Boletim Diocesano. Edição 452. Guarapuava.

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Um ano para Maria Por ocasião dos 300 anos do encontro da imagem de Nossa Senhora Aparecida, a Igreja no Brasil terá um ano inteiro de atividades e celebrações. Página 7

De Belém a Aparecida...

Diocese se prepara para a festa da Padroeira. Dia 02 de fevereiro na Catedral Nossa Senhora de Belém. Página 6

Entrevista: Padre Ângelo Altair de Oliveira fala sobre a experiência missionária em Mato Grosso. Página 29

Diocese promove formação para a Campanha da Fraternidade 2017.

Turvo acolhe a ordenação de Padre da Congregação Mariana.

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Diocese encerra o Ano Jubilar e o Ano Santo da Misericórdia.

CNBB divulga notas sobre o Aborto e “Caixa 2”.

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Janeiro e Fevereiro - 2017

Editorial Nossa Senhora mostra os caminhos que nos levam a Deus O período é de renovação e de estudos. O Ano Mariano é propenso às reflexões e à partilha. Tudo pode ser transformado a partir das boas ações e do entendimento. Esta edição de número 452, do Jornal a Igreja na Diocese de Guarapuava (Boletim Diocesano), contempla os meses de janeiro e fevereiro de 2017. É nosso primeiro trabalho editorial do novo ano e vislumbramos uma grande tarefa a ser cumprida em se tratando da Igreja neste período. O Brasil está em festa em 2017, por ocasião do Ano Mariano, que foi confirmado pelo Papa Francisco no último dia 12 de dezembro de 2015. É chegado o momento de festejar os trezentos anos de encontro da imagem de Nossa Senhora da Conceição no Rio Paraíba do Sul, em São Paulo, local que deu origem ao Santuário Nacional de Aparecida, um dos mais visitados por pessoas de todo o mundo. Também este ano, planeta inteiro celebra os cem anos das aparições de Nossa Senhora, na cidade de Fátima, em Portugal, às três crianças pastoras. As aparições da Virgem deram origem à construção do Santuário de Nossa Senhora de Fátima, que, juntamente com o Santuário Nacional de Aparecida, está entre os maiores do mundo dedicados à Maria Santíssima. O mundo inteiro celebra o Ano Mariano e na diocese de Guarapuava, através das suas quarenta e sete paróquias, além das diversas comunidades e instituições, também haverá muitas comemorações, moções de alegria, além de diversos momentos de estudos em homenagem a Nossa Senhora. O ano de 2016 foi, para a diocese de Guarapuava, também de muita devoção à Maria, através da padroeira da Catedral, Nossa Senhora de Belém, por ocasião das festas em comemoração ao Jubileu de Ouro. Há uma soma de trabalhos devocionais para com Nossa Senhora que vêm desde o ano anterior e se estendem por todo o ano de 2017.

É tempo de celebrar, de partilhar e de entender, cada vez mais, a importância de Nossa Senhora para os cristãos em todas as partes do mundo. É um tempo de conversão, propenso à penitência e ao agradecimento à Maria, por tantas graças derramadas sobre os milhões de seres humanos, todos os dias, como a possibilidade de ver e sentir a presença Viva de Jesus Cristo, conforme grifa o bispo da diocese de Guarapuava, Dom Antônio Wagner da Silva. “Maria nos mostrou Jesus Cristo. Foi ela quem nos apresentou o Salvador. Neste ano de 2017, vamos sentir a presença de nossa Mãe e também contemplar seus feitos junto às comunidades que mais precisam. Aqui no Brasil, em especial, vamos celebrar os trezentos anos de encontro da imagem de Nossa Senhora da Conceição pelos pescadores. Nosso país e o mundo viviam momentos de muita pobreza, de escravidão e de incertezas à época. Também agora, passamos por dificuldades e medos. Os cem anos das aparições da Virgem em Fátima, também nos remontam a uma época de muitas dificuldades, ocasionadas, principalmente por causa das guerras. Devemos aproveitar o Ano Mariano para refletirmos muito sobre tudo isso, sempre à luz de Maria, mãe de Jesus Cristo e nossa mãe, que em nossa diocese recebe o nome de Nossa Senhora de Belém”, detalhou Dom Wagner. O período é de renovação e de estudos. O Ano Mariano é propenso às reflexões e à partilha. Inspirados pela luz do Espirito Santo, devemos percorrer todo o ano de 2017 com a visão límpida de quem consegue compreender e defender as coisas de Deus que podem ser traduzidas no esplendor da natureza e nos sorrisos francos das pessoas que buscam e clamam pelo bem. Todos nós, temos um ano inteiro para juntos, celebrarmos e repensarmos nossa verdadeira missão enquanto cristãos, enquanto pessoas que buscam, a todo custo, a harmonia, a paz a sinceridade e a graça da contemplação, da devoção e da boas ações em favor de um mundo melhor.

AGRADECIMENTOS DESTA EDIÇÃO Nesta edição, agradecemos às pessoas, empresas e instituições que, de uma forma ou de outra colaboraram para que a realização do Jornal a Igreja na Diocese de Guarapuava (Boletim Diocesano) fosse possível: • Agentes da Pastoral da Comunicação (Pascom) de todas as paróquias e comunidades. • Alessandra Pereira Custódio Mrosczko. • Seminaristas da diocese de Guarapuava. • Portal de Notícias G1 • Assessoria de comunicação da Catedral da Sé • Portal de notícias Congregação Xaveriana • CNBB

• Germán Calderón Carderón • Ivone Caster Dominico • Fernando Guiné • Rádio Vaticano • Jorge Teles dos Passos • Cleudimara Miranda Obal • Padre Ângelo Altair de Oliveira • Vanessa Paula Pereira

CONSELHO EDITORIAL

BOLETIM DIOCESANO / INFORME INTERNO

Rua XV de Novembro 7466 • 4º Andar • Sala 405 Caixa Postal 300 • CEP 85010-000 • Guarapuava • PR Fone: (42) 3626-4348 jornaldiocese@gmail.com

Dom Antônio Wagner da Silva, SCJ Padre Itamar Abreu Turco Padre Jean Patrik Soares José Luiz dos Santos Mauricio Toczek Vanessa Paula Pereira

Voz do Pastor Abençoado 2017 Continuarei em 2017 a realizar visitas pastorais, conforme planejamento a ser publicado oportunamente. O tempo é implacável, não para. Os dias se sucedem e com eles as semanas, os meses. Independente de nosso humor, do nosso estado psicológico, da nossa disposição ou indisposição. Um verdadeiro desafio à nossa iniciativa e à nossa criatividade. Então é preciso correr atrás, acreditar, agir com otimismo. Então, termina 2016, começa 2017. Levantamos a cabeça, fixamos os olhares nesse novo horizonte. Para tanto firmamos os passos sobre os caminhos andados e que pedem continuidade. Nosso Jubileu de Ouro nos impulsiona; não podemos parar, entramos no quinquagésimo primeiro ano de existência, caminhemos adiante. Nossas Prioridades Pastorais deverão ser continuadas e aprofundadas. Círculos Bíblicos; Santas Missões Populares (SMP) – a Missão continua – com os Conselhos Missionários Paroquiais – COMIPAS, a Pastoral do Dízimo. Preparemos a Assembleia Diocesana com a realização das Assembleias Decanais e Paroquiais. Trabalharemos a Campanha da Fraternidade, 2017 que tem como tema: “Fraternidade: biomas brasileiros e defesa da Vida”. Lema: “Cultivar e Guardar a Criação”. O ano de 2017 convida, também, a celebrarmos com empenho o ANO MARIANO – iniciado no dia 12 de outubro passado e que se estenderá até 11 de outubro do corrente ano. Comemoram-se os 300 anos do encontro da Imagem Jubilar de Nossa Senhora da Conceição Aparecida, nas Aguas do Rio Paraíba do Sul. Diz Dom Sérgio Rocha, presidente da CNBB – “Um ano para celebrar, para comemorar, para louvar a Deus, mas também para reaprender com Nossa Senhora como seguir Jesus Cristo, como ser cristão hoje”. Continuarei em 2017 a realizar visitas pastorais, conforme planejamento a ser publicado oportunamente. Vamos aperfeiçoar e desenvolver mais o trabalho com os Conselhos em todos os níveis dentro da diocese. Assim o novo ano traz bastantes atividades e propõe ação e otimismo. Neste Ano Mariano, cresceremos em admiração e devoção a Nossa Senhora. Nossa Senhora de Belém, Nossa Senhora Aparecida nos acompanhem com sua proteção e intercessão. Na fé e esperança. FELIZ, PRÓSPERO E ABENÇOADO 2017. Dom Antônio Wagner da Silva, SCJ Bispo da diocese de Guarapuava - PR

Editor: Padre Jean Patrik Soares (Jornalista) Diagramação: Mauricio Toczek Impressão: Grafinorte - Apucarana - PR Distribuição: Mitra Diocesana de Guarapuava Tiragem: 36.000 exemplares

É permitida a reprodução total ou parcial das matérias veiculadas no Boletim A IGREJA NA DIOCESE DE GUARAPUAVA, desde que citada a fonte.


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Janeiro e Fevereiro - 2017

Papa Francisco confirma Ano Mariano e concede indulgência plenária aos fiéis

Aniversariantes do mês

Remissão poderá ser alcançada com peregrinação ao Santuário de Aparecida ou a paróquias dedicadas à padroeira do Brasil. Na diocese de Guarapuava, as paróquias de Guarapuava (Bonsucesso), Turvo, Inácio Martins, Altamira do Paraná e Campina do Simão sao dedicadas a Nossa Senhora Aparecida. Os fiéis brasileiros poderão alcançar indulgência plenária durante o Ano Nacional Mariano. A Penitenciária Apostólica anunciou o pedido do Papa Francisco para o reconhecimento do ano jubilar em curso no Brasil e a concessão da indulgência para aqueles que “verdadeiramente penitentes e impulsionados pela caridade” visitarem na forma de peregrinação a basílica do Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida, em Aparecida (SP), ou qualquer igreja paroquial do Brasil dedicada à padroeira do país. Convocado pela Presidência da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), o Ano Nacional Mariano foi estabelecido como um tempo para celebrar, fazer memória e agradecer pelos 300 anos do encontro da imagem de Nossa Senhora da Conceição no rio Paraíba do Sul. A iniciativa de proclamação, aprovada pela 54ª Assembleia Geral da CNBB, teve início no dia 12 de outubro de 2016 e segue até o dia 11 de outubro de 2017.

INDULGÊNCIA

Para alcançar a indulgência plenária, serão necessárias as condições habituais: a confissão sacramental, a comunhão eucarística e a oração na intenção do santo padre, o Papa. O documento enviado pelo Supremo Tribunal da cúria romana ressalta que a remissão será concedida “aos fiéis verdadeiramente penitentes e impulsionados pela caridade, se em forma de peregrinação, visitarem a basílica de Aparecida ou qualquer Igreja paroquial do Brasil, dedicada a Nossa Senhora Aparecida”. No local, deverão “devotamente participar das celebrações jubilares ou de promoções espirituais ou ao menos, por um conveniente espaço de tempo, elevarem humildes preces a Deus por Maria”. “A conclusão deste momento deve acontecer com a Oração Dominical, pelo Símbolo da Fé e pelas invocações da Beata Maria Virgem, em favor da fidelidade do Brasil à vocação cristã, impetrando vocações sacerdotais e religiosas e em favor da defesa da família humana”. “A indulgência é a remissão, diante de Deus, da pena temporal devida pelos pecados já perdoados quanto à culpa. O fiel bem-disposto obtém esta remissão, em determinadas condições, pela intervenção da Igreja que, como dispensadora da redenção, distribui e aplica, por sua autoridade, o tesouro das satisfações (isto é, dos méritos) de Cristo e dos santos” (Paulo VI, Constituição Apostólica Indulgentarium doctrina, Normae I: AAS 59 (1967) 21).

IDOSOS E ENFERMOS

O documento enviado pelo organismo do Vaticano também estabelece uma condição especial para a obtenção das indulgências pelos devotos fiéis impedidos de fazer sua peregrinação por conta da velhice ou por grave doença. Igualmente poderão alcançar se “assumida a rejeição de todo pecado, e com a intenção de cumprir onde em primeiro lugar for possível as três condições, espiritualmente se dedicarem diante de alguma pequena imagem da Virgem Aparecida, a funções ou peregrinações jubilares, ofertando suas preces e dores ao Deus misericordioso por Maria”.

ORIENTAÇÕES AOS PADRES

De acordo com a orientação da Penitenciária Apostólica, os sacerdotes aos quais está confiado o cuidado pastoral da basílica de Aparecida e os párocos das paróquias que possuem o título de Nossa Senhora Aparecida deverão “com ânimo pronto e generoso” se oferecer para a celebração da Penitência e muitas vezes administrar “a Sagrada Comunhão aos enfermos”. O pedido de concessão da indulgência durante o Ano Nacional Mariano foi feito pelo arcebispo emérito de Aparecida (SP), cardeal Raymundo Damasceno Assis. Na solicitação, o cardeal explicou que durante o tempo jubilar na Igreja no Brasil serão realizadas “várias celebrações sagradas e peregrinações em honra da celeste Padroeira do Brasil não só na Basílica Nacional Santuário de Aparecida, mas também em todas as igrejas paroquiais dedicadas em honra d’Ela” para que cresça nos fiéis “piedoso afeto para com a ‘Virgem Aparecida’ e assim se tornem mais fortes nos veneradores d’Ela a fé, a esperança e a caridade, e eles próprios, refeitos pelos sacramentos, sejam mais e mais estimulados a conformarem a vida ao Evangelho”. CNBB

Apostolado da Oração Intenções de oração do Papa Francisco confiadas ao apostolado da oração (Rede Mundial de Oração).

Oferecimento diário: Deus, nosso Pai, eu te ofereço todo o dia de hoje: minhas orações e obras, meus pensamentos e palavras, minhas alegrias e sofrimentos, em reparação de nossas ofensas, em união com o Coração de teu Filho Jesus, que continua a oferecerse a Ti, na Eucaristia, pela salvação do mundo. Que o Espírito Santo, que guiou a Jesus, seja meu guia e meu amparo neste dia para que eu possa ser testemunha do teu amor. Com Maria, Mãe de Jesus e da Igreja, rezo especialmente pelas intenções do Santo Padre para este mês.

Janeiro: Por todos os cristãos, para que, fiéis ao ensinamento do Senhor, se empenhem com a oração e a caridade fraterna no restabelecimento da plena comunhão eclesial, colaborando para responder aos desafios atuais da humanidade. Fevereiro: Por todos os que vivem em provação, sobretudo os pobres, os prófugos e os marginalizados, para que encontrem acolhimento e conforto nas nossas comunidades.

Presbíteros - Nascimento Pe. Estanislau Galant, MIC - 01/01/1950 Pe. Sebastião Pereira - 02/01/1975 Pe. Casemiro Heupa - 03/01/1951 Pe. Reinaldo Cardoso, SVD - 04/01/1965 Pe. Elinton Costa, SCJ - 05/01/1984 Pe. Casemiro Oliszeksi - 06/01/1951 Pe. Reonaldo Pereira da Costa - 06/01/1964 Pe. Giovanni Cammarota - 08/01/1924 Pe. Benediktus Jemiun, SVD - 12/01/1982 Ir. Carlos Wiszniewsky, SVD - 14/01/1957 Pe. Paulo Sergio Vieira - 18/01/1977 Pe. Sercio Ribeiro Catafesta - 25/01/1963 Pe. Carlos de Oliveira Egler - 26/01/1970 Pe. Sebastião Guina - 27/01/1962 Pe. José Alir Moreira - 01/02/1979 Pe. Aleixo Vera Armas, SX - 07/02/1960 Pe. Claudemir da Silveira Didek - 05/02/1974 Pe. Cristovam Iubel - 06/02/1960 Pe. Waldomiro Lucio Tardivo Filho - 11/02/1972 Pe. Paulo Carlos de Souza - 15/02/1959 Pe. Francisco Pontarollo Neto - 20/02/1957 Pe. Agostinho Orlei Grande - 22/02/1963 Frei Levi Jones Botke - 28/02/1969 Presbíteros - Ordenação Pe. Aristides Girardi, SDB - 05/01/1989 Pe. Aleixo Vera Armas, SX - 16/01/1999 Pe. Agenor Batista de França - 21/01/1989 Pe. Djalmo Alves da Silva - 21/01/1979 Pe. Joelcio Saibot, CM - 22/01/2012 Pe. Sercio Ribeiro Catafesta - 17/01/1998 Pe. Marcos Antônio Mirek, CM - 25/01/1998 Frei Roberto Mauro Bührere, FMM - 29/01/2011 Pe. Joaquim Bernardo da Rocha - 04/02/1989 Pe. Alan Hildeu Felício, CP - 10/02/2007 Frei Domingos Sávio Francisco, FMM - 08/02/1985 Pe. Valdir Sloboda - 09/02/1986 Pe. Luiz Grudzinski, MIC - 10/02/1985 Pe. Elinton Costa, SCJ - 11/02/2012 Dom Giovanni Zerbini, SDB (Episc.) - 19/02/1995 Pe. Francisco Pontarollo Neto - 20/02/1988 Frei Levi Jones Botke - 28/02/1990 Religiosas - Nascimento Ir. Rosália Neumann, FC - 01/01/1923 Ir. Marcieli Babinski, CS - 09/01/1991 Ir. Marli Fernandes, FC - 08/01/1952 Ir. Hulda Lia Francener, FC - 20/01/1933 Ir. Ivone Burgos Eiras, SJC - 23/01/1949 Ir. Nadir Luiza Folador, FC - 13/02/1949 Ir. Valdomira dos Santos, CS - 27/02/1981 Religiosas - Profissão Religiosa Ir. Alvina Serafim, FMA - 06/01/1954 Ir. Soeli Gross, FSF - 08/01/1990 Ir. Marli Fernandes, FC - 13/01/1979 Ir. Rosália Neumann, FC - 14/01/1941 Ir. Maria Aparecida de Carvalho, ACJ - 19/01/1986 Ir. Rosana Morais, ACJ - 19/01/1991 Ir. Cristina Schorck, FMA - 22/01/2006 Ir. Julieta Bairro Sarate, ACJ - 23/01/2005 Ir. Verginia Piccinini, FMA - 24/01/1967 Ir. Helena Dalmonico, FMA - 24/01/1974 Ir. Iraci Natálio, FMA - 24/01/1980 Ir. Sofia Surek, FSF - 26/01/1968 Ir. Teresinha de Jesus Felipe, ACJ - 26/01/2002 Ir. Daiane dos Santos, MSCS - 31/01/2009 Ir. Jucelaine Aparecida Soares, MSCS - 31/01/2009 Ir. Alecsandra Pina de Oliveira, CSTJ - 01/02/2004 Ir. Maria Clélia Alves, MSCS - 10/02/1972 Ir. Cleidimara Barbosa Corrêa, CS - 10/02/2013 Ir. Emília Hamer Schmidt, SJC - 11/02/1958 Ir. Luiza de Barcelos, SJC - 11/02/1963 Ir. Hulda Lia Francener, FC - 27/02/1959


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Janeiro e Fevereiro - 2017

Diocese promove Encontro de Formação e Planejamento para a Campanha da Fraternidade 2017 Os trabalhos foram divididos por Decanatos e cada comunidade pôde enviar quatro pessoas para o encontro Nos dias 05, 09, 10 e 11 de dezembro, a Ação Evangelizadora da diocese de Guarapuava promoveu Encontros de Formação e Planejamentos sobre a Campanha da Fraternidade 2017. Com o tema “Fraternidade: biomas brasileiros e defesa da vida” e o lema “Cultivar e guardar a criação” (Gn 2.15), os estudos de 2017 serão aprofundados tendo como foco principal as paróquias, comunidades, coordenação catequética, poder público, além das associações de moradores envolvendo toda a população. Padre Itamar Abreu Turco, coordenador da Ação Evangelizadora, detalhou que os trabalhos foram desenvolvidos por decanatos e cada paróquia ou comunidade foi instruída a convidar quatro pessoas para que pudessem participar dos estudos e entender como funcionará as ações que serão desenvolvidas ao longo da Campanha. “Este ano, procuramos desenvolver os encontros de formação por Decanatos. Isto facilitou a participação de mais pessoas das comunidades. Cada uma das paróquias pôde enviar quatro representantes ao local da reunião. A participação foi intensa e muito produtiva”, destacou padre Itamar. Segundo o coordenador, o assunto de 2017 pode ser encarado como uma extensão do que foi abordado de forma ecumênica na Campanha da Fraternidade de 2016, que destacava os cuidados para com o planeta Terra, tendo como tema “Casa comum, nossa responsabilidade” e o lema “Quero ver o direito brotar como fonte e correr a justiça qual riacho que não seca” do livro de Amós 5.24. “Os participantes foram orientados a levarem fotos, imagens e qualquer tipo de registros feitos na Campanha da Fraternidade de 2016, pois o assunto de 2017 pode ser trabalhado como uma sequência do

que foi visto e estudado anteriormente. Nossa proposta de trabalho para esta edição da Campanha (da Fraternidade) envolve escolas, catequese, comunidade e poder público. A defesa dos biomas brasileiros deve fazer parte do dia a dia de todos. Também criamos equipes que trabalharão nas diversas campanhas da diocese e da Igreja, de um modo geral a partir da agora. Estas equipes serão as lideranças dentro das comunidades e fomentarão as propostas”, grifou o sacerdote.

DATAS DOS ENCONTROS O primeiro encontro foi entre as paróquias do Decanto Centro e se realizou no dia 05 de dezembro às 19h30, no auditório do segundo andar do edifício Nossa Senhora de Belém, centro de Guarapuava. No dia 09 de dezembro, os trabalhos de formação também tiveram início às 19h30, no Decanato Laranjeiras e foram realizado na paróquia Santo Antônio de Pádua, em Rio Bonito do Iguaçu. No dia 10, um sábado, quem acolheu a formação, foi o Decanato Pitanga, às 14 horas, na paróquia Sant’Ana, naquela cidade. No domingo, dia 11 de dezembro, foi a vez das paróquias do Decanato Pinhão se reunirem. O encontro foi desenvolvido na Casa de Líderes Nossa Senhora de Guadalupe, em Guarapuava, com início às 14h30. Conforme explicou padre Itamar, a realização do encontro do Decanato Pinhão em Guarapuava foi para facilitar a presença de todas as comunidades que fazem parte desta região. “Realizar os trabalhos do Decanato Pinhão na cidade de Guarapuava facilitou a presença das pessoas, pelo fato de o local estar mais centralizado e as viagens serem, relativamente, curtas”, comenta.

Além do estudo do Texto Base que foi editado pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), segundo a organização, também houve momentos de trocas de ideias, partilha de experiências e orientação sobre gesto concreto que será em prol da preservação e sustentação do bioma brasileiro.

Seminaristas da Guiné-Bissau avançam nos estudos rumo ao sacerdócio A cerimônia foi presidida pelo bispo da diocese de Bafatá, o paranaense Dom Pedro Zilli. O Regional Sul 2 da CNBB mantém uma missão na cidade de Quebo, na Guiné-Bissau. O Regional Sul 2 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) já colhe frutos na Guiné-Bissau com o avanço nos estudos de mais sete seminaristas. Em alguns anos, ao que tudo indica, sete novos sacerdotes se somarão aos trabalhos desenvolvidos pela Igreja Católica naquele país. Para a instituição, que mantém uma Missão na cidade de Quebo, diocese de Bafatá, um dos lugares mais pobres do mundo, segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), acolher novos sacerdotes é sempre sinônimo de alegria, contentamento e a certeza de que a evangelização continuará. No último dia 26 de novembro, em uma cerimônia presidida pelo bispo de Bafatá, o paranaense Dom Pedro Zilli, que contou com as presenças de Dom José Câmnate, Dom José Lampra, além de vários sacerdotes, três seminaristas da diocese de Bissau e três da diocese de Bafatá foram admitidos entre os candidatos à ordem sacra. Um dos seminaristas, no entanto, foi instituído no ministério de Acólito, totalizando sete jovens que encontraram na vida sacerdotal uma razão para servir. A cerimônia, que foi inteira preparada pelo Seminário Maior, contou com grande participação da comunidade. Segundo relatos dos missionários que lá estão; os moradores dos locais onde residem os seminaristas formaram grandes grupos para participar e testemunhar o momento que representa verdadeira conversão na vida de todos. “Vocês devem continuar nesta doce preparação para o sacerdócio para que possam exercer o sagrado ministério junto à Igreja. Vocês são testemunhos vivos da conversão, da mudança nas comunidades”, destacou Dom Pedro. Vários missionários do Regional Sul 2 da CNBB trabalham na Guiné Bissau. Da diocese de Guarapuava, Elizete da Aparecida Toledo, moradora de Laranjeiras do Sul, esteve por dois meses naquele país (de julho a setembro de 2016) e contou que as experiências adquiridas no período lhe servirão de lição para a vida inteira. Elizete faz parte dos Missionários Leigos Xaverianos.


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Janeiro e Fevereiro - 2017

Físico brasileiro apresenta no Vaticano, alternativas aos antibióticos “Em 94% dos casos de infecção que nós tratamos em alguns grupos com algumas centenas de crianças, isso se mostrou extremamente eficiente”.

Os cientistas precisam se aliar na defesa do meio ambiente: foi o pedido que o Papa Francisco fez ao receber os membros da Plenária da Pontifícia Academia das Ciências. O único membro brasileiro da Academia é o Professor da Universidade de São Paulo Vanderlei Bagnato. Ao cumprimentar o Pontífice, o físico disse que a ciência está a serviço do Papa. O cientista concedeu entrevista à Rádio Vaticano e falou do assunto: R.V.: A sua contribuição à Plenária é a apresentação de alternativas para evitar o que ele chama de “catástrofe antibiótica”: Vanderlei: Em termos de sustentabilidade, a vida é fundamental. Nós queremos criar sustentabilidade no planeta para que todas as formas de vida sejam plenas. A saúde do ser humano é um desses elementos, faz parte da sustentabilidade. E nós estamos passando por um processo com relação ao controle das infecções que é muito grave. Muitas das infecções bacterianas não mais respondem a antibióticos. Já é comum em qualquer país, em qualquer sociedade, você encontrar pessoas que infelizmente estão morrendo nos hospitais porque adquiriram uma bactéria que os próprios medicamentos que aquele hospital é capaz de oferecer não satisfazem. Essas superbactérias estão se proliferando. E os antibióticos estão entrando no que eu chamo de uma “catástrofe”: eles estão deixando de ter o poder de controlar as infecções. E a ciência está olhando para isso. Como as indústrias farmacêuticas

disseram que está muito difícil resolver o problema rapidamente, nós temos que procurar alternativas. Eu sou um desses cientistas que trabalham para que a gente consiga adicionar algum tipo de controle das infecções, principalmente nas crianças. Toda criança - até seu segundo ano de idade - sofre muitas infecções, pois ela está desenvolvendo seu sistema imunológico. Portanto, experimenta vários antibióticos. E este é o nosso grande problema: é o uso abusivo de antibiótico que está tornando as bactérias resistentes. Então para muitas das infecções devemos deixar de usar antibiótico para reservá-lo para aquelas situações onde ele seja realmente importante. E técnicas usando luz, “foto-oxidação”, têm sido empregadas. No Brasil hoje nós estamos tratando vários tipos de infecção, inclusive as infecções de garganta de crianças, com técnicas utilizando substâncias fotoativas e luz. A criança chupa uma bala durante três a quatro minutos, as placas bacterianas são impregnadas com aquela substância, uma luz vai ali dentro e produz uma foto-reação, que imediatamente mata as bactérias. Em 94% dos casos de infecção que nós tratamos em alguns grupos com algumas centenas de crianças, isso se mostrou extremamente eficiente. E quando não funciona, aí sim você pode ter alternativa. Nós estamos hoje com técnicas que vão permitir tratar pneumonia com a inalação de uma substância e uma iluminação extracorpórea. Isso tudo vai contribuir para que as superbactérias não vençam e que, de fato, a vida tenha a sustentabilidade que precisa. CNBB

Eleita a nova diretoria da Signis Brasil A Rádio Cultura, emissora que pertence à diocese de Guarapuava, é membro da Signis Brasil. A escolha da nova diretoria da Signis Brasil foi realizada na tarde do último dia 26 de novembro, durante a II Assembleia da organização, na Casa de Formação Sagrada Família, em São Paulo. Como presidente, foi eleito frei João Carlos Romanini da Redesul de Rádio, com 65 votos de um total de 88. Já para a vice-presidência, padre Eduardo Dougherty, sj, venceu por 45 votos. Como secretária, foi escolhida a religiosa irmã paulina Osnilda Lima, com 32 votos de um total de 86, com duas abstenções. E, por unanimidade, a assembleia reelegeu padre Sérgio Gheller, da Rede Scalabriniana, como tesoureiro. Para o Conselho Fiscal, foram eleitos padre Evaldo César Souza, da Rede Aparecida; Roseli Rossi Lara, da Rede Scalabriniana e Geizom Sokacheski, da Evangelizar É Preciso. Diferentemente das eleições passadas, não se formaram chapas, mas cada associado pôde se candidatar e dizer o motivo pelo qual desejava fazê-lo.

