“Sal da terra e luz do mundo.” Mt 5, 13-14
Não podemos apenas estar na Igreja, mas ser a Igreja. Entenda porque o ano de 2018 será dedicado aos leigos. Página 20
Pe. Acácio Evêncio de Oliveira fala sobre os 200 anos da Catedral. Página 27
Diocese de Guarapuava ordena primeiro diácono permanente. Saiba quem é Agnaldo Pereira dos Santos. Página 26
Cuide do meio ambiente. Não jogue este jornal em vias públicas, não queime e recicle sempre! Foto: Corpus Christi 2017 - Guarapuava.
Diocese de Guarapuava
Catedral acolhe Congresso Diocesano para Ministros da Eucaristia. Página 19
Saiba quais foram os resultados da 20ª Assembleia Diocesana de Pastoral. Página 30
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Diocese de Guarapuava
Novembro - 2017
Editorial Sempre é tempo para se celebrar Nesta edição, temos a alegria de noticiar a ordenação do primeiro diácono permanente da diocese, Agnaldo Pereira dos Santos. Chegamos ao mês de novembro. Daqui para o final do ano, falta muito pouco. Nossa edição de número 461 do Jornal a Igreja na Diocese de Guarapuava (Boletim Diocesano), contempla diversos assuntos de interesse de nossa comunidade nesta ocasião. Neste editorial, destacamos os duzentos anos de fundação da Catedral Nossa Senhora de Belém enquanto paróquia. Em entrevista com pároco da Catedral, padre Acácio Evêncio de Oliveira, este explica sobre a abertura do Ano Jubilar dos duzentos anos e também chama a comunidade para se envolver no projeto. Padre Acácio destaca também, o desafio que tem sido manter as obras de construção da nova Catedral e a vontade de concluir os trabalhos em 2018. “Entregar a nova Catedral para a população de Guarapuava seria um verdadeiro presente em celebração ao Jubileu dos duzentos anos”, observa. O pároco também adianta que “a história da Catedral Nossa Senhora de Belém se mescla à história do município e da região de Guarapuava. Vamos trabalhar diversos aspectos inerentes ao tema. Eu convido a todos para celebrar este momento”. Também trataremos, nesta edição, da vigésima edição da Assembleia Diocesana de Pastoral, realizada na Casa de Líderes Nossa Senhora de Guadalupe, nos dias 29 e 30 de setembro. Mais de duzentas pessoas das paróquias e comunidades da diocese participaram do encontro que neste ano trabalhou o tema: “Iniciação à Vida Cristã - Itinerário para formar discípulos e missionários, Documento 107 da CNBB”. Durante a Assembleia, também foi discutido nosso assunto de capa desta edição, que discorre sobre o Ano do Laicato.
Voz do Pastor
Na ocasião, Tales Falleiros Lemos, da Comissão para o Ano do Laicato falou sobre o assunto. Ele disse, com base no tema proposto pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) “‘Ano Nacional do Laicato: cristãos leigos e leigas, sujeitos na Igreja em saída, a serviço do Reino’, pretende envolver a sociedade no projeto e aproximar cada vez mais a Igreja de quem precisa, numa resposta positiva ao que propõe o Papa Francisco”. Nesta edição, temos a imensa alegria de noticiar a ordenação do primeiro diácono permanente da diocese, Agnaldo Pereira dos Santos. Agnaldo será ordenado pelo bispo da diocese de Guarapuava, Dom Antônio Wagner da Silva, no dia 11 de novembro, às 10 horas da manhã, na paróquia Imaculada Conceição, na cidade de Palmital. Agnaldo mandou uma carta para a redação falando de sua vida e de como descobriu vocação para servir a Igreja como diácono permanente. A matéria e a carta podem ser lidas na página 26. Não podemos nos esquecer do primeiro Congresso Diocesano dos Ministros da Eucaristia, que será realizado na Catedral Nossa Senhora de Belém no dia 15 de novembro. Será um espaço para discussões e entendimentos sobre a caminhada da Igreja na diocese. Mais uma vez, de todo coração, agradecemos a você, caro leitor, pela alegria que nos dá com sua leitura, crítica ou sugestão. Este veículo é um espaço de todos e tem por objetivo principal disseminar os ensinamentos cristãos. O final de mais um ano está muito próximo e precisamos ter a consciência de que sempre é tempo de se renovar e de fazer melhor. Obrigado por fazer parte de nossa história. Deus nos proteja sempre com as bênçãos de Nossa Senhora de Belém!
AGRADECIMENTOS DESTA EDIÇÃO Nesta edição, expressamos nossos sinceros agradecimentos às seguintes pessoas, empresas e instituições: Portal A12 (www.a12.com), Radio Vaticano (www.br.radiovaticana.va), CNBB (www. cnbb.org.br), CNBB Regional Sul 2 (www.cnbbs2.org.br), AFP, Carolayne Franco, Regional Norte 2, Ellen Karolynne Barbosa dos Santos Chicoski, Diácono Agnaldo Pereira dos Santos, Pe. Claudio Gomes dos Santos (MIC). Agradecemos também, aos agentes da Pastoral da Comunicação (Pascom) das paróquias e comunidades que, com seus trabalhos voluntários e evangelizadores, nos ajudam a fazer, todos os meses, este jornal. Através destes agentes, as notícias chegam à redação e são transformadas em matérias. Muito obrigado a todos vocês e que Deus e Nossa Senhora de Belém, continuem abençoando a cada um.
CONSELHO EDITORIAL
BOLETIM DIOCESANO / INFORME INTERNO
Rua XV de Novembro 7466 • 4º Andar • Sala 405 Caixa Postal 300 • CEP 85010-000 • Guarapuava • PR Fone: (42) 3626-4348 jornaldiocese@gmail.com centrodiocesanoguarapuava@gmail.com
Dom Antônio Wagner da Silva, SCJ Padre Itamar Abreu Turco Padre Jean Patrik Soares José Luiz dos Santos Mauricio Toczek Vanessa Paula Pereira
Congresso dos Ministros da Eucaristia Venham todos! Unidos aqui, e nos nossos Regionais, com a bênção do Papa Francisco mostraremos a força da oração. Nossa Senhora de Belém interceda por nós! Dia 15 de novembro próximo, feriado nacional, festa de Nossa Senhora do Rosário do Rocio, Padroeira do Paraná. Aqui em nossa diocese, promoveremos um Congresso dos Ministros Extraordinários da Sagrada Comunhão. Local: Catedral Nossa Senhora de Belém - Guarapuava. Participantes: São convocados todos os Ministros da Eucaristia da Diocese. Sim, de todas as paróquias, inclusive das Comunidades. Por si só este Primeiro Congresso é de uma importância extraordinária. Momento de oração, de reflexão, de fraternidade, de conhecimento, de planejamento e mais... Dois assuntos serão especialmente enfocados: 1º o Projeto de evangelização - CADA COMUNIDADE UMA NOVA VOCAÇÃO. Este Projeto está sendo abraçado por todas as Dioceses dos Estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e algumas de outros Estados do Brasil. O lançamento oficial será na QUINTA-FEIRA SANTA, do próximo ano de 2018 - dia 29 de março, em todas as Dioceses - simultaneamente. Os ministros (as) da Eucaristia são convidados (as) a ser Guardiães desta linda Ação Evangelizadora. Estaremos estudando, preparando esta ação. 2º lançamento do Ano do Leigo que deverá acontecer nos dias 25/26 de novembro próximo e se estenderá até a Festa de Cristo Rei do ano que vem, dia 25 de novembro de 2018. Queremos que a abertura aconteça em todas as Comunidades da Diocese onde haja Missa ou Celebração sem a presença do ministro ordenado. Que seja um ano de celebração e aprofundamento, da consciência batismal fundamento de todos os ministérios, de todo serviço na Igreja. Venham todos! Unidos aqui, e nos nossos Regionais, com a bênção do Papa Francisco mostraremos a força da oração. Nossa Senhora de Belém interceda por nós!
Dom Antônio Wagner da Silva, SCJ Bispo da diocese de Guarapuava - PR
Editor: Padre Jean Patrik Soares (Jornalista) Diagramação: Mauricio Toczek Impressão: Grafinorte - Apucarana - PR Distribuição: Mitra Diocesana de Guarapuava Tiragem: 36.000 exemplares Fechamento da Edição: 27/10/17
É permitida a reprodução total ou parcial das matérias veiculadas no Boletim A IGREJA NA DIOCESE DE GUARAPUAVA, desde que citada a fonte.
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PAPA FRANCISCO Tuíte do Papa: “Como São Francisco para viver na pobreza e na alegria” Em 2019, se completarão oito séculos daquele encontro que os frades franciscanos, no Egito, começaram a celebrar no dia 10 de novembro, com um ano de antecedência. “Como São Francisco de Assis, deixemo-nos transformar pelo amor de Cristo para viver na pobreza e na alegria.” Com este tuíte o Papa Francisco recorda um santo muito amado que a Igreja celebrou no último dia 04 de outubro. Canonizado após dois anos de sua morte pelo Papa Gregório IX e proclamado por Pio XII, em 1939, junto com Santa Catarina de Sena, Padroeiro da Itália, São Francisco foi “a imitação de Cristo pobre e nu sobre a cruz. Por isso, ele rejeitou toda forma de força e poder. A pobreza foi o sinal dessa rejeição”, segundo as palavras do histórico Franco Cardini. São Francisco foi e é ainda uma das figuras de grande inspiração para fiéis e não fiéis, estudiosos e artistas que continuam se confrontando. Poeta, grande comunicador, fundador da Ordem dos Frades Menores viveu plenamente as palavras do capítulo 10 do Evangelho de Mateus: “Não levem nos cintos moedas de ouro, de prata ou de cobre; nem sacola para o caminho, nem duas túnicas, nem calçados, nem bastão, porque o operário tem direito ao seu alimento”. São Francisco confiou plenamente em Deus e viveu o seu tempo enfrentando os desafios. A coragem e o ardor o levaram ao Egito na presença do Sultão al-Malik al-Kamil a fim de encontrar um caminho de paz entre cruzados e muçulmanos.
Apostolado da Oração Intenções de oração do Papa Francisco confiadas ao apostolado da oração (Rede Mundial de Oração). Em 2019, se completarão oito séculos daquele encontro que os frades franciscanos, no Egito, começaram a celebrar no último dia 03 de outubro, com um ano de antecedência. Na Itália, são várias as realidades que, com eventos e programações, recordam este santo que carregava na carne os sinais do sofrimento de Cristo. Este ano, a Região da Ligúria doou o óleo para alimentar a lâmpada votiva sobre o túmulo de São Francisco, na Basílica Superior de Assis. Rádio Vaticano
Padre José Garibaldi Uberti recebe homenagem no Rio Grande do Sul O padre da Congregação Sociedade do Verbo Divino (SVD), que completou 60 anos de ordenação em 04 de agosto deste ano, foi homenageado na cidade de Vicente Dutra (RS), sua terra natal. Mais de cinquenta pessoas da paróquia Santa Terezinha, em Guarapuava, viajaram ao Rio Grande do Sul para celebrar os 60 anos de ordenação sacerdotal do padre José Garibaldi Uberti, da Congregação Sociedade Verbo Divino (SVD), completados no dia 04 de agosto deste ano. A caravana de Guarapuava chegou à cidade de Vicente Dutra, no oeste do Rio Grande do Sul, terra natal do padre Garibaldi na madrugada do dia 15 de outubro. Na cidade, os viajantes foram recebidos por centenas de parentes e amigos do sacerdote que também viajou com o grupo. Houve missa solene na matriz Nossa Senhora dos Navegantes e almoço festivo no salão social da paróquia, conforme descreve a agente da Pastoral da Comunicação (Pascom) na paróquia, Arlete Bini. “A cidade acolheu nossa caravana e juntos, pudemos participar de momentos importantes em celebração ao jubileu do nosso amigo, padre Garibaldi. Sua cidade natal reconhece seu trabalho de perseverança, missão e de doação à vida sacerdotal. Foi um dia de muita alegria e de comemorações que vai ficar marcado para sempre na vida de nossa comunidade em Guarapuava”, escreveu Arlete.
HOMENAGEM EM GUARAPUAVA
Em Guarapuava, o padre José Garibaldi Uberti foi homenageado na paróquia Santa Terezinha no último dia 06 de agosto, dois dias depois da data de sua ordenação. Na ocasião, mais de quinhentas pessoas participaram da missa em homenagem ao presbítero. Durante a celebração, houve depoimentos emocionados sobre o trabalho do padre em favor da diocese de Guarapuava, conforme a Pastoral da Comunicação (Pascom) daquela comunidade. Depois da missa, os presentes se reuniram no salão paroquial para um almoço festivo. Na ocasião, mais homenagens foram prestadas ao padre que,
Oferecimento diário: Deus, nosso Pai, eu te ofereço todo o dia de hoje: minhas orações e obras, meus pensamentos e palavras, minhas alegrias e sofrimentos, em reparação de nossas ofensas, em união com o Coração de teu Filho Jesus, que continua a oferecer-se a Ti, na Eucaristia, pela salvação do mundo. Que o Espírito Santo, que guiou a Jesus, seja meu guia e meu amparo neste dia para que eu possa ser testemunha do teu amor. Com Maria, Mãe de Jesus e da Igreja, rezo especialmente pelas intenções do Santo Padre para este mês.
Novembro: Pelos cristãos na Ásia!
Para que, testemunhando o Evangelho com palavras e obras, favoreçam o diálogo, a paz e a compreensão recíproca, sobretudo com aqueles que pertencem a outras religiões.
Aniversariantes do mês Presbíteros - Nascimento Frei Ricardo Gomes da Silva, FMM - 06/11/1959 Pe. Pedrinho Carlos da Silva, CM - 08/11/1963 Pe. Joubert Luciano Ferrarezi, CM - 09/11/1973 Frei Domingos Sávio Francisco, FMM - 09/11/1955 Pe. João Alceu Perin, CP - 17/11/1960 Pe. Zbigniew Perdjon, SCHR - 22/11/1956 Pe. Vinicius Araújo, CSS - 25/11/1983 Pe. Cícero Pereira de Souza - 29/11/1968 Pe. João Novak, CM - 29/11/1935
conforme seu histórico de trabalho, muito contribuiu para com a diocese, principalmente em se tratando das pessoas mais pobres. Dentre suas obras, merece destaque o Centro de Formação Indígena São João Diego, idealizado pelo presbítero que buscou recursos em vários países da Europa para que sua construção fosse possível. Desde junho de 2015, o Centro Indígena São João Diego passou a ser administrado pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Regional Sul 2. Padre Garibaldi, que antes morava naquelas dependências, agora mora com os outros sacerdotes de sua congregação (Verbitas), na casa da paróquia Santa Terezinha. Com informações e fotos da Pascom Santa Terezinha
Presbíteros - Ordenação Pe. Joubert Luciano Ferrarezi, CM - 09/11/2008 Pe. André Ricardo dos Santos Lima - 19/11/2016 Pe. José Manoel Timoteo - 25/11/2006 Pe. Sebastião Pereira - 26/11/2011 Pe. Itamar Abreu Turco - 27/11/2010 Pe. Valdecir Badzinski - 27/11/2010 Religiosas - Nascimento Ir. Vergínia Piccinini, FMA - 02/11/41 Ir. Nilza Magron, FC - 07/11/45 Ir. Eugênia Surmas, FSF - 09/11/55 Ir. Angelina Rosa Bnfim, CS - 12/11/79 Ir. Genoveva Stafin, FC - 16/11/35 Ir. Iraci Natálio, FMA - 16/11/56 Ir. Cleidimara Barbosa Corrêa, CS - 17/11/88 Ir. Ângela L. Vandresen, CS - 21/11/73 Ir. Karen Danielle Klaczek. CS - 22/11/85
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Papa Francisco canonizou 30 brasileiros em 15 de outubro “Os Santos canonizados hoje, sobretudo os numerosos Mártires, indicam-nos esta estrada. Eles não disseram ‘sim’ ao amor com palavras e por um certo tempo, mas com a vida e até o fim”. Em cerimônia presidida pelo Papa Francisco na manhã de domingo, 15 de outubro, na Praça São Pedro, foram canonizados os mártires de Cunhaú e Uruaçu, os Protomártires do México – considerados os primeiros mártires do continente americano – além do sacerdote espanhol Faustino Míguez, fundador do Instituto Calasanzio, Filhas da Divina Pastora, e do Frade Menor Capuchinho italiano Angelo d’Acri. Durante a missa de Canonização, depois da proclamação do Evangelho (Mt 22, 1-14), o Papa Francisco proferiu a seguinte homilia: A parábola, que ouvimos, fala-nos do Reino de Deus comparando-o a uma festa de núpcias (Mt 22, 1-14). Protagonista é o filho do rei, o noivo, no qual facilmente se vislumbra Jesus. Na parábola, porém, nunca se fala da noiva, mas de muitos convidados, desejados e esperados: são eles que trazem o vestido nupcial. Tais convidados somos nós, todos nós, porque o Senhor deseja “celebrar as bodas” com cada um de nós. As núpcias inauguram uma comunhão total de vida: é o que Deus deseja ter com cada um de nós. Por isso o nosso relacionamento com Ele não se pode limitar ao dos devotados súditos com o rei, ao dos servos fiéis com o patrão ou ao dos alunos diligentes com o mestre, mas é, antes de tudo, o relacionamento da noiva amada com o noivo. Por outras palavras, o Senhor deseja-nos, procura-nos e convida-nos, e não se contenta com o nosso bom cumprimento dos deveres e a observância das suas leis, mas quer uma verdadeira e própria comunhão de vida conosco, uma relação feita de diálogo, confiança e perdão. Esta é a vida cristã, uma história de amor com Deus, na qual quem toma gratuitamente a iniciativa é o Senhor e nenhum de nós pode gloriar-se de ter a exclusividade do convite: ninguém é privilegiado relativamente aos outros, mas cada um é privilegiado diante de Deus. Deste amor gratuito, terno e privilegiado, nasce e renasce incessantemente a vida cristã. Podemos interrogar-nos se, ao menos uma vez por dia, confessamos ao Senhor o amor que Lhe temos; se, entre tantas palavras de cada dia, nos lembramos de Lhe dizer: “Amo-Vos, Senhor. Vós sois a minha vida”. Com efeito, se se perde de vista o amor, a vida cristã torna-se estéril, torna-se um corpo sem alma, uma moral impossível, um conjunto de princípios e leis a respeitar sem um por quê. Ao contrário, o Deus da vida espera uma resposta de vida, o Senhor do amor espera uma resposta de amor. No livro do Apocalipse Ele, dirigindo-Se a uma das Igrejas, faz-lhe concretamente esta censura: “Abandonaste o teu primitivo amor” (2, 4). Aqui está o perigo: uma vida cristã rotineira, onde nos contentamos com a “normalidade”, sem zelo nem entusiasmo e com a memória curta. Em
vez disso, reavivemos a memória do primitivo amor: somos os amados, os convidados para as núpcias, e a nossa vida é um dom, sendo-nos dada em cada dia, a magnífica oportunidade de responder ao convite. Mas o Evangelho adverte-nos: o convite pode ser recusado. Muitos convidados disseram que não, porque estavam presos aos próprios interesses: “eles, sem se importarem diz o texto -, foram um para o seu campo, outro para o seu negócio” (Mt 22, 5). Uma palavra reaparece: seu; é a chave para entender o motivo da recusa. De fato, os convidados não pensavam que as núpcias fossem tristes ou chatas, mas simplesmente “não se importaram”: viviam distraídos com os seus interesses, preferiam ter qualquer coisa em vez de se comprometer, como o amor exige. Vemos aqui como se afasta do amor, não por malvadez, mas porque se prefere o seu: as seguranças, a autoafirmação, as comodidades… Então reclinamo-nos nas poltronas dos lucros, dos prazeres, de qualquer passatempo que nos faça estar um pouco alegres. Mas deste modo envelhece-se depressa e mal, porque se envelhece dentro: quando o coração não se dilata, fecha-se, envelhece. E quando tudo fica dependente do próprio eu – daquilo com que eu concordo; daquilo que me serve, daquilo que pretendo –, tornamo-nos rígidos e maus, reagimos maltratando por nada, como os convidados do Evangelho que chegam ao ponto de insultar e até matar (cf. v. 6) aqueles que levaram o convite, apenas porque os incomodavam.
Assim, o Evangelho pergunta-nos de que parte estamos: da parte do próprio eu ou da parte de Deus? Pois Deus é o oposto do egoísmo, da autorreferencialidade. Como nos diz o Evangelho, perante as contínuas recusas, os fechamentos em relação aos seus convites, Ele prossegue, não adia a festa. Não se resigna, mas continua a convidar. Vendo os “nãos”, não fecha a porta, mas inclui ainda mais. Às injustiças sofridas, Deus responde com um amor maior. Nós muitas vezes, quando somos feridos por injustiças e recusas, incubamos ressentimento e rancor. Ao contrário Deus, ao mesmo tempo em que sofre com os nossos “nãos”, continua a relançar, prossegue na preparação do bem mesmo para quem faz o mal. Porque assim é o amor, faz o amor; porque só assim se vence o mal. Hoje, este Deus que não perde jamais a esperança, compromete-nos a fazer como Ele, a viver segundo o amor verdadeiro, a superar a resignação e os caprichos de nosso “eu” suscetível e preguiçoso. Há um último aspeto que o Evangelho destaca: o vestido dos convidados, que é indispensável. Com efeito, não basta responder uma vez ao convite, dizer “sim” e… chega! Mas é preciso vestir o costume próprio, é preciso o hábito do amor vivido cada dia. Porque não se pode dizer “Senhor, Senhor”, sem viver e praticar a vontade de Deus (cf. Mt 7, 21). Precisamos de nos revestir cada dia do seu amor, de renovar cada dia a opção de Deus. Os Santos canonizados hoje, sobretudo os numerosos Mártires, indicam-nos esta estrada. Eles não disseram “sim” ao amor com palavras e por um certo tempo, mas com a vida e até ao fim. O seu hábito diário foi o amor de Jesus, aquele amor louco que nos amou até ao fim, que deixou o seu perdão e as suas vestes a quem O crucificava. Também nós recebemos no Batismo a veste branca, o vestido nupcial para Deus. Peçamos a Ele, pela intercessão destes nossos irmãos e irmãs santos, a graça de optar por trazer cada dia esta veste e de a manter branca. Como consegui-lo? Antes de mais nada, indo sem medo receber o perdão do Senhor: é o passo decisivo para entrar na sala das núpcias e celebrar a festa do amor com Ele.
Caridade não compromete sacralidade de um local de culto, explica padre Spadaro Pouco antes da refeição, o Papa havia recordado que “a Igreja é de todos, particularmente dos pobres”.
As imagens do almoço de solidariedade com os pobres, refugiados e detentos na Basílica de São Petrônio estão entre as mais emblemáticas da visita pastoral do Papa Francisco a Bolonha no último dia 1 de outubro. Mesmo refletindo um dos momentos mais emocionantes de todo o dia, o gesto recebeu críticas nas redes sociais, com acusações até mesmo de “profanação”. Para alguns destes críticos, o almoço comprometeu a “sacralidade do local”. Pouco antes da refeição, o Papa havia recordado que “a Igreja é de todos, particularmente dos pobres”. “Nesta casa – explicou o Pontífice – normalmente é celebrado o mistério da Eucaristia, o altar sobre o qual é colocado o pão e o vinho que se tornam o Corpo e o Sangue de Jesus, partido e derramado pela multidão de homens que Ele ama”. “Preparemos sempre uma refeição de amor - acrescentou - para quem tem necessidade disto”. No Código de Direito Canônico é sublinhado que o local sagrado é usado “somente quando serve ao exercício e à promoção do culto, da piedade, da religião, e proibido qualquer coisa que desdiz a santidade do lugar”. O Ordinário, porém, pode permitir outros usos, “quando não contrários à santidade do lugar”.
