Breno Carvalho
Em toda narrativa certos padrões inevitavelmente repetem-se, apesar
do contexto nem sempre ser o mesmo. Pode ser em livros, em filmes ou ainda em jogos: sempre há heróis e vilões, bruxas maléficas e velhos sábios, aliados e inimigos, grandes desafios, finais gloriosos e trágicos. Estes padrões que aparecem em diferentes histórias sobre distintas roupagens foram estudados pela psicologia; e como pretende-se ver neste artigo, são padrões, acima de tudo, humanos e, portanto, aplicáveis a diversos cenários com a mesma verossimilhança e vivacidade.
Carl Gustav Jung, psiquiatra suíço fundador da psicologia analítica,
contribuiu para o entendimento deste assunto nebuloso. Jung foi discípulo de Sigmund Freud e divergiu em certas considerações feitas por Freud; em especial, sobre o inconsciente. Ele observou em sonhos e desenhos dos próprios pacientes, a presença
de símbolos primordiais comuns pertencentes a culturas remotas, com as quais estes pacientes jamais poderiam ter tido contato, mas ainda assim conseguiam, de alguma maneira, reproduzir. Assim, Jung considerou a presença do que sugeriu ser um inconsciente coletivo: uma espécie de repositório da humanidade onde haveria símbolos primordiais comuns e acessíveis a todos nós em nível inconsciente.
Dentre os símbolos presentes no inconsciente coletivo, Jung se atentou
a presença de alguns “padrões psicológicos”, personalidades ideais que nenhum de nós consegue assumir por completo, mas que todos somos capazes de definir, distinguir e, eventualmente, usar de maneira funcional. Ele os chamou de arquétipos – do grego arche que significa “primordial” ou “o primeiro” e, typos que significa “modelo” ou “cunho” (assim sendo “modelos primordiais”). Apesar de Jung não ter sido o primeiro a tratar de arquétipos, foi brilhante ao explorar a ligação deles com a nossa própria vida.
Batman é um típico herói catalisador. Acaba assumindo outras facetas do arquétipo, mas de maneira geral transforma aos outros, mas não a si mesmo.
O herói é o arquétipo que simboliza uma jornada de mudanças. Assim
como há heróis que buscam transformação, há outros muitos tipos de heróis que podem exercer a mesma função de maneiras e pontos de vistas diferentes como é o caso dos anti-heróis, heróis grupais, heróis solitários, heróis catalisadores (capazes de transformar pessoas próximas, mas não capazes de transformar-se) etc.
Os mentores representam a mais alta aspiração para seus “discípulos” enquanto
ainda somente aspirantes a herói. Remetem a figura do velho sábio. Além de ensinar, o mentor pode dar presentes importantes a seus “discípulos”.
Gandalf na figura clรกssica do mentor enquanto um velho sรกbio guia Frodo em sua jornada.
O mensageiro, são como arautos que transmitem informações vitais a uma
cavalaria. As informações transmitidas podem variar: podem ser um chamado à aventura, informações sobre uma jornada, senhas, informações secretas, informações sobre itens ou armas etc. Em alguns casos, os vilões temporariamente assumem o arquétipo de arauto e transmitem ao herói ou a plateia informações importantes.
Kaileena ajuda o Prince ao longo do jogo, dando-lhe informações sobre as torres do castelo que são usadas para abrir a porta para a sala da Imperatriz do Tempo. É comum que outros arquétipos assumam temporariamente está condição como é o caso de Gandalf e do próprio Morpheus que depois tornam-se mentores.
O arquétipo da sombra quase sempre é usado para criar vilões. A sombra é tudo
o que o herói não é: seu oposto, seu lado sombrio. A sombra é, ou causa a provação suprema do herói. Em todos os casos, o herói não necessariamente precisa derrotar fisicamente a sombra. Por vezes, superar a sombra de alguma maneira, transforma o herói e o faz vitorioso.
Darth Vader representa o lado sombrio da força e, de certa maneira, o lado sombrio do próprio protagonista Luke Skywalker, seu filho.
Rodrigo Borgia em Assassin’s Creed II é o vilão. Na continuação da saga, Cesare Borgia (1475 ou 1476-1507) seu filho, torna-se o inimigo do Ezio.
Os Hunters são primariamente atacantes de distancia que dependem de seu arco ou de uma arma de fogo. Hunters possuem uma forte dependência com seus animais de estimação e esses são usados como proteção ou como um atacante extra no grupo. Apesar de usar uma boa armadura e possuir algumas habilidades de luta corporal, o forte do Hunter são os ataques à distancia. Esses ataques porém não podem ser usados caso o alvo do Hunter se aproxime muito e cabe ao mesmo se valer de suas habilidades e de seu animal de estimação para manter o inimigo a uma distância segura.
É a principal classe de luta corpo-a-corpo. Pode tomar 2 papéis diferentes: o de especializado em defesa, indicado para suportar ataques poderosos, ou o de especializado em ataque, indicado para causar dano rápido. Personagens dessa classe são os mais resistentes e mestres no combate armado e de táticas. As habilidades especiais dos Warriors são, naturalmente, de combate.
Warrior é a classe com mais opções de combate disponível.
Druids sĂŁo os mantenedores do mundo, seguidores do semi-deus "Cenarius", a quem ĂŠ dado o poder sobre a natureza, incluindo poderes de cura e habilidades de se transformarem em diferentes formas naturais como ursos, felinos, pĂĄssaros e ĂĄrvores.
Os Mages são pesquisadores das artes arcanas e elementais. Costumam utilizar seu conhecimento em batalha no lugar das armas convencionais, mas não são restringidos na utilização dos mesmos. A classe dos magos também é conhecida por sua inteligência que é por onde sua energia é canalizada e enviada ao inimigo em forma de alguma energia elemental ou arcana escolhida. Geralmente aparecem como velhos sábios, portando cajados, vestindo robes ou túnicas.
Eram a ordem real, que foi feita para defender o Rei e a Igreja.
Os cavaleiros religiosos da magia sagrada, os redentores de seu país. Paladins eram dotados de uma armadura mais reforçada e pesada, em relação à de um cavaleiro, para aguentar o mais forte dos impactos, e não deixar que encostassem um dedo sequer no Rei. O Paladin também é conhecido como Pretoriano e Templário.
O Paladin, assim como o Warrior, é focado no combate corpo-a-corpo, dotado de uma cura leviana e uma velocidade de ataque um pouco menor em realação ao Warrior.
http://www.canalprogramadoresdejogos.com.br/2011/08/primeira-
jornada-os-arquetipos-miticos.html http://jogodeareia.com.br/artigos/Jogo_de_Areia_-
_Os_arquetipos_e_os_Jogos_de_Video_Game.pdf http://pt.wikipedia.org/wiki/Anexo:Lista_de_classes_de_personagens_
de_Warcraft