Projeto experimental livre rainbow drops

PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL FACULDADE DE COMUNICAÇÃO SOCIAL DEPARTAMENTO DE RELAÇÕES PÚBLICAS

JÉSSICA DIAS CARDOSO MATHEUS ROCHA WECKI PAULA OVIEDO FERREIRA RAQUEL GEHRKE BINS

PROJETO EXPERIMENTAL LIVRE RAINBOW DROPS

PORTO ALEGRE 2016

JÉSSICA DIAS CARDOSO MATHEUS ROCHA WECKI PAULA OVIEDO FERREIRA RAQUEL GEHRKE BINS

PROJETO EXPERIMENTAL LIVRE RAINBOW DROPS

Trabalho realizado como avaliação para a disciplina Projeto Experimental Livre da Faculdade de Comunicação Social com habilitação em Relações Públicas.

Orientadores: Profa. Me. Denise Pagnussatt Prof. Me. Diego Wander

PORTO ALEGRE 2016

LISTA DE FIGURAS Figura 1 - Resultado de pesquisa INPI .............................................................................. 14 Figura 2 - Públicos da organização .................................................................................... 16 Figura 3 - Produtos do site ................................................................................................... 20 Figura 4 - Site oficial Kipling................................................................................................. 21 Figura 5 - Produtos no site da Bagaggio ........................................................................... 22 Figura 6 - Fluxo das ações da Rainbow Drops ................................................................. 42 Figura 7 - Lambes distribuídos pela cidade....................................................................... 43 Figura 8 - Instagram da Rainbow Drops ............................................................................ 44 Figura 9 - Vouchers de Desconto (Lançamento da Rainbow Drops) ............................ 46 Figura 10 - Tótens de Coleta ............................................................................................... 47

LISTA DE QUADROS Quadro 1 - Quadro Síntese da Organização..................................................................... 10 Quadro 2 - Segmentação de mercado-alvo ...................................................................... 32 Quadro 3 - Análise SWOT da Rainbow Drops .................................................................. 35 Quadro 4 - Indicadores de mensuração............................................................................. 49 Quadro 5 - Cronograma de ações ...................................................................................... 51

LISTA DE TABELA Tabela 1 - Comparativo de produtos .................................................................................. 23 Tabela 2 - Projeção de vendas da Rainbow Drops .......................................................... 38 Tabela 3 - Orçamento das ações ........................................................................................ 49

LISTA DE GRÁFICOS Gráfico 1 - Moda ecológica .................................................................................................. 28 Gráfico 2 - Proteção do material ......................................................................................... 29

SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO ................................................................................................... 9 2 QUADRO SÍNTESE ............................................................................................... 10 3 DIAGNÓSTICO ORGANIZACIONAL .................................................................... 11 3.1 ORGANIZAÇÃO, RELAÇÕES PÚBLICAS E MERCADO ................................ 11 3.2 APRESENTAÇÃO DO CONTEXTO DO TEMA ............................................... 12 3.3 ORGANIZAÇÃO E PROPOSTA DE NEGÓCIO............................................... 14 3.4 MISSÃO, VISÃO E VALORES ......................................................................... 15 3.5 PÚBLICOS DA ORGANIZAÇÃO...................................................................... 15 3.6 PROPOSTA DE INOVAÇÃO ........................................................................... 17 3.7 PARECER TÉCNICO ....................................................................................... 17 4 ANÁLISE DA CONCORRÊNCIA ........................................................................... 19 4.1 FUNDAMENTAÇÃO SOBRE CONCORRÊNCIA E POSICIONAMENTO ....... 19 4.1.1 Concorrentes indiretos ........................................................................... 20 5 ANÁLISE DOS CONSUMIDORES ........................................................................ 27 5.1 BREVE FUNDAMENTAÇÃO SOBRE O CONSUMIDOR ................................ 27 5.2 PERCEPÇÃO DOS CONSUMIDORES SOBRE O PRODUTO ....................... 27 5.3 NÚMEROS DO SETOR DE PRODUTOS ........................................................ 30 5.3.1 Comércio Exterior .................................................................................... 30 5.3.2 Produção .................................................................................................. 31 5.3.3 Faturamento ............................................................................................. 31 5.3.4 Empregos ................................................................................................. 31 5.3.5 Moda Sustentável .................................................................................... 31 5.4 SEGMENTAÇÃO DO MERCADO.................................................................... 32 6 MATRIZ SWOT ...................................................................................................... 34 6.1 BREVE FUNDAMENTAÇÃO SOBRE MATRIZ SWOT .................................... 34 6.2 ANÁLISE SWOT .............................................................................................. 34 7 VENDAS E FATURAMENTO ................................................................................ 37 7.1 PREÇO ............................................................................................................ 37 7.2 PROJEÇÃO DE VENDAS ................................................................................ 38 8 PLANO DE COMUNICAÇÃO E RELAÇÕES PÚBLICAS ..................................... 40 8.1 DESAFIOS E PRESSUPOSTOS ..................................................................... 40 8.2 OBJETIVOS DO PLANO DE COMUNICAÇÃO E RELAÇÕES PÚBLICAS ..... 40 8.2.1 Comunidade ............................................................................................. 41

8.2.2 Consumidores .......................................................................................... 41 8.2.3 Formadores de Opinião e Imprensa ....................................................... 41 8.2.4 Parceiros .................................................................................................. 41 8.3 MENSAGEM CENTRAL .................................................................................. 41 8.4 INICIATIVAS DE COMUNICAÇÃO E RELACIONAMENTO ............................ 42 8.4.1 Intervenção Urbana - Lambe-Lambes na Cidade .................................. 43 8.5 ORÇAMENTO .................................................................................................. 48 8.6 INDICADORES DE MENSURAÇÃO DOS RESULTADOS .............................. 49 9 CRONOGRAMA DE GESTÃO DA COMUNICAÇÃO ............................................ 51 10 CONSIDERAÇÕES .............................................................................................. 52 REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 53 APÊNDICE A - ROTEIRO DE ENTREVISTA EM PROFUNDIDADE ....................... 56 APÊNDICE B - ENTREVISTA VITÓRIA SCHACHT ................................................ 57 APÊNDICE C – ENTREVISTA EM PROFUNDIDADE COM TAÍS BASTOS ........... 60 APÊNDICE D – ENTREVISTA EM PROFUNDIDADE COM ANNE ANICET ........... 62 APÊNDICE E – QUESTIONÁRIO ONLINE .............................................................. 65

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1 APRESENTAÇÃO O Projeto Experimental Livre se constitui numa disciplina obrigatória do último semestre do curso de Relações Públicas que busca aplicação prática dos conceitos e conhecimentos adquiridos durante o período. Tem como objetivo, portanto, oportunizar a reflexão sobre os eixos que sustentam a inovação de organizações privadas através da elaboração de um plano de comunicação com viés estratégico, para implantação em curto, médio e longo prazo.

Este estudo aborda a produção de mochilas resistentes à água produzidas com material de guarda-chuvas descartados pela população porto alegrense e região metropolitana. Compreendeu-se a necessidade de criar um produto que não fosse limitado à utilidade, mas que contasse com um design inovador e criativo que estivesse apoiado em um pilar de sustentabilidade e responsabilidade social. A “Rainbow Drops” visa criar estas mochilas adaptadas para um clima chuvoso – como é o de Porto Alegre – de forma a executá-las de maneira mais criativa do que os modelos apresentados atualmente e reaproveitando materiais que, usualmente, são jogados no lixo. Assim, foi definido os pilares de criatividade e sustentabilidade para embasar o desenvolvimento da empresa.

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2 QUADRO SÍNTESE Neste item apresenta-se o Quadro Síntese da Organização. Nele constam os dados de identificação, a finalidade, os principais públicos e os objetivos em relação à comunicação da empresa. Isto pode ser observado no Quadro 1.

Quadro 1 - Quadro Síntese da Organização DADOS DE IDENTIFICAÇÃO DA ORGANIZAÇÃO Nome: Rainbow Drops Responsáveis: Jéssica Dias, Matheus Wecki, Paula Ferreira e Raquel Bins.

Cargo: Sócios-Diretores.

Site: www.Rainbow Drops.com.br Início das atividades: Agosto/2017 Finalidade: Comercializar um produto a fim de suprir uma necessidade de forma sustentável e inovadora.

Públicos: o Comunidade; o Clientes; o Parceiros; o Fornecedores; o Imprensa; o Concorrentes.

Principais demandas em relação à comunicação: o

Desenvolver o produto reciclado de forma sustentável e inovadora que reforce uma proposta de valor à marca;

o

Posicionar a marca na mente dos públicos de interesse estabelecendo um relacionamento de valor com os mesmos;

Fonte: Desenvolvido pelos autores (2016).

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3 DIAGNÓSTICO ORGANIZACIONAL O presente capítulo expõe uma breve fundamentação sobre organização, mercado e comunicação. Apresenta também o tema e a empresa, análise dos públicos de interesse e a proposta de inovação a ser implementada.

3.1 ORGANIZAÇÃO, RELAÇÕES PÚBLICAS E MERCADO Em um sistema social existem conjuntos de organizações voltadas a atender necessidades dos públicos. Conforme Maximiano (1992), uma organização é uma combinação de esforços a fim de realizar propósitos coletivos e, através dela, é possível atingir objetivos que seriam inatingíveis se realizados por um único indivíduo.

Assim sendo, uma organização é formada pela soma de pessoas, máquinas e outros equipamentos, recursos financeiros e humanos.

A partir desta concepção, entende-se a complexidade organizacional e a necessidade do especialista em comunicação atuando juntamente a uma equipe qualificada, mediando o relacionamento entre as empresas contemporâneas e seus públicos de interesse. Neste contexto, destaca-se a atividade de relações públicas, que, no conceito de Ferrari (2008), é definida como a atividade cuja função é ajudar a organização a interagir com os componentes sociais e políticos do seu ambiente. A autora ainda determina que os profissionais: [...] devem se pautar pela visão global da relação e pela capacidade de planejar, definir e fazer a gestão das diretrizes da relação, ultrapassando, na sua ação, o caráter midiático e operacional, típico da comunicação quando utilizada como ferramenta ou emprego de instrumentos (FERRARI, 2008, p.84).

