Diocese de Guarapuava
Dom Albano Bortoletto Cavallin - Segundo bispo de Diocese de Guarapuava 25/04/1930 01/02/2017 “Façam de Cristo o tudo de suas vidas e Ele os fará felizes.” Página 9
Entrevista: Padre Sercio fala sobre a Operação Sacrilégio. Página 29
A Campanha da Fraternidade 2017 já começou
Ano Mariano: Igreja concede indulgências em todo o Brasil
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Em nova faixa, Rádio Cultura FM 94,3 continuará sendo referência no Paraná
Conheça a história da paróquia de Virmond
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Diocese de Guarapuava
Março - 2017
Editorial Sempre é tempo de mudança Vale lembrar que o ano de 2017 está apenas no início e há tempo hábil para se realizar muitos projetos de evangelização. Esta é a primeira edição do Jornal A Igreja na Diocese de Guarapuava (Boletim Diocesano) escrita em 2017, uma vez que a edição anterior compreendeu os meses de janeiro e fevereiro e foi redigida e editada em dezembro de 2016. Com isso, não seria descabido desejar a todos um feliz ano novo. Nesta edição de número 453, diversos assuntos pontuam nossa diocese. Uma das histórias que com certeza marcará para sempre esta instituição, foi a morte de seu segundo bispo, Dom Albano Bortoletto Cavallin, ocorrida na tarde do dia 01 de fevereiro. Dom Albano era arcebispo emérito de arquidiocese de Londrina, no norte do Paraná e sofreou complicações cardíacas. Ele não resistiu e morreu antes mesmo de passar por uma cirurgia que estava programada para ser realizada em um hospital daquela cidade. Na ocasião, Dom Antônio Wagner da Silva, bispo da diocese de Guarapuava, emitiu nota de pesar e, durante a celebração que presidiu no dia 02 de fevereiro, na Catedral Nossa Senhora de Belém, em Guarapuava, enumerou as diversas qualidades de Dom Albano e pediu orações em honra à sua alma para todos da comunidade. “Dom Albano, nos cinco anos à frente da diocese, deixou marcas indeléveis, sobretudo nas questões sociais, evangelização e catequese. Pregador de fala fácil e convincente, Dom Albano era um grande contador de histórias. Lembramos sua carta de despedida: ‘Continuarei, sempre, rezando por vocês, pois, como diz o poeta: És eternamente responsável por aqueles que cativastes’. Hoje, no céu, continua rezando por nós, e nós, ainda peregrinos, continuamos rezando por ele. Unidos em oração pedimos ao Senhor que conceda a Dom Albano a graça de participar da alegria da vida eterna, na certeza do Cristo ressuscitado [...]”, grifou Dom Wagner, em sua nota de pesar. Certos de que a vida precisa continuar, mesmo com os sentimentos abalados, milhares de pessoas prestigiaram a Festa da Padroeira da diocese de Guarapuava no dia 02 de fevereiro. Antes, uma novena de preparação fez com que despertasse em cada um a alegria da celebração e da
partilha. Conforme destacou o pároco da Catedral e vigário geral da diocese de Guarapuava, padre Acácio Evêncio de Oliveira, todos os esforços valeram a pena, pois a cada ano, a Festa de Nossa Senhora de Belém se destaca em beleza e muita harmonia entre as pessoas. E por falar em Nossa Senhora, precisamos destacar que em todo o Brasil, em 2017, vivese o Ano Mariano, promovido pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e autorizado pelo Papa Francisco no final de 2016. Orações, peregrinações, concessões de indulgências e eventos que instiguem a fé das pessoas, farão parte dos festejos dos trezentos anos de encontro da imagem de Nossa Senhora de Nazaré, no Rio Paraíba do Sul, em São Paulo, local onde se situa o Santuário Nacional de Aparecida. Também para a diocese de Guarapuava, 2017 será de muitas expectativas. Conforme previsões das equipes técnicas, até a metade do ano, a Rádio Cultura, empresa da Fundação Nossa Senhora de Belém, que pertence à diocese, e que desde sua fundação, em 18 de janeiro de 1971, vem operando na frequência de Amplitude Modulada (AM), passa a transmitir em Frequência Modulara (FM). Conforme entrevista com o diretor da emissora, Jorge Teles dos Passos, a mudança de frequência representa um grande ganho em qualidade para toda a sociedade. Jorge também detalha sobre os investimentos feitos para esta transformação. “Foi preciso construir uma emissora nova”, declarou. Também está em destaque nesta edição, a entrevista coletiva concedida pelo ecônomo da diocese, padre Sercio Ribeiro Catafesta, sobre a Operação Sacrilégio, na qual, foi indiciado como réu. Padre Sercio respondeu às diversas perguntas dos comunicadores de Guarapuava e região sobre o assunto. A coletiva de imprensa resultou em uma matéria detalhada sobre o assunto que você, caro leitor, poderá acompanhar nesta edição, na página 29. Vale lembrar que o ano de 2017 está apenas no início e há tempo hábil para se realizar muitos projetos de evangelização. No entanto, não se pode esquecer de que o tempo é cíclico e que devemos sempre eleger prioridades em nossas vidas para que não incorramos em erros de deixar nossos projetos inacabados. Boa leitura com as bênçãos de Deus, através de Seu Filho Jesus Cristo, por intercessão de nossa padroeira, Nossa Senhora de Belém.
AGRADECIMENTOS DESTA EDIÇÃO Nesta edição de número 453, expressamos nossos mais sinceros agradecimentos às seguintes instituições e pessoas: Portal A12, CNBB, Rádio Vaticano, Central Cultura de Comunicação, Agência ANSA, Regional Sul 2 da CNBB, Aline Torres, Jornal El País, APAC de Itaúna (MG), Comunicação RCC, Maria Célia Guimarães, Agência AP, Agência Ecclesias, Marcia Regina Grade dos Passos, Alcione Ribas, Cristiano Martinez, Victor Hugo Bittencourt, Keissy Carvelli, Jonas Laskouski, Jorge Teles dos Passos, Tonico de Oliveira e Wanderlei de Souza. Também não podemos deixar de agradecer aos agentes da Pastoral da Comunicação (Pascom) das paróquias e comunidades que, com seus trabalhos voluntários e evangelizadores, nos ajudam a fazer, todos os meses, este jornal. Através destes agentes, as notícias chegam à redação e são transformadas em matérias. Muito obrigado a todos vocês.
CONSELHO EDITORIAL
BOLETIM DIOCESANO / INFORME INTERNO
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Dom Antônio Wagner da Silva, SCJ Padre Itamar Abreu Turco Padre Jean Patrik Soares José Luiz dos Santos Mauricio Toczek Vanessa Paula Pereira
“... e o que escutais ao pé do ouvido proclamai-o sobre os telhados!” Mt 10, 27b Amados irmãos e irmãs, é com imensa alegria que escrevo esse texto para lhes comunicar uma boa notícia. Desde o dia 1º de março deste ano, a Diocese de Guarapuava passou a operar e administrar a TV Humaitá, através de um convênio entre a Igreja Católica e a Fundação Valentin Bruzon, detentora da concessão para a execução de serviço para radiodifusão de sons e imagens em caráter educativo. Não temos dúvida de que estamos dando um passo bastante ousado em se tratando de comunicação, entretanto, temos ainda a certeza de que a providência divina nos concedeu essa graça para podermos disseminar a mensagem evangélica através do som e imagem. A partir de agora, teremos diversos compromissos a honrar mensalmente, como a mensalidade do convênio, além dos custos com a produção e geração de imagens, mas sabemos que a generosidade dos fiéis, e a providência divina, não nos deixarão desamparados. Mas, por que uma emissora de TV? Sabemos da grande força que os meios de comunicação exercem na criação e disseminação de ideias e pensamentos. Ela educa, informa, incentiva promove, mas também deseduca e desinforma. Nós, como Igreja, não podemos nos eximir dos nossos deveres em levar os valores do evangelho também por esse meio. Levaremos aos nossos fiéis, missas diárias fazendo com que muitas pessoas que não podem ir até nossas igrejas acompanhem as celebrações pela televisão, em casa. Lembrando ainda, que o sinal, por enquanto, limita-se às cidades de Guarapuava e Ivaiporã, podendo ser expandido em breve, para outras cidades de nosso estado. Certa vez, Jesus ordenou aos seus discípulos: “...o que escutais ao pé do ouvido proclamai-o sobre os telhados!” (Mt 10, 27b). Hoje, essa mensagem pode chegar pelos telhados onde estão as antenas de TV, a partir de um estúdio, com câmeras, microfones, entre outros equipamentos. Milhares de pessoas serão atingidas com as palavras de Jesus. Aos poucos, produziremos programas populares que valorizem a cultura local de nosso povo, dando voz e vez à nossa gente, tão criativa e talentosa. Quantas vezes ouvimos dos mais pessimistas que Guarapuava nunca teria condições de ter um shopping, um aeroporto ou uma emissora de TV com programas locais. Afirmamos agora: sim isso é possível! Sim vamos fazer! É claro que contando com a ajuda de autoridades políticas, comerciantes, empresários, educadores, profissionais liberais, igrejas, entidades de cunho social e pessoas de boa vontade. Eu acredito em Guarapuava. E você acredita? No início de 1971, quando a Rádio Cultura AM iniciava seus trabalhos, talvez muitos duvidassem de sua capacidade de se manter e produzir algo de qualidade. No entanto, hoje vemos com alegria que 46 anos se passaram e ela se consolidou como uma tradicional e representativa rádio da região, prestes a expandir seu sinal com a mudança da Frequência AM para FM, que ocorrerá nos próximos meses de 2017. Este já é um ano para entrar para a história da comunicação em nossa diocese. Um sonho agora se torna realidade. Aos poucos, iremos compartilhando as alegrias e desafios que essa empreitada nos proporcionará. Contamos com a ajuda e oração de todos. Que Nossa Senhora de Belém passe na frente e conduza nossos trabalhos, intercedendo e nos abençoando! Contamos com suas orações e participação! Eu acredito! Dom Antônio Wagner da Silva
Editor: Padre Jean Patrik Soares (Jornalista) Diagramação: Mauricio Toczek Impressão: Grafinorte - Apucarana - PR Distribuição: Mitra Diocesana de Guarapuava Tiragem: 36.000 exemplares
É permitida a reprodução total ou parcial das matérias veiculadas no Boletim A IGREJA NA DIOCESE DE GUARAPUAVA, desde que citada a fonte.
Março - 2017
Diocese de Guarapuava
Vaticano: Novo documento sobre formação de sacerdotes sublinha importância da maturidade sexual e afetiva “Ratio fundamentalis” é atualizada, 46 anos depois, procurando uma formação integral dos futuros padres.
A Congregação para o Clero (Santa Sé) publicou, no dia 08 de dezembro de 2016, um novo decreto orientador para a formação de futuros padres católicos, na qual é sublinhada a importância da “formação integral” e da maturidade psíquica, sexual e afetiva. A “Ratio fundamentalis institutionis sacerdotalis” é atualizada 46 anos depois, procurando unir de “modo equilibrado as dimensões humana, espiritual, intelectual e pastoral, através de um caminho pedagógico gradual e personalizado”. O documento retoma a instrução de 2005 sobre a admissão aos seminários e ao sacerdócio de “pessoas com tendências homossexuais”. A Igreja, pode ler-se, respeitando as pessoas envolvidas, “não pode admitir ao seminário nem às ordens sagradas os que praticam a homossexualidade, apresentem tendências homossexuais profundamente enraizadas ou apoiem o que se conhece como cultura gay”. Os orientadores dos seminários são chamados a ter em atenção a necessidade de avaliar se um seminarista atingiu a “afetividade madura, serena e livre, casta e fiel ao celibato”, exigida pela Igreja Católica. O novo decreto, promulgado na solenidade da Imaculada Conceição, defende ainda que deve ser prestada “máxima atenção ao tema da tutela dos menores e dos adultos vulneráveis”, evitando admitir ao seminário pessoas ligadas a “delitos ou situações problemáticas” relacionadas com abusos sexuais. O cardeal Beniamino Stella, prefeito da Congregação para o Clero, disse ao jornal do Vaticano, “L’Osservatore Romano”, que a nova “ratio” procura “superar alguns automatismos que foram criados no passado”, e propor um “caminho de formação integral que ajude a pessoa
a amadurecer em todos os aspetos”, com atenção à dimensão “humana, espiritual e pastoral”. Para este responsável, as três palavras-chave para a compreensão do documento são: “humanidade, espiritualidade e discernimento”. O texto realça a importância de não limitar a avaliação ao percurso acadêmico dos candidatos ao sacerdócio. “Um discernimento global, realizado pelos formadores sobre todos os âmbitos da formação, consentirá a passagem para a etapa sucessiva somente daqueles seminaristas que, mesmo tendo superado os exames previstos, tenham alcançado o grau de maturidade humana e vocacional requerido em cada fase”, diz o texto. O novo decreto, intitulado “O dom da vocação presbiteral”, de mais de 80 páginas, está disponível na internet. Agência Ecclesia
Encontro do Grupo de Assessores iniciou com retiro cuja temática foi o itinerário do discípulo de Jesus.
INICIAÇÃO CRISTÃ
Na manhã do dia 09, dando sequência aos trabalhos, depois do Retiro Espiritual, os assessores partiram para mais uma fase do encontro, que no início do ano tem duração de uma semana, envolvendo o retiro, a reunião em si e estudos. A pauta do dia foi sobre as contribuições para o texto do tema central da 55ª Assembleia Geral da CNBB: “Iniciação à vida cristã no processo formativo do discípulo missionário de Jesus Cristo”. A assembleia será realizada em Aparecida (SP), de 26 de abril a 05 de maio. “Os assessores têm dado uma boa contribuição aos outros textos e documentos da CNBB. Ao discutirem agora, ao proporem emendas, sugestões e mudanças, poderão ajudar a melhorar e aprofundar o sentido dos trabalhos”, afirma o bispo auxiliar de Brasília e secretário geral da CNBB, Dom Leonardo Ulrich Steiner, que ressalta que as contribuições maiores virão, naturalmente, das Comissões que estão mais envolvidas com o tema da iniciação à vida cristã, como Liturgia, Animação Bíblico-Catequética e os setores Universidades e Cultura, ambos da Comissão Episcopal Pastoral para a Cultura e a Educação da CNBB.
Aniversariantes do mês Presbíteros - Nascimento Pe. Marcos (Marek) Szczepaniak, MIC - 01/03/1953 Pe. Fernando Antônio Stasiak - 02/03/1980 Pe. Edinaldo Mendes Tonete - 05/03/1978 Pe. Jozef Wojnar, SCHR - 11/03/1932 Pe. João Rocha, IMD - 17/03/1941 Pe. José de Paulo Bessa - 20/03/1957 Pe. Andrzej Wojteczek, SCHR - 20/03/1978 Pe. Jozef Tomaszko, MIC - 21/03/1964 Pe. Aristides Girardi, SDB - 21/03/1951 Pe. Jean Patrik Soares - 22/03/1983 Dom Antônio Wagner da Silva, SCJ - 25/03/1944 Pe. Nivaldo da Silva, SVD - 25/03/1962 Pe. Adalto José Bona - 31/03/1978 Presbíteros - Ordenação Pe. José Werth - 23/03/1958
Assessores da CNBB contribuem para texto do tema central da 55ª Assembleia Geral De 06 a 08 de fevereiro, o Grupo e Assessores (GA) da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), realizou um retiro espiritual. Durante o encontro, os temas centrais dos estudos abordaram a 55ª Assembleia Geral da entidade e elementos da eclesiologia do Papa Francisco. Este foi o primeiro encontro do GA de 2017. As atividades tiveram início no Centro Marista de Formação Vila Campagnat, em Brasília (DF), onde foi realizado o retiro de três dias. Na ocasião, os assessores das Comissões Episcopais de Pastoral da CNBB refletiram sobre o itinerário do discípulo de Jesus, considerando os processos do “encontro, da conversão, do discipulado, da comunhão e da missão”, a partir do Documento de Aparecida e dos Evangelhos.
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De acordo com o subsecretário adjunto de Pastoral da CNBB, monsenhor Antonio Luiz Catelan Ferreira, o texto preparativo para a 55ª Assembleia Geral foi enviado no dia 05 de dezembro a mais de 700 pessoas, entre bispos, assessores e especialistas na temática. Após esta etapa, a Comissão responsável pelo material irá reunirse para estudar as propostas que tiverem chegado e preparar o texto final que será entregue à Assembleia.
ECLESIOLOGIA DO PAPA
No dia 10, o padre Vitor Feller Galdino, da arquidiocese de Florianópolis (SC), conduzir um estudo sobre a eclesiologia do Papa Francisco. Dom Leonardo Steiner aponta a inspiração que emana do pontífice argentino. “O Papa tem servido de inspiração para todos nós: uma Igreja mais missionária, que vai ao encontro das pessoas, misericordiosa, reconciliadora, mais transparente, em todos os sentidos e não apenas em questões morais. Uma Igreja que realmente saiba ser fermento na massa, ser sal da terra e luz do mundo”, pontua. Para o secretário geral da CNBB, a reflexão sobre a eclesiologia do Papa Francisco poderá ajudar os envolvidos com as atividades da CNBB a terem mais lucidez à própria ação evangelizadora. “Mas por que também não na nossa inserção nas nossas Igrejas? Cada um com seu ministério, cada um com seu serviço dentro da Igreja”, conclui.
Religiosas - Nascimento Ir. Gertudres Balestieri, SJC - 04/03/1939 Ir. Raquel Medeiros, FC - 17/03/1987 Ir. Maria Aparecida de Carvalho, ACJ - 18/03/1956 Ir. Maria Betlinki, FC - 25/03/1950 Religiosas - Profissão Religiosa Ir. Maria de Lurdes Silva, FC - 15/03/1977 Ir. Sofia Stoki, FC - 15/03/1970 Ir. Angelina Rosa Bonfim, CS - 16/03/2008 Ir. Karen Danielle Klaczek, CS - 16/03/2008 Ir. Ivone Burgos Eiras, SJC - 19/03/1982
Apostolado da Oração Intenções de oração do Papa Francisco confiadas ao apostolado da oração (Rede Mundial de Oração).
Oferecimento diário: Deus, nosso Pai, eu te ofereço todo o dia de hoje: minhas orações e obras, meus pensamentos e palavras, minhas alegrias e sofrimentos, em reparação de nossas ofensas, em união com o Coração de teu Filho Jesus, que continua a oferecer-se a Ti, na Eucaristia, pela salvação do mundo. Que o Espírito Santo, que guiou a Jesus, seja meu guia e meu amparo neste dia para que eu possa ser testemunha do teu amor. Com Maria, Mãe de Jesus e da Igreja, rezo especialmente pelas intenções do Santo Padre para este mês.
Março: Pelos cristãos perseguidos, para que experimentem o apoio de toda a Igreja na oração e por meio da ajuda material.
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Diocese de Guarapuava
Março - 2017
Devoção a Nossa Senhora de Belém atrai milhares de pessoas à nova Catedral As comemorações deste ano foram em consonância com o Ano Mariano, por ocasião dos trezentos anos de encontro da imagem de Nossa Senhora no rio Paraíba do Sul, que será celebrado em outubro. Em um dos momentos mais esperados do ano, a Festa da Padroeira da diocese de Guarapuava, Nossa Senhora de Belém, reuniu milhares de pessoas dos diversos pontos do município e também de outras cidades, no último dia 02 de fevereiro. Com a novena de preparação e dedicação por parte da equipe paroquial, aliadas à grande soma de esforços das diversas pessoas, foram responsáveis por fazer desta edição uma das comemorações mais bonitas da comunidade, conforme destacam os organizadores. Na missa que começou às 09h30 e que foi presidida pelo bispo diocesano Dom Antônio Wagner da Silva e contou com a presença do pároco e vigário geral da Catedral, padre Acácio Evêncio de Oliveira, além de dezenas de sacerdotes da diocese de Guarapuava que prestigiaram o evento que é considerado um dos mais importantes do município, houve muitos momentos de emoção. Na abertura da celebração, Dom Wagner lembrou e pediu orações pela morte de Dom Albano Bortoletto Cavallin, ocorrida no dia anterior, 01 de fevereiro. “Dom Albano nos deixou, mas podemos e devemos perceber sua presença entre nós. Lá do céu, tenho a certeza de que ele está olhando por cada um de nossa diocese. Não podemos esquecer, de forma alguma, que Dom Albano, nos cinco anos em que esteve à frente da diocese, deixou marcas indeléveis, sobretudo nas questões sociais, evangelização e catequese. Pregador de fala fácil e convincente, Dom Albano era um grande contador de histórias. Lembramos sua carta de despedida quando deixou Guarapuava. Na ocasião ele escreveu no Boletim Diocesano: ‘Continuarei, sempre, rezando por vocês, pois, como diz o poeta: És eternamente responsável por aqueles
que cativastes’. Esta é uma mensagem de amor e de alegria para todos nós. Vou continuar rezando para que a alma deste nosso querido irmão descanse em paz”, considerou Dom Wagner. A entronização da imagem de Nossa Senhora de Belém na Nova Catedral provocou muita emoção nos presentes. Os participantes da missa foram recebidos pelo padre Acácio que falou, durante a acolhida, da alegria que é para todos da cidade, mais uma vez, celebrar o dia da Padroeira do município. “É com muito amor que mais uma vez, celebramos esta data tão importante para todos nós desta diocese. Tivemos vários dias de preparação para esta ocasião, com a Novena. Hoje, podemos dizer que estamos prontos para celebrar e partilhar com muito amor e agradecimento a Deus e a Nossa Senhora”, exortou padre Acácio. O vigário geral também lembrou a todos, que em 2018, a Catedral Nossa Senhora de Belém, completa duzentos anos de paróquia. São dois séculos de amor e espiritualidade, segundo padre Acácio. Durante a homilia, Dom Wagner grifou a importância da fé para todos os cristãos. Conforme abordou, sem fé nada prospera e os olhares se tornam turvos, deixando de ver as coisas bonitas que estão à nossa volta. “A fé é a força poderosa dos cristãos. Sem fé, tudo perece e nós deixamos de ver as belezas que estão à nossa volta. Neste ano Mariano, todos nós, devemos depositar nossas esperanças na mãe de Jesus Cristo e também nossa para que nossos propósitos de vivência com Deus sejam sempre levados em consideração”, detalhou. Depois da missa, a festa prosseguiu por todo o dia, com almoço, sorteio de prêmios e animação. Às 19 horas, uma missa encerrou as atividades festivas em honra à Padroeira.
PADROEIRA E A CIDADE
O dia de Nossa Senhora de Belém, é considerado um dos mais importantes para a comunidade católica da região e também para o município de Guarapuava que tem sua história alicerçada nos trabalhos desenvolvidos pela instituição ao longo do tempo. Nossa Senhora de Belém é padroeira da Catedral, da diocese e também do município de Guarapuava. Em consonância com o Ano Mariano que em 2017 celebram três séculos de encontro da imagem de Nossa Senhora no rio Paraíba do Sul, em Aparecida, São Paulo, o tema dos festejos em Guarapuava foi: “Com Maria, de Belém a Aparecida” e teve como lema: “Meditando o Santo Rosário”.
Para o vigário da Catedral Nossa Senhora de Belém, padre Jean Patrik Soares, o momento que antecedeu às comemorações do dia da padroeira foi de reflexão, união e muita oração em louvou a Nossa Senhora. “Foi com muito amor e fé que nos preparamos para celebrar o dia de nossa padroeira e também o Ano Mariano. Este ano de 2017 será um período de alegria para a Igreja. As comemorações não serão somente da padroeira do Brasil, Nossa Senhora Aparecida, mas de toda a Igreja, no mundo todo, envolvidos pelo manto de Maria. E nós, aqui na diocese de Guarapuava, celebramos com nossa padroeira, Nossa Senhora de Belém, sempre focados no tema do evento que foi: Com Maria, de Belém a Aparecida: meditando o Santo Rosário”, grifou padre Jean.
Bispo italiano faz visita pastoral à diocese de Guarapuava Dom Piero Delbosco, bispo das dioceses de Cuneo e Fossano na Itália, conversou com Dom Wagner e falou da alegria de conhecer a diocese de Guarapuava. O ano de 2017 começou muito animado para o bispado de Guarapuava. Na manhã do último dia 07 de fevereiro, o bispo diocesano, Dom Antônio Wagner da Silva recebeu as visitas do também bispo das dioceses de Cuneo e Fossano na Itália, Dom Piero Delbosco. Na ocasião, os padres João Rocha, fundador e mantenedor do Santuário Divina e Trina Ternura de Guarapuava e Flavio Luciano, que trabalha na diocese italiana, acompanharam o bispo na visita. Padre João Rocha, que pertence à diocese de Cuneo, mas que está cedido para a diocese de Guarapuava, contou que a visita de Dom Piero faz parte do estreitamento das relações entre as dioceses e entre as igrejas particulares, de um modo geral. “A visita do nosso bispo italiano nos enche de alegria. É uma visita pastoral. Nossa diocese sempre foi missionária e atuamos em vários países. Este encontro entre Dom Wagner e Dom Piero, significa um estreitamento das relações entre a Igreja, em suas particularidades. Temos diferenças sim, nas diferentes regiões do mundo, mas também temos muito em comum. Somos irmãos”, comemorou padre João Rocha.
Padre Flávio, que já trabalhou no Brasil e acompanhou a entrevista, contou que se sente muito feliz em voltar a Guarapuava e rever grandes amigos. “É muito bom retornar para Guarapuava e conversar com as pessoas. Mesmo neste curto espaço de tempo, há a oportunidade de sentir a acolhida das comunidades. Isto é muito importante”, destacou. Esta é a primeira vez que Dom Piero vem ao Brasil. Segundo sublinhou, ficou impressionado com as dimensões das dioceses e das comunidades brasileiras. Ele também disse que se sente maravilhado com a simpatia e acolhida por parte das pessoas do país. “Eu me sinto honrado e muito feliz em visitar o Brasil pela primeira vez. A simpatia do povo é algo marcante e belo. Meu encontro com Dom Wagner, aqui em Guarapuava, reforça nossa amizade e aproxima cada vez mais nossa Igreja. Pretendo retornar em breve para ficar mais tempo”, grifou Dom Piero. Dom Wagner observou que é sempre uma alegria receber visitas pastorais e conversar com as pessoas. Para ele, ser missionário é um verdadeiro dom de Deus que deve ser seguido. “A Igreja é missionária. Para nós, é sempre uma alegria contar com os trabalhos missionários.
Aqui em Guarapuava, padre João Rocha, que é da diocese de Cuneo, representa muito bem o que é levar a missão adiante. Como sempre digo: doar da nossa pobreza, não significa propriamente falar de coisas materiais, mas sim, de ir ao encontro de quem mais precisa despido de vaidades, e imbuídos de verdade”, destacou Dom Wagner. Na diocese de Guarapuava, as Irmãs de São José de Cuneo também estão
presentes. Em Rio Bonito do Iguaçu, as religiosas Anna Maritini e Sandra Brito Fernandes desempenham trabalhos junto à comunidade, na paróquia Santo Antônio de Pádua. “O trabalho das religiosas de São José de Cuneo, em Rio Bonito do Iguaçu, enriquece muito a nossa comunidade. Agradecemos imensamente a esta doação, a esta dedicação em favor de quem mais precisa”, finaliza Dom Wagner.