Em suas primeiras palavras como presidente, frei João Carlos Romanini falou de um caminho que se faz em conjunto. “O futuro é sempre incerto, mas nós temos fé e é isso que nos garante. Temos Jesus. Nós temos também muitos parceiros e parceiras nesta caminhada e eu, como franciscano, tenho sempre a fraternidade de caminhada. Não serei presidente sozinho, seremos juntos. Obrigado pela confiança. Esperamos corresponder. Queria dizer à irmã Helena, que sempre foi uma mestra, sempre andei do lado dela, aprendi muito. Agora não estará na gestão, mas estará sempre conosco, as portas estarão sempre abertas, pela história que marcou na comunicação na Igreja”, disse. Também a equipe saudou a Irmã Helena Corazza, destacando toda a importância de sua trajetória. “Sinto-me confirmada na vocação ao ouvir essas palavras. Não me falta trabalho nunca. Quero dizer que estamos aí, juntos”, respondeu a religiosa, certa de que seus esforços valeram a pena.

NOVA GESTÃO, DESAFIO DE TODOS Em conversa com os membros da nova diretoria, foi perguntado a eles sobre suas expectativas, visão e sentimentos diante da eleição. O vice-presidente da Signis, padre Eduardo Dougherty, sj, comentou sobre o que almeja para esses próximos anos de gestão. “Eu conheço e amo profundamente a Signis, Como vice-presidente, estou querendo lutar para que toda a Igreja utilize ao máximo todos os meios de comunicação. A TV Século 21 tem sido abençoada e eu, como fundador dela e agora vice da Signis, eu quero servir com pureza de intenção para que nossa querida Igreja seja profundamente abençoada. Eu sou um servo de Deus e quero servi-lo de todas as maneiras que for possível”, declarou. Já a secretária, irmã Osnilda Lima, leva consigo o legado de irmã Helena Corazza, que deixa a presidência. “É uma responsabilidade muito grande porque a irmã Helena, de fato, se doou nesse trabalho. Eu acredito na comunhão, na mídia católica e na possibilidade de

trabalharmos e pautarmos assuntos de acordo com a proposta da Igreja e dar visibilidade ao seu trabalho, que tem um potencial muito grande. A Signis pode potencializar isso tudo e fazer com que chegue a mais pessoas”, explicou. Padre Sérgio Gheller, reeleito tesoureiro fala da gratidão ao poder dar continuação ao trabalho. “É claro que não é um trabalho fácil, mas, devido à confiança depositada, eu fiquei feliz em poder assumir novamente e agradeço. É um desafio que continua. Dependo, sim, do trabalho que está em andamento, mas também dependo da nova diretoria, suas propostas e planejamento. Estamos aí, livres para servir novamente. A equipe é boa e acredito que a gente possa fazer um excelente trabalho nesse triênio”, comentou. A Comissão de Eleição foi formada por Angela Morais, presidente da RCR, por irmã Élide Fogolari, e por Manoel Calaça, da Caikron Tecnologia. RCR

SOBRE A SIGNIS

Signis Brasil é uma associação católica de comunicação, fundada no dia 02 de dezembro de 2010, com estatutos aprovados pela XII Assembleia da UNDA/BR, de 30/11 a 03/12/2010, em Curitiba, PR. É reconhecida pela Conferência Nacional dos Bispos (CNBB); filiada à Signis Mundial; ligada ao Pontifício Conselho para as Comunicações Sociais e mantém diálogo e intercâmbio com a Signis América Latina e Caribe.

MISSÃO

Veja as notícias da diocese no site:

www.diopuava.org.br

Animar, unir e congregar todos os meios de comunicação católicos e de inspiração cristã do país e a formação de comunicadores, para se articularem no espírito de corpo, colaboração, interação para que exerçam seu carisma em união, em vista dos objetivos comuns.

ORGANIZAÇÃO

Uma diretoria eleita por três anos. Constitui-se com membros associados, tanto instituições de comunicação como pessoas físicas; articula-se em áreas/setores: Impressos, Rádio, Cinema, Internet, TVs, Formação e capacitação e Faculdades de Comunicação. Mesmo articulando-se por áreas, o pensamento é da comunicação e não de meios apenas, estabelecendo-se um relacionamento transversal e colaborativo.


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Catedral Nossa Senhora de Belém em preparação para a Festa da Padroeira Mais informações sobre a festa de Nossa Senhora de Belém podem ser obtidas pelo telefone: 42 3623-1282, na secretaria da Catedral. No próximo dia 02 de fevereiro de 2017, Guarapuava está em festa. Nesta data, celebra-se o dia de Nossa Senhora de Belém. Para comemorar o momento que é considerado um marco na história do município e também da diocese, uma vasta programação foi elaborada e todos são convidados a participar das celebrações preparatórias e também da confraternização no Dia da Padroeira. Em consonância com o Ano Mariano que em 2017 celebram três séculos de encontro da imagem de Nossa Senhora no rio Paraíba do Sul, em Aparecida, São Paulo, o tema dos festejos em Guarapuava será: “Com Maria, de Belém a Aparecida” e tem como lema: “Meditando o Santo Rosário”. Para o vigário da Catedral Nossa Senhora de Belém, padre Jean Patrik Soares, o momento é de reflexão, união e muita oração em louvou a Nossa Senhora. “É com muita fé que nos preparamos para celebrar o Ano Mariano. É um período de alegria para toda a Igreja. A festa não será somente da padroeira do Brasil, Nossa Senhora

Aparecida, mas de toda a Igreja, no mundo todo, envolvidos pelo manto de Maria. E nós, aqui na diocese de Guarapuava, celebraremos com nossa padroeira, Nossa Senhora de Belém, sempre focados no tema do evento que é: Com Maria, de Belém a Aparecida: meditando o Santo Rosário. Estamos planejando com muita antecedência os preparativos para esta festa que é importante e histórica em nossa cidade e em nossa diocese”, destacou padre Jean. Para o pároco da Catedral Nossa Senhora de Belém, padre Acácio Evêncio de Oliveira, é uma alegria muito grande poder celebrar junto com a comunidade o momento importante para a Igreja, para a história do município e também da diocese. “Convido a todos para que venham celebrar conosco esta festa bonita da nossa Catedral Nossa Senhora de Belém. Este ano, também celebramos os trezentos anos de encontro da imagem de Nossa Senhora Aparecida, padroeira do Brasil. Temos muitos motivos para comemorar e agradecer a Maria”, grifou padre Acácio.


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Diocese de Guarapuava já vive o Ano Mariano Na diocese de Guarapuava, as comemorações em favor do Ano Mariano também começaram em 2016, no momento em que a instituição finalizava suas celebrações jubilares.

O ano de 2017 será inteiro de ativi- a evangelização, para a missão, tendo dades e celebrações em toda a Igreja do presente o exemplo, as lições que Nossa Brasil. Neste período, comemorara-se o Senhora nos deixa, mas também recorAno Mariano, por ocasião dos trezentos rendo com confiança à sua intercessão anos de encontro da imagem de Nossa materna”, finalizou. Senhora Aparecida no Rio Paraíba do ANO MARIANO NA Sul, em São Paulo. O período comemorativo em louvor DIOCESE DE GUARAPUAVA Na diocese de Guarapuava, as comeà padroeira do Brasil foi lançado no dia 21 de setembro de 2016, pela Conferência morações em favor do Ano Mariano tamNacional dos Bispos do Brasil (CNBB), na bém começaram em 2016, no momento em que a instituição finalizava suas sede da entidade, em Brasília. Na ocasião, a cerimônia contou celebrações jubilares por ocasião dos cincom a participação da presidência quenta anos de fundação da instituição. No dia 05 de setembro, com grande da CNBB, membros do Conselho Episcopal Pastoral (Consep), organis- festa, as paróquias da diocese acolheram mos vinculados à Conferência e cola- a imagem peregrina de Nossa Senhora Aparecida que chegou do Santuário boradores que atuam na sede. Em meio à cerimônia, a imagem de Nacional em São Paulo. A imagem pereNossa Senhora Aparecida foi entroni- grina foi um presente oferecido à Igreja zada no auditório da CNBB e posta no de Guarapuava e, durante dois meses, percorreu todas as paróquias e algumas centro do espaço. Leituras bíblicas, cantos, textos comunidades da diocese, retornando à reflexivos e uma mensagem do Papa Catedral Nossa Senhora de Belém, no dia Francisco foram meditados, lembrando 25 de novembro de 2016. Para Dom Antônio Wagner da Silva, a devoção à rainha e padroeira do Brasil. De acordo com o arcebispo de bispo da diocese de Guarapuava, o Ano Brasília e presidente da CNBB, Dom Mariano é importantíssimo para as refleSergio da Rocha, o período convida à xões, para as orações e o entendimento população a voltar o coração para Nossa das situações que vêm ocorrendo no Senhora. “É um ano para celebrar, para mundo. Dom Wagner também destaca a importância das comemocomemorar, para louvar rações dos trezentos anos a Deus, mas também para “É um ano para de encontro da imagem da reaprender com Nossa reaprender com padroeira do Brasil para Senhora como seguir todo o povo do país e tamJesus Cristo, como ser Nossa Senhora bém para a diocese. “São cristão hoje”, enfatizou. como seguir três séculos de encontro O bispo falou também Jesus Cristo, como da imagem da padroeira sobre as expectativas para Brasil no rio Paraíba o Ano. “Nós esperamos ser cristão hoje.” do do Sul pelos pescadores. muito que o Ano Mariano Em Guarapuava, finalipossa ser de intensa evangelização com Maria, contando com a zamos nossas celebrações jubilares por sua proteção, seguindo os seus exemplos, conta dos cinquenta anos de criação mas sendo essa Igreja em saída, essa de nossa diocese. Viver este momento Igreja misericordiosa, que a exemplo é uma oportunidade única em nossas de Nossa Senhora vai ao encontro dos vidas e, com muita oração e devoção, irmãos para compartilhar a alegria do devemos partilhar com todos à nossa Evangelho de Jesus Cristo, a alegria da volta desse importante acontecimento”, sublinhou Dom Wagner. fé em Cristo”; aclamou. O bispo também comentou sobre a No final do evento, Dom Sergio exortou para que o Ano Mariano seja importância do envolvimento das pessovivido intensamente por toda a Igreja as em louvor a Nossa Senhora e classifica no Brasil. “Que este momento seja para o ato como uma grande resposta de amor

para com a Mãe que nunca deixa seus filhos desamparados. “Na romaria para buscar a imagem de Nossa Senhora da Conceição Aparecida, participaram mais de setecentas pessoas. Para a diocese de Guarapuava, é um número muito significativo e importante. Milhares de pessoas nos receberam em celebração. Isto também nos enche de alegria. Esta imagem que é um presente do Santuário Nacional nos remonta a um tempo de sofrimento e de escravidão no país, mas também significa a união de forças e a comunhão entre as pessoas. Nunca devemos nos furtar em partilhar também de nossa pobreza”, observa Dom Wagner. O Ano Mariano no Brasil terá grande reflexo nas dioceses, paróquias e comunidades, conforme observa a CNBB. Em Guarapuava, a festa da padroeira da catedral, Nossa Senhora de Belém, celebrada no dia 02 de fevereiro, levará o Ano Mariano em consideração e trabalhará a essência da devoção a Maria.

Com o tema: “Com Maria, de Belém a Aparecida: meditando o Santo Rosário”, a intenção é promover uma grande mobilização em torno do assunto e evidenciar o nome de Maria e sua importância para a humanidade enquanto mulher e mãe que acolhe seus filhos mesmo ante tantas dificuldades. Segundo o vigário da Catedral Nossa Senhora de Belém, padre Jean Patrik Soares, é uma época propensa à meditação e também para se entender a importância de Maria na vida de cada um. “É com muita alegria que nos preparamos para celebrar o Ano Mariano. É um período de graças para toda a Igreja. A festa não será somente da padroeira do Brasil, Nossa Senhora Aparecida, mas de toda a Igreja, no mundo todo, envolvidos pelo manto de Maria. E nós, aqui na diocese de Guarapuava, celebraremos com nossa padroeira, Nossa Senhora de Belém, sempre focados no tema do evento que é: Com Maria, de Belém a Aparecida: meditando o Santo Rosário”, destacou padre Jean.

HISTÓRIA DO ENCONTRO DA IMAGEM DE APARECIDA O encontro da imagem ocorreu em 1717, época das Capitanias Hereditárias. O governante das capitanias de São Paulo e Minas de Ouro estava de passagem pelo Vale do Paraíba, mais precisamente por Guaratinguetá. Animados com a visita, o povo daquela localidade resolveu fazer uma festa de boas-vindas e para isso chamaram três pescadores, Domingos Garcia, João Alves e Filipe Pedroso para lançar as redes no rio e pescar bons peixes. O fato era que, naquela época, meados de Outubro, não era tempo de peixes. Porém, como não podiam contradizer o pedido, rezaram pela proteção e bênção da Virgem Maria e de Deus para que pudessem voltar à terra firme com fartura. Depois de inúmeras tentativas sem sucesso, eis que surpreendentemente eles pescaram o corpo de uma imagem. Curiosos, lançaram novamente as redes e “pescaram” uma cabeça que se encaixou perfeitamente ao corpo. Depois deste en-

contro, que nos dias de hoje é celebrado em todo o Brasil no dia 12 de outubro emocionando os fieis, o barco se encheu tanto de peixes que ele quase virou. A partir daí, a devoção da Santa foi se espalhando. Primeiro nas casas, depois se construiu uma capela e, em seguida, uma basílica, até chegar ao quarto maior santuário do mundo, o Santuário Nacional de Aparecida localizado na cidade de Aparecida, interior do Estado de São Paulo.


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Coordenação Nacional da Pastoral da Saúde se reúne em Brasília com a presidência da CNBB As atividades desenvolvidas pela Pastoral da Saúde vão desde a atenção aos doentes, a exemplo do “Bom Samaritano” (cf. Lc 10,30s), até a articulação junto a entidades governamentais.

A presidência da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) recebeu, no último dia 07 de dezembro, a coordenação nacional da Pastoral da Saúde, em Brasília (DF). A equipe da Pastoral apresentou um balanço das atividades de 2016 e o plano de ação para 2017. O coordenador nacional da Pastoral da Saúde, Alex Gomes da Mota, contou que foram apresentados relatório das atividades de setembro de 2015 a novembro 2016. “Entregamos o balanço financeiro e patrimonial da Pastoral. Além de apresentar as parcerias com organizações, assuntos correlatos à conjuntura política social, assuntos da atualidade e o plano de ação para o próximo ano”, disse. Em novembro, as coordenações regionais da Pastoral em várias partes do país fizeram encontros de formação e conclusão das atividades do ano. Na diocese de Uberlândia (MG), que faz parte do Regional Leste 2 da CNBB, os coordenadores paroquiais se reuniram para analisar e avaliar as atividades de

2016. Já a diocese de Apucarana (PR), Regional Sul 2, realizou formação para os agentes da Pastoral, em Arapongas (PR), com a participação da coordenação nacional representada pelo vice-coordenador, Antonio Pitol, da arquidiocese de Maringá (PR), e da tesoureira, Marcia Zambrin, da arquidiocese de Londrina (PR). Porto Velho (RO), no Regional Noroeste, também realizou formação de coordenadores e lideranças da pastoral. As atividades desenvolvidas pela Pastoral da Saúde vão desde a atenção aos doentes, a exemplo do “Bom Samaritano” (cf. Lc 10,30s), até a articulação junto a entidades governamentais responsáveis pelo Sistema Único de Saúde (SUS). O trabalho dos agentes se dá sempre motivado pela espiritualidade da acolhida e da proteção à vida, como Jesus ensinou ao escutar, acolher e curar os enfermos. CNBB com informações da Pastoral da Saúde

Coleta do primeiro domingo de fevereiro será em prol da construção da Nova Catedral Todos os valores arrecadados com as coletas dos dias 04 e 05 de fevereiro de 2017, nas paróquias e comunidades, serão destinados à pintura externa da nova igreja.

Seguindo a agenda de coletas de 2017 na diocese de Guarapuava, nos dias 04 e 05 de fevereiro, pede-se para que as paróquias e comunidades encaminhem as doações recebidas durante as celebrações desses dois dias, em prol da construção da Nova Catedral Nossa Senhora de Belém. De acordo com o vigário da Catedral, padre Jean Patrik Soares, desde o início da construção da nova igreja, no ano 2000, que é feita a campanha destinando os dois dias de coleta no primeiro final de semana de fevereiro em prol das obras. “Todos os anos, fazemos uma coleta específica em prol da construção da Catedral. São entregues envelopes às comunidades e todos os valores serão revertidos em favor das obras da nova igreja. Esta é uma coleta que desde o início, já está prevista no calendário pastoral da diocese. Este ano, tudo o que for arrecado, será para realizar a pintura externa da obra”, explicou padre Jean.

OUTRAS DOAÇÕES Segundo o padre Acácio Evêncio de Oliveira, pároco da Catedral Nossa Senhora de Belém, ainda falta muito para que a nova igreja fique pronta. Para isso, ele pede para que, quem puder, colabore para com a obra que está em fase de acabamento e, portanto, num dos momentos onde se requer materiais específicos e, por conseguinte, mais caros. Os valores doados para a realização da obra podem ser depositados na Caixa Econômica Federal ou em lotéricas, na Conta Corrente 7293-2, Agência: 0389, Código 003. Vale lembrar que, caso o doador queira se identificar, ele precisa levar o comprovante de depósito em uma secretaria paroquial onde então, será emitido um recibo, explicando a finalidade da doação.

Dom Antônio Wagner da Silva celebra quarenta e cinco anos de vida sacerdotal Dom Wagner conduz com perseverança e muita sabedoria os trabalhos desta que é a maior diocese do Paraná. No último dia 11 de dezembro, ele comemorou quarenta e cinco anos de vida sacerdotal.

Nos passos decididos do homem que sem medo ousa vislumbrar novos horizontes, está o apostolado de servir a Deus em sua mais pura essência. Com o carisma que lhe é nato e buscando sem cessar pela união das pessoas através da oração e boa convivência, ele avança rumo ao novo sem perder, no entanto, o ponto de partida, o ancoradouro que lhe dá sustentação para galgar novos projetos. Assim é a vida do bispo diocesano de Guarapuava, Dom Antônio Wagner da Silva. Há 45 anos, em 11 de dezembro de 1971, na Igreja São Vicente Ferrer, na cidade de Formiga, em Minas Gerais, Dom Wagner era ordenado padre. Com uma vocação sacerdotal que lhe era pujante, os resultados de sua vida religiosa não podiam ser diferentes e se manifestaram repletos de luz e muitas bênçãos por todas estas décadas. Antes disso, no entanto, Dom Wagner percorreu todo o itinerário tradicional da formação sacerdotal. Entrou na Escola Apostólica de Lavras em 1955 e completou seus estudos na

Escola Apostólica Sagrado Coração de Jesus (SCJ) de Corupá (SC), em 1964. Foi postulante e noviço no Noviciado Nossa Senhora de Fátima, em Jaraguá do Sul (SC) onde professou votos no dia 02 de fevereiro de 1966. Depois, cursou Filosofia no Convento SCJ de Brusque (1966-1967) e Teologia no Convento SCJ de Taubaté, de 1968 a 1971. Fez os votos perpétuos no dia 1º de agosto de 1971, em Lavras, Minas Gerais. Dom Wagner é o quarto bispo na diocese de Guarapuava. Ele mora na cidade desde 29 de março de 2000, quando foi nomeado bispo coadjutor de Guarapuava e recebeu a ordenação episcopal das mãos de Dom Giovanni Zerbini no dia 18 de junho daquele mesmo ano. Dom Wagner também é Diretor Presidente da Fundação Nossa Senhora de Belém, mantenedora da Central Cultura de Comunicação, que compreende as Rádios Cultura AM 560 (que está em fase de migração para frequência modulada “FM”), FM 93, e portal de internet Central Cultura.

Em nome do Centro Diocesano de Comunicação (CDC) de Guarapuava, a equipe estende os parabéns e este ousado homem que sem titubear ante as dificuldades, adversidades e intempéries do tempo, vislumbra novos horizontes a cada dia que passa, sempre primando pela alegria de seguir em frente sem medo do novo. Com a coragem de um guerreiro, mas sem

perder a doçura que habita os corações de quem serve a Deus, Dom Wagner conduz com perseverança e muita sabedoria os trabalhos desta que é a maior diocese do Paraná e, por onde passa, leva a mensagem do Deus vivo, do Cristo ressuscitado a todas as pessoas que encontram na religião católica, no cristianismo, enfim, o porto-seguro para suas existências.


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Paróquia de turvo acolhe ordenação sacerdotal em dezembro Aroldo Schinemann Filho, da Congregação dos Padres Marianos da Imaculada Conceição (MIC), foi ordenado padre no dia 17 de dezembro, pelas mãos de Dom Antônio Wagner da Silva. A cidade de Turvo, no Paraná, viveu momentos de intensa alegria no último dia 17 de dezembro, quando a paróquia Nossa Senhora Aparecida, acolheu a ordenação sacerdotal de Aroldo Schinemann Filho, da Congregação dos Padres Marianos da Imaculada Conceição (MIC). A ordem ao novo padre foi dada pelo bispo da diocese de Guarapuava, Dom Antônio Wagner da Silva, em uma missa que começou às 09 horas da manhã com a Matriz lotada de parentes, amigos e moradores que prestigiaram o momento considerado um dos mais bonitos de 2016. Dias antes, a Pastoral da Comunicação (Pascom) daquela paróquia destacou em uma nota que os moradores estavam ansiosos para acolher o novo padre da congregação e, para isso, uma grande festa foi preparada, iniciando com celebração do Tríduo, além de outros momentos de reflexão e de oração em prol do novo sacerdote.

“Com antecipação, preparamos uma grande festa para a ordenação do diácono Aroldo, que foi realizada no dia 17. É com muita alegria que nossa comunidade o acolhe, agora, como novo padre que aqui nasceu e demonstrou sua vocação ao sacerdócio. É um verdadeiro presente de Natal para a Igreja e para todos nós, receber como padre, um filho de Turvo”, relatou o agente da Pascom, Everaldo Soares. Mais de vinte padres da Congregação Mariana, além de seminaristas e religiosas da Divina Providência se fizeram presentes. Autoridades e políticos de Turvo também participaram. No domingo, dia 18, o primeiro ato de Aroldo como padre foi a celebração de uma missa na comunidade de Saudade Santa Anita, interior do município, seu local de nascimento. Lá, conforme ressaltou a Pascom, residem os familiares do religioso e foi em ação de graças ao

apoio recebido para que concluísse seus estudos sacerdotais que ele fez naquela comunidade sua primeira celebração.

SOBRE O SACERDOTE

Aroldo Schinemann Filho nasceu no dia 25 de março de 1988 na localidade de Saudade Santa Anita, no interior do município de Turvo. Aroldo é o mais novo de cinco irmãos. Conforme contou (ele tem dois irmãos e duas irmãs). Seus pais são: Aroldo Schinemann e Olivia Maria Schinemann. Padre Aroldo disse que percebeu a vocação para o sacerdócio quando ainda era criança e foi apoiado pelos pais a ingressar no seminário. Ele optou pela Congregação Mariana e passou a estudar em Curitiba. Desde então, quase dez anos se passaram até chegar o momento considerado muito importante em sua vida, que foi a ordenação sacerdotal, que se realizou no dia 17 de dezembro.

Padre Aroldo estudou em Curitiba e em Mafra, Santa Catarina. Ele também fez estágio e prestou serviços junto ao Santuário Barra Santa Salete, no distrito de Santa Salete, município de Manoel Ribas e paróquia São Jorge, em Curitiba. Nestes locais, ele cumpriu o diaconato e noviciado, respectivamente.

Projeto Igrejas-irmãs articula revitalização Durante encontro, houve lembrança da história e propostas de revisão e atualização da iniciativa. Animando a missionariedade e a colaboração mútua entre Igrejas particulares no Brasil desde 1972, o projeto Igrejas-irmãs será revitalizado, com a revisão e atualização de suas perspectivas. É o que foi proposto no encontro realizado em Belém (PA), nos dias 17 e 18 de novembro de 2016. Várias ideias foram apresentadas na ocasião, quando cinquenta e três bispos, vinte e dois padres, onze leigos, três religiosas e dois diáconos, avaliaram a caminhada dos projetos Igrejas-Irmãs no Brasil, rememoraram o histórico e o itinerário desses projetos, celebraram e valorizaram os passos dados e as conquistas; e identificaram os desafios atuais. O encontro realizado pela Comissão Episcopal Pastoral para a Ação Missionária e a Cooperação Intereclesial da Conferência Nacional dos Bipsos do Brasil (CNBB) serviu para iluminar a caminhada realizada na perspectiva da animação e cooperação missionárias e perceber novas perspectivas para o encaminhamento futuro dos projetos Igrejas Irmãs, do qual fazem parte, principalmente dioceses e prelazias da região Amazônica. Neste sentido, a Comissão Episcopal para a Amazônia da CNBB foi parceira na realização do evento. Dezesseis propostas surgiram do encontro sobre as Igrejas-irmãs. Entre elas, levar em conta as realidades sociais, ambientais e urbanas da Amazônia, bem como o avanço organizado e articulado do neopentecostalíssimo; aprofundar o sentido do envio do missionário; esclarecer as responsabilidades de cada Igreja em relação ao envio e acolhida de missionários; definir melhor a participação de leigos no processo missionário; fortalecer a consciência missionária em toda a diocese; e incentivar os Conselhos Missionários. As propostas ainda visam incentivar a visita de bispos, padres e leigos de uma Igreja-irmãs à outra; a colaboração para que a Igreja Particular que recebe a ajuda alcance sua sustentação; a preparação de

seminaristas, enfatizando as experiências missionárias, em especial de férias, para que sejam instrumentos de fortalecimento do impulso missionário; e a participação da Organização dos Seminários e Institutos Filosófico-Teológicos do Brasil (Osib) e do Conselho Nacional dos Presbíteros (CNP) no projeto. Também foram ressaltadas indicações voltadas para a formação de lideranças e oferta de cursos específicos para os missionários, a partir do que já está disponível no Centro Cultural Missionário e nos institutos em Manaus, Belém e Porto Velho. Haverá ainda o levantamento dos missionários Ad Gentes, com a procura de ação conjunta com as novas comunidades envolvidas na missão além-fronteiras. Especial atenção será dada aos migrantes e pessoas que sofrem com o tráfico humano. Os participantes do encontro pretendem abordar a temática em uma Assembleia Geral da CNBB.

