Boletim Diocesano. Edição 459. Guarapuava.

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Diocese de Guarapuava

FESTAS

SEM ÁLCOOL Amor e respeito à vida Descubra, através do exemplo da paróquia Santa Terezinha, em Guarapuava, porque a proibição da venda de bebidas alcoólicas em nossas comunidades é o caminho correto a ser seguido.

Londrina acolhe novo arcebispo. Página 7

SAÚDE DO BEBÊ: Dormir de barriga para cima é mais seguro! Página 29

Cuide do meio ambiente. Não jogue este jornal em vias públicas, não queime e recicle sempre!

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Diocese de Guarapuava em romaria para Paranaguá! Página 19

Irmãs da Caridade Social celebram 50 anos no Brasil.

Conheça a história da paróquia Divino Espírito Santo em Guarapuava.

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Setembro - 2017

Editorial Tempo de viver o presente e pensar no futuro O mês de agosto foi intenso de atividades na diocese. Muito se comemorou, mas muito precisa ser planejado para os próximos tempos nesta incessante caminhada cristã. Com as bênçãos de Deus, sob a proteção de Nossa Senhora de Belém, padroeira de nossa diocese, chegamos à edição de número 459 do Jornal A Igreja na Diocese de Guarapuava, nosso periódico carinhosamente chamado de “Boletim Diocesano”. Nesta edição muitos assuntos pertinentes à sociedade e ao dia a dia, nos fazem refletir sobre nosso papel enquanto cristãos, enquanto católicos que somos. Os assuntos aqui inseridos também nos levam a pensar se somos, de fato, coerentes com o que pregamos. Nas páginas 26 e 27, trataremos de um assunto muito importante, mas também muito delicado referente ao álcool nas festas das paróquias e comunidades de nossa diocese. Com o título “Festas sem álcool: amor e respeito à vida”, o pároco da paróquia Santa Terezinha, em Guarapuava, padre Nivaldo da Silva, da congregação Sociedade do Verbo Divino (SVD), fala das ações de sua comunidade que acolhe a Pastoral da Sobriedade e também os Alcoólicos Anônimos, e trabalha em favor da esperança e da vida do viciado e de suas famílias. Na entrevista, padre Nivaldo relembra o início de sua trajetória junto aos dependentes químicos e ressalta a importância de se conhecer o sofrimento do outro para só então, emitir opinião. “Sabemos que o álcool e as drogas são questões sérias e que precisam ser debatidas. Tudo isso é muito problemático. Aqui, na diocese de Guarapuava, as vozes foram fortes pela proibição da venda de bebidas alcoólicas nas festas. Eu também ouvi muitas pessoas, à época, dizendo que ‘isto não vai dar certo, porque é uma tradição’, mas acabou que a maioria das comunidades aderiu a este projeto e tudo se encaminhou da melhor maneira. Aqui, na paróquia Santa Terezinha, nós não tivemos nenhum problema com isso. Desde a Assembleia diocesana, todos nós aderimos a esta ideia que é em favor da vida, em defesa da saúde humana e também da Igreja”, sublinha padre Nivaldo. Com o tema: “Educar para a Comunicação”, a décima edição do Mutirão Brasileiro de Comunicação (Muticom), realizado em Joinville, Santa Catarina, de 16 a 20 de agosto, tratou de diversos assuntos relacionados à sociedade, com foco na Igreja e nas mídias como aporte para a evangelização. Os dias de trabalho renderam frutos, segundo os participantes. Eles afirmam que muitas foram as ideias adquiridas durante a semana de trabalho. Da diocese de Guarapuava, trinta e oito pessoa participaram do Mutirão, incluindo o

bispo Dom Antônio Wagner da Silva, referencial para a comunicação do Regional Sul 2 da CNBB. Em se tratando de trabalho sacerdotal, o dia 02 de setembro será visto como um marco para todos da diocese, sobretudo para a Congregação dos Sagrados Estigmas de Nosso Senhor Jesus Cristo (Estigmatino), que atuam na paróquia Divino Espírito Santo, em Guarapuava. Nesta oportunidade, o diácono Horácio Miguel Sampaio, será ordenado padre. A cerimônia que dará a ordem ao novo presbítero será na cidade de Itararé, São Paulo, na paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição. Dom Arnaldo Cavalheiro Neto, bispo da diocese de Itapeva à qual aquela paróquia pertence, presidirá a celebração. E por falar em vida sacerdotal, destacamos, nesta oportunidade, os 60 anos de ordenação do padre José Garibaldi Uberti, da Congregação do Verbo Divino (SVD). A paróquia Santa Terezinha onde o presbítero trabalha, realizou uma grande festa para celebrar o momento. Muitas foram as homenagens dirigidas ao padre Garibaldi por seu trabalho desenvolvido em favor da comunidade ao longo das seis décadas. O ano de 2017 também é tempo de jubileu em nossa diocese. As Irmãs da Caridade Social (CS) celebraram um dos momentos mais importantes para toda a sociedade. As religiosas completaram cinquenta anos de atuação no Brasil e junto à diocese de Guarapuava, respectivamente. O trabalho das religiosas foi descrito com minúcias na edição de número 458 deste informativo. No entanto, esta obra merece ser ressaltada quantas vezes for preciso, pois a presença das religiosas na diocese representa a verdadeira perseverança e amor pelas causas humanas. Para finalizar este editorial, o Projeto Rota 300, que foi concluído no final de julho deste ano em Aparecida, São Paulo, merece ser lembrado e vivido como experiência por todos da diocese. O evento em nível nacional foi criado para celebrar os trezentos anos de encontro da imagem de Nossa Senhora no Rio Paraíba do Sul, em São Paulo, local que deu origem ao Santuário Nacional de Aparecida. O desafio foi lançado e as dioceses, através das paróquias, desenvolveram projetos em benefício da população em suas diferentes áreas. Em Guarapuava, os vencedores conquistaram a viagem até o Santuário onde rezaram e participaram do encerramento dos trabalhos. Oitenta pessoas estiveram presentes na romaria. Desta forma, agradecemos de coração a você, caro leitor, que com sua atenção, todos os meses, nos prestigia com seu carinho e apreço para com nosso trabalho. A todos, ótima leitura e que o mês de setembro, com a chegada da primavera, encha todos os corações de alegria, tolerância e paz!

AGRADECIMENTOS DESTA EDIÇÃO

Nesta edição, expressamos nossos sinceros agradecimentos às seguintes pessoas, empresas e instituições: Portal A12 (www.a12.com), Radio Vaticano (www.br.radiovaticana.va), CNBB (www.cnbb.org.br), CNBB Regional Sul 2 (www.cnbbs2.org.br), CNBB Regional Nordeste 4 (www.cnbbne4.org.br), Agência Lusa, Agência Arias/Agência EFE, Juliana Valiati, Everton Marcelino, Central Cultura de Comunicação, Pe. Nivaldo da Silva (SVD), Joanes Mierzva, Jair Golinhaki, Aline Machado Paródi (Londrina), Aline Albuquerque (G1 Sorocaba e Jundiaí), Revista Missões, Jorge Teles, Ceci Maciel, Agência ANSA, Eduardo Correia Nassar, Germán Calderón Calderón, Milton de Oliveira Pinto, Rozalino Ramos, Osnilda Lima (Diocese de Roraima), Adilson Nogueira e Radios Campo Aberto e Educadora (Laranjeiras do Sul). Agradecemos também, aos agentes da Pastoral da Comunicação (Pascom) das paróquias e comunidades que, com seus trabalhos voluntários e evangelizadores, nos ajudam a fazer, todos os meses, este jornal. Através destes agentes, as notícias chegam à redação e são transformadas em matérias. Muito obrigado a todos vocês e que Deus e Nossa Senhora de Belém, continuem abençoando a cada um.

CONSELHO EDITORIAL

BOLETIM DIOCESANO / INFORME INTERNO

Rua XV de Novembro 7466 • 4º Andar • Sala 405 Caixa Postal 300 • CEP 85010-000 • Guarapuava • PR Fone: (42) 3626-4348 jornaldiocese@gmail.com centrodiocesanoguarapuava@gmail.com

Dom Antônio Wagner da Silva, SCJ Padre Itamar Abreu Turco Padre Jean Patrik Soares José Luiz dos Santos Mauricio Toczek Vanessa Paula Pereira

Voz do Pastor Trezentos anos de devoção a Maria Quanto tempo Nossa Senhora Aparecida caminha conosco, manifesta seu amor e proteção, nos toma em seu Colo, enxuga nossas lágrimas, nos protege?! Ano de 1717 – Guaratinguetá – Na segunda quinzena de outubro, três pescadores, angustiados, desanimados pela falta de sucesso na pescaria, ao lançarem sua rede no Rio Paraíba do Sul colheram o corpo e a cabeça da imagem de Nossa Senhora da Conceição, no lugar denominado Porto do Itaguassu. Aí começaram os fatos que deram origem ao nome Nossa Senhora da Conceição Aparecida, ao Santuário de Nossa Senhora Aparecida, à Basílica Nacional de Nossa Senhora Aparecida. A partir de então o carinho e proteção de Nossa Senhora manifestados em milagres públicos divulgados ou no imenso alcance de favores particulares, transformaram Aparecida num centro de Romarias, o maior do Brasil, um dos maiores do mundo e de manifestações de fé e de evangelização conhecidas de todos nós. Então, em outubro próximo, o Brasil se prepara para os festejos do Grande Jubileu de 300 anos de Aparecida. Todos nós gostaríamos de participar pessoalmente de tudo o que vai acontecer lá. Impossível! Faço uma proposta simples e ao alcance de todos na alegria de nossa fé. Temos em nossa casa, imagens, quadros de Nossa Senhora Aparecida? Então, a partir de nossa fé podemos valorizar a devoção e o avivamento entre nós pessoalmente, em família, com vizinhos, com grupos de reflexão, em nossas comunidades. Expressemos com simplicidade nossa fé e devoção. Altares, enfeites, capelinhas, um lugar de destaque em cada lar, nas comunidades, e recitação de orações como o rosário – no todo ou em parte - a consagração a Nossa Senhora Aparecida e outras. Enfim use a criatividade trocando ideias com a família, em comunidade. Não faça sozinho se for possível! Vamos fazer eco aos acontecimentos do Jubileu onde estivermos, no testemunho de amor, fé e gratidão a Deus – do seu jeitinho, como expressão sincera e sensível de sua devoção! Quanto tempo Nossa Senhora Aparecida caminha conosco, manifesta seu amor e proteção, nos toma em seu Colo, enxuga nossas lágrimas, nos protege?! Quanto tempo e quantas vezes nos devolve a confiança em seu Filho Jesus, nos alcança seus benefícios?! Vou deixar-lhes uma sugestão: ouça, reze com padre Zezinho; ele nos deixou uma belíssima canção dedicada aos 300 anos de Aparecida, uma joia! Hino Oficial do Jubileu. Paulinas – COMEP! Procure e faça bom uso! Confiantes em Jesus, abertos ao conselho de Maria; “fazei tudo o que Ele vos disser” (Jo 2,5). Dom Antônio Wagner da Silva, SCJ Bispo da diocese de Guarapuava - PR

Editor: Padre Jean Patrik Soares (Jornalista) Diagramação: Mauricio Toczek Impressão: Grafinorte - Apucarana - PR Distribuição: Mitra Diocesana de Guarapuava Tiragem: 36.000 exemplares Fechamento da Edição: 29/08/17

É permitida a reprodução total ou parcial das matérias veiculadas no Boletim A IGREJA NA DIOCESE DE GUARAPUAVA, desde que citada a fonte.


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Papa questiona fé de cristãos que consultam horóscopos e cartomantes Na Praça de São Pedro, o Pontífice afirmou que o que salva a Igreja é a “coragem e as qualidades dos seus homens sendo que a fé em Cristo e a sua palavra são garantias contra o naufrágio”. O Papa Francisco afirmou, no dia 13 de agosto, que a fé não é uma fuga dos problemas, mas, sim, o que dá sentido à vida. Para Francisco, cristãos que consultam “cartomantes e horóscopos” não têm “fé tão forte”. Durante a Oração do Ângelus no Vaticano, o pontífice disse que, quando os fiéis não se “apegam à palavra do Senhor e, para ter mais segurança, consultam horóscopos e cartomantes, a pessoa começa a chegar ao fundo”. “Apenas a fé dá a segurança da presença de Jesus, que nos impulsiona a superar as tempestades existenciais. É a certeza de segurar uma mão que nos ajuda com as dificuldades, apontando o caminho, mesmo quando está escuro”, acrescentou o Pontífice. Francisco ressaltou que o Evangelho de hoje (do dia 13 de agosto), que recorda o episódio de Jesus a caminhar sobre as águas, tem “um rico simbolismo” e faz refletir sobre a fé, pessoalmente e em comunidade, porque o barco dos apóstolos “é a vida de cada um, mas também da Igreja”. E acrescentou: “este episódio é uma imagem da maravilhosa realidade da Igreja de todos os tempos: um barco ao longo da travessia também enfrenta ventos contrários e tempestades que ameaçam dominá-la”.

Apostolado da Oração Intenções de oração do Papa Francisco confiadas ao apostolado da oração (Rede Mundial de Oração).

Na Praça de São Pedro, o Pontífice afirmou que o que salva a Igreja é a “coragem e as qualidades dos seus homens sendo que a fé em Cristo e a sua palavra são garantias contra o naufrágio”. Agência Ansa

Papa reza pelas vítimas de calamidades naturais em Serra Leoa As fortes chuvas que atingiram aquele país da África Ocidental literalmente derrubaram a colina da capital, engolindo as casas e os seus habitantes. Após rezar o Angelus na Solenidade da Assunção na Praça São Pedro, no dia 15 de agosto, o Papa Francisco confiou a Maria “as ansiedades e as dores das populações que em tantas partes do mundo sofrem por causa das calamidades naturais, de tensões sociais ou de conflitos. Que a nossa Mãe Celeste – pediu o Papa - obtenha para todos consolação e um futuro de serenidade e de concórdia!”. De fato, em diversas partes do mundo populações inteiras vivem o flagelo das inundações e tragédias naturais. Na China e na Índia os mortos são mais de cem. O mau tempo também provocou vítimas nas Filipinas, em Bangladesh e Nepal. Mas em especial a capital de Serra Leoa, Freetown, foi atingida na noite de segunda-feira, dia 14 de agosto, por uma torrente de água e lama que provocou a morte de 300 pessoas, entre elas 60 crianças. As fortes chuvas que atingiram aquele país da África Ocidental literalmente derrubaram a colina da capital, engolindo as casas e os seus habitantes. A TV estatal interrompeu a programação difundindo imagens apocalípticas com homens e mulheres escavando na lama para encontrar os seus parentes, enquanto a cidade se parece com um cemitério a céu aberto. “É provável que centenas de pessoas estejam enterradas por baixo dos escombros”, disse o vice-presidente da Serra Leoa Victor Foh. “Perdemos tudo e não temos um lugar para dormir”, disse aos órgãos de informação uma mulher desconsolada, que conseguiu juntamente com o marido e os três filhos, subir no telhado antes que a sua casa fosse submergida pela água. Muitos culpam o descaso humano: a tragédia teria sido causada pelo desmatamento e pela construção de casas em ribanceiras e outros locais inapropriados.

Freetown, uma cidade costeira com 1,2 milhões de habitantes, é regularmente afetada por inundações durante os meses de chuva, que destroem assentamentos improvisados, e o contato com a água contaminada de esgotos sem tratamento causa a propagação de doenças, como a cólera. Além disso, muitas das áreas mais pobres estão perto do nível do mar e têm um sistema de drenagem deficiente, e assim o efeito das inundações é ainda mais devastador. As inundações são apenas uma das chagas que afligem Serra Leoa: em 2014 o país foi um dos mais atingidos pelo vírus Ebola na África Ocidental. Isto, custou a vida de mais de quatro mil pessoas. Um desastre que ajudou a afundar uma economia entre as mais frágeis do mundo, onde cerca de sessenta por cento da população vive abaixo da linha de pobreza, segundo as estimativas das Nações Unidas. Rádio Vaticano

www.diopuava.org.br #diopuava

Oferecimento diário: Deus, nosso Pai, eu te ofereço todo o dia de hoje: minhas orações e obras, meus pensamentos e palavras, minhas alegrias e sofrimentos, em reparação de nossas ofensas, em união com o Coração de teu Filho Jesus, que continua a oferecer-se a Ti, na Eucaristia, pela salvação do mundo. Que o Espírito Santo, que guiou a Jesus, seja meu guia e meu amparo neste dia para que eu possa ser testemunha do teu amor. Com Maria, Mãe de Jesus e da Igreja, rezo especialmente pelas intenções do Santo Padre para este mês.

Setembro: Pelas nossas paróquias! Que sejam animadas pelo espírito missionário e sejam lugares de comunicação da fé e testemunho de caridade.

Aniversariantes do mês Presbíteros - Nascimento Pe. Valdir Sloboda - 11/09/1958 Frei Leandro de Queiroz Albuquerque, OM - 12/09/1989

Pe. Mauro Aparecido Sávio, CP - 13/09/1966 Pe. Piotr (Pedro) Pochopien - 17/09/1974 Pe. Paulo Fernando Francini - 20/09/1975

Presbíteros - Ordenação Pe. Felipe Fabiane - 01/09/2012 Pe. Osmar Duarte do Nascimento - 02/09/1995 Pe. Claudio Gomes dos Santos, MIC - 07/09/2010 Ir. Carlos Wiszniewsky, SVD - 08/09/1981 Pe. Thiago Alberto Grande - 15/09/2012 Pe. Eliseu Nahm - 19/09/2009 Pe. Benediktus Jemiun, SVD - 21/09/2012 Pe. José de Paulo Bessa - 23/09/1984 Pe. José Amarildo Novacoski - 23/09/1995 Pe. Diego Giuseppe Pelizzari, SX - 25/09/1983 Pe. Eliézer Okonoski, CM - 27/09/2014 Pe. Mário Tognali, SX - 27/09/1970 Pe. Sebastião Guina - 30/09/1995 Religiosas - Nascimento Ir. Rosana Morais, ACJ - 05/09/1966 Ir. Emília Hamer Schmidt, SJC - 14/09/1938 Ir. Rosa Terezinha Sartori, FC - 15/09/1963 Ir. Sofia Stoki, FC - 17/09/1937 Ir. Alecsandra Pina de Oliveira, CSTJ - 21/09/1980 Ir. Marlene Tremeia, IBVM - 27/09 Religiosas - Profissão Religiosa Ir. Nadir Luiza Folador, FC - 08/09/1980 Ir. Anna Martini, ISJ - 10/09/1994 Ir. Nahir Maria Weschenfelder, CSTJ - 13/09/1961


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MUTICOM DE JOINVILLE: reforma da mídia do Vaticano foi tema de abertura As características da comunicação do Papa Francisco, são importantes para bem compreender a reforma da mídia da Santa Sé, com origens já no Jubileu do ano 2000.

O 10º Mutirão Brasileiro de Comunicação (Muticom), de Joinville/ SC, começou no último dia 17 de agosto, com a palestra de abertura ministrada pelo prefeito da Secretaria para a Comunicação da Santa Sé, Monselhor Dario Viganó. No espaço da Expoville, o discurso inaugural do evento teve como tema: “A Comunicação na Igreja na perspectiva do Papa Francisco”. Num primeiro momento, Monsenhor Viganó tratou da comunicação do Papa Francisco para, em seguida, se concentrar nas explicações de todo o processo de reforma da mídia da Santa Sé. Segundo ele, “antes de compreender o sentido profundo da reforma, é necessário entender alguns aspectos próprios da comunicação do Papa Bergoglio, uma comunicação que poderíamos dizer ‘unconventional’, nada convencional, muito pragmática. Em mais de uma vez tive a possibilidade de sublinhar como Francisco tem a capacidade de redefinir códigos e formas de comunicação, utilizando com criatividade, por nada convencional, situações curiosas, parábolas e metáforas. Um modo para se comunicar com o outro, para diminuir as distâncias e favorecer o diálogo”, comentou Viganó.

A linguagem de Francisco, segundo o prefeito da Secretaria para a Comunicação, não para naquela exigência de “sentir” e na voz do destinatário da mensagem, mas “implica a capacidade de ‘ouvir’: a escuta é uma atividade muito mais desafiadora que consiste em aprofundar a relação com o outro”. As características da comunicação do Papa Francisco, continuou o Monsenhor, são importantes para bem compreender a reforma da mídia da Santa Sé, com origens já no Jubileu do ano 2000, “como uma necessidade e uma urgência”: uma reforma que se desenvolve num “novo Renascimento, fazendo parte, hoje, de um contexto digital que modifica as práticas e as dinâmicas de todos os âmbitos da nossa vida, daquela social àquela política, até àquela religiosa”. A reforma, segundo prosseguiu Viganó, “não é simplesmente uma ‘pintura’”, ao lembrar as palavras do próprio Papa Francisco quando disse: “reforma não é clarear um pouco as coisas. Reforma é dar outra forma às coisas, organizá-las de outra maneira”. O Monsenhor enfatizou que isso significa que não se trata de uma simples coordenação dos veículos, mas de repensar produtivamente a comunicação da Santa Sé. O Muticom de Joinville é um instrumento para auxiliar profissionais da área a fazer uma nova leitura do uso das novas tecnologias, além incentivar a formação de senso crítico na era digital, para desfrutar ao máximo o potencial da mídia - em comunhão e para o progresso humano. O evento terminou no dia 20 de agosto foi promovido pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). Rádio Vaticano

Aos 90 anos, marceneiro que virou padre após ter 12 filhos e ficar viúvo celebra missas diárias José Brombal fala sobre reviravolta depois da morte da esposa em 1986 e a vida na paróquia de Jundiaí (SP). É na Catedral Nossa Senhora do Desterro em Jundiaí (SP) que o padre José Brombal celebra missas diariamente com muito carisma e disposição. Mas quem vê o pároco de 90 anos dominando os rituais da Igreja Católica, não tem ideia do quanto sua vida mudou quando decidiu largar a marcenaria para se dedicar ao seminário. No Dia do Padre, celebrado em 04 de agosto, padre José Brombal contou sua história. Antes de ser padre, José se dedicava a marcenaria e era casado. Pai de 12 filhos, o padre nonagenário contou que foi convidado a seguir a carreira religiosa após o falecimento de sua mulher, em 1986. Católico praticante, ao ser chamado pelo bispo para ser diácono não pensou duas vezes em aceitar a oferta, pois encontrou na fé um modo de superar a perda ainda recente da esposa, com quem manteve uma união de 34 anos. “Não fiquei abalado com a morte dela, pois nós temos que aceitar que tudo tem um princípio e um fim. Eu acredito que isso tenha sido um propósito de Deus na minha vida”, afirma José. O padre conta que os filhos não se opuseram à sua escolha e ainda foi apoiado por eles. “Sempre fui católico e, quando recebi o convite, eles não ficaram surpresos com a minha decisão”. Durante os 13 anos como responsável pela paróquia, Brombal afirma que todos os dias atende no confessionário da igreja. “São pessoas de todas as idades, atendo elas e dou a absolvição. As pessoas têm fome de Deus. Tudo você tem que fazer por amor e isso graças a Deus, tenho feito”. José Brombal é pai de Anselmo, Maria Aparecida, Maria José, Maria Conceição, Maria das Graças, Paulo Alberto, Maria Salete, Maria Ana, Maurílio Luís, José

Carlos, Plinio Eduardo e Maria Cláudia, e manteve a família com o trabalho como marceneiro e carpinteiro. A filha caçula, Maria Cláudia, contou que desde pequena viu os pais frequentando as atividades desenvolvidas pela igreja e que, juntos, eles participaram do Cursilho da Cristandade, como base de orientação para as doutrinas da Igreja. “Quando ele foi convidado para ser diácono ficou muito feliz. Fazer parte da igreja já era um sonho de infância. Eu senti falta quando ele foi morar na casa paroquial, mas foi só no começo. Hoje, vejo o quão querido na igreja ele é por ser uma pessoa muito acolhedora e que cativa a todos”, conta. O pároco celebra duas missas por dia, segundo relata, com muita disposição e carinho. Ele também revela que sua missão foi designada por Deus e, apesar da idade, pretende seguir na função até o último dia de sua vida. Por Aline Albuquerque G1 Sorocaba e Jundiaí

RCA: Bispo de Bangassou denuncia violência contra missões Em recente entrevista à Rádio Vaticano, o bispo denunciou as terríveis violências e o terror em que a população vive. Dom Juan José Aguirre Muñoz, 63, espanhol, é o bispo comboniano de Bangassou, sudeste da República Centroafricana. Este é o relato enviado por e-mail e whatsapp a um irmão, na noite de 08 de agosto: “Atacaram a missão de Gambo, a 75km de Bangassou e jovens muçulmanos ‘seleka’ degolaram muitos homens e crianças. Não ouvem ninguém, querem apenas brigar. Sentamse na frente da catedral e não deixam as pessoas entrar. Há três domingos não conseguimos abri-la”. Dom Aguirre explica ainda que aos domingos vai ao Congo celebrar a missa, onde há 10 mil desabrigados. O bispo declara que ‘não confia nos soldados da Minusca, o comando coordenado pela ONU com tropas africanas’. “Precisamos de suas orações”, escreve ao irmão. “A missão de Gambo foi saqueada, cinquenta pessoas foram mortas, e a missão de Bema também corre o mesmo risco”, adverte.

Em recente entrevista à Rádio Vaticano, o bispo denunciou as terríveis violências e o terror em que a população vive: “Cerca de dois mil muçulmanos permanecem entrincheirados num pequeno seminário do arcebispado de Bangassou ‘sob proteção da Igreja’ e de capacetes azuis marroquinos. Ao seu redor – avisou - milicianos anti-balaka estão prontos a matá-los”.


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Seminário aprofunda o Jovens da diocese de Guarapuava participam do tema da violência e pensa as Projeto “Rota 300” em Aparecida - SP Na diocese de Guarapuava, os grupos de jovens das paróquias participaram de tarefas estratégias para a CF 2018 mensais que consistiam em desenvolvimento de trabalhos e encontros específicos Da diocese de Guarapuava, o funcionário Rozalino Ramos participou do encontro. Conforme destacou, pretende aplicar o aprendizado adquirido nos dois dias de trabalho em projetos da comunidade.

Nos dias 22 e 23 de agosto, foi realizado no Centro Cultural Missionário (CCM), em Brasília, o Seminário Nacional da Campanha da Fraternidade (CF) 2018, cujo tema é “Fraternidade e Violência”. A atividade teve como objetivo avaliar como foi realizada a CF 2017 nos 18 regionais da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e aprofundar o tema da próxima campanha para difundi-lo por meio de seminários regionais. Segundo o secretário executivo da CF da CNBB, padre Luís Fernando, a mística que vai impulsionar a CF é a da Igreja em comunhão e participação. “A Igreja vai multiplicando sua mensagem profética por meio do compromisso dos fiéis leigos e leigas que atuam nos Regionais”; sublinha. O secretário executivo afirma que o seminário foi um momento de revisitar a história da Campanha da Fraternidade e projetar os passos da próxima. “O seminário é núcleo primeiro que colabora com a multiplicação da CF no Brasil”, disse.