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Sem armas, cadeias derrubam as taxas de reincidência criminal no Brasil Apacs, muitas administradas pela Pastoral Carcerária, têm foco na reabilitação dos presos. Florianópolis ganhará unidade em março. São cinquenta prisões do modelo em todo o país. Imagine uma cadeia sem armas, agentes de segurança, violência ou repressão. Um lugar onde os presos, que não são chamados dessa forma, cuidam das chaves. Imagine um prédio ensolarado, pintado de azul celeste, com uma grande horta do lado de fora e o vento, que traz consigo o cheiro do alecrim. Imagine todas as pessoas juntas à mesa farta, com pratos, talheres, dignidade. Este lugar sem registro de rebeliões ou mortes, que mais parece música de John Lennon, já existe no Brasil. São as Apacs (Associações de Proteção e Assistência ao Condenado), ou, como seus criadores preferem ler, Amando ao Próximo Amarás a Cristo. As Apacs, em sua maioria cadeias administradas pelas Pastorais Carcerárias, braços assistenciais da Igreja Católica, ou por outros grupos religiosos ou apenas voluntários, podem soar como uma utopia no país que iniciou o ano com matanças nos presídios do Norte e Nordeste, mas que são consideradas pela ONU (Organização das Nações Unidas) como o único modelo prisional que deu certo no Brasil, o quarto país com maior população carcerária do mundo. São cinquenta associações pelo país com resultados semelhantes: custam R$ 800 por preso ao mês (contam com voluntários e funcionários), três vezes menos que a média nacional de R$ 2.400,00 e o índice de recuperação é de 95% contra 25% das cadeias padrões. Quatro critérios selecionam os prisioneiros. Eles precisam ser condenados, manifestar por escrito que aceitam as normas apaquianas, terem família ou cometido o crime na comarca da associação - para facilitar a assistência jurídica e o envolvimento familiar. Além do critério de antiguidade. São priorizados condenados com penas mais longas, indiferentemente do crime que cometeram, em unidades que também contrastam com o superlotado resto do sistema: as Apacs têm em média 200 detentos. A única Apac que se diferencia é a de Santa Luzia (MG). Localizada na região metropolitana de Belo Horizonte há uma exigência a mais motivada pela longa fila de espera: um ano de bom comportamento. A primeira Apac foi criada há 45 anos em São José dos Campos (SP), pelo advogado e jornalista Mario Otoboni e um grupo de voluntários cristãos. Desde então, as unidades se espalharam por sete Estados brasileiros. Em março, uma nova associação abre em Florianópolis, a centésima do mundo, e sua idealizadora e futura presidente, Leila Pivatto, 67 anos, mostra seu entusiasmo: “Quando condenados, e vale lembrar que 40% dos 600 mil encarcerados no Brasil não são, os presos deveriam perder o direito de ir e vir, apenas. Mas eles perdem tudo. O contato com as famílias, os direitos à saúde, educação, trabalho e assistência jurídica. Nós entendemos que para matar o criminoso e salvar o homem é preciso cidadania”.
Leila, voluntária há dez anos da Pastoral Carcerária que trabalha 12 horas por dia sem ganhar nenhum centavo, e seus colegas pelo país não são os únicos a apostar no modelo. A proposta ganhou a atenção da presidente do Supremo Tribunal Federal, Cármen Lúcia: “As Apacs são a minha aposta. Elas têm dado certo. Basta dizer que a reincidência é de 5%, enquanto nos presídios comuns é de até 75%”, disse a ministra em entrevista ao Programa Roda Viva, da TV Cultura, em outubro do ano passado. Oposta às cadeias comuns no cerne, talvez a diferença maior das Apacs seja sua concepção de defesa da justiça restaurativa, não da punitiva. Elas não podem ser criadas pelos governos, só pela organização e boa vontade da sociedade civil, esse é um dos principais obstáculos para expansão do modelo em larga escala. “Não há solução imediata para as prisões. Todo processo será lento e exigirá consciência da população. Eu acredito que as Apacs sozinhas não irão resolver. É preciso estimular o desencarceramento. Há gente presa por bobagens. A minoria da massa prisional é perigosa, os outros poderiam cumprir penas alternativas. E, obviamente, é preciso gerar oportunidade. Antes construirmos escolas do que prisões”, sublinha Leila. No caso da unidade de Florianópolis, foram seis anos desde a primeira assembleia até a construção do prédio. O primeiro passo foi a audiência pública na comarca, em seguida a criação jurídica, que não visa nenhum lucro, e visitas à Apac de Itaúna, em Minas Gerais, que existe há 17 anos e é celebrada pela sua excelência. Lá, fugas são raras: a última demorou dez anos para acontecer. A primeira Apac de Santa Catarina ficará no Complexo da Agronômica, em Florianópolis, onde cinco unidades já detêm quase mil e seiscentas pessoas. A Apac será a sexta. A única semelhança com os vizinhos de muro é o terreno. A casa ampla e solar não foi criada para
punir. Ao invés de agentes do Deap (Departamento de Administração Prisional), a organização será responsabilidade dos voluntários, não só da Igreja Católica, mas de diversas áreas. São advogados, médicos, dentistas, psicólogos, professores de música e yoga, confeiteiros, gente que acredita que para resolver a violência das ruas é preciso mudar a realidade do cárcere. “Aqui os presos usarão suas roupas, serão chamados pelos seus nomes ou como recuperandos. E no lugar da solitária poderão resgatar seu equilíbrio na capela, se quiserem”, diz Leila, enquanto trabalha na finalização do edifício. A rotina será rígida. Os presos serão os responsáveis pela segurança e pela limpeza. Às seis da manhã eles levantam, arrumam suas camas (sim, eles têm camas), fazem as orações, tomam café e iniciam as tarefas do dia, que só termina às 22h. É requisito básico que todos trabalhem e estudem. Ao longo desse período também participam de palestras de valorização humana, oficinas, atos religiosos, lazer e descanso. “As pessoas sempre nos perguntam se é o voluntariado que reduz o preço das Apacs. Digo que sim. Também não há gastos com agentes penitenciários e terceirizações de serviços. Utilizamos a mão de obra dos recuperandos. Mas não podemos esquecer uma questão central. Não há corrupção. O valor pago pelos presos comuns no Brasil é muito questionável. Se eles não recebem assistência jurídica, médica, alimentação adequada para onde vai tanto dinheiro?”, questiona Valdecir Antônio Ferreira, presidente da FEBAC (Federação das Apacs do Brasil).
AS LEIS DA APAC
Os mandamentos apaquianos são maiores que os de Moisés. Doze leis procuram reverter o exemplo fracassado das penitenciárias comuns fazendo justamente o contrário – ou na provocação de Leila, “cumprindo a risca a Lei de Execuções Penais”.
As leis buscam espiritualidade – independentemente de crença, por isso a cor azul. Fortalecem os elos familiares. São permitidas ligações uma vez por dia, cartas sempre que desejado e as famílias são convidadas para todas as comemorações. Outro estímulo é a empatia. Na crença de que se aprenderem sobre a ajuda mútua é mais difícil prejudicar alguém. O trabalho é importante, não fundamental. No regime fechado é incentivada a recuperação emocional do indivíduo, no semiaberto a profissionalização, e no aberto, a inserção social. Segundo pesquisas da FEBAC, 98% dos recuperandos, cerca de 3.500 pessoas, vieram de famílias completamente desestruturadas. A maioria vê o pai e a mãe como figuras deturpadas. “Na raiz do crime vamos encontrar sempre a experiência da rejeição”, defende Valdecir. “Essa é uma visão comum para quem trabalha com o sistema prisional. Nós costumamos dizer que os presos que recebem sacolinhas com comidas e produtos de higiene dos seus familiares se recuperam. Na prática, são os que têm cuidado e amor. Tem para quem voltar”, complementa Leila. Valdecir dedicou 33 anos da sua vida às Apacs. Conta que já recebeu presos de alta periculosidade, integrantes de poderosas facções e os resultados sempre foram positivos. “Fizemos uma pesquisa com mil presos e constatamos que 85% querem mudar de vida. Então, acreditamos que as Apacs poderiam ser reproduzidas para abraçar toda essa massa sedenta por oportunidades. Mas não se cria Apac por decreto. Ela exige que a sociedade civil organizada tome consciência do problema e procura solucioná -lo, além de governantes parceiros que apoiem a ideia de prisões dignas. O que seria preciso? Mudar a nossa cultura”. Newton Antonio de Almeida, 40 anos, sabe bem de qual cultura fala Valdecir. Preso por tráfico, ele ficou três anos e oito meses no Presídio Masculino de Florianópolis e há dez (anos) mudou de vida, quando foi contratado como funcionário da Pastoral Carcerária. “Poucos tiveram minha chance. Não é novidade que as cadeias não ressocializam. Na verdade, tiram o pouco que tu tens. Mas quem se opõe? Bandido bom é pobre morto. A população não quer Justiça, quer vingança. Quer que o preso sofra, passe frio, fome, apanhe. E não percebe que toda essa dor, essa violência irá para as ruas. Se essa lógica funcionasse seríamos um país muito pacífico. Você não acha?”, questiona. Por Aline Torres / El País FOTO: APAC - Prédio da Apac de Itaúna (MG).
“Na raiz do crime vamos encontrar sempre a experiência da rejeição.”
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Diocese de Guarapuava
Março - 2017
Florianópolis sedia Curso de Pós-Graduação em Iniciação à Vida Cristã
Diocese orienta paróquias e comunidades para coletas dos dias 09 e 14 de abril
Terceira etapa da formação contou com presença do assessor da Comissão Episcopal para a Animação Bíblico-Catequética da CNBB.
Conforme Dom Wagner, o valor da oferta não é mais importante, mas sim o compromisso para com as obras cristãs.
Com o objetivo de preparar os catequistas para os desafios da iniciação à vida cristã, a Faculdade Católica de Santa Catarina (Facasc), em Florianópolis (SC), promove o curso de Pós-Graduação em Catequese - Iniciação à Vida Cristã. A iniciativa foi realizada de 16 a 28 de janeiro de 2017 e contou com o apoio da coordenação de catequese do regional Sul 4 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). Segundo a coordenadora, irmã Marlene Bertoldi, a primeira turma do curso de pós-graduação já está na terceira etapa do itinerário formativo. “Durante estas três etapas de estudos, destaco a interação e convivência do grupo. Tivemos a participação de representantes de cinco dioceses do nosso Regional, o que sinaliza uma esperança na unidade para a formação dos catequistas de nossas dioceses”, afirmou. A terceira etapa do itinerário, a qual a irmã se refere, contou com a presença do assessor da Comissão Episcopal Pastoral para a Animação BíblicoCatequética da CNBB, padre Antonio Marcos Depizzoli, que contribuiu na reflexão da catequese na diversidade. Para ele, o curso de pós-graduação é uma verdadeira oportunidade de formação para os agentes de pastoral, em especial para os catequistas. O assessor
A diocese de Guarapuava orienta às paróquias e comunidades pertencentes à instituição com relação às coletas dos dias 09 e 14 de abril em favor da Campanha da Fraternidade e da Terra Santa, respectivamente. Conforme calendário da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, CNBB, os valores arrecadados com as coletas do dia 09, devem ser destinados à Campanha da Fraternidade, onde os recursos serão enviados ao Fundo Nacional e Diocesano da Solidariedade. Um envelope específico para esta ocasião, já foi enviado pela diocese às paróquias. Já no dia 14 de abril, os valores arrecadados pela Igreja em todo o mundo, serão destinados aos Lugares Santos, localizados na Terra Santa, onde Jesus Cristo Viveu. Todos estes recursos servirão para a manutenção e conservação desses lugares. Dom Antônio Wagner da Silva, bispo da diocese de Guarapuava chama a atenção para o compromisso dos católicos em se tratando de colaborar para com os trabalhos desenvolvidos em favor da manutenção destes serviços. “Tanto para a Campanha da Fraternidade, quanto para a manutenção dos Lugares Sagrados na Terra Santa, é importante o compromisso de todos para que os trabalhos destas obras prossigam. A quantia oferecida
manifestou aos alunos o desejo de que a alegria de ter encontrado Jesus Cristo seja renovada “na missão de torná-lo conhecido e amado por todos que convivem conosco”. “Aos envolvidos nesse projeto, Deus Pai conceda a perseverança na alegria de iniciar discípulos missionários de Jesus Cristo, na força do Espírito Santo”, rogou. Sobre a experiência de participar do curso, o assessor de Liturgia do regional Sul 4, padre Claudir Meoti, afirma que a formação ajuda a refletir sobre o convite da Igreja em ser uma pastoral missionária. “É um tempo de graça que estamos vivendo, pois o curso ajuda a refletir o grande convite da Igreja para uma pastoral decididamente missionária, fazendo-a casa da Iniciação à Vida Cristã. Neste novo jeito de ser Igreja, torna-se importante o despertar do encantamento pelo Mistério Pascal de Jesus Cristo”, enfatiza.
PRÓXIMA TURMA
A segunda turma do curso de PósGraduação em Iniciação à Vida Cristã está prevista para começar em janeiro de 2018. Informações podem ser solicitadas através dos e-mails: catequese@arquifln.edu.br pos@facasc.edu.br.
não é o mais importante, mas sim, o compromisso e a fé que cada um deposita nesta oferta. Sem partilha, sem colaboração, nenhuma obra vai para frente. Para nós, cristãos, seguir o exemplo de Jesus Cristo é poder viver, de forma plena seus ensinamentos. Todas as nossas paróquias e comunidades estão orientadas quanto aos procedimentos que devem ser adotados para com as ofertas desses dois dias”, explicou Com Wagner.
Março - 2017
Diocese de Guarapuava
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Diocese Guarapuava marca presença em encontro Nacional da RCC em Aparecida (SP) Este ano, a RCC completa quarenta e oito anos de sua presença no Brasil. Na diocese de Guarapuava, o Movimento celebra quarenta anos de fundação em 2017.
Mais de duzentas pessoas da diocese de Guarapuava participaram do Encontro Nacional de Formação para Coordenadores e Ministérios (ENF) da Renovação Carismática Católica (RCC) de 2017. O evento que foi realizado em nível nacional de 25 a 29 de janeiro no Santuário Nacional de Aparecida, em São Paulo, reuniu milhares de pessoas de todo o Brasil e foi mais uma das celebrações para se comemorar os cinquenta anos de existência do Movimento Religioso em todo o mundo. A coordenadora da RCC em Guarapuava, Maria Célia Faria Guimarães, detalhou que o evento foi intenso de oração e de novos direcionamentos para os próximos anos. Ela também reiterou que o momento foi oportuno para relembrar o início das atividades da RCC em todo o país. “Da diocese de Guarapuava, foram cinco ônibus lotados. Muitas pessoas estavam participando de um encontro da RCC pela primeira vez. Isto nos deixou repletos de alegria e satisfação. Sentimos a presença do Espírito Santo nos guiando pelos melhores caminhos. Desde o início de nossa viagem, tudo foi celebração”, grifou Maria Célia.
SOBRE O ENCONTRO
O Encontro Nacional de Formação para Coordenadores e Ministérios (ENF), conforme a organização, é um momento
de profunda oração, formação geral e específica e escuta profética. Outro aspecto muito importante, segundo destacam, é a partilha dos projetos e serviços em andamento e das Moções Proféticas que direcionam os trabalhos do Movimento em todas as instâncias. “O ENF se consolida a cada ano entre os líderes da RCC e tem sido um dos eventos que mais fortalecem a unidade entre os membros do movimento no Brasil, pois é destinado a coordenadores estaduais, diocesanos, de Ministérios, de Grupos de Oração, de equipes e núcleos de serviço”, ressalta a organização em nota. Formação em questões específicas, partilha, vivência e workshops fizeram parte dos trabalhos durante os cinco dias.
ENCERRAMENTO
A missa de encerramento do ENF 2017 foi realizada na manhã de domingo, dia 29 de janeiro, no Centro de Eventos Padre Vitor Coelho. A celebração foi presidida por Dom José Aparecido Gonçalves de Almeida, bispo auxiliar de Brasília e concelebrada pelos sacerdotes participantes. Dom José começou a homilia com um agradecimento a Deus, “o Espírito Santo permanece em nós! Te louvamos pelos 50 anos da RCC. Mas dai-nos a graça de não parar na nostalgia da Glória do passado”. Direcionando a homilia para os sacerdotes que estavam no encontro,
o bispo disse: “quantos irmãos vemos pregar melhor que nós, porque falam de um Deus vivo e vívido. E muitas vezes pode gerar uma inveja em cada um de nós, mas não é necessário se preocupar, pois sempre terá trabalho para nós. Isso se os leigos fizerem a parte deles. Pois teremos que confessar mais pessoas, rezar missas mais vezes”. E reforçou, “Deus toca o coração desses consagrados (padres) para serem meio de misericórdia de Deus”, reiterou.
HISTÓRICO DA RCC
A Renovação Carismática Católica (RCC) surgiu na Igreja através de um grupo de pessoas membros de faculdades da Universidade de Duquesne do Espírito Santo, em Pittsburgh, nos Estados Unidos, que se reunia frequentemente para momentos de oração fervorosa e para conversar sobre a vitalidade de sua vida de fé. Aqueles professores haviam se
dedicado durante muitos anos ao serviço de Jesus Cristo, no momento em que se começava a procurar caminhos para pôr em prática uma renovação eclesial desejada pelo Concílio Vaticano II. Conscientes de que a força da comunidade cristã primitiva estivera na vinda do Espírito Santo em Pentecostes, começaram a orar para que esse divino Espírito manifestasse neles Sua presença cheia de poder, em favor de sua própria vida espiritual e do trabalho apostólico.
RCC NO BRASIL
Este ano, a RCC completa quarenta e oito anos de sua presença no Brasil. Na diocese de Guarapuava, o Movimento celebra quarenta anos de fundação em 2017 e está instalado na maioria das paróquias. FOTOS: Comunicação RCC e Maria Célia Guimarães
Dezenas de pessoas do Paraná participam de Encontro de Comunicação em Campo Mourão O evento acolheu o Sétimo Encontro Regional dos Coordenadores da Pascom; Terceiro Encontro de jornalistas das dioceses, e Quarto Encontro de articulação com as emissoras católicas. “Foram momentos maravilhosos, de partilha, de tomadas de decisões e de abertura de novos caminhos. Tivemos a grande oportunidade de buscar mecanismos e de trocar experiências durante dois dias. Este encontro nos motiva para seguirmos trabalhando com muita vontade pelos próximos meses de 2017, sempre focados nos interesses da Igreja”. Estas foram as palavras de Jorge Teles dos Passos, coordenador da Pastoral da Comunicação no Regional Sul 2 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), durante o Sétimo Encontro Regional dos Coordenadores da Pascom; Terceiro encontro de jornalistas das dioceses, pastorais e organismos e quarto encontro de articulação com as emissoras de rádio católicas do Paraná, do Regional Sul 2 da CNBB. Cinquenta e cinco pessoas das dioceses do Paraná, ligadas à comunicação na Igreja, se reuniram, nos dias 18 e 19 de fevereiro de 2017, na cidade de Campo Mourão, região noroeste do Paraná, para trocar experiências, discutir os novos caminhos da comunicação católica no Estado e também em âmbito nacional. Conforme destacou padre Mário Spaki, Secretário Executivo do Regional Sul 2 da CNBB, a cada encontro, há sempre novas e ótimas surpresas. Ele classifica a comunicação da Igreja Católica como de vital importância para se chegar às pessoas e tocar em assuntos de interesse de toda a sociedade. “Comunicar é plantar sementes, é a parte importantíssima da evangelização. Na bíblia, tudo o que vemos, é comunicação pura. Somos seres comunicadores e a cada momento em que nos encontramos para falar deste assunto, eu percebo que há uma grande evolução. Todo este esforço, nos mostra com clareza que estamos no caminho certo”, sublinhou o sacerdote. Dom Antônio Wagner da Silva, bispo da diocese de Guarapuava e referencial para a comunicação no Paraná, disse da
importância para o crescimento pessoal e enquanto Igreja, quando da realização de trabalhos que envolvam pessoas da comunidade em âmbito estadual. “Eu considero que a cada encontro de comunicação, plantamos uma sementinha que temos de tomar muito cuidado para que ela não pereça. Mesmo que seja uma gotinha de cada vez, precisamos regar esta planta, estas ideias, para que tudo vingue e dê bons frutos. A comunicação no Regional Sul 2 vem crescendo muito nos últimos anos, mas sabemos que temos um longo caminho a percorrer. Não podemos descuidar. É preciso regar sempre esta semente e mantê-la protegida dos contratempos”, ressaltou Dom Wagner. Os trabalhos foram desenvolvidos no Centro Diocesano de Formação Dom Eliseu Simões Mendes. No sábado, representantes da Agência Adora, da cidade de Londrina, especializada em Comunicação Católica, ministraram o curso de formação em Fotografia Religiosa. Durante os trabalhos, os participantes puderam questionar e entender o processo de criação em se tratando da captação de imagens, tratamento da mesma e também como comunicar os trabalhos da Igreja através da fotografia e de recursos audiovisuais. À noite, Dom Wagner celebrou uma missa na Catedral São José, que reuniu centenas de participantes. Depois da celebração, um jantar foi servido e, em seguida, houve partilha de experiências e apresentação dos trabalhos que cada diocese vem realizando no âmbito da comunicação. No domingo, após momento de espiritualidade, representantes da Pastoral da Comunicação (Pascom) da arquidiocese de Curitiba, fizeram o lançamento oficial do Segundo Mutirão da Comunicação (Muticom) paranaense que será realizado na Capital do Estado de 07 a 09 de julho.
“Abrir oficialmente o segundo Muticom Paranaense em um evento como este, é sinônimo de muita alegria para todos nós. Estamos plantando uma semente e, como nosso bispo referencial da comunicação no Estado já falou, queremos que esta semente seja regada, cuidada por todos para que cresça e dê bons frutos”, disse Antonio Kayser, coordenador da Pascom em Curitiba. Ao final do encontro, foi feita uma avaliação dos trabalhos desenvolvidos pelas rádios católicas do Paraná, que apresentam, semanalmente, um boletim de notícias. O boletim é editado pela Central Cultura de Comunicação, em Guarapuava, a partir das informações e reportagens repassadas pelas dioceses do Estado, e enviado para as diversas emissoras do Paraná, parceiras da Igreja, para que seja veiculado em sua grade de programação. A produção e veiculação dos boletins permanece aos cuidados da Central Cultura de Comunicação, conforme aprovação unânime dos presentes e autorização de Dom Wagner. Durante a reunião, também foi aventado a possibilidade de se implantar um site, em parceria com a Rede Católica de Rádio (RCR), com a finalidade de se publicar e disseminar as notícias das dioceses. A ideia foi encampada pelos presentes e, a partir de agora, os próximos passos serão no sentido de construção do portal de notícias. “Eu penso que isto
unirá ainda mais a Igreja através das diversas emissoras católicas do Estado. Não vamos ter custo com a manutenção deste portal por um ano, mas depois, as taxas são irrisórias. A RCR nacional propôs esta ideia e sentimos que vai ser mais um avanço para todas as emissoras do Paraná ligadas à Igreja, que passam a dispor de diversas matérias radiofônicas que estarão disponíveis para que sejam veiculadas”, ressaltou Jorge Teles. “Este novo portal vai permitir que a comunicação do Regional (Sul 2) se amplie ainda mais. Devemos ser ousados e romper com as barreiras. A troca de experiências vai unir ainda mais a região através da informação e dos programas de evangelização. Isto é um grande avanço. Não podemos parar. A comunicação é mudança e devemos estar preparados para estas mudanças”, definiu Dom Wagner. Além de Dom Wagner e Jorge Teles, da diocese de Guarapuava também participaram do encontro o radialista da Rádio Cultura, Tonico de Oliveira, José Luiz dos Santos (Centro Diocesano de Comunicação), Vanessa Paula (Coordenadora diocesana da Pascom), Adriane Bernardim (Vice Coordenadora da Pascom Diocesana) e o padre Marco Aurélio Soares da Costa, da paróquia São João Batista, em Prudentópolis. O próximo encontro de 2018 será realizado na diocese de Palmas/Francisco Beltrão.
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Diocese de Guarapuava
Março - 2017
Campanha da Fraternidade 2017 começa no dia 01 de março A diocese de Guarapuava trabalhará questões inerentes à Mata Atlântica. Incentivo ao cultivo e consumo de produtos orgânicos estão entre as prioridades. A Campanha se estenderá por todo o ano de 2017. Com o tema “Fraternidade: biomas brasileiros e defesa da vida”, e lema “Cultivar e guardar a Criação”; inicia-se no dia 01 de março a Campanha da Fraternidade 2017. Os direcionamentos dos trabalhos foram definidos pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) no dia 02 de maio de 2016, após ampla discussão. O tema que será abordado não só durante a quaresma, mas por todo o ano de 2017, também passou por avaliação durante a 54ª Assembleia Geral da CNBB, realiza no mês de abril do ano passado, cerca de trinta dias após as primeiras discussões sobre o assunto. Desde então, muitos encontros e conversas entre as dioceses e comunidades de todo o país, possibilitaram afinar ainda mais o entendimento sobre a CF de 2017, que pode ser entendida como uma sequência da (CF) realizada no ano anterior, que tinha como tema: “Casa comum, nossa responsabilidade” e o lema “Quero ver o direito brotar como fonte e correr a justiça qual riacho que não seca” do livro de Amós 5.24. Tanto a proposta do ano passado, quanto a deste ano, estão em sintonia com a Encíclica do papa Francisco, “Laudato Si”, que também discorre sobre os cuidados com o meio ambiente. Quando a CF 2017 foi definida oficialmente, o subsecretário-adjunto de pastoral, monsenhor Antônio Luiz Catelan Ferreira, explicou que, na reunião, o grupo teve a oportunidade de fazer o primeiro estudo do texto da Campanha. “Em geral, o texto que é apresentado, passa por várias revisões e esse é o primeiro contato feito por nós”, afirmou na ocasião. Ao falar sobre os cuidados necessários para com a criação, em especial para com os biomas brasileiros, o
bispo auxiliar de Brasília (DF) e secretário geral da CNBB, Dom Leonardo Ulrich Steiner, destacou que a proposta é dar ênfase a diversidade de cada bioma e criar relações respeitosas com a vida e a cultura dos povos que neles habitam, especialmente à luz do Evangelho. Para ele, a depredação do ecossistema é a manifestação da crise ecológica que pede uma profunda conversão interior. “Ao meditarmos e rezarmos os biomas e as pessoas que neles vivem, sejamos conduzidos à vida nova”, sublinha. Ainda de acordo com o bispo, a CF deseja, antes de tudo, que o cristão seja um cultivador e guardador da obra criada. “Cultivar e guardar nasce da admiração. A beleza que toma o coração faz com que nos inclinemos com reverência diante da criação. A Campanha deseja, antes de tudo, levar à admiração, para que todo cristão seja um cultivador e guardador da obra criada. Tocados pela magnanimidade e bondade dos biomas, seremos conduzidos à conversão, isto é, cultivar e a guardar”, detalha. Além de abordar a realidade dos biomas brasileiros e as pessoas que os habitam, a CF deseja despertar as famílias, comunidades e pessoas de boa vontade para o cuidado e o cultivo da Casa Comum. Para ajudar nas reflexões sobre a temática são propostos subsídios, sendo o texto-base o principal. Dividido em quatro capítulos, a partir dos métodos: Ver, Julgar e Agir, o texto-base faz uma abordagem dos biomas existentes, suas características e contribuições eclesiais. Também traz reflexões sobre os biomas e os povos originários, sob a perspectiva de São João Paulo II, Bento XVI e o Papa Francisco. Ao final, são apresentados os objetivos permanentes da Campanha, os temas anteriores e os gestos concretos previstos durante a Campanha 2017.
REGIÕES
“O Senhor Deus tomou o homem e o colocou no jardim do Éden, para o cultivar e guardar.” (Gn 2, 15)
Com foco na geografia do país, o Regional Sul 2 da CNBB, trabalhará assuntos inerentes à Mata Atlântica, vegetação característica do Paraná. Nos encontros entre as famílias e grupos de estudos, o subsídio da CNBB, fornece aporte para que se conheça com mais profundidade o ecossistema, suas dificuldades, belezas e também perspectivas futuras em se tratando de preservação e melhorias. Segundo o padre Itamar Abreu Turco, coordenador da Ação Evangelizadora e também do Centro Diocesano de Comunicação da diocese de Guarapuava, que pertence ao Regional Sul 2 da CNBB, a intenção é a de ampliar os conhecimento em se tratando da Mata Atlântica e também promover a produção e o consumo de produtos orgânicos, bem como preservar e plantar vegetação típica da região. “Nós, da diocese de Guarapuava, vamos nos embasar no capítulo três do Texto-Base, no subtema Agir para promover mudanças de pensamentos e de atitudes junto às famílias. Vamos incentivar a produção e o consumo de
produtos orgânicos. Também vamos trabalhar com as comunidades a melhor maneira de repor na natureza o que foi degradado. Com isso, acreditamos que cada pessoa envolvida no processo, possa assimilar o meio ambiente à sua volta e fazer o melhor em se tratando de cuidados”, afirmou. Dentre as atividades inerentes à Campanha da Fraternidade 2017, está o incentivo e instruções para que lideranças sejam formadas junto às comunidades. Estas lideranças, conforme explica padre Itamar, continuarão com os trabalhos mesmo depois do fim da CF. “A ideia é manter estes grupos de estudos que estão se formando nas paróquias a fim de que as ações de preservação e de cuidados para com o meio ambiente se tornem permanentes. A juventude da diocese está empenhada neste projeto e muitas pessoas já passaram por treinamentos no final de 2016. O trabalho é contínuo, mas se acreditarmos, os resultados com certeza serão visíveis e sentidos por todos”, concluiu o sacerdote.
