Boletim Diocesano. Edição 475. Guarapuava.

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Diocese de Guarapuava

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Boletim Diocesano • Edição 475 • Março de 2019 • www.diopuava.org.br • Compartilhe: #diopuava

Dom Geremias Steimetz é eleito novo presidente do Regional Sul 2 da CNBB

Guarapuava sedia encontro internacional de turismo religioso

A eleição ocorreu durante a Assembleia dos Bispos do Paraná, em Toledo. Página 7

Mais de 200 pessoas são esperadas para palestras e rodas de discussões sobre o assunto. Página 23

RIO BRANCO DO IVAÍ: PARÓQUIA IMACULADA CONCEIÇÃO É PRESENÇA VIVA DA IGREJA Página 26


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Diocese de Guarapuava

Março - 2019 EDITORIAL Sempre é tempo de Missão Vivemos o período quaresmal e a Campanha da Fraternidade (CF) deste ano, nos chama a atenção para um assunto importantíssimo, que é a Política.

Dom Antônio Wagner da Silva, scj Bispo de Guarapuava

or Voz do Past Pedi ao Senhor da Messe

Pessoalmente, em comunidade, nas reuniões, nas celebrações! Se por acaso alguém estiver esquecendo, outros, outras lembrem, convidem à oração. Quinta-feira Santa 2018 – quase um ano do Lançamento oficial do “PROJETO CADA COMUNIDADE UMA NOVA VOCAÇÃO!”. Um projeto simples, fácil de executar! Abraçamos com alegria, certos de que algo mais poderia acontecer. Rezar um mistério do terço e o primeiro passo estaria dado. Rezar pelas vocações, a intenção motivação da oração. Mudar o modo de encarar as vocações – necessidade da Igreja... dom de Deus à Comunidade que reza. Ainda procuramos reconhecer e valorizar os vocacionados atuantes junto de nós, das comunidades. Verdade; foram e são muitíssimos, graças a Deus! Venho lembrar justamente isso... O PROJETO continua! Devemos seguir com persistência, com criatividade. É um PROJETO permanente, um projeto da Igreja, diremos de Deus. Repito, precisamos de persistência, de criatividade, de alegria! Os frutos já se fazem sentir e serão muitíssimos mais no futuro. As respostas do Senhor às orações não faltarão. Tenha certeza, confie! Pessoalmente, em comunidade, nas reuniões, nas celebrações! Se por acaso alguém estiver esquecendo, outros, outras lembrem, convidem à oração. Não percamos as oportunidades! Com carinho lembro um vocacionado que se empenhou inteiramente por nós: Dom Frederico Helmel – Conhece? Lembra? Obrigado Senhor! Enviai Senhor, operários à Vossa messe! A messe é grande e os operários são poucos!

Pilar de sustentação da Igreja, a Missão, a cada dia que passa se torna presença indispensável na vida de cada um. Neste momento, quando damos por concluída a edição de número 475 do Jornal A Igreja na Diocese de Guarapuava (Boletim Diocesano), queremos partilhar de momentos belíssimos de missão e evangelização. Em janeiro, o mundo inteiro vibrou com a Jornada Mundial da Juventude (JMJ) que se realizou no Panamá e que, pela primeira vez, teve um tema Mariano. “Eis aqui a serva do Senhor. Faça-se em mim segundo Tua Palavra”. (Lc 1,38). Milhares de jovens do mundo inteiro fizeram parte do evento e cada um, à sua maneira, procurou aprender e compartilhar com os demais cada experiência vivida. Dom Amilton Manoel da Silva, bispo auxiliar da arquidiocese de Curitiba, representou os bispos do Paraná na JMJ e foi responsável pela orientação de uma das catequeses para os jovens de língua portuguesa, no dia 24 de janeiro. A juventude brasileira era a terceira maior delegação presente no evento. Fazendo parte deste grupo de brasileiros e vivendo um sonho de participar da JMJ, estava o jovem Júnior Rodrigues dos Santos, de 20 anos. Júnior é seminarista da diocese de Guarapuava e cursa o terceiro ano de Filosofia. Em um artigo que escreveu para o Boletim Diocesano, ele narra a experiência única de ter participado do encontro de nível mundial e de poder, pela primeira vez em sua vida, ver o Papa Francisco e sentir a força do Pontífice em se tratando de evangelização, de doação. “Realmente, não há palavras que descrevam como foi incrível estar neste evento. Ver o santo padre, o Papa, foi maravilhoso. Posso dizer que foi divino e como o próprio Papa falava: quem estava ali era ‘Pedro’. Consegui ver Francisco de perto por duas vezes. Fiquei aproximadamente seis horas esperando pelo momento especial e único. Mas foi algo muito importante para mim, ver aquele simples homem passar, mesmo que rápido. Senti uma tremenda paz. Senti a presença do próprio Cristo [...]”, detalha Júnior em seu texto. No mesmo período em que ocorria a JMJ no Panamá, a diocese de Guarapuava trabalhava intensamente a Missão em nível local, com a sétima edição da Missão Diocesana Juvenil (MDJ), sendo a segunda fase dos trabalhos (que duram dois anos), na paróquia Nossa Senhora de Fátima, em Guarapuava. Por aqui, também se trabalhou um lema Mariano. “Fazei tudo o que Ele vos disser” (Jo 2,5). Mais de duzentos jovens participaram dos trabalhos, com suporte de uma grande equipe da comunidade. Visitas às casas e conversa com os moradores, além de troca de experiências, foram elementos que fizeram parte da MDJ. A paróquia Senhor Bom Jesus, em Cândido de Abreu, será a sede da próxima MDJ, que compreendem os anos de 2020 – 2021. Seguindo com o assunto “missão”, nesta ocasião, noticiamos com muita alegria que as paróquias São João Bosco e Santa Cruz e Nossa Senhora das Dores, ambas no decanato Centro da diocese, acolheram seus novos párocos. Padre Antonio Braz de Oliveira, da congregação dos Salesianos, foi empossado no dia 06 de fevereiro como novo pároco da paróquia São João Bosco. A celebração de posse foi presidida pelo bispo diocesano, Dom Antônio Wagner da Silva.

Por sua vez, Dom Wagner também celebrou a missa de posse na matriz Santa Cruz e Nossa Senhora das Dores na noite de 11 de fevereiro, quando deu posse a dois sacerdotes que trabalharão naquela comunidade: padre Carlos Oliveira Egler assumiu a função de pároco e padre Elizeu Nahm, responderá pelos serviços de vigário paroquial. Ambos os sacerdotes são diocesanos e pertencem ao clero de Guarapuava. Com o mesmo espírito missionário, em uma reportagem especial, contamos a história da paróquia Imaculada Conceição, em Rio Branco do Ivaí. Depois de um longo período sem pároco, devido a morte do padre Roman Ceglaski, em 23 de dezembro de 2017, padre Paulo Sérgio Vieira, que trabalhava na paróquia Sant’Ana, em Pitanga, assume a função de administrador paroquial junto àquela comunidade. A celebração de posse de padre Paulo Sérgio, foi presidida por Dom Wagner, bispo diocesano, na noite de 09 de outubro de 2018. Em se tratando de mudanças, noticiamos, nesta edição, que a Central Cultura de Comunicação, empresa que pertence à diocese de Guarapuava e que engloba as Rádios Cultura FM, 93 FM e o portal de notícias Central Cultura, recebeu seu novo diretor-geral, o padre Itamar Abreu Turco, no dia 12 de janeiro. Padre Itamar foi nomeado no dia 23 de dezembro, por Dom Antônio Wagner da Silva. Em entrevista, padre Itamar destacou que chegou para somar com a equipe do grupo e indica que haverá ótimas novidades em breve. “Nosso objetivo é oferecer o melhor para nossos ouvintes, leitores e fiéis. Temos um longo caminho pela frente e eu agradeço por poder fazer parte deste trabalho. Dom Wagner (Antônio Wagner da Silva, bispo da diocese de Guarapuava) me convidou e nós discutimos muitos pontos. Aceitei esse desafio e pretendo trabalhar junto à comunidade, sempre com foco no jornalismo, entretenimento de qualidade e evangelização”, observou padre Itamar. Vivemos o período quaresmal e a Campanha da Fraternidade (CF) deste ano, nos chama a atenção para um assunto importantíssimo, que é a Política. Com o tema: “Fraternidade e Políticas Públicas” e o lema “Serás libertado pelo direito e pela Justiça”, a CF busca conhecer como são formuladas e aplicadas as Políticas Públicas estabelecidas pelo Estado brasileiro. Palestras e estudos evidenciam os problemas e apontam soluções com medidas éticas e responsáveis. “Entre os objetivos específicos da Campanha da Fraternidade 2019, emergem promover a cultura da vida através de Políticas Públicas de educação, Saúde e Segurança Social, para o pleno desenvolvimento da consciência, a corresponsabilidade entre o homem e a mulher, e a solidariedade entre todos nas Políticas de promoção da justiça e dignidade da pessoa. [...]”, diz um trecho do texto escrito pelo cardeal Dom Orani João Tempesta, arcebispo do Rio de Janeiro (RJ), sobre a CF. Como em anos anteriores, a diocese de Guarapuava está afinada com a CF em nível nacional, regional e local e irá promover ao longo do ano de 2019, diversas palestras e encontros, com a finalidade de mostrar às pessoas que a verdadeira mudança, principalmente em se tratando de Polícia Pública, deve partir do comprometimento de cada um. Caros leitores, como podem perceber, esta edição está repleta de muitos assuntos interessantes e importantes para a Igreja e para a sociedade. Convidamos a cada um, para que leia e reflita sobre os temas do Boletim Diocesano, pois só a partir dos exercícios da leitura e do livre pensamento, podemos tomar as melhores decisões em nossas vidas. A todos, desejamos ótima leitura e, em nome de Deus, sob as bênçãos de Nossa Senhora de Belém, padroeira de nossa diocese, agradecemos pela confiança em nosso trabalho de comunicação, que tem por finalidade mostrar com clareza as ações da Igreja. Amor e luz a todos, em nome de Jesus Cristo!

Apostolado da Oração

Intenções de oração do Papa Francisco confiadas ao Apostolado da Oração (Rede Mundial de Oração). Conheça: www.aomej.org.br Oferecimento diário: Deus, nosso Pai, eu te ofereço todo o dia de hoje: minhas orações e obras, meus pensamentos e palavras, minhas alegrias e sofrimentos, em reparação de nossas ofensas, em união com o Coração de teu Filho Jesus, que continua a oferecer-se a Ti, na Eucaristia, pela salvação do mundo. Que o Espírito Santo, que guiou a Jesus, seja meu guia e meu amparo neste dia para que eu possa ser testemunha do teu amor. Com Maria, Mãe de Jesus e da Igreja, rezo especialmente pelas intenções do Santo Padre para este mês.

Março:

Pelas comunidades cristãs, em particular as que são perseguidas, para que sintam a proximidade de Cristo e para que os seus direitos sejam reconhecidos.

BOLETIM DIOCESANO / INFORME INTERNO

Rua XV de Novembro 7466 4º Andar • Sala 405 Caixa Postal 300 • CEP 85010-000 Guarapuava • PR Fone: (42) 3626-4348

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CONSELHO EDITORIAL

Dom Antônio Wagner da Silva, SCJ Padre Itamar Abreu Turco Padre Jean Patrik Soares José Luiz dos Santos Mauricio Toczek Ilustração da capa: Silvia Matos Editor: Padre Jean Patrik Soares (Jornalista) Diagramação: Mauricio Toczek Impressão: Grafinorte - Apucarana - PR Distribuição: Mitra Diocesana de Guarapuava Tiragem: 36.000 exemplares Fechamento da Edição: 20/02/19 É permitida a reprodução total ou parcial das matérias veiculadas no Boletim A IGREJA NA DIOCESE DE GUARAPUAVA, desde que citada a fonte. Nesta edição, expressamos nossos sinceros agradecimentos às seguintes pessoas, empresas e instituições que ajudaram a produção do conteúdo apresentado neste jornal e no site www.diopuava.org.br: Vatican News: www.vaticannews.va CNBB: www.cnbb.org.br CNBB Regional Sul 2: www.cnbbs2.org.br Central Cultura de Comunicação CEBs do Brasil, Cáritas Diocesana de Roraima, AFP, Ahmed Jadallah, Reuters, Cristina Rodriguez, Jacob Tuniev, Fernando Santos, Instagram, Jovens Conectados, padre João Rocha, professor Felipe Aquino, portal Canção Nova, Pastoral Carcerária, CNBB Regional Sul 1, IMC, Philip Pullella, Tony Gentile, Agência Brasil, Monsenhor João Scognamiglio Clá Dias, Isma, Revista Galileu, Chartered Institute of Personnel and Development (Reino Unido), Tomás Arthuzzi, Estúdio Ortolan, Foto Kori’s, Simone Ribeiro Cabral Fuzaro, jornal O São Paulo, Clara Velasco, G1, Nelson Neves e Blog vivertoledo.blogspot.com e Centro Integrado de Comunicação da Diocese de Toledo. Agradecemos também, aos agentes da Pastoral da Comunicação (Pascom) das paróquias e comunidades que, com seus trabalhos voluntários e evangelizadores, nos ajudam a fazer, todos os meses, este jornal!


Março - 2019

Diocese de Guarapuava

Papa diz esperar que viagem à Península Arábica ajude nas relações entre islâmicos e cristãos CATÓLICOS ULTRACONSERVADORES VÊM SE OPONDO AO DIÁLOGO COM O ISLAMISMO, E ALGUNS DIZEM QUE SEU OBJETIVO FINAL É DESTRUIR O OCIDENTE. Por Philip Pullella / Reuters

O papa Francisco disse, em 06 de fevereiro, que espera que sua viagem histórica à Península Arábica ajude a dissipar a ideia de um choque de civilizações inevitável entre o cristianismo e o islamismo. Francisco voltou a Roma um dia antes, 05 de fevereiro, depois de visitar os Emirados Árabes Unidos. (Em Abu Dhabi ele rezou a maior missa pública já realizada na península, que é o berço do Islã). “Em uma era, como a nossa, na qual existe uma tentação forte para ver um choque entre a civilização cristã e a islâmica, e até de considerar as religiões como fonte de conflitos, queria enviar outro sinal claro e decisivo de que o encontro é possível”, disse o Pontífice em sua audiência geral de rotina. Ele se referia a um documento que assinou com o xeique Ahmad el-Tayeb, grande imã da mesquita e universidade egípcia de Al-Azhar, uma das instituições teológicas e educativas mais respeitadas do islamismo. O Papa disse que o “Documento sobre a Fraternidade Humana” prova que “é possível respeitar um ao outro e dialogar, e que apesar das diferenças de cultura e tradições, os mundos cristão e islâmico prezam e protegem valores comuns”.

Assinado na segunda-feira, dia 04 de fevereiro, o documento pede que “todos os envolvidos parem de usar as religiões para incitar o ódio, a violência, o extremismo e o fanatismo cego e evitem usar o nome de Deus para justificar atos de assassinato, exílio, terrorismo e opressão”. Francisco convidou a todos a lerem o documento, dizendo que ele (o documento) oferecerá ideias sobre como indivíduos podem trabalhar pela tolerância e pela coexistência. Católicos ultraconservadores vêm se opondo ao diálogo com o islamismo, e alguns dizem que seu objetivo final é destruir o Ocidente.

EM 11 DE FEVEREIRO DE 2013 O ANÚNCIO SEM PRECEDENTES DE UM PAPA QUE DEIXA O MINISTÉRIO POR MOTIVOS DE SAÚDE E DA IDADE AVANÇADA. RECORDÁ-LO SOMENTE POR ISSO, UM ERRO A SER EVITADO. Passaram-se seis anos daquele trovão num céu sereno, a primeira renúncia de um Papa por motivos de saúde e da idade avançada. Em 11 de fevereiro de 2013, Bento XVI, quase ao completar o oitavo ano de seu pontificado, anunciava sua vontade de deixar o ministério petrino no final daquele mesmo mês, porque não se sentia mais em condições de carregar – fisicamente e espiritualmente – o peso do pontificado. O peso de um ministério que no último século mudou profundamente no que diz respeito à modalidade de seu exercício, com o acréscimo de celebrações, obrigações, compromissos, e viagens internacionais. Muito foi dito e escrito sobre aquele evento destinado a marcar a história da Igreja. E se pode correr o risco de focalizar toda a atenção somente sobre aquele gesto humilde e inesperado, acabando por passar em segundo plano o testemunho pessoal e, sobretudo, o magistério de Bento XVI. A propósito do testemunho, visto o iminente início do encontro para a proteção dos menores que terá os presidentes das Conferências episcopais do mundo inteiro reunidos no Vaticano com o Papa Francisco, vale a pena recordar que foi propriamente Bento XVI quem iniciou os encontros com as vítimas dos abusos ainda em vida. Encontros distantes das câmaras de televisão, feitos de escuta, oração e pranto. É claro, esses encontros foram acompanhados de normas mais claras e incisivas para combater a terrível chaga dos abusos. Mas não há dúvida de que a mudança de mentalidade exigida, sobretudo, aos bispos e aos superiores religiosos, passa por essa capacidade de fazer-se encontro com as vítimas e suas famílias, deixando-se ferir por suas histórias dramáticas, para tomar consciência de um fenômeno que jamais poderá ser combatido somente com normas, códigos ou best practices.

Aniv

Padres - Nascimento

Bento XVI: seis anos após renúncia, a atualidade de um magistério

Vatican News

Feelriszário

No que diz respeito ao magistério do Papa Ratzinger, muitas vezes “calcado” por leituras redutivas e clichês pré-fabricados incapazes de valorizar sua riqueza, a complexidade e a fidelidade ao ensinamento do Concílio Ecumênico Vaticano II, como recordar a insistência sobre o fato que a Igreja “não possui nada por si mesma diante d’Aquele que a fundou, de modo a poder dizer: o fizemos muito bem! Seu sentido consiste no ser instrumento da redenção, no deixar-se permear pela Palavra de Deus e no introduzir o mundo na união de amor com Deus”. Por conseguinte, o oposto do confiar nas estratégias e nos projetos. A Igreja; continuava Bento XVI, num discurso na Konzerthaus de Freiburg im Breisgau em setembro de 2011, “quando é verdadeiramente ela mesma, está sempre em movimento, deve continuamente colocar-se a serviço da missão, que recebeu do Senhor. E por isso deve sempre novamente abrir-se às preocupações do mundo, do qual, na realidade, ela mesma faz parte, dedicar-se sem reservas a tais preocupações, para continuar e tornar presente o intercâmbio sacro que teve início com a encarnação”. Naquele mesmo discurso, o Papa Ratzinger alertava para a tendência contrária. Isto é, “a de uma Igreja satisfeita de si mesma, que se acomoda neste mundo... Não raramente dá assim à organização e à institucionalização uma importância maior do que a seu chamado a ser aberta a Deus e a um abrir o mundo ao próximo”. Por isso, o Pontífice alemão mostrava, naquele discurso, “o lado positivo da secularização, que contribuiu, de modo essencial à purificação e reforma interior” da própria Igreja mesmo expropriando-a de seus bens e de seus privilégios. Porque, concluía, “livre dos fardos e dos privilégios materiais e políticos, a Igreja pode dedicar-se melhor e de modo verdadeiramente cristão ao mundo inteiro, pode ser verdadeiramente aberta ao mundo. Pode, novamente, viver com mais leveza seu chamado ao ministério da adoração a Deus e ao serviço do próximo”.

Pe. Marcos (Marek) Szczepaniak, MIC - 01/03 Pe. Fernando Antônio Stasiak - 02/03 Pe. José Carlos de Lima, SDB - 06/03 Pe. Jozef Wojnar, SCHR - 11/03 Pe. Leandro Pereira Domingues - 14/03 Pe. João Rocha, IMD - 17/03 Pe. José de Paulo Bessa - 20/03 Pe. Andrzej Wojteczek, SCHR - 20/03 Pe. Jozef Tomaszko, MIC - 21/03 Pe. Aristides Girardi, SDB - 21/03 Pe. Jean Patrik Soares - 22/03 Dom Antônio Wagner da Silva, SCJ - 25/03 Pe. Nivaldo da Silva, SVD - 25/03 Pe. Frei Célio Ferreira, OM - 27/03 Pe. Adalto José Bona - 31/03

Padres - Ordenação Pe. José Werth - 23/03

Religiosas - Nascimento

Ir. Gertrudes Balestieri, SJC - 4/03 Ir. Maria Betlinki, FC - 25/03

Religiosas - Profissão Religiosa Ir. Celita Haefliger, CSTJ - 10 /03 Ir. Hulda Lia Francener, FC - 15/03 Ir. Maria de Lurdes Silva, FC - 15/03 Ir. Sofia Stoki, FC - 15/03 Ir. Angelina Rosa Bonfim, CS - 16/03 Ir. Karen Danielle Klaczek, CS - 16/03 Ir. Ivone Burgos Eiras, SJC - 19/03

Esquecemos alguém? Por favor nos avise: jornaldiocese@gmail.com

Conheça o site da Central Cultura de Comunicação:

www.centralcultura.com.br

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Diocese de Guarapuava

Março - 2019

Seminarista da diocese de Guarapuava participa da JMJ no Panamá e relata experiência “EU VI ALEGRIA EM TODO AQUELE POVO. EU NOTEI FELICIDADE EM CADA UM QUE LÁ ESTAVA, REFORÇANDO OS TRABALHOS E A MISSÃO DE UMA IGREJA VIVA E ANSIOSA POR FAZER MELHOR”, SUBLINHA JÚNIOR RODRIGUES DOS SANTOS. O seminarista da diocese de Guarapuava, Júnior Rodrigues dos Santos, que cursa Filosofia, participou da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) no Panamá e conta como foi a experiência vivida durante uma semana de trabalhos missionários.

Júnior relata que foi uma experiência única e todos os esforços empreendidos para realizar a viagem, valeram a pena. “Eu vi alegria em todo aquele povo. Eu notei felicidade em cada um que lá estava, reforçando os trabalhos e a missão de uma Igreja viva e ansiosa por fazer melhor”, relata o seminarista.

Conforme conta em um texto que escreveu especialmente para o Centro Diocesano de Comunicação (CDC), o evento de nível mundial é o espelho de uma “Igreja em Saída”, como prega o Papa Francisco. Apesar de todas as diferenças e particularidades, segundo observa Júnior, o amor a Deus e ao próximo é capaz de unir a todos, indiferente de situação financeira ou de país de origem.

Leia o texto na íntegra:

Um tempo de alegria e de descobertas FOI UMA ALEGRIA IMENSA PODER PARTICIPAR DESTE ENCONTRO ONDE REUNIU PESSOAS DE TODO O MUNDO. FOI UMA EXPERIÊNCIA ÚNICA. LÁ EU CONSEGUI PERCEBER COMO A NOSSA IGREJA ESTÁ VIVA E QUE EM CADA LUGAR DO MUNDO HÁ JOVENS SEDENTOS DO EVANGELHO DE CRISTO. Eu me chamo Júnior Rodrigues dos Santos, tenho 20 anos e estou cursando o terceiro ano de filosofia em Francisco Beltrão. Sou seminarista e pertenço à diocese de Guarapuava. Eu e mais alguns membros de um grupo de jovens de Francisco Beltrão, conhecido como JSJC, participamos do grande encontro que foi a Jornada Mundial da Juventude (JMJ) no Panamá. Foi uma alegria imensa poder participar deste encontro onde reuniu pessoas de todo o mundo. Foi uma experiência única. Lá eu consegui perceber como a nossa Igreja está viva e que em cada lugar do mundo há jovens sedentos do evangelho de Cristo. Busquei aproveitar todos os momentos, todas as dificuldades que tive. Senti que tinha que estar lá, vivendo aquela experiência. Eu aproveitei tudo, desde horas e horas nas filas para entrar nos espaços preparados para ver o Papa, até ficar debaixo de um sol de quase quarenta e cinco graus. Tudo valeu a pena, pois eu não estava lá atrás de um ídolo, não estava me sacrificando para ver uma pessoa qualquer. Estava disposto, realmente, a enfrentar tudo para ver o Papa e aprender com ele. A alegria que percebi em cada rosto que eu encontrei, tanto no metrô, como no ônibus até mesmo na rua, serviram para que eu me certificasse de que aquela Jornada era especial, que o Panamá realmente se preparou para acolher a todos da melhor forma possível. Realmente, não há palavras que descrevam como foi incrível estar neste evento, ver o santo padre, o Papa, foi maravilhoso. Posso dizer que foi divino e como o próprio Papa falava: quem estava ali era “Pedro”. Consegui ver Francisco de perto por duas vezes. Fiquei aproximadamente seis horas esperando pelo momento especial e único. Mas foi algo muito importante para mim, ver aquele simples homem

passar, mesmo que rápido. Senti uma tremenda paz. Senti a presença do próprio Cristo, e era bonito ver que muitos que estavam próximos de mim choravam, gritavam de alegria, pois era indescritível o sentimento que batia em nossos corações. Eu, particularmente, fui com o propósito de beber da catequese de Francisco, mas principalmente alimentar o desejo que sinto em meu coração pelo sacerdócio. Eu, hoje posso garantir, que lá eu fui muito bem alimentado não só de comida, mas, principalmente, pelos ensinamentos de padres e bispos do mundo todo. Aquela Igreja em Saída que o Papa tanto fala, lá eu pude ver e ser testemunha das maravilhas que vêm ocorrendo mundo afora. Tudo isso também era possível perceber nos olhos da cada padre, bispo, cardeal, religiosa que lá estava. A Igreja, de fato acontece quando há pessoas empenhadas. E cada um que lá estava, se empenhou, abriu mão de muitas outras coisas para viver o momento importante e alentador do encontro, da partilha do amor ao próximo. Na JMJ, eu tive a certeza de que estou no caminho certo e de que o sacerdócio é minha estrada. A alegria era percebida em qualquer lugar do Panamá. Realmente, podemos dizer que o povo daquele País é muito acolhedor e doce. Com seus costumes diferen-

tes, com suas tradições peculiares, eles mostram que anseiam pelo mesmo Cristo e que precisam desta força espiritual para continuar a sustentar a Igreja para além das fronteiras. Eu digo que o povo do Panamá é muito lindo e rico. Percebendo as particularidades sobre a maneira de celebrar missas de cada povo, nos diferentes lugares do mundo, de acordo com cada cultura, muito do preconceito que havia em mim, se quebrou. Isso abriu meus olhos para a Liturgia, para o santo sacrifício que é o mesmo em todos os lugares do mundo, apenas adaptado aos costumes e à vivência dos povos das comunidades. A Igreja é bela por suas diferenças. A vida com base em Jesus Cristo é intensa e livre, embora às vezes com percalços e até dor... O Papa Francisco diz com frequência que “o jovem não deve ser o amanhã, nem o futuro, pois o jovem é o agora”. Eu vivi esse agora e sei que sempre é tempo de mudança e de decidir pelo melhor caminho a ser seguido. Durante todo o tempo, principalmente nos eventos com a presença do Pontífice, busquei aproveitar cada momento, de coração aberto, de alma livre. Esta foi a primeira Jornada Mundial da Juventude de inspiração Mariana. Nas palestras, encontros, discussões, havia ênfase a Nossa Senhora. “Eis aqui a Serva do senhor, faça-se em mim segundo Tua Palavra”. Este foi o tema que norteou a JMJ no Panamá e que deve ecoar por muitos anos nas mentes e nos corações de quem lá esteve. Exemplo de fé e humildade, Maria iluminou e continua a iluminar a caminhada de todos e eu só tenho a agradecer por isso. Muito obrigado! Seminarista Júnior Rodrigues dos Santos

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Março - 2019

REGIONAL SUL 2 DA CNBB - A IGREJA NO PARANÁ

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Cardeal Sergio da Rocha e Dom Vilsom Basso avaliam a JMJ Panamá 2019 OS DOIS BISPOS RESSALTARAM AS DIFICULDADES DOS JOVENS BRASILEIROS CONSEGUIREM VIAJAR AO PANAMÁ. APENAS 5.898 PEREGRINOS PARTICIPARAM DA JORNADA. NA POLÔNIA, EM 2016, 12 MIL BRASILEIROS ESTIVERAM JMJ.