“As realidades são diferentes no Brasil, mas o problema da violência é o mesmo.” VIOLÊNCIA MAPEADA

A atividade contou com a presença dos autores do texto-base da CF 2018, que ainda está em fase de preparação. O professor da Puc-Minas, Robson Sávio Reis Souza, foi um deles e fez um mapeamento da violência no Brasil. A programação contou ainda com o aprofundamento dos caminhos sugeridos pela bíblia para a superação da violência que foi feito pelo padre Luís Fernando, secretário executivo da CF da CNBB. O professor Antônio Evangelista, de São Paulo, apresentou pistas para ações concretas da CF. Durante o seminário, também foram apresentadas as versões, ainda em processo de acabamento, do hino e do cartaz da CF 2018. Participaram da atividade, 40 pessoas representando os 18 regionais da CNBB, cujo papel é multiplicar a mensagem da CF nos seus respectivos regionais. Da diocese de Guarapuava, o funcionário Rozalino Ramos esteve no encontro. Conforme destacou, pretende aplicar o aprendizado adquirido nos dois dias de trabalho em projetos da comunidade. “Pudemos aprender muito nos dias de trabalho em Brasília. As realidades são diferentes no Brasil, mas o problema da violência é o mesmo. Com a ajuda de todos, poderemos fazer um bom trabalho de conscientização”, destacou Rozalino. CNBB

inerentes ao projeto.

Mais de oitenta jovens de várias paróquias da diocese de Guarapuava participaram do Projeto Rota 300 no Santuário Nacional de Aparecida, em São Paulo, no último dia 29 de julho. Dois ônibus lotados que saíram da Catedral Nossa Senhora de Belém, na sexta-feira, dia 28 de julho levaram os participantes em romaria até aquele Santuário. Os romeiros conquistaram a viagem através da gincana Desafio Rota 300, um projeto nacional, mas desenvolvido pelas dioceses, através da Pastoral Juvenil. Na diocese de Guarapuava, os grupos de jovens das paróquias participaram de tarefas mensais que consistiam em desenvolvimento de projetos e encontros específicos onde se abordou diversos temas vividos pela sociedade em dias atuais. Durante as provas, as soluções para os problemas também foram apresentadas pelos jovens. O Desafio Rota 300 foi proposto pelo Santuário Nacional de Aparecida ainda no ano de 2016 e, desde então, as equipes das paróquias da diocese de Guarapuava passaram a se organizar e estudar mais sobre o assunto. Várias etapas foram cumpridas desde então, com

tarefas variadas, no sentido de aguçar o conhecimento dos participantes e também de enaltecer a presença de Maria em meio à sociedade, através da promoção social. A viagem, conforme contaram os jovens, foi de grande valia, pois possibilitou conhecer outras realidades do Brasil e também a troca de experiências com muitas pessoas dos diversos Estados do país.

CARTA DO PAPA

O Papa Francisco enviou uma carta aos jovens brasileiros que participaram do projeto Rota 300, que encerrou dia 29 julho com uma grande festa no Santuário Nacional de Aparecida (SP). A iniciativa celebrou os 300 anos do encontro da imagem de Nossa Senhora no Rio Paraíba do Sul (SP). No texto, Francisco diz que Maria é um sinal de esperança e que conhece os desafios vividos pelos jovens. Além disso, o Papa estimula a juventude a seguir com o espírito missionário. “Caros amigos, em meio às incertezas e inseguranças de cada dia, em meio à precariedade que as situações de injustiça criam ao redor de vocês, tenham uma certeza: Maria é um sinal de esperança que lhes animará com um grande impulso missionário. Ela conhece os desafios em que vocês vivem. Com sua atenção e acompanhamento maternos, lhes fará perceber que não estão sozinhos”, sublinha o Pontífice. Leia a carta na íntegra: Queridos jovens, Saúdo afetuosamente a vocês, jovens do Brasil, reunidos em Aparecida para o encerramento do Projeto “Rota 300”, nesse Ano Mariano que comemora os 300 anos do achado da imagem de Nossa Senhora nas águas do Rio Paraíba do Sul. Para tal ocasião, gostaria de ressaltar um aspecto da Mensagem que lhes escrevi este ano, para a XXXII Jornada Mundial da Juventude: a Virgem Maria é um precioso exemplo para a juventude e um auxílio na caminhada pela estrada da vida. Para que vocês possam perceber esta verdade, não são necessárias grandes reflexões; basta contemplar a imagem da Mãe Aparecida, durante a peregrinação que farão ao seu Santuário Nacional. Eu mesmo fiz essa experiência, quando aí estive em 2007, por ocasião da V Conferência do Episcopado Latino-americano e, depois em 2013, durante a JMJ no Rio de Janeiro. Pude ali descobrir no olhar terno e maternal da Virgem morena e nos olhos da gente simples que a contemplava, o segredo da esperança que move o povo brasileiro a enfrentar com fé e coragem os desafios de cada dia. Pude também contemplar a força revolucionária de uma Mãe carinhosa que move o coração de seus filhos a saírem de si mesmos com grande ímpeto missionário, como, aliás, vocês fizeram durante a semana missionária, que acabam de concluir no Vale do Paraíba. Parabéns por este testemunho! Caros amigos, em meio às incertezas e inseguranças de cada dia, em meio à precariedade que as situações de injustiça criam ao redor de vocês, tenham uma certeza: Maria é um sinal de esperança que lhes animará com um grande impulso missionário. Ela conhece os desafios em que vocês vivem. Com sua atenção e acompanhamento maternos, lhes fará perceber que não estão sozinhos. Nesse sentido, vale a pena recordar a história daqueles pescadores pobres, que depois de uma pesca sem grandes resultados, no rio Paraíba do Sul, lançaram, mais uma vez, as suas redes e foram surpreendidos com uma imagem partida de Nossa Senhora, coberta de lama. Primeiro acharam o corpo, logo em seguida, a cabeça. Como comentei aos Bispos brasileiros em 2013, o fato traz em si um simbolismo muito significativo: aquilo que estava dividido, volta à unidade, como o coração daqueles pescadores, como o próprio Brasil colonial, dividido pela escravidão, que encontra sua unidade na fé que aquela imagem negra de Nossa Senhora inspirava (cf. Discurso aos Bispos do Brasil, 27/7/2013). Por isso, convido a que vocês também deixem que seus corações sejam transformados pelo encontro com Nossa Mãe Aparecida. Que Ela

transforme as “redes” da vida de vocês – redes de amigos, redes sociais, redes materiais e virtuais -, realidades que tantas vezes se encontram dividas, em algo mais significativo: que se convertam numa comunidade! Comunidades missionárias “em saída”! Comunidades que são luz e fermento de uma sociedade mais justa e fraterna. Assim, integrados nas suas comunidades, não tenham medo de arriscar-se e comprometer-se na construção de uma nova sociedade, permeando com a força do Evangelho os ambientes sociais, políticos, econômicos e universitários! Não tenham medo de lutar contra a corrupção e não se deixem seduzir por ela! Confiantes no Senhor, cuja presença é fonte de vida em abundância, e sob o manto de Maria, vocês podem redescobrir a criatividade e a força para serem protagonistas de uma cultura de aliança e assim gerar novos paradigmas que venham a pautar a vida do Brasil (cf. Mensagem à Assembleia do CELAM, 8/5/2017). Possa o Senhor, pela intercessão da Virgem Aparecida, renovar em cada um de vocês a esperança e o espírito missionário. Vocês são a esperança do Brasil e do mundo. E a novidade, da qual vocês são portadores, já começa a construirse hoje. Que Nossa Senhora, que em sua juventude soube abraçar com coragem o chamado de Deus em sua vida e sair ao encontro dos mais necessitados, possa “ir na frente” de vocês, guiando-lhes em todos os seus caminhos! E para tal, lhes envio a cada um, extensiva aos seus familiares e amigos, a Bênção Apostólica, pedindo que, por favor, não deixem de rezar também por mim. [Franciscus PP.]


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O silêncio das ruas revela que não há mais esperança nas instituições brasileiras “Estamos vivendo um momento muito difícil no Brasil e precisamos nos rearticular, enquanto Pastorais Sociais [...]”. Dom Luiz Demétrio Valentini, bispo-emérito de Jales (SP), esteve em Brasília-DF, dias 31 de julho e 1º de agosto, para o encontro dos bispos da área social e os que integram a Comissão Episcopal Pastoral para a Ação Social Transformadora da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). Natural de São Valentim (RS), o religioso, que presidiu a Cáritas Brasileira por dois mandatos, concedeu entrevista ao Portal da CNBB sobre a crise brasileira. Para ele, o silêncio das ruas não é uma concordância tácita com o que está acontecendo, como alguns querem fazer acreditar. Pelo contrário, “é um sintoma preocupante de que não temos mais esperanças e sinais concretos para recuperar o rumo da caminhada histórica do Brasil”. De acordo com o bispo-emérito, o poder Judiciário e o Congresso Nacional estão instrumentalizados para salvar os seus próprios privilégios. “Não se pode permitir que ministros do Supremo Tribunal Federal, façam do seu cargo uma opção política partidária a ser defendida publicamente. Isto diminui a legitimidade, a confiança e é perigoso para uma nação”, disse. Dom Demétrio ressaltou ainda, que os grandes interesses convergiram e o presidente que temos agora serve de instrumento da execução destes interesses escusos que não são publicados. Segundo o bispo, o trecho do cântico de Jeremias (Cântico Jr 14,17-21): “Até o profeta e o sacerdote perambulam pela terra sem saber o que se passa”, é uma descrição simbólica do que estamos vivendo no país. O religioso afirma que se torna necessário ajudar o povo brasileiro a reencontrar sua identidade e destino históricos, sua feição cultural, sua tradição e fazer convergir todas estas realidades para que a cidadania brasileira reencontre os rumos do país. Leia abaixo a íntegra da entrevista que ele concedeu ao Portal da CNBB: Portal CNBB – Como avalia a crise política brasileira? Dom Demétrio – Certamente, estamos vivendo um momento difícil, todos reconhecem, no qual há uma perda da identidade do povo brasileiro. Torna-se necessário ajudar o povo brasileiro a reencontrar sua identidade e destino históricos, sua feição cultural, sua tradição e fazer convergir todas estas realidades para recuperarmos um projeto de Nação. Estamos esquecendo nosso projeto de nação. Estamos sentindo novamente a necessidade de fazer, por exemplo, uma nova semana social brasileira para que a Igreja possa cumprir esta tarefa importante que tem de identificar e saber o que está acontecendo. Como diz o cântico de Jeremias: “Até o sacerdote e o profeta perambulam pela rua sem saber o que acontece”. É um pouco a descrição simbólica da realidade que estamos vivendo agora. A ausência de posicionamento revela de um lado um descrédito muito grande. Uma distância sempre crescente entre as estruturas sociais políticas e a vida do povo brasileiro. De tal modo que há um descrédito generalizado. Não é uma concordância tácita não, como alguns pretendem instrumentalizar este silêncio das ruas. É um sintoma preocupante de que não temos mais esperanças, sinais concretos de referências práticas para recuperar o rumo da nossa caminhada histórica do Brasil. Estamos vivendo um momento difícil que se caracteriza, sobretudo, pelo descrédito das instituições e por sua incapacidade em recuperar e superar a pecha sempre crescente da sua falta de legitimidade perante o povo brasileiro. Estamos vivendo um momento muito difícil no Brasil e precisamos nos rearticular, enquanto Pastorais Sociais da CNBB como um todo, e retomar nossa missão profética de questionar os equívocos que estão acontecendo, os erros praticados e projetar para frente um novo projeto de Brasil que queremos. Portal CNBB – Como avalia os passos do Michel Temer depois do impeachment da presidente Dilma Rousseff? Dom Demétrio – Se há dificuldades de convergências em torno de um projeto de país por outro se criou uma convergência que assusta. Interesses que estão se consolidando e convergindo para que

se instrumentalizem o Congresso Nacional e o poder judiciário para salvar os próprios privilégios. Há uma espécie de trama que está sendo orquestrada para que isto se torne invisível e leve o Congresso a retrocessos políticos como, por exemplo, o que estamos assistindo com a nova lei trabalhista aprovada e a nova a lei da previdência social que estão propondo. Existe um interesse do liberalismo econômico que está voltando com força, como se a solução do Brasil fosse voltarmos aos tempos da revolução industrial em que se confrontavam os pequenos contra os poderosos, sempre com desvantagem evidente para os pequenos. Agora estamos assistindo esta realidade em que os grandes interesses convergiram e o presidente que temos serve de instrumento da execução destes interesses escusos que não são publicados, mas que aos poucos precisamos identificar para nos posicionar diante da crise política que estamos vivendo. Portal CNBB – Como avalia o papel que o judiciário está desempenhando neste contexto de crise? Dom Demétrio – Infelizmente ele também padece de credibilidade. Poucos têm segurança em pensar no Supremo Tribunal Federal e em outras instâncias da Justiça Brasileira. Existe uma insegurança e uma mescla de ações e atitudes que são claramente partidárias. Por exemplo, não se pode permitir que ministros do Supremo Tribunal Federal façam dos seus cargos uma opção política partidária a ser defendida publicamente. Isto diminui a legitimidade, a confiança e é perigoso para uma nação. Quando se perde a confiança no judiciário estamos no limite da credibilidade fundamental que é preciso que exista, minimamente, para se levar em frente um projeto de país. Então o próprio Judiciário precisaria se questionar e deixar de ter posicionamento partidário e voltar a cumprir sua missão de ser a instância capaz de discernir e fazer as ponderações necessárias e avaliar bem para tomar decisões com legitimidade. A falta de credibilidade do judiciário é mais um sintoma da crise que estamos vivendo. Portal CNBB – Neste contexto de crise das instituições e da própria democracia no Brasil, qual deve ser o papel da Igreja? Dom Demétrio – Precisamos retomar a intuição de uma Constituinte para de novo repropor um projeto de país. Neste sentido, a Igreja se sente próxima ao povo, e deve se tornar mais próxima ainda, para poder recolher e ajudar a articular. Falta articulação no país agora, falta uma mediação e não existem instâncias que têm credibilidade para fazer esta mediação. Penso que a Igreja pode propor e se apresentar, não como aquela que tem a solução, mas como quem estimula a cidadania brasileira a reencontrar os rumos do país. Penso que a Igreja não pode fechar os olhos e não se omitir. Ela precisa enfrentar o desafio de compreender a realidade e perceber quais são os interesses que estão em jogo e não se deixar instrumentalizar. Existe um desafio bem concreto para a Igreja de voltar a assumir a causa do país para que a cidadania possa retomar a sua vigência, sua ação concreta e sua articulação em benefício de toda a nação brasileira. CNBB

Bispos da Venezuela: temor pelo advento de uma “democracia ditatorial” O Santo Padre, diretamente e através da Secretaria de Estado, acompanha de perto a situação e suas implicações humanitárias, sociais, políticas, econômicas e também espirituais.

“As pessoas que esperam da Igreja não apenas uma palavra, mas também o compromisso de estar ao lado daqueles que sofrem.” Dom Mario Moronta

Informações fornecidas pela Rádio vaticano dão conta de que a Conferência Episcopal venezuelana não esconde o temor pelo advento de uma “democracia ditatorial”. A esperança dos bispos hoje, depois de tantas manifestações nos dias passados, é que o apelo da Santa Sé seja acolhido por todos, seja pelo governo, seja pelos opositores. A Secretaria de Estado do Vaticano havia enviado a seguinte mensagem: “A Santa Sé reitera sua profunda preocupação com a radicalização e o agravamento da crise na República Bolivariana da Venezuela, com o aumento dos mortos, dos feridos e dos detidos. O Santo Padre, diretamente e através da Secretaria de Estado, acompanha de perto a situação e suas implicações humanitárias, sociais, políticas, econômicas e também espirituais, e assegura sua constante oração pelo país e por todos os venezuelanos, enquanto convida os fiéis de todo o mundo a rezarem intensamente nesta intenção”. A Rádio Vaticano ouviu Dom Mario Moronta, vice -presidente da Conferência venezuelana: “Recebemos com grande gratidão o comunicado da Santa Sé, que é uma maneira de reafirmar o que foi dito aqui na Venezuela, não só pelos bispos, mas também pelas pessoas de boa vontade. Este comunicado confirma a verdadeira preocupação do Santo Padre e da Santa Sé pela Venezuela. Esperamos que este apelo seja bem acolhido pelo governo. Certamente, é bem recebido pelas pessoas que esperam da Igreja não apenas uma palavra, mas também o compromisso de estar ao lado daqueles que sofrem”.


Regional Sul 2 da CNBB - A Igreja no Paraná

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Conselho de Leigos do Paraná realiza 31ª Assembleia Regional com foco no Ano do Laicato Os debates foram norteados pelo estudo do documento 105, da CNBB. De 26 de novembro de 2017, até 25 de novembro de 2018, será celebrado o “Ano do Laicato”. O Conselho Nacional do Laicato do Brasil (CNLB) do Regional Sul 2 da CNBB, realizou, no último dia 12 de agosto, sua 31ª Assembleia Regional. Os trabalhos tiveram como foco o Ano do Laicato 2017/ 2018. O encontro, que foi realizado no Santuário Santo Antônio de Pádua, no município de Alto Paraná (diocese de Paranavaí), reuniu os conselhos de leigos das dioceses de Curitiba, Maringá, Foz do Iguaçu, Toledo, Umuarama, Londrina, Apucarana, Guarapuava, Ponta Grossa e Paranavaí. A assembleia girou em torno do tema “Os desafios da atuação dos cristãos leigos e cristãs leigas na Igreja e na sociedade”. Os debates foram norteados pelo estudo do documento 105, da CNBB. “Foi uma assembleia de formação e de encaminhamentos das nossas ações, atividades e também dos anseios que temos em relação ao Ano do Laicato, que iniciará no final deste ano e acontecerá durante todo o ano de 2018. Será o momento para reforçar ainda mais a importância da participação dos leigos na vida da Igreja e com isso, fortalecer o processo de evangelização da sociedade”, resume Dirce Laureano, Presidente do CNLB no Regional Sul 2. Dom Laurindo Guizzardi, bispo referencial do CNLB Regional Sul 2, que acompanhou e orientou os trabalhos na parte da manhã, com o estudo sobre a história do laicato na Igreja, enfatizou a importância da Assembleia: “Os participantes procuraram entender e compreender

qual a identidade do laicato através do documento 105. Conhecendo essa identidade, podemos nos empenhar mais nas nossas comunidades e dioceses”, observou Dom Laurindo. A Igreja no Brasil vai celebrar no período de 26 de novembro de 2017 (Solenidade de Cristo Rei) até 25 de novembro de 2018, o “Ano do Laicato”. O objetivo da CNBB é pontuar a presença e a organização dos cristãos leigos no Brasil; aprofundar a sua identidade, vocação, espiritualidade e missão; e testemunhar Jesus Cristo e seu Reino na sociedade.

CARTA POR UMA REFORMA POLÍTICA TRANSPARENTE

A assembleia também aprovou uma moção de repúdio contra as reformas do governo que prejudicam a população, exigindo uma reforma política que combata os vícios, a corrupção e favoreça a participação democrática e popular. Por Nilton de Oliveira Pinto

Diocese de Guarapuava

Diocese de Guarapuava se prepara para a 38ª edição da Assembleia do Povo de Deus O evento será em Curitiba, nos dias 23 e 24 de setembro. Mais de cinquenta pessoas de diocese de Guarapuava confirmaram presença.

Na tarde do último dia 05 de agosto, sacerdotes, religiosos e lideranças leigas da diocese de Guarapuava, participaram, na paróquia Bom Jesus, no Bairro Trianon, de uma reunião em preparação para a 38ª Assembleia do Povo de Deus do Regional Sul 2 da CNBB, que compreende a Igreja Católica no Estado do Paraná, que será realizada em Curitiba, nos dias 23 e 24 de setembro. Na Assembleia-geral de 2016, que também foi na capital paranaense, ficou decidido que a cada dois anos, os encontros seriam realizados por províncias, para depois, no ano seguinte, representantes de todas as dioceses, se reunirem na capital do Estado, para um encontro geral. As assembleias por província, conforme a organização; seriam para facilitar os deslocamentos das lideranças e, assim, possibilitar a participação de um maior número de pessoas. O bispo da diocese de Guarapuava, Dom Antônio Wagner da Silva, explicou a situação e assentiu que da maneira que ficaram acertados os encontros, todas as dioceses ganham em qualidade e em participação. “Até o ano de 2016, era realizada uma Assembleia por ano e estes encontros se davam nas

diversas cidades do Estado, com a presença de pessoas de todas as dioceses. Com o intuito de facilitar a participação de mais lideranças, ficou acertado, no ano passado, em Curitiba, que os encontros seriam descentralizados, ou seja, a cada dois anos, os encontros seriam realizados nas províncias e, no ano seguinte, todos se reuniriam em uma assembleia geral, para todo o Paraná. Com isso, tenho certeza de que mais pessoas poderão participar e entender os trabalhos da Igreja nos mais diferentes locais”; destacou Dom Wagner. Em entrevista, o assessor da Ação Evangelizadora na diocese, padre Itamar Abreu Turco, sublinhou a importância da reunião de preparação para a Assembleia do Povo de Deus. “Nossa diocese vai enviar mais de cinquenta pessoas para este encontro em Curitiba. Esta reunião serviu para abrir novas possibilidades de desenvolver bons trabalhos. Considero o encontro de hoje muito positivo”, grifou padre Itamar. O Regional Sul 2 da CNBB é formado por quatro províncias, com sedes nas cidades de Curitiba, Cascavel, Maringá e Londrina. As quatro províncias agregam dezoito dioceses e duas eparquias. A diocese de Guarapuava pertence à província de Curitiba. A 38ª Assembleia do Povo de Deus será realizada na Casa de Retiros do Mossunguê, na capital paranaense. Com informações da Central Cultura de Comunicação Foto: Jorge Teles

Arquidiocese de Londrina acolhe novo arcebispo Quinto arcebispo de Londrina, Dom Geremias Steinmetz, tomou posse no último dia 12 de agosto, na Catedral Metropolitana. A Catedral Metropolitana de Londrina ficou lotada na tarde do último dia 12 de agosto, para a posse do arcebispo Dom Geremias Steinmetz. Milhares de pessoas de toda a região participaram da celebração. A mãe do arcebispo, Ana Maria Bierger Steinmetz, os irmãos e outras 70 pessoas da família saíram da cidade de Sulina (PR), local de nascimento do bispo para acompanhar a posse. Caravanas de Paranavaí também marcaram presença no evento. Dom Geremias recebeu o báculo das mãos do arcebispo antecessor, Dom Orlando Brandes, arcebispo de Aparecida (SP), e do administrador apostólico, Dom Manoel João Francisco, bispo de Cornélio Procópio. “Foi um momento de muita emoção. Quando a cerimônia começou estava com as mãos geladas e suando”, comentou o arcebispo. A posse também contou com a participação do presbitério, seminaristas, religiosos e freiras da arquidiocese, além de bispos do Paraná. A cerimônia foi marcada por momentos de muita emoção e louvor. O Evangelho foi conduzido pelos onze círios missionários das Santas Missões Populares (SMP). Conforme os participantes, a emoção tomou conta quando a mãe de Dom Geremias, levou a imagem de Nossa Senhora Aparecida até o altar, acompanhada pela Juventude. Um manto azul cobria a assembleia conforme a imagem avançava pela nave da Catedral. Aline Machado Parodi Pascom - Arquidiocese de Londrina

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Pinhão • Prudentópolis • Entre Rios • Foz do Jordão • Candói • Inácio Martins Palmeirinha • Turvo • Reserva do Iguaçu • Campina do Simão • Goioxim

Decanato Pinhão

PRUDENTÓPOLIS: Pastoral Juvenil promove RESERVA DO IGUAÇU: Paróquia Nossa segunda edição do Evangeliza Show Senhora de Belém promove Crisma O evento será no dia 30 de setembro e contará com três shows. A evangelização e o resgate de valores são os focos principais, conforme a organização.

“A juventude é um estado de espírito e isto precisa ser valorizado.” Papa Francisco

A Pastoral Juvenil da paróquia São João Batista, de Prudentópolis, promove a segunda edição do Evangeliza Show. O evento será realizado no Centro Social Nossa Senhora das Graças, no dia 30 de setembro, com início às 20 horas. Orações, louvor e animação farão parte do encontro, segundo os organizadores. No ano passado, a primeira edição do Evangeliza Show que foi realizada no dia 09 de julho, atraiu mais de seiscentas pessoas. Este ano, três atrações artísticas animarão a festa que conta com a participação de diversos grupos de jovens das comunidades pertencentes à paróquia São João Batista. O grupo gaúcho Estância Divina fará a abertura do espetáculo com o show “Bailão Cristão”. Logo depois, Padre DJ Zeton, fará mixagens de músicas católicas no show: “Balada Santa”. Fechando a noite de evangelização e divertimento, a banda católica Anjos de Resgate apresentará seu show nacional. Segundo os organizadores, além das apresentações musicais, diversas atrações farão parte do evento. “Além das atrações musicais, durante a noite teremos muitas surpresas que estão sendo preparadas com muito carinho para os jovens. Convido a todos para que

participem conosco”, grifou Emerson Polovei, responsável pela comunicação da Pastoral Juvenil.

SOBRE O PROJETO

O Evangeliza Show é um projeto idealizado pela Pastoral Juvenil de Prudentópolis e tem como objetivo a evangelização de jovens, com foco naqueles que costumam frequentar eventos realizados em casas noturnas. Conforme os idealizadores, os trabalhos visam resgatar pessoas e atraí-las para a Igreja através da música e da dança, para que haja um encontro natural com Cristo. “Nosso foco principal é o jovem, principalmente aquele que por um motivo ou outro, se afastou da Igreja, de sua comunidade, enfim. O Evangeliza Show é um espaço para muita diversão, mas também para oração, reflexão e evangelização. Apostamos no dinamismo da juventude e contamos com a presença de todos em mais esta edição do nosso encontro. Vale destacar que pessoas de todas as idades são convidadas a celebrar conosco, pois a juventude, antes de tudo, é um estado de espírito e isto precisa ser valorizado, como indica sempre o Papa Francisco”, detalhou Emerson.

SERVIÇO

Os ingressos para o Evangeliza Show estão à venda e foram divididos em três lotes. No primeiro lote, o valor é de R$ 20,00 por pessoa. No segundo lote, cada participante pagará R$ 25,00. Quem deixar para a última hora e buscar ingressos no terceiro lote precisará pagar a quantia de R$ 30,00 para participar do evento. Desta forma, conforme orienta a coordenação, é importante que o as compras sejam antecipadas, uma vez que os ingressos são limitados. Mais informações podem ser obtidas através dos seguintes telefones: 42 3446 1450 (Secretaria Paroquial), 42 99964 3691 (Emerson Polovei) e 42 99914 7838 (Gilson Plodowski).

O sacramento foi ministrado pelo bispo diocesano de Guarapuava, Dom Antônio Wagner da Silva, que também presidiu a celebração.

No último dia 30 de julho, 31 adolescentes e jovens da paróquia Nossa Senhora de Belém, em Reserva do Iguaçu, foram crismados. A cerimônia foi realizada no Santuário Nossa Senhora Aparecida, comunidade de Passo da Reserva e reuniu centenas de pessoas das 19 comunidades da paróquia. O sacramento foi ministrado pelo bispo diocesano de Guarapuava, Dom Antônio Wagner da Silva, que também presidiu a celebração, juntamente com o pároco local, padre Elizeu Nahm. Durante a missa, que foi realizada às 15 horas, Dom Wagner destacou a importância da preparação para receber os sacramentos e também sublinhou o compromisso que as pessoas assumem a partir da Crisma. “Eu sempre falo aos crismandos, que as

responsabilidades só aumentam a partir do recebimento dos sacramentos. Agora, vocês passam à fase adulta aos olhos da Igreja e podem caminhar por conta própria. A responsabilidade é grande, mas a alegria de seguir os caminhos de Jesus Cristo faz com que cada um de vocês cresça na fé, na esperança e na verdade”, observou Dom Wagner.