PARTILHA E APOIO

Durante o encontro, os bispos e demais participantes tiveram oportunidade de partilharem suas experiências e de refletirem sobre os principais desafios. Dom Esmeraldo contou ainda que o bispo de São Gabriel da Cachoeira (AM), Dom Edson Damian, fez “um importante trabalho sobre a Igreja na Amazônia e a solidariedade no projeto Igrejas Irmãs”. As palavras do arcebispo de Brasília (DF) e presidente da CNBB, cardeal Sergio da Rocha, animaram os participantes. Impossibilitado de participar por conta do consistório no qual foi criado cardeal, Dom Sergio assegurou-lhes as suas orações, afirmando que levava consigo a Amazônia e a Missão para Roma e, particularmente para o Papa Francisco, “que tem demonstrado, de modo admirável, tanto amor e solicitude pela Amazônia, em tantas ocasiões, como pude pessoalmente testemunhar”. O presidente da CNBB considerou que o encontro teve “a esperança de fortalecer a comunhão e a cooperação

“Os projetos servem de sinal, recordação e incentivo para toda a Igreja no Brasil.”

HISTÓRICO “O projeto Igrejas Irmãs foi criado pela CNBB, em fevereiro de 1972, depois que a sua presidência visitou várias dioceses e prelazias da Amazônia. Nesse mesmo ano, os bispos da Amazônia estiveram reunidos em Santarém e elaboraram um documento que ainda hoje é marca importante para o trabalho de evangelização na Amazônia”, conta o bispo auxiliar de São Luís e presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Ação Missionária da CNBB, dom Esmeraldo Barreto de Farias. O objetivo do Projeto Igrejas-irmãs é partilhar a fé, os dons da graça, as experiências pastorais, pessoas e recursos financeiros como gestos de caridade cristã para com as Igrejas da Amazônia e outras também necessitadas. “A Igreja que envia missionários, também é beneficiada pelas experiências que vê e das quais participa através dos missionários que foram enviados”, sublinha dom Esmeraldo. Durante o encontro realizado em Belém, o vigário geral das Pastorais da arquidiocese de Belém (PA), padre Raimundo Possidônio da Mata, fez a retrospectiva histórica do projeto, destacando alguns desafios que a Igreja na Amazônia enfrenta hoje. intereclesial” e que serviu de estímulo para a partilha e o compromisso missionário da Igreja no Brasil com a Igreja na Amazônia Legal. “Os projetos missionários desenvolvidos na Amazônia com o generoso apoio das Igrejas Irmãs servem de sinal, recordação e incentivo

No início, o projeto teve forte repercussão e um grande número de missionários foi enviado para a Amazônia e para o Nordeste. Somente a diocese de Caxias do Sul (RS), pioneira nesse projeto, enviou de 1972 a 1985, mais de 100 missionários para as regiões. De 22 a 25 de agosto de 1989, a comissão da CNBB responsável pela dimensão missionária organizou um encontro com representantes das Igrejas Irmãs. A fim de dinamizar o projeto, os bispos ressaltaram a missionariedade da Igreja, evangelização das culturas, atendimento a situações missionárias mais desafiadoras, a missão como eixo da formação. Os seminários e casas de formação, de acordo com os apontamentos dos prelados, deveriam proporcionar aos formandos a experiência da comunidade apostólica chamada ao seguimento de Jesus missionário. Também foi uma proposta da época a formação de um clero local, a participação dos leigos e a missão ad gentes. Também foi assumida a constituição de uma coordenação. para que toda a Igreja no Brasil seja, de fato, missionária, ‘em estado permanente de missão’, também alémfronteiras das Igrejas particulares. Esperamos, com a graça de Deus, redobrar os esforços”, desejou o cardeal. CNBB


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Aos 95 anos, morre em São Paulo, o cardeal arcebispo emérito Dom Paulo Evaristo Arns O religioso estava internado desde o dia 28 de novembro. Ele permaneceu na UTI por mais de dez dias. Na manhã do dia 14 de dezembro, ele não resistiu e morreu.

Morreu, na manhã do último dia 14 de dezembro, aos 95 anos, Dom Paulo Evaristo Arns, cardeal arcebispo emérito da arquidiocese de São Paulo. Dom Paulo estava internado desde o dia 28 de novembro por causa de uma broncopneumonia. De acordo com boletim médico, nos últimos dias houve piora no quadro de saúde do religioso e, recentemente, novas complicações renais o mantiveram na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), sem previsão de alta. Quinto de treze filhos de imigrantes alemães, Dom Paulo Evaristo Arns nasceu em 1921 em Forquilhinha, Santa Catarina. Ingressou na Ordem Franciscana em 1939, e iniciou seus trabalhos como líder religioso em Petrópolis, no Rio de Janeiro. Formou-se em teologia e filosofia em universidades brasileiras. Ordenado sacerdote em 1945, ele foi estudar na Sorbonne, em Paris, onde cursou letras, pedagogia e também defendeu seu doutorado. Foi bispo e arcebispo de São Paulo entre os anos 1960 e 1970. Teve uma atuação marcante na Zona Norte da cidade, região em que desenvolveu inúmeros projetos voltados para a população de baixa renda. Em julho de 2016 foi celebrado os 50 anos de sua ordenação episcopal. Ao longo de sua trajetória, trabalhou como jornalista, professor e escritor, tendo publicado cinquenta e sete livros. Durante a Ditadura Militar, destacou-se por sua luta política, em defesa dos direitos humanos, contra as torturas e a favor do voto nas Diretas Já. Ganhou projeção na militância em janeiro de 1971, logo após tornar-se arcebispo de São Paulo, e denunciar a prisão e tortura de dois agentes de pastoral, o padre Giulio Vicini e a assistente social Yara Spadini. No mesmo ano, apoiou Dom Hélder Câmara e Dom Waldyr Calheiros que estavam sendo pressionados pelo regime militar. Em 1972 criou a Comissão Justiça e Paz de São Paulo e, como presidente regional da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), liderou a publicação do “Testemunho de paz”, documento com fortes críticas ao regime militar que ganhou ampla repercussão à época.

Presidiu celebrações históricas na Catedral da Sé, no Centro de São Paulo, em memória de vítimas da Ditadura Militar. Dentre eles, do estudante universitário Alexandre Vannucchi Leme, assassinado em 1973, e o ato ecumênico em honra do jornalista Vladimir Herzog, assassinado no DOI-CODI, em São Paulo, em 1975. Atuou contra a invasão da PUC em 1977, em São Paulo, comandada pelo coronel Erasmo Dias, à época secretário de Segurança, e a operação para entregar ao presidente dos Estados Unidos, Jimmy Carter, uma lista com os nomes de desaparecidos políticos. Também teve papel importante em favor das vítimas da ditadura na Argentina, em 1976. O ativista de direitos humanos daquele país, Adolfo Perez Esquivel, ganhador do Prêmio Nobel da Paz em 1980, disse que foi “salvo duas vezes” por Dom Paulo Evaristo Arns durante a ditadura no Brasil. Em 1980, acompanhou a primeira visita do Papa João Paulo II ao Brasil. Em São Paulo, João Paulo II falou no estádio do Morumbi para duzentos mil

operários. O ato, até hoje, ainda repercute como um grande passo em favor dos trabalhadores brasileiros. Em 1985, criou a Pastoral da Criança com o apoio de sua irmã, Zilda Arns, que morreu no terremoto de 2010 no Haiti, onde realizava trabalhos humanitários. Zilda é reverenciada por sua atuação em defesa das crianças em países dos cinco continentes. Em vinte e oito anos de arcebispado, Dom Paulo criou quarenta e três paróquias, construiu mil e duzentos centros comunitários, incentivou e apoiou o surgimento de mais de duas mil comunidades eclesiais de base (CEBs) na capital paulista. Por seus feitos, recebeu inúmeros prêmios e homenagens no Brasil e no exterior. Dentre eles, o Prêmio Nansen do Alto Comissariado da ONU para

Refugiados (Acnur), o Prêmio Niwano da Paz (Japão), e o Prêmio Internacional Letelier-Moffitt de Direitos Humanos (EUA), além de trinta e oito títulos de cidadania. Sua biografia foi relatada em dez livros, sendo o mais recente lançado em outubro de 2016, no Tuca, teatro da PUC, na Zona Oeste de São Paulo, durante uma homenagem pelos seus 95 anos.

Detentos de todo o Brasil realizam o Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) De Guarapuava, dezenas de pessoas participaram das provas. Quem for aprovado, poderá ingressar no ensino superior e, em alguns casos, há até redução da pena.

Nos dias 13 e 14 de dezembro de 2016, milhares de detentos de todo o Brasil, participaram do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM). No Estado do Paraná, em torno de duas mil e quinhentas pessoas fizeram as provas que permite o ingresso nas universidades de todo o país, de acordo com a pontuação obtida, seguindo, portanto, critérios específicos para esta categoria de estudantes. Em Guarapuava, dezenas de presos que cumprem pena na Penitenciária Industrial de Guarapuava (PIG) e também no Centro de Regime Semiaberto de Guarapuava (CRAG) fizeram as provas nos dois dias. O exame é elaborado especificamente para este público. Conforme informações

da PIG, daquela unidade prisional, trinta detentos participaram do certame. Já do CRAG, não houve informações de quantas pessoas realizaram o exame. As provas foram aplicadas em salas das próprias unidades penais e não houve informações de problemas durante o exame. Seguindo as mesmas regras aplicadas às outras pessoas que fazem o ENEM, no primeiro dia, 13 de dezembro, as provas foram de Ciências Humanas e suas Tecnologias e de Ciências da Natureza e suas Tecnologias. O tempo de duração no primeiro dia do exame foi de quatro horas e meia. No dia 14, os detentos fizeram as provas de Redação, Linguagens, Códigos e suas Tecnologias, além de Matemática e suas

Tecnologias. No segundo dia, no entanto, o tempo para que os concorrentes entregassem suas provas foi maior e estes puderam concluir o exame em cinco horas e meia. O ENEM para pessoas privadas de liberdade (PPL) é ofertado em unidades prisionais e socioeducativas de todo o Brasil desde 2010. Há um edital específico para esta categoria, com datas de aplicação das provas diferentes das aplicadas aos demais estudantes. No Brasil, mais de cinquenta e quatro mil pessoas privadas de liberdade e jovens que cumprem medidas educativas fizeram as provas. O Ministério da Educação não definiu a data de publicação do edital com os resultados das provas.

Foto: Centro de Ressocialização de Limeira (SP)


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Decanato Laranjeiras

Laranjeiras do Sul • Quedas do Iguaçu • Espigão Alto do Iguaçu • Nova Laranjeiras Marquinho • Rio Bonito do Iguaçu • Porto Barreiro • Virmond • Cantagalo

Aos 64 anos, morre em Roma, Itália, o padre Luigi Menegazzo, Superior Geral dos Xaverianos

Superiores Geral e Provincial da Congregação Sociedade de Cristo visitam bispado de Guarapuava

Padre Luigi sofreu complicações cardíacas e não resistiu. Ele morreu na madrugada do último dia 18 de dezembro. O religioso esteve em Guarapuava no dia 28 de julho de 2016 onde se reuniu com Dom Wagner.

Os padres Ryszard Glowacki e Kazimierz Długosz, Superior Geral e Superior Provincial, respectivamente, se reuniram com o bispo diocesano Dom Antônio Wagner da Silva.

Na foto, da esquerda para a direita: Dom Wagner e o padres Domenico Barroti, Luigi Menegatzzo e Mario Mula

Da esquerda para a direita: padre Kazimierz Długosz, Dom Wagner e padre Ryszard Glowacki

Morreu, na madrugada do último dia 18 de dezembro, em Roma, Itália, o padre Luigi Menegazzo, Superior Geral dos Missionários Xaverianos. Ele tinha 64 anos e sua morte foi em decorrência de uma crise cardíaca. O religioso foi internado às pressas, mas não resistiu e morreu. Dom Antônio Wagner da Silva, bispo da diocese de Guarapuava, manifestou condolências à família do religioso e também aos padres da Congregação Xaveriana que atuam na diocese, exercendo suas funções nas paróquias Sant’Ana, em Laranjeiras do Sul e São João Batista, em Nova Laranjeiras. “Expresso aqui, meus mais profundos pesares aos familiares e amigos do padre Luigi. Em especial, estendo meus sentimentos e minhas condolências aos padres Xaverianos que trabalham em nossa diocese, nas paróquias de Laranjeiras do Sul e Nova Laranjeiras. Padre Luigi estará em minhas orações. Que sua alma descanse em paz”, considerou Dom Wagner.

VISITA À DIOCESE DE GUARAPUAVA

No dia 28 de julho de 2016, padre Luigi se reuniu com Dom Wagner para tratar do andamento dos trabalhos da Congregação na diocese. Na ocasião, os padres Mario Mula, Vigário Geral e Domenico Barroti, Superior Regional dos Xaverianos, também participaram do encontro. Em entrevista, padre Luigi falou da importância das visitas às paróquias e comunidades que estão sob responsabilidade da Congregação. “Nossas visitas são feitas a cada dois anos nas paróquias

e comunidades onde nossos sacerdotes trabalham. São visitas canônicas. Nestas ocasiões, aproveitamos para conversar sobre a realidade de cada lugar. O encontro com os bispos das dioceses onde as comunidades estão situadas se faz necessário para que a união seja reforçada”, destacou padre Luigi naquela ocasião.

SOBRE O RELIGIOSO

Padre Luigi Menegazzo nasceu em Cittadella (Pádua – Itália) em16 julho de 1952. Entrou para o seminário dos Missionários Xaverianos em 26 de setembro de 1963. Fez a primeira profissão religiosa em São Pietro in Vincoli, no dia 08 de setembro de 1969. Foi ordenado presbítero em Parma em 25 de setembro de 1977. Obteve licenciatura em Missiologia, na Universidade Gregoriana em 30 de junho de 1980. Depois disso, foi enviado para uma missão no Japão, onde trabalhou como pároco da paróquia de Nichinan. Em 1989, a pedido da Congregação, retornou à Itália para ser professor no curso de filosofia e de teologia xaveriana de Parma. No ano de 1994, o sacerdote volta ao Japão e assume a paróquia de Tamana, quando então, é promovido em seguida a Superior Regional do Japão, função esta eu exerceu de 1998 até 2001. Em 2001 foi eleito Vigário Geral dos Missionários Xaverianos, e passou a trabalhar como prefeito das pessoas e Procurador Geral junto à Santa Sé. Em julho de 2013, foi eleito Superior Geral dos Xaveriano. A última visita de padre Luigi foi feita ao Brasil, nos meses de julho e agosto de 2016.

Na manhã do último dia 15 de dezembro, o bispo diocesano de Guarapuava, Dom Antônio Wagner da Silva, foi o anfitrião de duas visitas ilustres. Os padres da congregação Sociedade de Cristo (SCHR) Ryszard Glowacki, Superior Geral na Polônia e Kazimierz Długosz, Superior Provincial em Curitiba, estiveram no bispado e falaram dos trabalhos da Congregação na diocese de Guarapuava. A visita faz parte de um projeto da Congregação Religiosa que a cada seis anos exige que os superiores, (geral e provincial), percorram as paróquias atendidas pelos padres que a compõem e procurem saber mais dos trabalhos realizados, da realidade vivida e também das necessidades daquela comunidade. Na diocese de Guarapuava as paróquias Nossa Senhora do Monte Claro, em Virmond e Imaculado Coração de Maria, de Quedas do Iguaçu, são atendidas pelos padres da Sociedade de Cristo. “Para nós, é sempre motivo de muita alegria receber a visita dos nossos irmãos das Congregações. Todas as comunidades, todas as dioceses tiveram a contribuição das Congregações que vêm, fazem seus trabalhos e seguem em frente, sempre deixando um legado de amor e de serviço em favor dos mais necessitados. Conversar com os padres Superior e Provincial nos enche de satisfação, pois podemos trocar experiências e falar da nossa realidade”, destacou Dom Wagner que pertence à Congregação dos Padres do Sagrado Coração de Jesus (SCJ). “A visita ao bispo da diocese é muito gratificante para todos nós da Congregação. Os bispos sabem muito da realidade das dioceses e isto nos ajuda a compreender os trabalhos desenvolvidos

pelos nossos padres e apoiá-los no que for necessário para que continuem com a caminhada, sempre ajudando às pessoas da comunidade”, explicou padre Ryszard. “A cada seis anos, saímos em visita às comunidades e paróquias que são atendidas pelos padres da nossa Congregação. Sempre há muito aprendizado em cada uma dessas viagens. Visitar o senhor bispo é sinônimo de respeito e de alegria, para todos nós. Estamos felizes pela acolhida, pela conversa e pelos direcionamentos dentro da diocese”, grifou padre Kazimierz.

PRESENÇA NA DIOCESE

Em Virmond, na paróquia Nossa Senhora do Monte Claro, os padres da Sociedade de Cristo estão presentes desde 01 de fevereiro de 1993. Ao todo, doze comunidades são atendidas pela paróquia que conta com os trabalhos do padre Piotr Poszwa. O município de Virmond possui cerca de quatro mil habitantes, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e a maioria da população professa a fé católica. Na paróquia Imaculado Coração de Maria, em Quedas do Iguaçu, a Congregação Sociedade de Cristo está presente desde o dia 13 de setembro de 1998. Os padres chegaram a pedido do bispo diocesano à época e atual bispo emérito de Guarapuava, Dom Giovanni Zerbini. Naquela paróquia, os padres Andrzej Wojteczek e Jozef Wojnar, atendem às cinquenta e sete comunidades, numa população de mais de trinta mil habitantes, segundo IBGE, sendo esta, também, de maioria católica.


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Decanato Pinhão

Janeiro e Fevereiro - 2017

Pinhão • Prudentópolis • Entre Rios • Foz do Jordão • Candói • Inácio Martins Palmeirinha • Turvo • Reserva do Iguaçu • Campina do Simão • Goioxim

Movimento Serra de Turvo participa de encontro em Aparecida (SP)

Centenas de pessoas participam da Festa Anual do Santuário Passo da Reserva

Todos os anos, milhares de pessoas de todo o país se reúnem no Santuário Nacional de Aparecida, em São Paulo, para discutir o andamento dos grupos no Brasil.

O local é um dos mais visitados do Paraná e pertence à paróquia Nossa Senhora de Belém, em Reserva do Iguaçu. Todos os anos, centenas de pessoas participam da festa que é realizada em dezembro.

Integrantes do Movimento Serra da paróquia Nossa Senhora Aparecida, em Turvo, participaram, de 18 a 20 de novembro, em Aparecida, São Paulo, do encontro “Convenção Nacional Serra do Brasil”. O grupo de nove pessoas foi em romaria ao Santuário Nacional e, segundo o presidente, Eugênio Pereira Couto, a participação foi muito importante pela troca de experiências entre pessoas de diversas partes do Brasil e também de outros países. Eugênio considera o evento como uma forma de agradecer e de rezar pelas vocações em todo o mundo, proposta principal do Movimento Serra. “Não foi uma simples romaria, mas sim, um encontro vocacional. Tivemos grandes momentos de agradecimento por tudo o que recebemos este ano e também fizemos pedidos para que as famílias,

as pessoas, de um modo geral, tenham trabalho, oportunidades e que estejam sempre prontas a atender aos chamados vocacionais”, destacou o presidente. Todos os anos, milhares de pessoas de todo o país se reúnem no Santuário Nacional de Aparecida, em São Paulo, para discutir o andamento dos grupos no Brasil. Os participantes assistem a palestras e trocam experiências sobre as diversas realidades do Movimento Serra em suas regiões de atuação.

PRUDENTÓPOLIS: Milhares de pessoas participam do encerramento do Ano Santo da Misericórdia O vigário geral da diocese, padre Acácio Evêncio de Oliveira, representou o bispo diocesano, Dom Antônio Wagner da Silva, que tinha outro compromisso naquela ocasião e não pôde participar. Mais de três mil pessoas participaram do retiro de conclusão das atividades do Ano Santo da Misericórdia em Prudentópolis, no último dia 04 de dezembro. As celebrações em nível paroquial motivaram grande parte da população que, conforme destacou o pároco, padre Joelcio Saibot, da Congregação da Missão Província do Sul (CMPS), foram momentos intensos de devoção, partilha e agradecimento pela oportunidade de poder celebrar, juntamente com o Vaticano, o Ano Santo da Misericórdiaa e também o Jubileu de Ouro da diocese de Guarapuava. “Durante todo o ano, realizamos quatro Retiros da Misericórdia para os setores missionários. Em média, em cada um desses Retiros, mil e duzentas pessoas participaram. O número é muito expressivo e isto motivou toda a paróquia para que o evento de conclusão dos trabalhos fosse ainda mais significativo. O momento é de agradecimentos por tantas graças alcançadas no ano de 2016”, grifou o pároco. Padre Joelcio também explicou que em preparação para o Retiro do dia 04 de dezembro, a paróquia promoveu a Novena da Misericórdia. Conforme completou, todas as casas foram visitadas pelos missionários e cada família recebeu destes, um convite especial para participar do encerramento das atividades. Além do convite, os moradores visitados também foram presenteados com um quadro de Jesus Misericordioso. “Os trabalhos missionários foram muito satisfatórios, pois conseguimos envolver toda a nossa comunidade que se uniu por uma causa maravilhosa, a prática da misericórdia. Em cada capela por onde a missão passou, foi plantada uma árvore da espécie

Bougainville, que se torna frondosa em pouco tempo e floresce, aqui no Brasil, no mês de dezembro. As árvores plantadas simbolizam o Ano da Misericórdia e figuram como um marco desta data. Um verdadeiro presente de Natal. No dia 04 de dezembro, durante o fechamento da Porta Santa, cada pessoa recebeu uma chave, simbolizando Jesus Misericordioso, destacando que o acesso ao coração de Cristo é fácil, basta que cada um queira”; comemorou padre Joelcio. A alimentação para os participantes foi oferecida gratuitamente, o que, conforme destaca a organização promoveu a alegria e a partilha entre todos. Vários padres participaram do encerramento dos trabalhos. O provincial da Congregação, padre Odair Miguel dos Santos também esteve presente e elogiou a atitude dos participantes que, segundo ele, foram os responsáveis diretos para que a “grande festa da Misericórdia” pudesse ser realizada. O vigário geral da diocese, padre Acácio Evêncio de Oliveira, representou o bispo diocesano, Dom Antônio Wagner da Silva, que tinha outro compromisso naquela ocasião e não pôde participar.

No último dia 11 de dezembro, a comunidade de Passo da Reserva, em Reserva do Iguaçu, celebrou mais uma edição de sua Festa Anual. As comemorações começaram ainda no sábado, dia 10, quando dezenas de cavaleiros participaram da segunda edição da Tropeada da Fé. Este ano, conforme destacou o pároco da paróquia Nossa Senhora de Belém, local ao qual a comunidade pertence, padre Elizeu Nahm, a tropeada foi ainda maior do que em 2015. “Desta vez, mais de cem tropeiros participaram e a chuva não atrapalhou em nada o evento. Foram momentos intensos de muita devoção. Algumas pessoas, moradoras do município de Mangueirinha, ficaram dois dias na estrada, em uma caminhada motivada pela fé. Tivemos a presença de pessoas de Lunardelli, no Noroeste do Paraná. Sinto-me agradecido por tudo”, destacou padre Elizeu. Os tropeiros, levando a imagem de Nossa Senhora Aparecida, pernoitaram na Estância Tapera e continuaram o trajeto no domingo cedo, às 07 horas. Enquanto isso, no Santuário, às 09 horas, houve a oração do terço. Às 09h30, a comunidade acolheu os romeiros e também os tropeiros, numa grande festa. Às 10

horas, uma missa foi celebrada, reunindo centenas de pessoas de toda a região. Ao meio dia, foi servido um almoço comunitário e, às 13h30 foi realizado um show musical com o grupo Estância Divina. Às 15 horas, como em anos anteriores, foi celebrada “A Hora da Misericórdia”, um momento de oração e devoção à padroeira do Brasil e também daquela comunidade, Nossa Senhora Aparecida. Depois, a festa prosseguiu até o início da noite. “Temos a graça de, todos os anos, reunir centenas de pessoas para nossa festa no santuário de Passo da Reserva. Muita gente nova chegando e isto nos alegra e muito. É um verdadeiro presente de Natal. Muito obrigado a todos os que participaram”, comemorou padre Elizeu.

SOBRE O SANTUÁRIO

O Santuário do Passo da Reserva é um dos lugares de turismo religioso mais visitado do Paraná. Em dias de festa, caravanas de várias regiões chegam até o local que é repleto de belezas naturais e tem

uma história fascinante. Muitos romeiros vão agradecer a Nossa Senhora Aparecida por graças alcançadas e outros, em procissão, renovam seus pedidos e votos de devoção à Virgem.


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Janeiro e Fevereiro - 2017

Decanato Pitanga

Pitanga • Palmital • Barra Santa Salete • Cândido de Abreu • Rosário do Ivaí • Nova Tebas • Mato Rico Altamira do Paraná • Santa Maria D’Oeste • Laranjal • Boa Ventura de São Roque • Rio Branco do Ivaí • Manoel Ribas

Funcionários das paróquias do decanato Paróquia de Cândido de Abreu encerra curso Pitanga realizam viagem de confraternização de Teologia Bíblica do Novo Testamento O encontro promoveu descontração e união entre os funcionários das Ao final da missa, que foi celebrada na Matriz, houve a entrega oficial paróquias do decanato Pitanga, conforme contaram os participantes. dos certificados de conclusão do curso aos participantes.

No último dia 23 de novembro, os funcionários do decanato Pitanga, que pertence à diocese de Guarapuava, realizaram uma viagem de confraternização até o parque Beto Carrero World, na cidade de Penha, em Santa Catarina. Conforme contaram, foram oito horas de viagem até o local. Lá, os funcionários participaram de um o café da manhã que foi servido dentro do ônibus. Depois disso, o grupo foi ao parque e participou de muitos momentos de descontração e alegria, segundo contam. “Foi um dia inesquecível, onde todos conheceram muitas coisas novas com muita alegria e animação. Depois da saída do parque, passamos no litoral, para que todos apreciassem o mar antes de cada um retornar para a sua paróquia e para suas casas. Muitos viram o litoral pela primeira vez. Foi emocionante”, contou Daniel Nelson Cizanska, coordenador dos funcionários daquele decanato.

O padre Adalto José Bona, pároco da paróquia Nossa Senhora do Rosário, em Rosário do Ivaí, que também atua como assessor do decanato viajou com o grupo e animou os participantes. O sacerdote também promoveu momentos de espiritualidade, primando pela essência da fé, conforme grifaram os funcionários. “Agradeço a todos os funcionários do nosso decanato Pitanga pelo companheirismo e confiança e pelo padre Adalto José Bona que sempre está nos auxiliando. Mais um encontro realizado com essa equipe maravilhosa. Momento de lazer que nos une cada vez mais como Igreja e nos faz melhorar enquanto pessoa. Sempre há muita troca de experiências e isto é fundamental entre os funcionários. Que nossa Senhora de Belém continue cuidando de cada colaborador das paróquias da diocese de Guarapuava”, finalizou Daniel.

