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MATÉRIA DE CAPA Um modelo sem medo das mudanças A transição familiar dentro de uma empresa nunca é uma tarefa fácil, mas na Engrenagens São Francisco a chegada da terceira geração representa novas ideias e mais crescimento, acompanhando as tendências do mercado. Confira a entrevista com José Carlos Zanetti e seu filho Tomás Crestana Zanetti, que está assumindo a administração da empresa, sobre essa transição.
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Renova recebe Moção de Congratulação ............................. 11
Os preparativos para a Copa do Mundo de 2014 ............................ 26
Vicente Pires presta contas à indústria ....................................... 16
Passivo ambiental: uma “dívida” com as gerações futuras .............. 29
A preocupação crescente com o meio ambiente ............................ 18
Preconceito por aparência nas empresas pode acabar na justiça .. 30
Gestão de Riscos em Condições Crônicas ....................................... 23
Você sabe o que é um headhunter? ...................................................... 31
Investimentos em publicidade devem crescer 4,5% .................... 24
Sindilojas Gravataí é referência em sustentabilidade .......................... 34
EXPEDIENTE
Contatos:
Junho - 2011 - Ano IV - 20a Edição Circulação: 5000 Exemplares
Jornalista Responsável: Roselaine Vinciprova (MTB 11043) Versão online: www.revistamateriaprima.com.br Fontes: Fiergs, Fecomércio, Federasul, Sebrae RS, Portal da Qualidade, Setcergs, Zero Hora, Receita Federal do Brasil, Valor Econômico, Jornal do Comércio, O Estado de São Paulo, Mundo do Marketing, Gazeta Mercantil, InfoMoney e Administradores.
Av. Flores da Cunha, 1050 / 604 Centro - Cachoeirinha / RS
51 3041.2333
* Os artigos assinados não refletem, necessariamente, a opinião da revista Matéria Prima e são de inteira responsabilidade dos autores.
Coordenação: - Roselaine Vinciprova - roselaine@trcomunicacao.com - Tadeu Battezini - tadeu@trcomunicacao.com Geral: 51 3041.2333 | redacao@revistamateriaprima.com.br Comercial: Tadeu Battezini - tadeu@trcomunicacao.com Leonardo Azevedo - atendimento@trcomunicacao.com Colaboração: Camila Schäfer (MTB 15120) - camila@trcomunicacao.com Kamyla Jardim - redacao@trcomunicacao.com Fernando Junges - criacao@trcomunicacao.com Mateus Delazeri - criacao2@trcomunicacao.com
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Prêmio para as melhores práticas de gestão Segundo o Sebrae, o prêmio é uma forma de estimular a economia local, afinal as micro e pequenas empresas são os motores da economia e os prefeitos que investem em políticas públicas voltadas aos pequenos negócios incentivam o desenvolvimento em seus municípios O Sebrae lançou em maio a 7ª edição do prêmio Prefeito Empreendedor. Realizado de dois em dois anos, o prêmio reconhece a capacidade administrativa dos gestores que elaboraram os melhores projetos e implantaram ações em favor do desenvolvimento de micro e pequenas empresas em seus municípios. A expectativa é que 1,3 mil prefeitos se inscrevam neste ano. Segundo o Sebrae, premiar as melhores práticas de gestão voltadas ao empreendedorismo é uma forma de estimular a economia local, afinal as micro e pequenas empresas são os motores da economia e os prefeitos que investem em políticas públicas voltadas aos pequenos negócios incentivam a geração de emprego e renda em seus municípios. O prêmio
também promove a regulamentação e a implementação da Lei Geral da Micro e Pequena Empresa (MPE). A legislação já foi regulamentada em 2.995 cidades, que representam 53% do total do país e mais de 70% da população brasileira. A premiação é dividida em duas etapas: estadual e nacional. Ao todo serão concedidos cinco prêmios na categoria Melhor Projeto Nacional, um por região, e sete prêmios nacionais temáticos, escolhidos a partir dos projetos vencedores em cada categoria na fase estadual. A inscrição dos prefeitos é gratuita e pode ser feita apenas em meio eletrônico. Os interessados devem acessar o site www.prefeitoempreendedor.sebrae.com. br, preencher um formulário de inscri-
ção, imprimi-lo, assiná-lo e enviá-lo ao Sebrae estadual mais próximo, em envelope lacrado, com duas declarações dos empreendedores beneficiados. O prefeito/administrador poderá também enviar fotos do projeto inscrito e material ilustrativo. Os vencedores recebem troféu, certificado e uma viagem internacional, além de terem o direito de usar o selo Prefeito Empreendedor. A viagem leva os prefeitos para conhecerem experiências de apoio a pequenos negócios no exterior que possam ser replicadas no Brasil. A premiação da 7ª edição deverá ser entregue na XV Marcha a Brasília em Defesa dos Municípios, com data a ser definida em 2012.
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editorial / mensagens
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Desafios na gestão de empresas:
transição e sustentabilidade Manter e conduzir uma empresa de forma competitiva e estratégica no atual mercado não é uma tarefa fácil. No entanto, para as empresas familiares, a transição passa a ser mais um desafio, afinal, cada geração tem uma forma de pensar e agir. As relações de trabalho mudam quando existem membros da família na empresa e, muitas vezes, ainda falta profissionalização. Na Engrenagens São Francisco, porém, a transição entre gerações, ao contrário, só trouxe mais crescimento. Os detalhes de como está sendo essa transição podem ser conferidos em entrevista exclusiva com José Carlos Zanetti e o filho, Tomás. A preocupação crescente com o meio ambiente também é pauta desta edição da revista Matéria Prima, que fala sobre a Política Nacional de Resíduos Sólidos, licenciamento ambiental e legislação ambiental. Especialistas em direito também explicam, em seus artigos, como o meio ambiente
pode impactar juridicamente as empresas. Além dessas matérias, o leitor ainda ficará por dentro do que acontece no meio empresarial de Cachoeirinha e Gravataí. Como exemplo, a moção ganha pela Renova, a nova sede da Feijó Advogados e o Prêmio que o Sindilojas Gravataí recebeu por suas práticas em sustentabilidade. A partir desta edição a Revista Matéria Prima está redirecionando sua entrega com o aumento da distribuição em Cachoeirinha, Gravataí e Porto Alegre. Com isso, a meta é atingir de forma cada vez mais completa a região, consolidando sua posição de ser o melhor veículo de comunicação da área empresarial. Com isso, Canoas deixa de receber a revista, mas poderá acessar online pelo site. Para 2011 teremos ainda muitas novidades para cada vez mais buscar a qualidade para os nossos parceiros, leitores e colaboradores. Boa leitura e até agosto!
MENSAGENS Venho, em primeiro lugar, dar os parabéns à equipe da revista Matéria Prima pelos 3 anos de muito sucesso. Também venho agradecer pela confiança e fidelidade de nossa parceria, que com certeza foi um fator fundamental no sucesso da marca Frederico Mombach. Parabéns a todos vocês!!! Fotógrafo Frederico Mombach Ateliê Fotográfico
Envie sua sugestão ou mensagem para nós! redacao@revistamateriaprima.com.br
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Feijó Advogados inaugura sede própria Em breve o escritório Elisete Feijó Advogados Associados deverá abrir as portas da sua sede própria, localizada na parada 51, de Cachoeirinha. Apesar de, há apenas três anos, ter inaugurado um novo e amplo espaço com padrões modernos e atuais para melhor atender, o espaço se tornava cada vez menor. O investimento, segundo a advogada Elisete Feijó, vai possibilitar uma sede mais ampla, confortável e moderna. Os advogados terão salas individuais por área de atuação, duas salas de reuniões e um espaço para lazer ao ar livre. Pensando na comodidade dos clientes, o local também oferece mais vagas de estacionamento nas proximidades e continua localizado na área central da cidade. Aliado a essa novidade, a advogada Elisete Feijó está reavaliando
seus processos internos através de uma consultoria especializada e ampliando sua área de atuação para fomentar o crescimento dos seus clientes. O site da empresa (www.feijoadvogados.com.br) também sofreu uma reestruturação, de acordo com os novos conceitos do mercado. Todas essas mudanças vêm junto com uma grande expectativa. “O crescimento é uma constante em nosso escritório, vamos expandir não só a nossa infraestrutura, como a potencialidade dos nossos clientes, que estão sempre comprometidos com a prevenção jurídica de seus negócios. Isso graças ao trabalho inovador, célere, comprometido, ético, transparente e eficaz que é prestado pela equipe aos seus clientes”, afirma a advogada Elisete Feijó.
Novo portal do Senai trará facilidades O portal Indústria e Talentos (www.senairs. org.br/talentos) foi lançado pelo Senai-RS com o objetivo de ser um canal gratuito e direto entre as empresas que necessitam contratar pessoas com a qualificação profissional desejada e os alunos da instituição que procuram uma oportunidade para ingressar no mercado de trabalho. Agora o cadastro dos alunos pode ser realizado diretamente pelo site, não necessitando de formulário impresso. Com a possibilidade das empresas incluírem ofertas de trabalho e de filtrarem as buscas inclusive por candidatos portadores de deficiência, o portal apresenta um novo layout, mais fácil de navegar, a fim de proporcionar mais agilidade para o público. A principal intenção do portal é ampliar o número de currículos e empresas cadastradas, permitindo o ingresso dos alunos de forma mais rápida no mercado de trabalho. Atualmente são 12.900 alunos e 2.500 empresas cadastradas. Em 2010, foram feitas 17.268 consultas por alunos e 30.245, por empresas.
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estado
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Curso Ferramentas da Qualidade 2011 A Fundi-RS estará realizado entre os dias 13 e 16 de junho o curso Ferramentas da Qualidade 2011 na Sindimetal, em São Leopoldo. Com o objetivo de qualificar pessoas com ensino fundamental incompleto para o mercado de trabalho, a Fundi-RS está promovendo um total de 16 horas de conteúdo sobre benefícios das ferramentas da qualidade, a utilização do histograma, do pareto, do ciclo PDCA, entre outros, além de instruir no comportamento do funcionário, ensinando sobre as dificuldades encontradas no dia-a-dia e o processo de avaliação. Para maiores informações sobre o curso acesse o site: www.fundi-rs.com.br.
números do plástico no ESTADO
O Sindicato das Indústrias de Material Plástico no Estado do Rio Grande do Sul (Sinplast) divulgou dados de uma pesquisa recente desenvolvida pela Maxiquim sobre o cenário atual da indústria de transformação do plástico no Estado e no Brasil. Ao todo são 1,2 mil empresas, sendo que 90% delas são micro e pequenas indústrias. De acordo com a pesquisa, em 2010 o faturamento foi de R$ 4.589 milhões, obtendo um crescimento de 8,6% em relação a 2009, consumindo 524 mil toneladas de resinas plásticas, e oferecendo 28.869 mil empregos. A pesquisa também revelou que quase 80% da produção de produtos plásticos estão concentradas em três regiões: Serra (37%), Metropolitana (24%) e Vale do Sinos (18%).
Heitor Müller é eleito presidente da Fiergs Em votação realizada no dia 17 de maio, o empresário Heitor Müller, 70 anos, foi eleito o presidente da Federação e do Centro de Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs) em chapa única. Dos 112 sindicatos que poderiam participar do pleito, 92 votaram, uma abstenção de 18%, considerada baixa. Müller foi eleito com 91 votos (houve um voto em branco). Segundo o atual presidente da Fiergs, Paulo Tigre, a adesão à chapa única representa a unidade do sistema Fiergs. Em seu discurso após a eleição, o novo presidente da federa-
Divulgação Fiergs
Ex-presidente, Paulo Tigre, felicita Heitor Müller
ção destacou que o seu maior desafio será convencer todos os setores da economia gaúcha e o governo de que o Estado precisa competir em condições iguais com os demais.
Inscrições abertas para o Prêmio de Responsabilidade Social 2011 O edital do Prêmio Responsabilidade Social 2011, lançado em maio, já pode ser consultado no portal www. al.rs.gov.br/premios. As inscrições podem ser feitas até 31 de julho no portal. A entrega das distinções está prevista para 23 de novembro, no Teatro Dante Barone. Instituído por lei estadual, o Prêmio de Responsabilidade Social é promovido pelo Parlamento Gaúcho, sob coordenação de um grupo formado por representantes de 16 entidades e instituições da sociedade civil. Acompanhada por uma auditoria externa, essa comissão avalia os investimentos das organizações inscritas em ações sociais e decide quem vai receber os certificados, os troféus, as men-
ções especiais e os diplomas. Podem concorrer empresas privadas, sociedades, organizações governamentais, administrações municipais, instituições de ensino e entidades sem fins lucrativos. O objetivo é incentivar projetos voltados para o bem-estar da sociedade e para a preservação ambiental. Quem quiser concorrer ao certificado deve apresentar o balanço social. Já para disputar os troféus é necessário enviar balanço e relatório social. Para competir pela menção especial, deve haver caso comprovado de projeto de sustentabilidade ou de redes de cooperação. Os diplomas serão conferidos aos profissionais de contabilidade ou colaboradores indicados pelos participantes.
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CET deve ser informado para micro e pequenas empresas No mês de maio foi determinado, pela Resolução nº 3.909/10, que instituições financeiras devem informar o Custo Efetivo Total (CET) das operações de crédito que envolvam micro e pequenas empresas. O CET é uma taxa que sintetiza todos os custos na concessão de operações de crédito e deve ser calculado considerando os fluxos referentes às liberações e aos pagamentos previstos, incluindo a taxa de juros a ser pactuada no contrato, tributos, tarifas, seguros e outras despesas cobradas do cliente. Anteriormente, a obrigatoriedade do seu fornecimento estava restrita às operações para pessoas físicas. A medida, além de reduzir a assimetria de informações para esse segmento de empresas, estimula a concorrência entre as instituições financeiras.