Roma, é um sinal muito forte, que revela o valor profundo do culto a Deus. Assim, de forma alguma, o fato de partilhar a mesa com os pobres viola a santidade de um local. Seria paradoxal afirmar isto. O sentido fundamental do cristianismo é a caridade: a sacralidade não é de forma alguma comprometida pela caridade, antes, pelo contrário, é exaltada. O fato de que o Papa Francisco tenha almoçado dentro deste local sagrado é a exaltação máxima da caridade e, portanto, o princípio fundamental do cristianismo. Antes ainda, torna mais evidente que a Igreja é chamada ao serviço”. RV. Neste sentido, seria contrário à santidade do local almoçar com os pobres em um local de culto, no âmbito de um evento extraordinário como a visita de um Pontífice? Quem responde, é o padre Antonio Spadaro, diretor da revista dos jesuítas “La Civiltà Cattolica”: Padre Antonio: “A sacralidade do local não é de forma alguma perturbada pela caridade, sobretudo em uma situação assim composta e de partilha. Portanto, penso que o gesto do Papa, que é um gesto realizado por outros sacerdotes também na cidade de
RV: Seria também um sinal da continuidade entre as duas refeições, a eucarística e a “caritativa” com os pobres...? Padre Antonio: “O Senhor escolheu precisamente a imagem da refeição para a Eucaristia, portanto, neste sentido, a partilha do pão é um sinal muito bonito e eficaz da graça que a Eucaristia confere”. Rádio Vaticano Foto: AFP
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Igreja celebra Primeiro Dia Mundial dos Pobres em 19 de novembro Segundo Dom Antônio Wagner da Silva, ser missionário exige desprendimento e vontade de ajudar. A Igreja nasceu para ser missionária e, como missionária, deve ser pobre e se doar. Foi publicada, no dia 13 de junho deste ano, no Vaticano, a Mensagem do Papa para o Primeiro Dia Mundial dos Pobres, que tem como tema: “Não amemos com palavras, mas com obras”. O Dia Mundial dos Pobres foi instituído por Francisco, na conclusão do Ano Santo extraordinário da Misericórdia, com uma Carta Apostólica intitulada “Misericórdia e mísera”. A celebração, sinal concreto do Ano Jubilar, se realizará no XXXIII Domingo do Tempo Comum, que este ano cai em 19 de novembro. O Papa inicia sua Mensagem, com a citação evangélica do tema central: “Meus filhinhos, não amemos com palavras nem com a boca, mas com obras e com verdade”. Estas palavras do apóstolo São João – diz Francisco – são um imperativo do qual nenhum cristão pode prescindir. A importância do mandamento de Jesus, transmitido pelo “discípulo amado” até aos nossos dias, tem pleno sentido diante das palavras vazias que saem da nossa boca. O amor não admite álibis: quem pretende amar como Jesus amou, deve assumir o seu exemplo, sobretudo quando somos chamados a amar os pobres. Aliás, é bem conhecida a forma de amar do Filho de Deus: “Ele nos amou primeiro, a ponto de dar a sua vida por nós”. Deste modo, a misericórdia, que brota do coração da Trindade, se concretiza
e gera compaixão e obras de misericórdia pelos irmãos e irmãs mais necessitados. Neste sentido, o Santo Padre fez diversas referências da vida de Jesus, que ecoou, desde o início, na primeira Comunidade eclesial, que assumiu a assistência e o serviço aos pobres, com base no ensinamento do Mestre, que proclamou os pobres “bem-aventurados e herdeiros do Reino dos Céus”. Contudo, aconteceu que alguns cristãos não deram a devida atenção a este apelo, deixando-se contagiar pela mentalidade mundana. Mas, o Espírito Santo soprou sobre muitos homens e mulheres que, de várias formas, dedicaram toda a sua vida ao serviço dos pobres. O Papa recordou que, nestes dois mil anos, numerosas páginas da história foram escritas por cristãos que, com simplicidade e humildade, se colocaram a serviço dos seus irmãos mais pobres. Aqui, citou alguns nomes que mais se destacaram na caridade, como São Francisco de Assis, testemunha viva de uma pobreza genuína.
O Santo Padre lembra que, para os cristãos, discípulos de Cristo, a pobreza é, antes de tudo, uma vocação; é seguir Jesus pobre; é o metro para avaliar o uso correto dos bens materiais. O nosso mundo, muitas vezes, não consegue identificar a pobreza dos nossos dias, com suas trágicas consequências: sofrimento, marginalização, opressão, violência, torturas, prisão, guerra, privação da liberdade e da dignidade, ignorância, analfabetismo, enfermidades, desemprego, tráfico de pessoas, escravidão, exílio e miséria. A pobreza é fruto da injustiça social, da miséria moral, da avidez de poucos e da indiferença generalizada! Diante deste cenário, não se pode permanecer inertes e resignados, afirmou Francisco. Todos estes pobres – como dizia o Beato Paulo VI – pertencem à Igreja por “direito evangélico” e a obriga à sua opção fundamental. Por isso, o Papa conclui sua Mensagem para o Dia Mundial dos Pobres convidando toda a Igreja a fixar seu olhar, neste dia, a todos os estendem suas mãos invocando ajuda e solidariedade. Que este dia sirva de estímulo para reagir à cultura do descarte, do desperdício e da exclusão e a assumir a cultura do encontro, com gestos concretos de oração e de caridade, para uma maior
evangelização no mundo. Os pobres – diz por fim Francisco - não são um problema, mas “um recurso para acolher e viver a essência do Evangelho”.
EM GUARAPUAVA
Dom Antônio Wagner da Silva, bispo da diocese de Guarapuava, destaca que a pobreza é a essência da Igreja, condição esta que deve ser assumida com muito amor e muita alegria. Segundo Dom Wagner, ser missionário exige desprendimento e vontade de ajudar, sem olhar a quem, nas horas mais difíceis. Conforme salienta o bispo, é preciso que cada um encontre uma maneira de se doar e de ser pobre no sentido do desprendimento e da vontade de servir e seguir os ensinamentos de Jesus Cristo. “A Igreja nasceu para ser missionária e, como missionária, deve ser pobre e se doar. O Dia Mundial dos Pobres instituído pelo Papa Francisco nos direciona aos caminhos da reflexão, do entendimento e da partilha. Devemos doar da nossa pobreza. Devemos ser fermento para que Cristo renasça e cresça em nossos corações. Precisamos desta presença viva em nosso meio. A pobreza nos aponta o caminho. Devemos nos deixar seguir para que lá adiante, encontremos o verdadeiro sentido desta nossa vivência”, grifou Dom Wagner. CDC com Rádio Vaticano
“Não amemos com palavras nem com a boca, mas com obras e com verdade.” Papa Francisco
Marcado por emoção e solidariedade, Círio de Nazaré reúne dois milhões de fiéis O Círio de Nazaré é realizado sempre no segundo domingo de outubro. Pelo sétimo ano consecutivo a Varanda de Nazaré reuniu muitos turistas, ampliando o olhar sobre o Círio. Cerca de dois milhões de pessoas estiveram no Círio de Nossa Senhora de Nazaré, em Belém do Pará (PA), no último dia 08 de outubro. “Maria, Estrela da Evangelização” foi o tema deste ano. A procissão com a imagem que vai da Catedral da Sé até a Praça Santuário de Nazaré foi marcada por emoção, fraternidade e solidariedade. O mar de gente foi conduzindo a berlinda e muitos promesseiros seguiram nas cinco estações da corda no percurso de 3,6 km. “Vim por uma promessa, esse é o quinto ano e continuarei vindo enquanto tiver forças para estar na corda”, disse o paraense Valderson Monteiro. O Círio de Nazaré é realizado sempre no segundo domingo de outubro. “Tenho uma Fé muito grande, não consigo nem falar, muito bom poder vivenciar o Círio”, ressaltou Patrícia Marinho, com as lágrimas escorrendo sobre o rosto ao falar que acompanha todos os anos as procissões junto da família. O bispo auxiliar de Belém e secretário do Regional Norte 2 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Dom Irineu Roman, avaliou o Círio 2017: “É uma experiência maravilhosa, começou às 5h com missa e, às 6h20, saiu da Catedral Metropolitana da Sé. As pessoas emocionadas conduzindo a procissão”.
Dom Irineu também ressaltou o envolvimento dos padres barnabitas, cuja congregação – a Ordem dos Clérigos Regulares de São Paulo – é responsável pela custódia do Círio: “Os Barnabitas merecem todo o louvor. Os padres se dividiram também para nos ajudar e a união faz a força. Esse foi o ano de maior número de visitas que realizamos, foram em torno de cinco mil, entre residências, instituições privadas, repartições”. Ainda de acordo com o bispo, o Círio atendeu às expectativas, tanto no aspecto da evangelização, quanto na organização. “Essa foi a sexta procissão e a programação foi extensa, até o dia 23 de outubro com a Subida da Imagem, às 5h30, na Basílica Santuário de Nazaré”, sublinhou com destaque para a programação que seguiu no decorrer do mês.
TRASLADAÇÃO
Na noite de sábado, dia 07, realizouse a Trasladação que é a quinta romaria oficial do Círio. Milhares de romeiros participaram deste momento apesar da chuva forte no início da procissão. “Os romeiros se mantiveram firmes e até mesmo agradeciam por ela ter chegado naquele momento”, contam os organizadores. Antes da saída da romaria, presidiu a missa em frente ao colégio Gentil Bittencourt o bispo auxiliar de Brasília e secretário-geral da CNBB, Dom Leonardo Ulrich Steiner.
VARANDA DE NAZARÉ
Pelo sétimo ano consecutivo a Varanda de Nazaré reuniu muitos turistas, ampliando o olhar sobre o Círio. “O objetivo da Varanda é trazer os olhares generosos por essa terra. Nossa Senhora consegue aglutinar pessoas, com a solidariedade e a fraternidade”, disse a cantora Fafá de Belém. “A emoção toma conta e a gente deixa fluir”, completou Fafá sobre a importância de as pessoas conhecerem a maior manifestação da Fé do povo paraense. O Círio de Nazaré reúne fiéis paraenses, de outras regiões do Brasil e também do exterior.
ESTUDANTES
A participação de estudantes tem crescido a cada ano, de acordo com a organização do Círio. O motivo é a aprovação ou pedidos de aprovação em vestibulares. É o caso de Jhonatas Mendes: “Meu filho passou no vestibular e eu e ele viemos agradecer à Rainha da Amazônia pela graça alcançada”.
MENSAGEM DO PAPA
O Papa Francisco enviou uma mensagem para o arcebispo de Belém, Dom Alberto Taveira Correa, por ocasião do
Círio. No texto, o pontífice “saúda todos os fiéis que se reúnem na arquidiocese de Belém para celebrar a sua Padroeira, Nossa Senhora de Nazaré, invocando abundantes luzes do Espírito Santo a fim de que as portas do coração de cada um possam se abrir à mensagem redentora de Jesus, na certeza de que Santa Maria nos acompanha e protege em nossas lutas diárias”. Reportagem: Carolayne Franco – enviada especial para o Círio Assessoria de Imprensa da CNBB Norte 2 Assessoria de Imprensa da CNBB
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Diocese de Guarapuava
Igreja celebrou o dia de São Lucas, convertido por São Paulo, o evangelista padroeiro dos médicos A vida de São Lucas – como evangelista e médico – foi tema de um romance histórico muito difundido chamado: “Médico de Homens e de Almas”, de autoria da escritora Taylor Caldwell.
No dia 18 de outubro, a Igreja celebrou a memória litúrgica de São Lucas. Na data, também é comemorado o Dia do Médico, um profissional responsável por cuidar e promover a saúde de toda a população. São Lucas é o terceiro Evangelista do Novo Testamento. Como era médico, se tornou também padroeiro desses profissionais. Esse grande santo não conviveu pessoalmente com Jesus, por essa razão, a sua narrativa é baseada em depoimentos de pessoas que testemunharam a vida e a morte de Cristo. Nascido em Antioquia da Síria, Lucas foi convertido pelo apóstolo São Paulo, do qual se tornou inseparável e fiel companheiro de missão. Segundo São Paulo diz na carta aos Colossenses (4,14): “Saúda-vos Lucas, nosso querido médico”. No Evangelho segundo Lucas, muito se mostra sobre Jesus Cristo, que era a personificação do amor universal. De acordo com ele, o Salvador evidencia sua santidade quando chama Zaqueu, o cobrador de impostos e o faz ver os erros que cometia. Ele também mostra os caminhos corretos a Maria Madalena, garante o céu para o “bom” ladrão e conta as lindas parábolas do pai misericordioso e do bom samaritano. Tudo isso é descrito por Lucas através de seus Evangelhos. Segundo a tradição, São Lucas teria estudado medicina em Antioquia. Ele também teria atuado como pintor, músico e historiador. Em mensagem, a Coordenação da Pastoral da Saúde Nacional fala da importância da medicina que é, sem dúvidas, uma das áreas do conhecimento que exige maior comprometimento e responsabilidade por parte do profissional que precisa estar sempre se aperfeiçoando e se informando a respeito das novas descobertas científicas, conhecendo novos tratamentos e exames, além de estar atento às novas doenças que surgem a todo tempo. “O bom médico, além de ter um bom embasamento teórico, deve saber relacionar-se, promovendo uma parceria de confiança com seu paciente. A relação médico-paciente é fundamental para o andamento adequado do tratamento, uma vez que o paciente se sente à vontade para falar em detalhes o que lhe aflige. Assim sendo, é fundamental que o médico abra espaço para questionamentos e saiba explicar de maneira atenciosa e cuidadosa o que acomete cada pessoa”, destaca um trecho da mensagem. Segundo a Pastoral da Saúde, muitos médicos além de sua atividade cotidiana profissional, familiar e de lazer ainda se dedicam ao serviço pastoral doando o seu tempo para o bem comum, contribuindo e atendendo aos anseios dos menos favorecidos. Conscientes do dom que Deus lhe deu. A vida de São Lucas – como evangelista e médico – foi tema de um romance histórico muito difundido chamado: “Médico de Homens e de Almas”, de autoria da escritora Taylor Caldwell. CNBB
Novembro - 2017
Retiro Diocesano da Espiritualidade reúne mais de 70 pessoas em Guarapuava Conforme disse Dom Antônio Wagner da Silva durante a celebração, “os encontros proporcionam muito mais do que trocas de experiências; eles são considerados oportunidades de vivência cristã”.
“Em muitos momentos, conhecemos as pessoas, mas não sabemos nada sobre sua vivência, suas experiências e até sobre suas dores.” Everton Barbosa
De 20 a 22 de outubro, a Casa de Líderes Nossa Senhora e Guadalupe, em Guarapuava, sediou a terceira edição do Retiro Diocesano de Espiritualidade. O encontro foi destinado a coordenadores e integrantes do Conselho Diocesano para Assuntos Econômicos (CODAE), Conselho Paroquial para Assuntos Econômicos (COPAE) Conselho Pastoral Paroquial (CPP), coordenadores de capelas e do Dízimo. Everton Barbosa foi o assessor dos trabalhos que teve como tema: “Espiritualidade na gestão eclesial – produtividade frutuosidade”. Dom Antônio Wagner da Silva, bispo da diocese de Guarapuava, presidiu a missa de abertura do encontro na noite de 20 de outubro. Conforme disse Dom Wagner durante a celebração, os encontros proporcionam muito mais do que trocas de experiências entre os representantes de setores das comunidades. Eles vão além, segundo o bispo que classifica os trabalhos como novas oportunidades de vivência, de convivência e de confraternização que serão levados adiante numa constante e necessária multiplicação. “Cada um que aqui está, tem a missão de levar adiante o que aprendeu e o que vivenciou. A Igreja é, em suas raízes, em sua essência, missionária. Como missionários que somos, precisamos dar sequência, todos os dias, aos projetos de Jesus Cristo. Compartilhar o que aprendemos e dar de nós em nossas comunidades é um dos grandes atos de amor”, grifou Dom Wagner.
TRABALHO
Everton Barbosa, assessor do retiro, iniciou os trabalhos na noite de sexta-feira, dia 20, com as apresentações dos presentes. O palestrante destacou que a partir do momento em que cada um fala de si, muito se aprende. “Em muitos momentos, conhecemos as pessoas, mas não sabemos nada sobre sua vivência, suas experiências e até sobre suas dores. O trabalho de gestão dentro da Igreja precisa ir além do que é material, do que é tocável. Como colaboradores, temos a obrigação de partilhar nossa espiritualidade”, relatou. Durante os três dias de trabalho, diversos assuntos inerentes à espiritualidade na gestão eclesial foram discutidos. Houve momentos de dinâmica de grupos e partilha dos aprendizados.
SOBRE O PALESTRANTE
Everton é jornalista e especialista em Teologia. Atualmente trabalha como assessor de comunicação da arquidiocese de Maringá. Ele também é escritor e palestrante nas áreas de comunicação, empreendedorismo cristão e desenvolvimento humano. O palestrante é ganhador de vários prêmios de jornalismo, dentre eles Ayrton Senna, SEBRAE e SENAI, todos pela rádio CBN. Everton Barbosa também é autor dos livros: “Comunicação Estratégica em Tempos de Crise”. Editora: Ideias e Letras e “Ide e Anunciai sem Medo como falar em público”. Editora: Canção Nova.
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Regional Sul 2 da CNBB - A Igreja no Paraná
Novembro - 2017
Diocese de Guarapuava
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Em Assembleia, Pastoral Afro-Brasileira discorre sobre a situação do negro no mundo Durante o encontro, também foi eleita a nova diretoria. Segundo Dom Antônio Wagner da Silva, “é preciso ser ousado” e tentar unir os diferentes segmentos da cultura negra do Estado. De 06 a 08 de outubro, Guarapuava sediou mais uma edição da Assembleia do Povo Negro da Pastoral Afro-Brasileira em nível de Regional Sul 2 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), que compreende a Igreja no Paraná. O encontro foi realizado na Casa de Líderes Nossa Senhora de Guadalupe, bairro Santana e reuniu mais de cinquenta pessoas que representaram as dioceses e arquidioceses das cidades de Curitiba, Maringá, Apucarana, Londrina e Guarapuava. Dom Antônio Wagner da Silva, bispo da diocese de Guarapuava e referencial da Pastoral Afro-Brasileira no Regional Sul 2, acompanhou os trabalhos e, em entrevista ao Centro Diocesano de Comunicação (CDC) falou das novas perspectivas e propostas da Pastoral Afro-Brasileira em nível de Estado. “A Assembleia foi de muita importância pela referência que é no Estado e por podermos levantar assuntos que dizem respeito ao povo negro não só em nível de Igreja, mas como sociedade com suas várias vertentes. Depois da eleição da nova diretoria, o Regional (Sul 2) foi dividido em duas partes, formando dois grupos de trabalho. Com isso, os encaminhamentos ficam facilitados e os encontro entre os representantes da Pastoral (Afro-Brasileira) podem ser feitos com mais frequência. Também ficou acertado que realizaremos encontros com os coordenadores em nível de diocese. Esses coordenadores levarão suas demandas e problemas colhidos a partir dos trabalhos locais e, então, serão levantados e abordados em âmbito maior. Anualmente, faremos a Assembleia em nível regional para discutir e também celebrar o que foi realizado ao longo do ano no Paraná”, explicou Dom Wagner. Uma ideia considerada ousada e que será posta em prática nos próximos meses, são as parcerias entre a Pastoral Afro-Brasileira com as demais entidades, órgãos e grupos do mesmo segmento, sem levar em conta as questões políticas e de credo. Dom Wagner observou que com isso, as possibilidades de expansão da Cultura Negra no Paraná e no Brasil, só aumentam. A aproximação, conforme enfatizou o bispo referencial, torna a união fator primordial e base de sustentação de projetos que venham ao encontro destas comunidades. “Esta nossa proposta tem o objetivo de unir as pessoas que vivem e difundem a Cultura Negra
em todos os âmbitos, bem como aqueles grupos que defendem os direitos e deveres dos afrodescendentes. As parcerias com os diversos setores, com as mais variadas comunidades e até empresas serão de grande importância para o crescimento dos movimentos afro-brasileiros. Dentro deste projeto de união, vamos destacar a saúde da mulher, uma das grandes necessidades hoje, a difusão cultural negra através da música, danças e artes visuais de um modo geral e também tocar em pontos fundamentais sobre os direitos dos negros, seus deveres e a importância de sua inserção na política, nas empresas públicas e privadas, bem como o conhecimento de sua situação em se tratando do mundo. Tudo isso resulta, com certeza, numa grande e bonita celebração. Acredito que com as parcerias, muitas portas serão abertas e muita gente será beneficiada por este acolhimento”, relatou Dom Wagner. Nerci Guiné coordenadora diocesana da Pastoral Afro-Brasileira observou que há uma grande necessidade de união entre os povos que representam minoria em todo o país. Conforme instrui, envolver os grupos e apontar caminhos se faz necessário na Igreja, mas principalmente fora desses limites. “Nós precisamos ir ao encontro dessas pessoas e fazer com que elas se sintam motivadas a participar conosco desses movimentos. Não
falo aqui dos problemas enfrentados apenas pelo povo negro, mas por outras minorias também, como os indígenas, os ciganos e tantas outras pessoas que são excluídas ou se excluem por não se sentirem bem na sociedade em que vivemos. O problema da discriminação, do preconceito sempre existiu e vai continuar existindo se não entendermos a mudança como uma necessidade. Vivemos a década internacional do afrodescendente. De 2015 a 2024, muitas são as atividades em todo o mundo e no Brasil, que mostram a situação do negro e seus problemas enfrentados diariamente”, grifou Nerci. Valdir Nunes, da cidade de Colombo, Paraná, é coordenador da Pastoral AfroBrasileira do Regional Sul 2 da CNBB. Em entrevista ao repórter Tonico de Oliveira, da Central Cultura de Comunicação, ele falou da luta diária que o povo negro precisa travar em todo o mundo para sobreviver e provar que é capaz de desenvolver suas tarefas profissionais. “Em todos os tempos, o povo negro é o mais pobre do mundo. Há mazelas de toda a natureza que assolam este povo. Temos o dever de mudar esta situação e promover a igualdade e a justiça. Nossa luta, nosso trabalho contra tudo isso também é uma tarefa diária. Enquanto Igreja, enquanto povo de Deus, nós precisamos fazer acontecer. O negro, assim como outras
minorias, carece de união para avançar. Há vários tipos de negros: há aquele que tem a pele escura, preta, aquele mais claro um pouco e há aquele branco que tem suas raízes afrodescendentes e, portanto, é negro também. É preciso esse reconhecimento para que os próximos passos possam ser dados com segurança, com base na fé e no compromisso missionário e cristão”, lembrou Valdir. O padre Edvaldo Nogueira da Silva, da Congregação Salesianos de Dom Bosco (SDB), pároco da paróquia São João Bosco em Guarapuava, assessorou a Assembleia. Segundo os participantes, o sacerdote promoveu muitos momentos de espiritualidade e de entendimento sobre assuntos relativos à aceitação, escravidão e busca por novos rumos em se tratando do povo negro. Para padre Edvaldo, “lembrar que todos nós somos iguais ante o juízo de Deus, é um apostolado que precisa ser cumprido e espalhado para todos os lados como boa-nova”. Durante o encontro, também houve homenagens e referências aos 300 anos de encontro da imagem de Nossa Senhora no Rio Paraíba do Sul, em São Paulo, dando origem à devoção a Nossa Senhora Aparecida. Ao final dos trabalhos, os participantes fizeram análise de conjuntura sobre “o negro e seus desafios no Estado do Paraná”, com referência à década internacional dedicada a discussões sobre os afrodescendentes, que se iniciou em 2015 e vai até 2024.
NOVA COORDENAÇÃO DA PASTORAL AFRO NO PARANÁ Márcia Neves - coordenadora; Cristina Silveira de Oliveira - vice-coordenadora; Amauri Pereira de Farias - primeiro secretário; Nerci Aparecida Guiné - segunda secretária; Valdecir Gerônimo do Nascimento - tesoureiro.
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Diocese de Guarapuava
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Decanato Laranjeiras
Laranjeiras do Sul • Quedas do Iguaçu • Espigão Alto do Iguaçu • Nova Laranjeiras Marquinho • Rio Bonito do Iguaçu • Porto Barreiro • Virmond • Cantagalo
LARANJEIRAS DO SUL: Paróquia Sant’Ana QUEDAS DO IGUAÇU: Paróquia Imaculaencerra Ano Mariano com espetáculo teatral do Coração de Maria inaugura capela em O evento foi realizado no Parque do Lago e representou o honra à padroeira do Brasil encontro da imagem de Nossa Senhora há trezentos anos,
Segundo Pastoral da Comunicação, o projeto foi idealizado pelo pároco local, padre Andrzej Wojteczek e recebido com entusiasmo pelos fiéis que doaram dinheiro para a construção.
no Rio Paraíba do Sul.