CNBB

Em 27 de janeiro, foi concluída a Jornada Mundial da Juventude(JMJ) Panamá 2019. Ao Portal da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), o arcebispo de Brasília e presidente da entidade, cardeal Sergio da Rocha, e o bispo de Imperatriz (MA) e presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Juventude da Conferência, Dom Vilsom Basso, ofereceram suas considerações sobre o evento, que chegou a reunir mais de 600 mil pessoas na Cidade do Panamá, em momentos que contaram com a participação do Papa Francisco. “A JMJ revela o amor da Igreja pelos jovens e, ao mesmo tempo, o amor dos jovens pela Igreja. As cenas bonitas da multidão de jovens, sempre muito animados e unidos ao Papa, mostra que os jovens valorizam a Igreja e querem caminhar com a Igreja, com o Papa e com os jovens do mundo inteiro”, afirma o cardeal Sergio da Rocha. Ele ressalta ainda que esta é “ocasião especial para renovar a esperança e o compromisso de evangelizar a juventude contando com os próprios jovens”. E neste contexto de JMJ pós-sínodo para a Juventude, realizado em outubro do ano passado (2018), as palavras do Papa sobre a evangelização da juventude eram esperadas com muita esperança. Para Dom Sergio, o pontífice ressaltou a importância dos jovens no “hoje” da Igreja.

“É importante reconhecer com gratidão e valorizar a participação dos jovens na Igreja. Mas, bem sabemos que um grande número deles não participa da Igreja, não conhece a Jesus, não tem experiência de vida cristã. Por isso, precisamos redobrar os esforços para evangelizar a juventude, contando com os próprios jovens, e procurar abrir mais espaços para a participação da juventude na Igreja, a começar da comunidade local”, afirmou. Na avaliação de Dom Vilsom Basso, a mensagem do Papa Francisco “foi outra vez forte, simples penetrante e inspiradora”. Dom Sergio conta que o Pontífice “nos incentivou a olhar para a realidade concreta da juventude, procurando amar e servir a todos, especialmente os que passam por situações mais difíceis”, indicando ainda a JMJ como convite à atuação não somente no interior das comunidades, “mas também na vida cotidiana, testemunhando a fé nos diversos ambientes da sociedade, especialmente no meio dos jovens”. Os dois bispos ressaltaram as dificuldades dos jovens brasileiros conseguirem viajar até o país da América Central. “Foram 5.898 peregrinos brasileiros inscritos na JMJ. Poderiam tem sido muito mais. A primeira avaliação que fazemos é sobre a dificuldade extrema encon-

trada para comprar passagens para o Panamá e o alto preço das mesmas. Só para comparar: para Cracóvia, foram 12 mil peregrinos do Brasil. Mas a participação dos jovens brasileiros na JMJ foi marcante, nas catequeses e demais atividades”, partilha Dom Vilsom. O cardeal Sergio constata que o anúncio da próxima JMJ em Portugal animou ainda mais a juventude brasileira que já está começando a se preparar para estar presente em Lisboa. A expectativa do Patriarcado de Lisboa e do Dicastério para os Leigos a Família e a Vida, responsáveis pela organização da JMJ 2022, é a mesma, de marcante participação brasileira e de outros países lusófonos, como Moçambique, Angola e Cabo Verde.

BISPOS DO BRASIL “Éramos mais de 30 bispos do Brasil, e vários de nós nos hospedamos em casas de família”, conta Dom Vilsom, para indicar outro destaque de sua avaliação: a acolhida “calorosa e ‘onipresente’ do povo panamenho e dos voluntários. Quanta gentileza e bondade”. Para Dom Sergio da Rocha, a participação dos bispos do Brasil no Panamá, colaborando nas catequeses e participando das celebrações, também demonstrou “a unidade com o Papa Francisco e o desejo de valorizar sempre mais os jovens na Igreja e na sociedade”.

“CALOR E COLOR” Dom Vilsom Basso também destacou em suas impressões a música, a alegria, a vibração, a animação e as cores durante o evento: “América Central havia prometido fazer uma JMJ com estilo latino americano e rosto caribenho e o fez. O Papa sentiu isto e usou a expressão em espanhol ‘calor e color’”, lembrou o bispo. O presidente da Comissão para a Juventude da CNBB ressalta ainda a organização do evento em seus grandes atos, como a abertura, a acolhida do Papa, a via-sacra, a vigília e a missa de envio: “precisa, simples, eficiente e bonita”. Nem os “pequenos imprevistos, especialmente nos primeiros dias tiraram o brilho do evento”, avalia. “Panamá e América Central deixam um belo exemplo de trabalho conjunto e solidário para toda a Igreja. Agradecemos a Dom José Domingo Ulloa, arcebispo do Panamá, e toda a sua equipe por este ‘regalo’ [presente] a todos nós”. “Deus seja louvado por esta jornada, e que seus frutos acompanhem os jovens até 2022, quando se reencontrarão com o sucessor de Pedro, em Lisboa”, projeta Dom Vilsom.

“O Papa Francisco nos incentivou a olhar para a realidade concreta da juventude, procurando amar e servir a todos.” Cardeal Sérgio da Rocha


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Março - 2019

REGIONAL SUL 2 DA CNBB - A IGREJA NO PARANÁ

Dom Amilton Manoel da Silva representou o Paraná na Jornada Mundial da Juventude 2019 O EVENTO QUE OCORREU NO PANAMÁ, DE 22 A 27 DE JANEIRO, REUNIU PESSOAS DO MUNDO TODO. A JUVENTUDE BRASILEIRA FOI A TERCEIRA MAIOR A PARTICIPAR DO ENCONTRO RELIGIOSO. Regional Sul 2 da CNBB

Dentre os mais de 300 bispos do mundo, presentes na Jornada Mundial da Juventude, no Panamá, estava Dom Amilton Manoel da Silva, bispo-auxiliar da arquidiocese de Curitiba e referencial para a juventude no Paraná. Ele foi responsável pela orientação de uma das catequeses para os jovens de língua portuguesa, no dia 24 de janeiro. Dom Amilton representou os bispos do Paraná junto à juventude brasileira, que era a 3ª maior delegação presente no evento. Num gesto de comunhão com a Igreja e a juventude que acom-

panhava a Jornada aqui do Brasil, todos os dias, Dom Amilton enviou um relato sobre o que estava vivendo no Panamá. Os áudios foram editados em vídeo e compartilhados pelo WhatsApp e as redes sociais do Regional Sul 2 da CNBB. Dessa forma, houve um experimento daquilo que o Papa Francisco escreveu na Mensagem para o Dia mundial das Comunicações Sociais de 2019, de que se as redes sociais forem um “complementar do encontro em carne e osso, vivido através do corpo, do coração, dos olhos, da contemplação, da respiração do outro”, então ela permanecerá “um recurso para a comunhão”.

Ponta Grossa sedia reunião com missionários que retornam da África

A PRIMEIRA PARTE DA REUNIÃO FOI UM MOMENTO DE PARTILHA E OS MISSIONÁRIOS CONTARAM, ESPECIALMENTE, COMO FOI RETORNAR PARA O BRASIL APÓS UM PERÍODO INTENSO DE MISSÃO.

Conselho Nacional do Laicato do Brasil (CNLB) do Regional Sul 2 da CNBB elege nova diretoria A 33ª EDIÇÃO DO EVENTO QUE REUNIU LIDERANÇAS ESTADUAIS FOI REALIZADA EM FOZ DO IGUAÇU (PR), NOS DIAS 16 E 17 DE FEVEREIRO. JOÃO PAULO ANGELI É O NOVO PRESIDENTE. A NOVA DIRETORIA FICARÁ NO CARGO POR TRÊS ANOS. Com informações do CNLB S2

Regional Sul 2

No dia 08 de fevereiro, em Ponta Grossa (PR), o Conselho Missionário Regional (COMIRE), representado pelo bispo referencial para a dimensão missionária no Paraná, Dom Sérgio Arthur Braschi, pelo secretário executivo do Regional Sul 2, padre Valdecir Badzinski e pelo coordenador, Odaril José da Rosa, reuniu-se com alguns missionários que já estiveram na Missão Católica João Paulo VI, na Guiné-Bissau, África, para pensar os passos futuros da missão. Participaram da reunião, o diácono Pedro Lang, que esteve na missão por quatro anos, Samara Taíza Zwirtes, que esteve por dois anos e o padre Ivan Luiz Walter, que esteve por um ano e meio naquela missão católica. A primeira parte da reunião foi um momento de partilha e os missionários contaram, especialmente, como foi retornar para o Brasil após um período intenso de missão. Eles também falaram sobre como foi a acolhida da família e da comunidade. Em seguida, padre Valdecir e Odaril, partilharam sobre a visita que fizeram à missão no mês de janeiro, e conversaram sobre os próximos passos a serem dados, espe-

cialmente, os encaminhamentos para o início da construção física e organizacional de uma escola naquela região de um dos países mais pobres do mundo. Conversaram com Dom Sérgio sobre quais os pontos precisam ser levados para aprovação na Assembleia dos Bispos do Paraná (que este ano foi realizada na cidade de Toledo, Oeste do Estado, de 17 a 20 de fevereiro). Na parte da tarde, a equipe discutiu sobre como continuar o trabalho de visita às dioceses para a animação missionária. Os missionários presentes se puseram à disposição para ajudar o COMIRE nesta tarefa. Ao fim do encontro, padre Valdecir agradeceu aos presentes pelo momento de partilha e colaboração para com a Igreja do Paraná. “Cada um que aqui está, ajuda a Igreja do Paraná a crescer em sua consciência missionária. Os que estiveram na missão na Guiné-Bissau, tiveram a oportunidade de testemunhar as maravilhas da doação. Essa vivência possibilitou crescimento pessoal, mas também um grande avanço em se tratando de Igreja”, disse o secretário executivo.

O Conselho Nacional do Laicato do Brasil, Regional Sul 2 da CNBB (CNLB S2) realizou, nos dias 16 e 17 de fevereiro, sua trigésima terceira Assembleia Geral Ordinária. O encontro foi em Foz do Iguaçu, no Oeste do Paraná. Com o tema “Protagonistas da Transformação da Sociedade” e o lema ‘‘ser sal da terra e luz do mundo’’, a Assembleia foi pautada por momentos de estudos, análise, encontro e partilha das vivências dos leigos em se tratando de Igreja e de sociedade. Houve também a eleição e posse da nova presidência Regional para o triênio 2019/2021. Os trabalhos começaram às 8h do sábado, 16 de fevereiro e terminaram às 13h30 de domingo, dia 17. A Assembleia ocorreu no Centro de formação Dom Aurélio Fazza.

Seguindo o que reza o Artigo 11 do Estatuto do CNLB S2, participaram da Assembleia, cinco delegados de cada arquidiocese ou diocese e três delegados de âmbito regional, de cada organização filiada, com direito a voz e voto. O encontro também abriu a possibilidade da participação de mais pessoas por diocese, uma vez que esta, segundo os organizadores, foi considerada uma oportunidade para reflexão e formação, ao laicato do Paraná.

ELEIÇÃO Ao fim dos trabalhos, houve a eleição e tomada de posse da nova diretoria do CNLB do Paraná. Os eleitos permanecerão no cargo pelos próximos três anos. As seguintes pessoas foram escolhidas para atuar à frente do Laicato paranaense:

PRESIDÊNCIA: Presidente: João Paulo Angeli; Primeiro Vice-presidente: José Lima; Segundo Vice-Presidente: Walter de Souza Fernandes; Terceiro Vice-Presidente: Rafael Arruda de Almeida; Quarto Vice-Presidente: Hamilton Odilon Basso; Secretária: Maria Dirce dos Santos Laureano; Secretária Adjunta: Maria de Jesus Nascimento Pereira; Tesoureira: Silvana Izabel Machado Spisila; Tesoureiro Adjunto: Marcio José Antunes da Costa. CONSELHO FISCAL: Titulares: Gilberto Ivan dos Santos, Antônio Pitol e João Roberto Dorneles. Suplentes do Conselheiro Fiscal: Oscar Herberto Fursterberger, Adriana Cristina Santos Ruiz e Tereza Maria Pauliqui Peluso.


Março - 2019

REGIONAL SUL 2 DA CNBB - A IGREJA NO PARANÁ

Diocese de Guarapuava

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Dom Geremias Steimetz é eleito novo presidente do Regional Sul 2 da CNBB em Assembleia realizada em Toledo A ELEIÇÃO OCORREU DURANTE A ASSEMBLEIA DOS BISPOS DO PARANÁ, EM TOLEDO. O ARCEBISPO DE LONDRINA TERÁ COMO VICE-PRESIDENTE DOM JOSÉ ANTÔNIO PERUZZO, ARCEBISPO DE CURITIBA E COMO SECRETÁRIO-GERAL, DOM AMILTON MANOEL DA SILVA, BISPO AUXILIAR DE CURITIBA. De 17 a 19 de fevereiro, a diocese de Toledo, no Oeste do Estado, sediou a Assembleia dos Bispos do Paraná, convocada pelo Conselho Episcopal do Regional Sul 2 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). Dentre os diversos assuntos de interesse da Igreja no Paraná, os bispos elegeram, na tarde de 19 de fevereiro, último dia do encontro, a presidência do Regional Sul 2 da CNBB para os próximos quatro anos. Para presidente foi eleito Dom Geremias Steinmetz, arcebispo de Londrina; vice-presidente Dom José Antônio Peruzzo, arcebispo de Curitiba e secretário-geral, Dom Amilton Manoel da Silva, bispo auxiliar de Curitiba. A nova presidência assumirá, oficialmente, a coordenação do Regional durante a Assembleia Geral dos Bispos do Brasil, que será em Aparecida (SP), de 01 a 10 de maio de 2019. Além da eleição da presidência do Regional, os bispos também refletiram e avaliaram a caminhada da ação evangelizadora da Igreja Católica no Paraná. Dentre os assuntos discutidos e estudados, destacam-se a missão católica da Igreja do Paraná em Guiné-Bissau (África), com presença de missionários paranaenses; campanha “Cada comunidade uma nova vocação”, com incentivo ao surgimento de novas vocações para a Igreja (padres, religiosos e religiosas) e campanha “A mim o fizestes”, que trata da motivação para a caridade cristã. As iniciativas que foram partilhadas entre os bispos no evento, devem resultar em ações que afetam diretamente a caminhada de fé de 7,3 milhões de católicos no Estado.

A Assembleia se realizou na diocese de Toledo, em razão do Jubileu celebrativo dos 60 anos de sua criação. O arcebispo de Cascavel e até então, presidente do Regional Sul 2, Dom Mauro Aparecido dos Santos e Dom João Carlos Seneme, bispo da diocese de Toledo, foram os anfitriões do encontro. Participaram do evento os membros do episcopado que estão em quatro Províncias Eclesiásticas que são: Província de Curitiba, com cinco dioceses e uma arquidiocese; Província de Cascavel, com três dioceses (dentre elas a de Toledo) e uma arquidiocese; Província de Londrina, com três dioceses e uma arquidiocese; Província de Maringá, com três dioceses e uma arquidiocese; Metropolia Ucraniana e Eparquia Ucraniana. A abertura do evento foi no domingo, dia 17 de fevereiro, com missa às 19h na catedral Cristo Rei. O encontro entre os bispos ocorreu em evento fechado, no Instituto João Paulo II.

RECEPÇÃO

A acolhida aos bispos, arcebispos e administradores diocesanos se deu em clima de muita festa e celebração na catedral Cristo Rei. Na ocasião, o bispo da diocese de Toledo, Dom João Carlos Seneme, deu as boas-vindas aos irmãos de episcopado. “Estamos muito contentes porque toda a Igreja no Paraná está presente aqui na nossa diocese. Tivemos uma celebração muito bonita de acolhida que mostra a nossa caminhada de fé”, afirmou. O arcebispo de Cascavel e presidente do Regional Sul 2, Dom Mauro Aparecido dos Santos, antes do início dos trabalhos, sublinhou a importância da Assembleia para a Igreja do Paraná. Conforme Dom

Mauro, o momento seria o de rever os diversos pontos da caminhada da Igreja paranaense. Ele classificou a revisão dos assuntos como algo necessário para dar sequência aos trabalhos neste novo ano. “É uma assembleia bastante propícia para a convivência fraterna entre nós. Faremos a revisão do ano e um ponto que sempre se discute é a missão católica em Guiné-Bissau. É uma missão para a qual temos que tomar muitas atitudes. Temos que pensar na escola, algo que envolve dinheiro, pessoas, responsabilidades para dar continuidade. Temos que ter tempo para refletir sobre isso. No Regional (Sul 2), já concluímos muitos assuntos de construções, graças a Deus. Logo agora, é só quase que assuntos da caminhada pastoral”, explanou Dom Mauro. O arcebispo também pontuou que na pauta da Assembleia, estavam marcadas reflexões sobre a Pastoral da Saúde e Pastoral Carcerária, além da possibilidade da Província Eclesiástica receber a Romaria da Terra futuramente.

ÍCONE DE CRISTO REI

Todos os bispos, arcebispos e administradores diocesanos foram agracia-

dos com um ícone de Cristo Rei, patrono da diocese e da paróquia/catedral do município de Toledo. O ícone traz uma releitura da imagem de Cristo Rei nas comemorações do jubileu diocesano. Produzida pelo artista plástico, Antonio Batista de Souza Junior, de São Paulo, a obra confronta a imagem dos reis da história com suas coroas de ouro e pedras preciosas, cetro e trono com a imagem d’Aquele que os cristãos seguem. Cristo Rei do Universo é apresentado com a coroa de espinhos, o pergaminho e a cruz, tendo ao fundo a representação do firmamento.

60 ANOS DA DIOCESE DE TOLEDO

A Assembleia dos Bispos do Paraná ocorreu no contexto celebrativo pelos 60 anos de criação da Diocese de Toledo. Até o mês de junho, todas as 31 paróquias, com suas capelas e comunidades rendem graças a Deus pelas bênçãos derramadas em todas as suas iniciativas de fraternidade, caridade e esperança. Com informações e fotos do jornalista Paulo Weber Júnior, da Revista Cristo Rei/ Centro Integrado de Comunicação da diocese de Toledo e blog: www.vivertoledo.blogspot.com

REGIONAL SUL 2: Eleita nova presidência da Organização dos Seminários e Institutos do Brasil O TEMA ABORDADO FOI: IMPLICAÇÕES DA NOVA RATIO FUNDAMENTALIS NA APLICAÇÃO DA RATIO NATIONALIS, ASSESSORADO PELO PADRE JOSÉ CARLOS DOS SANTOS, DO CLERO DA ARQUIDIOCESE DE MARIANA (MG). Regional Sul 2 - www.cnbbs2.org.br

De 04 a 07 de fevereiro, a diocese Jacarezinho, no Norte do Paraná, sediou a 38ª Assembleia Regional da Organização dos Seminários e Institutos do Brasil (OSIB). O encontro de três dias foi realizado no Seminário Diocesano Maior de Teologia, Divino Mestre. O tema abordado foi: Implicações da Nova Ratio Fundamentalis na aplicação da Ratio Nationalis, assessorado pelo padre José Carlos dos Santos, do clero da arquidiocese de Mariana (MG). Durante a assembleia, foi realizada a eleição da nova presidência, no dia 05 de fevereiro, com a presença de Dom Antonio Braz Benevente, bispo de Jacarezinho. Foi eleito presidente da OSIB Regional Sul 2, o Padre Wilson Santos Morais, reitor do Seminário Propedêutico da diocese de Ponta Grossa (PR); vice-presidente o padre Roberto Carlos Reis, reitor do Seminário de Filosofia da diocese de Campo Mourão (PR); tesoureiro o padre Marcos André de Oliveira, reitor do Seminário Propedêutico da arquidiocese de Maringá (PR).

Caberá ao padre Wilson Santos escolher o secretário para colaborar com a equipe. Dom Celso Marchiori, bispo de São José dos Pinhais (PR), é o referencial que acompanha os trabalhos da OSIB no Paraná.

O novo presidente expressou sua surpresa com o resultado. “Eu havia definido em quem votar e estava muito tranquilo. Quando saiu o resultado da primeira votação, fiz uma observação a meu respeito que considerava pertinente, entretanto ao final da votação,

fui escolhido para presidir os serviços da OSIB em nosso Regional. Pensei no tempo que já existe a OSIB, quanta luta, doação, dedicação e empenho de bons padres que estiveram à frente desse serviço e me sinto muito pequeno e responsabilizado! É evidente que não se trata de fazer algo sozinho. Posso contar com a equipe, o padre Roberto, o padre Marcos e, penso também em pedir ajuda a um colega, muito capaz, de minha diocese para nos ajudar no serviço de secretaria. Não tenho dúvidas de que contamos com a colaboração de nosso bispo referencial, Dom Celso Marchiori, e de todos os formadores de nosso Estado. Todos nós sabemos os desafios que vivemos no processo formativo. Então, somar forças e crescer juntos é uma graça da qual não se pode prescindir. A formação é algo que exige confiança no chamado de Deus, amor à Igreja, investimento humano, dedicação e compromisso mútuos; vou procurar, juntamente com a equipe, desenvolver os serviços, continuar os trabalhos e fazer bem-feito o que nos couber”, expressou no novo presidente.


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Diocese de Guarapuava

Março - 2019

Campanha da Fraternidade 2019:

incentivo à participação cidadã na construção de Políticas Públicas SEGUNDO O COORDENADOR DA AÇÃO EVANGELIZADORA NA DIOCESE DE GUARAPUAVA, PADRE ITAMAR ABREU TURCO, ESTA É UMA OPORTUNIDADE MUITO IMPORTANTE PARA QUE SE DÊ SEQUÊNCIA NOS TRABALHOS DA CF DE 2018. Da redação com CNBB

Buscando estimular a participação em Políticas Públicas, à luz da Palavra de Deus e da Doutrina Social da Igreja para fortalecer a cidadania e o bem comum, sinais de fraternidade, a Campanha da Fraternidade (CF) 2019 terá início em todo o país no dia 6 de março. Com o tema “Fraternidade e Políticas Públicas” e o lema “Serás libertado pelo direito e pela Justiça”, a CF busca conhecer como são formuladas e aplicadas as Políticas Públicas estabelecidas pelo Estado brasileiro. Como forma de despertar a consciência e incentivar a participação de todo cidadão na construção de Políticas Públicas em âmbito nacional, estadual e municiGUARAPUAVA Segundo o coordenador da Ação Evangelizadora na diocese de Guarapuava, padre Itamar Abreu Turco, esta é uma oportunidade muito importante para que se dê sequência nos trabalhos da CF de 2018, que trouxe a violência como tema central. “A partir do dia 06 de março, aqui em nossa diocese, vamos promover debates, encontros, palestras e celebrações, sempre com foco no tema da Campanha. Como cristãos, temos o dever de primar pela formação política, em especial, oferecer esta formação aos jovens de nossa comunidade. Esta é uma oportunidade para envolver os poderes executivo, legislativo e judiciário neste diálogo, com o intuito de esclarecer a todos sobre cidadania, direitos e deveres. Cada um de nós precisa saber diferenciar a ‘política’ das ‘Políticas Públicas’ para assim, despertar a consciência e incentivar a participação de todos os cidadãos neste contexto que é de construção e de conhecimento”, grifou padre Itamar.

pal, a Comissão Nacional da CF preparou o texto-base, que contou com a participação e contribuição de vários especialistas e pesquisadores, bem como com a consulta a lideranças de movimentos e entidades sociais. Dividido no método ver, julgar e agir, o subsídio aponta uma série de iniciativas que ajudarão a colocar em prática as propostas incentivadas pela Campanha. Como exemplo dessas ações, o texto-base além de contextualizar o que é o poder público, os tipos de poder e os condicionantes nas políticas públicas, fala sobre o papel dos atores sociais nas Políticas Públicas. A participação da sociedade no controle social das Políticas Públicas é outro tema de destaque no texto-base.

“Política Pública não é somente a ação do governo, mas também a relação entre as instituições e os diversos atores, sejam individuais ou coletivos, envolvidos na solução de determinados problemas”, afirma o secretário-geral da CNBB, Dom Leonardo Ulrich Steiner. Ainda segundo Dom Leonardo, serão utilizados princípios, critérios e procedimentos que podem resultar em ações, projetos ou programas que garantam aos povos os direitos e deveres previstos na Constituição Federal e em outras leis. Por isso, segundo ele, a temática se fez necessária para a CF de 2019. “Políticas Públicas são as ações discutidas, aprovadas e programadas para que todos os cidadãos possam ter vida digna”, afirma dom Leonardo.

CARTAZ CF 2019 Levando em consideração que as Políticas Públicas dizem respeito a toda a sociedade em suas várias dimensões, e que visam assegurar os direitos humanos mais elementares para que cada pessoa tenha condições de viver com dignidade, o autor do cartaz da CF 2019 padre Erivaldo Dantas, buscou ressaltar na arte, através de silhuetas, a presença de algumas categorias sociais que considera importante para a reflexão da Igreja e da sociedade. A escolha da obra vencedora foi feita pelo Conselho Episcopal Pastoral (Consep) da CNBB, e devia obedecer a especificações estipuladas no edital do concurso, entre as quais, evidenciar o tema da CF 2019: “Fraternidade e Políticas Públicas” e o lema “Serás libertado pelo direito e pela justiça (Is 1,27)”. “Desejo que a proposta para o Cartaz da CF possa representar o anseio da Igreja no Brasil de ajudar a sociedade a refletir e reconhecer seus direitos, através das Políticas Públicas, ou, quem sabe, entender e discutir a necessidade da elaboração de novas políticas em consonância com as necessidades humanas da sociedade atual”, finaliza o padre. O cartaz também está disponível no site da Editora CNBB, assim como o CD e o DVD da Campanha.

Diocese de Guarapuava promove encontro da Campanha da Fraternidade SUBSÍDIOS Além do texto-base, outros materiais foram produzidos para dar apoio nesta missão: círculos bíblicos, que trazem aprofundamento da Palavra de Deus; sugestão de celebração ecumênica, para reunir pastores e representantes de outras Igrejas na preparação desse evento; a Cartilha Fraternidade Viva, rodas de conversa com a perspectiva de aprofundar-se no tema e a vigília eucarística e celebração da misericórdia. Também pensando nos jovens, a Comissão para a Juventude da CNBB preparou um material que é direcionado a juventude das diversas realidades eclesiais, para que sejam contagiados pela Luz de Cristo. Aos educadores, por ter um papel fundamental na sociedade, fazendo com que os educandos sejam sempre esclarecidos sobre a sua realidade e as possibilidades de melhor desenvolver a sociedade, foi preparado subsídios para o Ensino Fundamental I e II, Ensino Médio e Ensino Superior. Todos eles estão disponíveis no site da Editora da CNBB.

TELES FALEIROS LEMOS, DO CONSELHO DIOCESANO DE LEIGOS, ROZALINO RAMOS,DA AÇÃO EVANGELIZADORA E PROFESSOR CLÁUDIO ANDRADE, DE POLÍTICAS PÚBLICAS, SERÃO OS PALESTRANTES DO ENCONTRO. A Ação Evangelizadora da diocese de Guarapuava promove um encontro de formação da Campanha da Fraternidade (CF). O evento será no dia 9 de março, das 13h às 19h, no Salão Azul da catedral Nossa Senhora de Belém. Todos são convidados a participar do evento formativo que tem por objetivo falar da importância da CF para a sociedade. Com o tema “Fraternidade e Políticas Públicas”, e lema embasado no Livro de Isaías, capítulo 1, versículo 27, que diz: “Serás libertado pelo direito e pela justiça” (Is 1,27), durante o ano todo, mas principalmente no período da Quaresma, a intenção é levantar o máximo de questões acerca do assunto, para que a sociedade se sinta aberta ao amplo debate.