Nova forma de pagamento para
transportadores autônomos Uma nova resolução foi publicada pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) para regulamentar o sistema obrigatório de pagamento de fretes aos transportadores autônomos. A Resolução nº 3.658, traz a obrigatoriedade do pagamento por meio de depósito em conta bancária no nome do titular vinculado ao Registro Nacional de Transportador Rodoviário de Cargas (RNTRC) ou em créditos a serem inseridos em um cartão por meio de um sistema eletrônico de pagamentos, que será operado por uma administradora habilitada pela ANTT. Todas as operações de transporte rodoviário deverão ser registradas junto à administradora de pagamentos eletrônicos e cada uma delas terá um Código Identificador da Operação de Transporte. Sem o código, não poderá
haver pagamento do frete. A ANTT informou que haverá um prazo de 180 dias para a implementação do sistema e o início da fiscalização. O contratante que não realizar o pagamento do frete dentro das regras estará sujeito a multa de 100% do valor do frete, com limitação de no mínimo R$ 550 e no máximo R$ 10.500. O autônomo que não receber o frete da forma obrigatória poderá perder seu registro RNTRC e pagar multa de R$ 550. Segundo a ANTT, a regulamentação dos meios de pagamentos de frete começou por conta de uma demanda dos transportadores autônomos, que eram obrigados a receber através de carta-frete. Com isso, eles eram sujeitos a todo tipo de aviltamento feito pelos postos de gasolina para trocar a carta-frete como, por exemplo, pagar por um diesel mais caro.
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entrevista
Junho de 2011 | www.revistamateriaprima.com.br Frederico Mombach
José Carlos Zanetti e seu filho, Tomás Crestana Zanetti, que está assumindo a administração da empresa
entrevista | José Carlos Zanetti
A consolidação de um modelo
sem medo das mudanças
A transição familiar dentro de uma empresa nunca é uma tarefa fácil, mas na Engrenagens São Francisco a chegada da terceira geração representa novas ideias e mais crescimento, acompanhando as tendências do mercado. Confira a entrevista com José Carlos Zanetti e seu filho Tomás Crestana Zanetti, que está assumindo a administração da empresa, sobre essa transição. A Engrenagens São Francisco completará 47 anos em dezembro, sendo uma das pioneiras no setor. Fale um pouco desta história. José Carlos: A empresa foi fundada em Porto Alegre em 1964 por um grupo de pessoas e dentre elas o meu pai, Casemiro Zanetti. Em 1967 ingressei como funcionário e em 1980 compramos as cotas dos outros sócios. Esta relação com meu pai se manteve até 2007, quando adquiri a totalidade da empresa. Como foi a evolução dos produtos da empresa? José Carlos: Inicialmente trabalháva-
mos com recuperação de engrenagens e reforma de tratores. Em 1980 passamos a oferecer serviço de mão-de-obra para terceiros e usinagem de peças em geral. Foi somente em 2001 que começamos a fabricar e vender nosso próprio produto para todo o Brasil, engrenagens de reposição para máquinas rodoviárias. Em 2004, tivemos um grande crescimento e necessitávamos de mais espaço. Foi nessa época que instalamos nossa sede em Cachoeirinha. Hoje nosso produto chega ao consumidor final através de uma rede de distribuidores autorizados nas principais cidades do país. O nosso maior parceiro é o Grupo Rech Trato-
res, com sede em Cuiabá, que através de suas lojas atende as regiões Norte e Nordeste. Grande parte dos empresários tem notado uma mudança no cenário do mercado, com maior competitividade e uma exigência pelo preço baixo. Como a empresa vê este cenário? José Carlos: O mercado está um pouco complicado devido à entrada de produtos estrangeiros, principalmente os asiáticos, com preços que em determinados casos beiram o custo de nossa matéria-prima. Acho que a pequena e a média indústria brasileira ainda não está
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Qual a saída para este cenário? José Carlos: No nosso caso, além de manter a qualidade e bom atendimento, estamos sempre atentos às necessidades do mercado no lançamento de novos produtos e na modernização dos equipamentos para atender cada vez melhor nossos clientes. Em 2009 estivemos numa missão empresarial na China visitando uma feira específica do nosso segmento com possibilidade de novos negócios. O seu filho, Tomás Crestana Zanetti, ingressou na empresa há 3 anos e representa a terceira geração da empresa. Como está sendo esta relação? José Carlos: Foi durante a viagem para a China que o Tomás manifestou interesse em ingressar na empresa. Estudante de engenharia mecânica, ele percebeu que era chegada a hora de começar a aplicar seus conhecimentos teóricos da faculdade na melhoria dos processos da empresa. Um de seus pro-
jetos é reduzir custos e tornar nossos produtos mais competitivos no mercado. Estou muito feliz com a vinda dele. Já temos atitudes claras resultantes das suas ideias, adquirimos novos equipamentos computadorizados para reduzir custos de fabricação. Ele também está à frente do processo de implantação da ISO 9001, para que possamos abrir um novo segmento direcionado à indústria montadora. Nas empresas, a transição entre gerações é sempre um momento delicado. Como vocês têm lidado com isso? José Carlos: Uma coisa muito importante entre nós é o diálogo e o respeito. Desde que ele chegou tenho a consciência que devo abrir espaço para que ele possa por em prática suas ideias. Estou passando a minha experiência e ele também tem me ensinado coisas novas. Ele sabe que tem o meu apoio quando necessitar tomar novas decisões. Tomás: Estou orgulhoso de poder dar continuidade à empresa que iniciou com meu avô e foi consolidada pelo meu pai. Sei que a confiança depositada no meu trabalho será um dos fatores mais importantes neste processo de
transição. Como é estar na terceira geração da empresa? Tomás: A responsabilidade em dar continuidade ao trabalho de meu pai é muito grande. Um dos principais motivos do sucesso alcançado é o modelo de gestão de pessoas. A grande maioria dos colaboradores foram formados pela empresa, através de cursos profissionalizantes como Senai. Nossa mãode-obra altamente qualificada garante um produto com qualidade diferenciada. Além disso, nosso índice de rotatividade de pessoas é muito baixo. Isso tem gerado ótimos resultados, como um baixo percentual de retrabalho. Como diretor de produção, priorizei ações de valorização do ambiente de trabalho, para manter o grupo motivado. Como recompensa às metas atingidas, promovemos eventos de integração com os funcionários de todos os níveis da empresa, valorizando o comprometimento de todos com os resultados obtidos. Acredito que agregando o conhecimento acadêmico à prática, tenho condições de promover as inovações necessárias para que a empresa continue em expansão. Frederico Mombach
Como diretor de produção, Tomás priorizou ações de valorização do ambiente de trabalho
entrevista
preparada para enfrentar essa concorrência e se o governo não tomar medidas de proteção à indústria nacional corremos sério risco de desindustrialização e consequente desemprego.
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DESENVOLVIMENTO Prof. Saul Sastre Diretor de Transportes Rodoviários - DAER/RS www.saulsastre.com.br saulsastre@terra.com.br
O Brasil tem que se reinventar Em reunião com empresários de Igrejinha no início de maio, a pauta naquela manhã fria era o fechamento da mais tradicional unidade produtiva da Azaleia em Parobé, culminando na demissão de 840 colaboradores do Vale do Sapateiro. Milton Cardoso, presidente da empresa, vinha há longo tempo tentando reinventar os processos, chegando ao limite da criatividade para combater um cenário de câmbio desfavorável, importações crescentes, impostos desvantajosos e custos superiores em relação aos concorrentes do exterior, que resultam em perda de negócios nos pontos de venda. Segundo o prof. Marcos Campomar, da Fia (Fundação Instituto de Administração), o Brasil participa apenas com 1,2% dos negócios globais, número pouco expressivo, que tende a aumentar nos próximos anos e a União Europeia, sabendo disso, anunciou uma proposta para acabar com os privilégios comerciais concedidos ao Brasil, antes considerado um país subdesenvolvido e agora perto de se tornar a quinta maior economia do planeta. No cenário asiático, o governo brasileiro não tem forças para impedir a entrada de produtos, pois além de depender da venda de matérias-primas, não tem produção interna e precisa comprar deles para atender a demanda e segurar a inflação. Milton Cardoso, para não comprometer o futuro da Azaleia, teve que cortar da própria carne, e se persistir essa guerra de ICMS entre Estados, o futuro do Vale do Sinos, assim como o de todas as empresas gaúchas e brasileiras, estará comprometido com um custo Brasil que inviabiliza qualquer investimento externo. A solução está na reforma tributária, pois organizando e simplificando a arrecadação, onde todos possam pagar e sendo severo com sonegadores, conseguiremos nos tornar competitivos para o mundo. Enquanto isso faço de minhas palavras, as palavras do Luiz Goulart, diretor da Abrasser Ferramentas, em Cachoeirinha: “Devemos estar atentos às mudanças do mercado para os próximos anos onde só se manterá vivo quem souber segurar os custos e enxergar oportunidades. Este mercado industrial como hoje se apresenta está com os dias contados”.
Solução em Engenharia Ambiental A Eco Time Serviços Ambientais é uma empresa que atua na área de Engenharia Ambiental, executando e coordenando projetos de desenvolvimento econômico com a utilização racional dos recursos naturais. Sediada em Cachoeirinha, a empresa possui estrutura, capacitação profissional e técnica para o atendimento de qual-
quer modelo de projeto ambiental requisitado. Atualmente, a Eco Time presta assessoria e consultoria em todas as áreas que envolvem o meio ambiente e está continuamente em busca de novas tecnologias e soluções para seus clientes, tornando-se referência na elaboração de soluções ambientais.
Alguns dos Projetos Ambientais desenvolvidos: • Licenciamento Ambiental Industrial (LP, LI, LO); • Licenciamento Ambiental de postos de combustíveis (LP, LI, LO); • Projeto e Execução de Recuperação de Áreas Degradadas; • Projetos ambientais para centros esportivos; • Projetos ambientais para mineração;
• Gerenciamento e Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos; • Assessoria em Termos de Ajustamento de Conduta (TAC); • Manuseio e transporte de produtos perigosos; • Gestão ambiental da implantação de novos empreendimentos; • Topografia; • Biologia; • Geologia; • Outorga de poço artesiano.
Data Cempro inaugura sede em julho A Data Cempro Informática planeja inaugurar sua nova sede em julho, mês em que completa 25 anos. O prédio foi construído sobre quatro terrenos adquiridos no loteamento City Nova Fase. Parte do pessoal já foi transferido para a nova
sede, mas ainda faltam alguns detalhes externos e internos para que ela seja inaugurada oficialmente. A ideia é comemorar os 25 anos da empresa e a inauguração do novo prédio em julho, na presença de clientes, representantes, parceiros e autoridades.
Aços Favorit apresenta
seus produtos na Feimafe A Aços Favorit estará presente na Feira Internacional de Máquinas e Ferramentas (Feimafe) 2011, que acontecerá no Parque Anhembi, em São Paulo. Em seu estande, a Favorit mostrará toda a sua linha de produtos, que inclui aços ferramenta para trabalho a quente, para trabalho a frio, além de aços rápidos, inoxidáveis e ligas especiais. Mais de 1,3 mil expositores já confirmaram presença na feira, o que possibilitará que a Feimafe 2011 apresente as melhores soluções em automação, controle de qualidade, acessórios e ferramentas. O evento também será uma oportunidade para os visitantes conhe-
cerem as tendências da indústria, fazer contatos e planejar os rumos do setor industrial. Os setores de exposição serão: Máquinas-Ferramenta; Moldes e Fundição; Sistemas de Solda; Sistemas Integrados de Transporte Interno; Automação; Robôs Industriais e Manipuladores; Células e Sistemas Flexíveis; Controle de Qualidade Integrado à Fabricação; Máquinas de Medição; Máquinas Tridimensionais; Componentes Elétricos, Eletrônicos e Mecânicos; Componentes Hidráulicos, Pneumáticos e de Lubrificação, entre outros.
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Divulgação Renova A Renova Lavanderia Industrial fabril. No pilar industrial, a Renorecebeu no início de maio, durante va investe permanentemente em a 14ª Sessão Ordinária, homenatecnologias voltadas à produção, gem na Câmara de Vereadores de visando não apenas o aprimoraCachoeirinha. A Moção de Conmento nos padrões de trabalho de gratulação foi proposta pelo vereseus produtos e serviços, mas tamador Marco Barbosa, simbolizando bém reduzir o impacto ambiental o reconhecimento dos trabalhos e melhorar a qualidade de vida dos desenvolvidos por promover a seus colaboradores. Finalmente, reinserção social de apenados. no pilar pessoas, cada colaborador A Renova convidou seus coda Renova é um agente disseminalaboradores e parceiros para presdor de práticas sustentáveis. Ela tigiarem a homenagem. Repretambém promove a reinserção sosentando o Instituto Penal Irmão cial através de parceria com a SUMiguel Dario e a Superintendência Marco Barbosa entrega prêmio ao diretor da Renova, Joarez Venço, e à SEPE e o Instituto Penal Irmão de Serviços Penitenciários do Esta- assistente social da SUSEPE, Mara Minotto Miguel Dario para desenvolver o do do Rio Grande do Sul - SUSEProjeto Trabalho e Dignidade, que PE estava a assistente social Mara Minotto. cente de mercado, passou a atuar tam- oportuniza trabalho e renda para apenaEm reconhecimento ao Projeto Trabalho bém como lavanderia doméstica. Neste dos do regime semi-aberto. A partir de e Dignidade, os colaboradores e a diretoria formato de atuação, a empresa chegou 2011, o programa também passou a inda Renova se reuniram no galpão crioulo a ter seis lojas. Em 1994, a Renova sub- cluir a Casa Albergue Feminino, em que na sede da empresa em Cachoeirinha para meteu-se a um processo de reengenharia, as apenadas são encaminhadas para o trauma confraternização antes de se dirigi- alterando o foco de negócio para aten- balho externo na Renova após permissão rem à Câmara Municipal. dimento a clientes industriais. Desde en- judicial. Projetos como este é que motiNa Câmara Municipal, o Vereador tão, vem se destacando e hoje conta com vam esta homenagem e demonstram que Marco Barbosa, em pronunciamento ao unidades nos Estados do Rio Grande do a Renova está na direção certa”. público presente, referiu que a empresa Sul, Paraná, Bahia e Pernambuco. QuaAo final da assembleia, o vereador serve de modelo e contou um pouco tro anos depois, a Renova transferiu suas Marco Barbosa e o presidente da Câda história da empresa e o que motivou atividades para a sede atual, no Distrito mara de Vereadores de Cachoeirinha, a homenagem: “A Renova iniciou suas Industrial de Cachoeirinha, tornando-se Maurício Medeiros, fizeram a entrega atividades em 1990, a partir da ideia dos a primeira lavanderia da Região Sul cer- da Moção de Congratulação com a seirmãos Joarez, José Airton e Roni Ven- tificada com as ISO 9001 e 14001. Na guinte mensagem: “À Renova Lavanso, de recuperar roupas manchadas ou Renova, os pilares da sustentabilidade deria Industrial pelo trabalho relevante desbotadas, tornando-as praticamente são ambiental, industrial e pessoas. No no Município de Cachoeirinha, propornovas, através dos cuidados de uma tin- pilar ambiental, a Renova busca constan- cionando um bem imensurável à comuturaria especializada. As atividades foram temente reduzir o consumo de recursos nidade e ao meio ambiente através da iniciadas em uma pequena loja, mas com naturais. Hoje são reaproveitados mais de valorização da cidadania e da excelente a necessidade de atender a demanda cres- 40% dos efluentes gerados no processo atuação na sociedade”.
