Boletim Diocesano. Edição 478. Guarapuava.

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Diocese de Guarapuava

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Boletim Diocesano • Edição 478 • Junho de 2019 • www.diopuava.org.br • Compartilhe: #diopuava

“Tomai, isto é o meu corpo.” Mc 14, 22

Corpus Christi 2019

20 de junho 9h - Saída da procissão na paróquia Santa Terezinha 9h45 - Santa Missa na Praça da Fé

CNBB tem novo presidente

Pentecoste

Penas ao vento...

Dom Walmor Azevedo ficará no cargo por 4 anos.

Saiba qual é o sentido deste dia para a humanidade.

Pe. Sercio Ribeiro Catafesta foi inocentado de todas as acusações.

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Diocese de Guarapuava

Junho - 2019 EDITORIAL Já estamos na metade do ano de 2019 Nestes tempos nervosos, urgentes e incertos, cada um de nós, carece alicerçar-se no Cristo ressuscitado e refletir sobre a bondade, a esperança e entender que as mudanças ocorrerão.

Dom Antônio Wagner da Silva, scj Bispo de Guarapuava

or Voz do Past Graças a Deus! Como foi e como é bom sentir a solidariedade, a sinceridade destes rostos, destes corações amigos que carregam conosco a cruz, que celebram conosco a vitória! Dia 09 de maio próximo passado foi muito importante, um dia abençoado. Para quem como eu, disse que acreditava na JUSTIÇA, pudemos respirar e dizer: custou, mas aconteceu. Tarda, mas não falta. No fim daquela tarde, ouvimos a sentença dos Eminentes Desembargadores – constatados os fatos – NÃO HOUVE CRIME, ABSOLVIDOS das acusações Padre Sercio Ribeiro Catafesta e os trabalhadores – Adenilson de Lima (Tico), Vilson Cychocki e Valdecir Cychocki. Nesta sentença, por extensão foram absolvidos TAMBÉM – A DIOCESE, A MITRA, O BISPO DOM WAGNER (Antônio Wagner da Silva), os funcionários da MITRA inicialmente citados nas investigações. Sim, porque na imaginação de tantas pessoas, aqui na diocese e no mundo todo; imaginação construída por acusações levianas, infundadas, falsas – eram todos criminosos, irresponsáveis. Eram todos esbanjadores do patrimônio diocesano, da “santa e humilde” contribuição, de esmolas dada por cristãos católicos crédulos. Graças a Deus, FOMOS ABSOLVIDOS. NÃO HOUVE CRIME. Estou escrevendo, falando isso, porque as acusações sem fundamento foram amplamente divulgadas, noticiadas. Os fatos de agora têm sido pouco divulgados, pouco conhecidos. Entretanto, é PRECISO QUE SE RESTABELAÇA A VERDADE DOS FATOS. Sim, é preciso que a começar pelo interno da IGREJA, PASTORAIS, MOVIMENTOS, ORGANISMOS, REZADORES, LIDERANÇAS e afins, seja restabelecida a verdade, a confiança. Houve quem dissesse “NÃO VOU MAIS COLABORAR, CONTRIBUIR COM A IGREJA... estão roubando... e por aí a fora...! Não estou falando que voltem à COMUNIDADE, à IGREJA, que voltem a contribuir. Quero apenas que se restabeleça para todos, a mais clara verdade! GRAÇAS A DEUS, NÃO HOUVE CRIME! ALÍVIO... ALÍVIO para nós e para tantos que sempre acreditaram em nós, na Diocese, na Igreja. Vi lágrimas de alegria, de ação de graças rolarem sinceras por rostos sofridos. Como foi e como é bom sentir a solidariedade, a sinceridade destes rostos, destes corações amigos que carregam conosco a cruz que celebram conosco a vitória. Agora, bola para frente! Precisamos recuperar o espaço e o tempo perdidos. A messe é grande... o Evangelho exige nosso empenho constante como nos diz Jesus em Jo 14, 27 “Deixo-vos a paz, minha paz vos dou; mas não a dou como o mundo. Não se perturbe nem se intimide o Vosso Coração”. É simples assim! Tudo pelo Reino, tudo por Jesus! Graças a Deus!

Chegamos à metade do ano. Edição número 478 do Jornal A Igreja na Diocese de Guarapuava (Boletim Diocesano). O tempo é de constante mudança no mundo, em nosso País, em nosso Estado, em nossa diocese. Há, por vezes, uma sensação de ansiedade nas pessoas, pois precisam conviver com a incerteza e com os medos. Nestes tempos nervosos, urgentes e incertos, cada um de nós, carece alicerçar-se no Cristo ressuscitado e refletir sobre a bondade, a esperança e entender que as mudanças ocorrerão. Mesmo que cada coisa não se enquadre em nossas vontades e no que acreditamos ser nosso tempo, precisamos confiar e elevar os pensamentos a Deus, pois ele é o amor, a luz, a justiça. Organismo vivo que é, a Igreja passa por mudanças, adequações, mas nunca perde sua essência de ser santa e pecadora. A Igreja somos nós, com erros, acertos, pedidos de perdão e muitas tentativas de fazer melhor. Nesta ocasião, sublinhamos a eleição para presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), ocorrida durante a 57ª Assembleia-Geral dos Bispos, que se deu de 01 a 10 de maio, no Santuário Nacional de Aparecida, em São Paulo. O arcebispo de Belo Horizonte (MG), Dom Walmor de Oliveira Azevedo, foi eleito para a tarefa que tem duração de quatro anos. A eleição ocorreu na tarde de 06 de maio. O novo presidente foi escolhido pelo episcopado brasileiro, após receber a maioria absoluta de votos do total de 301 bispos votantes. Como manda o Estatuto da CNBB, o até então presidente cardeal Sérgio da Rocha perguntou a Dom Walmor se aceita ser presidente. “Aceito com humildade, aceito com temor e aceito à luz da fé”, foram as primeiras palavras que ele dirigiu à plenária da 57ª Assembleia. Dom Walmor se disse consciente de que tem uma grande tarefa à frente da Igreja do Brasil, mas destacou que, com confiança em Deus e contando com a ajuda de sua equipe, seguirá em frente com os projetos já em andamento e também não se furtará ante os novos trabalhos que chegarão. Num gesto de amor e sem medo de cortar na própria carne, caso necessário, o Papa Francisco divulgou, em 09 de maio, um decreto em que torna obrigatório que padres e religiosos denunciem às autoridades eclesiásticas suspeitas de casos de abusos sexuais. A carta também estabelece diretrizes de como as dioceses devem lidar com as suspeitas desse crime. O decreto papal “Vos estis lux mundi” (Vós sois a luz do mundo) é divulgado em um momento em que a igreja é alvo de diversas denúncias de crimes sexuais, desde pedofilia até abuso contra freiras. Em março, o Pontífice já tinha publicado uma lei sobre a prevenção e o combate à violência sexual contra menores e pessoas vulneráveis, mas não falava sobre a investigação interna dos casos.

Caros leitores, aproveitamos esta edição para noticiar que, depois de quatro anos convivendo com um processo que o acusava de desvios de recursos da Mitra Diocesana de Guarapuava, o sacerdote padre Sercio Ribeiro Catafesta foi inocentado do crime no último dia 09 de maio de 2019. No entendimento dos desembargadores, da 4ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Paraná, após amplo estudo do processo e debate do material colhido durante o longo tempo de investigação, foi de que não houve crime. Com isso, os réus: padre Sercio Ribeiro Catafesta, sacerdote da diocese de Guarapuava, ecônomo da instituição religiosa à época da denúncia, Adenilson de Lima, Vilson Cychocki e Valdecir Cychocki, esses, trabalhadores da construção civil, responsáveis pela execução de diversas obras na diocese, foram inocentados da acusação de furto qualificado. A matéria completa detalha as dores sofridas por muitas pessoas, tanto por parte do clero de Guarapuava, quanto por parte dos leigos, familiares e amigos dos acusados injustamente. “[...] Olha, teve muitos momentos assim, que a gente tinha vontade até de fugir, de sumir, porque era tanto o ódio, era tanto o xingamento e outras coisas que a gente escutava... Chegava até a sair na televisão, em outras rádios, outros meios de comunicação. Mas, por causa de vocês, nos mantivemos firmes, acreditando que a Justiça, a verdade, um dia, haveria de triunfar. Através das redes sociais, muitas pessoas, do outro lado do mundo, fizeram chegar até cada um de nós, uma palavra de consolo, de apoio, de alento no meio dessas dificuldades todas. O resultado aliviou nossos corações, tanto meu, como de outros padres que participaram daquelas horas bastante tensas durante o julgamento.[...]” , grifou o bispo da diocese de Guarapuava, Dom Antônio Wagner da Silva, sobre o assunto. Neste dia 20 de junho, a Igreja celebra Corpus Christi. Em todo o mundo, há sempre uma grande festa com procissões, missas e agradecimentos. No decanato centro da diocese de Guarapuava, que compreendem as paróquias do perímetro urbano do município, uma grande festa vem sendo preparada como em outros anos. Seguindo o calendário de 2018, a procissão será realizada na parte da manhã. A caminhada começa na paróquia Santa Terezinha, às 09 horas, com chegada prevista para as 09h50, na Praça da Fé. Dom Antônio Wagner da Silva, bispo diocesano, presidirá uma missa campal naquele local. Neste período muito importante para cada um de nós enquanto cristãos, desejamos, a vocês, leitores do Boletim Diocesano, muita luz e discernimento em qualquer circunstância que seja. Nestes tempos incertos, precisamos, cada vez mais da firmeza em nossas tomadas de decisões. Devemos deixar que o amor nos mova e nos direcione pelo melhor caminho, mesmo que este caminho não seja o mais suave, tampouco o mais curto ou confortável de se percorrer. Em nome de Jesus Cristo, pela intercessão de Nossa Senhora de Belém, desejamos a cada um, ótima leitura e nos pomos à disposição para críticas e sugestões. Como comunicadores e cristãos, temos a certeza de que a boa comunicação, o bom trabalho, só se faz com a união de forças e a troca de informações sempre. Boa leitura!

Apostolado da Oração

Intenções de oração do Papa Francisco confiadas ao Apostolado da Oração (Rede Mundial de Oração). Conheça: www.aomej.org.br Oferecimento diário: Deus, nosso Pai, eu te ofereço todo o dia de hoje: minhas orações e obras, meus pensamentos e palavras, minhas alegrias e sofrimentos, em reparação de nossas ofensas, em união com o Coração de teu Filho Jesus, que continua a oferecer-se a Ti, na Eucaristia, pela salvação do mundo. Que o Espírito Santo, que guiou a Jesus, seja meu guia e meu amparo neste dia para que eu possa ser testemunha do teu amor. Com Maria, Mãe de Jesus e da Igreja, rezo especialmente pelas intenções do Santo Padre para este mês.

Junho:

Para que todos aqueles que administram a justiça operem com integridade e para que a injustiça que atravessa o mundo não tenha a última palavra.

BOLETIM DIOCESANO / INFORME INTERNO

Rua XV de Novembro 7466 4º Andar • Sala 405 Caixa Postal 300 • CEP 85010-000 Guarapuava • PR Fone: (42) 3626-4348

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CONSELHO EDITORIAL

Dom Antônio Wagner da Silva, SCJ Padre Itamar Abreu Turco Padre Jean Patrik Soares José Luiz dos Santos Mauricio Toczek Izabela Scorsin - Estagiária Ilustração da capa: Silvia Matos Editor: Padre Jean Patrik Soares (Jornalista) Diagramação: Mauricio Toczek Impressão: Grafinorte - Apucarana - PR Distribuição: Mitra Diocesana de Guarapuava Tiragem: 30.000 exemplares Fechamento da Edição: 29/05/2019 É permitida a reprodução total ou parcial das matérias veiculadas no Boletim A IGREJA NA DIOCESE DE GUARAPUAVA, desde que citada a fonte. OBRIGADO! Nesta edição, expressamos nossos sinceros agradecimentos às seguintes pessoas, empresas e instituições que ajudaram na produção do conteúdo apresentado neste jornal e no site www.diopuava.org.br: Vatican News: www.vaticannews.va CNBB: www.cnbb.org.br CNBB Regional Sul 2: www.cnbbs2.org.br Central Cultura de Comunicação: www.centralcultura.com.br Jornal O São Paulo, A12.com, Izabela Scorsin (estagiária), MCC Guarapuava, Respostas Bíblicas, Canção Nova, G1, Yara Nardi, Reuters, Ana Maria Lopes Ribeiro, Agência Brasil, Conselho Federal de Nutricionistas, Fernando Geronazzo, Foto Kori’s / Ortolan, Leo Geovane Pereira e Seminaristas da Diocese de Guarapuava Agradecemos também, aos agentes da Pastoral da Comunicação (Pascom) das paróquias e comunidades que, com seus trabalhos voluntários e evangelizadores, nos ajudam a fazer, todos os meses, este jornal!


Junho - 2019

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Guarapuava sedia XV Congresso Internacional de Turismo Religioso Sustentável O EVENTO QUE SERIA EM MAIO, SERÁ REALIZADO DE 10 A 12 DE JUNHO. A DATA COINCIDE COM O FESTIVAL DE INVERNO DA CIDADE.

De 10 a 12 de julho, Guarapuava será sede do XV Congresso Internacional de Turismo Religioso e Sustentável. A iniciativa tem por objetivo formar parcerias na divulgação das atrações locais e fomentar o potencial turístico do município. Na manhã de 14 de maio, uma coletiva de imprensa, na sede da Secretaria de Turismo do município, marcou o lançamento do Congresso. “O nosso jardim é lindo. Muitas vezes planejamos nossas férias e viajamos para longe, mas desconhecemos nosso potencial turístico. Queremos fortalecer o conhecimento do guarapuavano por sua própria cidade”, destacou o vice-prefeito, secretário de Turismo e de Obras, Itacir Vezzaro. Além de mostrar as belezas naturais da cidade, os organizadores do evento reforçam que há destaque para a gastronomia, o ecoturismo e o turismo religioso. “Sabemos que os turistas virão para cá participar do congresso, mas terão diversas outras opções para prestigiarem pela riqueza de atrativos da cidade e do Paraná. Guarapuava tem uma boa estrutura para receber turistas e explora isso com eventos diversos que serão vistos por todos durante nosso congresso”, afirmou o fundador e organizador do evento, Ruben Moyano.

Feelriszário

Aniv

Religiosas - Nascimento

Ir. Laura Marcelino, CS - 4 de junho Ir. Maria Plebani, FMA - 9 de junho Ir. Maria Célia Alves, MSCS - 10 de junho Ir. Inês Penkal, FC - 11 de junho Ir. Soeli Gross, FSF - 28 de junho

Os organizadores salientam que para reforçar as atrações, roteiros planejados que passarão pela gastronomia, pelo ecoturismo e pelo turismo religioso incentivarão ainda mais os visitantes a conhecerem Guarapuava, considerada a capital paranaense da cevada e do malte. “Teremos roteiros pelo Caminho da Fé, Caminho do Malte, Caminho do São Francisco e passeio Inter-religioso. Além disso, na mesma semana do Congresso, teremos o Inverno Gastronômico, a Feira da Agroindústria e o Festival da Cerveja”, finalizou Itacir. As inscrições para o congresso já estão abertas e podem ser feitas pelo site da prefeitura, no seguinte endereço: www.guarapuava.pr.gov.br.

Religiosas - Profissão Religiosa Ir. Inês Penkal, FC - 30 de junho

Padres - Nascimento

Pe. Itamar Abreu Turco - 03 de junho Pe. Vicente de Paula Neto, SCJ - 10 de junho Pe. Alojzy Laimann, SCHR - 10 de junho Pe. Marco Aurélio S. da Costa, CM - 16 de junho Pe. Marcos Antônio Mirek, CM - 20 de junho Pe. Pedro Gabriel Gusso, CP - 28 de junho

Padres - Ordenação

Pe. Pe. Paulo Sérgio Vieira - 02 de junho Pe. Jozef Tomaszko, MIC - 03 de junho Pe. Marek Figurski - 09 de junho Pe. Alojzy Laimann, SCHR - 09 de junho Pe. Wieslaw Morawski - 11 de junho Pe. Piotr (Pedro) Pochopien - 11 de junho Pe. João Novak, CM - 12 de junho Pe. Estanislau Galant, MIC - 15 de junho Pe. Marcos (Marek) Szczpaniak, MIC - 17 de junho Dom Antônio Wagner da Silva, SCJ (Episc.) - 18 de junho Pe. Guilherme Schelbauer, CM - 22 de junho Pe. Andrzej Szarzynski, MIC - 23 de junho Pe. Krzysztof Erdzik, MIC - 24 de junho Pe. Marcos Badkowski, MIC - 24 de junho Pe. João Rocha, IMD - 27 de junho Pe. Paulo Fernando Francini - 28 de junho Dom Giovanni Zerbini, SDB (Presb.) - 29 de junho Pe. José Alir Moreira - 30 de junho

Esquecemos alguém? Por favor nos avise: jornaldiocese@gmail.com

Conheça o site da Central Cultura de Comunicação:

www.centralcultura.com.br

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Papa Francisco torna obrigatório que religiosos denunciem casos de abusos sexuais DECRETO ABRE ESPAÇO PARA QUE A QUEIXA SEJA FEITA DIRETAMENTE AO VATICANO SE NECESSÁRIO. DIOCESES DEVEM INCENTIVAR ESPECIALISTAS DE FORA DA IGREJA A PARTICIPAREM DE INVESTIGAÇÕES. • Teve atos sexuais com um menor de idade ou com uma pessoa vulnerável;

G1 - Foto: Yara Nardi/Reuters

O Papa Francisco divulgou, em 09 de maio, um decreto em que torna obrigatório que padres e religiosos denunciem às autoridades eclesiásticas suspeitas de casos de abusos sexuais. A carta também estabelece diretrizes de como as dioceses devem lidar com as suspeitas de abuso. No entanto, não consta uma orientação para que os casos sejam reportados às autoridades civis.

• Produziu, exibiu, portou ou distribuiu material pornográfico infantil, bem como atuou no recrutamento ou indução de um menor ou pessoa vulnerável a participar em exibições pornográficas.

ESCÂNDALOS SEXUAIS A Igreja Católica, que tem 1,3 bilhão de seguidores em todo o mundo, passou por sucessivos escândalos envolvendo abusos nos últimos anos. O Papa Francisco enfrenta divisões agudas em Roma sobre como lidar com as consequências do problema que corrói a autoridade da Igreja e abala sua credibilidade.

O decreto papal “Vos estis lux mundi” (Vós sois a luz do mundo) é divulgado em um momento em que a igreja é alvo de diversas denúncias de crimes sexuais, desde pedofilia até abuso contra freiras. Em março, o Pontífice já tinha publicado uma lei sobre a prevenção e o combate à violência sexual contra menores e pessoas vulneráveis, mas não falava sobre a investigação interna dos casos.

Casos de pedofilia vieram à tona em diversos países, como Austrália, Estados Unidos e Chile, onde 34 bispos acusados de acobertar crimes sexuais colocaram seus cargos à disposição do Vaticano. No início deste ano, o Papa Francisco admitiu que padres e bispos abusaram de freiras. Vários religiosos foram afastados de seus cargos.

O QUE DIZ O DECRETO DO PAPA • Religiosos podem ser responsabilizados por acobertar casos de abuso. • Dioceses têm um ano para criar sistemas simples e acessíveis de notificação de denúncias. • Denúncia pode ser enviada para arcebispo metropolitano ou diretamente para a Santa Sé, dependendo do caso. • Dioceses devem incentivar igrejas a envolver especialistas de fora da Igreja nas investigações. • Vítimas devem receber assistência espiritual e Igreja deve fornecer assistência médica, terapêutica e psicológica. • Investigações devem garantir a confidencialidade dos envolvidos e durar até 90 dias. O papa orienta ainda, que os religiosos acolham, escutem e acompanhem vítimas e suas famílias. O pontífice, porém, mantém a inviolabilidade do sigilo da confissão. Assim, exclui que as denúncias sejam feitas a partir de relatos de fiéis feitos em confessionário.