Março - 2017
Diocese de Guarapuava
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Segundo bispo de Guarapuava morre em Londrina aos 86 anos de idade Dom Albano Bortoletto Cavallin era arcebispo emérito de Londrina e passava por tratamento cardíaco. Sua morte, segundo a CNBB, representa uma grande perda para a Igreja do Brasil. No início da tarde do último dia 01 de fevereiro a Igreja do Paraná se entristeceu. Por causa de uma complicação cardíaca, morreu em Londrina, o arcebispo emérito daquela arquidiocese e segundo bispo da diocese de Guarapuava, Dom Albano Bortoletto Cavallin. Dom Albano tinha 86 anos e estava internado no Hospital Evangélico daquela cidade para realizar uma operação na válvula do coração. Ele não resistiu e morreu no início da tarde de quarta-feira, dia 01 de fevereiro de 2017. Ao saber da notícia, o bispo de Guarapuava, Dom Antônio Wagner da Silva, emitiu uma nota de pesar pela morte do amigo e companheiro de muitos trabalhos junto à Igreja. Diz a nota: “A Diocese de Guarapuava com sentimento de saudade e gratidão expressa o pesar pelo falecimento de Dom Albano Bortoletto Cavallin. Segundo Bispo Diocesano de Guarapuava, Dom Albano, nos cinco anos à frente da Diocese deixou marcas indeléveis, sobretudo nas questões sociais, evangelização e catequese. Pregador de fala fácil e convincente, Dom Albano era um grande contador de histórias. Lembramos sua carta de despedida: ‘Continuarei, sempre, rezando por vocês, pois, como diz o poeta: És eternamente responsável por aqueles que cativastes’. Hoje, no céu, continua rezando por nós, e nós, ainda peregrinos, continuamos rezando por ele. Unidos em oração pedimos ao Senhor que conceda a Dom Albano a graça de participar da alegria da vida eterna, na certeza do Cristo ressuscitado. Nosso irmão Bispo Dom Albano, descanse em paz.
EVANGELIZAÇÃO
Evangelizador e muito carismático com as pessoas, tendo posições firmes quanto à Justiça, o Direito, a Política e a Cidadania, o bispo se envolveu em muitos conflitos, principalmente em questões agrárias que, naquela ocasião eram frequentes em todo o Brasil. “Dom Albano foi sempre
Fotos: Arquivo da Catedral Nsa. Sra. de Belém
Guarapuava, 01 de fevereiro de 2017. Dom Antônio Wagner da Silva, scj Bispo Diocesano”.
SEGUNDO BISPO
Dom Albano foi o segundo bispo a assumir a diocese de Guarapuava. Ele foi nomeado pelo Papa João Paulo II, no dia 14 de dezembro de 1986 quanto tomou posse na cidade. Foi um momento de grande festa, segundo matérias de jornais da época. A posse de Dom Albano foi realizada na Paróquia Santa Terezinha, em Guarapuava e foi presidida por Dom Calo Furno, à época, Núncio Apostólico do Brasil. Arcebispos e bispos de várias regiões do Brasil, bem como autoridades civis e militares participaram da cerimônia que, também de acordo com matéria jornalística da época, foi muito emocionante. Antes de trabalhar em Guarapuava, Dom Albano trabalhou em Curitiba por treze anos, exercendo as funções de bispo auxiliar daquela arquidiocese. Ele foi ordenado bispo no dia 28 de agosto de 1973. Em Guarapuava, Dom Albano trabalhou por seis anos, quando então, deixou a diocese e voltou para Curitiba por um curto período. Logo depois, ele foi nomeado arcebispo de Londrina, no norte do Paraná. Com foco na catequese e na evangelização, mesmo permanecendo pouco tempo em Guarapuava, Dom Albano conseguiu desempenhar um trabalho considerado por muitas pessoas como brilhante. Ele deixou um legado importante para a diocese que permanece até hoje. Relatos de textos jornalísticos da época descrevem que “a diocese de Guarapuava passou a ser conhecida no país inteiro depois da chegada de Dom Albano na cidade”.
um homem de posições firmes e um verdadeiro pregador da justiça. Em Guarapuava, acredito que ele chegou a ser mal compreendido em muitos momentos por se posicionar e defender de forma clara os mais pobres, as pessoas que sofriam. Dom Albano contribuiu de forma grandiosa para com a catequese, a evangelização e também para com a cidadania. Seu interesse pelo ser humano e a forma carismática com que tratava todas as pessoas, eram impressionantes. A diocese de Guarapuava deve muito a este homem que, mesmo tendo ficado pouco tempo à frente dos trabalhos pastorais, conseguiu fazer grande obras no campo da fé, da evangelização, das questões humanas”, recorda o pároco da paróquia Bom Jesus, em Guarapuava, padre José de Paulo Bessa que conviveu com Dom Albano e tratou de diversos assuntos com ele. Quando da saída de Guarapuava, Dom Albano escreveu uma carta que publicou no Boletim Diocesano. O artigo era intitulado “Carta do adeus”, reproduzido abaixo:
Carta do adeus
Durante 5 anos, através do Boletim Diocesano, escrevi mais de 200 cartas aos irmãos da Diocese de Guarapuava. No dia 14 de dezembro de 1986, não imaginava que para o dia 09 de maio de 1992, haveria de escrever certa carta de adeus. Foram 5 anos abençoados de convivência fraterna e amiga. Agradeço a Deus e aos irmãos às graças, à bondade, o carinho de tantos encontros, novos amigos, diálogos e bons exemplos que recebi. De minha parte, posso dizer que procurei cumprir com a minha missão de Pastor da Diocese, com muita fé, esperança e amor. Essa despedida nos faz pensar. Como é importante agir sempre com reta intenção. Pois quando menos esperamos, o Senhor nos chama, ou para lugares ou para a vida eterna. Esta despedida nos faz pensar que todos somos necessários, mas só Deus é indispensável. Os italianos têm um provérbio consolador que diz: “Morre um Papa, faz-se outro”. É assim a vida. Só Deus é eterno e é o tudo de nossas vidas. E Cristo, de quem fui empregado durante 5 anos em Guarapuava, continua sempre ao nosso lado. Se tivesse que deixar recados, seriam estes: • Façam de Cristo o tudo de suas vidas e Ele os fará felizes. • Rezem, desde já, pelo novo Bispo e recebam-no com fé e carinho, pois, pensando bem, é Deus que está por trás de todos os acontecimentos. Continuarei, sempre, rezando por vocês, pois como diz o poeta: “És eternamente responsável por aqueles que cativastes”. O Irmão Bispo Albano
BIOGRAFIA DE DOM ALBANO • Dom Albano Bortoletto Cavallin, era filho de Pedro Cavallin e Celestina Bortoletto Cavalin. Ele nasceu no dia 25 de abril de 1930 no município da Lapa, Paraná.
• Fez curso de especialização em Roma entre os anos de 1960 e 1961. Também na Europa, estudou sobre Pastoral em Brugues, na Bélgica, durante o ano de 1969.
• Estudou no Seminário Menor de São José, em Curitiba e também, no Seminário Maior de Ipiranga, em São Paulo. Ao todo, foram treze anos de estudos, de 1940 a 1953.
• É escolhido membro da Comissão Pastoral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) por dois períodos, compreendendo os anos de 1979 a 1986.
• No dia 28 de agosto de 1973, é ordenado bispo.
• Foi ordenado sacerdote no dia 06 de dezembro de 1953, aos 24 anos.
• Toma posse como segundo bispo da diocese de Guarapuava no dia 14 de dezembro de 1986.
• Recém-ordenado, exerceu suas funções na Catedral de Curitiba de 1954 a 1957.
• É escolhido pela terceira vez para ocupar lugar junto à Comissão Pastoral da CNBB por um período de quatro anos, na dimensão Bíblico-Catequética, em 1991.
• Foi Vice-Reitor do Seminário Maior de Curitiba em 1957.
• Nomeado arcebispo de Londrina, no dia 11 de março de 1996, assume suas funções naquela arquidiocese no dia 09 de maio do mesmo ano.
• De 1958 a 1963, com intervalos para estudos, exerceu as funções de pároco na paróquia Santa Terezinha, em Curitiba. • No Seminário Maior Rainha dos Apóstolos, também na Capital paranaense, foi Diretor Espiritual, permanecendo nesta atividade por dez anos, de 1963 a 1973.
• Em 2006, aos 75 anos de idade, apresentou renúncia de seu cargo conforme determinação do Direito Canônico da Igreja Católica. • Como arcebispo emérito da arquidiocese de Londrina, ele continuou com seu trabalho pastoral e catequético. Recentemente, foi lançado um livro com sua biografia.
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Março - 2017
Decanato Laranjeiras
Laranjeiras do Sul • Quedas do Iguaçu • Espigão Alto do Iguaçu • Nova Laranjeiras Marquinho • Rio Bonito do Iguaçu • Porto Barreiro • Virmond • Cantagalo
Pastoral do Dízimo de Virmond promove primeira visita de 2017
Jovem de Laranjeiras do Sul é ordenado padre em Roma
O projeto tem por objetivo integrar cada vez mais as famílias com a Igreja e reforçar a importância da consagração do Dízimo como pilar de sustentação da comunidade.
Conforme destacou, desde cedo sentiu que tinha vocação para o sacerdócio e passou a conhecer melhor os trabalhos desenvolvidos principalmente pelos missionários.
A Pastoral do Dízimo da Paróquia Nossa Senhora do Monte Claro, em Virmond, começou o ano de 2017 com as tradicionais visitas às famílias da comunidade. Todos os meses, há vários anos, há um sorteio que indica qual família será visitada e presenteada pelos representantes da Pastoral do Dízimo. No mês de janeiro quem recebeu os integrantes da Pastoral foi a família de Mário Maciel, que mora no perímetro urbano do município. “A cada visita, sentimos a verdadeira alegria da partilha e do acolhimento. Ao visitarmos a família de Mário Maciel, rezamos, cantamos e agradecemos a Deus por este momento importante e base de
toda a comunidade que é a consagração do Dízimo. Todos os meses, em nossas visitas aos dizimistas, sabemos que muita coisa muda e para melhor nas famílias e em nossa comunidade. Só temos a agradecer”, grifou Joanes Mierzva, integrante da Pastoral do Dízimo na paróquia.
VISITA EM FEVEREIRO
Respeitando a regra dos sorteios realizados sempre um mês antes, em fevereiro, a Pastoral do Dízimo da paróquia Nossa Senhora do Monte Claro, em Virmond, visitou a família de Lizete e Francisco de Paula e também de Flora Klak, que moram na sede do município. Na ocasião, como é de praxe, os visitantes rezaram com a família, refletiram textos bíblicos e cantaram em agradecimento pelas graças recebidas. Ao final, os anfitriões recebem um presente que é oferecido pelos membros da Pastoral como forma de incentivar, cada vez mais, a consagração do dízimo nas comunidades como pilar de sustentação da Igreja.
Joanes Mierzva, um dos coordenadores da Pastoral do Dízimo na paróquia, contou que as visitas sempre resultam em aprendizados e descobertas de novas histórias que, por vezes, mesmo estando diante dos olhos, passam despercebidas. Ele julga as visitas como fator essencial para unir as famílias em prol da comunidade. “A cada visita, a gente descobre uma história diferente vivida pelas pessoas. Os testemunhos de fé, esperança e partilha são muitos. Percebemos que as famílias depositam toda confiança em Deus e isto nos motiva, cada vez mais a seguir com esta caminhada”, observou Joanes.
No dia 10 de dezembro de 2016, Mairon Wesley Gavlik Mendes, da cidade de Laranjeiras do Sul, foi ordenado padre pela congregação Legionários de Cristo. A cerimônia foi realizada em Roma, na Basílica Papal, São João de Latrão e contou com centenas de pessoas, além da presença de familiares do sacerdote que viajaram para participar do evento. O cardeal Dom Pietro Parolin, secretário de Estado do Vaticano foi quem concedeu a Ordem ao novo sacerdote. Padre Mairon nasceu no dia 26 de setembro 1985 em Laranjeiras do Sul. Ele tem um irmão mais novo, além de vários primos. Segundo contou, seus pais sempre participaram da Igreja ativamente. Ele considera que teve uma infância feliz, sempre participando de esportes e eventos religiosos junto à comunidade. Conforme destacou, desde cedo sentiu que tinha vocação para o sacerdócio e passou a conhecer melhor os trabalhos desenvolvidos principalmente pelos missionários. “Desde pequeno, tive a oportunidade de conhecer bons sacerdotes, homens de Deus a serviço dos próprios irmãos. Impressionavam-me, de modo especial, aqueles missionários que deixavam a própria terra para levar o amor de Deus onde faltavam sacerdotes. Não precisei ir muito longe para saber desta realidade. Eu conhecia vários lugares onde, por falta de padres, não se rezavam missas. Naqueles instantes, eu me via pensando: ‘se eu fosse sacerdote, poderia ajudar essas pessoas’. Um dia, conheci um padre missionário que me impressionou pelo seu modo de ser. Era um sacerdote da Congregação Legionários de Cristo que dava acompanhamento a jovens que estavam pensando em entrar para o seminário. Quando fiquei sabendo disto, perguntei a ele se eu também poderia fazer uma experiência vocacional para ver se aquilo era para mim. Tive que esperar, pois era muito jovem. O tempo foi passando e a juventude trouxe outros interesses. Contudo, sabia que em algum momento da minha vida, deveria fazer uma experiência vocacional no seminário daquele padre para ter certeza do que Deus tinha pensado para mim, do que eu queria fazer com minha vida”, descreveu. Padre Mairon lembra que quando a oportunidade surgiu, ele foi convidado a conviver um mês com os padres daquela congregação. Ele conta que muitos dos amigos e conhecidos duvidavam que ele
permanecesse na instituição por mais de trinta dias. “Eu era um jovem que gostava mais de esportes, passear, sair com os amigos, fazer festa. Externamente, meu perfil não era muito de oração. Ademais, estava a quase 400 quilômetros da minha casa, o que implicaria ficar longe dos pais. Aquilo não parecia ter muito futuro. Mas eu queria fazer aquela experiência. Foi muito boa. Experimentei a presença muito próxima de Deus e de Nossa Senhora, a quem desde pequeno, fui devoto. Também me senti em casa, numa nova família”, relembrou. Depois da experiência, o sacerdote contou que decidiu permanecer no seminário e estudar cada vez mais com o intuito de ser ordenado. Vários anos se passaram e a certeza da vocação sacerdotal continua latente, conforme contou. Ele também disse considerar a congregação como sua segunda família. “A Legião de Cristo foi a segunda família que Deus pensou para mim. Ali, pude conhecê-Lo mais, experimentar Seu amor, viver a realidade da Igreja que é um corpo feito de muitos membros, mas alimentados pelo mesmo espírito vital e guiados pela mesma cabeça que é Cristo. Sobretudo, sempre me identifiquei com o carisma do Regnum Christi, que é viver como apóstolo, formando outros apóstolos”, refletiu. Padre Mairon disse que se sente realizado por ter descoberto sua vocação e destaca que ser padre é para ele, motivo de muitas felicidades. No dia 25 de dezembro de 2016, dia de Natal, o sacerdote rezou sua primeira missa no Brasil. A celebração foi realizada às 19 horas, na Igreja Matriz, Sant’Ana, em Laranjeiras do Sul, sua terra natal. O novo sacerdote passa a desempenhar suas funções na cidade de Santa Isabel, em São Paulo.
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Março - 2017
Diocese de Guarapuava
Pinhão • Prudentópolis • Entre Rios • Foz do Jordão • Candói • Inácio Martins Palmeirinha • Turvo • Reserva do Iguaçu • Campina do Simão • Goioxim
Decanato Pinhão NOTÍCIAS PAROQUIAIS: Campina do Simão
Congregação Vicentina celebra quatro séculos de sua fundação em 2017
Viagem ao Santuário Nacional de Aparecida, recepção de relíquias e realização da primeira missa promovida pela Renovação Carismática Católica, marcaram os meses de dezembro e janeiro na paróquia.
Na diocese de Guarapuava, os Vicentinos estão presentes na paróquia São João Batista, em Prudentópolis, desde 07 de setembro de 1906.
ENCONTRO NACIONAL DA RCC
Através de diversas atividades, o Grupo de Oração Arcanjos de Deus se destacou, no último mês, na paróquia Nossa Senhora Aparecida, em Campina do Simão, com o desenvolvimento de diversos trabalhos junto à comunidade. De 25 a 29 de janeiro, integrantes da coordenação participaram, em Aparecida, São Paulo, do Encontro Nacional de Formação da Renovação Carismática Católica (RCC). Eles viajaram junto com as demais pessoas que, em caravana, celebraram o momento considerado um dos mais importantes para o Movimento no mundo, no Brasil e também na diocese. Este ano, a RCC celebra meio século de existência no mundo, quarenta e oito anos de sua presença no Brasil e quarenta anos de atuação na diocese de Guarapuava onde o movimento se faz presente na maioria das paróquias e comunidades. Vários ônibus partiram de Guarapuava, levando mais de duzentas pessoas dos quatro decanatos da diocese para participar do encontro. “Foram momentos importantes para o grupo. Vivemos experiências maravilhosas no Santuário da Mãe Aparecida”, diz uma nota dos participantes de Campinha do Simão.
ANFITRIÕES
No dia 11 de dezembro de 2016, o Grupo de Oração Arcanjos de Deus, da paróquia Nossa Senhora Aparecida, em Campinha do Simão, recebeu a visita de jovens da Paróquia Imaculada Conceição, de Canta Galo. Houve missa pela manhã e, durante todo o dia, atividades variadas com foco na juventude, pontuaram os trabalhos. O encontro, conforme a coordenação; teve por objetivo promover a partilha e reforçou os laços de amizade entre os jovens das duas cidades.
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PARÓQUIA RECEBE RELÍQUIAS
No mês de dezembro de 2016, a paróquia Nossa Senhora Aparecida, em Campina do Simão, acolheu as relíquias da beata Elena Guerra. O evento foi acompanhado por centenas de pessoas que, segundo contaram, se sentiram abençoadas por poderem participar de algo histórico e muito importante para todos da comunidade.
SOBRE A BEATA
Elena Guerra nasceu em Lucca (Itália), no dia 23 de Junho de 1835. Viveu e cresceu em um clima familiar profundamente religioso. Durante uma longa enfermidade, se dedica à meditação da Palavra de Deus e ao estudo dos padres da Igreja, o que determina sua orientação da vida interior e de seu apostolado; primeiro na Associação das Amigas Espirituais, idealizada por ela mesma para promover entre as jovens a amizade em seu sentido cristão, e depois nas Filhas de Maria.
MISSA DA RCC
No dia 11 de dezembro de 2016, jovens do Grupo de Oração Arcanjos de Deus, organizaram a primeira missa promovida pela Renovação Carismática Católica (RCC), naquela comunidade. Centenas de pessoas participaram do evento. A celebração foi presidida por frei Domingos Hellmann, que trabalha na paróquia Imaculada Conceição, em Mangueirinha. Um retiro, com palestra conduzida pelo pregador Almir Gaspar, da cidade de Cascavel, conforme grifam os participantes foi ponto fundamental para o evento. Experiente, Gaspar falou de sua trajetória junto à RCC e também dos compromissos assumidos pela comunidade ao implantar o Movimento em suas paróquias.
Em todo o mundo, as congregações religiosas sempre representaram verdadeiros pilares de sustentação para a Igreja. Sem a presença e doações dessas congregações, muitos dos serviços não se realizariam e cidades e nações inteiras pereceriam. No Brasil, as congregações religiosas desempenharam e continuam desempenhando papéis importantes e fundamentais para o desenvolvimento humano. As ações dessas instituições são inúmeras e, a cada dia, seus serviços se tornam vitais para as comunidades. Em 2017, a Congregação da Missão (CM), que é formada por padres e irmãos religiosos, os conhecidos Vicentinos, completa quatrocentos anos de fundação. Na diocese de Guarapuava, os Vicentinos estão presentes na paróquia São João Batista, em Prudentópolis e desempenham diversas atividades junto àquela comunidade que é formada por setenta e cinco capelas. A paróquia de Prudentópolis é a maior da diocese de Guarapuava e foi fundada no dia 07 de setembro de 1906. Em 2017, os Vicentinos completam cento e onze anos de atuação na cidade.
VICENTINOS NO MUNDO
Para comemorar os quatro séculos de existência da Congregação, em todos os países onde esta atua, estão sendo preparados gestos concretos e reflexões, características de seus fundadores e do carisma da instituição. Este ano, os trabalhos serão voltados em favor dos estrangeiros, com foco nos migrantes e refugiados de países e regiões em guerra ou em conflito. O carisma vicentino foi iniciado em 1617, na Igreja de Chatillon, quando Vicente de Paulo exortou os fiéis a ajudarem uma família pobre da paróquia. A família foi salva pela pronta resposta a este convite à ação e como resultado deste momento, Vicente compreendeu que a caridade para ser efetiva devia também estar bem organizada, um evento que tem mudado o mundo nos últimos 400 anos.
“Quem são os estrangeiros entre nós? Como nós os apoiamos atualmente? Quais são as novas necessidades que emergem? Como nós podemos responder a estas necessidades? Poderíamos ser nós os estrangeiros com necessidade de acolhimento?”. São algumas das perguntas que a Família Vicentina irá responder em uma consulta que já foi lançada em seus diversos setores, através de vários mecanismos de comunicação e interação, conforme contam. A pesquisa junto com as novas ideias darão origem a um plano de trabalho a ser executado em 2017. O padre Gregory Gay, Superior Geral da Congregação da Missão (ordem dos padres, fundada por São Vicente de Paulo), definiu que entre 1º de janeiro e 31 de dezembro de 2017 será o “Ano da Acolhida ao Estrangeiro”. “Este fato histórico nos faz lembrar um texto bíblico que está no coração de nossa comum vocação vicentina (Mt 25, 35): ‘Eu era estrangeiro e vocês me acolheram’. Compreendendo e ajudando os estrangeiros em nosso meio, assumimos solidariamente aquele acontecimento de Châtillon e realizamos de fato nossa vocação vicentina: concretizamos o exemplo do Bom Samaritano em nossa comunidade”, disse em mensagem para os membros da Congregação a quem chama de Família. ‘Acolher os estrangeiros em nosso meio deveria ser visto também como um convite a todos os que compartilham nossos valores, nossa missão ou espiritualidade vicentina ou poderiam interessar-se por estas realidades. As pessoas a quem normalmente servimos são tão capazes como nós de acolher estrangeiros, se os convidarmos para isto. Não depende de poder, riqueza ou status. É para todos nós, uma oportunidade de ser parte de nossa família e participar das celebrações ao longo desse ano”, acrescentou.
Membros do Terço dos Homens de Turvo participam de romaria a Aparecida (SP)
Em relação ao ano passado, o número de participantes mais que dobrou. Em 2016, quinze pessoas participaram. Este ano, mais de cinquenta membros do Movimento marcaram presença no Santuário. Aproximadamente cinquenta pessoas, membros do Movimento Terço dos Homens da paróquia Nossa Senhora Aparecida, em Turvo, viajaram, no último dia 16, de fevereiro, às 14 horas ao Santuário Nacional de Aparecida, em São Paulo. A viagem foi em cumprimento à IX Edição de uma romaria promovida pela paróquia e que, segundo a organização, tem o número de participantes aumentado a cada ano. Membros do Movimento das comunidades Maria Mãe da Igreja, de Guarapuava; Ibema e Saudade Santa Anita, ambas do município de Turvo, se juntaram ao grupo para participar do
encontro que foi realizado do dia 17 ao dia 19 de fevereiro. Segundo o coordenador do Movimento Terço dos Homens, Everaldo Soares, no início, poucas pessoas participavam da Romaria, mas na medida em que o tempo foi passando, o evento começou a atrair mais gente interessada no projeto evangelizador. “No ano passado, o Movimento enviou quinze pessoas. Porém, este ano, a procura foi muito maior e mais de cinquenta membros do Terço dos Homens viajaram ao Santuário para participar do encontro que reuniu pessoas de diversos lugares do Brasil. Isto mostra que estamos no
caminho certo e que através das orações, as coisas mudam para melhor”, comemorou Everaldo. Uma vez no Santuário, os romeiros participaram de missas, consagração, procissões, programas de rádio e TV, além de diversas atividades que se somaram às comemorações dos trezentos anos de encontro da Imagem de Nossa Senhora, no Rio Paraíba do Sul. “Foi muito bom poder participar novamente desta viagem. No ano passado, a visita ao Santuário nos rendeu muitas graças. Agora, tivemos a oportunidade
de agradecer pelas bênçãos recebidas e renovar nossa fé junto a Nossa Senhora. Foi motivo de muitas alegrias para todos nós, participarmos deste encontro juntamente com tantas pessoas imbuídas pela fé e pelo compromisso com Jesus Cristo e Maria”, finalizou Everaldo.
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Diocese de Guarapuava
Março - 2017
Pitanga • Palmital • Barra Santa Salete • Cândido de Abreu • Rosário do Ivaí • Nova Tebas • Mato Rico Altamira do Paraná • Santa Maria D’Oeste • Laranjal • Boa Ventura de São Roque • Rio Branco do Ivaí • Manoel Ribas
Decanato Pitanga NOTÍCIAS PAROQUIAIS: Cândido de Abreu
Manoel Ribas: Paróquia Santo Antônio acolhe ordenação presbiteral
Conforme destaca o pároco, padre Zdzislaw Nabiaczyk, através dos trabalhos em conjunto, as mudanças para melhor são possíveis junto à paróquia.
Depois da ordenação, os presentes participaram de um jantar que foi servido no salão paroquial. No domingo, dia 29 de janeiro, o novo padre celebrou sua primeira missa na Matriz.
e colaboração em nossa festa. Desejamos que São Sebastião abençoe a todos e que Nossa Senhora Aparecida derrame suas graças sobre todos os paroquianos de Cândido de Abreu”, finaliza a Pascom.
NOVENAS DE NATAL PROMOVEM CRESCIMENTO COMUNITÁRIO
Há mais de dois meses do Natal e as Novenas continuam a produzir bons resultados nas famílias que pertencem à paróquia Senhor Bom Jesus, em Cândido de Abreu. Conforme destaca a Pastoral da Comunicação (Pascom), em nota, os encontros em preparação para celebrar o nascimento de Jesus Cristo foram responsáveis por unir as famílias através da oração, da fé e da partilha. “Durante as Novenas, a paróquia conseguiu despertar o espírito natalino nas pessoas da comunidade. As Novenas são instrumentos de mudança, de confraternização e de entendimento da verdadeira mensagem cristã. A participação maciça das pessoas nas celebrações é o reflexo desta transformação”, salienta a Pascom.
FESTA DE SÃO SEBASTIÃO
No último dia 05 de fevereiro, a paróquia Senhor Bom Jesus, de Cândido de Abreu, realizou a tradicional Festa de São Sebastião. Todos os anos, centenas de pessoas de todas as regiões do município se reúnem para participar do evento que já se tornou tradicional naquela paróquia. A cada edição, um assunto é trabalhado nas celebrações de preparação. Este ano, o tema discutido foi: “O Rosto Misericordioso de Maria”, por ocasião das comemorações dos trezentos anos de encontro da imagem de Nossa Senhora, no Rio Paraíba do Sul, em São Paulo. Uma novena de preparação que foi realizada de 28 de janeiro a 05 de fevereiro, com início às 19 horas e reuniu muitas pessoas, conforme destaca a Pastoral da Comunicação (Pascom) daquela comunidade. “Foram nove dias de bênçãos, agradecimentos e intenções com a participação de muitas pessoas de nossa comunidade”, diz uma nota. Na noite de 01 de fevereiro, após a missa, houve quermesse com as tradicionais barraquinhas de salgados e doces, além de apresentações artísticas e dança. No dia da festa, 05 de fevereiro, a programação começou com a celebração da missa e encerramento da novena às 10 horas da manhã. Ao meio dia, um almoço à base de churrasco foi servido. À tarde, as comemorações prosseguiram com brincadeiras e leilão. A festa foi encerrada à noite, com música e dança. “Agradecemos a todos pela participação
PARÓQUIA PROMOVE ENVIO DE NOVOS MINISTROS DA EUCARISTIA
Depois de terem passado por um longo período de formação, seis novos ministros da eucaristia receberam envio no último dia 17 de dezembro de 2016. A partir de agora, eles estão aptos distribuírem Comunhão, a visitarem doentes e a celebrarem cultos, dentre outras atividades inerentes à função. Edson Roberto de Andrade, Ivete Maria dos Santos da Silva, Maria Aparecida de Souza Batista, Neusa Cardoso dos Santos Martins, Vânia das Graças Cupertino Rosa e Vera Lucia Kudreke Grabas fazem parte no novo grupo que passa a atuar junto às comunidades da paróquia Senhor Bom Jesus, em Cândido de Abreu. Para os próximos meses, de acordo com o pároco, padre Zdzislaw Nabiaczyk, quatro novos ministros serão enviados. Atualmente, Roberto Marques de Oliveira Bossoni, Cecilia Jombra, Maria Silvanir Blum Medrek e Sueli Maria Kobilacz Farias passam pelo período de formação e estudos.