Uma missa celebrada no dia 14 de dezembro de 2016, em Cândido de Abreu, encerrou o Curso de Teologia Bíblica do Novo Testamento. Os trabalhos de formação que foram realizados na paróquia Nossa Senhora do Rosário, em Rosário do Ivaí e promovidos pela Faculdade Vicentina, começaram no dia 01 de agosto de 2016 e se encerraram no dia 03 de dezembro do mesmo ano. Dezesseis pessoas da paróquia Senhor Bom Jesus, em Cândido de Abreu concluíram o curso. Este ato, segundo o pároco daquela comunidade, padre Zdzislaw Nabialczyk, tem um significado muito positivo em se tratando de evangelização e de crescimento pastoral. Ao final da missa, que foi celebrada na Matriz, houve a entrega oficial dos certificados de conclusão do curso aos participantes.

Padre Zdzislaw disse ainda, que agora a proposta é incentivar às dezesseis pessoas formadas a disseminarem os conhecimentos adquiridos junto à comunidade, através de cursos e encontros de formação. “A proposta agora é incentivar a promover a formação bíblica junto às comunidades. Todo o conteúdo adquirido no curso, será repassado por essas dezesseis pessoas. Durante todo o ano de 2017, trabalharemos muito com as comunidades e pastorais. Uma reunião, no mês de janeiro, marcará o início dos planejamentos. A partir de então, saberemos como proceder nesta nova fase da caminhada evangelizadora. Parabéns a todos pela conquista e que São Tomás de Aquino interceda pelo início deste trabalho de formação em nossa paróquia”, considerou Daniel Nelson Cizanska, integrante da Pastoral do Dízimo

Paróquia Senhor Bom Jesus em Cândido de Abreu promove assembleia Durante os trabalhos, foram dadas orientações para os Conselhos Comunitários sobre a formação dos mesmos. Na primeira semana de dezembro de 2016, a paróquia Senhor Bom Jesus, em Cândido de Abreu, promoveu mais uma edição da Assembleia Paroquial. O evento foi presidido pelo pároco local, padre Zdzislaw Nabialczyk. A presença das pessoas da comunidade foi maciça, conforme contou Daniel Nelson Cizanska, membro da Pastoral do Dízimo. As discussões foram em torno da reestruturação dos Conselhos Comunitários para o mandato de 2017-2018. No dia 05, a Assembleia foi realizada na Região Missionária Alto da Serra, na comunidade de Capinzal. No dia 06, os trabalhos se deram nas Regiões Missionárias de Sabugueiro e Ivaí, na comunidade Ubazinho II. A reunião do dia 07 foi com as Regiões Missionarias Centro e Faxinal na comunidade Matriz. Encerrando os

trabalhos, no dia 09 as Regiões Missionárias Areão e Três Bicos, desenvolveram atividades na comunidade Areão. Durante os trabalhos, foram dadas orientações para os Conselhos Comunitários sobre a formação dos mesmos. Assuntos tais como lideranças de pastorais e movimentos, taxas de repasses das capelas à Matriz e diocese, documentação dos terrenos e plantas das construções, notas fiscais e doações, investimento na Pastoral do Dízimo e cuidados em se promover festas e promoções na comunidade, foram aventados nas reuniões e discutidos amplamente, conforme grifam os organizadores. “Todos os assuntos levados às reuniões e discutidos com as pessoas das comunidades seguem as normas do Estatuto e Regimento da diocese de Guarapuava e também as orientações passadas pela

mitra diocesana. A Paróquia Senhor Bom Jesus parabeniza a todos, Conselhos e lideranças das comunidades pelo trabalho realizado nesses dois anos e agradece, desde já, às novas coordenações que atuarão nesses próximos dois anos. Nesse trabalho missionário, pastoral e evangelizador que cada paroquiano assume em sua comunidade, há a resposta positiva nos resultados obtidos. Muito obrigado a todos”, considerou Daniel.


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DECANATO PITANGA

Janeiro e Fevereiro - 2017

Paróquia Nossa Senhora do Perpétuo Socorro destaca atividades recentes Fechando o ano de 2016, muitos foram os momentos de oração, orientação e partilha realizados na paróquia Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, bairro Pitanguinha, em Pitanga. PRESÉPIO EXPLICADO

Com o intuito de promover a interação entre as pessoas da comunidade, nas quatro semanas do Advento, durante as celebrações, houve explicações sobre o presépio. Conforme contou o pároco local, padre Gilson José Dembinski. “A cada domingo, no início da missa as peças foram aos poucos sendo entronizadas na Igreja. Em seguida, foi explicado o sentido de tais peças. Por fim, na noite de Natal foi realizada e entronização da imagem do Menino Jesus. Acreditamos que dessa forma, as pessoas vão entender melhor a lição. Com isso, durante todo o período do Advento, houve uma verdadeira catequese sobre o presépio, fazendo com que cada um descubra sua riqueza e o significado de cada peça que faz parte do mesmo”, explicou o pároco.

PAPAI NOEL E SÃO NICOLAU

Objetivando resgatar o verdadeiro sentido da troca de presentes durante o Natal, a paróquia Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, no bairro Pitanguinha, em Pitanga, promoveu uma celebração em homenagem a São Nicolau e explicou sobre seus feitos e também sobre a lição de vida deixada pelo bispo da diocese de Mira, na Turquia, no Século III. São Nicolau é conhecido e reverenciado pela caridade prestada em favor dos mais pobres. Durante as missas do Advento, a história do bispo que se tornou santo, foi contada de forma lúdica e dramatizada pelas pessoas da comunidade. “A lenda de Papai Noel, como temos hoje, foi desenvolvida por um publicitário que prestava serviços para a empresa fabricante do refrigerante Coca-Cola, por volta de 1930, nos Estados Unidos. Contudo, essa tradição e a troca de presentes no Natal têm sua inspiração na vida de São Nicolau, bispo de Mira. Santo que viveu no Século III e ficou conhecido pela sua lição de caridade e bondade para com todos. Sua vida inspirou a lenda de Papai Noel. Essa tradição, na origem, estava mais ligada à prática da caridade, conforme a vida do santo. Porém, hoje a lenda de Papai Noel adaptada para a publicidade, é voltada ao consumismo e exterioridade”, explicou padre Gilson.

NATAL FRATERNO

Durante o tempo do advento a paróquia Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, através das Operárias de Santa Rita, realizou a primeira edição da campanha Natal

ORIENTAÇÃO ÀS GESTANTES

Fraterno. O objetivo era montar mais de cem cestas com presentes e doces para as crianças carentes da comunidade. No dia 23 de dezembro, as voluntárias fizeram a entrega dos donativos às crianças da Vila Rural do município.

TRÍDUO DE SANTA LUZIA

De 09 a 11 de dezembro, a paróquia Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, do bairro Pitanguinha, em Pitanga, realizou o Tríduo de Santa Luzia. Conforme destacam os organizadores, o momento foi muito especial e promoveu a devoção e a partilha na comunidade. A realização dos Tríduos dos santos, fazem parte do projeto Evangelizando com os Tríduos. O intuito é o de rememorar a religiosidade popular. “A cada encontro, os participantes vivenciam momentos fortes de oração, reflexão e partilha e podem conhecer a história dos santos da Igreja. O projeto tem como meta a realização de Tríduos a cada dois meses, rezando, assim por um santo da escolha da comunidade”, explicou o pároco local, padre Gilson José Dembinski.

PÓS-GRADUAÇÃO

No último dia 17 de dezembro, os alunos do curso de pós-graduação em Teologia Bíblica e Ensino Religioso do decanato Pitanga, encerraram as atividades de 2016. Como confraternização, um almoço foi preparado para os estudantes. Tanto o encerramento quanto as aulas do curso promovido pala Faculdade Vicentina, foram realizados na Casa de Formação São José Freinademetz. No total, são 52 os alunos, de diversas paróquias do decanato e também da cidade de Guarapuava. Este é o primeiro curso de Bíblia na diocese de Guarapuava, em nível de pós-graduação. Sua conclusão será em dezembro de 2017.

CURSO DE “MARIOLOGIA” E “SIMPÓSIO DE TEOLOGIA”

O decanato Pitanga prepara a realização do curso de Mariologia e também o Simpósio de Teologia para o ano de 2017. As aulas serão em nível de extensão universitária e serão oferecidas em parceria com a Faculdade Vicentina. “Vamos oferecer o curso de Mariologia, uma vez que em 2017, celebramos, em todo o mundo, o Ano Mariano. Para a segunda quinzena de julho, a escola de formação do decanato vai realizar o primeiro Simpósio de Teologia, com o tema ‘Inteligência Espiritual’, em parceria com o Instituto Micael, da cidade de Cascavel”, detalhou o padre Gilson José Dembiski, pároco da paróquia Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, em Pitanga.

TEOLOGIA BÍBLICA DO NOVO TESTAMENTO

Mais de 200 leigos do decanato Pitanga concluíram o curso de Teologia Bíblica do Novo Testamento, no último dia 03 de dezembro. As aulas que foram uma iniciativa da Escola de Teologia do decanato Pitanga e tiveram por objetivo a melhor compreensão em se tratando do Novo Testamento, com foco na relação do mesmo com os dias atuais. O curso foi em nível de extensão universitária e os encontros foram realizados na paróquia Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, bairro Pitanguinha, em Pitanga. O coordenador do curso e pároco daquela comunidade, padre Gilson José Dembinski, que ministrou as aulas de “Bíblia e Ação Pastoral”, fez o encerramento das atividades e agradeceu aos participantes pela presença e também pela perseverança no decorrer dos trabalhos. Ao meio dia, todos participaram de um almoço festivo. A entrega dos certificados foi realizada em cada paróquia, em parceria com a Faculdade Vicentina. No total, 207 leigos receberam os certificados em todo o decanato.

Em uma ação inovadora e humana, a Pastoral do Batismo da paróquia Nossa Senhora do Perpétuo Socorro do bairro Pitanguinha, em Pitanga, optou por substituir o curso de pais e padrinhos pela orientação às gestantes, promovendo visitas nas casas. Com isso, segundo os integrantes da Pastoral, acredita-se que haverá melhor acolhida das pessoas e o ato possibilita orientar as gestantes sobre os diversos assuntos relacionados à família, à comunidade e ao bebê que irá nascer. “São muitas as vantagens dessa visita. A primeira vantagem é a acolhida das gestantes e a personalização do trabalho; a segunda é a orientação para boa escolha dos padrinhos, com antecedência. Outra vantagem ainda, diz-se da possibilidade de sanar dúvidas da gestante que possam existir e que ela, muitas vezes envergonhada, não falaria sobre o assunto em público, num grupo, por exemplo. Por fim, destacamos ainda a vantagem de facilitar a vida da pessoa que busca o batismo. A partir desta busca, podemos orientá-la sobre a caminhada que dever cumprir, em se tratando de Igreja. Com isso, cria-se vínculos com a comunidade. Agentes de saúde e Ministros Extraordinários da Eucaristia ajudam a localizar as gestantes e cadastrar cada uma delas para receber a visita”, destaca a Pastoral do Batismo em nota.

TURISMO RELIGIOSO

No último dia 18 de dezembro, o casal Aroldo Bertolini e Iolanda Bertolini, recebeu o envio para que possam formar a Pastoral do Turismo na paróquia Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, em Pitanga. As intenções, conforme destaca Aroldo, são as de fomentar o turismo religioso na região e também mostrar à população a importância de se preservar a tradição e os costumes locais. “Temos o intuito e a missão de mostrar a Igreja e aquilo de bonito que se realiza na comunidade, como forma de atrair visitantes, tocados por esta beleza. Vamos promover inúmeras iniciativas sempre dispostos a acolher os visitantes”, disse Aroldo. A cerimônia de envio foi realizada durante uma missa presidida pelo pároco daquela comunidade, padre Gilson José Dembinski.

Inaugurada nova Matriz em Santa Maria do Oeste A nova igreja tem oitocentos metros quadrados e sua construção demorou três anos e meio. Uma missa em homenagem à padroeira e também à nova Matriz foi celebrada no dia 11 de dezembro de 2016. Durante a festa da padroeira, no último dia 11 de dezembro, a paróquia Santa Maria Imaculada Conceição em Santa Maria do Oeste, inaugurou e consagrou a nova Igreja Matriz daquela comunidade. Na ocasião, o vigário geral da diocese de Guarapuava e pároco da catedral Nossa Senhora de Belém, padre Acácio Evêncio de Oliveira, presidiu a missa de consagração, com a participação do pároco local, padre Casemiro Heupa. Também fez parte da celebração, o vigário da catedral, padre Agostinho Orlei Grande, que é natural daquele município. A igreja ficou lotada. Pessoas do município e também dos municípios vizinhos participaram do evento que lotou a nova Matriz. “Foi uma festa muito linda. Contamos com a presença de muitas pessoas do município e também de fora. Muitos foram os moradores que colaboraram na construção da nova igreja e isto foi muito gratificante. Sem a ajuda de cada um, nada teria sido possível”, destaca a secretaria paroquial, em nota.

OUTRA FESTA

Em março de 2016, em comemoração aos vinte e cinco anos de fundação da paróquia, uma grande celebração foi realizada. Naquela ocasião, os padres que trabalharam junto àquela comunidade foram homenageados pelos moradores. Estes destacaram a importância dos sacerdotes para todos daquele município. Os padres homenageados foram: Clemente Francisco Borecki, Agostinho Orlei Grande, Osmar Duarte, José Padilha, Sebastião Guina e o atual pároco, padre Casemiro Heupa. Também foram prestadas homenagens à Congregação dos Frades Menores Missionários e a outros sacerdotes que prestaram serviços junto àquela comunidade. “Durante os vinte e cinco anos de fundação, nossa comunidade teve a construção de três igrejas. Com o empenho de toda a comunidade, o padre Casemiro idealizou o projeto de construção da nova Matriz. A igreja antiga precisou ser demolida, pois apresentava problemas estruturais. Em julho de 2013, foram começadas as obras da

nova igreja que teve sua construção concluída três anos e meio depois. O novo templo tem oitocentos metros quadrados e é uma das obras mais bonitas da cidade. Hoje, nos sentimos muito felizes por termos concluído mais este grandioso trabalho. Agradecemos de coração, a todos pelo apoio a este projeto”, conclui a nota.


Janeiro e Fevereiro - 2017

Círculos Bíblicos

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1º CÍRCULO BÍBLICO DO EVANGELHO DE MATEUS - A carteira de identidade de Jesus. - Quem é Jesus? Quem sou eu? - Mateus 1, 1-17 Preparando o ambiente: Levar fotos dos pais, avós... Lembrete: para um maior aproveitamento todos devem trazer a Bíblia. Canto • Boas vindas 1. ORAÇÃO INICIAL Coordenador (a): É bom estarmos aqui, reunidos numa só família. Que a graça, a paz e a misericórdia de Deus estejam em nosso meio. Todos: Bendito seja Deus que nos reúne no amor de Cristo. Coordenador (a): Somos irmãos e irmãs uns dos outros; saudemo-nos, então, no amor e na paz de Cristo (todos se cumprimentam). Obs: Se houver alguém que esteja participando do grupo pela primeira vez, seja acolhido com muita alegria e carinho; Canto (à escolha) Coordenador (a): Irmãos e irmãs, comecemos o nosso encontro invocando a Santíssima Trindade: Todos: Em nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo, Amém. Coordenador (a): Com fé, peçamos que o Espírito Santo venha ao nosso encontro com a sua luz e a sua sabedoria: Todos: Vinde Espírito Santo, enchei os corações de vossos fiéis, e acendei neles o fogo do vosso amor. Coordenador(a): Enviai o vosso Espírito, Senhor e tudo será criado, e renovareis a face da terra. Coordenador (a): Oremos: Ó Deus, que instruístes os corações de vossos fiéis com a luz do Espírito Santo, fazei que apreciemos retamente todas as coisas, Segundo o mesmo espírito, e gozemos sempre de sua consolação. Por Cristo, nosso Senhor, amém. 2. OLHANDO A PRÁTICA DA COMUNIDADE Animador: Neste primeiro Círculo vamos meditar sobre o início, a entrada do Evangelho de Mateus. O evangelista apresenta uma lista de nomes dos antepassados para

chegar a apresentar quem é Jesus... Nas nossas carteiras de identidades também constam nosso nome, o nome de nossos pais; nossas origens. Vamos conversar sobre isto: 1. Quando me apresento, o que digo de mim mesmo? 2. Quando me apresento, falo da minha família? O que sei a respeito dela? 3. OLHANDO A PRÁTICA DE JESUS Leitor: Durante a leitura vamos prestar atenção nos nomes estranhos, difíceis de pronunciar. Sobretudo prestemos atenção em quantas e quais são as mulheres que aparecem na lista dos antepassados de Jesus. • Canto de aclamação • Leitura do texto: Mateus 1, 1-17 ( Proclamar o texto duas vezes) • Momento de silêncio para retomar o texto lido (espontaneamente cada pessoa poderá ler novamente a frase que mais chamou atenção). 4. LEITURA ORANTE a) Meditação: o que me diz? Refletir e aprofundar para aplicar o texto na realidade de hoje. b) Contemplação: momento para ver a realidade com os olhos de Deus. Em silêncio mergulhar no mistério de Deus revelado no texto. c) Ação: o que o texto me leva a viver? O grupo ou cada pessoa particularmente pode assumir algum gesto concreto. 5. oração da comunidade Momento das Preces: O que este texto nos faz dizer a Deus? Colocar em forma de prece, de maneira espontânea, tudo aquilo que refletimos sobre o Evangelho e sobre a nossa vida. Resposta: “Ajudai-nos, Senhor, a amar e a seguir Jesus!’’ Conclusão das Preces: Oração do Pai Nosso Oração do Salmo 08: ‘‘Hino ao criador!’’ (todos localizam o texto na Bíblia) 6. EM CASA E PARA O PRÓXIMO ENCONTRO Ler em casa a história das mulheres que aparecem na genealogia do Evangelho de Mateus: • TAMAR Gênesis 38, 1-30 e Deuteronômio 25,5-10; • RAAB –livro de Josué capítulo 02 e capitulo 06,22-25; • RUTE – ler os quatro capítulos do livro de Rute;

• MULHER DE URIAS CHAMADA BETSABEIA- ler os capítulos 11 e 12do segundo livro de Samuel • MARIA, MÃE DE JESUS- Mateus 1, 18-25 Preparar parar para o próximo encontro • Mateus 1, 18-25 ( levar diversas figuras, mulheres grávidas, figuras de Jesus) • Distribuir as tarefas/leitores: .............................................................................................. • Próximo encontro. Data:................................................... Local:..................................................................................... Oração final para todos os encontro (página) O animador conclui com a oração final Aprofundando o evangelho proclamado Ao ler o texto de hoje nos perguntamos: qual é a novidade deste texto? Na sociedade patriarcal dos judeus, as genealogias traziam somente nomes de homens. Elas serviam para mostrar a pureza da raça. Por isso, surpreendenos o fato de Mateus colocar cinco mulheres entre os antepassados de Jesus: Tamar, Raab, Rute, a mulher de Urias e Maria. Por que Mateus escolhe precisamente estas mulheres, omitindo outras que eram muito mais conhecidas na tradição bíblica? O que há de comum entre elas? Esta é a pergunta que ele quer deixar na nossa cabeça. Foi através delas que Deus realizou seu plano e enviou o Messias prometido. Realmente, o jeito de agir de Deus surpreende e faz pensar! Mateus deixa claro qual é a identidade de Jesus: ele é o Messias, filho de Davi e filho de Abraão. Como descendente de Davi, Jesus é a resposta de Deus às expectativas do povo judeu (2 Sm7, 12-16). Como descendente de Abraão, ele é uma fonte de bênção e de esperança para todas as nações do mundo. (Gn capítulos 12 e 13). Assim tanto o s judeus como os pagãos, que faziam parte das comunidades da Síria e da Palestina na época de Mateus, ambos podiam ver suas esperanças realizadas em Jesus. Fica-nos uma pergunta... E Maria? Por que ela fica ao lado destas quatro companheiras? Existe alguma irregularidade nela? A resposta desta pergunta vamos aprofundar no próximo Circulo Bíblico.

2º CÍRCULO BÍBLICO DO EVANGELHO DE MATEUS - Quem é Jesus para as Comunidades? - Mateus 1, 18-25 Preparando o ambiente: Colocar a figuras que cada um trouxe no espaço preparado. Lembrete: Para um maior aproveitamento todos devem trazer a Bíblia. Canto • Boas vindas 1. ORAÇÃO INICIAL Coordenador (a): É bom estarmos aqui, reunidos numa só família. Que a graça, a paz e a misericórdia de Deus estejam em nosso meio. Todos: Bendito seja Deus que nos reúne no amor de Cristo. Coordenador (a): Somos irmãos e irmãs uns dos outros; saudemo-nos, então, no amor e na paz de Cristo (todos se cumprimentam). Obs: Se houver alguém que esteja participando do grupo pela primeira vez, seja acolhido com muita alegria e carinho; Canto (à escolha) Coordenador (a): Irmãos e irmãs, comecemos o nosso encontro invocando a Santíssima Trindade: Todos: Em nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo, Amém. Coordenador (a): Com fé, peçamos que o Espírito Santo venha ao nosso encontro com a sua luz e a sua sabedoria: Todos: Vinde Espírito Santo, enchei os corações de vossos fiéis, e acendei neles o fogo do vosso amor. Coordenador(a): Enviai o vosso Espírito, Senhor e tudo será criado, e renovareis a face da terra. Coordenador (a): Oremos: Ó Deus, que instruístes os corações de vossos fiéis com a luz do Espírito Santo, fazei que apreciemos retamente todas as coisas, Segundo o mesmo espírito, e gozemos sempre de sua consolação. Por Cristo, nosso Senhor, amém.

2. OLHANDO PRÁTICA DA NOSSA COMUNIDADE Animador: Neste Círculo vamos meditar sobre o significado da pesoa de Jesus para a nossa vida. Descrevendo a origem de Jesus, Mateus nos comunica a Boa Notícia da presença de Deus no meio da comunidade. 1. Você sente a presença de Deus no dia-a-dia da sua vida? Quando e como? 2. Como você experimenta a presença de Deus na comunidade? 3. OLHANDO A PRÁTICA DE JESUS Leitor: O texto de hoje narra como José recebeu a notícia da gravidez de Maria e como o anjo indicou o nome a ser dado ao menino. Durante a leitura, vamos prestar atenção no que este texto nos informa sobre a pessoa de Jesus. • Canto de aclamação • Leitura do texto: Mateus 1, 18-25 ( Proclamar o texto duas vezes) • Momento de silêncio para retomar o texto lido. Em seguida, espontaneamente cada pessoa pode repetir a frase que mais chamou atenção. 4. LEITURA ORANTE a) Meditação: o que me diz? Refletir e aprofundar para aplicar o texto na realidade de hoje. b) Contemplação: momento para ver a realidade com os olhos de Deus. Em silêncio mergulhar no mistério de Deus revelado no texto. c) Ação: o que o texto me leva a viver? O grupo ou cada pessoa particularmente pode assumir algum gesto concreto. 5. ORAÇÃO DA COMUNIDADE Momento das Preces: O que este texto nos faz dizer a Deus? Colocar em forma de prece, de maneira espontânea, tudo aquilo que refletimos sobre o Evangelho e sobre a nossa vida. Resposta: ‘’Senhor, ajudai-nos a conhecê-lo melhor para melhor amarmos a Ti e a nosso próximo’’ Conclusão das Preces: Oração do Pai Nosso Oração do Salmo 72 (71): ‘‘O reino Messiânico!’’ (todos encontram o texto na Bíbia)

6. EM CASA E PARA O PRÓXIMO ENCONTRO • Mateus 4,12-25 • Podem trazer para este dia: barquinho, redes, num papel escrito o nome das pessoas que seguiram a Jesus conforme consta no texto) • Distribuir as tarefas/leitores: .............................................................................................. • Próximo encontro. Data:................................................... Local:..................................................................................... O animador conclui com a oração final Aprofundando o evangelho proclamado O filho de Maria recebe dois nomes: Jesus e Emanuel. Jesus significa “Javé salva”. A salvação não vem do que nós fazemos para Deus, mas do que Deus faz por nós. Emanuel significa “Deus conosco”. Na saída do Egito, no Êxodo, Deus desceu para junto do povo oprimido (Ex 3,8) e disse a Moisés: “Estou contigo!” (Ex 3,12), e desde aquele momento Deus nunca mais abandonou o seu povo. Quando Mateus usa a expressão: “Tudo isto aconteceu para se cumprir o que o Senhor tinha dito pelo profeta”. Mateus tem a preocupação de mostrar às comunidades que Jesus é realmente o Messias que vem realizar as profecias do Antigo Testamento. Ele toca aqui no ponto de maior tensão entre cristãos e judeus. Estes, a partir da Bíblia, diziam: “Jesus não é nem pode ser o Messias!”. Mateus, a partir da mesma Bíblia, responde e prova: “Jesus é realmente o Messias!” Diz que o anjo apareceu a José em sonho para discernir o que estava passando no seu coração e o que estava passando com Maria. Conforme a religião da época só se podia ver desvio da lei e pecado na situação da Maria. O Anjo traz uma mensagem e ajuda a perceber a ação de Deus na vida... Hoje, há muitos anjos e anjas que nos orientam na vida. Às vezes, eles atuam nos sonhos, outras vezes nas reuniões, nas conversas, nos Círculos Bíblicos, nos fatos da vida.

Pe. Gilson José Dembinski


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Círculos Bíblicos

Janeiro e Fevereiro - 2017

3º CÍRCULO BÍBLICO DO EVANGELHO DE MATEUS - O inicio da pregação de Jesus - A prática da comunidade - Mateus 4,12-25 Preparando o ambiente: Colocar numa mesa ilustrações de alguns pregadores, catequistas... Lembrete: para um maior aproveitamento todos devem trazer a Bíblia. Canto • Boas vindas 1. ORAÇÃO INICIAL Coordenador (a): É bom estarmos aqui, reunidos numa só família. Que a graça, a paz e a misericórdia de Deus estejam em nosso meio. Todos: Bendito seja Deus que nos reúne no amor de Cristo. Coordenador (a): Somos irmãos e irmãs uns dos outros; saudemo-nos, então, no amor e na paz de Cristo (todos se cumprimentam). Obs: Se houver alguém que esteja participando do grupo pela primeira vez, seja acolhido com muita alegria e carinho; Canto (à escolha) Coordenador (a): Irmãos e irmãs, comecemos o nosso encontro invocando a Santíssima Trindade: Todos: Em nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo, Amém. Coordenador (a): Com fé, peçamos que o Espírito Santo venha ao nosso encontro com a sua luz e a sua sabedoria: Todos: Vinde Espírito Santo, enchei os corações de vossos fiéis, e acendei neles o fogo do vosso amor. Coordenador(a): Enviai o vosso Espírito, Senhor e tudo será criado, e renovareis a face da terra. Coordenador (a): Oremos: Ó Deus, que instruístes os corações de vossos fiéis com a luz do Espírito Santo, fazei que apreciemos retamente todas as coisas, Segundo o mesmo espírito, e gozemos sempre de sua consolação. Por Cristo, nosso Senhor, amém.