É relevante conhecer o micro e macroambiente em que se encontra seu objeto de estudo, compreendendo noções do mercado potencial. Kotler (2006, p. 141) propõe que “o mercado potencial é o conjunto de consumidores que demonstram um nível de interesse suficiente para uma oferta ao mercado”. Uma vez que “o mercado disponível é o conjunto de consumidores que possuem renda, interesse e acesso a uma determinada oferta” (KOTLER, 2006, p. 141). Utilizando-se dos conhecimentos sobre marketing e comunicação, ao definirem-se ações estratégicas de relações públicas para essa organização, entende-se que: “a empresa pode tentar ampliar seu

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mercado potencial anunciando o produto a consumidores menos interessados ou a outros que até então não eram tidos como público-alvo” (KOTLER, 2006, p. 141).

Desta forma, determina-se que o papel do Marketing, de Relações Públicas e o conhecimento de mercado representam para as empresas planos estratégicos que visam atingir os objetivos e metas organizacionais.

3.2 APRESENTAÇÃO DO CONTEXTO DO TEMA A sustentabilidade está cada vez mais presente nas organizações, estudos apresentam que este tema se divide em três dimensões: econômica, ambiental e social (CLARO; CLARO; AMÂNCIO, 2008). O termo sustentabilidade mais difundido é o da Comissão Brundtland (WCED, 1987), que considera que o desenvolvimento sustentável procura satisfazer às necessidades da geração atual sem comprometer as próximas gerações. Dessa forma, deixa-se claro que um dos princípios de sustentabilidade é a visão a longo prazo, analisando os interesses das seguintes gerações. De acordo com Galli (2012) o conceito dominante para o desenvolvimento sustentável consiste principalmente em descobrir como o planeta pode proporcionar recursos suficientes para assegurar o bem-estar das pessoas, em toda parte.

A moda, segundo Carvalho (2016) se iguala às instituições que sistematizam a sociedade, sendo um elemento que foi-se transformando em um território sem fronteiras, renovável e sempre interpretável. A moda é rica de significados e compreendida dentro de um contexto cultural e social, procurando a individualidade e necessidade de inclusão, transmitindo aos outros quem o indivíduo é.

Ainda para Carvalho (2016) moda é um mercado global estruturada de forma complexa, que opera em diversos níveis de modo a chegar a inúmeros públicos. Esse público é constituído pelos amantes de moda e aqueles que compram por uma necessidade cotidiana.

A moda, em seu ponto mais criativo, é uma das expressões mais influentes e diretas de aspirações pessoais, individualidade e pertencimento. Conforme Fletcher e Grose (2011, p. 138), a indústria da moda, também contribui para a degradação social e ambiental quando a propaganda invasiva e as tendências de curto prazo manipulam e exploram as necessidades inatas das pessoas por integração e diferenciação, para levar os ciclos de varejo mais rápidos e ao crescimento contínuo da produção comercial.

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Compreende-se, com esta fala dos autores, que a indústria da moda possui um processo comumente degradante ao ambiente, descartando e produzindo peças de baixa qualidade para estimular o consumo mais rápido das mesmas. Sendo assim, uma alternativa a este processo, é a moda sustentável. Segundo o SEBRAE (2015), este conceito vincula-se a alguns princípios essenciais, como: a matéria-prima reciclada é natural e/ou renovável, não utiliza agrotóxicos e produtos químicos, possui um processo de produção com pouco impacto ao meio ambiente, reduz as sobras de tecidos das peças produzidas e reutilização das mesmas ou encaminhando para reciclagem. Assim sendo, contextualiza-se sendo um sistema de produção socialmente responsável, com parcerias com comunidades locais e pagamento justo aos trabalhadores envolvidos nos processos.

O mercado da moda é um dos que gera mais empregos, sendo a terceira atividade econômica que mais possui movimentação financeira (BERLIM, 2012).

Também sendo uma das indústrias que produzem lixo em grande quantidade, o que poderia ser evitado por diversas vezes se houvesse mudança no processo de produção. Levando em conta o descaso com a consciência ambiental na separação de lixo, muitas marcas de moda, acompanhavam o ritmo da fast fashion; moda efêmera, que proporciona mudanças rápidas, com alto índice de produção e focada principalmente no consumo de massa, desenvolvendo assim roupas de baixa qualidade. Dessa forma, as roupas tornam-se descartáveis por não terem uma durabilidade e por estarem fora da moda (ANICET; RÜTHSCHILLING, 2013).

A partir da fast fashion, surgiu o movimento de slow fashion, que promove a produção com menor impacto ambiental, o que não significa necessariamente baixar a produtividade, mas melhorá-la, pensando na qualidade do produto final, o que torna o processo amigo do meio ambiente (BLACK, 2008). O slow fashion, enfoca a “atitude sem pressa”, não significando produzir menos, mas sim trabalhar para a melhoria da produtividade através da criatividade e da qualidade, tornando o processo favorável ao meio ambiente (BLACK, 2008).

Conforme Carli (2009), a cultura consumista é uma realidade, que está sendo questionada por formadores de opinião, desde sociólogos e ambientalistas até os profissionais e pesquisadores de moda. Manifestam-se defensores do consumo consciente, os quais entende a sustentabilidade ambiental, social e econômica como um problema global.

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3.3 ORGANIZAÇÃO E PROPOSTA DE NEGÓCIO A Rainbow Drops é uma organização que se propõe a desenvolver produtos com o reuso de material através de uma proposta de moda sustentável e consciente, buscando reduzir o impacto ambiental. Com a reutilização de recursos e do reaproveitamento do tecido de guarda-chuvas descartados, são dados novos destinos a este material.

A produção das mochilas é artesanal, focando no trabalho não industrial de massa, buscando exclusividade (poucas peças parecidas), bom acabamento e a expressão artística dos costureiros e/ou estilistas. Inicialmente, os produtos serão vendidos através de uma loja própria localizada em Porto Alegre. Como estratégia de expansão de vendas, a Rainbow Drops utilizará e-marketplaces1 para atuar com vendas online, para haver um maior controle de custos e também testar o interesse do público no material – que é diferente e não usual no mercado porto alegrense.

A partir da proposta de reutilizar o material de guarda-chuvas descartados, optou-se pelo nome Rainbrow Drops. Com este nome, busca-se dar uma nova percepção ao guarda-chuva, escolhendo o arco-íris como um novo destino ao produto (FIGURA 1).

Figura 1 - Resultado de pesquisa INPI

Fonte: Instituto Nacional de Pesquisa (2016).

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“O e-marketplace nada mais é do que uma loja virtual onde se vende bens e serviços. O modelo de negócios é conhecido por conectar diretamente cliente e fornecedor sem participação de intermediários” (SEBRAE NACIONAL, 2014).

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3.4 MISSÃO, VISÃO E VALORES Ter uma estratégia bem definida inclui reforçar os alicerces da empresa. Neste sentido, é importante salientar conceitos norteadores, tais como missão, visão e valores. Conforme Chiavenato (2005), missão é a razão de existência da organização, seu propósito orientador para desenvolver as atividades e que reúne os esforços dos colaboradores.

O referido autor ainda determina que a visão: "estabelece uma identidade comum referente aos propósitos da empresa em relação ao futuro, de modo a orientar o comportamento das pessoas quanto ao destino da organização quer alcançar" (CHIAVENATO, 2005, p. 66). Oliveira (2005) afirma que os valores são o conjunto dos princípios e crenças da organização, buscando fornecer apoio para a tomada de decisões. Estes conceitos, aplicados a Rainbow Drops, resultam nos seguintes elementos norteadores: Missão: Produzir mochilas resistentes à água através de material de guardachuvas reciclados, engajando clientes e fornecedores no desenvolvimento de um sistema de produção mais sustentável e consciente no mercado de Porto Alegre de maneira transparente, inovadora, coletiva e respeitando ao meio ambiente.

Visão: Tornar-se referência em moda sustentável em Porto Alegre até 2022.

Valores: ● Transparência; ● Consciência coletiva; ● Respeito ao meio ambiente; ● Inovação.

Acreditamos que os elementos norteadores fazem parte do ideal da organização para seu crescimento, contribuindo com o meio ambiente e sua cooperação para com a sociedade.

3.5 PÚBLICOS DA ORGANIZAÇÃO Para desenvolver as estratégias da empresa é fundamental possuir um conhecimento específico dos públicos e segmentação dos mesmos. Para França

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(2004), públicos são aqueles relacionamentos organizacionais onde grupos ou setores relacionam-se com a empresa, de forma permanente ou não. Conforme apresenta a Figura 2: Figura 2 - Públicos da organização

Fonte: Desenvolvido pelos autores com base em Oliveira (2008).

Este modelo, desenvolvido por Oliveira (2008), explicita as relações desenvolvidas pela organização, propondo uma valorização da mesma. Estão incluídos os públicos que estão direta e indiretamente relacionados à Rainbow Drops.

A autora ainda determina que: Ao propor uma circularidade das posições fixas de emissor e receptor do paradigma clássico, o modelo valoriza a comunicação intersubjetiva, baseada na argumentação e no debate de aspectos e decisões que afetam os atores envolvidos. Há uma radicalidade nesse redimensionamento de papéis, de emissor/receptor para interlocutores, uma vez que os transforma em sujeitos do processo comunicacional (OLIVEIRA, 2008, p. 36).

O consumidor de moda sustentável é considerado crítico e consciente de seus hábitos de consumo, valorizando um produto muito além da modelagem, mas também sua relação com a natureza e com as pessoas. Esse público é conhecido como ecofriendly, que dispõe de uma ideologia que incentiva mudanças no estilo de vida ao preservar o meio ambiente.

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Neste plano, trabalha-se especificamente com ações que abordem o público de moda sustentável, bem como a imprensa, formadores de opinião e terceiro setor.

Busca-se atingir o segmento de pessoas preocupadas com o meio ambiente, que gostam de moda, despertando o interesse da comunidade e mídia.

3.6 PROPOSTA DE INOVAÇÃO A inovação está determinada pela reutilização do tecido impermeável de guarda-chuvas descartados para produção de mochilas resistentes à água, bem como o processo de produção que valoriza a mão de obra artesanal e não industrial. A criação das mochilas possui o diferencial do reaproveitamento de matéria-prima em sua fabricação, uma vez que em todas as suas etapas, prezam pelo respeito ao meio ambiente e à sociedade, valorizando as pessoas envolvidas na produção e incentivando o consumo consciente. A ideia é de um produto que seja exclusivo, desenvolvido por profissionais da área da moda sustentável e que apoiam o consumo consciente.

3.7 PARECER TÉCNICO Na busca da viabilidade do negócio da organização, recorreu-se a realização de entrevistas em profundidade com especialistas na temática. Segundo Duarte (2012, p.62), a técnica de entrevista em profundidade é compreendida como: “um recurso metodológico que busca, com base em teorias e pressupostos definidos pelo investigador, recolher respostas a partir da experiência subjetiva de uma fonte, selecionada por deter informações que se deseja conhecer”. Assim, foram entrevistadas a estilista formada pelo Senac, Vitória Schacht, a designer de produtos Taís Bastos, formada em moda pela UCPEL, e a Doutora em Design com foco em moda sustentável, Anne Anicet. Buscamos essas profissionais porque possuem afinidade com a temática, por terem conhecimento técnico ou por possuírem experiência de trabalho com o nicho de ecomoda.