O último dia 15 de outubro foi marcado por grande festa em Laranjeiras do Sul. Nesta data, às 20 horas, uma celebração concluiu as atividades do Ano Mariano proposto pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) desde 2016. Na ocasião, os trezentos anos de encontro da imagem de Nossa Senhora no Rio Paraíba do Sul, em São Paulo, foi ponto fundamental das comemorações. Conforme o jornalista e agente da Pastoral da Comunicação (Pascom) da paróquia, Adilson Nogueira, os trabalhos do dia tiveram início às 17 horas, no Parque do Lago e foram coordenados pela Renovação Carismática Católica (RCC). “O evento foi realizado no Porque do Lago, a partir das 17 horas e foi coordenado pela RCC da paróquia. Na ocasião, houve a participação de todas as comunidades de Laranjeiras do Sul, representadas pelas pastorais e
movimentos. O ponto alto do evento foi o teatro representando o momento em que os pescadores encontraram a imagem de Nossa Senhora no Rio Paraíba do Sul, em Aparecida, há trezentos anos. Os fiéis que se fizeram presentes no evento se emocionaram a cada encenação. A celebração se encerrou com um momento magnífico, onde Nossa Senhora Aparecida, do centro do lago, conversou com todos os que ali estavam. Em suas palavras, ela trouxe uma mensagem de paz para as famílias de Laranjeiras do Sul. Uma queima de fogos abrilhantou ainda mais o momento considerado ímpar em nossa comunidade”, escreveu Adilson. O pároco local, padre Domenico Borroti proferiu bênção ao final da encenação. Com informações e fotos de Adilson Nogueira / Pascom
No último dia 12 de outubro, a paróquia Imaculado Coração de Maria, de Quedas do Iguaçu, comemorou os 300 anos de encontro da imagem de Maria, no Rio Paraíba do Sul, em São Paulo, fato que deu origem, portanto, à devoção a Nossa Senhora Aparecida, padroeira do povo brasileiro. Em celebração à data considerada uma das mais importantes para os católicos, a comunidade de Quedas do Iguaçu inaugurou uma capela dedicada à padroeira do país pelos três séculos de devoção. Segundo destaca a Pastoral da Comunicação (Pascom) em nota, o projeto foi idealizado pelo pároco local, padre Andrzej Wojteczek e recebido com entusiasmo pelos fiéis e pelo Conselho Paroquial. Ainda conforme a nota da Pascom, as obras começaram no dia 15 de julho após a aprovação do bispo diocesano, Dom Antônio Wagner da Silva. Os paroquianos arcaram com as despesas da construção. “A capela tem a forma de um peixe que corresponde com o símbolo mais antigo do cristianismo e também remete à história das águas do rio Paraíba do Sul, onde foi encontrada a imagem da padroeira. A Capela está rodeada por um espelho d’água com três bicos de chafariz. A imagem trazida durante a romaria ao Santuário em Aparecida foi posta na parte principal da capela, protegida por um vidro blindado”, explica Edina Maria Nunes de Faria, agente da Pascom.
O dia festivo teve início às 8h30 com a oração do terço e missa solene celebrada pelo padre Andrzej, na matriz. No início da celebração, foi entronizada a imagem de Nossa Senhora Aparecida na igreja, que foi recebida com dança. No final da celebração, a imagem foi levada em procissão até a nova capela, que fica ao lado da matriz. O momento foi acompanhado por centenas de pessoas da paróquia, segundo a Pascom. “Foi um momento de muita devoção. Na entrada da capela, foram feitos os cerimoniais de inauguração, O ato contou com a presença da prefeita da cidade Marlene Revers e do presidente do Conselho Paroquial, Reni Felipe. Após a entronização da imagem e bênção da capela pelo pároco, muitos fiéis rezaram expressando seu amor, gratidão e devoção a Nossa Senhora Aparecida”, completa Edina. As comemorações do dia prosseguiram até às 17 horas. Pastorais e Movimentos da paróquia organizaram quermesse no estacionamento da igreja. Em celebração ao Dia das Crianças (que também é comemorado em 12 de outubro), as Lojas Surek, com sede em Quedas do Iguaçu, patrocinaram brinquedos às crianças. “A construção do espaço de devoção foi realizada com dinheiro de doações da comunidade. A nova capela está aberta todos os dias até às 22 horas. Durante a noite, a obra recebe a iluminação de refletores coloridos instalados também embaixo da água. Todos os dias, várias pessoas passam pelo local e fazem suas orações. A capela foi um grande presente para a paróquia”, finaliza Edina. Com informações e fotos da Pascom de Quedas do Iguaçu
Goioerê sedia segundo Encontro Estadual dos Leigos Xaverianos Elizete da Aparecida Toledo e Maria dos Santos, da cidade de Laranjeiras do Sul, representaram a diocese de Guarapuava. Elizete falou sobre sua experiência como missionária na Guiné-Bissau, país africano. Nos dias 14 e 15 de outubro, a cidade de Goioerê, no noroeste do Paraná, sediou o Segundo Encontro Estadual dos Leigos Missionários Xaverianos. O evento foi realizado no Centro Educacional Santa Clara e contou com a presença de representantes de Curitiba, Laranjeiras do Sul, Londrina e Goioerê. Elizete da Aparecida Toledo, da cidade de Laranjeiras do Sul, representou a diocese de Guarapuava no evento. Conforme destacou a missionária, o encontro proporcionou muitas trocas de experiências e também foi possível traçar novos rumos para os leigos Xaverianos para o próximo ano. “A cada encontro, sempre há muita partilha de informações e a possibilidade de se fazer novas missões. Os testemunhos
de pessoas que vivenciaram outras realidades são muito importantes para manter acesa esta chama missionária que nos move”, observou Elizete. No domingo, dia 15, o grupo realizou momentos de reflexões e de oração do terço. Na oportunidade, Elizete falou sobre sua vivência missionária na Guiné-Bissau, África. Ela trabalhou por dois meses naquele país, em 2016, na Missão Paulo VI, na diocese de Bafatá. Ela considera a vivência naquele país uma oportunidade única cheia de significado cristão. “Foi uma experiência cheia de vida, de esperança, de entusiasmo. Conhecer aquele povo humilde e sofrido, mas cheio de fé, é um aprendizado que vou levar para minha vida inteira. O povo da Guiné-Bissau
é sorridente e sedento de Deus. Isto nos motiva, a sair de nós mesmos, da nossa zona de conforto e ir ao encontro do outro”, sublinhou Elizete. Ao final dos trabalhos, os Leigos Xaverianos refletiram sobre o Ano Nacional do Laicato (2017-2018), com destaque para o Projeto Alto Solimões. O desafio, conforme entendem os missionários, é em solo brasileiro, mas repleto de obstáculos. Os trabalhos serão desenvolvidos na Região Amazônica, onde se pretende evangelizar e conhecer a realidade daquele povo. “Este projeto faz com que saiamos de nossos lugares, de nossas casas para irmos ao encontro do outro. Na oportunidade, iremos conhecer os nossos irmãos do Amazonas. Há a necessidade
de muita preparação para este projeto. Será preciso capacitação, treinamento e muito emprenho para quem decidir viver esta experiência”, finalizou Elizete. Com informações e foto do blog: leigosxaverianos.blogspot.com.br
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Diocese de Guarapuava
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Pinhão • Prudentópolis • Entre Rios • Foz do Jordão • Candói • Inácio Martins Palmeirinha • Turvo • Reserva do Iguaçu • Campina do Simão • Goioxim
Decanato Pinhão TURVO: Notícias paroquiais
Nove coroinhas receberam envio no último dia 01 de setembro em missa solene. A partir de agora, a paróquia Nossa Senhora Aparecida conta com trinta e sete crianças que auxiliam nas celebrações.
PRUDENTÓPOLIS: inaugurada capela em honra a São Vicente de Paulo A nova igreja fica no bairro Vila Vicentina e tem por padroeiro São Vicente de Paulo, o fundador da congregação religiosa.
COROINHAS
A paróquia Nossa Senhora Aparecida, em Turvo, agora conta com mais nove coroinhas para ajudar nas celebrações. A missa de envio que incluiu as crianças nos trabalhos paroquiais foi realizada às 19 horas do dia 01 de setembro, na matriz. Segundo informações da Pastoral da Comunicação (Pascom), a partir de agora, são trinta e sete os coroinhas que colaboram com as celebrações na paróquia. “Os novos coroinhas agora se juntaram aos outros e passam a trabalhar ajudando na liturgia e em outros serviços das celebrações. Na ocasião, a Pastoral dos Coroinhas deu novas túnicas às crianças com as cores da liturgia diária”, detalhou Everaldo Soares, agente da Pascom na paróquia.
CAMINHADA
Também no dia 01 de outubro, integrantes da paróquia Nossa Senhora Aparecida, em Turvo, participaram de uma caminhada penitencial. Centenas de pessoas saíram da capela Nossa Senhora de Fátima, no bairro Alto do Turvo e percorreram três quilômetros até a matriz. Durante o percurso, os caminhantes rezaram, cantaram e agradeceram à Virgem por graças alcançadas e renovaram promessas de uma vida melhor. A procissão, segundo o agente da Pastoral da Comunicação (Pascom) na paróquia, Everaldo Soares, foi em celebração aos cem anos das aparições de Nossa Senhora em Fátima, Portugal e também, em louvor aos trezentos anos de encontro da imagem de Nossa Senhora no Rio Paraíba do Sul, em São Paulo, dando origem à devoção a Nossa Senhora Aparecida, padroeira do Brasil. “A fanfarra do município acompanhou a procissão e animou os devotos com músicas de louvor dedicadas a Nossa Senhora. Foi um momento muito importante para nossa comunidade e as pessoas tiveram a oportunidade de agradecer por graças alcançadas e também de renovar sua fé e esperança”, descreveu Everaldo. Uma missa foi celebrada às 10 horas da manhã com a participação maciça da comunidade, de acordo com a Pascom.
Paróquia Nossa Senhora Aparecida presta homenagem a vigário
A paróquia Nossa Senhora Aparecida, em Turvo, prestou homenagem ao vigário local, padre Luiz Grudznski no último dia 09 de outubro, por conta de seu aniversário de 75 anos. Na ocasião, padre Luiz presidiu a missa e o sétimo dia da novena em louvor a Nossa Senhora Aparecida, em comemoração aos 300 anos de encontro da imagem de Nossa Senhora de Nazaré, no Rio Paraíba do Sul, em São Paulo.
Com o tema: “Das águas à ação libertadora”, a novena destacou a importância da fé em Nossa Senhora para os cristãos. “Maria é a base, nossa intercessora junto a Jesus Cristo. Conhecer Maria é se aprofundar no conhecimento a Jesus Cristo, a Deus”, disse padre Luiz na homilia. Conforme informações da Pastoral da Comunicação (Pascom) de Turvo, da segunda vez em que trabalhou na cidade, entre os anos de 1997 e 2005, padre Luiz dedicou-se às construções do salão paroquial e do hospital Bom Pastor. As duas obras, conforme sublinham, foram de grande importância na vida da comunidade. Os padres Jair Batista Souza, Superior Provincial; Jozef Tomaszko, pároco local e Daniel Willemann, pároco de Adrianópolis, Paraná, concelebraram a missa. Ao final da celebração, foi lida uma mensagem preparada pela comunidade em homenagem ao padre Luiz. FOTOS: Pascom Turvo
MENSAGEM
Ao nosso estimado Padre Luiz Grudznski: Hoje é um grande dia, pois um dos melhores servos de Deus completa mais um ano de vida. 75 anos. Seu coração é grande e generoso, seu espírito bondoso e determinado. O senhor, padre Luiz, tudo deixou há 33 anos e a vida entregou para transmitir a palavra de Deus e conduzir a seus paroquianos Turvenses. Juntando as três vezes em que o esteve e está conosco, somam 17 anos. E por isso, e por todo o resto, nós reconhecemos seu grande valor para nossa comunidade e lhe agradecemos. Feliz aniversário ao nosso estimado padre Luiz! Que Santo Estanislau Papczynski o abençoe! Que Nossa Senhora da Imaculada Conceição e Aparecida o proteja e que Deus lhe conceda muitos anos de vida, com muita saúde, alegria e cultivo das plantas... Parabéns, padre Luiz!
Em homenagem aos 400 anos de paróquia. As celebrações foram na matriz, existência da Congregação da Missão São João Batista e centenas de pessoas par– Padres Vicentinos (CM) completados ticiparam dos encontros, segundo padre em 2017, a cidade de Prudentópolis Marco Aurélio. Em 27 de setembro, dia do inaugurou mais uma capela no último padroeiro, houve muitas comemorações, dia 01 de outubro. conforme os organizadores. Na ocasião, foA nova igreja fica no bairro Vila ram apresentados os novos coroinhas, com Vicentina e tem por padroeiro São destaque para o carisma da congregação. Vicente de Paulo, o fundador da congre“Foram momentos de simplicidade e de gação religiosa que atua naquela região. Conforme contou o vigário da pa- muitas alegrias. Houve o encerramento róquia São João Batista, padre Marco da novena, distribuição de pães aos preAurélio Soares da Costa (CM), no local já sentes e, ao final, o bolo de São Vicente foi havia uma pequena igreja e havia também cortado e dividido com os participantes. a necessidade de reforma e ampliação do Cada um que lá estava também levou uma espaço para melhor acolher às pessoas. pequena lembrança para casa deste dia Segundo destaca o vigário, os trabalhos histórico”, detalhou o padre. de construção naquela comunidade foram um gesto concreto para celebrar os INAUGURAÇÃO 400 anos da congregação e contou com No domingo, dia 01 de outubro, foi doações das pessoas do lugar. “O prorealizada a solenidade de inauguração da jeto da ampliação e reforma da capela nasceu com a motivação do ano jubilar capela dedicada a São Vicente de Paulo. As solenidades começaram às 09 dos vicentinos que em 2017 comemoraram 400 anos. Após reflexão por parte horas da manhã, com uma procissão que dos padres da paróquia, com apoio das saiu da matriz e foi até a capela. “A chuva pastorais, movimentos e de toda a co- deu uma trégua e muitas pessoas pudemunidade, decidiu-se ram participar daquele pelo início das obras. momento importante A partir de então, foi para nossa comunidade. elaborado um plano Autoridades da cidade de ação de acordo participaram da celecom o poder aquisitivo bração de inauguração daquela comunidade e da capela. Também inciativas simples que marcaram presença: o ajudariam a custear pároco de Prudentópolis, as despesas do projeto. Pe. Marco Aurélio Joélcio Saibot, o proE o primeiro passo foi vincial vicentino, padre uma grande faxina interna e externa do espaço geográfico da Odair Miguel Gonçalve, as irmãs Filhas comunidade. Após a limpeza, as mudan- da Caridade e também tivemos a preças foram visíveis e tudo ficou muito mais sença maravilhosa de Dom José Carlos bonito”, contou padre Marco Aurélio. Chacorowski, bispo vicentino da diocese Com o apoio da comunidade, confor- de Caraguatatuba, em São Paulo. Dom me destacou o vigário, as obras não paraJosé, com palavras simples e de pertença ram. No fim do mês de setembro, a capela à família vicentina, emocionou a todos já estava pronta para a inauguração que os presentes e motivou a comunidade a foi realizada em 01 de outubro. cada vez mais fortalecer-se no carisma de São Vicente de Paulo”, detalhou padre NOVENA Também durante o mês de setembro, Marco Aurélio que também ajudou em período em que se celebra São Vicente todos os trabalhos e na celebração como de Paulo, uma novena foi realizada na vigário paroquial.
“Foram momentos de simplicidade e de muitas alegrias.”
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Diocese de Guarapuava
Decanato Pitanga
Novembro - 2017
Pitanga • Palmital • Barra Santa Salete • Cândido de Abreu • Rosário do Ivaí • Nova Tebas • Mato Rico Altamira do Paraná • Santa Maria D’Oeste • Laranjal • Boa Ventura de São Roque • Rio Branco do Ivaí • Manoel Ribas
PITANGA: paróquia Sant’Ana promove primeiro Congresso Aviva Jovem
ALTAMIRA DO PARANÁ: notícias paroquiais
O Aviva Jovem é um Congresso idealizado pelos jovens da paróquia Sant’Ana de Pitanga.
Encontro do Apostolado da Oração, novena, homenagem à padroeira e celebração da vida fizeram parte das atividades da paróquia no último mês.
A paróquia Sant’Ana, em Pitanga, promoveu a primeira edição do Congresso Aviva Jovem 2017. O encontro que foi realizado em 01 de outubro reuniu mais de 150 pessoas, segundo os organizadores do evento. De acordo com nota da coordenação, o evento contou com a participação de jovens das cidades de Pitanga, Manoel Ribas, Cândido de Abreu, Santa Maria do Oeste, Boa Ventura de São Roque, Laranjal e Palmital. “O Congresso foi um sucesso e já nos preparamos para a próxima edição que será ainda maior e melhor. O encontro proporcionou muitos momentos de oração, palestras, pregações. Também houve dinâmicas, apresentações musicais e adoração eucarística. Ao final, uma missa foi celebrada”, diz a nota.
SOBRE O CONGRESSO
O Aviva Jovem é um Congresso idealizado pelos jovens da paróquia Sant’Ana de Pitanga. O objetivo do projeto de evangelização é criar um evento que seja realizado anualmente para reunir a Juventude e promover a evangelização com base na música, formação e espiritualidade.
Paróquias de Nova Tebas e Mato Rico promovem retiro para ministros Esta é a quarta vez que as duas paróquias se juntam para a realização do retiro. Este ano, 150 ministros da Eucaristia participaram dos trabalhos que foi assessorado pelo padre Jean Patrik Soares.
APOSTOLADO DA ORAÇÃO
A paróquia Nossa Senhora Aparecida, em Altamira do Paraná, recebeu, no último dia 15 de outubro, membros do Apostolado da Oração das paróquias São Pedro Apóstolo de Laranjal, Sant`Ana de Pitanga e Barra Nossa Senhora da Salete, de Manoel Ribas. Na ocasião, houve pregação, confissões e missa. O padre Avelino Oestreich também participou do encontro.
JUBILEU DE APARECIDA
No dia 12 de outubro, a paróquia de Altamira do Paraná celebrou o dia de sua padroeira e também do Brasil, Nossa Senhora Aparecida. Na ocasião, houve missa solene com referência aos trezentos anos de encontro da imagem de Nossa Senhora no Rio Paraíba do Sul, em São Paulo. “Durante a missa, às 10 horas, houve a coroação de Nossa Senhora. Depois da celebração, os presentes participaram de um almoço no salão paroquial”, sublinha a Pastoral da Comunicação (Pascom) na paróquia.
ASSEMBLEIA
De 20 a 22 de outubro, as paróquias de Mato Rico e de Nova Tebas, realizaram, em conjunto, o Retiro Anual dos Ministros da Eucaristia. O encontro que completou quatro anos de existência neste formato foi realizado na Casa de Formação São José, na cidade de Pitanga. Ao todo, 150 ministros participaram dos trabalhos, conforme a coordenação. O vigário da catedral Nossa Senhora de Belém e apresentador de programas de evangelização na Rádio Cultura FM e TV Humaitá, padre Jean Patrik Sores, foi o assessor dos trabalhos. Segundo o pároco de Nova Tebas, padre Osmar Duarte do Nascimento, desde a primeira edição dos trabalhos em
conjunto entre as duas paróquias, a procura pela formação só aumentou o que mostra, conforme grifa; a necessidade que estes colaboradores da igreja sentem em aprender cada vez mais sobre o ofício que desempenham com amor e dedicação junto às comunidades onde atuam. “Neste ano de 2017, a procura pelo retiro foi surpreendente. Contamos com a participação de 150 ministros, além da equipe organizadora do encontro. O padre Jean Patrik, da catedral Nossa Senhora de Belém, foi o pregador durante os três dias. Considero uma verdadeira bênção os trabalhos desenvolvidos junto aos nossos missionários da Eucaristia e também para nossas paróquias”, observa padre Osmar.
O decanato Pitanga realizou uma assembleia no dia 02 de setembro. Dentre as decisões, ficou acertado por apoiar as atividades de espiritualidade nas paróquias. A paróquia Nossa Senhora Aparecida, em Altamira do Paraná, promoveu um encontro no dia 21 de outubro, na matriz, para pôr em prática o que ficou acertado na assembleia. “Os campistas de Altamira do Paraná e de Palmital se reuniram para tratar dos projetos de espiritualidade. Na oportunidade, também se falou do acampamento que será realizado entre as duas paróquias de 25 a 28 de janeiro de 2018. Contamos também com a presença dos campistas de Guarapuava e Pitanga que conduziram o encontro”, destaca a Pastoral da Comunicação (Pascom), em nota.
CELEBRANDO A VIDA Em comemoração ao Dia da Criança, a Pastoral da Criança de Altamira do Paraná realizou, no dia 14 de outubro, um almoço festivo para as crianças e famílias que fazem parte da Pastoral da Criança e também para os coroinhas da paróquia Nossa senhora Aparecida. Na ocasião a coordenadora Miuza Rainha de Oliveira agradeceu a todos que fazem parte do grupo que considera uma “grande família pastoral”.
NOVENA De 03 a 11 de outubro, a paróquia Nossa Senhora Aparecida, em Altamira do Paraná, realizou a novena em honra à padroeira local e também do Brasil. Na oportunidade, uma imagem de Nossa Senhora Aparecida peregrinou pelas comunidades da paróquia e foi recebida em carreata na cidade. “Foram dias de muita devoção, emoção, participação e fé. Contamos com a presença de muitos fiéis em todas as missas e equipes que prepararam as celebrações com muito carinho. Padres de outras paróquias se fizeram presentes. Por ser ano Mariano, tivemos a oportunidade do sacramento da reconciliação. Após as missas, realizamos momentos de confraternização. Também tivemos momentos musicais com a presença da Banda Libertação e padre Jean Patrik Soares, de Guarapuava”, destaca a Pastoral da Comunicação (Pascom).
Novembro - 2017
DECANATO PITANGA
MANOEL RIBAS: Comunidade celebra trezentos anos de Aparecida com restauração de altar O altar que pertenceu à primeira igreja construída na comunidade foi restaurado e apresentado às pessoas no dia 12 de outubro, dia de Nossa Senhora Aparecida.
Em celebração aos trezentos anos de encontro da imagem de Nossa Senhora no Rio Paraíba do Sul, em São Paulo, ocasião que deu origem à devoção a Nossa Senhora Aparecida, muitas paróquias da diocese de Guarapuava realizaram momentos especiais no dia 12 de outubro. A paróquia Santo Antônio, em Manoel Ribas, promoveu uma novena de preparação para o dia da padroeira do Brasil. Com apoio da comunidade, foi possível restaurar o altar da primeira igreja construída no lugar. O trabalho final foi apresentado durante a missa do dia 12 e, segundo informações da Pastoral da Comunicação (Pascom) da paróquia, emocionou os presentes. Houve bênção da peça sacra restaurada.
O coral da paróquia fez uma apresentação durante a celebração e, na ocasião, a cura da menina cega, um milagre atribuído a Nossa Senhora Aparecida, foi interpretado através de uma peça teatral. O momento emocionou os presentes, segundo relatos da Pascom. “O dia da padroeira do Brasil foi muito especial em nossa paróquia. As celebrações, a procissão e a peça teatral animaram as pessoas. A apresentação do altar que pertenceu à primeira igreja construída na cidade, bem como sua bênção, foi um momento muito marcante para todos. Foi um dia dedicado à renovação da fé em Deus por intercessão de Nossa Senhora”, destaca a Pascom.
Paróquia Santo Antônio promove mais uma edição da Festa dos Motoristas
Seguindo as determinações do Regional Sul 2 da CNBB e também da diocese de Guarapuava, durante a festa, não serão vendidas, tampouco permitido o consumo de bebidas alcoólicas.
Diocese de Guarapuava
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CÂNDIDO DE ABREU celebra o Dia de Nossa Senhora Aparecida com missa ao ar livre A missa foi celebrada em uma praça da cidade. O ato motivou as pessoas a saírem de suas zonas de conforto para participar do encontro, segundo a Pastoral da Comunicação.
No dia 12 de outubro, a paróquias Senhor Bom Jesus, em Cândido de Abreu, celebrou o Dia de Nossa Senhora Aparecida de uma maneira diferente. A missa em homenagem à padroeira do Brasil foi rezada ao ar livre, segundo informações da Pastoral da Comunicação (Pascom) da paróquia. As atividades começaram às 08 horas da manhã, com uma carreata, partido da igreja matriz até a Praça Brasil, no bairro Bela Vista, onde foi celebrada a missa presidida pelo pároco, padre Zdzislaw Nabialczyk. “A celebração contou a participação de muitos fiéis, inclusive da comunidade Bela Vista, que organizou o espaço para receber a todos. O Coral da paróquia animou a missa com belos cantos em louvor a Nossa Senhora”, contou Luana Lendzion, agente da Pascom.