Foi com grande festa, conforme relato da Pastoral da Comunicação (Pascom), que a paróquia Santo Antônio, em Manoel Ribas, celebrou, no último dia 28 de janeiro, a ordenação sacerdotal do diácono Marcio André da Silva, da Congregação dos Missionários de São Carlos, os Scalbrinianos (CS). Conforme entendimento entre os bispados da diocese de Guarapuava e de Foz do Iguaçu, quem deu a ordem ao novo sacerdote foi o bispo de Foz do Iguaçu, Dom Laurindo Guizzardi, que também pertence à mesma Congregação do agora padre Marcio. A Matriz ficou lotada para acolher o evento que começou às 19 horas. Dezenas de padres e familiares de várias partes do país participaram da celebração. Dentre os sacerdotes, estavam um irmão e um primo de padre Marcio. “Foi um momento importante para nossa paróquia. Muitas pessoas participaram do evento que foi marcado por lembranças, emoções e felicitações por parte de todos. Contamos com as presenças do irmão e do primo do padre Marcio, sacerdotes da mesma congregação”, detalha a Pascom em nota.
De 25 a 27 de janeiro, a celebração do Tríduo serviu de preparação para a ordenação. Durante os três dias, os participantes puderam refletir sobre o sacerdócio e sua importância para a comunidade, de acordo com relatos. “Nos três dias, a comunidade pôde entender sobre a importância do sacerdócio para a Igreja. Os momentos foram de oração e de partilha”, descreve a Pascom. Depois da ordenação, os presentes participaram de um jantar que foi servido no salão paroquial. No domingo, dia 29 de janeiro, o novo padre celebrou sua primeira missa na Matriz com a participação de centenas de pessoas da comunidade e membros de sua família. Padre Marcio retornou para Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, onde desempenhará suas funções. Com informações e fotos da Pascom de Manoel Ribas
NOTÍCIAS PAROQUIAIS: Nova Laranjeiras A paróquia São João Batista, em Nova Laranjeiras, inicia os trabalhos catequéticos de 2017 a partir do dia 05 de março. Uma celebração na Matriz marcará a data.
ENCONTRO CATEQUÉTICO
No dia 08 de fevereiro último, catequistas da paróquia Senhor bom Jesus, em Cândido de Abreu, se reuniram para tratar da preparação dos trabalhos para o ano de 2017. O encontro foi coordenado pelo pároco, padre Zdzislaw Nabialczyk. Na ocasião, os catequistas tiveram a oportunidade de conversar e tirar dúvidas quanto aos trabalhos. Os presentes também expuseram pontos de vista com o intuito de melhorar cada vez mais os trabalhos junto aos catequizandos. “O formador reforçou o convite para o trabalho com o Ano Mariano na catequese e também explicou sobre a importância que os catequistas têm na vida de seus catequizandos. Agradecemos a participação de todos e desejamos um bom ano catequético com a proteção de Nossa Senhora Aparecida e de todos os anjos”, grifou a Pastoral da Comunicação (Pascom), em nota.
No dia 05 de março, a paróquia São João Batista, em Nova Laranjeiras, promove a abertura dos trabalhos da Catequese para 2017. Com o intuito de marcar a data de início dos estudos, será celebrada uma missa, às 08h30 da manhã, na Matriz com a presença dos catequistas catequizandos, além de toda a comunidade. Atualmente, vinte e dois catequistas da cidade, trabalham com os cerca de duzentos catequizandos da Primeira Eucaristia e Crisma. “Além
dos catequizandos da cidade, também temos várias crianças, adolescentes e jovens das comunidades que iniciarão os trabalhos a partir do dia 06 de março. As datas são estipuladas pelas capelas e todos são convidados a participar”, destacou o secretário paroquial, Emerson Pilarski. A paróquia São João Batista, em Nova Laranjeiras, atende a trinta e oito comunidades. Algumas destas capelas estão em território indígena.
DECANATO PITANGA
Março - 2017
Diocese de Guarapuava
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NOTÍCIAS PAROQUIAIS: Altamira do Paraná
Cursos de formação, palestras e celebrações são algumas das atividades em destaque na paróquia.
CURSO DE CANTO LITÚRGICO
No último dia 08 de janeiro, a paróquia Nossa Senhora Aparecida, em Altamira do Paraná, realizou o encerramento do curso de Canto e Coral destinado à Liturgia. O evento que teve uma carga horária de noventa horas foi ministrado pelo maestro José Lima, da cidade de Palmital. Conforme a Pastoral da Comunicação (Pascom), vinte e duas pessoas inscritas concluíram o curso. Os estudantes aprenderam sobre conhecimento das notas músicas, solfejo, escalas, tonalidades, ária das vozes, aquecimento vocal, ritmos, e fórmulas de compassos. Na ocasião, a coordenadora Maura Rainha de Oliveira afirmou que as aulas foram muito importantes e destacou que os participantes poderão usar os conhecimentos adquiridos em várias situações a partir de agora. “Considero este aprendizado muito importante, pois vai servir de ajuda aos integrantes do Grupo de Canto nas celebrações. Todos os que passaram pelas aulas, agora estão mais seguros e sabem a hora certa e o tom exato em que devem cantar. A partir do curso, os cantores montaram um coral e vão se apresentar nas celebrações do final do ano”, adiantou Maura.
FESTA DO PADROEIRO
No dia 19 de janeiro, véspera do dia de São Sebastião, a comunidade Bela Fonte, em Altamira do Paraná, celebrou seu padroeiro. Houve missa com homenagem ao santo. Depois da celebração, os presentes participaram de um jantar de confraternização oferecido pela comunidade.
ACAMPAMENTO
Em dezembro de 2016, várias pessoas da paróquia Nossa Senhora Aparecida, em Altamira do Paraná, participaram de Acampamentos em Pitanga e em Curitiba. Conforme contou o pároco daquela comunidade, padre Paulo Fernando Francini, foram momentos intensos de aprendizado e de doação. “Que a experiência realizada ajude a cada campista a ser uma pessoa melhor, conviva melhor com sua família, dê mais vida à ação pastoral em nossa paróquia e seja mais comprometida com a sociedade onde habita”, grifou o pároco.
FORMAÇÃO PERMANENTE
Doze leigos da paróquia Nossa Senhora Aparecida, em Altamira do Paraná, concluíram o curso de Teologia Bíblica com ênfase no Novo Testamento. As aulas foram ministradas durante o ano de 2016 nos setores Laranjal, Palmital e
Altamira do Paraná. A última aula foi realizada na cidade de Pitanga, com a participação de alunos dos quatro setores daquele decanato. No último dia 05 de fevereiro, uma missa foi celebrada na Matriz, em Altamira do Paraná, com a entrega dos certificados aos estudantes que concluíram o curso. “Agradecemos a perseverança de nossos lideres e aproveitamos para convidar outros paroquianos para nova formação em 2017. Desta vez, os trabalhos serão em nível paroquial, ou seja, todas as paróquias do decanato oferecerão curso bíblico aos leigos e isto facilitará o acesso de todos”, adiantou o pároco, padre Paulo Fernando Francini.
PASTORAL DA PESSOA IDOSA
Nos dias 19 e 20 de novembro, a Pastoral da Pessoa Idosa de Altamira do Paraná, promoveu um curso de formação aos seus integrantes. Os trabalhos que foram desenvolvidos no salão de formação da comunidade, tiveram a coordenação da representante nacional da Pastoral, Rozilda Lemes do Nascimento. Membros da Pastoral da Pessoa Idosa da comunidade São Luiz Gonzaga, em Guarapuava, também assessoraram o evento. Nos dias 11 e 12 de fevereiro, foi realizada a terceira etapa dos trabalhos. Já a conclusão da formação e envio da equipe paroquial será nos dias 04 e 05 de março.
TERÇO DOS HOMENS
No dia 10 de fevereiro o movimento terço dos homens iniciou suas atividades de 2017. Na ocasião, foi rezado o terço na casa de Genésio Silvério, um dos integrantes do Movimento. Conforme destacam os participantes, “foi um momento forte de oração, devoção e enriquecimento corporal e espiritual”. Ao final das orações, houve meditação do Evangelho do dia e partilha de experiências. Uma confraternização entre o grupo encerrou as atividades daquele dia. “Rogamos a Maria, nos 300 anos de encontro de sua imagem no Brasil. Que Nossa Senhora acolha as nossas orações, e interceda a Deus pela caminhada do terço dos homens”, diz uma nota do Movimento.
TREZENTOS ANOS
Em comemoração aos 300 anos de encontro da imagem de Nossa Senhora no Rio Paraíba do Sul, em São Paulo, a paróquia de Altamira do Paraná vem realizando, no dia 12 de cada mês, uma missa em honra à padroeira do Brasil e também daquela comunidade, Nossa Senhora Aparecida. A primeira missa com a “dozena” foi celebrada em janeiro. Houve dinâmica para instigar a participação da comunidade. Na ocasião, se rezou pelas famílias e também pelas intenções dos presentes.
NOTÍCIAS PAROQUIAIS: Paróquia Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, em Pitanga Conclusão de curso, formação de grupo de oração, criação de corais e celebração do Tríduo, fizeram parte das atividades da Paróquia Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, em Pitanga.
GRUPO DE ORAÇÃO
Com o objetivo de fortalecer ainda mais a devoção para com Nossa Senhora, a paróquia Perpétuo Socorro, em Pitanga (Pitanguinha), instituiu o grupo de oração “Damas do Perpétuo Socorro”. O grupo tem por finalidade se reunir, sempre no dia 27 de cada mês, para rezar em prol das pessoas da comunidade. “A iniciativa da formação do grupo visa fortalecer e propagar a devoção a Nossa Senhora na comunidade. Além disso, as Damas do Perpétuo Socorro, semelhante à Maria que visitou sua parenta Isabel, deverão fazer o trabalho missionário de amparo às mulheres da comunidade que sofrem. Elas farão visita às casas dessas pessoas e levarão conforto às famílias”, disse o pároco, padre Gilson José Dembinski.
TRÍDUO DE SÃO BRÁS
De 03 a 05 de fevereiro, a Paróquia Nossa Senhora do Perpétuo Socorro realizou o tríduo de São Brás. Os três dias de oração, são parte do projeto paroquial de evangelização através da religiosidade popular. Por ocasião do Tríduo, a comunidade recebeu profissionais da saúde que fizeram a conscientização sobre cuidados da garganta. O momento foi de forte participação da comunidade e de muitas graças, conforme a coordenação.
CORAL DE VOZES DE PITANGA
No dia 19 de fevereiro, a paróquia Perpétuo Socorro, em Pitanga, instituiu, oficialmente, o Coral de Vozes. Mais de cinquenta pessoas se inscreveram para participar do projeto que foi idealizado pelo cantor e paroquiano daquela comunidade, Odair Delicolli. O coral visa desenvolver trabalhos com base nas músicas sacras e folclóricas. “Acreditamos que esse projeto cultural ajudará a despertar talentos em nossa comunidade e na cidade de Pitanga”, destacou Odair.
ANJOS DO PERPÉTUO SOCORRO
No dia 03 de fevereiro, o padre Gilson José Dembinski, pároco da paróquia Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, em Pitanga, destacou a importância da criação do Coral Anjos do Perpétuo Socorro na comunidade. Na ocasião, ele pediu bênçãos para as crianças que vão fazer parte do novo projeto que tem por finalidade motivar pessoas através da música. Teresinha Krupper, que é cantora, será a coordenadora dos trabalhos envolvendo o coral infantil. “A finalidade deste coral é incentivar as crianças e despertá-las para cantar. Temos um grande desafio pela frente, mas acredito que poderemos também fazer um grande trabalho junto à nossa comunidade”, ressaltou Teresinha.
ORATÓRIA E COMUNICAÇÃO
No último dia 19 de fevereiro, a paróquia Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, em Pitanga, celebrou a conclusão do Curso de Oratória e Comunicação. Os trabalhos foram desenvolvidos por setor e teve uma carga horária de quinze horas. O objetivo era preparar as pessoas das comunidades em relação às leituras nas celebrações e comunicação na Igreja. “Membros de todas as comunidades do interior puderam participar e aprender muito mais com este trabalho de formação. A partir de agora, as pessoas que fizeram o curso, poderão contribuir diretamente com leituras e comunicação na Igreja, de um modo geral. Tenho certeza de que haverá melhor qualidade nas celebrações e outros eventos”, grifou o pároco, padre Gilson José Dembinski.
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Diocese de Guarapuava
Decanato Centro
Março - 2017 Paróquias: Catedral Nossa Senhora de Belém • Santa Terezinha • Santa Cruz • Sant’Ana • Santuário Nossa Senhora Aparecida São João Bosco • Nossa Senhora de Fátima • Divino Espírito Santo • Santos Anjos • São Pedro e São Paulo • Bom Jesus Quase-Paróquia Nossa Senhora Perpétuo Socorro • São Luiz Gonzaga • Assunção de Nossa Senhora (Rito Ucraniano)
Novos padres tomam posse na paróquia Divino Espirito Santo
Paróquia Sant’Ana, em Guarapuava, tem novo administrador paroquial desde dezembro
Em missa presidida pelo bispo diocesano, Dom Antônio Wagner da Silva, os padres Vinicios Araujo e Sebastião Teixeira assumiram as funções da comunidade no último dia 10 de fevereiro.
Em sua homilia, durante a posse, Dom Wagner refletiu sobre o Evangelho de João (20, 2 - 8), que versa sobre o desaparecimento do corpo de Jesus Cristo do sepulcro e de como a notícia foi repassada pela comunidade.
Foi com grande festa, segundo a Pastoral da Comunicação (Pascom) que a paróquia Divino Espírito Santo, em Guarapuava acolheu dois novos padres. Em uma missa presidida pelo bispo diocesano Dom Antônio Wagner da Silva, na noite de 10 de fevereiro, os padres da Congregação dos Sagrados Estigmas de Nosso Senhor Jesus Cristo – Estigmatinos (CSS), Augusto Vinicios Santos Araujo e Sebastião Dos Santos Teixeira, foram oficializados na paróquia. Padre Vinicios passa a exercer as funções de pároco e padre Sabastião, atuará como vigário paroquial junto à comunidade. Centenas de pessoas da cidade e região participaram da missa. O evento de posse dos novos sacerdotes também contou com as presenças do superior provincial dos Estigmatinos, padre José Ovídio da Costa e do conselheiro provincial da congregação, padre Luciano Romero da Silva, ambos trabalham na cúria da Província de Santa Cruz, em Rio Claro, São Paulo. Da diocese de Guarapuava, participaram da celebração os padres Itamar Abreu Turco, administrador da paróquia Sant’Ana, na mesma cidade e Lori Olenik, da paróquia Divino Espírito Santo, em Pinhão. Os dois sacerdotes assumem os lugares dos padres Rodrigo Piola e Rogério de Melo, que trabalharam em Guarapuava até o final de 2016 e foram chamados para desenvolver outros projetos junto à congregação. “Peço a todos que acolham com amor, com carinho e com muita alegria aos novos sacerdotes que aqui passam a trabalhar. Mudanças fazem parte da rotina das congregações. Fazemos nossos trabalhos por um tempo e seguimos em frente, conhecendo e nos integrando às outras comunidades e realidades. Agradeço imensamente aos padres Rodrigo e Rogério que aqui trabalharam e peço as orações de todos na intenção dos dois sacerdotes a fim de que continuem a desenvolver suas atividades com amor e perseverança em favor da nossa Igreja”, destacou padre José Ovídio, que também já atuou junto à paróquia Divino Espírito Santo. Durante a celebração, o novo pároco agradeceu a todos pela acolhida e
destacou que se sente honrado pela confiança nele depositada, tanto por parte de sua congregação como por parte da diocese. “Eu agradeço imensamente por esta oportunidade e confiança em mim depositada para zelar por esta comunidade. Agradeço à minha congregação e a esta diocese, representada aqui pelo senhor bispo, Dom Wagner. Agradeço a todos que me apoiam neste momento muito importante para mim. Cheguei para trabalhar no começo de janeiro e tive contato com muitas pessoas que estão me ajudando a conhecer os locais e a seguir com as obras da paróquia”, sublinhou padre Vinicios. Padre Sebastião também grifou a importância que é para sua vida missionária poder trabalhar em Guarapuava. “Quero dar sequências à caminhada que já vinha sendo desenvolvida e trabalhar novos temas, realizar outras tarefas para o crescimento desta paróquia. Peço a todos, orações e muito discernimento para que eu possa ser digno deste serviço em favor da nossa Igreja”, considerou o vigário. Para Dom Wagner, receber os novos sacerdotes é sempre motivo de muita alegria e agradecimento. Ele considera os trabalhos das congregações junto à diocese como verdadeiros alicerces a dar sustentação às comunidades. “É com grande alegria que recebemos os dois sacerdotes nesta paróquia, padre Sebastião e padre Vinicios. Estamos muito contentes, enquanto diocese, pela presença dos estigmatinos em nosso meio. Eles vêm desenvolvendo um grande trabalho junto à paróquia. Percebo que a comunidade já acolheu os dois padres com imensa satisfação. Isto é reflexo da caminhada que os outros sacerdotes já vinham desenvolvendo. Também agradeço aos padres Rodrigo e Rogério que passaram por esta comunidade e deixaram aqui grandes obras e muitas amizades”, destacou Dom Wagner. A paróquia Divino Espírito Santo está situada no bairro Vila Bela, em Guarapuava, Rua Francisco de Mário, 405. A Matriz que foi fundada no dia 19 de maio de 1991, agrega quatorze comunidades.
Na noite de 27 de dezembro de 2016, centenas de pessoas de diversas paróquias da diocese de Guarapuava participaram da cerimônia de posse do novo administrador da paróquia Sant’Ana, em Guarapuava, o padre Itamar Abreu Turco. A missa que começou às 19h30 foi presidida pelo bispo da diocese, Dom Antônio Wagner da Silva que contou com a presença e auxílio de vários padres, além de religiosas e lideranças comunitárias. Na ocasião, em sua homilia, Dom Wagner refletiu sobre o Evangelho de João (20, 2 - 8), que versa sobre o desaparecimento do corpo de Jesus Cristo do sepulcro e de como a notícia foi repassada pela comunidade. “Quando nos deparamos com algo diferente, sentimos a estranheza e, em muitos momentos, não paramos para entender os fatos e saímos contando as coisas como novidade, mas do nosso jeito. É preciso parar, analisar e refletir para, só então emitirmos nossa opinião. Dependendo da maneira em que narramos os fatos, muitas coisas podem acontecer em um curto espaço de tempo e isto pode machucar pessoas e causar impactos destruidores. Mas as dúvidas e as divergências também nos fazem crescer e entender o verdadeiro sentido de nossa existência”; grifou Dom Wagner. Em se tratando da paróquia Sant’Ana, o bispo contou que é a terceira vez que dá posse a um sacerdote naquela comunidade e falou da alegria que é sentir a vontade de cada padre em trabalhar em prol das pessoas, sempre zelando pelos bens da Igreja e também pelos interesses de quem mais precisa de seus serviços, sejam estes de forma concreta ou espirituais. “É a terceira vez que venho a esta comunidade dar posse a um padre. Quero dizer da alegria que é poder fazer isto. Agradeço imensamente, em nome da diocese, aos serviços dos outros padres que passaram por aqui. Os trabalhos do então padre Ari Marcos Bona, que deixou suas funções recentemente, foram importantíssimos para o crescimento e desenvolvimento da Igreja, principalmente da paróquia Sant’Ana. Tenho certeza de que o padre Itamar dará sequência a muitos destes trabalhos e ampliará com muita força de vontade o atendimento, por parte da Igreja a outros setores, com novos projetos, sempre visando o apoio da comunidade”, completou o bispo. Durante o ato de posse para as novas funções, padre Itamar disse reforçar, naquele momento, seus compromissos para com a Igreja e agradeceu à comunidade pela acolhida. O sacerdote também pediu apoio de todos para que possa desempenhar seus trabalhos em favor de quem mais precisa, sempre com foco nos ensinamentos cristãos. “Eu agradeço imensamente por esta oportunidade de trabalhar junto à paróquia Sant’Ana. Conto com o apoio de toda a comunidade para que possamos caminhar juntos e transpor obstáculos. Só com união, dedicação e muita força, os trabalhos poderão ser feitos em favor
de todos. Nesta nova tarefa que me foi confiada, quero, junto com todos, trabalhar alinhado com as prioridades de nossa diocese, sempre com foco no Dízimo, nos Círculos Bíblicos e na Missão, fatores fundamentais que sustentam nossa Igreja. Também conto com o apoio das famílias e dos jovens neste novo serviço”, ressaltou o sacerdote. Padre Itamar também destacou que para esta tarefa na paróquia Sant’Ana, contará com a ajuda dos padres José Amarildo Novacoski, reitor do Seminário Nossa Senhora de Belém, em Guarapuava e Lori Olenik. Ele também reiterou que os seminaristas ajudarão em diversas tarefas, assim como as Pastorais e Movimentos, bem como as equipes formadas pelos Conselhos da Comunidade. “Peço as orações de todos, para mim e para as demais pessoas que vão trabalhar comigo diretamente aqui na paróquia Sant’Ana. Temos muitos desafios, mas vamos ultrapassar estes obstáculos com muito amor e dedicação”, considerou padre Itamar
SOBRE O PADRE
Padre Itamar foi ordenado sacerdote no dia 27 de novembro de 2010, na paróquia Santa Clara, em Candói. A ordem foi dada pelo bispo diocesano, Dom Antônio Wagner da Silva. Além da formação presbiteral, padre Itamar possui diploma de Comunicação Social, com habilitação em Jornalismo pela Universidade Estadual do Centro Oeste (Unicentro). Desde sua ordenação, o sacerdote já atuou em diversas funções na diocese de Guarapuava. Dentre seus serviços prestados, foi vigário da paróquia Santo Antônio de Pádua, em Rio Bonito do Iguaçu, vigário na paróquia São Pedro e São Paulo, no bairro Xarquinho, em Guarapuava e pároco da comunidade São Luiz Gonzaga, bairro Morro Alto, na mesma cidade. Ele também atuou nas Santas Missões Populares e, desde a época de seminarista, trabalhou maciçamente com os jovens das paróquias da diocese. Desde o mês de julho de 2015, padre Itamar assumiu as funções de coordenador da Ação Evangelizadora e do Centro Diocesano de Comunicação (CDC) da diocese de Guarapuava.
Círculos Bíblicos
Março - 2017
Diocese de Guarapuava
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1º CÍRCULO BÍBLICO DO EVANGELHO DE MATEUS Sal da terra e luz do mundo - praticar e ensinar - Mateus 5, 13-19 Preparando o ambiente: Providenciar os seguintes elementos; sal e luz 1. ORAÇÃO DA COMUNIDADE Animador (a): É bom estarmos aqui, reunidos numa só família. Que a graça, a paz e a misericórdia de Deus estejam em nosso meio. Todos: Bendito seja Deus que nos reúne no amor de Cristo. Animador (a): Somos irmãos e irmãs uns dos outros; saudemo-nos, então, no amor e na paz de Cristo (todos se cumprimentam). Obs: Se houver alguém que esteja participando do grupo pela primeira vez, seja acolhido com muita alegria e carinho; Canto (à escolha) Animador (a): Irmãos e irmãs, comecemos o nosso encontro invocando a Santíssima Trindade: Todos: Em nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo, Amém. Animador (a): Com fé, peçamos que o Espírito Santo venha ao nosso encontro com a sua luz e a sua sabedoria: Todos: Vinde Espírito Santo, enchei os corações de vossos fiéis, e acendei neles o fogo do vosso amor. Animador: Enviai o vosso Espírito, Senhor e tudo será criado, e renovareis a face da terra. Animador (a): Oremos: Ó Deus, que instruístes os corações de vossos fiéis com a luz do Espírito Santo, fazei que apreciemos retamente todas as coisas, Segundo o mesmo espírito, e gozemos sempre de sua consolação. Por Cristo, nosso Senhor, amém.
2. OLHANDO A PRÁTICA DA NOSSA COMUNIDADE Animador: No Círculo de hoje, vamos meditar sobre duas comparações muito conhecidas que Jesus nos deixou. Ele diz que a Comunidade deve ser sal da terra e luz do mundo. O sal não existe para si, mas para dar sabor à comida. A luz não existe para si, mas para iluminar o caminho. A comunidade não existe para si, mas para o povo do bairro. Vamos conversar: 1. Como as pessoas do bairro ou da rua vêem a nossa comunidade? 2. Nossa comunidade exerce alguma atração? É sinal? Sinal de que? Para quem? 3. OLHANDO A PRÁTICA DE JESUS Leitor: Durante a leitura fiquemos bem atentos às comparações e imagens que Jesus usa. • Canto de aclamação • Leitura do texto: Mateus 5, 13-19 (ler duas vezes o texto) • Momento de silêncio para retomar o texto lido (Espontaneamente cada pessoa pode repetir a frase que mais chamou atenção). 4. LEITURA ORANTE a) Meditação: O que o texto me diz? Refletir e aprofundar para aplicar o texto na realidade de hoje. b) Contemplação: Momento para ver a realidade com os olhos de Deus. Em silêncio mergulhar no mistério de Deus revelado no texto. c) Ação: O que o texto me leva a viver? O grupo ou cada pessoa em particular pode assumir algum gesto concreto, iluminado pelo texto. 5. ORAÇÃO DA COMUNIDADE • Momento das Preces: O que este texto nos faz dizer a Deus? Colocar em forma de prece, de maneira espontânea, tudo aquilo que refletimos sobre o Evangelho e sobre a nossa vida. • Resposta: Ajudai-nos, Senhor, a sermos sal da terra e luz do mundo!
• Conclusão das Preces: Oração do Pai Nosso • Oração do Salmo 27,1-6: ‘‘Desejo da presença de Deus”! (Todos procuram na Bíblia) O animador conclui com a oração final Aprofundando o evangelho proclamado Jesus usa imagens do cotidiano com linguagem muito simples, com isto faz saber qual a missão da Comunidade: ser sal! Ser luz! Naquele tempo, com o calor que fazia, o povo e os animais precisavam comer muito sal. O sal, entregue pelo fornecedor em grandes blocos, ia sendo usado pelo povo. No fim, aquilo que sobrava ficava como poeira no chão. Não servia para mais nada. Jesus evocava este costume para esclarecer os discípulos e as discípulas sobre a missão que deviam realizar. Ser Luz- A comunidade deve ser luz, deve iluminar. Não deve ter medo que apareça o bem que faz. Não o faz para aparecer, mas o que faz pode aparecer. O sal não existe para si. A luz não existe para si! Assim deve ser a comunidade: ela não pode fechar-se sobre si mesma. Nenhuma vírgula da lei vai cair- Jesus quer dar o sentido pleno da Lei. As comunidades não podem ser contra a lei nem podem fechar-se dentro da observância da lei. Precisamos a experiência do Antigo Testamento, caminhada do povo hebreu, orientada pela Lei de Deus. A vida de Jesus de Nazaré: ele renova a Lei a partir da nova experiência de Deus e a vida das Comunidades: através do seu Espírito, Jesus ressuscitado leva as pessoas a viverem a vida como ele a viveu. A unidade destas três etapas gera a certeza de fé de que Deus está no meio de nós Como Jesus, as comunidades devem dar um passo e mostrar, na prática, qual o objetivo que a lei quer alcançar na vida das pessoas, a saber, a PRÁTICA PERFEITA DO AMOR, nisto se resume a plenitude da lei, no amor a Deus e ao próximo.
Pe. Gilson José Dembinski
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Círculos Bíblicos
Diocese de Guarapuava
Março - 2017
2º Círculo Bíblico do EVANGELHO DE MATEUS A Justiça Maior que Jesus deseja: Quem ama o próximo cumpriu a Lei de Deus! Mt 5,20-26 Preparando o ambiente: colocar sob a mesa a balança como símbolo da justiça humana e cesta de oferta como símbolo sagrado. 1. ORAÇÃO INICIAL Animador (a): É bom estarmos aqui, reunidos numa só família. Que a graça, a paz e a misericórdia de Deus estejam em nosso meio. Todos: Bendito seja Deus que nos reúne no amor de Cristo. Animador (a): Somos irmãos e irmãs uns dos outros; saudemo-nos, então, no amor e na paz de Cristo (todos se cumprimentam). Obs: Se houver alguém que esteja participando do grupo pela primeira vez, seja acolhido com muita alegria e carinho; Canto (à escolha) Animador (a): Irmãos e irmãs, comecemos o nosso encontro invocando a Santíssima Trindade: Todos: Em nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo, Amém. Animador (a): Com fé, peçamos que o Espírito Santo venha ao nosso encontro com a sua luz e a sua sabedoria: Todos: Vinde Espírito Santo, enchei os corações de vossos fiéis, e acendei neles o fogo do vosso amor. Animador: Enviai o vosso Espírito, Senhor e tudo será criado, e renovareis a face da terra. Animador (a): Oremos: Ó Deus, que instruístes os corações de vossos fiéis com a luz do Espírito Santo, fazei que apreciemos retamente todas as coisas, Segundo o mesmo espírito, e gozemos sempre de sua consolação. Por Cristo, nosso Senhor, amém.