Questionadas sobre a tendência sobre sustentabilidade atual na população porto-alegrense, houve divergências entre as entrevistadas. Vitória acredita que, possivelmente, pelo tradicionalismo gaúcho, seja complicado conscientizar as pessoas sobre este novo conceito. Taís e Anne, no entanto, acreditam que esta é, de

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fato, uma tendência muito forte no mercado - não apenas porto-alegrense, mas global.

Anne salienta ainda que, apesar disso, o mercado brasileiro ainda “engatinha” neste desenvolvimento.

As entrevistadas apontam que a indústria calçadista têm se destacado no quesito sustentabilidade no mercado dos últimos anos, reaproveitando couro e plástico. Além disso, Anne e Thaís citam os tecidos de garrafa PET que tornaram-se bastante visíveis neste mesmo período. Vitória conta, inclusive, que trabalhou em um projeto com proposta sustentável no SENAC, em sua época de aluna: “eu trabalhei durante 3 anos com moda sustentável. Eu comecei com um projeto que se chamava Acessórios Sustentáveis no Senac e esse projeto foi ganhando força. Eu fui até São Paulo”. Taís expõe a existência de uma marca gaúcha de calçados em que até o solado é de borracha reciclada, a Insecta Shoes.

Em Porto Alegre, ainda não há um uma marca que produza objetos a partir do material de guarda-chuvas reciclados, e as três respondentes acreditam que existem muitas possibilidades a partir desta iniciativa. Percebem também que, no investimento em fabricação destes produtos sustentáveis e com matéria prima reutilizada, é preciso considerar a vantajosa diminuição dos custos e a conscientização dos consumidores a partir da compra produtos ecológicos, além de planejar bem a captação dos guarda-chuvas para a confecção das mochilas. Para que o negócio seja possível, em condições ideais, Anne aconselha que o local de produção e venda sejam próximos dos de captação de matéria prima: “para evitar transporte e emissão de gases poluentes, pensando no todo”.

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4 ANÁLISE DA CONCORRÊNCIA

Neste item é realizada uma análise sobre a concorrência – direta e indireta – da Rainbow Drops. Busca-se investigar seus preços, estratégias e canais de comunicação e distribuição. Assim, intenta-se compreender, comparar e tomar posição neste mercado complexo e diverso em que a Rainbow Drops está se inserindo.

4.1 FUNDAMENTAÇÃO SOBRE CONCORRÊNCIA E POSICIONAMENTO A concorrência determina quem são as organizações que competem direta ou indiretamente pela preferência e fidelidade dos públicos. Estas empresas atuam no mesmo ramo de atividade, disputando a mesma faixa de mercado. Deste modo, podese segmentar os concorrentes em diretos e indiretos.

Os concorrentes diretos são aqueles que possuem um produto igual ao da empresa estudada, visando a mesma segmentação de público. Os indiretos, por sua vez, disputam o mesmo tipo de consumidor. Para competir no mercado, é necessário então segmentar o mercado, desenvolvendo o posicionamento de valor oferecido pela marca. Kotler (2006, p. 107) apresenta que “a fórmula ‘segmentação, seleção de alvo (targeting), posicionamento’ é a essência do marketing estratégico”.

Desta forma, direciona-se os esforços da comunicação para a seleção de um público, buscando compreender suas necessidades, ideias, crenças e imagens formadas. Kotler (2006, p. 203) ainda descreve, neste sentido, que o conjunto de crenças relativo a uma marca compõe a imagem da marca. A imagem da marca do consumidor vai variar de acordo com a suas experiências e a maneira como ela é filtrada pelos efeitos da atenção seletiva, da distorção seletiva e da retenção seletiva2.

Neste contexto, intenta-se segmentar os concorrentes, bem como analisar seus pontos fortes e fracos, visando o crescimento da Rainbow Drops. Como não se

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Conforme Kotler (2006), a atenção seletiva é uma seleção das informações a serem guardadas e registradas em nosso cérebro; a distorção seletiva é a tendência de transformar a informação de modo que se adapte a seus prejulgamentos; e a retenção seletiva é a propensão de lembrar os aspectos positivos mencionados a respeito de um produto de que gostamos e esquecer os aspectos positivos expostos a respeito de produtos concorrentes.

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encontram ainda concorrentes que vendam o mesmo produto oferecido pela organização, por ser um conceito inovador e sustentável, são descritos apenas os concorrentes indiretos, sendo eles a marca Mesclada (Perky), Kipling e Bagaggio.

4.1.1 Concorrentes indiretos Os concorrentes indiretos foram selecionados a partir de seus produtos e de seu segmento de mercado. Todas as marcas possuem uma linha de mochilas que são visualmente atrativas e possuem pontos de venda em Porto Alegre.

4.1.1.1 Mesclada (Perky) A Mesclada, antiga Perky, conforme informado no site, comercializa produtos originais, adquiridos junto aos fornecedores autorizados das marcas no Brasil, com matérias primas 100% nacionais. Tem sede em Porto Alegre e popularizou-se por sua linha de alpargatas e bolsas. No ano de 2016 a marca passou por um processo de transformação, assumindo um novo nome e identidade, porém mantendo o seu posicionamento. Este posicionamento é marcado por representar uma marca jovem, engajada e preocupada com o meio ambiente. Preocupação esta que reflete diretamente dos processos de produção dos calçados. A Figura 3 apresenta alguns produtos da marca.

Figura 3 - Produtos do site

Fonte: site oficial da Mesclada (2016).

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A Mesclada foca suas vendas principalmente no e-commerce, possuindo pouco destaque nas redes sociais com esta nova marca. Porém, ainda mantém ativos os canais de comunicação de sua antiga marca. Seu maior foco e destaque ainda é a confecção de calçados, sendo assim o carro chefe da marca, embora comercializem mochilas da marca que também estão alinhadas aos valores e à qualidade da empresa.

4.1.1.2 Kipling Em seu site, apresenta-se a empresa criada por três amigos Belgas, Vincent Haverbeke, Paul Vakiplinn De Velde e Xavier Kegels, que, com uma ideia inovadora de misturar poliamida (nylon), design e diversão, tornaram-se uma das marcas mais casuais e conhecidas em todo o mundo. Destaca-se por posicionar-se como uma mochila de luxo acessível. Seus produtos são comercializados em sua loja online, além de lojas de parceiros e marketing places. Na figura 4, observa-se os produtos da marca.

Figura 4 - Site oficial Kipling

Fonte: site oficial Kipling (2016).

A Kipling possui um design mais despojado e alternativo, focando-se no público mais jovem, trazendo sua comunicação de forma mais casual. Possui um e-

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commerce e realiza suas vendas através de parceiros. Possui bastante engajamento e alcance nas redes sociais internacionais e nacionais.

4.1.1.3 Bagaggio É uma empresa familiar que atua no comércio de malas, bolsas, pastas, carteiras e acessórios para viagem, desde 1942. Está em constante expansão e possui um site e-commerce além das lojas físicas, buscando satisfazer diversos públicos. A marca é guiada pela sua missão, que consiste em oferecer produtos de qualidade e bom gosto, que respeitem o gosto individual de cada cliente, proporcionando-lhe prazer e bem-estar desde o momento da compra.

Figura 5 - Produtos no site da Bagaggio

Fonte: Site oficial Bagaggio (2016).

A Bagaggio posiciona-se de forma bastante tradicional, salientando sua trajetória consolidada, sua confiabilidade e reconhecimento no mercado. Em seus meios de comunicação reforça estes ideais, não sendo, no entanto, “engessada” e desatualizada em estratégias de comunicação.

Após elencar os principais concorrentes indiretos da organização, compreende-se de forma clara a atuação das marcas. Assim, compreende-se o contexto em que Rainbow Drops está inserida. No próximo item, contextualiza-se estas marcas de modo sintético

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4.2 DESCRIÇÃO SOBRE PRODUTOS, PREÇOS, CANAIS DE COMERCIALIZAÇÃO, POSICIONAMENTO E COMUNICAÇÃO

Na tabela 1 é possível observar uma comparação entre os principais produtos dos concorrentes indiretos da Rainbow Drops.

Tabela 1 - Comparativo de produtos MARCA MESCLADA (PERKY) 1. https://www.dafiti.com.br/Mochila-SpectorPhantasy---Salmao-2793364.html

PRODUTO

DESCRIÇÃO

PREÇO

Mochila Spector Phantasy Salmão

Tecido 100% poliéster de alta resistência e impermeável logo, puxadores e forro personalizados, bolso laterais e frontais, divisórias internas, alças ergonômicas e reguláveis.

R$ 42,90

2. https://www.dafiti.com.br/Mochila-Cavalera-KansasPreto-2697633.html

Mochila Cavalera Kansas Preto

Tecido 100% poliéster de alta resistência e impermeável. Logo, puxadores e forro personalizados.

Bolsos laterais e frontais, divisórias internas. Alças ergonômicas e reguláveis.

R$ 249,80

3. https://www.dafiti.com.br/Mochila-ADIDAS-III-M-Preta2281098.html

Mochila ADIDAS III M Preta

Mochila ADIDAS III M Preta, com alças de costas, aplique de logo e tiras da marca, bolso frontal com fecho em zíper, bolsos laterais de rede com elástico e compartimento principal e traseiro com fecho em zíper.

Medidas: Larg: 41cm / Alt: 43cm / Prof: 14cm.

R$ 141,99

MOCHILA ADIDAS VERSALITE BLOCK Mochila Fundamental Corsican Blue Kipling

A Mochila Adidas Versalite Block leva praticidade e atitude para quem aprecia acessórios que valorizam o seu estilo esportivo. Resistente, transporta itens de uso diário de maneira mais organizada.

Mochila escolar, ampla e espaçosa, que também pode ser usada para passeio. Possui um compartimento principal, fechado por cordões, e coberto por uma aba fechada a velcro. Possui um bolso frontal único, com acesso por dois zíperes.

