantes Chefes de Terreiros (SCCT) O vinha com a finalidade de criar – Entidades dos um novo núcleo de crescimento para a Umbanda e assim, toda a família do médium foi Comandantes Chefes de Terreiros (CCT) chamada a participar. Eram ao todo 12 pessoas que deram início em 1924 ao que foi chamada a Seara de Mirim.

introduziu o conceito de graduação aos seus médiuns em desenvolvimento, com uma classificação própria para cada um nos trabalhos de atendimento público. Foi, talvez, a primeira O novo adepto da religião iniciava seu desenvolvimento mediúnico na base da pirâmide hierárquica do terreiro, e ia ascendendo nela conforme seu próprio ritmo, levando-se em conta a seriedade e a dedicação do neófito, e sempre de acordo com a intensidade e a qualidade com que seus próprios Guias trabalhavam junto ao médium. Com isso, durante seu desenvolvimento, o médium exercitaria várias funções dentro dos trabalhos de caridade. A nomenclatura dos sete graus foi baseada na terminologia da língua , da antiga raça dos índios .

http://www.tendaespiritamirim.com.br/

http://fraternidadeumbandistaluzdearuanda.bl ogspot.com.br/


UMBANDA INICIÁTICA – palavra de origem Tupy que significa "Homem mais elevado – Bispo". O Primado de Umbanda é uma organização federativa nacional de Umbanda, fundada em por diversas Tendas de Umbanda, tendo como seu idealizador a Entidade Espiritual , que atuava através denominada do saudoso médium , fundador da Tenda Espírita Mirim, com a finalidade de estimular o estudo da religião de Umbanda e a difusão e defesa dos seus reais ensinamentos, bem como, dar formação sacerdotal e iniciática aos dirigentes das Tendas de Umbanda Federadas.

- palavra de origem Tupy que significa "Missionário - Homem de Cristo Homem Diferente - Um Padre". – palavra de origem Tupy que significa "Sacerdote Menor". – palavra de origem Tupy que significa "discípulo, súdito de nível considerável, nível maior". – palavra de origem Tupy que significa "discípulo, súdito, servo de nível médio".

– palavra de origem Tupy que significa "discípulo, súdito, neófito, iniciante, Líder Religioso discípulo novo – pequeno, novo". Comandante do Primado de Umbanda, que quando incorporado de sua Entidade Espiritual Com base no acima exposto observa-se que recebe a denominação de TUPIXABA, estando existe uma terminologia para identificar a sobre sua responsabilidade a orientação graduação do médium e outra terminologia para doutrinária, filosófica e moral da Instituição, bem identificar a graduação da Entidade atuante no como, as ordenações sacerdotais dos médium. Comandantes Chefes de Terreiro e o comando Assim quando um Comandante Chefe de das giras coletivas do Primado de Umbanda. Terreiro estiver incorporado de sua Entidade - Nomenclatura – CCT - (Comandante Espiritual deverá ser tratado como Morubixaba, e quando não estiver incorporado deverá ser Chefe de Terreiro) tratado como Comandante Chefe de Terreiro. - Nomenclatura – SCCT – (Sub Comandante Chefe de Terreiro) - Nomenclatura – CT – (Chefe de Terreiro) - Nomenclatura – SCT – (Sub Chefe de Terreiro) - Nomenclatura – T – (Terreiro) - Nomenclatura – B (Banco) - Nomenclatura – I (Iniciando) Significado em Tupy dos Termos Utilizados para Designar as Entidades Espirituais que em Ordem Decrescente estão Colocadas num Terreiro de Umbanda: - palavra de origem Tupy que corresponde à "Chefe das Tribos Indígenas Brasileiras".


Em 1941 foi realizado no Rio de Janeiro o primeiro congresso de umbanda. Entre os vários assuntos abordados neste congresso, foram apresentados os sete graus iniciáticos, chamados na época de “ ”. Seguem abaixo os sete graus de iniciação:

A doutrina iniciática dos sete reinos sagrados teve seu inicio na Tenda de Umbanda Pai Oxalá, localizada na cidade de Araraquara. A Tenda de Umbanda Pai Oxalá em 1977 era filiada ao Primado de Umbanda e por razões particulares de sua dirigente se afastou do Primado de Umbanda, mas continuou com os graus iniciáticos. Foi a partir desta data (1977) que começou a se formar a , seguida pelo Núcleo Mata Verde e ensinada pelo Caboclo Mata Verde.


A doutrina dos sete reinos sagrados é uma doutrina ensinada e praticada no em templos filiados. Os

e

: – Sacerdote do Fogo – Sacerdote da Terra – Sacerdote do Ar – Sacerdote da Água – Sacerdote das Matas – Sacerdote dos Homens - Sacerdote das Almas

Para os médiuns de incorporação existem outros termos que servem para designar as entidades espirituais (semelhante ao Primado de Umbanda):

Obs.: Caso tenha interesse em implantar a doutrina dos sete reinos sagrados em seu terreiro, entre em contato pelo email: contato@mataverde.org e coloque no título da mensagem “


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- Gira de Abertura dos Trabalhos - Festa de Oxossi - Início às 20:00 horas - Gira Pública - Gira dos Guardiões - Início às 20:00 horas - Trabalho reservado aos médiuns da casa - Gira de Caboclos - Início às 20:00 horas - Gira Pública - Arapé - Reunião com os integrantes da equipe do Arapé.


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