2. OLHANDO A PRÁTICA DA NOSSA COMUNIDADE Leitor: Hoje vamos aprender o que e como Jesus fazia para colocar a Boa Nova do Reino presente na vida do povo. Descreve a prática de Jesus: caminhar, olhar conversar, chamar, percorrer, anunciar, ensinar, curar, visitar, expulsar, iluminar... 1. Como você descreve a prática missionária de sua comunidade? 2. O que nós fazemos para apontar a Boa Nova de Deus que já existe na vida do povo do nosso bairro, paróquia, comunidade? 3. OLHANDO A PRÁTICA DE JESUS Animador: Durante a leitura, fiquemos atentos para descobrir como o evangelista Mateus ajuda os leitores e leitoras a entender melhor a prática de Jesus. • Canto de aclamação • Leitura do texto: Mateus 4, 12-25 ( ler duas vezes o texto) • Momento de silêncio para retomar o texto lido. (Espontaneamente cada pessoa pode ler novamente a frase que mais chamou atenção). 4. LEITURA ORANTE a) Meditação: o que me diz? Refletir e aprofundar para aplicar o texto na realidade de hoje. b) Contemplação: momento para ver a realidade com os olhos de Deus. Em silêncio mergulhar no mistério de Deus revelado no texto. c) Ação: o que o texto me leva a viver? O grupo ou cada pessoa particularmente pode assumir algum gesto concreto. 5. ORAÇÃO DA COMUNIDADE • Momento das Preces: O que este texto nos faz dizer a Deus? Colocar em forma de prece, de maneira espontânea, tudo aquilo que refletimos sobre o Evangelho e sobre a nossa vida. • Resposta: “Que a tua Palavra, Senhor, seja luz para o nosso caminho!”

• Conclusão das Preces: Oração do Pai Nosso • Oração do Salmo 01: ‘‘Os dois caminhos”! (Todos pegam a Bíblia para leitura). 6. EM CASA E PARA O PRÓXIMO ENCONTRO • Mateus 4,12-25 • Podem trazer para este dia: barquinho, redes, num papel escrito o nome das pessoas que seguiram a Jesus conforme consta no texto) • Distribuir as tarefas/leitores: .............................................................................................. • Próximo encontro. Data:................................................... Local:..................................................................................... O animador conclui com a oração final Aprofundando o evangelho proclamado Todo o Evangelho de Mateus tem uma preocupação em mostrar que a salvação trazida por Jesus não é só para os judeus, mas para toda a humanidade. Na genealogia, o evangelista já indica a vocação universal de Jesus: como filho de Abraão ele é fonte de bênção para todas as nações do mundo (Mt 1,1.17) Na visita dos magos, vindos do Oriente, Mateus mostra que a salvação se dirige aos pagãos. Atraídos pela estrela, eles saíram à procura de Jesus (Mt 2,1-12). No texto deste Círculo, ele mostra como a luz brilha tanto na Galileia como fora das fronteiras de Israel, na Síria, na Decápode e no além-Jordão. As comunidades para as quais Mateus escreveu o seu Evangelho viviam numa situação de trevas e de muita angústia e tentação. Havia comunidades bem pequenas de duas ou três famílias (Mt 18,20). Elas não eram reconhecidas pelos irmãos judeus. Entrar na Comunidade trazia riscos de perseguição. Além disso, havia tensões internas muito fortes. Não era claro para elas qual o caminho a seguir. Havia muitas opiniões e tendências. Havia incertezas até sobre a pessoa do próprio Jesus. O texto de hoje ajudou as comunidades daquele tempo a enfrentar e superar as dificuldades.

4º CÍRCULO BÍBLICO DO EVANGELHO DE MATEUS - As Bem-Aventuranças - “Eu sou feliz é na Comunidade” - Mateus 5, 1-12 Preparando o ambiente: símbolos de felicidade, pobres... Lembrete: para um maior aproveitamento todos devem trazer a Bíblia. Canto • Boas vindas 1. ORAÇÃO INICIAL Coordenador (a): É bom estarmos aqui, reunidos numa só família. Que a graça, a paz e a misericórdia de Deus estejam em nosso meio. Todos: Bendito seja Deus que nos reúne no amor de Cristo. Coordenador (a): Somos irmãos e irmãs uns dos outros; saudemo-nos, então, no amor e na paz de Cristo (todos se cumprimentam). Obs: Se houver alguém que esteja participando do grupo pela primeira vez, seja acolhido com muita alegria e carinho; Canto (à escolha) Coordenador (a): Irmãos e irmãs, comecemos o nosso encontro invocando a Santíssima Trindade: Todos: Em nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo, Amém. Coordenador (a): Com fé, peçamos que o Espírito Santo venha ao nosso encontro com a sua luz e a sua sabedoria: Todos: Vinde Espírito Santo, enchei os corações de vossos fiéis, e acendei neles o fogo do vosso amor. Coordenador(a): Enviai o vosso Espírito, Senhor e tudo será criado, e renovareis a face da terra. Coordenador (a): Oremos: Ó Deus, que instruístes os corações de vossos fiéis com a luz do Espírito Santo, fazei que apreciemos retamente todas as coisas, Segundo o mesmo espírito, e gozemos sempre de sua consolação. Por Cristo, nosso Senhor, amém.

2. OLHANDO A PRÁTICA DA NOSSA COMUNIDADE Animador: Certo dia Jesus subiu num pequeno morro para que todos pudessem vê-lo e ouvi-lo. Sentado lá no alto e olhando o povo, ele disse: “Felizes os pobres!” Estas palavras de Jesus fazem a gente pensar e se perguntar: “O que é mesmo a felicidade? Quem é realmente feliz?” Conversemos sobre isto: 1. Todos queremos ser felizes. Todos! Mas todos somos felizes? Por que sim? Por que não? 2. Em sua opinião, quem é feliz hoje no Brasil? Qual o tipo de felicidade que o povo hoje procura? 3. OLHANDO A PRÁTICA DE JESUS Leitor: Durante a leitura, feche os olhos e faça de conta que você está no meio daquela multidão de pobres, olhando para Jesus e escutando a sua Palavra • Canto de aclamação • Leitura do texto: Mateus5, 1-12 (ler duas vezes) • Momento de silêncio para retomar o texto lido. (Espontaneamente cada pessoa pode repetir a frase que mais chamou atenção). 4. LEITURA ORANTE a) Meditação: o que me diz? Refletir e aprofundar para aplicar o texto na realidade de hoje. b) Contemplação: momento para ver a realidade com os olhos de Deus. Em silêncio mergulhar no mistério de Deus revelado no texto. c) Ação: o que o texto me leva a viver? O grupo ou cada pessoa particularmente pode assumir algum gesto concreto. 5. ORAÇÃO DA COMUNIDADE • Momento das Preces: O que este texto nos faz dizer a Deus? Colocar em forma de prece, de maneira espontânea, tudo aquilo que refletimos sobre o Evangelho e sobre a nossa vida. • Resposta: “Felizes os que ouvem a Palavra do Senhor! Felizes os que buscam a justiça e o amor! (Pode ser cantada a resposta).

• Conclusão das Preces: Oração do Pai Nosso • Oração do Salmo 03: ‘‘Confiança na proteção divina”! (Todos procuram o texto na sua Bíblia) O animador conclui com a oração final Aprofundando o evangelho proclamado Neste texto Mateus apresenta oito portas de entrada do Reino. São oito categorias de pessoas, oito portas de entrada para o Reino, para a Comunidade. Não há outras entradas! Quem quiser entrar terá que identificar-se com uma destas oito categorias. Os pobres em espírito

Deles é o Reino dos Céus

Os mansos

Herdarão a terra

Os aflitos

Serão consolados

Os com fome e sede de justiça

Serão saciados

Os misericordiosos

Obterão misericórdia

Os de coração limpo

Verão a Deus

Os promotores da paz

Serão filhos de Deus

Os perseguidos por causa da justiça

Deles é o Reino dos Céus

O que quer dizer pobre em espírito? Jesus reconhecia a riqueza e o valor dos pobres (Mt 11, 25-26) Definiu que a sua própria missão era “anunciar a Boa Nova aos pobres” ( Lc 4, 18). Ele mesmo vivia como pobre. Não possuía nada para si, nem mesmo uma pedra para reclinar a cabeça (Mt 8,18). E a quem queria segui-lo ele mandava escolher: ou Deus ou o dinheiro (Mt 6,24)! Então, o Pobre em Espírito quem é? É o pobre que tem este mesmo Espírito de Jesus! Não é o rico. Nem é o pobre com cabeça de rico. Mas é o pobre que diz: “Eu acredito que o mundo será melhor quando o menor que padece acreditar no menor!”

Pe. Gilson José Dembinski


Reflexões Dominicais

Janeiro e Fevereiro - 2017

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5º Domingo do Tempo Comum

6º Domingo do Tempo Comum

05 de fevereiro de 2017

12 de fevereiro de 2017

Is 58, 7-10 | 1Cor 2, 1-5 | Mt 5, 13-16

Eclo 15, 16-21 | 1Cor 2, 6-10 | Mt 5, 20-22a.27-28.33-34a.37

No evangelho (Mt 5, 13-16) o Senhor fala-nos da nossa responsabilidade perante o mundo: Vós sois o sal da terra… Vós sois a luz do mundo. E diz isso a cada um de nós, àqueles que queremos ser seus discípulos. Jesus proclama-se luz do mundo (Jo 9, 5). Hoje Ele nos diz: “Vós sois a luz do mundo. ” Só poderemos iluminar se tivermos sido iluminados por Cristo. Jesus acrescenta que não se acende uma lâmpada para colocá-la debaixo de um alqueire, mas no candelabro para que brilhe para todos os que estão na casa. Jesus diz mais: “A vossa luz brilhe diante dos homens, para que, vendo as vossas boas obras, glorifiquem o vosso Pai que está nos céus. ” Portanto, a maneira concreta de sermos luz do mundo é pelas boas obras. O sal dá sabor aos alimentos, torna -os agradáveis, preserva da corrupção e era, no passado, um símbolo da sabedoria divina. No Antigo Testamento, prescrevia-se que tudo que se oferecesse a Deus devia estar condimentado com sal (cf. Lv 2, 13), para significar o desejo de que a oferenda fosse agradável. A luz é a primeira obra da criação (Gn 1, 15), e é o símbolo do Senhor, do Céu e da Vida. As trevas, pelo contrário, significam a morte, o inferno, a desordem e o mal. Os discípulos de Cristo são o sal da terra: dão um sentido mais alto a todos os valores humanos, evitam a corrupção, trazem com as suas palavras a sabedoria aos homens. São também luz do mundo, que orienta e indica o caminho no meio da escuridão. Quando os cristãos vivem segundo a sua fé e têm um comportamento irrepreensível e simples, brilham como astros no mundo (Fil 2, 15), no meio do trabalho e dos seus afazeres, na sua vida normal. Cristo deixou-nos a sua doutrina e a sua vida para que os homens encontrassem o sentido da sua existência e achassem a felicidade e a salvação. “Assim brilhe a vossa luz diante dos homens…” E para isso é necessário, em primeiro lugar, o exemplo de uma vida reta, a pureza de conduta, o exercício das virtudes humanas e cristãs na vida simples de todos os dias. A luz, o bom exemplo, deve abrir caminho. Perante a onda de materialismo e de sensualidade que sufoca os homens, o Senhor “quer que das nossas almas saia outra onda – branca e poderosa, como a

mão do Senhor –, que afogue com a sua pureza a podridão de todo o materialismo e neutralize a corrupção que inundou o mundo: é para isso que vêm – e para mais – os filhos de Deus”: para levar Cristo a tantos que convivem conosco, para que Deus não seja um estranho na sociedade. Transformaremos verdadeiramente o mundo – a começar por esse pequeno mundo em que se desenvolve a nossa atividade – na medida em que o ensinamento começar com o testemunho da nossa própria vida. O exemplo prepara a terra em que a palavra frutificará. Sem cairmos em atitudes grotescas, impróprias de um cristão corrente, podemos mostrar ao mundo o que significa seguir verdadeiramente o Senhor na tarefa cotidiana, tal como fizeram os primeiros cristãos. São Paulo dizia aos cristãos de Éfeso: Eu vos exorto a que leveis uma vida digna da vocação à qual fostes chamados. Devemos ser conhecidos como homens e mulheres leais, simples, verazes, alegres, trabalhadores, otimistas; devemos comportar-nos como pessoas que cumprem retamente os seus deveres e que sabem atuar a todo o momento como filhos de Deus, que não se deixam arrastar por qualquer vento. A vida do cristão constituirá então um sinal claro da presença do espírito de Cristo na sociedade. Por isso devemos refletir e perguntarnos com frequência se os nossos colegas de trabalho, os nossos familiares e amigos se veem levados a glorificar a Deus quando presenciam as nossas ações, porque veem nelas a luz de Cristo. Seria um bom sinal de que em nós há luz e não escuridão, amor a Deus e não tibieza. Disse o Papa João Paulo II: “Ele tem necessidade de vós. De alguma forma vós lhe emprestais os vossos rostos, o vosso coração, toda a vossa pessoa, na medida em que vos entregais ao bem dos outros e vos tornais servidores fiéis do Evangelho. Então é o próprio Jesus a ficar bem; mas se fordes fracos e vis, obscureceis a sua autêntica identidade e não o honrareis”. Não percamos nunca de vista esta realidade: os outros devem ver Cristo no nosso comportamento diário simples e sereno.

Seminaristas: Everton Pavilaqui, Felipe Geraldo Madureira, Herick Rogger Pinchesk, Jacir dos Santos, Marinaldo Cheliga e Rodrigo Campanharo.

A liturgia de hoje garante-nos que Deus tem um projeto de salvação para que o homem possa chegar à vida plena e propõe-nos uma reflexão sobre a atitude que devemos assumir diante desse projeto. Percebemos na primeira leitura retirada do livro do Eclesiástico, o tema da opção entre dois caminhos – o caminho da vida e da felicidade e o caminho da morte e da desgraça – é um tema caro à teologia tradicional de Israel. A questão fundamental que aqui nos é posta é esta: existem caminhos diversos, opções várias, que dia a dia nos interpelam e desafiam. Em cada momento, corremos o risco da liberdade, assumimos o supremo desafio de escolher o nosso destino. Sentimos essa responsabilidade e procuramos responder ao desafio, ou passamos a vida a encolher os ombros e a deixar-nos ir na corrente, ao sabor das modas, do “politicamente correto”, aceitando que sejam os outros a impor-nos os seus esquemas, os seus valores, a sua visão das coisas? Uma proposta leva à vida e a felicidade. Quem quiser ir por aí, tem de seguir os “sinais” (mandamentos) com que Deus delimita o caminho que leva à vida. Percorrer esse caminho implica, evidentemente, viver numa escuta permanente de Deus, num diálogo nunca acabado com Deus, numa descoberta contínua das suas propostas. Esforço-me por viver na escuta de Deus e por descobrir os “sinais” que Ele me deixa? A outra proposta leva à morte. É o caminho daqueles que escolhem o egoísmo, a autossuficiência, o orgulho, o isolamento em relação a Deus e às suas sugestões. Ao fechar-se em si e ao ignorar as propostas de Deus, o homem acaba por escolher os seus interesses e por manipular o mundo e os outros homens, introduzindo desequilíbrios que geram injustiça, miséria, exploração, sofrimento, morte. Talvez nenhum de nós escolha, conscientemente, este caminho; mas o orgulho, a ambição, a vontade de afirmar a nossa independência e liberdade, podem levar-nos (mesmo sem o notarmos) a passar ao lado dos “sinais” de Deus e a ignorá-los, resvalando por atalhos que vão dar ao egoísmo, ao fechamento em nós. Em cada dia que começa, é preciso fazer o balanço do caminho percorrido e renovar as nossas opções.

• Este texto levanta, também, a questão da liberdade. A Palavra de Deus que aqui nos é proposta deixa claro que Deus nos criou livres e que respeita absolutamente as nossas opções e a nossa liberdade. Deus não é um empecilho à liberdade e à realização plena do homem. Ele coloca-nos diante das diferentes opções, diz-nos onde elas nos levam, aponta o caminho da verdadeira felicidade e da realização plena e… deixa-nos escolher. No Evangelho de hoje percebemos também que os discípulos de Jesus são convidados a viver na dinâmica do “Reino”, isto é, a acolher com alegria e entusiasmo o projeto de salvação que Deus quis oferecer aos homens e a percorrer, sem desfalecer, num espírito de total adesão, o caminho que conduz à vida plena. “Não matar”, é, segundo Jesus, evitar tudo aquilo que cause danos ao meu irmão. Tenho consciência de que posso “matar” com certas atitudes de egoísmo, de prepotência, de autoritarismo, de injustiça, de indiferença, de intolerância, de calúnia e má língua que magoam o outro, que destroem a sua dignidade, o seu bem-estar, as suas relações, a sua paz? Tenho consciência que brincar com a dignidade do meu irmão, ofendê-lo, inventar caminhos tortuosos para o desacreditar ou desmoralizar é um crime contra o irmão? Tenho consciência que ignorar o sofrimento de alguém, ficar indiferente a quem necessita de um gesto de bondade, de misericórdia, de reconciliação, é assassinar a vida? Não podemos deixar, nunca, que as leis (mesmo que sejam leis muito “sagradas”) se transformem num absoluto ou que contribuam para escravizar o homem. As leis, os “mandamentos”, devem ser apenas “sinais” indicadores desse caminho que conduz à vida plena; mas o que é verdadeiramente importante, é o homem que caminha na história, com os seus defeitos e fracassos, em direção à felicidade e à vida definitiva. Que esta Liturgia celebrada nos inspire cada vez mais pela adesão à proposta do Reino de Deus e que a cada dia possamos fazer a sua Vontade. Que Maria Santíssima nos inspire neste caminho de santidade e adesão ao Projeto de Deus.

Seminaristas: Everton Pavilaqui, Felipe Geraldo Madureira, Herick Rogger Pinchesk, Jacir dos Santos, Marinaldo Cheliga e Rodrigo Campanharo.


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Reflexões Dominicais

Janeiro e Fevereiro - 2017

7º Domingo do Tempo Comum

8º Domingo do Tempo Comum

19 de fevereiro de 2017

26 de fevereiro de 2017

Lv 19, 1-2.17-18 | 1Cor 3, 16-23 | Mt 5, 38-48

Is 49, 14-15 | 1Cor 4, 1-5 | Mt 6, 24-34

“A RADICALIDADE DA VIDA NOVA EM JESUS CRISTO” A liturgia do sétimo Domingo do Tempo Comum convida-nos à santidade, à perfeição. Sugere que o “caminho cristão” é um caminho nunca acabado, que exige de cada homem ou mulher, em cada dia, um compromisso sério e radical (feito de gestos concretos de amor e de partilha) com a dinâmica do “Reino”. Somos, assim, convidados a percorrer o nosso caminho de olhos postos nesse Deus santo que nos espera no final da viagem. A primeira leitura é do livro do Levítico, que apresenta-se como um discurso de Iahweh, no qual este explica ao eu Povo o que deve fazer para viver sempre em comunhão com Deus. O texto começa com o refrão posto na boca de Deus: “sede santos porque Eu, o vosso Deus, sou santo”. A comunhão com o Deus santo exige que o Povo cultive, por sua vez, a santidade. Na “lei da santidade”, temos disposições que dizem respeito às mais variadas dimensões da vida; mas neste caso, em concreto, liga-se a questão da santidade com o comportamento “justo” para com os irmãos, membros da comunidade do Povo de Deus. Os membros do Povo santo são convidados a arrancar as raízes do mal que crescem no íntimo do homem, de forma a que nos seus corações não haja ódio, nem rancor contra o irmão. A expressão final “amarás o teu próximo como a ti mesmo” resume o comportamento que a santidade exige, quanto à vida fraterna. Na segunda leitura, estamos no contexto da comunidade cristã de Corinto. Depois de apresentar a sabedoria de Deus, revelada em Jesus Cristo e oferecida aos homens, Paulo constata que os coríntios ainda não acolheram essa sabedoria: mantêm-se na dimensão do homem carnal, imaturos na fé; cultivam as divisões e os conflitos, em contradi-

ção com o que Jesus lhes ensinou; correm atrás de mestres humanos como se eles tivessem a chave da felicidade e da realização plena. Ao viverem, ainda, de acordo com a “sabedoria do mundo”, os coríntios estão a ser infiéis à sua vocação: não dão testemunho de Deus e não o tornam presente no mundo. No evangelho, o contexto da leitura é o “discurso da montanha” e com a apresentação da “nova Lei” que deve conduzir a caminhada cristã. O primeiro exemplo que o Evangelho nos propõe, refere-se à chamada lei de talião: “olho por olho, dente por dente”. Em si, é uma lei razoável, destinada a evitar as vinganças excessivas. Jesus, no entanto, não se dá por satisfeito com uma lei que apenas limita os excessos na vingança, e propõe uma lógica inteiramente nova. Na sua perspectiva, não chega manter a vingança dentro de fronteiras razoáveis, mas é preciso acabar com a espiral de violência de uma vez por todas; para isso, Jesus propõe que os membros do “Reino” sejam capazes de interromper o curso da violência, assumindo uma atitude pacífica, de não resistência, de não resposta às provocações. Além disso, Jesus afirma que a Lei antiga recomendava: “ama o teu próximo e odeia o teu inimigo”. O amor ao próximo recomendado pela Lei havia adquirido, na época de Jesus, um sentido muito restrito: era o amor a esse próximo mais. Quando muito, o amor ao próximo atingia, na visão judaica, o compatriota. O pedido de Jesus apresenta, portanto, uma verdadeira novidade e exige uma autêntica revolução das mentalidades. Para Jesus, não chega amar aquele que está próximo, aquele a quem me sinto ligado por laços étnicos, sociais, familiares ou religiosos; mas o amor deve atingir todos, sem exceção, inclusive os inimigos. Fica, assim, abolida qualquer discriminação; são abatidas todas as barreiras que separam os homens.

Seminaristas: Everton Pavilaqui, Felipe Geraldo Madureira, Herick Rogger Pinchesk, Jacir dos Santos, Marinaldo Cheliga e Rodrigo Campanharo.

“A CONFIANÇA NA PROVIDÊNCIA” O Tempo Comum é o momento privilegiado de percorrer um itinerário na companhia de Jesus, aprender com ele através da escuta atenta de sua Palavra e esforçar-se por viver de acordo com os seus ensinamentos, que no Evangelho de hoje nos desafiam a confiar a nossa vida inteiramente a Deus e se preocupar com as coisas do Reino, que são as mais importantes e essenciais. A primeira leitura é a experiência do abandono de Sião. Mas, nessa situação é que se reafirma o amor de Deus por seu povo. Ele jamais se esquece de seus filhos. Ainda que por um acaso uma mãe esqueça-se de seu filho de colo, Deus nunca esqueceria de nós. Ele está junto de seu povo o que afirma o poder salvador do Senhor. Os traços femininos que aparecem no texto são indicativos para compreensão. A analogia da mãe é, então, transferida para Sião. A abundância de filhos é indicativa da ideia hebraica de salvação, abundância de vida na terra de Israel. O que, de fato, nos interessa é perceber o incomparável amor de Deus por nós. O vínculo de amor que ele tem para conosco é incomparável e inquebrantável. Isso nos dá segurança, paz, conforto. Trata-se de uma força que não recebemos de qualquer um, mas do amor misericordioso do Pai. É esse amor de mãe, essa ternura que queremos sentir de Deus em nossas vidas, isto é, sentir-se no colo de Deus. Ele nos atrai e nos quer perto d’Ele. Como diz uma canção: “Até a ingratidão inflama seu amor. Um Deus apaixonado busca mim e a ti”. A segunda leitura fala do verdadeiro serviço dos administradores dos mistérios de Deus. Para a nobre tarefa se requer a fidelidade a Deus. A Ele cabe julgar e revelar o que está oculto. Pois os homens podem equivocar-se

e se equivocam com frequência. Mas, o motivo de tal julgamento é devido a deturpação do Evangelho. Por isso, Paulo evoca Jesus como juiz. A Ele cabe o julgamento último e definitivo sobre os mistérios de Deus e as pessoas que os administram. No entanto, Paulo afirma que sua consciência está tranquila e sujeita à autoridade mais alta do Senhor, que julga os corações de todos. Assim, mesmo seu papel como líder na comunidade, não lhe dá o direito de julgar. Ele não está simplesmente impondo suas convicções aos coríntios. Nem está sujeito a nenhum outro julgamento a não ser o de Deus. O Evangelho nos convida ao abandono à Providência divina. É valido lembrar que esta perícope se situa no final do Sermão sobre a montanha: Jesus senta e ensina. Em outras palavras o ensinamento de Jesus consiste em dar conselhos a respeito da busca cristã de santidade, que se resume em obediência a Deus para aquele que tem confiança e fé. Somos chamados neste Domingo a colocar toda a nossa confiança no Senhor. Além do mais, e está é a mensagem central do texto, aquele que se torna seguidor de Jesus não precisa se preocupar excessivamente com o que vestir ou o que comer. O melhor modo de evitar o perigo que as riquezas supõem é evitar a preocupação pelas coisas materiais. É não se tornar escravo da matéria, mas se preocupar com o essencial, e o Reino de Deus é o mais importante. Portanto, rezemos pedindo a Deus o dom de nos preocupar com as coisas essenciais, com a nossa família em primeiro lugar, com a nossa saúde, cuidemos dos valores que solidificam a comunidade cristã e que transforma a sociedade. Para que as nossas ansiedades sejam por uma causa sensata, isto é, por causa da concretização do Reino de Deus.

Seminaristas: Everton Pavilaqui, Felipe Geraldo Madureira, Herick Rogger Pinchesk, Jacir dos Santos, Marinaldo Cheliga e Rodrigo Campanharo.


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Reflexões Dominicais

Janeiro e Fevereiro - 2017

1º Domingo da Quaresma

2º Domingo da Quaresma

05 de março de 2017

12 de março de 2017

Gn 2, 7-9; 3, 1-7 | Rm 5, 12. 17-19 | Mt 4, 1-11

Gn 12, 1-4a | 2Tm 1, 8b-10 | Mt 17, 1-9

“NÃO TENTARÁS O SENHOR TEU DEUS”

A liturgia deste primeiro domingo da quaresma nos leva a uma reflexão fundamental sobre o destino do homem. É uma meditação religiosa, uma vez que põe em causa o justo relacionamento com Deus, libertando-o de duas concepções errôneas: A primeira, a de que o homem é escravo de forças naturais ou históricas; sua presença no mundo é fruto de um acaso que lhe pregou uma peça breve e cruel, dando-lhe a ilusão da felicidade e abandonando-a ao poder da morte. A segunda, o homem é árbitro absoluto de seu destino, senhor do bem e do mal, dominador das forças cósmicas, único protagonista da história. A primeira leitura nos fala que o homem é criatura de Deus, por ele modelado com amor, animado por seu sopro vital, colocado em um jardim onde tudo é ordem e harmonia, onde o diálogo com Deus é cheio de confiança e amor. Porém, os mesmos acabam desobedecendo ao Criador e esta ordem é quebrada, entrando o pecado no mundo. Na segunda leitura vemos que, com o pecado, entra a desordem: é a desconfiança da palavra de Deus, a tentativa de torna-se como Deus, definindose a si mesmo através do conhecimento do bem e do mal.