R$ 97,90

KIPLING 1. http://www.netshoes.com.br/produto/mochilaadidas-versalite-block-D13-2016016?Lid=product:L1:frequentlyboughttogether_CH:1 2. http://www.kipling.com.br/produto/mochilafundamental-azul-corsican-blue-kipling-62774

Dimensões (cm): 42 x 45 x 16,5 cm

R$ 399,00 6 X DE R$ 66,50

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3. http://www.kipling.com.br/produto/mochilasupertaboo-rosa-strawberry-ice-kipling-62861

BAGAGGIO 1. http://www.bagaggio.com.br/mochila-fitness-ii11266/p

Mochila Supertaboo rosa Strawberry Ice Kipling

Mochila Fitness II

Peso (gramas): 420 g Litragem: 19 L Coleção: Back to School Mochila casual com fechamento e alças em cordão, com bolso frontal de facil acesso para pequenos itens.

R$ 229,00

Dimensões (cm): 39,5 x 45 cm Peso (gramas): 290 g Litragem: 15 L Coleção: Back to School Ótima para levar na prática de esportes em academia e ao ar livre, a Bagaggio possui esse lindo modelo de mochila em 3 cores. Ideal para levar suas roupas e acessórios de esporte para qualquer lugar.

R$ 129,90

Parte Externa - Divisão em zíper; - Bolso frontal com zíper; - Bolsos laterais: Telado; - Compartimento inferior para calçados; - Puxadores personalizados; - Alça de mão; - Alças de costas acolchoadas com regulagem; Parte Interna - Forro em nylon; - Amplo espaço interno;

2. http://www.bagaggio.com.br/mochila-gwen11698/p

Mochila Gwen

Material: Sintético Marca: Bagaggio A mochila Gwen conta com um estilo moderno e ótimas divisórias, além de lindas cores para você escolher a que mais combina com seu look.

Parte Externa - Fecho em zíper; - Bolso frontal com zíper;

R$ 119,90

25 - Alças de costas com regulagem; - Alça de mão; Parte Interna - Bolso com zíper; - Bolso organizador; - Amplo espaço interno;

3. http://www.bagaggio.com.br/mochila-bagaggioespiral-16k-11761/p

Mochila Bagaggio Espiral 16K

Material:Tecido Marca: Agnelli O modelo espiral é exclusivo da Bagaggio e garante qualidade e praticidade, além de 2 estampas Novas

Parte Externa - Divisão em zíper; Bolso frontal com zíper; bolsos laterais telados; - Alças de costas acolchoadas com regulagem; - Alça de mão acolchoada; Parte Interna - Compartimento para notebook e tablet; - Bolso organizador; - Forro em nylon; - Amplo espaço interno; Material: Poliéster Marca: Bagaggio Prazo de garantia por defeito de fabricação: 3 meses CARACTERÍSTICAS Dimensões (cm): (Altura x Largura x Profundidade) 46.00 x 33.00 x 17.00 Peso (kg):0.605 Fonte: Desenvolvido pelos autores (2016).

R$ 179,90

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A partir da análise, compreende-se que a Rainbow Drops não possui concorrentes diretos. Porter (1999) apresenta o conceito de forças competitivas, no qual são apresentados concorrentes que atuam como substitutos na ausência de concorrência direta. Com base neste conceito e na identificação realizada anteriormente, entende-se que a marca Mesclada (Perky) possui o maior potencial para atuar como substituta da organização.

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5 ANÁLISE DOS CONSUMIDORES O consumidor é a parte essencial de qualquer negócio que vise comercialização e lucro. A partir disso, este tópico analisa os consumidores da Rainbow Drops, suas características, perfil e as informações disponíveis sobre o mercado de moda sustentável. Compreende os resultados de pesquisa quantitativa, que auxiliou o processo de determinação do público estratégico da organização.

5.1 BREVE FUNDAMENTAÇÃO SOBRE O CONSUMIDOR Consumir, para Barbosa e Campbell (2006, p.7), “é uma das atividades básicas do ser humano”. Para Schiffman e Kanuk (2000), o termo consumidor é utilizado para definir diferentes entidades, os que realizam compras para o seu próprio uso, do lar, ou para presentear a outros, as organizações e instituições também são consumidoras no momento em que precisam comprar produtos, equipamentos e serviços para seu funcionamento.

O foco desse projeto é o consumidor verde que analisa o produto antes da compra, os benefícios ou malefícios que estará trazendo ao meio ambiente. Ele faz suas escolhas de compra levando em consideração não somente o preço, mas o fato de agir corretamente com o ambiente, ou seja, para esse consumidor o produto não deve ser prejudicial ao ambiente em nenhuma parte do seu ciclo de vida (LAYRARGUES, 2000). A visão de Portilho (2010), mostra que o consumidor verde se preocupa com a variável ambiente em suas escolhas, e esses indivíduos ainda não constituem a maioria da população, mesmo porque existem barreira, como o preço, que dificultam a expansão desse mercado.

5.2 PERCEPÇÃO DOS CONSUMIDORES SOBRE O PRODUTO A partir da necessidade de segmentação e compreensão do consumidor da Rainbow Drops, foi realizada uma pesquisa quantitativa com técnica de Survey.

Conforme Fonseca (2002), a pesquisa survey pode ser descrita como sendo a obtenção de dados ou informações sobre as características ou as opiniões de um determinado público, indicado como população-alvo, utilizando um questionário como instrumento. O questionário utilizado pode ser visualizado no Apêndice D.

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Entre respondentes, a maioria é mulher (70,09%). Homens totalizam 29,91%, uma possibilidade inicial de análise é que temática é mais chamativa para as mulheres. Nosso público reside em Porto Alegre e Região Metropolitana. Sendo que 49,5% dos respondentes ainda está na graduação e utilizam mochilas.

No Gráfico 1 quando questionados se já ouviram falar em moda ecológica, boa parte (42,99%) não tem conhecimento, mas possui interesse em saber mais. Sendo assim, com boa divulgação e explicação técnica do material utilizado na produção das mochilas, o consumidor poderá mais informado sobre esse nicho de moda sustentável, entendendo assim o diferencial de confecção das mochilas, e a preocupação da Rainbow Drops com a reutilização dos recursos.

Gráfico 1 - Moda ecológica

Fonte: Elaborado pelos autores (2016).

Dos respondentes, 42,1% ainda não adquiriu algum item ecologicamente correto, e 41,1% afirmaram que já compraram produtos desse estilo, destacando os itens que consumiram: bolsas, acessórios, maquiagens, sacolas, telhas ecológicas, alimentos, artesanato, calçados e roupas.

Quando questionados sobre o que fazem em seu tempo livre, podendo escolher quantas alternativas quisessem, 86% utilizam a internet, seguido de 68,2% que afirmam “ficar com os amigos” e 59,8% prefere ler livros e revistas. Entendo nosso

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perfil de público, podemos compreender os canais de divulgação sobre as mochilas da Rainbow Drops.

No Gráfico 2, quando indagados sobre como agem em relação a proteção de seus objetos em dia de chuva, percebe-se que 57,01% dos respondentes protege com guarda-chuva, mas mesmo assim molham-se os pertences e 16,82% também protege com o guarda-chuva e não molha. Apenas 8,41% possui objeto resistente a água.

Gráfico 2 - Proteção do material

Fonte: Elaborado pelos autores (2016).

Ao questionar se comprariam uma mochila sustentável com material reutilizado de guarda-chuvas descartados, feitos com processos manuais e resistentes à água, 36,4% comprariam e o mesmo número de respondentes comprariam se tivesse um design interessante. Ainda assim, 22,4% só compraria se o preço fosse acessível independente de ser um produto ecológico. Para 65,4% dos respondentes o preço justo para o tipo de produto é entre R$ 61,00 e R$ 100,00, já para 19,6% o valor aceito seria entre R$ 101,00 e R$ 200,00.

Sobre a melhor forma de adquirir o produto, a maioria dos respondentes destacou que é através de loja física e e-commerce (87,3%). Apenas 8,8% acredita que a loja física é a melhor opção de compra. Assim, percebendo que a maioria das pessoas gosta de ver o produto antes de comprá-lo.

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As redes sociais se destacam com 96,1%, quando se discute sobre o melhor meio de ser informado a respeito do produto. O site oficial (72,5%) é um outro espaço que os respondentes acreditam ser eficiente para esclarecer algo sobre a mercadoria.

Com a análise das respostas, a moda ecológica ainda não é muito conhecida pelas pessoas, mas acredita-se que as pessoas estão dispostas a entender a preocupação das marcas com o meio ambiente e a forma que utilizam para desenvolver produtos com a reutilização de materiais que seriam colocados no lixo.

5.3 NÚMEROS DO SETOR DE PRODUTOS O mercado da moda está em constante crescimento, segundo dados divulgados em fevereiro de 2016 pela Associação Brasileira de Indústria Têxtil (ABIT, 2016) que constam os números referentes a 2015 e a projeção para 2016 no setor.

Conforme estes dados, segmentou-se as informações do mercado em quatro itens.

5.3.1 Comércio Exterior No ano de 2015 (ABIT, 2016), as importações do mercado têxtil e de confecção reduziram de 17,4% (US$ 5,85 bilhões) e as exportações diminuíram 8,2% (US$ 1,08 bilhões). Enquanto o déficit na balança comercial foi de US$ 4,8 bilhões, número 18,6% menor que do ano de 2014 (US$ 5,9 bilhões), em que as importações cresceram 4,8% (US$ 7,08 bilhões) e as exportações diminuíram 6,7% (US$ 1,18 bilhões). Para 2016, as previsões são de que o déficit da balança comercial seja de US$ 3,4 bilhões, com uma queda de 22,4% (US$ 4,5 bilhões) nas importações e um aumento de 1,5% (US$ 1,1 bilhões) nas exportações da indústria têxtil. Assim sendo, torna-se importante a valorização dos insumos nacionais, com enfoque nas vendas regionais para que seja melhor aproveitado o comércio interno do Brasil. Desta forma, compreende-se que é necessário valorizar os insumos nacionais, focando nas vendas regionais, para melhor aproveitamento do comércio interno do Brasil.

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5.3.2 Produção No ano de 2015 (ABIT, 2016), a produção do segmento têxtil teve redução de 14,5% (1,9 milhões de toneladas) e a do vestuário, de 10% (5,5 bilhões de roupas).

Para o ano de 2016, a previsão é de que haja um aumento de 9% (2,08 milhões de toneladas) e uma queda de 1,8% (5,4 milhões de toneladas) no segmento de roupas.

5.3.3 Faturamento No ano de 2015 (ABIT, 2016) o faturamento do setor brasileiro de vestuário foi de R$ 121 bilhões (US$ 36,2 bilhões). Para 2016, prevê-se que o faturamento do setor têxtil seja de R$ 127 bilhões (US$ 30,9 bilhões), o que representa um aumento de 4,9% em relação a 2015, sendo esse um bom ramo para investimento neste ano de 2016.