PALESTRANTES Teles Faleiros Lemos, do Conselho Diocesano de Leigos, Rozalino Ramos, da Ação Evangelizadora e professor Cláudio Andrade, de Políticas Públicas, serão os palestrantes do encontro. Inscrições e informações podem ser obtidas pelos telefones: 42 3626 4348 e 42 9 9964 1886. A catedral Nossa Senhora de Belém está situada à rua Senador Pinheiro Machado, 1931, centro de Guarapuava.


Março - 2019

Diocese de Guarapuava

ARTIGO: Campanha da Fraternidade 2019 TEMA: FRATERNIDADE E POLÍTICAS PÚBLICAS. LEMA: “SERÁS LIBERTADO PELO DIREITO E PELA JUSTIÇA” (IS 1, 27) Cardeal Orani João Tempesta Arcebispo do Rio de Janeiro (RJ) Em 1961 três Sacerdotes que atuavam junto a Caritas Brasileira, decidiram em promover uma campanha para arrecadação de fundos para as atividades assistências da Igreja local. Esta atividade foi chamada de Campanha da Fraternidade. No contexto da Quaresma de 1962, foi a ocasião em que se deu pela primeira vez a experiência da Campanha da Fraternidade, na cidade de Natal, Estado do Rio Grande do Norte, numa iniciativa do Cardeal Eugênio de Araújo Sales. Daí, a Campanha foi assumindo, dentro do contexto de conversão quaresmal, todas as demais dioceses do Brasil. Cada ano, temos um assunto a ser aprofundado. Neste ano, o tema que nos é proposto pela Igreja no Brasil, nos faz refletir sobre as Políticas Públicas, a necessidade de Políticas que promovam a dignidade humana no Brasil. O tema “Fraternidade e Políticas Públicas” dá continuidade ao do ano passado sobre a Paz. O lema nos inspira na Sagrada Escritura e nos posiciona com os olhos no futuro: “Serás libertado pelo direito e pela justiça” (Is 1, 27). O Reino já está “em nosso meio”, porém precisamos fazer nossa parte quando por um impulso do coração, guiado por uma fé límpida, nos tornemos uma fraternidade de irmãos e irmãs. Mas para isso, devemos descer da montanha, agir como o “bom samaritano”, com humildade e amor, e nos curvar à vida do irmão, numa atitude de dom e reverência à vida, movida pelo seu valor intrínseco, e pelo lugar que ocupa na hierarquia dos valores. O amor existe e sobrevive, apesar de tudo, no silêncio de muitos corações, mas só terá sua plenitude na relação coerente de cada pessoa e de toda comunidade, com este amor. A Igreja pode ser um lugar do anúncio e denúncia de tudo o que pode ferir a dignidade das pessoas, especialmente daqueles que são privados de seus direitos é preciso conquistar políticas sociais (públicas) que garantam uma vida digna aos pobres, ou seja, formas de construir a vida dos cidadãos. Cabe à Igreja, em sua missão de anunciar Jesus Cristo, e como consequência, chamar a sociedade a ser mais justa; favorecer o diálogo e a ação transformadora, consciente de ser uma das forças vivas da sociedade. A Igreja segue firme sua missão em favor das Políticas Públicas que promova a cidadania e o direito da pessoa. A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) propõe que durante esta Quaresma, através da Campanha da Fraternidade, a sociedade reflita sobre a necessidade de promover uma cultura de paz em meio a tanta violência, o caminho pode ser através das Políticas Públicas. Com a Campanha da Fraternidade, somos chamados a sermos os protagonistas da superação da violência, fazendo-nos mensageiros e construtores da paz, promovendo e incentivando mais Políticas Públicas que favoreça a segurança e o bem-estar das pessoas. A paz contínua, fruto do desenvolvimento integral de todos, nascido de um novo relacionamento com todas as criaturas, este também é o sonho de nosso Deus. Deve ser nosso compromisso constante, como Igreja Povo de Deus. A vida e a dignidade do povo, dos grupos sociais mais vulneráveis, são afetadas, com frequência, por ausência de Políticas que contemplem as suas necessidades integrais de subsistência.

Esta é uma realidade complexa, embora a ação de todos seja importante, ações comunitárias são necessárias. Daí o apelo que a Igreja no Brasil, através da Campanha da Fraternidade, faz a toda a sociedade e seus representantes. O objetivo geral da Campanha é levar a Igreja e a sociedade a se empenhar na defesa e promoção da vida humana, sobretudo quando esta vida é ameaçada, perseguida, oprimida por qualquer sistema de injustiça e opressão. A Igreja tem consciência de que a vida humana é uma dádiva de Deus. Entre os objetivos específicos da Campanha da Fraternidade 2019, emergem promover a cultura da vida através de Políticas Públicas de educação, Saúde e Segurança Social, para o pleno desenvolvimento da consciência, a corresponsabilidade entre o homem e a mulher, e a solidariedade entre todos nas Políticas de promoção da justiça e dignidade da pessoa. A Igreja, através da Campanha da Fraternidade 2019, quer fomentar o diálogo e trabalhar em conjunto, com as diversas camadas da sociedade, com as pessoas de diferentes origens culturais e religiosas. A Igreja deseja procurar maneiras comuns de promover mais Políticas Públicas para todos, especialmente aos mais vulneráveis que na sua maioria são vítimas da exclusão social. A Igreja como Mãe e fiel ao Evangelho das bem-aventuranças, pretende continuar cada vez mais do lado dos pobres e oprimidos, acolher, proteger, e encorajar estes irmãos e irmãs para promover e respeitar sua dignidade. A Campanha da Fraternidade 2019 visa desenvolver uma consciência crítica nas pessoas diante de estruturas que geram a morte e promovem a manipulação da vida humana; e antes de tudo propor e apoiar políticas públicas que garantam a promoção e a defesa da vida. Esta Campanha da Fraternidade pretende ser mais um esforço para a conversão Quaresmal na vida de todos os Cristãos, a fim de buscar sempre maior fidelidade a Deus, o criador e doador de vida. O tema da Campanha da Fraternidade 2019 propõe a conversão do coração e a consequente transformação da sociedade. Abrir caminhos novos para que as pessoas possam viver na condição de cidadãos, ser respeitados e contemplados pelo Estado. Cristo, em sua vida, ensinou ao povo do seu tempo, a justiça, o amor e a fraternidade, aliviou o sofrimento daqueles que sofriam sob a opressão dos poderosos, de todos os poderosos, mesmo daqueles que até diziam ser religioso. Cristo, o libertador soube se com-

padecer dos pobres, a Igreja por sua vez, acolhendo o mandato de seu Senhor também procura seguir as mesmas pegadas, para promover a justiça do Reino. Talvez o desafio maior seja o de chamar à conversão os duros corações da sociedade de hoje, para que se tornem um coração de carne que sabe colocar em prática gestos concretos de comunhão e libertação, de justiça e de solidariedade para todos, com as Políticas Públicas de inclusão. É hora de se envolver profeticamente contra todas as formas de injustiça e exclusão. Se a essência da Páscoa é persistir em acreditar que a esperança é um horizonte de Ressurreição, que pulsa a paixão pela Vida, então devemos persistir na defesa e promoção da justiça. Vamos nos preparar para iniciar na quaresma essa grande reflexão que nos leve a conversão diante da escuta da Palavra nesse caminho penitencial e assim seguir o Ressuscitado tendo como consequência a busca por mais Políticas Públicas para todos. Não devemos nunca esquecer que a Campanha da Fraternidade da Igreja no Brasil, é um compromisso pascal, pois está ciente de que, crer na ressurreição também significa ter a certeza que a vida venceu a morte e nós somos chamados a sermos testemunhas dessa vida que é Jesus. Que esta Campanha sirva para abrir o nosso coração a Deus e às sementes da Páscoa, sementes que brotam em misericórdia e dão frutos de justiça, bondade, amor e fraternidade para todos. Agradeço a todos os líderes das diversas Pastorais de nossa Arquidiocese, as Pastorais sociais, as pequenas comunidades, em especial, aos Círculos Bíblicos, e a todo Povo de Deus empenhando na luta por Justiça e paz, por mais Políticas Públicas em nossa Cidade, em nosso Estado e em nosso País. A partir da Quarta-Feira de Cinzas os temas de nossas reuniões irão aprofundar essas consequências de nossa conversão. Deus nos abençoe e nos guarde, o Ressuscitado ilumine a todos pelo compromisso incansável em favor da dignidade humana, sempre em perfeita comunhão e unidade na ação Missionária, Evangelizadora e Transformadora em nossa Arquidiocese no desafio de promover o reino de Deus nesta grande Cidade, eis aí a nossa Missão.

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Diocese de Guarapuava

Março - 2019

“CEBs: uma Igreja em saída na busca da Simpósio Ecumênico, coordenado pela vida plena para todos e todas” é o tema do CNBB, propõe diálogo Católico-Pentecostal DURANTE O SIMPÓSIO, FORAM RESSALTADOS OS TRABALHOS E 15o Intereclesial A DEFINIÇÃO FOI TOMADA NO DIA 26 DE JANEIRO, DURANTE A REUNIÃO DA AMPLIADA NACIONAL DAS CEBS, NO CENTRO NOVA EVANGELIZAÇÃO (CENE), EM CUIABÁ (MT).

ATIVIDADES QUE SE REALIZAM NO PAÍS. HÁ A POSSIBILIDADE DE UMA NOVA CAMPANHA DA FRATERNIDADE ECUMÊNICA EM 2021.

CNBB

CNBB com informações das CEBs do Brasil

“Cebs: uma igreja em saída na busca da vida plena para todos e todas”. Este é o tema do 15º Intereclesial das Comunidades Eclesiais de Base do Brasil, que vai ocorrer em julho de 2022 em Rondonópolis (MT), Regional Oeste 2. O lema será “Vejam! Eu vou criar novo céu e uma nova terra…” (Is 65, 17ss). A definição foi tomada no dia 26 de janeiro, durante a reunião da Ampliada Nacional das CEBs, no Centro Nova Evangelização (Cene), em Cuiabá (MT). Participaram do evento, coordenadores e articuladores de CEBs do Nordestão, Nortão, Sulão, Lestão, Oestão, assessores regionais e nacionais e a articulação continental e do Cone Sul das CEBs. Representantes do Centro de Estudos Bíblicos (Cebi), Conselho Indigenista Missionário (Cimi), Conselho Nacional do Laicato do Brasil (CNLB), Rede Eclesial Pan-Amazônica (Repam), também participaram da reunião. Segundo Dom Juventino Kestering, bispo de Rondonópolis (MT), diocese que será anfitriã do encontro, levou-se em consideração o pedido do Papa Francisco para uma Igreja em saída, que vai ao encontro das periferias sociais e existenciais. “O tema aponta para uma Igreja presente, que anuncia o Evangelho, atinge o coração para que ‘todos tenham vida plena’. Não para poucos privilegiados, mas vida para todos, para o planeta, para os povos independentes de raças, cultura ou credo”, disse. A expressão “igreja em saída” foi utilizada pelo Papa Francisco na exortação apostólica Evangelli Gaudium (A Alegria do Evangelho) e aos poucos, segundo Dom Juventino, vai ganhando significado na vida pastoral católica. “O tema e o lema escolhidos vão nos ajudar no diálogo com as comunidades, pastorais, movimentos, grupos, serviços e organismos da Igreja. Vai ser uma porta de entrada inclusive para as CEBs

se apresentarem a quem não conhece sua identidade e sua história”, segundo Rinaldo Cardoso, da articulação das CEBs do Regional Oeste 2 (MT) e atuante em Rondonópolis.

FERMENTO NA MASSA Para a irmã Maria de Fátima Cavalcanti, articuladora do Regional Nordeste 4, Piauí: “no difícil contexto político que vivemos, as propostas das CEBs reafirmam o compromisso de sermos fermento de resistência, sal e luz na sociedade. Isso ocorre na defesa dos povos indígenas, dos quilombolas, nas periferias, na defesa dos direitos roubados dos pobres. Temos consciência que somos minoria, mas o fermento pode crescer e transformar a realidade”. O padre Benedito Ferraro, da Articulação Continental das CEBs, ressalta o sentido do trecho bíblico escolhido: “A passagem bíblica presente no livro de Isaías garante o caráter concreto do debate a ser proposto pelo 15º Intereclesial”. Sobre o lema, o bispo que será anfitrião do 15º Intereclesial disse: “no contexto de Isaías e do Apocalipse lança uma perspectiva de esperança que se constrói à luz do Evangelho, da prática cristã, do sonho do bem viver com ‘terra, teto e trabalho para todos’ como afirma Papa Francisco”. Para Dom Juventino, em sintonia com o Evangelho, com o ensino da Igreja e as orientações pastorais da CNBB, os quatro anos de preparação para a celebração do 15º Intereclesial irão contribuir na formação de comunidades vivas, participativas a serviço da “Vida Plena para todos e todas”. Para comunicar o tema e o lema do próximo encontro, esta reunião ampliada produziu uma “Carta às Comunidades de Base do Brasil”. No documento afirma-se: “Reforçamos a convicção de que somos portadoras e portadores de um novo jeito de ser Igreja”.

Tratando da temática “o Espírito e a Igreja: perspectivas do diálogo Católico-Pentecostal”, ocorreu em Jundiaí (SP), no Centro de Convivência Mãe do Bom Conselho, de 01 a 03 de fevereiro, o Simpósio Ecumênico, evento anual promovido pela Comissão Episcopal Pastoral para o Ecumenismo e o Diálogo Inter-religioso da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). Inspirados por Efésios 4,3 “Guardar a unidade do Espírito pelo vínculo da paz”, o encontro possibilitou a reunião entre agentes do ecumenismo: bispos, padres, religiosos e religiosas, cristãos leigos e leigas e outros interessados na temática. Na abertura do evento Dom Francisco Biasin ressaltou a necessidade de “aprender o estilo ecumênico de viver que é o acolhimento à preciosidade da outra pessoa e da construção de um caminho apesar das nossas diferenças. Grandes diferenças, grandes riquezas e o desejo enorme de colocar tudo em comum e viver em unidade. Uma palavra que o Papa Francisco repete frequentemente: ‘juntos’. Ele não se cansa de dizer caminhar juntos, trabalhar juntos, orar juntos. Esta palavra - juntos - tem, sobretudo, na oração de Jesus e no Evangelho de São João a sua raiz que convida a essa experiência de viver como irmãos que andam juntos”. O encontro iniciou com provocação sobre o “Espírito e a Igreja diálogo Católico-Pentecostal” ministrada pelo do padre Marcial Maçaneiro professor da PUC PR e membro da Comissão Internacional para o Diálogo Católico-Pentecostal. Ele destacou que “para além de nossas divisões, temos todos, a mesma fonte: a fé em Jesus Cristo, na unção do Espírito Santo. Ele é o Espírito da verdade, que nos inspira viver reconciliados, em amor. Como anunciar aos outros o Evangelho do amor e da paz, se ainda não vivemos assim entre nós, cristãos?”. Na sequência da programação, o pastor José Carlos Marion, membro da direção do (Encontro de Cristãos na Busca de Unidade e Santidade (EnCristus) relatou sobre os “Caminhos e testemunhos do Diálogo Católico-Pentecostal”. Ele ressaltou que na caminhada do EnCristus “tanto Católicos e Evangélicos aprendem crescendo na diversidade de dons e revelações. Trocamos a Água de nossas fontes, sendo a diversidade de cada um

de nós a nossa riqueza”. Ao fim do dia, a Família Abrahâmica, grupo de São Paulo, que reúne casais Católicos, Judeus e Mulçumanos, partilhou as ações que realizam tendo como objetivo testemunhar a possibilidade de convívio, amizade e reflexão fraterna através da fé e da diversidade. No domingo, dia 03 de fevereiro, Dom Francisco Biasin pontuou destaques relevantes em relação ao “Ecumenismo no Pontificado do Papa Francisco” testemunho que se baseia no exemplo e gestos de reconhecimento do outro que marca uma nova época, uma “primavera” para o acolhimento e anúncio da paz. Como assessor da Comissão para o Ecumenismo, padre Marcus Guimarães reconhece que esses encontros, além das dimensões espiritual e formativa, também “revelam o despertar lento, mas constante, de novas lideranças para a causa ecumênica e inter-religiosa nos regionais da CNBB. E isto muito nos alegra! Nossa experiência, como cristãos tem nos mostrado, sempre mais, que o ecumenismo passa pelo coração. A importância da temática estudada neste ano no Simpósio, nos ajuda a entender a complexidade do Pentecostalismo, um dos maiores e mais novos desafios da Caminhada ecumênica”.

GREDIRE

A reunião do GREDIRE realizada no dia 1º de fevereiro contou com a partilha de Regionais dos Estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Bahia, Rio de Janeiro e São Paulo. Na pauta, ainda foram ressaltados os trabalhos e atividades que se realizam no País, como a possibilidade e planejamento de encontros Ecumênicos Estaduais e Regionais, que poderão resultar em uma nova Campanha da Fraternidade Ecumênica em 2021, reforço nos trabalhos das Comissões Bilaterais e propostas para a nova composição da Comissão a ser eleita na 57ª Assembleia Geral da CNBB que ocorrerá de 01 e 10 de maio de 2019. O Grupo de Reflexão de Ecumenismo e Diálogo Religioso (Gredire) é composto por representantes leigos e sacerdotes de distintos Regionais da CNBB e integra a Comissão Episcopal Pastoral para o Ecumenismo e o Diálogo Inter-religioso presidida por Dom Francisco Biasin e composta por Dom Zanoni Demettino Castro, Dom Manoel João Francisco e pelo assessor padre Marcus Barbosa Guimarães.


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GUARAPUAVA: Milhares de pessoas participam da tradicional festa de Nossa Senhora de Belém O EVENTO QUE OCORRE TODO DIA 02 DE FEVEREIRO É EM HOMENAGEM À PADROEIRA DO MUNICÍPIO E DA DIOCESE DE GUARAPUAVA: O TEMA DESTE ANO FOI: “EIS AQUI A SERVA DO SENHORA. FAÇA-SE EM MIM SEGUNDO TUA PALAVRA”. (LC 1,38) No último dia 02 de fevereiro, Guarapuava viveu, mais uma vez, seu grande momento de devoção e partilha. Nesta data, celebrou-se o Dia de Nossa Senhora de Belém, padroeira da diocese e do município de Guarapuava. O evento, tradicional no município, ocorreu na Catedral Nossa Senhora de Belém. Milhares de pessoas participaram da festa. Este ano, o tema escolhido para os festejos foi: “Eis aqui a serva do Senhora. Faça-se em mim segundo Tua Palavra”. (Lc 1,38) Como em anos anteriores, uma programação diversificada e muito festiva, foi preparada, com o intuito de reforçar, cada vez mais, a devoção a Nossa Senhora. De 24 de janeiro a 01 de fevereiro, sempre às 19h15, celebrou-se a novena em louvor à padroeira. Na sexta-feira, 01 de fevereiro, das 09h às 17h, houve a bênção dos veículos, em frente à catedral, Rua Senador Pinheiro Machado, 193. À noite, 19h30, durante o nono dia da novena, foi realizada mais uma Corrida da Padroeira, evento que tem adesão de mais pessoas a cada ano que passa. Os atletas receberam uma bênção antes do início do percurso de sete quilômetros e meio. No sábado, 02 de fevereiro, as festividades começaram às 09h30, com uma missa solene celebrada pelo bispo da diocese de Guarapuava, Dom Antônio Wagner da Silva. Ao meio-dia, foi servido um almoço à base de churrasco. À tarde, as comemorações prosseguiram com diversas atrações.

COMO EM ANTERIORES, MILHARES DE PESSOAS SAÍRAM EM PROCISSÃO PELAS RUAS DA CIDADE, LEVANDO A IMAGEM DA PADROEIRA.

Durante a missa, Dom Wagner falou sobre a “Apresentação de Jesus no Templo”, uma prática religiosa que demonstrava a alegria e a fidelidade das famílias naquela época. “Hoje, a Liturgia nos apresenta a festividade da apresentação de Jesus no Templo. Cumprimento das leis de Israel: levar o filho primogênito e oferecê-lo a Deus. Era uma prática religiosa e que demonstrava a fidelidade daquelas famílias, dos pais, aos Mandamentos do Senhor. Maria e José também levam Jesus ao templo, mas poderíamos dizer que algo diferente acontece. Na verdade, ia-se ao templo para oferecer a Deus o primogêni-

Face feminina de um

você,

to, como uma gratidão, como uma oferta ao Pai. O que houve de diferente então? A verdade é que não foi o casal, Maria e José, que apresentou o menino. A surpresa está no próprio Deus, que através de Simeão e Ana, se manifesta e apresenta ao mundo o Seu Salvador, fazendo com que se tivesse conhecimento da grandiosidade deste menino. José e Maria assumiram com Cristo, uma longa caminhada, que começou na Anunciação e terminou na Ressureição. Jesus Cristo trouxe a oportunidade para que todos conhecessem a graça de Deus e se sentissem filhos e filhas do Pai”, falou Dom Wagner em sua homilia.

O bispo de Guarapuava concluiu dizendo que todos nós temos o dever de anunciar a Cristo, Deus vivo, para que a profecia se cumpra a cada momento, através do Espírito Santo. “O Espírito, que agiu naquele momento, sobre Simeão e Ana, continua agindo sobre todos e, sobre todas, para que possamos apresentar Jesus, o Salvador, para todas as pessoas, como o grande dom de Deus. Maria, através de uma forma responsável e espontânea, se põe a serviço do Pai. Quando daquele momento tão importante com o Anjo Gabriel, ela coloca-se a serviço de Deus e de toda a Sua vontade. Ela (Maria) acolhe toda a vontade do Pai. Ela não discute. Ela aceita e vive como oferta de ser e fazer acontecer”, conclui o bispo. Padre Jean Patrik Soares, pároco da Catedral Nossa Senhora de Belém, agradeceu a todos pela presença e destacou a alegria que foi a preparação para festa da padroeira de Guarapuava. “Foram momentos importantes para nossa comunidade. A presença de cada um nas celebrações da novena e também o grande número de pessoas de vários lugares que se fizeram presentes no dia da festa nos enche de alegria e reforça nossa devoção a Maria, aqui lembrada como Nossa Senhora de Belém. Eu só posso dizer meu muito obrigado a todos, pois sem o esforço de cada um, sem as orações e o trabalho de tanta gente nada disso seria possível”, ressaltou padre Jean.

Deus de amor,

mulher, é o pilar de

sustentação da vida. 8 de março, dia da mulher


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GUARAPUAVA: padre Carlos de Oliveira Egler é o novo pároco da paróquia Santa Cruz e Nossa Senhora das Dores na noite de 11 de fevereiro, da posse dos padres Carlos de Oliveira Egler e Elizeu Nahm, na paróquia Santa Cruz e Nossa Senhora das Dores, em Guarapuava. Padre Carlos, que também é ecônomo da diocese de Guarapuava, assumiu como pároco. Padre Elizeu, a partir de agora, passa a exercer a função de vigário paroquial. Ambos os sacerdotes são diocesanos. Dom Antônio Wagner da Silva, bispo da diocese de Guarapuava, foi quem presidiu a celebração e disse da alegria e da importância de a paróquia contar com os trabalhos dos dois novos padres. Conforme Dom Wagner, é necessário que toda a comunidade continue rezando e pedindo a Deus pelo despertar das vocações sacerdotais. “Hoje celebramos a memória de Nossa Senhora de Lurdes. Nossa Senhora é portadora da mensagem que até hoje é importante e que continua a ecoar em nossa mente e em nosso coração que, como cristãos, temos o dever de continuar a obra de Jesus Cristo. Eu peço para que todos acolham os novos padres aqui nesta comunidade a partir de hoje. Estamos neste tempo, percebendo uma mudança como tantas outras. Estamos assumindo, com padres diocesanos, esta paróquia que antes, pelos últimos 43 anos, foi administrada por padres religiosos que deixaram aqui sua marca, seus serviços, seu amor. Temos a graça de podermos contar com pessoas, sacerdotes, religiosos que se integram e participam desta caminhada, fazendo-se companheiros, amigos, irmãos, independente de quem esteja trabalhando em nome do Senhor. A situação que vivemos hoje, na Igreja do Paraná e no Brasil, é a de que o ‘Senhor da Messe envie empregados para Sua Messe’. Faltam padres. Mas a Igreja carece dos sacerdotes. Então, num gesto de amor, de busca, de compreensão, cada um de nós deve rezar com fé e coragem pelas vocações. Por todas as vocações, mas, sobretudo, pelas religiosas que nos últimos tempos, têm

FOTOS: FOTO KORI’S E ESTÚDIO ORTOLAN

PADRE ELIZEU NAHM ASSUMIU A FUNÇÃO DE VIGÁRIO PAROQUIAL. A MISSA DE POSSE DOS DOIS SACERDOTES DIOCESANOS FOI REALIZADA NA NOITE DE 11 DE FEVEREIRO, NA MATRIZ, BAIRRO SANTA CRUZ, EM GUARAPUAVA. Centenas de pessoas participaram, CONGREGAÇÃO

sofrido com esta ausência de pessoas que se disponham a buscar a formação para então, trabalhar com amor pela comunidade. Esta paróquia passou por esta experiência, quando os religiosos que aqui estavam, tiveram que se retirar, pois não tinham padres em número suficiente para dar andamento aos trabalhos que são muitos. Por isso, rezar pelas vocações se faz necessário, principalmente nestes tempos”, grifou Dom Wagner. Minutos antes de assumir as funções de pároco, padre Carlos de Oliveira Egler renovou sua profissão de fé diante da comunidade. Ao fim da celebração, durante o momento da nomeação, o sacerdote assumiu os compromissos para com a paróquia e prometeu fazer o melhor para aquela comunidade. “Eu, padre Carlos de Oliveira Egler, ao assumir o ofício de pároco na paróquia Santa Cruz e Nossa Senhora das Dores, no município de Guarapuava, Estado do Paraná, prometo conservar sempre a comunhão com a Igreja Católica, quer em palavras por mim proferidas, quer em meu procedimento. [...]” destacou padre Carlos em seu discurso. O novo pároco agradeceu ao bispo Dom Wagner pela oportunidade de poder trabalhar junto àquela paróquia e caminhar em consonância com as leis da Igreja,

sempre desenvolvendo projetos que vão ao encontro de todos. “Estou muito feliz nesta missão que é estar à frente desta paróquia para caminhar junto com o povo de Deus. Muito obrigado pela presença de cada um. Também agradeço a Deus pela minha família e pelo dom de ser chamado, há quinze anos, para ser padre. São tantos os amigos ao longo deste período, tantas lideranças que nos auxiliam e que fazem possível este nosso trabalho. Agradeço ao Dom Wagner pela confiança em mim depositada para assumir este compromisso muito importante. Vamos trabalhar por este bairro e pelas nove comunidades. Sei do potencial que temos aqui como lideranças. Padre Elizeu e eu estaremos juntos nesta missão”, falou padre Carlos. Padre Elizeu Nahm falou da alegria de poder trabalhar junto à paróquia Santa Cruz e Nossa Senhora das Dores, exercendo as funções de vigário paroquial. “Dom Wagner e comunidade, obrigado pela confiança em nosso trabalho. Queremos seguir os passos de Jesus nesta empreitada. Estou muito feliz por estar aqui e peço as orações de todos. Com o apoio de cada pessoa, vamos levar adiante os trabalhos de nossa paróquia, sempre em nome de Jesus Cristo, Nosso Senhor”, observou o vigário.