INÁCIO MARTINS: Paróquia Nossa Senhora Aparecida promove missas com crisma Ao todo, 93 jovens e adultos receberam a confirmação do batismo em duas celebrações presididas pelo bispo da diocese de Guarapuava, Dom Antônio Wagner da Silva. A paróquia Nossa Senhora Aparecida, em Inácio Martins, esteve em festa no último dia 06 de agosto. Na ocasião, noventa e três pessoas daquela comunidade foram crismadas em duas celebrações na matriz. O sacramento foi ministrado pelo bispo diocesano, Dom Antônio Wagner da Silva. Na parte da manhã, na missa das 10 horas, foram crismados vinte e cinco adultos das comunidades do interior e da área urbana. Na parte da tarde, às 15 horas, sessenta e oito jovens, também da cidade e das capelas do interior, receberam o sacramento. Segundo a coordenadora da Catequese na paróquia, Iracema Martins Sar, a crisma na comunidade foi motivo de muitas alegrias, pois o sacramento reforça os compromissos dos crismados para com a Igreja em todos os âmbitos. “Foi com alegria, que vimos todas estas pessoas receberem o sacramento da crisma, que é a confirmação do batismo. Todos passaram por uma preparação e entenderam o verdadeiro sentido e compromisso para com a Igreja”, destacou Iracema. Nas duas celebrações, Dom Wagner sublinhou a importância de cada pessoa crismada em assumir os trabalhos junto à Igreja. Conforme disse o bispo, a Igreja é feita por cada um e, sem o compromisso, nada caminha para frente. “A Igreja é feita por cada um de nós. Hoje, vocês assumem este compromisso de fazer sempre

o melhor para a comunidade. Juntos, e com determinação, somos capazes de grandes mudanças, de trilhar os melhores caminhos, com olhos fitos nesta busca que deve ser incessante por fazer e ser Igreja”; pontuou Dom Wagner. Em comemoração ao Dia do Padre, celebrado em 04 de agosto, a comunidade de Inácio Martins preparou uma homenagem especial ao bispo na celebração da tarde. Segundo informações da Pastoral da Comunicação (Pascom), uma crismada leu uma mensagem especial para aquela ocasião e emocionou os presentes. “Por ser o dia consagrado ao padre, houve momento de homenagem ao bispo na parte da tarde. Uma linda mensagem foi lida por uma crismada. Após esta homenagem, a comunidade ofereceu um presente ao nosso bispo, como símbolo de gratidão pelo seu trabalho junto à Igreja”, destacou a Pascom.


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Diocese de Guarapuava

Decanato Laranjeiras

Laranjeiras do Sul • Quedas do Iguaçu • Espigão Alto do Iguaçu • Nova Laranjeiras Marquinho • Rio Bonito do Iguaçu • Porto Barreiro • Virmond • Cantagalo

MARQUINHO: visita de bispo polonês O religioso assistiu a várias apresentações artísticas típicas do Brasil e elogiou o clima e as pessoas, conforme destacam os moradores locais. No mês de julho, a diocese de Guarapuava recebeu a visita do bispo polonês, Dom Ian Piotrowski. Ele atua na diocese de Kielce e as visitas fazem parte de um trabalho missionário daquela comunidade, segundo contou. Esta é a segunda vez que o bispo vem ao Brasil e a primeira vez na diocese de Guarapuava. O religioso passou pelas paróquias de Virmond, Quedas do Iguaçu, Cândido de Abreu e Marquinho, comunidade esta onde permaneceu por doze dias, conforme destacou a secretaria paroquial em nota. Em Marquinho, Dom Ian chegou a estudar a língua portuguesa para presidir as celebrações. Naquela comunidade, o religioso também assistiu a várias apresentações artísticas típicas do Brasil e elogiou o clima e as pessoas, conforme destacam os moradores locais. Ele também conheceu escolas, tribos indígenas da região e residências do município e se disse encantado com a riqueza cultural da região. “Dom Ian disse que gostou

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muito do Brasil e que pretende voltar daqui a alguns anos. Antes de ir embora, o bispo fez um pedido para que os brasileiros honrem a frase que está escrita na bandeira nacional, ‘Ordem e Progresso’ e que isso, de fato, seja cumprido”, lembra a secretaria paroquial. Dom Ian trabalhou por seis anos na África, três anos no Peru, atuou por quatro anos como pároco na Polônia e outros três anos como bispo também naquele país, na diocese de Kielce. Há dez anos, Dom Iam é chefe Missionário Polonês no Vaticano.

NOVA LARANJEIRAS: IV Jornada Paroquial da Juventude O encontro será no salão paroquial da matriz, nos dias 16 e 17 de setembro. Os participantes de outras regiões poderão pernoitar nas casas dos moradores da cidade. Nos dias 16 e 17 de setembro, Nova Laranjeiras promove a IV edição da Jornada Paroquial da Juventude. O evento será realizado no salão da paróquia São João Batista, naquela cidade. As atividades terão início às 08 horas e se prolongarão até às 22 horas de sábado, dia 16. No domingo, dia 17, os trabalhos também se iniciam às 08 horas da manhã, com encerramento à tarde. Mais de trezentos jovens são esperados para os dois dias de evento, segundo a organização. Durante o encontro, haverá palestras, momentos de oração, música e partilha de experiências para os participantes, conforme contou Daiane Priscila Antoniazzi Chusca, que faz parte da coordenação do encontro. “No ano passado, mais de duzentos jovens participaram do encontro e este ano, esperamos mais de trezentas pessoas. Os moradores da cidade fornecerão o pernoite para os visitantes de outras cidades. Será um momento de muita alegria e de oração para todos”, destacou.

As inscrições para a Jornada Paroquial da Juventude custam R$ 10,00 por pessoa e podem ser feitas no local do encontro. O valor será destinado para o custeio das despesas de alimentação e limpeza do local após o evento. “Todos são convidados a participar conosco. Tenho certeza de que será uma festa muito bonita e alegre para toda a nossa juventude”, ressaltou Daiane.

LARANJEIRAS DO SUL: Semana da Família

Centenas de pessoas participaram da Semana Nacional da Família em Laranjeiras do Sul. A cada celebração, os participantes eram motivados a doar um quilo de alimento aos pobres.

Com o tema: “Família, uma luz para a sociedade”, a paróquia Sant’Ana, em Laranjeiras celebrou a Semana Nacional da Família, de 13 a 20 de agosto. Uma carreata pelas ruas da cidade marcou o início dos trabalhos no domingo, 13, quando também se comemorou o dia dos pais. Centenas de pessoas da matriz e das comunidades do interior do município se uniram nas celebrações, conforme informou a Pastoral da Comunicação (Pascom) daquela paróquia.

Pastorais, movimentos, escolas e empresas da cidade participaram dos trabalhos. A cada missa, organizada por um grupo da cidade, às 19 horas, na matriz, as pessoas eram motivadas a doar um quilo de alimento não perecível que serão repassados às pessoas carentes da cidade. As doações superaram as expectativas, conforme os organizadores que disseram agradecer pelo empenho de cada um que demonstrou o gesto concreto em favor de quem mais precisa. “Durante toda a

semana as celebrações prosseguiram, cada dia com um tema diferente e organizado por movimentos, pastorais, entidades e escolas. Todos os dias houve o gesto concreto, com doação de alimentos, os quais serão distribuídos pelo movimento Cáritas às pessoas carentes de nossa cidade. As doações superaram as expectativas”, grifa a Pascom. O encerramento das atividades foi no domingo, dia 20 de agosto, com grande participação da população. “A igreja

ficou tolamente lotada para a celebração de encerramento da Semana Nacional da Família. Vários grupos da paróquia e empresas da cidade participaram da organização da missa, bem como das apresentações durante a celebração”, finaliza a Pascom. A Semana Nacional da Família foi coordenada pela Pastoral Familiar da paróquia Sant’Ana. Informações/Fotos: Adilson Nogueira – Pascom

Compartilhe coisas boas! Quando publicar algo referente à sua comunidade nas redes sociais utilize a hashtag:

#diopuava É uma ótima forma das diversas paróquias de nossa diocese se conhecerem e se comunicarem melhor.


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Decanato Pitanga

Setembro - 2017

Pitanga • Palmital • Barra Santa Salete • Cândido de Abreu • Rosário do Ivaí • Nova Tebas • Mato Rico Altamira do Paraná • Santa Maria D’Oeste • Laranjal • Boa Ventura de São Roque • Rio Branco do Ivaí • Manoel Ribas

MANOEL RIBAS: Notícias Paroquiais

Comemoração pelos 28 anos do Movimento Legião de Maria e recepção da imagem da padroeira do Paraná, Nossa Senhora do Rocio, foram destaques na paróquia Santo Antônio.

LEGIÃO DE MARIA

No mês de agosto, o Movimento Legião de Maria da paróquia Santo Antônio, em Manoel Ribas, completou 28 anos de sua fundação. Os trabalhos tiveram início por incentivo do padre Stanislaw Galant. Desde então, conforme os integrantes do grupo, muitos foram os desafios e também as alegrias do encontro com Deus, por intercessão de Maria através da oração. O Movimento Legião de Maria de Manoel Ribas conta com setenta mulheres legionárias ativas, além de auxiliares que colaboram com as tarefas do grupo. Dentre estas, cinco delas atuam como “praesidium”, setor que assume a responsabilidade por um destacamento dentro do “exército” de Maria, conforme Explicou Vera Lúcia Gallo, responsável pela Pastoral da Comunicação (Pascom) da paróquia. “A Legião (de Maria) se define como exército de Maria, que é dividido por setores. Praesidium indicava um destacamento da Legião Romana incumbido de determinada tarefa. Era um setor da linha de batalha. Uma legionária que atua como “presadium”, fica responsável por um grupo de doze ou quinze mulheres”, explicou Vera. Para celebrar os 28 anos de fundação, no último dia 15 de agosto, foram rezadas mil Ave-Marias, com grande participação da comunidade.

PADROEIRA DO PARANÁ

No último dia 20 de agosto, a paróquia Santo Antônio, em Manoel Ribas, recebeu a imagem peregrina da padroeira do Paraná, Nossa Senhora do Rocio. Moradores da cidade recepcionaram a imagem com carreata a partir do trevo de entrada da cidade. Em seguida, uma missa foi celebrada na matriz com a participação de centenas de pessoas da comunidade. Na ocasião, a celebração também foi em ação de graças pela Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE) da cidade, pela abertura da Semana Nacional da Pessoa com Deficiência Intelectual e Múltipla. Depois da missa, as Pastorais e Movimentos da paróquia fizeram vigília em homenagem a Nossa Senhora do Rocio. No dia seguinte, os setores da paróquia também receberam a visita da padroeira e rezaram por sua intercessão. No dia 22 de agosto, a imagem foi levada até a cidade de Pitanga, onde deu sequência à peregrinação. A imagem da padroeira do Paraná será levada ao Santuário paranaense de Nossa Senhora do Rocio, em Paranaguá, no dia 17 de setembro. A peregrinação é realizada a cada dois anos nas dioceses do Estado. Em Guarapuava, a imagem chegou no dia 01 de maio deste ano. Uma celebração na Catedral Nossa Senhora de Belém marcou o início dos trabalhos religiosos.

PITANGA (Paróquia Sant’Ana): Notícias paroquiais

Retiro, Vigília e preparação para Acampamento pontuaram as atividades da paróquia Sant’Ana, em Pitanga.

ACAMPAMENTO

ALISTA JOVEM

Nos dias 05 e 06 de agosto, a Renovação Carismática Católica (RCC) da paróquia Sant’Ana, em Pitanga, promoveu a primeira edição do Alista Jovem. O evento foi realizado na Casa de Formação São José Freinademetz e reuniu cerca de 200 pessoas da cidade. O tema dos trabalhos foi: “Quem como Deus? Ninguém como Deus!”. Segundo o coordenador da RCC na paróquia, Sidnei Roman, o retiro teve o objetivo de promover a oração e a devoção entre os jovens. “Este foi um encontro diferenciado, com foco na oração, na entrega. Os pregadores foram os integrantes do grupo de Jovens ‘Vida Nova com Cristo’, da cidade de Manoel Ribas. Nos dois dias, os participantes tiveram a oportunidade singular de um verdadeiro encontro com Jesus Cristo. Foram momentos intensos de oração e de formação espiritual. Uma preparação para a caminhada na Igreja. Eu me sinto realizado em ter trabalhado neste projeto de evangelização”, grifou Sidnei. O encerramento dos trabalhos foi na tarde de domingo, dia 06. Em procissão, os jovens percorreram os cerca de dois quilômetros entre a Casa de Formação e a matriz. Lá, eles participaram de uma missa celebrada pelo pároco, padre Thiago Alberto Grande, que falou em sua homilia da importância do encontro com Deus através da oração.

No último dia 06 de agosto, responsáveis pelos Acampamentos na paróquia Sant’Ana, em Pitanga, sortearam setenta ingressos para a primeira edição do Acampamento Formação de Adolescentes (FAC). Conforme os organizadores, trinta e cinco meninas e trinta e cinco meninos entre 14 e 16 anos, participarão do encontro que será realizado de 07 a 10 de setembro deste ano naquela paróquia. Na ocasião, os jovens escolhidos confirmaram a presença e participaram de uma missa na matriz.

Vigília Jovem O Grupo de Jovens Sentinelas da Manhã da paróquia Sant’Ana, em Pitanga promoveu a segunda edição do retiro “Vigília Jovem”, no último dia 29 de julho. O evento que teve como tema: “Envia-me Senhor!”, foi realizado no salão paroquial da matriz e contou com a participação de cerca de 100 jovens. Segundo a coordenação da juventude na paróquia, as atividades que são realizadas anualmente, promovem a vivência em comunidade e instiga os jovens a ouvirem o chamado para os serviços na Igreja.

BOA VENTURA DE SÃO ROQUE: notícias paroquiais

Festa do padroeiro, encontro da Pastoral Familiar e retiro da Pastoral da Criança foram destaques na paróquia São Roque no mês de agosto.

RETIRO

A Pastoral da Criança da paróquia São Roque, em Boa Ventura de São Roque, realizou um retiro espiritual no último dia 09 de agosto. O encontro que foi realizado na matriz; teve a assessoria das Irmãs da Caridade Social, Laura Marcelino e Marcieli Babinski. Participaram do evento, agentes da Pastoral da Criança da cidade e do interior do município. A pastoral da criança se reúne mensalmente para planejamento e organização dos trabalhos desenvolvidos na paróquia. Sua presença na comunidade é de fundamental importância, segundo os moradores.

PASTORAL FAMILIAR

Integrantes da Pastoral Familiar da paróquia São Roque, em Boa Ventura de São Roque, visitaram a capela Nossa Senhora Aparecida, na comunidade de Carazinho, no interior do município e conversaram com as famílias da localidade. Na ocasião, o casal coordenador falou sobre os trabalhos realizados pela Pastoral

e a importância do acompanhamento às famílias que fazem parte do projeto de evangelização. Durante os encontros, os coordenadores tiram dúvidas dos moradores e levam informações sobre a Igreja e seus projetos em âmbito familiar. Ao final do encontro, um culto foi celebrado na capela com a participação da comunidade.

FESTA

A paróquia São Roque, em Boa Ventura de São Roque, realizou a 60ª edição da festa do padroeiro no último dia 20 de agosto. Antes das comemorações em honra a São

Roque, que tem seu dia festejado em 16 de agosto, uma novena foi preparada pela coordenação da paróquia, com grande participação da comunidade, conforme a organização. De 11 a 19 de agosto, sempre às 19 horas, um padre da diocese rezou a missa. No domingo, dia 20, a celebração das 10 horas foi presidida pelo pároco local, padre Agenor Batista de França. Depois da missa, ao meio dia, foi servido um almoço à base de churrasco. À tarde, as comemorações prosseguiram com barracas de doces, salgados e sorteio de prêmios. Conforme informações da Pastoral da Comunicação (Pascom) da paróquia, a festa foi um sucesso. “Agradecemos a todos os que participaram de nossa festa. Foram momentos importantes de oração e de partilha. Em especial, destacamos as comunidades do interior, as pastorais, os movimentos religiosos e a todos os fiéis que demonstraram seu amor e devoção ao nosso padroeiro”, sublinha a Pascom.


DECANATO PITANGA

Setembro - 2017

CÂNDIDO DE ABREU: notícias paroquiais Festa em honra ao Senhor Bom Jesus

A paróquia Senhor Bom Jesus, em Cândido de Abreu, celebrou mais uma edição da Festa do Padroeiro no último dia 06 de agosto com a participação de milhares de pessoas da cidade e da região. Os preparativos para o evento que é um marco no município começaram antes e envolveram toda a comunidade, conforme os organizadores. No dia 22 de julho, a Renovação Carismática Católica (RCC) da paróquia, promoveu um jantar dançante no salão paroquial da matriz. O evento foi animado pela dupla sertaneja Silvio e Dhione. Na ocasião, os jovens apresentaram dança da quadrilha e outras atividades artísticas relativas ao mês de julho. Além do jantar, os presentes também contaram com praça de alimentação e brincadeiras. No dia 28 de julho, a paróquia deu início à novena, que este ano, trabalhou o tema, “Os milagres de Nossa Senhora Aparecida”. Durante os nove dias de encontro na matriz, cada capela que pertence à paróquia, apresentou um milagre atribuído à padroeira do Brasil. As comemorações prosseguiram e, no dia 30 de julho, a coordenação de esportes da paróquia promoveu mais uma edição do torneio de futebol “Taça Bom Jesus”. Ao todo, vinte e quatro times participaram da competição que foi dividida nas categorias masculina e feminina. Além do torneio, os presentes também puderam participar de recreação e brincadeiras. O evento esportivo teve

início às 08 horas da manhã, com uma bênção proferida pelo pároco local, padre Zdzislaw Nabialczy. Ao meio dia, um almoço foi servido. Na parte da tarde, as festividades prosseguiram com barraca de lanches e salgados e o final do torneio. No dia 06 de agosto, dia da Festa do Padroeiro, as atividades começaram às 09 horas da manhã, com uma carreata. Às 10 horas, uma missa foi celebrada na matriz com a participação de centenas de pessoas, conforme os organizadores. Ao meio dia, foi servido um almoço à base de churrasco. À tarde, houve leilão de gado, suínos e ovinos. Depois do leilão, houve o sorteio de prêmios organizado pelo Conselho Paroquial para Assuntos Econômicos (Copae), em parceria com a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE). As comemorações em honra ao Senhor Bom Jesus, em Cândido de Abreu, foram encerradas com uma tarde dançante no salão paroquial.

Comunidades rezam pelas vocações

Diocese de Guarapuava

ALTAMIRA DO PARANÁ: notícias paroquiais No mês de agosto, os destaques na paróquia Nossa Senhora Aparecida são para a Pastoral dos Coroinhas, a festa em honra a São Roque e para a visita da Imagem peregrina da padroeira do Paraná.

FESTA

A localidade de Água da Morena, em Altamira do Paraná, festejou o padroeiro, São Roque, no último dia 18 de agosto. Antes da festa, a imagem do santo passou pelas casas dos moradores da comunidade. O pároco de Altamira do Paraná, padre Paulo Fernando Francini, acompanhou a peregrinação e proferiu bênção às famílias visitadas. Durante a passagem da imagem, os vizinhos rezavam nas casas em honra ao padroeiro. No dia 18, os moradores se encontraram na capela e uma missa foi rezada no início da noite. Após a celebração, os presentes participaram de um jantar de confraternização no salão da comunidade.

PADROEIRA DO PARANÁ

A paróquia Senhor Bom Jesus, em Cândido de Abreu, através do Conselho Missionário Paroquial (COMIPA), propôs à comunidade a reza do terço durante o mês de agosto, na matriz e nas capelas, como forma de incentivar e reforçar as vocações. Cada localidade decidiu sobre o horário e o dia da semana em que vão rezariam o terço e, a cada encontro, os presentes montaram um rosário no chão da igreja, como gesto concreto do oferecimento das orações. “A proposta de rezar o terço pelas vocações em nossa paróquia tem se mostrado uma verdadeira bênção. As comunidades aderiram à ideia e, de maneira dinâmica, as pessoas usaram os recursos existentes no local para decorar o rosário e deixá-lo bonito. Esta foi uma forma encontrada de fortalecer a fé dos que rezam e perceber quão belo é desfrutar dos meios que Nossa Senhora nos dá a cada dia em favor da fé”,

destacou a secretária paroquial e agente da Pastoral da Comunicação (Pascom), Luana Lendzion. TEMAS: A cada semana, as pessoas rezaram por um tema vocacional, conforme os organizadores. Ficou decidido que na primeira semana, o terço seria oferecido às vocações sacerdotais. Na segunda semana, as orações foram em favor das famílias. Na terceira semana, o terço nas comunidades foi em prol das freiras. Já na quarta semana, o oferecimento das orações foi pelos catequistas. “Sabemos que precisamos rezar pelas vocações, pois a messe é grande, mas os operários são poucos. Que São José interceda por cada vocacionado que executa serviços de fé em cada paróquia e que ouça o apelo do povo brasileiro para o surgimento de novas mãos vocacionadas”, finalizou Luana.

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No dia 06 de agosto, a paróquia Nossa Senhora Aparecida, em Altamira do Paraná, recebeu a imagem peregrina de Nossa Senhora do Rocio, padroeira do Estado, que visita a diocese desde o dia 01 de maio deste ano. A imagem foi entregue por moradores de Laranjal, que frequentam a paróquia São Pedro Apóstolo, naquela comunidade. Conforme informações da Pastoral da Comunicação (Pascom), muitas pessoas foram até a entrada da cidade para receber a imagem peregrina que foi levada até a matriz em uma carreata, com grande festa. “Foi um momento muito marcante para todos os moradores. A imagem foi entregue pelo pároco de Laranjal, padre Cícero Pereira de Sousa ao padre Paulo Fernando Francini, pároco de Altamira do Paraná. Em seguida, uma carreata acompanhou a padroeira em procissão até a matriz”, descreve a Pascom. No dia 08 de agosto, um grupo de pessoas levou a imagem até a paróquia Santo Antônio de Pádua, em Mato Rico. Durante o período em que esteve em Altamira do Paraná, foram rezados Terços Marianos a cada hora, em homenagem à virgem.

HOMENAGEM

No dia 26 de julho, por ocasião do dia dos avós, a Pastoral da Pessoa Idosa da paróquia Nossa Senhora Aparecida,

em Altamira do Paraná, promoveu uma missa em homenagem aos idosos da comunidade. Na ocasião, os coordenadores da Pastoral falaram dos trabalhos desenvolvidos até o momento, com destaque para projetos futuros. Houve apresentação teatral e bênção especial aos avós ao final da missa.

ESPORTE

O município de Altamira do Paraná, através Secretaria de Esportes, promoveu um campeonato de futebol de salão de 12 a 26 de agosto. Diversas empresas e instituições da cidade inscreveram seus times. Dentre as equipes, a paróquia Nossa Senhora Aparecida também montou um time para jogar o campeonato “O intuito desta participação foi promover a inserção social e marcar presença nos eventos públicos, incentivando o esporte que nos dá mais qualidade de vida”, contou padre Paulo Fernando Francini, pároco local.

SEMANA NACIONAL DA FAMÍLIA

A Pastoral Familiar da paróquia Nossa Senhora Aparecida, em Altamira do Paraná, celebrou a Semana Nacional da Família com diversas atividades. Os trabalhos começaram no domingo, dia 13 de agosto, Dia dos Pais, com a abertura dos serviços e homenagem durante a celebração da manhã. De segunda a quarta-feira, a coordenação paroquial organizou o tríduo em honra a Nossa Senhora Desatadora de Nós. Nas celebrações dos três dias, os temas abordados foram referentes à família. Na quinta-feira, os trabalhos foram com os integrantes dos Círculos Bíblicos. Na sexta-feira, na parte da tarde, Lourival Martins, da paróquia Cristo Redentor, da cidade de Goioerê, proferiu palestra sobre relacionamento familiar. Pais e alunos das escolas do município de Altamira do Paraná participaram dos trabalhos. No sábado, às 10 horas da manhã, na matriz, oito casais oficializaram a união em um casamento coletivo promovido pela paróquia. As atividades foram encerradas no domingo, dia 20 de agosto, com uma missa na matriz às 09 horas da manhã.


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Diocese de Guarapuava

Decanato Centro

Setembro - 2017 Paróquias: Catedral Nossa Senhora de Belém • Santa Terezinha • Santa Cruz • Sant’Ana • Santuário Nossa Senhora Aparecida São João Bosco • Nossa Senhora de Fátima • Divino Espírito Santo • Santos Anjos • São Pedro e São Paulo • Bom Jesus Quase-Paróquia Nossa Senhora Perpétuo Socorro • São Luiz Gonzaga • Assunção de Nossa Senhora (Rito Ucraniano)

Paróquia Santa Terezinha homenageia Paróquia Assunção de Nossa Senhora realiza padre Garibaldi pelos 60 anos de sacerdócio mais uma edição da Festa da Padroeira Dentre os trabalhos do sacerdote na diocese de Guarapuava, está a idealização, construção e administração do Centro Indígena São João Diego. O padre José Garibaldi Uberti, da Congregação do Verbo Ddivino (SVD), completou sessenta anos de ordenação sacerdotal no último dia 04 de agosto. Dois dias depois, no domingo, 06 de agosto, a paróquia Santa Terezinha, em Guarapuava, prestou uma homenagem ao presbítero. Mais de quinhentas pessoas participaram da missa em homenagem ao sacerdote. Durante a celebração, houve depoimentos emocionados sobre o trabalho do padre em favor da diocese de Guarapuava, conforme a Pastoral da Comunicação (Pascom) daquela comunidade. Depois da missa, os presentes se reuniram no salão paroquial para um almoço festivo. Na ocasião, mais homenagens foram prestadas ao padre que, conforme seu histórico de trabalho, muito contribuiu para com a diocese, principalmente em se tratando das pessoas mais pobres. Dentre suas obras, merece destaque o Centro de Formação Indígena São João Diego, idealizado pelo presbítero que buscou recursos em vários países da Europa para que sua construção fosse possível.

Desde junho de 2015, o Centro Indígena São João Diego passou a ser administrado pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Regional Sul 2. Padre Garibaldi, que antes morava naquelas dependências, agora mora com os outros sacerdotes, na casa da paróquia Santa Terezinha.

Paróquia Santa Terezinha em preparação para Festa da Padroeira

A Festa da Padroeira na paróquia Assunção de Nossa Senhora é uma tradição em Guarapuava, e todos os anos, reúne milhares de pessoas da cidade e da região. A paróquia Assunção de Nossa Senhora, em Guarapuava, Igreja Católica de Rito Ucraniano, celebrou mais uma edição da Festa da Padroeira no dia 13 de agosto. Milhares de pessoas de Guarapuava e da região participaram do evento que é tradicional na cidade. Mesmo com chuva, segundo a organização, a festa não foi prejudicada. Os preparativos para a comemoração, no entanto, tiveram início antes, na quinta-feira, dia 10, com a celebração do Tríduo que foi até o sábado, dia 12, sempre às 19 horas. No domingo, dia 13, a festa começou às 10 horas, com a celebração da Divina Liturgia Cantada, em Ação de Graças aos colaboradores, benfeitores e festeiros da paróquia. Houve a participação especial do coral da Igreja São Basílio Magno, da cidade Bracatinga, no Paraná.