A intenção de celebrar a missa fora da matriz, ao contrário do que ocorria em anos anteriores, foi com o intuito de motivar as pessoas a saírem de suas zonas de conforto e entender um pouco mais sobre o trabalho missionário, segundo Luana. “O fato de a Missa ser rezada ao ar livre motivou as pessoas a saírem de suas casas, de suas zonas de conforto e perceber a importância de Nossa Senhora no mundo cristão. O ato de sair em missão é essencial para os católicos, como pede o Papa Francisco, por uma Igreja em saída”, discorreu Luana. No final da celebração, doces foram distribuídos às crianças, em comemoração ao seu dia, celebrado também em 12 de outubro.
ROSÁRIO DO IVAÍ: notícias paroquiais Cavalgada e missa crioula fizeram parte das comemorações em honra à padroeira, em Rosário do Ivaí. No dia 08 de outubro, 30 adolescentes receberam a primeira comunhão na matriz.
PADROEIRA
No dia 12 de novembro, a paróquia Santo Antônio, em Manoel Ribas, promove mais uma edição da festa em honra a São Cristóvão, a tradicional Festa dos Motoristas. A programação, como em anos anteriores, é bastante extensa e todos são convidados a celebrar o momento, conforme os organizadores. A festa começa às 08 horas da manhã, com uma carreata partindo de frente à Cooperativa Coamo e percorrendo as ruas da cidade. A carreta se encerra
em frente à matriz, onde haverá missa às 10 horas. Ao meio dia, haverá almoço à base de churrasco. À tarde, a comunidade preparou um show de prêmios. Seguindo as determinações do Regional Sul 2 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e também da diocese de Guarapuava, durante a festa, não serão vendidas, tampouco permitido o consumo de bebidas alcoólicas.
De 04 a 06 de outubro, a paróquia Nossa Senhora do Rosário, em Rosário do Ivaí, realizou o tríduo em honra à padroeira, celebrado no dia 07 do mesmo mês. No dia 07 de outubro, sábado, feriado municipal, as comemorações em honra a Nossa Senhora do Rosário começaram às 17 horas, com uma cavalgada. O pároco local, padre Adalto José Bona, chegou à matriz juntamente com dezenas de cavaleiros da cidade. Integrantes do grupo musical Ventanas, acompanharam a cavalgada e animaram a celebração. A missa teve início às 18 horas, na matriz. Seguindo uma tradição local, a celebração foi em estilo gaúcho, com a conhecida “missa crioula”. Conforme informações da Pastoral da Comunicação (Pascom), mesmo com o dia nublado, muitas pessoas da cidade participaram dos festejos. “Além das famílias da cidade, também recebemos muitas visitas de pessoas das cidades vizinhas. Foi um momento muito bonito para toda a nossa comunidade”, disse a agente da Pascom, Thais Emídio. No domingo, dia 08, às 09 horas da manhã, os festejos continuaram.
Agricultores e empresários do município realizaram uma carreata de máquinas agrícolas pelas ruas da cidade. Padre Adalto proferiu bênção aos presentes.
PRIMEIRA COMUNHÃO
Despois de terem passado pela catequese, trinta adolescentes receberam a primeira comunhão em Rosário do Ivaí, no último dia 08 de outubro. O sacramento foi ministrado pelo pároco local, padre Adalto José Bona, em uma celebração que começou às 10 horas da manhã. Centenas de pessoas participaram da missa que foi realizada na matriz da paróquia Nossa Senhora do Rosário.
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Decanato Centro
Novembro - 2017 Paróquias: Catedral Nossa Senhora de Belém • Santa Terezinha • Santa Cruz • Sant’Ana • Santuário Nossa Senhora Aparecida São João Bosco • Nossa Senhora de Fátima • Divino Espírito Santo • Santos Anjos • São Pedro e São Paulo • Bom Jesus Quase-Paróquia Nossa Senhora Perpétuo Socorro • São Luiz Gonzaga • Assunção de Nossa Senhora (Rito Ucraniano)
Milhares de pessoas participam da Festa Paróquia Sant’Ana inicia comemorações da Padroeira na paróquia Santa Terezinha jubilares com novena De 23 a 30 de setembro, a paróquia realizou a novena de preparação, com início sempre às 19 horas, na matriz. Os participantes levaram rosas que foram abençoadas durante as missas.
No dia 01 de outubro, a paróquia Santa Terezinha, em Guarapuava, realizou mais uma Festa da Padroeira, com o tema: “A vida com Jesus é mais feliz”. Este ano, o dia de Santa Terezinha foi num domingo, o que veio a coincidir com a festa, uma vez que em outros anos, a data precisava ser adaptada para um fim de semana, anterior ou posterior ao dia dedicado à santa, com o intuito de facilitar a presença do público. “Este ano, fomos abençoados e o dia de nossa padroeira caiu num domingo. Fizemos uma grande festa. Milhares de pessoas da cidade de da região participaram. Mais uma vez, o público nos surpreendeu compareceu em peso todos os dias. Tivemos uma grande presença tanto na parte festiva quanto na parte religiosa. Isto é motivo de muita alegria para todos nós”, comemorou o pároco, padre Nivaldo da Silva, da Congregação Sociedade do Verbo Divino (SVD).
De 23 a 30 de setembro, a paróquia realizou a novena de preparação, com início sempre às 19 horas, na matriz. Os participantes levaram rosas que foram abençoadas durante as missas. A agente da Pastoral da Comunicação (Pascom) na paróquia, Arlete Bini, destacou a grande participação das pessoas durante as comemorações e salientou que a devoção a Santa Terezinha é o que motiva a isto. “A festa envolveu todas as nossas comunidades e isto é muito gratificante. A cada ano, percebemos um aumento no número de pessoas e isto é o sinal de que a devoção a Santa Terezinha está crescendo em nossa comunidade. Em nome da coordenação, agradeço a todos os que colaboraram para que este evento fosse realizado”, destacou Arlete.
Paróquia Nossa Senhora de Fátima realiza terceira edição do JOAM O JOAM é realizado nas paróquias de acordo com as necessidades dos jovens da comunidade, segundo contam os coordenadores. De 12 a 15 de outubro, a paróquia Nossa Senhora de Fátima, em Guarapuava, realizou a terceira edição do acampamento: “Jovens e Adolescentes em Missão” (JOAM). Ao todo, 97 pessoas que pertencem à paróquia a outras comunidades da cidade participaram dos quatro dias de retiro, segundo informações da organização. Os trabalhos foram encerrados com uma missa na matriz Nossa Senhora de Fátima, bairro Primavera, presidida pelo pároco local, padre Carlos de Oliveira Egler. Centenas de pessoas da comunidade participaram e celebraram o que consideram um dos momentos mais bonitos para a juventude local. O JOAM é realizado de acordo com a necessidade dos jovens da comunidade, segundo contam os coordenadores. As prioridades de inscrições são para os jovens que moram nas áreas de abrangência da paróquia. Quando as vagas não são preenchidas, as inscrições são abertas para pessoas de outras comunidades.
SOBRE O JOAM
O JOAM é um acampamento de quatro dias onde adolescentes de 15 a 17
Em 2018, a paróquia Sant’Ana, em Guarapuava, completa cinquenta anos de sua fundação. Uma programação especial vem sendo preparada segundo a coordenação da comunidade.
Com o apoio do Clube dos Devotos e da TV Humaitá, a paróquia Sant’Ana, em Guarapuava, comemora cinquenta anos de fundação em 2018. Com o tema: “Paróquia Sant’Ana 50 anos de evangelização”, uma grande programação para celebrar o momento vem sendo preparada, segundo a coordenação paroquial. No dia 25 de outubro, às 19 horas, por ocasião da festa da padroeira, quando também se celebra o Dia dos Avós (Sant’Ana e São Joaquim), teve início uma novena na paróquia e todos são convidados a participar das orações que se encerram no dia 13 de dezembro, de acordo com o administrador paroquial, padre Itamar Abreu Turco. “A partir de agora, já entramos no ano jubilar de nossa paróquia. Em 2018, comemoramos cinquenta anos de fundação desta comunidade, que foi a primeira depois da criação de nossa diocese. Convidamos a todos para participar
conosco deste momento muito importante para todos nós. É a hora de fortalecermos nossos vínculos familiares e de celebrar a vida, a união. Peço a quem puder, para que leve à matriz, durante as celebrações da novena, uma foto de seus familiares. Juntos, vamos rezar por todos. Em nome dos avós de Jesus Cristo, Sant’Ana e São Joaquim, vamos pedir para que as famílias continuem firmes em sua fé e que encontrem em Deus o apoio necessário nas horas de dificuldade”, grifa padre Itamar. Cada dia da novena abordará um tema e as orações deste dia, serão em favor destas pessoas, conforme conta o administrador. “Vamos falar das famílias nas nossas celebrações. Cada dia da novena tratará de um tema que irá ao encontro dos anseios e necessidades da nossa comunidade. Todos são convidados para este momento especial”, finaliza o padre.
ORAÇÃO À SANT’ANA Senhor, Deus de nossos pais, que concedestes a Sant’Ana a graça de dar a vida à mãe de vosso filho Jesus, olhais por todas as famílias que lutam para sobreviver e que se encontram em grandes dificuldades de relacionamento. Que os lares sejam lugares abençoados e plenos de acolhimento e de compreensão. Sant’Ana, nossa padroeira, olhai para as crianças, acompanhai os adolescentes e jovens, amparai os idosos e doentes de nossa sociedade. Que todas as pessoas possam contar sempre com as bênçãos de vossa proteção. Sant’Ana, rogai por nós! Amém
anos são convidados a viver um profundo conhecimento de Deus e da Igreja. O curso é um grande desafio para a juventude que está sempre em busca do novo. No JOAM, os jovens pregam para outros jovens e testemunham o quanto é bom seguir um caminho em busca da santidade. Ao longo dos quatro dias, o adolescente é conduzido com muita animação por um caminho de formação humana e espiritual onde é apresentada a ele a verdade da Igreja. Ao final do curso, os adolescentes saem com a certeza de que possuem uma bela e grande missão: “ir à busca dos que não vieram!”. Santa Maria Goretti, uma santa que ensina que é possível ser jovem e lutar pela santidade até o fim, é a patrona do JOAM.
PROGRAMAÇÃO E TEMA A novena especial para o Jubileu de Ouro da Paróquia Santana abordará os seguintes temas: Especial para o jubileu de Ouro da paróquia: • 1º Dia - Pelas famílias (25/10) • 2º Dia - Pelos viúvos (01/11) • 3º Dia - Pelos casais e vocação matrimonial (08/11) • 4º Dia - Pelos casais que desejam engravidar (15/11) • 5º Dia - Pelos mais necessitados (pobres, moradores de rua, órfãos, dependentes químicos) (22/11) • 6º Dia - Pelas mães e gestantes (29/11) • 7º Dia - Pela educação cristã dos jovens (01/11) • 8º Dia - Pelos idosos (06/12) • 9º Dia - Pela nossa comunidade (13/12) A paróquia Sant’Ana, em Guarapuava, fica à Rua Rosa Laura de Siqueira, 1104, bairro Santana. Maiores informações sobre a paróquia e horários das celebrações podem ser obtidas através do telefone 42 3623 2404, na secretaria.
DECANATO CENTRO
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Primeiro Festival Bíblico reúne mais de 700 Paróquia Santos Anjos promove pessoas na comunidade Maria Mãe da Igreja Formação Bíblica mensal O evento foi em celebração ao Mês da Bíblia, celebrado em setembro em toda a Igreja. Com um elenco envolvendo mais de trezentas e cinquenta crianças, a comunidade Maria Mãe da Igreja, em Guarapuava, promoveu o Primeiro Festival Bíblico no último dia 30 de setembro. O evento que reuniu mais de setecentas pessoas entre crianças, pais e responsáveis, foi realizado no salão social da comunidade. Na ocasião, os catequizandos da Primeira Eucaristia e integrantes da Infância Missionária contaram histórias bíblicas através de peças teatrais e também da música. Segundo Graciele de Ramos Inglês Martins, uma das coordenadoras do festival, o encontro foi um sucesso e possibilitou melhor entendimento e estudo sobre as passagens bíblicas. “O Festival Bíblico foi um verdadeiro sucesso. Além da diversão, as crianças saíram de lá sabendo um pouco mais sobre a vida cristã e sobre a Bíblia. Tivemos doze apresentações de musicais e de peças de teatro contando histórias bíblicas. Os ensaios e as preparações foram feitos pelos catequistas da comunidade. Este é mais um trabalho de evangelização. Ao final das apresentações, cada criança participante ganhou um livro para colorir com uma história bíblica e, a partir de agora, poderá evangelizar em sua comunidade. Esta é uma forma que encontramos de disseminar com alegria a Palavra de Deus. Cada um que lá esteve, passa a ser um evangelizador em sua comunidade, em sua família”, explicou Graciele.
Os encontros são realizados nas casas dos coordenadores no primeiro sábado de cada mês. Em média, trinta pessoas participam dos trabalhos formativos e espirituais.
APRESENTAÇÕES
A primeira apresentação contou a história da Criação do Mundo, passando pela construção da Arca de Noé, Travessia do Mar Vermelho e a Queda dos Muros de Jericó. Em seguida, houve a Anunciação do anjo Gabriel à Maria, destacando que ela daria à luz o Salvador. As parábolas contadas por Jesus, como a Parábola do Semeador, a Parábola do Filho Pródigo e a Parábola da Ovelha Perdida, assim como os milagres da Multiplicação dos Pães, Pesca Milagrosa e a história de quando Jesus andou sobre as águas, também foram encenadas pelas crianças. Encerrando as apresentações, a última encenação contou a história da Santa Ceia, ocasião em que Jesus instituiu a Eucaristia. Além das peças teatrais e musicais, o grupo de dança Angel’s, da paróquia Santos Anjos, também se apresentou no evento promovendo a alegria dos presentes. Ao final dos trabalhos, a comunidade ofereceu um lanche aos participantes do evento. Cada criança que lá estava levou um livro com histórias bíblicas para colorir.
Para os católicos, o dia 30 de setembro é muito especial, pois nesta data se comemora o Dia da Bíblia. Em preparação para este momento considerado de suma importância, há celebrações durante o mês inteiro nas paróquias e comunidades, com aprofundamento em estudos e leituras das Sagradas Escrituras. Desta forma, no calendário católico, setembro é o Mês da Bíblia. Na paróquia Santos Anjos, em Guarapuava, os estudos da Bíblia são realizados mensalmente, nas casas dos coordenadores, no primeiro sábado de cada mês, num cumprimento às prioridades da diocese que são: Círculos Bíblicos, Dízimo e Missões. Em entrevista à repórter Ellen Karolynne Barbosa dos Santos Chicoski, agente da Pastoral da Comunicação (Pascom) na paróquia, a imã Ema Ilsi Seidel, da congregação das Irmãs Teresianas, falou sobre a importância do estudo da Bíblica como instrumento de sustentação da Igreja. Segundo irmã Ema, aprofundar os conhecimentos e sentir a Palavra é um dos objetivos principais dos Círculos Bíblicos. “O objetivo principal é que as pessoas, ao se encontrarem em seu Círculo Bíblico, tenham um aprofundamento sobre o livro que está sendo estudado e rezado. Em 2017 estamos estudando o Evangelho de Mateus. Neste contexto, as formações bíblicas respondem questionamentos como: Quem é este Mateus? Onde vivia? Em qual comunidade? Quais eram suas dificuldades e como a comunidade de Mateus encontrava na Sagrada Escritura a resposta no ontem para confirmar o hoje a partir da pessoa de Jesus e sua proposta”, instrui a religiosa. Através da formação, pretende-se disseminar com mais clareza a Palavra às famílias da comunidade, conforme destaca irmã Ema. “Através dos estudos, os leigos passam a ter muito mais conhecimento. Mas só isso não basta. Durante os estudos da Bíblia, há que se ter espaço para a espiritualidade, para o entendimento das mensagens através da vivência cristã. Quando estudamos a Bíblia, fazemos uma verdadeira imersão na Palavra Divina, seguindo principalmente o roteiro da Leitura Orante, que se conclui com oração e compromisso”, sublinha.
Para os estudos bíblicos, os temas escolhidos variam de acordo com o ano e com as propostas da Igreja. Durante a entrevista, irmã Ema observou que é preciso também traçar paralelos entre as histórias das Escrituras e os dias atuais. Esta analogia, conforme observa, faz com que o texto seja sentido e vivenciado a partir da experiência de cada um, através de sua realidade, bem como através da realidade de sua comunidade. “Durante os estudos, muitos livros nos servem de auxílio. Há grandes autores que conseguem facilitar a compreensão da Bíblia. Este ano, por exemplo, trabalhamos as obras: Como ler o Evangelho de Mateus – o Caminho da Justiça, de Ivo Storniolo; Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus, do padre Luís Mosconi; Travessia – Quero Misericórdia e não Sacrifício, de Carlos Mesters, Mercedes Lopes e Francisco Orofino; Que os Nossos Olhos se Abram! – Uma leitura de Mateus em perspectiva do Tesouro, uma obra da Conferência dos Religiosos do Brasil (CRB)”, contou a religiosa. Durante a conversa com Ellen, irmã Ema lembrou que trinta pessoas em média participam dos encontros bíblicos. O número é baixo, conforme a religiosa e é preciso que haja mais empenho por parte de todos da comunidade para que a situação mude para melhor. “Tive informações de que somos a única paróquia que dá formação bíblica pontual. Esta regularidade de encontros mensais nos faz crescer, mas é preciso muito mais. Nossa equipe também vai a outras paróquias, quando convidada e, nestas ocasiões, trabalhamos muito com a formação. Eu gostaria muito que todos os católicos despertassem para a necessidade de formar grupos bíblicos, pois é o meio mais eficaz de aprofundar nossa fé e criar bases sólidas em nossa vida. Conforme José Antônio Pagola: ‘A experiência de escutar juntos os Evangelhos transforma-se, então, na força mais poderosa que uma comunidade possui para sua transformação’”, finaliza irmã Ema. Com informações e fotos de Ellen Karolynne Barbosa dos Santos Chicoski
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Teologia em gotas
A finalidade da teologia católica, hoje, “é apresentar em circunstâncias atuais, o Evangelho vivo” (Papa Francisco).
Rezar pelas almas ou pelos defuntos? No anterior artigo (Boletim 460), tratamos da seguinte pergunta: Como a Mãe de Jesus Cristo, Maria é crente, discípula e missionária? Nesta reflexão, sendo que, no dia 2 de novembro a Igreja Católica, comemora todos os fiéis defuntos, a pergunta é: Rezar pelas almas ou pelos defuntos? Um amigo, membro de uma Igreja histórica contou o seguinte fato: “Fui convidado para uma missa de sétimo dia de falecimento de um conhecido da família. O comentador da cerimônia convidou os presentes a orar pelas almas de 14 falecidos, enumeradas pontualmente, depois, pediu para orar pelo defunto em questão, e finalmente pelas almas do purgatório. Como o padre, durante a missa não fez referência a estes convites, fiquei sem entender a situação do amigo falecido”. PRESSUPOSTOS PARA ENTENDER Na teologia, a doutrina que ensina tudo o que acontece no final da vida, chama-se Escatologia. (Tratado das últimas coisas: morte, juízo particular, céu, inferno, retorno de Cristo, ressurreição universal). Explicação encontrada no Catecismo da Igreja Católica (CIC, 988-1065). A Igreja Católica na sua doutrina oficial, Direito Canônico ou Liturgia nunca utiliza a palavra alma, para referir-se aos defuntos, porém, sim para os vivos, em referência ao livro do Gênesis 2,7, que define o ser humano como uma alma vivente. No direito Canônico 1177 aparece o conceito de Fiel defunto, fiéis defuntos “Fideles Defuncti”. Na liturgia, nas diversas orações eucarísticas (anáforas) utilizam-se os conceitos filhos e filhas, irmãos e irmãs. Na Igreja Católica, a diferença em relação a outras Igrejas Cristãs, alicerçada na Sagrada Escritura e na Tradição, reza pelos fiéis defuntos (CIC 958; 2 Mac 12,46). Os católicos acreditam no purgatório. Uma explicação catequética seria assim: O falecido, no instante do juízo particular (CIC 1022) corrobora que está cheio de imperfeições para seu imediato abraço eterno com o Pai. Então, sente dor e necessidade de purificação e limpidez pessoal, na santidade proposta no batismo para ser digno da comunhão eterna com a Trindade e os santos. O purgatório não é um lugar, mas uma situação existencial, não tem tempo (porque o tempo é uma realidade do mundo dos vivos: presente, passado e futuro). Tem eternidade, que é um contínuo presente. O purgatório é um acrisolamento comovente na espera da sentença misericordiosa do Juiz: “Servo fiel” (Mt 25,21), “venha e receba o Reino que meu Pai preparou para você desde a criação do mundo” (Mt 25,34). LINGUAGEM E COMPREENSÃO DA FÉ Na atualidade, a não utilização de uma linguagem atualizada na teologia e, sobretudo, na catequese, dificulta falar e compreender o que acontece no final da nossa salvação eterna, faltando conceitos compreensíveis para o homem científico e tecnológico de hoje. No caso da pergunta do irmão crente, acima, de forma simplíssima poder-se-ia dizer o seguinte: Muitos católicos não conhecem bem os fundamentos de sua fé (1 Pedro 3,15), por isso a formulam e a praticam de forma lamentável. Vejamos o exemplo em questão:
“REZAR PELA ALMA DE ALGUÉM”. POR QUE SE FALA ASSIM? 1º - Na antropologia filosófica aparecem concepções do que possa ser o ser humano, o indivíduo, a pessoa. Uma delas é a visão grega. Para os gregos antigos, todos os seres que se movem têm matéria e alma. Corpo e alma. Alma, animus, é que dá a vida. Plantas têm alma vegetativa, animais têm alma sensitiva, pessoas têm alma racional. A alma racional é imortal. A morte é a separação da alma do corpo. Morrer é livrar-se a alma do cárcere do corpo. Esta visão entrou na teologia, por isso o comentador pede pela alma do falecido, em lugar de rezar pelo falecido mesmo. Porque o corpo, nesta visão, é compreendido como um acessório do ser humano, não o constitutivo essencial do indivíduo, como se entende na reflexão bíblica. 2º - Outra visão de ser humano é a bíblica: a pessoa é um ser indivisível. É uma unidade de uma dimensão material e espiritual. A união do sopro de vida com o barro inanimado tornou o homem uma alma vivente. Diferente da visão grega, aliás, o homem não tem alma, ele é uma alma vivente (ele é corpo que é vida pulsante). “E formou o Senhor Deus o homem do pó da terra, e soprou-lhe nas narinas o fôlego da vida; e o homem tornou-se alma vivente.” (Gênesis 2:7; I Tessalonicenses 5:23; Sal. 10,18). No exemplo, em questão, rezar pelo falecido X (rezamos por Pedro II, no sétimo dia de seu falecimento) e não pela alma do falecido X se percebe uma inserção sadia na fé bíblica. COMEMORAÇÃO DOS FIEIS DEFUNTOS Desde o amanhecer dos tempos, o homem intuiu que esta vida histórica, não terminava com a morte e procurou uma explicação da além-morte, inclusive saber como era a relação com os falecidos. Esta percepção foi alimentada, mantida, explicada e justificada até os dias de hoje por crenças, filosofias e religiões. A compreensão da vida, após a morte biológica, aparece como um constitutivo essencial do ser humano. O homem busca sentido à sua vida. A fé cristã também tem uma visão sobre o que acontece com o ser humano, nas proximidades e além-morte. A partida do ser querido para além da morte causa tristeza, dor e diversos sentimentos e comportamentos por parte dos que ficam. Neste contexto, o apóstolo Paulo instrui os cristãos: “Irmãos, queremos que saibam a verdade a respeito dos que já morreram, para que não fiquem tristes como aqueles que não têm esperança. Nós cremos que Jesus morreu e foi ressuscitado. Assim, cremos que Deus vai trazer, com Jesus, os que morreram crendo nele”. (1 Tes 4, 13-14). Em Cristo Ressuscitado encontramos a verdade e o pleno sentido da vida. A comemoração dos Fiéis Defuntos na Igreja Católica responde a uma das verdades da fé que proclamamos no símbolo dos Apóstolos: “Creio na comunhão dos Santos” (CIC 946). “Reconhecendo cabalmente esta comunhão de todo o Corpo místico de Jesus Cristo, a Igreja
terrestre, desde os tempos primeiros da religião cristã, venerou com grande piedade a memória dos defuntos” (CIC 958). Desde sempre, o homem preocupouse pelos seus mortos e procurou conferirlhes uma espécie de segunda vida, através da atenção, do cuidado e do carinho. De certa maneira, deseja-se conservar a sua experiência de vida; e, paradoxalmente, como eles viveram o que amaram, o que temeram e o que detestaram, nós descobrimo-los precisamente a partir dos túmulos, diante dos quais se apinham recordações. Estas são como que um espelho do seu mundo. Por que é assim? Porque, não obstante, a morte seja com frequência um tema quase proibido na nossa sociedade e haja a tentativa contínua de eliminar da nossa mente até o pensamento da morte, ela diz respeito a cada um de nós, refere-se ao homem de todos os tempos e de todos os espaços. E diante deste mistério todos, também inconscientemente, procuramos algo que nos convide a esperar, um sinal que nos dê consolação, que abra algum horizonte, que ofereça ainda um futuro. Na realidade, o caminho da morte é uma senda da esperança, e percorrer os nossos cemitérios, como também ler as inscrições sobre os túmulos é realizar um caminho marcado pela esperança de eternidade. (Bento XVI: audiência Geral, 02/11/2011). REZAR PELO FIEIS DEFUNTOS O apóstolo Paulo nos faz uma convocação: Rezem sempre (1 Tes 5,17; Ef 6,18). A nossa vida alcança sentido e verdadeira plenitude se direcionada à relação e intimidade com Deus a imitação de Cristo que forma com o Pai uma extraordinária e íntima unidade, até tal profundidade que Jesus afirma: ”Quem me vê, vê também o Pai. - Eu estou no Pai e o Pai está em mim” (Jo 14,15). É na oração que o cristão se coloca nesse caudal de vida e amor que existe entre Jesus e o Pai. Isto é, a oração é a torrente de amor, misericórdia, vida e poder que circula entre o Filho Jesus e o Pai. Quem ora, está com Jesus e Jesus está no coração do Pai (Jo15). Todos nós batizados, somos chamados a entrar nessa torrente de amor entre Jesus e o Pai pela oração, que no símbolo chamamos Comunhão dos Santos. Assim, os batizados peregrinos na terra, os falecidos de todos os tempos, na eternidade, inseridos no amor e misericórdia da Santa Trindade formamos uma comunhão de bens, de amor, solidariedade, ajuda mutua e recíproca e felicidade compartilhada. Na eucaristia, encontramos o zênite desta comunhão, “porque é por este sacramento que nos unimos a Cristo, que nos torna participantes do seu Corpo e de seu sangue para formarmos um só corpo” (CIC1331): a família de Deus trino. Finalmente, rezamos não para que o falecido seja salvo, mas, na “comunhão dos santos”, unirmos na ânsia que eles têm de estarem plenos para a visão e encontro eterno com Deus e os salvados. E, também, para que eles nos ajudem a confeccionar o vestido exigido para as bodas do Cordeiro (Ap 19,9) e todos juntos, usufruir a festa eterna da salvação. Sugere-se como leitura de fácil aprofundamento o Livrinho “Creio na Vida eterna” – Frei Boaventura Kloppenburg. Editora Pão e Vinho. Guarapuava. 2008. Por Germán Calderón Calderón
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1º CÍRCULO BÍBLICO DO EVANGELHO DE MATEUS Todos recebemos alguns dons de Deus - Para que servem os dons? Mt 25,14-30 Preparando o ambiente: Colocar no pessoas recebem de Deus. Toda a pessoa centro a cartolina com os dons. tem alguma qualidade ou sabe alguma coisa que pode ensinar aos outros. Ninguém é só 1. ORAÇÃO INICIAL aluno, ninguém é só professor. Aprendemos Animador: É bom estarmos aqui, uns dos outros. Vamos conversar sobre isto. reunidos numa só família. Que a graça, a) Na nossa comunidade, procuramos a paz e a misericórdia de Deus estejam conhecer e valorizar os dons das pessoas? em nosso meio. b) Às vezes, os dons de uns geram inveja e Todos: Bendito seja Deus que nos reúne competição nos outros. Como reagimos? no amor de Cristo. 3. OLHANDO A PRÁTICA DE JESUS Animador: Somos irmãos e irmãs Vamos ouvir a comparação conhecida uns dos outros; saudemo-nos, então, como a parábola dos talentos. Ela trata dos no amor e na paz de Cristo (todos se dons ou carisma que as pessoas recebem cumprimentam). de Deus. Vamos prestar atenção em como cada um desenvolve o seu dom. Obs: Se houver alguém que esteja • Canto de aclamação participando do grupo pela primeira • Leitura do texto: Mateus 25,14-30 vez, seja acolhido com muita alegria e (Ler com calma duas vezes o texto). carinho; • Momento de silêncio para retomar o texto lido Canto (à escolha) 4. PARTILHANDO A PALAVRA Animador: Irmãos e irmãs, comecemos a) Vamos lembrar juntos a parábola que o nosso encontro invocando a Santíssima ouvimos. O que mais chamou nossa Trindade: atenção? Todos: Em nome do Pai, e do Filho e do b) Na parábola, os três recebem conforme a Espírito Santo, Amém. sua capacidade. Como cada um desenvolve seu dom? Animador: Com fé, peçamos que o c) Qual a reação do patrão? O que ele exige Espírito Santo venha ao nosso encontro dos empregados? com a sua luz e a sua sabedoria: d) Como entender a frase: “A todo aquele Todos: Vinde Espírito Santo, enchei os que tem, será dado mais, e terá em corações de vossos fiéis, e acendei neles abundância. Mas daquele que não tem, até o fogo do vosso amor. Enviai o vosso o que tem lhe será tirado”? Espírito, Senhor e tudo será criado, e e) Nossa comunidade é um espaço onde as renovareis a face da terra. pessoas podem desenvolver seus dons? Animador: Oremos: Ó Deus, que instruístes os corações de vossos fiéis com a luz do Espírito Santo, fazei que apreciemos retamente todas as coisas, Segundo o mesmo espírito, e gozemos sempre de sua consolação. Por Cristo, nosso Senhor, amém.