5.3.4 Empregos Sobre os empregos no ramo têxtil, em 2015 (ABIT, 2016), o nicho de mercado apresentou uma diminuição de 100 mil postos de trabalho, número 376% maior que o de 2014, em que o setor perdeu 21 mil postos. Para 2016, a previsão é de que se tenha uma mais significativa estabilidade, em razão dos procedimentos de contenção de gastos devido à crise no país.

5.3.5 Moda Sustentável Mesmo que o Brasil apresente grande número de comércios têxteis, ainda existem nichos com pouco investimento e exploração e com bastante demanda, o que pode vir a apresentar um mercado que pode rentável. O SEBRAE divulgou em 2016 um estudo no qual salienta os seguintes segmentos: Plus Size, Gestante, Moda Ecológica/Sustentável, Evangélico ou Gospel, Brechó, Streetwear e Country como boas oportunidades para investimentos e vendas, mercado bem promissor.

Segundo citado no relatório do SEBRAE, no que se refere à moda ecológica ou sustentável: “cada vez mais pessoas estão conscientes sobre seus hábitos e da necessidade de um consumo sustentável. Esse comportamento tem reflexo no setor

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de confecções, no qual há demanda por produtos mais éticos e que não afetam o meio ambiente”. O investimento na moda ecológica tende a ser vantajoso: conforme matéria publicada em 2012 no blog “Mercado Ético”, a moda ecológica fatura entre R$ 270 e R$ 362 milhões por ano. Sobre os consumidores, normalmente são preocupados com toda a cadeia de produção e a origem dos produtos, são esses os clientes conscientes e ecologicamente corretos, adeptos da moda sustentável.

5.4 SEGMENTAÇÃO DO MERCADO Segmentar o mercado significa dividi-lo em grupos aos quais uma organização dirige seus produtos. Solomon (2002) afirma que a segmentação é a técnica utilizada para analisar, conhecer, estudar e identificar o público alvo de uma organização, como consumidores, em um determinado processo que possibilita a empresa adotar estratégia de posicionamento. O método de segmentação segue critérios essenciais que consistem em analisar as necessidades e diversidades dos grupos de consumidores. Os fatores analisados estão no Quadro 2.

Quadro 2 - Segmentação de mercado-alvo ▪

Brasil, Rio Grande do Sul, Porto Alegre e Região Metropolitana

Geográfica ▪

Feminino e masculino, de todas as idades com predominância entre 15 e 35 anos.

Demográfica

Psicográfica

▪

Classes A,B e C.

▪

Renda a partir de um salário mínimo.

▪

Estudantes e trabalhadores

▪

Religião, raça e nacionalidade indiferentes.

▪

São pessoas preocupadas com o meio ambiente.

▪

Interessadas em produtos sustentáveis e em inovação.

▪

Optam por serviços que facilitam o dia a dia.

▪

Possuem conhecimento sobre consumo verde.

▪

Valem-se muito da opinião de outros que já consumiram.

▪

Têm noção de preço do produto.

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Comportamental

Influência

▪

Consumidores

▪

Amigos

▪

Familiares

▪

Colegas de serviço

▪

Formadores de opinião

Fonte: Elaborado pelos autores (2016).

A análise proporcionou a compreensão do consumidor da Rainbow Drops, identificando pontos a serem desenvolvidos no plano de comunicação. O público descrito são pessoas de todas as idades que são adeptos ao consumo verde e se enquadram

nas

características

geográficas,

demográficas,

psicográficas

e

comportamentais sobre essa segmentação de mercado. A caracterização deste público auxilia no processo de criação das mochilas, bem como do preço de venda.

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6 MATRIZ SWOT A matriz SWOT é compreendida como uma análise interna e externa da organização, visando trabalhar pontos fracos e ameaças e potencializar forças e oportunidades. Desta forma, este item compreende o estudo da Rainbow Drops, visando capacitar a empresa para lidar com fatores que a influenciam.

6.1 BREVE FUNDAMENTAÇÃO SOBRE MATRIZ SWOT A Matriz SWOT começou a ser aplicada nos anos 60, nas escolas americanas de administração. O objetivo inicial era focalizar a combinação das “forças e fraquezas” de uma organização com as “oportunidades e ameaças” provenientes no mercado (GHEMAWAT, 2000) Para Chiavenato e Sapiro (2003), a função da matriz SWOT é cruzar as oportunidades e as ameaças externas à organização com seus pontos fortes e fracos.

A avaliação realizada a partir da matriz é uma das ferramentas mais utilizadas na gestão estratégica. Relaciona-se as oportunidades e ameaças presentes no ambiente externo com as forças e fraquezas mapeadas no ambiente interno da organização.

Daychouw (2007), enfatiza que a SWOT é uma ferramenta utilizada para realizar análises de cenários (ou ambiente), sendo usada como base para o planejamento estratégico e gestão de uma empresa.

De acordo com Martins (2006), a análise SWOT é uma das práticas mais comuns nas empresas, sendo voltada para o pensamento estratégico e marketing. É uma atividade relativamente trabalhosa de ser produzida, entretanto a prática constante pode desenvolver ao profissional uma melhor visão de negócios, afinal de contas, os cenários onde a empresa atua estão sempre mudando.

6.2 ANÁLISE SWOT No Quadro 3, apontamos como pontos positivos internos um produto inovador com viés sustentável e confecção artesanal. Buscamos exclusividade nesse mercado promissor, dentro do nicho sustentável de mercado da moda tornando-se a empresa pioneira na fabricação de mochilas com tecido impermeável de guarda-chuva. É um diferencial competitivo a nossa matéria-prima de produção das mochilas, uma vez que

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o material é reutilizado, demonstrando assim preocupação da Rainbow Drops com o meio ambiente e claro, como tudo que está envolvido no processo de confecção. A partir desse modelo de elaboração dos produtos aponta-se o baixo número de concorrentes diretos, visto que somos a única empresa que produz mochilas com esse material.

Quadro 3 - Análise SWOT da Rainbow Drops AMBIENTE Interno

Externo

PONTOS FORTES ● Produto inovador; ● Projeto com viés sustentável; ● Confecção artesanal; ● Material reutilizado (tecido de guarda-chuva) para fabricação das mochilas; ● Comunicação inovadora.

● ● ● ●

OPORTUNIDADES Mercado promissor para investimento; Poucos concorrentes; Diferencial de mercado pelo tecido utilizado ser inovador; Aumento do mercado sustentável nos últimos anos.

PONTOS FRACOS ● Equipe não possui conhecimento técnico sobre confecção; ● Pouca estrutura para confecção das mochilas; ● Pouca variedade de modos de coleta de matéria prima; ● Dificuldade de arrecadação.

AMEAÇAS ● Fragilidade da Economia do país; ● Altas taxas a serem pagas por empreendedores do país; ● Possível pouca aceitação da população perante um material retirado do lixo e/ou em condições de baixa higiene.

Fonte: Elaborado pelos autores (2016).

Os fatores citados anteriormente influenciam o desenvolvimento da marca, sua aceitação com o público e também o lucro final. Uma vez que sejam levados em consideração esses dados, a empresa poderá evoluir aperfeiçoando os seus diferenciais e pontos mais fortes e também aprimorar e os pontos negativos, os que ainda precisam ser trabalhados. Como aspecto negativo interno, identificamos que a equipe não possui conhecimento técnico sobre a confecção de mochilas artesanais por não possuírem formação em moda ou design de moda, além disso outro fator que influencia negativamente é a falta de estrutura para produção, uma vez que a produção é artesanal. Ou seja, se a demanda aumentar, a equipe terá que ampliar consequentemente o número de equipamentos necessários para produção das mochilas e ainda não há preparo para isso.

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Em relação às ameaças, encontramos a dificuldade de arrecadação da matéria prima, por causa dos seus pontos de coleta e há necessidade de pesquisa para identificação dos locais com maior incidência de descarte de guarda-chuvas e pontos de maior circulação diária de pessoas. Entende-se, por fim, que o público que será nosso consumidor deva ser muito adepto das causas sustentáveis e que seja intimamente conectado com uma marca ecológica e responsável, que “compre a ideia”.

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7 VENDAS E FATURAMENTO Este item é composto pela segmentação de preços e determinação do seu objetivo, além da estimativa de vendas e faturamento da Rainbow Drops. Desta forma, compreende-se a viabilidade monetária do negócio e seus objetivos a serem atingidos neste sentido.

7.1 PREÇO O preço é um elemento muito flexível e o único que produz receita sendo um fator determinante no processo de compra. A seleção do objetivo que deve ser atingindo, então, é essencial para balizar esta escolha. O objetivo da Rainbow Drops em um primeiro momento é, obter participação de mercado, atendendo demandas e ampliando o faturamento. Como parte fundamental do processo de formulação de preços, o cálculo de demanda apresenta o número máximo de produtos que a empresa pode comercializar, com base no segmento de atuação. Desta forma, identifica-se como o potencial total de mercado da Rainbow Drops os valores abaixo, desenvolvidos como base nos dados fornecidos pelo censo realizado pelo IBGE (2010): ● População estimada de POA em 2015 com faixa etária entre 18 e 30 anos: 351.676 ● Preço médio do produto: R$ 150,00 ● Quantidade comprada: 1 unidades 351.676*1*150 = 52.751.400

Quanto à precificação, é importante salientar a necessidade de haver um motivo que justifique a seleção do preço. Na pesquisa realizada pelos autores, foi questionado a expectativa do consumidor em relação a este item. Majoritariamente, foi selecionada a faixa entre R$ 60,00 e R$ 100,00. Levando esta informação em consideração, adaptamos nossas expectativas, custos e diferenciais oferecidos.

Quanto aos custos, estima-se que o material do guarda-chuva seja bastante baixo, considerando que estaria inutilizado/quebrado e seria recolhido pelos lixeiros e destinado a cooperativas ou outros locais de acúmulo de lixo. Haveria o custo do transporte deste material e de sua limpeza. Ainda, seria necessária a mão de obra da costureira juntamente com outros materiais como zíper, linha e tecidos de reforço

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(algodão, por exemplo). Estima-se que, no total, haverá um custo de R$ 50,00 a R$ 60,00 por mochila produzida.

No mercado concorrente, a média de preços para mochilas comuns (não resistentes à água) encontra-se entre R$ 100,00 e R$ 200,00, por serem marcas com mais tempo de mercado em Porto Alegre e já terem um posicionamento mais conhecido. Considerando os materiais com que serão feitas as mochilas Rainbow Drops, é possível baixar o preço e ainda assim manter-se competitivo neste ambiente.