Ao meio dia, foi servido o tradicional almoço à base de churrasco, frango assado, saladas e bebidas. Às 13 horas, tiveram início jogos e diversões variadas, com barracas de doces e salgados. Às 16 horas, foi realizado o Show de Prêmios, com sorteios de R$ 1.000,00, R$ 2.000,00 e R$ 12.000,00, respectivamente.

Paróquia Santos Anjos promove encontro de formação para jovens

Este ano, o dia de Santa Terezinha cai num domingo, momento em que será realizada a festa. Uma novena de preparação também O evento que é uma promoção da Pastoral Familiar; será realizado faz parte da programação do evento. no dia 10 de setembro e tem por objetivo trabalhar questões de relacionamento, sociais e de sexualidade com os jovens da comunidade. No dia 01 de outubro, a paróquia Santa Terezinha, em Guarapuava, realiza mais uma edição da Festa da Padroeira, com o tema: “A vida com Jesus é mais feliz”. Este ano, o dia de Santa Terezinha será num domingo, o que veio a coincidir com a festa, uma vez que em outros anos, a data foi adaptada para um fim de semana, com o intuito de facilitar a presença do público. “Este ano, fomos abençoados e o dia de nossa padroeira cai num domingo. Queremos fazer uma grande festa e contamos com a presença de todos de nossa cidade, das comunidades vizinhas, enfim, de todos mesmo. Estamos com uma grande programação tanto religiosa quanto festiva. Todos os anos, a presença das pessoas nos surpreende e queremos que este ano não seja diferente e muita gente venha celebrar conosco este momento importante de partilha, de reflexão, de oração e harmonia”, convidou o pároco, padre Nivaldo da Silva, da Congregação Sociedade do Verbo Divino (SVD). De 23 a 30 de setembro, a paróquia realiza a novena de preparação, com início sempre às 19 horas, na matriz. Pede-se para que os participantes levem uma rosa que será abençoada durante a celebração. Nos dias 23 e 30, haverá bênção dos veículos na Avenida Moacir Júlio Silvestre, em frente à matriz, das 13h30 às 18h30. Todas as noites que antecedem a festa, depois da novena, haverá barracas com doces, salgados e brincadeiras.

No domingo, dia 01, a festa em homenagem à padroeira começa às 10 horas com a missa que também compreende o nono dia da novena. Ao meio dia, será servido almoço à base de churrasco. À tarde, os participantes poderão apreciar a praça de alimentação e as brincadeiras da festa. Às 18 horas, a organização fará o sorteio de prêmios. Em cumprimento às determinações do Regional Sul 2 da CNBB e também da diocese de Guarapuava, não serão vendidas bebidas alcoólicas nas comemorações da paróquia Santa Terezinha. “Em nossas festas não há venda de bebidas alcoólicas. É um evento para toda a família. Seguimos as determinações do Regional (Sul 2) e também da nossa diocese. Todos podem vir despreocupados e celebrar com alegria este momento lindo de nossa comunidade”, reforça padre Nivaldo. Mais informações sobre a festa podem ser obtidas pelo telefone: 42 3623 5192.

A paróquia Santos Anjos, em Guarapuava, através da Pastoral Familiar, promove, no dia 10 de setembro, um encontro com os jovens da comunidade para falar de sexualidade, afetividade e relacionamentos familiares. O evento que leva o título de “Colisão” será embasado na citação: “Amarás teu próximo como a ti mesmo”, do Evangelho de Mateus, 22,39 e também lembrado em Romanos 13, 8-10 e tem por objetivo orientar os jovens sobre a importância da vida em família e reforçar a busca pelo amadurecimento de seus afetos, com base nos ensinamentos cristãos. Na ocasião, os participantes poderão levantar discussões acerca do assunto, tirar dúvidas sobre relacionamentos e entender um pouco mais sobre a vivência familiar, segundo informações da Pastoral da Comunicação (Pascom). “O principal objetivo deste encontro denominado Colisão, é conversar com os jovens e explicar a cada um deles, a importância da vida em família. Vamos falar muito sobre sexualidade e amadurecimento da vida afetiva. Será um momento muito importante para todos.

Teremos um dia de formação e também de descontração”, considera Luana Cordeiro, agente da Pascom na paróquia. O encontro será realizado no salão paroquial e terá início às 13 horas. A animação dos trabalhos será da Banda Efésios VI. As inscrições poderão ser feitas na secretaria paroquial.

Mais informações sobre este evento e também sobre outras atividades da paróquia podem ser obtidas no blog:

www.blogsantosanjos.com.br ou pelo telefone: 42 3624 3365


DECANATO CENTRO

Setembro - 2017

Livraria Nossa Senhora de Belém celebra Dia da Padroeira com Brincadeiras

Diocese de Guarapuava

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GUARAPUAVA: XI Caminhada Bíblica será realizada no dia 10 de setembro

Este ano, a caminhada fará reflexões sobre a O evento será em 11 de outubro, um dia antes do Dia de Nossa Senhora Aparecida e das Crianças, respectivamente, celebrado em Campanha da Fraternidade: “Biomas Brasileiros e defesa da vida”. 12 de outubro, feriado nacional. No último dia 05 de agosto, a loja Nossa Senhora de Belém, Livros e Artigos Religiosos promoveu o evento “Um dia para as crianças”. Músicas, brincadeiras com palhaço e distribuição de pipoca, algodão doce, balas e pirulitos fizeram a alegria da criançada. Na ocasião, toda a linha infantil foi vendida com 15% de desconto. O evento foi um sucesso, segundo o gerente da empresa, Maurício Fernando Maciel e vai se repetir no próximo dia 11 de outubro, em celebração aos Dias de Nossa Senhora Aparecida e das Crianças, respectivamente. “Agradeço a todos os que participaram do encontro especial para as crianças realizado no dia 05 de agosto e aproveito a oportunidade para convidar a todos para comemorar conosco o Dia de nossa padroeira e também das crianças, em 11 de outubro, um dia antes do feriado nacional”, convidou Maurício. Algodão doce, pipoca e pirulito serão distribuídos para os presentes. Também haverá diversas brincadeiras com a presença de palhaço e música, conforme ressaltou Maurício. “Será um espaço para muita alegria e diversão. Convido a todos os pais para que venham e tragam seus

filhos para comemorar conosco. Será um dia de muita alegria, descontração e agradecimento”, destacou o gerente. A festa terá início às 09 horas da manhã e se estenderá até as 18 horas.

SERVIÇO

A “Nossa Senhora de Belém Livros e Artigos Religiosos” está situada no Edifício Nossa Senhora de Belém, Rua XV de Novembro, 7466, centro de Guarapuava. A loja abre de segunda a sábado, nos seguintes horários: de segunda a sexta-feira, das 09h às 18h. No sábado, o atendimento começa às 09h e se encerra às 17h. Todos são convidados a conhecer. Mais informações podem ser obtidas pelo telefone: (42) 3304 8220.

Paróquia Divino Espírito Santo prepara caravana para participar de ordenação sacerdotal Depois de ordenado, o novo sacerdote deve retornar à paróquia e ajudar naquela comunidade, conforme informações dos Estigmatinos.

Em celebração ao Mês da Bíblia e também ao Ano Mariano, por ocasião dos trezentos anos de encontro da imagem de Nossa Senhora no Rio Paraíba do Sul, em São Paulo, o decanato centro da diocese de Guarapuava realiza a XI edição da Caminhada Bíblica na cidade. O evento que já se tornou uma tradição na diocese será realizado no dia 10 de setembro, com saída às 15 horas em frente à Catedral Nossa Senhora de Belém, Rua Visconde de Guarapuava, 236, centro da cidade. Em oração, as pessoas percorrem o trajeto de quase quatro quilômetros, passando pelo centro da cidade, até a Avenida Aragão de Mattos Leão, às margens do Rio Cascavelzinho, local onde se situa o Bosque Bíblico Santo Arnaldo Janssen, uma referência em se tratando de santuário e de ecologia, na cidade. Durante o percurso, haverá momentos de oração, louvor e agradecimento. Jair Golinhaki (Betinho), idealizador e coordenador do evento, destaca que a caminhada é formada por participantes de todas as paróquias do decanato centro e tem por objetivo proporcionar momentos de fé e devoção num reconhecimento do poder da Palavra de Deus para com a comunidade. “É um momento de fé, de encontro, de lazer, mas principalmente, de missão. Muitas famílias participam e se unem para reconhecer a importância que tem a Palavra de Deus em todos os momentos de nossa vida”, sublinha Jair. Este ano, a caminhada fará reflexões sobre a Campanha da Fraternidade: “Biomas Brasileiros e defesa da vida”. Segundo a organização, cada paróquia

participante receberá uma tábua, onde escreverá uma passagem bíblica. Ao final do encontro, as tábuas serão postas sobre uma árvore central do Bosque Bíblico Santo Arnaldo Janssen, ponto de chegada para os missionários. “Participe você também deste momento especial de missão e evangelização. Sempre é tempo de louvar e agradecer a Deus por tantas coisas, principalmente pela vida e pelo planeta que temos”, observa Jair. Informações podem ser obtidas pelos telefones: (42) 3035-7933 e (42) 99123-9887 com Betinho e Beatriz.

Movimento Eucarístico Jovem realiza gincana em Guarapuava Durante todo o dia, os presentes participaram de provas, desafios e troca de experiências, segundo os organizadores.

No dia 02 de setembro, o diácono Horácio Miguel Sampaio, da Congregação dos Sagrados Estigmas de Nosso Senhor Jesus Cristo (Estigmatino), será ordenado padre. A cerimônia que dará a ordem ao novo presbítero será na cidade de Itararé, São Paulo, na paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição, às 17 horas. Dom Arnaldo Cavalheiro Neto, bispo da diocese de Itapeva à qual aquela paróquia pertence, presidirá a celebração A primeira missa do novo padre será na comunidade Nossa Senhora Aparecida, Bairro Centenário, também em Itararé, cidade natal do diácono Horácio. Desde o início deste ano, o religioso está em Guarapuava, na paróquia Divino Espírito Santo, que é de responsabilidade

de sua congregação. Depois de ordenado, ele deve retornar à paróquia e ajudar naquela comunidade, conforme informações dos Estigmatinos. Para prestigiar o evento, mais de oitenta pessoas da diocese de Guarapuava irão até Itararé em caravana. Segundo informações da secretaria paroquial, dois ônibus lotados partirão na madrugada do dia 02 de setembro para prestigiar o evento. “Queremos expressar todo nosso amor e gratidão pelo novo padre que será ordenado. A viagem também servirá de votos para que o novo sacerdote se mantenha firme em sua vocação em favor de todos nós, que precisamos tanto de seus serviços, de suas orações”, destaca a paroquiana Telma Regina Mattozo Follador.

O Movimento Eucarístico Jovem (MEJ) de Guarapuava realizou a primeira edição da Gincana Diocesana no último dia 23 de julho. O encontrou que reuniu mais de sessenta crianças e adolescentes de seis paróquias onde o Movimento existe, foi realizado na Chácara São Carlos Borromeu, que pertence à paróquia Nossa Senhora de Fátima, no bairro Primavera. Durante todo o dia, os presentes participaram de provas, desafios e troca de experiências, segundo os organizadores.

“A gincana faz parte das atividades programadas do MEJ na diocese e insere-se no contexto de recriação do mesmo. Ao final, pode-se perceber a alegria no rosto das crianças, adolescentes e jovens, que voltam animados e renovados para continuar a missão nas paróquias”, destaca a coordenação do MEJ em nota. Com informações e fotos MEJ Guarapuava


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Diocese de Guarapuava

Setembro - 2017

Comissão Episcopal da CNBB ressalta o Repam-Brasil realiza encontro sobre diálogo como caminho para a missão da Igreja Ecoteologia no CCM em Brasília No documento, a Comissão afirma que o momento que vivemos é de forte densidade ecumênica.

A Comissão Episcopal Pastoral para o Ecumenismo e o Diálogo inter-religioso da CNBB tem por missão promover a unidade dos cristãos e o diálogo inter-religioso no âmbito da Igreja Católica no Brasil, conforme as orientações do magistério e em atenção ao cenário religioso do país. Este objetivo geral se traduz em muitas atribuições que lhe são específicas. Cabe à Comissão inserir nesta mesma missão a dimensão ecumênica e inter-religiosa favorecendo a recepção dos documentos do magistério a este respeito, apoiando dioceses e Regionais da CNBB na criação, na organização e no acompanhamento de Comissões em âmbito regional e local a fim de que esta mesma dimensão seja vivida a partir da base, favorecendo reflexões e encontros entre igrejas e lideranças de outros caminhos religiosos. A Comissão propõe, incentiva e, em muitos casos, assessora encontros de formação sobre ecumenismo e diálogo inter-religioso para agentes de pastoral, Bispos Referenciais dos Regionais da CNBB e professores da área nos Institutos, Seminários e Faculdades de Teologia do Brasil. A Comissão tem como meta acompanhar o planejamento e apoiar a execução dos projetos dos organismos ecumênicos dos quais a CNBB é membro como o CONIC (Conselho Nacional de Igrejas Cristãs) e a CESE (Coordenadoria Ecumênica de Serviços) e, na medida do possível, estabelecer parcerias com outros organismos ecumênicos nacionais e internacionais que possam colaborar com a Comissão na execução de seus projetos de caráter ecumênico.

sempre promovem encontros fraternos verdadeiros e primamos em definir e firmar identidades. Enquanto o mundo vive em rede, nem sempre entrelaçamos as experiências de nossas vidas e de nossas instituições. A Comissão vem buscando desenvolver diálogos com a Igreja Evangélica de Confissão Luterana do Brasil, a Igreja Anglicana e as Igrejas do Oriente. “A experiência dos diálogos bilaterais para o recíproco conhecimento é sempre muito rica. É na reflexão teológica que se detectam pontos de convergência e também as dificuldades a serem enfrentadas para a superação das divergências doutrinais”, diz a apresentação do documento para o reconhecimento do Batismo das Igrejas membros do CONIC como um dos frutos desses diálogos. Um marco que consolida a caminhada ecumênica no Brasil é a Campanha da Fraternidade Ecumênica (CFE) em que as Igrejas membros do CONIC desenvolvem um projeto comum de evangelização e ação social como testemunho público da fé cristã. Neste projeto elas colaboram desde a escolha do tema, até a elaboração do cartaz e dos subsídios a serem utilizados pelas Igrejas. Outra ação também importante é a Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos. No documento, a Comissão afirma que o momento que vivemos é de forte densidade ecumênica. E isto se deve, principalmente, a sensibilidade e os gestos ecumênicos do Papa Francisco. Por meio de vários gestos, o Pontífice demonstra que é fundamental que os cristãos das diversas comunidades eclesiais percorram juntos este caminho do diálogo inter-religioso. A Comissão é presidida por Dom Francisco Biasin, bispo de Barra do Piraí, Volta Redonda (RJ). Os bispos Dom João Manoel Francisco e Dom Zanoni Demettino Castro também integram a comissão cujo assessor é o padre Marcus Barbosa Guimarães. CNBB

O diálogo é uma atitude muito falada e nem sempre vivenciada.

DIÁLOGO: CAMINHO PARA O ECUMENISMO

Segundo uma apresentação produzida pela Comissão, apresentada na 55ª Assembleia Geral dos Bispos do Brasil, o que caracteriza o ecumenismo é o “diálogo”, uma atitude muito falada e nem sempre vivenciada no nosso dia a dia. Assistimos muitas vezes a monólogos intercalados entre instituições, fazemos discursos paralelos que nem

Participaram do Encontro sobre Ecoteologia, aproximadamente 30 pessoas, entre representantes dos Regionais da CNBB onde a Repam realizou os Seminários.

A Rede Eclesial Pan-Amazônica (Repam-Brasil) realizou, com o apoio da Comissão Episcopal para a Amazônia da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e do Grupo de Trabalho Igreja e Mineração da CNBB, entre 16 e 19 de agosto de 2017, no Centro Cultural Missionário (CCM), em Brasília (DF), o Encontro sobre Ecoteologia e, em seguida (18 e 19), a reunião preparatória para o Seminário Geral Laudato Sí, que vai ser realizado entre 17 a 19 de novembro de 2017. No decorrer de 2016/2017 estão sendo realizados na Amazônia Legal, nos Regionais da CNBB, 16 Seminários sobre a Encíclica, do Papa Francisco, Laudato Sì. Participaram do Encontro sobre Ecoteologia, aproximadamente 30 pessoas, entre representantes dos Regionais da CNBB onde a Repam realizou os Seminários, equipe de assessores da Repam-Brasil e pessoas convidadas. “No encontro sobre Ecoteologia, houve três mesas de debates, seguidas de trabalhos em grupo para aprofundamento e discussão em plenário. Também foi apresentada a proposta de um roteiro espiritual, integrando todo o encontro”, contou Moema Miranda, teóloga, antropóloga e assessora da Repam-Brasil. Segundo Moema, que fez parte da equipe organizadora do encontro sobre Ecoteologia, o mesmo objetivou a harmonia entre a “escuta e diálogo das dinâmicas pastorais que, em suas práticas cotidianas, nas lutas concretas, desenvolvem uma perspectiva ecoteológica e os que refletem e elaboram sobre teologia, e assim propor um percurso místico espiritual que transforme o encontro em uma experiência de prática, reflexão e oração”, sugere.

PROGRAMAÇÃO

A programação do encontro se iniciou dia 16 de agosto às 8 horas, com a apresentação dos participantes, a proposta do encontro e um momento de espiritualidade. A primeira mesa de debate foi: “Alcances e limites da Laudato Sì à luz da ecoteologia no Brasil” com a participação de Afonso Murad, Teólogo, professor da Faculdade Jesuíta de Filosofia e Teologia (FAJE) e do Instituto Santo Tomás de Aquino (ISTA); Márcia Maria de Oliveira, Teóloga e Antropóloga, professora da

Universidade Federal de Rondônia (UNIR); Luiz Carlos Susin, Teólogo e professor da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS) e Tea Frigerio, do Centro de Estudos Bíblicos (Cebi). A segunda mesa foi sobre: “Experiências pastorais de ecoteologia à luz da Laudato Si”, composta por Gilberto Vieira dos Santos (Giba), Secretário-adjunto do Conselho Indigenista Missionário (Cimi); Rubem Siqueira, Coordenador Nacional da Comissão Pastoral da Terra (CPT) e Luiz Cláudio Lopes da Silva (Mandela), Diretor-executivo da Cáritas Nacional. A mesa foi concluída com debate em grupos e plenária. As discussões do dia 17 de agosto se iniciaram às 8h30 com a mesa: “Ecoteologia na Amazônia – as experiências dos Povos Ameríndios com a Terra Sem Males, Sumak kawsay e o Bem Viver”, com Ricardo Gonçalves Castro, professor da Faculdade Salesiana Dom Bosco (FSDB) e do Instituto de Teologia Pastoral e Ensino Superior da Amazônia (ITEPES-Amazônia); Iraildes Caldas Torres, professora da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) e Raimundo Vanthuy Neto, professor do ITEPES-Roraima. A mesa seguinte foi sobre “Mineração e Ecoteologia” com Sandro Gallazzi, do Centro Ecumênico de Serviços à Evangelização e Educação Popular (Ceseep) e Centro de Estudos Bíblicos (Cebi); Marcelo Barros, Assessor das Comunidades Eclesiais de Base (CEBs) e Coordenador da Associação Ecumênica de Teólogos/as do Terceiro Mundo (ASETT) e Dário Bossi, da Igreja e Mineração e assessor da Repam-Brasil. Por fim, foram realizados os encaminhamentos para a proposta final do encontro. “A proposta é que este encontro seja um momento inicial, que se desdobre na continuidade do trabalho da Repam-Brasil e entidades parceiras, fortalecendo nossa caminhada, estimulando nosso compromisso com a Terra, com todas as suas filhas e seus filhos, humanos e não humanos, aumentando nossa fé encarnada no Deus da Vida, morto e Ressuscitado”, finaliza Moema Miranda. Osnilda Lima Foto: Diocese de Roraima


Círculos Bíblicos

Setembro - 2017

Diocese de Guarapuava

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1º CÍRCULO BÍBLICO DO EVANGELHO DE MATEUS Mulher e Homem. Imagem de Deus. (Mt 19,1-12) Preparando o ambiente: Colocar no centro símbolos do casamento (aliança e foto de casamento). 1. Oração Inicial – Invocação ao Espírito Santo Animador: É bom estarmos aqui, reunidos numa só família. Que a graça, a paz e a misericórdia de Deus estejam em nosso meio. Todos: Bendito seja Deus que nos reúne no amor de Cristo.

2. OLHANDO A PRÁTICA DA NOSSA COMUNIDADE Animador: O encontro de hoje nos apresenta a explicação que Jesus faz para os Fariseus sobre o divórcio e a desigualdade entre homem e mulher. a) Em sua opinião hoje existe preconceito em relação a homens e mulheres?

Obs: Se houver alguém que esteja participando do grupo pela primeira vez, seja acolhido com muita alegria e carinho;

3. OLHANDO A PRÁTICA DE JESUS Animador: Em seu agir Jesus defende contrapõe a mentalidade do divórcio, pela qual naquela época o homem

Aprofundamento do encontro Jesus retira o privilégio do homem sobre a mulher e retoma o plano de Deus que é de criar ambos em igualdade. A legislação

podia se separar da mulher como bem

antiga de Israel via o matrimônio como

entendesse.

um direito apenas do homem. Por motivo

• Canto de aclamação

insatisfação qualquer o homem poderia

• Leitura do texto: Mateus 19,1-12 (Ler

entrar com um pedido de divórcio. Era

com calma duas vezes o texto).

comum a mulher ser despedida de casa,

• Momento de silêncio para retomar o

injustamente.

texto lido Canto (à escolha) Animador: Irmãos e irmãs, comecemos o nosso encontro invocando a Santíssima Trindade: Todos: Em nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo, Amém. Animador: Com fé, peçamos que o Espírito Santo venha ao nosso encontro com a sua luz e a sua sabedoria: Todos: Vinde Espírito Santo, enchei os corações de vossos fiéis, e acendei neles o fogo do vosso amor. Animador: Enviai o vosso Espírito, Senhor e tudo será criado, e renovareis a face da terra. Animaodor: Oremos: Ó Deus, que instruístes os corações de vossos fiéis com a luz do Espírito Santo, fazei que apreciemos retamente todas as coisas, Segundo o mesmo espírito, e gozemos sempre de sua consolação. Por Cristo, nosso Senhor, amém.

Próximo encontro/data: Local:

a dignidade da mulher, quando se Animador: Somos irmãos e irmãs uns dos outros; saudemo-nos, então, no amor e na paz de Cristo (todos se cumprimentam).

6. EM CASA E PARA O PRÓXIMO ENCONTRO • Ler: Mateus 21,1-11 • Trazer para o próximo encontro um jumentinho de gesso. • Responsáveis pelo encontro/ leitores:

Para os fariseus, o ponto de partida é a lei (Dt 24,1-4). Todavia, Jesus retorna ao

4. PARTILHANDO A PALAVRA

princípio das coisas. Fazendo referencia

Animador: a) Quais são as perguntas dos Fariseus?

aos primeiros capítulos de Genesis

b) Por que Jesus se posiciona contra o

ordena que os dois serão uma só carne

divórcio?

e que ninguém separe o que Deus uniu.

c) Qual é a mensagem do texto que fica

Os discípulos se assustam diante de uma

para nós e para nossa comunidade?

exigência de um vínculo indissolúvel. Assim Jesus afirma a dignidade da

5. ORAÇÃO DA COMUNIDADE

mulher que muitas vezes era despedida

Momento das Preces: Coloquemos

de casa, indevidamente, vindo a padecer

em forma de prece tudo aquilo que refletimos no evangelho. Resposta: Senhor, ajudai-nos a descobrir a grandeza do amor Conclusão das Preces: Oração do Pai Nosso

necessidades, além de sofrer com o desprezo da comunidade. Jesus vai além na sua reflexão para afirmar o celibato (estado de quem permanece solteiro)

‘‘O

por amor ao Reino de Deus, como um

amor e a verdade se encontram”!

dom. No Antigo Testamento registra-se o

Espontaneamente o animador conclui o

caso de Jeremias (Jr 16). Sobre o caráter

encontro

voluntário 1 Cor 7,7.

Oração

do

Salmo

85

(84):

Pe. Gilson José Dembinski


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Círculos Bíblicos

Setembro - 2017

2º CÍRCULO BÍBLICO DO EVANGELHO DE MATEUS A entrada em Jerusalém: o Messias pobre e desarmado (Mt 21,1-11) Preparando o ambiente: Colocar no centro símbolos do casamento (aliança e foto de casamento). 1. ORAÇÃO INICIAL – INVOCAÇÃO AO ESPÍRITO SANTO Animador: É bom estarmos aqui, reunidos numa só família. Que a graça, a paz e a misericórdia de Deus estejam em nosso meio. Todos: Bendito seja Deus que nos reúne no amor de Cristo. Ainamador: Somos irmãos e irmãs uns dos outros; saudemo-nos, então, no amor e na paz de Cristo (todos se cumprimentam). Obs: Se houver alguém que esteja participando do grupo pela primeira vez, seja acolhido com muita alegria e carinho; Canto inicial Animador: Irmãos e irmãs, comecemos o nosso encontro invocando a Santíssima Trindade: Todos: Em nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo, Amém. Animador: Com fé, peçamos que o Espírito Santo venha ao nosso encontro com a sua luz e a sua sabedoria: Todos: Vinde Espírito Santo, enchei os corações de vossos fiéis, e acendei neles o fogo do vosso amor. Animador: Enviai o vosso Espírito, Senhor e tudo será criado, e renovareis a face da terra. Animador: Oremos: Ó Deus, que instruístes os corações de vossos fiéis com a luz do Espírito Santo, fazei que apreciemos retamente todas as coisas, Segundo o mesmo espírito, e gozemos sempre de sua consolação. Por Cristo, nosso Senhor, amém. 2. OLHANDO A PRÁTICA DA NOSSA COMUNIDADE Animador: No Círculo de hoje o Evangelho de Mateus nos descreve a entrada de Jesus em Jerusalém, aclamado pelo povo como o Messias. Os meios de comunicação da época fizeram com que o povo esperasse

um messias glorioso. ‘‘Eles queriam um grande rei que fosse forte, dominador.” Mas Jesus não corresponde a esta expectativa. Ele é filho de trabalhador. É um messias diferente do que se esperava. Sem agredir o povo, ele procura ajudálo enxergar melhor. Entra montado num jumentinho, cria de um animal de carga. Vamos conversar sobre isso. a) Qual é o Jesus que os meios de comunicação hoje divulgam através dos filmes, programas, Shows, adesivos, etc? b) Qual a nossa opinião a respeito de tudo isso? 3. OLHANDO A PRÁTICA DE JESUS Animador: 1º Introdução à Leitura do Texto Vamos ouvir como o Evangelho de Mateus nos descreve a entrada de Jesus em Jerusalém. Durante a leitura vamos prestar atenção nas atitudes dos discípulos, da multidão, de Jesus e do povo da cidade de Jerusalém. • Canto de aclamação • Leitura do texto: Mateus 21,1-11 (Ler com calma duas vezes o texto). • Momento de silêncio para retomar o texto lido 4. PARTILHANDO A PALAVRA Animador: a) Vamos lembrar juntos o texto lido. Qual o ponto que mais chamou sua atenção? b) Qual a reação dos discípulos, da multidão e do povo da cidade frente à entrada de Jesus em Jerusalém? c) Qual o significado do jumentinho neste texto? d) Jesus recebe estes títulos: Rei (Mt 21,5), profeta (Mt 21,11) e Bendito em nome do Senhor (Mt 21,9). Qual o significado de cada um desses títulos? e) Eles queriam um grande Rei. Qual o Jesus que nós queremos e amamos? Qual a prática que deve brotar desse Amor? 5. ORAÇÃO DA COMUNIDADE Momento das Preces: O que este texto nos faz dizer a Deus? Colocar em forma de prece, de maneira espontânea, tudo aquilo que refletimos sobre o Evangelho e sobre a nossa vida.