2. OLHANDO A PRÁTICA DA NOSSA COMUNIDADE Animador: No Círculo de hoje, o Evangelho de Mateus traz alguns conselhos de Jesus para ajudar a enfrentar e superar os conflitos que surgem dentro da Família e dentro da comunidade. Pois onde pessoas humanas convivem é natural que apareçam dificuldades de relacionamento. Mas apareçam também, ao mesmo tempo, tentativas de reconciliação. Vamos conversar sobre isto. 1. Quais os conflitos mais frequentes na nossa família? E na nossa comunidade? 2. É fácil a reconciliação na família e na comunidade? Sim ou não? Por quê? 2. OLHANDO A PRÁTICA DE JESUS Leitor: Vamos ouvir o que Jesus nos tem a dizer. Durante a leitura, fiquemos bem atentos aos conselhos que Jesus oferece para que as pessoas possam enfrentar e superar os conflitos dentro da Família e da Comunidade. Leitura do Texto: Mateus 5,20-26 (Ler duas vezes e guardar uns minutos de silêncio).
Espontaneamente
podem
repetir a frase que mais chamou atenção. 3. LEITURA ORANTE a) Meditação: O que o texto me diz? Refletir e aprofundar para aplicar o texto na realidade de hoje. b) Contemplação: Momento para ver a realidade com os olhos de Deus. Em silêncio mergulhar no mistério de Deus revelado no texto. c) Ação: O que o texto me leva a viver? O grupo ou cada pessoa em particular pode assumir algum gesto concreto, iluminado pelo texto.
4. ORAÇÃO DA COMUNIDADE Momento das Preces: O que este texto nos faz dizer a Deus? Colocar em forma de prece, de maneira espontânea, tudo aquilo que refletimos sobre o Evangelho e sobre a nossa vida. Resposta: Ajudai-nos, Senhor, a viver o amor! Conclusão das Preces: Oração do Pai Nosso Oração do Salmo 15(14): “A Justiça que nos introduz na casa de Deus”! O animador conclui com a oração final Aprofundando o evangelho proclamado Jesus mostra que a nossa justiça deve superar a justiça dos fariseus e escribas: ou porque não cumpriam o que ensinavam, ou porque invalidavam a lei com sua casuística, ou porque fixavam na letra sem penetrar no espírito. Jesus cumpre a lei e os profetas no seu sentido profundo. Na forma repetida “foi dito/eu vos digo” Jesus se apresenta como autoridade soberana. Aqui há alguém maior que Moisés. A primeira antítese compreende duas partes: sobre o homicídio, sobre reconciliação. a) O Mandamento não matar (Êx 20,13; Dt 5,17; Lv 24,17) radicaliza-se na atitude interior (Lv 19,17-18), de onde brota o homicídio (Gn 4,1-7). Os insultos “louco/inútil” também são graves na medida que expressam desprezo, ódio ou rancor, inveja e zombaria do próximo, pois isso podem nos conduzir a ações graves. Hoje conhecemos o bullyng: uma prática freqüente na sociedade, prática essa que despreza a pessoa por aspecto físico e pela aparência. O Evangelho liga a moral com o culto. Não faz sentido entregar a oferta no altar e cumprir os rituais religiosos, se ainda não sei conviver com o meu próximo (Mt 5,23-24).
Pe. Gilson José Dembinski
Reflexões Dominicais
Março - 2017
Diocese de Guarapuava
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5º Domingo da Quaresma
Domingo de Ramos e da Paixão do Senhor
02 de abril de 2017
09 de abril de 2017
Ez 37, 12-14 | Rm 8, 8-11 | Jo 11, 3-7.17.20-27.33b-45
Mt 21, 1-11 | Is 50, 4-7; Fl 2, 6-11 | Mt 27, 11-54
O SENHOR DA VIDA CONDUZ À VIDA, E É A VIDA Na liturgia deste quinto domingo da quaresma é a nós apresentado dentro da liturgia um dos grandes dogmas de nossa fé, e algumas das verdades de fé às quais iluminam nossas vidas e se fazem presentes nela como elemento fundamental da nossa fé. Primeiramente a divindade de Nosso Senhor Jesus Cristo, Jesus é verdadeiramente homem e verdadeiramente Deus, sendo Deus ele possui poder sobre a vida e sobre a morte, é então senhor da vida e da morte, de modo que Deus durante a criação gerou a vida, infundiu a vida no homem, neste sentido expressa Santo Agostinho dizendo: “Fizestenos, Senhor, para ti, e o nosso coração anda inquieto enquanto não descansar em ti”. Somos feitos por Deus e para Deus, Ele é o Senhor de nossa vida e nos dá o seu Espírito para que possamos viver, nos dizia o profeta Ezequiel. Pelo Espírito de Deus que habita em nós guiados por Ele estaremos pertencendo a Cristo. Deste modo, mesmo limitados e por isso pecadores que somos teremos o constante auxílio da graça divina para continuamente vivermos com Cristo sem que nossa autossuficiência impeça a graça de agir, pois, se não permitimos o Espírito de Deus de nos conduzir não viveremos conforme Cristo e não permitimos o auxílio da graça de Deus atuar em nossa vida e conduzir-nos nos desígnios, na vontade, nos caminhos de Deus. Outra verdade de fé que temos e que está presente nesta liturgia é a ressureição. Observamos que no Evangelho acontece a ressureição de Lázaro realizada por Jesus. Dentro de nossa fé, professamos crer na ressureição dos mortos e fazemos isto tendo em vista a promessa de Cristo e a promessa da vida eterna no dia em que Ele virá para julgar vivos e mortos como nos diz o Símbolo dos Apóstolos, o Creio que rezamos constantemente. Mas a Ressureição de
Lázaro ocorrida no Evangelho não é como a Ressureição de Nosso Senhor Jesus Cristo que vencendo a morte ressuscita e vai para junto de Deus Pai e não morre mais pois vive eternamente na glória divina, Lázaro ressuscitou e morreu novamente, foi um reavivamento, um reanimar, prosseguindo a expectativa da ressureição para a Vida Eterna, bem completo do homem, prometida por Jesus. O povo que viu Jesus ressuscitar Lázaro passou a crer nele como relata o Evangelho e antes em oração Jesus rezou dizendo “Pai, eu te dou graças porque me ouviste. Eu sei que sempre me escutas. Mas digo isto por causa do povo que me rodeia, para que creia que tu me enviaste”. Ou seja Jesus faz suas ações visando a glória de Deus, visando levar pessoas até Deus, para que os povos creiam em Deus Senhor da vida, aquele que tem poder sobre a vida e sobre a morte. O salmo nos recorda que no Senhor encontramos toda graça e redenção, é pela graça divina que somos remidos, pela misericórdia e compaixão, assim como ocorreu quando Jesus cheio de compaixão se compadece de Marta, de Maria e ressuscita Lázaro fazendo a graça divina ser sinal de redenção, sinal de vida. Viver guiados pela graça e abastecidos por ela através da oração e do seguimento dos mandamentos do Senhor nos conduz à redenção como nos é expresso pelo salmo desta liturgia. Pois o Senhor da vida que diz e faz, que cumpre o que promete, nos prometeu a vida eterna junto dele, depositar a esperança no Senhor e viver segundo seus ensinamentos nos direciona para que possamos chegar ao objetivo de todo filho de Deus, a santidade, a vida junto de Deus, isto é, desfrutar do cumprimento da promessa divina.
Seminaristas: Everton Pavilaqui, Felipe Geraldo Madureira, Herick Rogger Pinchesk, Jacir dos Santos, Marinaldo Cheliga e Rodrigo Campanharo.
JESUS SE FEZ OBEDIENTE ATÉ A MORTE NA CRUZ Com o Domingo de Ramos e da Paixão do Senhor tem início a Semana Santa. Com a primeira e a segunda leituras, a ideia inicial a se ter presente é que Jesus é o servo obediente de Deus; obediência que ele aprendeu pelo sofrimento. Primeira leitura. No livro do profeta Isaías estão inseridos quatro Cânticos do Servo Sofredor. Eles apresentam um perfeito servo de Iahweh, que reúne o seu povo e é a luz das nações, que prega a verdadeira fé, expia por sua morte os pecados do povo e é glorificado por Deus. O Servo é o mediador da salvação que virá e isso justifica a interpretação messiânica. Os textos sobre o Servo sofredor e sua expiação vicária, Jesus utilizou, aplicando-o a si próprio e à sua missão. E a primeira pregação cristã reconheceu nele o Servo perfeito anunciado por Isaías. Neste terceiro cântico, o Servo surge menos como profeta do que como sábio, discípulo fiel de Iahweh, incumbido de ensinar aos tementes a Deus, quer dizer, a todos os judeus piedosos, mas também aos desgarrados, infiéis que caminham nas trevas. Graças à coragem do Servo e o auxílio divino, ele suportará as perseguições até que Deus lhe conceda triunfo definitivo. A segunda leitura é na verdade um hino cristão baseado no esquema bíblico da humilhação seguida pela exaltação. Primeiramente, o hino exorta a unidade e deixa a entender que divisões ameaçam a paz da comunidade de Filipos. Por isso, vêse a descrição de Cristo que não se apega ao egoísmo e a sua posição divina de ser igual a Deus. Jesus como o segundo Adão é contrastado ao primeiro Adão. Rejeitando o pecado de Adão, Jesus livremente despojou-se de sua condição divina a assumiu a condição de Adão de servidão ao pecado e à corrupção; aceitou a condição de servo.
Então, encontrando-se nessa condição corrupta, semelhante ao homem, da qual todos temos de compartilhar, Cristo completou o caminho de Adão, rebaixando-se ainda mais na obediência a Deus, sofrendo a morte. É a ênfase de Paulo no desprendimento e na humildade que, em última instância, significam a própria morte. O que aconteceu a Jesus Cristo, que se humilhou e morreu, é importante como exemplo para nossa comunidade chamada a dar testemunho do Evangelho com fé e convicção. Também os cristãos que sofrem e morrem pela fé podem esperar ser ressuscitados para uma vida nova. Evangelho. Jesus é o inocente condenado injustamente à morte. A inveja é o motivo da condenação e morte de Jesus. Dominado pela inveja, o ser humano age perversamente buscando eliminar quem quer que seja. Pilatos, diz o Evangelho, sabia da inocência de Jesus e do motivo sórdido pelo qual Ele foi entregue, mas por razões políticas, a sua decisão partilhou da injustiça dos que acusavam e entregaram Jesus à morte. Na paixão, Jesus permanece praticamente calado. O silêncio do Senhor denuncia a maldade daqueles que o condenam à morte. O silêncio de Jesus revela também a sua compreensão de que no desfecho dramático da sua existência terrena se realiza o desígnio de Deus. O silêncio é sinal de sua entrega nas mãos do Pai. Jesus sofre, se angustia, mas nem uma coisa nem outra o faz desistir de realizar a vontade de Deus. Ao contrário, do alto da cruz, ele faz a sua entrega definitiva: “Pai, em tuas mãos eu entrego o meu espírito”. Que o Senhor, nos conceda a graça de sermos fiéis testemunhas de sua Paixão, Morte e Ressureição.
Seminaristas: Everton Pavilaqui, Felipe Geraldo Madureira, Herick Rogger Pinchesk, Jacir dos Santos, Marinaldo Cheliga e Rodrigo Campanharo.
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Reflexões Dominicais
Diocese de Guarapuava
Março - 2017
Domingo da Páscoa da ressureição do Senhor
2º domingo de Páscoa
16 de abril de 2017
23 de abril de 2017
At 10, 34a. 37-43 | Cl 3, 1-4 | Jo 20, 1-9
At 2, 42-47 | 1Pd 1, 3-9 | Jo 20, 19-31
“TIRARAM O SENHOR DO TÚMULO, E NÃO SABEMOS ONDE COLOCARAM”
Celebra-se neste dia o domingo da páscoa da ressurreição do Senhor. No tempo de Jesus, a Páscoa judaica congrega em Jerusalém os fiéis de Moisés para a imolação e a manducação do cordeiro pascal; ela comemora o Êxodo que libertou os hebreus da escravidão egípcia. Hoje a Páscoa cristã reúne em toda a parte os discípulos de Jesus na comunhão do seu Senhor, verdadeiro Cordeiro de Deus; ela os associa à sua morte e à sua ressurreição, as quais os livraram do pecado e da morte. De uma à outra festa, a continuidade é evidente, mas mudou-se de plano; passando da antiga à nova Aliança por intermédio da Páscoa de Jesus. A primeira leitura de hoje dos Atos dos Apóstolos, situa-nos no capítulo 10, no qual temos uma situação histórica para a Igreja: a do contato com os gentios. O contato com os pagãos era proibido pela legislação judaica. Quem com eles convivesse se tornaria impuro. Porém, compreende-se que Deus não faz distinção de pessoas, o novo povo de Deus não está ligado a uma raça ou nação. O critério para ser povo de Deus é temê-lo e praticar a justiça. E a função da comunidade cristã é ser testemunha: anunciar e praticar o que Jesus fez. Pedro assim o fez na leitura de hoje, e perante a fragilidade humana traz um conforto: “todo aquele que crê em Jesus recebe, em seu nome, o perdão dos pecados”.
A segunda leitura da carta de São Paulo aos Colossenses fala que a tarefa do cristão é pensar e procurar as coisas do alto. Em outras palavras, trata-se de discernir o que é conforme ou não ao projeto de Deus, ao qual o cristão está associado pelo Batismo. Paulo contrapõe as coisas do alto às coisas da terra para alertar o cristão não avisado do perigo que pode correr, levando uma vida ambígua que não manifeste o Cristo ressuscitado. O cristão já participa da vida de Cristo, mas o que ele deve fazer concretamente ainda não é claro e exige discernimento constante, até que Cristo, pela prática dos cristãos, se manifeste definitivamente, levando as pessoas à plena comunhão com ele. O Evangelho de hoje no relata o encontro do túmulo vazio. Tem-se neste trecho uma percepção que há sinais de vida por João, mas ainda ele não alcança a plena compreensão do que aconteceu. Em contraposição Pedro e Maria Madalena se assustam com a cena, representando a comunidade que ainda não fez o salto de qualidade para passar da dúvida à fé. Porém, como veremos nos domingos que virão, aos poucos estas dúvidas vão sendo saciadas e a comunidade quando recebe o Espírito Santo anuncia com fervor a ressurreição do Senhor. Portanto, com a celebração desta liturgia, os anseios da vida nova, a busca de um sentido para a própria existência, o medo da morte enquanto fracasso, a esperança do amor que tudo renova, tudo isso encontra sua razão de ser na ressurreição de Jesus.
Seminaristas: Everton Pavilaqui, Felipe Geraldo Madureira, Herick Rogger Pinchesk, Jacir dos Santos, Marinaldo Cheliga e Rodrigo Campanharo.
“A PAZ ESTEJA CONVOSCO” A liturgia deste segundo Domingo de Páscoa nós apresenta uma comunidade de pessoas novas fruto da ressurreição de Jesus. No Evangelho, vemos que Jesus é o centro da comunidade cristã. É Dele que todos recebem vida e por isso estão à sua volta. Já a primeira leitura nos apresenta a comunidade ideal, uma comunidade fraterna que busca conhecer Jesus e seus ensinamentos e assim vive na partilha e doação testemunhando o Cristo. A segunda leitura lembra os membros da comunidade cristã que a entrega ao Pai os conduzirá à ressurreição e, portanto, devem percorrer a vida com esperança. Na primeira leitura vemos a primitiva comunidade cristã, nascida do dom de Jesus e do Espírito e essa é uma comunidade de homens e mulheres novos, que dão testemunho da salvação e vida plena. Todavia, o aspecto predominante é a união-comunhão dos cristãos ao redor dos apóstolos (At 2, 42-43), que ensinam e manifestam a salvação. Portanto, é extremamente importante nesta vida de comunidade o compromisso com a catequese dos apóstolos, a oração e a fração do pão, ou seja, celebram liturgicamente a sua fé, e com isso, chegam à comunhão de bens. A descrição que aqui temos, aponta para a meta que toda a comunidade cristã precisa aspirar, confiada na força do Espírito ter como centro o Cristo do amor e do serviço. A segunda leitura tem como tema central a identificação com aquele a quem amamos sem o termos visto. O autor lembra os cristãos que pelo batismo se identificam com Cristo, e isso implica em renascer para uma vida nova, e que a ressurreição de Cristo é modelo e sinal. Assim, pela ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos, é possível viver na esperança e na promessa
da salvação definitiva. Por isso, tem sentido falar de alegria na prova da dor, unidos a Cristo pela fé e pelo amor, os cristãos têm a possibilidade de experimentar o sofrimento em comunhão com a paixão de Jesus com uma prova de fé na qual, transformados pela ação do Espírito alcançam a glória. No Evangelho, vemos que a comunidade criada a partir da ação de Jesus está reunida em Jerusalém e encontra-se desamparada e insegura. O medo vem do fato de não terem feito ainda a experiência de Cristo ressuscitado. Mas ao aparecer no meio deles, Jesus assume-se como ponto de referência e de unidade. À comunidade fechada, com medo, mergulhada nas trevas de um mundo hostil, Jesus transmite duplamente a paz dizendo: “A paz esteja convosco”, isso os gera serenidade, tranquilidade e confiança. Portanto, transmite aos discípulos que Ele venceu a morte que os assustava, e que desse modo, eles não teriam qualquer razão para ter medo. Em seguida Jesus revela a sua identidade nas mãos e no lado que estão os sinais do seu amor e da sua entrega. O evangelista realça a identidade do Ressuscitado com o Crucificado, o testemunho dos anjos, os encontros e as aparições, e especialmente as exigências de comprovação por parte de Tomé, são de suma importância. Delas se deduz que o Ressuscitado e o Crucificado são o mesmo, embora a sua forma de vida seja diferente, daí, as exigências de ver e apalpar os furos da mão e do peito. É nesses sinais de amor e de doação que a comunidade reconhece Jesus vivo e presente no seu meio, e a permanência desses sinais indica a permanência do amor de Jesus. Por isso, todos os cristãos podem fazer esta mesma experiência de Tomé, e isso acontece no encontro com o amor fraterno.
Seminaristas: Everton Pavilaqui, Felipe Geraldo Madureira, Herick Rogger Pinchesk, Jacir dos Santos, Marinaldo Cheliga e Rodrigo Campanharo.
Reflexões Dominicais
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Diocese de Guarapuava
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Guarapuava sedia quinta edição do Mutirão Diocesano de Comunicação Os trabalhos realizados no evento, servirão como preparação para o Segundo Muticom Paranaense que será realizado em Curitiba, e também para o Muticom Nacional, em Joinville, SC.
3º domingo de Páscoa 30 de abril de 2017 At 2,14. 22-33 | 1Pd 1, 17-21 | Lc 24, 13-35 “RECONHECERAM-NO AO PARTIR O PÃO” A liturgia do terceiro domingo da Páscoa continua a apresentar-nos as narrativas acerca da Ressurreição de Jesus e como a comunidade primitiva acolheu e vivenciou esse mistério. Os discípulos de Emaús representam a todos nós, que muitas vezes não compreendemos o alcance da salvação em nossas vidas; daí a profissão de fé de Pedro e sua admoestação, a fim de que o nosso cotidiano seja iluminado e conduzido pelo Ressuscitado. A primeira leitura, dos Atos dos Apóstolos, relata o primeiro discurso de Pedro depois de receber o Espírito Santo em Pentecostes, no qual ele proclama de forma grandiosa a boa notícia: Jesus Cristo, homem, que foi crucificado e morto, não foi vencido pela morte, mas ressuscitou. Esse discurso expressa o mistério central de nossa fé, que é a Ressurreição, pois a certeza da vitória sobre a morte deve repercutir em nossas vidas e comunidades, a fim de que, também nós, iluminados pelo Espírito, proclamemos que Ele vive para sempre. Já a Primeira Carta de Pedro, na segunda leitura, relembra o grande dom que é o resgate operado por Cristo, que pagou nossa dívida com o seu sangue, a fim de que recebêssemos a fé e a esperança em Deus. Nesse sentido, é interessante que Pedro admoesta a todos a viverem respeitando a Deus, que resgatou a todos nós. A Ressurreição de Jesus não é um mero evento do passado, mas deve ecoar em nossas ações: é preciso viver de forma coerente ao dom recebido.
O Evangelho relata o episódio de Emaús, conhecido de muitos de nós, em que dois discípulos estavam deixando Jerusalém, pois ainda não sabiam que o Senhor havia ressuscitado. Depois de uma longa conversa e de lhes explicar as Escrituras, Jesus parte o pão, quando é reconhecido por eles. De fato, há três elementos que merecem destaque nessa passagem: a experiência pascal, a conversão e a missão. A experiência da Páscoa do Senhor toca profundamente a vida de cada um e exige uma mudança de mentalidade e perspectiva, autêntica conversão, que se manifesta na missão, ou seja, no anúncio de que Cristo está vivo e nos traz a sua vida. Diante da riqueza desta liturgia, somos convidados a olhar com profundidade para o mistério da Páscoa do Senhor, permitindo que ela nos alcance verdadeiramente e nos transforme em pessoas entusiasmadas pela Ressurreição do Senhor, plenitude do Evangelho, que se converte em fonte de vida para nós. Essa vida que nos é comunicada deve ser cuidada e vivenciada de acordo com a graça que recebemos, uma vez que a relação com Deus nos permite vivenciar sempre a experiência dos discípulos de Emaús, ou seja, vivenciar o dom da Páscoa toca a cada um de nós, convertendo-nos e nos fazendo autênticos discípulos-missionários do Ressuscitado.
Seminaristas: Everton Pavilaqui, Felipe Geraldo Madureira, Herick Rogger Pinchesk, Jacir dos Santos, Marinaldo Cheliga e Rodrigo Campanharo.
De 31 de março a 02 de abril deste ano, a diocese de Guarapuava realiza a quinta edição do Mutirão Diocesano de Comunicação (Muticom Diocesano). O evento será realizado na Casa de Líderes Nossa Senhora de Guadalupe, bairro Santana, em Guarapuava. A edição de número quatro do Muticom diocesano foi realizada na cidade, no mês de agosto de 2014. Segundo a coordenadora diocesana da Pastoral da Comunicação (Pascom), que organiza o evento, Vanessa Paula Pereira, o objetivo do encontro é trabalhar a espiritualidade dos comunicadores da diocese e também de formar novos agentes, além de qualificar aqueles que já atuam não só na Pascom, mas nas diversas Pastorais e organismos da Igreja. “O Muticom Diocesano tem a finalidade de preparar os agentes que atuam na comunicação das comunidade, para que estas possam atender cada vez melhor às pessoas. Todos estão convidados para este momento de formação”, grifou a coordenadora. Palestras, oficinas e dinâmicas oferecidas no evento servirão como preparação para o Segundo Muticom Paranaense que será realizado em Curitiba, de 07 a 09 de julho e também para o Muticom Nacional, que se realizará em Joinville, Santa Catarina, de 16 a 20 de agosto. Palestras sobre educação para a comunicação na Igreja, além de oficinas e exposição dos trabalhos realizados, farão parte do evento. “A
formação abordará diversos campos onde se exerce a comunicação na Igreja. Durante o mutirão, teremos palestras e formação ministradas por profissionais que atuam nestas áreas. Eles falarão de suas experiências e fornecerão direcionamentos para quem colabora nas paróquias e comunidades da diocese. Além das palestras, também haverá dinâmicas e oficinas. Considero este encontro de muita importância para a formação das pessoas que atuam na área”, discorreu Vanessa. SERVIÇO As inscrições poderão ser feitas pelo portal: www.diopuava.org.br até o dia 24 de março com o custo de R$ 180,00, para quem optar por pernoitar no local e de R$ 160,00 para quem não quiser dormir na Casa de Líderes. Pede-se para que os participantes que forem pernoitar durante o evento, para que levem cobertas e forros de cama, além de itens de higiene pessoal. Mais informações podem ser obtidas pelos telefones: (42)3626-4348, com Julio Pereira e (42) 99115-4796 WattsApp Vanessa Paula Pereira. E-mail: vanpaula37@gmail.com A casa de Líderes Nossa Senhora de Guadalupe está situada à Rua Wilson Luiz Martins, 395, Bairro Santana, em Guarapuava. CEP. 85070670. Telefone: (42) 3623-2335.
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Diocese de Guarapuava
DECANATO CENTRO
Ordenação presbiteral e transferência de sacerdotes foram destaques na diocese de Guarapuava Conforme destaca o bispo diocesano Dom Antônio Wagner da Silva, mudanças são salutares, pois instigam a todos a buscarem o melhor e reforça o compromisso com Deus em se tratando de unidade. Início de ano é sempre propenso a mudanças em todos os setores da vida. Muitas pessoas aproveitam para pôr em prática projetos pessoais e coletivos, sempre com o intuito de melhorar, de fazer diferente. Na diocese de Guarapuava também ocorreram mudanças nas comunidades e paróquias e isto, conforme destaca o bispo diocesano Dom Antônio Wagner da Silva, é salutar, pois instiga a todos a buscarem o melhor e reforça o compromisso com Deus em se tratando de unidade. Dentre os acontecimentos recentes na diocese, destacam-se: a ordenação sacerdotal, na paróquia Santo Antônio, em Manoel Ribas, no dia 28 de janeiro, do padre Márcio André da Silva, da Congregação dos Missionários de São Carlos, os Scalabrinianos (CS). Na ocasião, quem deu a ordem ao novo presbítero foi o bispo de Foz do Iguaçu, Dom Laurindo Guizzardi, que pertence à mesma congregação do padre Márcio. O ato foi realizado de acordo com entendimento entre as dioceses (de Foz do Iguaçu e de Guarapuava). Depois da ordenação e de rezar a primeira missa em Manoel Ribas, padre Márcio retornou para Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, onde desempenhará suas funções. No dia 10 de fevereiro, tomaram posse na paróquia Divino Espírito Santo, em Guarapuava, os padres Vinicios Augusto Santos Araujo e Sebastião dos Santos Teixeira, ambos da Congregação dos Sagrados Estigmas de Nosso Senhor Jesus Cristo – Estigmatinos (CSS). Padre Vinicios passa a atuar como pároco e padre Sebastião exercerá a função de vigário paroquial. Eles ocupam os lugares dos padres Rodrigo Piola e Rogério
Melo que deixaram a paróquia no final de 2016 para trabalhar em São Paulo. Padre Rodrigo passou a trabalhar como reitor do seminário dos estigmatinos em Ribeirão Preto. Padre Rogério, por sua vez, exerce suas funções na cidade de São Caetano do Sul, em São Paulo. No dia 09 de fevereiro, a paróquia Dom Bosco, em Guarapuava, acolheu o padre Vergilio Altini, da Congregação Sociedade de São Francisco de Sales - Salesianos de Dom Bosco (SDB). Padre Vergilio passa a exercer a função de vigário paroquial junto àquela comunidade. Os padres Heitor Girardi e Jaime Kniess, ambos da Congregação SDB, retornaram para a instituição e serão destinados a outras paróquias, conforme suas normas de permanência. No dia 31 de janeiro, frei José Antônio de Lima, da Ordem dos Mínimos de São Francisco de Paula (OM), que atuava como reitor do Seminário Menor São Francisco de Paula em Guarapuava, foi transferido para o Rio de Janeiro. Frei Célio Ferreira, da mesma congregação, que estava na capital fluminense, passa a trabalhar em Guarapuava, exercendo a função de reitor da instituição.
Março - 2017
Seminaristas de Guarapuava participam de evento missionário em Rondônia Everton Pavilaqui, que cursa o segundo ano de Teologia, e Lucas Ribas, estudante do segundo ano de Filosofia, viajaram a Buritis, em Rondônia para participar da V edição da Experiência Missionária.