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UNIVERSO CULTURA Claiton Manfro Secretário da Cultura de Cachoeirinha Diretor do Cisco Teatro claiton.manfro@terra.com.br
Vivo em Cachoeirinha Em geral os aniversários, para além das festas, são momentos importantes para se fazer uma reflexão sobre nossa vida: aquilo que fizemos, deixamos de fazer ou queremos fazer. Claro que isto não vale para tudo: crianças – bebês, animais, objetos, instituições. Cachoeirinha, conhecida em Nova York como ‘Little Fall’, completou 45 anos no dia 15 de maio. Fizemos e estamos fazendo festa para comemorar este momento, mas é importante encontramos um tempo para pensarmos sobre o (como sugere o título do filme), “nosso lar”. Não vivemos nos lugares, eles é que vivem dentro de nós e Cachoeirinha não é diferente. Quando viajamos a levamos conosco. Cada morador deste lugar vê e se relaciona com ele de um jeito único. Talvez isto não sirva para quem chegou agora, mas em breve servirá. Estou aqui há mais de 30 anos. Neste período fui a muitos lugares, uns perto, outros longe, mas em todos Cachoeirinha foi comigo. Em alguns destes lugares eu pensava: puxa, na minha cidade não tem um jardim como este, não tem um teatro, uma cafeteria... Em outros já pensava diferente: como é bom morar em uma cidade com tanta riqueza cultural, que tem um rio, com tão baixo índice de desemprego, mortalidade infantil e violência, com tanto desenvolvimento social e harmonia. Seja como for, Cachoeirinha com seu lado bom ou não, estava lá - comigo. No fundo eu acredito que existe uma enorme diferença entre viver ou morar em um lugar. Quando se mora não se constrói uma relação afetiva com o espaço. Já quem vive em um lugar, descobre coisas impressionantes sobre ele e desenvolve uma relação de afeto tão profunda que procura em cada ação que realiza deixá-lo melhor e acaba vendo coisas positivas em tudo. Devemos sentir orgulho da nossa cidade. Temos coisas aqui que não existem em nenhum outro lugar. Vocês já viram a neblina que enfeita o Mato do Julio quando o sol está nascendo? Já contemplaram o pôr do sol no Parcão? Já perceberam que as amizades geradas aqui duram para sempre? Vocês já viram que todos nós temos um vizinho que torce para outro time e que o ‘‘mala’’ faz questão de deixar isto claro? Já pararam para pensar que Cachoeirinha é um modelo mundial na área de pesquisa sobre o arroz e que, no entanto, o município quase não dispõe de área rural? Já viram que conhecemos todos os mendigos pelo nome? Já olharam para a beleza do povo que vive aqui? Viva em Cachoeirinha, pois mesmo sem perceber, ela vive em você.
Oniz provome divisão
do setor comercial Durante seus 25 anos de atuação no mercado varejista do Sul do Brasil, a Oniz Distribuidora sempre apostou na adaptação contínua às necessidades dos mercados. Em 2011, a empresa promove uma nova alteração em sua estrutura. A partir de junho, o setor comercial da Oniz estará subdividido em duas novas equipes: a Oniz Disblue e a Oniz Multimarka. Pela separação, a Oniz Disblue estará encarregada da venda exclusiva de produtos da Procter & Gamble nos Estados do Rio Grande do Sul e Paraná. E a Oniz Multimarka representará os demais fornecedores, sendo eles: Ajinomoto, Mars, Mead Johnson, (RS e PR) Kelloggs, Nissin (RS), Red Bull (SC e RS), S.C Johnson (RS e SP), 3M e Pernod Ricard (SP). O objetivo da mudança é totalmente voltado para um melhor atendimento ao cliente, pois, a partir da divisão, muitos deles podem vir a
receber a visita de dois representantes da empresa, um da Disblue e outro da Multimarka. As duas equipes possuirão também gerências distintas, as quais buscam metas e objetivos diferentes uma da outra. Com a divisão, a expectativa é de um aumento significativo nas vendas, visto um trabalho mais focado nas necessidades do cliente. “Com essa separação já contamos com um crescimento em nosso faturamento já a partir dos primeiros meses de implantação”, comenta o gerente comercial da Oniz Multimarka, Paulo Sérgio Farias Cholet. Para se adequar à mudança, a Oniz já está programando alterações internas, como a contratação de mais profissionais. O objetivo inicial é estar mais presente junto ao varejista. Em estabelecimentos onde a Oniz vendia somente um produto, a perspectiva é aumentar a venda a 20 itens.
Excelência em medicina e segurança do trabalho A Ragat é uma empresa de medicina e segurança do trabalho que atende empresas enquadradas em graus de riscos ocupacionais mais elevados, tais como Engenharia, Construção Civil, Manutenção Predial e Transportes. Todos os serviços que se referem a acompanhamento médico em saúde ocupacional, proteção à saúde, orientação e segurança no trabalho, são cuidadosamente organizados dentro das normas regulamentadoras. A experiência da Ragat é baseada na vivência e experiência dos sócios, já alinhados com a preocupação em promover agilidade, segurança e diminuição de custos para as empresas que necessitam de acesso a plantas industriais, como indústrias de petróleo, química e petroquímica; indústrias de cerâmica; indústrias de alimentos;
indústrias de celulose e papel; indústrias de siderurgia e metalurgia. Para garantir a máxima qualidade do serviço prestado, a Ragat mapeia e acompanha as necessidades dos clientes, visando cumprir os prazos acordados, otimizar o tempo para realização dos exames e para liberação dos resultados, sistema via web, prontuários digitais e atendimento exclusivo dentro das suas instalações. A empresa procura soluções que atendam de forma satisfatória os clientes, por este motivo desenvolveu um sistema de gerenciamento web e atendimento dentro da sede do cliente, evitando assim, o deslocamento dos profissionais da empresa. A Ragat conta ainda com um software exclusivo, baseado nos procedimentos de acesso da Braskem e Refinaria Alberto Pasqualini (Refap).
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A evolução das artes gráficas Ricardo Sastre R3 Embalagens
Por força do hábito, muitos empresários antigos, quando vão imprimir seus materiais gráficos, procuram por tipografias. Entretanto, esse processo de impressão deixou de ser utilizado quase que em sua totalidade já faz alguns anos. A tipografia foi o primeiro processo de impressão em escala inventado por Gutemberg no século XIV. Ele foi um inventor alemão que introduziu a forma moderna de impressão de livros e jornais possibilitando a sua reprodução muito mais rápida e eficaz. Esse evento é considerado o mais importante do período moderno por possibilitar a difusão e a perpetuação do conhecimento. Hoje, substituído pelo processo de impressão off-set, a tipografia é utilizada somente para a produção de trabalhos em acabamento como vinco ou relevo ou a impressão de números em formulários. A primeira máquina de impressão
off-set que chegou ao Brasil foi no ano de 1922 trazida pela empresa Lithographica Ferreira Pinto, mas a popularização deste processo de impressão só aconteceu no início dos anos 70 devido ao alto custo dos equipamentos. O sistema off-set é um processo de impressão indireta, oriunda da Lithografia ao qual desenhava-se em uma pedra porosa a lápis ou pincel e aplicava-se óleo de linhaça sobre a figura e umedecia a pedra em seguida. A água adere à parte não coberta pelo óleo, evitando borrões ou manchas de tintas, que era aplicada com um rolo diretamente na pedra. A impressão no papel acontecia através do contato direto na pedra como uma espécie de carimbo. Esse sistema foi copiado e aperfeiçoado pela impressão off-set e máquinas rápidas e de qualidade foram sendo desenvolvidas e aperfeiçoadas ao longo
dos anos. As primeiras empresas que adquiriram essas máquinas no Brasil foram beneficiadas por uma excelente qualidade em seus impressos e agilidade de produção comparada à tipografia e consequentemente uma margem de lucro muito elevada devido ao ineditismo deste processo. Atualmente podemos contar com muitos avanços no processo de produção gráfica devido a constantes pesquisas e desenvolvimento, máquinas off-set informatizadas que regulam a quantidade de tinta e a posição do impresso no papel com um simples apertar de botão. Facilitam a operação e ao mesmo tempo aumentam a qualidade dos impressos consideravelmente. Quais são os reflexos que o setor gráfico vem sofrendo atualmente com toda essa evolução? A resposta para essa pergunta você confere na próxima edição.
Empresas pagam altos juros em 2011 Segundo um levantamento da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (Fecomércio) empresas brasileiras gastaram R$ 42,4 bilhões com pagamento de juros de janeiro a abril deste ano. Durante o ano de 2010 foi gasto um total de R$ 105 bilhões. Ainda segundo o levantamento, as
famílias também estão pagando mais juros. Até abril, os brasileiros pagaram R$ 54,4 bilhões. A Fecomércio afirma que caso não houvesse os constantes aumentos da taxa Selic, esse valor seria de R$ 50,4 bilhões, ou seja, foram retirados do consumo das famílias R$ 4 bilhões, direcionados ao pagamento de empréstimos em todo o
Brasil. Somando os valores pagos por pessoas físicas e jurídicas, de janeiro a abril deste ano, o pagamento de juros chega a R$ 96,8 bilhões.
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Empresas e escolas podem conhecer o Jardim Sensorial Um dos poucos Jardins Sensoriais existentes no Estado está localizado junto ao Parque Ambiental da Souza Cruz, em Cachoeirinha. Apesar de o Jardim Sensorial ser dirigido aos deficientes visuais que normalmente não têm acesso a parques e a projetos de educação ambiental, também pode ser visitado por empresas e escolas. O espaço oferece uma oportunidade única de “ver” a natureza de olhos fechados. O Jardim Sensorial prioriza plantas com texturas, formas e aromas di-
ferenciados, possibilitando usar os outros sentidos, além da visão. É possível tocar nas plantas e sentir os aromas. O espaço é adaptado para cadeirantes e a explicação de cada espécie está em braile. Mesmo sendo um espaço destinado aos deficientes visuais, a Souza Cruz convida todos a conhecerem este espaço único e adaptado, com uma planejada estrutura que possibilita contato direto com o meio ambiente. Para maiores informações e agendamentos, ligue para 3470.7478.
Peças de grande porte e dispositivos de qualidade A Tornesul foi fundada em meados do ano de 1987, no município de Gravataí, como uma empresa metalúrgica de pequeno porte. Desde o começo, o objetivo era conquistar clientes, oferecendo-lhes serviços de usinagem com alta qualidade, além de seriedade e competência na realização de suas expectativas de mercado. Hoje, a empresa possui uma sede própria no município de Cachoeirinha, contando com um parque fabril altamente desenvolvido. A Tornesul tem todas as condições de uma empresa reconhecida e fortemente preparada para desenvolver inúmeras soluções em pe-
ças industriais usinadas, de pequeno à grande porte. A empresa, atualmente, atende seus clientes oferecendo-lhes, única e exclusivamente, peças usinadas com os desenhos e projetos dos mesmos. Além de possuir um quadro de colaboradores altamente qualificado e um rol de máquinas e instrumentos de última geração. Maiores informações no site: www.tornesul. com.br.
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Mais saúde e conforto na Porto Alegre Clínicas Preocupada com o expressivo aumento na demanda por consultas médicas clínicas e especialidades médicas, a Porto Alegre Clínicas oferecerá ainda mais saúde e conforto aos seus beneficiários. A partir de junho haverá aumento na oferta de consultas em mais de 2 mil novos horários/ mês, estabelecendo o atendimento no menor prazo possível para as consultas de: Pediatria, Clínica Médica, Cirurgia Geral, Ginecologia e Obstetrícia, Cardiologia,
Ortopedia e Traumatologia. A Porto Alegre Clínicas é uma empresa gaúcha, totalmente voltada à gestão de saúde há mais de 26 anos. Os serviços médicos integrados, a alta capacitação de seus profissionais médicos, a estrutura construída, a atualização tecnológica e o atendimento diferenciado salientam o compromisso: “Soluções Completas em Saúde”, que só especialistas podem oferecer. Mais detalhes no site: www.portoalegreclinicas.com.br.