Resposta: “Jesus, rei manso e humilde de coração, atendei a nossa prece!’’ Conclusão das Preces: Oração do Pai Nosso Oração do Salmo 65 (64): ‘‘A ti, ó Deus, convém o louvor e a homenagem do povo!’’ 6. EM CASA E PARA O PRÓXIMO ENCONTRO • Ler: Mt 23,1-12 • Trazer para o próximo encontro uma caixinha de presente bem arrumada, mas vazia. • Responsáveis pelo encontro/ leitores: Próximo encontro/data: Local: O animador conclui espontaneamente com a oração Aprofundamento do encontro A cena faz o papel de pórtico para o que se segue; realiza a mudança de cenário e oferece um fundo de contraste. O que pode ter sido uma simples caravana de galileus peregrinando de Jerusalém para páscoa se transforma em entrada reveladora, acompanhada pelo fervor popular. Deve se ler sobre o pano de fundo da aclamações na entrada de um rei: Salomão (1 Rs 1,38-40), Jéu (2 Rs 9,13-30). O episódio é iluminado por três citações combinadas e adaptadas: chegada do Salvador (Is 62,11), entrada humilde do messias (Zc 9,9), Hosana de súplica e aclamação (Sl 118,25-26). Jesus é recebido como rei messiânico: ele o aceita, mas salientando o caráter pacífico, sem aparato militar ou cortesão (não alarma os romanos). Não monta um espetáculo: inclusive o jumentinho está à sua disposição, por desígnio superior. O evangelho destaca a humildade de Jesus; ele é o rei pacífico, diferente dos reis poderosos que se valiam da arma e do poder para dominar e destruir

Pe. Gilson José Dembinski


Reflexões Dominicais

Setembro - 2017

Diocese de Guarapuava

26º Domingo do Tempo Comum

27º Domingo do Tempo Comum

1º de outubro de 2017

8 de outubro de 2017

Ez 18, 25-28| Fl 2, 1-11 | Mt 21, 28-32

Is 5, 1-7 | Fl 4, 6-9 | Mt 21, 33-43

BUSCAR SEGUIR A CRISTO EM TUDO!

Na leitura da carta de São Paulo aos Filipenses temos presente a seguinte exortação do “tende entre vós os mesmos sentimentos que havia em Cristo Jesus”. Isto é, o apóstolo exorta a imitar Cristo, exorta a buscar o seguimento de Cristo em tudo não somente em partes, mas cultivar e interiorizar as virtudes para alcançar o desenvolvimento gradativo dos sentimentos de Cristo. O apóstolo descreve que os sentimentos de Cristo estão ligados a uma atitude, e esta atitude é o esvaziamento, “ele esvaziou-se a si mesmo, assumindo a condição de escravo”. Cristo assumiu a condição humana, fezse homem em tudo menos no pecado. Quando pecamos não estamos tendo os mesmos sentimentos de Cristo, quando pecamos nos distanciamos de Deus que é a suprema perfeição e totalidade do bem. São Paulo orienta como guiar-se na busca da plenitude da vida Cristã, na forma exata de seguimento de Cristo e de busca de Deus. Ele diz: “Nada façais por competição ou vanglória, mas, com humildade, cada um julgue que o outro é mais importante, e não cuide somente do que é seu, mas também do que é do outro”. Isto é, não há entre os cristãos motivo de competição, pois, todos buscam e devem buscar a salvação, a vida eterna prometida por Nosso Senhor Jesus Cristo e como a fé impele, tem em sua essência que todos formam um só corpo, ou seja, formam o mesmo e único povo de Deus e que por isso todos devem por impulso da fé que se professa levar Deus ao próximo e trazer o próximo a Deus. Não se deve buscar a vanglória mas sim a santificação e ela vem pela ascese, pela humildade, pelo exercício e cultivo das virtudes, e como disse o Apóstolo, por cuidar não só do que possui, mas também do que o outro possui. Nesta primeira semana de outubro celebramos a Semana Nacional pela Vida, seguindo o conselho de São Paulo temos presente que cuidar do que é seu e também do que é do outro e julgar o outro como mais importante significa então valorizar, proteger, e promover a vida e a vida e todas as suas situações e circunstancias, a vida desde a fecundação até seu fim natural.

Jesus nos convida a trabalhar na vinha, na vinha que protege, promove e dignifica a vida. No Evangelho Jesus relata a parábola em que um pai manda um de seus filhos trabalhar na vinha, ele responde que não, mas vai, o outro que também recebe esta ordem responde que sim, mas não vai. Ele nos convida a trabalhar na sua vinha, pode acontecer que por vezes nossa resposta seja não, mas nosso caminho de conversão e busca por Deus, de busca a santidade nos faz ter um novo olhar, nos faz ter uma nova decisão. Porém, por vezes, pode ocorrer também de que nossa resposta seja sim e acabemos por não ir, assim, estaremos sendo discípulos seguidores de Cristo de modo vazio e incompleto, incompleto pois nossas palavras não estarão em acordo com nossas ações. Para sermos autênticos, verdadeiros e fiéis discípulos e seguidores de Cristo devemos buscar o acordo entre nossos pensamentos, nossas palavras, com nossas ações. E ter presente que a mudança, que a conversão é sempre atual e presente como forma de proposta para conduzirmos a vida para o caminho do verdadeiro seguimento a Cristo. Pois, é como nos indica a leitura do livro do profeta Ezequiel, é por causa do mal que praticamos que perecemos, mas, se deixamos de praticar o mal e passamos a viver a justiça, o direito e nos arrependemos dos erros buscando a conversão. Então não pereceremos, mas, nos manteremos íntegros e vivendo conforme o próprio Cristo orienta. É nesta constante busca pela perfeição da vida cristã, pela busca a Deus, pela busca de progredir, de santificar-se, de abandonar os erros e conquistar as virtudes se tem de modo claro diante dos olhos o que diz o salmo “Recordai, Senhor meu Deus, vossa ternura e compaixão”! Neste sentido de busca constante na vida é que esta prece persente no salmo é dirigida a Deus por todo cristão, por todo filho de Deus que quer ter, possuir os mesmos sentimentos de Cristo, e assim testemunhar e anunciar o próprio Cristo. E é neste sentido que dizia São Francisco de Assis: “Tome cuidado com a sua vida, talvez ela seja o único Evangelho que as pessoas leiam”.

Seminaristas: Everton Pavilaqui, Felipe Geraldo Madureira, Herick Rogger Pinchesk, Jacir dos Santos, Marinaldo Cheliga, Rodrigo Campanharo e José Vitor Cozechen Seller

VINHA DE DEUS

A liturgia do 27º Domingo do Tempo Comum convida-nos a olhar para a imagem da “vinha de Deus” para falar desse Povo que aceita o desafio do amor de Deus e que se coloca ao seu serviço. Desse Povo, o Senhor exige frutos de amor, de paz, de justiça, de bondade e de misericórdia. A imagem da vinha é muito apreciada no contexto bíblico pois nos remete à necessidade de um cuidado todo especial desde o cultivo até a colheita da safra. Em circunstâncias severas de tempo, ter um terreno fértil e de boa produtividade é manter a esperança de um bom resultado pelos frutos esperados. Ainda no contexto bíblico, a vinha é o lugar onde a vida germina, floresce e dá bons frutos. Também é ameaçada pela cobiça, inveja e pelo mal que nos rodeia com a força que a morte traz! Todavia, na liturgia desse Domingo somos convidados a nos deixar questionar pela palavra de Deus acerca do tipo de fruto que nossas atitudes representam; seriam estes frutos doces e maduros que alegram o coração de quem tudo investe continuamente em nós, ou pelo contrário, nossas ações são ainda do tipo selvagem e rebeldes contra aquele que tanto nos ama. Nos relatos bíblicos apresentados tomamos consciência da gravidade de não produzir frutos: “o reino vos será tirado e será entregue a um povo que produzirá frutos”. Assim ninguém pode pensar em possuir certa “estabilidade”, pois o reino possui uma dinâmica toda própria capaz de superar quem fechar o coração e não corresponder no amor as suas exigências. Como, então, produzir frutos para o Reino de Deus? São Paulo quando escreve ao Filipenses nos mostra o caminho: Primeiramente o valor da vida de oração que nos leva a quietude diante das dificuldades, depois deveremos focar as nossas atenções e esforços no que é verdadeiro, respeitável, justo, amável, honroso, virtuoso e louvável, portanto um caminho de perfeição composto por sete itens, que muito bem poderíamos apresentar como um caminho de uma vida nova em Deus.

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O Evangelho de hoje também transmite a mensagem da vinha. Na presente parábola, existem inúmeros detalhes alegóricos, que enriquecem o relato e nos conduzem a estabelecer uma relação estreita com o povo de Israel, descrito por Isaías, na primeira leitura como a vinha de Deus. Ao descrever o envio de numerosos mensageiros à sua vinha, Jesus assinala a solicitude e o carinhoso cuidado do Pai com o seu povo. Porém, os vinhateiros, arrendatários da vinha, armam-se de agressiva violência e tributam aos mensageiros o mesmo tratamento dado aos profetas: rejeitam, maltratam e chegam mesmo a matar alguns deles. A crueldade chega ao auge. O Pai envia então seu próprio filho, designado como “o herdeiro”, “imaginando: ‘irão poupar o meu filho”’. No entanto, movidos pelo desejo de se apoderarem da herança, os vinhateiros, “agarrando -o, lançam-no para fora da vinha e o matam”. Clara alusão a Jesus, o Filho do Altíssimo, o Herdeiro enviado pelo Pai celestial, que será rejeitado e morto pelos seus concidadãos. Por isso, comenta S. Irineu, o Pai consignou a vinha, já não mais cercada, mas dilatada por todo o mundo, a outros colonos que deem fruto ao seu tempo, com a torre de eleição levantada no alto firme e formosa; porque em todas as partes resplandece a Igreja; e, em cada lugar, está cavado, ao redor, o lagar, pois sempre há os que recebem o Espírito. Destituídos os primeiros arrendatários, a responsabilidade do Reino é transferida a outro povo que, qual nova plantação de Deus, produza frutos, em seu devido tempo. Um novo povo então é instituído em aliança no sangue versado por Jesus no madeiro da cruz. Exclama S. Agostinho: “Que se desperte no homem ‘a sede interior’, que se lhe abra ‘o olhar interior’ e ele possa contemplar a luz, luz que ninguém poderá obscurecer”. Que o Senhor, o Bom Pastor, nos encontre sempre em bons frutos de vida e abençoe as sementes do Reino que lançamos com o trabalho de nossas mãos.

Seminaristas: Everton Pavilaqui, Felipe Geraldo Madureira, Herick Rogger Pinchesk, Jacir dos Santos, Marinaldo Cheliga, Rodrigo Campanharo e José Vitor Cozechen Seller


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Reflexões Dominicais

Diocese de Guarapuava

Setembro - 2017

28º Domingo do Tempo Comum

29º Domingo do Tempo Comum

15 de outubro de 2017

22 de outubro de 2017

Is 25, 6-10a | Fl 4, 12-14. 19-20 | Mt 22, 1-14

Is 45, 1.4-6 | 1Ts 1, 1-5b | Mt 22, 15-21

ACEITAR O CONVITE DE DEUS À COMUNHÃO ETERNA

Neste 28º domingo do tempo comum, a liturgia apresenta uma reflexão de caráter escatológico, isto é, reflexões voltadas à temática do fim dos tempos. Mesmo que esta reflexão esteja permeada em toda a Escritura e, em diversos aspectos da liturgia, nesta época ela parece mais forte, visto que nos aproximamos e nos encaminhamos para o final do ano litúrgico – a saber, a na Festa de Cristo Rei. Assim, a liturgia apresenta que o desígnio da reunião de todas as nações, no fim dos tempos, se realiza em Cristo: Ele é o único Mediador da Salvação. Na primeira leitura, o profeta Isaías anuncia o banquete que um dia Deus, na sua própria casa, vai oferecer a todos os povos. Deste modo, acolher o convite de Deus e participar desse banquete é aceitar viver em comunhão com Deus. Neste sentido, percebe-se que é uma iniciativa de Deus no sentido de estabelecer laços de família com a humanidade inteira. A imagem deste banquete aponta justamente para essa realidade de comunhão, de festa, de amor, de felicidade que Deus, insistentemente nos oferece. Ao homem basta aceitar o convite de Deus para ter acesso à festa de vida eterna. E ao dizer Sim a este convite, significa renunciar ao egoísmo, ao orgulho e à auto-suficiência, significa ainda conduzir a existência de acordo com os valores de Deus e priorizar o amor e também testemunhar os valores do Reino. Na segunda leitura, Paulo apresenta um exemplo concreto de uma comunidade que aceitou o convite do Senhor e vive na dinâmica do Reino: a comunidade de Filipos. É uma comunidade generosa e solidária, empenhada na vivência do amor e em testemunhar o Evangelho diante de

todos os homens. Assim, o texto atenta os cristãos para cultivarem o coração aberto à partilha e ao dom. Ser cristão implica a renúncia a uma vida de egoísmo e de fechamento em si próprio. Mais ainda, implica abrir o coração às necessidades dos irmãos carentes e desfavorecidos e uma partilha da vida e dos bens. O Evangelho sugere justamente que é preciso agarrar o convite de Deus. A opção que fizemos ao professar a nossa fé é um compromisso sério, que deve ser vivido de forma coerente. Mais ainda, percebe-se que a questão decisiva não é se Deus convida ou se não convida, mas é se se aceita ou se não se aceita o convite de Deus para o banquete do Reino, para viver a comunhão com Ele. Os convidados que não aceitaram o convite representam aqueles que estão muito preocupados com posições e trabalhos de sucesso, ou a conquistar os seus cinco minutos de fama, ou a impor aos outros os seus próprios esquemas e projetos, ou a explorar o bem estar que o dinheiro lhes conquistou e não têm tempo para os desafios de Deus. Eles representam ainda os que estão instalados na autosuficiência, nas suas certezas, seguranças e preconceitos e não têm o coração aberto e disponível para as propostas de Deus, muito menos para abrir-se ao novo, à novidade que Deus traz. Já os convidados que aceitaram o convite representam todos aqueles que, apesar dos seus limites e do seu pecado, têm o coração disponível para Deus e para os desafios que Ele faz. Mais ainda, são aqueles que percebem os limites da sua miséria e finitude e estão permanentemente à espera que Deus lhes ofereça a salvação. São humildes, simples, confiam em Deus e na salvação que Ele quer oferecer a cada pessoa e estão dispostos a acolher os desafios de Deus.

Seminaristas: Everton Pavilaqui, Felipe Geraldo Madureira, Herick Rogger Pinchesk, Jacir dos Santos, Marinaldo Cheliga, Rodrigo Campanharo e José Vitor Cozechen Seller

A CÉSAR O QUE É DE CÉSAR, A DEUS O QUE É DE DEUS

Os textos propostos para meditação e reflexão nesse 29º Domingo do Tempo Comum nos convidam a um compromisso efetivo com a construção de um mundo melhor. A primeira leitura sugere que Deus é o verdadeiro Senhor da história e que é Ele quem conduz a caminhada do seu Povo rumo à felicidade e à realização plena. A segunda leitura apresenta-nos o exemplo de uma comunidade cristã que colocou Deus no centro do seu caminho. O Evangelho nos diz que o homem pertence a Deus e deve considerar Deus o seu único senhor e a sua referência fundamental. Primeira leitura. O texto que hoje nos é proposto pertence ao “Livro da Consolação” do Deutero-Isaías (Is 40-55). O Deutero-Isaías não tem dúvidas: Deus é o verdadeiro condutor de todo o processo que vai culminar na libertação do Povo de Deus. Ciro aparece, claramente, como o instrumento através do qual Deus atua no mundo e na história e realiza os seus projetos de salvação e de libertação do seu Povo. É através dos homens que Deus intervém no mundo. Deus não intervém na história através de manifestações impressionantes, espetaculares, caídas do céu, que se impõem como verdades infalíveis e que deixam os homens espantados. Deus atua no mundo com simplicidade e discrição, através de pessoas, muitas vezes pessoas limitadas, pecadoras, a quem Ele chama e a quem Ele confia uma missão. Segunda leitura. A Primeira Carta aos Tessalonicenses é, com toda a probabilidade, o primeiro escrito do Novo Testamento (ano 50 ou 51). A comunidade de Tessalônica foi evangelizada por Paulo durante a sua segunda viagem missionária (anos

49-50). O tempo de evangelização foi curto, talvez uns três meses; mas foi o suficiente para fazer nascer uma comunidade cristã numerosa e entusiasta, constituída majoritariamente por pagãos convertidos. O Evangelho que Paulo, Silvano e Timóteo anunciaram aos tessalonicenses não foi um discurso feito de belas palavras, foi uma Boa Nova de Deus, poderosa e transformadora, que encontrou eco no coração dos tessalonicenses que, pela ação do Espírito Santo, deu frutos de fé, de amor e de esperança. É por tudo isto que Paulo, Silvano e Timóteo louvam o Senhor. Porque a comunidade abraçou com entusiasmo a Palavra de Deus. O Evangelho apresenta um confronto entre Jesus e os fariseus. A questão que os fariseus, aliados com os partidários de Herodes Antipas, põem a Jesus é muito delicada. Diz respeito à obrigação de pagar os tributos ao imperador de Roma. Era uma questão “armadilhada”. Se Jesus se pronunciasse a favor do pagamento do tributo, seria acusado de colaborar e de defender a usurpação do poder romano. Mas se Jesus se pronunciasse contra o pagamento do imposto, seria acusado de revolucionário e inimigo da ordem romana. Como é que Jesus vai resolver a questão? Ele responde: “dai a César o que é de César e a Deus o que é de Deus”. E, o que é que esta afirmação significa? As moedas romanas tinham a imagem de César. Então, que sejam dadas a César. O homem, no entanto, não tem inscrita em si próprio a imagem de César, mas sim a imagem de Deus. Portanto, o homem pertence somente a Deus, deve entregar-se a Deus e reconhecê-lo como o seu único Senhor.

Seminaristas: Everton Pavilaqui, Felipe Geraldo Madureira, Herick Rogger Pinchesk, Jacir dos Santos, Marinaldo Cheliga, Rodrigo Campanharo e José Vitor Cozechen Seller


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Está chegando a hora da romaria ao Santuário Nossa Senhora do Rocio, em Paranaguá A imagem da padroeira do Paraná será levada ao Santuário paranaense no dia 17 de setembro. A peregrinação é realizada a cada dois anos e iniciou na diocese no dia 01 de maio deste ano.

30º Domingo do Tempo Comum 29 de outubro de 2017 Êx 22, 20-26 | 1Ts 1, 5c-10 | Mt 22, 34-40 “AMARÁS O SENHOR TEU DEUS DE TODO O TEU CORAÇÃO E TEU PRÓXIMO COMO A TI MESMO” A liturgia deste trigésimo domingo do tempo comum nos leva a refletir sobre o amor a Deus e a acolhida ao próximo. Nas leituras de hoje, notamos um clamor profundo à humanidade para ser caridosa e solidária. O contexto atual é de grande dificuldade que se vive na dimensão relacional, tanto com o próximo como também com Deus. A realidade descartável e efêmera demonstra que os relacionamentos profissionais e afetivos são vazios de sentido. Neste contexto, as pessoas vivem superficialmente, sem a intensidade relacional que é própria do ser humano. Sentir compaixão, sofrer com o outro e viver na própria carne seus dilemas é visto como coisa do passado, como sentimento obsoleto. Notamos que são muitos os “pobres” da sociedade que necessitam da ajuda de cada um de nós. Estas pessoas são pobres não somente no sentido material, mas, espiritual. Esta pobreza também se reflete no sentido que dão à vida que levam, no zelo para com a dádiva máxima ganhada de Deus. Como Jesus Cristo nos diz: “É necessário que estejamos atentos ao que nos cerca e expressar com grande intensidade aquilo que é próprio do ser humano, pois, podemos correr o risco de deixarmos nossa humanidade de lado e nos tornarmos monstros, agindo apenas com interesses subjetivos decretando a morte do Evangelho em nosso meio”. A primeira leitura do livro do Êxodo contextualiza o Código da Aliança (Ex 1923). Aí encontramos a constituição que regulamenta a vida do povo de Deus e suas relações. Essas leis são expressões de um povo que não quer repetir um sistema de dominação e opressão como o do Egito. Os versículos que lemos privilegiam os segmentos sociais mais desprotegidos daquele tempo: os estrangeiros, as viúvas, os órfãos, os pobres e os endividados. Os estrangeiros não têm a proteção do clã, sendo facilmente submetidos a maus-tratos e exploração; as viúvas, ao perder, pois sem marido, não têm quem as defenda e lhes garanta a propriedade; os órfãos de pai acabam sendo escravizados pelos gananciosos; os pobres se veem cada vez mais endividados, sem chance de escapar à usura dos que detêm o poder e a força;

finalmente, os que para não entregar a vida penhoraram seus bens não têm quem os defenda. A constituição do povo de Deus nasce do desejo de que todos tenham direito à liberdade que suscita a vida, pois a vida está acima de tudo, inclusive da propriedade. A segunda leitura da primeira epístola de São Paulo aos Tessalonicenses nos contextualiza com a ação de graças de Paulo por causa da fé, amor e esperança dos tessalonicenses. Eles acolheram a Palavra de Deus com alegria do Espírito Santo no meio das tribulações. Tribulação é uma palavra importante no vocabulário das cartas paulinas. Ela recorda as pressões e opressões sofridas por aqueles que se comprometem com o projeto de Deus. A fidelidade a esse projeto provoca conflitos, e os que não querem mudanças sociais procuram, a todo custo, impedir o avanço da Palavra que liberta. Paulo sentiu isso na própria pele, tendo chegado a Tessalônica coberto de feridas e com as marcas da tortura sofrida em Filipos. Apesar dessa aparente fragilidade, os tessalonicenses deram crédito à Palavra, tomando Paulo como ponto de referência: “Vocês se fizeram imitadores nossos, acolhendo a Palavra, apesar de tantas tribulações”. Tornaram-se também imitadores do Senhor que, por sua fidelidade ao Pai, enfrentou a cruz. O Evangelho é um alerta contra um tipo de religião intimista e personalista. A porta de entrada para Deus é nosso povo com suas angústias, esperanças e dons. A missão não acontece sem essa condição, pois amar a Deus é amar o povo que sofre. Portanto, o cristão é aquele que vive o amor de Cristo e trabalha para construir um mundo melhor, combatendo as injustiças que se fazem presentes em nosso contexto. O cristão cresce, ou se valoriza como pessoa, quando ele se preocupa com o verdadeiro desenvolvimento dos outros. Quando procura viver como irmão. E é esse amor fraterno que dá sentido à nossa vida e à vida das outras pessoas. “Somos todos fracos, confesso, mas o Senhor Deus nos entregou meios com que, se quisermos, poderemos ser fortalecidos com facilidade” (São Carlos Borromeu).

Seminaristas: Everton Pavilaqui, Felipe Geraldo Madureira, Herick Rogger Pinchesk, Jacir dos Santos, Marinaldo Cheliga, Rodrigo Campanharo e José Vitor Cozechen Seller

A imagem da padroeira do Paraná, Nossa Senhora do Rocio, está em peregrinação pela diocese de Guarapuava. O percurso da mesma pelas paróquias e comunidades começou no dia 01 de maio e vai até o dia 16 de setembro deste ano. No dia 17, a padroeira do Estado será levada em romaria até o Santuário com seu nome, em Paranaguá, litoral paranaense. Segundo padre Itamar Abreu Turco, coordenador da Ação Evangelizadora, do Centro Diocesano de Comunicação (CDC) e administrador da paróquia Sant’Ana, em Guarapuava, a peregrinação da imagem faz parte de um projeto daquele Santuário há vários anos. Conforme explicou, as dioceses do Estado têm a função de ajudar nos cuidados do local sagrado e também de avivar a devoção para com Nossa Senhora do Rocio. “A cada dois anos, a imagem peregrina de Nossa Senhora do Rocio visita as dioceses do Paraná e passa pelas diversas paróquias e comunidades. Há sempre muita festa e orações na recepção e estadia da imagem nestes locais. O objetivo do trabalho é avivar a devoção à padroeira do nosso Estado e também o de reforçar o zelo para com o Santuário que todos os anos, recebe milhares de visitas”, lembrou padre Itamar. Em 2015, após a peregrinação da padroeira do Paraná pela diocese, vinte ônibus das diversas paróquias e comunidades partiram em romaria ao Santuário de Nossa Senhora do Rocio. Para este ano, a intenção, conforme destacou padre Itamar, é promover uma romaria ainda maior. “A paróquia Sant’Ana já está com vários ônibus lotados para a romaria do dia 17 de setembro. Vamos

contratar quantos ônibus forem necessários para que as pessoas possam visitar o Santuário. Para as passagens de ida e volta, com direito a uma camiseta, os romeiros pagam o valor de R$ 100,00. Vale destacar que nesta excursão, por este valor, o romeiro não terá direito a alimentação nem a passeio de lancha, uma tradição de quem visita aquele local”, explicou o padre.

ROTEIRO

Um roteiro com a peregrinação da imagem foi montado, a fim de facilitar a participação das pessoas nas paróquias e comunidades. Abaixo, a lista com os locais e datas da peregrinação da padroeira do Paraná. Todos são convidados a participar tanto das celebrações quanto da romaria no dia 17 de setembro, conforme os organizadores. Mais informações podem ser obtidas na Ação Evangelizadora, através do telefone: 42 3626 4348. 02/09 - SÃO JOÃO BATISTA (PRUDENTÓPOLIS) 04/09 - NOSSA SENHORA APARECIDA (INÁCIO MARTINS) 06/09 - SÃO MIGUEL ARCANJO (ENTRE RIOS) 08/09 - DIVINO ESPÍRITO SANTO (PINHÃO) 10/09 - NOSSA SENHORA DE BELÉM (RESERVA DO IGUAÇU) 12/09 - SÃO PEDRO APÓSTOLO (FOZ DO JORDÃO) 14/09 - SANTA CLARA (CANDÓI) 16/09 - SANT’ANA (GUARAPUAVA) 17/09 - SANTUÁRIO ESTADUAL (PARANAGUÁ)

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Teologia em gotas

A finalidade da teologia católica, hoje, “é apresentar em circunstâncias atuais, o Evangelho vivo” (Papa Francisco).

Como é que eu acredito e testemunho minha fé na Igreja Católica Apostólica? No anterior artigo, (Boletim 458) tratamos a seguinte pergunta: Como viver uma relação de íntimo amor com Deus Trino, no dia a dia? A reflexão de hoje é: Como é que eu acredito e testemunho minha fé na Igreja Católica Apostólica?

exprimir, na realidade da sua vida, a plena catolicidade sob todos os aspectos”. (UR 4). O movimento que busca a unidade dos cristãos chama-se ecumenismo, mas parece que os cristãos não estão interessados neste projeto salvador.