A definição de nosso preço baseou-se em técnicas de psicologia do consumidor, pois entendemos que a Rainbow Drops oferece produtos sustentáveis, com poucas unidades por estampa, denotando qualidade e preço premium. Esta estimativa busca cobrir os custos e gerar lucro suficiente para alimentar a empresa.

Desta forma, avaliamos que seria necessário atender a expectativa do consumidor.

Logo optou-se por um preço de produto que terminasse em 5, por ser de mais fácil memorização, e determinar uma categoria de qualidade em relação aos diversos preços oferecidos no mercado (KOTLER, 2006). Um fator que torna o consumidor menos sensível ao preço é que o benefício final que ele encontra é superior, sanando uma necessidade. Assim, chegamos ao preço final de R$ 150,00.

7.2 PROJEÇÃO DE VENDAS A partir do cálculo de demanda, é possível realizar a projeção do faturamento que a empresa pretende atingir nos próximos 12 meses (TABELA 2): Tabela 2 - Projeção de vendas da Rainbow Drops MÊS MÊS 1

QUANTIDADE

QUANTIDADE X VALOR

60

60 * 150

MÊS 2 MÊS 3 MÊS 4

60 80 80

60 * 150 80 * 150 80 * 150

MÊS 5 MÊS 6 MÊS 7 MÊS 8 MÊS 9 MÊS 10

120 150 150 170 170 200

120 * 150 150 * 150 150 * 150 170* 150 170 * 150 200 * 150

MÊS 11 MÊS 12

200 200 Total de mochilas: 1720 Unidades

200 * 150 200 * 150 Faturamento: R$ 117.000,00

Fonte: Desenvolvido pelos autores (2016).

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Para o período de 12 meses, a Rainbow Drops estima atingir a marca de R$ 117.000,00 em relação ao faturamento. Para a projeção de vendas, utilizou-se uma projeção de 0,5% do potencial total do mercado. Sendo deste valor até 20% destinado para comunicação.

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8 PLANO DE COMUNICAÇÃO E RELAÇÕES PÚBLICAS Como pressuposto para a construção do plano de comunicação, torna-se fundamental identificar os públicos aos quais a organização necessita dialogar em sua atuação. Logo, trabalha-se de forma integrada com a intenção de fortalecer as imagens da organização, construindo vínculos com os diversos grupos de interesse.

8.1 DESAFIOS E PRESSUPOSTOS Entre os propósitos da Rainbow Drops, estão principalmente a comercialização de mochilas que venham a suprir as necessidades dos consumidores adeptos da moda verde. Este público busca produtos sustentáveis e inovadores, de forma que os mesmos devem não somente possuir preço acessível, mas também design atraente e uma proposta inovadora, constituindo seu diferencial competitivo de mercado de modo a consolidar vínculos com os clientes.

O principal desafio da marca encontra-se em reforçar o valor que esse produto possui, em todo o seu processo de fabricação, não apenas por reutilizar materiais para a confecção das mochilas, mas também pelo cuidado durante seu processo de produção. É isso o que dá valor à marca e deve ficar claro para o consumidor. Essa é a inovação que se mantém presente nas propostas de comunicação.

A partir disso, compreende-se que nossos consumidores não devem apenas comprar uma mochila, mas sim entender como esse produto adquirido contribui para os cuidados com os recursos naturais do planeta. A consciência de que é preciso haver uma mudança de comportamento para que estes recursos não se esgotem e que, como compromisso da marca, que sejam reaproveitados todos os materiais usados na confecção.

8.2 OBJETIVOS DO PLANO DE COMUNICAÇÃO E RELAÇÕES PÚBLICAS Entre os diversos públicos que a Rainbow Drops relaciona-se, por uma decisão estratégica, optou-se por direcionar as ações de comunicação - e seus objetivos - para os seguintes segmentos: Comunidade, Consumidores, Formadores

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de Opinião e Imprensa e Parceiros. Assim, desenvolveu-se os seguintes objetivos de comunicação e Relações Públicas:

8.2.1 Comunidade Gerar conhecimento da marca perante a comunidade em geral, de modo que o produto seja entendido e reconhecido.

8.2.2 Consumidores Apresentar a marca ao consumidor, fazendo-o compreender o diferencial do produto e seus benefícios, aproximando-os dos conceitos de consumo consciente e ecológico.

8.2.3 Formadores de Opinião e Imprensa Estabelecer relacionamento com formadores de opinião e imprensa, de modo a divulgar a marca através de mídia espontânea e gerar experiência.

8.2.4 Parceiros Criar vínculos com outras empresas do ramo sustentável, auxiliando, inclusive, na coleta dos guarda-chuvas.

8.3 MENSAGEM CENTRAL A mensagem central que norteia a comunicação da marca compreende, essencialmente, em apresentar a Rainbow Drops para o mercado Porto-Alegrense através de experiências marcantes, salientando nosso conceito de consumo consciente e ecológico. A partir disso, os autores deste projeto realizaram uma estratégia de comunicação que visa atingir os objetivos anteriormente propostos e difundir a mensagem central da marca.

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8.4 INICIATIVAS DE COMUNICAÇÃO E RELACIONAMENTO O plano de comunicação consiste, então, nas estratégias adotadas pelos autores para a consecução dos objetivos anteriormente propostos. Estão descritas ações, entre pontuais e permanentes, que buscam consolidar a marca da Rainbow Drops em Porto Alegre. Para a melhor compreensão do fluxo das ações, apresentase a Figura 6.

Figura 6 - Fluxo das ações da Rainbow Drops

Fonte: elaborado pelos autores (2016).

De forma a apresentar de visualmente as ações e de que forma elas se desenvolvem através do cronograma estabelecido, a Figura 6 descreve brevemente as ações propostas pelos autores. Para explicitar de modo mais detalhado, as mesmas foram segmentadas nos subitens que seguem neste projeto.

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8.4.1 Intervenção Urbana - Lambe-Lambes na Cidade Os cartazes conhecidos como lambe-lambes têm estado presentes na cidade de Porto Alegre expressando diversidades durante muitos anos. Explorando esta característica cultural da cidade, serão distribuídos estes cartazes em pontos de Porto Alegre que possuam um grande fluxo de pessoas. Estes pontos são caracterizados por permitirem que as pessoas possam parar para ler ou observar os escritos.

Nos lambes, estarão descritas frases pequenas que contem a história de guarda-chuvas abandonados pela cidade, como pode ser visto no exemplo da Figura 7.

Ainda,

as

pessoas

impactadas

serão

direcionados

pela

hashtags

#herecomestheRainbow para o Instagram da marca. Espera-se que os públicos vão, então, associando a marca à campanha. Os públicos estratégicos visados na ação são a Comunidade, Formadores de Opinião e Imprensa.

Figura 7 - Lambes distribuídos pela cidade

Fonte: elaborado pelos autores (2016).

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O método de mensurar esta ação será através do número de novos seguidores no Instagram e o engajamento do público através da hashtag. A impressão de 250 cartazes (50 para cada história diferente) terá um custo de R$ 500,00, mais R$ 400,00 para cobrir os custos de aplicação. Caso haja impossibilidade de realizar a ação e os lambe-lambes não possam ser colados pela cidade, terão que ser realocados onde seja permitida sua colagem ou distribuídos de maneira diferente. O responsável pela consecução desta ação é Matheus Wecki.

8.4.2 - Ativação no Instagram

O Instagram, uma rede social em crescente expansão e bastante ligado à moda e design, será o primeiro contato digital da marca com o público, apresentando, principalmente, seus valores e crenças através de fotos (que resultarão em um mosaico, como pode ser visto na Figura 8). As pessoas serão atraídas até o perfil através da hashtag presente nos lambes distribuídos pela cidade. Após este primeiro momento, a rede servirá também para apresentar histórias dos guarda-chuvas e para introduzir os produtos, sendo a principal rede social da marca. Os públicos visados pela ativação do Instagram são a Comunidade, Imprensa e Consumidores.

Figura 8 - Instagram da Rainbow Drops

Fonte: elaborado pelos autores (2016).

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Esta ação é de responsabilidade de Paula Ferreira. Quanto aos investimentos, esta ação não terá custo, pois só será necessária a produção do conteúdo a ser postado na rede social e a mesma será realizada pelos membros da organização.

Como métricas de divulgação e aceitação do público, será analisada a quantidade de curtidas nas fotos, bem como a quantidade de comentários positivos. Caso a ação no Instagram não seja possível de ser realizada, pode-se avaliar outras redes sociais para abordar os públicos.

8.4.3 Press-kit Sustentável

Anunciando a chegada da Rainbow Drops, serão entregues kits à imprensa e formadores de opinião, os públicos-alvo da ação, compostos de retalhos de tecidos de guarda-chuvas e pequenos manifestos sobre a história do objeto com seu dono.

As entregas acontecerão através de bicicletas personalizadas que ativem a memória das pessoas com a marca. A escolha deste meio de transporte atende ao ideal principal da organização de pensar na sustentabilidade em todos os processos da mesma.

O critério de inclusão de veículos de mídia e formadores de opinião engloba a relação dos mesmos com a sustentabilidade e seu público-alvo. Como formadores de opinião, por exemplo, pode-se apontar os responsáveis por Núcleos de Moda Sustentável de faculdades como a UFRGS e o SENAC-RS. Após a ação, serão produzidos vídeos sobre a distribuição dos press-kits e associando a ação aos valores da marca.

O investimento necessário nesta ação é de R$ 2.000,00 para dar conta do aluguel das bicicletas, a adesivação das mesmas, as horas trabalhadas dos entregadores e a impressão dos manifestos. Pode-se mensurar esta ação pela quantidade de inserções espontâneas na mídia e dos formadores de opinião, bem como a quantidade de visualizações dos vídeos no Instagram e os likes dedicados ao mesmo. Havendo impossibilidade de entrega via bicicleta ou no tempo planejado, será utilizado outro meio de transporte diferenciado e sustentável (skate ou patinete). A responsabilidade desta ação é de Matheus Wecki.

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8.4.4 Lançamento loja Para marcar o lançamento da loja física, ocorrerá um Flash Mob no Parque Farroupilha (Redenção) que mobilizará as pessoas para deslocarem-se até a mesma e conhecer os produtos que serão comercializados. Os Flash Mobs são aglomerações instantâneas para realizar determinada ação inusitada para um determinado fim e têm se popularizado nos últimos anos para gerar engajamento e chamar a atenção do público. Deste modo, seriam reunidos um grupo de dançarinos de Porto Alegre para realizar uma performance de “Singing in The Rain”, canção interpretada por Gene Kelly, onde seriam levados guarda-chuvas quebrados e inutilizados.