O resultado é a consciência da própria nudez, a incapacidade de dialogar com Deus e com os semelhantes, o sofrimento e a morte. No decorrer da história do povo de Israel, percebe-se que Deus retoma seu plano pacientemente; o povo judeu, ao qual promete a terra do repouso e do bem-estar, é submetido à mesma prova e cai, porque lhe falta confiança no Deus salvador, procura deuses mais imediatos e menos exigentes, estabelece alianças com os povos pagãos, supõe a proteção divina, mas não retribui com o amor filial. No Evangelho Cristo é conduzido pelo Espírito ao deserto para repetir a prova: nele se concentra a fidelidade de Deus a seu plano e a fidelidade do homem que lhe responde. Apoiando-se inteiramente na Palavra de Deus, Cristo sai vitorioso da provação; é uma antecipação da obediência incondicional do Filho bem-amado que se torna o primogênito da nova humanidade, fiel a Deus e chamado à sua intimidade. Portanto, todo o homem, como toda a geração e toda a comunidade, é chamado a reviver a mesma opção fundamental. “A mais temível tentação não é a que nasce da carne e do mundo, mas a que nasce de uma situação em que a bondade de Deus não entra no nosso campo de percepção” (Christian Duquoc).

Seminaristas: Everton Pavilaqui, Felipe Geraldo Madureira, Herick Rogger Pinchesk, Jacir dos Santos, Marinaldo Cheliga e Rodrigo Campanharo.

“LEVANTAI-VOS E NÃO TENHAIS MEDO” A liturgia deste segundo Domingo da Quaresma nós apresenta um caminho de escuta e obediência ao projeto do Senhor o qual seus discípulos devem seguir. No Evangelho, temos o relato da transfiguração de Jesus, no qual, aos discípulos desanimados e assustados, o Senhor fala: “Levantai-vos e não tenhais medo”, assim, entendemos que o caminho da vida não conduz ao fracasso, mas à vida plena. Já na primeira leitura vemos Abraão, homem de fé, modelo do crente que percebe o projeto de Deus e o segue de todo o coração. Na segunda leitura, há um apelo aos seguidores de Jesus, para que sejam empenhados e coerentes, testemunhas autenticas do Senhor. Na primeira leitura temos como tema central a interpelação de Deus a Abraão. O Senhor chamou Abraão, e o convidou a deixar a sua terra e a sua família para partir ao encontro de uma outra terra, e com este convite, aparece uma bênção e a promessa de a família de Abraão se tornar uma grande nação. Assim, vemos um exemplo perfeito desse mistério, sempre novo e sem explicação, chamado “vocação”. Pois, Abraão simplesmente se coloca a caminho, e tem sido, ao longo dos tempos, uma figura inspiradora para todos os crentes, um homem que encontra Deus, que está atento aos seus sinais e sabe interpretá -los e responde-los com obediência. Quanto a segunda leitura vemos uma exortação de Paulo a Timóteo, convidando-o a superar a sua juventude e timidez e a ser um modelo de fidelidade e de fortaleza no testemunho da fé. Nesse texto, o autor recorda a Timóteo o projeto salifico de Deus que, de forma gratuita, quer salvar os homens e chamá-los à santidade. Por isso, Timóteo e todos os outros são as testemunhas deste projeto de Deus e não podem ficar calados diante

do enfraquecimento da vida cristã que se constata nas comunidades; mesmo em meio as perseguições e dificuldades. No evangelho o episódio da transfiguração, constitui uma palavra de ânimo para os discípulos e também para todos os crentes, pois nela manifestase a glória de Jesus. Portanto, a questão fundamental expressa no episódio da transfiguração está na revelação de Jesus como o Filho amado de Deus, que vai concretizar o projeto salvador e libertador do Pai em favor dos homens através do dom da vida, da entrega total de si próprio por amor. Pela transfiguração de Jesus, Deus demonstra aos crentes de todas as épocas e lugares que uma existência feita dom não é fracassada mesmo se termina na cruz. Assim é importante percebermos que imediatamente ressoa do alto a voz do Pai que proclama Jesus seu Filho predileto, dizendo: “Ouvi-o” (v. 5). Este convite é para todos nós, discípulos de Jesus, que somos chamados a ser pessoas que ouvem a sua voz e levam a sério as suas palavras. E o Papa Francisco no exorta que para ouvir Jesus, “é preciso segui-lo, como faziam as multidões do Evangelho que iam atrás Dele pelas ruas da Palestina. E Jesus não tinha uma cátedra ou um púlpito fixo, mas era um mestre itinerante, que propunha os seus ensinamentos pelas ruas”. Portanto, o evangelho ensina que para o seguimento de Jesus é preciso por vezes nos apartar, subir a montanha num espaço de silêncio, para reencontrar a nós mesmos e entender melhor a voz do Senhor. Mas não podemos ficar ali! O encontro com Deus na oração nos impulsiona novamente a “descer da montanha” e voltar para baixo, na planície, onde encontramos muitos irmãos carregados de fadigas, precisando da nossa ajuda. E ai somos chamados a levar os frutos da experiência que fizemos com Deus, compartilhando com todos a graça recebida.

Seminaristas: Everton Pavilaqui, Felipe Geraldo Madureira, Herick Rogger Pinchesk, Jacir dos Santos, Marinaldo Cheliga e Rodrigo Campanharo.


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Reflexões Dominicais

Janeiro e Fevereiro - 2017

3º Domingo da Quaresma

4º Domingo da Quaresma

19 de março de 2017

26 de março de 2017

Êx 17, 3-7 | Rm 5, 1-2. 5-8 | Jo 4, 5-42

1Sm 16, 1b. 6-7. 10-13a | Ef 5, 8-14 | Jo 9, 1.6-9.13-17.34-38

“ESPERAR E CONFIAR NA PROVIDÊNCIA DIVINA”

Neste terceiro domingo da quaresma ao vislumbrarmos a liturgia vemos o convite que o livro do Êxodo nos faz, o convite a confiarmos na providencia divina, convite para não nos revoltarmos contra Deus, a revolta expressa o distanciamento do coração humano com o coração e com os desígnios divinos. No tempo quaresmal o apelo à conversão ressoa como um alerta para mudarmos de postura, uma postura de aproximação com Deus não de revolta, uma postura que pede a Deus a água que sacia e não que murmura contra o Senhor da Vida. Ele nos concede pela sua providencia aquilo que nos é propício no momento oportuno para saciar nossa sede, a sede de nossa existência que procura saciar-se e procura como Santo Agostinho que disse consciente da necessidade que o homem tem de saciar-se de Deus exclamou o seguinte pensamento: “Fizeste-nos para ti e inquieto está nosso coração, enquanto em não repousa em ti”. Assim é nossa vida uma constante busca de Deus, porém, nos desviamos quando queremos que nossa vontade prevaleça, que tudo seja do nosso jeito e não do jeito de Deus, quando queremos água no nosso momento e não temos a virtude da paciência de esperar pela providencia divina. Na carta de São Paulo aos romanos vemos continuar o apelo para que confiantes na providencia divina sigamos com os olhos fixos no Senhor, ele apesar de nossas fraquezas não se cansa de ir ao nosso encontro, de nos propor a salvação,

a ponto de doar sua vida pela salvação da humanidade. por isso, São Paulo recorda que é valioso manter a firme esperança em Deus, em consonância com este pensamento esta o salmo que pede para que nós não fechemos nosso coração, para que ouçamos a voz de Deus. E é o que Deus espera de nós confiança, esperança em sua palavra, pois, ele cumpre com as suas promessas, ele realiza a salvação prometida enviando seu filho para remissão da humanidade. ouvir a voz de Deus é obedecê-lo, é submeter-se à sua vontade, ao propósito de conversão, ao firme propósito de lançar-se nas mãos da providencia divina, do Deus que nos sacia com sua salvação. Peçamos a Deus com constância, com perseverante confiança que ele nos sacie, digamos nós ao Senhor “Senhor, Dá-me de beber”. A samaritana no Evangelho havia tido muitos maridos, tenhamos nós confiança somente em Deus, pois é o único que pode nos saciar, o único que pode providenciar o necessário para nós, o único que nos concede a verdadeira paz e felicidade. Ouçamos a voz de Deus, Jesus disse “Dá-me de beber”, que possamos dar ao Senhor a nossa vida em plena confiança, em plena doação, na esperança da salvação, sejamos nós dispensadores da esperança também para o próximo a fim de que encontrem a água que sacia, a fim de que encontrem Deus, pois somente dele vem a água da vida. E cultivemos o verdadeiro alimento, fazer e viver a vontade de Deus, que este seja nosso alimento que fortalece e sustenta nossa vida rumo à pátria celeste, rumo a Deus, o Senhor da vida.

Seminaristas: Everton Pavilaqui, Felipe Geraldo Madureira, Herick Rogger Pinchesk, Jacir dos Santos, Marinaldo Cheliga e Rodrigo Campanharo.

“EU CREIO SENHOR!” Caríssimos irmãos e irmãs o dia de hoje apresenta-se com um tom festivo. O chamamos de domingo laetare, isto é, o domingo da alegria. Esta discreta alegria nos revela que a Páscoa se aproxima cada vez mais. A liturgia de hoje nos convida a olharmos para o cego que pede a cura a Jesus Cristo A doença sempre foi motivo de sofrimento para homens e mulheres. Tanto que umas das coisas mais desejadas por todos é a saúde. Há doenças que nos deixam tristes, desanimados e, até perdemos a fé em Deus e a esperança da cura. Mas Deus quer nos curar, quer nos libertar do mal. O Papa Bento XVI, quando ainda era Cardeal Ratzinger disse: “Entre os sofrimentos, os provocados pela doença são uma realidade constantemente presente na história humana, tornando-se, ao mesmo tempo, objeto do profundo desejo do homem de se libertar de todo o mal”. Como vemos na passagem do Evangelho do Cego de Nascença, nem toda doença tem sua raiz no pecado. Os discípulos perguntaram a Jesus sobre o Cego de Nascença: “Mestre, quem pecou, este homem ou seus pais, para que nascesse cego”? Ao que Jesus respondeu: “Nem este pecou nem seus pais, mas é necessário que nele se manifestem as obras de Deus”. Jesus Cristo, através da cura do Cego de nascença, dá a conhecer aos homens seu poder e sua misericórdia. Jesus Cristo curou o cego da seguinte maneira: ao perceber que aquele homem era cego, Jesus ”cuspiu no chão, fez um pouco de lodo com a saliva e com o lodo ungiu os olhos do cego”. Depois pediu que o cego se lavasse na piscina de siloé. “O cego foi, lavou-se e voltou vendo”. Jesus usou o lodo ( mistura de terra do chão com saliva) para curar o cego. Certamente o cego seria curado de qualquer jeito, pois Jesus é poderoso para nos curar por um simples olhar. Mas nós pobres pecadores damos valor e cremos com mais facilidade naquilo que nossos sentidos experimentam. A Palavra de Deus diz: “O Verbo era a verdadeira luz que, vindo ao mundo, ilumina todo homem. Estava no mundo e o mundo foi feito por Ele, e o mundo não o reconheceu”.( Jo 1, 9-10) Mesmo diante do milagre realizado por Jesus ao curar o cego de nascença, os fariseus não creram em Jesus. Não creram n’Aquele que é a luz e que pode nos tirar de todo tipo de escuridão. Sobre esse fato disse assim o Papa João Paulo II: “Para quem encontra Jesus, não há meios termos: ou se reconhece necessitado d’Ele e da sua luz, ou passa sem Ele. Neste último caso, uma certa soberba impede tanto o que se julga justo diante de Deus, como o que se considera ateu, de se abrir à conversão autêntica”. Jesus Cristo não só cura a cegueira física, mas também a cegueira espiritual. O Papa Bento XVI esclareceu sobre a cegueira espiritual: “…deixemo-nos curar por Jesus, que pode doar-nos a luz de Deus! Confessemos as nossas cegueiras, as nossas miopias, e sobretudo as que a Bíblia ( Sl 18, 14) chama a grande falta: o orgulho”.

A nossa conversão passa necessariamente pela cura da nossa cegueira espiritual. As trevas interiores e que nos deixam cegos são os nossos próprios pecados. E os nossos pecados nos impedem de enxergar a Verdade e de nos deixarmos libertar por ela ( Jo 8, 32). “Jesus é verdadeiramente Deus, que, do mesmo modo que pode imediatamente dar vista a um cego, pode mais ainda dar a vista à alma, pode abrir os olhos interiores para conhecerem as Verdades supremas que dizem respeito à natureza de Deus e ao destino do homem. Por isso, a cura física do cego, que é depois causa da sua fé, torna-se símbolo da conversão espiritual”, ensinou o Papa João Paulo II. Após a cura do cego, houve muitos questionamentos por parte dos fariseus e de algumas pessoas do lugar. Principalmente por Jesus ter curado um cego num dia de sábado e mais ainda por ter curado um cego de nascença. Chamaram os pais do cego para confirmar a cura. Muitas vezes duvidamos da cura e do milagre que Jesus faz em nossa vida e não reconhecemos que foi o Senhor quem nos curou. Depois que expulsaram o que era cego daquele lugar, por ter sido curado por Jesus e proclamado essa cura, Jesus foi ao encontro desse homem e “perguntou-lhe: Crês no Filho do Homem? Respondeu ele: Quem é ele, Senhor, para que eu creia nele? Disse-lhe Jesus: Tu o vês, é o mesmo que fala contigo! Creio, Senhor, disse ele. E, prostrando-se, o adorou”. Quaresma é tempo de pedir ao Senhor para renovar a graça do Espírito Santo derramado em nosso batismo, como no Evangelho de domingo passado da Samaritana, em que Jesus ofereceu-lhe a Água Viva. É também o momento em que nós recordamos o sofrimento e a glória de Jesus Cristo, com Sua Morte e Ressurreição. Assim disse São Paulo: “Fomos, pois, sepultados com Cristo na sua morte pelo Batismo para que, como Cristo ressurgiu dos mortos pela glória do Pai, assim nós também vivamos uma vida nova”. ( Rm 6, 4) Há nessa leitura do Evangelho dois elementos significativos da cerimônia batismal: a profissão de fé, que devemos renovar nesse tempo, como o cego de nascença curado: “Creio, Senhor!; e a luz de Cristo que ilumina a vida deste homem a partir da cura da cegueira. O Papa Bento XVI orienta: “No Batismo somos libertados das trevas do mal e recebemos a luz de Cristo para viver como filhos da luz”. E o Papa continua: ”O milagre da cura é o sinal que Cristo, juntamente com a vista, quer abrir o nosso olhar interior, para que a nossa fé se torne cada vez mais profunda e possamos reconhecer n’Ele o nosso único Salvador. Ele ilumina todas as obscuridades da vida e leva o homem a viver como filho da luz”. Vamos concluir essa reflexão com as palavras do Papa João Paulo II: “A Quaresma constitui aquele tempo feliz em que pode cada um de nós, de modo especial, passar através da zona de luz. Luz potente, luz intensa, provém do Cenáculo, do Getsémani, do Calvário e enfim do Domingo da Ressurreição. Na luz pascal, na luz da Ressurreição, abre-se mais claramente o caminho para vencer o pecado e chegar à expiação, ao arrependimento, à remissão”

Seminaristas: Everton Pavilaqui, Felipe Geraldo Madureira, Herick Rogger Pinchesk, Jacir dos Santos, Marinaldo Cheliga e Rodrigo Campanharo.


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Janeiro e Fevereiro - 2017

Decanato Centro

Paróquias: Catedral Nossa Senhora de Belém • Santa Terezinha • Santa Cruz • Sant’Ana • Santuário Nossa Senhora Aparecida São João Bosco • Nossa Senhora de Fátima • Divino Espírito Santo • Santos Anjos • São Pedro e São Paulo • Bom Jesus Quase-Paróquia Nossa Senhora Perpétuo Socorro • São Luiz Gonzaga • Assunção de Nossa Senhora (Rito Ucraniano)

Paróquia Santos Anjos realiza torneio de Vôlei Fraterno

Segunda edição do JOAM na paróquia Nossa Senhora de Fátima reúne mais de cem participantes

Os jogos foram disputados no ginásio de esportes da paróquia, com maciça participação de pessoas não só do bairro São Cristóvão, mas de vários pontos da cidade, segundo a organização. Os retiros e acampamentos que visam à motivação dos adolescentes e jovens são amplamente incentivados pelo bispo diocesano Dom Antônio Wagner da Silva.

No último dia 11 de dezembro, a paróquia Santos Anjos, em Guarapuava realizou a primeira edição do Torneio de Vôlei Fraterno. O evento que foi destinado a mulheres de várias idades, na categoria máster, teve por objetivo arrecadar alimentos, brinquedos e outros donativos para o Natal da criança carente da comunidade. O torneio foi organizado pelo time feminino de vôlei da paróquia Santos Anjos. Os jogos foram disputados no ginásio de esportes da paróquia, com maciça participação de pessoas não só do bairro São Cristóvão, local ao qual a paróquia pertence, mas de vários pontos da cidade, segundo a organização. “Durante o dia todo, as pessoas se divertiram e celebraram a vida através do esporte. Foram momentos maravilhosos onde as mulheres, com seus times de vôlei, disputaram as partidas, sempre primando pelo lazer, pela descontração e também pela evangelização através do esporte”, descreve podre Reonaldo Pereira da Cruz, pároco local.

Os donativos arrecadados, conforme explicou padre Reonaldo, fizeram parte das cestas de Natal que foram distribuídas às famílias assistidas pelo Comitê Contra a Fome e a Miséria da paróquia. “Todos os anos, no período do Natal, incrementamos as cestas básicas que entregamos às famílias assistidas pela paróquia. Os donativos que recebemos dos times de vôlei fizeram grande diferença para aquelas pessoas que receberam o presente”, aclamou o pároco. Ao final do evento, as equipes vencedoras foram premiadas. A classificação geral dos times ficou a seguinte: 1° Lugar Santos Anjos; 2° Lugar Guerreiras da Fé; 3° Lugar Kairos. “O objetivo do torneio foi o de mostrar que o voleibol é um jogo em equipe e que todos devem contribuir igualmente para um bom desempenho nas disputas. Esporte é vida. O torneio foi realizado com sucesso. Parabéns a todas as equipes que participaram deste evento”; destacam os organizadores em nota.

Veja as notícias da diocese no site:

www.diopuava.org.br

De 08 a 11 de dezembro de 2016, a paróquia Nossa Senhora de Fátima, em Guarapuava, realizou a segunda edição do JOAM (Jovens e Adolescentes em Missão). O encontro que visa reforçar o aprendizado da catequese e também envolver os jovens e adolescentes nos trabalhos paroquiais, contou com mais de cem participantes. Na coordenação e desenvolvimento dos trabalhos, mais de cento e trinta pessoas colaboraram durante os dois dias do avento. O JOAM é um Retiro paroquial e seu foco principal é mostrar aos adolescentes e jovens que eles têm espaço e trabalho dentro das comunidades, mesmo depois que recebem o sacramento da crisma. Os retiros e acampamentos que visam à motivação dos adolescentes e jovens são amplamente incentivados pelo bispo diocesano Dom Antônio Wagner da Silva. De acordo com Dom Wagner, “é preciso que os adolescentes e jovens conheçam e se situem dentro das comunidades, ocupando, sem medo algum, os espaços nas diversas áreas de serviços”. Cleudimara Miranda Obal, conhecida como Dinha, atuou na coordenação das duas edições do acampamento, realizadas pela paróquia Nossa Senhora de Fátima e sublinhou a mudança para melhor na vida dos participantes. “Nas duas edições, participaram adolescentes e jovens do primeiro e segundo anos da crisma. Nesta edição, também participaram alguns jovens que foram crismados em abril de 2016. Contamos também com a presença de jovens de outras paróquias da diocese. Este trabalho envolveu muita gente da comunidade e muitos assuntos relativos aos jovens e adolescentes foram trabalhados nos quatro dias de retiro. Eu considero como um verdadeiro sucesso os resultados dos serviços, pois muitos dos participantes já atuam junto às

comunidades em vários setores, principalmente na catequese e nas missões”, grifou Dinha. Para a coordenadora, o objetivo para 2017 é realizar pelos menos mais duas edições do JOAM. Conforme o calendário paroquial, um dos acampamentos está previsto para o mês de abril e outro, para o mês de setembro. Os encontros, conforme aborda, são no sentido de motivar cada vez mais os jovens da paróquia Nossa Senhora de Fátima para que continuem a trabalhar em prol de quem mais precisa, sempre buscando a evangelização, a missão, a troca de experiências e a partilha como focos principais. “O JOAM é realizado em nível paroquial. Há sempre muitas tarefas a serem desenvolvidas e os jovens, em muitos momentos, precisam de direcionamentos para que saibam quais são estas tarefas e como fazê-las da forma correta. Nossos adolescentes e jovens já vêm de uma longa e bonita caminhada em se tratando de evangelização. Nos dia 22 e 23 de outubro de 2016, muitos deles participaram da Missão Paroquial Juvenil (MPJ). Naquela ocasião, mais de noventa destes jovens e adolescentes realizaram trabalhos missionários no distrito de Guairacá, visitando centenas de casas, rezando com as famílias e oferecendo apoio. Isto foi de grande valia em se tratando de crescimento pessoal e espiritual”, observou a coordenadora. No domingo, dia 11 de novembro, tanto os jovens e adolescentes quanto membros da equipe de serviço, foram recepcionados na Matriz, no bairro Primavera. A igreja ficou lotada, conforme destacam os organizadores e uma emocionante celebração encerrou os trabalhos. Na ocasião, alguns jovens que participaram do retiro deram seus depoimentos e disseram de como o Acampamento foi fator transformador em suas vidas.


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Janeiro e Fevereiro - 2017

Por Vanessa Pereira. Catequista e coordenadora da Pascom


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Janeiro e Fevereiro - 2017

Encontro com Coordenadores de Ramo e Área encerra atividades da Pastoral da Criança em 2016 Durante os três dias de encontro, um grupo de cerca de cinquenta pessoas participou de palestras e direcionamentos sobre os novos passos da Pastoral da Criança na diocese para os próximos anos. De 29 de novembro a 01 de dezembro, a Pastoral da Criança da diocese de Guarapuava promoveu um encontro com Coordenadores de Ramo e Área. O evento foi realizado na Casa de Líderes Nossa Senhora de Guadalupe, no bairro Santana. Cerca de cinquenta pessoas envolvidas com a Pastoral da Criança e que desempenham as funções de coordenadores marcaram presença no evento que teve início às 10 horas da manhã, com acolhida e recepção. Ao meio dia, foi servido um almoço. Logo depois, às 13h30, os coordenadores retornaram e participaram de uma animação com música e brincadeiras lideradas pelo integrante da Pastoral da Criança, Roberton Matos.

A coordenadora das atividades na diocese, Joceli Ramos Zeni também falou aos presentes às 14 horas e explanou sobre os assuntos que seriam tratados durante os três dias. Imã Clotilde Bonfim, da congregação Irmãs da Caridade Social, assessorou os trabalhos juntamente com outros convidados. Durante o evento que fechou as atividades da entidade na diocese de Guarapuava em 2016, houve diversas palestras e direcionamentos envolvendo os coordenadores no sentido de pontuar os novos passos da Pastoral da Criança a partir de agora, com foco nos desafios para os próximos anos. Partilha, celebração natalina e confraternização fizeram parte do encontro que foi encerrado ao meio dia de 01 de dezembro, com um almoço entre os presentes.

Líderes do Santuário Nossa Senhora da Salete, escolheram Ivone Scholten Borgert, como a nova coordenadora, na ocasião Iolanda Esser Hockler foi homenageada e incentivou a todos que continuem cuidando e mantendo viva a Pastoral da Criança.

Iluminados pela fé e pela esperança, seguimos enfrentando os desafios e celebrando a vida constantemente. Pois, “conhecer Jesus pela fé é a nossa alegria, segui-lo é uma graça e transmitir este tesouro aos demais é uma tarefa que o Senhor nos confia.” (Documento de Aparecida)

SERVIÇO

Em 2016, a Pastoral da Criança da diocese de Guarapuava celebrou trinta anos de trabalhos junto às paróquias e comunidades. No dia 22 de outubro último, uma grande festa foi realizada na Catedral Nossa Senhora de Belém, em Guarapuava, para comemorar a data. Mais de mil pessoas participaram do encontro que contou com a presença de autoridades e depoimentos importantes de quem participou da história da entidade ao longo de três décadas.

TORTA DE ABACAXI

Ingredientes: • 1 abacaxi(3kg) • 5 ovos • 3 xícaras de farinha de trigo • 2 colheres (sopa) de margarina • 1 colher (sopa) de fermento • 1 xícara de leite quente • 1 ½ xícara de açúcar

Modo de Preparo: Bater bem os ovos com o açúcar, em seguida coloque o restante dos ingredientes. (se utilizar a batedeira bata somente os ovos com o açúcar e os demais ingredientes sem batedeira). Corte o abacaxi em cubos e coloque em uma forma polvilhada com canela. Depois coloque a massa e asse por 40 minutos.

Os Coordenadores Paroquiais da Pastoral da Criança participaram do Encontro diocesano, momento onde foi avaliado e celebrado a missão realizada em 2016. Muitas alegrias, frutos partilhados, avanços e conquistas que nos incentivam a perseverar em nossa caminhada missionária. E, iluminados pela fé e pela esperança, seguimos enfrentando os desafios e celebrando a vida constantemente.


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VOCAÇÃO: Um chamado para além de si mesmo

Por: Dom Anuar Battisti, arcebispo da arquidiocese de Maringá - Paraná

“Todo aquele que tiver deixado casas, irmãos, irmãs, pai, mãe, filhos ou campos por causa do meu nome, receberá cem vezes mais e terá por herança a vida eterna” (Mt 19, 29). Em um determinado momento da vida, nasce uma pergunta que nem sempre é fácil de responder: Qual é a minha vocação? O que eu quero da minha vida? Na maioria das vezes a resposta vem no silêncio da escolha que se constrói a cada momento. Toda escolha tem consequência; e não tem como fugir. Mas, vocação não é só questão de escolha e sim de chamado. Sentir-se chamado significa ter uma missão, entendida não somente no sentido religioso. Missão é lutar pelos objetivos que se acredita sem olhar os resultados. Aonde se quer chegar é mais importante do que os resultados imediatos. O imediatismo, muitas vezes leva às frustrações. Por isso, toda vocação vem ou deve vir acompanhada de aptidão, fé e gosto pela missão, por aquilo que se faz, e não só pelos efeitos que se possa medir. No ano de 2015, o Papa Francisco, na sua mensagem para o dia mundial das vocações, afirma: “Na raiz de cada vocação cristã, há este movimento fundamental da experiência de fé: crer significa deixar-se a si mesmo, sair da comodidade e rigidez do próprio eu para centrar a nossa vida em Jesus Cristo; abandonar como Abraão, a própria terra pondo-se confiadamente a caminho, sabendo que Deus indicará a estrada para a nova terra. Esta ‘saída’ não deve ser entendida como um desprezo da própria vida, do próprio sentir, da própria humanidade; pelo contrário, quem se põe a caminho

no seguimento de Cristo encontra a vida em abundância, pondo tudo de si à disposição de Deus e do seu Reino”. “Todo aquele que tiver deixado casas, irmãos, irmãs, pai, mãe, filhos ou campos por causa do meu nome, receberá cem vezes mais e terá por herança a vida eterna” (Mt 19, 29). O papa Francisco também diz: “Tudo isto tem a sua raiz mais profunda no amor. De fato, a vocação cristã é, antes de tudo, uma chamada de amor que atrai e reenvia para além de si mesmo, descentraliza a pessoa, provoca um êxodo permanente do eu fechado em si mesmo para a sua libertação no dom de si. Esta dinâmica do êxodo diz respeito não só à pessoa chamada, mas também a toda atividade evangelizadora, e ao ser cristão no mundo. A atitude de saída, estar sempre ‘fora de si’, ou seja, não preocupado consigo mesmo, faz com a vida se alargue para além dos horizontes dos próprios desejos e ideias pessoais, da própria estrutura e ir ao encontro daqueles que mais precisam e compadecer-se de suas feridas”. O Papa ainda continua com sua sabedoria: “Deus sai de Si mesmo numa dinâmica trinitária de amor, dá-Se conta da miséria do seu povo e intervém para o libertar. A Virgem Maria, modelo de toda a vocação, não teve medo de pronunciar o seu ‘sim’ à chamada do Senhor. Ela acompanha-nos e guia-nos. A Ela nos dirigimos pedindo para estarmos plenamente disponíveis ao desígnio que Deus tem para cada um de nós; para crescer em nós o desejo de sair e caminhar, com solicitude, ao encontro dos outros (cf. Lc 1, 39). A Virgem Mãe nos proteja e interceda por todos nós”, por todos os presbíteros e missionários que pronta e generosamente ouviram o chamado e responderam.