Unirons: eficiência, segurança e durabilidade A Unirons, reconhecendo que o sistema de transporte interno de produtos nas indústrias requer eficiência, oferece como solução as linhas de esteiras e correntes transportadoras modulares em plástico injetado de primeira geração. Toda linha e seus acessórios são projetados e concebidos dentro dos parâmetros internacionais, seguindo rígidos padrões de qualidade e resistência, o que coloca a Unirons ao lado das mais avançadas tecnologias do mundo nesta área. As inúmeras vantagens dos transportadores modulares em plástico, em relação às demais alternativas, revolucionaram o mercado mundial de transporte
de produtos industriais, principalmente no segmento de alimentos. As esteiras Unirons são laváveis e atóxicas, podem ser esterilizadas mesmo em operação e possuem certificado de operação para uso em contato com alimentos. Problemas com higiene, corrosão, durabilidade e manutenção são praticamente inexistentes com a utilização dos módulos de plástico. Sempre preocupada em adaptar-se à realidade de seus clientes, a Unirons oferece flexibilidade nos prazos de pagamento e garantia de 24 meses. Para conhecer mais sobre os serviços da Unirons, acesse o site: www.unirons.com.br.
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Empresas iniciam a entrega da
Declaração de Informações Econômico-Fiscais A Política Nacional de Resíduos Sólidos sob a ótica jurídica Aline Gariboti – OAB/RS 67.326 Elisete Feijó Advogados Associados
A Política Nacional de Resíduos Sólidos, regulamentada em 2010, traduz a preocupação dos diversos setores da sociedade com a crescente produção de lixo e resíduos nas empresas e cidades, com a falta de destinação adequada e com a falta de reaproveitamento destes materiais, que na maioria das vezes são descartados de forma inapropriada, em lixões e aterros ilegais, culminando na contaminação do solo e da água. O objetivo desta nova política, de forma ampla, é disciplinar as questões que envolvem a destinação destes resíduos e a política de reciclagem. No entanto, o maior objetivo da política em comento é tutelar a destinação dos resíduos tóxicos das empresas, com a adoção simultânea de regulamentação e de fiscalização eficazes. A destinação dos resíduos produzidos nas empresas e cidades, com vistas ao cumprimento desta nova política e das normas ambientais, segue uma rigorosa inspeção e certificação. E no caso do Estado do Rio Grande do Sul, essa fiscalização, via de regra, fica a cargo da Fundação Estadual de Proteção Ambiental – FEPAM (com exceção da fiscalização das empresas de pequeno porte e de baixo grau de risco, que fica a cargo dos
municípios). Dada a importância do tema em baila e em face da importância da destinação adequada destes materiais, desde o transporte até a entrega dos resíduos às empresas, tudo deve ser certificado e licenciado, a teor do que determina a NBR 10.004. A exemplo do que se fala, as empresas destinatárias dos resíduos, especialmente aqueles previstos na nova regulamentação da Política Nacional de Resíduos Sólidos, devem emitir um Certificado de Destinação de Resíduos. Tal documento serve para proteger a empresa destinatária e demonstrar o cumprimento das normas técnicas. A inobservância às instruções técnicas e normativas conduz desde a aplicação de penalidades de caráter administrativo até a aplicação da legislação ambiental, em caráter penal. Atento a tudo isto e com vistas a proteger e orientar seus clientes, o Elisete Feijó Advogados Associados está apto a orientar e auxiliar o corpo técnico das empresas, especialmente no que concerne à busca de licenças junto aos órgãos públicos especializados e a realizar a ação preventiva, com o objetivo de evitar qualquer violação às normas.
O prazo para entrega da Declaração de Informações Econômico-Fiscais da Pessoa Jurídica (DIPJ), que começou no início de maio, vai até o dia 30 de junho. O programa gerador da declaração foi liberado na internet na página da Receita Federal. As declarações só podem ser enviadas pela internet, por meio do programa de transmissão Receitanet, e devem ser apresentadas até a meia noite, horário de Brasília, do último dia do prazo. De acordo com a Instrução Normativa 1.149, a
DIPJ 2011 deverá ser realizada, também, pelas pessoas jurídicas equiparadas, extintas, cindidas (divididas) parcialmente, cindidas totalmente, fusionadas ou incorporadas. A Receita informou que, para o envio da DIPJ, é obrigatória a assinatura digital da declaração, mediante o uso de certificado digital válido. As empresas que enviarem os documentos após o prazo ou com incorreções e omissões estarão sujeitas à multa mínima de R$ 500 e máxima de 20% do imposto devido.
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Vicente presta contas à indústria No primeiro Café com o CIC de 2011, realizado pelo Centro das Indústrias de Cachoeirinha, o prefeito da cidade, Luiz Vicente Pires, esclareceu as dúvidas do empresariado local sobre as obras de infraestrutura realizadas na cidade e a instalação do Esporte Clube Cruzeiro no município. Mais de 60 pessoas estiveram presentes no evento, entre elas autoridades do governo, empresários locais e o presidente do Cruzeiro, Dirceu de Castro. Antes de Vicente iniciar sua fala, a presidente do CIC, Neiva Bilhar, agradeceu o empenho do executivo em ouvir e atender as demandas do empresariado do município. Logo após, o prefeito começou sua apresentação falando sobre as obras de melhoria e ampliação da infraestrutura urbana, com investimento de US$ 17,8 milhões, sendo metade financiado pelo Fonplata e metade através de recursos do município. Entre as principais obras estão a melhoria da avenida Flores da Cunha, a duplicação das avenidas Frederico Ritter e Papa João XXIII e o conduto forçado. Vicente falou ainda do acesso conquistado por Cachoeirinha para a RS-010. Conduto forçado Sobre o conduto forçado, o prefeito afirmou que as obras estão no processo de macro drenagem. Serão oito bairros contemplados pelo projeto. “Posso até dizer que essa obra não vai apenas minimizar os alagamentos, mas resolver”, afirmou Vicente. Melhorias na Flores da Cunha O prefeito explicou ainda que há muitas reclamações em relação às obras de melhoria na avenida Flores da Cunha, por isso detalhou cada etapa da obra. A primeira delas, realizada em 2009, foi destinada à reorganização do trânsito, com redução das sinaleiras, extinção de retornos, maior fluidez e criação de binários e laços de quadra. A segunda etapa, de 2010, foi destinada à acessibilidade, redução da poluição visual e videomonitoramento. Já a terceira etapa, que está ocorrendo este ano, contempla a repavimentação integral da via e a construção de calçadas. Segundo Vicente, o prazo para conclusão é setembro deste ano. A quarta etapa, que ainda aguarda definição do Ministério das Cidades em relação ao financiamento, contemplará ciclovia, túnel, elevadas e mobiliário urbano na avenida.
Camila Schäfer/MP
Prefeito de Cachoeirinha falou sobre as principais obras na cidade
Duplicação da Frederico Ritter Vicente afirmou que as obras de duplicação da avenida Frederico Ritter já estão bastante adiantadas. A primeira etapa, de drenagem e galerias, está concluída. A questão das rotatórias também preocupa os empresários devido às conversões feitas por veículos e caminhões em frente às sedes de suas empresas. O prefeito explicou que essa questão ainda será avaliada. Entre as demais melhorias para o Distrito Industrial previstas para 2012 estão o asfalto nas ruas Cristiano José do Nascimento, Antonio José do Nascimento, Gildo de Freitas e Nei Brito (já definido pelo Orçamento Participativo). Esporte Clube Cruzeiro Sobre a vinda do Esporte Clube Cruzeiro, o prefeito afirmou que o clube recebeu propostas das prefeituras de Porto Alegre e Eldorado do Sul, que cederam áreas públicas para a construção do estádio, mas que o clube preferiu Cachoeirinha. A arena do Cruzeiro terá capacidade para 15 mil pessoas e o Centro de Treinamento contará com pista atlética, que poderá ser utilizada pelo município, preparando os jovens para as Olimpíadas. “O esporte ajuda a evitar que nossas crianças e adolescentes sigam para o lado das drogas. Além disso, Cachoeirinha ganhará projeção nacional, pois este estádio poderá concorrer como subsede para a Copa”, afirmou Vicente. Videomonitoramento Desde a instalação das 32 câmeras de videomonitoramento houve redução de 38% da criminalidade no primeiro trimestre de 2011, comparado ao mesmo perío-
do de 2010. Nenhum assalto a banco foi registrado desde 2009.
Empresária Neiva Bilhar é reeleita para presidência do CIC A empresária Neiva Bilhar foi reconduzida à presidência do Centro das Indústrias de Cachoeirinha em abril. A primeira mulher a assumir a entidade apostou na retomada do planejamento estratégico para dar vigor à gestão e aumentar em 20% o número de associados. No ano em que completa três décadas, o Centro das Indústrias comemora o sucesso da implantação de vários projetos e ações de fortalecimento da indústria da cidade. A Primeira Rodada de Negócios, o Projeto Qualificar do Pólo Metalmecânico e a promoção de cursos do CIPA mensalmente foram algumas ações que mereceram destaque. Somados a isso, as obras na sede da entidade, a instalação do HSBC junto ao complexo industrial e obras no antigo prédio do Senai também foram conquistas decisivas. Talvez um dos maiores desafios foi a implantação de uma unidade do Projeto Pescar junto ao CIC, para qualificar jovens carentes. As autoridades presentes citaram que uma das grandes conquistas nestes últimos dois anos foi a aproximação da entidade com a cidade.
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O retorno
de Jedi!
A China investiu fortunas e com a população ganhando mais, compra mais e mora melhor. Muito diferente é a situação da Espanha, Irlanda ou Estados Unidos, em que este setor está crítico Rosani Erhart Schlabitz - jornalista Correspondente Revista Matéria Prima Munique - Alemanha
A inflação na Europa voltou, muito embora existisse uma euforia e algumas apostas de que a estabilidade havia atingido certa harmonia. Na zona do euro, o aumento fica por volta dos 2% acima do que os especialistas haviam projetado como meta de aumento para o ano de 2011. O ponto crítico poderia ser explicado com o aumento do petróleo, que hoje custa US$ 120 o barril, quase o dobro do valor, comparado com a primavera do ano passado. Claro que este fator isolado não tem muito significado se não tivesse como aliados os árabes, que se revoltaram e desde então os preços não param de subir. Unido a isso, a China está se transformando no maior pesadelo para os alemães. Após ter conquistado o posto de lugar mais barato do mundo para produção e com um nível de exportações altíssimo,
hoje apresenta um Produto Interno Bruto crescendo a longos passos e salários cada vez mais altos. Os preços dos materiais sobem cada vez mais e o crescimento dos produtos alimentícios também. Estes dois fatores explicam direta ou indiretamente a inflação que se sente na Alemanha. Como os empresários chineses estão ganhando mais, consequentemente seus preços são repassados para os clientes, independente de serem consumidores finais ou supermercados e intermediários. Os chineses são hoje os maiores fornecedores mundiais em uma grande gama de produtos. Por outro lado, quanto maior é o salário dos trabalhadores chineses, maior seu poder de consumo. Sendo assim, a tendência é que as exportações atinjam um pequeno declínio, quando comparadas a anos anteriores.
O efeito é como uma bola de neve que tem seus pontos positivos. Considerando que a China investiu fortunas na sua construção civil e se as coisas continuarem como estão, a crise imobiliária se distanciaria cada vez mais deste país oriental. A população ganhando mais, compra mais e mora melhor. Muito diferente é a situação da Espanha, Irlanda ou Estados Unidos, em que este setor está crítico. Assim a economia mundial passa a ter uma grande preocupação a menos com este gigante produtor. Ela seguindo neste caminho, fatalmente encontrará uma normalização interna sem oferecer choques ou surpresas na economia mundial. Afinal, o mundo capitalista já não saberia viver sem a sombra de um pouco de inflação fazendo cosquinhas no calcanhar.