No último dia 20 de janeiro, os padres da Congregação da Paixão de Jesus Cristo (CP) - [Passionistas] encerraram suas atividades em Guarapuava, depois de 43 anos de atuação na diocese, sendo que, 40 destes foram na paróquia Santa Cruz e Nossa Senhora das Dores. O anúncio oficial da saída dos Passionistas da diocese foi feito na noite de 16 de novembro de 2018, em uma reunião entre o provincial [dos Passionistas], padre Leudes Aparecido de Paula, o bispo da diocese de Guarapuava, Dom Antônio Wagner de Silva, além de lideranças da paróquia. Em entrevista ao Centro Diocesano de Comunicação (CDC), na ocasião, padre Leudes disse que o motivo da saída dos padres Passionistas da diocese faz parte de uma reestruturação da congregação. Conforme explicou, devido à demanda por serviços missionários em outras regiões e em outros países aliada à baixa procura pelas vocações sacerdotais, houve a necessidade de se pensar de maneira diferente e reformular as tarefas a serem desenvolvidas a partir de agora. “Nós não estamos encerrando nossa presença aqui em Guarapuava, tampouco, estamos retirando nosso carisma desta cidade. Nós estamos indo, como religiosos que somos, para outros areópagos, para outras terras onde haja a necessidade de nosso trabalho. Porém, o nosso carisma permanece para sempre. Aqui, foi lançada a semente que germinou, cresceu e, todos os leigos e todas as leigas que beberam e bebem desse carisma, nos dão a certeza de que ele será continuado”, sublinhou padre Leudes. Com nove comunidades, além da matriz, a paróquia Santa Cruz e Nossa Senhora das Dores atende a uma grande região do município de Guarapuava. Diariamente é intensa a procura pelos serviços dos sacerdotes naquela comunidade.

Diocese de Guarapuava oferece curso de pós-graduação AS AULAS TERÃO INÍCIO NO DIA 29 DE MARÇO DE 2019. TEOLOGIA BÍBLICA E ENSINO RELIGIOSO E ACONSELHAMENTO E ORIENTAÇÃO ESPIRITUAL, SÃO AS MATÉRIAS OFERECIDAS. No dia 29 de março, terão início os cursos de pós-graduação oferecidos pela diocese de Guarapuava, através da Pastoral da Educação, em parceria com a Faculdade Vicentina (FAVI). Teologia Bíblica e Ensino Religioso e Aconselhamento e Orientação Espiritual, são as matérias oferecidas pela instituição de ensino, com duração de dois anos. As aulas serão realizadas todos os meses, às sextas-feiras à noite a aos sábados durante o dia, no Edifício Nossa Senhora de Belém, na Rua XV de Novembro, 7466, centro de Guarapuava. Com duração de dois anos e 360 horas-aula, a pós-graduação tem

por objetivo tornar o aluno apto a desenvolver as atividades junto à comunidade, tão logo conclua o curso. “O curso de Aconselhamento e Orientação Espiritual tem como objetivo preparar pessoas para este ministério, usando de teorias e práticas desenvolvidas por profissionais da área. Já a pós-graduação em Teologia Bíblica e Ensino Religioso, visa aprimorar os conhecimentos da Sagrada Escritura, formando lideranças que poderão divulgar nas comunidades seus conhecimentos e experiência da Palavra de Deus”, destaca a Pastoral da Educação da diocese de Guarapuava, em nota.

INVESTIMENTO A taxa de inscrição custa R$ 65,00. As mensalidades são divididas em 24 parcelas de R$ 190,00. Quem não possui curso superior, pode fazer as aulas que serão contabilizadas como curso de extensão. Conforme sublinham os organizadores, o curso possui registo no Ministério da Educação e Cultura (MEC). Mais informações podem ser obtidas pelo telefone:

(42) 3626-4348.


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Paróquia de Cândido de Abreu já em preparação para a MDJ 2020 - 2021

A MISSA DE POSSE DE PADRE ANTONIO BRAZ DE OLIVEIRA FOI REALIZADA NO DIA 06 DE FEVEREIRO, NA MATRIZ. DOM ANTÔNIO WAGNER DA SILVA, BISPO DA DIOCESE DE GUARAPUAVA, PRESIDIU A CELEBRAÇÃO.

O ANÚNCIO FOI FEITO PELO BISPO, DOM ANTÔNIO WAGNER DA SILVA, DURANTE A MISSA DE ENCERRAMENTO DA ETAPA DA MDJ 2018 – 2019, NO DIA 27 DE JANEIRO, NA PARÓQUIA NOSSA SENHORA DE FÁTIMA, EM GUARAPUAVA.

FOTOS: PASCOM PAROQUIAL

GUARAPUAVA: Novo pároco toma posse na paróquia São João Bosco

A paróquia São João Bosco, em Guarapuava, acolheu seu novo pároco na noite de 06 de fevereiro. O padre Antonio Braz de Oliveira tomou posse às 19h30, em celebração presidida pelo bispo da diocese de Guarapuava, Dom Antônio Wagner da Silva. O inspetor da congregação Sociedade de São Francisco de Salles (Salesianos) à qual o religioso pertente, padre Asídio Deretti, também se fez presente na cerimônia de posse, além de outros sacerdotes da diocese de Guarapuava e integrantes dos Salesianos. Em sua homilia, Dom Wagner disse que, como cristãos, devemos ser continuadores da obra de Jesus Cristo. Conforme o bispo, “devemos ser testemunha da fé e da esperança, para que a presença viva de Jesus faça de cada um, missionários onde quer que estejamos”. Dom Wagner ressaltou a importância da acolhida do novo pároco e a confiança ao mesmo, da continuidade dos trabalhos que já vinham sendo desenvolvidos na paróquia. “Eu agradeço ao padre Asídio (Deretti, inspetor da congregação Sociedade de São Francisco de Salles [Salesianos]), pela presença desta congregação aqui, em nossa diocese. Eu só posso agradecer a tantos religiosos Salesianos que, há tanto tempo, assumiram a evangelização desta paróquia que faz parte de uma grande comunidade. Este amor que vocês dedicam às comunidades onde atuam, transforma vidas e promove a evangelização, razão principal da existência da Igreja”, destacou Dom Wagner. Ao fim da homilia, o bispo de Guarapuava falou das dimensões da diocese, com suas 47 paróquias e quase mil e cem comunidades que dependem do anúncio do Evangelho em tempo integral. “Este povo é muito fervoroso e clama pelo nosso trabalho de evangelização. A presença dos Salesianos, eu reforço, é muito importante para nossa comunidade e devemos rezar, todos os dias, em agradecimento por este trabalho”, finalizou Dom Wagner.

A paróquia Senhor bom Jesus, em Cândido de Abreu, será sede da próxima etapa de Missão Diocesana Juvenil (MDJ), que compreendem os anos de 2020 e 2021. O Anúncio foi feito pelo bispo, Dom Antônio Wagner da Silva, durante a missa de encerramento da etapa da MDJ 2018 – 2019, no dia 27 de janeiro, na paróquia Nossa Senhora de Fátima, em Guarapuava. Na ocasião, os jovens da cidade de Cândido de Abreu que estavam presentes no evento, se disserem felizes com a notícia e, desde então, assumiram um compromisso com a comunidade em trabalhar para

o bom andamento do projeto evangelizador que terá duração de dois anos. Em nota, a Pastoral da Comunicação (Pascom) daquela comunidade, ressaltou a importância da MDJ para o município e a alegria que é para a os jovens estarem inseridos neste trabalho que tem por objetivo principal, levar adiante os ensinamentos cristãos. “Foi com muita alegria que a paróquia Senhor Bom Jesus, de nossa cidade de Cândido de Abreu, recebeu a notícia de que acolherá a próxima etapa da MDJ, nos anos de 2020 e 2021. No dia do anúncio feito pelo bispo Dom Antônio Wagner da Silva, na paróquia Nossa Senhora de Fátima, em Guarapuava, estavam presentes o pároco, Zdzislaw Nabialczyk, o diácono Felipe Geraldo Madureira, mais de 30 lideranças de pastorais e movimentos, além de sete jovens da paróquia que participaram da MDJ. Juntos, os presentes receberam a cruz, símbolo da Missão e a conduziram até a matriz. Na ocasião, uma missa foi celebrada e os jovens missionários deram testemunho da experiência adquirida durante as duas etapas missionárias que realizaram em Guarapuava. Desta forma, todos da paróquia Senhor bom Jesus, aguardam ansiosos pelo início dos trabalhos e, desde já, a comunidade conta com as orações de todos para que a MDJ em Cândido de Abreu possa ser sinal de Cristo vivo em meio a todas as pessoas”, descreve a Pascom. Em Cândido de Abreu, será a oitava edição da MDJ na diocese de Guarapuava, compreendendo 15 anos de trabalhos, uma vez que cada edição tem duração de dois anos.

SOBRE O NOVO PÁROCO Padre Antonio Braz de Oliveira nasceu no dia 05 de maio de 1980, na cidade de Brejo Santo, no Estado do Ceará. Ele é filho de Raimunda Maria da Conceição e Miguel Simão de Oliveira. A ordenação diaconal do jovem Antônio Braz ocorreu no dia 07 de fevereiro de 2015, na paróquia São João Bosco, na cidade de São Paulo, em SP, pelo bispo Dom Hilário Moser. A ordenação sacerdotal do religioso foi no dia 06 de dezembro de 2015, na paróquia e santuário Nossa Senhora de Guadalupe, na cidade de Ourinhos, Estado de São Paulo. Na ocasião, Dom Hilário Moser foi quem concedeu a ordem ao novo padre.

FORMAÇÃO Padre Antonio Braz cursou Teologia na Universidade Salesiana-São Paulo (Unisal) e filosofia na Pontifícia Universidade Católica (PUC) de Viamão, no Rio Grande do Sul. Ele também é pós-graduado em Coaching e Liderança e Pastoral Escolar pela Universidade Católica Dom Bosco (UCDB).

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Padre Itamar Abreu Turco é o novo diretor- ARTIGO: Quaresma, tempo de geral da Central Cultura de Comunicação penitência e reconciliação NOMEADO NO DIA 27 DE DEZEMBRO DE 2018 PELO BISPO DIOCESANO DOM ANTÔNIO WAGNER DA SILVA, PADRE ITAMAR SE APRESENTOU À EQUIPE NO DIA 12 DE FEVEREIRO. JORNALISMO E EVANGELIZAÇÃO CONTINUAM SENDO O FOCO DOS TRABALHOS.

SÓ MESMO O ADORÁVEL SANGUE DE DEUS TERIA MÉRITO INFINITO PARA REDIMIR O PECADO ORIGINAL E AS OFENSAS COMETIDAS PELOS HOMENS, DESDE ADÃO E EVA.

Monsenhor João Scognamiglio Clá Dias, EP

A Central Cultura de Comunicação, empresa que pertence à diocese de Guarapuava, tem novo diretor-geral. Na noite de 12 de fevereiro último, padre Itamar Abreu Turco se apresentou aos funcionários do grupo de comunicação que engloba as rádios Cultura FM, 93 FM e o portal de notícias Central Cultura. A nomeação do sacerdote para a nova função, pelo bispo diocesano Dom Antônio Wagner da Silva, ocorreu no dia 27 de dezembro de 2018, após um período de conversa e entendimento sobre o trabalho a ser desenvolvido. Padre Itamar assume o lugar de padre Reonaldo Pereira da Cruz, atual pároco da paróquia São Miguel Arcanjo, no distrito de Entre Rios, que ocupou o cargo de diretor-geral por sete anos. Em entrevista ao programa “O Assunto é Notícia”, da Rádio Cultura FM, padre Itamar falou aos apresentadores Tonico de Oliveira e Luiz Góes sobre sua nova função, uma vez que o mesmo é coordenador da Ação Evangelizadora e do Centro Diocesano de Comunicação (CDC), além de pároco da paróquia Sant’Ana, em Guarapuava. “Este momento é muito importante e eu agradeço ao Dom Wagner pela confiança. Este é um serviço que só funciona com uma grande equipe que já existe e mostrou que trabalha muito bem. Estou nesta nova missão, com o intuito de fazer com que as coisas continuem a acontecer, como de fato, já acontecem aqui na Central Cultura de Comunicação”, salientou o sacerdote. Conforme explicou o padre, durante a entrevista concedida ao vivo, o convite para assumir mais esta função partiu do bispo Dom Wagner que sempre pede para que as pessoas estudem e se preparem para os desafios que surgem no decorrer da caminhada da Igreja. “Há um tempo, tivemos um convite de Dom Wagner nesse sentido. Além da função de padre, há também diversos trabalhos na diocese que precisam ser atendidos. A faculdade de jornalismo me ajudou nesta preparação, mas sei que muito tenho a aprender. Eu fiquei feliz por ser convi-

dado, mas também tive que dizer alguns ‘nãos’, por causa da grandiosidade que é exercer esta tarefa. Eu lembro que na minha infância, todos em casa ouviam a Rádio Cultura. Eu não tinha a mínima noção de que algum dia eu iria ser convidado para fazer parte desta equipe, na direção. São muitas histórias de profissionais da emissora e eu pretendo dar continuidade a este trabalho”, sublinhou. Ao Centro Diocesano de Comunicação (CDC), padre Itamar falou que em princípio, fará um trabalho de observação e acompanhamento nos projetos e na programação já existentes, sempre com foco na informação, entretenimento de qualidade e evangelização, razão da existência de um veículo de comunicação católica. “Haverá mudanças e novidades, pois são coisas necessárias em qualquer setor. Em princípio, haverá um trabalho de observação e análise, sempre com foco na evangelização e na qualidade das editorias. Também vamos procurar maior interação entre os canais de comunicação da diocese para que nosso público tenha facilidade de acesso e interação. O aprimoramento é necessário sempre. E eu tenho que agradecer aos sócios do Clube do Ouvinte pela imensa colaboração que sustenta os programas de evangelização. Esses são projetos que permanecem e serão ampliados, melhorados e adaptados. Vamos oferecer aquilo que é necessário ser ouvido, mas também aquilo que o povo quer escutar”, adiantou o diretor-geral. Jorge Teles dos Passos, diretor de jornalismo da Central Cultura de Comunicação, contou que toda a equipe recebeu o novo diretor-geral com muito carinho, desejando que este possa fazer um ótimo trabalho com a colaboração de todos. “Toda a equipe da Central Cultura de Comunicação, Rádios Cultura FM e 93FM, acolheu de braços abertos o padre Itamar, nosso novo diretor-geral. É uma nova etapa que se inicia onde todos estão otimistas quanto ao andamento dos trabalhos e desejando ao novo diretor uma profícua gestão”, grifou Teles.

Na Quarta-Feira de Cinzas, tem início os quarenta dias que antecedem a Semana Santa, quando a Igreja nos fala da necessidade do jejum e da penitência como meios de melhor combater os vícios, pela mortificação do corpo, e propiciar a elevação da mente a Deus. De forma cogente, a liturgia da Quarta-Feira de Cinzas recorda-nos também nossa condição de mortais: “Lembra-te, homem, de que és pó e ao pó hás de voltar”, diz uma das duas fórmulas usadas pela Igreja para a imposição das cinzas. A consideração da passagem desta vida para a eternidade muitas vezes nos inquieta. Entretanto, tal pensamento é altamente benfazejo para compenetrar-nos da necessidade de evitar o pecado que, sem o arrependimento e o imerecido perdão, poderá fechar-nos, para sempre, as portas do Céu: “Lembra-te de teu fim, e jamais pecarás” (Eclo 7, 40). Em sua segunda carta aos Coríntios, São Paulo nos incentiva a vivermos na graça de Deus: “Em nome de Cristo, vos rogamos: reconciliai-vos com Deus!” (II Cor, 5, 20). E com toda razão, pois o pecado nos afasta de Deus, tornando necessária a nossa reconciliação com Ele. Só mesmo o Adorável Sangue de Deus teria mérito infinito para redimir o pecado original e as ofensas cometidas pelos homens, desde Adão e Eva. A Encarnação da Segunda Pessoa da Santíssima Trindade, com sua Paixão e Morte na cruz, foi o meio escolhido para restituir à humanidade transviada a plena amizade com Deus. Se Jesus não tivesse assumido sobre Si a dívida contraída por nossos pecados, impossível seria nossa reconciliação com Deus e teríamos para sempre fechadas as portas do Céu. A Quaresma é também tempo de oração, cuja essência, ensina o Catecismo, é a “elevação da mente a Deus”. Assim, é possível a qualquer um permanecer em oração inclusive durante os atos comuns da vida, realizando-os com o espírito voltado para o Céu. Portanto, para rezar não é preciso tomar a atitude espalhafatosa e orgulhosa dos fariseus. Devemos, pelo contrário, ser discretos nas manifestações

externas de nossa piedade particular, evitando gestos ou palavras que ponham em realce nossa própria pessoa. Mas, se apesar disso, nossa devoção for notada pelos outros, não devemos nos perturbar, tranquilizemo-nos com este ensinamento de Santo Agostinho: “Não há pecado em ser visto pelos homens, mas sim em proceder com a finalidade de por eles ser visto”. A Igreja nos apresenta, portanto, o espírito com que se deve viver a Quaresma: não fazer boas obras com vistas a obter a aprovação dos outros, não ceder ao orgulho nem à vaidade, mas procurar em tudo agradar somente a Deus. No jejum, na oração ou na prática de qualquer boa obra, não se pode erigir como fim último o benefício que daí possa nos advir, mas sim a glória d’Aquele que nos criou. Pois tudo quanto é nosso (exceção feita das imperfeições, misérias e pecados) pertence a Deus. E também nossos méritos, pois é o próprio Jesus quem afirma: “Sem Mim, nada podeis fazer”! (Jo 15, 5). Assim, se tivermos a graça de praticar um ato bom, devemos imediatamente reportá-lo ao Criador, restituindo-Lhe os méritos, pois estes Lhe pertencem, e não a nós. “Quem se gloria, glorie-se no Senhor” (I Cor 1, 31), adverte-nos o Apóstolo. Santa Teresa de Jesus assim define a humildade: “Deus é a suma verdade, e a humildade consiste em andar na verdade, pois de grande importância é não ver coisa boa em si mesmo, mas sim a miséria e o nada”. Reconheçamos os benefícios que Deus nos dá e por eles rendamos-Lhe graças, não nos colocando jamais como objeto desse louvor, julgando sermos nós a fonte de qualquer virtude ou qualidade. Nesta Quaresma, procuremos, mais ainda do que a mortificação corporal, aceitar o convite que o Evangelho sabiamente nos faz, combatendo o orgulho com todas as nossas forças. Só estarão à direita de Nosso Senhor Jesus Cristo, no dia do Juízo Final, aqueles que tiverem vencido o orgulho e o egoísmo, reconhecendo que “todo dom precioso e toda dádiva perfeita vêm do alto”(Tg 1, 17).


Março - 2019

Círculo Bíblico Preparando o ambiente: colocar no centro ilustrações mostrando as grandes tentações que as pessoas enfrentam hoje. 1. ORAÇÃO INICIAL – INVOCAÇÃO AO ESPÍRITO SANTO Animador: Caros irmãos, é com grande alegria que nos reunimos nesse dia para mais um encontro bíblico. Nesse encontro o Senhor nos fala pela sua palavra e alimenta nossa caminhada. Animador: Expressemos nossa alegria de nos encontrarmos, desejando uns aos outros a paz de Cristo. Canto (à escolha) Animador: Juntos, iniciemos nosso círculo bíblico deste dia, traçando sobre nós o sinal da cruz. (Pode ser cantado): Todos: Em nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo, Amém. Animador: Confiantes, peçamos que o Espírito Santo venha ao nosso encontro, iluminando nossas mentes e nossos corações: Todos: Vinde Espírito Santo, enchei os corações de vossos fiéis, e acendei neles o fogo do vosso amor. Animador: Enviai o vosso Espírito, Senhor, e tudo será criado, e renovareis a face da terra. Animador: Oremos: Ó Deus, que instruístes os corações de vossos fiéis com a luz do Espírito Santo, fazei que apreciemos retamente todas as coisas, segundo o mesmo espírito, e gozemos sempre de sua consolação. Por Cristo, nosso Senhor, amém. 2. RECORDANDO A VIDA Animador: No Círculo Bíblico de hoje vamos conversar sobre a tentação que Jesus sofreu. Como Ele lidou e como fez para vencer a tentação. Leitor 1: Marcelo era um homem muito

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1º CÍRCULO BÍBLICO DO EVANGELHO DE LUCAS - Março Jesus enfrenta provações - Lucas 4,1-14 fiel à sua esposa e aos seus filhos. Um belo dia por motivo de trabalho, Marcelo ficou alojado numa empresa em Minas Gerais, onde residiu por 6 meses. A saudade da família e a solidão definhavam o coração de Marcelo. Não demorou muito e o homem começou a observar o comportamento estranho de alguns amigos, que sem demora, distantes da família começaram se envolver com mulheres do local. Um belo dia, ao anoitecer, Marcelo se sentiu sozinho, os principais amigos do alojamento da empresa que trabalhava saíram às ruas da cidade em busca de aventura. Naquela noite Marcelo desejou também sair à rua em busca de um momento de aventura com alguma mulher, mas refletindo e caindo em si se trancou no seu quarto e para compensar a saudade e solidão preferiu dar um telefonema e matar a saudade da família com uma ligação. Apesar da distância da família Marcelo foi fiel e não cedeu à tentação, pois tinha uma consciência cristã esclarecida. (Fato real: nome fictício). 3. OLHANDO A PRÁTICA DE JESUS Animador: Caros irmãos, abramos o nosso coração para que Deus possa nos falar pela Sua Palavra. Hoje Ele nos mostra o caminho para vencer a tentação. Canto de aclamação • Leitura do texto: Lucas 4,1-15 (Ler duas vezes o texto, com calma). • Momento de silêncio para retomar o texto lido. 4. PARTILHANDO A PALAVRA – Livre para comentários a) Aprendemos na história que Marcelo venceu a tentação da infidelidade. Quais sãos as tentações que hoje enfrentamos? Uma resposta possível: enfrentamos inúmeras tentações: a tentação da infidelidade nos relacionamentos, a tentação da corrupção, a tentação da ganância e do poder, a tentação da vida fácil através da mentira e injustiças. b) Por que sofrer tentações não é pecado? Uma resposta possível: sofrer tentação não

é pecado, o pecado consiste em cair na tentação, trocando um bem por algo ilegítimo. Jesus também foi provado. Constantemente, somos provados pela vida, pelos amigos, pela sociedade, mas só podemos dizer que existe pecado, quando deixamos um bem e cedemos à tentação, atraídos por um mal. c) Como Jesus venceu a tentação? Uma resposta possível: o evangelho nos ensina que foi na Palavra de Deus que Jesus encontrou força para vencer a tentação. Portanto, quem é fiel à Palavra de Deus e a põe em prática sempre vai encontrar forças para vencer toda forma de tentação. 5. ORAÇÃO DA COMUNIDADE Momento das Preces: O que este texto nos inspira para dizer a Deus? Expor em forma de preces, tudo aquilo que refletimos sobre o Evangelho e sobre a nossa vida. Resposta: “Senhor ajudai-nos a vencermos as tentações”. Conclusão das Preces: Oração do Pai Nosso, Ave-Maria, Glória ao Pai. Animador: Estivemos reunidos em Nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo. Todos: Amém 6. EM CASA E PARA O PRÓXIMO ENCONTRO • Ler: Lc 4,16-21 Deixar alguém encarregado para o próximo encontro de trazer fotos de pessoas carentes, pobres, doentes, prisioneiros para ilustrar. Responsáveis pelo próximo encontro: Leitores: Próximo encontro/data: Local:

Pe. Gilson José Dembinski


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Círculo Bíblico

Reflexões Dominicais

2º CÍRCULO BÍBLICO DO EVANGELHO DE LUCAS - Março O programa de vida de Jesus - Lucas 4,16-21

Preparando o ambiente: colocar no 2. RECORDANDO A VIDA – FATO DA VIDA centro, as ilustrações de prisioneiros, Animador: No Círculo Bíblico deste dia, vamos refletir sobre o programa de vida de Jesus. doentes, pobres e famintos. Leitor 1: Fernanda era uma universitária 1. ORAÇÃO INICIAL – INVOCAÇÃO AO afastada da fé. Apenas foi batizada e recebeu a Primeira Eucaristia. Depois ESPÍRITO SANTO disso se afastou de tudo: nunca mais Animador: Estimados irmãos, estamos confessou, nem comungou. A moça reunidos para o nosso círculo bíblico; aparecia na Igreja em algumas situações momento especial para fortalecer-mos a como casamento e algumas festas solenes. fé em Deus bem como nossos laços de Ultimamente, estava focada nos estudos amizade. e trabalhos. Certa feita, uma amiga que participava de um grupo de oração na Animador: Manifestamos a alegria do faculdade, convidou Fernanda para um nosso encontro de fé, desejando a paz retiro de carnaval que ia acontecer na paróquia próxima da faculdade. Fernanda entre nós. criou resistências para se negar a participar do retiro. Contudo, como havia Canto (à escolha) perdido o namorado há alguns meses, um tanto ferida, resolveu participar do retiro Animador: Numa atitude de fé, para acalmar seu coração. Fernanda fez invoquemos a presença de Deus, dando uma verdadeira experiência de Deus e início ao nosso círculo bíblico. (Pode desde aquele dia, começou frequentar ser cantado): sua comunidade todos os domingos. Todos: Em nome do Pai, e do Filho e do Pouco depois, assumiu a catequese e Espírito Santo, Amém. se engajou na pastoral da pessoa idosa, Animador: Cheios de fé, peçamos ao visitando mensalmente moradores de sua Espírito Santo para que venha ao nosso paróquia, levando o Evangelho, o conforto encontro, iluminando nossa vida: e apontando seus direitos. Todos: Vinde Espírito Santo, enchei os

Março - 2019

Todo batizado que foge da missão na sua comunidade, ainda não pôs em prática seu batismo e precisa de uma experiência de Deus. b) Como podemos descrever o programa de vida de Jesus? Uma resposta possível: o programa de vida de Jesus é baseado no profeta Isaías. Assumindo sua missão Jesus faz uma opção fundamental pelos menos favorecidos e se propõe a ir ao encontro dos pobres, doentes e prisioneiros. Seu programa de vida visa a evangelização, dando preferência aos que mais sofrem. 4. ORAÇÃO DA COMUNIDADE Momento das Preces: O que este texto nos inspira para dizer a Deus? Expor em forma de súplicas, tudo aquilo que refletimos sobre a Palavra de Deus e sobre nossa vida. Resposta: “Senhor ajudai-nos a viver a opção preferencial pelos menos favorecidos. Conclusão das Preces: Oração do Pai Nosso, Ave-Maria, Glória ao Pai. Animador: Estivemos reunidos em Nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo. Todos: Amém

corações de vossos fiéis, e acendei neles Canto de aclamação • Leitura do texto: Lucas 4,16-21 (Ler duas 5. EM CASA E PARA O PRÓXIMO o fogo do vosso amor. ENCONTRO Animador: Enviai o vosso Espírito, vezes o texto, com calma). • Momento de silêncio para retomar o texto lido. • Ler: Lc 5,1-11 Senhor, e tudo será criado, e renovareis Deixar alguém encarregado para trazer a face da terra. a ilustração de uma pessoa enferma 3. PARTILHANDO A PALAVRA – Livre para Animador: Oremos: Ó Deus, que recebendo cuidados especiais comentários instruístes os corações de vossos fiéis a) Conforme a história da Fernanda, como Responsáveis pelo próximo encontro: com a luz do Espírito Santo, fazei que devemos viver nosso batismo? Leitores: apreciemos retamente todas as coisas, Uma resposta possível: Fernanda segundo o mesmo espírito, e gozemos passou a entender que o batismo sugere Próximo encontro/data: sempre de sua consolação. Por Cristo, a missão. Reassumindo seu batismo, Local: nosso Senhor, amém. passou a se engajar na sua comunidade. Pe. Gilson José Dembinski


Reflexões Dominicais

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7 de abril de 2019

14 de abril de 2019

5º DOMINGO DA QUARESMA

DOMINGO DA PAIXÃO NOS RAMOS

“UM CAMINHO DE MISERICÓRDIA“

“SAUDAMOS A CRISTO: O REI SERVIDOR QUE NOS SALVA!“

Is 43, 16-21 | Fl 3, 8-14 | Jo 8, 1-11

A liturgia de hoje nos fala de um Deus que ama e cujo amor nos desafia a ultrapassar as nossas escravidões para chegar à vida nova, à ressurreição. A Quaresma é um tempo de graça, um verdadeiro Kairós, tempo da manifestação de Deus. Este tempo tem como característica duas realidades muito importantes, isto é, olhar para Jesus e abrir o coração para a conversão. Neste tempo, somos levados pela Igreja a seguir Jesus em seus últimos momentos de vida, para junto com Ele, aprendermos o que é o amor e a misericórdia. Por diversas vezes, o Senhor vai se revelando como o rosto misericordioso do Pai, assumindo até as últimas consequências a vontade do Pai, que é salvar a cada filho. É um caminho de subida, não só para Jerusalém, mas até o mais alto grau do amor que se concretiza na cruz. A primeira leitura faz memória da libertação do povo de Israel, do Senhor que “abre um caminho pelo mar, uma vereda por meio das aguas impetuosas” (Is 43,16). Em conformidade com o Profeta, essa lembrança deve fortalecer a nossa esperança em Deus, pois o Senhor anuncia; “Eis que farei uma coisa nova, estabelecerei um caminho” (Is 43,19). Esse caminho a ser seguido requer uma abertura de coração, uma mudança de atitudes e um olhar misericordioso sobre mim e sobre o outro. A segunda leitura apresenta o testemunho de Paulo aos Filipenses. Depois de ser encontrado pelo Cristo, Paulo inicia seu processo de conversão que se estende por toda a sua vida. Há uma busca constante no aperfeiçoamento com a intenção de imitar Jesus Cristo, pois é o “único caminho” que tem eficácia salvadora (Jo 14,6). Paulo está consciente que partilhar a vida e o destino de Cristo implica em um esforço diário, nunca terminado; é até possível o fracasso, pois o nosso orgulho e egoísmo estão sempre à espreita e o caminho da entrega e do dom da vida é exigente. Mas é o único cami-

nho possível, o único que faz sentido, para quem descobre a novidade de Cristo e se apaixona por ela. Quem quer chegar à vida nova, à ressurreição, tem de seguir esse caminho. No Evangelho, temos diante de Jesus uma mulher que, de acordo com a Lei, tinha cometido uma falta que merecia a morte. Para os escribas e fariseus, trata-se de uma oportunidade de ouro para testar a obediência de Jesus e a sua fidelidade às exigências da Lei. Para Jesus, trata-se de revelar a atitude de Deus frente ao pecado e ao pecador. Apresentada a questão, Jesus não procura desculpabilizar o comportamento da mulher. Ele sabe que o pecado não é um caminho aceitável, pois gera infelicidade e rouba a paz. No entanto, também não aceita pactuar com uma Lei que, em nome de Deus, gera morte. Porque os esquemas de Deus são diferentes dos esquemas da Lei, Jesus fica em silêncio durante uns momentos e escreve no chão, como se pretendesse dar tempo aos participantes da cena para perceber aquilo que estava em causa. Finalmente, convida os acusadores a tomar consciência de que o pecado é uma consequência dos nossos limites e fragilidades e que Deus entende isso: “quem de vós estiver sem pecado, atire a primeira pedra” (Jo 8,7). E continua a escrever no chão, à espera de que os acusadores da mulher interiorizem a lógica de Deus, a lógica da tolerância e da compreensão. Quando os escribas e fariseus se retiram, Jesus nem sequer pergunta à mulher se ela está ou não arrependida: convida-a apenas a seguir um caminho novo, de liberdade e de paz “vai e não tornes a pecar” (Jo 8,11). A lógica de Deus não é uma lógica de morte, mas uma lógica de vida; a proposta que Deus faz aos homens através de Jesus, que é “o Caminho a Verdades e a Vida” (Jo 14,6), não passa pela eliminação dos que erram, mas por um convite à vida nova, à conversão, à transformação, à libertação de tudo o que oprime e escraviza. Neste tempo de jejum e penitência, pedimos ao Senhor que fortaleça em nós a prática do amor e da misericórdia para com nossos irmãos. E que seguindo os passo de Jesus possamos um dia alcançar a Ressurreição. Amém!