Formação Intelectual do Presbítero: um caminho longo e permanente

Por: professor Jailton Gonçalves Prates. (Mestre em Letras pela UNICENTRO e responsável pela disciplina de Metodologia do Trabalho Científico no Seminário Nossa Senhora de Belém, em Guarapuava)

O processo de formação de uma pessoa é um itinerário permanente, pois começa desde o ventre materno, quando recebe os primeiros acalentos e vibrações dos pais e familiares e continua por toda a vida. Logo, formar pressupõe vida. E como dizia Anísio Teixeira, grande educador brasileiro, “Educar é crescer. E crescer é viver. Educação é, assim, vida no sentido mais autêntico da palavra”. Quando passamos para a esfera da formação presbiteral, levamos em conta o sujeito, sua história e sua disponibilidade em palmilhar o caminho vocacional. Ao longo desse caminho o povo de Deus quer presbíteros discípulos e missionários. Discípulos que tenham uma forte experiência de oração, dóceis ao Espírito Santo e guiados pela Palavra de Deus. Missionários, movidos pela misericórdia e pela caridade e zelo pastoral. Para construir esse itinerário formativo, o seminarista precisa passar por um autêntico processo que abranja a dimensão humana, afetiva, espiritual, intelectual e pastoral-missionária. Formar presbíteros configurados ao Bom Pastor nos dias atuais, onde tudo é líquido, tudo muda rapidamente, há um apelo forte ao consumismo e hedonismo, há muitas vozes dissonantes e sedutoras. É o grande desafio dos Seminários, pois precisamos primeiro formar a pessoa e depois dar-lhes ferramentas para que os seminaristas possam crescer nas dimensões supracitadas. Por isso, ao longo desse caminho, os seminaristas se deparam com vários desafios, dentre eles, a formação intelectual que tem por objetivo oferecer sólidos fundamentos doutrinais e intelectuais, que capacitem o futuro sacerdote para anunciar com competência e paixão o Evangelho, respondendo aos grandes desafios que lhe apresenta o mundo atual, analisando os sinais dos tempos. Nesse sentido, um dos objetivos, durante o ano do propedêutico, é inserir o

seminarista no mundo da pesquisa e da construção do conhecimento, através da disciplina de Metodologia do Trabalho Científico. Essa introdução é extremamente pertinente, pois o seminarista aprende o que é pesquisa, quais os métodos para fazê-la, citação bibliográfica, referências, tipos de texto, tudo de acordo com o que preconiza a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). E como forma de avaliação, os seminaristas do propedêutico entregam um projeto de pesquisa ao fim do primeiro semestre e no final do segundo, um trabalho de conclusão de curso (TCC), que é apresentado publicamente à comunidade docente do Seminário, amigos, familiares, colaboradores, membros do Movimento Serra e Madrinhas do Seminário. Ao longo do ano de 2016, os seminaristas do propedêutico (Eduardo Fernando Santana Daros, Gabriel Belisário, Junior Rodrigues dos Santos e Vinicius Somenzi) desenvolveram suas pesquisas abordando a “misericórdia na ótica do Papa Francisco”, “a presença de Maria na devoção e no itinerário vocacional”, “a misericórdia como chave de leitura do Evangelho” e “a misericórdia e o sacramento da Reconciliação”. A apresentação dos trabalhos foi realizada no dia 03 de dezembro de 2016. O momento foi considerado ímpar e encerrou um ciclo de muita leitura, construção e desconstrução do conhecimento, crises e crescimento intelectual. Percebemos, pois, ao fim desse processo, que o maior desafio é despertar em nossos seminaristas a consciência de que são seres inacabados, em processo de construção, de formação permanente e, acima de tudo, que são alunos pesquisadores, que devem pensar e ler o mundo e a palavra, para levar o Evangelho a todos os rincões do mundo. E neste processo, contamos com as luzes do Espírito, o discernimento, a oração e a intercessão poderosa da Virgem de Belém, nossa mãe e padroeira.


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Em uma celebração memorável, diocese de Guarapuava encerra Ano Jubilar e Ano Santo da Misericórdia Centenas de pessoas participaram da celebração que foi presidida pelo bispo diocesano, Dom Antônio Wagner da Silva.

No último dia 20 de novembro de 2016, seguindo a determinação do Vaticano, encerrou-se em todo o mundo, o Ano Santo da Misericórdia, com o fechamento das Portas Santas. O período do Jubileu Extraordinário da Misericórdia teve início no dia 08 de dezembro de 2015 e, durante este tempo, muitas manifestações de indulgência e reconciliação em todo o mundo foram promovidas pela Igreja como sinal de expiação dos pecados. Em Guarapuava, além de celebrar o Ano Santo da Misericórdia, a diocese também comemorou, durante todo o ano de 2016, o Jubileu de Ouro, por ocasião de seus cinquenta anos de fundação. Em consonância com as leis que regem a Igreja Católica Apostólica Romana, em se tratando de suas particularidades, em Guarapuava, os encerramentos tanto do Ano Santo da Misericórdia, como dos festejos jubilares da diocese, foram realizados no dia 18 de dezembro, às 10 horas da manhã, na Catedral Nossa Senhora de Belém. Centenas de pessoas participaram do momento considerado um dos mais importantes para a Igreja de Guarapuava ao longo dos cinquenta anos de fundação da diocese. Conforme destacou o bispo diocesano, Dom Antônio Wagner da Silva, durante todo o ano de 2016 houve muito espaço para a reflexão, para a partilha e também para se planejar os próximos anos enquanto comunidade católica que deve ir ao encontro do povo, numa manifestação viva de “Uma Igreja em Saída”, como reforça o Papa Francisco. “Hoje, além de um momento histórico, também vivemos um período de graça e de agradecimento em nossa diocese. Hoje, damos por encerrado um período importantíssimo, que é a celebração do Jubileu de Ouro. São cinquenta anos de vivência e de irmandade para com a comunidade. Devemos celebrar sempre este momento e nos preparar para outras épocas, para outras realidades. Além das comemorações dos cinquenta anos, também celebramos, em unidade com a Igreja do mundo inteiro, o Ano Santo da Misericórdia. Época de

perdão, de reflexão e, principalmente de doação. Devemos nos doar; dar mais de nós a quem mais precisa. Esta é uma vontade do Papa Francisco, mas também precisa ser um desejo de cada um de nós, que parta da espontaneidade, da vontade de servir. O fechamento dos trabalhos jubilares da diocese de Guarapuava e também o encerramento do Ano Santo da Misericórdia nos sinalizaram e muito bem os caminhos para novas perspectivas enquanto cristãos, enquanto Igreja que somos. Hoje, vivemos um novo começo, sob novas luzes e isto nos motiva a buscar cada vez mais a verdade e o envolvimento com nossas comunidades enquanto seres humanos. Estão de parabéns todas as pessoas que fizeram com que esta festa acontecesse. Que este exemplo continue nos dando forças e inteligência para que percorramos os caminhos da verdade, da perseverança, da doação. Não cabe a nós, determinar o tempo com base no passado. Devemos pensar sempre para frente, sempre visando novas tarefas, novos trabalhos. O novo é o que deve nos mover, sempre”; motivou Dom Wagner durante sua homilia. Antecedendo o encerramento das comemorações na diocese, houve diversas celebrações na Catedral Nossa Senhora de Belém, em Guarapuava, envolvendo todas as paróquias do decanato centro. As paróquias que pertencem a outros decanatos também celebraram o momento juntamente com as pessoas da comunidade. As missas preparatórias para o encerramento dos trabalhos jubilares foram celebradas do dia 05 ao dia 17 de dezembro, conforme calendário de programação distribuído nas paróquias e comunidades desde o início dos trabalhos, em 2015. Para o pároco da Catedral Nossa Senhora de Belém, padre Acácio Evêncio de Oliveira, o jubileu de ouro da diocese de Guarapuava foi vivido em toda a sua plenitude durante um ano inteiro. “Hoje encerramos uma etapa dos nossos trabalhos, mas, como bem disse Dom Wagner, estamos iniciando outra, a preparação para as novas fases de nossa diocese. Digo que fomos privilegiados,

também em se tratando do Ano Santo da Misericórdia, pois, em relação a outras dioceses, tivemos mais uma oportunidade de passar pela Porta Santa e nos arrepender de nossos erros, quase um mês depois de a maioria delas terem sido fechadas no encerramento do Ano Santo da Misericórdia em outras partes do mundo. Nosso Ano Jubilar foi de muita celebração e partilha e eu agradeço a cada pessoa das nossas quarenta e sete paróquias, além das instituições e comunidade que se uniram e não mediram esforços para que esta festa ficasse cada vez mais bonita. Muito obrigado a todo”, agradeceu padre Acácio. Padre Itamar Abreu Turco, coordenador do Centro Diocesano de Comunicação (CDC) e também da Ação Evangelizadora, sublinhou a importância da participação das pessoas da comunidade durante as

comemorações jubilares e também pelo Ano Santo da Misericórdia. “Durante todo este tempo, percebemos a importância da união das pessoas em prol de uma causa maior. Festejar os cinquenta anos da diocese de Guarapuava e também participar com ações e orações das atividades do Ano Santo da Misericórdia, representou uma verdadeira injeção de ânimo e de bênçãos em cada um de nós. Novas tarefas surgirão e devemos estar preparados para estes desafios. Vamos continuar trabalhando as prioridades da diocese, que sãos os Círculos Bíblicos, o Dízimo e a Missão. Nossos trabalhos terão como base esses três temas e sentimos, que durante o ano de 2016, muito se fez em favor destas questões. Agradeço a todos pelo apoio, pois sem esta confiança e ajuda, nada poderíamos ter feito”, afirmou padre Itamar.

SOBRE O JUBILEU DA MISERICÓRDIA O Jubileu Extraordinário da Misericórdia tem como lema “Sede misericordiosos como o Pai”. A celebração iniciou em 08 de dezembro de 2015 e prosseguiu até 20 de novembro deste ano (2016), exceto em Guarapuava, por ocasião das comemorações jubilares em celebração aos cinquenta anos da diocese. O Ano Santo marca as celebrações do 50º aniversário do encerramento do Concílio Vaticano II. A iniciativa convida os fiéis do mundo inteiro a celebrarem o sacramento da Reconciliação e Arrependimento de seus erros. A abertura da Porta Santa no Vaticano, pelo Papa Francisco, deu início, oficialmente, ao Ano da Misericórdia. Nas dioceses de todo o mundo foram abertas as portas da misericórdia, nos santuários e catedrais, em sinal de comunhão entre as igrejas particulares. Com a proposta de motivar as celebrações, a Santa Sé organizou calendário de atividades. Alguns atos principais ocorreram, no Vaticano, com a presença do Papa Francisco e foram estendidos às dioceses, como as romarias, liturgias e datas festivas.


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Paróquia de Rio Bonito do Iguaçu em preparação para segunda etapa da MDJ Novamente, como ocorreu em janeiro de 2016, os missionários voltarão aos locais visitados e farão reflexões junto aos moradores sobre os resultados da missão. Esta é a segunda etapa da MDJ. De 14 a 22 de janeiro de 2017, mais de duzentos jovens da diocese de Guarapuava se reunirão em Rio Bonito do Iguaçu, paróquia Santo Antônio de Pádua, para a segunda etapa da Missão Diocesana Juvenil (MDJ) que começou em janeiro de 2016 e, por dez dias, percorreu centenas de casas em todas as quarenta e oito comunidades da paróquia. Seguindo o mesmo lema da edição anterior da MDJ, “Fica Conosco Senhor”, retirado do Evangelho de Lucas, 24, a intenção desta vez, é analisar os resultados e também reforçar o compromisso missionário dos jovens participantes para com a diocese e para com a comunidade que acolheu a Missão. Felipe Madureira, coordenador Pastoral Juvenil da diocese de Guarapuava destaca que voltar aos locais visitados no ano passado e conversar com as famílias é ponto fundamental para o bom andamento de qualquer trabalho missionário. “Vamos dar sequência ao que começamos no ano anterior e estamos muito animados e felizes por isso”, destacou Felipe. O pároco de Rio Bonito do Iguaçu, padre Sebastião José Gulart, ressaltou que é com grande alegria que aquela comunidade recebe, pela segunda vez, a visita dos jovens missionários. Para ele, a passagem da Missão pelas comunidades promove verdadeira injeção de ânimo e de espiritualidade em todas as pessoas. No decorrer de 2016, vários encontros entre a coordenação da MDJ e membros daquela comunidade pontuaram os trabalhos que serão desenvolvidos e que têm por objetivo envolver o maior número de pessoas possível e despertar em cada um a vocação para melhor servir nos lugares em que mais se precisa.

A MDJ é um projeto que tanto quer despertar a juventude, como as paróquias para que tenham um olhar mais apurado para as questões missionárias nas comunidades e no mundo. Conforme destacam os coordenadores, o envolvimento de jovens atuantes e determinados nas paróquias que acolhem as Missões é de suma importância, pois faz com que os trabalhos despertem nas pessoas seu verdadeiro significado que é a missão de servir a Deus ajudando ao próximo. A MDJ é realizada a cada dois anos e tem como objetivo principal, fazer despertar o verdadeiro significado de ser missionário nos adolescentes e jovens, transformando assim, as ações e resultados que podem ser compreendidos como verdadeiros frutos de amor e de perseverança. O projeto MDJ se divide em duas etapas. Na primeira, os missionários buscam subsídios e entendimentos sobre a comunidade atendida e procuram aplicar o lema proposto. Os dados obtidos são tabulados e estudados no decorrer do ano, quando são realizadas reuniões de trabalhos para se falar do projeto. Neste ínterim, também se procura saber como está seu andamento e de que forma pode ser melhorado. Na segunda etapa, além de novas propostas à comunidade, também se verifica se o que foi trabalhado no ano anterior surtiu efeito e o que precisa ser mudando daquele momento em diante, em se tratando de comunidade. A edição anterior da MDJ, que compreendeu os anos de 2014 e 2015, se realizou na paróquia São Pedro Apóstolo, em Nova Tebas. Lá, os jovens missionários visitaram as 24 comunidades do interior e também os moradores da sede do município.

Acompanhe a MDJ Guarapuava pelo facebook: facebook.com/mdj.missaodiocesanajuvenil


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Teologia em Gotas O grande teólogo Karl Rahner (1904-1984) definia a teologia como “a explanação e explicação consciente e metodológica da Revelação divina, recebida e aprendida na fé”. Introdução

Teologia em gotas é uma brevíssima exposição periódica, em partículas, sobre o que entendemos por saber teológico, encaminhadas ao Povo de Deus, em geral. Estamos na era do conhecimento, da ciência e da técnica e afastar-se da sua posse significaria embrutecimento, disposição para o cultivo de instintos perversos, agressivos e desumanizadores. A Ignorância dispõe a mente e o coração para toda sorte de enganos e mentiras, como a busca de horizontes falsos e exterminadores. A ignorância da realidade das coisas e da organização da vida cria firmezas ilusórias, esperanças de felicidade e vantagens sem esforço e mérito, desprezando as normas sociais e achando que os outros sofrem de asneira. Só a educação, o conhecimento sólido e o autodomínio das nossas emoções pelo caminho do estudo assíduo e pela leitura permanente, (podem existir outros caminhos que desconheço), nos libertarão para que o amor e a felicidade possam ser o pão diário da cidadania e da vida social pacífica. A teologia é um conhecimento que se o assumimos nos ajudará a sermos melhores cidadãos e melhores católicos, como melhores moradores e convivas felizes deste planeta. Nossa pretensão, aqui, é oferecer gotas de água que ajudem ao crescimento da arvorezinha da fé que cada católico cuida com responsabilidade e alegria, visando uma excelência no ser discípulo e missionário seguindo os passos do Ressuscitado. Utilizar-se-á uma linguagem popular e simples e, se for o caso, com a sua relação bíblica. Aplica-se o aforismo: tudo o que é simples é bom e tudo o que é bom é simples.

QUEM ESTUDA TEOLOGIA?

Antigamente, apenas os padres e os pastores visando seu trabalho pastoral. No início da era do conhecimento alguns leigos começaram a interessar-se por este saber. Posteriormente, algumas universidades optaram por apresentar a Teologia como um conhecimento profissionalizante e, finalmente a demanda de pessoas inteligentes interessadas neste conhecimento, foi tão grande que inúmeras faculdades de teologia oferecem uma formatura neste saber. E ainda, hoje, oferecem-se em igrejas, comunidades e instituições cursos de teologia para quem quiser. Parece uma moda. A maioria com conteúdo sólidos e bem fundados.

Qualquer católico diáfano que quer saber, compreender e viver melhor os princípios, verdades e práticas vividas na sua comunidade pode e deve estudar a teologia. Ficará melhor católico, melhor discípulo e missionário, melhor profissional e melhor cidadão. Denominamos nossa apresentação Teologia em gotas, porque é isso, gotas, mínimos e simples conceitos sobre a teologia visando animar o leitor a um estudo mais profundo, permanente e habitual que o leve a uma visão integral sobre o Deus da Revelação e o Deus no qual ele acredita, vive e testemunha. Na primeira carta de Pedro 3,15 se convida ao batizado a “dar razão de sua esperança”. Isto é, aquilo que se acredita e vive deve expressar-se em palavras. Teologia na vida de um cristão é, sobretudo, interiorizar o amor de Deus por nós e expressar esta experiência com palavras ou conceitos que todos entendam. É fácil constatar a grande ignorância que muitos católicos padecem sobre a fé e a religião que dizem professar: desconhece seu compromisso batismal, as Escrituras, a história da Igreja, os santos Padres, o conteúdo da Tradição, o magistério da Igreja, e documentos essenciais, hoje, como o Catecismo da Igreja Católica (CIC), Concilio Vaticano II, a V Conferência do Episcopado latino-americano (Aparecida) e a catequese do Papa e dos bispos. Esta lacuna no âmbito da fé é incompreensível na era do conhecimento. Tendo em conta este grave problema, o Documento de Aparecida dedicou o capítulo VI para falar sobre “O Caminho de formação dos discípulos e missionários” na Igreja católica.

O QUE ESTUDA A TEOLOGIA?

Pergunte a dez católicos, o que entendem por teologia e os dez terão respostas diferentes e sem conexão com resposta adequada. A palavra teologia é formada por dois termos gregos: Theós: Deus e Logos, logia: Palavra que revela. Palavra sobre Deus. Estudo sobre Deus e a sua relação com o mundo e com as pessoas. Teologia como conceito aparece pela primeira vez no filósofo Platão (428-347), no diálogo “A República” (República, Il, 379ª) para referir-se à compreensão da natureza divina por meio da razão, em oposição à compreensão literária própria da poesia, feita por seus conterrâneos.

A teologia como ciência é um conhecimento sistematizado, identificado e adquirido, na vivência da fé, pelo estudo e pesquisa das Escrituras, dos Santos Padres, da Tradição, do Magistério da Igreja e a vida de fé histórica das igrejas. Conhecimento formulado metódica e racionalmente. Como toda ciência tem linguagem, metodologia de pesquisa e estudo próprios. Toda ciência é um oceano de elementos, uns organizados e outros em vias de pesquisa e sistematização para serem apropriados e compreendidos pela razão e por uma metodologia de assimilação particular. Estes achados científicos serão postos a serviço das necessidades do homem e da transformação das coisas para comodidade e felicidade dos homens. Mas, quem estuda uma ciência se defronta com vários níveis de conhecimento e apropriação, de acordo com a profundidade do estudo e pesquisa e os objetivos do estudante. Assim, pode-se estudar teologia em profundidade para ser um conceituado professor em uma universidade ou para ser ministro respeitado em uma igreja ou simplesmente para se viver e compreender melhor a fé que se professa. Neste sentido, as temáticas dependerão do meu interesse e do meu compromisso na comunidade eclesial. O grande teólogo Karl Rahner (19041984) definia a teologia como “a explanação e explicação consciente e metodológica da Revelação divina, recebida e aprendida na fé”. Estamos falando a pessoas batizadas que aceitam que a teologia seja uma ciência da fé, entendida como esforço humano para compreender e interpretar a experiência de fé de uma comunidade e comunicá-la em linguagem e símbolos. Podemos dizer que, a teologia é “a fé de olhos abertos”, uma fé lúcida, inteligente e crítica. Deus é seu objeto primeiro, um Deus

que se revela e se faz conhecer na história. Assim, a teologia inclui um encontro entre Deus que vem a nós e o ser humano que se abre à sua manifestação. (MATOS, 2008:16). Para um católico que não é professor universitário de teologia ou ministro conceituado de uma igreja a temática a ser analisada no estudo da teologia poderia ser as proposições apresentadas no Símbolo dos Apóstolos ou Credo (Símbolo Nicenoconstantinopolitano) das Igrejas históricas e teria uma visão sólida e totalizante da fé e da vida. Também como a teologia se faz dentro da comunidade eclesial e na fé da Igreja cabe à teologia repensar e reinventar a fé cristã em continuidade com a tradição viva da Igreja, no contexto da época e das necessidades do homem atual.

QUAIS GOTAS ESTUDAREMOS?

Um curso de teologia em uma universidade apresentaria as seguintes temáticas: Metodologia do estudo e pesquisa em teologia, Bibliologia, Deus Uno e Trino, Soteriologia, Eclesiologia, Angelologia, Antropologia teológica, Hamartiologia, Demonologia, e Escatologia. Tratando-se de um leigo responsável que tenta ser, na Igreja, discípulo e missionário não usa, não pensa em e com estes termos acadêmicos a fé que vive e testemunha. Porém, precisa saber, entender e dar explicação de algumas ideias e conceitos encerrados em essa terminologia técnica. Para isso é um curso de teologia para o povo de Deus, para todos. É o que trata de explicar, para todos os ambientes e pessoas, o Catecismo da Igreja Católica (CIC). Nosso primeiro tema de Março versará sobre: “Deus conosco”. Por: Germán Calderón Calderón

Obra Kolping do Paraná recebe relíquias de seu fundador Parte do dedo de Adolfo Kolping percorreu as diversas cidades do Estado onde há trabalhos da Obra. De 25 de novembro a 04 de dezembro de 2016, a Obra Kolping do Paraná, recebeu as relíquias de seu fundador, Adolfo Kolping. O padre Pedro Arnoldo da Silva, Assistente Eclesiástico e membro da Diretoria Nacional da Obra Kolping do Brasil foi o responsável por levar as relíquias às comunidades onde há trabalhos da Obra. Durante as visitas pastorais, padre Pedro rezou missas junto às comunidades e também conheceu famílias associadas à Obra Kolping. “Foram momentos maravilhosos para a Obra Kolping do Paraná, receber as relíquias do fundador (parte do dedo). Este ato nos encheu de alegria e de esperanças para os novos desafios”, destacou o presidente da Obra Kolping no Paraná, Irmão Carlos Wiszniewsky.


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Entrevista

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Padre Ângelo Altair de Oliveira fala de sua experiência missionária na Prelazia de São Félix do Araguaia. O sacerdote da diocese de Guarapuava permaneceu por quatro anos na Região Amazônica e conta sua história. Ele se diz muito feliz por ter tido a oportunidade de evangelizar em outras terras. O trabalho jornalístico vai muito além de simplesmente relatar fatos. Através do jornalismo, da comunicação, enfim, podem-se transmitir sentimentos, mostrar as diversas realidades que estão à nossa volta e também permitir que sonhos sejam instigados e disseminados da melhor maneira que se possa imaginar. A comunicação é uma missão que deve ser levada a sério e praticada de forma consciente e responsável para que, de fato, possa representar um povo e defender seus interesses que devem resultar no bem comum, numa convivência harmoniosa e suave. E é justamente de missão que trataremos neste espaço, nesta oportunidade. Hoje, o leitor terá a possibilidade de conhecer um pouco mais da vida, dos anseios, dos sonhos e das experiências vividas pelo padre diocesano, Ângelo Altair de Oliveira, que, por quatro anos trabalhou para a Prelazia de São Félix do Araguaia, na paróquia Santo Antônio do Xingu, em Mato Grosso. Padre Ângelo, prontamente recebeu a reportagem do Centro Diocesano de Comunicação (CDC) e respondeu às perguntas que lhe foram feitas. Ele também ressaltou que falar dos trabalhos missionários é sempre uma alegria e uma maneira de refletir sobre as necessidades da Igreja em seus mais diversos aspectos e realidades.