Quando as suspeitas estiverem relacionadas a religiosos em alta posição hierárquica, como cardeais, patriarcas e bispos, a notificação pode ser enviada a um arcebispo metropolitano ou diretamente para a Santa Sé caso necessário. Essa carta emitida diretamente pelo Papa modifica a legislação interna da Igreja (o direito canônico), mas não modifica as sanções já previstas. Até então, os clérigos e religiosos denunciavam os casos de violência de acordo com sua consciência pessoal. O Papa ressalta que os “crimes de abuso sexual ofendem Nosso Senhor, causam danos físicos, psicológicos e espirituais às vítimas e lesam a comunidade dos fiéis”. Em um momento em que a igreja enfrenta escândalos de violência sexu-

EM PRUDENTÓPOLIS, CONHEÇA O SANTUÁRIO

Nossa Senhora das Graças MISSAS TODOS DOMINGOS ÀS 10h e 19h. SEGUNDAS: 19h | QUARTAS: 14h e 19h SEXTAS (Menos a 1ª do mês): 19h Rua Cândido de Abreu, 1312 Fone: (42) 3446-1450

al em vários países, o Papa afirma que “deve-se continuar a aprender das lições amargas do passado a fim de olhar com esperança para o futuro”. A responsabilidade de lutar contra os crimes sexuais recai, em primeiro lugar, segundo o Pontífice, “sobre os sucessores dos apóstolos, colocados por Deus no governo pastoral do seu povo”. De acordo com a Associated Press, a Igreja Católica conta com 415 mil padres e 660 mil religiosas em todo mundo.

O QUE É CONSIDERADO ABUSO? A carta considera delito sujeito à investigação denúncias que indiquem que algum religioso: • Forçou alguém, com violência, ameaça ou abuso de autoridade, a realizar ou sofrer atos sexuais;

Desde o início dos anos 2000, o Vaticano vem tomando medidas para evitar esses casos. Ainda no papado de João Paulo II, foi declarada tolerância zero aos casos de pedofilia, e as denúncias foram estimuladas. O Papa Bento XVI passou a selecionar com mais rigor a entrada dos jovens padres à igreja e afastou muitos religiosos. Já o Papa Francisco foi o primeiro pontífice a ver a questão como abuso de poder, embora tenha se envolvido em uma polêmica ao defender um bispo chileno - posteriormente, ele reconheceu que cometeu “graves erros de avaliação” sobre o caso. Em março, Francisco publicou a lei sobre a prevenção e o combate à violência sexual contra pessoas vulneráveis, que se aplicam aos funcionários da Cúria e do Vaticano e ao corpo diplomático.


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Dom Walmor Azevedo, arcebispo de Belo Horizonte (MG), é eleito novo presidente da CNBB NASCIDO EM 26 DE ABRIL DE 1954, DOM WALMOR É NATURAL DE CÔCOS (BA). É O PRIMEIRO BAIANO A ESTAR À FRENTE DA CNBB.

CNBB

O arcebispo de Belo Horizonte (MG), Dom Walmor de Olveira Azevedo, foi eleito na tarde de 06 de maio, como presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). O novo presidente foi escolhido pelo episcopado brasileiro que participou de 01 a 10 de maio, em Aparecida (SP), da 57ª Assembleia Geral da CNBB no terceiro escrutínio, após receber a maioria absoluta de votos do total de 301 bispos votantes. Como manda o Estatuto da CNBB, o até então presidente cardeal Sérgio da Rocha perguntou a Dom Walmor se aceita ser presidente. “Aceito com humildade, aceito com temor e aceito à luz da fé”, foram as primeiras palavras que ele dirigiu à plenária da 57ª. Só à luz da fé, segundo Dom Walmor, será possível recuperar a força da colegialidade da Igreja no Brasil a partir de uma escuta muito profunda dos irmãos e do povo de Deus. Ele pediu a Deus que não falte sabedoria para assumir este serviço. Nascido em 26 de abril de 1954, Dom Walmor é natural de Côcos (BA). É o primeiro baiano a estar à frente da CNBB. O novo presidente da Conferência é doutor em Teologia Bíblica pela Pontifícia Universidade Gregoriana (Roma, Itália) e mestre em Ciências Bíblicas pelo Pontifício Instituto Bíblico (Roma, Itália). Em sua trajetória de formação, cursou Filosofia no Seminário Arquidiocesano Santo Antônio (1972-1973), em Juiz de Fora (MG), e na Faculdade Dom Bosco de Filosofia, Ciências e Letras (19741975), em São João Del-Rei (MG). De 1974 a 1977, cursou Teologia no Seminário Arquidiocesano Santo Antônio, em Juiz de Fora. Em 09 de setembro de 1977 foi ordenado sacerdote, incardinando-se na arquidiocese de Juiz de Fora.

MINISTÉRIO SACERDOTAL Foi pároco da paróquia Nossa Senhora da Conceição de Benfica (1986-1995) e da paróquia Bom Pastor (1996-1998); coordenador da Região Pastoral Nossa Senhora de Lourdes (1988-1989); coordenador arquidiocesano da Pastoral Vocacional (19781984) e reitor do Seminário Arquidiocesano

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CNBB

Santo Antônio (1989-1997). No campo acadêmico, lecionou nas disciplinas Ciências Bíblicas, Teologia e Lógica II; coordenou os cursos de Filosofia e Teologia. Em Belo Horizonte, foi professor da PUC-Minas (19861990). Também lecionou no mestrado em Teologia da PUC-Rio (1992, 1994 e 1995).

MINISTÉRIO EPISCOPAL Dom Walmor Oliveira de Azevedo foi nomeado bispo auxiliar de Salvador (BA) pelo Papa São João Paulo II, no dia 21 de janeiro de 1998. Sua ordenação episcopal foi no dia 10 de maio do mesmo ano. Em 2004, foi nomeado arcebispo metropolitano de Belo Horizonte (MG), iniciando o ministério em 26 de março daquele ano. Em outubro de 2008, Dom Walmor foi escolhido para ser um dos quatro representantes do Brasil na XII Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos, realizada em Roma. Em 199, Dom Walmor foi secretário do Regional Nordeste 3 e membro da Comissão Episcopal de Doutrina da CNBB. A mesma Comissão que, já com o nome de Comissão Episcopal Pastoral para a Doutrina da Fé, presidiu entre 2003 e 2011, ou seja, por dois mandatos. É membro da Congregação para a Doutrina da Fé, no Vaticano, desde 2009. O arcebispo de Belo Horizonte também exerceu a presidência do Regional Leste II da CNBB – Minas Gerais e Espírito Santo. Em fevereiro de 2014, foi nomeado pelo Papa Francisco membro da Congregação para as Igrejas Orientais. Desde 2010, o arcebispo é referencial para os fiéis católicos de Rito Oriental residentes no Brasil e desprovidos de ordinário do próprio rito. Com mais de 15 livros publicados, Dom Walmor é membro da Academia Mineira de Letras, Cidadão Honorário de Minas Gerais e dos municípios de Caeté e Ribeirão das Neves. O novo presidente da CNBB também foi agraciado com a Comenda Dom Luciano Mendes de Almeida, da Faculdade Arquidiocesana de Mariana, e com o título de Doutor Honoris Causa, da Faculdade Jesuíta de Filosofia e Teologia (2012).

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Livro “O monge que virou cardeal” sobre dom Orani Tempesta é lançado na 57a AG ACOMPANHANDO A TRAJETÓRIA DO RELIGIOSO DESDE QUE FOI BISPO DIOCESANO DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETO (SP) E, POSTERIORMENTE, DE BELÉM (PA), O AUTOR EXPLICA QUE O LIVRO É UMA NARRATIVA EM FORMA DE CONVERSA.

CNBB

Lançado oficialmente na penúltima semana de abril, no Rio de Janeiro, e apresentado no dia 4 de maio durante a Assembleia Geral da CNBB, no Santuário Nacional de Aparecida, o livro “O monge que virou cardeal” retrata a vida e a história do cardeal Dom Orani João Tempesta, que completa 10 anos de missão à frente da arquidiocese do Rio de Janeiro e cinco anos de cardinalato. A obra, publicada pelas editoras Santuário e Canção Nova, é de autoria do jornalista brasileiro e responsável pela redação de língua portuguesa da Rádio Vaticano/ Vatican News, Silvonei José Protz. Acompanhando a trajetória do religioso desde que foi bispo diocesano de São José do Rio Preto (SP) e, posteriormente, de Belém (PA), o autor explica que o livro

é uma narrativa em forma de conversa. “Há três partes que compõem a obra: a primeira delas retrata a pessoa de Dom Orani; a segunda, sua missão; e a terceira, seu pensamento”, explicou Silvonei. De maneira coloquial, o livro, construído no formato de entrevista, traz um revelador bate-papo com Dom Orani, que se mostra sempre muito à vontade e aborda fatos de sua vocação, de sua missão como pastor, de sua obediência aos planos de Deus e de sua abertura aos chamados que a Igreja lhe faz. “Espero que as pessoas possam ver na pessoa do arcebispo a missão da Igreja na sociedade. Que possa ser um sinal de louvor a Deus no que Ele realiza na vida de cada um de nós que se coloca a serviço do Evangelho”, afirmou Dom Orani.

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Presidência da CNBB faz destaques da gestão no último Bispos portugueses: quadriênio e se despede do trabalho à frente da entidade “O bem comum é o bem de NO QUADRIÊNIO, DETALHOU O PRESIDENTE, FORAM EMITIDAS 50 MENSAGENS, NOTAS E todos e de cada um” DECLARAÇÕES DA CNBB SOBRE ASPECTOS DA REALIDADE SOCIAL E POLÍTICA DO BRASIL.

ASSEMBLEIA PLENÁRIA DA CONFERÊNCIA EPISCOPAL PORTUGUESA APROVOU EM FÁTIMA, A CARTA PASTORAL “UM OLHAR SOBRE PORTUGAL E A EUROPA À LUZ DA DOUTRINA SOCIAL DA IGREJA”.

Vatican News

CNBB

Em 09 de maio, a até então presidência da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) – composta pelo cardeal Sergio da Rocha, presidente; Dom Murilo Krieger, vice-presidente; e Dom Leonardo Ulrich Steiner, secretário-geral – apresentou um balanço do trabalho desenvolvido no último quadriênio 2015-2019, destacou os elementos chaves da 57ª Assembleia Geral e da Mensagem ao Povo Brasileiro, divulgada dia 07 de maio. O arcebispo de Brasília, cardeal Sergio da Rocha, procurou retomar o caminho percorrido sem “fazer um resumo”, ressaltando apenas os aspectos mais importantes. O cardeal disse que a atual presidência procurou respeitar e valorizar todas as instâncias da CNBB (Conselhos Permanente e Episcopal Pastoral, Regionais e as Assembleias). “Sempre quando a presidência se pronuncia ou encaminha algo, o faz respeitando todas estas instâncias”, disse. No quadriênio, detalhou o presidente, foram emitidas 50 mensagens, notas e declarações da CNBB sobre aspectos da realidade social e política do Brasil. A Palavra de Deus e a Doutrina Social da Igreja, ressaltou o cardeal Sergio, são sempre as duas fontes de referência para escrever as mensagens. “A CNBB não é um partido político como muitos dizem. Ela se manifesta sempre à luz de suas fontes. Frente à realidade, ela busca cumprir a sua missão de ser profética”, disse. O presidente destacou também as publicações realizadas no período, como a tradução oficial da Bíblia da CNBB que será usada como referências pelas comunidades católicas de todo o país e os documentos do Concílio Vaticano II. O diálogo foi outro ponto bastante incentivado pela atual presidência da CNBB, segundo seu presidente, tanto no interior da Igreja no Brasil, buscando a comunhão entre os pastores, quanto com o Sucessor de Pedro, o Papa Francisco, e a Cúria Romana. A atual presidência foi a Roma para as visitas anuais nos últimos quatro anos, quando pôde visitar o Papa e os Dicastérios, onde apresentaram a caminhada da Igreja e ouviram as orientações de Francisco. No Brasil, segundo o cardeal Sergio, a atual presidência buscou manter uma relação respeitosa de diálogo com os três poderes (com visitas ao Congresso Nacional, aos presidentes da República e ao Supremo Tribunal Federal) e também com a sociedade civil organizada (OAB, movimentos sociais, sindicatos).

Outros aspectos destacados pelo presidente foram as iniciativas de serviço e solidariedade que a Igreja no Brasil e a CNBB mantêm no Haiti, na Guiné-Bissau, no Timor Leste, em Moçambique e a acolhida aos Venezuelanos. Ao final, o cardeal destacou ainda as reformas do prédio sede da CNBB, em Brasília (DF), do Colégio Pio Brasileiro, em Roma, e a construção de um prédio sede da editora da entidade, em Brasília.

57ª ASSEMBLEIA GERAL Coube, porém, na coletiva de imprensa, ao atual vice-presidente da CNBB, Dom Murilo Krieger, arcebispo de Salvador (BA), falar sobre os encaminhamentos centrais da 57ª Assembleia Geral da CNBB, realizada em Aparecida (SP), desde o dia 1º de maio. Ele destacou, em primeiro plano, as novas diretrizes aprovadas a partir das quais cada Igreja particular fará seu plano de trabalho para os próximos anos. “As diretrizes nos fazem ter um olhar mais atento para a realidade urbana”, disse. Dom Murilo destacou ainda a convivência e a espiritualidade vivenciada pelos bispos nos 10 dias que duraram o encontro. Segundo ele, os bispos, depois da convivência, voltam para casa, fortalecidos e tranquilos. “A assembleia é uma escola de fraternidade e um painel sobre a Igreja no mundo e no Brasil. O bispo que perde esses dias aqui dificilmente recupera esta riqueza”, disse.

MENSAGEM AO POVO DE DEUS O secretário-geral da CNBB, Dom Leonardo Ulrich Steiner, em referência à Mensagem da CNBB ao Povo de Deus, divulgada no último dia 07 de maio, disse que o texto mantém a coerência com os temas e pronunciamentos das notas da presidência nos últimos anos: ética, corrupção e violência. O secretário-geral deu ênfase também à necessidade de a Igreja no Brasil promover debate em torno das propostas de reformas (previdência e tributária). Ele ressaltou que: “que os pobres não sejam os mais prejudicados”. Ele reforçou ainda que os bispos do Brasil demonstram, na mensagem, preocupação com os povos originários (indígenas e quilombolas) que têm seus direitos ameaçados. Ao fim da coletiva, ele agradeceu ao trabalho dos jornalistas e dos veículos de comunicação de inspiração católica pelo serviço de cobertura da Assembleia e também da CNBB. Dom Leonardo agradeceu também ao trabalho da Assessoria de Imprensa da entidade.

O Presidente da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) manifestou-se em Fátima, apreensivo, perante o aumento de movimentos nacionalistas na Europa. A preocupação foi expressa por Dom Manuel Clemente no último dia 2 de maio, em coletiva de imprensa no final da 196ª Assembleia Plenária da Conferência Episcopal Portuguesa, marcada pela publicação da carta pastoral “Um olhar sobre Portugal e a Europa à luz da doutrina social da Igreja”. “Os nacionalismos estão por aí, outra vez, por essa Europa afora, geralmente mal explicados, que fazem da história um pretexto para justificar opções presentes”, sublinhou o Cardeal Patriarca, lembrando que o atual projeto comunitário permitiu “oito décadas de paz” que representa “um valor demasiado alto para pormos em causa”, e pediu neste contexto uma “sociedade com lugar para todos”. Em relação ao país, os bispos defendem a importância de um Estado que não seja “nem centralizador, nem mínimo”, e manifestam alegria com a “paulatina ultrapassagem da crise” em que, por mais de uma década, Portugal “esteve mergulhado” e destacam que se “reduziu o desemprego” e “criaram-se muitos novos postos de trabalho”. No entanto, os bispos reafirmam a sua preocupação com a corrupção e pedem “melhor distribuição de rendimentos” para “uma sociedade mais coesa, unida, solidária e fraterna”, afirmando que os cristãos “não podem conformar-se” com “uma ação meramente assistencialista do Estado junto dos mais pobres”. Os prelados dizem que são necessárias “urgentes medidas econômicas e sociais” de promoção da natalidade, e alertam para “realidades que objetivamente mais dificultam” a opção de ter filhos, como a “precariedade do trabalho, a que se junta à conciliação entre trabalho e vida familiar” e “dificuldades no acesso à habitação de jovens casais”. “O bem comum é o bem de todos e de cada um”, sem representar uma “ditadura da maioria”, dizem os bispos que realçam, entre outras grandes preocupações, o direito à vida na sua gestação, reafirmando o “respeito pelas crianças, entre os seres humanos mais frágeis e dependentes” e opõe-se também “radicalmente, o abuso sexual de que algumas delas têm sido vítimas”, onde se contam “infelizmente membros da Igreja”.


Junho - 2019

Diocese de Guarapuava

Cardeal Odilo Pedro Scherer é eleito primeiro vice-presidente do Celam AS ASSEMBLEIAS DO CELAM OCORREM A CADA DOIS ANOS E AS ELEIÇÕES A CADA QUATRO. NESTE ANO, UM COMITÊ TÉCNICOJURÍDICO FOI RESPONSÁVEL POR VERIFICAR O QUÓRUM E EXPLICAR O PROCESSO ELEITORAL AOS MEMBROS DO COLEGIADO.

CNBB

Entre os dias 13 e 18 de maio, o Conselho Episcopal Latino Americano (Celam) realizou sua 37ª Assembleia-Geral Ordinária. Na ocasião, foi eleita a nova Presidência do órgão colegiado. O arcebispo de São Paulo (SP), cardeal Odilo Pedro Scherer, foi escolhido primeiro vice-presidente do Celam para o período de 2019 a 2023. A 37ª Assembleia-Geral Ordinária do Celam esteve reunida entre 13 e 18 de maio, em Tegucigalpa – Honduras, com o objetivo de “discernir os sinais dos tempos que marcam a realidade da América Latina e do Caribe, para projetar o novo quadriênio compreendido entre 2019 – 2023 à luz da natureza sinodal da Igreja”. As assembleias do Celam ocorrem a cada dois anos e as eleições a cada quatro. Neste ano, um comitê técnico-jurídico foi responsável por verificar o quórum e explicar o processo eleitoral aos membros do colegiado. De acordo com o Celam, a presidência do Conselho tem como missão projetar o novo quadriênio, implantar as diretrizes determinadas pela assembleia para o novo Plano Global, continuar o processo de construção da nova sede do Celam e impulsionar o trabalho pastoral denominado “Proposta Celam 2033”.

NOVA PRESIDÊNCIA DO CELAM Presidente: Dom Miguel Cabrejos, arcebispo de Trujillo – Perú Primeiro vice-presidente: cardeal Dom Odilo Pedro Scherer, arcebispo de São Paulo (SP) Segundo vice-presidente: cardeal Dom Leopoldo José Brenes, arcebispo de Managua – Nicarágua Secretário-geral: Dom Juan Carlos Cárdenas Toro, bispo Auxiliar de Cali – Colômbia

CARDEAL BRASILEIRO Eleito delegado da CNBB junto ao Celam, durante a 57ª Assembleia-Geral da Conferência, no início deste mês,

Dom Odilo Pedro Scherer nasceu em 21 de setembro de 1949, em Cerro Largo (RS). Foi ordenado presbítero em 07 de dezembro de 1976, em Quatro Pontes, na diocese de Toledo (PR). Tem Mestrado em Filosofia pela Pontifícia Universidade Gregoriana de Roma (1994-1996) e Doutorado em Teologia pela Pontifícia Universidade Gregoriana de Roma (1988-1991). Antes do episcopado, entre diversas funções que desempenhou, foi membro da Comissão Nacional do Clero – CNBB (1985-1988); da Comissão Teológica do Regional Sul 2 (1992-1993); e oficial da Congregação para os Bispos, na Santa Sé (1994-2001). Foi nomeado bispo auxiliar de São Paulo em 28 de novembro de 2001, sendo ordenado bispo em fevereiro do ano seguinte, em Toledo (PR). Dom Odilo foi secretário-geral da CNBB de 2003 a 2007, ano que foi delegado da V Conferência Geral do Episcopado da América Latina e do Caribe (2007), nomeado arcebispo de São Paulo (SP) e criado cardeal Presbítero da Santa Igreja Romana, do título de San’ Andrea al Quirinale, no Consistório de 24 de novembro. Cardeal Odilo é membro do Conselho Permanente da CNBB desde 2007. Na conferência, também foi membro da Comissão Episcopal Pastoral para a Doutrina da Fé (2007 a 2011) e presidente do Regional Sul 1. Também foi presidente Delegado na XII Assembleia Ordinária do Sínodo dos Bispos (outubro de 2008) e Presidente do Grupo de Trabalhos da CNBB para a comemoração dos 50 anos do Concílio Vaticano II. Atualmente é membro da Comissão Episcopal para o Acordo Brasil-Santa Sé. Na cúria romana, atuou como membro da Congregação para o Clero; do Conselho do Sínodo dos Bispos; da Comissão de Cardeais para o estudo dos problemas organizativos e econômicos da Santa Sé; do Pontifício Conselho para a Família; da Pontifícia Comissão para a América Latina; da Pontifícia Comissão Cardinalícia para a Supervisão do Instituto para as Obras de Religião; do Pontifício Conselho para a Promoção da Nova Evangelização.