reportagem especial
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O aumento da preocupação com o
meio ambiente Aquecimento global, sustentabilidade, reciclagem, meio ambiente: nunca essas palavras estiveram tão presentes no dia a dia das pessoas e no universo empresarial. Todos querem ser verdes e ter sua marca associada a ações ambientalmente corretas. No entanto, até que ponto as empresas estão realmente sendo sustentáveis? E os consumidores, estão fazendo sua parte para ajudar o meio ambiente? Todos os dias o Brasil produz 150 mil toneladas de lixo, sendo que 40% dele é despejado em aterros a céu aberto. A falta de um destino correto para estes resíduos é o principal problema das cidades brasileiras: somente 8% dos 5.565 municípios adotam programas de coleta seletiva. Porém, com a recém regulamentada lei da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), esse cenário deverá mudar e todos os setores terão sua parcela de responsabilidade com o meio ambiente. Segundo a PNRS, os governos municipais e estaduais terão dois anos para a elaboração de um plano de resíduos sólidos que contenha regras fixas para o descarte adequado de produtos como eletroeletrônicos, remédios, embalagens, resíduos e embalagens de óleos lubrificantes e lâmpadas fluorescentes de vapor de sódio e mercúrio e de luz mista. A expectativa é de que essas regras estejam em vigor já no segundo semestre de 2012. Segundo o advogado Maurício Fernandes, consultor em gestão ambiental, a PNRS é muito ampla: abrange União, Estados, municípios, empresas e os indivíduos. Dessa forma, alguns dispositivos já valem, inclusive punições. Outros aguardam novas regulamentações. Um dos principais pontos estabelecidos na PNRS é o caminho de volta das embalagens e outros resíduos, com o envolvimento de consumidores, comerciantes, distribuidores e fabricantes. Algumas empresas, como as de telefonia, já possuem iniciativas próprias para o recolhimento dos resíduos, como celula-
res, baterias e pilhas. No entanto, muitos outros setores da cadeia produtiva ainda não possuem ações como essa. Para os especialistas da área, essa responsabilidade compartilhada é o ponto mais importante da PNRS e pode servir como exemplo de boas práticas para empresas de qualquer segmento. Segundo o diretor comercial da Reverse - Gerenciamento de Resíduos Tecnológicos, Érico Scherer, a PNRS traz um texto parecido com um artigo do Decreto Estadual 38.356/1998, sobre responsabilidade solidária frente à geração de resíduos sólidos. “Nele, o gerador do resíduo e todos os envolvidos na cadeia de destinação final são co-responsáveis pelo resíduo até sua reutilização como matéria-prima. A PNRS inclui nessa cadeia o fabricante e um possível importador”, afirma. Além de ajudar o meio ambiente, as companhias podem lucrar com o retorno desses materiais, utilizando-os em novos processos e economizando em matéria-prima. O procedimento, chamado de logística reversa, já funciona para pneus, baterias, pilhas e embalagens de agrotóxicos, pois já é previsto em outras resoluções. O objetivo agora é estender esse processo a outros materiais. A PNRS prevê ainda que todos os municípios do país tenham coleta seletiva em alguns anos e a meta é proibir os lixões em quatro anos. Além da iniciativa privada, os Estados, municípios e cidadãos também terão de cumprir sua parte, especialmente no que diz respeito à coleta seletiva. Multas e pe-
nalidades de advertência estão previstas inclusive para quem não separar seu resíduo. O regulamento fixa ainda o dever dos consumidores de acondicionarem adequadamente os resíduos reutilizáveis e recicláveis sempre que houver o sistema de logística reversa ou coleta seletiva implantada pelos municípios. Para Scherer, a entrada do fabricante como um dos responsáveis trará benefícios ao consumidor final e mais controle na logística reversa. “Porém, o consumidor é parte importante neste processo. É preciso ainda uma quebra de cultura na sociedade para que os materiais retornem ao gerador e possam ser reintroduzidos no ciclo produtivo”, explica. Segundo o diretor comercial da Reverse, os
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privada, quem sair na frente liderará este novo mercado”, disse. De qualquer forma, as empresas não querem mais correr riscos e a área ambiental traz uma grande preocupação nesse sentido. “Trabalhar com fornecedores e empresas que não possuem cuidados ambientais traz riscos não só à imagem da empresa, por indiretamente estar apoiando práticas inadequadas, mas também aos negócios. A preocupação com o meio ambiente é uma reação em
“A conduta de todas as pessoas terá de mudar. Vai demorar, mas deveremos realizar a triagem dos resíduos domésticos dentro de cada cozinha deste país. Todos os municípios deverão ter coleta seletiva. A destinação adequada dos resíduos industriais está mais bem definida. A logística reversa de produtos perigosos, como lâmpadas e baterias, é algo inovador também. Frise-se que a indústria brasileira é o setor mais avançado neste processo”. Maurício Fernandes cadeia na contratação de serviço e uma questão de sobrevivência. Quem não se adequar, estará fora do mercado em pouco tempo”, aponta Érico Scherer. Para o advogado Maurício Fernandes, trata-se de uma tendência mundial corrigir os séculos de desperdícios. Ele cita que, com a gestão do processo produtivo, muitas
empresas identificaram desperdícios na geração de resíduos ou, ainda, sua comercialização como matéria-prima para outra empresa ou outro ciclo produtivo. “Tudo isso gera renda e preserva o ambiente, criando novos empregos. É o mercado do século. Além disso, não é mais imaginável transferirmos problemas para as futuras gerações. Trata-se da responsabilidade intergeracional”, finaliza Fernandes. Licenciamento Ambiental O Licenciamento Ambiental é um procedimento administrativo que visa a regulamentação e o licenciamento de instalações, ampliações, modificações e operações de atividades e empreendimentos que utilizam recursos naturais que sejam potencialmente poluidores ou que possam causar degradação e gerar algum tipo de impacto ambiental. Cachoeirinha possui qualificação para o Licenciamento das Atividades de Impacto Local desde maio de 2009. Segundo o secretário municipal de Meio Ambiente de Cachoeirinha, David Cafruni, o licenciamento oportuniza agilidade, maior compromisso, responsabilidade e controle, qualificando o desenvolvimento da cidade com um significativo incremento nas receitas, geração de emprego e renda e uma melhor qualidade de vida a todos. “É um dos principais instrumentos da gestão ambiental e potencializa as relações entre os setores da sociedade civil organizada, estabelecendo as condições para que o empreendimento ou a atividade causem o menor impacto ambiental possível”, afirma.
reportagem especial
municípios também devem implantar centrais de triagem, prática ainda pouco adotada. Atualmente, a maioria das cidades do Rio Grande do Sul envia seus resíduos (recicláveis ou não) para aterros. “A coleta seletiva traz a consciência a partir de resultados, como a diminuição de custos para a disposição final de resíduos, além de profissionalizar os catadores, dando-lhes melhores condições de trabalho e renda”, afirma. Os catadores de materiais recicláveis também foram peça-chave na elaboração da Política Nacional de Resíduos Sólidos. Atualmente, 90% do que é reaproveitado no país passa antes pelas mãos do catador. Segundo o decreto, será priorizada a participação das cooperativas ou outras formas de associação de catadores, constituídas por pessoas físicas de baixa renda, para a coleta de resíduos. O governo pretende investir R$ 1,5 bilhão em projetos de tratamento de resíduos sólidos, na substituição de lixões e implantação da coleta seletiva e no financiamento de cooperativas de catadores. Cerca de R$ 12 bilhões são movimentados, por ano, pela reciclagem de resíduos sólidos e praticamente tudo o que é descartado pode ser reutilizado na indústria se houver uma correta coleta seletiva do lixo. Dados do Comitê de Logística Reversa do Brasil mostram que as indústrias que trabalham com vidro e com latas de alumínio já utilizam materiais reciclados atualmente. Para Érico Scherer, os principais benefícios que a Política Nacional de Resíduos Sólidos poderá trazer a longo prazo são o desafogamento dos aterros e diminuir a extração de recursos naturais, além da geração de empregos no setor de reciclagem. Tanto o poder público como a iniciativa privada devem se adequar, explica Maurício Fernandes, pois é uma brusca (e necessária) mudança de posturas. “Na iniciativa
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Para fins de Licenciamento Ambiental, Impactos Ambientais Locais são quaisquer alterações decorrentes de relações de causa e efeito das propriedades físicas, químicas e biológicas do meio ambiente que afetem: • a saúde, a segurança e o bem-estar da população; • as atividades sociais e econômicas; • a biodiversidade; • as condições estéticas e sanitárias do meio ambiente; • a qualidade dos recursos ambientais, dentro dos limites do município. Segundo o chefe de Licenciamento da SMMAm de Cachoeirinha, Clécio Chaves, desde a qualificação, a SMMAm já emitiu 685 documentos, entre Licenças Prévias (LP), Licenças de Operação (LO), Licenças de Instalação (LI), Autorizações e Declarações. Dentre essas, são destaque: as licenças para a continuidade das obras do Conduto Forçado; para a duplicação das avenidas Papa João XXIII e Frederico Ritter; para a reestruturação da Avenida Flores da Cunha e para as atividades de Seletividade dos Resíduos Urbanos no Galpão de Triagem do Lixo de Cachoeirinha. De acordo com o chefe da Fiscalização e Controle Ambiental da SMMAm,
André Indriúnas, no ano de 2009 foram autuadas 20 empresas por crimes ambientais; em 2010 foram em torno de 35 empresas; e, no ano de 2011, foram autuadas, até agora, 13 empresas. Entre as irregularidades constatadas pela fiscalização, as quais motivam a lavratura do Auto de Infração e abertura de processo administrativo, encontram-se crimes ambientais como empresas realizando suas atividades sem a devida Licença Ambiental; descarte de efluentes líquidos sem o correto tratamento; armazenamento e descarte irregular dos resíduos sólidos, bem como dos resíduos perigosos gerados pela empresa; armazenamento irregular de produtos químicos; e cortes, podas ou derrubadas de árvores sem a devida autorização emitida pela SMMAm. Para a solicitação de quaisquer modalidade de licenciamento, o empreendedor deverá acessar o site www.cachoeirinha. gov.br e, no link Licenciamento Ambiental, obter todas as informações e procedimentos necessários. Também é possível solicitar os modelos e formulários diretamente na SMMAm. O fone é o 3041.2027. Legislação ambiental Segundo o advogado Maurício Fer-
Reverse é recertificada com a ISO 14001 A Reverse conquistou em abril de 2010 a ISO 14001 e teve o seu certificado revalidado em maio deste ano após auditoria externa de manutenção, que não detectou nenhuma não-conformidade no sistema da empresa. O processo ocorre anualmente, a fim de verificar o atendimento às exigências determinadas pela norma. Atualmente, a Reverse é a única empresa focada na destinação correta de resíduos tecnológicos no Rio Grande do Sul a possuir Sistema de Gestão Ambiental certificado. “A certificação ofereceu maior segurança às empresas que buscam nossos serviços. Em função das soluções para os resíduos tecnológicos ainda serem muito novas, possuir um Sistema de Gestão Ambiental estruturado para diminuir os impactos ambientais da atividade nos trouxe maior credibilidade e segurança aos clientes para nos confiarem seus resíduos”, afirma o diretor comercial Érico Scherer.
A Reverse processa mensalmente em torno de 10 toneladas de material, sendo em média 97% de resíduos recicláveis que retornam para a cadeia produtiva. Os principais processos da empresa são os de coleta, desmontagem, segregação e destinação final dos resíduos gerados. A reciclagem destes equipamentos somente se torna viável no momento em que forem devidamente desmontados e os resíduos gerados, classificados.
nandes, consultor em gestão ambiental, são muitas as regras brasileiras que tratam de matéria ambiental. Algumas se referem à proteção da fauna, outras sobre resíduos e assim por diante. Além disso, existem normas federais, estaduais e municipais, expedidas pelo parlamento, pelos conselhos de meio ambiente e, também, por órgãos ambientais. “Enfim, é um complexo sistema normativo onde as pessoas físicas e jurídicas (inclusive públicas) podem ser responsabilizadas nas esferas criminal, administrativa e penal. Esta cumulatividade também caracteriza o direito ambiental”, explica. No entanto, cita Fernandes, apesar de a legislação brasileira ser internacionalmente reconhecida como excelente, em termos de efetividade ainda está muito atrasada. “Além disso, desde 1981 a legislação prevê incentivos financeiros para boas práticas ambientais e isso nunca foi aplicado, o que é um absurdo”, conta. Para André Senger, administrador da Reverse, apesar de a legislação brasileira possuir diretrizes e padrões rigorosos para a maioria das situações ambientais, ainda carece, como em outras áreas, de fiscalização e cumprimento da lei.
Diferença entre lixão e aterro sanitário Dados da Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe) mostram que em 2010, a quantidade de resíduos sólidos urbanos cresceu 6,8% em relação a 2009 e apenas 27,7% dos resíduos no Brasil vão, de fato, para aterros sanitários. Lixão: um grande espaço que apenas recebe o lixo. Não é feito um planejamento para abrigar os resíduos e não há tratamento para o chorume (líquido liberado pelo lixo) que contamina o solo e a água. Os resíduos ficam, literalmente, a céu aberto. Aterro sanitário: o lixo é depositado em local impermeabilizado por uma base de argila e lona plástica, o que impede o vazamento de chorume para o subsolo. Diariamente, o material é aterrado com equipamentos específicos. Existem, também, tubulações que captam o metano, gás que pode ser usado para gerar energia.
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Com o objetivo de conscientizar os moradores de Cachoeirinha sobre a coleta seletiva e a importância de separar os materiais recicláveis foi iniciada uma campanha que visa ampliar a mobilização social. A proposta é visitar cada residência e distribuir o material informativo que registra os benefícios da separação e reciclagem de papéis, plásticos, metais e vidros. Neste ano, a abrangência para os serviços de coleta seletiva é maior. Os caminhões atendem oito bairros da cidade.
A implementação do novo modelo de coleta seletiva na cidade possibilitou um significativo incremento na demanda de materiais recicláveis. O fato tem possibilitado a geração de emprego e renda às famílias que vivem da reciclagem. Todo o material reciclável coletado é destinado ao Galpão de Triagem do Lixo de Cachoeirinha. Hoje, a coleta seletiva recolhe cerca de 3 mil m³ por mês, percorrendo oito bairros da cidade.