Reflexão elaborada pelos seminaristas de nossa diocese que estão estudando Teologia em Curitiba: Anselmo Treski, Everton Pavilaqui, Herick Rogger Pinchesk, Jacir dos Santos, Marinaldo Cheliga e José Vitor Cozechen Seller.

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Is 50, 4-7 | Fl 2, 6-11 | Lc 19, 28-40

Na liturgia deste Domingo de Ramos da Paixão do Senhor, somos impelidos a caminhar com Jesus o Mestre que vai caminhando na frente para guiar-nos, para mostrar o caminho e como caminhar por ele. Caminha-se com Jesus rumo a Jerusalém, caminha-se com a intenção se subir até Jerusalém. Lugar este, onde Nosso Senhor Jesus Cristo realizou o grande ato de servir a humanidade, de servir com obediência, humildade e amor, doando-se em sacrifício, entregando a sua vida para a salvação da humanidade. Neste sentido, temos presente a descrição feita pelo profeta Isaías, àquele que vive como servo Deus concede língua adestrada para servir ao próximo com palavras de conforto. Deus excita os ouvidos do servo para prestar atenção como discípulo para que haja abertura para ouvir a voz de Deus. O servo sustentado pela palavra de Deus, o servo cumpridor da vontade do Senhor resiste com serenidade aos sofrimentos e adversidades, e persevera resistindo serenamente porque possui convicta esperança de que Deus é o auxiliador que não deixa seu servo sair humilhado. Este servo sofredor é o próprio Cristo, e nós, a humanidade toda, associamo-nos a esta existência sofredora porque como discípulos do Mestre desejamos buscar sermos também nós, servos do Senhor Deus. Desejamos fazer como o Mestre que fez de sua vida uma constante doação, um constante sacrifício em serviço da salvação de cada pessoa e da humanidade toda.

Há uma característica importante para sermos servos em conformidade com o Mestre Jesus. A humildade, característica que a carta aos Filipenses aponta no Mestre servidor, Cristo Jesus. Ele “existindo em condição divina, não fez do ser igual a Deus uma usurpação, mas ele esvaziou-se a si mesmo”. Ao esvaziar-se e tomar a condição de escravo, de servo exercitou a obediência, obediência até a morte. Vazio de si, despojado de toda busca e desejo de prestigio, de glórias terrenas, de orgulho, de soberba e reconhecimento humano preenche-se de humildade que faz ser servo obediente a Deus. E Deus reconhece esta atitude exaltando-o concedendo a glória divina que é maior que toda e qualquer glória humana, a glória divina é a maior recompensa. O Salmo rezava: “Meu Deus, meu Deus, porque me abandonaste?” A resposta a esta oração é expressa neste sentido, ao servo que sofre por humilde obediência ao plano de salvação, ao plano da vontade de Deus, Deus concederá a sua recompensa exaltando este servo. No Evangelho temos presente a narração da Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo. O mestre ensina a ser servo pondo em prática de forma humilde a essência de um servo, isto é, o amor. Realiza-se então na Paixão do Senhor o ato de obediência do servo humilde e que em sua infinita humildade nos oferece o amor ao entregar sua vida pela remissão dos pecados da humanidade e assim faz deste amor um amor que salva. Contemplamos Jesus Cristo ser louvado, ser recebido como rei, ensinando que nos salva por amor. Um rei que como mestre ensina-nos a fazer de nossa vida uma constante doação. Nosso serviço obediente, humilde e orientado pelo amor é uma das grandes formas de aclamarmos este rei que nos salva.

Reflexão elaborada pelos seminaristas de nossa diocese que estão estudando Teologia em Curitiba: Anselmo Treski, Everton Pavilaqui, Herick Rogger Pinchesk, Jacir dos Santos, Marinaldo Cheliga e José Vitor Cozechen Seller.


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Março - 2019

21 de abril de 2019

28 de abril de 2019

DOMINGO DA RESSUREIÇÃO DO SENHOR

2º DOMINGO DA PÁSCOA

At 10, 34a. 37-43 | Cl 3, 1-4 | Jo 20, 1-9 ou Lc 24, 13-35

At 5, 12-16 | Ap 1, 9-11a. 12-13. 17-19 | Jo 20, 19-31

“DOMINGO DA RESSURREIÇÃO DO SENHOR“

“PÁSCOA: TEMPO DE MISERICÓRDIA“

Deus criou tudo, com a ressurreição do seu Filho, tudo é recriado. Inicia-se um novo tempo. “Maria, a Madalena, vai ao sepulcro ainda escuro... Corre, então e vai a Simão Pedro e ao outro discípulo… e lhes diz”. Contudo, essa sua missão será completa quando, em seguida, encontrando-se com o próprio Senhor, terá agora outra coisa a comunicar: “Maria Madalena foi anunciar aos discípulos: ‘Vi o Senhor’, e as coisas que Ele lhe disse” (Jo 20,18). A celebração solene da Páscoa do Senhor durante esses cinquenta dias que ora iniciamos, possibilita renovar a nossa experiência pessoal e comunitária do encontro com o Senhor Ressuscitado, a razão da nossa esperança. Assim como Maria Madalena e, logo em seguida, Simão Pedro e o outro discípulo (que Jesus amava), indo ao sepulcro, fazem a experiência de que o Senhor ressuscitou. A comunidade, chamada a testemunhar esta verdade fundamental de sua fé, deve renovar constantemente esta sua convicção. A narração da ida ao sepulcro, mais do que descrever uma busca frustrada pelo cadáver de Jesus de Nazaré: “Tiraram o meu Senhor do sepulcro e não sabemos onde o puseram”; ajuda-nos a compreender o que de fato deve ser a experiência permanente da comunidade que professa a fé na ressurreição: “então, entrou também o outro discípulo que chegara primeiro ao sepulcro: e viu e creu”. O trecho do Evangelho deste primeiro Domingo da Páscoa nos apresenta os elementos fundamentais da experiência e do significado da ressurreição de Jesus para a sua comunidade, as suas testemunhas: “No primeiro dia da semana” para a comunidade cristã este dia será chamado domingo (dia do Senhor). Portanto, a ressurreição é o irromper de um novo dia. Em termos bíblicos, o paralelo com a primeira criação é evidente. Assim como no princípio

Impressiona quantas vezes o evangelista menciona o sepulcro. Mais uma vez a força do significado da palavra nos abre a mente. Sepulcro em grego tem a mesma raiz de memorial, e, portanto, diz respeito ao “fazer memória”. A comunidade cristã, ao longo dos séculos, nunca perdeu a lucidez de que a celebração do mistério pascal não pode prescindir da proclamação da morte do Senhor, pois isto enfraqueceria o anúncio da sua ressurreição. Portanto, a importância da celebração da sexta-feira santa é imprescindível para penetrar na radiosa celebração do tempo pascal. Madalena vai ao sepulcro quando ainda era treva para fazer a experiência do surgimento radioso do Sol. Que este tempo da Páscoa nos ajude a ver esses sinais de Deus em nossa vida. Depois de um tempo de jejum (também visual), agora somos enriquecidos com a primavera da páscoa, na expressão de tantos símbolos que nos ajudam a perceber o invisível: o Cristo vencedor da morte, vivo e ressuscitado. Simão Pedro entra no sepulcro, mas é preciso seguir o discípulo amado que além de entrar, crê. Pois só o amor é capaz de perceber que a morte não é a palavra definitiva, e enxergar que o sepulcro está vazio. É com esta convicção que devemos voltar para casa assim como fizeram os discípulos: “Os discípulos, então voltaram para casa”.

Reflexão elaborada pelos seminaristas de nossa diocese que estão estudando Teologia em Curitiba: Anselmo Treski, Everton Pavilaqui, Herick Rogger Pinchesk, Jacir dos Santos, Marinaldo Cheliga e José Vitor Cozechen Seller.

O segundo Domingo da Páscoa é chamado também de Domingo da Divina Misericórdia. Foi São João Paulo II no ano 2000, que o instituiu por ocasião da canonização de Santa Faustina Kowalska. A esta simples mulher polonesa, Jesus apareceu em diversas ocasiões, mostrando-lhe o seu infinito amor misericordioso pela humanidade. A imagem da Divina Misericórdia foi revelada a Santa Faustina em 1931, e os dois raios representam o Sangue e a Água: o raio pálido significa a Água que justifica as almas; o raio vermelho significa o Sangue que é a vida das almas. Em sintonia com a experiência mística de Santa Faustina, vemos a experiência de fé do povo pelas mãos dos apóstolos, como nos relata a primeira leitura. A comunidade cristã é o espaço privilegiado de encontro com Jesus ressuscitado. A comunidade continua no mundo a missão salvadora e libertadora de Jesus. E quando ela é capaz de o realizar, está a dar testemunho do Cristo vivo que continua a procurar ouvintes atentos e abertos à sua mensagem de salvação. Nós podemos nos perguntar: estamos sendo uma comunidade que testemunha Cristo ressuscitado com o nosso testemunho de fé? Estou vivendo autenticamente a vida cristã? A Palavra de Deus é sempre convite, que nos impulsiona a formar uma família de irmãos que vivem da misericórdia salvadora. Isso se traduz em gestos de amor, de partilha, de reconciliação, de doação e oração. Na segunda leitura, nós ouvimos uma descrição da divindade de Jesus através de símbolos. É bom lembrar que estamos nos finais do reinado do imperador Domiciano (ano 95). Os cristãos eram perseguidos de forma

violenta, e muitos até abandonavam o Evangelho. É neste contexto de perseguição contra a Igreja nascente, que foi escrito o Livro do Apocalipse, destinado a reerguer e robustecer o ânimo dos cristãos. Nesse sentido, nos versículos que nos são propostos, este “Filho do Homem” é apresentado como o Senhor que preside a sua Igreja, e que caminha no meio dela e com ela. Os sete candelabros representam a totalidade da Igreja de Jesus. Ele está revestido de dignidade sacerdotal. Ele possui dignidade real, porque n’Ele reside a realeza e a autoridade sobre a história, o mundo e a Igreja. Sobretudo, Ele é o Cristo do mistério pascal: esteve morto, voltou à vida e é agora o Senhor da vida que derrotou a morte. A história começa e acaba n’Ele. Por isso, os cristãos nada terão a temer. O Evangelho apresenta a comunidade criada a partir da ação de Jesus reunida em Jerusalém. Mas, ela está desamparada e insegura, cercada por um ambiente hostil. A esta comunidade fechada, com medo, mergulhada nas trevas de um mundo hostil, Jesus transmite duplamente a paz. É o shalom hebraico, no sentido de harmonia, serenidade, tranquilidade e confiança. O autor deste texto apresenta Jesus no centro da comunidade. Ao aparecer no meio deles, Jesus assume-Se como ponto de referência, fator de unidade, a videira à volta da qual se enxertam os ramos. A comunidade está reunida à volta d’Ele, pois Ele é o centro onde todos vão beber a vida. Depois, Jesus revela a sua identidade: nas mãos e no lado trespassado, estão os sinais do seu amor e da sua entrega. É nesses sinais de amor e doação que a comunidade reconhece Jesus vivo e presente no seu meio. A permanência desses sinais indica a permanência do amor misericordioso de Jesus. Que a Divina Misericórdia, encha de vida e ânimo a nossa comunidade de fé, a fim de que possamos espalhar a misericórdia e surpreender com o nosso testemunho de vivência de comunidade centrada em Cristo ressuscitado. E que Santa Faustina, inspire a nossa vida de fé e de oração.

Reflexão elaborada pelos seminaristas de nossa diocese que estão estudando Teologia em Curitiba: Anselmo Treski, Everton Pavilaqui, Herick Rogger Pinchesk, Jacir dos Santos, Marinaldo Cheliga e José Vitor Cozechen Seller.


Março - 2019

Diocese de Guarapuava

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“A missão dos consagrados e consagradas é ser testemunhas do Reino de Deus, anunciado por Jesus”, afirma dom Jaime Spengler EM ENTREVISTA AO PORTAL DA CNBB, O ARCEBISPO DE PORTO ALEGRE EXPRESSOU RECONHECIMENTO E AMOR POR QUEM SE DEDICA À VIDA CONSAGRADA SEM NADA ESPERAR EM TROCA.

CNBB

No dia 2 de fevereiro, a Igreja celebra a Apresentação de Jesus no Templo e também o Dia Mundial da Vida Consagrada. O arcebispo de Porto Alegre e presidente da Comissão para os Ministérios Ordenados e a Vida Consagrada, Dom Jaime Spengler concedeu entrevista exclusiva ao portal da CNBB sobre a data e deixou uma mensagem especial a todos os consagrados. Na ocasião, Dom Jaime confessou que expressar reconhecimento pela obra de evangelização realizada pelos consagrados e consagradas ainda é pouco diante de tantas inciativas e frentes alçadas em distintas regiões do Brasil. Confira a entrevista na íntegra: CNBB: Dom Jaime, no contexto sociocultural em que vivemos, qual é o papel dos membros da vida consagrada? Dom Jaime: A missão dos consagrados e consagradas é ser testemunhas do Reino de Deus, anunciado por Jesus. Através da profissão dos conselhos evangélicos os consagrados e consagradas escolheram e abraçaram um caminho especial de seguimento de Cristo, para se dedicarem a Ele e à causa do Reino por Ele anunciado de coração indiviso. CNBB: Ser consagrado é uma doação? Dom Jaime: As pessoas que abraçam a Vida Consagrada deixam tudo para estar com Cristo e colocar-se, como Ele, ao serviço de Deus e dos irmãos e irmãs. A história da Igreja do Brasil é marcada pelo testemunho de uma miríade de consagrados/as. Quanto bem se fez e se faz através do empenho e dedicação de mulheres e homens que assumiram e assumem o Evangelho como regra de vida! Expressar reconhecimento e gratidão por todo bem realizado em prol da obra da evangelização entre nós por esta parcela particular da comunidade de fé é pouco diante de tantas iniciativas, de tantas frentes de evangelização em distintas regiões de nosso imenso território. CNBB: A pastoral vocacional se tornou prioritária neste novo momento da história da evangelização? Dom Jaime: A pastoral vocacional tem a tarefa de apresentar à comunidade de fé a beleza e dignidade da consagração através da profissão dos conselhos evangélicos. Ela é desafiada a propor às novas gerações esse estilo de vida na sua radicalidade e simplicidade.

No entanto, a melhor forma de promover a vida consagrada não consiste na criação de metodologias, organização, planejamento e estratégias. Isto é também necessário. Contudo, decisivo é o testemunho de vida de cada consagrado e de cada comunidade de vida consagrada. Há um ditado que diz o seguinte: “as palavras convencem, mas os exemplos arrastam”. O exemplo de vida comunitária, baseado no princípio da ‘mesa comum, caixa comum, capela comum’ e sustentado por uma vida autenticamente fraterna, onde cada membro da fraternidade cuida do outro e se deixa também cuidar pelo outro, onde as tarefas são assumidas em fraternidade, onde se faz sentir a alegria do Evangelho, na simplicidade e na generosidade, ali implicitamente se promove vocações. Onde o senso de pertença à família religiosa se faz sentir e a corresponsabilidade é visível se manifesta também o desejo de outros de participar da forma de vida. São Paulo VI usou uma expressão muito bela e que, de algum modo, continua tendo valência em nossos dias: “O homem contemporâneo escuta com melhor boa vontade as testemunhas do que os mestres, ou então se escuta os mestres, é porque eles são testemunhas”. Não podemos esquecer que o primeiro mandamento do Senhor ao falar de operários para a vinha é rezar; “Pedi ao Senhor da messe que envie operários para a sua messe”. Será que em nossas comunidades religiosas, em nossas paróquias estamos rezando pelas vocações à Vida Consagrada? Como rezamos? Outro aspecto que merece destaque quando falamos de pastoral vocacional diz da necessidade de falar bem uns dos outros; falarmos bem de nossas fraternidades; ou seja, apresentar a comunidade ou a fraternidade com lugar de convívio sadio, engajado, alegre. É verdade que nossas casas não são, por vezes, um ‘paraíso’. No entanto, é ‘minha casa’, ‘são meus irmãos, minhas irmãs’ – dons do Senhor! Não é raro encontrar fragilidades de todo o tipo, omissões, conformismo. Este dado oferece a chance para um ainda maior engajamento pessoal, com o intuito de ali promover a forma de vida, o Evangelho.

CNBB: Qual mensagem deixaria aos consagrados neste dia dedicado a eles? Dom Jaime: A Vida Consagrada, a partir dos seus múltiplos carismas, precisa avançar no tempo, tendo um olho no Evangelho e o outro na realidade histórico-social na qual se encontra inserida. Disto depende também o profetismo característico da forma de vida. O Papa Francisco dizia recentemente que “parece ter-se instalado nas nossas comunidades uma espécie subtil de cansaço (…) Trata-se duma tentação que poderíamos chamar o cansaço da esperança (…) Um cansaço que nasce ao olhar o futuro quando a realidade me cai em cima pondo em questão as forças, os recursos e a viabilidade da missão neste mundo, que não cessa de mudar e interpelar”. De fato, o mundo não cessa de mudar e nos interpelar. É justamente neste momento histórico que a Vida Consagrada não deve temer realizar uma autocrítica, avaliar as formas de atuação e, talvez, se refundar, delineando novas formas de atuação em, talvez, outros contextos. Refundar não no sentido de voltar atrás para um passado que não mais existe, mas de, com discernimento e determinação, colher os desafios que o mundo hoje apresenta à Vida Consagrada. Também não se trata de adaptar-se à mentalidade do mundo, mas de resgatar os princípios basilares da Vida Consagrada, compreender o que significa ser sinal de contradição e lançar-se corajosamente na tarefa de anunciar e testemunhar ao mundo que o Evangelho é vida e vida em plenitude; que a Vida Consagrada vale a pena, que é caminho de realização e felicidade. Não podemos ter medo! O Senhor prometeu estar com os seus todos os dias até o final dos tempos. As contradições que encontramos e as fragilidades que se fazem sentir são condição para avançar com ainda maior determinação no caminho proposto e assumido. Vale a pena, talvez, aqui recordar o que dizia Dom Helder Câmara: “Quando os problemas se tornam absurdos, os desafios se tornam apaixonantes”. É preciso sempre e de novo voltar a Jesus e seu Evangelho. O Evangelho é apaixonante. Por isso, o consagrado/a não deve ter receio ou medo de dizer a quem encontra que “gosta do que é e ama o que faz”.


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ARTIGO: Dom Albano, a outra face

Momento com Maria Arlete Bini

Que nossa caminhada com Maria, seja contínua!

Dom Albano, arcebispo de Londrina. Dom Albano, o grande catequista. Dom Albano, o pastor zeloso. Esta é uma face: a face mais conhecida. E a outra face? A mais oculta? Sou um filho espiritual de Dom Albano Bortoletto Cavallin desde 1968. Por quase meio século, ele foi um referencial para mim. Gostaria de partilhar a outra face do bispo catequista, pastor e orientador espiritual. Quantos retiros nós tivemos na casa do deserto “Tapera”, onde no espírito de Charles de Foucauld procurávamos o essencial na interioridade, inspirados em dois profetas?! “A nossa geração esqueceu o essencial...”. (Jean Guitton) “Há uma conspiração contra a interioridade” (Jorge Bernanos). Só na interioridade se descobre o essencial. Por isso estivemos em várias comunidades contemplativas: das Beneditinas ao Carmelo, da Trapa aos Cistercienses de Itaporanga. Tinha prometido de levá-lo até Itajubá... Mas não deu tempo! Num dia de rígido inverno curitibano, chegou ao Alto Boqueirão, Dom Albano, com seu pobre e inseparável Fusquinha. Talvez, foi um dos dias mais conturbados de seu longo ministério episcopal: abatido, triste, mudo. Logo, seu rosto iluminou-se ao ver os nossos adolescentes empalhando cadeiras. Após uns minutos de silêncio, quebrei o gelo: “O que aconteceu? Novidades da diocese?” Dom Albano desabafou: “Fiquei duas semanas fora da diocese. Voltando ao centro pastoral não encontrei um recado. Tudo está morto, nem um telefonema! Se não procuram é sinal de morte!”. Na diocese tinha nascido um centro pastoral paralelo, promovendo cursos e eventos que tornaram difícil, até proibitiva a coordenação diocesana de pastoral. Dom Albano soube, por anos, conviver numa situação conflitiva. As linhas ideológicas do centro paralelo não estavam em sintonia com a diocese. Era o tempo das “romarias” até Cuba. Lideres do centro pastoral paralelo foram celebrar os 25 anos da revolução de Fidel (Castro). Era o tempo do silêncio obsequioso pedido a Leonardo Boff. Dom Albano gradualmente, tinha se afastado daquela cegueira obsessiva que levou a uma ideologia radical, por isso, foi também, gradualmente marginalizado e até hostilizado. Vivi com Dom Albano esses anos de conflitos até a sua nomeação à diocese de Guarapuava, onde outros conflitos o esperavam. Conciliador por temperamento; passou outro calvário, por apoiar os “sem- terra”, com gestos concretos de solidariedade. Incompreendido e hostilizado, Dom Albano, com humildade e ousadia, não desistiu de suas atitudes solidárias para com os últimos. Numa ousada carta aos fazendeiros, onde escrevia: “Não

quero as vossas vacas, mas as vossas almas”. Na ocasião da festa da padroeira, os medalhões da catedral tinham ameaçado de boicotar o programa agendado, se o bispo tivesse continuado as visitas aos sem-terra. Várias vezes eu mesmo tinha levado comida, cobertores e, sobretudo, a participação em nome do bispo-irmão. “Dom Albano ameaçado de morte”, escrevia um jornal com título sensacionalista! Na verdade nunca teve ameaças de morte, mas apenas provocações ao manso pastor que continuava em silêncio. Sim, a outra face de Dom Albano é esta: • Humilhado como Jesus, calou-se. • Incompreendido até o fim, perseverou. • Esquecido, esqueceu as humilhações. • Hostilizado pelos dois grupos, de esquerda e de direita, soube ser fiel à hierarquia e à profecia. Na oração, encontrava a força para continuar a caminhada. Dele saía uma força-ternura que sempre a todos curava. Sempre lhe fornecia vidas de santos e em especial a coleção “Os santos ainda existem”. Ultimamente, tinha-lhe passado a autobiografia do bem-aventurado Cardeal Newman, insistindo para que lesse. Surpreso, me indagou: “Sim vou ler. Por que tanta insistência?”, questionou. Não respondi. Agora do céu, o nosso irmão bispo sabe o porquê. Dom Albano foi o Newman do Brasil: ambos humilhados e hostilizados. O Cardeal inglês, pelos católicos e pelos anglicanos. O nosso irmão bispo, pelos conservadores e pelos fogueteiros ou xiitas como costumava apelidá-los. Podemos agora bem ler a vida de Dom Albano em três etapas, num enfoque trinitário, pois ele me convidou para iniciar o santuário da Divina e Trina Ternura. Em Curitiba, foi o tempo da Filiação. Em Guarapuava, o tempo da Paternidade. E, por último, em Londrina, o tempo da Consolação. Sim sabemos que também na ultima diocese teve seu calvário, mas moído nas experiências anteriores, soube vivenciar a oração de Leão Bloy: “Senhor, obrigado pelas lágrimas que devo derramar, são o azeite da lanterninha da minha vida. Mais lagrimas?! Mais azeite. Mais luz...”. Num dos nossos últimos encontros, com emoção e os olhos cheios de lágrimas, me confessou: “Até a freira mais agressiva do centro pastoral paralelo, após 20 anos, encontrando-me, pediu-me perdão.” Os santos sabem aguardar os imperscrutáveis caminhos da Graça de Deus. Mas os mais imprevisíveis e surpreendentes, começarão só agora!

Artigo escrito pelo padre João Rocha, em homenagem a Dom Albano Bortoletto Cavallin, por ocasião de sua morte ocorrida em Londrina, no dia 01 de fevereiro de 2017.