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CAÇA-PALAVRAS Encontre no quadro ao lado os nomes das cidades que sediam as dioceses do Paraná (Regional Sul 2 da CNBB). As palavras estão na vertical, horizontal, diagonal e de trás para frente. Procure apenas as palavras escritas em MAIÚSCULO.

Província de Curitiba

Província de Cascavel

Arquidiocese de CURITIBA Diocese de São JOSÉ DOS PINHAIS Diocese de PARANAGUÁ Diocese de UNIÃO DA VITÓRIA Diocese de PONTA GROSSA Diocese de GUARAPUAVA

Arquidiocese de CASCAVEL Diocese de FOZ DO IGUAÇU Diocese de PALMAS e FRANCISCO Beltrão Diocese de TOLEDO

Província de Londrina

Província de Maringá

Arquidiocese de LONDRINA Diocese de CORNÉLIO Procópio Diocese de APUCARANA Diocese de JACAREZINHO

Arquidiocese de MARINGÁ Diocese de PARANAVAÍ Diocese de CAMPO MOURÃO Diocese de UMUARAMA

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Na última edição do jornal A Igreja na Diocese de Guarapuava (Maio), todas as palavras com mais de 15 letras não foram inclusas no quadro do caça-palavras, devido a uma falha no programa que gera as letras. Pedimos desculpas pelo contratempo.


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Diocese de Guarapuava

Junho - 2019

REGIONAL SUL 2 DA CNBB - A IGREJA NO PARANÁ

Londrina sedia Pré-Congresso Vocacional do Regional Sul 2 da CNBB

Assembleia elege nova coordenação regional da Pastoral do Dízimo

O TEMA “”VOCAÇÃO E DISCERNIMENTO”,” FOI TRABALHADO PELO PADRE ÂNGELO MEZZARI, SACERDOTE ROGACIONISTA E MEMBRO DA EQUIPE DE REDAÇÃO DO TEXTO-BASE DO 4º CONGRESSO VOCACIONAL NACIONAL.

ELEIÇÃO OCORREU DURANTE A IV ASSEMBLEIA ELETIVA, EM GUARAPUAVA, NOS DIAS 13 E 14 DE MAIO.

Jorge Teles dos Passos, com a colaboração de Daniela de Souza / Central Cultura de Comunicação

CNBB - Regional Sul 2

Em preparação ao 4º Congresso Vocacional do Brasil, que se realizará de 05 a 08 de setembro, em Aparecida (SP), Londrina sediou, de 17 a 19 de maio, no Centro de Espiritualidade Monte Carmelo, o Pré-Congresso Vocacional do Regional Sul 2 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). Participaram do encontro, 60 pessoas representando 16 arquidioceses e dioceses do Paraná, inspiradas pelo mesmo tema do Congresso Nacional: Vocação e Discernimento: “Mostra-me, Senhor, os teus caminhos” . Com o tema: “Vocação e Discernimento”, padre Ângelo Mezzari, sacerdote Rogacionista, conduziu os trabalhos. O religioso que é membro da equipe de redação do texto-base do 4º Congresso Vocacional Nacional, discorreu sobre a importância das vocações para a manutenção da Igreja. Ele abordou o assunto à luz texto-base do Congresso, resgatou a história e a caminhada da Pastoral Vocacional no Brasil, elucidando a preocupação com a questão do discernimento vocacional. Também discorreu sobre o texto final do Sínodo dos Bispos que fala da Juventude, ocorrido em outubro de 2018, com o tema: “Os jovens, a fé e o discernimento vocacional”, e a Exortação Apostólica Pós-Sinodal Christus vivit.

Os participantes também realizaram trabalho de grupo, no qual se debruçaram sobre a tarefa de responder a sete questões enviadas pela coordenação do 4º Congresso Vocacional. Todos os regionais da CNBB foram convocados a responder essas perguntas que servirão de orientação para os assessores do Congresso. A reunião também foi a ocasião para os membros da Pastoral Vocacional e SAV se despedirem e agradecer ao padre José Alir Moreira (Pe. Zezinho) pelos 7 anos que esteve à frente da coordenação regional da Pastoral Vocacional e acolher o padre Elizandro Spillere, da diocese de Palmas/Francisco Beltrão, que assume a função pelos próximos quatro anos. Padre Elizandro afirmou ainda que esse pré-congresso trouxe questionamentos. “Hoje, nos perguntamos se a nossa mensagem está atingindo os jovens, se as atividades que realizamos estão conduzindo ao discernimento vocacional, dado que o grande objetivo do Congresso é indicar caminhos de discernimento vocacional”, enfatizou. Sílvia Maria Rubia Caldeira, secretária do Centro Vocacional da diocese de Apucarana, participou do encontro e pondera: “a avaliação geral do encontro foi muito positiva, tanto na linha de organização dos trabalhos, como no tema abordado, indo ao encontro de muitas dúvidas e necessidades da Pastoral Vocacional”.

O Centro de Formação São João Diego, em Guarapuava, recebeu nos dias 13 e 14 de maio, a IV Assembleia Eletiva da Pastoral do Dízimo do Regional Sul 2 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). A pastoral tem como bispo referencial Dom Bruno Elizeu Versari, da diocese de Campo Mourão. Na ocasião, os participantes também elegeram como coordenadores regionais o padre Elves Allano Perrony, da diocese de São José dos Pinhais e padre Pedro Speri da diocese de Campo Mourão. Renato Ribinski e Suzete Terezinha Orzechowski são casados e coordenam a Pastoral do Dízimo na diocese de Guarapuava. Para eles, o encontro foi um importante momento de partilha do triênio e de preparativos para novos projetos. “Contamos com os encaminha-

mentos de Dom Bruno sobre a necessidade de trabalhar as formações dentro das dioceses, paróquias e comunidades, em conjunto com o clero”, sublinhou Renato. O bispo da diocese de Guarapuava, Dom Antônio Wagner da Silva, esteve presente no encontro e destacou que, em se tratando de Igreja, há uma grande necessidade de transformação para uma profunda conversão. “A conversão para o Dízimo nos traz uma conversão para comunidade” afirmou Dom Wagner.

SOBRE A PASTORAL Entre os objetivos da Pastoral do Dízimo, destacam-se: levar aos fiéis o verdadeiro sentido de participação na sociedade cristã, integrando cada um à Igreja da qual cada batizado é parte. O dízimo objetiva atender as quatro dimensões na Igreja, a caritativa, a missionária, a eclesial e a religiosa.

“A conversão para o Dízimo nos traz uma conversão para comunidade.” Dom Antônio Wagner da Silva

REGIONAL SUL 2

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PARÓQUIA SANTA CRUZ E NOSSA SENHORA DAS DORES: Notícias paroquiais PRIMEIRA EUCARISTIA, CASAMENTO COMUNITÁRIO, RETIRO PARA VOLUNTÁRIOS E DESFILE DOS TÍTULOS DE NOSSA SENHORA FORAM OS DESTAQUES DA PARÓQUIA SANTA CRUZ E NOSSA SENHORA DAS DORES NO ÚLTIMO MÊS Pascom Paroquial

PRIMEIRA EUCARISTIA A paróquia Santa Cruz e Nossa Senhora das Dores, em Guarapuava, viveu momentos de alegria e de realização no último dia 05 de maio. Na ocasião, setenta crianças receberam a Primeira Comunhão. A missa foi presidida pelo pároco local, padre Carlos de Oliveira Egler e reuniu centenas de pessoas da região de abrangência da paróquia. “Foi com muita alegria que todas essas crianças da comunidade, após um longo período de preparação, receberam o sacramento do amor maior de Deus por nós. A partir de agora, temos o dever, como cristãos, de manter todas essas crianças no caminho correto, fazendo com que sejam fiéis aos ensinamentos recebidos”, destaca a Pastoral da Comunicação (Pascom) em nota.

Foto Kori’s

CASAMENTO COMUNITÁRIO Foto Kori’s

Izabela Scorsin (estagiária), com supervisão do Centro Diocesano de Comunicação (CDC)

Em uma celebração que reuniu centenas de pessoas na matriz, no último dia 11 de maio, 14 casais regularizaram a situação matrimonial na paróquia Santa Cruz e Nossa Senhora das Dores, em Guarapuava. A missa que promoveu o casamento

comunitário foi celebrada pelo pároco local, padre Carlos de Oliveira Egler. A Pastoral da Comunicação (Pascom), disse em nota, que foi um dia memorável com muita emoção e felicidade. “Deus abençoe estes casais. Que sejam longevos com a proteção de Nossa Senhora das Dores”, concluiu.

RETIRO PARA VOLUNTÁRIOS

DESFILE DOS TÍTULOS DE NOSSA SENHORA

Voluntários dos projetos sociais da paróquia Santa Cruz e Nossa Senhora das Dores, participam de retiro e confraternização. Uma missa foi celebrada em homenagem aos trabalhadores.

Durante a missa com os catequizandos, Nossa Senhora foi homenageada por seus diversos títulos.

No dia 01 de maio, os voluntários dos projetos sociais da paróquia Santa Cruz e Nossa Senhora das Dores participaram de um retiro e confraternização. Ao todo foram 55 pessoas do Projeto Paixão pela Vida, Casa Nazaré e os que colaboram semanalmente na cozinha da paróquia. Padre Elizeu Nahm e Padre Carlos de Oliveira Egler estiveram presentes. Antes do almoço foi celebrada uma missa em homenagem aos trabalhadores. Padre Elizeu partilhou sobre a vida agrícola, deu a benção individual e ungiu cada um. Também foi rezado o terço. A animação ficou por conta do grupo de canto Cantores de Deus, da comunidade São Paulo da Cruz. “Pudemos ver nos rostos a alegria e a gratidão pela vida de cada um. Todos agradeceram aos sacerdotes por proporcionarem um dia tão maravilhoso. Ficamos à espera de outro dia como esse. Deus abençoe a todos”, concluiu a Pastoral da Comunicação (Pascom) em nota.

No sábado, dia 11 de maio, o padre Carlos de Oliveira Egler celebrou uma missa com os catequizandos na matriz. Para homenagear Nossa Senhora, foi realizado um desfile com alguns dos seus títulos, dentre eles Nossa Senhora de Belém, Desatadora de Nós, Auxiliadora, do Rosário, das Dores entre outras.

Segundo a Pastoral da Comunicação (Pascom), toda vivência da missa se deu com a participação conjunta do pároco, acólitos, coroinhas, ministros, catequistas, pais e catequizandos. “Foi um momento de ternura, simpatia e amor pelas mães e estritamente pela mãe de Jesus e nossa mãe”, considera a Pascom.

Paróquia Santa Cruz e Nossa Senhora das Dores Horários de Missas Domingos: 7h30, 10h e 19h Segunda a sábado: 19h

(42) 3623-1801

Rua Padre Salvador Renna, 961 Bairro Santa Cruz - Guarapuava


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PITANGA: Notícias Paroquiais NOITE DE LOUVOR JOVEM, PRIMEIRA APRESENTAÇÃO DO CORAL INFANTIL NETOS DE SANT’ANA E RETIRO PASCAL DOS COROINHAS SÃO OS DESTAQUES DA PARÓQUIA SANT’ANA EM PITANGA.

NOITE DE LOUVOR JOVEM

O grupo de jovens Sentinelas, da paróquia Sant’Ana de Pitanga promoveu, nos dias 04 e 05 de maio, a quinta edição da Noite de Louvor Jovem na casa de retiro São José Freinademetz. Mais de 200 jovens do decanato Pitanga participaram.

CORAL INFANTIL NETOS DE SANT’ANA PRESTA HOMENAGEM ÀS MÃES

Depois de um mês de ensaio, o coral infantil Netos de Sant’Ana, de Pitanga, fez a sua primeira apresentação na igreja. Mais de 40 crianças que fazem parte do grupo cantaram na missa do Dia das Mães. Os ensaios do coral são realizados todos os sábados às 09 horas da manhã no centro catequético, orientados pela coordenadora Maria Gabriele Vieira.

Segundo o pároco local, padre Gilson José Dembinski, foi um momento especial onde os jovens participantes foram levados a um encontro profundo com Deus através da oração, do louvor e do compromisso assumido com a comunidade. “Essa experiência com Deus deverá ser respondida no engajamento das atividades pastorais da comunidade e na perseverança da Santa Missa”, concluiu o padre. O encontro foi organizado pelo coordenador do grupo, Lucas Botelho, pelos pais dos jovens e pelos jovens que fazem parte do grupo Sentinelas.

COROINHAS PARTICIPAM DE RETIRO PASCAL DE PITANGA

No domingo, dia 05 maio, mais de cem coroinhas da cidade e do interior do município de Pitanga, participaram do retiro pascal. O objetivo do encontro foi levar as crianças a uma contemplação e compreensão do mistério pascal através de teatros e experiências que lembram os últimos acontecimentos da vida de Jesus Cristo. O encontro vivencial foi preparado pelo padre Gilson José Dembinski e pelos pais dos coroinhas.

BOA VENTURA DE SÃO ROQUE: retiro com jovens da crisma O RETIRO FOI CONDUZIDO PELO GRUPO FORÇA JOVEM DE CRISTO (FJC) DE SANTA MARIA DO OESTE.

A paróquia São Roque, em Boa Ventura de São Roque, promoveu, nos dias 04 e 05 de maio, um retiro para os jovens que se preparam para a crisma. O tema que norteou os trabalhos foi: “Não temas, creia” (Mc. 5, 36). O retiro foi conduzido pelo grupo Força Jovem de Cristo (FJC) de Santa Maria do Oeste. Foram realizadas várias dinâmicas e conduções sobre diversos temas que envolvem a realidade da juventude: escolhas da vida, sua importância para a Igreja, relação com Deus, amizades, pecado, entrega de Jesus na cruz e ressurreição, encontro com Maria e a importância da família. O encontro foi encerrado na manhã do dia 05 de maio, com a celebração da Palavra. Conforme as coordenadoras do grupo “Aventura Jovem”, o retiro foi um

Instituto Dom Bosco promove mais uma edição do Festival de Música O INSTITUTO ASSISTENCIAL DOM BOSCO EM GUARAPUAVA ATENDE A MAIS DE 500 CRIANÇAS, ADOLESCENTES E JOVENS QUE SE ENCONTRAM EM VULNERABILIDADE SOCIAL. Nos dia 07 e 08 de junho, o Instituto Assistencial Dom Bosco realiza a nona edição do tradicional “Arraiá Dom Bosco”. Dentre as atrações, será realizado o Festival de Música Dom Bosco (FeMus).

RETIRO DE CASAIS De 17 a 19 de maio o decanato Pitanga realizou o primeiro retiro de casais de 2019. O evento que é promovido pela Pastoral Familiar, tem duas edições durante o ano. Na ocasião, 41 casais de todo o decanato participaram. O intuito do encontro de três dias é o de levar os casais a um encontro com Deus bem como melhorar a qualidade do relacionamento dos mesmos. “Toda a dinâmica do retiro preten-

de valorizar a vida matrimonial e fortalecer o amor entre os casais e para com o conjunto da família”,

sublinha o pároco local, padre Gilson José Dembinski.

ICONOGRAFIA

No último dia 19 de maio, os ministros da Eucaristia da paróquia Sant’Ana, em Pitanga, visitaram a iconografia de Nossa Senhora e São José, no Centro de Espiritualidade Josefino Marelliano, em Apucarana. O local que recebe milhares de pessoas durante o ano abriga mais de dois mil ícones que representam São José e mais de quatro mil que simbolizam Nossa Senhora. As obras são assinadas por artistas das mais diversas regiões do mundo e chamam a atenção pelo olhar e devoção que cada povo tem para com Maria e São José. Além da visita religiosa e cultural, os ministros tiveram o momento de espiritualidade com o tema “O Rosto de Maria”. “Sem dúvida, este foi um momento especial de espiritualidade e formação, onde os ministros puderam ver a riqueza de Nossa Senhora e sua devoção através da expressão dos artistas e dos devotos, ao longo dos séculos”, grifa padre Gilson José Dembinski, pároco local, que participou da viagem.

momento muito especial e proporcionou aos participantes reflexões sobre a sua vida e missão, despertando neles a vontade de estar na presença de Deus e a perseverar ajudando nas comunidades, logo depois de crismados. “Muitos jovens que se sentiram tocados, já disseram o seu sim para participar do grupo de jovens”, sublinha a Pastoral da Comunicação (Pascom) em nota.

O festival é dividido em duas categorias que serão apresentadas nos seguintes dias: na sexta-feira, dia 07, pop e rock e no sábado, dia 08, sertaneja e gauchesca. O primeiro colocado de cada categoria leva mil reais e mais um troféu. O Instituto Assistencial Dom Bosco em Guarapuava atende a mais de 500 crianças, adolescentes e jovens que se encontram em vulnerabilidade social. O trabalho é mantido com doações e toda a renda da festa será destinada à manutenção da obra social. A instituição fica na Rua Padre Caetano Vendrami, 303, Vila Carli, em Guarapuava. Mais informações acesse:

facebook.com/IADBGuarapuava


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VIRMOND: Integrantes da Pastoral do Dízimo visitam famílias da paróquia

Altamira do Paraná: Notícias paroquiais

NO MÊS DE MAIO, A FAMÍLIA DE IVANIRA RODRIGUES FOI SORTEADA E ACOLHEU OS INTEGRANTES DESSA PASTORAL, QUE CONFORME SE CONSTATA, FAZ A DIFERENÇA JUNTO AOS PAROQUIANOS.

HOMENAGEM ÀS MÃES, COM A PRIMEIRA APRESENTAÇÃO DO CORAL: “AMIGUINHOS DE JESUS” E ACAMPAMENTO DA RENOVAÇÃO CARISMÁTICA CATÓLICA (RCC), FORAM DESTAQUES NA PARÓQUIA NOSSA SENHORA APARECIDA.

Todos os meses, a paróquia Nossa Senhora do Monte Claro, em Virmond, sorteia famílias que recebem a visita dos integrantes da Pastoral do Dízimo em suas casas. No mês de maio, a família de Ivanira Rodrigues foi sorteada e acolheu os integrantes dessa Pastoral, que conforme se constata, faz a diferença junto aos paroquianos. Nas visitas, os membros da Pastoral rezam, cantam e conversam com os integrantes da família visitada. Durante o momento de convivência, muitos moradores se sentem à vontade para falar da vida, das dificuldades e dos projetos que têm a intenção de realizar. “Há sempre muito aprendizado e troca de experiências durante essas visitas. Cada família sorteada recebe um presente como agradecimento pelo compromisso firmado para com a Igreja”, disse Joanes Mierzva, coordenador da Pastoral do Dízimo em Virmond. “Só temos a agradecer a ela [Ivanira Rodrigues] e toda sua família. Que Deus os abençoe e que continuem firmes na fé”, complementa.

Paróquia Nossa Senhora do Monte Claro Horários de Missas Domingos: 8h30h Terça a sábado: 19h Última quinta do mês: 15h

(42) 3618-1172

Rua XV de Novembro, 779 Virmond - Paraná

PRUDENTÓPOLIS: Paróquia prepara a 104a edição da festa do padroeiro COMO EM ANOS ANTERIORES, A DEVOÇÃO A SÃO JOÃO BATISTA É DEMONSTRADA EM NOVENAS E DIVERSAS CELEBRAÇÕES. MILHARES DE PESSOAS SÃO ESPERADAS NOS DEZ DIAS DE FESTIVIDADES. No dia 24 de junho, a paróquia São João Batista, em Prudentópolis, celebra a 104ª festa do padroeiro. Nos dez dias que antecedem a data, uma vasta programação foi preparada e todos são convidados a participar, conforme os organizadores. A realização da novena é um dos momentos fundamentais para aquela comunidade. Este ano, as nove celebrações serão realizadas de 14 a 22 de junho, sempre às 19h, na matriz. A cada dia, um padre convidado presidirá a missa. Confira a programação da festa: Missa do Envio 13/06/2019 (quinta-feira) – 19h Celebrante: padre Guilherme Schelbauer, C.M. Equipe Litúrgica: São Lucas

6ª celebração da novena: 19/06/2019 (quarta-feira) – 19h Celebrante: padre Gilson Cézar Camargo, C.M. Equipe Litúrgica: Tom Sublime.