De 03 a 29 de janeiro deste ano, a cidade de Buritis, que pertence à arquidiocese de Porto Velho, em Rondônia, acolheu a V Experiência Missionária. O evento, que foi destinado a seminaristas, reuniu cerca de sessenta estudantes de todo o Brasil. Durante quase um mês, eles trocaram experiências e tiveram a oportunidade de refletir sobre a vocação sacerdotal. Da diocese de Guarapuava, participaram os seminaristas Everton Pavilaqui, que cursa o segundo ano de Teologia, na cidade de Curitiba e Lucas Ribas, estudante do segundo ano de Filosofia, na cidade de Francisco Beltrão. Conforme contou Lucas, a experiência foi marcante e importante para o discernimento vocacional. “O coração
pulsa no ritmo do coração de Deus. Participar da Missão é um impulso para a vocação, um modo de olhar para a Igreja que está nesse estado permanente de Missão. Encontrar as pessoas com alegria nos motiva a encontrar Deus no caminho missionário que fazemos. Somos sempre convidados a caminhar, nos passos que Jesus caminhou. Com os pés cheios de poeira, o sol ardente na cabeça que reflete o ardor missionário de que a Igreja precisa. Famílias nos acolhem, vidas nos ensinam e encontros nos dão ânimo e força na vocação. Vamos em frente com os pés no chão, bíblia na mão e o coração na missão, a exemplo da Mãe de Belém”, escreveu Lucas em uma nota.
Paróquia Divino Espirito Santo promove Semana Catequética Os trabalhos foram desenvolvidos nos setores da paróquia. Despertar crianças, adolescentes e jovens para a catequese é um dos objetivos do estudo.
As Oficinas de Oração e Vida terão início na primeira semana de março de 2017.
De 08 a 10 de fevereiro, a paróquia Divino Espirito Santo, em Guarapuava, promoveu a Semana Catequética. Os encontros foram realizados nas comunidades que representam setores paroquiais. Na ocasião, houve celebrações da Palavra e também missas nas casas das famílias moradoras daqueles locais.
Durante os encontros, o tema trabalhado foi “Família que educa os filhos na fé é abençoada por Deus”. O objetivo dos trabalhos, segundo a coordenação da Catequese na paróquia, é o de despertar o interesse das crianças, adolescentes e jovens para o assunto e fazer com estes entendam o estudo como base para a vivência cristã.
Todos iniciamos o ano com algumas promessas: perder peso, começar academia, estudar, viajar, mudar algo... Que tal começarmos o ano reservando um tempinho para conhecer melhor a Deus? As oficinas são uma dessas oportunidades que não podemos perder, não podemos deixar para depois, pois nos leva a um encontro com Aquele que há tempos está a nossa espera, o Pai. Conheça as oficinas de oração e vida e percorra o caminho do encanto de Deus ao encanto da vida. Milhares de pessoas já recuperaram o sentido da vida e a alegria de viver. Descobriram a Bíblia como fonte de riqueza espiritual e incontáveis lares recuperaram a concórdia e a paz. Informe-se e participe! Paz e Bem! Para saber a data e horário em sua paróquia, ligue: Carmem: (42) 99938-2100 ou Cleuza: (42) 99906-8000
Março - 2017
Diocese de Guarapuava
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Em Ano Mariano, Igreja concede indulgência em todo o Brasil No ano em que se comemoram os 300 anos de encontro da imagem de Nossa Senhora no Rio Paraíba do Sul, indulgências são concedidas pelas paróquias ou santuários em todo o país. Depois de reconhecer o Ano Jubilar no Brasil, por ocasião dos trezentos anos de encontro da Imagem de Nossa Senhora no Rio Paraíba do Sul, em Aparecida, São Paulo, o Papa Francisco instituiu no país o Ano Mariano. A notícia foi confirmada pela Penitenciária Apostólica, em Roma, em dezembro do ano passado. No Brasil, segundo a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), a confirmação e autorização do Papa, foi recebida com muita alegria e esperança. Na ocasião, conforme nota da Rádio Vaticano, o pedido do Papa foi para “o reconhecimento do ano jubilar em curso no Brasil e a concessão da indulgência para aqueles que ‘verdadeiramente penitentes e impulsionados pela caridade’, visitarem na forma de peregrinação, a Basílica do Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida, em Aparecida (SP), ou qualquer igreja paroquial do Brasil dedicada à padroeira do país”. Convocado pela Presidência da CNBB, o Ano Nacional Mariano foi estabelecido como um tempo para celebrar, fazer memória e agradecer pelos 300 anos do encontro da imagem de Nossa Senhora da Conceição no Rio Paraíba do Sul. A iniciativa de proclamação, aprovada pela 54ª Assembleia Geral da CNBB, teve início no dia 12 de outubro de 2016 e segue até o dia 11 de outubro de 2017.
INDULGÊNCIA
Para alcançar a indulgência plenária, serão necessárias as condições habituais: a confissão sacramental, a comunhão eucarística e a oração na intenção do santo padre, o Papa. O documento enviado pelo Supremo Tribunal da cúria romana ressalta que a remissão será concedida “aos fiéis verdadeiramente penitentes e impulsionados pela caridade, se em forma de peregrinação visitarem a basílica de Aparecida ou qualquer Igreja paroquial do Brasil, dedicada a Nossa Senhora Aparecida”.
Aparecida, deverão “com ânimo pronto e generoso” se oferecer para a celebração da Penitência e muitas vezes administrar “a Sagrada Comunhão aos enfermos”. O pedido de concessão da indulgência durante o Ano Nacional Mariano foi feito pelo arcebispo emérito de Aparecida (SP), cardeal Raymundo Damasceno Assis. Na solicitação, o cardeal explicou que durante o tempo jubilar na Igreja no Brasil serão realizadas “várias celebrações sagradas e peregrinações em honra da celeste Padroeira do Brasil não só na Basílica Nacional Santuário de Aparecida, mas também em todas as igrejas paroquiais dedicadas em honra d’Ela” para que cresça nos fiéis “piedoso afeto para com a ‘Virgem Aparecida’ e assim se tornem mais fortes nos veneradores d’Ela a fé, a esperança e a caridade, e eles próprios, refeitos pelos sacramentos, sejam mais e mais estimulados a conformarem a vida ao Evangelho”. No local, deverão “devotamente participar das celebrações jubilares ou de promoções espirituais ou ao menos, por um conveniente espaço de tempo, elevarem humildes preces a Deus por Maria”. “A conclusão deste momento deve se dar com a Oração Dominical, pelo Símbolo da Fé e pelas invocações da Beata Maria Virgem, em favor da fidelidade do Brasil à vocação cristã, impetrando vocações sacerdotais e religiosas e em favor da defesa da família humana”. “A indulgência é a remissão, diante de Deus, da pena temporal devida pelos pecados já perdoados quanto à culpa. O fiel bem-disposto obtém esta remissão, em determinadas condições, pela intervenção da Igreja que, como dispensadora da redenção, distribui a aplica, por sua autoridade, o tesouro das satisfações (isto é, dos méritos) de Cristo e dos santos” (Paulo VI, Constituição Apostólica Indulgentarium doctrina, Normae I: AAS 59 (1967) 21).
IDOSOS E ENFERMOS
O documento enviado pelo organismo do Vaticano também estabelece uma condição especial para a obtenção das indulgências pelos devotos fiéis impedidos de fazer sua peregrinação por conta da velhice ou por grave doença. Igualmente poderão alcançar se “assumida a rejeição de todo pecado, e com a intenção de cumprir onde em primeiro lugar for possível, as três condições, espiritualmente se dedicarem diante de alguma pequena imagem da Virgem Aparecida, a funções ou peregrinações jubilares, ofertando suas preces e dores ao Deus misericordioso por Maria”.
ORIENTAÇÕES AOS PADRES
De acordo com a orientação da Penitenciária Apostólica, os sacerdotes aos quais está confiado o cuidado pastoral da basílica de Aparecida e os párocos das paróquias que possuem o título de Nossa Senhora
EM GUARAPUAVA
A diocese de Guarapuava possui cinco paróquias que têm Nossa Senhora Aparecida com padroeira. Conforme destaca o bispo diocesano, Dom Antônio Wagner da Silva, todos os padres responsáveis por estas comunidades estão orientados e aptos a conceder indulgências, desde que se sigam os critérios estabelecidos pelo Vaticano e também pela CNBB. “Nossos irmãos padres, nas comunidades que têm Nossa Senhora Aparecida como padroeira, estão autorizados e aptos a concederem o benefício da indulgência aos fiéis que obedecerem aos critérios estabelecidos pela Igreja, neste Ano Mariano. Considero o ano de 2017 como uma grande oportunidade para que cada um de nós se arrependa e se redima de falhas cometidas. Em 2016, tivemos o Ano Santo da Misericórdia, com a passagem pelas Portas Santas e, este ano, contamos com mais este benefício cristão e alentador para nossa espiritualidade”, exemplificou Dom Wagner.
Bosque Bíblico Santo Arnaldo Janssen acolhe missa com bênção dos animais A celebração foi presidida pelo vigário da Catedral Nossa Senhora de Belém, padre Jean Patrik Soares e teve por objetivo promover os cuidados para com o meio ambiente.
No dia 11 de fevereiro, um sábado, o Bosque Bíblico Santo Arnaldo Janssen, em Guarapuava, acolheu, pela segunda vez, a missa com bênção dos animais. O evento começou às 15 horas com a participação de diversas pessoas da cidade. Segundo a coordenação do Santuário, a celebração realizada esteve alinhada com a Campanha da Fraternidade (CF) deste ano que destaca a importância da preservação e manutenção dos biomas brasileiros. Também, conforme a CF, há uma necessidade de se dar ênfase no entendimento da biodiversidade e as relações dos povos com a natureza, primando por uma convivência respeitosa entre as culturas, sempre com base no Evangelho. No dia 13 de fevereiro de 2016, centenas de pessoas participaram da primeira celebração com bênção dos animais organizada naquele local. Na ocasião, o padre Itamar Abreu Turco, coordenador da Ação Evangelizadora, do Centro Diocesano de Comunicação (CDC), em Guarapuava foi o celebrante. Na ocasião, muitos animais de estimação que foram levados até o Santuário, receberam bênçãos.
Nesta edição, o padre Jean Patrik Soares, vigário da Catedral Nossa Senhora de Belém e apresentador dos programas Palavra de Fé na TV e Ave Maria, no rádio, foi quem presidiu a celebração e proferiu bênçãos aos presentes, suas famílias e seus animais de estimação. Para Beatriz Golinhaki, uma das responsáveis pela manutenção e preservação do Bosque Bíblico, a intenção de realizar as celebrações com bênçãos dos animais tem como finalidade promover discussões que possam esclarecer a real situação do meio ambiente na região e apontar os problemas e também as possibilidades de solucioná-los. Ela sublinha que a as atividades estão de acordo com a CF e o assunto precisa ser levado a sério por toda a comunidade. “A celebração no Bosque Bíblico vem ao encontro do que pede a Campanha da Fraternidade deste ano. A existência do Bosque e a possibilidade de promover eventos naquele local só se tornaram possíveis graças à revitalização do espaço que era totalmente
degradado e ameaçava prejudicar ainda mais a comunidade no entorno que padecia com alagamentos, a presença de lixo, além da contração de muitas doenças. Com o reflorestamento e revitalização, sempre respeitando a natureza em sua totalidade, grandes mudanças para melhor ocorreram. Atualmente, o lugar passa por cuidados diários por parte das pessoas que se interessam pelo assunto e doam seus serviços em prol de uma causa maior, que é o bem comum com respeito e harmonia para com a natureza”, descreveu Beatriz.
SOBRE O LOCAL
O Bosque Bíblico Santo Arnaldo Janssen está situado na Avenida Aragão de Matos Leão Filho (antiga Avenida Cascavel), sentido BR 277, às margens do Rio Cascavelzinho. Todos são convidados a conhecerem o local e entenderem um pouco de sua história, conforme destacam os voluntários que lá prestam serviços e colaboram para com sua manutenção.
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Diocese de Guarapuava
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Mensagem do Papa para a Quaresma pede que fiéis abram as portas do coração aos mais pobres A justa relação com as pessoas consiste em reconhecer, com gratidão, o seu valor, destaca o texto. Com o título “A Palavra é um dom. O outro é um dom”, foi publicada a mensagem do Papa Francisco para a Quaresma de 2017. O Pontífice pede no documento que os fiéis abram as portas do coração aos mais pobres e que se deixem inspirar por esta página tão significativa, que dá a chave para compreender como se deve agir para alcançar a verdadeira felicidade e a vida eterna, incitando a uma sincera conversão. O texto destaca também que a Quaresma é o momento favorável para intensificação da vida espiritual através dos meios santos que a Igreja propõe: o jejum, a oração e a esmola. Confira na íntegra a mensagem do papa para a Quaresma: MENSAGEM DO PAPA FRANCISCO PARA A QUARESMA DE 2017
Terça-feira, dia 07 de fevereiro de 2017 A Palavra é um dom. O outro é um dom Amados irmãos e irmãs! A Quaresma é um novo começo, uma estrada que leva a um destino seguro: a Páscoa de Ressurreição, a vitória de Cristo sobre a morte. E este tempo não cessa de nos dirigir um forte convite à conversão: o cristão é chamado a voltar para Deus “de todo o coração” (Jl 2, 12), não se contentando com uma vida medíocre, mas crescendo na amizade do Senhor. Jesus é o amigo fiel que nunca nos abandona, pois, mesmo quando pecamos, espera pacientemente pelo nosso regresso a Ele e, com esta espera, manifesta a sua vontade de perdão (cf. Homilia na Santa Missa, 08 de janeiro de 2016). A Quaresma é o momento favorável para intensificarmos a vida espiritual através dos meios santos que a Igreja nos propõe: o jejum, a oração e a esmola. Na base de tudo isto, porém, está a Palavra de Deus, que somos convidados a ouvir e meditar com maior assiduidade neste tempo. Aqui queria deter-me, em particular, na parábola do homem rico e do pobre Lázaro (cf. Lc 16, 19-31). Deixemonos inspirar por esta página tão significativa, que nos dá a chave para compreender como temos de agir para alcançarmos a verdadeira felicidade e a vida eterna, incitando-nos a uma sincera conversão. 1. O outro é um dom A parábola inicia com a apresentação dos dois personagens principais, mas quem aparece descrito de forma mais detalhada é o pobre: encontra-se numa condição desesperada e sem forças para se solevar, jaz à porta do rico na esperança de comer as migalhas que caem da mesa dele, tem o corpo coberto de chagas, que os cães vêm lamber (cf. vv. 20-21). Enfim, o quadro é sombrio, com o homem degradado e humilhado. A cena revela-se ainda mais dramática, quando se considera que o pobre se chama Lázaro, um nome muito promissor pois significa, literalmente, “Deus ajuda”. Não se trata duma pessoa anônima; antes, tem traços muito concretos e aparece como um indivíduo a quem podemos atribuir uma história pessoal. Enquanto Lázaro é como que invisível para o rico, a nossos olhos aparece como um ser conhecido e quase de família, torna-se um rosto; e, como tal, é um dom, uma riqueza inestimável, um ser querido, amado, recordado por Deus, apesar da sua condição concreta ser a duma escória humana (cf. Homilia na Santa Missa, 8 de janeiro de 2016). Lázaro ensina-nos que o outro é um dom. A justa relação com as pessoas consiste em reconhecer, com gratidão, o seu valor. O próprio pobre à porta do rico não é um empecilho fastidioso, mas um apelo a converter-se e mudar de vida. O primeiro convite que nos faz esta parábola é o de
abrir a porta do nosso coração ao outro, porque cada pessoa é um dom, seja ela o nosso vizinho ou o pobre desconhecido. A Quaresma é um tempo propício para abrir a porta a cada necessitado e nele reconhecer o rosto de Cristo. Cada um de nós encontra-o no próprio caminho. Cada vida que se cruza conosco é um dom e merece aceitação, respeito, amor. A Palavra de Deus ajuda-nos a abrir os olhos para acolher a vida e amá-la, sobretudo quando é frágil. Mas, para se poder fazer isto, é necessário tomar a sério também aquilo que o Evangelho nos revela a propósito do homem rico. 2. O pecado cega-nos A parábola põe em evidência, sem piedade, as contradições em que vive o rico (cf. v. 19). Este personagem, ao contrário do pobre Lázaro, não tem um nome, é qualificado apenas como “rico”. A sua opulência manifesta-se nas roupas, de um luxo exagerado, que usa. De fato, a púrpura era muito apreciada, mais do que a prata e o ouro, e por isso se reservava para os deuses (cf. Jr 10, 9) e os reis (cf. Jz 8, 26). O linho fino era um linho especial que ajudava a conferir à posição da pessoa um caráter quase sagrado. Assim, a riqueza deste homem é excessiva, inclusive porque exibida habitualmente: “Fazia todos os dias esplêndidos banquetes” (v. 19). Entrevê-se nele, dramaticamente, a corrupção do pecado, que se realiza em três momentos sucessivos: o amor ao dinheiro, à vaidade e à soberba (cf. Homilia na Santa Missa, 20 de setembro de 2013). O apóstolo Paulo diz que “a raiz de todos os males é a ganância do dinheiro” (1 Tm 6, 10). Este é o motivo principal da corrupção e uma fonte de invejas, contendas e suspeitas. O dinheiro pode chegar a dominar-nos até ao ponto de se tornar um ídolo tirânico (cf. Exort. ap. Evangelii gaudium, 55). Em vez de instrumento ao nosso dispor para fazer o bem e exercer a solidariedade com os outros, o dinheiro pode-nos subjugar, a nós e ao mundo inteiro, numa lógica egoísta que não deixa espaço ao amor e dificulta a paz.
Depois, a parábola mostra-nos que a ganância do rico fá-lo vaidoso. A sua personalidade vive de aparências, fazendo ver aos outros aquilo que se pode permitir. Mas a aparência serve de máscara para o seu vazio interior. A sua vida está prisioneira da exterioridade, da dimensão mais superficial e efêmera da existência (cf. ibid., 62). O degrau mais baixo desta deterioração moral é a soberba. O homem veste-se como se fosse um rei, simula a posição dum deus, esquecendo-se que é um simples mortal. Para o homem corrompido pelo amor das riquezas, nada mais existe além do próprio eu e, por isso, as pessoas que o rodeiam não caem sob a alçada do seu olhar. Assim o fruto do apego ao dinheiro é uma espécie de cegueira: o rico não vê o pobre esfomeado, chagado e prostrado na sua humilhação. Olhando para esta figura, compreende-se por que motivo o Evangelho é tão claro ao condenar o amor ao dinheiro: “Ninguém pode servir a dois senhores: ou não gostará de um deles e estimará o outro, ou se dedicará a um e desprezará o outro. Não podeis servir a Deus e ao dinheiro” (Mt 6, 24). 3. A Palavra é um dom O Evangelho do homem rico e do pobre Lázaro ajuda a nos preparar bem para a Páscoa que se aproxima. A liturgia de Quarta-Feira de Cinzas convida-nos a viver uma experiência semelhante à que faz de forma tão dramática o rico. Quando impõe as cinzas sobre a cabeça, o sacerdote repete estas palavras: “Lembra-te, homem, que és pó da terra e a terra hás de voltar”. De fato, tanto o rico como o pobre morrem, e a parte principal da parábola desenrola-se no Além. Dum momento para o outro, os dois personagens descobrem que nós “nada trouxemos ao mundo e nada podemos levar dele” (1 Tm 6, 7). Também o nosso olhar se abre para o Além, onde o rico tece um longo diálogo com Abraão, a quem trata por “pai”
(Lc 16, 24.27), dando mostras de fazer parte do povo de Deus. Este detalhe torna ainda mais contraditória a sua vida, porque até agora nada se disse da sua relação com Deus. Com efeito, na sua vida, não havia lugar para Deus, sendo ele mesmo o seu único deus. Só no meio dos tormentos do Além é que o rico reconhece Lázaro e queria que o pobre aliviasse os seus sofrimentos com um pouco de água. Os gestos solicitados a Lázaro são semelhantes aos que o rico poderia ter feito, mas nunca fez. Abraão, porém, explica-lhe: “Recebeste os teus bens na vida, enquanto Lázaro recebeu somente males. Agora, ele é consolado, enquanto tu és atormentado” (v. 25). No Além, restabelece-se certa equidade, e os males da vida são contrabalançados pelo bem. Mas a parábola continua, apresentando uma mensagem para todos os cristãos. De fato o rico, que ainda tem irmãos vivos, pede a Abraão que mande Lázaro avisá -los; mas Abraão respondeu: “Têm Moisés e os Profetas; que os ouçam” (v. 29). E, à sucessiva objeção do rico, acrescenta: “Se não dão ouvidos a Moisés e aos Profetas, tampouco se deixarão convencer, se alguém ressuscitar dentre os mortos” (v. 31). Deste modo se patenteia o verdadeiro problema do rico: a raiz dos seus males é não dar ouvidos à Palavra de Deus; isto levou-o a deixar de amar a Deus e, consequentemente, a desprezar o próximo. A Palavra de Deus é uma força viva, capaz de suscitar a conversão no coração dos homens e orientar de novo a pessoa para Deus. Fechar o coração ao dom de Deus que fala, tem como consequência fechar o coração ao dom do irmão. Amados irmãos e irmãs, a Quaresma é o tempo favorável para nos renovarmos, encontrando Cristo vivo na sua Palavra, nos Sacramentos e no próximo. O Senhor – que, nos quarenta dias passados no deserto, venceu as ciladas do Tentador – indica-nos o caminho a seguir. Que o Espírito Santo nos guie na realização dum verdadeiro caminho de conversão, para redescobrirmos o dom da Palavra de Deus, sermos purificados do pecado que nos cega e servirmos Cristo presente nos irmãos necessitados. Encorajo todos os fiéis a expressar esta renovação espiritual, inclusive participando nas Campanhas de Quaresma que muitos organismos eclesiais, em várias partes do mundo, promovem para fazer crescer a cultura do encontro na única família humana. Rezemos uns pelos outros para que, participando na vitória de Cristo, saibamos abrir as nossas portas ao frágil e ao pobre. Então poderemos viver e testemunhar em plenitude a alegria da Páscoa.
CNBB, com informações da Rádio Vaticano. Foto: AP
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Em nova faixa, Rádio Cultura pretende estender também, a qualidade de sua programação Com investimentos de mais de um milhão e meio de reais, a emissora que passa a transmitir em FM já é tida como referência em se tratando de veículo de comunicação no Paraná. O ano de 2017 promete representar um verdadeiro divisor de águas para o rádio brasileiro. Depois do anúncio, pela então presidente do Brasil, Dilma Roussef, em novembro de 2013, de que ocorreria a migração das emissoras de Amplitude Modulada (AM), para Frequência Modulada (FM), com o intuito de oferecer melhor qualidade para os ouvintes, muito tempo se passou. São mais de três anos desde que o anúncio foi feito e, finalmente, para 2017, muitas emissoras Brasil afora, estão liberadas para fazer a transição de faixa. Porém, nem tudo são flores neste caminho árduo que representa a mudança de frequência de uma emissora. Além da juntada minuciosa de documentos, do pagamento de altas taxas para o governo e muito estudo, cabem às rádios que passarão pelo processo, a difícil tarefa de praticamente construir uma nova emissora, uma vez que os equipamentos usados em AM, não podem ser adaptados para FM, precisando ser descartados e outros novos, comprados e também trabalhar sua identidade, com a finalidade de manter o público existente e conquistar novos ouvintes e investidores. A Central Cultura de Comunicação, dententora das rádios 93 FM que opera em 93,7, Cultura AM 560, além do portal de notícias www.centralcultura. com.br, através de sua direção, tinha como meta migrar uma de suas emissoras para a nova frequência (a Cultura AM 560). Depois do anúncio feito pela Presidência da República, a difícil missão de transformar um sonho em realidade, começou a fazer sentido. Porém, neste mesmo período, tiveram início também as dificuldades. Para Jorge Teles dos Passos, diretor de programação e jornalismo da Central Cultura de Comunicação, em um artigo que escreveu sobre o tema em novembro de 2016, a migração das emissoras representou para a radiodifusão “um marco histórico e transformador” em se tratando de comunicação. “No momento em que, juntamente com um número considerável de funcionários da Central Cultura, nos reunimos para ouvir e, ao mesmo tempo transmitir a palavra da presidente Dilma Rousseff que neste dia assinava o Decreto de Migração das rádios AM para a faixa FM, iniciava aí o que, em minha opinião, se constituiria num marco para a radiodifusão no Brasil, nesse tempo em que atuo no meio, ou seja, desde o ano de 1982 quando tive os primeiros contatos profissionais com a Rádio Cultura”, escreveu Jorge em seu artigo. A reportagem do Centro Diocesano de Comunicação (CDC) conversou com Jorge para saber mais detalhes sobre o andamento da migração. Ele contou que desde então, os trabalhos por parte da direção da empresa não pararam e as questões práticas passaram a ser executadas, com base em muita determinação e planejamento. Jorge detalha que para a migração, há duas frentes de trabalho, uma no Edifício Nossa Senhora de Belém e outra no Parque de Transmissão, no bairro Santana, junto à torre da Rádio 93 FM. “Estamos em duas frentes de trabalho. No Edifício Nossa Senhora de Belém foi remodelado todo o estúdio principal que agora está integrado com a técnica
PREVISÕES PARA FUNCIONAMENTO
Jorge Teles dos Passos, da Central Cultura de Comunicação.
da emissora, com móveis e equipamentos novos. Isso também ocorreu com a gravadora que ficou um pouco mais compacta que a anterior, mas muito mais funcional. Ambos, estúdio principal e gravadora, estão concluídos. Uma sala de redação que abrigará o nosso núcleo de produção de jornalismo está sendo montada. Nela, além da redação, haverá duas ilhas para gravação e edição de áudio, integradas ao estúdio principal. A outra frente de trabalho está focada na montagem do transmissor, que fica no mesmo terreno onde está instalada a torre da Rádio 93 FM”, descreve Jorge. O diretor também apontou para novidades significativas em se tratando de engenharia. Equipamentos modernos, salas climatizadas, além de recursos de geração própria de energia em caso de falha no sistema elétrico público, podem ser classificados como de suma importância para a nova emissora. “A grande novidade está por conta da sala de engenharia onde, num ambiente climatizado, ficarão todos os computadores, links, processadores de áudio e demais equipamentos. Também fizemos a aquisição dos geradores para estúdios e transmissores: a rádio nunca ficará fora do ar por falta de energia elétrica. Para concluir a remodelagem do espaço físico no Edifício Nossa Senhora de Belém, haverá uma sala para reuniões cursos e treinamentos da equipe e uma ampla sala onde pretendemos manter em exposição permanente alguns equipamentos que fazem parte da história da emissora. Novo transmissor e antenas já foram adquiridos. Podemos afirmar que cerca de 70% do projeto está concluído”, anunciou Jorge.
estúdios, montagem de antena, além de automóveis que serão usados nas reportagens externas. A contratação de profissionais para suprir a demanda dos trabalhos também acarreta em altos investimentos, conforme conta o diretor. “Os investimentos irão superar um milhão e meio de reais. Neste montante, estão incluídos desde taxa de migração, novos estúdios, novos transmissores e antenas e outros investimentos paralelos em função da nova rádio que vão desde a aquisição de veículos, novos sites, vinhetas, contratação de novos profissionais, treinamento de equipe, entre outros. Importante frisar que quando, em 2013, foi assinado o Decreto da Migração pela presidente Dilma Rousseff, juntamente com o padre Reonaldo Pereira da Cruz, Diretor Geral da Emissora, que considero um grande administrador, montamos um planejamento para chegarmos neste momento decisivo. Conseguimos capitalizar os recursos com a própria empresa para investir neste novo projeto. Ainda não concluímos a nova rádio, mas estamos trabalhando incansavelmente com toda nossa equipe de colaboradores para tornarmos esse sonho realidade. É um trabalho que se estende ao logo desses anos com uma administração feita com muita parcimônia e buscando sempre uma qualidade que resulte em investimentos publicitários por parte dos anunciantes”, observa o diretor. Jorge também adianta que nada foi feito de forma improvisada, pois, conforme acredita; sem planejamentos as possibilidades de erros são muito grandes. “Em síntese, da maneira como a emissora vem sendo construída, com os equipamentos de ponta e com grande qualidade nos serviços, podemos, com esforço e dedicação, sermos referência em qualidade e credibilidade pelos próximos cinquenta anos. Como sempre falo para o padre Reonaldo, amanhã ou depois nós não estaremos mais aqui, mas a rádio fica e deverá permanecer sendo o que já é, ou seja, uma referência em comunicação radiofônica”; discorreu.