Na loja, todos os visitantes ganharão vouchers de desconto para compra: o diferencial é que serão confeccionados com papel semente (FIGURA 9). Este material terá um código que dará direito a concorrer a um sorteio de uma mochila da marca, onde o vencedor será divulgado via Facebook e Instagram. Os principais públicos visados no lançamento são a Comunidade, Formadores de Opinião, Imprensa e Parceiros.

Figura 9 - Vouchers de Desconto (Lançamento da Rainbow Drops)

Fonte: elaborado pelos autores (2016).

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Como forma de mensurar a ação, serão cruzados dados de entrega de vouchers e a utilização dos mesmos. Além disso, será analisada a quantidade de engajamento do público através da hashtag oficial da marca (#herecomestherainbow) nas redes sociais e inserções espontâneas na mídia. Em caso de chuva, utilização de gazebos para o Flash Mob ou transferência do dia evento. O investimento necessário para cobrir os gastos com os dançarinos, impressão dos vouchers e a matéria prima do mesmo totaliza em R$ 10.000,00. O responsável pela execução desta ação é Paula Ferreira.

8.4.5 Tótens de coleta

Em parceria com empresas e comunidades responsáveis por coleta de material reciclável, serão fixados tótens (FIGURA 10) para depositar guarda-chuvas inutilizados. O tecido do guarda-chuva seria recolhido, enquanto o restante será doado às comunidades de reciclagem. Os principais públicos são a Comunidade e Parceiros.

Para amplificar o potencial da ação, o doador poderá postar em seu perfil pessoal uma foto contando um pouco de suas vivências com o guarda-chuva e porque teve de se desfazer do objeto. Estas histórias comporão as etiquetas dos produtos comercializados. Nos tótens, ainda, terão a seguinte mensagem: “Doe seu guardachuva, conte a história dele e saiba que você está transformando-o. Poste sua foto e história através da hashtag #euemeurainbowdrop.”.

Figura 10 - Tótens de Coleta

Fonte: elaborado pelos autores (2016).

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Inicialmente, seriam espalhados apenas 5 tótens pela cidade, a fim de observar a efetividade e a aderência ao mesmo. O custo dos mesmos totalizaria R$ 3.000,00 considerando a adesivagem, instalação e o tótem em si. O método de mensuração seria baseado na quantidade de guarda-chuvas arrecadados e o engajamento nas redes sociais através da hashtag. A responsabilidade pelo andamento deste projeto é da integrante Jéssica Dias. Caso os tótens fossem depredados, furtados ou danificados de qualquer modo, a área de coleta seria transferida para a própria loja ou ambientes privados que aceitassem realizar tal parceria para arrecadar o material.

8.4.6 Desfile de moda sustentável

Em parceria com a loja Contextura e outras lojas de moda sustentável, será realizado um desfile de moda onde serão expostas várias marcas e também as mochilas da Rainbow Drops. Esta ação visa atingir, principalmente, formadores de opinião, imprensa e parceiros. Para o público geral, é necessário inscrição prévia e a doação de 1kg de alimento não perecível, que posteriormente será doado às comunidades que vivem da coleta de lixo em Porto Alegre. Formadores de opinião e imprensa serão convidados para comentar o desfile nas redes sociais da Rainbow Drops através de lives e hashtags.

O investimento então é necessário na locação do espaço, som, luz e na equipe de produção do evento (recepcionistas, seguranças, operadores, modelos). Como se trata de um evento pequeno e os custos serão repartidos entre os parceiros, destinase o valor de R$ 5.000,00 para a consecução do mesmo. De forma a medir a efetividade do evento, será analisado o engajamento do público nas redes sociais através das curtidas e comentários, bem como a quantidade de público inscrito e que comparecerá ao evento. Com a realização de um clipping, busca-se também compreender a quantidade de mídia espontânea gerada por consequência do evento para a marca. A responsabilidade desta ação é de Raquel Bins.

8.5 ORÇAMENTO A partir de consultas a profissionais do mercado e guias de precificação disponíveis na Web, realizamos uma previsão de gastos das iniciativas. As estimativas

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de investimento em comunicação estão baseadas principalmente no faturamento da empresa. No orçamento (Tabela X), apresentamos detalhadamente os valores que serão gastos em cada ação.

Tabela 3 - Orçamento das ações INVESTIMENTO R$ 500,00 (250 cartazes) R$ 400,00 (aplicação) SEM CUSTO R$ 2.000,00 (aluguel e adesivação das bicicletas, as horas trabalhadas dos entregadores e a impressão dos manifestos) R$ 10.000,00 (dançarinos, impressão dos vouchers e a matéria prima) R$ 3.000,00 (a adesivagem, instalação e o tótem) R$ 5.000,00 (locação do espaço, som, luz e na equipe de produção do evento (recepcionistas, seguranças, operadores, modelos), custos serão repartidos entre os parceiros) 20.900,00

AÇÃO Intervenção Urbana – Lambe Lambes na Cidade.

Ativação no Instagram.

Press-kit Sustentável

Lançamento loja Totens de coleta Desfile de moda sustentável

TOTAL INVESTIDO Fonte: Desenvolvido pelos autores (2016).

8.6 INDICADORES DE MENSURAÇÃO DOS RESULTADOS Para acompanhar a efetividade do plano de comunicação apresentamos os principais meios para avaliação das ações propostas. O Quadro 4, retoma os objetivos que correspondem as ações, apresentando os indicadores de mensuração.

Quadro 4 - Indicadores de mensuração OBJETIVO

AÇÃO

CRITÉRIO DE MENSURAÇÃO

Associar os Lambe-lambes à Intervenção Urbana – marca.

Lambe Lambes na Cidade.

Novos seguidores no Instagram; Engajamento com a campanha através da hashtag.

Atrair o público para o perfil, apresentando a marca, bem como, seus produtos.

Ativação no Instagram.

Engajamento do público com os perfis da marca; Utilização das hashtags da marca.

Apresentar a marca à imprensa e formadores de opinião.

Press-kit Sustentável

Inserções espontâneas na mídia e dos formadores de opinião;

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Quantidade de visualizações dos vídeos no Instagram e os likes dedicados ao mesmo.

Gerar conhecimento da marca perante a comunidade em geral, de modo que a comunidade aceite e reconheça o produto.

Lançamento loja

Arrecadar guarda-chuva, de modo que a comunidade participe da ação depositando o objeto e postando nos perfis pessoais.

Totens de coleta

Expor a marca em parceria com lojas de moda sustentável

Desfile de moda sustentável

Cruzar os dados de entrega de vouchers e a utilização dos mesmos; Quantidade de engajamento do público através da hashtag oficial da marca (#herecomestherainbow) nas redes sociais e inserções espontâneas na mídia.

Quantidade arrecadados;

de

Engajamento nas através da hashtag.

Fonte: Desenvolvido pelos autores (2016).

guarda-chuvas redes

sociais

Engajamento do público nas redes sociais; Quantidade de público inscrito e que comparecerá ao evento; Realização de um clipping, para compreender a quantidade de mídia espontânea gerada por consequência do evento para a marca.

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9 CRONOGRAMA DE GESTÃO DA COMUNICAÇÃO No Quadro 5, observa-se as ações que compõem o plano de comunicação da Rainbow Drops em bi-semanas.

Quadro 5 - Cronograma de ações Bi-semana

mês 1

mês 2

mês 3

mês 4

mês 5

manutenção das redes sociais e site

intervenção urbana (lambes)

1ª

estabelecimento de sistema de comunicação

planejamento e produção

mês 6

manutenção das redes sociais e site

mês 8

mês 9

manutenção das redes sociais e site

manutenção das redes sociais e site

lançamento

manutenção das redes sociais e site

planejamento e produção

mês 7

mês 10

mês 11

mês 12

manutenção das redes sociais e site

manutenção das redes sociais e site

manutenção das redes sociais e site

totens de coleta

totens de coleta

totens de coleta

desfile de moda sustentável

mensuração

mensuração

mês 10

mês 11

mês 12

flash mob press-kit imprensa

ativação campanha instagram

Bi-semana

mês 1

mês 2

mês 3

mês 4

Planejamento e produção

mês 5

mês 6

mês 7

mês 8

mês 9

Manutenção manutenção manutenção manutenção das redes das redes das redes das redes sociais e sociais e sociais e sociais e site site site site

ativação campanha instagram

manutenção manutenção das redes das redes sociais e sociais e site site

totens de coleta

manutenção manutenção manutenção das redes das redes das redes sociais e sociais e sociais e site site site

Planejamento e produção

Fonte: Desenvolvido pelos autores (2016).

totens de coleta

distribuição voucher

intervenção urbana (lambes) 2ª

totens de coleta

sorteio mochila

totens de coleta

totens de coleta

totens de coleta

totens de coleta mensuração mensuração

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10 CONSIDERAÇÕES A ideia do surgimento da Rainbow Drops deu-se a partir da iniciativa de criação de produtos que fossem sustentáveis e feitos com material de guarda-chuvas inutilizados. Para verificar a viabilidade do projeto, foram entrevistadas profissionais da moda, e a partir disso os participantes tiveram certeza de que era possível a confecção dos produtos. Em uma das entrevistas, foi enfatizada que não se deve pensar somente no produto, mas sim em todo o processo de produção para que durante o seu desenvolvimento todas as práticas não percam a essência ecologicamente correta da marca. Este foi um dos principais aprendizados que balizaram este plano.

Os desafios deram-se principalmente em encontrar formas de inovar em todos os processos do projeto e todas as ações, sempre com referências sustentáveis, ecológicas e corretas com o meio ambiente e sociedade em que vivemos. Em todo o seu desenvolvimento, as práticas de comunicação fizeram-se presentes e foram fundamentais para a consolidação da marca, pensando no seu lançamento e estrutura.

A essência do existir da Rainbow Drops é a criação de uma marca que gere engajamento, mobilização e comoção. Uma vez que cada guarda-chuva tem uma história e um destino, intenta-se fazer com que os públicos entendam o que levou aquele guarda-chuva inutilizado a virar um produto bonito, útil e resistente à água (diferencial) e que contribui para um meio ambiente melhor (reutilização de recursos).

Durante o processo, identificou-se que tendo os aparatos necessários para a produção e possuindo um bom planejamento de comunicação, a marca tem possibilidade de sustentar-se e de ter boa aceitação após seu lançamento e comercialização dos produtos. Deste modo, compreende-se todo o processo de construção deste estudo como um aprendizado essencial para os autores, salientando a importância do conhecimento prático juntamente ao teórico no semestre final do curso.