1ª celebração da novena: dia 14/06/2019 (sexta-feira) – 19h Celebrante: padre Odair Miguel Gonsalves dos Santos, C.M. Equipe Litúrgica: Marianos.

7ª celebração da novena: 20/06/2019 (quinta-feira) – 19h Celebrante: padre Martin Antonio Haubert Stein, C.M. Equipe Litúrgica: São Francisco de Assis.

2ª celebração da novena: 15/06/2019 (sábado) – 19h Celebrante: padre Joélcio Saibot, C.M. Equipe Litúrgica: Sagrada Família. 3ª celebração da novena: 16/06/2019 (domingo) – 19h Celebrante: padre Jean Patrik Soares Equipe Litúrgica: Renascer. 4ª celebração da novena: 17/06/2019 (segunda-feira) – 19h Celebrante: Dom Antônio Wagner da Silva, bispo da diocese de Guarapuava Equipe Litúrgica: Nossa Senhora das Graças. 5ª celebração da novena: 18/06/2019 (terça-feira) – 19h Celebrante: padre Marcelo Aparecido Santiago Equipe Litúrgica: Renovação Carismática Católica (RCC)

8ª celebração da novena: 21/06/2019 (sexta-feira) – 19h Celerante: padre Maycon José da Silva Equipe Litúrgica: Servos de Maria. 9ª celebração da novena: 22/06/2019 (sábado) – 19h Celebrante: padre Adalto José Bona Equipe Litúrgica: São João Batista. Dia 23/06/2019 (domingo): missa – 19h Celebrante: padre Clóvis Marques da Silva Oliveira, C.M. Dia 24/06/2019 (segunda-feira) Dia da Festa do Padroeiro 10h: Missa Solene Celebrante: padre Guilherme Schelbauer, C.M., pároco local. Equipe Litúrgica: Despertar para Viver. 12h: Almoço festivo e atrações diversas à tarde

HOMENAGEM ÀS MÃES Depois de dois meses de ensaio, as crianças que participam do coral: “Amiguinhos de Jesus”, na paróquia Nossa Senhora Aparecida, em Altamira do Paraná, fizeram sua primeira apresentação pública. A estreia dos pequenos foi durante a missa do Dias das Mães, este ano, comemorado em 12 de maio. Sob regência, as crianças executaram a música “Obrigado Mãe”, de composição de Naiara Azevedo. Conforme destacou a Pastoral da Comunicação (Pascom), em nota, o momento foi muito emocionante para todos os que estavam na igreja. Depois da música, os integrantes do coral entregaram uma rosa à sua mãe.

ACAMPAMENTO Nos dias 18 e 19 de maio, a Renovação Carismática Católica (RCC), da paróquia Nossa Senhora Aparecida, em Altamira do Paraná, promoveu a quarta edição do Acampamento de Cura e Libertação. O encontro foi realizado na comunidade São Sebastião da Bela Fonte. Integrantes dos grupos de oração das paróquias de Cantagalo e Laranjeiras do Sul foram os pregadores do evento que reuniu mais de cem pessoas. Testemunhos, animação e oração fizeram parte dos trabalhos de dois dias. Paróquia Nossa Senhora Aparecida Horários de Missas Domingos: 9h Quartas: 19h Primeira sexta do mês: 15h Dia 12 de cada mês: 19h

(44) 3755-1150

Rua Cantú, 03 - Altamira do Paraná


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Diocese de Guarapuava

Círculo Bíblico Preparando o ambiente: Colocar no centro ilustrações, recortes de jornais e outros que mostrem a alegria do perdão. 1. ORAÇÃO INICIAL – INVOCAÇÃO AO ESPÍRITO SANTO Animador: Prezados irmãos e irmãs, com grande alegria e entusiasmo nos reunimos mais uma vez para celebrar a vida e iluminar nossos caminhos com nosso círculo bíblico, pois a Palavra de Deus nos ilumina. Abramos nossa mente e coração para que o Senhor possa nos falar. Manifestemos a alegria do nosso encontro, desejando-nos uns aos outros a paz de Cristo. Canto (à escolha) Animador: Juntos, iniciemos nosso encontro de fé, invocando a presença de Deus em nosso meio. (Pode ser cantado): Todos: Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, Amém. Animador: Para que nosso encontro seja iluminado, pedimos ao Espírito Santo para que possamos aproveitar bem esse momento. Todos: Vinde Espírito Santo, enchei os corações de vossos fiéis, e acendei neles o fogo do vosso amor. Animador: Enviai o vosso Espírito, Senhor, e tudo será criado, e renovareis a face da terra. Animador: Oremos: Ó Deus, que instruístes os corações de vossos fiéis com a luz do Espírito Santo, fazei que apreciemos retamente todas as coisas, segundo o mesmo espírito, e gozemos sempre de sua consolação. Por Cristo, nosso Senhor, amém. 2. RECORDANDO A VIDA Animador: No Círculo Bíblico de hoje vamos refletir sobre o perdão do pecador. Na acolhida amorosa do pecador Jesus revela o perdão como instrumento de cura da pessoa ferida. Leitor 1: Francisca era uma mulher muito católica, mas vivia um casamento conturbado. Seu marido viajava

Círculo Bíblico Preparando o ambiente: Colocar no centro a ilustração sobre o sermão das bem aventuranças. 1. ORAÇÃO INICIAL – INVOCAÇÃO AO ESPÍRITO SANTO Animador: Mais uma vez estamos reunidos para o círculo bíblico. Nesse encontro de irmãos, somos convidados a deixar a palavra de Deus orientar nossa caminhada e nos inspirar. Animador: Expressemos a alegria do nosso encontro de fé, desejando a paz entre nós. Canto (à escolha) Animador: Reunidos na fé, invoquemos a presença de Deus, dando início ao nosso círculo bíblico. (Pode ser cantado): Todos: Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, Amém. Animador: Cheios de fé, peçamos ao Espírito Santo para que venha ao nosso encontro, iluminando nossa vida: Todos: Vinde Espírito Santo, enchei os corações de vossos fiéis, e acendei neles o fogo do vosso amor. Animador: Enviai o vosso Espírito, Senhor e tudo será criado, e renovareis a face da terra. Animador: Oremos: Ó Deus, que instruístes os corações de vossos fiéis com a luz do Espírito Santo, fazei que apreciemos retamente todas as coisas, segundo o mesmo espírito, e gozemos sempre de sua consolação. Por Cristo, nosso Senhor, amém. 2. RECORDANDO A VIDA – FATO DA VIDA Animador: No Círculo Bíblico de hoje vamos refletir sobre a parábola do Semeador. Através dela, Jesus nos convida a sermos o bom terreno de Deus. Leitor 1: Dona Neusa era mãe de três filhos. O filho mais novo era o que mais lhe dava dor de cabeça. Não levava

Junho - 2019

1º CÍRCULO BÍBLICO DO EVANGELHO DE LUCAS - Junho Jesus que condena o pecado, mas acolhe com amor e perdoa o pecador Lucas 7,36-50 muito e se fazia distante da família. Certo dia, na sua fraqueza, Francisca começou um relacionamento ambíguo através da internet. As coisas só foram evoluindo, a ponto de Francisca ter um caso com o homem que conheceu através da internet. Em seguida, após seu esposo descobrir o caso, uma tempestade sacudiu a família. E a mulher teve que abandonar o seu lar. A partir daí, veio a frustração, o arrependimento e o peso na consciência. Se sentido um lixo, Francisca abandonou o trabalho na Igreja e até deixou de participar das missas, pois não se sentia mais digna. Frente essa situação fez uma auto-exclusão, crendo não ser mais digna do perdão e de participar de mais nada. (Fato real: nome fictício). 3. OLHANDO A PRÁTICA DE JESUS Animador: Deus nos fala pela Palavra; abramos nosso coração, pois Ele nos quer mostrar que no perdão e na acolhida do pecador acontece o milagre da transformação. Canto de aclamação • Leitura do texto: Lucas 7,36-50 (Ler duas vezes o texto, com calma). • Momento de silêncio para retomar o texto lido. 4. PARTILHANDO A PALAVRA – Livre para comentários a) Como você entende o gesto de Jesus para com a pecadora perdoada? Uma resposta possível: O gesto de Jesus mostra que apesar do pecado, devemos acolher a pessoa, evitando quaisquer formas de exclusões. Na acolhida amorosa, possibilitamos a pessoa se reerguer e retomar o caminho do bem. b) Por que a atitude de Jesus transforma a vida da pecadora? Uma resposta possível: Porque na acolhida, Jesus valoriza a pecadora. No fundo, apesar do erro, toda pessoa pode ser transformada quando a acolhemos e a valorizamos. Quando uma pessoa é valoriza ela volta a acreditar no seu potencial e sente-se motivada para fazer o bem. c) Tendo presente a atitude de Simão no Evangelho e a história, quais são os erros da nossa parte para com os pecadores?

Uma resposta possível: Muitos pecadores são pessoas feridas, mas com forte desejo de melhorar e buscar superação. Nossos erros consistem em acentuar o pecado das pessoas e tratá-las com desprezo, rotulandoas como pessoas más, sem dar oportunidades para se sentirem amadas, ajudando a superar seus fracassos. 5. ORAÇÃO DA COMUNIDADE Momento das Preces: O que este texto nos inspira para dizer a Deus? Expor em forma de preces, tudo aquilo que refletimos sobre o Evangelho e sobre a nossa vida. Resposta: “Senhor ajudai-nos a exercer a misericórdia com todas as pessoas” Conclusão das Preces: Oração do Pai Nosso, AveMaria, Glória ao Pai. Animador: Estivemos reunidos em Nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo. Todos: Amém 6. EM CASA E PARA O PRÓXIMO ENCONTRO • Ler: Lc 6,17-26 Deixar alguém incumbido para trazer algumas sementes e colocar no centro da mesa.

Responsáveis pelo próximo encontro: Leitores: Próximo encontro/data: Local:

2º CÍRCULO BÍBLICO DO EVANGELHO DE LUCAS - Junho Jesus ensina a semear Lucas 8,4-15 a sério nada. Não gostava de estudar, não se comprometia com a catequese e não queria saber da Igreja. Além de tudo, era desobediente com os pais e fazia questão de contrariar tudo o que os estes queriam ensinar. No entanto, dona Neusa era uma mulher de fé. Ela não se cansava de rezar pelo filho rebelde. O amor vivido no seu casamento, a humildade, o respeito com o próximo e o zelo para com a família eram marcas cristãs, que impressionavam quem conhecia essa mãe guerreira. Mas o tempo foi passando, e agora, com seu filho mais novo está casado, com 32 anos. Parece não ser mais a mesma pessoa. Está engajado na Igreja e sempre agradecendo a Deus pela sua mãe que plantou e regou a semente da fé na sua adolescência. E realmente essa semente não morreu, pois veio a germinar depois do seu casamento. (Fato real – Nome fictício) 3. OLHANDO A PRÁTICA DE JESUS Animador: Jesus Cristo contava muitas historinhas para ensinar o seu povo, conhecidas como parábolas. Vamos ouvir com a fé a parábola do Semeador. Canto de aclamação • Leitura do texto: Lucas 8,4-15 (Ler duas vezes o texto, com calma). • Momento de silêncio para retomar o texto lido. 4. PARTILHANDO A PALAVRA – Livre para comentários a) O que a historinha de Dona Neusa e a parábola em comum nos ensinam? Uma resposta possível: ambas ensinam que os terrenos (pessoas) que recebem a semente são diferentes, mas não é em vão semear, pois a semente sempre está pronta para germinar e produzir frutos. b) Qual a relação semente e solo? Uma resposta possível: A semente em si é a própria palavra de Deus, por isso, sempre traz em si o potencial para germinar e produzir frutos. Todavia, a eficácia dos frutos dependerá do terreno, que representa cada pessoa, que com o seu caráter poderá dificultar ou facilitar a ação da semente.

c) Qual é o tipo de terreno exaltado por Jesus? Uma resposta possível: O terreno exaltado por Jesus é o terreno que permite a semente se desenvolver e gerar frutos. Cabe-nos a pergunta: meu terreno interior permite o evangelho produzir frutos em minha vida ou cria obstáculos para eficácia do mesmo? 5. ORAÇÃO DA COMUNIDADE Momento das Preces: O que este texto nos inspira para dizer a Deus? Expor em forma de pedidos, tudo aquilo que refletimos sobre a Palavra de Deus e sobre nossa vida. Resposta cantada: “Põe a semente na terra não será em vão. Não se preocupe a colheita, plantas para o irmão”. Conclusão das Preces: Oração do Pai Nosso, AveMaria, Glória ao Pai. Animador: Estivemos reunidos em Nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo. Todos: Amém 6. EM CASA E PARA O PRÓXIMO ENCONTRO • Ler: Lc 9,1-6 Deixar alguém encarregado para trazer uma cesta de pães ou então um pão grande.

Responsáveis pelo próximo encontro: Leitores: Próximo encontro/data: Local:

Pe. Gilson José Dembinski


Junho - 2019

Diocese de Guarapuava

Reflexões Dominicais 07 de julho de 2019

14 de julho de 2019

14º DOMINGO DO TEMPO COMUM

15º DOMINGO DO TEMPO COMUM

“MISSÃO DOS DISCÍPULOS“

“UMA TRAVESSIA DO DESERTO NA ESPERANÇA DO BOM SAMARITANO“

Is 66, 10-14c |Gl 6, 14-18 |Lc 10, 1-12. 17-20

Dt 30, 10-14 | Cl 1, 15-20 | Lc 10, 25-37

da sua vida um dom a todos. Mesmo no sofrimento, o apóstolo tem de testemunhar, com a própria vida, o amor radical, pois, é daí que nasce a vida nova do Homem Novo. No Evangelho, trata-se, portanto, de uma catequese. Nela, Lucas ensina que o cristão tem de continuar no mundo a missão de Jesus, tornando-se testemunha, para todos os homens, dessa proposta de salvação e libertação que Cristo veio trazer.

A liturgia de hoje nos conduz a refletir sobre a dimensão missionária da Igreja. O mandato missionário do Senhor tem sua fonte última no amor eterno da Santíssima Trindade. A Igreja peregrina é, por sua natureza, missionária. Pois ela se origina da missão do Filho e da missão do Espírito Santo, segundo o desígnio de Deus Pai. Deste modo, o fim último da missão não é outro senão fazer os homens participarem da comunhão que existe entre o Pai e o Filho em seu Espírito Santo de amor (CIC-850). Na primeira leitura, apresenta-se a palavra de um profeta anônimo, enviado a proclamar o amor do Pai, amor que Deus tem pelo seu Povo. O profeta é sempre um enviado que, em nome de Deus, consola os homens, liberta-os do medo e acena-lhes com a esperança do mundo novo que está para chegar. Deste modo consiste o convite à alegria, “Alegrai-vos com Jerusalém, exultai nela, todos os que a amais; regozijai-vos com ela, todos os que por ela estáveis de luto, pois sereis amamentados e saciados pelo seu seio consolador” (Is 66,10). Na segunda leitura, Paulo deixa claro qual o caminho que o apóstolo deve percorrer: “não aconteça gloriar-me senão na Cruz de nosso Senhor Jesus Cristo, por quem o mundo está crucificado para mim e eu para o mundo” (Gl 6,14). Percebemos que o apóstolo não pode mover-se por interesses de orgulho e de glória, mas apenas o testemunho da cruz, isto é, o testemunho de Jesus, que amou radicalmente e fez

O Catecismo da Igreja Católica apresenta que a missão tem origem no amor de Deus por todos os homens, pois “Deus quer que todos os homens sejam salvos e cheguem ao conhecimento da verdade” (1 Tm 2,4). Deus quer a salvação de todos pelo conhecimento da verdade. A salvação está na verdade. Os que obedecem a moção do Espírito de verdade já estão no caminho da salvação; mas a Igreja a quem esta verdade foi confiada, deve ir ao encontro de seu anseio, levando-lhes a mesma verdade. Ela tem de ser missionária porque crê no projeto universal de salvação (CIC-851). O Espirito Santo é o protagonista de toda a missão eclesial, é ele quem conduz a Igreja pelos caminhos da missão. “Esta missão, no decurso da história, continua e desdobra a missão do próprio Cristo, enviado a evangelizar os pobres. Eis porque a Igreja, impelida pelo Espírito de Cristo, deve trilhar a mesma senda de Cristo, isto é, o caminho da pobreza, da obediência, do serviço e da imolação de si até a morte, da qual Ele saiu vencedor por sua Ressurreição” (AG 5). De acordo com Tertuliano o sangue dos mártires é uma semente de cristãos. Em conclusão, sempre é o Espírito que atua, quer quando dá vida à Igreja impelindo-a a anunciar Cristo, quer quando semeia e desenvolve os seus dons em todos os homens e povos, conduzindo a Igreja à descoberta, promoção e acolhimento desses dons, através do diálogo. Qualquer presença do Espírito deve ser acolhida com estima e gratidão, mas o discerni-la compete à Igreja, à qual Cristo deu o Seu Espírito para a guiar até à verdade total (Jo 16, 13).

Reflexão elaborada pelos seminaristas de nossa diocese que estão estudando teologia em Curitiba: Anselmo Treski, Everton Pavilaqui, Herick Rogger Pinchesk, Jacir dos Santos, Marinaldo Cheliga e José Vitor Cozechen Seller.

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O Evangelho de hoje apresenta uma de suas páginas mais famosas, a parábola do Bom Samaritano (Lc 10, 25-37), que sozinha é suficiente para dizer tudo sobre o preceito fundamental do amor ao próximo. Jesus diz, em resposta à pergunta de um “doutor da lei”, que é um especialista na interpretação da Bíblia: Eu sei, Mestre, o que está escrito; para herdar a vida eterna, devemos amar a Deus e ao próximo; mas quem seria o próximo? A resposta está na forma de uma história. “Um homem desceu de Jerusalém a Jericó...”: ao longo da estrada na descida que atravessa o deserto da Judeia, todas as colinas rochosas secas, não era raro que os saqueadores assaltassem os viajantes. Jesus imagina apenas uma das tantas vítimas, da qual foi lhe roubada tudo, espancada e deixada meio morta. Eles passam, indiferentes, um sacerdote e depois um levita, dois homens das categorias mais respeitadas do antigo Israel. Enquanto um samaritano, que é um dos hereges estrangeiros a quem os judeus detestavam e de quem eles se mantinham à distância, ele para e oferece-lhe ajuda: “Ele enfaixou suas feridas, derramando óleo e vinho nele, então o carregou em sua montaria, o levou para um hotel, e cuidou dele. No dia seguinte ele pegou dois denários e deu-os ao hospedeiro, dizendo: Cuide dele, o que você vai gastar mais, vou te pagar no meu retorno “. A história condensa em um exemplo tudo o que é necessário ter em mente quando se lida com aqueles que entram, permanentemente ou ocasionalmente, em nossas vidas. Eles são “o próximo”, para serem amados

não por conversas, mas por fatos. Fatos concretos, proporcionais não aos nossos desejos, ao nosso humor do momento, mas às suas necessidades. Fatos que envolvem nossa atenção e nossa disponibilidade, isto é, nossa inteligência e nosso coração. Fatos: diante de um homem ferido e abandonado, o samaritano não se limita a boas palavras de consolo, mas dedica seu tempo, suas coisas (vinho para desinfetar, óleo para aliviar o mal) e até seu dinheiro. Fatos, como os dos muitos que dedicam seu tempo livre ao voluntariado, ou os muitos outros que apoiam as organizações de caridade com seu dinheiro. Como outras vezes sobre os samaritanos detestados (a mulher no poço a quem Jesus revela sua divindade; o leproso que ao contrário dos judeus volta para agradecer-lhe por ter sido curado). Aqui também Jesus assume uma atitude provocativa: um samaritano é melhor delineado que dois dos judeus mais respeitados. Compreensão: muitas vezes as pessoas não são o que parecem; se julga por categorias (ciganos, imigrantes, homossexuais, ex-prisioneiros, e assim por diante) é baseado em preconceitos que muitas vezes se revelam infundados. Além disso, a parábola se presta a uma leitura adicional, já presente nos escritos dos antigos padres da Igreja: sem desvirtuar seu valor como um exemplo para nós, eles também viram um significado mais profundo. O homem que desce de Jerusalém para Jericó representa todos os homens, para cada um dos quais a vida é uma travessia do deserto. Cada um está sozinho na jornada através do “deserto” deste mundo, onde ele encontra bandidos que atacam “dentro” (experiências negativas, decepções, ansiedade motivada pelas mais diversas causas) e às vezes, batem forte, deixando-nos espiritualmente meio mortos. Muitos passam sem nos dar ajuda, seja porque não percebem nossos ferimentos, ou porque só sabem se opor à conversa ou, pior, porque não se importam. Mas há alguém que conhece minuciosamente o estado de saúde de nossa alma, sabe disso e quer curá-lo. A do Bom Samaritano é uma parábola autobiográfica: o verdadeiro Bom Samaritano, atento e, se desejarmos, disponível para cada um de nós, é Ele. E não é necessário dizer o nome.