COM O TEMA “FRATERNIDADE E POLÍTICAS PÚBLICAS” E O LEMA “SERÁS LIBERTADO PELO DIREITO E PELA JUSTIÇA”, A CAMPANHA DA FRATERNIDADE DESTE ANO DE 2019 BUSCA CONHECER COMO SÃO FORMULADAS E APLICADAS AS POLÍTICAS PÚBLICAS NO BRASIL. Estamos no mês de março de 2019, um tempo muito especial para cada um de nós, pois neste mês, damos início à Quaresma, um período de penitência e de entendimento sobre a vida cristã. Este é o momento exato para que possamos entender a real importância de Maria para cada um de nós enquanto seguidores de Jesus Cristo. Maria é a poesia que inspira a cada pessoa e mostra o caminho reto a ser seguido. Estar à disposição do Senhor é um legado daquela que foi a mãe terrena de Jesus Cristo. E nós, quantas vezes nos pomos à disposição de Deus? Quantas vezes estamos, de fato, à disposição de Jesus Cristo, principalmente em se tratando de humildade, de fraternidade, de respeito e amor? Com o tema “Fraternidade e Políticas Públicas” e o lema “Serás libertado pelo direito e pela Justiça”, a Campanha da Fraternidade deste ano de 2019 busca conhecer como são formuladas e aplicadas as Políticas

Públicas estabelecidas pelo Estado brasileiro. Somos seres políticos e não podemos, enquanto cristãos, nos furtar a esta condição. Devemos ser o exemplo de retidão, como foi Maria naquele momento decisivo, quando disse seu “Sim” ao Anjo enviado por Deus. Ela deu seu sim sem titubear, pois acreditou na promessa e neste projeto maior que sinalizava um novo tempo. E cada um de nós, devemos acreditar na promessa divina para este ano que está apenas no começo e que promete ser de luz e paz. Renunciar a certas coisas, também faz parte da estrada por onde caminharemos que deve ser reta, embora com percalços, com dificuldade e até com muita dor, às vezes. Temos quarenta dias amplamente abertos à reflexão, pois estamos no período quaresmal. Que cada um de nós sinta na mente e no coração o chamado à fraternidade, à conversão. Devemos estar abertos ao novo, à entrega, à vontade do Senhor, como fez Maria. Num gesto de humildade e respeito, nos dignemos a dizer:

Ave Maria, cheia de graça, o Senhor é convosco, bendita sois vós entre as mulheres e bendito é o fruto, do vosso ventre, Jesus. Santa Maria, mãe de Deus, rogai por nós, pecadores, agora e na hora de nossa morte, amém!


Março - 2019

Diocese de Guarapuava

No caminho de uma fé adulta “ESTEJAM SEMPRE PRONTOS PARA DAR UMA RESPOSTA TRANQUILA E RESPEITOSA A QUALQUER PESSOA QUE PEDIR MOTIVO PARA A ESPERANÇA QUE HÁ DENTRO DE VOCÊS” (1 PD3,15). IGNORAR OS FUNDAMENTOS FIE FÉ CRISTÃ É CONDENAR-SE A MANIPULAR DEUS. COMO ANDA NOSSA FÉ CRISTÃ?

O BATIZADO CRESCE PELA CATEQUESE

Como estou eu hoje? Como está a minha família? Como anda o meu trabalho? Perguntar-se sobre o mais importante da existência humana que é a vida e a vida saudável é uma atitude inteligente e responsável como o dom mais precioso que recebemos de Deus, dos nossos pais, da sociedade, do planeta terra e do universo. Não enxergar a nossa vida e o que está ao seu redor é um ato de insensatez, de dispersão mental e de irresponsabilidade com nós mesmos e com o grupo social no qual estamos inseridos. Mas a consciência do que somos, do que fazemos, do que esperamos e do que oferecemos aos outros depende da nossa educação, de ter aprendido a aprender, dos relacionamentos com os outros e o mundo, da nossa visão de Deus, da vivência da nossa fé e, sobretudo, da nossa capacidade de fazer produzir e multiplicar o que recebemos dos outros. Aqui entra a pergunta: o que nós fazemos com o dom precioso da fé e do compromisso batismal como com todos os dons que recebemos de Deus, na Igreja e na comunidade nacional?

Chega-se à fé cristã por meio da Igreja, da comunidade dos batizados. Batizada é aquela pessoa que teve um encontro pessoal e decisório com Jesus Cristo que transformou radicalmente sua história e a sua vida. É como aquela pessoa que tropeçou com o amor da sua vida e a paixão o leva por caminhos e sonhos nunca imaginados. Quem professa a fé em Jesus Cristo morto e ressuscitado adquiriu um novo estilo de vida e pode afirmar como o apóstolo Paulo:

A pessoa humana é um ser que tendo recebido a vida de Deus, através dos pais e do seu grupo social, é chamada a construir-se, a crescer, a florir, a participar e a tentar experimentar a excelência da vida e o amor, junto e com os outros na sua comunidade, no seu país e no mundo. O batizado com a sua fé inicial de catecúmeno, com a sua participação sacramental e eclesial e, sobretudo com o testemunho e exemplo dos seus irmãos adultos na fé, adquire conhecimento e experiência do tempo histórico que vive. Sua missão e vocação é ser adulto na fé, por isso, não se infantiliza esperando que os outros façam tudo por ele. Pelo contrário, cresce tentando ser adulto como pessoa, como cidadão e como católico, evita a ilusão do menor esforço e de adquirir as coisas sem trabalhar, sem estudar, sem criar, sem participar, sem sacrificar-se. E o mais grave, fazer da sua ignorância fonte de soluções e respostas para todos os seus desejo e inquietações humanas. Uma dessas ilusões é a de manipular a Deus por uma má compreensão de “quem é Ele” e uma fraca vivência e relação com Ele, fruto do desconhecimento dos fundamentos da fé e de um relacionamento insignificante com os membros da comunidade eclesial. A ideia ou representação que eu tenho de Deus é a mesma ideia que eu tenho dos outros. “Se alguém diz que ama a Deus, mas odeia o seu irmão, é mentiroso, pois ninguém pode amar a Deus, a quem não vê se não amar o seu irmão, a quem vê” (1 João 4, 20).

“Assim, já não sou eu quem vive, mas Cristo é quem vive em mim. E esta vida que vivo agora, eu a vivo pela fé no filho de Deus, que me amou e se deu a si mesmo por mim” (Gálatas 2,20). O Catecismo da Igreja Católica (CIC) indica a importância e a necessidade do batizado participar e frequentar da catequese em todas e em cada época da sua vida histórica. Sem esta instrução a vida cristã e eclesial torna-se raquítica e anêmica, sem luz e sem sabor: “Se o sal perde o gosto, deixa de ser sal e não serve para mais nada”. (Mateus 5,13-16). Dizem os especialistas em educação que uma pessoa precisa de novos conhecimentos em todas as etapas da sua vida se quiser usufruir de uma vida em plenitude, ser útil aqui e agora e inteligentemente responsável no seu momento. Diz o Catecismo que na Igreja de Jesus, “Bem cedo se passou a chamar de catequese o conjunto de esforços compreendidos na Igreja para fazer discípulos; para ajudar os homens a crerem, que Jesus é o Filho de Deus, a fim de que, por meio da fé, tenham vida em nome dele, para educá-los e instruí-los nesta vida, e assim construir o Corpo de Cristo. A Catequese é uma educação da fé de forma orgânica e sistemática, com o fim de iniciar os crentes na plenitude da vida cristã” (CIC 5-6). A catequese da iniciação cristã é uma grande preocupação da Igreja católica hoje, uma vez que se constata o desconhecimento vergonhoso da maioria dos fiéis, dos fundamentos e princípios da nossa fé e dos compromissos que o batismo exige. Reina uma ignorância inquietante sobre os ensinamentos da Sagrada Escritura, a história da Igreja, os concílios e magistério. Esta preocupação por um ensinamento sólido da fé cristã a partir do batismo é manifestada pelos Senhores bispos da CNBB no documento 107: “Iniciação à vida cristã: itinerário para formar discípulos missionários”. O tempo, desta forma primordial de catequese inicial, se denominou na Igreja catecumenato. O catecumenato ou preparação para o batismo de adultos é uma iniciação à fé e à vida cristã que dispõe o cristão para o dom do Batismo, da Confirmação e da Eucaristia. (CIC 1247).

COMO INSERIR-SE EM UM GRUPO DE INICIAÇÃO CRISTÃ? Os católicos que desejam amadurecer e viver a plenitude do seu compromisso cristão, avivando sua esperança na Ressurreição devem se inserir em um grupo de formação cristã, da mesma maneira como procuram reforços, cursos e treinamentos para atualizar e renovar sua profissão, trabalho ou carreira, seu desempenho físico e sua aparência corporal. A vida para chegar à sua plenitude e excelência exige mudanças, aprendizados, conhecimentos, relacionamentos, caminhadas, meditações, nutrição sadia, viagens, dentre outros esforços. O caminho da fé não é diferente, é uma empreitada com Jesus, na sua Igreja, com os irmãos construindo um mundo novo, que se opõe à cruz, ao conhecimento e à luz verdadeira. O primeiro lugar para iniciar-se em um grupo de catequese catecumenal é a paróquia. Às vezes, várias paróquias possuem centros de catequese permanente, oferecendo cursos organizados e sistematizados para as diferentes idades e situações. Através da paróquia, os católicos descobrem como existem na Igreja diocesana, presbíteros, diáconos, catequistas preparados para esta atividade. Descobre-se também, que há muitas outras pessoas que testemunham a sua fé batismal e estão dispostas a compartilhar seus conhecimentos e experiências religiosas. Porém, o mais lógico e fácil é inscrever-se em um dos cursos de catequese programados e frequentar com entusiasmo e fidelidade. Além da participação nos sacramentos e em atividades piedosas, os católicos, para viver uma fé adulta que produza frutos bons e abundantes, precisam, como afirma o CIC, “de uma exposição da fé da Igreja e da doutrina católica, testemunhadas e iluminadas pela Sagrada Escritura, pela Tradição apostólica e pelo magistério da Igreja”. Desta forma, teremos em nossa mochila, uma razoável bagagem para obedecer ao mandato de Cristo: “Ide e fazei que todos se tornem discípulos, ensinando-os a observar tudo o que vos ensinei” (Mateus 28,19). Leitura recomendada: Concílio Vaticano II: Lumen Gentium capítulos 1 e 2.

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Quase 90% dos poços artesianos do Brasil são clandestinos, aponta estudo ÁGUA SERIA SUFICIENTE PARA ABASTECER O PAÍS POR UM ANO, SEGUNDO INSTITUTO TRATA BRASIL. ESTUDO FEITO EM CONJUNTO COM A USP APONTA QUE O BRASIL TEM 2,5 MILHÕES DE POÇOS. Clara Velasco/G1

A grande maioria dos mais de 2,5 milhões de poços artesianos do Brasil é clandestina e, por conta disso, está sujeita a contaminações e problemas sanitários e ambientais. É o que aponta um estudo do Instituto Trata Brasil em parceria com o Centro de Pesquisa de Águas Subterrâneas da Universidade de São Paulo (USP), obtido pelo G1 e divulgado em 14 de fevereiro. O estudo destaca a importância da extração das águas subterrâneas no país e as consequências da falta de regularização e de acompanhamento desses poços, que são os grandes responsáveis pela captação subterrânea. Técnicos declaram que o total de água extraída dos poços chega a 17.580 Mm³/ano, valor suficiente para abastecer toda a população brasileira durante um ano. Além disso, caso toda a água subterrânea extraída fosse oferecida ao preço médio praticado pelos operadores de água, que era de R$ 3,36/m³ segundo o último levantamento nacional, de 2016, a receita total chegaria a R$ 59 bilhões por ano para os cofres públicos. “A água somada dos poços é suficiente para abastecer toda a população, mas essa quantidade ainda é pequena frente ao potencial de água subterrânea que nós temos”, diz o professor Ricardo Hirata, que coordenou o estudo na USP. “Além disso, os aquíferos são mais resilientes às mudanças climáticas. São uma super caixa d’água”, exemplifica. Mesmo estando abaixo da sua capacidade, o estudo destaca que o Brasil já está entre os países que mais captam água subterrânea do mundo. Segundo dados de 2010, a Índia estava em primeiro lugar, seguida pela China e pelos Estados Unidos. O Brasil aparece na nona posição.

CONSEQUÊNCIAS DA CLANDESTINIDADE

Para conseguir superar essa capacidade, um dos principais obstáculos está no perfil dos poços existentes no País. Do total estimado, o estudo destaca que apenas 12% são conhecidos e registrados pelos órgãos públicos. Os outros 88% são clandestinos e estão em propriedades rurais, indústrias, casas e prédios espalhados por todo o Brasil. Os seus usos são diversos e atendem tanto ambientes domésticos, quando agropecuários e urbanos. O estudo ainda aponta que 52% dos municípios brasileiros são abastecidos [total (36%) ou parcialmente (16%)] por águas subterrâneas. A água subterrânea é, inclusive, a única opção de 48% das cidades com população menor que 10 mil habitantes. Além disso, como muitos poços são clandestinos, os números oficiais podem não representar a realidade das cidades. Na região metropolitana de São Paulo, por exemplo, os números indicam que 99% do abastecimento público é realizado com água superficial. Em 2015, porém, estimou-se a existência de mais de 13 mil poços privados extraindo mais de 11 m³/s. Isso significa que, do total de água utili-

POÇO ARTESIANO NO PARÁ; QUASE 90% DOS POÇOS DO PAÍS SÃO CLANDESTINOS

zada na cidade, 18% são subterrâneas, e não apenas 1%. Ou seja, a clandestinidade é um elemento primordial na análise dos recursos hídricos subterrâneas. Muitos moradores e donos de empresas e fazendas constroem os poços e não pedem licenças e registros por não verem vantagem nessa regularização. As consequências disso, segundo Hirata, são diversas. Uma das principais é a superexploração dos aquíferos, que ocorre por conta do acúmulo exagerado de poços em um mesmo local. “Ter um poço não tem problema, mas um poço ao lado do outro causa interferência hidráulica. Os níveis de água podem cair muito. Quando os poços são clandestinos, perfurados ao acaso sem ninguém controlar, muitos poços podem ser perfurados na mesma região. O aquífero pode secar”, diz Hirata.

CONTAMINAÇÃO DAS ÁGUAS SUBTERRÂNEAS

Além do esgotamento dos aquíferos, outro risco diretamente relacionado com a clandestinidade é a utilização de águas contaminadas. Quando o poço é regularizado, seu dono deve seguir normas de vigilância sanitária que incluem, por exemplo, a realização de análises clínicas regulares. No caso dos poços ilegais,

muitas pessoas não fazem esses exames por conta do valor, que pode chegar a até R$ 3 mil. Assim, a água fica sujeita a contaminações de poluentes diversos. “Você até pode ter um posto bem construído, mas, se não segue as exigências e os procedimentos da vigilância sanitária, é como se tivesse um carro sem manutenção”, diz Hirata. Segundo o professor, em cidades como São Paulo, é comum que haja fontes de contaminações próximas de prédios que não são conhecidas pelas pessoas. Como grande parte dos poços urbanos atuais estão em condomínios, a água captada para uso geral pode estar contaminada, e os moradores não sabem disso.

IMPACTO DA FALTA DE SANEAMENTO BÁSICO

Um dos fatores que impactam diretamente nessa contaminação e na qualidade das águas subterrâneas é o saneamento básico (ou a falta dele). “Quando falamos da falta de saneamento, sempre lembramos dos rios contaminados, mas acabamos desprezando essa fonte de água subterrânea, que é tão extensa e tão desconhecida. E o impacto é grande”, diz Édison Carlos, presidente executivo do Trata Brasil.

POLÍTICAS PÚBLICAS E FALTA DE COMUNICAÇÃO Diante dos riscos e da oportunidade de maior utilização de águas subterrâneas no país, o estudo aponta algumas recomendações para contornar a clandestinidade e regularizar o setor. Entre elas, estão os seguintes pontos: • Ampliar a comunicação à sociedade e aos governos sobre o real papel social, ambiental e econômico das águas subterrâneas; • Fortalecer os órgãos de controle e gestão dos recursos hídricos, bem como ampliar a fiscalização sobre os poços irregulares; • Ampliar a cobertura de coleta e tratamento de esgotos; • Criar programas permanentes de proteção das águas subterrâneas; • Criar programas de identificação de áreas críticas, ou seja, onde os aquíferos apresentam maior perigo de contaminação e de superexploração.

Segundo os dados mais recentes do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento, de 2016, cerca de 35 milhões de brasileiros não têm acesso à água tratada, e mais de 100 milhões não têm coleta dos esgotos. Além disso, somente 44,9% dos esgotos são tratados. Estima-se que, por ano, o subsolo do país receba 4.329 Mm³/ano de esgotos, volume equivalente ao lançamento na natureza de 1,8 milhão de piscinas olímpicas por ano de esgoto, ou quase cinco mil piscinas por dia. Isso porque, quando uma cidade ou parte dela não tem rede de esgoto, uma parte é jogada nos rios, mas a grande maioria acaba indo para fossas sépticas e fossas negras, atingindo a água subterrânea. “Quase todas as cidades brasileiras têm algum nível de contaminação por esgoto, e, como tem uma gigantesca quantidade de poços clandestinos, que não passam por análises periódicas, você tem um potencial de contaminação muito grande para a população”, diz Hirata.

DIVERSIFICAÇÃO E CRISE HÍDRICA

Mesmo com todos os problemas causados pela clandestinidade, o estudo e seus coordenadores não deixam de destacar o potencial de captação hídrica das águas subterrâneas de forma regularizada. Há uma oportunidade de utilização das já estruturas existentes mesmo que hoje elas estejam irregulares. A publicação estima que os custos envolvidos na perfuração e na instalação destes 2,5 milhões de poços existentes no país chegaram a mais de R$ 75 bilhões, valor equivalente a 6,5 anos de investimentos do Brasil em água e esgoto. “O Brasil já tem um parque de R$ 75 bilhões instalado, só falta regularizar. E a capacidade é grande”, destaca Hirata. Além disso, o estudo também destaca que as águas subterrâneas podem representar um importante aliado do Brasil em períodos de seca. Entre 2013 e 2017, por exemplo, a crise hídrica atingiu 2.706 cidades, ou quase 49% dos municípios brasileiros, de acordo com dados do IBGE. Das cidades atingidas, apenas 31% (menos de 1/3) utilizavam águas subterrâneas. Em muitos núcleos urbanos, houve uma corrida à perfuração de novos poços tubulares para atenuar a falta de água das concessionárias. Em 2014, por exemplo, ano em que São Paulo passou por uma forte crise hídrica, o Departamento de Água e Esgoto (DAEE) concedeu 17% a mais de licenças para a perfuração de poços artesianos que no ano anterior. Caso as cidades e o campo tivessem uma oferta de água mais diversificada, com as águas subterrâneas incorporadas e integradas ao sistema de distribuição, os efeitos da crise poderiam ter sido menores. “Tem que pensar o planejamento hídrico lembrando mais da água subterrânea. Muitas vezes a cidade está numa área de abundância gigantesca de água e não usa porque já tem bomba e puxa a água do rio”, afirma Carlos.


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XV Congresso Internacional de Turismo Religioso Sustentável será realizado em Guarapuava MAIS DE 800 TURISTAS SÃO ESPERADOS PARA PALESTRAS E RODAS DE DISCUSSÕES SOBRE O ASSUNTO NA CIDADE. PALESTRANTES DA EUROPA E DOS ESTADOS UNIDOS JÁ CONFIRMARAM PRESENÇA NO EVENTO. CAPACITAÇÃO

Com assessoria de comunicação da prefeitura de Guarapuava

Nos dias 30 e 31 de maio deste ano, a cidade de Guarapuava sediará a XV edição do Congresso Internacional de Turismo Religioso Sustentável. Conforme os organizadores, o encontro pretende debater a importância do Turismo Religioso enquanto atividade econômica em comunidades que estão estruturadas para receber turistas de todo o mundo, além de tratar sobre o trabalho sustentável dentro de toda a cadeia turística. Serão apresentados ainda, diversos estudos e propostas de aperfeiçoamento em regiões de potencial turístico-religioso, um mercado que se mostra com crescimento significativo, com capacidade de expansão, segundo especialistas neste segmento. O evento vai contar com palestrantes da Europa e dos Estados Unidos. A expectativa é atrair cerca de 800 turistas para as palestras do congresso, sendo boa parte deles, estrangeiros. “Guarapuava vem se destacando cada vez mais no cenário turístico do Paraná e do Brasil. Agora com alcance internacional para se consolidar no turismo. Em reunião com os representantes da Fundação do Turismo Religioso, professor Ruben Moyano, da Argentina e Samoel Kozelinski, da Fundação São José de Ciências Humanas e Religiosas, no Brasil, apresen-

tamos nossas ações e investimentos na área. Eles ficaram muito entusiasmados com a organização tanto pública quanto privada do turismo e as condições de infraestrutura oferecidas aqui na nossa cidade. Por isso, fizeram a proposta para que Guarapuava possa sediar este grande evento”, salienta Itacir Vezzaro, que além de vice-prefeito de Guarapuava, também é responsável pela secretária de Obras e Turismo do município.

SOBRE A CIDADE Guarapuava está estrategicamente localizada no principal entroncamento rodoferroviário do Paraná. Além disso, conta com um aeroporto, que vai funcionar com equipamentos em uma Estação Prestadora de Serviços de Telecomunicações e de Tráfego Aéreo (EPTA), a forma mais segura para se operar voos, con-

forme especialistas. A receita hoteleira do município é a terceira maior do Paraná, além de ocupar a quinta posição de melhores hospedagens pela plataforma AirBinb, no ranking Brasil. “O Brasil é um dos países mais religiosos do mundo (com maior número de católicos) e o turismo religioso é um dos nichos de mercado que mais cresce. Juntamente com a religiosidade, os peregrinos que visitam o Brasil também encontram cenários naturais magníficos, culturas diversificadas, rica gastronomia e muitas outras opções de esporte, lazer e descanso. Será o primeiro evento internacional deste segmento na Região Serrana do Paraná e temos certeza de que os guarapuavanos receberão de braços abertos todos os participantes brasileiros e estrangeiros”, comenta o diretor da Secretaria de Turismo de Guarapuava, Marcio de Sequeira.

No fim do ano passando, um grupo de 30 pessoas do município concluiu o curso gratuito, oferecido pelo Senac/Guarapuava, sobre turismo religioso. Conforme a coordenadora do projeto Caminhos da Fé, Leila Pires, o curso tem grande relevância porque a história de Guarapuava está enraizada na religiosidade. “Os alunos conheceram mais sobre vários lugares como parques, comércio, não só as igrejas, mas também outras formas de turismo, além do religioso, tudo o que contribui para as pessoas receberem os turistas da melhor forma”, comentou.

TURISMO RELIGIOSO NO BRASIL

Segundo dados do Ministério do Turismo, em 2017 o segmento movimentou cerca de R$ 15 bilhões no país. Um relatório recente sobre o Turismo Religioso no Brasil, produzido pelo Sebrae de Santa Catarina, revela que o país tem mais de 300 destinos de turismo religioso. Juntos, esses destinos geram mais de R$ 20 milhões em receita com viagens por ano. Grande parte das atrações está ligada ao cristianismo, mas existem opções para várias religiões, tais como: budistas, muçulmanos, espíritas, candomblé, dentre outras. O Governo do Paraná decretou 2018 como o ano do Turismo Religioso. Guarapuava recebeu esse convite no fim de novembro do ano passado, consagrando o município como polo regional de médios e grandes eventos.

Encontro de Formação da Catequese reúne mais de 90 pessoas em Guarapuava O TRABALHO DE TRÊS DIAS FOI EM NÍVEL DIOCESANO. PALESTRAS, DINÂMICAS E TROCA DE EXPERIÊNCIAS, NORTEARAM OS TRABALHOS CONSIDERADOS DE SUMA IMPORTÂNCIA PARA A CAMINHADA NA IGREJA. De 15 a 17 de fevereiro, a Casa de Líderes Nossa Senhora de Guadalupe, em Guarapuava, sediou o primeiro Encontro diocesano de Formação da Catequese do ano de 2019. Mais de 90 coordenadores das Catequeses da Eucaristia e da Crisma participaram do evento que contou com palestras, oficinas, dinâmicas, momentos de oração, debates e partilha de informações. Para o coordenador da Ação Evangelizadora da diocese de Guarapuava, padre Itamar Abreu Turco, o encontro foi de extrema importância não só para os coordenadores, mas para toda a comunidade, pois a partir dos trabalhos desenvolvidos no primeiro momento se poderão nortear os novos passos as serem dados em se tratando da Catequese em nível diocesano. “Eu considero como muito proveitoso o encontro que tivemos em nível diocesano. Durante os três dias, nós abordamos diferentes assuntos que fazem parte das mudanças necessárias para a catequese de nossa diocese. A espiritualidade deve ser ponto-chave em todas as etapas da formação catequética, como bem explicou nosso bispo (Dom Antônio Wagner da Silva). Os grupos de jovens serão estimulados como uma extensão da catequese. Com isso, haverá uma formação continuada até o período da Crisma e todos os jovens que receberão este sacramento precisarão estar com 18 anos completos”, explicou padre Itamar.

Dom Antônio Wagner da Silva, bispo da diocese de Guarapuava, conversou com os coordenadores da Catequese, tanto da Eucaristia, como da Crisma e falou da importância da renovação dos catequistas nas paróquias e comunidades. Dom Wagner também celebrou a missa na noite de 17 de fevereiro, na capela da Casa de Líderes Nossa Senhora de Guadalupe, local do encontro. “É muito importante que os catequistas não se sintam numa posição de permanência neste trabalho. Catequese é missão e, como todos os missionários, é preciso fazer um trabalho por certo período e depois, dar lugar para outros e seguir em frente. Renovar torna a catequese, assim como outros trabalhos na igreja, em algo dinâmico, interativo e evangelizador. É muito importante essa formação de amadurecimento e de entendimento de o porquê de se estar inserido nesses grupos de estudos que é necessário para a vida toda”, disse Dom Wagner durante sua homilia. A coordenadora de Animação Bíblico-Catequética do Regional Sul 2 da Conferência

Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Débora Regina Pupo de Lima, proferiu palestra sobre a missão do catequista e realizou dinâmica com os presentes, tomando como exemplo uma árvore e a importância de cada parte desta para a vida. Célia Kondas, coordenadora da Catequese na diocese de Guarapuava, em entrevista ao Centro Diocesano de Comunicação (CDC), disse da alegria que foi a realização do encontro. Para Célia, a renovação dos coordenadores e dos catequistas está sendo muito importante, pois nota-se um novo ânimo em cada um e uma grande vontade de trabalhar que motiva toda a comunidade. “Eu considero o encontro como uma verdadeira bênção. As mudanças já estão acontecendo em nossa diocese e eu digo isso pela quantidade de pessoas novas se envolvendo com este trabalho de formação e evangelização. O aproveitamento foi enorme nas palestras e dinâmicas realizadas. As avaliações ao fim dos trabalhos deixam claro que os coordenadores querem aprender

cada vez mais e aplicar este aprendizado em suas paróquias e comunidades. O encontro superou todas as nossas expectativas. Eu e todos da equipe estamos muito felizes”, comemorou Célia. A coordenadora da Catequese no decanato Pinhão, Ilce Mara Bevervanzo dos Santos, também concedeu entrevista ao CDC e falou o quanto o encontro de três dias foi esclarecedor para todos os coordenadores participantes. “Aprendemos muito neste encontro. Trabalhamos em pequenos grupos e tudo foi muito proveitoso. Eu notei uma grande motivação por parte de cada um que lá estava. Há muita coisa para pormos em prática a partir de agora, mas com muito trabalho e dedicação, vamos poder repassar aos catequistas todos os pontos abordados. Os novos projetos que estão surgindo, com novas propostas, fazem com que cada um se sinta inserido neste contexto e passe a olhar a catequese com mais amor e como uma parte fundamental da Igreja”, considerou Ilce. O encontro foi organizado pela Pastoral Catequética, através da Ação Evangelizadora. O seminarista da diocese de Guarapuava, Gabriel Belisário, que cursa o terceiro ano de Filosofia em Francisco Beltrão, foi o animador do evento.