PRESSUPOSTOS PARA ENTENDER.

O COMPROMISSO DOS CATÓLICOS NA IGREJA

Aqui falamos da Igreja que no Símbolo niceno-constantinopolitano confessamos como una, santa, católica e apostólica. (CC 188; 195). A palavra “Igreja” indica “convocação”; Deus convida todas as pessoas à salvação. É a assembleia do povo de Deus chamando à santidade. O Termo foi usado no Antigo Testamento para indicar o povo eleito de Deus, na assembleia do Sinai. (Ex 19,1;Lv 7,38). No Novo Testamento, a primeira comunidade cristã se reconhece herdeira dessa assembleia, dessa convocação, dessa assembleia, onde Jesus Cristo Ressuscitado é a cabeça e ela o corpo. (Ef 1,23; Cl 1,18). Só existe uma Igreja: a Igreja de Cristo, formada pelos batizados. Quando falamos de Igrejas nos referimos: 1º, Ao lugar onde os batizados se reúnem: a convocação universal de Deus à salvação que se reúne em Corinto, em Roma, em Alexandria, em Brasília, Igreja oriental, Igreja ocidental, Igreja bizantina, Igreja latina. 2º Designa-se às comunidades, dizemos a Igreja romana, Igreja luterana, Igreja Ortodoxa, Igreja Copta, Igreja Maronita.

A IGREJA DO SÍMBOLO

“Crer que a Igreja é ‘Santa’ e ‘Católica’ e que ela é ‘Uma’ e ‘Apostólica’, como acrescenta o Símbolo niceno-constantinopolitano, é inseparável da fé em Deus Pai, Filho e Espírito Santo”. Já, “No Símbolo dos Apóstolos (Credo curto), fazemos profissão de crer em uma Igreja Santa, e não na Igreja, para não confundir Deus com suas obras e para atribuir claramente à bondade de Deus todos os dons que Ele pôs em sua Igreja” (CC 750). Una significa que todos os batizados membros, estão unidos no poder salvador de Cristo e na mesma fé. “Então haverá um só rebanho com um só pastor” (Jo 10,16). Santa, não obstante estar formada por pessoas pecadoras, a Igreja é santificada pela unidade com Cristo, o Santo (Lv 19,2; Jo 15,7). Católica ou universal, Cristo é Salvador e doador da vida de todas as pessoas. Apostólica, porque professa, vive e propaga a fé recebida dos apóstolos e dos seus sucessores. Esta Igreja que confessamos no Símbolo, única igreja de Cristo, constituída e organizada no mundo, subsiste (está presente) na Igreja católica, governada pelo bispo de Roma, sucessor de Pedro e pelos Bispos em comunhão com ele. Só por meio dela se pode obter toda a plenitude dos meios de salvação, pois o Senhor confiou todos os bens da Nova Aliança ao único colégio apostólico, cuja cabeça é Pedro. A razão desta verdade é porque só nela há “perene continuidade histórica e a permanência de todos os elementos instituídos por Cristo na Igreja Católica”. Só nela há a plenitude dos meios de salvação. (Concilio Vaticano II, Lumen Gentium 8). Portanto, mesmo as Igrejas e Comunidades separadas, embora creiamos que tenham deficiências, de forma alguma estão destituídas de significação e importância no mistério

da salvação. O Espírito Santo não recusa empregá-las como meios de salvação, embora a virtude desses derive da própria plenitude de graça e verdade confiada à Igreja Católica. (Dom Estêvão Bettencourt).

O MISTÉRIO DA IGREJA

Observe-se que a Igreja é uma sociedade formada por pessoas, isto é histórica, sujeita a tudo o que acontece com as pessoas. Porém, ela é mais do que isso, ela é também um mistério, ela é de Deus, é portadora da vida divina. “A Igreja é ao mesmo tempo visível (do mundo histórico humano) e espiritual (do mundo divino eterno), sociedade hierárquica e Corpo Místico de Cristo. Ela é una, formada de um elemento humano e um elemento divino. Somente a fé pode acolher este mistério”. (CC 779). O termo grego “εκκλησία”, do qual deriva o termo latino “ecclesia”, donde provém “igreja”, traduz sempre a expressão hebraica “kahal”, usada no AT para designar Israel, desde que ele se torna o “povo de Deus”, por meio da Aliança do Sinai. No célebre texto de Dt 23,1-9, essa expressão vem sempre acompanhada do determinativo “do Senhor” e é traduzida como “igreja” ou “assembleia do Senhor” (PIÉ-NINOT, 1998: 27). O Novo testamento traz inúmeras imagens ou figuras para expressar a realidade do mistério da Igreja. Uma dessas figuras é a expressão “Reino de Deus”. Jesus Cristo realiza o plano de salvação do Pai a través da sua missão que inicia pregando a boa Nova, lá na Galileia. “Chegou a hora, e o Reino de Deus está perto. Arrependam-se dos seus pecados e creiam no evangelho” (Mc 1,14). Assim, Cristo inaugura o Reino de Deus na terra. “A Igreja é o Reino de Cristo já misteriosamente presente”. Este reino cresce como uma boa semente, porém, “o começo e o crescimento da Igreja são significados pelo sangue e pela água que saíram do lado aberto de Jesus crucificado” (LG 3). O Concílio Vaticano II elaborou uma teologia da Igreja retomando todas essas imagens bíblicas, tendo como ponto de partida e de chegada a Santíssima Trindade. Para ele, a Igreja é povo de Deus, corpo de Cristo, templo do Espírito santo e ela é um sacramento (sinal) universal de encontro e salvação para toda a humanidade. Neste sentido, a Igreja põe todos os meios disponíveis para que as pessoas tenham um encontro pessoal com Jesus Cristo, se convertam, aceitem e vivam a fé batismal, vivam o amor trinitário em comunidades, transformem o mundo na casa de Deus Pai, sendo sal e luz e testemunhem a Ressurreição na esperança da vida eterna. (Mc 16.15-18); Mt 28.19-20; (Lc 24.46-49).

O ESCÂNDALO DOS CRISTÃOS

A Igreja de Cristo padece de uma grande vergonha diante do mundo: a divisão dos cristãos em diversas igrejas locais que se apresentam como a única e verdadeira Igreja de Cristo, negando-se, denigrando-se ou combatendo-se entre si. A este respeito o Papa Francisco numa das suas catequeses diz: “... em uma comunidade cristã, a divisão é um dos pecados mais graves, porque a torna sinal não da obra de Deus, mas da obra do diabo, que é por definição aquele que separa que arruína as relações, que insinua preconceitos. As divisões entre os cristãos, enquanto ferem a Igreja, ferem também a Cristo, e nós divididos fazemos uma ferida em Cristo: a Igreja, de fato, é o corpo do qual Cristo é a cabeça. Sabemos bem quanto esteve no coração de Jesus que seus discípulos permanecessem unidos no seu amor”. (Jo 17,20-23). O certo, é que, de um modo ou de outro, por trás destas lacerações, há sempre a soberba e o egoísmo, que são a causa de todo desacordo e que nos torna intolerantes, incapazes de escutar e aceitar que uma visão ou uma posição diferente da nossa. A divisão causa uma lacuna no corpo e no coração do homem e da Igreja, impondo barreiras e impedindo a paz de chegar ao outro. A divisão separa o povo de Deus. Deus criou um único povo, mas este resolveu, por suas próprias razões e convicções, se dividir em nome da fé. As divisões entre os cristãos impedem a Igreja de realizar a plenitude da catolicidade que lhe é própria naqueles filhos que, embora lhe pertençam pelo batismo, estão separados da plena comunhão com ela. “Não só isso, mas também para a própria Igreja, se torna tanto mais difícil

Os católicos, segundo o catecismo (CC 2041), têm, além dos compromissos batismais e exigências da fé no Ressuscitado de serem discípulos e missionários. Também há o compromisso com a vida cidadã e política. Todos os católicos têm obrigações “que se situam na linha de uma vida moral ligada à vida litúrgica e que dela se alimenta. São os chamados Mandamentos da Igreja para garantir aos batizados o mínimo indispensável no espírito de oração e no esforço moral, no crescimento do amor de Deus e do próximo”. O catecismo os enuncia assim: 1º - Participar da missa inteira nos domingos e outras festas de guarda e absterse de ocupações de trabalho. “Devem ser guardados, além dos domingos, o dia do Natal de Nosso Senhor Jesus Cristo, da Epifania (domingo no Brasil), da Ascensão (domingo) e do Santíssimo Corpo e Sangue de Cristo (Corpus Christi), de Santa Maria, Mãe de Deus (1º de janeiro), de sua Imaculada Conceição (8 de dezembro) e Assunção (domingo), de São José (19 de março), dos Santos Apóstolos Pedro e Paulo (domingo), e por fim, de Todos os Santos (domingo)”. 2º - Confessar-se ao menos uma vez por ano. 3º - Receber o sacramento da Eucaristia ao menos pela Páscoa da ressurreição. 4º - Jejuar e abster-se de carne, conforme as diretrizes da Igreja. O jejum “Determina os tempos de ascese e penitência que nos preparam para as festas litúrgicas; contribuem para nos fazer adquirir o domínio sobre nossos instintos e a liberdade de coração”. 5º - Ajudar a Igreja em suas necessidades. A Constituição dogmática sobre a Igreja Lumen Gentium, do Concílio Vaticano II oferece um conhecimento profundo sobre a eclesiologia católica. Por Germán Calderón Calderón

“...em uma comunidade cristã, a divisão é um dos pecados mais graves...”


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Bispos refletem sobre a importância da evangelização na TV, no rádio e nas novas mídias Os bispos levantaram preocupações específicas sobre o conteúdo da reflexão como também sobre a modalidade de contribuição que a CNBB pode oferecer aos animadores das mídias.

Na sessão do dia 09 de agosto, os bispos do Consep refletiram sobre a evangelização realizada pelos meios de comunicação social e das novas mídias. A intenção é buscar e apresentar, por parte da CNBB, contribuições para animar esse trabalho de modo a promover, sempre mais, uma constante sintonia com a palavra do episcopado e o aprofundamento da comunhão na Igreja. Dom Darci José Nicioli, presidente da Comissão de Comunicação, apresentou ao plenário o resultado de uma pesquisa histórica com destaque para os pronunciamentos da Conferência sobre o assunto e fez um apelo sobre a necessidade de uma organização desse conteúdo de forma atualizada e útil para o trabalho realizado pelas emissoras de orientação católica tanto no campo da TV, do Rádio como das novas mídias sociais. “Há um trabalho grandioso feito em favor da evangelização na TV, no Rádio e nas novas mídias que merecem um acompanhamento agradecido e cuidadoso”, disse Dom Darci. “Entendemos que precisávamos atualizar, de forma organizada, algumas linhas de compromisso de todos para o crescimento da missão e a eficácia do trabalho desse corpo evangelizador formado pelos comunicadores da Igreja no Brasil”, acrescentou.

COMUNHÃO COM OS PASTORES

Dom Darci lembrou ainda que todo o esforço que precisa ser feito está em consonância com a determinação do Diretório Pastoral dos Bispos que, ao referir-se aos instrumentos de comunicação, pede de forma clara e direta: “sendo católicos, devem desempenhar sua atividade em sintonia com a doutrina da Igreja e em comunhão com os Pastores”. Durante a exposição, o presidente da Comissão de Comunicação, lembrou também que o Diretório de Comunicação para a Igreja no Brasil, aprovado em 2014, já traz um pedido explícito: “A Igreja precisa acompanhar com especial atenção as produções e programas

de cunho religioso, e também as informações fornecidas pela mídia em geral sobre aspectos da fé e da vida eclesial. É preciso investir mais na formação dos produtores, dos diretores, dos apresentadores e membros das várias redações, para que os temas religiosos sejam tratados com competência, sensibilidade e autêntico profissionalismo”. Nesta mesma linha, lembrou Dom Darci, “o Diretório também reconhece e exalta o papel da evangelização através das várias mídias, mas também adverte sobre a necessidade de linhas orientativas claras. É importante a contribuição oferecida, através da mídia, por parte dos católicos especialistas nas mais variadas disciplinas do conhecimento. É necessário promover a participação do comunicador leigo no debate público, seja pela sua competência, seja para evitar uma recorrente simplificação midiática, que apresenta uma imagem demasiadamente ‘clerical’ da Igreja“.

DISCUSSÃO NO PLENÁRIO

Dom Leonardo Steiner, secretáriogeral da CNBB, mediou a conversa entre os membros do Consep e pediu que todas as comissões pastorais da Conferência ofereçam, até o dia 10 de setembro, uma contribuição sob a perspectiva de cada área da ação evangelizadora da Igreja para o enriquecimento da reflexão apresentada pela Comissão de Comunicação. Os bispos tiveram oportunidade de levantar preocupações específicas sobre o conteúdo da reflexão como também sobre a modalidade de contribuição que a CNBB pode oferecer aos animadores das mídias de maneira a melhorar sempre mais o trabalho da evangelização. No final da discussão, Dom Leonardo encaminhou o prosseguimento da reflexão por parte de todas as comissões para a formulação de uma proposta concreta a ser apresentada por ocasião da reunião do Conselho Permanente, no próximo mês de outubro. CNBB

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10º Mutirão Brasileiro da Comunicação leva quase mil pessoas à diocese de Joinville (SC) Da diocese de Guarapuava, trinta e oito pessoas participaram do encontro, incluindo o bispo Dom Antônio Wagner da Silva, referencial para a comunicação do Regional Sul 2 da CNBB.

Representantes do Regional Sul 2 da CNBB (Paraná) no 10º MUTICOM Nacional. Da diocese de Guarapuava participaram 38 pessoas, incluindo 3 padres e o bispo Dom Antônio Wagner da Silva.

Cerca de 700 pessoas se inscreveram e participaram, de 16 a 20 de agosto, no centro de convenções “Expoville”, na cidade catarinense de Joinville, da décima edição do Mutirão Brasileiro de Comunicação (Muticom) promovido pela CNBB. Da diocese de Guarapuava, trinta e oito pessoas viajaram ao Estado vizinho, incluindo o bispo Dom Antônio Wagner da Silva, referencial para a comunicação do Regional Sul 2 da CNBB e se integraram aos demais participantes do Muticom. Centenas de pessoas também participaram como voluntárias para favorecer o pleno andamento da programação que foi aberta, solenemente, na quarta-feira, 16 de agosto, com uma conferência proferida pelo Monsenhor Dario Viganò, prefeito da Secretaria de Comunicação da Santa Sé. Auxiliado pelo responsável pela redação brasileira no Vaticano, o jornalista paranaense, Silvonei José, Viganò tratou de particularidades da comunicação do Papa Francisco e apresentou, em linhas gerais, os passos dados e ainda a serem realizados para a reforma da Mídia da Santa Sé. Na quinta-feira, a primeira atividade do dia foi a celebração da Eucaristia presidida por Dom Francisco Carlos Bach, bispo de Joinville. Ainda na parte da manhã, dois professores trataram do tema central do encontro, a educação para a comunicação, com o enfoque na “Educomunicação”: a irmã paulina Helena Corazza e o padre Maurício Cruz. Entre as conferências, foi realizada uma atividade cultural na qual foi apresentado o trabalho da Rede Vida de Televisão. Depois do almoço, os participantes do Muticom tiveram 10 oficinas com diversos temas. À noite, depois da projeção do documentário “Labaca”, foi realizada a apresentação do Balé Bolshoi do Brasil.

SEXTA-FEIRA

Na sexta-feira, 18 de agosto, o dia de atividades se abriu com a Celebração da Palavra com participação ecumênica. Em seguida, foi feita a terceira grande conferência do encontro pelo professor Ismar

de Oliveira Soares, da Universidade de São Paulo. Ele tratou do “processo dialógico da comunicação”. A quarta palestra importante foi dada pelo repórter da RBS TV, afiliada da Rede Globo, Ricardo Von Dorff que apresentou o tema: “educar através da informação – o risco do fake news”. Entre as duas palestras, representantes das TVs Aparecida e Canção Nova, desenvolveram atividades culturais. Na parte da tarde, como na quintafeira, os participantes tiveram a oportunidade de participar de oficinas com temas específicos como “leitura crítica dos meios de comunicação”, com Elson Faxina, “oratório”, com Lena de Souza e “o uso de aplicativos na evangelização” com Leonardo Silva. No final do período, Dom Darci José Nicioli, presidente da Comissão Episcopal para a Comunicação da CNBB coordenou partilhas do público presente e fez o anúncio da cidade de Goiânia, Goiás, como a sede do 11º Muticom, em 2019. À noite, houve homenagens a Dom Irineu Roque Scherer, bispo de Joinville, falecido há um ano e ao padre Zezinho. Os trabalhos do dia foram concluídos com uma apresentação especial dos Cantores de Deus.

SÁBADO E DOMINGO

No sábado, os participantes do 10º Muticom deixarm a cidade de Joinville, bem cedo, às 06 horas, e partiram para o Santuário de Madre Paulina, em Nova Trento (SC), onde foi realizada a celebração de encerramento do encontro. A missa foi presidida por Dom Darci José Nicioli. Os participantes almoçaram nas instalações de apoio do Santuário e o retorno a Joinville se deu às 14 horas. No domingo, todos participaram das missas nas comunidades da cidade de Joinville, incluindo a grande celebração na Catedral Nossa Senhora de Fátima e, em seguida, retornaram para suas cidades.


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Semana da Família: momento de testemunho, reflexão e serviço dos cristãos para humanidade A Semana Nacional da Família teve origem em 1992 como resposta à necessidade de defesa e promoção da família, cujos valores, já naquela época, eram agredidos sistematicamente na sociedade. No dia 13 de agosto, a Igreja no Brasil iniciou a 26ª edição da Semana Nacional da Família (SNF). O tema escolhido para este ano foi “Família, uma luz para a vida em sociedade”. O bispo de Osasco (SP) e presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Vida e a Família da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Dom João Bosco Barbosa de Sousa, comentou sobre esta ocasião “muito importante para que todas as famílias do Brasil possam refletir sobre a dignidade, a importância, a beleza que é a família, dom de Deus”. Para o bispo, que também preside a Comissão Nacional da Pastoral Familiar (CNPF), trata-se de um momento de reflexão e ao mesmo tempo de testemunho e serviço dos cristãos para com a humanidade, “para desenvolver este senso da beleza da grandeza, da alegria que é ser família”. No contexto do Mês Vocacional, quando a Igreja recorda a cada semana uma vocação, Dom João Bosco lembrou que a Semana Nacional começa com o Dia dos Pais e se desenvolve durante toda a semana “para que toda a família seja abençoada por Deus”.

MOTIVAÇÃO E TRABALHO CONJUNTO

Desde junho, a Pastoral Familiar anima os agentes e grupos paroquiais e diocesanos para fazer um trabalho conjunto dentro das comunidades Brasil afora. Na ocasião, Dom João Bosco Barbosa pediu para que a preparação e a celebração da Semana Nacional da Família fossem além do âmbito dos grupos paroquiais que se dedicam à família. “O Papa Francisco pediu para que todas as comunidades se envolvessem com a família, fizessem da família o centro da ação evangelizadora. Então, o melhor jeito de a gente se preparar é aproximando os nossos grupos, as nossas pastorais, os nossos sacerdotes, diáconos, todos os agentes da Igreja. Não para que fique só na igreja, mas para que possa levar o tema da família como luz para a sociedade”, ressaltou, lembrando o necessário envolvimento de toda a Igreja na reflexão e aplicação da exortação apostólica do Papa Francisco, Amoris Laetitia – sobre o amor na família.

RESGATE HISTÓRICO

De acordo com a CNPF, a Semana Nacional da Família teve origem em 1992 como resposta à necessidade de defesa e promoção da família, cujos valores, já naquela época, eram agredidos

GUARAPUAVA

No decanato centro da diocese de Guarapuava, as paróquias trabalharam os mesmos temas propostos, ficando a ordem a cargo de cada coordenação paroquial. A abertura dos trabalhos foi no domingo, dia 13 de agosto, às 17h30 na Praça Nove de Dezembro, com o Terço Luminoso, seguido de Missa na Nova Catedral Nossa Senhora de Belém. Houve carreatas saindo das paróquias e comunidades às 17 horas, com destino ao centro da cidade, conforme destacaram os organizadoes. Durante a semana, foram abordados e discutidos os seguintes temas:

sistematicamente na sociedade. Ela sempre acontece a partir do segundo domingo de agosto, quando é comemorado o Dia dos Pais. Desde o início, foi proposta como um momento forte no qual a Pastoral Familiar procura articular-se com todas as demais pastorais da Igreja no sentido de evangelizar a família na globalidade dos seus aspectos e realidades.

SUBSÍDIO

Para animar este momento de valorização da instituição familiar, a Pastoral Familiar propõe como subsídio o livreto “Hora da Família”. A primeira edição do material publicada em 1996, por iniciativa da arquidiocese do Rio de Janeiro, como preparação para o II Encontro Mundial das Famílias, que foi realizado no ano seguinte com a visita do Papa João Paulo II. Na sequência, o Hora da Família, assumido pelo então Setor Família da CNBB, animou grupos e comunidades do Brasil no tríduo rumo ao Jubileu do ano 2000 e foi somado ao texto usado na Semana Nacional da Família, que a partir de então formaram um só fascículo. Editado anualmente, o material apresenta reflexões sobre temas relacionados à vida em família e à atuação da Pastoral Familiar. Desde o início, a publicação ainda traz sugestões de celebrações e orações para serem utilizadas em vários momentos do ano. “É uma publicação que pode ser utilizada de diversas maneiras e adaptadas às circunstâncias de cada comunidade. É um subsídio rico e a cada ano ele é preparado com muito carinho”, afirma Dom João Bosco. “Família, uma luz para a vida em sociedade” é o tema do subsídio Hora da Família 2017. Neste ano, a reflexão está em sintonia com o impulso da Igreja no Brasil para que seja percebida a importância das ações dos cristãos leigos e leigas na sociedade. O material propõe os sete encontros da Semana Nacional da Família, Leitura Orante da Palavra e celebrações em família. A Secretaria Executiva Nacional da CNPF informou que 300 mil unidades do subsídio foram distribuídas neste ano. O Perfil Mariano na Igreja; A Família; A Necessária Mudança de Mentalidade e de Estrutura; Igreja, Comunhão na Diversidade; O Perdão da Família: fonte de reconciliação e libertação; Serviço Cristão ao Mundo; A Família Promotora de Misericórdia na Sociedade. “É importante ressaltar que cada paróquia seguiu um cronograma próprio para trabalhar os temas propostos. A ordem pode ter mudado de uma paróquia para outra, mas a essência foi a mesma” contou a coordenadora da Pastoral da Família no decanato centro, Lucélia Aparecida dos Santos.

“Novos bispos irão conhecer complexidade da Igreja no Brasil”, diz Dom Jaime Spengler O “Encontro para Novos Bispos” ocorre anualmente na sede da CNBB. Este é o ano em que a Comissão promove o evento para o maior número de bispos nomeados.

Vinte e quatro recém-nomeados bispos pelo Papa Francisco se reuniram na sede da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), em Brasília (DF), durante os dias 14 a 18 de agosto, no “Encontro para Novos Bispos”. Os novos membros do episcopado da Igreja no Brasil foram nomeados desde agosto do ano passado. Esta é a 28º edição do evento promovido pela Comissão Episcopal Pastoral para os Ministérios Ordenados e a Vida Consagrada da CNBB. Segundo o presidente da Comissão, Dom Jaime Spengler, esta foi uma oportunidade dos novos bispos terem um contato mais intenso com a sede da CNBB. Para ele, o momento foi também de integração do grupo recém-nomeado e, ao mesmo tempo, uma possibilidade de juntos abordarem alguns aspectos e temas que fazem parte do ministério do bispo. “Eles tiveram a oportunidade de conhecer a complexidade da Igreja presente no Brasil e isso ajuda é claro”, grifa Dom Jaime. Padre Deusmar Jesus da Silva, assessor da Comissão, explicou que durante a semana os novos bispos tiveram contato com temas pertinentes ao ministério episcopal como, por exemplo, a liturgia no mistério, a questão do Direito Canônico, a partilha que deve existir entre as dioceses e outros assuntos de cunho relevante. O assessor reitera ainda que o grupo pôde conhecer o Centro Cultural Missionário (CCM), as Pontifícias

Obras Missionárias (POM) e também o Congresso Nacional. “Além de tudo, também fizemos uma visita à Nunciatura Apostólica, onde os bispos nomeados puderam desfrutar de um dia de encontro com o Núncio Apostólico no Brasil, Dom Giovanni D’Aniello. Lá estudaram um tema junto ao Núncio no exercício do ministério”, completa. O “Encontro para Novos Bispos” ocorre anualmente na sede da CNBB. Este é o ano em que a Comissão promove o evento para o maior número de bispos nomeados. Isto porque no ano anterior, em 2016, participaram um total de 20 bispos. “Neste ano chegamos a 24 bispos. Esta é a grande novidade, um número grande de bispos, e percebemos que estamos sempre nos aprimorando para atender esta demanda”, salienta padre Deusmar.

AGENDA DE EXPOSIÇÕES

Durante a semana, além das visitas, o grupo contou com uma série de palestras. Para isso, vários bispos foram convidados para expor seus conhecimentos sobre determinados assuntos. Na segunda-feira, 14, o arcebispo de Curitiba, Dom José Antônio Peruzzo falou sobre “O Bispo e a sua Missão”. Na terça, os recém-nomeados participaram de palestra sobre “A solidariedade e Partilha na Igreja do Brasil”, ministrada por Dom César Teixeira. Na quinta, 17, Dom Edmar Perón falou sobre “Liturgia”.