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APÊNDICE A - ROTEIRO DE ENTREVISTA EM PROFUNDIDADE

1. Na sua percepção, a moda sustentável é uma tendência atual para a população porto-alegrense? Gera aderência?

2. Quais os produtos mais reaproveitados para a confecção de peças sustentáveis?

3. Dentre as experiências que tu já vivenciaste, já viu peças construídas a partir de material de guarda-chuvas descartados? Se sim, que tipo de peças?

4. Que tipo de peças tu achas que poderiam ser confeccionadas?

5. Seria viável uma marca sustentar-se de produtos feitos a partir desta matéria prima? Com acessórios, capas, roupa para pets, etc.?

6. Seria necessário que tipo de estrutura para realizar este processo?

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APÊNDICE B - ENTREVISTA VITÓRIA SCHACHT - Professora do Núcleo de Moda Sustentável da UFRGS, Evelise Anicet.

- Doutoranda Cariane Weydmann Camargo, pesquisadora do Núcleo de Moda Sustentável da UFRGS.

1. Tu já tiveste alguma experiência com moda sustentável?

Na verdade, eu trabalhei durante 3 anos com moda sustentável. Eu comecei com um projeto que se chamava Acessórios Sustentáveis, no Senac e esse projeto foi ganhando força e eu fui até São Paulo com isso, então eu já trabalhei bastante tempo, é bem legal.

2. Na sua percepção, a moda sustentável é uma tendência atual para a população porto-alegrense? Gera aderência?

Olha, eu não sei se é uma moda, uma tendência grande aqui para porto alegre nos dias de hoje ainda. O pessoal não tem muita consciência, aqui é muito difícil tu colocar as coisas na cabeça das pessoas, talvez pelo tradicionalismo que a gente tem, não sei. Na minha opinião, não.

3. Quais os produtos mais reaproveitados para a confecção de peças sustentáveis?

Olha, eu não tenho certeza, mas acho que é da indústria de calçados, que tem bastante descarte de couro, pedaços pequenos e de plástico também.

4. Que peças são produzidas com esse material?

Tênis, acessórios, não sei. Roupas é muito difícil de confeccionar, em proporções pequenas, pela quantidade de tecido, mas tem quem faça. Geralmente foram bolsas, acessórios.

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5. Dentre as experiências que tu já vivenciaste, já viu peças construídas a partir de material de guarda-chuvas descartados? Se sim, que tipo de peças?

Com o material de guarda-chuva? Não que eu me lembre.

6. Que tipo de peças tu achas que poderiam ser confeccionadas?

Com certeza, muita coisa.

7. Seria viável uma marca sustentar-se de produtos feitos a partir desta matéria prima? Com acessórios, capas, roupa para pets, etc.?

Acho que sim, se tiver uma demanda grande, acho que sim

8. Seria necessário que tipo de estrutura para realizar este processo?

Olha, vai precisar de uma máquina de costura, claro, mas não uma máquina de costura especial, vai da criatividade das pessoas.

9. Mesmo acessórios maiores, tipo bolsas?

Daí depende dos pedaços que vocês forem conseguir, dá para fazer coisas grandes e dá para fazer coisas pequenas.

10. E tu acha que fica de bom gosto?

Eu acho que depende, para ficar de bom gosto ou bagaceiro não depende do material, depende das pessoas que tão envolvidas no projeto. Então pode ficar muito bonito, como pode ficar muito feio, mas tem que saber lidar com o material, entender como ele funciona, principalmente.

11. O que tu acreditas ser um preço viável por um acessório confeccionado com este material?

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Me dando o material, por exemplo, a mão de obra eu cobraria uns 30 reais, porque eu não passaria de 1h para terminar uma bolsa simples, por exemplo.

12. O que tu acreditas ser a tendência mais forte agora para moda sustentável?

Moda sustentável é muito relativo. O que tu estás me falando é mais trabalhar com reciclagem de produtos, só que, dentro desse mundo, existem outros pilares. Um exemplo é o Slow Fashion, que é sobre não pegar um produto e reciclar ele, mas guardar esse produto por mais tempo.

Então seria como se, ao invés de ir em um Fast Fashion, como a Renner ou essas lojas com peças com vida mais curta, tu investisse em um produto que vai durar mais tempo, porque aí não é necessário descartar. Não gera descarte. Tem um pensamento de não querer jogar esse produto no meio ambiente ou se não trocar ele com outras pessoas.

Agora, brechó, por exemplo, é uma coisa muito sustentável. E eu acho que essa é a maior tendência por enquanto. Para as pessoas aceitarem trabalhar com descarte, trabalhar com lixo, é muito difícil. E aqui no sul é ainda mais difícil de botar essas coisas na cabeça das pessoas. Tem uma loja aqui que vocês deveriam olhar, que é a PP Acessórios e que trabalha com descarte. Também tem a Insecta, que trabalha com o descarte de fábricas só que com pedaços de lona para fazer tênis.

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APÊNDICE C – ENTREVISTA EM PROFUNDIDADE COM TAÍS BASTOS Taís Bastos – Formada em Design de Moda, pela UCPEL. 1. Na sua percepção, a moda sustentável é uma tendência atual para a população porto-alegrense? Gera aderência?

Com certeza, está muito em alta em Porto Alegre. E gera aderência porque as pessoas estão com uma consciência maior.

2. Quais os produtos mais reaproveitados para a confecção de peças sustentáveis?

As pessoas têm usado muito couro de indústria, tecido de garrafa PET e algodão reciclado e inclusive tem uma marca de calçado que até o solado é de borracha reciclado (Insecta Shoes), tem um projeto também que ao invés da compra de roupas novas, incentiva a troca de peças, com enfoque em sustentabilidade e aproveitamento dos recursos. Em um produto tem que pensar em um todo, não consigo imaginar apenas um produto, porque podemos produzir muitas coisas a partir desse material reutilizado.

3. Dentre as experiências que tu já vivenciaste, já viu peças construídas a partir de material de guarda-chuvas descartados? Se sim, que tipo de peças?

Sinceramente, não me recordo agora.

4. Que tipo de peças tu achas que poderiam ser confeccionadas?

Com o guarda-chuva: várias coisas, por exemplo a Nike e a Adidas estão com casacos com tecido que imita plástico e é impermeável, acredito muito que parece tecido de guarda-chuva, então é tendência sim, com certeza. Chamam corta-vento, é esse o nome desse material.

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5. Seria viável uma marca sustentar-se de produtos feitos a partir desta matéria prima? Com acessórios, capas, roupa para pets, etc.?

Sim, com certeza.

6. Seria necessário que tipo de estrutura para realizar este processo?

Acho que seria importante parceria com alguma fábrica, em slow fashion, pouca quantidade não daria, não consigo imaginar eles produzindo manualmente e em pouca quantidade. Acho que valeria a pena uma linha de produtos exclusivos vinculados a uma marca já existente.

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APÊNDICE D – ENTREVISTA EM PROFUNDIDADE COM ANNE ANICET Anne Anicet: Doutora em Design com foco em moda sustentável. Coordenadora Adjunta da Faculdade de Design, Professora de Mestrado em Design e do Bacharelado em Design de Moda da Unirriter. É pesquisadora da área de moda sustentável e é sócia da Contextura.

1. Na sua percepção a moda sustentável é tendência para a população portoalegrense? Se sim, gera aderência?

Eu acho que é uma tendência não só para a população porto-alegrense, como mundial. Em outros países, principalmente a Alemanha vem trabalhando de maneira mais forte e a muito mais tempo essa questão de moda sustentável. Isso já está muito mais desenvolvido, acho que nós ainda estamos engatinhando e montando aos poucos um grupo, um coletivo como o Viés que é esse grupo de moda sustentável, seja através de marcas ou de pesquisadores e serviços justamente para unir forças e discutir o que é essa moda sustentável, quais são os vieses. Cada marca tem uma pegada, as vezes mais ambiental, às vezes mais ética. Mas a gente começou a observar que a situação econômica era o que estava faltando para a maior parte dessas marcas.

2. Quais os produtos mais utilizados para confecção de produtos na moda sustentável?

A Contextura trabalha muito com PET, não somos nós que recolhemos a garrafa PET e tudo mais, nós mandamos fazer todos o tratamento, transformar em fio e consequentemente em malha. A gente acredita que esse aproveitamento, essa utilização de tecidos mais ecológicos, ou seja, o algodão orgânico também. Apesar de que muita gente acha que o algodão é super sustentável mas tem a questão de que gasta muita água ao longo do processo, o algodão orgânico é muito melhor do que o algodão normal comumente usado. Falar normal seria uma maneira incorreta de se dizer. Mas acho que tem, para a parte de reciclagem, que também seria uma maneira de reaproveitar: existem “n” fibras de diferentes composições têxteis que podem ser

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feitos de qualquer tipo. Pode ser algodão, poliéster, poliamida, pode ser viscose, pode ser qualquer tipo de fibra.

3. Das experiências vivenciadas, já viu alguma peça feita a partir de material reciclado de guarda-chuva?

Eu já vi, mas a gente nunca desenvolveu aqui dentro da Contextura.

4. Que tipo de peças você acha que pode ser confeccionada com esse material?

Eu imagino muito, se eu fosse a designer, desenvolveria mochilas, bolsas ou até capas de chuva.

5. Seria viável uma marca sustentar-se só dessa matéria prima?

Eu não sei, teria que ver só como seria essa questão do descarte, pontos de coleta e reaproveitamento. A gente sabe que ultimamente os guarda-chuvas, a qualidade dos guarda-chuvas não ando muito bons. Eu mesma no último mês comprei dois guarda-chuvas que deram problemas, mesmo comprando em lojas boas, igual a maior parte vem da China. A gente pensa em comprar em uma boutique, mas não adianta. A grandessíssima maioria tem essas origens duvidosas e a qualidade é ruim.

6. Qual tipo de estrutura seria necessário para uma marca se sustentar desse tipo de material, o que seria necessário? O que seria necessário para o processo produtivo?

Acho que teria que ter pessoas que entendem tanto do tipo de tecido, quanto da modelagem, dependendo do tipo de produto, se for de acessórios, como bolsas e mochilas. Ou através de capas de chuva que é outro tipo de modelagem, teria que testar acabamentos para ver que tipo de materiais são necessários e até que ponto a marca iria investir em maquinários próprios ou terceirizados, de preferência se for terceirizar, que conheça as pessoas que produzem de que forma justa. Sob boas

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condições, o mais próximo possível ver o local para evitar transporte emissão de gases poluentes, pensar no todo.

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APÊNDICE E – QUESTIONÁRIO ONLINE

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