5. ORAÇÃO DA COMUNIDADE Momento das Preces: O que este texto nos faz dizer a Deus? Colocar em forma de prece, de maneira espontânea, tudo aquilo que refletimos sobre o Evangelho e sobre a nossa vida. Resposta: Senhor, ajuda a fazer da nossa vida um serviço aos irmãos!” Terminar esta 2. OLHANDO A PRÁTICA DA parte com um Pai-Nosso. COMUNIDADE Conclusão das Preces: Oração do Pai Nosso Hoje vamos ouvir a parábola dos Oração do Salmo 103 (102): ‘‘Agradecer a talentos. Ela fala sobre os dons que as Deus os dons recebidos!’’
6. EM CASA E PARA O PRÓXIMO ENCONTRO • Ler: Mt 25,31-46 • Trazer para o próximo encontro alimentos ou roupas para doação • Responsáveis pelo encontro/ leitores Próximo encontro/data: Local: O animador conclui com uma oração espontânea Aprofundamento do encontro A simples expectativa e vigilância se convertem e culminam aqui em responsabilidade para ação no mundo. A responsabilidade é proporcional ao “talento” recebido para o serviço. O patrão que parte indica o próprio Deus que reparte “conforme a capacidade de cada um”; só que também essa capacidade é dom (Dt 8,17-18). Um talento equivale a cerca de 35 quilos. O patrão ao voltar pede contas da administração, numa espécie de julgamento, no qual o patrão qualifica a conduta e retribui. Os dois primeiros são: cumpridor, ou seja, bom em seu ofício, é o título de Moisés segundo Nm 12,7. O terceiro é mau, em seu ofício preguiçoso. O terceiro, que enterrou seu talento, procura se defender, pondo a culpa na exigência do patrão. Realmente o medo do risco paralisa (Ecl 11,10). O dinheiro confiado a mãos ativas tende a crescer; mas a preguiça o deixe inerte, e o preguiçoso fica de mãos vazias. Prêmio e castigo são de cunho escatológico. Prêmio: participar do banquete escatológico do Senhor. Castigo: a expulsão e as trevas da morte (Mt 8,12; 22,13). Assim Deus espera que sejamos capazes de administrar os dons que Ele nos concede, rendendo frutos na comunidade.
Pe. Gilson José Dembinski
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2º CÍRCULO BÍBLICO DO EVANGELHO DE MATEUS “Quem está aí?” - “Sou eu!” . Entre nós está e não o conhecemos. Mateus 25,31-46 Preparando o ambiente: Colocar a cesta casa. Pessoas assim é que não faltam hoje. no centro. Após o encontro encaminhar Existem em toda parte. O número delas para alguma família. cresce cada vez mais. O sistema político em que vivemos produz desemprego, pobreza, 1. ORAÇÃO INICIAL doenças. Vamos conversar sobre isto. Animador: É bom estarmos aqui, a) Na minha rua tem pessoas assim? Qual reunidos numa só família. Que a graça, a o meu relacionamento com elas? paz e a misericórdia de Deus estejam em b) Qual o espaço que essas pessoas têm na nosso meio. nossa comunidade? Sabemos acolhê-las? Todos: Bendito seja Deus que nos reúne no amor de Cristo. 3. OLHANDO A PRÁTICA DE JESUS Animador: Somos irmãos e irmãs Vamos ouvir as palavras de Jesus. Ele diz uns dos outros; saudemo-nos, então, que no fim da nossa vida seremos julgados no amor e na paz de Cristo (todos se a partir do amor que praticamos para com cumprimentam). os irmãos e as irmãs necessitadas. Vamos Obs: Se houver alguém que esteja prestar atenção nos critérios que Jesus usa participando do grupo pela primeira para dizer quem é justo ou maldito. vez, seja acolhido com muita alegria e • Canto de aclamação carinho; • Leitura do texto: Mateus 25,31-46 (Ler com calma duas vezes o texto). Canto (à escolha) • Momento de silêncio para retomar o texto lido Animador: Irmãos e irmãs, comecemos o nosso encontro invocando a Santíssima Trindade: Todos: Em nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo, Amém. Animador: Com fé, peçamos que o Espírito Santo venha ao nosso encontro com a sua luz e a sua sabedoria: Todos: Vinde Espírito Santo, enchei os corações de vossos fiéis, e acendei neles o fogo do vosso amor. Enviai o vosso Espírito, Senhor e tudo será criado, e renovareis a face da terra. Animador: Oremos: Ó Deus, que instruístes os corações de vossos fiéis com a luz do Espírito Santo, fazei que apreciemos retamente todas as coisas, Segundo o mesmo espírito, e gozemos sempre de sua consolação. Por Cristo, nosso Senhor, amém. 2. OLHANDO A PRÁTICA DA COMUNIDADE Animador: No Círculo de hoje, vamos meditar o texto onde Jesus diz estar presente nas pessoas com fome, com sede e sem roupa, nos estrangeiros, nas pessoas doentes, presas e sem
4. PARTILHANDO A PALAVRA a) Vamos lembrar junto o texto. Qual o ponto que você mais gostou? b) Qual o critério que Jesus usa para dizer que alguém é justo ou maldito? c) Em Mateus 18,20, Jesus dizia: “Onde dois ou três estão reunidos em meu nome, estarei no meio deles”. Aqui neste texto, ele dá uma outra dica para gente descobrir a presença dele no meio de nós. Qual é esta dica? d) Como fazer para que nossa comunidade possa acolher Jesus que vem até nós no pobre, no faminto, no desempregado, no enfermo, no povo da rua, no pequeno? 5. ORAÇÃO DA COMUNIDADE Momento das Preces: O que este texto nos faz dizer a Deus? Colocar em forma de prece, de maneira espontânea, tudo aquilo que refletimos sobre o Evangelho e sobre a nossa vida. Resposta: “Senhor, aumenta em nós o amor e a fraternidade!” Conclusão das Preces: Oração do Pai Nosso Oração do Salmo 72 (71): ‘‘Deus, servidor dos pobres e indigentes!”
6. EM CASA E PARA O PRÓXIMO ENCONTRO • Ler: Mt 26,20-35 • Trazer para o próximo encontro um quadro da última ceia. •Responsáveis pelo encontro/ leitores: Próximo encontro/data: Local: O animador conclui com uma oração espontânea Aprofundamento do encontro Embora Jesus tenha limitado sua missão “às ovelhas perdidas da casa de Israel” (Mt 15,24), compadeceuse também dos pagãos necessitados e proclama uma mensagem universal. A parábola em seu estado atual tem abrangência inclusivista; todos os povos serão julgados pela lei do amor. Os que creram em Jesus, pelo cumprimento do seu mandamento serão julgados; os que não o conheceram serão julgados pela fidelidade aos seus valores. O julgamento será de separação (Lv 20,25s); seu complemento são os bons que são “separados” dos maus. Compará-los com ovelhas e cabras pode ser sugestão de Ez 34,17, que distingue entre ovelhas e bodes. O critério de separação são as obras de misericórdia, que se podem ilustrar com textos do AT e do NT (Is 58,7; Pr 19,17; Mt 5,7; 9,13; 12,7; 23,23). Servem para especificar o preceito capital do amor ao próximo. Jesus faz-se próximo do necessitado e do irmão pequeno. De tal modo, ao realizarmos as boas obras, no amor ao próximo que vemos no cotidiano, servimos o próprio Jesus. A cena nos faz compreender que muitos, sem conhecer a pessoa de Jesus, se ajustam aos valores dele, na esfera do amor ao próximo. E isso decide o destino dele.
Pe. Gilson José Dembinski
Reflexões Dominicais
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1º Domingo do Advento
2º Domingo do Advento
3 de dezembro de 2017
10 de dezembro de 2017
Is 63, 16b-17.19b; 64, 2b-7 | 1Cor 1, 3-9 | Mc 13, 33-37
Is 40, 1-5. 9-11 | 2Pd 3, 8-14 | Mc 1, 1-8
“À ESPERA DO SALVADOR”
Neste domingo inicia-se o Tempo do Advento e com isso, abre-se um novo ano litúrgico: o ano B. A palavra Advento provem do latim e significa vinda, chegada, e ainda, fundação ou criação de alguma coisa. O tempo do Advento vem a ser preparação para a chegada – neste caso o nascimento – do menino Deus, Jesus, Nosso Senhor. Para simbolizar o tempo de preparação para o Natal, a liturgia se utiliza da cor roxa, acentuando o caráter penitencial que este período possui, já que a preparação para o Natal remete a purificação interior. Esta purificação é marcada também com alegria, pois se espera o nascimento do Salvador, por isso é um tempo riquíssimo e oportuno para avaliação da vida, da caminhada eclesial e da própria vocação. Neste primeiro domingo do Advento, a liturgia nos convida à vigilância; não dormir, mas vigiar com amor para reconhecer Jesus em sua vinda definitiva. Assim, Deus virá, pois Ele promete, por meio de Seu Filho, e a nossa atitude deve ser de espera e de abandono em Deus, na confiança, na disposição de nossas vidas em seu serviço. Por isso, nós cantamos: Vem, Senhor Jesus! E o grande convite durante todo o tempo do Advento é este, preparar-se para esta vinda, em estado de vigilância, amor e alegria. O grande clamor do povo, expresso por meio da boca de Isaías na primeira leitura, é exatamente este: Vem Senhor Deus e age por seus justos e escolhidos. Assim, compreende-se que quando se afasta de Deus, as pessoas têm necessidade de retomar esta relação de aproximação com Deus. O povo almeja isto, assim como nós tantas vezes clamamos a presença de Deus em nossas vidas: “vem e renova-nos, faznos odres novos, vem e fazes grandes
coisas em nosso favor! Ouve a súplica de teu povo!” Outrora o povo de Israel proclamava tais palavras, hoje continuamos a repeti-las. Deste modo, pedimos, mas Deus nos dá a garantia de que virá uma segunda vez, na sua glória. No entanto, quando será esta segunda vinda gloriosa ninguém sabe e Paulo confirma isto na segunda leitura ao falar do Dia do Senhor, quando haverá a plena comunhão com o Filho. É um compromisso de fidelidade e por isso vigiar tem um valor muito especial, pois se sabe desta promessa que não falhará, mas que não se sabe quando será. O evangelho alerta para isto: devemos vigiar e estar preparados para a inauguração deste tempo. No texto litúrgico isto se ilustra pela parábola que é contada sobre o homem que ao viajar distribui as tarefas aos empregados e manda o porteiro que fique vigiando, para que quando voltar este não seja encontrado dormindo. Isto nos recorda que o cristão deve assumir seus compromissos e suas responsabilidades e, mais ainda, nos ensina o significado da vigilância é oração, fé, prática da caridade, resistência ao mal e sobriedade. Deste modo, cada um recebeu diversos dons para realizar as suas tarefas e cada qual deve cumprir para com suas responsabilidades, mas fazendo isto com amor e vigilância. Tais atitudes do discípulo revelam seu compromisso real com a missão que lhe foi confiada. Portanto, saibamos aproveitar este tempo do Advento para nos preparar de fato para o Natal, para a grande vinda do Senhor e que saibamos valorizar os dons e a missão que Deus confia a cada um! E assim, confiantes e alegres possamos rogar juntos; Vem, Senhor Jesus!
Seminaristas: Everton Pavilaqui, Felipe Geraldo Madureira, Herick Rogger Pinchesk, Jacir dos Santos, Marinaldo Cheliga, Rodrigo Campanharo e José Vitor Cozechen Seller
“PREPARAI O CAMINHO DO SENHOR”
A liturgia do segundo Domingo do Advento constitui um veemente apelo ao reencontro do homem com Deus. Deus está sempre disposto a oferecer ao homem um mundo novo de liberdade, de justiça e de paz; mas esse mundo só se tornará uma realidade quando o homem aceitar renovar o seu coração, abrindo-o aos valores de Deus. Na primeira leitura, a profecia do Dêutero-Isaías, da época do Exílio garante aos exilados a fidelidade de Deus e a sua vontade de conduzir o Povo – através de um caminho fácil e direito – em direção à terra da liberdade e da paz. Ao Povo, por sua vez, é pedido que elimine os seus hábitos de comodismo, de egoísmo e de autossuficiência e aceite, outra vez, confrontar-se com os desafios de Deus. A mensagem destina-se a consolar os exilados e apontar-lhes novas razões para ter esperança. O profeta começa por anunciar a iminência da libertação e por comparar a saída da Babilônia ao antigo êxodo, quando Deus libertou o seu Povo da escravidão do Egito. Deus “fala ao coração” do seu Povo, com amor e ternura, a fim de o consolar. A mensagem de “consolação” que a primeira leitura nos apresenta anuncia a esse povo amargurado, desiludido e frustrado que Deus não o abandonou nem esqueceu e que vai atuar no sentido de oferecer-lhe de novo a vida e a liberdade. A segunda leitura aponta para a parusia, a segunda vinda de Jesus. Convida-nos à vigilância – isto é, a vivermos dia a dia de acordo com os ensinamentos de Jesus, empenhando-nos na transformação do mundo e na construção do Reino. Se os cristãos pautarem a sua vida por esta dinâmica de contínua conversão, encontrarão no final da sua caminhada terrena “os novos céus e a nova terra onde habita a justiça”.
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O autor da Segunda Carta de Pedro, dirige-se aos irmãos da sua comunidade cristã e convida-os a conservarem-se fiéis aos ensinamentos recebidos, evitando deixarem-se confundir pelas doutrinas dos falsos mestres. Os cristãos devem esforçar-se, por preparar adequadamente a segunda vinda de Jesus Cristo, sem se deixarem manipular por doutrinas contrárias ao Evangelho e ao ensinamento recebido da tradição apostólica. No Evangelho, João Batista nos convida a acolher o Messias libertador. A missão do Messias – diz João – será oferecer a todos os homens esse Espírito de Deus que gera vida nova e permite ao homem viver numa dinâmica de amor e de liberdade. No entanto, só poderá estar aberto à proposta do Messias quem tiver percorrido um autêntico caminho de conversão, de transformação, de mudança de vida e de mentalidade. João é o mensageiro, enviado por Deus para preparar os homens para a chegada do Messias. A mensagem transmitida por João – com a palavra e com a própria atitude de vida – é um apelo veemente à mudança de vida e de mentalidade, a fim de que a proposta do Messias libertador encontre lugar no coração dos homens. João deixa claro que a missão do Messias é comunicar o Espírito que transforma o homem. Neste tempo de Advento, de preparação para a celebração do Natal do Senhor, ordenemos o nosso coração para a vinda de Jesus. O Advento é o tempo favorável para limparmos os caminhos da nossa vida, de forma que Deus possa nascer em nós e, através de nós, libertar o mundo.
Seminaristas: Everton Pavilaqui, Felipe Geraldo Madureira, Herick Rogger Pinchesk, Jacir dos Santos, Marinaldo Cheliga, Rodrigo Campanharo e José Vitor Cozechen Seller
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Reflexões Dominicais
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3º Domingo do Advento
4º Domingo do Advento
17 de dezembro de 2017
24 de dezembro de 2017
Is 61, 1-2a. 10-11 | 1Ts 5, 16-24 | Jo 1, 6-8. 19-28
2Sm 7, 1-5. 8b-12.14a.16 | Rm 16, 25-27 | Lc 1, 26-38
“EU SOU A VOZ QUE GRITA NO DESERTO”
A liturgia desse domingo é um convite de esperança para aqueles que mais sofrem. É preciso, porém dar passos, fazer uma experiência concreta de encontro pessoal com Deus. É esse itinerário que torna os seres humanos mais sensíveis para observar a realidade e para compreender a manifestação do Reino de Deus no aqui e agora. A libertação se dá por passos trilhados em direção do Deus da vida, que convida a dar dinamicidade à comunidade de fé e de levar a alegria da salvação a todos que se encontram afastados e fechados. É necessário avançar para águas mais profundas e responder a proposta individual que Deus tem para cada pessoa humana. O profeta Isaías vive a alegre expectativa daquele que foi escolhido por Deus, dando passos em direção da missão. É preciso sair e anunciar a boa-nova aos humildes, curar as feridas da alma, daqueles que vivem na angustia e no sofrimento da dor, pregar a redenção para os cativos e a liberdade para as pessoas que vivem escravas das coisas do mundo. É necessário buscar as coisas do alto que trazem a verdadeira felicidade. O tempo da graça já se manifesta aqui em nossa realidade, porém cada um deve acolher e transmitir a alegria de ser filhos de Deus. Paulo retoma o tema da alegria e orienta a cada cristão a conservá-la em sua vida pessoal como também na comunidade. Descobrir a pessoa de Jesus Cristo faz com que a interioridade seja
transformada e a alegria invada o seu ser, não havendo espaço para a tristeza e o desânimo. Além da alegria, o discípulo não deve esquecer de se pôr na atitude de oração para que o mesmo possa examinar e ter o discernimento necessário para buscar uma vida de santidade, pois aquele que chamou é fiel e estará junto de cada um capacitando-o. O Evangelho revela a figura de João Batista, porém a centralidade é apontada para a pessoa que virá após ele, ou seja, Jesus Cristo. João é aquele que veio para dar testemunho da luz afim de que, por meio de seu anúncio as pessoas pudessem encontrar-se com Jesus. As indagações dos judeus demonstram apenas uma curiosidade por si mesma, todavia que não levavam a uma reflexão mais profunda de quem é Jesus. João, porém demostra toda a grandiosidade de Jesus, o qual imponente em dignidade, é aquele que batiza no Espírito. Essa expressão define a obra primordial do Messias que é a de regenerar a humanidade no Espírito Santo (Ez 36,27; Jo 3,5; 7,39). Portanto, que cada discípulo e missionário possa seguir o exemplo de João Batista, apontando para Cristo e não para si próprio. Pois, como bem dizia Santo Agostinho “O que significa: ‘Aplainai o caminho’, senão: ‘Orai como se deve orar’? O que significa ainda: ‘Aplanai o caminho’, senão: ‘Tende pensamento humildes?’ Imitai o exemplo de João Batista”.