FM 94,3
INVESTIMENTOS
Para a migração, os valores investidos devem superar a cifra de um milhão e meio de reais. Os recursos que vêm sendo investidos são relativos a compra de equipamentos de preços considerados altos, como transmissores, construção de
Jorge Teles grifa que, sendo otimistas quanto à montagem de equipamentos e últimos acertos legais junto ao Ministério das Comunicações, a nova emissora deverá entrar no ar nos próximos noventa dias. “Há alguns prazos que fogem do nosso controle e, por isso, é difícil afirmar com propriedade o dia exato em que a rádio entrará no ar”, justifica. Durante a entrevista, ao ser questionado sobre o que o público ouvinte pode esperar da Rádio Cultura na frequência FM, Jorge enfatizou que, de maneira alguma o público atual que ouve a emissora em AM, será abandonado. Ele terá sim, conforme sublinha, melhor qualidade em todos os sentidos, além de uma programação dinâmica e que supra as necessidades de entretenimento e informação da região. “É importante ficar claro que não vamos abandonar o nosso público da atual Cultura AM. Teremos uma FM com uma programação ainda melhor e com mais qualidade, com programas mais compactos que os atuais, mas na mesma linha. Muita notícia, utilidade pública, prestação de serviço, esportes, música e evangelização. Uma emissora muito ligada à comunidade. Alguns programas atuais não estarão na nova grade de programação, mas por outro lado, novos programas que vão ao encontro do gosto dos ouvintes serão implantados e é claro, estes deverão também estar alinhados com os investidores comerciais, ou seja, necessitamos de programas rentáveis porque é daí que vem o sustento e manutenção das emissoras. Tudo está planejado há muito tempo”, revelou.
EVANGELIZAÇÃO
Jorge foi enfático ao dizer que a evangelização continuará como prioridade na emissora. Para ele, a nova frequência fará com que muito mais pessoas possam ouvir a programação da rádio, conhecer e participar dos trabalhos desenvolvidos pela Igreja, através da diocese. “Como o próprio slogan que vai acompanhar a nova rádio: ‘uma voz católica no seu rádio’, a programação terá como prioridade a evangelização e com um alcance ainda maior, pois a sintonia na faixa FM atualmente é muito mais ampla. Pretendemos cobrir, senão toda, a maioria da área da diocese de Guarapuava. E sobre a programação, eu penso que há muitas maneiras de se evangelizar. Não penso que para evangelizar, a rádio tem que ‘rezar’, ‘pregar’ ou ‘ler a Bíblia’ o dia todo, ou tocar somente música religiosa. Temos que chegar à vida real das pessoas. As pessoas gostam de música? A música faz bem? Então, vamos trabalhar com boas músicas. As pessoas precisam estar informadas, inseridas na comunidade, no dia a dia da cidade, na política, na educação? Então vamos trabalhar esses temas. Com um foco cristão, podemos contribuir com a conscientização e preservação da vida. Podemos, através do rádio, ser a voz dos anseios da comunidade, numa dimensão transformadora e profética. As pessoas precisam ter boa saúde? Vamos trabalhar com os temas saúde, esporte, afinal esporte é saúde. Segundo o bem-aventurado padre Tiago Alberione ‘Não é preciso falar de Deus o dia inteiro, mas falar de modo cristão de todas as coisas’”, concluiu.
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Por Vanessa Pereira. Catequista e coordenadora da Pascom
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Iniciamos 2017 com muita energia, dando continuidade à missão de levar vida plena para todas as crianças. E, neste Ano Mariano, esperamos realizar ainda mais com a intercessão de Nossa Senhora.
PÃO DE QUEIJO DE INHAME
PARABÉNS ÀS MULHERES DA PASTORAL DA CRIANÇA!
INGREDIENTES • 1 ½ xícaras (chá) de purê de inhame • 1 xícara (chá) de polvilho azedo • 1 xícara (chá) de polvilho doce • Sal a gosto MODO DE PREPARO Lavar, descascar, cortar os inhames em pedaços e deixar de molho por 8 horas em água com uma colher (sopa) de limão ou vinagre. Depois lavar bem os inhames em água corrente. Colocar para cozinhar ao fogo médio, em uma panela com água suficiente para cobri-los. Deixar ferver por aproximadamente 20 minutos e certifique-se que estejam cozidos (bem macios). Escorrer toda a água da panela e triturar os inhames cozidos ainda quentes no liquidificador ou amassar com o garfo até formar uma pasta. Misturar todos os ingredientes e sovando a massa até desgrudar das mãos. Se necessário, acrescente 1 colher (sopa) de água fervente. Moldar os pãezinhos, colocando-os em forma untada, deixando um espaço entre eles, para que não grudem. Leve ao forno pré-aquecido por aproximadamente 30 minutos.
DICAS: • Para aumentar a quantidades de fibras da receita, pode acrescentar 1 colher (sopa) de sementes de linhaça ou chia. • Esta receita não contém glúten ou ovos, podendo ser consumida por pessoas alérgicas.
No Dia Internacional da Mulher, 8 de março, a Pastoral da Criança homenageia, agradece e parabeniza todas as líderes e coordenadoras. Que Maria, modelo de mulher, seja sempre inspiração na vivência de sua vocação, no amor e no cuidado com a vida.
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Seminário Diocesano inicia mais um ano letivo e formativo
A vocação é caminho e discernimento. Para que a pessoa faça o discernimento da própria vocação, é necessário vida de comunidade, oração, estudo e orientação espiritual.
Renovados pelo descanso das férias de final de ano, os seminaristas da diocese de Guarapuava retornam à convivência fraterna e aos estudos no Seminário Diocesano Nossa Senhora de Belém. Depois do convívio com a família, amigos, encontros missionários e momentos de lazer, nós sentimos que estamos prontos para reiniciar os estudos e dar continuidade ao processo formativo. Além daqueles que já estavam engajados nesta caminhada, muitos jovens entraram na instituição este ano, dando início ao seu processo formativo, totalizando dezessete vocacionados, oriundos de várias paróquias da diocese, sendo eles: Douglas Gabriel, Willians Robert, Felipe de Lima, Draiton Demenech e João Guilherme Demench da paróquia Santo Antônio de Pádua, de Rio Bonito do Iguaçu; Valdinei Paes, da paróquia São Pedro Apóstolo de Foz do Jordão; Eduardo Nassar, da paróquia Nossa Senhora do Rosário, de Rosário do Ivaí; João Henrique da Silva, da paróquia Imaculado Coração de Maria, de Quedas do Iguaçu; Emerson de Lima, da paróquia Nossa Senhora de Fátima, de Guarapuava; João Maria Neto, da paróquia Nossa Senhora de Belém, de Reserva do Iguaçu; Neri Mendes, da paróquia Nossa Senhora Imaculada Conceição, de Palmital; Henrique Alcântara e Marcos Antônio Alcântara, da paróquia São Pedro
Apóstolo de Nova Tebas; Rodrigo França, da Paróquia Santa Clara de Candói; Gustavo Coimbra e Tiago Machado, da paróquia Senhor Bom Jesus, de Candido de Abreu; e Nicolas Thanrique da paróquia São Pedro Apóstolo, do município de Laranjal. A vocação é caminho e discernimento. Para que a pessoa faça o discernimento da própria vocação, é necessário vida de comunidade, oração, estudo e orientação espiritual. Na orientação, o vocacionado recebe a ajuda do orientador para analisar os passos que percorre na vida e no itinerário vocacional. E, por fim, não podemos esquecer que nesse caminho, a alegria e a generosidade no coração para responder ao chamado do Senhor são também fundamentais. A vocação sacerdotal é um dom de Deus, que constitui um grande beneficio para quem é chamado para a vida da Igreja, que tem a urgente e permanente missão de anunciar a Boa Nova de Jesus Cristo. Que a Mãe de Belém, padroeira da nossa diocese e do nosso seminário, interceda pelos seminaristas, pelos seus discernimentos e pela sua caminhada nos estudos e na comunidade neste ano de 2017. Contamos com as orações de todos. Maria, Mãe das Vocações, rogai por nós! Por: Seminarista Nicolas Thanrique
Ano Mariano no âmbito vocacional
Sabemos que a devoção a Maria faz parte da identidade católica, está enraizada em grande parte da população. Um exemplo é a oração da Ave-Maria que normalmente é a primeira que se aprende na infância. O Ano Nacional Mariano iniciou-se no dia 12 de outubro de 2016 na solenidade de Nossa Senhora Aparecida e conclui-se no dia 11 de outubro de 2017. É no contexto da comemoração dos 300 anos do encontro da imagem de Nossa Senhora Aparecida, no Rio Paraíba do Sul, que a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) instituiu o Ano Mariano. Assim, destaca-se que a celebração dos 300 anos é uma “grande ação de graças”, pois, desde o ano de 2014 as dioceses do Brasil se preparam para esta comemoração, recebendo a visita da imagem peregrina de Nossa Senhora Aparecida, para celebrar, fazer memória e agradecer. Sabemos que a devoção a Maria faz parte da identidade católica, está enraizada em grande parte da população. Um exemplo é a oração da Ave-Maria que normalmente é a primeira que se aprende na infância. A Virgem Maria atrai e conserva boa parcela dos fiéis, são muitos os grupos e multidões que se mobilizam para peregrinações nos diversos santuários marianos. Se olharmos pelo viés da comunhão, percebemos que devoções marianas, como a oração do terço, novenas e outras expressões, favorecem práticas religiosas entre vizinhos e amigos que fortalecem os laços interpessoais, criam e animam comunidades. Nesse sentido, ao longo deste ano, somos convidados a fazer bons propósitos, e de modo especial a nos empenharmos com grande fervor em nossa vida de oração, aprofundando a nossa devoção a Maria. Quanto à caminhada vocacional sabemos que são muitos os documentos da Igreja e tantos outros meios de devoção que nos inspiram uma caminhada de fé e docilidade a partir do exemplo de Maria. Assim, nos ensina a Presbyterorum Ordinis que “Ela, a quem os presbíteros devem amar e venerar com devoção e culto filial, como Mãe do sumo e eterno sacerdote, como rainha dos Apóstolos e auxílio do seu ministério”. Também o Papa Francisco nos ensina que Maria faz precisamente isso conosco: “Nos ajuda a crescer humanamente na fé, a sermos fortes e a não ceder à tentação de sermos homens e cristãos de uma maneira superficial, mas a viver com responsabilidade, a tender cada vez mais ao alto”. Portanto, com Maria, queremos dizer nosso sim e abrir nosso coração e a nossa vida
para “fazer tudo o que Ele nos disser”. Lembramos a presença materna de Maria que ilumina e intercede por todos aqueles que respondem o chamado de Deus. Maria é aquela que sabe transformar um curral de animais na casa de Jesus, com uns pobres paninhos e uma montanha de ternura. Ela é a serva humilde do Pai, que transborda de alegria no louvor. É a amiga sempre solícita para que não falte vinho em nossa vida. É aquela que tem o coração transpassado pela espada, que compreende todas as penas. Como mãe de todos, é sinal de esperança para os que sofrem nas encruzilhadas da vida com as dores do parto até que germine a paz. Ela é a missionária que se aproxima de nós, para nos acompanhar ao longo da vida, abrindo os corações à fé com seu afeto materno. Sendo assim, toda a comunidade cristã deve ter consciência de ser chamada por Deus, e seja pessoalmente ou em grupo, precisa cooperar ativamente para o cumprimento de sua missão, pois a Igreja precisa permanecer em um estado de vocação e missão. Busquemos, pois, aproveitar ao máximo esse tempo de maior intimidade com a Nossa Mãe Maria e em nossas orações peçamos que Ela interceda a Deus por nós enviando mais operários para a messe do Senhor, que dizia: “A messe é grande, mas os operários são poucos. Pedi, pois, ao Senhor da messe que envie operários para a messe” (Lc 10,2). Por: Seminarista Jacir dos Santos Teologia/Curitiba-PR.
SEMINARISTAS ANIVERSARIANTES (Janeiro, Fevereiro e Março) João Lucas Ribas: 06/01 | João Henrique da Silva: 20/01 | Tiago Machado: 20/01 | Anselmo Freski: 04/02 | Everton Pavilaqui: 10/02 Eduardo Daros: 22/02 | José Vitor Cozechen: 20/03 | Marcos Antônio: 28/03
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Encerrada a última etapa da MDJ em Rio Bonito do Iguaçu O evento que dura dois anos, tem por objetivo promover os trabalhos missionários por parte dos jovens e também integrar as comunidades através da oração e da partilha.
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De 14 a 22 de janeiro, foi realizada, na paróquia Santo Antônio de Pádua, em Rio Bonito do Iguaçu, a segunda etapa da Sexta Edição da Missão Diocesana Juvenil (MDJ). Segundo a organização do evento, 218 jovens participaram como missionários, além de voluntários, sacerdotes e religiosas. “Tivemos momentos fortes de oração, comunhão, vivência, partilha e grandes bênçãos”, destacou o seminarista e coordenador da Pastoral Juvenil na diocese de Guarapuava, Felipe Geraldo Madureira. Os jovens que participaram da MDJ partiram de várias paróquias da diocese e se organizaram em treze grupos missionários. Cada um dos grupos visitou uma região de abrangência da paróquia, dividida em setores. “Durante o dia, os grupos realizavam as visitas com bênçãos na casas. No início da noite, os
missionários se reuniam nas comunidades para animar, celebrar e rezar junto com as famílias. Considero que estes trabalhos representaram um grande avanço na história da MDJ em nossa diocese e, ao mesmo tempo, um marco, pois a missão se desenvolveu, deu grandes passos e ganhou uma cara nova”, detalhou Felipe.
PRÓXIMOS PASSOS
Conforme adiantou o coordenador, a experiência vivida em Rio Bonito do Iguaçu serviu de base para novos desafios. Para os anos de 2018 e 2019, os trabalhos serão focados na missão urbana. A paróquia Nossa Senhora de Fátima, em Guarapuava, será sede da sétima edição do encontro missionário que dura dois anos, com visitas e acompanhamentos às famílias,
realizadas sempre no início do mês de janeiro de cada ano. “Foi uma etapa de missão intensa, produtiva, valiosa e bastante frutuosa. Fomos recebidos com alegria pelas famílias e os jovens missionários se sentiram abençoados pela tarefa desenvolvida. Depois da experiência adquirida, o novo passo será missionar em realidade urbana. A próxima comunidade a receber a MDJ será a paróquia Nossa Senhora de Fátima, em Guarapuava. Durante todo o ano de 2017, desenvolveremos trabalhos de preparação dos missionários e discutiremos sobre os temas que serão abordados”, destacou Felipe. A exemplo das últimas edições, a intenção para o biênio 2018 – 2019 é intensificar a divulgação e a interação da juventude através das redes sociais, segundo os coordenadores. Com isso,
acredita-se que se dará um grande impulso na caminhada e vivência em sociedade. “A juventude é o presente da Igreja e os jovens em missão são o testemunho disso”, finalizou Felipe.
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Teologia em Gotas. A finalidade da teologia católica, hoje, “é apresentar em circunstâncias atuais, o Evangelho vivo” (Papa Francisco).
A Pergunta sobre Deus A percepção que as crianças e muitos adultos têm de Deus, depende da ideia que os pais, catequistas e comunidade eucarística propõem e vivem. Teologia em gotas é uma brevíssima exposição sobre “dar razão da minha fé aos outros e a mim mesmo”. (1Pe 3,15b). No primeiro artigo, (Boletim 452) se disse que, hoje, estudam teologia, os teólogos universitários, os profissionais da religião como padres, pastores professores, catequistas, pesquisadores e todas as pessoas comuns que desejam compreender e viver os princípios e práticas da sua fé, sendo discípulos e missionários do Cristo Morto e Ressuscitado. O primeiro assunto a ser tratado aqui é a pergunta sobre Deus. Quem é Deus para mim? Qual é a minha familiaridade, minha relação, minha intimidade com Ele? Como eu me imagino a Deus? De que maneira Ele me fala, quando me fala? Por que Ele fica sempre calado? Como Ele governa o mundo? Quando era uma criança de seis ou sete anos, minha mãe me disse, de forma enérgica, que se não comia a sopa Deus me ia castigar. Em efeito, Deus me castigou muitas vezes, quando um inseto me picava, tropeçava nas pedras, quebrava algum objeto ou padecia de alguma dor. Eu interpretava: Deus me castiga. Deus estava por aí, pronto para me castigar por não tomar a sopa. A percepção que as crianças e muitos adultos têm de Deus, depende da ideia que os pais, catequistas e comunidade eucarística propõem e vivem. Acredito que muitos cristãos são idólatras ou até ateus. Idólatras (eidolon + latreia: adorar ideias de Deus), porque adoram um Deus inventado que não é o Deus único e verdadeiro que a revelação bíblica e Jesus nos apresentam. E até ateus (ἄθεος, a theos, sem deus) com relação ao Deus verdadeiro: negam o Deus bíblico da Revelação e testemunhado por Jesus Cristo. Mas, como nós chegamos ao Deus verdadeiro? Pensa-se que se quisermos saber quem é Deus e qual é a sua vontade sobre cada um de nós, temos que, em primeiro lugar, perguntar à Igreja: ela está para anunciar e testemunhar o amor de Deus, manifestado em Jesus Cristo a todos os homens. Depois, temos que perguntar a Jesus de Nazaré. Ele é quem melhor conhece o Pai do céu: “Este é o meu filho, o meu escolhido, escutem o que ele diz”. (Lc 9,35). “... aqui está o meu servo, o meu escolhido, que dá muita alegria ao meu coração. Pus nele o meu espírito, e ele anunciará a minha vontade a todos os povos”. (Is 42,1).
O concilio Vaticano II, na sua Constituição sobre a Revelação clarifica, “Quis Deus, na sua bondade e sabedoria, revelar-se a si mesmo e manifestar o mistério de sua vontade (cf. Ef. 1,9): os homens têm acesso ao Pai e se tornam participantes da natureza divina por Cristo, verbo encarnado, no Espírito Santo (cf. Ef 2,18; 2 Pd 1,4). [...] A verdade profunda a respeito de Deus e da salvação humana brilha em Cristo, que é, ao mesmo tempo, mediador e plenitude da revelação” (DV 873). Então, a primeira fonte para saber quem é Deus e o que Ele quer de mim, é Jesus Cristo. Vejamos como exemplo: ele nos manifesta que Deus é uma comunidade de amor, três, Trindade, Pai, Filho e Espírito Santo. O Catecismo da Igreja Católica afirma: “Jesus revelou que Deus é “Pai” num sentido inaudito: não o é somente enquanto Criador, mas é eternamente Pai em relação ao seu Filho único, que só é eternamente Filho em relação ao seu Pai: ‘Ninguém conhece o Filho senão o Pai, e ninguém conhece o Pai senão o filho, e aquele a quem o Filho o quiser revelar (Mt 11,27). [...] O Espírito Santo é revelado como outra pessoa divina em relação a Jesus e ao Pai (Jo 16,13). O Espírito Santo é enviado aos apóstolos e à Igreja tanto pelo Pai, em nome do filho, como pelo Filho em pessoa, depois que este tiver voltado para junto do Pai. O envio da pessoa do Espírito após a glorificação de Jesus revela em plenitude o mistério da Santíssima Trindade” (CIC 238-244). Façamos aqui uma observação teológica. A linguagem, as palavras, os conceitos representam e constroem as coisas e nós sempre pensamos e conhecemos por analogia (comparação): conhecemos uma coisa relacionando-a com outra. Coisa que não tem nome é impossível de recriá-la na mente. Conhecer e pronunciar as coisas já pode ser uma atividade difícil para alguns. Também nós, podemos ter ainda uma maior dificuldade, quando falamos de crenças, de emoções, de sentimentos. Faltam-nos termos, conceitos, palavras. Agora, ainda é mais difícil quando falamos de Deus: “Ninguém nunca viu Deus. Somente o Filho único, que é Deus e está ao lado do Pai, foi quem nos mostrou quem é Deus” (Jo 1,18).
Nós conhecemos, a partir da percepção das coisas pelos sentidos. Falar de Deus e da sua vontade, com propriedade pedagógica, exige um discurso elaborado, porém, simples. Porque Deus não é uma coisa que se pode representar. Diante deste limitante precisamos da linguagem da fé. A Revelação utiliza diversos nomes e atributos para que formemos uma ideia de Deus. Por exemplo, a religião islâmica utiliza noventa e nove atributos para referir-se a Deus. Na Bíblia encontramos muitos nomes e atributos. “Deus mesmo se revela a Moisés dizendo” “Eu sou Aquele que é” (Ex. 3,14). Como o imaginamos? Como é que ele nos fala ao coração? O Papa São João Paulo II nos falou da misericórdia de Deus (Dives in misericórdia) e o Papa Francisco não se cansa de falar de Deus Pai misericordioso. Tudo o que nos sabemos sobre Deus e seus mistérios, o sabemos a partir das ideias de outros. Os pais, os catequistas, os padres, os pregadores, os professores que interpretam e dizem que Deus é assim ou assado, que Deus quer isto ou aquilo. Para esses, existe uma grande responsabilidade conhecer bem os fundamentos da fé, e testemunhar para não falar baboseiras, canduras ou pregar um Deus inventado. Dependendo do comunicador, do anunciador, existem formas de entender e viver a fé no Deus bíblico verdadeiro. Uma forma é através da teologia. Ela é uma ciência, a ciência da fé, tem como base a Revelação, a Bíblia e a Tradição cristã com a ajuda de outros saberes, ela clarifica, desmascara as manifestações de fé que se agarraram ao sagrado e não são de Deus. O teólogo é um comunicador qualificado, estando a serviço da Igreja, acredita e vive da palavra de Deus, ora e testemunha o que ensina. A teologia por meio de uma linguagem técnica, mas compreensível, provoca a vivência e a compreensão do amor de Deus que se tem manifestado ao longo da história. Na carta aos Romanos, o apóstolo Paulo diz que nós conhecemos a Deus a partir da Criação (Rm 1,20). Os Salmos, a Bíblia em miniatura, testemunham essa afirmação (Sl 8). No Antigo Testamento Moisés e os profetas explicam a vontade de Deus para o povo e a humanidade. E finalmente Jesus Cristo, (Lc 24,27) como já se afirmou.
Por outra parte, observa-se que os santos com a sua vida, testemunho e ações são os melhores anunciadores da presença e do amor de Deus no mundo. Mas, lembremos que a teologia é um discurso técnico, especializado sobre Deus e seus mistérios. Isto quer dizer que se o teólogo, além de possuir um conhecimento teológico consistente e pedagógico, mas também é coerente com a fé, além de santo, será um excelente comunicador. Os grandes teólogos da Igreja Católica foram reconhecidos como coerentes com a sua fé. Por modo de exemplo: Santo Agostinho e Santo Tomás de Aquino e os famosos da modernidade, entre outros, Hans Urs von Balthasar, MarieDominique Chenu, Yves Congar, Hans Küng, Edward Schillebeeckx, Karl Rahner, Wolfhart Pannenberg, Bento XVII, José Antonio Pagola, Andrés Torres Queiruga, Leonardo Boff, Afonso Murad e muitos outros que conhecemos. Em síntese, a pergunta sobre Deus se resolve no encontro pessoal com Jesus: “Quem me vê, vê também aquele que me enviou”. (Jo 12,45). “Chegou a hora e, o Reino de Deus está perto. Arrependam-se dos seus pecados e creiam no Evangelho” (Mc 1,15). Deus chama pessoalmente a cada um (Sl 139) e cada um, responde livremente, se quiser desde a fé, desde a sua vida, tendo como contexto os cristãos, a comunidade, a Igreja, a sociedade, o mundo. A teologia ajuda a clarificar esta importante pergunta, porém, ninguém aceita ou rejeita a Deus sobre argumentos, discussões ou raciocínios grandiloquentes e cabeludos, é o que Jesus afirma, na parábola do Rico e o pobre Lázaro. (Lc 19-31). Estudar teologia é uma forma de ser feliz, melhor cidadão e melhor discípulo e missionário.
“Tarde te amei, ó beleza tão antiga e tão nova”! Tarde demais eu te amei! Eis que habitavas dentro de mim e eu te procurava fora! Estavas comigo, mas eu não estava contigo. Tu me chamaste, e teu grito rompeu a minha surdez. Fulguraste e brilhaste e tua luz afugentou minha cegueira. Espargiste tua fragrância e, respirando-a, suspirei por ti. Eu te saboreei, e agora tenho fome e sede de ti. Tu me tocaste, e agora ardo no desejo de tua paz. (Santo Agostinho) Por Germán Calderón Calderón
Entrevista
Março - 2017
Diocese de Guarapuava
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Padre Sercio Ribeiro Catafesta fala da Operação Sacrilégio em entrevista coletiva O sacerdote negou desvio de dinheiro e forneceu detalhes sobre seu trabalho junto à diocese. Ele também grifou que a Justiça o havia orientado para não falar sobre assunto na mídia. Na manhã do último dia 03 de fevereiro, a Casa de Líderes Nossa Senhora de Guadalupe, em Guarapuava, foi palco de uma entrevista coletiva concedida pelo padre diocesano, Sercio Ribeiro Catafesta. O sacerdote convidou representantes da imprensa para que fizessem uma sabatina, com o intuito de falar, pela primeira vez, sobre a Operação Sacrilégio, deflagrada em novembro de 2014 pelo Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado (GAECO), onde figura como réu acusado pelo Ministério Público, por suspeita de desvio de dinheiro em obras de reforma em prédios da diocese. Ao ser questionado, antes da entrevista, por jornalistas do Centro Diocesano de Comunicação (CDC) sobre o porquê de só agora, decidir falar sobre o assunto, padre Sercio respondeu que estava respeitando orientação da justiça. “Todos nós, envolvidos no processo, fomos orientados a não falar sobre o assunto com a imprensa, para que o andamento (do processo) não fosse prejudicado. Mas depois que foram liberados depoimentos dos envolvidos pela própria Justiça aos meios de comunicação, percebi que eu precisava falar sobre o assunto, para que as coisas fossem esclarecidas e a verdade conhecida por todos”, grifou o sacerdote. O advogado da diocese de Guarapuava, Artur Bittencourt Junior, acompanhou a entrevista e também respondeu às perguntas sobre questões jurídicas. Participaram da coletiva, os comunicadores: Alcione Ribas, da TV Humaitá, Cristiano Martinez, do jornal Correio do Cidadão, Victor Hugo Bittencourt, da RPC TV, Keissy Carvelli, do jornal Integração Regional, Jonas Laskouski, do portal Rede Sul de Notícias, Tonico de Oliveira, da Central Cultura de Comunicação, além do cinegrafista e produtor, Wanderlei de Souza, que fez imagens e captou áudio para a Rede Massa. A entrevista foi mediada pelo jornalista e diretor da Central Cultura de Comunicação, Jorge Teles dos Passos. As perguntas foram feitas por ordem de chegada dos comunicadores, como forma de melhor organizar o evento. Não houve limites de perguntas. Quem não quisesse perguntar passava a vez para outra pessoa. A entrevista em si, durou em torno de quarenta minutos. Esta matéria foi produzida com base nas perguntas dos representantes dos veículos citados acima. O texto foi editado respeitando o espaço disponível, bem como o número de perguntas, tanto para o formato impresso (Boletim Diocesano) quando para o portal de notícias da diocese, www.diopuava.org.br. Desta forma, o Centro Diocesano de Comunicação (CDC), não fez uso de todas as perguntas, tampouco de todas as respostas, por obediência ao formato editorial. No entanto, não houve perda de conteúdo e o leitor poderá se inteirar com facilidade dos fatos. O vídeo na íntegra pode ser assistido na página do Facebook da diocese (Diocese de Guarapuava) e também no site da instituição, no endereço já relacionado.