Reflexão elaborada pelos seminaristas de nossa diocese que estão estudando teologia em Curitiba: Anselmo Treski, Everton Pavilaqui, Herick Rogger Pinchesk, Jacir dos Santos, Marinaldo Cheliga e José Vitor Cozechen Seller.


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Reflexões Dominicais

Diocese de Guarapuava

Junho - 2019

21 de julho de 2019

28 de julho de 2019

16º DOMINGO DO TEMPO COMUM

17º DOMINGO DO TEMPO COMUM

“ESCOLHESTE A MELHOR PARTE...“

“ORAÇÃO: UM CLAMOR AO DEUS DE MISERICÓRDIA!“

Gn 18, 1-10a | Cl 1, 24-28 | Lc 10, 38-42

A hospitalidade é algo sagrado para as tradições orientais. Acolher outro na casa não é um fardo, mas um dever e uma graça. Acolhe-se o outro como presença do próprio Deus que visita. Esta foi a atitude do Patriarca Abraão, na primeira leitura: acolheu três homens, recebendo o próprio Deus e uma mensagem de salvação: o anúncio do nascimento de Isaac. Jesus também foi acolhido na casa de Marta e Maria, pelo dom da hospitalidade. É em Betânia que Jesus encontrava o seu refúgio, o seu descanso. Certas circunstâncias lutam contra a hospitalidade, assim como há algumas disposições interiores que nos ajudam a ser mais hospitaleiros. Para algumas pessoas, trata-se de um movimento espontâneo; para outros, a hospitalidade exige treino e percepção de si mesmo. Há pessoas que são fechadas em si mesmas. Não acolhem, não sorriem, não dão o primeiro passo. Parece que estão com medo de alguma coisa ou de alguém e, portanto, precisam estar na defensiva. Aqui não incluem os tímidos, mas as pessoas fechadas e agressivas. Não podemos ver nosso irmão como um inimigo; devemos ter a capacidade de dizer: “entra em minha casa, a minha alegria é a tua alegria”. Papa Francisco em seus discursos tem nos falado muito sobre a hospitalidade, onde o seu verdadeiro segredo está na pobreza. Não na pobreza de bens materiais, mas em primeiro lugar numa pobreza de mente. Há pessoas que são tão donas de si, tão presas em suas convicções e conceitos, que não deixam os outros ficarem à vontade. A intolerância vai nesta linha: o intolerante não aprende nada de novo, pois ele se considera portador da verdade. O orgulhoso de sua maneira de pensar é um péssimo anfitrião da vida, pois o diálogo é intercambio de ideias para a construção de algo comum. É preciso também uma pobreza de coração. Há situações em que a carência afetiva impera, fazendo com que as pessoas não deixem os outros à vontade, pois os querem para eles, como

um objeto. As relações humanas não podem ser fundadas no egocentrismo de uma das partes, mas deve ser uma abertura gratuita. A verdadeira hospitalidade se faz quando oferecemos nossa pobreza: “Eu sou um pobre, nada tenho, mas estou aqui para partilhar o meu nada”. Quando estamos desprovidos dos apegos, podemos partilhar a solidariedade de nossa fraqueza. Partilhar do sofrimento do outro, como o Bom Samaritano, é um grande gesto de hospitalidade. Cristo nos deu o exemplo, fez-se pequeno, sua pobreza enriqueceu-nos. Por isso, na segunda leitura vemos o apóstolo Paulo que é solidário com o sofrimento de Cristo e com o sofrimento da Igreja. Deus é o grande forasteiro da história. A história da salvação é uma busca incansável de Deus para habitar as nossas vidas. Nós precisamos dar espaço para que Deus habite nossa vida. A grandeza que Deus quis manifestar é, entre outras coisas, “a presença de Cristo em nossa vida”. Precisamos dar espaço, ter tempo para acolher o Senhor Deus em nossas vidas. Marta é a mulher agitada, que não tinha tempo para as coisas de Deus, para a sua Palavra. Trabalhar é bom, mas não pode ser uma agitação frenética, sem os verdadeiros valores evangélicos, como um pretexto para aparecer e apontar o dedo para quem parece estar sem as mãos na massa. Não pode impedir que tenhamos tempo para a escuta da Palavra, para a oração, para as relações humanas significativas. Jesus questiona a agitação de Marta e, elogia a atitude de Maria – a escuta da Palavra de Deus. Por outro lado, não podemos fazer um julgamento apressado sobre Marta. Sua intenção não era má: desejava fazer uma acolhida, preparar aquilo que faria o seu hóspede se sentir bem. Certamente, uma atitude absorvida nas práticas religiosas, sem ação evangélica, sem caridade também é desvirtuada. Maria não poderia ficar o tempo todo aos pés de Jesus. As duas atitudes se somam: a caridade hospitaleira e vida contemplativa. É o que resume a máxima monástica de São Bento: “Reza e trabalha”. A Celebração Eucarística é a melhor parte: momento de escuta da Palavra de Deus. É Cristo que nos convida, somos seus hospedes, na mesa mais hospitaleira: a mesa da Eucaristia. A hospitalidade de Deus nos faz sentar à mesa e comer com Ele. Na mesma mesa devemos acolher Cristo como hóspede e deixar que Ele faça morada em nós. Assim, aprenderemos a viver, a sermos hospitaleiros e meditativos.

Reflexão elaborada pelos seminaristas de nossa diocese que estão estudando teologia em Curitiba: Anselmo Treski, Everton Pavilaqui, Herick Rogger Pinchesk, Jacir dos Santos, Marinaldo Cheliga e José Vitor Cozechen Seller.

Gn 18, 20-32 | Cl 2, 12-14 | Lc 11, 1-13

No Evangelho deste décimo sétimo domingo do tempo comum, os discípulos pedem e Jesus lhes ensina a rezar. São João Damasceno dizia que “a oração é a elevação da alma para Deus”. Ou seja, Jesus ensinou a todos nós, seus discípulos, a elevarmos a alma para Deus. Uma vez diante do Senhor, em íntima relação com Deus dialogarmos e solicitarmos Sua misericórdia como fez Abraão. Abraão pediu a Deus misericórdia daquele povo, pediu que Deus os salvasse e justificou dizendo que no meio daquela gente poderia haver justos, poderia haver pessoas que vivessem como discípulos. Haveria, sim, conforme suplica ao Pai, pessoas que perseguiam e almejavam viver uma vida de santidade. Cada um de nós deve tentar ser justo como aqueles que Abraão disse que era possível que lá vivessem. Os justos que Abraão mencionava em seu diálogo com Deus podem transformar o lugar pecador em lugar de paz e de alegria. Para isso, é necessária a conversão dos que habitam este lugar, transformação em discípulos do Deus de misericórdia. Cada um de nós pode fazer isso testemunhando e anunciando o Cristo ressuscitado que passou pela cruz e não reclamou das

dores. Como nos diz São Paulo na carta aos Colossenses, devemos buscar a misericórdia de Deus que perdoa nossos pecados e nos concede uma nova vida. Somos pecadores e limitados, mas Deus é misericordioso para com nossas falhas e este ato de amor nos alcança e nos concede forças para vivermos a vida nova que vem do batismo e do seguimento de Nosso Senhor Jesus Cristo como discípulos. O Salmo exclama: “Naquele dia em que gritei, vós me escutastes, ó Senhor!” Nossas orações são como um grito que chega aos ouvidos de Deus. Ele nos escuta sempre e nos atende, pois sabe de todas as nossas necessidades. Porém, como nossos planos, por vezes, não são os planos de Deus, nosso tempo não é o tempo de Deus. Nossa vontade não condiz com a vontade e os projetos do Pai e, por isso, Deus nos atenderá conforme Seu próprio tempo e plano. Ele sabe, conhece, aponta e concede o que é bom para cada um. Deus nos ouve. Ele absorve nossas orações, mas devemos praticar a atitude descrita no Evangelho: pedir para receber. Isto é: rezar, dialogar e assim estar em constante contato com Deus na mais pura de todas as alianças.

Reflexão elaborada pelos seminaristas de nossa diocese que estão estudando teologia em Curitiba: Anselmo Treski, Everton Pavilaqui, Herick Rogger Pinchesk, Jacir dos Santos, Marinaldo Cheliga e José Vitor Cozechen Seller.


Junho - 2019

Diocese de Guarapuava

Dicas do Catecismo da Igreja Católica (CIC) para uma vivência da fé católica de excelência “ESTEJAM SEMPRE PRONTOS PARA RESPONDER DE FORMA TRANQUILA E RESPEITOSA A QUALQUER PESSOA QUE PEDIR MOTIVO PARA A ESPERANÇA QUE HÁ DENTRO DE VOCÊS” (1 PEDRO 3,15B). Na anterior catequese (Boletim Nº 477) apresentamos a oração por excelência, depois da Sagrada Eucaristia, a Liturgia das Horas. Disse-se que a liturgia das Horas, oração milenar judaico-cristã, praticada por Jesus e sua família (Atos dos Apóstolos 1,14; 12,12; Mc 6,1-6; T 13,53-58;Lc 4,16), os apóstolos (At 3,1;10,3) e a Igreja cristã (At 2,42-47; 4,24), é a prece “que renovará o povo de Deus” (SC Nº 90). Hoje, a partir do texto eclesial mais lido e estudado pelos católicos o CIC (Catecismo da Igreja Católica), depois da Sagrada Bíblia, vamos tirar dicas que nos ajudam a sentir e ter uma vivência católica de excelência. 1º PARA CAMINHAR NA MESMA DIREÇÃO “Tudo já foi dito uma vez, porém, como poucos escutam, é preciso repetir mais uma vez” (André Gide). “Não há nada de novo neste mundo” (Eclesiastes 1,10). Nós nascemos dentro de uma cultura cristã. Isto é, os valores que alimentam nossos princípios e convicções de fé e esperança têm um alicerce cristão. A pessoa é o que ela faz com o ambiente social e ecológico no qual está imerso. Ambiente é o seu país, sua cidade, sua família, sua escola, sua paróquia, sua comunidade eclesial, seu bairro, seus amigos e parentes, as informações dos meios de comunicação, mas sobretudo, na medida em que amadurecemos humanamente, a pessoa é o que faz com tudo isso. Tudo isso se resume em um verbo: Discernir. Discernir, decidir e agir a partir do testemunho e propostas da educação formal. Discernir é possuir elementos, palavras e discursos de conteúdo necessários para iluminar a mente, o coração e adquirir habilidades de ação e decidir pela excelência da vida. Diz o dicionário Houaiss: [discernir é perceber claramente algo, distinguir, diferenciar]. Sobre esse conhecimento nossa consciência pode optar. Optamos responsavelmente com liberdade e eficiência quando temos conhecimento formal. Educação formal. Informações é outra coisa. Educação formal é o conhecimento avaliado e ponderado, direcionado e adaptado processualmente ao sujeito desconhecedor, que uma vez, compreendido, sentido e assimilado interfere no pensamento, na ação, na vida e nas crenças do aprendiz. O conhecimento pode vir de muitas fontes. Conhecimento formal é o fornecido pela família, pela escola, o proposto pelo Ministério da Educação do País, o recomendado pela ONU através da sua agência a UNESCO — (Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura). 2- CONHECIMENTO FORMAL DA FÉ E CIC Deus tem muitas formas de manifestar seu amor misericordioso aos homens (Rm 1,20). Mas encarregou à Igreja, de maneira formal e pontual dessa missão. “Enviada por Deus às nações para ser ‘O Sacramento Universal de Salvação’. (CIC 849). Assim, como disse o Santo Padre Paulo VI e dom Alberione, “a Igreja mestra em humanidade e iluminada pelo Espírito Santo” (ES 39) tem discernido, ao longo da sua história formas e métodos de cumprir o mandato de Jesus de anunciar o Evangelho a toda criatura. Uma destas formas didáticas é a catequese. “A catequese é uma educação da fé das crianças, dos jovens e dos adultos, a qual compreende especialmente um ensino da doutrina cristã, dado em geral de

maneira orgânica e sistemática, com o fim de ensiná-los na plenitude da vida cristã” (CIC 5). Este projeto da catequese é o que denominamos o conhecimento formal cristão que, “Sem confundir-se com eles, a catequese se articula em torno de determinado número de elementos da missão pastoral da Igreja que têm um aspecto catequético e que preparam a catequese ou dela derivam: primeiro anúncio do Evangelho ou pregação missionária para suscitar a fé; busca das razões de crer; experiência de vida Cristã; celebração dos sacramentos; integração na comunidade eclesial; testemunho apostólico e missionário” (CIC 6). 3- A EXCELÊNCIA DO EXERCÍCIO PLENO DA CIDADANIA ILUMINADA PELA VIVÊNCIA DA FÉ NA VIDA DOS CATÓLICOS Existem milhares de livros que marcaram a vida religiosa, política, científica e ética de muitas gerações, por exemplo, apenas uma amostra, fora da Bíblia, do Alcorão, do Bhagavad-Gita, tais como, República de Platão, Política de Aristóteles, Manifesto Comunista de Marx-Engels, A arte da guerra de Sun Tzu, A imitação de Cristo de Thomas Kempis, Grande Sertão: Veredas de João Guimarães Rosa, Vidas Secas de Graciliano Ramos, O Pequeno Príncipe de Saint-Exupery, O Menino Maluquinho de Ziraldo, O livro da divina consolação do Mestre Eckart, O alquimista de Paulo Coelho, Encíclica Rerum Novarum do Papa Leão XIII, Encíclica Humanae Vitae de Paulo VI, Constituição da República Federativa do Brasil 05/10/1988. Agora, o Catecismo da Igreja Católica não é somente um livro a mais na nossa biblioteca, ele é, também, uma das joias doutrinais da nossa Igreja. Junto com a Bíblia ele pode ocupar um lugar de destaque na nossa casa, no nosso coração, na nossa nutrição sadia intelectual. Na história das exposições formais da fé este tratado doutrinal é o ápice do que pode ser uma resposta respeitosa e tranquila da nossa fé católica, apostólica no contexto e recomendação do apóstolo Pedro (1 Pedro 3,15b). Insistindo, na importância deste tesouro doutrinal, como foi dito acima, alguns e outros muitos livros e textos nutriram e nutrem hoje, nossa cabeça, nosso espírito, sentimentos, ações, porém, entre todos eles o CIC pode fazer a diferença. Nutrir saudavelmente nossa cabeça e nosso espírito, podemos ter mais saúde espiritual e física, e também, viver e testemunhar uma fé adulta e responsável que seja luz e sal para nossos concidadãos, como com os irmãos na fé, sendo o CIC um texto seguro, certo, claro, barato e que nos indica águas mais profundas e cristalinas. 4 - UM TEXTO EXCELENTE PARA CRISTÃOS BUSCADORES DE EXCELÊNCIA Este tesouro doutrinal é fruto do Concílio Vaticano II, sendo um compêndio de toda a doutrina católica tanto em matéria de fé, como de moral, constituindo-se referência para todas as exposições doutrinais católicas. Foi elaborado por um conselho de peritos em teologia e catequese e presidido, na época, pelo Cardeal José Ratzinger e aprovado pelo Santo padre João Paulo II no dia 11 de outubro de 1992. Josef Ratzinger (16/04/1927), Papa Bento XVI, foi um dos grandes teólogos do século XX da Igreja Católica, professor de conteúdos sólidos e profundos na ciência de Deus. Foi professor brilhante de teologia dogmática na Universidade de Ratisbona. Vários padres, bispos e teólogos, de hoje, lembram com muita alegria e fruição a doutrina que beberam nos textos de teologia dogmática que editava nos seus tempos de professor.

Nós, católicos, não somos nem melhores nem piores do que os outros cristãos e cidadãos do mundo. Como todas as mulheres e os varões deste planeta, temos a responsabilidade de sermos, a cada dia, mais humanos e mais responsáveis por nós e pela criação, além de buscar a excelência da vida no convívio pacífico, criativo e alegre com todos os seres do nosso ambiente. Nós os católicos, temos uma responsabilidade pontual: testemunhar com a nossa vida a presença misericordiosa, amorosa de Deus em todos e cada um dos seres da criação. O mundo é melhor porque nós cristãos fazemos a diferença com o nosso estilo de vida. Que nosso estilo de vida seja imperceptível, é outra história. Estilo de vida que busca coincidir com o conteúdo do Evangelho. “Porém, nós que temos esse tesouro espiritual (da fé) somos como potes de barro para que fique claro que o poder supremo pertence a Deus e não a nós” (2 Cor4,7). 5- O CIC É UM RECURSO EM NOSSAS MÃOS PARA VIVER O HOJE DA MODERNIDADE No mundo da ciência, da técnica, da informação imediata e do conhecimento que se alicerça na matemática e se expressa em algoritmos, para nós, católicos é muito grato saber que dispomos de um subsídio fácil e rápido para o conhecimento formal da nossa fé, o CIC. Por exemplo, se queremos aceitar o convite de Jesus de anunciar o Evangelho a toda criatura (Mt 28,19), porém, com altura e eficácia, de maneira que ou ouvintes se entusiasmem com a Boa Nova, aqui encontra-se conteúdos insubstituíveis. A transmissão formal da fé exige certas formalidades metodológicas, didáticas e pedagógicas que não estão no catecismo, porém, se podem elaborar partir dele. Desta forma, evita-se certos perigos de comentários e informações babosos e sem raízes bíblicas e patrísticas que podem irritar ou afastar no lugar de entusiasmar a fé dos ouvintes. O alicerce da fé caminha com as ferramentas que os homens têm para aprender, lembrar, conhecer e transformar. No caso da catequese, o fundamento repousa sobre a verdade das verdades, sobre a realidade real que é o Deus único e trino que manifestou seu amor aos homens através de Jesus Cristo (Jo 3,16). Em conclusão, somos o que somos com o que fazemos do que recebemos dos outros, do conhecimento que assimilamos, da criação, de Deus. Além disso, temos um convite irrecusável: “Escutem. Eu estou à porta e bato. Se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, eu entrarei na sua casa, e nós jantaremos juntos”. (Apoc 3,20). O CIC é oferecido na Livraria diocesana, Rua, Praça matriz. Para partilhar WhatsApp 99942-1029.

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GUARAPUAVA: Comunidade Santa Rita de Cássia sedia missão diocesana do Movimento Eucarístico Jovem (MEJ) AO TODO, 278 FAMÍLIAS FORAM VISITADAS E RECEBERAM A BÊNÇÃO E ORAÇÃO POR PARTE DOS MISSIONÁRIOS.