Seminaristas: Everton Pavilaqui, Felipe Geraldo Madureira, Herick Rogger Pinchesk, Jacir dos Santos, Marinaldo Cheliga, Rodrigo Campanharo e José Vitor Cozechen Seller
“ALEGRA-TE CHEIA DE GRAÇA, O SENHOR ESTÁ CONTIGO” Na liturgia deste último domingo do tempo do Advento, as leituras nos remetem a refletirmos sobre o projeto de vida e salvação que Deus oferece à humanidade. Vemos, que é um projeto esperado por todas as pessoas e assim, já anunciado no Antigo Testamento e que se torna realidade com a Encarnação de Jesus Cristo. Por isso, na primeira leitura vemos que Deus anuncia pelo profeta que nunca abandonará o seu povo. Já na segunda leitura entendemos que esse projeto como mistério se manifestou com Jesus Cristo. No evangelho, temos o momento em que Jesus se encarna na história da humanidade trazendo alegria a todos. E isso vemos que é possível quando é dado “sim” a Deus. A primeira leitura é fundamental para entendermos a preocupação de Deus, o Senhor da história, com o caminho dos seus filhos. E nesse caminho Ele sempre encontra diferentes formas de proteger a todos, Ele está sempre vindo ao encontro do seu povo, faz Aliança, derrama as suas bênçãos e aponta o caminho a seguir. E fica claro que aqueles que caminham com Deus não devem temer as dificuldades do mundo, pois é o Senhor quem nos conduz. Assim, já nas vésperas do Natal, busquemos refletir sobre essa promessa de Deus a Davi e que se concretiza em Jesus. Pois, é Ele o nosso Rei que Deus enviou ao encontro de todos, nos mostrando o caminho para o Reino da justiça, da paz e do amor. Portanto, acolhamos Jesus em nosso coração, e nos deixemos conduzir por Ele. Quanto à segunda leitura, esta reitera a mensagem da primeira, onde fala que Deus tem um plano de salvação para todos, e o projeto existe desde sempre: pois, “a revelação do mistério, envolvido em silêncio desde os séculos eternos”. Assim, entendemos que o amor de Deus por seus fi-
lhos não é algo acidental, mas desde sempre. Somos seres conduzidos por Deus ao longo da caminhada, isso com amor e ternura, pois, Ele quer para nós vida plena e felicidade eterna. Isso deve trazer muita alegria e gratidão em nossos corações, e nesse sentido o Papa Francisco nos ensina que: “Um cristão nunca pode andar chateado nem triste, pois, quem ama Cristo é uma pessoa cheia de alegria e que irradia alegria”. Portanto, nos fica claro que o projeto de salvação foi totalmente revelado em Jesus Cristo, com seu amor extremo, seus gestos de bondade e de misericórdia, no anúncio do Reino de Deus. No evangelho vemos a continuidade desse tema da alegria, pois a primeira palavra do anjo à Virgem Maria é “Alegra-te cheia de graça, o Senhor está contigo” (Lc 1,28). Nos detendo nessa palavra “alegra-te”, entendemos que somente com este diálogo do anjo Gabriel com Maria, que começa realmente o Novo Testamento. Por isso, podemos dizer que a primeira palavra do Novo Testamento é um convite à alegria. Assim, é a “Boa Nova” que nos traz alegria. Vemos que Deus não está distante de nós, mas está próximo, tão próximo que se faz criança. Esta alegria que o homem recebeu, não pode conservá-la somente para si mesmo; a alegria deve ser sempre compartilhada. Deve ser comunicada, e Maria nos ensina como partilhar essa alegria, pois, Ela foi imediatamente transmitir a sua alegria à prima Isabel. E conforme nos ensina o Papa Bento XVI; “desde que foi elevada ao Céu, distribui alegrias pelo mundo inteiro, tornando-se a grande Consoladora; a nossa Mãe, que transmite alegria, confiança e bondade, e que nos convida, também a nós, a anunciar a alegria”. Portanto, este é o nosso compromisso de cristãos, levar a alegria a todos os irmãos, principalmente naqueles lugares onde a alegria parece não mais existir.
Seminaristas: Everton Pavilaqui, Felipe Geraldo Madureira, Herick Rogger Pinchesk, Jacir dos Santos, Marinaldo Cheliga, Rodrigo Campanharo e José Vitor Cozechen Seller
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Catedral acolhe primeiro Congresso Diocesano de Ministros da Eucaristia Pede-se para que cada ministro leve alimentação que será dividida com os demais participantes do encontro.
Sagrada Família de Jesus, Maria e José 31 de dezembro de 2017 Eclo 3, 3-7. 14-17a | Cl 3, 12-21 | Lc 2, 22-40 O MENINO CRESCIA EM SABEDORIA E GRAÇA
Celebramos neste domingo a Festa da Sagrada Família. Momento especial para rezarmos juntos por todas as realidades familiares do mundo atual, com suas alegrias e sofrimentos, mas sempre diante da intercessão de Jesus, Maria e José, que foram fiéis àquilo que o Senhor os confiou. A leitura do Eclesiástico, da Carta aos Colossenses e o Evangelho nos indicam o caminho a ser trilhado para que nossas famílias se constituam como sinal do amor de Deus na sociedade contemporânea. A primeira leitura é retirada do Eclesiástico, um dos livros sapienciais, isto é, que se propõem a nos orientar para uma vida feliz. E uma das chaves para a felicidade consiste na honra que se presta aos nossos pais, garantia da benção de Deus, como vemos na leitura. Contudo, essa “honra” se manifesta em gestos concretos de amor, cuidado e atenção como respeitar, amparar na velhice, ser compreensivo e caridoso, para que assim também o Senhor cuide e nos ampare em nossas necessidades. Da mesma forma, na segunda leitura aos Colossenses, Paulo dá uma série de conselhos àquela comunidade, para que todos se revistam do “homem novo”, ou seja, aqueles que seguem Jesus, devem também imitar as suas ações, misericórdia, bondade, humildade, mansidão, paciência, bem como ter um coração pronto a perdoar. São atitudes que fundamentam o ambiente familiar nas suas relações, tais como a docilidade das esposas
aos maridos, o amor e delicadeza dos maridos às esposas, a obediência dos filhos aos pais e o carinho dos pais aos filhos. O autêntico discípulo de Cristo vive o seu discipulado em todos os ambientes, inclusive na intimidade do lar. O Evangelho de Lucas, por sua vez, apresenta uma cena rica de significados para todos nós. A apresentação de Jesus no Templo e o encontro com Simeão e Ana. Por um lado se observa o cumprimento fiel das tradições por José e Maria, por outro, a espera ansiosa de Simeão e Ana, que representam todo o povo de Israel, para ver o Messias. O Esperado das nações se mostra na fragilidade de uma criança, que será luz para todos os povos: essa é a convicção de Simeão, mas também de Ana, viúva, que se mantém na fidelidade a Deus, mesmo em meio a marginalização que as viúvas sofriam naquele tempo. A Liturgia de hoje, portanto, apresenta diversos conselhos práticos para que nossas famílias sejam verdadeiras igrejas domésticas e mostrem a todos como, em meio às várias dificuldades, é possível uma vida justa junto de Deus, como afirma a Exortação Amoris Laetitia “Cada família tem diante de si o ícone da família de Nazaré, com o seu dia a dia feito de fadigas e até de pesadelos, [...]. Como Maria, são exortadas a viver, com coragem e serenidade, os desafios familiares tristes e entusiasmantes, e a guardar e meditar no coração as maravilhas de Deus (cf. Lc 2, 19.51)” (n. 30).
Seminaristas: Everton Pavilaqui, Felipe Geraldo Madureira, Herick Rogger Pinchesk, Jacir dos Santos, Marinaldo Cheliga, Rodrigo Campanharo e José Vitor Cozechen Seller
A Catedral Nossa Senhora de Belém, em Guarapuava, sedia o primeiro Congresso Diocesano de Ministros da Eucaristia. O encontro será no dia 15 de novembro, feriado nacional e todos os ministros são convidados a participar, conforme os organizadores. O congresso terá início às 09 horas da manhã com acolhida, seguida de oração. Às 09h30, haverá uma palestra com o tema: “Cada Comunidade uma Nova Vocação”, um projeto idealizado pelo Regional Sul 2 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), que representa a Igreja no Estado do Paraná, em parceria com os Regionais Sul 3 (Rio Grande do Sul), Sul 4 (Santa Catarina), diocese de Osasco, em São Paulo, que faz parte do Regional Sul 1 e diocese de Bafatá, em Guiné-Bissau. Os padres José
Alir Moreira, reitor do Seminário de Teologia Nossa Senhora de Belém e Mário Spaki, assessor do Regional Sul 2, serão os palestrantes do tema. Às 11 horas haverá missa. Ao meio dia os participantes partilharão o almoço. Pede-se para que cada ministro leve alimentação que será dividida com os demais. Depois do almoço, às 13h15, será rezado o terço. Uma hora depois, às 14h15, Teles Falleiros Lemos proferirá uma palestra sobre o Ano do Laicato. O Congresso Diocesano dos Ministros da Eucaristia será encerrado às 16 horas, conforme a programação. Cerca de três mil ministros atuam na diocese de Guarapuava e prestam serviços nas 47 paróquias e nas 1047 comunidades.
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Em união, bispos do Paraná dão início ao Ano do Laicato Com informações da CNBB e do Regional Sul 2 - Compartilhe: #anonacionaldolaicato #leigo #diopuava Caminhada de comunhão, participação e projetos pastorais inovadores. Estas são características que o regional Sul 2 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), que compreende a Igreja no Estado do Paraná, carrega como identidade. Fundado em 1964, na terceira fase do Concílio Vaticano II, com sede em Curitiba (PR), tem a missão de articular a Ação Evangelizadora no âmbito local, em sintonia com o objetivo definido pela CNBB Nacional. Trecho do objetivo geral do regional Sul 2: “Nós, Igreja no Paraná, sentimonos impulsionados a proclamar a mensagem do Evangelho para todos os povos e, consequentemente, o compromisso para com a vida”. O arcebispo de Cascavel (PR), Dom Mauro Aparecido dos Santos, que preside o regional Sul 2 da CNBB, fala com satisfação da caminhada da Igreja no Paraná, que está dividida em quatorze dioceses quatro arquidioceses, uma eparquia e uma arquieparquia dos ucranianos.
“A gente fica muito contente com a caminhada da Igreja no Paraná, que é muito bonita nesse sentido de participação. Os leigos e leigas procuram sempre estar presentes nas reuniões propostas, como também os bispos. Nós nos sentimos irmãos, cada um se preocupa com o outro, existe sempre essa acolhida muito forte”, comenta. Dom Mauro ainda ressalta a iniciativa recente no Regional de realizar a tradicional Assembleia do Povo de Deus em âmbito local. Considerando a diversidade de cada região paranaense, foi proposto que nos anos pares, a reunião seria em uma região do Paraná com todas as dioceses e suas lideranças leigas e coordenações regionais. Já nos anos ímpares, a indicação é que as reuniões sejam realizadas nas quatro províncias, para que assim possa ter a participação do maior número de leigos, leigas, consagrados, consagradas, presbíteros e os bispos. “Neste ano fizemos esta primeira experiência e a avaliação foi excelente”, conta Dom Mauro.
PLANOS PASTORAIS De 1967 até 1987 vigoraram planos de Pastoral, num total de sete. As propostas evangelizadoras contavam com prioridades, como Ação Catequética, Liturgia, Apostolado dos Leigos, unidade, Igreja de base e processo permanente de conversão. Em 1987 foi constatada a capacidade de as dioceses elaborarem os próprios planos, com suas prioridades, cabendo ao Regional apresentar as Diretrizes Gerais. A partir das diretrizes propostas pela CNBB, o Regional formulou as Diretrizes Regionais da Ação Pastoral da Igreja no Paraná. Nesta dinâmica, foram elaborados planos bienais, posteriormente substituídos pelo Plano das Pastorais e organismos eclesiais do Regional Sul 2.
De 1996 a 2000, o regional preparou suas diretrizes e projetos para o quinquênio que culminaria no Jubileu do Ano 2000. A partir do objetivo geral da CNBB e do projeto Rumo ao Novo Milênio, diretrizes foram estabelecidas para cada uma das quatro exigências da evangelização: testemunho, serviço, diálogo e anúncio. Desde então, o Regional aplica as Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil (DGAE) em âmbito local com projetos específicos. A última assembleia do povo de Deus, realizada nos dias 23 e 24 de setembro, tratou da Iniciação à Vida Cristã com a motivação para que seja instalada onde ainda não há e alargado o que já é feito em vista de formar discípulos missionários nas comunidades, Pastorais, Movimentos e Organismos.
PROVÍNCIA DE CURITIBA - LAICATO De 26 de novembro de 2017 a 25 de novembro de 2018, a Igreja no Brasil celebra o Ano Nacional do Laicato. O tema que servirá como base para o período é: “Cristãos leigos e leigas, sujeitos na Igreja em saída, a serviço do Reino”. O trabalho tem como inspiração o livro de Mateus, capítulo 5, versículos 13 – 14 que diz: “Sal da Terra e Luz do Mundo” (Mt 5,13-14). Mesmo não estando na pauta de discussões da 38ª edição da Assembleia do Povo de Deus, que este ano foi realizada pelas Províncias, nos dias 23 e 24 de setembro, o assunto foi explanado na manhã do dia 24, último dia do encontro, na paróquia Santo Antônio de Orleans, na capital do Paraná, aos representantes das dioceses que fazem parte da Província de Curitiba. Na ocasião, todos os bispos participantes do encontro concordaram em abrir espaço para que coordenadores do Conselho Nacional do Laicato do Brasil (CNLB) do Regional Sul 2 da CNBB, falassem do projeto que tem por objetivo principal, “celebrar a presença e a organização dos cristão leigos e leigas no Brasil” e assim, “aprofundar sua identidade, vocação, espiritualidade e missão”, para que em seguida, possam “testemunhar Jesus Cristo e seu Reino na sociedade”. Durante a explanação dos trabalhos que serão desenvolvidos ao longo de um ano, mas que servirão de inspiração para sempre, conforme a proposta, o integrante
do Conselho de Leigos do Regional Sul 2 da CNBB, Tales Falleiros Lemos, que faz parte da diocese de Guarapuava, disse que envolver a sociedade no projeto é aproximar cada vez mais a igreja de quem precisa, como pede sempre o Papa Francisco. “O trabalho será o de envolver toda a Igreja do Paraná em favor deste projeto que além de evangelizador, é vital para o crescimento de cada um em se tratando de cristianismo e de sociedade. A participação popular nos projetos é de fundamental importância, pois só através deste envolvimento é que podemos entender o que se passa com cada comunidade e trabalhar diretamente suas necessidades e anseios”, sublinhou Tales, na ocasião. Durante as explicações, Tales também reforçou a importância de se criar a cultura do laicato na sociedade e assim, reformular a temática, bem como formar uma equipe de trabalho consistente ao longo do percurso. “Antes de qualquer ação, é preciso que se tenha capacitação. Devemos pensar e estudar a metodologia e incentivar a criação dos Conselhos de Leigos nas dioceses, paróquias e comunidades para que os assuntos de interesse público, bem como os documentos, possam ser estudados, vistos e disseminados com clareza por todos. Neste contexto, também se pretende despertar as vocações, com espaço para as vocações tardias dentro da sociedade, levando em conta a realidade de cada um”, sublinhou Tales.
“Antes de qualquer ação, é preciso que se tenha capacitação.” Tales Falleiros Lemos
No dia 26 de novembro, às 09 horas, uma missa na Catedral Nossa Senhora de Belém, em Guarapuava, abrirá os trabalhos do Ano do Laicato.
AS PROVÍNCIAS E IGREJAS PARTICULARES Província de Curitiba: arquidiocese de Curitiba e as dioceses de São José dos Pinhais, Paranaguá, União da Vitória, Ponta Grossa e Guarapuava. Província de Londrina: arquidiocese de Londrina e dioceses de Cornélio Procópio, Apucarana e Jacarezinho. Província de Cascavel: arquidiocese de Cascavel e diocese de Foz do Iguaçu, Palmas-Francisco Beltrão e Toledo. Província de Maringá: arquidiocese de Maringá e dioceses de Paranavaí, Campo Mourão e Umuarama. Eparquia Ucraniana Católica: Metropolia Católica Ucraniana São João Batista e Eparquia Imaculada Conceição.
PRESIDENTES Foram os presidentes do regional Sul 2: Dom Jaime Luís Coelho (1964), Dom Manoel da Silveira D’Elboux (1964-1967), Dom Pedro Fedalto (1968-1995), Dom Murilo Krieger (1995-2002), Dom Lúcio Ignácio Baumgaertner (2002-2007), Dom Moacyr José Vitti (2007-2011), Dom João Bosco Barbosa de Sousa (2011-2014) e Dom Mauro Aparecido dos Santos (desde 2014).
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DOCUMENTO Nº 105
O Ano Nacional do Laicato pretende ainda “Dinamizar o estudo e a prática do documento 105: ‘Cristãos leigos e leigas na Igreja e na Sociedade’ e demais documentos do Magistério, em especial do Papa Francisco, sobre o Laicato; e estimular a presença e a atuação dos cristãos leigos e leigas, ‘verdadeiros sujeitos eclesiais’ (DAp, n. 497a), como “sal, luz e fermento” na Igreja e na Sociedade.
OS DESAFIOS O Paraná é um Estado com municípios predominantemente agrícolas, com agronegócio forte, de acordo com Dom Mauro. Entretanto, a população dessas regiões tem deixado o ambiente rural e seguido para grandes centros urbanos, como a grande São Paulo e a região metropolitana de Curitiba, que atualmente soma mais de 3,5 milhões de pessoas. Esse êxodo rural, com novas realidades urbanas e baixo grau de escolarização e profissionalização tem se apresentado como desafio evangelizador para a Igreja no Estado. A migração também é uma realidade que merece atenção. Milhares de haitianos chegaram ao Estado nos últimos anos em busca de reconstrução de suas vidas.
Campanha para Evangelização de 2017 será em sintonia com o Ano do Laicato O gesto concreto da Campanha para a Evangelização é a Coleta do 3º Domingo do Advento.
A Igreja no Brasil se prepara para a Campanha para a Evangelização, que será realizada do Dia de Cristo Rei, 26 de novembro, até o 3º Domingo do Advento. A iniciativa visa despertar os discípulos missionários para o compromisso evangelizador e para a responsabilidade com a sustentação das atividades pastorais no Brasil. Nesta edição, é proposto o tema “Cristãos leigos e leigas comprometidos com a Evangelização” e o lema “Sal da Terra e Luz do Mundo” (Mt 5, 13-14), em sintonia com o Ano Nacional do Laicato, que terá início no mesmo dia da Campanha. Outro objetivo da Campanha é favorecer a vivência do tempo litúrgico do Advento e mobilizar os católicos do Brasil para uma Coleta Nacional que ofereça recursos a serem aplicados na sustentação do trabalho missionário no país. Tal iniciativa considera a ajuda para dioceses de regiões mais desassistidas e necessitadas.
COLETA
O gesto concreto da Campanha para a Evangelização é a Coleta do 3º Domingo do Advento. De acordo com a Comissão Episcopal responsável pela campanha, pretende-se com os recursos arrecadados neste ano apoiar as inúmeras iniciativas da Igreja no Brasil, promovidas pelos cristãos leigos e leigas no serviço da evangelização, da dinamização das pastorais, na luta pela justiça social, nas experiências missionárias das Igrejas irmãs e na missão ad gentes. A colaboração na Coleta será partilhada, solidariamente, entre as dioceses, que receberão 45% dos recursos; os 18 regionais da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), que terão 20%; e a CNBB Nacional, que contará com 35% das contribuições. A editora Edições CNBB já preparou os materiais para a Campanha. Foram enviados às dioceses os envelopes para a coleta e estão disponíveis um folder e o cartaz.
Oração da Campanha para Evangelização 2017 Deus, nosso Pai, que chamastes todos os povos da Terra para a Igreja do vosso Filho, nós vos pedimos que susciteis em nós o compromisso com a Evangelização, para que todos conheçam a vida que de vós provém. Jesus, Filho amado do Pai, nós vos pedimos por todos os cristãos leigos e leigas, a fim de que sejam sal e luz nesse mundo, transformando-o por meio do Evangelho numa realidade mais justa e fraterna. Espírito Santo, vínculo da caridade, despertai em nossas comunidades e em toda a Igreja no Brasil o senso da partilha e que, por meio da Coleta para a Evangelização e do testemunho de comunhão, todas as comunidades recebam a força do Evangelho. Maria, Estrela da Evangelização, mãe e seguidora de Jesus, intercedei por nós.
“O anúncio do Evangelho não é reservado a alguns ‘profissionais da missão’, mas deve ser o desejo profundo de todos os fiéis leigos chamados.” Papa Francisco
SERVIÇO Documento de número 105, quanto aos demais documentos da Igreja, bem como livros e materiais de estudo, estão disponíveis na Livraria Nossa Senhora de Belém, em Guarapuava, Rua XV de Novembro, 7466, Edifício Nossa Senhora de Belém, centro da cidade. Mais informações podem ser obtidas pelo telefone: (42) 3304-3220. Entre em contato com a secretaria da sua paróquia para descobrir como adquirir a camiseta oficial do Ano do Laicato.
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Protagonismo dos cristãos leigos é assumido nos 18 regionais da CNBB O tema escolhido para animar a mística do Ano do Laicato é “Cristãos leigos e leigas, sujeitos na Igreja em saída, a serviço do Reino” e o lema: “Sal da Terra e Luz do Mundo”. A Igreja no Brasil celebra, no período de 26 de novembro de 2017 (Solenidade de Cristo Rei) a 25 de novembro de 2018, o “Ano do Laicato”. Na última reunião do Conselho Permanente deste ano, na sede provisória da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), em Brasília, entre os dias 24 e 26 de outubro, foram definidas ações e orientações metodológicas de como cada regional da Conferência pode se preparar para celebrar a solenidade. O tema escolhido para animar a mística do Ano do Laicato é “Cristãos leigos e leigas, sujeitos na Igreja em saída, a serviço do Reino” e o lema: “Sal da Terra e Luz do Mundo”. Segundo o bispo de Caçador (SC) e presidente da Comissão Episcopal Pastoral para o Laicato, Dom Severino Clasen, a intenção é que com a celebração possa se dar um novo impulso e estímulo aos leigos do Brasil. “Sabemos que na Igreja há uma grande participação, intervenção e presença do laicato, mas por vezes isso é esquecido e pouco valorizado, por isso, nós como Comissão Episcopal queremos que tenhamos um período forte, um ano dedicado aos nossos queridos leigos e leigas”, afirma o bispo. A Comissão Episcopal Especial para o Ano do Laicato organizou as atividades em quatro eixos: eventos; comunicação, catequese e celebração; seminários temáticos nos regionais e publicações.
evangelização, levando para frente esse tema tão interessante do Ano do Laicato que é exatamente o leigo, colocando-o como sujeito eclesial em que eles vão assumindo a responsabilidade, assumindo também o discernimento da fé acompanhados pelos pastores. Eles estão assumindo o ‘ser igreja’ em que são sujeitos eclesiais”, finalizou Dom Geremias.
IGREJA EM SAÍDA
Nos regionais da CNBB, por exemplo, as preparações para a vivência do Ano já começaram, como é o caso do Sul 2, que compõe o Estado do Paraná. O arcebispo de Londrina e vice-presidente do regional, Dom Geremias Steinmetz afirmou que por lá cada diocese vai implementar ações de maneira particular. O bispo enfatizou também o trabalho do Conselho Regional de Leigos que, de acordo com ele, tem a supervisão do bispo emérito de Foz do Iguaçu, Dom
Laurindo Guizzardi e é responsável por pensar atividades para o Ano do Laicato. Em nível de regional, o bispo citou ainda o 14º Intereclesial das Comunidades Eclesiais de Base (CEB) que será realizado em janeiro de 2018, em Londrina (PR) e terá como um dos principais objetivos celebrar a caminhada, as conquistas e as lutas das pequenas comunidades. “O trabalho todo é feito pelo laicato, então são certamente milhares de pessoas que nesse sentido estão no trabalho da
No regional Nordeste 5, correspondente ao Estado do Maranhão, do qual o arcebispo de São Luís, Dom José Belisário da Silva é presidente, o Ano do Laicato será focado na questão da Igreja missionária. “Nós vamos focar na importância do leigo no mundo, pois onde ele está ele deve testemunhar os valores do evangelho”, afirmou o bispo. Dom Belisário considerou ainda que o Ano do Laicato será sugestivo para o regional, uma vez que irá pautá-los em várias atividades nas quais deverão ter a marca dos leigos. “Na história da Igreja do Brasil realmente nós não podemos desconhecer a importância da família e do leigo e da leiga, pois sem a família e sem o leigo, a Igreja desapareceria. Então, para a transmissão da fé, a gente tem que realmente levar em consideração que os leigos são importantíssimos”, finalizou o bispo. CNBB
Profissionais católicos da medicina se reúnem em Londrina
CNBB repudia e classifica de desumana portaria sobre trabalho escravo
Foi o primeiro encontro de médicos católicos com o tema: Vida humana origem e dom.