Amigos do Planeta recolhe lâmpadas fluorescentes Uma parceria do Projeto Amigos do Planeta, mantido pelo Sindilojas Gravataí, com a empresa Apliquim Brasil Recicle, criou uma alternativa para a destinação final de lâmpadas fluorescentes. Como este material não pode ser descartado no lixo comum, acaba sendo guardado em salas e depósitos, representando risco de contaminação ao meio ambiente. A Apliquim Brasil Recicle é especializada na descontaminação e reciclagem de lâmpadas fluorescentes. Para dar sustentabilidade financeira ao projeto, o sindicato criou um fundo específico. Assim, o serviço de descarte está disponível aos associados pessoa jurídica, até o limite de dez lâmpadas fluorescentes ao mês, sem custo. O volume excedente terá custo por unidade. A entrega deve ser feita na sede central do Sindilojas ou na Subsede Morada do Vale. Cada lâmpada fluorescente deve estar acondicionada em sua embalagem
original ou envolta em folhas de jornal (uma a uma). Esta ação, além de contribuir com o meio ambiente, também é necessária para as empresas que estão buscando a certificação de gestão e responsabilidade ambiental (ISO 14001). As que fizerem a entrega no Sindilojas irão receber o Certificado de Destinação Final, reconhecido pelos órgãos ambientais. As empresas que não são associadas também podem entrar em contato para buscar informações sobre como proceder. O fone é o (51) 3488.4586. Divulgação Amigos do Planeta
Caixas coletoras foram instaladas na sede
em Gravataí
Uma iniciativa conjunta entre a Prefeitura de Gravataí, diretores lojistas e o Movimento Nacional dos Catadores de Material Reciclável (MNCR) implementou o Sistema de Coleta Seletiva Solidária em maio de 2009. O recolhimento de resíduos recicláveis, na área central da cidade, utilizando carrinhos elétricos, possibilitou a redução de R$ 36 mil mensais aos cofres públicos, além de contribuir para a preservação do meio ambiente. Com funcionamento à bateria, os carrinhos possuem capacidade para carregar até 300 quilos. Gravataí foi a única cidade do Estado que recebeu o ‘Selo Amigo do Catador’. A premiação ocorreu no Encontro Nacional e Internacional de Catadores, realizado em São Paulo, em dezembro passado. Além de Gravataí, foram premiados outros quatro municípios brasileiros. A cidade foi contemplada pela iniciativa inovadora na contratação de cooperativa para a coleta seletiva. Atualmente, mais de 50 trabalhadores utilizam os dois galpões de reciclagem de Gravataí. O processo de coleta e triagem, que antes ocorria em meio ao lixo, agora é feito dentro do galpão. O material recolhido passa por análise e aquele passível de reciclagem é posteriormente encaminhado para a comercialização. Todo o dinheiro arrecadado pelas associações com a venda de materiais recicláveis é dividido entre os próprios trabalhadores.
reportagem especial
Coleta seletiva em Cachoeirinha Coleta Seletiva
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Micro e pequenas empresas
se destacam na geração de empregos Segundo um levantamento realizado pelo Sebrae, com base nos dados do último Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), as micro e pequenas empresas foram responsáveis por 67% dos 272.225 empregos formais gerados no Brasil em abril deste ano, o que corresponde a 182.390 vagas. Os números apontam uma recuperação do ritmo observado em março deste ano, quando os pequenos negócios responderam por 41,4% dos empregos com carteira assinada. O desempenho de abril foi superior à média verificada nos últimos quatro anos, sendo o quarto melhor resultado em toda a série histórica para o mês. No acumulado dos últimos 12 meses, foram gerados 2,295 milhões de postos de trabalho, considerando a série ajustada, que incorpora as informações declaradas fora do prazo, equivalente à expansão de 6,65%. De acordo com o le-
vantamento, as empresas que empregam até quatro trabalhadores contribuíram significativamente para o resultado geral, respondendo por 46,2% de todas as vagas formais criadas no mês, enquanto os locais que empregam de 20 a 99 foram responsáveis por 13,7% das contratações. Já as que empregam entre cinco e 19 funcionários responderam por 7,1% do saldo total dos empregos do mês. Em relação aos setores, o de serviços foi o que mais se destacou, representando 28,7% do total de empregos gerados pelas micro e pequenas empresas. O comércio representou 13,5%, seguido pela indústria de transformação, com 10,7% do total. Na dinâmica nacional, dos 26 Estados e do Distrito Federal, 23 expandiram o nível de emprego, com recorde apenas no Rio de Janeiro e no Amazonas. Em termos absolutos, o estado de São Paulo liderou a geração de empregos, seguido por Minas Gerais e Rio de Janeiro.
RETER TALENTOS Encontrar um verdadeiro talento é um desafio para as empresas. Quando se tem um profissional talentoso na companhia, os líderes procuram mantê-lo oferecendo, principalmente, maiores remunerações. Entretanto, de acordo com a 7ª Pesquisa de Líderes Empresariais Brasileiros realizada pela PricewaterhouseCoopers, 74% dos executivos brasileiros adotarão recompensas não financeiras para motivar seus profissionais. Para 54% dos CEOs (Chief Executive Officers), a estratégia será designar mais funcionários em trabalhos internacionais para evitar que eles troquem de empresa. Outros 60% esperam, cada vez mais, recrutar e reter profissionais mais experientes. Mudar a política da empresa para atrair mulheres é outra tática apontada por 40% dos entrevistados. Já outros 44% informaram que a empresa deve desenvolver formas diferenciadas para incentivar os profissionais mais jovens. A pesquisa indica também que 64% dos executivos brasileiros estimam aumentar seu quadro de funcionários nos próximos 12 meses. Apenas 12% indicaram que irão reduzir.
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Eduardo Gross Prime Saúde
Antes de explorar o conceito e o modelo de Gestão de Riscos em Condições Crônicas é necessário contextualizarmos os principais sintomas da Gestão de Saúde no Brasil, evidenciando o segmento da saúde suplementar e o emergente conceito de Saúde Corporativa. Cada vez mais, as operadoras de Planos de Saúde vêm deixando de oferecer planos individuais e familiares, concentrando seus esforços na conquista do segmento corporativo. De forma clara e objetiva, todos esses esforços vêm de encontro com o propósito da Agência Nacional de Saúde (ANS), no que tange a equilibrar economicamente os protagonistas deste mercado, sem onerar a responsabilidade de financiamento por parte da saúde pública – caberá ao empresariado entender o seu papel de protagonista neste segmento e assumir a sua co-responsabilidade na busca contínua deste equilíbrio econômico – ou seja, colaborar para a redução da sinistralidade e do índice de absenteísmo de seus funcionários e dependentes. Percebe-se que cada vez mais a ANS está estruturada para controlar o fluxo de informações que circulam na cadeia da saúde e dessa forma vem instituindo conceitos e resoluções que regulam o mercado – cobertura dos planos, rol de procedimentos, mudança nas faixas etárias, portabilidade, ressarcimento ao SUS, acidente do trabalho, aposentados, demitidos, promoção da saúde, envelhecimento ativo, dentre outros. Não devemos nos restringir a essas mudanças provenientes da regulação, cuja consequência direta é se adequar ao cumprimento da legislação. Serão beneficiados aqueles que deixarem a miopia deste setor
e adotarem um olhar voltado para a causa que nos leva a aumentar a sinistralidade e o índice de absenteísmo. Um olhar focado na mudança de paradigma para a Gestão da Saúde – Promoção da Saúde e Prevenção de Riscos e Doenças. Quando realizamos a análise de risco de uma determinada população considerando aspectos epidemiológicos e financeiros decorrentes da utilização de serviços de saúde num determinado período (consultas, exames e internações), geralmente evidenciamos que algo em torno de 20% da população analisada é responsável por 80% da sinistralidade do período. Ao isolarmos essa massa de 20%, identificamos que a sua maioria apresenta algum tipo de risco associado a condições crônicas, cada qual com seu grau de complexidade, seja decorrente de fatores de risco – tabagismo, alcoolismo, sedentarismo, sobrepeso, exposição ocupacional; ou devido a alguma doença crônica presente – hipertensão, diabetes, doenças cardiovasculares, estresse e depressão, dentre outras. Concluímos que aplicar um programa preventivo para reduzir a sinistralidade da população que apresenta condições crônicas pode trazer resultados economicamente satisfatórios a todos envolvidos, desde que seja planejado um conjunto de ações integradas que incorporem a gestão da saúde assistencial e ocupacional – no contexto da saúde corporativa, a redução do absenteísmo também é reflexo direto das ações preventivas, quando tratamos de uma população ativa, exposta a riscos ocupacionais e/ou condições crônicas. Para garantir que os resultados sejam
“Ao isolarmos essa massa de 20%, identificamos que a sua maioria apresenta algum tipo de risco associado a condições crônicas” alcançados, com as ações de gestão de riscos em condições crônicas, não basta a intenção de promover os programas de prevenção. É necessário estruturar e aplicar uma metodologia que contemple ações individuais e coletivas, presenciais e remotas; que conquistem o principal protagonista dos serviços de saúde – o beneficiário deve ser reconhecido como peça fundamental, sendo ele educado para as ações de Promoção e Prevenção, passando por rotinas de controles e chegando a ter a preocupação com a adequada utilização dos serviços e recursos de Saúde. A Prime Saúde, empresa com experiência comprovada no monitoramento e gestão de crônicos, a cada nova experiência vem aprimorando a sua estrutura apoiada no pilar de Gestão, Tecnologia e Educação; implementando inovações em sua metodologia de trabalho, para garantir a eficiência no processo de Gestão de Mudanças, uma vez que os resultados da prevenção somente serão alcançados com a mudança de hábitos. Para obter mais informações sobre como sua empresa pode se beneficiar da aplicação dos programas de Gestão de Riscos em condições crônicas informe-se pelo email eduardo.gross@primesaude. com.br ou pelo telefone (51) 9387-5538.
saúde
Gestão de Riscos em Condições Crônicas
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marketing
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Investimentos globais em publicidade devem crescer 4,5% As pequenas e médias empresas são obrigadas, cada vez mais, a buscarem soluções inovadoras para atingirem seus públicos. Os investimentos em publicidade, que antes eram reservados apenas para grandes companhias, agora já fazem parte do plano de metas de todas as empresas. Num país onde mais companhias fazem a mesma coisa, o diferencial acaba sendo a valorização da marca. A Papelaria Brasil, hoje com seis lojas localizadas nas cidades de Porto Alegre, Canoas e Gravataí, tem a mídia como principal aliada. O empresário da rede, André Luz, traçou um paralelo do crescimento das vendas em relação ao aumento dos investimentos em comunicação. “Em Canoas somos pelo terceiro ano consecutivo a marca mais lembrada em nosso segmento e em Gravataí somos a segunda. Apesar de não termos pesquisas neste segmento em Porto Alegre, acreditamos estar entre as três mais lembradas. Tudo isso se deve a investimentos em mídia ao longo destes 22 anos de vida da Papelaria Brasil, mesmo destinando somente 1% de nossa venda bruta anual”, revela André. Uma pesquisa da ZenithOptimedia indica que o investimento global em publicidade deverá crescer 4,5 % em 2011, puxado principalmente pela internet. Seguindo essa tendência mundial, o Brasil, nos primeiros dois meses do ano, já acumulou um crescimento de 9,2% em relação ao mesmo período de 2010.
A empresa Markest, responsável pela pesquisa, apurou o investimento de R$ 745.772 milhões neste período. O diretor da agência de comunicação TRCOM., Tadeu Battezini, vê no exemplo da Papelaria Brasil este cenário positivo para a comunicação. “O cliente que começa a investir de forma inteligente a sua verba, sente o resultado em pouco tempo e a partir disto vai aumentando seu investimento”, revela. Hoje a Papelaria Brasil também está apostando na va-
“O cliente que começa a investir de forma inteligente a sua verba, sente o resultado em pouco tempo e a partir disto vai aumentando seu investimento” Tadeu Battezini lorização da sua marca e não só na venda de produtos. A TRCOM., que cuida da conta da empresa, lembra que a campanha relativa aos 20 anos da Papelaria teve uma forte aceitação, já que enfocou a credibilidade da empresa, valorizando todos os públicos que ela atinge, desde a criança até a dona-de-casa que busca uma renda extra. “Observando um padrão internacional, podemos notar que várias marcas de grande porte diminuíram a exibição de ofertas e aumentaram a divulgação da própria marca para passar
confiabilidade no que ela se propõe a fazer”, revela André. Hoje os principais meios de investimento são televisão (53%), jornal (21%), revista (8%), TV por assinatura (8%), internet (4%), rádio (4%), cinema e mobiliário urbano (1%), conforme dados do Monitor Ibope. Estes números, que são relativos a 2010, devem sofrer mudança já que o ano passado também registrou um crescimento de 31,6% nas mídias sociais. O campeão ainda é o Facebook. As empresas têm buscado alternativas criativas para ingressar na rede. Hoje ter uma página na internet já não é requisito, é preciso se comunicar e alimentar as informações. Seguindo essa tendência, a Papelaria Brasil também está ingressando nas redes sociais. Para o empresário, embora essa comunicação ainda não se mostre muito vultuosa em termos de visibilidade, num primeiro momento, ela cativa um público fiel que será conquistado pela marca. Para o diretor Tadeu Battezini, as mídias sociais são a ideia da vez, onde é possível se comunicar com um grande número de pessoas de forma muito pessoal e com um baixíssimo investimento. A Toyota, por exemplo, está criando sua própria rede social, onde os carros possam se comunicar com seu proprietário. A Toyota Friend vai enviar mensagens sobre revisões, diagnóstico e condições da bateria. Aliás, a criatividade é palavra chave quando falamos em comunicação online.
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5 dicas para reconquistar
o cliente O reconhecimento das empresas surge com o crescimento do número de clientes. A fórmula do sucesso é conseguir manter os clientes antigos, enquanto se conquista os novos. Entretanto, para realizar este feito é preciso sempre estar ciente da opinião do público. Os clientes insatisfeitos que reclamam, auxiliam as empresas, pois eles estão tentando sugerir melhorias no serviço para permanecerem clientes. O problema são aqueles que, insatisfeitos, desligam-se da empresa, sem explicar os motivos. Como resgatar estes clientes perdidos? Veja as dicas abaixo: 1º Mantenha um cadastro de todos os clientes: Os cadastros permitem que as empresas saibam o nome, endereço, telefone e histórico de compras do cliente, de modo que, quando alguém para de comprar, também são capazes de encontrá-lo rapidamente. 2º Caracterize a perda: A maioria das empresas pode saber
facilmente quando alguém os deixou: companhias de cartão de crédito, bancos, editores de revistas, seguradoras e firmas de vendas por reembolso postal. Por exemplo, se os clientes estão utilizando o serviço, ou cancelaram o seu cartão, conta, assinatura ou não realizaram nenhuma compra em três meses ou mais. 3º Comunique-se com o cliente perdido: Use a insatisfação do cliente a seu favor. Faça uma pesquisa para descobrir por que ele não tem aparecido. No mínimo, obterá informações valiosas para o negócio. A abordagem deve ser “gostaríamos da sua ajuda para melhorar a empresa”. Jamais pressione o retorno do cliente. Faça uma lista detalhada dos depoimentos, mesmo que sejam negativos. Importante: o pesquisador deve estar preparado para ouvir alguns desaforos, sem cair na tentação de defender a empresa ou seus colegas. O mais indicado é usar um pesquisador terceirizado, que vai ser neutro e objetivo.