A comunidade Santa Rita de Cássia, do Bairro Residencial 2000, em Guarapuava, acolheu, entre os dias 24 e 26 de maio, 40 adolescentes, jovens e assessores adultos do Movimento Eucarístico Jovem (MEJ), vindos de nove paróquias, para a primeira Experiência Missionaria Diocesana. Motivados pelo tema “Eis aqui a Serva do Senhor, faça-se em mim segundo a Tua Palavra” (Lc, 26, 38), a “Missão Diocesana do MEJ”, como foi chamada, iniciou na noite de sexta-feira, dia 24 de maio, com um momento formativo, conduzido pelo padre Carlos de Oliveira Egler, pároco da paróquia Santa Cruz e Nossa Senhora das Dores, que refletiu sobre a Igreja Missionária à luz do Documento de Aparecida. Na sequência, os participantes vivenciaram uma dinâmica de apresentação e acolhida. Os trabalhos da noite foram encerrados com uma breve explicação de como se dariam as visitas e encaminhamentos para as famílias que receberiam os jovens para pernoite. Os trabalhos do sábado, dia 25, tiveram início com a missa de envio, presidida pelo padre Mateus Gonçalves da Silva, pároco da paróquia São Pedro e São Paulo, em Guarapuava. Logo após a celebração, os jovens foram organizados em duplas e iniciaram as visitas nas famílias, que continuaram durante todo o dia. À noite, com a presença da comunidade, se deu a celebração da luz. Na ocasião, os missionários encerraram as atividades com a oração do terço mariano e o retorno para as famílias onde estavam acolhidos. O último dia da experiência, domingo 26 de maio, teve inicio com a oração da

manhã, na comunidade, seguida por visitas às famílias. Os trabalhos se estenderam até o meio-dia. Na parte da tarde, os jovens fizeram um momento avaliativo. A experiência missionária foi concluída com uma missa, que teve a participação maciça da comunidade. A celebração foi presidida por Dom Antônio Wagner da Silva, bispo da diocese de Guarapuava. Logo no inicio da missa, três jovens deram testemunhos da experiência missionária que tiveram durante os três dias e emocionaram os presentes. Conforme os organizadores do encontro, a partir de agora, após esta experiência missionária, a intenção dos integrantes do MEJ é fazer com que os participantes renovem os compromissos de transformarem suas vidas em uma constante missão. “Agora, após a experiência em nível diocesano, os jovens do MEJ voltam para as suas comunidades com o compromisso renovado de fazer de suas vidas constante missão e transformados pela graça da experiência vivenciada no final de semana”, descreve o MEJ em nota. Ao todo, 278 famílias foram visitadas e receberam a bênção e oração por parte dos missionários.

“...os jovens voltam para as suas comunidades com o compromisso renovado de fazer de suas vidas constante missão...”

ROSÁRIO DO IVAÍ: Decanato Pitanga realiza retiro para funcionários AO TODO, 31 PESSOAS PARTICIPARAM, REPRESENTANDO AS PARÓQUIAS DE ROSÁRIO DO IVAÍ, PITANGA, PITANGUINHA, CÂNDIDO DE ABREU, BOA VENTURA DE SÃO ROQUE, SANTA MARIA DO OESTE E RIO BRANCO DO IVAÍ.

O decanato Pitanga, da diocese de Guarapuava, promoveu, no dia 21 de maio, mais uma edição do retiro para funcionários. Desta vez, o evento que consta no calendário diocesano, se deu na paróquia Nossa Senhora do Rosário, em Rosário do Ivaí. Conforme informações da Pastoral da Comunicação (Pascom), daquela comunidade, 31 pessoas participaram do retiro que começou às 08h30 com café da manhã, seguido de uma bênção do pároco local, padre Sebastião Pereira. Após o momento de oração e reflexão, o palestrante Mário Roberto Gamba que mora em Rosário do Ivaí, deu sequência aos trabalhos com uma palestra que abordou o tema: “Fidelidade Cristã no Trabalho”. “Roberto Gamba apresentou um belíssimo trabalho envolvendo o pessoal com dinâmicas, cantos e passagens bíblicas, fundamentados no trabalho e na vida religiosa. E como maio é considerado o mês de Maria, o grupo de Cândido de Abreu organizou um momento de coroa-

ção a Nossa Senhora. A paróquia de Nossa Senhora do Rosário, agradece a todos os que puderam participar e partilhar conosco deste momento tão importante e construtivo para nosso trabalho. Agradecemos imensamente às pessoas que trabalharam na cozinha e apoiaram no evento para que tudo saísse a contento”, sublinha a Pascom, em nota. O retiro dos funcionários das paróquias do decanato Pitanga da diocese de Guarapuava foi encerrado ao meio-dia e meia, com um almoço no salão paroquial. Além dos anfitriões de Rosário do Ivaí, participaram representantes das paróquias de Pitanga, Pitanguinha, Cândido de Abreu, Boa Ventura de São Roque, Santa Maria do Oeste e Rio Branco do Ivaí.

Paróquia Nossa Senhora do Rosário Horários de Missas Domingos: 8h Sábados: 19h Quarta: 19h Primeira sexta do mês: 19h

(43) 3465-1126

Av. Curitiba, 602 - Rosário do Ivaí


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Momento com Maria Arlete Bini

Sacrário vivo e divino num ventre humano

Neste momento, recordamos a festa de Corpus Christi e, com isso, temos a certeza de que Maria foi a primeira dentre todas as mulheres a comungar do verdadeiro Corpo de Cristo. Mesmo que no princípio tudo tivesse sido alheio à sua vontade, Maria, por ser a escolhida por Deus para gerar Seu filho unigênito, tornou-se templo humano a abrigar uma promessa divina. Dentro de seu corpo físico, Jesus foi gerado e veio ao mundo como uma oferta do Pai para a humanidade. Cristo operou muitos milagres em seu pouco tempo terreno, mas não podemos nos esquecer, de que o grande milagre se fez no ventre de Maria, tão logo lhe foi anunciado que seria mãe do Messias, daquele que salvaria toda a humanidade das dores e desmandos. Neste momento, recordamos a festa de Corpus Christi e, com isso, temos a certeza de que Maria foi a primeira dentre todas as mulheres a comungar do verdadeiro Corpo de Cristo. Sim, Cristo se fez dentro de Maria e usou de seu sangue e de todas as suas energias para alimentar e regar sua vida terrena, humana... Talvez, dentre tantos milagres operados por Jesus Cristo ao longo dos séculos, o milagre da Eucaristia é o que nos mostra o verdadeiro significado nesta mescla perfeita entre o humano e o divino. Maria é o sacrário vivo. Jamais devemos nos esquecer desta condição. Ela guardou dentro de si, por nove meses, a verdadeira Eucaristia, a mais pura e bela forma de amor. Mateus diz: “Enquanto comiam, Jesus tomou o pão, deu graças, partiu-o, e o deu aos seus discípulos, dizendo: ‘Tomem e comam; isto é o meu corpo’. Em seguida, tomou o cálice, deu graças e o ofereceu aos discípulos, dizendo: ‘Bebam dele todos vocês. Isto é o meu sangue da aliança, que é derramado em favor de muitos, para o perdão dos pecados” (Mt 26, 26-28). Neste trecho, notamos o poder das palavras proferidas por Cristo num dos momentos mais importantes da vida de cada ser humano, o da alimentação e da saciedade. Jesus, através da oração, é o alimento. Maria, por sua vez, é a condutora desta condição que nos alimenta, pois através de seu corpo físico, a essência de um Deus que é vida em plenitude, se manifestou e ganhou corpo de homem para ser imolado no momento certo, resultando, com isso, na salvação. A Eucaristia é o bem infinito, é o próprio Jesus vivo e ressuscitado que se faz presente, como outrora em Nazaré ou no Cenáculo, em Jerusalém.

Assim, aquela que o concebeu e o nutriu, pôde encontrar no pão, o fruto de seu ventre, capaz de renovar a santidade de cada um todos os dias. O Papa Emérito, Bento XVI, ao escrever sobre Corpus Christi e a Adoração ao Santíssimo Sacramento, diz: “Devemos adorar a Jesus sacramentado e que esta prática seja para todos; um verdadeiro encontro com Deus, uma aproximação pessoal entre o ‘eu e Deus’. Isso nos fará mais próximos e confiantes na Sua misericórdia”. Beata Madre Clélia Merloni dizia: “As horas mais belas de nossas vidas, são aquelas diante do Tabernáculo, aos pés da Eucaristia”. Neste período tão importante, quando celebramos o Sagrado Coração de Jesus, não podemos nos esquecer das promessas encontradas no Diário de Santa Faustina, que diz: “Darei a graça da penitência final e dos últimos sacramentos, aos que comungarem na primeira sexta-feira de nove meses seguidos”. Sempre é tempo de falar de Jesus Cristo e da Eucaristia. Sempre é tempo de falarmos de Maria e de seu exemplo enquanto mãe, mulher e ser humano que acreditou nas palavras de um Deus de amor e de redenção. Receber Cristo através da hóstia consagrada requer uma preparação. Na Eucaristia, cada um de nós sela a aliança com o Criador e renova as promessas de uma vida de alegria, de perdão, de perseverança e, sobretudo, de amor. São João Maria Vianney, patrono dos Sacerdotes escreveu: “Cada hóstia consagrada é feita para se consumir de amor em um coração humano”. Palavras dessa natureza mostram, através de nossa meditação e conversão, a grandeza da Eucaristia. Neste momento tão importante para cada um de nós, eu te convido a rezar o Ângelus comigo: ÂNGELUS - O Anjo do Senhor anunciou à Maria. - E ela concebeu do Espírito Santo. - Ave, Maria, cheia de graça, o Senhor é convosco! Bendita sois vós entre as mulheres e bendito é o fruto do vosso ventre, Jesus. - Santa Maria, mãe de Deus, rogai por nós, pecadores, agora e na hora da nossa morte. Amém. - Eis aqui a escrava do Senhor. - Faça-se em mim segundo a vossa palavra. Ave Maria… - E o Verbo se fez carne. - E habitou entre nós. - Ave Maria… - Rogai por nós, Santa Mãe de Deus! - Para que sejamos dignos das promessas de Cristo. Oremos: - Derramai, ó Deus, a Vossa graça em nossos corações, para que, conhecendo pela mensagem do anjo a encarnação do vosso Filho, cheguemos, por Sua Paixão e Cruz, à glória da Ressurreição. Por Cristo, nosso Senhor. - Amém. - Glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo. Como era no princípio, agora e sempre. Amém.

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Padre Karl Mayr morre na Itália aos 86 anos PADRE “CARLOS MAYER” COMO ERA CARINHOSAMENTE CHAMADO NO BRASIL, TRABALHOU NA DIOCESE DE GUARAPUAVA POR TRINTA ANOS. ELE FOI PÁROCO DAS PARÓQUIAS DE PALMITAL, MATO RICO E DA CATEDRAL NOSSA SENHORA DE BELÉM. Morreu, neste dia 23 de maio, aos 86 anos de idade, em Tirol, na Itália, o padre Karl Mayr. Padre Carlos, como era carinhosamente chamado no Brasil, trabalhou por vários anos na diocese de Guarapuava. Ele era italiano de ascendência alemã. O sacerdote nasceu em Cortaccia, Região do Tirol, na parte que pertence à Itália, quase na divisa com a Áustria. O religioso pertencia à congregação Movimento dos Focolares (Focolarinos) e dedicou grande parte de sua vida sacerdotal desenvolvendo trabalhos missionários no Brasil, país que adotou como sua verdadeira casa. Por vários anos, ele trabalhou como pároco nas paróquias Nossa Senhora Imaculada Conceição, em Palmital, ajudou na fundação da paróquia Santo Antônio de Pádua, em Mato Rico (onde foi pároco), função esta que também desempenhou na Catedral Nossa Senhora de Belém, em Guarapuava. Assim que ficaram sabendo da morte do padre, muitas pessoas do clero de Guarapuava e das cidades por onde o sacerdote passou, expressaram suas condolências e relembraram o grande trabalho desenvolvido por ele ao longo do tempo em que esteve no Brasil. Moradores relembram que a casa paroquial de Palmital foi construída por sua iniciativa. Padre Carlos, segundo os paroquianos, angariou donativos de países estrangeiros, principalmente da Itália, para que a obra fosse levada adiante. Segundo o pároco de Cantagalo, padre Acácio Evêncio de Oliveira, o sacerdote italiano teve grande influência em seu discernimento e acompanhamento vocacional. “No início dos meus estudos, padre Carlos me motivou muito no discernimento e acompanhamento vocacional. Ajudou-me na trajetória formativa nos seminários de Londrina e Ponta Grossa. Foi pároco fundador em Mato Rico, Palmital e na Catedral Nossa Senhora de Belém”, destacou padre Acácio. Padre José de Paulo Bessa relembrou seu convívio com padre Carlos e sublinhou que ele foi figura muito importante em seu discernimento e decisão pela vida sacerdotal. “Em novembro de 1974, padre Carlos passou em Manoel Ribas, lugar onde eu morava e me levou para conhecer o Seminário Arquidiocesano Paulo VI, em Londrina. Entrei no ano seguinte e deu no que deu, ou seja, me tornei padre. Ele trabalhou muito pelas vocações e pela Igreja. Eu o visitei algumas vezes no Sul Tirol. Nossos agradecimentos e orações. Descanse em Paz!”, discorreu padre Bessa. Em nota, o padre Antônio Aílson Aurélio, que pertence à diocese de Guarapuava e que atua em Roma, Itália, como Oficial da Congregação para os Bispos no Vaticano, manifestou suas condolências pela morte do sacerdote e destacou que ele foi muito importante em seu “despertar vocacional”. “Padre Carlos foi muito

importante na minha vida e no meu despertar vocacional. Quando ele estava em Palmital, através de nossas conversas, fez com que eu entendesse mais sobre a caminhada da Igreja e, com isso, meu interesse pelo sacerdócio foi crescendo. Tempos depois, me tornei padre. E eu o agradeço muito por tudo isso. Deixo aqui minhas condolências e meus sentimentos”, destacou padre Aílson que acompanhou o funeral do sacerdote. Dom Antônio Wagner da Silva, bispo da diocese de Guarapuava, expressou seus sentimentos pela morte de padre Carlos e destacou a grande contribuição que ele deu para a diocese de Guarapuava e para a Igreja do Brasil e do mundo. “Neste momento muito duro para todos nós, quando da páscoa do padre Carlos, eu deixo aqui minhas orações e meu agradecimento por tudo o que ele fez em favor da Igreja. Padre Carlos viveu o ‘ser missionário’ em todos os sentidos. As lembranças de seus feitos ficarão para sempre em nossas mentes e corações. Em nome da diocese de Guarapuava, reforço aqui minhas condolências aos familiares, amigos e tantas pessoas que, certamente, estão sofrendo com esta passagem, mas que faz parte dos planos de Deus e, por isso, precisamos entender e aceitar”, grifou Dom Wagner.

SOBRE O SACERDOTE Padre Karl Mayr nasceu em 04 de novembro de 1932 em Cortaccia Kurtatsch e foi ordenado sacerdote em 23 de março de 1958 em Bolzano/Gries. Entre 1958 e 1963, trabalhou como cooperador em Neumarkt. De 1963 a 1964, Mayr foi assistente diocesano da KVW e até 1968 presidentes de jornada em Meran. De 1968 a 1998, trabalhou como missionário no Brasil. Em 1999, ele foi para St. Andrä como administrador paroquial. No mesmo ano tornou-se pastor em Stilfes, permanecendo no cargo até 2002, quando também atuava como sacerdote Mauls. Em 2004, Mayr foi libertado de sua missão como pastor e padre fidei donum. Ele passou os últimos anos no seminário em Bressanone.


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O sentido do dia de Pentecostes para a humanidade •••••••

“[...] A IGREJA NUNCA PERMANECE PRISIONEIRA DE CONFINS POLÍTICOS, RACIAIS OU CULTURAIS; NÃO SE PODE CONFUNDIR COM OS ESTADOS, NEM SEQUER COM AS FEDERAÇÕES DE ESTADOS, PORQUE A SUA UNIDADE É DE OUTRO TIPO E ASPIRA A ATRAVESSAR TODAS AS FRONTEIRAS HUMANAS”. (BENTO XVI, HOMILIA NA SOLENIDADE DE PENTECOSTES, 23 DE MAIO 2010). sima Trindade: “O termo Espírito traduz o termo hebraico Ruah que, na sua primeira acepção, significa sopro, ar, vento. Jesus utiliza precisamente a imagem sensível do vento para sugerir a Nicodemos a novidade transcendente d’Aquele que é pessoalmente o Sopro de Deus, o Espírito Divino. Por outro lado, Espírito e Santo são atributos divinos comuns às Três Pessoas Divinas. Mas, juntando os dois termos, a Escritura, a Liturgia e a linguagem teológica designam a Pessoa inefável do Espírito Santo, sem equívoco possível com os outros empregos dos termos espírito e santo” (CIC, n. 691).

Com informação dos portais: Respostas Bíblicas e Canção Nova

No próximo dia 09 de junho, a Igreja celebra Pentecostes. A data faz parte do calendário cristão e é móvel, ou seja, a cada ano, seu período muda. Mas o que é Pentecostes? Qual seu significado? O Pentecostes representa o dia em que o Espírito Santo foi derramado sobre os discípulos pela primeira vez. Antes disso, o Pentecostes era uma festa judaica instituída por Deus, para celebrar a colheita.

O PENTECOSTES NO VELHO TESTAMENTO Pentecostes é uma palavra grega que significa “quinquagésimo”. A data era celebrada 50 dias depois da Páscoa. Outros nomes que a Bíblia dá ao Pentecostes são: Festa das Semanas – porque se dava sete semanas depois da Páscoa (50 dias são sete semanas) – Levítico 23, 15-16 Festa da Colheita dos Primeiros Frutos – porque celebrava o início da colheita desse ano – Números 28, 26. A festa do Pentecostes servia para agradecer a Deus pela comida que Ele providenciava. Era realizada no fim da primeira colheita do ano e os judeus se juntavam para oferecer uma porção da colheita a Deus. O Pentecostes era uma grande celebração, que todos os judeus deviam atender em Jerusalém. O Pentecostes também se tornou uma celebração da Lei de Deus. Algumas semanas depois da primeira Páscoa, quando os israelitas saíram do Egito, eles chegaram ao Monte Sinai, onde Deus deu a Moisés os Dez Mandamentos e a Torá.

O PENTECOSTES NO NOVO TESTAMENTO No tempo de Jesus, muitos judeus moravam em outros países, mas eles visitavam Jerusalém para celebrar o Pentecostes (Atos dos Apóstolos 2, 5). Depois que Jesus morreu e ressuscitou, na Páscoa, seus discípulos ficaram em Jerusalém, esperando a chegada do Espírito Santo. No domingo de Pentecostes, pela manhã, o Espírito Santo desceu como um vento forte e línguas de fogo. Na ocasião, os discípulos começaram a falar em outras línguas que não conheciam (Atos dos Apóstolos 2, 1-4). Os judeus de outros países ficaram surpreendidos porque cada um ouvia a língua de seu país! Então, Pedro pregou o Evangelho para a multidão e nesse dia, três mil pessoas se converteram.

A Solenidade de Pentecostes é um fato marcante para toda a Igreja, para os povos, pois nela tem início a ação evangelizadora para que todas as nações e línguas tenham acesso ao Evangelho e à salvação mediante o poder do Espírito Santo de Deus. O Papa emérito Bento XVI fala sobre esse processo de reunificação dos povos a partir de Pentecostes: “Tem

O Pentecostes foi a primeira vez que os discípulos receberam o Espírito Santo e pregaram o Evangelho completo. A data também marcou o início da expansão da igreja, que continua até hoje. O Pentecostes no Velho Testamento era um símbolo apontando para o Pentecostes do Novo Testamento. Naquele dia, os discípulos fizeram a primeira grande “colheita” do evangelho (Atos dos Apóstolos 2, 40-41). Também nesse dia foi anunciado aos judeus a nova Lei de Deus: a lei da graça a da salvação em Jesus.