NOVOS BISPOS Saiba quem são os novos bispos participantes do encontro, e suas respectivas dioceses: Dom Edmilson Tadeu Canavarros – Bispo Auxiliar de Manaus – AM Dom José Roberto Silva Carvalho – Bispo de Caetité – BA Dom Wellington de Queiroz Vieira – Bispo Prelado de Cristalândia – TO Dom Joel Portella Amado – Bispo Auxiliar do Rio de Janeiro – RJ Dom Paulo Alves Romão – Bispos Auxiliar do Rio de Janeiro – RJ Dom Frei Rubival Cabral Brito – Bispo de Grajaú – MA Dom Argemiro de Azevedo – Bispo de Assis – SP Dom Otacílio Ferreira de Lacerda – Bispo Auxiliar de belo Horizonte – MG Dom Geovane Luís da Silva – Bispo Auxiliar de Belo Horizonte – MG Dom Edilson Soares Nobre – Bispo de Oeiras – PI Dom Francisco Edimilson Neves Ferreira – Bispo de Tianguá – CE Dom Vicente de Paula Ferreira – Bispo Auxiliar de belo Horizonte – MG Dom Carlos Rômulo Gonçalves e Silva – Bispo Coadjutor de Montenegro – RS Dom Edivalter Andrade – Bispo de Floriano – PI Dom José Ionilton Lisboa de Oliveira – Bispo da Prelazia de Itacoatiara – AM Dom Bruno Elizeu Versari – Bispo Coadjutor de Campo Mourão – PR Dom André Vital Félix da Silva – Bispo de Limoeiro do Norte – CE Dom Jacy Diniz Rocha – Bispo de São Luiz de Cáceres – MT Dom Luiz Antonio Lopes Ricci – Bispo Auxiliar de Niterói – RJ Dom Francisco Cota de Oliveira – Bispo Auxiliar de Curitiba – PR Dom Amilton Manoel da Silva – Bispo Auxiliar de Curitiba – PR Dom Juarez Delorto Secco – Bispo Auxiliar do Rio de Janeiro – RJ Dom Francisco de Assis Gabriel dos Santos – Bispo de Campo Maior – PI Dom Antonio de Assis Ribeiro – Bispo Auxiliar de Belém do Pará – PA


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Tráfico de pessoas é “um tumor mundial”, diz Dom José Luiz Azcona, bispo-emérito de Marajó (PA) “O medo tem me acompanhado durante anos. Às vezes, ao sair do meu quarto para me dirigir à capela, pensava que atrás da porta poderia estar o meu assassino”, conta Dom José Luiz Azconba. O agostiniano recoleto, nascido em Navarra, na Espanha, Dom José Luiz Azcona, tem uma história de grande significado para a luta contra o tráfico humano de pessoas e a prostituição infantil, especialmente na Ilha do Marajó, no Pará. Nomeado bispo por São João Paulo II, em 1987, ele permaneceu na prelazia marajoara até a renúncia ao governo pastoral, no ano passado. Como bispo emérito, ele participou da reunião promovida pela Comissão Episcopal Pastoral para a Ação Social Transformadora, em Brasília, encerrada no último dia 01 de agosto. Dom Azcona está entre as pessoas ameaçadas de morte. Depois que se tornou emérito, Dom Azcona continua morando no Marajó. Ele falou com a Assessoria de Imprensa da CNBB. CNBB - Como o senhor vê, hoje, a situação do tráfico de pessoas no Brasil? Dom José Luiz - A pergunta é difícil de responder porque os dados estatísticos oficiais não são confiáveis pela dificuldade de extraí-los de um modo objetivo e científico de uma realidade em si mesma oculta, secreta e em cujo segredo está o êxito perverso das organizações que se dedicam a este tipo de atividade. De uma maneira geral, se poderia dizer, ao meu modo de ver, que continua da mesma maneira, ou talvez incrementada esta atividade devido a impunidade e da infiltração, cada vez mais intensa, de autoridades, da conivência de poderes, da organização desse tipo de instituição de perversidade e também pela falta de responsabilidade da sociedade. É aquele “fazer de conta que não vê”, quando a verdade do tráfico humano é tão evidente. Creio que é bom destacar que não é somente no Pará, não é somente na Amazônia que essa situação e esse fenômeno se evidencia com mais clareza, mas também em outros lugares. Se fizermos uma análise uma panorâmica rápida, não há uma diferença grande entre São Luís do Maranhão e o Pará. Da cidade de Fortaleza, por exemplo, saem expedições constantes de mulheres para a Itália, para a Eslovênia, com intuito de tráfico humano para serviços sexuais. Lá também se verifica a prostituição infantil como oferta, não como tráfico para o exterior, mas presente no turismo sexual. Se descermos, vamos ver que em Recife não deve ser muito diferente. Na Bahia e no Rio de Janeiro, do mesmo modo. E não se trata de uma situação apenas do litoral brasileiro, porque também no interior, nas estradas acontece o tráfico humano. Eu me lembro de um determinado Estado do Brasil, por ocasião daquele ano que o tráfico humano foi tema da Campanha da Fraternidade, fui convidado para falar diante dos presbíteros, das lideranças leigas e quando terminei a minha exposição, levantou-se uma senhora e disse: “Isso que o senhor falou também acontece aqui entre nós, não é preciso ir ver isso somente no Marajó, na Amazônia. Aqui acontece isso. Aqui existem grupos organizados que enviam jovens para a exploração sexual tanto para o norte do Brasil como para o estrangeiro. E nesses grupos há pessoas que participam da missa todos os

contrato, com a condição de que elas se deixem engravidar por homens que conhecerão em momento oportuno. Para isso, receberão uma taxa de 20 a 25 mil reais ou coisa semelhante. Assinados esses contratos, elas iam para o Suriname, e repito, talvez continuem indo, porque nossas autoridades são muito omissas. Lá no Suriname, essas mulheres engravidam desses homens que são encaminhados por organizações internacionais. As crianças nascem e, por dois ou três anos, essas mulheres acompanham as crianças para cuidar e amamentar e depois elas têm que entregar os filhos sem saber o destino deles, sem saber nada.

domingos e eu gostaria muito que essa Campanha da Fraternidade fosse assumida com toda a seriedade pelos párocos e por todos os presbíteros”. A minha resposta, portanto, é genérica, mas suficientemente clara para indicar: a situação de risco gravíssimo em que se encontram muitas mulheres e também homens jovens de serem traficados é evidente e é um perigo grave. CNBB - O senhor poderia traçar um perfil de quem é aquele que pratica o tráfico humano? Dom José Luiz - Não, eu não conseguiria traçar um perfil. Existem, claro, em nível internacional os chefes de máfias. Organismos internacionais que possuem um grande poder econômico que influenciam, às vezes, os políticos e o Judiciário. Eles influenciam deputados e empresários e isto é verdadeiramente um problema grave. São coisas que são feitas entre poderosos. Lemos, por exemplo, que até nos Estados Unidos, algumas autoridades, talvez até ex presidentes, estão ou estiveram envolvidas no tráfico humano, sobretudo no tráfico de menores para atividades sexuais. Provar não é possível, mas a voz é recorrente e continuada. Podem existir e existem grandes autoridades envolvidas. Outro exemplo igual ocorre na Inglaterra. Na verdade, é um fenômeno mundial. Aquilo que parece um fenômeno, uma praga, uma chaga brasileira ou somente da Amazônia é um tumor que ameaça toda a humanidade e que está diante de nós, mas traçar um perfil direto do traficante, eu não poderia.

“Por que você se prostitui? Seus pais passam fome, estão desempregados?”. Ela respondeu: “Meus pais trabalham, temos uma família que não passa fome, estamos bem. Agora, eu gostaria de ter perfume, ter certo tipo de sapatos, roupas e por isso me prostituo”. Essa motivação tem por trás a ideologia da Mídia em apresentar um mundo feminino realizado ligado a isso, à exterioridade de possuir a beleza corporal e nada mais. E isto está, comprovadamente, entre os motivos do tráfico humano. Mais forte ainda do que isso está a necessidade de sobrevivência. Lá entre nós, por exemplo, a população é carente. Nós temos um município, Melgas, com o IDH mais baixo do Brasil. E perto dele, temos mais outros dois municípios que estão entre os dez mais pobres do Brasil. Mulheres, sobretudo mulheres, saem do Marajó para sobreviver, para não passar fome. Depois, um lugar onde há muita injustiça, onde a distribuição desigual da renda é evidente e o desemprego estrutural é tão claro que um grande número de mulheres tem como motivação principal busca da sobrevivência e de promover-se na vida fugindo do inferno, que às vezes, é o Marajó. Por outra parte, existe um grande número delas que sai e não são traficadas. Elas têm baixa educação, não tem preparação para a vida de quase nada e são culturalmente fechadas. Há, ainda, outras motivações que são: conhecer o mundo, o primeiro mundo, conhecer o que é ter um carro, ter uma casa.

É aquele “fazer de conta que não vê”, quando a verdade do tráfico humano é tão evidente.

CNBB - Quais as motivações, na opinião do senhor, que levam as pessoas a se tornarem vítimas do tráfico humano? Dom José Luiz - Eu lembro que em uma entrevista feita pela Rede Globo, em 2010, num município do Marajó (onde fui bispo durante 30 anos), a pergunta não era propriamente sobre tráfico humano, mas sobre prostituição. O repórter perguntou a uma menina de 16 anos:

CNBB - E sobre a realidade das crianças? O tráfico e a prostituição infantil? Dom José Luiz - Sei que no Marajó eram e possivelmente continuam sendo traficadas meninas e meninos para a França por meio da Guiana Francesa para a venda de órgãos. Isso existia. Sobre o tráfico de crianças antes de nascer, eu conheço uma realidade que envolve pessoas do Suriname. Elas vão ao Marajó para buscar mulheres saudáveis, bonitas, estabelecendo com elas até mesmo um

CNBB - O senhor tem sido ameaçado de morte por fazer denúncias sobre estas situações. O senhor tem medo? Dom José Luiz - O medo tem me acompanhado durante anos. Às vezes, ao sair do meu quarto para me dirigir à capela, pensava que atrás da porta poderia estar o meu assassino. Durante meses, eu tive esse pensamento. No corredor entre o quarto e a capela tem uma sacada e eu pensava que naquela direção poderia ter um rifle apontado para mim. E, muitas vezes, andando pelo interior, o pensamento da morte me acompanha. Creio que é um pensamento salutar porque, no meu caso, o medo não criou um sentimento de angústia e de ansiedade. Deus me deu a paz suficiente para enfrentar com reflexão e com sinceridade também a situação em que me encontrava. Entrando por mares e rios, num barco de uma paróquia, é possível que uma lancha rápida com uma metralhadora possa terminar conosco. Em menos de dois minutos, podem matar a nós todos. Eu tenho dito e dei este testemunho em Roma diante de mil sacerdotes em um retiro espiritual em São João de Latrão: “irmãos, não tenham medo. A Igreja está sendo chamada para o martírio, como nos tinha falado um bispo da Síria onde mulheres e homens tinham sido crucificados, adolescentes decapitados por não renegarem a fé em Cristo. E é Cristo que nos está chamando para dar esse mesmo testemunho com a nossa vida. E nós, que somos os pastores, devemos ir na frente. Não tenham medo. Aqui vos fala alguém que é um covarde, que sou eu, mas que sabe que o Espírito Santo dá a força, a fortaleza e a coragem para enfrentar a morte. Olhar nos olhos da morte e detrás deles ver o Ressuscitado. Para isso, tive que rezar porque considero que se alguém quer realmente encontrar paz em entregar-se à morte por Cristo e pelos irmãos, ele tem que rezar. Até que Deus ouviu, ouviu a minha oração e me deu essa paz fundamental para dizer: Senhor, aqui estou e estou disposto a morrer por Ele, pelo Evangelho. E, na verdade, para mim, hoje, e desde que Deus me deu esta convicção da possibilidade de poder morrer pelo Evangelho e pelos irmãos sinto que esta seria a melhor, mais alegre e plenificante saída deste mundo para minha vida humana, religiosa e episcopal”. CNBB. Foto: Revista Missões


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Irmãs da Caridade Social celebram 50 anos de Brasil com grande festa

As religiosas começaram seus trabalhos na diocese de Guarapuava a pedido de seu primeiro bispo, Dom Frederico Helmel, em agosto de 1967.

A vocação do leigo missionário “Onde surge o missionário? O missionário surge no cotidiano e tem como base de missionariedade sua própria realidade vivida no dia a dia [...]”. Quem é o Leigo Missionário? O Leigo Missionário é uma pessoa com o coração inflamado de amor por Jesus e pelos pobres e necessitados. Não é um consagrado como tantos outros missionários, que se dedicam inteiramente a Deus e aos pobres. Porém, tem o mesmo dever do consagrado, ou seja, amar o próximo e ver o próprio Jesus no irmão. Onde surge o missionário? O missionário surge no cotidiano e tem como base de missionariedade sua própria realidade vivida no dia a dia, ou seja, vendo as dificuldades que o nosso mundo globalizado, e cada vez mais consumista e ambicioso, sofre. No mundo em que vivemos, onde muitas pessoas são vítimas da globalização e do capitalismo, onde muitas pessoas são perseguidas e humilhadas, têm a dignidade ferida por causa das perseguições políticas e religiosas - entre outras formas de perseguições - torna-se indispensável a colaboração dos fiéis leigos missionários. O missionário está sempre preocupado em ajudar, servir e amar! Ele sempre vê, no rosto do indivíduo que sofre o rosto do próprio Cristo. Não se agrada ao ver um sofredor! Realmente, ele busca trazer alegria e conforto ao oprimido. A figura do leigo missionário deve refletir a imagem de uma Igreja que não está fechada aos próprios interesses, uma Igreja que caminha ao encontro do povo que sofre. O leigo missionário vai ao encontro de novas realidades sem se preocupar com perigos que encontrará pelos diversos países pelos quais passará. O missionário está sempre pronto para ouvir - mesmo que não entenda o idioma falado no país onde está em missão - pois a linguagem que o missionário usa vai além de palavras! Ser missionário é saber dividir o tempo com os outros e fazer as pessoas felizes. A alegria deve estar sempre presente no

coração do missionário, pois ele é chamado por Cristo a ser presença cristã em meio a tantas misérias vividas no mundo. O leigo missionário também tem suas dificuldades, também sofre, também carrega sua cruz, porém, animado pelo espírito missionário, ele se levanta e, sorrindo, caminha ao encontro do desconhecido. De braços abertos, ele acolhe as pessoas que são excluídas pelos líderes políticos e pela sociedade. O missionário leva sonhos onde, há muito tempo, a esperança naufragou. O missionário leigo leva Deus aos indivíduos que desconhecem o amor misericordioso de Jesus. Na dificuldade, na necessidade e ouvindo o triste e dolorido lamento do povo que chora, é que surge o missionário leigo. E você? Já pensou em ser um leigo missionário? Mesmo que não viaje para outro país, todo fiel é chamado a viver sua missionariedade dentro da própria família, da sua comunidade, da sociedade, sem qualquer preconceito. Ser missionário é levar o sorriso, o abraço, a alegria, o próprio Jesus! Ser católico é ser missionário! Ser missionário vai além das santas Missões Populares, vai além de dizer amém! Vai além de olhar para um morador de rua, com pena! Ser missionário é viver como Jesus viveu. É enfrentar as dificuldades e mostrar que existe uma maneira de ser feliz plenamente! Isso é ser missionário leigo. Seminarista: Eduardo Correia Nassar

“O leigo deve refletir a imagem de uma Igreja que não está fechada aos próprios interesses.”

Em uma celebração marcante, repleta de memórias, saudade e de novos projetos, as irmãs da Caridade Social (CS) da diocese de Guarapuava comemoraram cinquenta anos de presença no Brasil, no último dia 27 de agosto. A chegada das Religiosas no país foi no dia 28 de agosto de 1967. A missa em homenagem às religiosas que começaram seus trabalhos na cidade a pedido do primeiro bispo da instituição, Dom Frederico Helmel, foi presidida pelo bispo diocesano Dom Antônio Wagner da Silva, na paróquia e santuário Nossa Senhora Aparecida, em Guarapuava. A celebração reuniu mais de mil pessoas de várias cidades da diocese. Padres, religiosas de outras congregações e o bispo emérito de Guarapuava, Dom Giovanni Zerbini, também se fizeram presentes e rezaram pela congregação. “Este é um momento de falarmos do que foi feito, mas também de ressaltarmos o agora, a nossa vivência enquanto comunidade cristã. A presença das irmãs da Caridade Social em nosso meio, em nossa diocese, foi um divisor de águas, foi uma resposta, ainda que silenciosa, às mazelas vividas por nossa sociedade naquela época. Além do trabalho social, não podemos nos esquecer, jamais, do trabalho pastoral desempenhado brilhantemente por estas mulheres de fibra, que largaram sua pátria, a Áustria e aqui, fincaram a estaca do serviço, de sua devoção incondicional aos mais pobres. As Irmãs da Caridade Social sempre buscaram a Igreja em saída como o Papa Francisco nos aponta. Hoje, vemos que esta presença se faz cada vez mais necessária em nosso meio. Todos os dias

surgem novos desafios nas comunidades, nas pastorais, nas famílias e é preciso que alguém acalente as dificuldades e aponte saída, que mostre novos rumos, enfim. Estas religiosas fizeram isso, lá no começo e continuam a fazer, a doar-se em favor daquele abandonado, daquele desprezado, esquecido”, descreveu Dom Wagner durante a homilia. Com a presença das irmãs austríacas, as religiosas recordaram passagens marcantes na cidade e citaram a pobreza e a má divisão de bens como o grande entrave para o crescimento humano. Durante a celebração, um vídeo contando a história das religiosas foi exibido. O material causou emoção nos presentes, principalmente nas famílias que foram ajudadas pelas primeiras religiosas que chegaram ao país. Mais de quatrocentas pessoas foram recepcionadas no salão paroquial depois da missa para um almoço. Na ocasião, as religiosas apresentaram um painel pintado pelo artista mineiro Anderson Augusto de Souza, com o título: “O amor de Cristo nos impulsiona – Caritas Christi urget nos!”. Conforme descreveu irmã Clotilde Rodrigues Bonfim sobre a obra, o painel pretende mostrar o trabalho realizado junto à sociedade, deixando, portanto, cada espectador livre para interpretar as passagens apontadas de acordo com sua vivência e experiências. “Os significados da obra não estão fechados e podem e devem acolher cada olhar que brota do coração que reflete, contempla, sente e ressignifica cada detalhe. Sem pretender limitar, partilho o olhar que deu origem aos elementos que a compõem”, destacou a religiosa.

SOBRE A PINTURA - O grande cenário em colunas que abre em espaços de portas e janelas em todo o quadro, acena que o espaço sagrado é a vida, a Criação e vai além dos muros dos templos das igrejas. - A centralidade é a pessoa de Jesus, na sua perspectiva Trinitária. Deus, Pai e Mãe, simbolizado nas mãos, envia e, ao mesmo tempo acolhe Jesus na sua missão de Revelador do seu Amor na história da criação. Espírito Santo em movimento parte de Jesus, perpassa pela fundadora e impulsiona a sair a caminho e lançar as sementes do Reino. - Algumas cenas do Evangelho podem ser percebidas, como a partilha dos pães e peixes pelo menino abraçado por Jesus, o Mestre nas Bem Aventuranças, Jesus misericordioso na sua acolhida dos pobres e sofredores. - A segunda imagem em destaque é a fundadora com uma criança, apontando para sua história de mãe e sensibilidade à vida. Está próxima e faz a experiência deste amor solidário de Jesus. O pano de fundo desta cena são as belas montanhas austríacas, alusão às origens da Congregação. - Uma imagem em forma de mulher está debruçada no colo de Jesus. Este mesmo colo acolhedor é o colo das Irmãs. Esta imagem representa a realidade da cidade, com suas vestes feitas, casas simples, pessoas sentadas, sofridas, e cenas de violência.

- As duas mulheres representam as que chegaram ao Brasil, olharam e se compadeceram com o sofrimento do povo, como Deus em Êxodo 3,7… “Eu vi o sofrimento do meu povo”. - O Espírito de AMOR de Jesus desencadeia todo o movimento presente nas outras imagens. Perpassa pela fundadora e impulsiona a mulher que aponta na mesma direção de Jesus e segue em passos largos. O Espírito na ação. - Em seguida, a fachada da Igreja, com sua torre e povo em marcha, o serviço da catequese e atividades sociais com homens e mulheres, na luta por educação, acesso aos meios modernos de comunicação, terra, teto e trabalho, com muita sensibilidade para a arte e cultura. “Eu vim para que todos tenham vida e a tenham em plenitude” Jo 10,10. Em todas as imagens a vibração das cores e luzes representam a alegria e entusiasmo dos que se põem na dinâmica do amor-serviço-solidário e se constroem como cidadãos e cidadãs do Reino, sementes de uma nova sociedade. O tom avermelhado unifica os elementos como símbolo do amor e das lutas. - No canto superior direito uma jovem aponta para um futuro de esperança, como os mais novos discípulos e discípulas de Jesus. - Um pequeno ramo em formas espirais brota da figura de Jesus e perpassa cada canto da pintura… É a vida, na sua fragilidade e resistência.


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FESTAS SEM ÁLCOOL Amor e respeito à vida

As paróquias Santa Terezinha, em Guarapuava e Santo Antônio, em Manoel Ribas, são as únicas da diocese que possuem a Pastoral da Sobriedade. O pároco, padre Nivaldo da Silva é um dos maiores incentivadores dos trabalhos. Há mais de cinco anos, a Igreja no Brasil, através da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dos Regionais e de suas dioceses, trabalha pela proibição da venda de bebidas alcoólicas em suas festas e comemorações. O ato é em favor da vida e da unidade entre as pessoas. Desde o início, o assunto gerou polêmicas. Há quem defenda a ideia, mas há também quem entenda que a venda de bebidas alcoólicas nas comemorações de padroeiros e afins não causem problemas, principalmente porque este tipo de comércio, segundo contam, faz parte da tradição popular. O Regional Sul 2 da CNBB, que compreende a Igreja Católica no Paraná, vem trabalhando este assunto desde que o mesmo foi proposto e defende veementemente a proibição de bebidas nas comemorações da Igreja. Desde 2013, a diocese de Guarapuava encampou esta ideia e trabalha o assunto nas reuniões e assembleias da instituição, bem como de forma individualizada, através das paróquias e comunidades.

Durante a 18ª Assembleia Diocesana Pastoral, realizada em Guarapuava em 2014, as 47 paróquias da instituição, bem como as comunidades e institutos pertencentes à mesma, foram orientadas para que a comercialização de bebidas alcoólicas nas comemorações fosse banida. Na ocasião, das 328 pessoas presentes, 315 votaram a favor do projeto e assumiram o compromisso de não venderem, em hipótese alguma, bebidas alcoólicas em suas comunidades. Em assembleia, todos os bispos do Estado defenderam o projeto e, todos os anos, reforçam este compromisso nos encontros que realizam. Os bispos também passaram a orientar seus párocos e coordenadores das paróquias e comunidades sobre os malefícios do álcool e outras drogas para a saúde humana e também para a saúde familiar e da Igreja. A reportagem do Centro Diocesano de Comunicação (CDC) conversou com o pároco da paróquia Santa Terezinha, em Guarapuava, padre Nivaldo da Silva, da Congregação Sociedade do Verbo Divino (SVD) para saber mais sobre o assunto relacionado ao álcool e outras drogas em sua comunidade.

A paróquia Santa Terezinha possui a Pastoral da Sobriedade e, em suas dependências, também acolhe o grupo de Alcoólicos Anônimos (AA) que realizam reuniões e orientações a quem necessita de ajuda. Conforme destacou padre Nivaldo, em sua paróquia não houve nenhum conflito quando foi sugerida a proibição da venda de bebidas nas festas da comunidade. Ao contrário, segundo diz, pois a proibição foi ao encontro dos projetos desenvolvidos junto à paróquia, como no caso dos Alcoólicos Anônimos e da Pastoral da Sobriedade. “Sabemos que o álcool e as drogas são questões sérias e que precisam ser debatidas. Tudo isso é muito problemático. Aqui, na diocese de Guarapuava, as vozes foram fortes pela proibição da venda de bebidas alcoólicas nas festas. Eu também ouvi muitas pessoas, à época, dizendo que ‘isto não vai dar certo, porque é uma tradição’, mas acabou que a maioria das comunidades aderiu a este projeto e tudo se encaminhou da melhor maneira. Aqui, na paróquia Santa

Terezinha, nós não tivemos nenhum problema com isso. Desde a Assembleia diocesana, todos nós aderimos a este projeto que é em favor da vida, em defesa da saúde humana e também da Igreja”, destacou padre Nivaldo. O sacerdote também evidenciou o aumento da participação de pessoas nas festas da comunidade depois da proibição da venda de bebidas. “A sobriedade mantém as pessoas lúcidas e isto é muito bom, pois faz com que a percepção seja clara. Sempre há alguém que, em um momento ou outro, reclama pela falta desta comercialização, mas aí, explicamos que a decisão é para o bem de toda a comunidade, pois sabemos que em muitas famílias, o problema com drogas, tanto lícitas como ilícitas estão presentes e machucam muita gente. Aqui, tivemos um aumento de participação, principalmente dos frequentadores dos grupos de ajuda que começaram a colaborar nas festas sem risco algum de estarem perto do álcool. Isto é muito gratificante para todos nós”, comemorou padre Nivaldo.

PASTORAL DA SOBRIEDADE

“Muitas pessoas disseram que

‘isto não vai dar certo, porque é uma tradição’ mas acabou que a maioria das comunidades aderiu a este projeto e tudo se encaminhou da melhor maneira.” Pe. Nivaldo da Silva, SVD

Há quase quatro anos, a paróquia Santa Terezinha implantou a Pastoral da Sobriedade com reuniões todas as terçasfeiras, às 19h30. A iniciativa partiu de padre Nivaldo que desenvolvia trabalhos nesta área na cidade de Toledo, no oeste do Paraná. Conforme contou, percebeu que motivar a presença da Pastoral da Sobriedade na paróquia seria uma alavanca para que as pessoas pudessem se livrar dos vícios e tivessem uma vida mais saudável, com reflexo direto na sociedade. Padre Nivaldo ressalta as dificuldades enfrentas por pessoas viciadas e a luta diária que cada um enfrenta para manter a sobriedade. “Temos tido muito sucesso em nosso trabalho pastoral, mas sabemos das dificuldades existentes neste caminho que é árduo. Algumas pessoas sucumbem e, infelizmente, perdem esta luta ferrenha para o álcool e para as outras drogas. Mas isto não pode desmotivar aos demais, pois se perdermos a fé e a esperança; perdemos tudo. Eu venho de uma caminhada de

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conscientização e esta é uma área que vai ao encontro daquilo que eu penso e que acredito”, salienta. A vulnerabilidade das pessoas viciadas em drogas é muito grande e isto acaba por dificultar os trabalhos em muitos momentos, conforme destaca o pároco. No entanto, ele observa que a persistência e o apoio das famílias são as melhores alavancas para que alguém supere as dificuldades e se mantenha longe do vício. “Temos um grupo da Pastoral da Sobriedade aqui na paróquia que se reúne todas as terças-feiras. É um trabalho bonito, mas as dificuldades são muitas e temos consciência disso. É um exercício de apostolado. O trabalho de quem se libertou do vício e que assume função junto ao grupo é de fundamental importância, pois são estas pessoas que darão um norte para quem vive o problema. Aqui, várias pessoas que estão livres dos vícios, assumiram serviços na Pastoral (da Sobriedade) e hoje, com seus testemunhos, apontam caminhos aos outros e isto é muito gratificante”, discorreu.


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ALCOÓLICOS ANÔNIMOS NA PARÓQUIA O Grupo Renascer, dos Alcoólicos Anônimos (AA), em Guarapuava, completou trinta e nove anos de fundação no mês de abril deste ano. A instituição, que funciona na paróquia Santa Terezinha, é responsável pela recuperação de centenas de pessoas na cidade e região ao longo de seu tempo de atuação. Os Alcoólicos Anônimos se reúnem no salão da matriz Santa Terezinha às quartas-feiras e aos sábados, sempre às 20 horas para trabalhar seus projetos.

Durante a entrevista, padre Nivaldo ressaltou a importância da existência desses grupos e o conforto que eles levam às famílias através do amparo aos dependentes. “Os Alcoólicos Anônimos têm uma importância fundamental em nossa comunidade e na vida das pessoas de nossa cidade. Esse desejo de vencer a cada dia, de contar o tempo de sobriedade é um apostolado, é um trabalho de persistência, de luta diária contra o vício

destruidor. Aqueles que falam a mesma linguagem, que passam pelas mesmas dificuldades, têm certa facilidade de mostrar os caminhos corretos a serem seguidos por quem, muitas vezes, perdeu todas as esperanças. Estas pessoas podem dar seus testemunhos, podem falar com propriedade sobre o problema e apontar soluções que às vezes estão dentro de cada um dos doentes”, observou o padre.