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BURNOUT: você pode estar sofrendo da síndrome da exaustão CANSAÇO EXTREMO PROVOCADO PELO EXCESSO DE TRABALHO NEM SEMPRE SE RESOLVE COM HAPPY HOUR OU FÉRIAS. ELE PODE SE TORNAR UMA DOENÇA: A SÍNDROME DA EXAUSTÃO, AINDA POUCO LEVADA A SÉRIO, CRESCE MUNDO AFORA. Gabriela* se levantou, com muito esforço, e preparou um café da manhã dos campeões: suco misturado com vodca. Nem ela acreditou na cena, mas foi a única saída que encontrou para encarar o peso de mais um dia inteiro no escritório. A assistente de marketing promocional não suportava a rotina profissional havia meses. Trabalhava 14 horas, das 8h às 22h, e eventualmente passava sábados e domingos em eventos promovidos pela empresa. Acordava trabalho, respirava trabalho e dormia trabalho. Aos 33 anos, tinha crises de labirintite e não passava um dia sem cair no choro. Quando terminou de tomar o suco batizado com álcool, enviou uma mensagem para seu psiquiatra. Foi a gota d’água: “Gabriela, você precisa parar agora. Venha para o consultório que vou prescrever uma licença de um mês. Chega”, respondeu o médico. Em outro canto do país, no começo de 2015, Helloá Regina ouviu o despertador e se preparou para começar mais um dia de trabalho. Juntou todas as forças para levantar da cama, mas não conseguiu. O corpo não respondia. Aprovada em um concurso da prefeitura de uma capital, a jovem de 23 anos passava nove horas diárias trabalhando. Em seguida, emendava outro turno na faculdade para concluir o curso de Administração Pública. Mas nem lá parava de pensar nos abacaxis que precisava descascar no trabalho: nos prazos a serem cumpridos, nas constantes ameaças de ser exonerada, na culpa por não dar conta dos pepinos. Sentia dor de cabeça, perdia o sono, mal conseguia assistir às aulas. Até que o corpo tomou por ela a decisão: era hora de se afastar do trabalho. Helloá e Gabriela sucumbiram ao cansaço e à pressão do ambiente de trabalho. Viraram parte das estatísticas: 30% dos mais de 100 milhões de trabalhadores brasileiros sofrem com a síndrome de burnout (ou síndrome do esgotamento profissional), segundo estimativa da International Stress Management Association (Isma). A proporção é semelhante à do Reino Unido, onde um a cada três habitantes (mais de 20 milhões de pessoas) enfrenta o problema. Mesmo na Alemanha, conhecida por ter carga horária reduzida entre os países desenvolvidos, 2,7 milhões de pessoas - 8% da força de trabalho - apresentam sinais de burnout. É um problema mundial, que, segundo especialistas, aumenta a cada ano e causa danos à saúde e à economia. No Brasil, a falta de produtividade causada pela exaustão gera prejuízo de 3,5% do nosso PIB (Produto Interno Bruto), conforme cálculos feitos pela Isma em 2010. Esses milhões de pessoas não conseguem relaxar. Não há feriado ou férias que consigam repor todas as energias sugadas pelo expediente. “É o nível mais devastador do estresse, é uma exaustão que não passa nunca, e a pessoa não consegue se adaptar a uma situação nova”, explica a psicóloga Ana Maria Rossi, presi-

CONSEQUÊNCIAS DO BURNOUT • 49% das pessoas com a síndrome desenvolvem depressão • 92% dos afetados se sentem incapazes de trabalhar O QUE SENTE QUEM TEM BURNOUT • 97% relatam ter exaustão, sem condições físicas e emocionais para fazer qualquer coisa dente da Isma no Brasil. “Não é um cansaço comum. É uma doença mesmo, como um fogo descontrolado”, completa ela. Imagine seu pior dia no trabalho: às 19h seu chefe exigiu um relatório extenso e complexo para a manhã do dia seguinte. Com o tempo apertado, o trabalho não saiu tão bom assim. E ele, claro, não gostou do resultado. Você está cansado e sente que seu empenho não valeu a pena. Bate aquela insegurança e você se pergunta quanto tempo levará até que o RH o chame para conversar sobre a sua demissão. Seu corpo entra em alerta, um estágio inicial e natural de estresse - aquela reação biológica que prepara o organismo para correr ou lutar. A maioria das pessoas supera a crítica, sai para reclamar com os amigos e esquece o dia ruim. Ou parte em busca de outro emprego. Mas nem todo mundo consegue agir assim. “Pessoas que estão de saco cheio do trabalho ficam loucas pelo fim do expediente. Aí, saem com os amigos e vão ao cinema. Mas alguns, por mais que odeiem o trabalho, não conseguem se desligar dele, só pensam nisso. Chegam em casa mortos e não fazem mais nada”, explica o psiquiatra Emmanuel Kanter. É como se, para essas pessoas, todos os dias, inclusive os fins de semana, fossem repletos de medo e de uma sensação de incompetência e impotência. O corpo nunca desliga o sinal de alerta. E, uma hora ou outra, mostra os sinais de exaustão, que, se agravados, podem ser até fatais. “Morrer de tanto trabalhar” não existe só no sentido figurado. Em japonês, karoshi significa literalmente isso. O termo surgiu na segunda metade do século passado, mas ainda hoje o problema está longe de ser superado. Um caso recente é o de Matsuri Takahashi, uma trainee da Dentsu, maior agência de publicidade do Japão, que cometeu suicídio em dezembro de 2015, aos 24 anos. Após investigação, as autoridades concluíram que o excesso de trabalho a levou a se atirar do dormitório da empresa. Pressionada pela cultura corporativa de não negar tarefas, Takahashi costumava fazer mais de cem horas extras por mês. “São 4 da manhã. Meu corpo está tremendo”, tuitou ela meses antes de tirar a própria vida. “Vou morrer. Estou tão cansada!”.

Um ano após sua morte, em dezembro de 2016, o presidente da empresa pediu demissão. “O modo de trabalho aprovado em nossa companhia é inaceitável para todas as partes interessadas, entre as quais as autoridades”, justificou.

HUMANOS MODERNOS Essa tal síndrome de burnout tem uma história ainda recente. Estudada e batizada pelo psicólogo germano-americano Herbert Freudenberger em 1974, a doença já aparece registrada na CID-10 (Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde), um dos manuais de diagnósticos da medicina. Ela envolve três sintomas: exaustão emocional (falta de energia e esgotamento emocional); cinismo e ceticismo (falta de empatia pelos colegas de trabalho e descrença na existência da própria crise pessoal); e baixa realização profissional (sentimento de culpa por conta da baixa produtividade). Mas ainda nem chegou a entrar para o Manual Diagnóstico e Estatístico (DSM, na sigla em inglês), uma espécie de bíblia da psiquiatria. Quem tem espaço especial nesse manual há tempos é outra doença bem mais popular: a depressão. E a similaridade entre as duas, por vezes, confunde os psiquiatras - Gabriela e Helloá, por exemplo, apresentaram sintomas físicos típicos da depressão, mas a raiz do problema era uma só: o trabalho. “É comum diagnosticar pacientes com depressão quando, na verdade, sofrem de burnout, que tem a ver com a pressão do trabalho”, conta Rossi. Ou seja, aqueles 30% talvez sejam só a ponta do iceberg. “Além disso, adolescentes e crianças sentem um cansaço extremo pelo excesso de atividades e pela pressão emocional, mas isso não se classifica como burnout, que é relacionado apenas à população economicamente ativa”, completa Rossi.

“É comum diagnosticar pacientes com depressão quando, na verdade, sofrem de burnout.” Ana Maria Rossi - Psicóloga

• 91% sofrem com desesperança, solidão, raiva, impaciência

QUASE PRIMAS

Conheça os aspectos que diferenciam depressão e burnout BURNOUT É diagnosticado apenas quando o alto grau de estresse envolve o ambiente de trabalho. Pacientes com a síndrome se sentem exaustos, mas não conseguem descansar. Só pensam no trabalho, ainda que se sintam irritados com as suas funções e com os colegas. DEPRESSÃO Não há explicação para a tristeza e o desânimo - podem vir de qualquer área da vida. Pessoas deprimidas, em geral, não têm força para fazer nada (nem trabalhar) e, por isso, tendem a se sentir culpadas.

NA MIRA Com que frequência as pessoas se sentem pressionadas no trabalho? • 13% todos os dias • 28% uma ou duas vezes por semana • 26% uma ou duas vezes por mês • 22% menos do que uma vez por mês • 12% nunca

AUTOCOMBUSTÃO Os motivos mais comuns para se sentir sob pressão (por ordem) 1. Volume de trabalho 2. Pressão por resultados 3. Mudança (e piora) na gestão 4. Estilo de gestão do chefe 5. Corte de gastos 6. Reestruturação da empresa 7. Insegurança no trabalho 8. Relação com o chefe 9. Dificuldades ou pressão na vida pessoal 10. Relacionamento com os colegas


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DOIS MIL ANOS DE EXAUSTÃO Os relatos sobre exaustão aparecem há séculos na literatura médica, assim como a depressão. Na Roma Antiga, o médico Aelius Galenus já descrevia a falta de energia como um desequilíbrio do organismo. “Nos últimos dois mil anos, a exaustão já foi explicada como um produto do desequilíbrio bioquímico, como doença psicológica ou somática, causada por vírus ou por uma disfunção do sistema imunológico, como um problema espiritual ou resultado dos movimentos planetários”, escreve a britânica Anna Katharina Schaffner, pesquisadora da história da psiquiatria que, após sofrer de exaustão, decidiu se debruçar sobre o tema. Seu estudo resultou no livro Exhaustion: A History (Exaustão: Uma História), lançado no ano passado (Columbia University Press, 288 págs., R$ 144, ainda sem versão no Brasil). A mais recente explicação culpa a sociedade moderna. Com a chegada da industrialização, o mundo mudou bastante. É aquela conhecida história: a vida seguia um ritmo muito mais calmo, acompanhando as idas e vindas do Sol, e se dependia quase que exclusivamente das condições climáticas para trabalhar. Aí vieram as fábricas. Cada hora trabalhada garantia uma grana a mais no bolso. E a vida passou a girar em torno do expediente. Mas em 1914, Henry Ford, fundador da fabricante de carros Ford, realizou uma pesquisa com seus empregados e descobriu que, após oito horas de labuta, o nível de eficiência caía - e os funcionários corriam mais riscos de cometer erros bobos e caros. Surgiram, então, leis para limitar a carga horária de trabalho. Na década de 1920, diversos países passaram a proibir que o expediente tivesse mais de 48 horas na semana. No Brasil, em 1943, Getulio Vargas criou as primeiras leis trabalhistas - desde então, os contratos são de oito horas por dia, com pagamento de horas extras. Ainda que por aqui o governo considere flexibilizar essas leis, com chances de ampliar a carga horária, em outros lugares do mundo o expediente diminuiu nos últimos 25 anos. Dessa forma, de acordo com as estatísticas, as pessoas trabalham menos do que seus pais. Por que, então, a síndrome de burnout só começa a ganhar destaque agora? E por que assola tanta gente? Bem, de volta à história: as mulheres entraram de vez no mercado de trabalho depois dos anos 1960. E nem todo mundo consegue bancar uma faxineira ou babá. Ou seja, o segundo turno do expediente começa em casa. Tem roupa para lavar, comida para fazer, filhos para cuidar... Mais e mais tarefas. E menos tempo para o lazer. Para piorar, na última década, a internet e as redes sociais trouxeram uma enxurrada de notícias ao alcance do seu bolso. Segundo pesquisa da Universidade da Califórnia em San Diego, em 2008

os norte-americanos produziram 100 mil palavras e 34 GB de dados a cada 12 horas. É muita coisa. E como você acessa essas informações ao longo do dia! Já parou para contar quantas vezes você checa seu Facebook pelo celular? Umas 30, 40 vezes, chutando alto? Nem perto. Pesquisa da consultoria Deloitte concluiu, em 2015, que os brasileiros conferem seus celulares 78 vezes, em média, por dia. A quantidade é maior entre pessoas de 18 a 24 anos, que desbloqueiam seus aparelhos 101 vezes diariamente, enquanto os mais velhos, de 45 a 55 anos, fazem isso 50 vezes. O problema é que assim você perde o foco. Começa a escrever um relatório e escuta o sinal incessante de novas mensagens no WhatsApp. Você, então, para rapidinho só para ver o que é. E aí, para recuperar a concentração, seu cérebro precisa de uma dose extra de energia. “Em cada interrupção, você precisa de um tempo de 10 a 25 vezes maior do que o tempo de distração para voltar à tarefa anterior”, conta a jornalista norte-americana Brigid Schulte no livro Overwhelmed: How to Work, Love, and Play When No One Has the Time (em tradução livre, Sobrecarregado: Como Trabalhar, Amar e se Divertir Quando Ninguém Tem Tempo - editora Farrar, Straus and Giroux, 369 págs., R$ 55, sem edição no Brasil).

Conclusão: se você parar por 30 segundos para ler a mensagem do Facebook que acaba de saltar na tela do seu computador, levará mais cinco minutos para conseguir focar outra vez no que estava fazendo. Imagine, então, como seu cérebro vai à loucura com quase 80 interrupções do celular por dia. “Multitarefa não funciona. Estudos mostram que não dá para fazer bem duas coisas ao mesmo tempo. E as distrações atrapalham a capacidade do cérebro de filtrar informações irrelevantes”, conclui Schulte. Só que essa tecnologia toda não trouxe apenas interrupções. Trouxe também disponibilidade 24 horas por dia, sete dias por semana. “Eu não podia sair para beber com os amigos, porque a qualquer momento podia aparecer algum problema para resolver na agência. E eu precisava estar bem para trabalhar”, conta Gabriela. “Mas pelo menos não sofro tanto quanto minha supervisora: ela recebe mensagem dos chefes às 4 da manhã”, afirma.

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NÃO RECLAME, TRABALHE Porém, não adianta jogar o peso do burnout apenas nos empregadores. Pare e pense: quantas vezes você contou a um amigo que andava trabalhando muito, mesmo quando não era tão verdade assim? Trabalhar, no século 21, virou sinônimo de status e poder. Andar apressado na rua, responder e-mails corporativos durante o almoço... Tudo isso só pode ser coisa de um trabalhador exemplar. “A socióloga Marianne Cooper estudou a rotina de homens que trabalham a ponto de quase entrar em colapso, no Vale do Silício, e disse: ‘Existe essa coisa de que ele é o cara de verdade, trabalha 90 horas por semana, ou ele é preguiçoso, passa só 50 horas por semana no escritório’”, conta Schulte. Profissionais de sucesso, premiados, nunca param. E levam uma vida luxuosa: carros, viagens, apartamentos caros - compras e desejos que turbinam o cérebro de dopamina, a substância responsável pela sensação de bem-estar. “Chegar lá”, ao nível deles, depende de você. Quanto do seu tempo livre você está disposto a doar? Tamanha devoção ao trabalho faz o lazer causar até mal-estar. “Lazer virou coisa vulgar. Algo quase errado”, diz Schulte. “Parece que há uma cultura que diz: ‘O mundo vai acabar se eu não estiver presente’. Meus pacientes trabalham mais

do que precisam só para mostrar serviço. E não se dão conta de que vão adoecer, uma hora ou outra”, completa Ana Maria Rossi. E provavelmente sentirão mesmo o peso do excesso de horas trabalhadas: pesquisa do Instituto de Psicologia e Controle do Stress mostrou que o emprego é a terceira maior causa de estresse entre os brasileiros. No topo da lista estão as dificuldades nas relações interpessoais, seguidas de problemas financeiros. Para quem encara esses percalços, aliás, as horas extras nada têm a ver com status. Têm a ver com dinheiro e contas a pagar. A vida fica mais cara a cada ano que passa - e os salários nem sempre acompanham esse aumento. A saída, então, é trabalhar duro para deixar as contas em dia. Fora isso, com a taxa de desemprego beirando os 14%, as pessoas têm medo de perder o cargo e não encontrar outra vaga. Aí vale tudo para manter o emprego - mesmo se isso custar horas de sono e lazer. Não à toa, o brasileiro é um dos povos mais insatisfeitos com o tempo de descanso. Em pesquisa realizada pela consultoria GfK, com 27 mil pessoas de 22 países, somente os japoneses e os russos reclamaram menos do que nós sobre a questão: 28% dos brasileiros disseram que não estão felizes com o tempo de lazer disponível.

RESPIRE FUNDO Tirar uns dias de folga faz toda a diferença. Em um estudo feito na Nova Zelândia, os pesquisadores comprovaram que a produtividade de funcionários que acabam de voltar de férias melhora até 25% - e eles ainda entram em menos atritos com os colegas. Outra pesquisa, essa da Universidade de Pittsburgh, nos Estados Unidos, realizada ao longo de oito anos, mostrou que tirar férias diminui o risco de infarto. Os benefícios não envolvem apenas os funcionários, mas também as empresas. Se na época de Henry Ford, quando os trabalhos eram mais mecânicos, o desempenho dos funcionários caía depois de oito horas, esse tempo de alta performance é ainda menor hoje em dia. Isso porque muitas funções exigem esforço mental, e não físico como antes. De acordo com estudos, os trabalhadores conseguem desempenhar bem suas atividades por apenas seis horas - depois disso, a produtividade despenca. E o cansaço se reflete nos cofres das empresas. Além do risco de cometer erros, esses profissionais se sentem menos conectados à companhia. Segundo o Gallup, serviço de pesquisa de opinião, esses funcionários tendem a faltar mais e até a roubar dinheiro - só nos EUA, empregados desmotivados dão prejuízo de US$ 550 bilhões por ano. Ainda assim, não dá para esperar seu chefe ler esta matéria, se convencer desses benefícios e reduzir sua jornada diária - ou aumentar seu salário para você contratar um ajudante para as tarefas domésticas. Mas dá para se preocupar e se distrair menos. Com o celular desligado e as notificações de redes sociais desativadas do computador, você provavelmente vai conseguir terminar mais

rapidamente os afazeres — sem a necessidade de ficar até mais tarde no trabalho. Sobre a sua casa, as dicas de Brigid Schulte são simples: divida as tarefas e deixe de se preocupar tanto. Vale mesmo a pena se importar tanto com aquela sujeirinha no fogão? Só há um “porém”: para pessoas já tragadas pela síndrome de burnout, essa é uma missão quase impossível. Não há folga que resolva o problema delas. Gabriela chorava todos os dias antes de ir trabalhar, Helloá perdia o sono ao se lembrar da rotina massacrante e do dia que viria. Ambas odiavam o trabalho. E, ainda assim, não eram capazes de se desligar dele. Só conseguiriam encontrar uma solução com acompanhamento psiquiátrico. “Foi um alívio quando descobri que eu não era o problema, e sim que eu sofria de burnout”, conta Helloá, que lançou no Facebook a página Vencendo o Burnout. As duas tiraram licenças extensas do trabalho e tomaram antidepressivos receitados por seus médicos. “Não existe um remédio só para tratar o burnout, mas há medicamentos que tratam alguns sintomas desse esgotamento. Se estiver com insônia, a gente dá um remédio para melhorar isso”, exemplifica o psiquiatra Emmanuel Kanter. “Aí vem a ajuda psicoterápica, que tenta fazer a pessoa parar de olhar apenas para a árvore e ver a floresta toda. Ou seja, há saídas, dá para mudar de trabalho, por exemplo”, conta. Helloá trocou mesmo de emprego, depois de ficar um ano afastada - tempo suficiente para terminar a faculdade, descansar e voltar a sair com os amigos. Gabriela segue na mesma agência, mas aposta em um antigo hobby para relaxar: bordado. As duas aprenderam a lidar com a pressão do trabalho - e a respeitar o limite do corpo e as horas de lazer.

Revista Galileu, com informações de Chartered Institute of Personnel and Development (Reino Unido). *O nome foi trocado para não identificar a entrevistada.


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RIO BRANCO DO IVAÍ: paróquia Imaculada Conceição é presença viva da Igreja na região PERTENCENTE À DIOCESE DE GUARAPUAVA, A PARÓQUIA IMACULADA CONCEIÇÃO, EM RIO BRANCO DO IVAÍ,FOI FUNDADA NO DIA 07 DE NOVEMBRO DE 2007. Com informações e fotos da coordenação paroquial

Na noite de 09 de outubro de 2018, a paróquia Imaculada Conceição, em Rio Branco do Ivaí, viveu momentos intensos de fé e devoção. Naquela ocasião, a comunidade recebia o padre Paulo Sérgio Vieira, como administrador paroquial.

Padre Paulo chegou para atender a uma demanda daquela comunidade, que estava sem um sacerdote efetivo desde o dia 23 de dezembro de 2017, quando da morte do então pároco, o padre Roman Ceglaski, de 60 anos. O sacerdote que havia dias estava em tratamento, não resistiu a uma hemorragia intestinal e morreu no Hospital Bom Jesus, na cidade de Ivaiporã.

Com a morte do pároco, a comunidade passou a ser atendida por diversos sacerdotes da diocese de Guarapuava e também de outras dioceses. “Hoje o padre Paulo chega para ficar junto a esta paróquia que perdeu seu pároco, o padre Roman, há quase um ano. Durante este período, muitos foram os padres que nos ajudaram nesta tarefa, cumprindo com os compromissos da

PARÓQUIA IMACULADA CONCEIÇÃO

Pertencente à diocese de Guarapuava, a paróquia Imaculada Conceição, em Rio Branco do Ivaí, foi fundada no dia 07 de novembro de 2007. A paróquia conta com dez comunidades, além da matriz e atende a uma população de maioria católica no município. Mas a história da Igreja na cidade vem de longa data. Conforme relato dos moradores mais antigos, as atividades da comunidade começaram no ano de 1945, quando a capela local pertencia à paróquia do município de Ivaí. No ano de 1948, a comunidade passou a pertencer à paróquia Menino Jesus, no município de Reserva. Porém, 16 anos mais tarde, em 1964, a comunidade estava sob os cuidados da paróquia Senhor Bom Jesus, no município de Cândido de Abreu. Devido às mudanças e também por causa da acessibilidade, seis anos depois, em 1970, quem atendia à capela em Rio Branco do Ivaí era a coordenação da paróquia São Judas Tadeu, no município de Grandes Rios. À época, Grandes Rios era apenas um distrito, sendo elevado à condição de município mais de duas décadas depois, em 1995. No início, a capela foi construída nas terras de Ludovico Gawron, pioneiro do município, localizada na estrada que dá aceso a Rio do Tigre, distrito do município de Candido de Abreu. A construção era em madeira e recebeu como padroeira Imaculada Conceição. Entre os anos de 1983 e 1985, a comunidade conseguiu um novo terreno para construir uma nova capela. O aumento da população requeria um novo espaço. Os moradores contam que diversos padres trabalharam com muito amor para o crescimento da Igreja local. Padre Vicen-

PE. PAULO SERGIO VIEIRA É O ADMINISTRADOR PAROQUIAL DESDE 9 DE OUTUBRO DE 2018

te Wroz é destaque e a população guarda ótimas lembranças daquele sacerdote. A nova capela foi construída no perímetro urbano do município, Rua Rio Tocantins quadra 20. A igreja foi inaugurada no dia 02 de novembro de 1987, com uma missa celebrada pelo padre Antônio Rybinske, pároco da paroquia Nossa Senhora do Rosário do município de Rosário do Ivaí. Em 30 de janeiro de 1997, chegou a Rio Branco do Ivaí o padre Istanislaw Lewandowski, da Congregação do Verbo Divino, para atender à comunidade. Nesta época, a casa paroquial estava em construção e, por um período, o religioso morou em uma casa alugada. Em dezembro daquele mesmo ano (1997), a casa paroquial foi inaugurada. No ano de 2000, a paróquia São Judas Tadeu, em Grandes Rios, deixou de pertencer à diocese de Guarapuava e passou a integrar a diocese de Apucarana, no Norte do Estado.

Por causa das mudanças, em novembro do ano de 2001, o padre Istanislaw Lewandowski, que atendia à comunidade, precisou sair do local, após um comunicado do à época bispo diocesano de Guarapuava e atual bispo emérito, Dom Giovani Zerbini. A comunidade, denominada de “quase paróquia”, passou a ser atendida pelo padre da paróquia Nossa Senhora do Rosário, da vizinha cidade de Rosário do Ivaí, pertencente à diocese de Guarapuava. Em 2004, sentindo a necessidade de um novo espaço para reuniões e eventos, a comunidade se mobilizou e construiu o salão paroquial. Os recursos foram angariados com doações dos moradores, festas e eventos realizados pelas pastorais e movimentos. Padre Casemiro Heupa, passou a morar em Rio Branco do Ivaí e foi o primeiro padre diocesano a trabalhar naquela comunidade. Meses depois, no mesmo ano de 2004, padre Casemiro foi trabalhar em outra paróquia e Dom Antônio Wagner

Igreja para que esta paróquia não ficasse desassistida. Fizemos o que foi possível e hoje, temos a alegria de apresentar um sacerdote, padre Paulo, que aqui trabalhará para levar adiante esta nossa caminhada junto à comunidade de fé”, disse o bispo da diocese de Guarapuava, Dom Antônio Wagner da Silva, durante a missa de posse do novo administrador.

da Silva, bispo da diocese de Guarapuava, nomeou o padre Darius Gudajezykc para atender à comunidade, na celebração de missas, realização de batizados e casamentos, além de visita às capelas nas comunidades do interior do município. Coordenadores da paróquia Nossa Senhora do Rosário, em Rosário do Ivaí, destacam que nunca houve uma documentação que formalizasse a pertença da comunidade de Rio Branco do Ivaí àquela paróquia. No entanto, a ordem do bispado de Guarapuava era para que os padres desempenhassem suas funções junto aos moradores, atendendo com esmero a todos. No dia 18 de outubro de 2007, padre Roman Ceglarski, foi apresentado à comunidade e ao conselho paroquial para ser o novo pároco local. A comunidade recebeu a notícia com grande alegria e muitas foram as pessoas que participaram da missa solene, que contou com a presença do novo pároco e também de padre Darius Gudajczyk, até então, encarregado de atender àquela população. Menos de um mês depois, em 07 de novembro de 2017, Dom Wagner decide elevar a comunidade, até então denominada “quase paróquia”, à categoria de paróquia. Padre Roman Ceglarski tomou posse como pároco no dia 09 de novembro de 2007, numa missa que contou com a presença de Dom Wagner, diversos padres, religiosas e da comunidade católica de Rio Branco do Ivaí e região. Padre Roman permaneceu à frente das atividades paroquiais até sua morte, no dia 23 de dezembro de 2017. Foram dez anos de trabalho em favor daquela comunidade.


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NOVA MATRIZ A pequena igreja já não comportava o grande número de fiéis e a comunidade passou a planejar a construção de uma nova matriz. Antes da decisão pela construção, houve uma eleição, onde os moradores podiam escolher entre erguer uma igreja nova, ou reformar a antiga. A maioria dos votantes optou por uma nova igreja, uma vez que até os encontros da catequese precisavam ser realizados em um colégio da cidade, pois não havia espaço para abrigar os catequizandos. O centro catequético foi a primeira obra da matriz, devido à demanda urgente. Com a construção do espaço formativo concluída, havia nova tarefa, a construção da igreja. Sensibilizada, a população colaborou com a nova obra. A última missa na matriz antiga foi celebrada em agosto de 2015. As outras celebrações passaram a ser realizadas no novo salão paroquial.

Um ano depois, em agosto de 2016, na solenidade de Assunção de Nossa Senhora, a comunidade participou da missa na nova matriz que, embora inacabada, já podia acolher a todos de forma confortável e segura.