4º Planeje e realize as ações: As críticas dos clientes devem ser cuidadosamente analisadas por toda a equipe. O comprometimento da empresa é fundamental para esse trabalho ser bem-sucedido. É provável que muitas reclamações sejam sobre atendimento, que é a principal causa de perda de clientes. Entretanto, o principal é que as ideias não permaneçam no papel. A empresa deve aproveitar a oportunidade para melhorar seus serviços. 5º Reconquiste o cliente: Após ter passado pelos itens anteriores, a sua empresa, com custo muito baixo, já tem uma análise valiosa do negócio, feita por quem realmente interessa: o cliente. Este vai gostar de saber que sua contribuição foi valiosa para a empresa de alguma forma. Conte a ele que sua participação foi fundamental, tão importante que foi usada para melhorar o negócio. Convide-o a conhecer a nova empresa. Esse trabalho cria um fluxo contínuo de retorno de clientes para o negócio.
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Os preparativos para a Copa do Mundo Restam ainda três anos para a Copa do Mundo de 2014 e é baseado nisso que muitas empresas estão adiando o início dos preparativos para receber o evento. Porto Alegre será sede de jogos, mas o Comitê Organizador da Copa já divulgou a lista das cidades pré-selecionadas pela FIFA para receber as delegações estrangeiras durante a fase preparatória no Rio Grande do Sul. São elas: Alvorada, Bento Gonçalves, Canela, Canoas, Caxias do Sul, Farroupilha,
Gramado, Novo Hamburgo, Osório, Pelotas, Santo Antônio da Patrulha e Viamão. Os locais foram escolhidos com base nas visitas técnicas realizadas pelos representantes da FIFA, que levaram em conta a infraestrutura urbana, a rede hoteleira e os Centros de Treinamentos (CT) disponíveis. Os CTs servirão de base para as seleções que forem classificadas para a Copa. A ideia do Comitê Organizador Local (COL) é visitar novamente cada município, diminuindo o número final de Centros de Treinamentos. Entretanto, por ser um evento mundial, é sabido que praticamente todas as cidades do Rio Grande do Sul receberão turistas e devem estar preparadas para isso. Cursos modulares estão sendo realizados no Estado para qualificar trabalhadores. Os cursos têm carga horária de 250 horas, em 23
Interforma Equipamentos Ltda Cachoeirinha “Não temos nada previsto de investimentos para a Copa, mas prevemos um acréscimo na demanda de equipamentos para construção civil, que fabricamos para utilização em obras, em especial de hotéis, nas diversas cidades envolvidas no evento” – César Vieira. Lavanderia Industrial Aurora - Canoas “A Lavanderia Aurora já investiu no ano passado em novos maquinários na área industrial e está investido mais na área doméstica, inclusive na lavagem a seco. Além disso, estamos nos preparando através de treinamento dos funcionários” - Adriano Peruzzo. Digicon - Gravataí “A Digicon investiu R$ 200 mil no desenvolvimento, em parceria com a Outplan,
ocupações profissionais, como bilheteiros, motoristas de ambulância, táxi e ônibus, garçom, manobrista, guia de turismo, recepcionistas, ambulantes, artesão, camareiro, cozinheiro, entre outros. Para a preparação de empresas, o Estado instalou seis Câmaras Temáticas do Comitê Organizador Sede – Porto Alegre 2014. As Câmaras instaladas são de Mobilidade Urbana; Marketing, Cultura e Eventos; Infraestrutura Esportiva; Promoção Comercial, Tecnologia e Serviços Públicos; Qualificação, Voluntariado e Protocolo; Meio Ambiente e Sustentabilidade. O objetivo é envolver a sociedade civil no projeto de Porto Alegre para a Copa. A Câmara Temática de Turismo e Hotelaria foi instalada primeiro e já reúne cerca de 50 entidades do setor. Entretanto, como anda a preparação das empresas da região? Elas estão investindo na Copa do Mundo de 2014? Confira abaixo os depoimentos:
de uma catraca especial para estádios de futebol: a Catrax Stadium. A tecnologia de acesso permite que o usuário compre ingressos para os jogos com o cartão de crédito e utilize o próprio cartão para liberar o acesso nas catracas. A tendência é que, com a proximidade da Copa de 2014, outros estádios também invistam na modernização de suas estruturas através na tecnologia. Além de facilitar o acesso, a solução dificulta a ação de cambistas e emissão de ingressos falsos” - João Diniz. Swip Cable System – Cachoeirinha “Já iniciamos uma parceria com uma distribuidora de equipamentos de CFTV a nível Brasil. Esta empresa fabrica e comercializa sistemas de alta definição (HD) de vigilância, utilizadas em campus, sistemas de transporte, prestadores de cuidados de saúde, espaços públicos, infraestrutura e sites de manufatura com segurança. O sistema oferece maior êxito das investigações com imediata produção de prova de vídeo indiscutível” – Gilmar Ponciano.
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13 Transpo-Sul a
acontece em julho A 13ª edição da TranspoSul - Feira e Congresso de Transporte e Logística acontece este ano de 13 a 15 de julho no Centro de Eventos da Fiergs, em Porto Alegre. A feira é considerada uma grande vitrine para os empresários deste setor e um evento consagrado que reúne congresso e feira de negócios com características multimodais. Apresenta em três dias de evento as novidades tecnológicas dos maiores fabricantes de caminhões, pneus, distribuidores de combustíveis e fornecedores do ramo de implementos do país, além de modernos sistemas,
equipamentos e serviços voltados para a logística e multimodalidade. Também os avanços de responsabilidade ambiental e sustentabilidade. Em pesquisa realizada com os expositores da edição de 2010 foi constatado que mais de 80% dos participantes consideraram boa ou ótima a divulgação no mercado. Entre os pesquisados, 66% deram notas entre 8 e 10 para o evento. Temas deste ano: • Transporte de Cargas • Transporte Multimodal • Caminhões e Utilitários • Implementos Rodoviários
A feira é considerada uma grande vitrine para os empresários do setor
• Logística e Infraestrutura • Distribuidores de Combustível • Movimentação e Armazenagem • Borrachas e Pneus • Gerenciamento de Risco • Transporte de Passageiros • Comércio Exterior
• Transporte Internacional • Tecnologia Embarcada • Sistemas e Automação • Softwares de Gestão • Seguros • Agentes Financeiros • Instituições de Ensino • Responsabilidade Social e Ambiental
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Medida beneficia
Divulgação
quase 5 milhões
de empresas As micro e pequenas empresas do Simples Nacional não precisam mais comprovar que optam pelo sistema de tributação para ter direito à redução do Imposto sobre Operações de Crédito, Câmbio e Seguro (IOF), no momento de fazer um financiamento. A medida, estabelecida pelo artigo 45 do Decreto nº 7.487, vai beneficiar cerca de 5 milhões de empresas que integram esse regime especial de tributação. Agora, o empresário só precisa informar que está no Simples no momento da abertura da conta e no encerramento do benefício. Segundo o Sebrae, o decreto significa um avanço na efetivação de medidas que visam reduzir a burocracia. A medida permitirá que o empresário dedique mais tempo ao negócio e criará um ambiente mais favorável para o desenvolvimento dos micro e pequenos negócios.
Produção de bens de capital recuou 2,9% em abril comparado a março O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou o recuo de 2,9% da produção de bens de capital (máquinas e equipamentos) em abril, comparado a março. Em relação a abril de 2010, houve leve alta de 0,1%. No acumulado de 2011, a produção de bens de capital cresceu 6,2% e, nos 12 meses encerrados em abril, avançou 13,7%. De acordo com os dados do IBGE, a produção industrial, de forma geral, recuou 2,1% em abril ante março, na série com ajuste sazonal, sendo o mais acentuado desde dezembro de 2008. Já o crescimento de março, comparado a fevereiro, foi revisto de 0,5% para 1,1%. O índice de média móvel trimestral da indústria, conforme os dados do instituto, fechou o mês de abril em alta de 0,3%, comparado ao aumento de 0,9% registrado no trimestre encerrado em março.
O decreto significa um avanço na efetivação de medidas que visam reduzir a burocracia
ICEI-RS registra 2,3 pontos abaixo do verificado em abril O índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI-RS) registrou 55 pontos no mês de maio, ficando 2,3 pontos abaixo do verificado no mês anterior. Esta é a quarta queda consecutiva e reflete, principalmente, a percepção negativa dos industriais gaúchos em relação às condições atuais. Os índices variam de zero a 100 pontos e demonstram as condições atuais e as expectativas para os próximos seis meses. Valores superiores a 50 pontos significam otimismo e abaixo, pessimismo. O levantamento mostra que, de acordo com os industriais, o cenário econômico brasileiro sofreu uma intensificação do diagnóstico negativo já observado nas pesquisas anteriores, atingindo 44 pontos, o mais baixo desde abril de 2009. Em relação ao futuro, os empresá-
rios estão otimistas, porém demonstram menos confiança. As expectativas para os próximos seis meses atingiram 59 pontos, comparado aos 61 verificados em abril. Eles também continuam acreditando na melhora da empresa (61 pontos) e do cenário econômico brasileiro (54,3 pontos), embora os índices tenham apresentado um recuo em comparação com o levantamento anterior.
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Passivo ambiental: uma “dívida” com as gerações futuras Karem Scheid Carara Advogada OAB/RS 40930 | Especialista em Direito Ambiental
Em toda empresa se tem o conhecimento de que em termos contábeis passivo corresponde ao saldo das obrigações devidas. E na área ambiental, quando falamos em passivo ambiental, estamos nos referindo ao acúmulo de danos ambientais que devem ser reparados a fim de que seja mantida a qualidade ambiental. O termo passivo ambiental vem ganhando notoriedade, a partir do momento em que o custo de reparação dos danos ambientais passou a ser levado em conta no cálculo do valor de uma empresa para efeitos de sua venda, privatização ou fusão com outra companhia. É a contabilização ambiental, uma exigência do próprio mercado. Segundo a Lei nº 6.938/81 - Política Nacional do Meio Ambiente - Artigo 14 - Parágrafo Primeiro -, o poluidor é obri-
gado, independentemente de existência de culpa, a indenizar ou reparar os danos causados ao meio ambiente e a terceiros afetados por sua atividade. O causador do dano é responsável independentemente de culpa, é a chamada responsabilidade objetiva. Basta existir uma relação entre causa e efeito para que seja possível responsabilizar o autor do dano, onde todos aqueles que tenham sido prejudicados pelo acontecimento podem vir a ser ressarcidos pelos prejuízos sofridos e/ou danos causados à saúde. Além disso, o local danificado deve ser recuperado. Para evitar a incidência de passivo ambiental de qualquer tipo, as empresas utilizam o “filtro ambiental”, que é basicamente uma postura empresarial para evitar a entrada de qualquer coisa
que possa causar problemas ambientais no processo produtivo, no manuseio e na armazenagem de bens, ou que possa influenciar negativamente, do ponto de vista ambiental, os produtos e serviços oferecidos por qualquer organização. Na questão do passivo ambiental, uma política preventiva é o colorário da corretiva, pois se sabe que esta muitas vezes é insuficiente para dar conta do problema, onde esforços de correção poderão se transformar em investimentos sem retorno. Como em outras áreas, em termos de meio ambiente, a prevenção custa menos que a correção. Em algumas situações, o acúmulo de danos infringidos ao meio ambiente não pode ser avaliado economicamente, representando, num sentido figurado, uma “dívida” com as gerações futuras.
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recursos humanos
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Preconceito por aparência
nas empresas pode acabar na justiça
Pessoas acima do peso, mulheres que vestem minissaia e usam decote. Homens que têm barba, cabelos compridos, tatuagem, usam piercing ou, simplesmente, são considerados fora do padrão estético pelas empresas. A justiça trabalhista tem sido cada vez mais chamada a decidir os limites de interferência das companhias na aparência de seus empregados. Os manuais de conduta, que algumas possuem, são aceitos pelo Judiciário e o descumprimento dessas orientações pode justificar demissões por justa causa. O Judiciário, no entanto, tem condenado as companhias pela chamada discriminação estética, quando essas exigências ultrapassam o que poderia ser considerado razoável. Para algumas empresas, principalmente em tarefas de contato com o público, a boa aparência é fundamental. Este fator acaba afetando até no momento da contratação de funcionários. Algumas chegam a colocar a aparência como
requisito na seleção de candidatos. Há também organizações que possuem um “padrão de funcionários”. Eles têm que ter o mesmo tipo físico, a mesma estatura, vestir-se igual e usar o mesmo corte de cabelo. Essas empresas prezam por um tipo ideal. Entretanto, vale lembrar que boa aparência não significa ser bonito. O conflito entre o desejo de contratar funcionários com “boa aparência” e o livre arbítrio do indivíduo, muitas vezes acaba indo parar na Justiça do Trabalho. Em Curitiba, uma loja foi condenada pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST) ao pagamento de uma indenização de R$ 30 mil por danos morais a uma funcionária. A trabalhadora se sentiu humilhada e ultrajada na medida em que, para ela, ficou claro que sua demissão se deu em função da idade e por critérios relacionados à aparência física. Ela foi contratada como vendedora aos 28 anos e demitida aos 38 anos.