SOBRE O SACERDOTE

Padre Ângelo Altair de Oliveira, nasceu no dia 06 de agosto de 1984, no município de Campina do Simão. Primeiro filho de Julia Terezinha de Oliveira e Emilio Marçal de Oliveira, padre Ângelo tem um irmão mais jovem do que ele, Clodoaldo Eleutério de Oliveira. Percebendo sua vocação, ingressou no Seminário Diocesano Nossa Senhora de Belém em 2000, permanecendo em Guarapuava até 2003, quando concluiu o ensino médio. O ensino superior em filosofia foi concluído em 2005, no Seminário Diocesano Bom Pastor, em Francisco Beltrão. De 2006, a 2009, padre Ângelo estudou teologia no Seminário Diocesano Nossa Senhora de Guadalupe, em Cascavel. Ele foi ordenado diácono no dia 20 de março de 2010. Em 23 de outubro do mesmo ano, recebeu a ordem sacerdotal pelas mãos do bispo diocesano Dom Antônio Wagner da Silva. Desde então padre Ângelo atuou em diversos setores de trabalho da diocese, exercendo as funções de padre formador no Seminário Nossa Senhora de Belém, vigário paroquial na paróquia Santo Antônio de Pádua, em Rio Bonito do Iguaçu, no ano de 2011, até ser enviado em missão para a Prelazia de São Félix do Araguaia, em Mato Grosso, no ano de 2012, onde permaneceu até o final de 2016. CDC: Padre Ângelo, quando você sentiu que precisava viver esta experiência missionária? Padre Ângelo: Sempre tive grande apreço pelas missões. Convivi, desde criança, com missionários da congregação Verbitas, no município de Campina do Simão, local onde eu morava. Em Guarapuava, convivi, na comunidade São Pedro e São Paulo, hoje paróquia do bairro Xarquinho, com padres da Congregação Salesiana. Admirava a doação do padre José Werth, em nossa diocese. Também me tocou muito quando padre Acir Mendes foi para a África. As histórias que de lá ele trouxe, me serviram de incentivo. Mas, foi depois de ter me ordenado padre, que senti mais fortemente que devia

em qualquer outra Igreja local. Nesse conhecimento, o missionário precisa discernir se de fato ele tem condições de morar e desenvolver seu ministério colaborando com o plano pastoral dessa Igreja Particular. Nestes quatro anos em que estive aqui, presenciei missionários que não conseguiram fazer essa adaptação. Mas a acolhida, a meu ver, é muito boa e fortalecedora.

fazer uma experiência missionária. Percebi que eu queria me doar em algum lugar onde minha presença fosse de fato necessária e pudesse fazer alguma diferença ao povo. Algo que me ajudou e muito nesse discernimento, foram as constantes conversas de Dom Antônio Wagner da Silva, nosso bispo diocesano, sobre missões. Outros trabalhos, como nas Santas Missões Populares e na Missão Diocesana Juvenil, das quais participei ativamente, me serviram de base para novos desafios, para novos projetos. A decisão, no entanto, foi tomada, quando o padre José Joles e eu conversamos a respeito de fazer um curso em Brasília sobre missão. Fomos incentivados por Dom Wagner e no Centro de Formação Missionária me decidi em ser missionário. CDC: A prelazia de São Félix do Araguaia foi uma escolha tua ou surgiu a partir da diocese? Padre Ângelo: Um missionário só o é se for enviado. A decisão por São Félix do Araguaia foi conjunta entre Padre Joles, eu e a diocese. Quando fomos para Brasília, pensávamos em ir para alguma região da Amazônia. No curso missionário, Dom Leonardo Ulrich Steiner secretário da CNBB, que havia sido bispo de São Félix, ao saber que estávamos sem destino até então, nos apresentou a Prelazia como possibilidade. Ficamos aguardando mais propostas dos bispos da Amazônia, mas Dom Adriano Ciocca Vasino, bispo daquela Prelazia logo entrou em contato com Dom Wagner, foi nos visitar e a decisão foi tomada. CDC: Neste período em que permaneceu à frente dos trabalhos, o que mais te marcou? Padre Ângelo: Muitas coisas me marcaram profundamente, de forma que a visão de Igreja, de ministério, de fé, de evangelização e de pessoa humana sofreram mudanças fulcrais em mim a partir dessa experiência. Mas, sem sombra de dúvida, o que mais me marcou na experiência missionária na Prelazia de São Félix, foi ter convivido e perceber quão evangélica é a opção profética do bispo Pedro Casaldáliga, opção pelos pobres, opção pelo Evangelho, opção por viver o Evangelho no meio do povo. CDC: Todo trabalho missionário surge de uma necessidade básica. Qual a necessidade básica, segundo teu entendimento, na prelazia de São Félix do Araguaia? Padre Ângelo: A necessidade básica à qual eu vim responder na Prelazia foi a de acompanhamento das comunidades eclesiais por parte de agentes de pastoral. CDC: Você considera nosso país muito desigual? Como se adaptou aos novos costumes? Padre Ângelo: Eu entendi a pergunta como em se tratando dos aspectos culturais regionais, climáticos e geográficos. É isso? CDC: Sim, padre, são estes os aspectos... Padre Ângelo: Pois bem: O escritor Jorge Baleeiro de Lacerda, que morreu recentemente, em setembro de 2016, escreveu os dez Brasis, onde discorre sobre etnias e diferenças. Também não podemos esquecer de que tantos outros sociólogos já escreveram sobre o tema. Eu concordo com eles. O clima, as culturas, o jeito de encarar a vida e ver o mundo muda grandemente de uma região para a outra no Brasil. Eu me pus no meu lugar, ou seja, eu estava indo para um lugar diferente, onde pessoas habitavam aquela região há muito mais tempo do que eu e, por isso, quem devia se adaptar era eu e não eles que chegaram primeiro. Eu estava apenas de passagem. Eu disse para mim mesmo: “sou um hóspede na casa alheia”. A partir daí, procurei valorizar as pessoas, as culturas, e na partilha de vida, fizme um com eles. Simples assim.

CDC: Em se tratando da Igreja, você considera que ela cresce com as missões? E as pessoas que recebem a missão também crescem? Padre Ângelo: A Igreja é por natureza missionária, já dizia Paulo VI. Se ela deixa de ser missionária, distancia-se do caminho de Jesus. Para mim, essa experiência foi uma partilha enriquecedora tanto para as comunidades das quais fiz parte, quanto para mim e espero que para nossa diocese também. É difícil falar em crescimento, pois para tal, partimos do pressuposto de que aquela realidade era menos desenvolvida que agora. Eu diria que a partilha gera mudanças qualitativas, ou seja, quando partilhamos (e missão é partilhar), há um movimento interior em ambas as partes, talvez não mensurável, mas experimentada, sentida, introjetada, e de grande valor. CDC: Tem interesse em desempenhar outros trabalhos missionários? Onde gostaria de atuar e por quanto tempo? Padre Ângelo (Rindo): Estou rindo ao responder essa pergunta. A vida, meu caro, a vida, por si só, nos diz em sussurros inefáveis onde ela precisa de nós. Eu estou respondendo ao teu questionário para o jornal desde Santa Terezinha, no Mato Grosso, à beira do rio Araguaia e para mim hoje este é o meu lugar, o que significa que voltar a Guarapuava é para mim uma nova missão que a desempenharei aonde for enviado, por quanto tempo for necessário, e o futuro?! Bom... Ele pertence a Deus. CDC: Como os missionários são recebidos na prelazia? Há relutância para um sacerdote desempenhar suas funções? Padre Ângelo: Os missionários são recebidos com muita alegria, coração aberto e simplicidade. Eu diria que isso pode ser muito bem percebido no abraço caloroso e no sorriso largo e franco de Dom Adriano (Dom Adriano Ciocca Vasino, bispo da Prelazia) ao receber um missionário. É proposto aos missionários, sejam eles padres, irmãs ou leigos, uma experiência de conhecimento pastoral de toda a Prelazia. Está sendo estudado como fazer essa inserção de forma mais proveitosa, pois a Prelazia é uma Igreja Particular com suas peculiaridades e minúcias, como em outros lugares, como

CDC: Você considera que todo sacerdote precisa viver uma experiência missionária num momento ou noutro de sua vida? Padre Ângelo: Parece-me que ser missionário é mais uma questão de sentir-se e dispor-se do que mudar de território. Há pessoas que vivem em uma realidade missionária há anos, levam até o nome de missionário em seu emblema institucional, mas suas atitudes, nada têm a ver com missão. Há outros, no entanto, que nunca saíram de seu território de origem, mas realizam trabalhos missionários formidáveis. Missão, como diz o Papa Francisco, é ir às fronteiras existenciais, ser, como Charles de Foucald, um irmão daqueles que estão na margem existencial. Hoje, podemos relacionar este “ir ao encontro” como uma oportunidade de proteger e ser irmão da natureza, nossa mãe-irmã mais explorada. Para mim, se em algum momento da vida um sacerdote não se torna missionário, neste sentido, mesmo sem ir a outras terras, ele não consegue ser de fato sacerdote. É mais uma mudança de mentalidade do que de espaço. Agora, que mudar de espaço, ir à outra realidade de Igreja, conhecer outro povo ou cultura colabora para essa mudança interior, disso eu não tenho dúvidas. CDC: Quando se fala em evangelizar, qual teu sentimento em relação ao assunto? Padre Ângelo: A partir do que tenho experimentado, rezado e pensado, para mim, Jesus resume o evangelizar quando diz “Eu vim para que todos tenham vida, e vida plena” (Jo 10,10). Noutra passagem, quando João Batista manda perguntar se ele era o Messias, Jesus diz para contar a João que os cegos estão vendo, os surdos ouvindo e aos pobres era anunciado a boa notícia. Ou seja, para Jesus, evangelizar não era ensinar doutrinas previamente elaboradas, nem criar estruturas, mas gerar vida. Evangelizar é gerar vida em plenitude no meio do povo. É dar esperança aos desesperados, é questionar as estruturas que matam, é com nossas atitudes, mostrar àquele povo que Deus os ama e está no meio deles. Na história, quando missão foi identificada como expansão de uma fé, ou de uma igreja, essa forma de evangelização contribuiu para a morte dos povos. O exemplo clássico é o genocídio dos povos indígenas da América Latina corroborada pela missão religiosa da época. Será que expandir o Evangelho pode ser compreendido como roubar culturas e matar povos? Claro que não pode. Evangelizar é até dar a vida para que todos em sua cultura, raça, língua, cor, gênero, tenham vida em plenitude. CDC: Para finalizar: O que você diria a um jovem padre hoje em se tratando de trabalhos missionários? Padre Ângelo: Eu diria o que diz o poeta “Tudo vale a pena se a alma não é pequena” (Fernando Pessoa). Eu diria que só vale a pena viver por algo pelo qual vale a pena morrer, e que só descobre a beleza da vida aquele que não se apega à própria vida, mas se lança ao que o Deus da vida e da missão lhe pede. O mais é graça divina.


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Diocese de Guarapuava homenageia paróquia Nossa Senhora de Fátima Uma Igreja viva se faz com oração, dedicação e ação concreta. Há vinte e sete anos, a paróquia Nossa Senhora de Fátima é presença latente da mensagem cristã na diocese. No dia 13 de maio de 1989, a diocese de Guarapuava, então com vinte e dois anos de sua fundação, ganhava uma nova comunidade que já nasceu com grande representatividade. Era criada, nesta data, a paróquia Nossa Senhora de Fátima, no bairro Primavera, em Guarapuava. Dados obtidos a partir do livro “História da Paróquia Nossa Senhora de Fátima, Guarapuava – PR”, do padre Sercio Ribeiro Catafesta e de Francisco Fernandes Marinho, dão conta de que a ideia de se criar uma nova paróquia para atender a uma vasta região da diocese, se fazia necessário. O assunto foi aventado em reunião daquela comunidade no dia 10 de junho de 1981. Segundo relatos históricos, o morador daquela localidade, Antônio Zanowiski Carneiro, comentou sobre a possibilidade de transformar a capela que pertencia à paróquia Nossa Senhora Aparecida em Guarapuava, em uma nova paróquia. A ideia da comunidade era ter um padre residente e que atendesse às demandas da região em tempo integral, uma vez que o local crescia de forma vultosa, devido ao grande número de pessoas do interior do município e de outras cidades que se mudavam para aquele bairro para trabalhar nas empresas da cidade. A ideia dos moradores não esmaeceu, mas a paróquia só seria criada quase oito anos depois. A informação foi registrada pelo primeiro pároco daquela comunidade, padre Francisco Pontarollo Neto, mais conhecido como padre Chicó, e que hoje é pároco da paróquia Nossa Senhora do Perpétuo Socorro e também responsável pela Câmara Eclesiástica da diocese, no Livro Tombo da igreja. Padre Francisco escreveu que em uma reunião realizada no dia 05 de janeiro de 1988, às 20 horas, com a presença do então bispo diocesano de Guarapuava e atual arcebispo emérito de Londrina, Dom Albano Cavallin, na presença de demais padres foi discutido sobre a necessidade e a importância da criação de uma nova paróquia para a diocese. A reunião rendeu frutos, pois pouco mais de um ano depois, no dia 23 de fevereiro de 1989, o padre Cristovam Iubel, na qualidade de Secretário do Conselho Presbiteral da diocese de Guarapuava, assinou uma declaração que autorizava a criação da nova paróquia na diocese. O território da nova paróquia seria composto a partir do desmembramento de parte da paróquia Nossa Senhora Aparecida em Guarapuava e também da paróquia Nossa Senhora Aparecida de turvo. Dezesseis capelas fariam parte da nova comunidade. (A comunidade chegou a ter dezessete capelas sob sua responsabilidade, mas devido ao fechamento de duas delas, hoje quinze capelas compõem a paróquia). Em homenagem à padroeira da então capela, a instalação da paróquia ficou marcada para o dia 13 de maio de 1989, dia de Nossa Senhora de Fátima. Conforme relatado no livro já citado, foi com grande festa que os moradores acolheram a notícia da instalação da nova paróquia. A novidade renovou os ânimos e as esperanças dos moradores, segundo destacam os pioneiros que presenciaram o desenrolar da história. Para a inauguração, houve grande preparação e realização de procissão e celebração. Os eventos tiveram início no dia 01 de maio daquele ano, com uma missa presidida pelo padre Francisco que assumiria como pároco dias depois. No dia 03 de maio, uma procissão pelas ruas do bairro com a presença da imagem de Nossa Senhora de Fátima emocionou os presentes. Conforme destacou padre Francisco. “A imagem de Nossa Senhora de Fátima deixou a capela para ser entronizada na nova Matriz. Houve a celebração da novena como uma das mais importantes preparações para a instalação da paróquia”, relatou o padre. A chave da nova igreja da diocese de Guarapuava foi entregue ao padre Francisco, pelas mãos de Dom Albano, no dia 13 de maio, às 19h30. O ato oficializou a criação da nova paróquia. Uma grande festa foi celebrada naquela data. Também houve a apresentação de nove padres das comunidades vizinhas e de duas freiras italianas que ajudariam nas tarefas.

NOVA MATRIZ

De lá para cá, foram muitas as mudanças que ocorreram na paróquia Nossa Senhora de Fátima, em Guarapuava. Aquela região da cidade foi marcada por grande crescimento e a necessidade de se construir uma nova Matriz que abrigasse a todos, se fazia necessário, conforme destacam os moradores. O segundo pároco da comunidade, padre Valdir Sloboda, que tomou posse no dia 15 de fevereiro de 1992, quase no final de seu mandato, no dia 06 de setembro de 1996, lançou a ideia de um projeto ousado para a construção de uma nova Matriz. Membros do Conselho Paroquial para Assuntos Econômicos (COPAE) acataram a ideia que também foi acolhida por toda a comunidade. Em agosto de 1999, o projeto para a construção da nova igreja já estava pronto. Na ocasião, o terceiro pároco, padre Agenor Batista de França, que havia tomado posse no dia 12 de dezembro de 1998, após analisar os resultados financeiros da festa da comunidade, disse, em reunião com os membros do COPAE, que seria possível começar a construção. “Firmamos o pensamento de iniciarmos a igreja nova”, disse o pároco. Devido às dimensões da obra, os trabalhos iniciais foram intensos e dificultosos, conforme relatado no livro que conta a história daquela comunidade. Mesmo assim, com o apoio dos moradores, as obras não pararam e a construção prosseguiu. No dia 25 de novembro de 2001, padre Sercio Ribeiro Catafesta tomava posse como o quarto pároco da paróquia Nossa Senhora de Fátima. No sentido de motivar a comunidade, o pároco passou a incentivar a criação de um grupo musical que, depois das celebrações, saía pelas ruas do bairro em cima de um caminhão, animando a comunidade e convidando a todos a participarem das celebrações. A ideia deu certo. Muitos moradores que estavam afastados da Igreja voltaram suas atenções e devoções para com a paróquia. Na ocasião, a construção da nova Matriz ainda se encontrava na fundação e no primeiro piso das salas da catequese, conforme documentos da instituição. Dar sequência com mais agilidade nas obras se fazia necessário e era um desejo da comunidade. No entanto, as dívidas acumuladas até então, precisavam ser sanadas para que a instituição voltasse a ter crédito junto aos fornecedores de materiais de construção. “A construção foi interrompida para a organização da contabilidade, o saneamento das dívidas, o pagamento das férias a funcionários e a organização de um caixa positivo”, escreveu padre Sercio no livro. Em 2002, doze grandes promoções foram realizadas na paróquia e isto serviu como base financeira para dar sequência aos projetos de construção da Matriz. As festas dançantes eram realizadas todos os meses daquele ano.

Em 2003, um jantar beneficente com foco nos investidores, arrecadou cento e trinta e dois mil reais. O dinheiro foi investido em sua totalidade na estrutura da cobertura da igreja. Neste ínterim, os trabalhos de evangelização não pararam e a comunidade voltou a se unir cada vez mais, motivada pelas ideias do pároco. O incentivo por parte das capelas, também era intenso e isso, segundo padre Sercio, fez toda a diferença no andamento das obras. Em 2004, as paredes da Matriz já estavam erguidas. Atendendo ao convite de padre Sercio, o bispo diocesano Dom Antônio Wagner da Silva fez uma visita à comunidade. Na ocasião, Dom Wagner acompanhou o andamento das obras e sugeriu alterações que facilitassem o aproveitamento de espaço. Integrantes do Conselho Pastoral Paroquial (CPP) acataram a ideia do bispo e, sob orientação do engenheiro responsável pelo projeto, uma grande quantidade de terra foi retirada da construção. Com isso, o espaço no subsolo foi aumentado em mais seiscentos e cinquenta metros quadrados, dando ao local um grande ganho de área e conforto para todos os frequentadores. Depois de muito trabalho e dedicação por parte de todos da comunidade, de acordo com relatos, a nova igreja foi inaugurada no dia 13 de maio de 2010, Dia de Nossa Senhora de Fátima. Celebrações, procissões e novenas serviram de preparação para o momento considerado um dos mais importantes para aquela paróquia desde sua fundação. No dia da inauguração da nova igreja, a comunidade participou maciçamente, conforme informações. Foram momentos emocionantes e de grande espiritualidade segundo grifam os moradores locais. Padre Sercio atuou como pároco na paróquia Nossa Senhora de Fátima, em Guarapuava até o diz 25 de novembro de 2011, quando então assumiu as funções de ecônomo da diocese de Guarapuava, trabalho este que desempenha até os dias atuais. Os padres Joao Helio Baltazar, Cristovam Iubel e Carlos de Oliveira Egler passaram pela paróquia depois da saída de padre Sercio e desempenharam suas funções junto às frentes de trabalho da paróquia. Padre Carlos é o atual pároco e desenvolve suas atividades junto à paróquia desde o dia 28 de junho de 2015, quando tomou posse pelas mãos de Dom Wagner. Projetos missionários fazem parte dos serviços desenvolvidos pelo pároco não só naquela paróquia, mas em toda a diocese. Tanto em beleza quanto em representatividade, a paróquia Nossa Senhora de Fátima em Guarapuava é sinônimo de força cristã viva junto à região de atuação e também fora de seus limites, uma vez que os trabalhos lá desenvolvidos servem de exemplo para tantas outras comunidades. A diocese de Guarapuava parabeniza esta paróquia e todos os seus integrantes pelos serviços prestados junto ao povo cristão e se oferece como base de sustentação no amparo das boas obras desenvolvidas ao longo do tempo.

Paróquia Nossa Senhora de Fátima. Horários de missas na matriz: Domingos: 9h e 19h30 Sábados: 19h30 Quartas-feiras: 19h30 Primeiras sextas-feiras de cada mês: 17h Dia 13 de cada mês: 19h30 Mais informações na secretaria da paróquia: (42) 3624-2332 ou (42) 3629-3710


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CNBB emite nota contra o aborto diante da decisão do STF

Os bispos conclamam as comunidades a se manifestarem publicamente em defesa da vida. No último dia, 01 de dezembro, a presidência da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) apresentou uma nota oficial na qual reafirma a posição da Igreja de “defesa da integralidade, inviolabilidade e dignidade da vida humana, desde a sua concepção até a morte natural”.

Os bispos reafirmam também “incondicional posição em defesa da vida humana, condenando toda e qualquer tentativa de liberação e descriminalização da prática do aborto. Conclamamos nossas comunidades a rezarem e a se manifestarem publicamente em defesa da vida humana, desde a sua concepção”. Leia a Nota:

NOTA DA CNBB EM DEFESA DA VIDA “Propus a vida e a morte; escolhe, pois, a vida ” (cf. Dt. 30,19) A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil - CNBB, por meio de sua Presidência, manifesta sua posição em defesa da integralidade, inviolabilidade e dignidade da vida humana, desde a sua concepção até a morte natural (cf. Constituição Federal, art. 1°, III; 3°, IV e 5°, caput). A CNBB respeita e defende a autonomia dos Poderes da República. Reconhece a importância fundamental que o Supremo Tribunal Federal (STF) desempenha na guarda da Constituição da República, particularmente no momento difícil que atravessa a nação brasileira. Discorda, contudo, da forma com que o aborto foi tratado num julgamento de Habeas Corpus, no STF. Reafirmamos nossa incondicional posição em defesa da vida humana, condenando toda e qualquer tentativa de liberação e descriminalização da prática do aborto. Conclamamos nossas comunidades a rezarem e a se manifestarem publicamente em defesa da vida humana, desde a sua concepção. Nossa Senhora, Mãe de Jesus e nossa Mãe, interceda por nós, particularmente pelos nascituros. Brasília, 1º de dezembro de 2016 Cardeal Sergio da Rocha Arcebispo de Brasília-DF Presidente da CNBB

Dom Murilo S. R. Krieger Arcebispo de São Salvador-BA Vice-Presidente da CNBB

Dom Leonardo Ulrich Steiner Bispo Auxiliar de Brasília-DF Secretário-Geral da CNBB

CNBB manifesta veemente repúdio a anistia do “Caixa dois” Os bispos dizem esperar que “os membros do Congresso Nacional não apoiem tamanha afronta à dignidade do país [...]”. No último dia 29 de novembro, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) divulgou Nota Oficial manifestando repúdio à anistia do “caixa dois”. Os bispos afirmam que “vivemos uma profunda desconfiança institucional no país, particularmente com relação aos Poderes da República. Notícias de que estaria sendo gestado, na Câmara Federal, um acordo para anistiar o crime de ‘caixa dois’, foram recebidas com indignação pelo povo brasileiro”.

Os bispos dizem ainda, esperar que “os membros do Congresso Nacional não apoiem tamanha afronta à dignidade do país. Seria inaceitável, para um parlamento que preza pela honestidade e respeita o mandato recebido, aprovar tal projeto”. E, finalizam a Nota, recordando que também é urgente “uma séria Reforma Política que não seja simplesmente pontual, mas ampla e debatida com toda a sociedade”. Leia a Nota, na íntegra:

NOTA DE REPÚDIO À ANISTIA DO “CAIXA DOIS” “...nada acontece em segredo que não venha a se tornar público” (Mc 4,22) A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil-CNBB, através de sua Presidência, manifesta veemente repúdio a qualquer iniciativa que vise anistiar o crime de “caixa dois”, ou mesmo, abrandar suas penalidades. Vivemos uma profunda desconfiança institucional no país, particularmente com relação aos Poderes da República. Notícias de que estaria sendo gestado, na Câmara Federal, um acordo para anistiar o crime de “caixa dois” foram recebidas com indignação pelo povo brasileiro. A reação da população é sinal de que a mesma vem acompanhando com mais atenção a vida política. A CNBB sempre participou, com outras instituições democráticas, do esforço por valorizar a consciência política. Prova disso é a coleta de assinaturas em apoio aos projetos de iniciativa popular que resultaram na Lei 9840/1999, “Lei contra a compra de votos”, e na Lei Complementar 135/2010, “Lei da Ficha Limpa”. Mais recentemente, participou do movimento que pediu e conquistou a inconstitucionalidade do financiamento empresarial das campanhas eleitorais. Fiel à História e ao compromisso evangélico, a CNBB não pode deixar de condenar, nesse momento, qualquer tentativa de legitimar a prática do denominado “caixa dois” que anistia aqueles que, nas campanhas, utilizaram quantias de origem ilícita ou não contabilizadas junto à Justiça Eleitoral. Essa prática macula as eleições e estimula a corrupção, corroborando para a confusão entre interesse público e particular. Esperamos que os membros do Congresso Nacional não apoiem tamanha afronta à dignidade do país. Seria inaceitável, para um parlamento que preza pela honestidade e respeita o mandato recebido, aprovar tal projeto. Deixar-se guiar, nessa questão, unicamente pela ética ajudará na urgência de “reabilitar a política, que é uma das formas mais altas da caridade” (Papa Francisco). É oportuno, ainda, manifestar a convicção de que é urgente uma séria Reforma Política que não seja simplesmente pontual, mas ampla e debatida com toda a sociedade. Nossa Senhora Aparecida, Padroeira do Brasil, continue intercedendo pelo povo brasileiro. Deus nos abençoe! Brasília, 28 de novembro de 2016 Cardeal Sergio da Rocha Arcebispo de Brasília-DF Presidente da CNBB

Dom Murilo S. R. Krieger Arcebispo de São Salvador-BA Vice-Presidente da CNBB

Dom Leonardo Ulrich Steiner Bispo Auxiliar de Brasília-DF Secretário-Geral da CNBB

Dicas de Leitura Biblioteca Diocesana Nossa Senhora de Belém Edifício Nossa Senhora de Belém Rua XV de Novembro 7466 - Sala 04 Centro - Guarapuava Fone: (42) 3626-4348 A felicidade ao seu alcance Uma exposição das bem-aventuranças Autor: Hernandes Dias Lopes Editora Hagnos A felicidade não está nas coisas que vemos; é uma atitude do coração. Não é um pagamento de nossas virtudes, mas um presente da graça. Não é algo que conquistamos pelo nosso esforço, mas um dom que recebemos pela fé. Ela não é apenas uma promessa para vida porvir, mas uma realidade a ser experimentada aqui e agora. Jesus nos dá a receita da verdadeira felicidade. Ele põe diante de nós o mapa que nos leva a esse paraíso cobiçado. Os tesouros riquíssimos da verdadeira felicidade estão ao nosso alcance. A felicidade não procede do mundo, mas de Deus, e na presença de Deus que existe alegria verdadeira. Você é uma pessoa feliz? Você pode pôr sua fotografia na moldura das bem aventuranças? Espírito Santo Princípios de Vida Nova Padre Raniero Cantalamessa Editora: Canção Nova Padre Raniero Cantalamessa mostra, nesta publicação, uma nova, profunda e, ao mesmo tempo, concreta reflexão sobre a natureza e sobre a ação do Espírito Santo no indivíduo, na Igreja e no mundo. Para tanto, o texto conta com a ajuda do apóstolo Paulo, o grande cantor do Espírito Santo e da vida “no Espírito”. O eixo da meditação é o capítulo VII da Carta aos Romanos, ao longo de um percurso que abrange três etapas essenciais: a criação, a meta última do céu e a vida cristã. Uma síntese verdadeiramente admirável que nos faz compreender como, de fato, o Espírito Santo é Aquele que mantém a Igreja voltada para o retorno do Senhor. Ideal e Luz: Pensamentos, espiritualidade, mundo unido Chiara Lubich Editora Brasiliense “Veja, eu sou uma alma que passa por este mundo. Vi tantas coisas belas e sempre fui atraída somente por ela. Um dia vi uma luz. Pareceu-me mais bela do que as outras coisas belas e a segui. Percebi que era a verdade.” Os pensamentos da autora, com base num ideal de unidade e fraternidade, têm estimulado reflexões nos vários campos da atividade humana, tais como política, economia, cultura e os meios de comunicação. FILME Francisco Xavier Gênero: Infantil Duração: 30 minutos Sinopse: Francisco Xavier se une a Inácio de Loyola e fundam a Companhia de Jesus. Francisco parte como missionário rumo ao Oriente, onde trabalha em uma aldeia de caçadores de pérolas, ajudando um guerreiro samurai na busca de um valioso tesouro perdido.


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“UM ANO JUBILAR! UM TEMPO DE GRAÇA, VALORIZANDO E CELEBRANDO A MEMÓRIA DA NOSSA IGREJA PARTICULAR E PROJETANDO UM FUTURO DE MUITAS REALIZAÇÕES EM TORNO DA FÉ”! (Celebração de encerramento do ano jubilar da diocese e fechamento da Porta Santa realizados recentemente)


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