CAMINHADA Padre Nivaldo relembrou que começou seu trabalho na cidade de Toledo, na Fazenda Esperança, um lugar que foi criado para acolher dependentes químicos da região, sem envolvimento direto com denominações religiosas. O sacerdote disse da relutância que teve em aceitar trabalhar com os dependentes e também da alegria que foi quando entendeu o projeto, sua missão e a importância da entidade junto à sociedade. “Minha congregação (SVD) tem um seminário em Toledo. Eu trabalhava no seminário e um padre, certa vez, me convidou para presidir uma missa nesta instituição, a Fazenda Esperança. Aquilo me chocou muito e eu me senti amedrontado de ir àquele lugar. Mas depois, eu refleti e comecei a me questionar: eu, como missionário, que faço parte de uma congregação missionária com medo de ir ao encontro de quem precisa? Não, não posso fazer isso, pensei. Ali, eu me desafiei e fui. E eu te digo que foi lá, a partir daquele momento, que começou minha teologia na prática. Eu nem sabia quais palavras usar naquele lugar, com aquelas pessoas, naquele momento

de dificuldades porque elas passavam, mas eu deixei fluir e as coisas aconteceram. Havia um preconceito em mim, como há na maioria de nós, mas consegui vencer esta barreira, entender minha missão e trabalhar com estas pessoas que precisam tanto de ajuda. Lá eu fiz muitos amigos e passei a compreender muito mais as dores, medos e necessidades do outro”, relembrou. Todas as pessoas precisam de conversão para que entendam o mundo e as situações à sua volta, conforme sublinha padre Nivaldo. Ele salienta que sem a conversão, sem o desejo de ajudar ao próximo, nada vinga e a vida se torna chata, repetitiva, sem graça. “A partir da minha celebração naquela instituição para dependentes químicos, houve uma conversão em mim. Daquele momento em diante, eu me pus à disposição, bem como o seminário onde eu atuava e os trabalhos passaram a dar certo. Nossa missão é ir ao encontro das pessoas e é preciso ter isso muito claro em nossa mente. Todo viciado é um doente e, como doente, precisa de tratamento especializado. Cuidar destas

pessoas e tentar inseri-las num caminho correto é dever de todos nós como seres humanos, como cristãos que cremos no gesto do amparo, no ato de estender a mão a quem mais precisa, naquela hora fatídica de sua vida”, grifou. Padre Nivaldo finalizou a entrevista alertando que a prevenção é o melhor caminho para se combater o alcoolismo e outras drogas. “Tudo começa com a prevenção, com a orientação. A família é a grande chave para tudo isso. É importante que os pais e responsáveis mantenham as crianças, adolescentes ou mesmo os adultos, longe dos vícios e apontem caminhos seguros e verdadeiros a seus filhos. É preciso falar muito do assunto. Não há o que temer. Sempre que houver oportunidades, há que se falar e discutir o problema. As conversas servem de alerta. Uma pessoa que vive alerta, não se deixa levar por ilusões, por prazeres momentâneos e por sofrimentos de uma vida inteira”, finalizou padre Nivaldo.

PASTORAL DA SOBRIEDADE ALCOÓLICOS ANÔNIMOS (AA) GRUPO RENASCER Reuniões todas as quartas e sábados às 20 horas, na matriz Santa Terezinha. Informações na secretaria da paróquia: 42 3623-5119.

As paróquias Santa Terezinha, em Guarapuava e Santo Antônio, em Manoel Ribas, são as únicas da diocese que possuem a Pastoral da Sobriedade. Em Guarapuava, informações podem ser obtidas na secretaria paroquial, através do telefone: 42 3623 5119. A matriz fica na Rua Tiradentes, 2007, Bairro Batel. Em Manoel Ribas, a paróquia Santo Antônio está situada à Rua Ivan Ferreira do Amaral Filho, 584, centro da cidade. Informações podem ser obtidas pelo telefone: 43 3434 1208.


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Capacitação de novos líderes no Guará, paroquia Santos Anjos de Guarapuava.

Setembro - 2017

Novos coordenadores paroquiais do decanato Pitanga foram capacitados em Missão do Coordenador da Pastoral da Criança. Agradecemos o empenho e disponibilidade da capacitadora Marlene Portolan Zbierski.

PUDIM DE PÃO E ABACAXI

INGREDIENTES • 1 xícara de abacaxi batido no liquidificador • 2 xícaras de casca de pão • 2 xícaras de leite quente • 2 ovos batidos • 1/3 de xícara de mel • 1 colher (sopa) de suco de limão RECHEIO • 1/4 de xícara de manteiga amolecida • 1 colher (chá) de casca de limão ralada • 1 a 2 colheres (sopa) de suco de limão MODO DE PREPARO

Reserve 1/4 xícara de calda do abacaxi. Misture a calda, o abacaxi e os ingredientes restantes. Despeje numa forma refratária untada. Asse em forno moderado por cerca de 45 min. Sirva com o molho da seguinte maneira: bata a manteiga com o açúcar, junte a casca ralada e o suco de limão. Mexa bem. Leve a geladeira até que firme. Sirva frio em cima da sobremesa morna.

acenda essa luz em seu coracao com a sua

doacao Dê uma força para o desenvolvimento saudável de milhares de crianças, fazendo uma doação pela conta de energia elétrica. Com esse gesto, você ilumina o presente e o futuro de muitas famílias acompanhadas pela Pastoral da Criança. Alagoas, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso, Pará, Paraná, Rio de Janeiro, Santa Catarina, São Paulo e Tocantins são os estados que já possuem convênio entre suas companhias de energia e a Pastoral da Criança.

Nas OFICINAS DE FORMAÇÃO CONTÍNUA os líderes têm a oportunidade de aprofundar e atualizar conhecimentos, trocar experiências sobre as situações das famílias e ficam cada vez mais confiantes e preparados para realizarem a missão.

Com o objetivo de fortalecer a missionariedade, unidos ao Senhor, Deus da Vida que nos guia na missão, os líderes da paroquia São Roque, de Boa Ventura de São Roque, participaram de um dia de oração, assessorado por Irmã Laura Marcelino.

Estamos realizando a CAMPANHA DA LUZ – Arrecadação de contribuições por meio das faturas de energia elétrica - Esta campanha tem como objetivo arrecadar recursos financeiros que ajudem a suprir as necessidades básicas da comunidade, no acompanhamento de crianças e gestantes, buscando assim sua auto sustentabilidade. QUER SER UM DOADOR?


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SAÚDE DO BEBÊ: Dormir de barriga para cima é mais seguro! Os riscos de dormir de barriga para baixo são semelhantes ao de dormir de lado. Essas são posições instáveis, que permitem que o bebê role e acabe ficando de bruços. O LEGADO DE SEBASTIAN

Tudo começou há 26 anos, quando a apresentadora de TV e radialista britânica Anne Diamond perdeu seu filho Sebastian, vítima da morte súbita. O bebê, de quatro meses, havia sido posto para dormir de bruços, de acordo com a orientação dos pediatras da época. No auge da sua carreira, como uma das apresentadoras mais famosas do país, o falecimento de Sebastian foi noticiado em todos os jornais do Reino Unido. A tragédia havia coincidido com a divulgação, pela primeira vez, de uma pesquisa feita naquele país, na Holanda e na Nova Zelândia, que concluiu que pôr os bebês para dormir de barriga para cima era importante para a prevenção da mortalidade infantil. Nesse momento, Anne percebeu que poderia ajudar outras mães e evitar que mais crianças morressem. Esse seria o legado de Sebastian. Nos dias em que se seguiram a apresentadora começou a pesquisar sobre a Síndrome da Morte Súbita do Lactente (SMSL) e visitou a fundação Lullaby Trust, onde descobriu a relação entre a posição em que os bebês dormiam e os falecimentos. Anne também teve conhecimento de um relatório publicado na Nova Zelândia, que havia estudado mais de dois mil bebês, durante três anos. A conclusão foi: pôr os bebês para dormir de barriga para cima reduzia o risco de morte súbita. Mas, diferente da Nova Zelândia, onde o estudo havia provocado uma ação imediata, o Reino Unido ainda olhava os dados com cautela. O que significava que a cada noite, muitos bebês ainda corriam risco de morrer e Anne não podia deixar isso acontecer. Após levar um especialista para a Nova Zelândia, ação que resultou na criação de um grupo de trabalho para orientar o governo britânico e garantir o apoio dos profissionais de saúde, Anne deu início à campanha “Back to Sleep” (em uma tradução livre: “Dormir de costas”), que divulgava que a melhor posição para os bebês dormirem era de barriga para cima. Somente dois anos depois, o governo do Reino Unido lançou uma campanha própria. Em 1989, 1.545 casos de morte súbita foram registrados no Reino Unido. Em 1992, um ano após Anne ter lançado sua campanha, o número caiu para 647. Em 2014, ocorreram 128 casos. A campanha fez o Reino Unido se tornar um dos primeiros países a adotar novas diretrizes sobre a melhor posição para os bebês dormirem. Logo, ações semelhantes começaram a surgir nos Estados Unidos e na Europa.

Essas são posições instáveis, que permitem que o bebê role e acabe ficando de bruços. Ao deitar de bruços, o bebê respira um ar viciado, ou seja, o ar que ele próprio expira. “Uma criança maior ou um adulto acordariam ou trocariam de posição para evitar o sufocamento, mas em alguns bebês a parte do cérebro que controla este reflexo não está desenvolvida. Por isso, ele acaba morrendo por asfixia”, afirma o doutor Cesar Victora, cientista da UFPel, que foi um dos ganhadores do Prêmio John Dirks Canada Gairdner de 2017, uma das principais honrarias internacionais da área médica.

CRENÇA POPULAR NEM SEMPRE DEVE SER LEVADA A SÉRIO?

Entretanto, essa posição ainda não é muito praticada pelas mães e pais brasileiros. Conforme mostrou o estudo da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), conduzido pelo doutor Juraci Almeida Cesar, em 2010, 76,8% das 2.464 mães entrevistadas acreditavam que dormir de lado era a posição mais segura para o bebê, pois evitaria que a criança se afogasse ou engasgasse. Contudo, essa é uma crença popular incorreta. Se a criança deitada de barriga para cima se afogar, por instinto, ela irá tossir e, com isso, chamar a atenção dos pais. No caso da morte súbita, mais comum entre crianças deitadas de lado e bruços, a reação é silenciosa. De acordo com o estudo, infelizmente, apenas 20% das entrevistadas tinham intenção de pôr o bebê dormir de barriga para cima – dado que mostra a importância de continuar divulgando a campanha.

QUE TAL?

O QUE É MORTE SÚBITA?

A Síndrome da Morte Súbita do Lactente, também conhecida como morte do berço, é aquela que acontece de forma inesperada. Isto é, quando um bebê saudável morre sem nenhuma explicação aparente. Apesar de acontecer com mais frequência durante o sono à noite, ela também pode ocorrer em uma soneca de dia, no carrinho ou até no colo dos pais. A morte súbita ocorre com mais frequência nos primeiros quatro meses de vida.

O PRIMEIRO PASSO NO BRASIL

A Pastoral da Criança, com base nos estudos brasileiros e na publicação Sudden Infant Death Syndrome, lançou

em 22 de junho de 2009, a campanha “Dormir de barriga para cima é mais seguro”, o primeiro passo para adotar as novas diretrizes de sono infantil no Brasil. De barriga para cima é a maneira correta e mais segura de os bebês dormirem no primeiro ano de vida. Segundo os estudos do Centro de Pesquisas Epidemiológicas da Universidade Federal de Pelotas (UFPel) e campanhas divulgadas nos Estados Unidos e Europa, o simples fato de pôr o bebê nessa posição pode reduzir em mais de 70% o risco de morte súbita.

POR QUE DE BARRIGA PARA CIMA?

Os riscos de dormir de barriga para baixo são semelhantes ao de dormir de lado.

De acordo a pesquisa do doutor Juraci de Almeida Cesar, pesquisador da Universidade Federal de Pelotas (RS), 75% das mães acreditam que a posição mais adequada para o bebê dormir é de lado. 74% delas afirmaram que aprenderam sobre a posição lateral com suas mães (as avós maternas). Líder da Pastoral da Criança, que tal falar sobre isso em uma roda de conversa com as avós e explicar que um gesto tão simples, como a posição de dormir, pode ajudar a salvar vidas? Os Laços de Amor são uma ótima ferramenta para explicar a campanha. Leve esse material também ao serviço de saúde e aproveite para entrar em contato com as maternidades. Afinal, dormir de barriga para cima é recomendado pela Sociedade Brasileira de Pediatria! Revista Pastoral da Criança, Ano 3, número 09. Agosto, setembro e outubro de 2017

Por instinto, ela irá tossir e, com isso, chamar a atenção dos pais.


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Paróquia Divino Espírito Santo faz história com trabalho evangelizador Conforme documentado no livro tombo, de 08 a 17 de maio de 1991, realizou-se a novena do Espírito Santo, por ocasião da instituição da nova paróquia. O dia 19 de maio de 1991 é sinônimo de grande alegria para a diocese de Guarapuava. Nesta data, surgia mais uma comunidade no decanato centro. Tratase da paróquia Divino Espírito Santo, no bairro Vila Bela. O momento foi de grande importância para os moradores do entorno que viram a comunidade crescer e, aos poucos, conquistar espaço nas vidas das pessoas que encontram na Igreja Cristã seu verdadeiro acalento. Conforme informações daquela comunidade, antes de se tornar paróquia a antiga capela já tinha trilhado um vasto caminho de muita perseverança e conquistas ao longo dos tempos. Como capela, a hoje paróquia Divino Espírito Santo, pertenceu à paróquia Santa Cruz e Nossa Senhora das Dores, até o ano de 1964. A partir daquele ano, a comunidade passou a pertencer à paróquia Santa Terezinha, no bairro Batel. O crescimento do local em se tratando de participação dos moradores só aumentou a partir de 1964. Padre Guilherme Maria Helber, da Congregação do Verbo Divino (SVD), foi quem celebrou a primeira missa depois que a capela passou a pertencer à paróquia Santa Terezinha. No ano seguinte, em 1967, a comunidade organizou a primeira festa do padroeiro e foi surpreendida pelo imenso número de pessoas que participou das comemorações. Os trabalhos não pararam e, com empenho da população, muito se construiu na comunidade, segundo relatam os pioneiros em nota. Conforme sublinham, nos mais de vinte anos subsequentes, foram fundadas novas comunidades que começaram como centros de orações e convivências. “De 1967 até 1990, foram fundados os centros da Vila Planalto e do bairro Alto Cascavel, que mais tarde se tornaram capelas da paróquia Divino Espírito Santo. Também

foram fundadas as comunidades Nossa Senhora Auxiliadora, Nossa Senhora das Graças, Sagrada Família, São Gaspar Bertoni, bem como as comunidades rurais Zampier, Porungos, Rio do Poço, Posto Napoleão e Três Capões”, diz a nota. A matriz e a casa paroquial tiveram sua construção no sistema de mutirão. Houve empenho de todas as pessoas da comunidade que contribuíram com trabalho e dinheiro para que as obras não parassem. Festas eram realizadas e o lucro angariado era revertido em favor da construção do espaço. No dia 27 de dezembro de 1989, o provincial da Congregação dos Estigmatinos (CSS) padre Mauro Montagnoli, juntamente com o padre Sebastião Marson (CSS), estiveram em Guarapuava para reconhecimento do território que a nova matriz ocuparia. Na ocasião, através de reuniões, eles conheceram a história do local e trataram do desmembramento territorial para a formação da nova paróquia. Para a composição da nova comunidade religiosa, através de ata lavrada no dia 03 de março de 1990, padre Sebastião Marson recebeu uma parte

do território da paróquia Santa Terezinha. A partir daquele momento, novos desafios estavam lançados e a caminhada começava para toda a comunidade. Conforme documentado no livro tombo, de 08 a 17 de maio de 1991, realizou-se a novena do Espírito Santo, por ocasião da instituição da nova paróquia. A inauguração da casa paroquial e tomada de posse do primeiro pároco, padre José Ribeiro Dias Sobrinho, foi realizada em seguida. Segundo documento de nomeação, a missão do primeiro pároco era ensinar o evangelho, administrar os sacramentos e reger o povo de Deus, como bom pastor.

COMUNIDADES

Os trabalhos nas comunidades que passaram a pertencer à nova paróquia ganharam novo fôlego, conforme relatos. No bairro Alto Cascavel, a atual comunidade Pai Eterno, que anteriormente se chamava comunidade Divino Espírito Santo, desde o ano de 1975, conforme relato dos moradores, já desenvolvia atividades pastorais através do centro comunitário. O primeiro coordenador daquela comunidade foi Alcides Grosko.

Na comunidade São Gaspar Bertoni, as primeiras celebrações presididas pelo padre Sebastião Marson eram nas casas de moradores do bairro. Tempos depois, as celebrações e encontros comunitários foram fixados em uma casa cedida pela Cohapar, na Rua Carlos Luz, 67. A comunidade se reuniu naquele espaço até a construção da capela, que foi concluída em 1994. Depois que a comunidade Divino Espírito Santo foi elevada à paróquia, muitos movimentos religiosos que já existiam, se firmaram e cresceram. Legião de Maria, Clube de Mães, Círculos Bíblicos são exemplos de trabalhos desenvolvidos em favor da evangelização e da união entre os paroquianos. Atualmente, a paróquia Divino Espírito Santo encontra-se sob a administração do pároco, padre Vinicios Augusto Santos Araújo (CSS), tendo como vigário, padre Sebastião Santos Teixeira (CSS) e diácono Horácio Miguel Sampaio (CSS). A paróquia conta onze comunidades, sendo sete no perímetro urbano e quatro na área rural. Desde 2004, a paróquia trabalha na construção da nova matriz que deve ser concluída nos próximos anos. No entanto, o local já acolhe celebrações de missas e outros encontros que exijam espaço para muitas pessoas. As festas realizadas anualmente são referências em toda a região. Centenas de pessoas visitam as casas e fazem procissão com a tradicional Folia do Divino. A diocese de Guarapuava, em nome do bispo Dom Antônio Wagner da Silva, agradece à paróquia Divino Espírito Santo pelo trabalho desenvolvido ao longo dos tempos.

HORÁRIOS DE MISSAS NA MATRIZ DIVINO ESPÍRITO SANTO VILA BELA: Domingos: 7h30, 9h e 19h Terça a sexta: 19h


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Diocese de Guarapuava

Arqueólogos podem ter descoberto cidade de Pedro, André e Filipe “Filipe era natural de Betsaida, cidade de André e Pedro”; “Estes se aproximaram de Filipe (aquele de Betsaida da Galileia)”. Arqueólogos acreditam ter encontrado a cidade romana perdida de Julias, terra dos três apóstolos de Jesus: Pedro, André e Filipe. A descoberta foi feita na margem norte do Mar da Galileia, na Reserva Natural do Vale de Betsaida. “Filipe era natural de Betsaida, cidade de André e Pedro”; “Estes se aproximaram de Filipe (aquele de Betsaida da Galileia)”. João 1,44: (João 1,44; 12,21).

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Dicas de Leitura Biblioteca Diocesana Nossa Senhora de Belém Edifício Nossa Senhora de Belém Rua XV de Novembro 7466 - Sala 04 Centro - Guarapuava Fone: (42) 3626-4348 LIVRO: O meu Cristo de cada dia AUTOR: Padre Virgílio EDITORA: Paulinas O texto leva o leitor a compreender a fé através da fundamentação dos sonhos e libertação dos entraves que impedem os pensamentos.

PEÇA CHAVE: CASA DE BANHO ESTILO ROMANO

“A peça chave da descoberta é uma casa de banho no estilo romano. Por si só, isto indicaria que existiu uma verdadeira cidade no local e não apenas uma vila de pescadores”, declarou ao jornal israelense Haaretz o Dr. Mordechai Aviam, do Kinerret College. Ninguém além do historiador Josephus Flavius - de fato a única fonte que descreve a existência desta cidade - escreveu que o Rei judeu Herodes Filipe, filho do rei vassalo Herodes, o Grande, transformou Betsaida - que era uma vila de pescadores judeus - em uma “polis” romana (Ant. 18:28. Embora seja construído sobre Betsaida, ou por isso, permanece desconhecido). Josephus relatou que o rei havia promovido Betsaida de uma aldeia para uma polis, uma verdadeira cidade, “afirma meticulosamente Aviam”. Ele não disse que tinha sido construído “em”, ou “ao lado”, ou “embaixo dela”. E, de fato, durante todo esse tempo, não sabemos onde foi. Mas, a casa de banho atesta a existência da cultura urbana”.

A CIDADE DE JULIAS

A cidade recebeu o nome de “Julias” em homenagem à Julia Augusta, mãe do Imperador Romano Tiberius, que antes de se casar era chamada de Livia Drusilla. O próprio Josephus assumiria a responsabilidade pelo fortalecimento das defesas de Betsaida (conforme ele mesmo relatou) antes da Grande Revolta Judaica contra Roma que começou em 67 d.C., e acabaria em desastre para os judeus em 70 d.C. O próprio Josephus afirmou ter sido ferido na batalha em um pântano próximo a Julias (Vida 399-403). Na verdade, existem três locais que poderiam ser a cidade de Julias: este, chamado el-Araj e dois sítios próximos ao lago. Depois de encontrar de forma inesperada a casa do banho e outros vestígios da era romana, abaixo das ruínas bizantinas (anteriormente conhecidas) do local, os arqueólogos acreditam que este sítio, no delta do Rio Jordão, na margem norte do mar da Galileia, seja o candidato mais forte. O que os arqueólogos encontraram em el-Araj é uma camada mais antiga que data do período romano tardio, do 1 ° ao 3 ° século C.E., dois metros abaixo da camada bizantina.

Essa camada romana continha blocos de cerâmica dos séculos I ao III, C.E., um mosaico e os restos da casa de banho. Foram encontradas ainda duas moedas, uma moeda de bronze do final do século II e um denário de prata com a efígie do Imperador Nero do ano 65-66 d.C.

VESTÍGIOS DE UMA ANTIGA IGREJA?

Os escavadores também encontraram paredes com verdadeiros tesouros de vidro dourado para um mosaico, uma indicação da existência de uma rica e importante igreja. Willibald, o Bispo de Eichstätt na Baviera, visitou a Terra Santa em 725 d.C., e em seu itinerário, ele descreve sua visita a uma igreja em Betsaida que foi construída sobre a casa de Pedro e André. Pode ser que as escavações atuais tragam maiores evidências sobre a existência desta igreja, dizem os arqueólogos. Um argumento chave a favor de el-Araj ser Julia, reside em um erro de cálculo sobre o nível do Mar da Galiléia, apontam os arqueólogos. A camada romana descoberta está a 211 metros abaixo do nível do mar. O nível do lago era evidentemente mais baixo do que se pensava anteriormente, “e el-Araj certamente não estava debaixo de água no período romano”, afirmam. Os geólogos Prof. Noam Greenbaum da Universidade de Haifa e o Dr. Nati Bergman do Laboratório Limnológico de Yigal Alon Kinneret estudaram as camadas do local e concluíram que o sítio estava coberto de lama e argila que eram transportadas pelo rio Jordão no período do Império Romano Tardio, o que corresponde a uma lacuna no material remanescente do período aproximado entre 250 d.C. a 350 d.C. Mais tarde, no período bizantino, o sítio foi aterrado, concluem os arqueólogos. Assim, a continuidade nas escavações pode revelar novas descobertas. Rádio Vaticano

LIVRO: Profetas da Bíblia e nós, hoje. AUTOR: Padre Luís Mosconi EDITORA: Loyola Vivemos não somente em uma época de mudanças, mas uma mudança de época. Há muitos problemas e desafios que atingem a humanidade inteira e a saúde do Planeta Terra. Não dá mais para continuarmos divididos e como inimigos. Nós precisamos de testemunhos da verdade, da vida, de uma vida sóbria e partilhada, profética e solidária. Este livro convida a conhecer mais de perto alguns profetas da Bíblia: Elias, Amós, Miquéias, Isaías I, Oséias, Jeremias, Isaías II. Seus nomes são conhecidos; suas vidas e mensagens, nem tanto. O livro é um convite a estas reflexões. LIVRO: João Crisóstomo Vida e Martírio AUTOR: Félix Arrarás EDITORA: Do autor O livro conta a história da vida de São João Crisóstomo. O texto fala do trabalho deste santo como orador e também destaca a moralidade, que muitas vezes é pregada apenas da boca para fora. A história é ambientada na segunda metade do Século IV da era cristã. Neste período, as batalhas e os desmandos estavam no ápice, bem como a queda do paganismo. FILME: A Bíblia Ontem e Hoje Uma história de vida e fé Antigo Testamento DISTRIBUIÇÃO: Editora Paulinas Nesta obra, o telespectador se depara com uma história bíblica, mas com alicerces nos dias atuais. O filme foi considerado pela crítica como uma chave de leitura que ajudará a contextuar os fatos bíblicos no tempo e no espaço em que aconteceram e compreender melhor a fé. É uma visão global do Antigo Testamento, capaz de prender a atenção o tempo todo pela originalidade, beleza e a arte com que se apresenta.

ARTIGO: A gestão do Espaço Sagrado

“O Espaço Sagrado e o aspecto Simbólico na vida das pessoas” O Espaço Sagrado por si só fala na vida das pessoas, por meio da simbologia, ou seja, as pessoas contemplam e interpretam os mesmos, de maneira singular. Através da meditação, as pessoas deixam-se elevar espiritualmente, observando sinais, sejam estes em igrejas, montanhas, grutas, flora e outros. Estes espaços auxiliam-nas, conduzindo-as a fazerem e sentirem a experiência de Deus. O Espaço ou local Sagrado compreende-se Igreja, Mosteiro, Santuário, Natureza, Espaço de aglomerações de pessoas, onde celebram e fazem momentos de contemplação. Nestas experiências, as pessoas alimentam seus desejos místico e íntimo com sua Divindade. Os novos projetos de igrejas e/ou santuários, antes de serem construídos ou restaurados (reformados), devem passar por muitas mãos e olhares que cheguem ao

coração das pessoas que buscam a experiência de Deus. Assim, conseguem colaborar e ajudar através da maturidade espiritual. Quando se pretende construir, edificar e reformar; necessita-se dos projetos arquitetônicos e estrutural. Além das coisas práticas, técnicas, também se necessita de alguém para vislumbrar além da acessibilidade e luminosidade. O desafio é perceber onde será restaurado ou construído, a importância e o local dos ícones ou símbolos que auxiliam as pessoas a se encontrarem com o Sagrado. Os Espaços Sagrados nos quais expressam simbologias iconográfica, carecem da análise de pessoas especialistas, técnicas e pessoas contemplativas, cuja espiritualidade inspirará as melhores ideias para o Belo e para o Bem Comum. Diante do Espaço Sagrado que se pretende edificar, restaurar, para auxiliar a cultivar a fé, o mesmo

poderá proporcionar e despertar nas pessoas a paz interior, o desejo de encontrar-se consigo mesma e com o Deus. A busca constante do encontro entre o humano e o Divino, pode ser o sentimento em saciar a sede no rio da água viva que se encontra na Infinita Bondade do Criado. Portanto, é aconselhável e de suma importância para as pessoas que pensam em realizar construções e/ ou restaurações, primeiro passo, espiritualidade: momentos de orações, meditar a palavra de Deus, fazer reflexões e rezar para encontrar pessoas com experiências em construções com aspectos e sinais míticos, para os auxiliarem na realização da Magnífica Missão. Pe. Sercio Ribeiro Catafesta Ecônomo/Administrador Diocese de Guarapuava


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PRUDENTÓPOLIS -PR


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