Apesar de doente, padre Roman deu sequência aos trabalhos pastorais e acompanhava de perto o andamento de cada esfera da paróquia. “Padre Roman conduziu a paróquia com muita determinação e fé. Sempre muito exigente para que tudo ocorresse na mais perfeita ordem, ele não media esforços

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e trabalhava muito. E assim, fomos sendo conduzidos e amparados pelos seus dons e carisma. Apesar de estar muito doente, padre Roman sempre pôs a Igreja em primeiro lugar, deixando de lado sua saúde”, destaca a coordenação da paróquia em nota. A matriz em Rio Branco do Ivaí continua em construção. A parte de acabamento, que é considerada a mais cara na construção civil, requer esforços dos paroquianos que se dizem determinados a finalizar a obra o quanto antes. Os recursos para o término dos trabalhos vêm de doações, de promoções e de festas realizadas pela comunidade. No entanto, a grande parte é angariada através do Dízimo, conforme destaca a coordenação. A festa em louvor à Imaculada Conceição, padroeira do município de Rio Branco do Ivaí é celebrada no dia 08 de dezembro, com missa solene e dia festivo. Esta é a oportunidade que a comunidade encontra para se reunir e festejar.

“Padre Roman conduziu a paróquia com muita determinação e fé.”

GOOGLE EARTH

SOBRE O MUNICÍPIO

Situado na Região Central do Paraná, o povoamento do hoje município de Rio Branco do Ivaí, data do começo do século XX. Os primeiros habitantes da região foram os “safristas” (pessoas que criavam porcos soltos nas roças de milho), que saíam dos municípios de Reserva e Cândido de Abreu. Depois, os madeireiros chegaram e cortaram praticamente toda a floresta de araucária do local. Era o chamado “ciclo da extração”. No lugar onde antes ficavam as florestas, agora

abrigava lavouras de milho, arroz, feijão e café. Os sitiantes, muitos vindos do norte do Paraná e também de São Paulo e Minas Gerais, povoavam as redondezas com suas pequenas propriedades. Segundo a história local, José Ruivo, foi um desbravador das terras da antiga região de Leão Júnior. Um dos primeiros comerciantes foi Antônio Siknel. A área onde é hoje o perímetro urbano do município, pertencia a Ari Borba Carneiro, antigo comprador de suínos da região.

O loteamento da localidade foi realizado por Leônidas Borba Carneiro, filho do pioneiro Ari Carneiro. O nome da cidade é referência ao Rio Branco, que nas proximidades da área urbana, oferece bela queda d´água, atualmente chamada de Véu de Noiva. O termo “do Ivaí”, de origem geográfica, foi acrescentado para diferenciá-lo de municípios homônimos.

A população de Rio Branco do Ivaí é de pouco mais de quatro mil habitantes. Sua economia é alicerçada na agricultura, pecuária e comércio.

FORMAÇÃO ADMINISTRATIVA

Elevado à categoria de município em 01 de janeiro de 1997, com a denominação de Rio Branco do Ivaí, pela Lei Estadual n.º 11.258, de 21 de dezembro de 1995, o território foi desmembrado de Grandes Rios e Rosário do Ivaí.

A paróquia Imaculada Conceição, em Rio Branco do Ivaí, está situada à Rua Rio Iguaçu, Quadra 20, centro da cidade. As celebrações são realizadas na matriz nos seguintes horários: quartas-feiras e sábados às 19h30; Domingos às 09h. Mais informações podem ser obtidas pelo telefone: (43) 3467 1180 ou pelo e-mail: parimacon@hotmail.com


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“Para que todas as crianças tenham vida e a tenham em abundância!” Jo 10, 10

Assembleias Eletivas - Novas coordenadoras disseram sim para a missão. Na Paroquia Santana Ana Laura Borchardt e na Paróquia Santa Cruz e Nossa Senhora das Dores Vera Aparecida Dangui. “Ide sem medo para servir.” - Papa Francisco

A Pastoral da Criança iniciou o ano apresentando e refletindo com as lideranças sobre o tema da Campanha da Fraternidade/2019 - Fraternidade e Políticas Públicas. “Graças a Deus há muitos anos a pastoral tem esta preocupação e está em plena luta para que as Políticas Públicas que garantem saúde, educação e uma vida digna para as crianças sejam implantadas em nossos municípios.” - Irmã Veneranda da Silva Alencar - Coordenadora Nacional da Pastoral da Criança.

RECEITA DO MÊS RISOTO DE PEIXE

Ingredientes: • 2 kg de filé de tilápia ou outro de sua preferência • 2 kg de arroz • 6 tomates sem pele picados • 3 cebolas picadas • 1 pimentão picado • 1 chuchu picado em cubinhos • 3 cenouras picadas em cubinhos. • 3 batatas picadas em cubinhos • 1 xícara de tempero verde • 1 colher (chá) de alecrim • 1 colher (chá de orégano • 1 colher (chá) de açafrão • Sal a gosto.

Modo de Preparo: Com um pouco de óleo frite o filé de peixe, cortado em cubos e temperado com sal. Reserve-o. Em outra panela refogue o alho, cebola e tomate. Em seguida coloque o arroz e uma parte do peixe. Adicione água o suficiente para cobrir e cozinhar o arroz. Quando estiver na metade do cozimento adicione o restante dos ingredientes: peixe, cenoura beterraba, vagem, chuchu, pimentão, batata, salsa, cebolinha verde, alecrim, orégano e açafrão.

ARRECADAÇÃO DA CAMPANHA PEQUENOS REIS MAGOS/2018 DIOCESE DE GUARAPUAVA – PR

PARÓQUIA

MUNICÍPIO

Número de Crianças

Número de Visitas

VALOR

São João Batista

Prudentópolis

70

520

7.935,00

Pitanga

Pitanga

104

363

7.125,20

Imaculada Conceição

Palmital

60

100

3.282,00

Nsa. Sra. Aparecida

Guarapuava

72

102

2.625,00

Santa Cruz

Guarapuava

174

150

2.160,00

Nsa. Sra. Aparecida

Campina do Simão

60

200

2.120,00

Nsa. Sra. Aparecida

Turvo

25

110

2.041,35

São Pedro Apóstolo

Nova Tebas

12

149

1.935,95

N.S. do Perpétuo Socorro

Pitanga

30

104

1.889,00 1.872,00

Nra. Sra. Aparecida

Altamira do Pr

20

60

Nsa. Sra. De Fátima

Guarapuava

10

200

1.720,00

Sant. Nsa. Sra. Da Salete

Manoel Ribas

14

95

1.625,75

Imaculado Coração de Maria

Marquinho

40

29

976,60

Nossa Senhora do Belém

Reserva do Iguaçu

22

40

855,00

Imaculado Coração de Maria

Quedas do Iguaçu

10

150

749,47

Imaculada Conceição

Cantagalo

05

49

660,00

Santana

Guarapuava

20

60

658,00

Santa Clara

Candói

23

52

549,00

São Sebastião

Goioxim

19

120

568,00

Nsa. Sra Aparecida

Inácio Martins

24

48

450,00

814

2.701

41.797.32

TOTAL

PARA SABER MAIS SOBRE A PASTORAL DA CRIANÇA E A CAMPANHA PEQUENOS REIS MAGOS, ACESSE O SITE:

www.pastoraldacrianca.org.br www.facebook.com/pastoraldacrianca

Em Guarapuava, a sede da Pastoral da Criança está localizada no Edifício Nossa Senhora de Belém. Rua XV de Novembro, 7466. 4º andar, sala 403. Centro.

(42) 3623-5934


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DOM LEONARDO ULRICH STEINER: “O Sínodo para a Pan-Amazônia é uma celebração da Igreja para a Igreja” O VÍDEO ESTÁ DISPONÍVEL NAS REDES SOCIAIS NO QUAL SE VÊ O ANÚNCIO FEITO PELO PAPA FRANCISCO DA REALIZAÇÃO DA ASSEMBLEIA ESPECIAL DO SÍNODO DOS BISPOS NO MÊS DE OUTUBRO DE 2017.

Pesquisa mostra impactos em usuários que param de usar Facebook “A DESATIVAÇÃO DA REDE SOCIAL TROUXE PEQUENAS, MAS SIGNIFICATIVAS MELHORIAS NO BEM-ESTAR E, EM PARTICULAR, EM REGISTROS DE FELICIDADE, SATISFAÇÃO DE VIDA, DEPRESSÃO E ANSIEDADE”, CONCLUÍRAM OS ACADÊMICOS.

Agência Brasil

CNBB

Na tarde de 11 de fevereiro, Dom Leonardo Ulrich Steiner, secretário-geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), gravou um vídeo onde lembra que o Sínodo dos Bispos para a Pan-Amazônia é uma iniciativa para que a Igreja compreenda sua missão evangelizadora naquela região do mundo: “é um evento, uma celebração da Igreja e para a Igreja”, reconhece. O vídeo está disponível nas redes sociais no qual se vê o anúncio feito pelo Papa Francisco da realização da assembleia especial do Sínodo dos Bispos no mês de outubro de 2017. Dom Leonardo esclareceu: “da Igreja para a Igreja envolve toda a questão da Pan-Amazônia: os povos, o meio ambiente. Toda essa realidade, certamente será abordada. O Santo Padre, no entanto, deseja que encontremos novos caminhos para a evangelização, para a Pan-Amazônia”. Dom Leonardo pede, no vídeo, que os brasileiros e as populações dos outros oito países que integram a região da Pan-Amazônia rezem pela boa realização do Sínodo.

SÍNODO ESPECIAL O documento preparatório para a assembleia de outubro está definido que a Amazônia é “uma região com rica biodiversidade, é multiétnica, pluricultural e plurirreligiosa, um espelho de toda a humanidade que, em defesa da vida, exige mudanças estruturais e pessoais de todos os seres humanos, dos Estados e da Igreja”. Na primeira parte deste documento, verifica-se a preocupação da Igreja em fazer um chamado a todos para “olhar a identidade e os clamores da Pan-Amazônia. Território, diversidade sociocultural, identidade dos povos indígenas, memória histórica eclesial, justiça e direitos dos povos, espiritualidade e sabedoria. Segundo o documento preparatório, “em sua

história missionária, a Amazônia tem sido lugar de testemunho concreto de estar na cruz, inclusive, muitas vezes, lugar de martírio. A Igreja também aprendeu que neste território, habitado por mais de 10 mil anos por uma grande diversidade de povos, suas culturas se construíram em harmonia com o meio ambiente”. O Sínodo se propõe, desde a sua convocação, a fazer uma revisão do trabalho de evangelização e, por isso, a Igreja deve fazer um sério discernimento diante da Palavra de Deus. O anúncio do Evangelho de Jesus na Amazônia é apresentado a partir das dimensões bíblico-teológica, social, ecológica, sacramental e eclesial-missionária. “Hoje o grito da Amazônia ao Criador é semelhante ao grito do povo de Deus no Egito (cf. Ex 3,7). É um grito de escravidão e abandono, que clama pela liberdade e o cuidado de Deus. É um grito que anseia pela presença de Deus, especialmente quando os povos amazônicos, por defender suas terras, são criminalizados por parte das autoridades; ou quando são testemunhas da destruição do bosque tropical, que constitui seu habitat milenar; ou, ainda, quando as águas de seus rios se enchem de espécies mortas no lugar de estarem plenas de vida”, afirma o texto de preparação. E, por fim, o texto-base aponta para um comprometimento de todos diante da realidade: novos caminhos para uma Igreja com rosto amazônico. O texto reflete o que seria esse rosto, a dimensão profética, os ministérios e os novos caminhos. “No processo de pensar uma Igreja com rosto amazônico, sonhamos com os pés fincados na terra de nossos ancestrais e com os olhos abertos pensamos como será essa Igreja a partir da vivência da diversidade cultural dos povos. Os novos caminhos terão uma incidência nos ministérios, na liturgia e na teologia”, destaca o texto.

Uma pesquisa de acadêmicos das universidades de Stanford e de Nova York, nos Estados Unidos (EUA), mostrou impactos positivos em pessoas que pararam de usar a rede social Facebook durante um período. O estudo verificou entre os entrevistados um aumento do “bem-estar”, melhoria na socialização off-line, redução da polarização política e uma queda do tempo de presença na plataforma após o fim do levantamento. O trabalho, que envolveu 2,8 mil pessoas residentes nos EUA, constatou que a interrupção reduziu o tempo em redes sociais, “liberando” em média uma hora por dia dos participantes. Eles relataram ter se dedicado a outras atividades, como assistir televisão e socializar com familiares e amigos. Os autores também examinaram o acompanhamento de notícias e o engajamento político, incluindo a polarização das pessoas envolvidas. Esse último termo mostra a intensidade de discordância de pontos de vista, fenômeno indicado por outros estudos como um dos efeitos do uso de redes sociais diversas. Foi observada uma queda de 15% no tempo dedicado a notícias. As pessoas fora da rede social acompanharam menos questões de atualidade política e iniciativas de governantes, como do presidente Donald Trump. Os autores não conseguiram detectar impacto na participação política, como a decisão de não participar das eleições legislativas norte-americanas. Contudo, o estudo verificou uma diminuição da polarização e exposição a mensagens com conteúdos de críticas fortes a determinadas visões políticas. Houve queda no índice formulado pelos autores. Eles, no entanto, alertam para o fato de que esse resultado não foi significativo e não pode ser generalizado como uma mudança de postura em relação a temas como o partido de preferência, por exemplo.

BEM-ESTAR Também foram analisados indicadores relacionados ao bem-estar das pessoas que participaram do estudo. “A desativação da rede social trouxe pequenas, mas significativas melhorias no bem-estar e, em particular, em registros de felicidade, satisfação de vida, depressão e ansiedade”, concluíram os acadêmicos. Na escala utilizada, esses impactos foram equivalentes entre 25% e 40% de efeitos percebidos em intervenções psicológicas, como terapias individuais e em grupo.

USO DO FACEBOOK Outro ponto avaliado foi a continuidade do uso do Facebook pelos participantes. Eles relataram, em média, um tempo na plataforma 23% menor do que o dispendido pelas pessoas que não desativaram as contas e também foram acompanhadas no estudo. “Os participantes relataram que estavam passando menos tempo no Facebook, tinham desinstalado o app de seu telefone e estavam fazendo um uso mais decidido da plataforma”, diz o texto. Segundo os autores, essas respostas vão ao encontro da percepção de impactos positivos na vida dos usuários, ao interromper ou reduzir o engajamento na rede social. “A desativação fez com que as pessoas apreciassem mais o Facebook, tanto em seus impactos positivos quanto negativos em sua vida”, destaca a pesquisa.

PROCEDIMENTOS O levantamento avaliou 2,8 mil usuários da rede social e convidou-os a interromper o uso durante um mês, especificamente na reta final das eleições legislativas promovidas no ano passado nos Estados Unidos. Foram avaliadas tanto pessoas que desativaram seus perfis quanto aquelas que não o fizeram, técnica chamada em pesquisas de “grupos de controle”.


Março - 2019

Diocese de Guarapuava

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Histórias dos Santos BIBLIOTECA DIOCESANA NOSSA SENHORA DE BELÉM EDIFÍCIO NOSSA SENHORA DE BELÉM XV de Novembro 7466, sala 04 Centro - Guarapuava Fone: 3626-4348 - Ramal 208

O nosso pai São José

SÃO JOSÉ FOI ESCOLHIDO PARA SER PAI ADOTIVO DO SALVADOR. ELE VIVEU O QUE ENSINOU JOÃO BATISTA: “É PRECISO QUE ELE [JESUS] CRESÇA E EU DIMINUA” (JO 3,30). Professor Felipe Aquino/ Canção Nova Não é sem razão que a Igreja, no meio da Quaresma, tira o roxo no dia 19 de março e coloca o branco na liturgia, para celebrar a festa de São José, esposo da Virgem Maria. Entre todos os homens do seu tempo, Deus escolheu o glorioso São José para ser pai adotivo de Seu Filho divino e humanado. E Jesus lhe era submisso, como mostra São Lucas. Santo Gertrudes (1256-1302), um grande místico da Saxônia, afirmou que “viu os Anjos inclinarem a cabeça quando no céu pronunciavam o nome de São José”. Santa Teresa de Ávila (1515-1582), a primeira doutora da Igreja, a reformadora do Carmelo, disse: “Quem não achar mestre que lhe ensine a orar, tome São José por mestre e não errará o caminho”. E declarava que em todas as suas festas lhe fazia um pedido e que nunca deixou de ser atendida. Ensinava ainda que cada santo nos socorre em uma determinada necessidade, mas que São José nos socorre em todas. O Evangelho fala pouco de sua vida, mas o exalta por ter vivido segundo “a obediência da fé” (cf. Rm 1,5). Deus nos dá a graça para viver pela fé (cf. Rm, 5,1.2; Hb 10,38) em todas as circunstâncias. São José, um homem humilde e justo, “viveu pela fé”, sem a qual “é impossível agradar a Deus” (cf. Hb 2,3; Rm 1,17; Hb 11,6). O grande doutor da Igreja, Santo Agostinho, compara os outros santos às estrelas, e São José ele o compara ao Sol. A esse grande santo Deus confiou Suas riquezas: Jesus e a Virgem Maria. Por isso, o Papa Pio IX, em 1870, declarou São José Padroeiro da Igreja Universal com o decreto “Quemadmodum Deus”. Leão XIII, na Encíclica “Quanquam Pluries”, propôs que ele fosse tido como “advogado dos lares cristãos”. Pio XII o declarou como “exemplo para todos os trabalhadores” e fixou o dia 1º de maio como festa ao José Trabalhador. São José foi pai verdadeiro de Jesus, não pela carne, mas pelo coração; protegeu o Menino das mãos assassinas de Herodes o Grande, e ensinou-lhe o caminho do trabalho. O Senhor não se envergonhou de ser chamado “filho do carpinteiro”. Naquela rude carpintaria de Nazaré Ele trabalhou até iniciar Sua vida pública, mostrando-nos que o trabalho é redentor. Na história da salvação coube a São José dar a Jesus um nome, fazendo-O descendente da linhagem de Davi, como era necessário para cumprir as promessas divinas. A José coube a honra e a glória de dar o nome a Jesus na Sua circuncisão. O Anjo disse-lhe: “Ela dará à luz um filho e tu o chamarás com o nome de Jesus, pois ele salvará o seu povo dos seus pecados” (Mt 1,21).

A vida exemplar desse grande santo da Igreja é exemplo para todos nós. Num tempo de crise de autoridade paterna, na qual os pais já não conseguem “conquistar seus filhos” e fazerem-se obedecer, o exemplo do Menino Jesus, submisso a seu pai, torna-se urgente. Isso mostra-nos a enorme importância do pai na vida dos filhos. Se o Filho de Deus quis ter um pai, ao menos adotivo, neste mundo, o que dizer de muitos filhos que crescem sem o genitor? O que dizer de tantos “filhos órfãos de pais vivos” que existem no Brasil, como nos disse aqui mesmo em 1997 o Papa João Paulo II? São José é o modelo de pai presente e atencioso, de esposo amoroso e fiel. Celebrar a festa de São José é lembrar que a família é fundamental para a sociedade e que não pode ser destruída pelas falsas noções de família, “caricaturas de família”, que nada têm a ver com o que Deus quer. É lutar para resgatar a família segundo a vontade e o coração de Deus. Em todos os tempos difíceis os Papas pediram aos fiéis que recorressem a São José; hoje, mais do que nunca é preciso clamar: “São José, valei-nos!” Ao falar desse santo, o Papa João Paulo II, na exortação apostólica “Redemptoris Custos” (o protetor do Redentor), de 15 de agosto de 1989, declarou: “Assim como cuidou com amor de Maria e se dedicou com empenho à educação de Jesus Cristo, assim também guarda e protege o seu Corpo Místico, a Igreja” (Nº1). “Hoje ainda temos motivos que perduram, para recomendar todos e cada um dos homens a São José (Nº 31). Celebrar a festa de São José é celebrar a vitória da fé e da obediência sobre a rebeldia e a descrença que hoje invadem os lares, a sociedade e até a Igreja. O homem moderno quer liberdade; “é proibido proibir!”; e, nesta loucura lança a humanidade no caos. São José, tal como a Virgem Maria, com o seu “sim” a Deus, no meio da noite, preparou a chegada do Salvador. Deus Pai contou com ele e não foi decepcionado. Que o Altíssimo possa contar também conosco! Cada um de nós também tem uma missão a cumprir no plano divino. E o mais importante é dizer “sim” a Deus como São José. “Despertando, José fez como o anjo do Senhor lhe havia mandado” (Mt 1,24). Celebrar a festa de São José é celebrar a santidade, a espiritualidade, o silêncio profundo e fértil. O pai adotivo de Jesus entrou mudo e saiu calado, mas nos deixou o Salvador pronto para começar a Sua missão. É como alguém destacou: “O servo que faz muito sem dizer nada; o especial agente secreto de Deus”. Ele é o mestre da oração e da contemplação, da obediência e da fé. Com ele aprendemos a amar a Deus e ao próximo. São José viveu o que ensinou João Batista: “É preciso que Ele [Jesus] cresça e eu diminua” (Jo 3,30).

Livro: O Diário de Anne Frank Autora: Anne Frank Editora: Record / BestBolso O emocionante relato que se tornou um dos livros mais lidos do mundo. O diário de Anne Frank foi publicado pela primeira vez em 1947 e faz parte do cânone literário do Holocausto, no período de 12 de junho de 1942 a 01 de agosto de 1944. Ao longo deste período, a jovem Anne Frank escreveu em seu diário toda a tensão que a família Frank sofreu durante a Segunda Guerra Mundial. Ao fim de muitos dias de silêncio e medo aterrorizante, eles foram descobertos pelos nazistas e deportados para campos de concentração. Anne, inicialmente seguiu para Auschwitz, e mais tarde para Bergen-Belsen. A força da narrativa de Anne, com impressionantes relatos das atrocidades e horrores cometidos contra os judeus, faz deste livro um precioso documento. O texto já foi traduzido para 67 línguas, e é um dos livros mais lidos do mundo. Livro: Ide todos a José Autor: Frei Venceslau Scheper Editora: Loyola O livro fala do exemplo de bondade de São José, pai adotivo de Jesus Cristo. Escolhido por Deus, São José é uma personagem de extrema importância para o Cristianismo e, ao lado de Maria, foi responsável pela educação de Jesus Cristo com menino, homem e humano. O texto deixa expresso que São José é um exemplo de vida cristã e, em seu silêncio e humildade, foi capaz de demonstrar virtude e amor. Livro: O Código Jesus Aturo: Raymundo Lopez Editora: Do autor A extraordinária inteligência de Jesus, mostrada por Raymundo Lopes, numa linguagem simples. O Código de Jesus, interpretações sobre o Evangelho, que trazem à Luz da realidade atual quem foi o mestre dos mestres. Filme: A Cruz e a Espada Diretor: Carlo Ludovico Bragaglia Gaius Marcellus é enviado à Judéia para controlar o comportamento do governador Poncius Pilatus contra os rebeldes. Loge que chega, conhece a bela Maria Madalena. Eles logo se apaixonam, mas Madalena pertence a Anan, sobrinho do sacerdote Caiphas, que vive para proteger o ladrão Barrabás. Gaius e Anan competem pelo amor de Madalena. Enquanto isso, ela toma cada vez mais conhecimento sobre Jesus Cristo e seus ensinamentos. A sua fé no Messias aumenta ainda mais quando ele traz seu irmão Lázaro de volta à vida. Gaius não consegue entender a mudança no comportamento da moça, que passa a dedicar seu tempo aos ensinamentos de Jesus. Tomando pelo ciúme, ele a aprisiona. Madalena sente-se arrasada.


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Diocese de Guarapuava

Março - 2019

Paróquia Nossa Senhora de Fátima conclui trabalhos da Missão Diocesana Juvenil (MDJ) A MDJ TEM DURAÇÃO DE DOIS ANOS EM CADA PARÓQUIA. DURANTE O BIÊNIO 2018 - 2019, A EXPERIÊNCIA FOI A DE PROMOVER MISSÃO EM AMBIENTE URBANO. CÂNDIDO DE ABREU SEDIARÁ A PRÓXIMA MDJ (2020 - 2021).

De 19 a 27 de janeiro de 2019, a paróquia Nossa Senhora de Fátima, em Guarapuava, conclui a segunda etapa da Missão Diocesana Juvenil (MDJ). Durante dois anos (2018 – 2019), a MDJ foi destaque em se tratando de presença e testemunho de evangelização junto à comunidade. O objetivo, segundo os organizadores, era promover a Missão em ambiente urbano. Como em 2018, a MDJ foi realizada na terceira semana de janeiro, período de férias estudantis, uma vez que a maioria dos jovens missionários é composta por estudantes do ensino médio e universitário. Visita às casas e conversa com os moradores, além de troca de experiências, foram elementos que fizeram parte da missão que trouxe como lema: “Fazei tudo o que Ele vos disser” (Jo 2,5). Aproximadamente 200 jovens participaram efetivamente dos trabalhos, além de uma grande equipe de apoio que ofereceu suporte aos missionários. PREPARAÇÃO No dia 15 de outubro de 2018, integrantes da equipe organizadora da MDJ, participaram de um encontro com o bispo da diocese de Guarapuava, Dom Antônio Wagner da Silva, com o objetivo de avaliar os trabalhos realizados no primeiro momento e programar a segunda fase das tarefas missionárias. Conforme o coordenador da Ação Evangelizadora na diocese, padre Itamar Abreu Turco, a reunião foi proveitosa e possibilitou aos presentes exporem suas ideias e propostas para que a MDJ continue a crescer e a dar resultados positivos para a sociedade. “O objetivo foi avaliar os quase 14 anos de missão e dar qualidade no processo de evangelização missionária dos jovens”, destacou o sacerdote. MISSÃO Grupos de 16 e 18 missionários visitaram dez setores, quatro em áreas urbanas e seis em localidades rurais de abrangência da paróquia. Antes de saírem a campo, os missionários receberam uma preparação espiritual na matriz. O intuito dos trabalhos da MDJ, em todos os tempos, é envolver o maior número de pessoas possível em prol da renovação dos compromissos cristãos e humanos. A ideia, conforme a Pastoral Juvenil; é a de promover discussões e desenvolver projetos que benefi-

ciem a comunidade que recebe a missão em seus vários setores, mas sem perder o foco evangelizador dos serviços. Também de acordo com a Pastoral, há um crescimento pessoal expressivo para os jovens missionários com base na convivência e percepção de valores humanos e novas realidades que, por vezes, estão à volta, mas que não são notadas. “A cada edição dos trabalhos, há um grande aumento no número de jovens querendo participar. Isto nos alegra, mas também nos aponta que precisamos ter responsabilidades e compromissos firmes em relação às tarefas que desenvolveremos e também aos objetivos dos nossos trabalhos que visam unir a Igreja”, contou o diácono Felipe Geraldo Madureira, coordenador da Pastoral Juvenil na diocese. PRÓXIMA MDJ A paróquia Senhor Bom Jesus, em Cândido de Abreu, será a próxima comunidade a receber a MDJ. O anúncio foi feito pelo bispo da diocese de Guarapuava, Dom Antônio Wagner da Silva, durante a missa de encerramento das atividades na paróquia Nossa Senhora de Fátima, no dia 27 de janeiro. Nos dias 06 e 07 de julho, coordenadores da MDJ em nível diocesano, promoverão um encontro em Cândido de Abreu para tratar da Pré-Missão. Durantes os dois dias, haverá discussões, troca de informações sobre os trabalhos que serão desenvolvidos na paróquia ao longo de dois anos (2020 – 2021). Na ocasião, também será definido o tema que norteará a Missão. PÓS-MISSÃO No fim do mês de julho, dias 20 e 21, os participantes da MDJ no biênio 2018 – 2019 retornam à paróquia Nossa Senhora de Fátima, em Guarapuava, para o trabalho de Pós-Missão. Na oportunidade, haverá o fechamento das atividades e o planejamento para a nova MDJ. “A Missão é um trabalho constante e faz parte das prioridades da diocese de Guarapuava. Por isso, eu digo que a Igreja, missionária que é, deve estar sempre atenta aos acontecimentos e disposta a ir além, apoiando a todos os que dedicam parte de sua vida a levar o Evangelho a quem precisa”, destacou padre Itamar.

“Fazei tudo o que Ele vos disser.” Jo 2, 5


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