ENTENDENDO Para entendermos o verdadeiro sentido da Solenidade de Pentecostes, precisamos partir do texto bíblico que nos apresenta na narração: “Quando chegou o dia de Pentecostes, os discípulos estavam todos reunidos no mesmo lugar. De repente, veio do céu um ruído como de um vento forte, que encheu toda a casa em que se encontravam. Então apareceram línguas como de fogo que se repartiram e pousaram sobre cada um deles. Todos ficaram cheios do Espírito Santo e começaram a falar em outras línguas,

conforme o Espírito lhes concedia expressar-se. Residiam em Jerusalém judeus devotos, de todas as nações que há debaixo do céu. Quando ouviram o ruído, reuniu-se a multidão, e todos ficaram confusos, pois cada um ouvia os discípulos falar em sua própria língua” (At, 2, 1-6). Essa passagem bíblica apresenta o novo curso da obra de Deus, fundamentada na Ressurreição de Cristo, obra que envolve o homem, a história e o cosmos. O Catecismo da Igreja Católica diz que: “No dia de Pentecostes (no termo das sete semanas pascais), a Páscoa de Cristo completou-se com a efusão do Espírito Santo, que se manifestou, se deu e se comunicou como Pessoa divina: da Sua plenitude, Cristo Senhor derrama em profusão o Espírito” (CIC, n. 731). Nessa celebração somos convidados e enviados para professar ao mundo a presença d’Ele [Espírito Santo]. E invocarmos a efusão do Espírito para que renove a face da terra e aja com a mesma intensidade do acontecimento inicial dos Atos dos Apóstolos sobre a Igreja, sobre todos os povos e nações. Por essa razão, precisamos entender o significado da Terceira Pessoa da Santís-

início um processo de reunificação entre as partes da família humana, divididas e dispersas; as pessoas, muitas vezes, reduzidas a indivíduos em competição ou em conflito entre si, alcançadas pelo Espírito de Cristo, abrem-se à experiência da comunhão, que pode empenhá-las a ponto de fazer delas um novo organismo, um novo sujeito: a Igreja. Este é o efeito da obra de Deus: a unidade; por isso, a unidade é o sinal de reconhecimento, o ‘cartão de visita’ da Igreja no curso da sua história universal. Desde o início, do dia do Pentecostes, ela fala todas as línguas. A Igreja universal precede as Igrejas particulares, as quais devem se conformar sempre com ela, segundo um critério de unidade e universalidade. A Igreja nunca permanece prisioneira de confins políticos, raciais ou culturais; não se pode confundir com os Estados, nem sequer com as Federações de Estados, porque a sua unidade é de outro tipo e aspira a atravessar todas as fronteiras humanas” (Bento

XVI, Homilia na Solenidade de Pentecostes, 23 de maio 2010). Temos necessidade do Espírito Santo Paráclito no nosso tempo: Veni, Sancte Spiritus!


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GUARAPUAVA: paróquia Divino Espírito Santo PINHÃO: paróquia Divino Espírito Santo celebra 28a edição da festa do padroeiro celebra 68a edição da festa do padroeiro FOLIA DO DIVINO, NOVENA, QUERMESSE, COROAÇÃO DE REI E RAINHA DA FESTA, ALÉM DE BARRAQUINHAS DE DOCES E SALGADOS, FAZEM PARTE DA PROGRAMAÇÃO DO EVENTO.

De 30 de maio a 09 de junho, a paróquia Divino Espírito Santo, em Guarapuava, celebra a 28ª edição da Festa do padroeiro. Em comemoração ao momento, uma vasta programação, tanto religiosa quando festiva, vem sendo preparada. As tradicionais Romarias do Divino que se iniciaram no dia 31 de março; se estenderam até o dia 26 de maio. As procissões, que reuniram centenas de pessoas, percorreram as comunidades de abrangência da paróquia e foram realizadas aos domingos, com início às 18h. Celebrações de missas, atividades esportivas e de lazer, bem como quermesse e passeio ciclístico também fazem parte da programação da festa. No dia 30 de maio, às 19h30, na matriz, haverá a abertura da novena do Divino Espírito Santo. Na ocasião, será realizada uma procissão com as bandeiras estampadas com a imagem do padroeiro e distribuição de caldo verde aos participantes no fim da missa. As celebrações prosseguem até o dia 08 de junho.

Coroação de Nossa Senhora, consagração das crianças, desfile dos reis e rainhas do Divino, além de outras atrações se somam aos festejos.

DIA DA FESTA Em 09 de junho, as atividades da Festa de Pentecostes começam com uma missa solene às 09h, na matriz. Às 10h, a comunidade sairá em procissão pelas ruas do entorno. Às 11h, os sacerdotes darão a bênção ao bolo da festa. Ao meio-dia, será servido um almoço à base de churrasco. À tarde, a festa prossegue com diversões e, barraquinhas de doces e salgados. Todos são convidados a participar. Seguindo as instruções do Regional Sul 2 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e também da diocese de Guarapuava, através de documento assinado pela maioria dos párocos e administradores paroquiais, fica proibida a comercialização de bebidas alcoólicas em todos os eventos da Igreja.

CURSO DE BRIGADISTA As 13 pessoas que passaram pelas instruções receberam certificado e, a partir de agora, estão prontas para atuarem nas festas e eventos da comunidade.

A paróquia Divino Espírito Santo, em Guarapuava, promoveu, de 20 a 24 de maio, o Curso de Brigadista. Ao todo, 13 pessoas que trabalharão nas festas da comunidade participaram das 20 horas-aula e receberam instruções de primeiros socorros e combate a incêndio, além de treinamento sobre como proceder em momentos de pânico e evacuação de pessoas de locais com problemas.

O treinamento foi oferecido pelo Serviço Social do Transporte (SEST) e Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte (SENAT) de Guarapuava. Conforme os participantes do curso, o primeiro trabalho deles será durante a 28ª edição da Festa do Divino, que ocorre de 30 de maio a 09 de junho naquela comunidade e que todos os anos, conta com a participação de milhares de pessoas de Guarapuava e Região.

O TEMA DA FESTA DESTE ANO É: “O DOM DA SABEDORIA”. ALÉM DA TRADICIONAL FOLIA DO DIVINO, AS COMEMORAÇÕES CONTAM AINDA COM NOVENA, BARRAQUINHAS DE DOCES, SALGADOS E FESTIVAL DE MÚSICA.

Izabela Scorsin (estagiária) com supervisão do Centro Diocesano de Comunicação (CDC)

A paróquia Divino Espírito Santo, em Pinhão, já vive as celebrações da 68ª Festa do Padroeiro. Como em anos anteriores, o fim do mês de abril e boa parte do mês de maio, se tornam coloridos e de muitas alegrias em todas as comunidades do município. A devoção católica é aprofundada neste período, com a tradicional Folia do Divino. Há música, dança e fogos de artifício quando os foliões, formando um grupo de cerca de trinta pessoas, chegam às casas, caracterizados com chapéu, capa vermelha e amarela com a estampa do Espírito Santo nas costas e fitas coloridas. Este é um momento que leva muitos participantes, principalmente os moradores que já estão à espera dos visitantes, às lágrimas, devido às fortes emoções provocadas pelo intenso momento de espiritualidade e devoção. As bandeiras são levadas para dentro das casas e, nesta ocasião, o padre que acompanha o grupo, profere uma bênção à família. Homens e mulheres de todas as idades, que fazem parte do grupo, usando diversos instrumentos musicais, entoam canções alegres e divertidas em saudação ao Divino Espírito Santo. As visitas são realizadas durante a semana. Pelo menos sete casas por noite, recebem os foliões e as bênçãos sacerdotais. Em média, cento e cinquenta famílias acolhem as visitas dos foliões do Divino Espírito Santo, todos os anos. O lançamento oficial com a programação da Festa do Divino, em Pinhão este ano, foi no dia 27 de abril, com missa de envio dos foliões às 19h, na matriz. O tema da Festa do Divino de 2019, em Pinhão, é “O Dom da Sabedoria”. O assunto reforça o que diz o Papa Francisco: “a sabedoria é uma graça que nos permite ver as coisas conforme o seu juízo. Todos nós podemos ter sabedoria, somente devemos pedi-la ao Espírito Santo”. Além da tradicional Folia do Divino, nesta ocasião, a festa conta ainda com novena, barraquinhas de doces e salgados e festival de música.

Durante as comemorações, será inaugurado o Memorial do Divino, em homenagem ao frei Domingos Hellmann, pelos seus cinquenta anos de vida sacerdotal sendo que, boa parte deste, dedicado a trabalhos missionários na região. O pároco local, padre Adalto José Bona, convida a todos para que celebrem o momento importante junto àquela comunidade. “Todos são convidados a festejar conosco este momento. Esta é uma festa muito importante não só para nossa paróquia, mas para toda a diocese. Que possamos participar desses dias festivos com o coração aberto, intensificando nossas orações e vivendo este tempo de Pentecostes”, observa padre Adalto.

PROGRAMAÇÃO

• Dia 27 de abril, sábado, às 19h, foi realizada a missa de envio dos foliões. • De 31 de maio a 08 de junho, às 19h, na matriz, serão realizadas as novenas preparativas para a festa. Após cada celebração, os participantes poderão apreciar as iguarias oferecidas pelas barraquinhas. Antes das celebrações, haverá apresentação dos foliões. • A inauguração do Memorial do Divino, dedicado a frei Domingos Hellmann, pelos seus cinquenta anos de sacerdócio, será no dia 01 de junho, sábado, a partir das 14h. • De 05 a 08 de junho, a partir das 20h, será realizado o Festival de Música.

DIA DA FESTA

Em 09 de junho, dia da festa, as comemorações começam com a missa na matriz às 10h. A celebração contará com a presença de diversos padres do clero da diocese de Guarapuava. Ao meio-dia será servido um almoço à base de churrasco. A festa segue pela tarde, com shows e diversões variadas. As atividades serão encerradas às 19h. Seguindo as instruções do Regional Sul 2 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e também da diocese de Guarapuava, através de documento assinado pela maioria dos párocos e administradores paroquiais, fica proibida a comercialização de bebidas alcoólicas em todos os eventos da Igreja.


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Justiça absolve padre Sercio Ribeiro Catafesta – “Não houve crime” ACUSAÇÃO NÃO CONSEGUE SUSTENTAR TESE DE FURTO QUALIFICADO E DESEMBARGADORES DA 4ª CÂMARA CRIMINAL DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO PARANÁ, INOCENTAM SACERDOTE DA DIOCESE DE GUARAPUAVA E MAIS TRÊS TRABALHADORES. “Muitíssimo obrigado a todos pelas orações, pelo apoio e confiança na minha honestidade. Obrigado, de coração, pela coerência nos pensamentos e entendimento da minha situação. Com isso prezo cada vez mais pela Justiça”. Essas

foram as primeiras palavras do padre diocesano Sercio Ribeiro Catafesta, escritas em uma mensagem de celular, com base no livro bíblico: “Serás libertado pelo direito e pela justiça” (Is 1,27), na noite de 09 de maio de 2019, quando foi inocentando, em Curitiba, em segunda instância, por dois votos a um, pelos desembargadores paranaenses, da acusação do crime de desvio de dinheiro. Padre Sercio, que atuou como ecônomo da diocese de Guarapuava de março de 2012 até março de 2018, foi acusado de ter desviado recursos durante uma reforma na Casa de Líderes Nossa Senhora de Guadalupe, Bairro Santana, em novembro de 2014. No entendimento dos desembargadores, da 4ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Paraná, após amplo estudo do processo e debate do material colhido durante o longo tempo de investigação, foi de que não houve crime. Com isso, os réus: padre Sercio Ribeiro Catafesta, sacerdote da diocese de Guarapuava, ecônomo da instituição religiosa à época da reforma, Adenilson de Lima, Vilson Cychocki e Valdecir Cychocki, esses responsáveis pela obra, foram inocentados da acusação de furto qualificado. No entendimento dos magistrados, os valores pagos justificam os serviços prestados durante a obra e não houve nenhum tipo de favorecimento financeiro por parte dos acusados. A decisão da segunda instância reverte o entendimento do juízo de primeiro grau que havia condenado as quatro pessoas.

DEFESA Em entrevista à Central Cultura de Comunicação e ao Centro Diocesano de Comunicação (CDC), respectivamente, na manhã de sábado, dia 11 maio de 2019, o advogado Loêdi Lisovski, que cuidou do caso desde o início falou do processo e expôs o ponto de vista da defesa em relação ao assunto que dividiu opiniões na cidade e que, conforme sublinhou, machucou muitas pessoas inocentes, pondo em cheque, em alguns momentos, a credibilidade de uma instituição milenar, séria e que existe para servir aos necessitados, como a Igreja Católica. “O que a maioria dos desembar-

gadores entendeu é que esse fato [reforma] não era criminoso, esse fato nada mais era do que uma transação comercial absurdamente normal”; frisou o advogado.

Demonstrando descontentamento quanto à maneira como foram conduzidas as investigações e o processo em si, Loêdi foi enfático em dizer que nenhuma acusação se sustentou em provas.

CRÍTICAS À INVESTIGAÇÃO Uma crítica da defesa é que o agente acusador nunca esteve na Casa de Líderes para verificar se de fato os serviços foram realizados. “Como se acusa

Os serviços de reforma da Casa de Líderes Nossa Senhora de Guadalupe foram realizados de 2013 a 2014.

“Quando um acusador precisa de

muita prova para provar alguma coisa ele não tem prova nenhuma. Pediram a quebra de sigilo bancário e fiscal dos acusados. Quando se fala em crime patrimonial é preciso haver a diminuição do patrimônio de um dos lados e um aumento [do patrimônio] de outro. E quando se obteve o resultado ele veio zero, era indicativo de alguma coisa e não foi levado em consideração. Insistiram e pediram novamente a quebra de sigilo fiscal. Se obteve. E ela veio zero, de todos os acusados. Isso significa dizer o quê? Que não houve diminuição do patrimônio de um em detrimento [do aumento] do patrimônio de outro”, explicou o advogado de defesa.

Loêdi prosseguiu e disse que insatisfeita com os resultados até então, a acusação pediu a quebra do sigilo telefônico do sacerdote, mas também não obteve os resultados que buscava, por eles simplesmente não existirem. Conforme o advogado; é inaceitável a maneira como a vida privada do sacerdote e dos demais funcionários foi invadida, segundo ele, sem a mínima necessidade. “Pediram

a quebra do sigilo telefônico, invadiram a vida privada do padre [Sercio Ribeiro Catafesta]. Novamente negativo. Somente conversas do cotidiano. Não satisfeitos, se pediu busca e apreensão na Mitra. O que se obteve? Material religioso e na parte econômica nada mais do que movimentações do dia a dia. Nada disso precisava ser feito. Documentos? Era só pedir que a instituição forneceria e de bom grado, pois não havia nada a esconder como muito bem ficou provado agora neste julgamento”, rememora.

De acordo com a defesa, em 2014, quando a operação denominada pelo Grupo de Atuação e Combate ao Crime Organizado (GAECO) de Sacrilégio, foi desencadeada, o Ministério Público (MP) fazia várias acusações, inclusive na imprensa, que sequer foram consideradas pela Justiça quando a denúncia foi aceita.

Dentro do farto material recolhido no processo de investigação, nada foi encontrado para comprovar a acusação do MP de que foi cometido crime de furto de dinheiro da Mitra na obra de reforma da Casa de Líderes e de tantas outras reformas executadas pela diocese naquele período.

REFORMAS A Casa de Líderes Nossa Senhora de Guadalupe é um espaço localizado no Bairro Santana, em Guarapuava, para realização de encontros religiosos locais, regionais e estaduais. O espaço que foi construído há mais de quarenta anos, nunca tinha passado por uma reforma até então e muita coisa precisou ser feita, segundo comprovam os projetos de execução, tais como: troca de pisos, encanamento, substituição de caixa d’água, instalação de aquecimento central, reforma de banheiros, pinturas, instalação elétrica e hidráulica, adaptação de acesso para deficientes físicos, saída de emergência, troca de telhado e forro, instalação de condutores para internet, além de implantação de hidrantes, dentre outras benfeitorias. Além das obras de reformas na Casa de Líderes, que motivou as denúncias que se comprovaram infundadas, no mesmo período, diversas obras de reforma e adaptação foram realizadas em diferentes prédios pertencentes à Mitra, tais como: Edifício Nossa Senhora de Belém, Seminário Diocesano Nossa Senhora de Belém, Bispado, escritórios da Mitra Diocesana, Chácara da Associação do Clero e Casa da Pastoral Indígena (e Indigenista). Todos esses trabalhos foram desempenhados pela mesma equipe denunciada. Na decisão de segunda instância da Justiça, ficou comprovado que os valores pagos para compra de materiais e execução dos serviços condizem com os serviços realizados e, conforme um dos juízes, “o valor foi muito baixo

pela quantia de obras executadas

[só na Casa de Líderes]”.

uma pessoa de não ter realizado uma obra sem ter pisado na obra para ver se de fato [o serviço] foi feito ou não?”, questiona Loêdi.

Os serviços foram realizados entre 2013 e 2014. Parte do trabalho foi feita durante o período da noite, isso porque, na fase final das obras, o espaço estava sendo usado durante o dia com reuniões e encontros religiosos, uma vez que a posição geográfica da cidade (Região Central do Paraná) é estratégica para os demais municípios do Estado em se tratando de distância. Desta forma, muitos são os eventos e encontros realizados na cidade. O advogado de defesa tornou a criticar duramente a forma como foram conduzidas as investigações do caso. “Esse movimento grotesco, impru-

dente utilizado pelo agente acusador poderia ter sido evitado e isso causou constrangimento principalmente para pessoas que precisam de credibilidade social”, discorre.

Para ele houve uma tentativa de agigantar a denúncia e de induzir a opinião pública sobre os acontecimentos, tentando comprovar uma tese que não se sustentava. “Quando eu inicio uma investi-

gação e eu já tenho como meta obter um resultado, nada me limita, custe o que custar, doa a quem doer. Já existe uma pré-disposição para acusar, e me parece que nesse caso isso é muito gritante. Nesse processo não houve Justiça, houve uma injustiça reparada, porque foi muito injusto o que foi produzido desde o início da investigação”, conclui. PALAVRA DO BISPO Dom Antônio Wagner da Silva, bispo da diocese de Guarapuava, se pronunciou sobre o assunto durante seu programa semanal de rádio “A Voz do Pastor”, em 11 de maio de 2019. Conforme Dom Wagner, o longo tempo em que correu o processo, foi de muita dor e desgaste para todos, principalmente para o clero de Guarapuava. “Eu, bem como diversos sacer-

dotes e os advogados, estivemos em Curitiba na quinta-feira, dia 09 de maio, para o julgamento final daquele processo que envolvia o padre Sercio (Ribeiro Catafesta) e alguns trabalhadores que trabalhavam conosco na reforma da Casa de Líderes (Nossa Senhora de Guadalupe) e de tantos outros trabalhos de manutenção, nas nossas casas, tais como: Seminário Diocesano Nossa Senhora de Belém, Edifício Nossa Senhora de Belém, Bispado, Mitra Diocesana, Cháca-


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ANTES

DEPOIS

ENCONTRO DOS BISPOS PARANAENSES - 2016

ENCONTRO DO COPAE/CODAE DIOCESE DE GUARAPUAVA - 2017

RETIRO DOS COLABORADORES - 2012

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ENCONTRO MISSIONÁRIO - 2018

RETIRO DOS COLABORADORES - 2018

Antes, durante e depois da reforma, a Casa de Líderes Nossa Senhora de Guadalupe sempre recebeu, e continua recebendo, diversos encontros de formação da diocese de Guarapuava e de outras dioceses.

ra da Associação do Clero, Casa da Pastoral Indígena (e Indigenista). Enfim, trabalharam e muito, para o bem-estar, seja dos sacerdotes, seja de Igreja como um todo. O que eu quero dizer, primeiramente, é o seguinte: o resultado foi este. Apesar de todas as acusações, apesar de todo o barulho, não houve crime. O resultado dado pelos senhores desembargadores é o de que, não houve crime. [...]”, enfatizou Dom Wagner. O bispo prosseguiu com o detalhamento do assunto: “Desta forma, resumidamente,

foram absolvidos o padre Sercio e os três trabalhadores, de todas as acusações. Segunda coisa que eu gostaria de falar aqui nesta hora é que: depois de viver esses anos todos, uma angústia muito grande, até me desculpem colocar, sendo objeto de ódio, de xingamentos, de mau juízo, a gente levanta as mãos para o céu e agradece a Deus que nos deu a tranquilidade, a serenidade, a paciência e a coragem para poder apoiar quem merecia ser apoiado e dar a força para aqueles que trabalharam conosco”, pontou.