Como não há regra que defina claramente em quais situações as empresas podem interferir na aparência de seus funcionários, as decisões têm sido tomadas a partir da aplicação de dois princípios constitucionais: dignidade da pessoa humana e razoabilidade. Se o trabalhador se considerar vítima de discriminação por aparência, além do aspecto criminal, também pode entrar com uma ação por danos morais. Mesmo assim, apesar de a lei considerar discriminação o preconceito por aparência, alguns funcionários decidem não processar a empresa com medo de se prejudicarem no mercado de trabalho. Reivindicar pelos seus direitos não é um defeito do funcionário e sim uma virtude, que contará a favor em novas seleções. Provavelmente, o mercado de trabalho considerará que esse é um profissional consciente e que deseja respeito.
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Também chamado de caça-talentos, o headhunter é uma pessoa, grupo ou empresa especializada na procura de profissionais talentosos ou gestores. Ele também é considerado um “termômetro” do mercado Na busca por uma colocação no mercado, muitos candidatos já ouviram falar no tal de headhunter. Da mesma forma, também as empresas já foram aconselhadas a procurar um “caçador de cabeças” (tradução literal da palavra) para que este “caçasse” um bom funcionário para a companhia. Porém, apesar de ter ouvido falar muito nesse profissional, poucos candidatos e até mesmo empresas sabem o que realmente faz um headhunter. Também chamado de caça-talentos, o headhunter é uma pessoa, grupo ou empresa especializada na procura de profissionais talentosos ou gestores. A sua participação nos processos de recrutamento muitas vezes é importante para o candidato, mas principalmente para a empresa recrutadora, que terá acesso a profissionais de acordo com suas necessidades. Antigamente, headhunter era o nome dado aos escritórios que recrutavam executivos. A atividade não era muito anunciada, exigia pesquisa e um grande network, além de parcerias sólidas com empresas. As companhias contratavam os serviços desses escritórios e abriam a eles suas estratégias, cultura e valores, de forma que o headhunter pudesse saber exatamente qual profissional a empresa necessitava. Assim, a parceria exigia também muita confiança. Para ser um headhunter, a pessoa ou organização precisa ser parceira de seu cliente e ter a capacidade de entender as necessidades da empresa recrutadora. O caça-talentos não é uma profissão na qual
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Para ser um headhunter, a pessoa ou organização precisa entender as necessidades da empresa recrutadora
universidades formam, por isso um bom headhunter precisa ter conhecimento de mercado e uma grande lista de contatos. Em determinadas situações, o profissional precisa procurar, inclusive, em diversas partes do mundo um candidato que se encaixe no perfil traçado pela empresa. Atualmente existem diversas empresas que oferecem o serviço, até porque o mercado possui uma grande demanda e cada vez mais pessoas precisam de orientação para os processos seletivos, sempre mais
exigentes. Além de exercer sua função como recrutador e consultor, o headhunter também tem um papel de “termômetro” do mercado, pois está sempre em contato com empresas e candidatos e tem acesso a dados e perspectivas de ambos os lados. Conhecendo o mercado, ele pode perceber indicadores importantes, ajudando tanto as empresas quanto os próprios candidatos a delimitarem os próximos passos de suas estratégias.
recursos humanos
Você sabe o que é um headhunter?
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Câmara promove “Selo de
Compromisso Ambiental” Foi dada a largada para a segunda edição do “Selo de Compromisso Ambiental”, concedido pela Câmara Municipal de Vereadores de Gravataí às empresas e instituições que adotam medidas de preservação, proteção e recuperação do meio ambiente em suas atividades e que realizam ações que tenham por objetivo o desenvolvimento sustentável do município e a consequente melhoria da qualidade de vida da população. A Comissão Julgadora é composta pela Fundação Municipal do Meio Ambiente, Associação de Preservação da Natureza do Vale do Gravataí, Sindilojas, Acigra, Agrega, OAB, Secretaria Municipal de Educação e pelos vereadores líderes de bancada. A Comissão é responsável por avaliar os pro-
jetos inscritos e encaminhar os assuntos referentes à realização desta edição. O presidente do Legislativo, Nadir Rocha, tem participado da organização do encontro e enaltece a preocupação da sociedade em colaborar para que a natureza seja preservada. As inscrições ainda estão sendo recebidas pela Secretaria da Câmara. A solenidade especial de entrega do Selo aos projetos selecionados será na noite de 6 de julho, no Plenário da Câmara de Vereadores. Maiores informações pelo fone 3484.8800.
Rotary promove Café da Amizade No dia 13 de julho acontece o VII Café da Amizade, promovido pelo Rotary Club Cachoeirinha. O evento será no CTG Rancho da Saudade, a partir das 15h. Toda a renda arrecadada será revertida na integralidade para projetos sociais do clube.
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Entrega do Dacon é prorrogada A Receita Federal prorrogou para o 5º dia útil do mês de agosto o prazo de entrega do Dacon - Demonstrativo de Apuração de Contribuições Sociais relativo a fatos geradores ocorridos nos meses de abril e maio de 2011, inclusive nos casos de extinção, incorporação, fusão, cisão que ocorrerem nesses meses.
A Comissão é responsável por avaliar os projetos inscritos e encaminhar os assuntos referentes à realização desta edição
A difícil procura por novos profissionais No primeiro trimestre de 2011, um dos principais problemas enfrentados pelas indústrias gaúchas foi a falta de trabalhadores qualificados. Segundo a Sondagem Industrial realizada no mês de abril pela Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs), a falta de mão-de-obra qualificada aumentou novamente de importância, com 31% das respostas, e ficou pela primeira vez entre os três principais obstáculos. A elevada carga tributária continua liderando, com 62,8% das respostas, 6,5 pontos percentuais acima do registrado no trimestre anterior. Uma pesquisa realizada pela Curriculum, que ouviu cerca de 540 empresas, mostrou que 68% das companhias
dizem não estar satisfeitas com os candidatos que participam nos processos seletivos. Muitas empresas ficam desapontadas com a mão-de-obra disponível, que se mostra pouco qualificada e pouco capacitada, inviabilizando assim a contratação destes recursos. Elas afirmaram que os candidatos devem ficar atentos aos estudos. Boa formação, aliada a bons valores e atitudes, formam o profissional desejado não só para 2011, mas para os anos seguintes, que são muito promissores para o país. Ainda segundo o levantamento, as empresas afirmaram que, na hora de recrutar um novo profissional, as qualidades mais apreciadas são a responsa-
bilidade, ética e o comprometimento. Numa análise do comportamento dos colaboradores já integrados às companhias, comprometimento, objetividade e pro atividade são os três fatores que mais precisam ser aprimorados. A responsabilidade com as metas estipuladas é o mais desejado e, muitas vezes, o que mais precisa ser desenvolvido pelos profissionais. O engajamento é essencial e o colaborador precisa entender claramente o quanto ele é importante para o todo. Quanto à responsabilidade de forma geral, o profissional deve saber que esse é um requisito mínimo e jamais deve ser citado como um diferencial.
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Número de empresas no Simples Nacional chega a 5 milhões em 2008, havendo grande impulso nas opções a partir de 2009, com a criação do Empreendedor Individual (EI). Inserido na lei da pequena empresa, o Empreendedor Individual possibilita a formalização de empreendedores por conta própria. Ao se registrarem, esses profissionais entram automaticamente no Simples Nacional. Os números do CGSN mostram que, em 2009, estavam no sistema 3,4 milhões de empresas, das quais 77 mil eram empreendedores individuais. Em 2010, eram 4,5 milhões, sendo 810 mil EI. Hoje, são 5 milhões e, destas, 1,1 milhão é empreendedor individual. A opção pelo Simples Nacional é feita sempre em janeiro de cada ano, exceto para as empresas recém registradas, que podem optar a qualquer momento. Números do CGSN mostram índice crescente de empresas novas entrando no sistema, mesmo com a criação do Empreendedor Individual.
Segundo o Comitê Gestor do Simples Nacional (CGSN), o Simples Nacional já conta com 5 milhões de micro e pequenas empresas. O número representa 83,7% do total de micro e pequenas empresas do país e 83% de todas as empresas que existem no território nacional. O sistema, mais conhecido como Supersimples, é um sistema especial de tributação das micro e pequenas empresas. Ele unifica a cobrança de seis tributos federais (IRPJ, IPI, PIS, COFINS, CSLL, INSS patronal) mais o ICMS estadual e o ISS municipal. As empresas com receita bruta de até R$ 2,4 milhões por ano podem optar por recolher tributos pelo Simples. O sistema entrou em vigor em julho de 2007, substituindo o antigo Simples Federal. Na época, migraram automaticamente para o novo regime 1,3 milhão de empresas. Em 2007, o sistema contava com 2,8 milhões de empresas, passando para 3,1 milhões
Emissões de CO2 aumentam As emissões de gás carbônico registraram uma alta recorde no ano passado, de acordo com a Agência Internacional de Energia (IEA). Mesmo com a queda registrada em 2009, por causa da crise financeira global, a estimativa é de que as emissões tenham aumentado no ano seguinte para um recorde de 30,6 gigatoneladas (1 gigatonelada equivale a 1 bilhão de toneladas). Isso representa um salto de 5% em comparação ao recorde anterior, de 2008, quando as emissões foram de 29,3 gigatoneladas (Gt), segundo a IEA. Além disso, a agência estimou que 80% das emissões projetadas pelo setor energético até 2020 já estão garantidas, pois vêm de usinas de produção de energia já em funcionamento ou em construção atualmente. Este aumento nas emissões de CO2 representa um obstáculo nas expectativas globais de limitar o aumento na temperatura a não mais de 2º Celsius. Para que isso seja possível, o aumento das emissões nos próximos 10 anos, portanto, deve ser menor que o ocorrido entre 2009 e 2010.
Seminário 2011 da Indústria do Plástico acontece no dia 13 Com o objetivo de disseminar informações úteis à gestão das empresas do setor plástico, acontece, no dia 13 de junho, o Seminário 2011 da Indústria do Plástico no RS. O evento, que será realizado em São Leopoldo em uma promoção conjunta dos três sindicatos co-irmãos - Sinplast, Simplás e Simplavi - tem como foco empresários e executivos do setor.
Na abertura do evento, os Sindicatos apresentarão os principais tópicos da negociação de um plano de desenvolvimento para a cadeia com o Governo do Estado. Na sequência, especialistas falarão sobre matérias-primas e inovação, mercado, crédito e gestão empresarial. O evento visa à pró-atividade empresarial, sugerindo ações a serem adotadas
pelas próprias empresas. Podem participar representantes de empresas associadas a um dos três Sindicatos do setor, com entrada franca. O Seminário 2011 da Indústria do Plástico no RS será realizado das 8h30min às 16h30min, no Centro das Indústrias de São Leopoldo (Rua José Bonifácio, 204, 4º andar). Mais informações junto aos Sindicatos realizadores.
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Sindilojas Gravataí é referência em sustentabilidade O Sindilojas Gravataí esteve presente no 27º Encontro Nacional dos Sindicatos Patronais do Comércio de Bens, Serviços e Turismo, realizado entre os dias 25 e 27 de maio em Cuiabá (MT). O encontro teve o objetivo de promover a troca de experiências entre as entidades afiliadas à Confederação Nacional do Comércio e contou com representantes de todas as partes do Brasil que apresentaram cases nas mais diversas áreas. Pelo Projeto Amigos do Planeta, o Sindilojas Gravataí recebeu o Prêmio Drª Lair Montenegro, concedido ao melhor case, considerando criatividade, correspondência com a realidade do seu respectivo sindicato e apresentação de resultados. Ao final foram distribuídos aos participantes do encontro o Programa de Gestão Ambiental Amigos do Planeta e Rose Mariah, gestora do projeto, recebeu convites dos Sindilojas São Paulo, Fortaleza e Goiânia para apresentação e auxílio na implantação da gestão ambiental. O projeto: O “Amigos do Planeta” tem a função
Divulgação Sindilojas
Pelo Projeto Amigos do Planeta, o Sindilojas Gravataí recebeu o Prêmio Drª Lair Montenegro
de promover conscientização e práticas de sustentabilidade ambiental para a entidade, associados e comunidade. O projeto surgiu em 2007 da necessidade de destinar corretamente resíduos não coletados pelo sistema público. Desde sua primeira ação, a coleta e reciclagem de óleo de cozinha usado, já são 11 práticas estabelecidas com o público in-
terno e externo. Além da citada coleta de óleo, atualmente o projeto dispõe à comunidade reciclagem de pilhas e baterias, celulares em desuso, computadores e periféricos, sacolas retornáveis, educação ambiental, reciclagem de banners, lâmpadas fluorescentes e auxílio no desenvolvimento de programa de gestão ambiental.
PGQP realiza Congresso e Prêmio da Qualidade A Competitividade Sustentável está diretamente ligada a atividades econômicas que promovam o crescimento e restauração da saúde dos sistemas naturais e sociais do qual o crescimento econômico atual e futuro dependem. Este crescimento se dá através de condições justas de mercado, produção de bens e serviços que atendam aos mercados nacionais O evento acontece entre os dias 4 e 9 de julho na Fiergs, em Porto Alegre e internacionais, mantendo e expandindo a renda real de todos na área da Qualidade da Gestão, juntaos seus cidadãos. Para debater estes e mente com o 21º Congresso Brasileiro outros importantes assuntos, o PGQP da Qualidade e Produtividade. Haverá realiza o 12º Congresso Internacional a participação de importantes pensada Gestão, o maior evento do mundo dores nacionais e internacionais e de
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organizações com excelência em Gestão. O evento acontece entre os dias 4 e 9 de julho na Fiergs, em Porto Alegre. Além das palestras, haverá cursos e workshops, visitas técnicas, a Feira Conhecimento da Gestão e Resultados, o 25º Concurso Estadual de Projetos Participativos e o 16º Prêmio Qualidade RS, considerado o “Oscar da Qualidade”, que será entregue no dia 5 de julho. Esta premiação é o maior reconhecimento na área da Qualidade no Estado. Todos os holofotes estarão voltados às organizações campeãs em Gestão e Qualidade.
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