O secretário-geral da CNBB, Dom Leonardo Steiner, disse que a medida “diminui a força no combate ao trabalho escravo” por mudar a definição do que seja essa prática e os modos de averiguação e punição.
A comissão de Bioética do Regional Sul 2 da CNBB promoveu o primeiro encontro de médicos católicos com o tema: Vida humana origem e dom. O encontro foi realizado na PUCPR, campus Londrina (PR), no dia 21 de outubro e contou com a presença de 29 profissionais da medicina, do bispo referencial, Dom José Antônio Peruzzo, estudantes de medicina e pessoal da saúde. Os trabalhos desenvolvidos no encontro foram pautados pela fraternidade, entrosamento e pesquisa, constituindo assim, uma ponte inicial para promover futuros momentos como esse em todas as dioceses do Paraná. Foi constatado o valor do diálogo com a medicina e os desafios que temos pela frente em relação à vida humana.
Os trabalhos em grupo ofereceram excelentes reflexões, assim como conclusões e propostas. CNBB Regional Sul 2
O Segundo Encontro de Médicos Católicos ficou agendado para o dia 20 de outubro de 2018, na PUCPR, campus Curitiba.
A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) classificou no dia 26 de outubro, de desumana e considerou um retrocesso a Portaria 1.129 do Ministério do Trabalho, que alterou as regras para classificação e combate ao trabalho escravo. “Tal iniciativa elimina proteções legais contra o trabalho escravo, arduamente conquistadas, restringindo-o apenas ao trabalho forçado com o cerceamento da liberdade de ir e vir. Permite, além disso, a jornada exaustiva e condições degradantes, prejudicando assim a fiscalização, autuação, penalização e erradicação da escravidão por parte do Estado brasileiro”, disse em nota a CNBB, que repudiou a portaria. O secretário-geral da CNBB, Dom Leonardo Steiner, disse que a medida “diminui a força no combate ao trabalho escravo” por mudar a definição do que seja essa prática e os modos de averiguação e punição. Para o bispo, as pessoas não devem ser tratadas como objetos de ganância. “A pessoa humana tem a sua grandeza, tem a sua dignidade, e nós todos, eu creio, como sociedade brasileira, queremos cuidar dos nossos irmãos e irmãs que trabalham em um trabalho pesado, que nós não desejamos que seja forçado.” A nota da CNBB reconhece a importância da decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de suspender a “portaria da escravidão”, conforme intitula a confederação, e destaca que o país “tem o dever de repudiar qualquer retrocesso ou ameaça à dignidade e liberdade da pessoa humana”.
Vice-presidente da CNBB, Dom Murilo Krieger alertou que essa defesa não deve ser feita apenas pelos bispos, mas assumida por todos os “que, conscientes de seus direitos, devem assumir o seu protagonismo perante as realidades do mundo”. “Tudo aquilo que fizermos de forma pacífica e dentro do que o Estado de Direito permite é válido, e não podemos ficar só esperando soluções vindas do alto, no sentido de altas autoridades, mas temos que mostrar que, como cidadãos, temos o direito de nos manifestar.”
INVESTIGAÇÃO
Apesar de suspensa pelo STF, a portaria que propôs mudanças nas regras de combate ao trabalho escravo continua provocando reações. No dia 25 de outubro, o Conselho Nacional dos Direitos Humanos (CNDH) decidiu instaurar comissão de apuração de condutas e situações contrárias aos direitos humanos para investigar o ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira. Esta é a primeira vez que o colegiado abre um procedimento apuratório, recurso previsto na Lei 12.986/2014, regra que criou este órgão de Estado. CNBB
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ARTIGO: Levanta-te e vai, sem hesitar! (cf. At 10,20) Santarém (PA) é conhecida como coração da Amazônia em razão de sua posição geográfica e também por ser banhada pelos dois grandes rios da Amazônia: o Amazonas e o Tapajós.
“Queridos jovens: se queremos que nossa vida tenha realmente sentido e plenitude, digo a cada um e a cada uma de vocês: “bote fé” e a vida terá um sabor novo, terá uma bússola que indica a direção; “bote esperança” e todos os seus dias serão iluminados e o seu horizonte já não será escuro, mas luminoso; “bote amor” e a sua existência será como uma casa construída sobre a rocha, o seu caminho será alegre, porque encontrará muitos amigos que caminham com você. “Bote fé”, “bote esperança”, “bote amor! ”’ Papa Francisco
Vocação é também testemunho missionário. Neste itinerário, contamos com o Testemunho vocacional e missionário de Dom Esmeraldo Barreto de Farias, bispo auxiliar de São Luiz no Maranhão. Dom Esmeraldo conta-nos sua experiência enquanto bispo na diocese de Santarém no Pará: Santarém (PA) é conhecida como coração da Amazônia em razão de sua posição geográfica e também por ser banhada pelos dois grandes rios da Amazônia: o Amazonas e o Tapajós. Cheguei a Santarém em abril de 2007, quando a campanha da fraternidade refletia sobre a Amazônia e trazia como lema: “Vida e missão neste chão”. Foram cinco experiências missionárias realizadas no final de dezembro e no mês de janeiro. Quero destacar a experiência na área pastoral de Santa Maria do Uruará: dezoito horas de barco de Santarém. O lema daquele ano foi: “Faça-se em mim segundo a tua palavra” (Lc 1,38). Éramos mais de setenta missionários visitando 41 comunidades. Depois de visitar mais de quinze, estava na comunidade de São Francisco do Uruará com alguns missionários seminaristas que deveriam ir até Tamandataí. Após a santa missa, veio uma notícia de que o povo desse lugar não estava esperando os missionários porque a capela estava fechada há mais de três anos e não havia ali lideranças da comunidade eclesial. Ao final da celebração, reuni os missionários seminaristas e algumas pessoas da comunidade onde estava e perguntei: só por que veio essa notícia, vocês vão deixar de ir? Não valeria a pena visitar essas famílias? Então, oferecei a pequena coleta da missa para colocarem combustível na rabeta (canoa com um motor atrás). Foram dez pessoas em duas rabetas. Logo que chegaram a Tamandataí, perceberam que o ambiente era de tristeza: uma senhora acabara de dar à luz uma criança que logo faleceu. Não tinham conseguido levá-la até o hospital na cidade, pois era difícil para uma pequena lancha atravessar o rio Amazonas. Então, os missionários visitaram aquela família, rezaram com a mãe da criança que chorava muito e as demais pessoas ali presentes. Depois visitaram várias casas e iam convidando todos para rezarem na Igreja, na parte da tarde. Uma
equipe, ajudada por alguns missionários, se encarregou de abrir e limpar um pouco a capela que ficou cheia. Uma senhora e um senhor contaram que nunca mais tinham recebido a visita do padre e o povo estava desanimado. O Evangelho daquele momento mostrava a misericórdia de Jesus que proclamou: “Tenho compaixão desse povo”. Após a experiência missionária, o novo padre que assumiu aquela área pastoral visitou Tamandataí e a comunidade voltou a se reunir. Para mim, foi uma grande luz do Espírito Santo; Ele que disse para Pedro: “levanta-te e vai sem hesitar”. Na missão, o protagonista é o Espírito Santo, e precisamos estar atentos aos sinais da ação do Espírito de Deus. O missionário é e precisa ser um contemplativo para que tenha força de ir ao encontro das pessoas, em especial daquelas que vivem nas periferias geográficas, existenciais e sociais, manifestando sempre gratuidade. Ir ao encontro das pessoas é uma graça de Deus; precisamos pedi-la sempre e cultivá-la para que, no seguimento a Jesus Cristo, possamos viver a convicção de que a obra é de Deus e, na missão, somos chamados a sermos seus colaboradores. Um grande abraço a vocês missionários seminaristas e formadores da diocese de Guarapuava e de todo o Paraná. Deus os abençoe e os ilumine no caminho da missão. Dom Esmeraldo Barreto de Farias Arquidiocese de São Luiz - MA
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MISSÃO DO COORDENADOR - Seis novos coordenadores foram capacitados, recebendo informações e orientações que os ajudarão a dar continuidade na missão.
ASSEMBLEIA ELETIVA - Com participação marcante, os líderes da Paróquia Imaculado Coração de Maria do município de Marquinho, reelegeram Maria Aparecida Gomes Rodrigues. O momento contou também com o apoio e incentivo do pároco, padre Pedro, que aprovou e enviou a nova equipe.
CELEBRANDO O DIA DAS CRIANÇAS - Muitas atividades, brincadeiras, dinâmicas e celebrações, marcaram as comemorações. Tudo aconteceu pelo esforço, dedicação, empenho e amor de cada líder. Agradecemos a Deus por esse lindo testemunho.
BOLO DE AVEIA
INGREDIENTES • 1 xícara de açúcar mascavo • 1 xícara de farinha de trigo • 1 colher de fermento em pó • ¼ xicara de leite • 2 colheres de margarina ou manteiga • 1 xícara de aveia em flocos • 1 colher (chá) de canela em pó • 3 ovos • 1 maçã picada em cubos (sem casca) • 1 banana cortada em rodelas MODO DE PREPARO Bater bem os ingredientes, exceto o fermento e as frutas. Depois da massa preparada acrescentar o fermento e as frutas mexendo delicadamente. Colocar em uma assadeira de furo no meio e untada. Assar em forno pré-aquecido por aproximadamente 30 minutos. Desenforme ainda quente. OBS: Pode acrescentar também uvas passas e frutas cristalizadas.
No dia primeiro de outubro, as líderes da COMUNIDADE VILA DAS FLORES, da paróquia São João Batista, de Prudentópolis, participaram de uma celebração eucarística em ação de graças pelos 18 anos de caminhada da Pastoral da Criança nessa comunidade. Parabéns para a equipe! Permaneçam unidas com fé e perseverança, pois a missão continua.
Equipe da Paróquia Santuário Nossa Senhora da Salete de Manoel Ribas, em dia de Visita Domiciliar na Área Indígena.
BRINQUEDOS E BRINCADEIRAS NA COMUNIDADE - É importante que, em todas as comunidades, tenhamos uma pessoa que possa brincar com as crianças no Dia da Celebração da Vida.
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Diocese de Guarapuava
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Diocese de Guarapuava ordena primeiro diácono permanente
Agnaldo Pereira dos Santos será ordenado na paróquia Imaculada Conceição, em Palmital, no dia 11 de novembro, às 10 horas da manhã. Dom Antônio Wagner da Silva presidirá a celebração. No dia 11 de novembro, às 10 horas da manhã, a paróquia Imaculada Conceição, da cidade de Palmital acolhe a ordenação do diácono permanente Agnaldo Pereira dos Santos. A ordem será dada pelo bispo da diocese de Guarapuava, Dom Antônio Wagner da Silva na matriz. Todos da comunidade são convidados a celebrar o Sou Agnaldo Pereira dos Santos, 43 anos de idade, filho de José Antonio Pereira dos Santos e Ermedina Rodrigues de Souza, casado há 18 anos com Claudia Mara Leonel Batista dos Santos. Sou pai de duas filhas: Leticia Batista dos Santos e Alessandra Batista dos Santos. Moro na área rural do município de Palmital e trabalho como pequeno produtor de leite há dois anos e meio. Nasci em 28 de julho de 1974, na cidade de Kaloré, Paraná. Com um ano de idade, houve a necessidade de mudarmos para o município de Rosário do Ivaí, também no Paraná, onde permanecemos com atividades agrícolas e pecuárias. Desde cedo, passei a participar, junto com os meus pais e meus irmãos na comunidade Beato São José (Gruta), paróquia Nossa Senhora do Rosário. Aos dezessete anos de idade concluí a Iniciação Cristã, onde fui convidado a ser catequista. Foi ali que comecei esta caminhada de vida pastoral e assim descobrindo a minha vocação. Um ano depois (1994) recebi o convite do padre Estanislau (Pároco) a fazer a formação para ministro extraordinário da comunhão Eucarística e da Palavra. A partir de então, me senti mais próximo da realidade pastoral. Aos poucos, fui percebendo a necessidade de haver mais empenho no serviço à comunidade. Em 1996, nos mudamos para São José dos Pinhais, no Paraná, onde iríamos começar uma nova realidade. Apresentei-me na comunidade Nossa Senhora Rainha da Paz, onde fui acolhido pela comunidade e pelo pároco da paróquia Nossa Senhora do Monte Claro, os quais me motivaram a continuar a servir a Igreja no ministério já investido. Em 1997, foi instaurada uma nova paróquia, na qual a comunidade Nossa Senhora Rainha da Paz passou a ser a matriz desta nova paróquia. O diácono Nilceu Bim,
evento, conforme destaca a coordenação da paróquia que considera a ordem ao novo diácono um momento muito importante para todos. Agnaldo disse considerar sua ordenação como um dos momentos mais importantes e significativos de sua vida, pois se sente preparado para servir a Deus através da Igreja. Como lema de seu trabalho junto à Igreja,
Agnaldo Pereira dos Santos. Ordenação diaconal: 11 de novembro de 2017 Paróquia Imaculada Conceição - Palmital
recém-ordenado, passou a servir esta nova comunidade, onde residia, passando a atuar no trabalho de organização pastoral. O tempo foi passando, nós nos conhecendo, trocando experiências e aprendendo juntos. Eu tive a graça de fazer parte do conselho pastoral paroquial (CPP), onde, junto com o diácono permanente, também um Joven teólogo, Marcio José Pelinski e um senhor sem muito
Agnaldo escolheu a frase que consta no livro de João, capítulo 15, versículo 16, que diz: “Não fostes vós que me escolhestes, mas fui eu que vos escolhi e vos designei para que produzais fruto e o vosso fruto permaneça”. (Jo 15,16) Agnaldo escreveu uma carta, falado de sua vida e de sua vocação. O texto pode ser lido abaixo: estudo, mas com um testemunho de vida exemplar, Nelson Aparecido, (hoje, ambos atuando como diáconos permanentes). Em buscar de novas formações, recebi o convite do pároco, padre Jaime, para fazer a escola diaconal São Filipe, na arquidiocese de Curitiba. Iniciei os estudo em 2012, tendo um pouco de dificuldade durante os três anos, mas com a graça de Deus, apoio da família e dos amigos e as orações da comunidade concluí, em 2014. À época, já tínhamos datas agendadas para os primeiros ministérios e para a ordenação diaconal. Em 2015, ao receber o ministério de leitor, por instabilidade econômica na empresa em que trabalhava há 15 anos, tive que sair. Pela graça divina e sem saber quais eram os planos de Deus, me mudei para a cidade de Palmital, onde não havendo a realidade do diaconato permanente, me apresentei ao pároco padre Erondi Alves da Silva e ao bispo diocesano Dom Antonio Wagner da Silva. Ambos me acolheram com grande alegria. Assim estamos somando forças nos trabalhos pastorais. É uma satisfação imensa poder continuar a servir a Igreja, ao povo de Deus. A partir do dia 11 de novembro, passo a trabalhar como diácono permanente. A maior alegria não é pelo fato de ser o primeiro diácono permanente na diocese, mas de poder ser uma nova semente lançada neste campo para que produza frutos e permaneça. Peço a graça da Santíssima Trindade, pela intercessão de Nossa Senhora de Belém para que eu possa, juntamente com toda a Igreja e povo de Deus, desempenhar bem esse ministério e juntos, lançarmos as redes nas águas mais profundas. Deus seja Louvado agora e para sempre, Amém. Agnaldo Pereira dos Santos Paróquia Imaculada Conceição - Palmital - PR
O QUE É DIACONATO Diaconato é o primeiro grau do Sacramento da Ordem. Os outros dois são o presbitério e o episcopado, portanto, diáconos, presbíteros e bispos compõem a hierarquia da Igreja. As mãos lhes são impostas para o ministério e não para o sacerdócio. Com a ordenação o diácono deixa sua condição de leigo e passa a fazer parte do clero. Esse Sacramento imprime caráter, que o faz diácono por toda a eternidade. Não há como retroceder.
O DIACONATO NÃO É NOVIDADE NA IGREJA
O diaconato foi instituído pelos apóstolos. Podemos ver em Atos 6,1-6 a imposição de mãos sobre os primeiros sete diáconos: Filipe, Prócoro, Nicanor, Tímon, Pármenas, Nicolau e Estevão que foi o primeiro mártir (At. 6,8-7,60). Podemos, ainda, ver outras referencias como Fl 1,1 e 1Tm 3,8-ss. Permaneceu florescente na Igreja do Ocidente até o século V, depois por várias razões desapareceu.
“TIPOS” DE DIÁCONO
Existem dois tipos de diáconos: o diácono transitório é aquele que recebe o sacramento da ordem no grau de diaconato para depois receber o segundo grau e tornar-se presbítero, ou padre, conforme costumamos dizer; e o diácono permanente, que sendo casado, não pode ascender ao grau superior, ficando permanentemente como diácono.
EXIGÊNCIAS PARA O DIACONATO PERMANENTE
As normas da Igreja fazem algumas exigências para a ordenação de diáconos permanentes: a formação deve durar pelo menos três anos (no mínimo mil horas) e deve conter obrigatoriamente Teologia Bíblica, Dogmática, Litúrgica e Pastoral; o candidato deve estar casado no mínimo há cinco anos; tem que ter pelo menos 35 anos. Vida matrimonial e eclesial exemplares. Autorização verbal da esposa, no momento da ordenação e por escrito, arquivada no processo. Todas as dioceses têm normas específicas, exemplo: segundo grau completo, situação econômica estável, indicação do pároco, entrevistas com o bispo (inclusive esposas), idade superior a quarenta anos, retiros espirituais a cada seis meses para que se possa meditar sobre sua vocação; estar intimamente ligado a uma paróquia, aonde venha prestando valiosos serviços; complementar seus estudos com Teologia Moral, História da Igreja, Direito Canônico e Mariologia. Ser homem de oração e assíduo na frequência aos sacramentos. De modo geral o candidato é escolhido entre aqueles que se sobressaem na comunidade por sua espiritualidade e engajamento na paróquia, todavia, nada impede que alguém explicite ao pároco ou mesmo ao bispo diocesano sua vocação de servir à Igreja como ministro ordenado.
AS FUNÇÕES DO DIÁCONO
• Instruir e exortar o Povo de Deus e incentivar a participação correta e efetiva da igreja da divina liturgia; • Conservar e administrar a eucaristia; • Administrar solenemente o batismo; • Assistir e abençoar o matrimônio; • Realizar o rito funeral e da sepultura; • Administrar os sacramentais; • Atuar, preferencialmente na caridade; • Assistir a comunidade carente; • Participar da administração diocesana ou paroquial;
O EXERCÍCIO DO MINISTÉRIO
Pode exercer seu ministério em qualquer lugar do mundo, afinal de contas ele recebeu um sacramento válido e a Igreja é una, santa, apostólica e católica, ou seja, é UNIVERSAL. No entanto, o diácono está intimamente ligado ao bispo diocesano, a quem deve plena obediência e que o autoriza ao exercício do seu serviço para o bem do Povo de Deus. O bispo pode colocá-lo como auxiliar de um pároco, contudo, ele tem a faculdade de auxiliar em outra paróquia, desde que disponha de tempo e tenha a autorização tanto do bispo quanto do titular competente. O ministério diaconal não se subordina ao ministério presbiteral (padre), mas, como àquele, ao minis-
tério episcopal, ou seja, ao bispo ordinário da diocese em que se encontra incardinado (autorizado a exercer seu múnus diaconal). Além dos trabalhos paroquiais, o diácono pode exercer trabalhos de outra natureza, compatíveis com sua vocação e competência, uma vez que é ínsito ao serviço, na Igreja, o governo e a administração.
A VIDA MATRIMONIAL DO DIÁCONO
Os documentos de Santo Domingo nos dizem que o diácono permanente é o único a viver a dupla sacramentalidade - da ordem e do matrimônio. Um não elimina o outro. A vida matrimonial é portanto vivida em sua plenitude. Esta é a razão pela qual a esposa tem que autorizar, por escrito, e de viva voz, no momento da ordenação. O bispo pede a sua autorização para ordenar seu marido. A vocação do diácono permanente é uma vocação familiar e não pessoal, a esposa é um esteio para o bom desempenho da vida diaconal. Ela deve viver com ele esta diaconia, os filhos devem apoiar o pai e saber que a ausência dele, em alguns momentos, é para o bem da comunidade e da própria família.
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Diocese de Guarapuava
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ENTREVISTA: Pároco da Catedral Nossa Senhora de Belém fala sobre Jubileu dos 200 anos Em entrevista ao Centro Diocesano de Comunicação (CDC), padre Acácio Evêncio de Oliveira detalha sobre a criação da paróquia e sua importância para a região e para o Estado. No dia 11 de novembro de 2018, a Catedral Nossa Senhora de Belém, em Guarapuava, completa seus duzentos anos de fundação. Por noventa e sete anos, a partir do momento em que foi instituída, a comunidade paranaense era a maior paróquia do estado, sendo elevada à condição de Catedral no dia 16 de dezembro de 1965, quando então, através da Bula “Christi Vices”, era criada a diocese de Guarapuava. E os dois séculos de existência desta que é, atualmente, a maior diocese do Paraná, serão comemorados com muita festa a partir de novembro de 2017, quando então, se iniciam os festejos jubilares. Em entrevista ao Centro Diocesano de Comunicação (CDC), o pároco da Catedral Nossa Senhora de Belém e vigário-geral da diocese de Guarapuava, padre Acácio Evêncio de Oliveira, falou dos preparativos e da importância de se celebrar o Ano Jubilar da Catedral Nossa Senhora de Belém, não só para a diocese de Guarapuava, mas para o município, para a região e para o Paraná. CDC: O que representou, em seu entendimento, a criação da então paróquia Nossa Senhora de Belém para a região? Pe. Acácio: Eu diria que a criação da Freguesia de Nossa Senhora de Belém foi um divisor de águas para o Paraná. A Igreja, em Guarapuava, foi instalada a partir de uma certidão expedida pelo rei de Portugal, Dom João VI. Nossa comunidade, enquanto povoado, enquanto paróquia nasceu a partir de uma decisão política. CDC: Gostaria que o senhor falasse um pouco mais sobre esta autorização para a criação de uma nova freguesia nesta região do Paraná... Pe. Acácio: Pois bem: no início do Século XX, para a criação de uma freguesia, por força do Regime de Padroado, o rei português, à época Dom João VI, primeiramente baixava um Decreto Real, depois, expedia um Alvará que corresponde à certidão de nascimento de uma freguesia; isto é, o surgimento de um povoado que deveria sediar uma igreja paroquial. Uma povoação criada sob o ponto de vista eclesiástico ou um conjunto de paroquianos, os fregueses. CDC: Onde este documento de criação se encontra atualmente? Há registros na Catedral? Pe. Acácio: O Alvará original que oficializa, de fato, a Freguesia de Nossa Senhora de Belém de Guarapuava, isto
é, sua certidão de nascimento, encontrase guardada no Arquivo Metropolitano Dom Duarte Leopoldo e Silva, da arquidiocese de São Paulo. Tudo está registrado no Livro número 1, 2-39, nas páginas 120, 120, verso e 121, documento número 119. Todas estas informações constam de um documento recentemente traduzido do português arcaico para uma linguagem atual, pela professora e historiadora de nossa cidade, Zilma Haick Dalla Vecchia. Deste documento traduzido, temos a cópia aqui na Catedral. CDC: São muitas histórias para contar ao longo de um ano sobre a Catedral. Para isso, tem que haver um ponto de partida para as celebrações jubilares de duzentos anos. Quando serão lançadas as festividades? Pe. Acácio: Vamos lançar a programação oficial dos duzentos anos de criação de nossa Catedral, enquanto paróquia, nos dias 11 e 12 de novembro de 2017. As comemorações serão explicadas nas missas da Catedral e o assunto também será falado nas celebrações nas paróquias de nossa diocese. Será um período de união e de muitas celebrações. CDC: Há alguma prioridade por parte da Catedral Nossa Senhora de Belém para este Ano Jubilar? Pe. Acácio: A prioridade e também nosso sonho enquanto comunidade é a conclusão das obras da nova Catedral. O projeto está bastante avançado, graças a Deus, mas na parte final, nos arremates, os produtos e serviços se tornam muito caros. Desta forma, nosso empenho e dedicação neste ano, serão para que as obras sejam concluídas.