Dom Wagner agradeceu às pessoas que, segundo ele, deram sustentação à causa e fizeram com que a verdade se sobressaísse em meio ao caos que havia se instaurado. “Agradecendo a Deus, eu quero

também lembrar algumas pessoas que foram muito importantes nesta caminhada. Doutor Loêdi (Lisovski), advogado, doutor Artur (Bittencourt Júnior), também advogado que trabalha com a Mitra, doutor Marcelo (Marcelo Lebre), doutor Ângelo (Ângelo Antunes Voitechen) esses [dois últimos] de Curitiba, que com suas palavras, com suas defesas, nos deram a tranquilidade para levar adiante essa caminhada dura e que machucava a gente. Teve uma imensidão de pessoas que acreditaram no padre Sercio, nos trabalhadores, acreditaram em mim

e nas outras pessoas que inicialmente foram acusadas. Foi uma multidão enorme. Eu diria que a grande maioria... Eu posso dizer para vocês, nesse agradecimento, que vocês foram importantes para cada um de nós. Olha, teve muitos momentos assim, que a gente tinha vontade até de fugir, de sumir, porque era tanto o ódio, era tanto o xingamento e outras coisas que a gente escutava... Chegava até a sair na televisão, em outras rádios, outros meios de comunicação. Mas, por causa de vocês, nos mantivemos firmes, acreditando que a Justiça, a verdade, um dia, haveria de triunfar”, desabafou. O bispo de Guarapuava lembrou a força da comunicação durante o processo e pontou que recebeu muito apoio de gente de outros lugares. “Através das

redes sociais, muitas pessoas, do outro lado do mundo, fizeram chegar até cada um de nós, uma palavra de consolo, de apoio, de alento no meio dessas dificuldades todas. O resultado aliviou nossos corações, tanto meu, como de outros padres que participaram daquelas horas bastante tensas durante o julgamento. Agradeço também aos padres que acreditaram e que deram seu apoio, reforçaram tudo o que estava sendo feito. Tudo isso foi muito duro, mas foi tempo que também é da graça de Deus. A gente tem a certeza, de que nem tudo acabou. Mas há o perdão. A gente perdoa as pessoas que deturparam os fatos. Muita gente vai tentar olhar para nós com olhar reprovador e que não vai acreditar no que a Justiça fez. Há sempre alguém que vai dizer isso”, discorreu Dom Wagner. Para finalizar seu comentário no programa de rádio, Dom Wagner contou a parábola: “Penas ao vento”, como forma de ilustrar os momentos tensos, doloridos e de muita incerteza porque muitas pessoas passaram, inclusive as famílias dos acusados injustamente. Leia ao lado a parábola na íntegra:

Penas ao vento Conta-se que, num tempo e lugar distantes, um jovem levantou falso testemunho, inventando uma história repleta de meias verdades sobre uma pessoa inocente. A fofoca se espalhou rapidamente e começou a prejudicar a vítima. Ocorre que ao ver os danos causados, o jovem se arrependeu e procurou um velho sábio para conversar e pedir orientação. O sábio o atendeu calmamente, ouvindo cada uma de suas palavras. Ao final perguntou: “Você está realmente arrependido deste ato?”. O jovem rapidamente respondeu que sim e que inclusive já havia pedido perdão à pessoa que injustamente havia acusado. Então o velho sábio respondeu: “Já que é assim, peço que você faça o seguinte: Pegue um travesseiro de penas, suba no cume de uma montanha e solte as penas ao vento”. O jovem ficou admirado e questionou: “Só isso?”. O sábio disse que sim, mas pediu para que o jovem voltasse a vê-lo novamente. No dia seguinte o jovem voltou muito satisfeito. Então o sacerdote falou: “Agora você está preparado para cumprir a outra parte: volte à planície e recolha todas as penas novamente no travesseiro e venha me mostrar”. O jovem olhou sem entender e redarguiu com veemência: “Mas isso é impossível!”. Então o velho sábio lhe explicou: “Justamente. Da mesma forma, é impossível reparar a fofoca, a mentira, falso testemunho. Apenas porque a misericórdia de Deus é infinita, você poderá receber o perdão. Mas o mal que você provocou ficará pairando sempre, como penas ao vento. Pense bem antes de falar novamente algo contra alguém!”.


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“Para que todas as crianças tenham vida e a tenham em abundância!” João 10, 10

“As crianças, quando estão bem cuidadas, são sementes de paz e esperança. Não existe ser humano mais perfeito, mais justo, mais solidário e sem preconceitos que as crianças.” Zilda Arns Neumann

No dia 09 de maio, foi realizada na Paróquia Nossa Senhora Aparecida, em Campina do Simão, a assembleia paroquial. Na ocasião, foi eleita a nova equipe de coordenação da Pastoral da Criança. Acolhemos com muita alegria a nova coordenadora Clarice de Fátima do Amaral Matte.

Realizamos nos dias 14 e 15 de maio, na sede da Pastoral da Criança em Guarapuava, a capacitação de Missão do Coordenador. O curso é oferecido para novos coordenadores paroquiais de nossa diocese.

RECEITA DO MÊS COCADA DE CENOURA Ingredientes: • 4 xícaras de cenoura ralada • 2 xícaras de açúcar • 1 pacote de coco ralado • Cravo e canela

As líderes da Paróquia Nossa Senhora Aparecida, do município de Turvo, iniciaram a capacitação do guia do líder, que tem como objetivo formar voluntários para assumirem a missão de orientar e acompanhar gestantes e crianças de até seis anos de idade.

Modo de Preparo: Levar ao fogo todos os ingredientes, mexendo até dar o ponto de cocadinha. Moldar as cocadas com a ajuda de uma colher, colocar em uma forma ou superfície untada com margarina.

CONHEÇA MELHOR A PASTORAL DA CRIANÇA ATRAVÉS DO SITE:

www.pastoraldacrianca.org.br www.facebook.com/pastoraldacrianca

Em Guarapuava, a sede da Pastoral da Criança está localizada no Edifício Nossa Senhora de Belém. Rua XV de Novembro, 7466. 4º andar, sala 403. Centro.

(42) 3623-5934


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ARTIGO: Cursilho - uma história de 50 anos na diocese de Guarapuava (1969 – 2019) COMO ME ESTIMULA, NOS MOMENTOS EM QUE O DESÂNIMO QUER TOMAR CONTA DO MEU CORAÇÃO, PENSAR NOS PRIMEIROS CURSILHOS E NOS DE AGORA, NA ESCOLA VIVENCIAL, QUE JÁ FOI E CONTINUA SENDO O ALICERCE PARA MINHA FORMAÇÃO PERMANENTE NA FÉ.

BIBLIOTECA DIOCESANA NOSSA SENHORA DE BELÉM

Por Ana Maria Lopes Ribeiro Participante do segundo Cursilho Feminino da diocese de Guarapuava, em 1971.

Foi no ano de 1969 que começou a ser plantada a semente do Movimento de Cursilhos de Cristandade, na diocese de Guarapuava, quando Dom Frederico Helmel, nosso bispo diocesano, acompanhado de mais três leigos, se dirigiram a São Paulo e foram assistir a um Cursilho. Três dias depois, Guarapuava contava com os quatro primeiros “cursilhistas” da diocese, e o Movimento em Guarapuava tornava-se realidade. O entusiasmo que Dom Frederico devotou ao Movimento de Cursilhos teve papel muito importante na semeadura nos primeiros tempos. Ele sempre dizia que os Cursilhos significavam muito em sua vida e marcaram profundamente sua trajetória pastoral. Foi nosso primeiro Cursilhista... É impossível descrever a história do Movimento de Cursilhos na cidade, sem destacar o nome do primeiro bispo desta diocese como seu grande incentivador. No início, o Movimento contou com apoio de várias dioceses, principalmente com a ajuda das dioceses de Ponta Grossa e da arquidiocese de Curitiba, que deram um auxílio inestimável, cedendo vagas em seus cursilhos, tanto para cursilhistas como para dirigentes. Até o 5º Cursilho masculino e o 4º feminino, tivemos a participação de dirigentes de outras dioceses, e, a partir daí, as equipes dos cursilhos foram montadas inteiramente com dirigentes de Guarapuava. Então, coube a nós, colaborar no início dos cursilhos em outras cidades, como Palmas, Francisco Beltrão, União da Vitória. Desde o início do Movimento, sentíamos uma grande dificuldade: carecíamos de um local onde se pudessem fazer os cursilhos. Não havia nenhum prédio em disponibilidade total. As primeiras edições do Cursilho foram realizadas no Ginásio Santa Cruz (hoje Unicentro); Colégio Entre Rios, (hoje Imperatriz Dona Leopoldina), na Colônia Vitória; Seminário São José, em Prudentópolis e no Lar Escola Retiro Feliz, em Guarapuava. A partir dessas edições, surgiu a ideia de se construir um local próprio para realização dos trabalhos. Foram feitas campanhas para angariar fundos. Houve muita generosidade por parte dos cursilhistas e também dos que não pertenciam ao Movimento. O interesse gerou um entusiasmo pela casa. Até parecia um sonho... A rapidez com que trabalhavam naquela construção... E logo ficou pronta, não só como “a casa de Cursilhos”, mas também para outros movimentos. “A Casa de Formação de Líderes da diocese de Guarapuava” (Casa de Líderes Nossa Senhora de Guadalupe). Nesses anos, muitas lideranças leigas foram despertadas. A diocese de Guarapuava caminha com sinal aberto de Igreja engajada, comprometida, vivendo o Evangelho do Senhor Jesus. O Movimento Cursilhos da Cristandade faz parte dessa caminhada de formação de lideranças cristãs, durante esses cinquenta anos de história, onde muitos cursilhos foram realizados, muita semente lançada, muitos frutos colhidos. Comparando o primeiro Cursilho com o último, encontraríamos sem dúvida algumas diferenças incorporadas aos Cursilhos através destes 50 anos de existência. Mas diferenças acidentais que deixam intacta sua identidade. Muitos foram os que passaram pelos cursilhos nestes anos todos e a eles deram sua valiosa contribuição. Alguns continuam com seu carisma e fidelidade colaborando no Movimento, outros certamente enriquecem suas paróquias, engajando-se nas diversas linhas da pastoral, e, outros já se encontram junto ao Pai e certamente intercedem por todos aqueles que estão a seu serviço, na construção de uma sociedade mais justa e mais fraterna.

EDIFÍCIO NOSSA SENHORA DE BELÉM XV de Novembro 7466, sala 04 Centro - Guarapuava - Fone: 3626-4348 - Ramal 208

TESTEMUNHO

Em todos esses anos, posso afirmar que mais aprendi do que ensinei, mais recebi do que transmiti. Desde que fiz a experiência do Cursilho, há 48 anos, quantas recordações agradáveis e quantas graças dadas a Deus por haver me ligado a esse movimento, que tanto contribuiu para manter sempre o meu entusiasmo pela causa do Senhor. Como me estimula, nos momentos em que o desânimo quer tomar conta do meu coração, pensar nos primeiros cursilhos e nos de agora, na escola vivencial, que já foi e continua sendo o alicerce para minha formação permanente na fé. Sinto-me muito feliz ao pensar nos Cursilhos de Dirigentes (hoje Assembleias Regionais), Assembleias Diocesanas e Nacionais, nos Encontros de Formação, nos companheiros de caminhada, pessoas que marcaram profundamente minha vida de peregrina. E hoje, participando dessa comemoração de 50 anos, diria aos milhares que passaram pelo Cursilho, com o maior entusiasmo, uma única palavra: Ultreya! Eia! (Avante! Ânimo! Para frente!). Queremos que esses 50 anos do Movimento de Cursilhos na diocese, nos sirva de lembrete para o compromisso. Resta tanto por fazer e não podemos nos conformar com o que já foi feito até aqui. Se está bom ou não, não podemos julgar, mas a responsabilidade de continuar a obra com o melhor dos nossos esforços, de nossa inteligência e do nosso coração, continua e continuará sempre. E responsabilidade não é só de um ou de poucos, é de todos. Unidos firmemente na fé e na amizade, irmanados com Cristo e com nossos irmãos, continuaremos a obra da Evangelização em nosso mundo. Os 50 anos devem ser um ponto de apoio para saltos mais altos. Esses 50 anos são um convite para “nos ajoelharmos diante do mistério dos desígnios de Deus, com gestos de humildade, com atitude de agradecimentos com vontade de compromisso e com um grito firme de esperança”. Temos a certeza que o Movimento de Cursilhos de Guarapuava foi uma das sementes lançadas pelo Semeador e que germinou, e o mais importante: deu, dá e dará muitos e bons frutos. Obrigado, Senhor, pela Tua graça derramada sobre esse movimento de Tua igreja, onde podemos sentir a grandeza do Teu amor por nós! Shalom!

SERVIÇO

Fazer parte do MCC é fácil. Interessados poderão entrar em contato com a coordenação pelo e-mail: cursilhoguarapuava@gmail.com ou pelo telefone com WhatsApp: 42 9 9834-1141. O MCC da diocese de Guarapuava também está presente nas redes sociais. Para acompanhar as atividades, basta acessar: Facebook: facebook.com/cursilhojovemguarapuava Instagram: @cursilhojovemguarapuava

Livro: Não deixeis que vos roubem a Esperança Autor: Papa Francisco Editora: Paulus Não enterreis os talentos! Apostai em grandes ideias, aqueles ideias que dilatam o coração, aqueles ideais de serviço que fecundam vossos talentos. A vida não nos é dada para que a conservemos zelosamente para nós mesmos, mas nos é dada para que a doemos. Caros jovens tende ânimo grande! Não tenhais medo de sonhar coisas grandes! Papa Francisco leva o leitor a refletir sobre esses temas nesta obra simples, porém necessária à vida de todos os católicos. Livro: Olhos Fixos em Jesus Autores: Dolores Aleixandre; Juan Martin Velasco e José Antonio Pagola Editora: Loyola Os olhos permitem o jogo dos olhos. O olhar do crente em Jesus, um olhar contemplativo e agradecido daquele que em seu coração sabe em quem confiou. E o olhar de Jesus nele, um olhar que enche de alegria e de paz, e que faz a vida plena de abundância e plenitude. Livro: São Gabriel de Nossa Senhora das Dores Autor: Padre Fernando Pielagos Editora: Loyola Modelo da juventude, São Gabriel proclama que é possível conquistar, em poucos anos, a felicidade eterna. A obra de padre Fernando fala desse amor incondicional e da importância de Maria para todas as gerações de cristãos. Filme: Alexandre Diretor: Oliver Stone DVD Junho de 323 A.C., Babilônia, Pérsia. Quando faltava um mês para completar 33 anos, morre precocemente Alexandre, o Grande (Colin Farrell), que tinha conquistado 90% do mundo conhecido. Alexandria, Egito, 40 anos depois. Ptolomeu (Anthony Hopkins), um general de Alexandre que o conhecia bem, narra para Cadmo, um escriba, que se tornou o guardião do corpo de Alexandre, que ali está embalsamado à moda egípcia (Ptolomeu se tornou faraó, pois ficou com o Egito quando o império foi dividido). Tristemente Ptolomeu frisa que as grandes vitórias dos exércitos de Alexandre foram esquecidas e diz para Cadmo que Alexandre era um deus, ou a pessoa mais perto disso, que já vira. Apesar de ser chamado de tirano, Ptolomeu diz que só os fortes governam, mas Alexandre era mais, pois mudou o mundo. Antes dele havia tribos e depois dele tudo passou a ser possível. Surgiu a ideia que o mundo poderia ser governado por um só rei. Era um império não de terras e de ouro, mas da mente, uma civilização helênica aberta a todos. No oriente, o vasto império persa dominava quase todo o mundo conhecido. No ocidente, as outrora cidades-estados gregas, Tebas, Atenas, Esparta, haviam perdido o orgulho. Os reis persas subornavam os gregos com ouro, para usá-los como mercenários. O pai de Alexandre, Felipe, o Caolho (Val Kilmer), começou a mudar tudo isso, unindo tribos de pastores ignorantes das terras altas e baixas. Com sua coragem e seu sangue criou um exército profissional, que subjugou os traiçoeiros gregos. Então, voltou-se para a Pérsia, onde se dizia que o rei Dario, em seu trono na Babilônia, temia Felipe. Foi dessa viril guerreira que nasceu Alexandre, em Pela, Macedônia. A mãe, a rainha Olímpia (Angelina Jolie), era chamada por alguns de feiticeira e diziam que Alexandre era filho de Dionísio ou Zeus. Mas não havia um homem na Macedônia que, vendo pai e filho juntos, não tivesse dúvidas, mas nenhum poderia imaginar o fabuloso destino de Alexandre.


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Diocese de Guarapuava

Junho - 2019

Decanato centro celebra Corpus Christi com procissão e missa campal A FESTA DE CORPUS CHRISTI (CORPO DE CRISTO) DO LATIM, TEM POR OBJETIVO CELEBRAR SOLENEMENTE O MISTÉRIO DA EUCARISTIA, O SACRAMENTO DO CORPO E DO SANGUE DE JESUS CRISTO. No próximo dia 20 de junho, a Igreja celebra Corpus Christi. Em todo o mundo, há sempre uma grande festa com procissões, missas e agradecimentos. No decanato centro da diocese de Guarapuava, que compreendem as paróquias do perímetro urbano do município, uma grande festa vem sendo preparada como em outros anos. Seguindo o calendário de 2018, a procissão será realizada na parte da manhã. A caminhada começa na paróquia Santa Terezinha, às 09 horas da manhã, com chegada prevista para as 09h50, na Praça da Fé. Dom Antônio Wagner da Silva, bispo diocesano, presidirá uma missa campal naquele local.

Em 1264, o Papa Urbano IV através da Bula Papal “Trasnsiturus de hoc mundo”, estendeu a festa para toda a Igreja, pedindo a São Tomás de Aquino que preparasse as leituras e textos litúrgicos que, até hoje, são usados durante a celebração. Compôs o hino “Lauda Sion Salvatorem” (Louva, ó Sião, o Salvador), ainda hoje usado e cantado nas liturgias do dia pelos mais de 400 mil sacerdotes nos cinco continentes. A procissão com a hóstia consagrada conduzida em um ostensório é datada de 1274. Foi na época barroca, contudo, que ela se tornou um grande cortejo de ação de graças.

PROCISSÃO

NO BRASIL

A procissão percorrerá as seguintes ruas: Avenida Moacir Júlio Silvestre, em frente à paróquia Santa Terezinha, passando pela Rua Santa Catarina, entrando, em seguida, na Rua Bahia, sentido Praça da Fé, chegando, portanto, ao local onde haverá a celebração. A confecção do tradicional tapete que enfeita as ruas da cidade começará na madrugada do dia 20 e cada paróquia será responsável por um trecho e um tema, segundo cronograma previamente estabelecido. Todos são convidados a participar, segundo os organizadores do evento religioso.

SOBRE CORPUS CHRISTI

A festa de Corpus Christi (Corpo de Cristo) do latim, tem por objetivo celebrar solenemente o mistério da Eucaristia, o Sacramento do Corpo e do Sangue de Jesus Cristo. A festa é realizada sempre em uma quinta-feira, em alusão à Quinta-feira Santa, quando se deu a instituição deste sacramento. Durante a última ceia de Jesus com seus apóstolos, Ele mandou que celebrassem Sua lembrança comendo o pão e bebendo o vinho que se transformariam em seu Corpo e Sangue. “O que come a minha carne e bebe o meu sangue, tem a vida eterna e, eu o ressuscitarei no último dia. Porque a minha carne é verdadeiramente comida e o meu sangue é verdadeiramente bebida. O que come a minha carne e bebe o meu sangue permanece em mim e eu nele. O que come deste pão viverá eternamente” (Jo 6, 55 – 59).

Através da Eucaristia, Jesus nos mostra que está presente ao nosso lado, e se faz alimento para nos dar força para continuar. Jesus nos comunica seu amor e se entrega por nós.

ORIGEM DA CELEBRAÇÃO A celebração teve origem em 1243, em Liège, na Bélgica, no século XIII, quando a Freira Juliana de Cornion teria tido visões de Cristo demonstrando-lhe desejo de que o mistério da Eucaristia fosse celebrado com destaque.

No Brasil, a festa passou a integrar o calendário religioso de Brasília, em 1961, quando uma pequena procissão saiu da Igreja de madeira de Santo Antônio e seguiu até a Igrejinha de Nossa Senhora de Fátima. A tradição de enfeitar as ruas surgiu em Ouro Preto, cidade histórica do interior de Minas Gerais. A celebração de Corpus Christi consta de uma missa, procissão e adoração ao Santíssimo Sacramento. A procissão lembra a caminhada do povo de Deus, que é peregrino, em busca da Terra Prometida. No Antigo Testamento esse povo foi alimentado com maná, no deserto. Hoje, ele é alimentado com o próprio Corpo de Cristo. Durante a Missa o celebrante consagra duas hóstias: uma é consumida e a outra, apresentada aos fiéis para adoração. Essa hóstia permanece no meio da comunidade, como sinal da presença de Cristo vivo no coração de sua Igreja.

PROGRAMAÇÃO Em celebração ao momento considerado muito importante para os católicos, haverá adoração ao Santíssimo das 20h do dia 19 de junho até as 09h do dia seguinte (20 de junho) quando terá início a procissão. A confecção dos tapetes que enfeitam as ruas terá início às 06h do dia 20 de junho.


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