Victor Hugo - RPC TV: Além do depoimento que o senhor deu na audiência de instrução, perante a juíza, o que mais o senhor teria a dizer, para rebater as denúncias das quais o senhor é acusado de desvio de dinheiro na obra da Casa de Líderes e de ameaças de testemunhas no decorrer do processo? Pe. Sercio: A denúncia foi feita, porque algumas pessoas não acompanharam todo o desfecho, o desenvolvimento da reforma e interpretaram mal, pensando que pagávamos apenas uma pessoa, mas não foi isso. Foram feitos vários orçamentos. A empresa que ganhou a concorrência (da reforma) possuía seus empregados e precisava pagar os trabalhadores. Ademais, eles foram contratados por empreitada e, quando se empreita um serviço, quanto mais se trabalha, mais se ganha. Quanto às supostas ameaças, isto é mentira. Nunca ameacei ninguém de morte. Ficaram dez meses me seguindo e não há prova alguma que diga que eu ameacei alguém de morte. Alcione Ribas - TV Humaitá: Padre, acompanhamos o processo desde o início. O impacto na sociedade foi bastante grande. Em sua opinião, o assunto precisava chegar a este ponto? Pe. Sercio: Claro que não. Eu peço desculpas à sociedade, às pessoas da Igreja, a todos. Quem me conhece, não acreditou no que foi comentado, produzido... Enfim, tecido a meu respeito, nas redes sociais, nos meios de comunicação. Mas algumas pessoas se acharam no direito de falar, de me denunciar. Estas pessoas foram ao Ministério Público e disseram coisas que não procediam. Fui acusado e, por isso, aconteceu tudo isso. Cristiano - Jornal Correio do Cidadão: Eu queria levantar esta questão da contratação de serviço. Na denúncia do Ministério Público, diz que houve superfaturamento. Como o senhor avalia este valor que foi pago? O Senhor acabou de contar que o pagamento não foi feito a uma pessoa só. Então, isto teria justificado o valor acima de mercado segundo a Justiça? Pe. Sercio: Correto. Como falei antes, fizeram a denúncia dizendo que os valores seriam pagos a uma pessoa apenas e que esta pessoa receberia mais que um defensor público ou igual e este profissional. Só que quem denunciou, talvez não tivesse conhecimento de que contratamos uma empresa para fazer o serviço. Tínhamos urgência na conclusão das obras. A empresa Contratada para fazer os trabalhos chama-se M.L. Bueno. É claro que a empresa tem seus funcionários que precisam ser pagos, veículos, enfim, custos de uma empresa normal. Então, estes valores, foram para a empresa e não para uma única pessoa. Vale lembrar que naquela época, em 2013, devido às muitas construções, a mão-de-obra estava escassa. Fizemos vários orçamentos e contratamos pelo valor mais em conta para aquela necessidade da diocese. Keissy - Jornal Integração Regional: Partindo para uma questão um pouco mais do seu conhecimento, da sua consciência: o senhor pensa que houve uma motivação pessoal na denúncia, já que os valores apurados no suposto superfaturamento não seriam valores tão altos assim, se se pensar em acusações desta natureza? Pe. Sercio: Concordo com a pergunta e não tenho dúvidas de que houve motivação pessoal. Acho que tudo foi um pouco para satisfazer o ego de algumas pessoas. O trabalho precisava se feito. Algumas pessoas foram induzidas a falar o que não era verdade.
Jonas - Rede Sul de Notícias: Em seu depoimento, o senhor afirmou que quando assumiu (os trabalhos como ecônomo), encontrou uma diocese quebrada, falida, que precisava vender terrenos para sobreviver. Segundo minha fonte, o padre que administrou, o fez com seriedade. Eu tenho conhecimento de que o saldo que ele deixou era positivo e considerável. Também tenho conhecimento de que ele vendeu apenas um terreno, dois anos antes de deixar o cargo. Como o senhor afirma isso? Pe. Sercio: Eu não falei que a diocese estava quebrada. Falei que a diocese passava por dificuldades e isto é verdade. As entradas (de valores) que nós tínhamos eram poucas e com estas, não havia condições de fazer reformas, como realmente foi feito em todos os prédios. O seminário também precisava de reforma. Quando cheguei, uma chácara de dez alqueires que a diocese possui, estava para vender, fizemos um trabalho, seguramos e não deixei vender. Victor Hugo - RPC TV: Ainda sobre esta relação da diocese com as paróquias... Sob o ponto de vista financeiro, o senhor também mencionou alguma coisa sobre os repasses (de dinheiro) das paróquias para a diocese. Isto aconteceu mesmo? Foi por isso que as entradas eram menores (à época)? Foi isso que motivou a mitra a buscar outras formas de fazer esta reforma? Pe. Sercio: Sim. Antes, nossa diocese tinha dificuldades de gerenciamento (financeiro), porque não tínhamos recursos de informatização necessários. A partir do momento em que se informatizou, e todas as paróquias ficaram interligadas passamos a trabalhar integrados e isto gerou ótimos resultados. Quando acontece uma organização, tudo melhora; isto é fato. A partir deste esforço de implantação do programa de gerenciamento, tudo mudou para melhor e, em pouco tempo, as receitas foram triplicadas tanto mensal como anualmente. Alcione Ribas - TV Humaitá: Como comentado anteriormente, sobre questões pessoais eu lhe pergunto se o senhor acredita que também possa haver problemas políticos? Motivação política? Pe. Sercio: Olha; eu desconheço. Pode ser que até tenha. A gente não sabe a intenção, o coração de cada um. Em alguma época, chegaram a falar que minhas reflexões nas missas, nas reuniões eram mais políticas do que evangélicas. Eu sempre primei por politizar as pessoas, por esclarecer as coisas. Mas não posso afirmar sobre isso. Cada um tem a liberdade de interpretar, de se posicionar. Mas eu fico muito tranquilo, porque sempre procurei trabalhar conforme a nossa Igreja manda; seguindo seus documentos e diretrizes. Cristiano - Jornal Correio do Cidadão: O senhor continua com o trabalho normal dentro na Igreja? Pe. Sercio: Continuo como ecônomo da diocese. Quando tudo isso aconteceu, me encontrei com Dom Wagner (Dom Antônio Wagner da Silva, bispo diocesano de Guarapuava) e
perguntei se ele queria que eu deixasse minhas funções de ecônomo. Ele me disse que não me via fazendo nada de errado e falou para que eu continuasse com meu trabalho. Estou até agora, com todo amor, desempenhando minhas funções. Keissy - Jornal Integração Regional: Minha pergunta seria direcionada ao advogado (Dr. Artur Bittencourt Junior): Como está o processo, quais os próximos passos de agora em diante? Dr. Artur Bittencourt Junior: Com relação ao processo, a Mitra Diocesana, como não tem nada a temer, disponibiliza o número do mesmo para quem quiser consultar, analisar e ter acesso a tudo, áudios, vídeos, textos, depoimentos, além de seu andamento junto à Justiça. Não há nenhum segredo (de justiça). O número é: 00059302620168160031. Seria interessante que os depoimentos fossem ouvidos na íntegra. Pois muitas vezes, pode-se chegar a uma conclusão errônea sobre o assunto, ouvindo apenas partes, fragmentos do material disponível no processo. Ainda há testemunhas a serem ouvidas. Tão logo sejam ouvidas, acredito que a juíza que está presidindo o caso, profira uma sentença. Tonico de Oliveira - Central Cultura: Como vocês avaliam o trabalho do Ministério Público, principalmente no que diz respeito a ter aceitado uma gravação, com supostas ameaças, feita de forma clandestina e anexada ao processo? Dr. Artur Bittencourt Junior: O Ministério Público tem esta prerrogativa, de investigar e de denunciar. É o trabalho dele e isto foi feito. Quanto às denúncias serem procedentes ou não, é preciso que se aguarde o decorrer do processo, para se avaliar as provas, dos dois lados. No decorrer da entrevista, padre Sercio respondeu a diversos questionamentos sobre prestações de contas, trabalhos desenvolvidos e também falou de seu amor pela Igreja e por desempenhar seu ministério. Ele finalizou explicando que dentro da Igreja há uma hierarquia que precisa ser respeitada e que em muitos momentos, houve quem tentasse passar por cima do que diz a Lei Canônica. Segundo ele, atos assim; organizado à revelia das autoridades superiores, não têm valor algum e, por isso, não são levados em conta. “A Igreja deve seguir uma hierarquia. Na diocese, o bispo é a autoridade máxima, é dele a palavra final. Há conselhos formados por pessoas das mais diversas áreas dentro da comunidade que deliberam sobre todas as situações e os trâmites legais para se chegar ao objetivo final. Criar outras formas paralelas de trabalho, de investigação ou de protestos é ir contra todas as determinações existentes na instituição. Por isso, quaisquer atos que não sejam condizentes com as Leis Canônicas, são considerados nulos”, finalizou.
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Diocese de Guarapuava
Março - 2017
Paróquia Nossa Senhora do Monte Claro em Virmond: História de amor e devoção Os colonizadores poloneses escolheram a Santíssima Virgem da Polônia como padroeira da igreja.
É notório que muitas cidades do Brasil e do mundo surgiram a partir da construção de uma igreja. Guarapuava é um exemplo desta situação, onde a história da cidade e da Catedral Nossa Senhora de Belém se entrelaçam. Na diocese, muitas paróquias surgiram (e deverão surgir) pela necessidade de atendimento de seu povo em ter um ponto referencial sólido, com bases calcadas na espiritualidade, na devoção, no amor a Deus, enfim. Nesta ocasião, contaremos a história da paróquia Nossa Senhora do Monte Claro, em Virmond, comunidade esta que pertence à diocese de Guarapuava e que, a cada dia, cresce em participação e fidelidade por parte dos moradores daquela região. Em se tratando de paróquia, esta é a única no Paraná que tem Nossa Senhora do Monte Claro como padroeira. As comemorações são realizadas no dia 26 de agosto de cada ano. Há sempre celebração solene na Igreja Matriz, com a presença maciça das doze comunidades do interior do município que têm suas raízes calcadas nas atividades agrícolas.
HISTÓRIA
A história de Virmond começa no ano de 1921, quando o primeiro cônsul da República da Polônia em Curitiba, Kazimierz Głuchowski e outros sócios, deram início à formação de uma sociedade colonizadora no Paraná. A missão de diretor e administrador foi confiada ao engenheiro agrimensor Władysław Radecki, considerado o pai da colonização polonesa em Virmond, que fez acordo com o coronel Frederico Ernesto Queiroz, casado com Carolina Virmond, os quais venderam uma fazenda que seria destinada à construção do povoado. O nome da propriedade era Amola Faca.
A PRIMEIRA IGREJA
De acordo com o Jornal Lud, edição número setenta e um, página três, no dia 14 de setembro de 1923, foi eleito um comitê para trabalhar e arrecadar fundos para construção da primeira igreja. Uma comissão foi organizada por diversos moradores e os trabalhos tiveram início. Donativos eram pedidos e festas foram organizadas, com leilões de objetos e animais para que a obra pudesse ser iniciada. Em 1927, formou-se uma comissão para a construção da primeira igreja. Muitas reuniões foram organizadas para discutir o projeto que para a época, se mostrava grandioso e ousado. Um arquiteto elaborou os primeiros esboços da capela que deveria ter uma área de mais de duzentos e cinquenta metros quadrados. Em maio do mesmo ano, um construtor, mestre em carpintaria, que morava em Prudentópolis, foi levado a Virmond para, juntamente com os moradores (todos agricultores) começar a construção do novo templo. O padre Jan Gwalbert Pogrzeba, que trabalhava na região, foi quem escolheu o lugar onde seria erguida obra. A igreja, como todas as outras construções da colônia, era de madeira. A matéria-prima, no entanto, era retirada da própria região. As toras eram arrastadas por cavalos de tração ou transportadas em carroças de outras localidades, como Laranjeiras do Sul e adjacências e reunia dezenas de voluntários em torno do serviço. Outros materiais que seriam usados na obra eram comprados em Guarapuava e Ponta Grossa. Relatos históricos afirmam que todas as famílias se empenharam para que a igreja fosse erguida.
De acordo com o Jornal Lud, edição número setenta e três, páginas dois e três, do dia 12 de outubro de 1927, a solenidade da bênção da igreja realizou-se no dia 27 de agosto daquele ano, um sábado, reunindo toda a comunidade. O ato foi realizado pelo pároco de Guarapuava, com a assistência do padre Ludovico Bronny, da cidade de Prudentópolis. O pároco pronunciou um sermão em língua portuguesa, o padre Bronny fez o mesmo, em língua polonesa. A matéria jornalística também destaca que na ocasião, a obra da igreja não estava concluída e o pedido dos padres era para que os serviços não parassem. O livro tombo paroquial de Virmond, registra que no dia 28 de agosto de 1928, houve a celebração com festa e benção da Igreja Nossa Senhora do Monte Claro, agora já com as obras concluídas.
No domingo, dia 31 de agosto de 1969, foi rezada a primeira missa na nova igreja, pelo padre Antonio Gallo. Naquela data, foi realizada a festa da Padroeira. Padre Gallo permaneceu como pároco em Virmond até 1976. Ele morreu no dia 26 de janeiro de 1985. O sacerdote havia pedido para que fosse sepultado na Matriz. A comunidade atendeu seu pedido e seus restos mortais estão até os dias atuais numa cripta dentro da igreja. Na lápide sobre o túmulo do padre está escrito: “Descansa em paz na igreja que ele ajudou a construir”. Em 1992 os padres xaverianos entregaram a paróquia de Virmond ao bispado. A comunidade ficou quase um ano sem pároco. Naquele período, os habitantes contaram com a assistência espiritual do padre Wiesław Morawski, que trabalhava em Marquinho.
VIRGEM DA POLÔNIA COMO PADROEIRA DE VIRMOND
OS PADRES DA SOCIEDADE DE CRISTO EM VIRMOND
O quadro de Nossa Senhora do Monte Claro não é somente venerado em Częstochowa, mas em toda a Polônia e em diversos lugares do mundo. Os poloneses que por tantos motivos foram obrigados a deixar a pátria e emigrarem, levaram consigo o quadro de Nossa Senhora. Os imigrantes construíram igrejas e capelas que dedicaram à Nossa Senhora do Monte Claro ou Częstochowa. Os colonizadores poloneses de Virmond escolheram a Santíssima Virgem da Polônia como padroeira da igreja. No ano de 1993 Nossa Senhora do Monte Claro também foi escolhida como padroeira do município, através da Lei nº013/93, que estabelece os feriados municipais para a devida guarda e observância. De 1927 a 1932, a comunidade recebia visita de padres de Guarapuava nos períodos da Páscoa, Festa de Nossa Senhora de Częstochowa, dia 26 de agosto e Natal. No dia 11 de fevereiro de 1931, uma comissão chegou a Guarapuava com o propósito de solicitar para a colônia um padre permanente. Foi prometido um padre polonês que passaria mais vezes pela comunidade. No entanto, o padre superior da congregação chamou a atenção da comissão para a necessidade de se construir uma casa para o sacerdote e de garantir o sustento do mesmo, porque até então, o padre Pogrzeba atendia a localidade sem nenhuma remuneração. Virmond ganhou seu primeiro padre permanente no dia 10 de outubro de 1932, Paulo Dziwisz Schneider era seu nome. Ele saiu da vila pouco tempo depois. Depois dele, o padre Pogrzeba, que passou a trabalhar em Laranjeiras do Sul de forma permanente, também fazia atendimentos em Virmond. Mais tarde, no dia 15 de dezembro de 1934, a comunidade de Virmond passou a contar com os trabalhos paroquiais do padre Estanislau Cebula. Desde que chegou à vila, padre Cebula convocou a comunidade para que se unissem em torno das causas públicas. Na localidade, havia muitas carências, principalmente em educação. Com o apoio do pároco, o colégio São José foi construído. Em 1937, as irmãs da Caridade de São Vicente de Paulo chegaram à cidade para trabalhar na instituição. Elas fundaram o regime de pensionado para meninas e meninos. Em pouco tempo, Virmond transformou-se em um renomado centro de educação e cultura da região.
As religiosas permaneceram na cidade por trinta e quatro anos. Padre Cebula também saiu da cidade em fevereiro de 1940. Novos padres da congregação Verbitas passaram pela cidade e cada um, conforme relatos escritos e a oralidade deixaram registrados seus trabalhos e o amor pelo local. No dia 15 de agosto de 1951, a comunidade foi entregue aos cuidados dos padres diocesanos. À época, Virmond, assim como a região de Guarapuava, pertenciam à diocese de Ponta Grossa.
CRIAÇÃO DA PARÓQUIA
A paróquia Nossa Senhora do Monte Claro, em Virmond, foi criada pelo bispo Dom Manoel Koenner no dia 15 de agosto de 1951. O primeiro pároco foi o padre diocesano Gino Cecchin, um italiano. Depois dele, trabalharam outros padres de origem alemã e italiana, e em março de 1954 a paróquia foi assumida pelo sacerdote polonês Casimiro Roznowski, que permaneceu à frente da comunidade até 1963.
CONSTRUÇÃO DA NOVA IGREJA
Com a aproximação do ano de 1966, quando se comemoraria o Ano do I Milênio Cristão do Povo Polonês, os paroquianos de Virmond tiveram a ideia de construir uma nova igreja em alvenaria, como forma de homenagear aos primeiros cristãos poloneses. A ideia foi bem recebida pelos moradores, conforme textos de informativos locais. Nesse ínterim, foi criada a diocese de Guarapuava, à qual Virmond passou a pertencer. No dia 12 de fevereiro de 1967, a paróquia recebeu a visita pastoral de Dom Frederico Helmel, primeiro bispo da diocese. Após a missa, Dom Frederico proferiu bênção à pedra fundamental, no local onde seria construída a nova igreja. As obras tiveram início no dia 02 de abril daquele ano. A nova Matriz foi erguida ao redor da igreja existente. A construção antiga foi desmontada depois da obra pronta.
Sem condições de atender a duas paróquias, padre Wiesław Morawski pediu ao administrador da diocese à época, padre Cassiano Waldner, para que um presbítero fosse enviado a Virmond. De acordo com informações da diocese de Guarapuava, padre Cassiano escreveu uma carta ao padre José Wojnar, provincial dos Padres da Sociedade de Cristo em Curitiba, pedindo ajuda. No dia 01 de fevereiro de 1993, o padre João Sobieraj tornou-se o administrador da paróquia. E assim, após a comunidade ter sido servida durante trinta anos por padres italianos, esta voltou para uma congregação polonesa. Padre João Sobieraj chamou a atenção dos moradores de Virmond, com relação à tradição polonesa que, segundo constatou, havia se perdido em se tratando de costumes. Com a chegada do religioso, tradições antigas como a benção dos alimentos (Święconka) no Sábado Santo, bem como a partilha da hóstia natalina (Opłatek) na época do Natal, voltaram a ser praticadas. Conforme destaca a comunidade, graças aos empenhos do padre João Sobieraj e do cônsul geral da República da Polônia em Curitiba, Marek Makowski, foi possível ter Nossa Senhora do Monte Claro como padroeira daquela paróquia. Em 23 de janeiro de 1999, padre João Sobieraj deixa a paróquia de Virmond. Neste mesmo dia toma posse o padre João Flig, que permaneceu em Virmond até o dia 03 de fevereiro de 2002. No dia 24 de fevereiro de 2002, toma posse como pároco o padre Stanisław Małysa. Ele permaneceu na paróquia até junho de 2007. Neste mesmo mês e ano, o padre Piotr Poszwa assume os trabalhos junto à comunidade. Ele permanece em Virmond até hoje. Com informações extraídas do texto organizado por Geraldo Zapahowski e publicado na página do Facebook Movimenta Virmond
Paróquia Nossa Senhora do Monte Claro em Virmond. Horários de missas na matriz: Terça-feira: 19h | Quarta-feira: 18h40min - Novena do Perpetuo Socorro, Santa Missa Após louvor da RCC: 19h | Quinta-feira: 15h Terço da Misericórdia e na última quinta-feira do mês Santa Missa | Sexta-feira: 19h |Sábado: 19h | Domingo: 08h30min Mais informações na secretaria da paróquia: (42) 3618-1172.
Março - 2017
Diocese de Guarapuava
Evangelização e cidadania fazem parte do desafio Rota 300 na diocese de Guarapuava O Desafio Rota 300 na diocese de Guarapuava teve início em outubro de 2016, com as visitas às quarenta e sete paróquias da instituição. No ano em que se celebram três séculos de encontro da imagem de Nossa Senhora no Rio Paraíba do Sul, em São Paulo, o Santuário Nacional de Aparecida, através da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), disponibilizou diversos projetos evangelizadores e de cunho social que devem ser executados durante todo o ano de 2017 por parte das dioceses e comunidades católicas de todo o país. Os trabalhos propostos estão alinhados com a celebração do Ano Mariano no Brasil, instituído e oficializado pelo Papa Francisco no final de 2016. Dentre as celebrações e realizações de trabalhos que vão ao encontro das pessoas, principalmente das que mais precisam, o Desafio Rota 300 se destaca como uma grande oportunidade de evangelização; partilha e promoção social. O projeto foi lançando oficialmente no dia 18 de abril de 2015, no Santuário Nacional de Aparecida, em São Paulo. Naquela ocasião, vigílias, celebrações e momentos de reflexão marcaram o início de uma caminhada que, segundo os idealizadores, seria longa e, como o próprio nome sugere: desafiadora. O foco principal do Desafio Rota 300 é a evangelização da juventude. Em âmbito nacional, os trabalhos têm a proposta de serem desenvolvidos em três eixos que são divididos em Missão, Assessoria e Estrutura Juvenil, conforme detalha a assessora e secretária do Desafio na diocese de Guarapuava, Daniela Souza. “O projeto Rota 300 não foi idealizado pela diocese de Guarapuava. É um trabalho nacional que em virtude da Celebração dos 300 anos da padroeira, a coordenação do Santuário Nacional de Aparecida apresenta à CNBB, orientações para a Evangelização da Juventude. Em nível nacional, busca-se trabalhar com os temas: Missão, Assessoria e Estrutura juvenil”, conta Daniela. Na diocese de Guarapuava, o Desafio Rota 300 visa, conforme a coordenação, a elaboração e o planejamento de projetos que contemplem os três eixos trabalhados em nível nacional, mas com variações regionais, que falem a linguagem das pessoas e desperte nos jovens formas diferentes de evangelização. Além disso, segundo contou Daniela, os trabalhos são desenvolvidos com base em suas dimensões, sempre inspirados nos Documentos da Igreja. “O projeto foi pensado para se trabalhar com dimensões que contemplem grande parte destes jovens. Estas dimensões que estão divididas em Eclesial, Missionária, Social e de Cidadania, abrangem diversos pontos em se tratando de preparação de pessoas para os desafios diários e contemporâneos. Na Dimensão Eclesial, há espaço para estudos e conhecimentos sobre a Igreja e documentos que organizam a evangelização da juventude. Na Dimensão Missionária, são trabalhados temas como Igreja em Saída, atividades entre os jovens das paróquias e da diocese. Já a Dimensão Social é contemplada com cursos de preparação pré-vestibular, cursos para primeiro emprego, além de entrevistas de trabalho. A Dimensão da Cidadania procura envolver, através dos trabalhos, a participação do jovem nas políticas públicas e conselhos paritários onde estes, poderão ser luz e participação nas esferas municipal, estadual e federal”, detalhou a assessora.
ROTA 300 NA DIOCESE
O Desafio Rota 300 na diocese de Guarapuava teve início em outubro de 2016, com as visitas às quarenta e sete paróquias da instituição. Na ocasião, uma equipe de coordenação do projeto, formada pelo padre Itamar Abreu Turco, coordenador da ação Evangelizadora, seminarista Felipe Madureira e Daniela de Souza, assessores da Pastoral Juvenil na diocese, conversou com
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Dicas de Leitura Biblioteca Diocesana Nossa Senhora de Belém Edifício Nossa Senhora de Belém Rua XV de Novembro 7466 - Sala 04 Centro - Guarapuava Fone: (42) 3626-4348 LIVRO: Os Sete Pilares da Felicidade - Virtudes para a vida AUTOR: Notker Wolf EDITORA: Vozes A Humanidade possui um tipo de sabedoria com a qual podemos evitar a tristeza e alcançar a felicidade. As virtudes também fazem parte do conhecimento humano sobre a felicidade. É delas que fala este livro. Felicidade tem algo a ver com sentido. Onde quer que se esteja, sempre é possível encontrar um sentido para o que se está fazendo, para a vivência, enfim. Com isso, conforme o livro há múltiplas possibilidades de felicidade. E quem é feliz, segundo a obra, não sofre crise existencial. Quem quer ser feliz precisa pôr-se em movimento.
as diversas lideranças das paróquias e explicou sobre os trabalhos que deveriam ser desenvolvidos. Após as visitas, foram realizadas as inscrições para participar do Desafio. Cada grupo elegeu um responsável em sua paróquia. A primeira prova foi lançada no Dia Nacional da Juventude (DNJ), em 27 de novembro de 2016. A partir daquele momento, mensalmente, a coordenação lança um novo desafio com tarefas a serem cumpridas, numa espécie de gincana de conhecimento. O último desafio será lançado em maio para ser cumprido até o mês de junho, conforme os coordenadores. Segundo o regulamento, ao final do projeto, haverá uma recompensa para os grupos que conquistaram os primeiro e segundo lugares. A premiação será seguinte: quinze lugares para o primeiro colocado e dez lugares para o segundo em um dos ônibus que levarão os jovens da diocese para participarem das celebrações e shows no Santuário de Nossa Senhora Aparecida, no fechamento do projeto nacional Desafio Rota 300, em julho deste ano. No momento, os grupos estão se organizando para competirem na terceira prova do desafio que se realiza durante o mês de fevereiro. Como eixo norteador desta etapa, está a Campanha da Fraternidade (CF) 2017, que tem como tema “Fraternidade: biomas brasileiros e defesa da vida” e o lema “Cultivar e guardar a criação” (Gn 2.15). Conforme os trabalhos da CF, a equipe de coordenação do Desafio da Rota 300 na diocese, propôs aos grupos que seja elaborado um projeto que aborde o que já vem, há alguns anos, sendo trabalhado tanto na CF, quanto na Jornada Diocesana Juvenil (JDJ) e Dia Nacional da Juventude (DNJ), em harmonia com o que o Papa Francisco pede a todos, para que “cuidemos de nossa Casa. E que esse projeto seja apresentado e instalado nas comunidades”. “Para obter bons resultados, formar parcerias é fundamental. É dessa forma que a Pastoral Juvenil está sempre em busca de parceiros dispostos a promover a vida dos jovens, seguindo o pedido do Jesus Cristo que destaca ‘Eu vim para que todos tenham vida é a tenham em abundância’ (Jo 10, 10). É trabalhando junto com as demais pastorais e movimentos da Igreja, com escolas e instituições, que a Pastoral Juvenil busca somar forças para promover ações em prol dos jovens, adolescentes e também de suas famílias”, finalizou Daniela.
LIVRO: Um Sonho Quase Real AUTORA: Deolinda Maria Lage Fernandes EDITORA: Primeira Linha Um Sonho Quase Real descreve a história de uma moça portadora de deficiência física, que luta contra o preconceito e suas dificuldades de vida. Na obra, questões como direitos humanos, oportunidades, dentre outros questionamentos, são abordados. LIVRO: O Poder da Decisão AUTOR: Anselm Grün EDITORA: Vozes Muitos têm dificuldade para tomar decisões - tanto no que diz respeito às coisas simples do dia a dia, quanto àquelas que podem transformar uma vida inteira. No texto, Anselm Grün fala de coragem, confiança, capacidade e autoestima. Ele aborda os empecilhos que podem impedir nossa liberdade e alegria de decidir, ao mesmo tempo em que aponta a importância de ouvir também os sentimentos e o senso de responsabilidade. FILME: A História de Lourdes - Santa Bernadete DISTRIBUIÇÃO: Paulinas Vídeo O filme se desenvolve na segunda metade do Século XIX, num momento em que a difusão da ciência positivista se encontrava em plena expansão na França e em toda a Europa. Neste clima de descrença e de conflito entre fé, religião e ciência, aconteceu em Lourdes, na gruta de Massabilielle, as aparições de Nossa Senhora à jovem camponesa Bernadete Soubirous. A história das aparições da Senhora de Lourdes a Bernadete, logo se espalhou por toda a aldeia, por outras cidades, por toda a França, chegando aos cientistas, médicos dentre estes Henry, médico neuropsiquiatra, que teve a esposa curada milagrosamente. Incapaz de aceitar o milagre, ele jura desmascarar Bernadete, buscando na ciência, argumentos para desacreditar a fé do povo nos milagres de Lourdes. O filme traz para hoje, o testemunho de vida e de fé de Bernadete Soubirous, jovem simples, escolhida para reavivar, nas pessoas, a fé no poder de Deus através dos milagres de Nossa Senhora de Lourdes.
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Fotos: Pascom Catedral, Pe. Cícero Souza e Facebook da RCC.
“Uma visita ilustre que inspira, ilumina, intercede e passa na frente”!
“Louvado seja o meu Senhor por todas as suas criaturas”! (Sl 145, 9)
(Visita da imagem de Nossa Senhora de Belém na comunidade do Alto Schereneir, em Laranjal. A paróquia vai completar 20 anos em agosto deste ano).
(Missa com bênção dos animais no Bosque Bíblico Santo Arnaldo Janssen, dia 11 de fevereiro).
“O esporte como expressão de fé e perseverança”!
“Uma caminhada de quatro décadas em busca de uma Igreja renovada e renovadora”!
(Bênção antes do início da Corrida da Padroeira, dia 2 de fevereiro).
(Celebração dos 40 anos da RCC em Guarapuava, dias 18 e 19 de fevereiro de 2017).