CDC: Uma campanha para arrecadar recursos para a pintura externa da Nova Catedral vem sendo idealizada. Gostaria que o senhor falasse um pouco sobre isso: Pe. Acácio: Sim, estamos pensando juntamente com o COPAE (Conselho Paroquial para Assuntos Econômicos) e estudando uma maneira de buscar estes recursos. São muitos metros de pintura e vamos precisar montar uma cruz no alto da igreja. São trabalhos que demandam muito dinheiro. Com os problemas econômicos pelos quais o país passa, as dificuldades aumentam. Mas temos que ser confiantes da providência divina para que tudo se resolva ao longo deste Ano Jubilar. CDC: E na parte espiritual, o que será preparado para este período? Pe. Acácio: Primeiro, vamos levar a história a conhecimento de todas as pessoas ao nosso redor. Vamos falar do Jubileu. Segundo, termos a consciência de que nós somos fruto deste início, enquanto comunidade cristã, enquanto Igreja, aqui nesta região do Paraná. E o terceiro ponto, é o respeito às memórias dos nossos antepassados, tanto sacerdotes, missionários, lideranças e leigos que investiram suas vidas na celebração da fé. A partir disso, outras comunidades foram surgindo. Não podemos esquecer a gratidão. Devemos agradecer pela devoção, por esta história de fé.
CDC: A história social e política não só de Guarapuava, mas de toda a região, começou simultaneamente com a história da Igreja, com sua instalação por aqui. Com isso, o senhor acredita que deve haver um envolvimento das autoridades, dos representantes da sociedade neste Ano Jubilar? Pe. Acácio: Queremos envolver, a partir da abertura do Ano Jubilar, todas as autoridades de nossa região de abrangência, bem como nossos administradores, gente envolvida com a cultura de Guarapuava e das cidades vizinha. Vamos trabalhar para que as festividades destes duzentos anos sejam sentidas, vividas. É um tempo de repensar o futuro, de renovar as ideias, enfim... CDC: Guarapuava, enquanto paróquia deu origem a várias comunidades. Muitas destas comunidades hoje são paróquias e até dioceses. Há alguma proposta de envolver estas regiões no projeto de celebração dos duzentos anos? Pe. Acácio: Nós, aqui de Guarapuava, a partir da então paróquia Nossa Senhora de Belém, demos origem a grandes comunidades. Posso citar aqui, Campo Mourão, que era um lugar muito distante, onde os padres saíam daqui, a cavalo, para atender à capelinha São José. Hoje, Campo Mourão possui uma diocese, é uma grande cidade. Também citamos outras regiões, como Laranjeiras do Sul, por exemplo. Estas pequenas capelas, depois, se transformaram em paróquias e, em seguida, em diocese, como é o nosso caso, aqui em Guarapuava. CDC: Para finalizar: eu retorno à prioridade de conclusão das obras da nova Catedral. O término dos trabalhos seria um presente de aniversário de duzentos anos para a diocese? Pe. Acácio: Com certeza. São dezessete anos de trabalho. Como falei antes, a crise chegou e atrapalhou muita coisa. Nós não chegamos a parar com os serviços, mas o ritmo diminuiu muito. Nós precisamos concluir as obras. Estamos usando o espaço litúrgico, acolhemos as grandes celebrações, mas a intenção é deixar a obra concluída o quanto antes. Este seria o maior presente para nossa Igreja que em 2018 celebra seu Jubileu de duzentos anos.
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Diocese de Guarapuava
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Bispos comentam aniversário de 29 anos da Constituição Federal de 1988 O Brasil já teve sete Constituições desde sua independência, no dia 7 de setembro de 1822, mas a atual é chamada de “Constituição Cidadã” por Ulysses Guimarães. O cenário público do Brasil no início do mês de outubro de 2017 foi marcado por discussões que põem em evidência a importância do cidadão conhecer, com maior profundidade, os preceitos constitucionais. Tanto nos debates que correm no Parlamento, como nas discussões do Supremo Tribunal Federal (STF), continuamente se aventa a questão do que é e o que não é constitucional. Recordar sua promulgação já pode ser um bom começo nessa busca de maior conhecimento: no último dia 05 de outubro, se completaram 29 anos do dia em que foi promulgada a Constituição e aquele dia histórico, chuvoso depois de longa seca como os dias atuais, foi marcado pela celebração de um culto ecumênico do qual fez parte o cardeal José Freire Falcão, arcebispo emérito de Brasília. Naquele dia, na presença do Presidente da República, José Sarney e do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Rafael Mayer o presidente da Assembleia Constituinte, deputado Ulysses Guimarães assinou um exemplar da Constituição, levantou-o bem alto, de pé, e disse: “Declaro promulgada. O documento da liberdade, da dignidade, da democracia, da justiça social do Brasil. Que Deus nos ajude para que isso se cumpra!”. O Plenário aplaudiu. Eram 15h50. Começava a valer a nova Constituição. O Brasil já teve sete Constituições desde sua independência, no dia 7 de setembro de 1822, mas a atual é chamada de “Constituição Cidadã” por Ulysses Guimarães devido à grande quantidade de leis voltadas à área social. Entre os direitos garantidos ao cidadão na Constituição de 1988, segundo levantamento do Portal Educacional, e que
marcaram boa parte das discussões realizadas entre 1987 e 1988, estão: Licençapaternidade de cinco dias; Licençamaternidade de 120 dias; Hábeas-data: ação que garante a todo cidadão saber o que se registra dele próprio nos arquivos governamentais. Um exemplo muito claro disso são os arquivos organizados pelos governos militares que mantinham fichários de cidadãos considerados “perigosos” à soberania nacional; Voto universal: todos os cidadãos brasileiros acima de 16 anos têm o direito ao voto, sejam eles homens ou mulheres, brancos ou negros, alfabetizados ou não, ricos ou pobres (para cidadãos entre 16 e 18, analfabetos e maiores de 70 anos, o voto é facultativo). Renda mensal vitalícia para idosos e deficientes, apesar de que tal direito ainda é aplicado com sérias restrições; Definição do racismo como crime inafiançável e imprescritível; Tortura como crime inafiançável e não
Relatório “Violência contra os Povos Indígenas do Brasil” aponta ofensiva sobre os direitos garantidos pela Constituição de 1988 O governo da presidente Dilma Rousseff é classificado, no documento, como um governo omisso por não registrar nenhuma demarcação de terras indígenas, por exemplo. A piora em indicadores ligados aos povos indígenas como o aumento da mortalidade infantil, o aumento de óbitos e suicídios no ano de 2016 só revela, na prática, o que o relatório Violência contra os Povos Indígenas no Brasil, lançado, dia 05 de outubro, às 14h30, pelo Conselho Indigenista Missionário (CIMI), organismo da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), caracteriza como ofensiva anti-indígena, estratégia que soma forças no Executivo, no Legislativo e no Judiciário e avança sobre os direitos indígenas, inclusive os direitos já conquistados pela Constituição de 1988. Dom Leonardo Steiner, bispo auxiliar de Brasília e secretário-geral da CNBB, na abertura da Coletiva de Imprensa, realizada na sede da entidade, disse que é necessário aprender com os povos indígenas que ajudam a colocar em prática a Laudato Si, encíclica do Papa Francisco sobre o meio ambiente, e a preservar a cultura do Brasil, por meio de seus cantos e tradições. “A CNBB, por meio do CIMI, lança este relatório anualmente. Estes problemas da violência, das demarcações, entre outros, já deveriam ter sido resolvidos”, disse.
A liderança indígena do povo Gavião, do Maranhão, Maria Helena denunciou o que para seu povo é a maior violência sofrida por povos indígenas. “A maior violência que sofremos é a não demarcação das terras”. Segundo o relatório, apenas 37%, do total de 1.296 áreas indígenas no Brasil, foram demarcadas até 1996. Entre elas, a área indígena Raposa Serra do Sol, situada a nordeste do Estado de Roraima. Representantes destes povos estavam no ato de lançamento do relatório. O relatório denuncia o que segundo um de seus organizadores, o missionário do CIMI, Roberto Liebjott, chama de ofensiva contra os direitos dos povos indígenas. O governo da presidente Dilma Rousseff é classificado, no documento, como um governo omisso por não registrar nenhuma demarcação de terras indígenas, por exemplo. Já no governo de Michel Temer, diz o relatório, há um processo em curso de ofensiva, articulado com a bancada ruralista do Congresso Nacional, que busca retirar direitos já conquistados na Constituição de 1988, cujo aniversário de 29 anos de promulgação se celebra no dia 05 de outubro, dia escolhido para lançamento do relatório do CIMI. “Um exemplo que demonstra esta estratégia no Legislativo foi o relatório da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Fundação
anistiável; Proteção do consumidor: a Constituição determinou essa proteção, que acabou culminando na elaboração do Código do Consumidor, em vigor desde 1991; 44 horas de trabalho semanal em substituição às 48 horas anteriores. Atualmente, o movimento de trabalhadores luta por nova redução, agora para 40 horas semanais.
OPINIÃO DOS BISPOS
Dom Luiz Gonzaga Fechio, bispo de Amparo (SP): “Eu penso que a oportunidade desse aniversário tem de nos fazer refletir o valor que a nossa carta magna tem para a nação. E esse valor parece estar muito comprometido diante dessa situação desoladora que parece põe em descrédito o que as leis mostram, principalmente no que diz respeito a tudo aquilo que estamos vendo como incoerência em relação à questão social, política, econômica, Nacional do Índio (Funai) e Instituto Nacional de Regularização Fundiária (Incra) que buscou caracterizar avanços constitucionais como frades e dizer que o processo de demarcação da terra Raposa Serra do Sol é questionável além de buscar criminalizar lideranças que lutam pela causa indígena”, disse o organizador do relatório. Dois outros processos em curso, que o relatório registra, é a atuação de milícias paramilitares e o avanço de madeireiras em áreas indígenas já demarcadas. Como é o exemplo, apresentado aos jornalistas, da terra Karipuna, no Estado de Rondônia, já homologada, mas aguardando a demarcação. Segundo os dados, apresentados por uma de suas lideranças em vídeo na Coletiva de Imprensa, 1.045 hectares de árvores dentro da terra já foram derrubados. Segundo o arcebispo de Porto Velho (RO) e presidente do CIMI, Dom Roque Paloschi, “mais que chamar a atenção para os dados que o relatório sistematiza, é necessário, ao olhar para a alegria dos povos indígenas do Brasil, caminhar com eles e clamar por justiça ao seu lado”. O bispo leu um trecho da encíclica Laudato Si, na qual o Papa Francisco diz que os povos aborígenes devem tornar-se os principais interlocutores frente a projetos que alteram seus territórios. O bispo pediu à presidência da CNBB que o relatório seja entregue ao Papa. “É vergonhoso que um país de maioria Cristã, como o Brasil, veja tanto desrespeito aos povos indígenas e que seu Executivo, Legislativo e Judiciário não cumpram o que sua Carta Magna prevê”, disse.
mas que tem um fundo ético e moral. Isso tem que nos fazer refletir muito quanto à necessidade de fazermos valer aquilo que, como diz a própria palavra “Constituição”, a Carta Magna do país, para que a nossa nação possa recuperar um caminho de desenvolvimento, progresso, de ordem como diz a nossa bandeira, um símbolo nacional tão importante que hoje, percebemos, parece não significar nada, principalmente para esta geração que vem vindo. E isso ocorre justamente por causa daquilo que estamos vendo por parte daqueles que deveriam prezar mais, digamos assim, a Constituição. Portanto, fica aqui esse apelo e essa consciência que todos nós devemos tomar, principalmente os nossos governantes ou representantes políticos para que ouçam mais e enxerguem melhor a realidade“. Dom Canísio Klaus, bispo de Sinop (MT): “Em primeiro lugar, a gente pode comemorar o fato de termos uma Constituição. É importante também dizer que uma Constituição é feita para ser a normativa para o povo brasileiro ter segurança, justiça, paz, tranquilidade de vida. Quando a Constituição garante a isso ao povo, temos muito a comemorar. Quando ela deixa a desejar ou ela não é assim entendida ou aplicada é isso o contraponto que temos de sentir e sofrer. O povo brasileiro é que vai dar melhor essa resposta, olhando a realidade: o povo está amparado por uma Constituição ou apenas tem uma Constituição? Uma Constituição está, muitas vezes, no papel e não na prática, em alguns pontos”. CNBB
CARTOGRAFIA DOS ATAQUES INDÍGENAS
O relatório é fruto do trabalho de sistematização de muitas frentes de serviço, como lembrou Roberto Liebjott, um dos organizadores presentes no lançamento. “Contamos com dados sobre as próprias vítimas, dos povos indígenas e de organizações que os representam, bem como o trabalho dos missionários do CIMI que atuam em diferentes regiões do país”, disse. Todo trabalho, sistematizado e consolidado pelo Setor de Documentação do CIMI, passa por uma criteriosa revisão jurídica e depois tem um tratamento mais didático pela equipe de comunicação. A organização do relatório é supervisionada pela antropóloga Lúcia Helena Rangel. Outro trabalho que está sendo consolidado pelo CIMI, a partir de 2017, é a plataforma Caci, palavra que em Guarani significa “dor” e forma a sigla de Cartografia dos Ataques contra Indígenas (Caci). Desenvolvida pela Fundação Rosa Luxemburgo, em parceria com o Armazém Memória e InfoAmazonia, a CACI georreferencia dados da Comissão Pastoral da Terra (CPT) no mapa brasileiro. O relatório pode ser acessado em: www.cimi.org.br
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Diocese de Guarapuava
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Superiora-geral das Irmãs Scalabrinianas visita bispado de Guarapuava Irmã Neusa de Fátima Mariano disse em entrevista que as visitas às instituições da congregação são realizadas a cada seis anos e fazem parte de um cronograma pré-estabelecido. SOBRE AS SCALABRINIANAS
Da esquerda para a direita: Dom Antônio Wagner da Silva, irmã Neusa de Fátima Mariano, Professora Crislaine Martins e irmã Maria Clelia Alves.
Na tarde do último dia 06 de outubro, o bispado de Guarapuava recebeu a visita da irmã Neusa de Fátima Mariano, superiora-geral da congregação Irmãs Missionárias de São Carlos Borromeo (Scalabrinianas). Dom Antônio Wagner da Silva, bispo da diocese de Guarapuava conversou com a superiora-geral que estava acompanhada da irmã Maria Clelia Alves e da coordenadora do Ensino Fundamental do Colégio Nossa Senhora de Belém, Crislaine Martins. Durante a reunião, Dom Wagner falou da importância que as congregações religiosas têm para a comunidade, sobretudo, das mais pobres. “Em Guarapuava, as irmãs Scalabrinianas estão presentes há cento e dez anos, sempre atuando em diversos setores, sobretudo na saúde e educação, como é o caso do Colégio Belém. Anteriormente, as religiosas também coordenaram o Hospital de Caridade São Vicente de Paulo, sempre com grande zelo e dedicação, deixando sua marca e ótimas lembranças. É visível a diferença das instituições que contam com o carisma de uma congregação religiosa em sua administração, em seus trabalhos de um modo geral. Receber a visita da superiora-geral, irmã Neusa, bem como da irmã Maria e da professora Crislaine, é motivo de alegria para todos nós da diocese de Guarapuava
que temos a certeza de um trabalho de qualidade com raízes no compromisso cristão”, ressaltou Dom Wagner. Em entrevista à reportagem do Centro Diocesano de Comunicação (CDC), irmã Neusa, que mora em Roma, Itália, explicou que a visita à diocese de Guarapuava, bem como ao Colégio Nossa Senhora de Belém, onde morou por um tempo e esteve várias vezes em cumprimento de suas funções, faz parte de um cronograma da superiora-geral das Scalabrinianas. “Atualmente resido em Roma, Itália, na sede geral da congregação. Esta visita faz parte de um cronograma que devemos cumprir a cada seis anos, período de duração do mandato da superiora-geral. Neste período, procuramos passar, pelo menos uma vez, por todos os lugares onde há a presença das irmãs Scalabrinianas e conhecer de perto sobre os trabalhos desenvolvidos, bem como a vida consagrada e missionária”, ressaltou irmã Neusa. Reunião com a direção, coordenação, professores e com os alunos das instituições onde as Scalabrinianas trabalham é um momento de partilha de informações e de espiritualidade, conforme destacou a superiorageral. Segundo sublinhou, conversar com os bispos e com os padres do lugar de atuação, também faz parte do trabalho missionário das religiosas. “Na conversa que tivemos
A congregação das Irmãs Missionárias de são Carlos Borromeo (Scalabrinianas), foi fundada pelo beato João Batista Scalabrini em Piacenza, Itália, no dia 25 de outubro de 1895, e tem como cofundadores os irmãos padre José Marchetti e madre Assunta Marchetti. Sua Missão é o serviço evangélico e missionário aos migrantes, especialmente aos mais pobres e necessitados. Expandiu-se inicialmente no Brasil, e em seguida na Europa (1936), na América do Norte (1941) e, nos últimos anos em vários países da América Latina, da Ásia e da África. Atualmente marca presença em 27 países. A congregação conta com mais de 800 irmãs e mais de 150 comunidades. Sua Sede-Geral se encontra em Roma. As religiosas consagram sua vida a Jesus Cristo, segundo as exigências do Carisma Scalabriniano, vivem a fraternidade em comunidade, como elemento indispensável da consagração religiosa, e se fortano colégio, com a direção, com os professores e também com os alunos, percebi o quanto a missão Sacalabriniana vem ganhando espaço junto à sociedade. A conversa com Dom Wagner também nos enche de alegria, pois sentimos este apoio em nosso meio. A partir dos valores que defendemos enquanto instituição religiosa e de educação, percebemos a grande diferença que fazemos para melhor em nossa sociedade. Estamos vivendo em um mundo em transição, onde são visíveis as perdas de valores. Neste sentido, manter este referencial é sinônimo de sustentação da família e da Igreja. Toda grande mudança passa pela educação. E nós estamos neste grande compromisso, seguindo esta busca e apelo do Papa Francisco que prima por este cuidado para com a ‘Casa Comum’, na preservação do meio ambiente, na criação da solidariedade, de uma sociedade planetária, numa fraternidade universal”, discorreu irmã Neusa. As irmãs Scalabrinianas estão presentes em vinte e sete países, atuando em diversos âmbitos da sociedade. No Brasil, de acordo com a superiora-geral, as religiosas trabalham em quatro grandes províncias e cumprem com muitas tarefas que vão ao encontro da sociedade. No Paraná,
lecem na fidelidade vocacional mediante a oração, a meditação da Palavra de Deus e a Celebração Eucarística, fonte de comunhão com Deus e com os irmãos. As Irmãs Missionárias Scalabrinianas, ao longo do desenvolvimento da história da Congregação, se dedicaram e continuam ainda dedicando-se à educação, à ação social e pastoral, ao serviço da pastoral da saúde, à catequese, à evangelização e à colaboração com a Igreja local a favor dos migrantes e dos pobres. Fiéis ao carisma e atentas aos desafios da mobilidade, a Congregação acolhe a proposta da Igreja de pôr-se a serviço dos que estão envolvidos com o drama do fenômeno das migrações, sendo “sinal da ternura de Deus e testemunho particular do mistério da Igreja, casta, esposa e mãe (V.C. 57), motivadas pelas Palavras do Evangelho: “Eu era estrangeiro e vocês me acolheram” (Mt 25,35). além de Guarapuava, as Sacalabrinianas estão presentes em Cascavel, Curitiba e Londrina. Em Londrina, no entanto, os trabalhos são voltados para a missão de atendimento aos migrantes. “Nossa congregação tem uma força muito grande no Brasil, com a graça de Deus. Mas também mantemos trabalhos em outros países, vinte e sete, num total, onde desenvolvemos atividades nas áreas de educação, Pastoral da Saúde, Pastoral Social, centros de acolhida e orientação para migrantes. Hoje, mais do que nunca, o nosso trabalho se desdobra em serviços e presenças de apoio na acolhida e serviço aos migrantes. Atualmente, vivemos uma grande realidade de mudanças. Há uma demanda muito grande em se tratando de migrações. Por isso, nossa presença se faz necessária nos pontos de partida e de chegada de pessoas que deixam seus países e precisam ir para outras regiões em busca de uma vida melhor ou na fuga das guerras, fome e conflitos. Nossa missão nasce para estar a serviço da Igreja. É um grande desafio para o nosso trabalho. A comunhão eclesial é de fundamental importância”, concluiu irmã Neusa.
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Mais de 200 pessoas participam da 20ª edição da Assembleia Diocesana de Pastoral O encontro de dois dias foi realizado na Casa de Líderes Nossa Senhora de Guadalupe. O tema trabalhado foi: “Iniciação à Vida Cristã”, com base no Documento 107 da CNBB.
Nos dias 29 e 30 de setembro, Guarapuava sediou a vigésima edição da Assembleia Diocesana de Pastoral. O evento que é realizado anualmente tem por objetivo promover o debate e a formação em se tratando dos diversos assuntos pertinentes aos movimentos e pastorais da Igreja. Mais de duzentas pessoas participaram do encontro que foi realizado na Casa de Líderes Nossa Senhora de Guadalupe, Bairro Santana. Este ano, o tema trabalhado foi: “Iniciação à Vida Cristã - Itinerário para formar discípulos e missionários, Documento 107 da CNBB”. Dom Antônio Wagner da Silva, bispo da diocese de Guarapuava, foi quem presidiu a abertura dos trabalhos no início da noite de sexta-feira, 29 de setembro. Segundo Dom Wagner, o momento foi de celebração, estudo e entendimento sobre os passos da Igreja em se tratando de iniciação à vida cristã e também de unidade entre as pessoas das diversas comunidades, bem como a compreensão da realidade vivida em cada região de abrangência da diocese de Guarapuava. “Eu considero este um momento de muita importância para todos nós, para nossa diocese e para a Igreja, de uma forma mais abrangente. Sempre é tempo de pensarmos e de falarmos da vida cristã, da vida em comunidade, em favor dos mais pobres, de quem de fato precisa de nós. Eu digo que este é um momento de alegria e de muita satisfação. É um momento de sentir o interesse, a participação e o envolvimento nesta realidade. A diocese é o todo e não apenas um
pequeno grupo. Aqui, nós percebemos nas quarenta e sete paróquias e nas mais de mil comunidades, a grandeza do trabalho realizado por cada um e o quanto isso reflete em benefícios para todos nós”, observou Dom Wagner. Tales Falleiros Lemos, da Comissão para o Ano do Laicato falou sobre o tema em palestra proferida aos presentes. Segundo Tales, com base no tema proposto pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB): “Ano Nacional do Laicato: cristãos leigos e leigas, sujeitos na Igreja em saída, a serviço do Reino”, envolver a sociedade no projeto é aproximar cada vez mais a Igreja de quem precisa, numa resposta positiva ao que propõe o Papa Francisco. “Como leigos e leigas, podemos muito. Temos a mudança para melhor em nossas mãos. É preciso que foquemos nesta missão para que todos sejam contemplados. Cada um de nós possui um dom, uma vocação e é preciso que haja espaço para esta ação. A Igreja precisa ser envolvida em sua totalidade e o discernimento de cada um precisa ser levado em consideração. Há que se levar em conta a metodologia para que a criação do Conselho de Leigos seja facilitado nas paróquias e comunidades. Como leigos, muito podemos. Devemos agir sempre com foco no despertar de cada um, levando em conta sua realidade e suas particularidades”, considerou Tales. No dia 30 de setembro, sábado, os trabalhos da Assembleia tiveram início às 07 horas da manhã com oração, cânticos e reflexões acerca do Evangelho de Lucas, capítulo 1, versículos de 39 a 56, que destaca a visita
de Maria à sua prima Isabel. (Lc 1, 39-56). Depois da oração, houve a composição da mesa e início dos trabalhos. O coordenador da Ação Evangelizadora na diocese, padre Itamar Abreu Turco, sublinhou a importância de se trabalhar as prioridades da diocese, que são os Círculos Bíblicos, o Dízimo e as Missões. “Estes são os três pilares de sustentação da Igreja e da nossa diocese. Temos que priorizar este trabalho como nossa grande meta. Este nosso encontro (20ª Assembleia Diocesana de Pastoral) é uma ponte entre os objetivos e a ação. Devemos nos preparar para repassar os conhecimentos para frente, para mais pessoas ao nosso redor”, grifou padre Itamar. O padre José de Paulo Bessa, Decano do Decanato Centro, falou sobre “Iniciação à Vida Cristã”. Durante a palestra, padre Bessa discorreu sobre a história e as tradições da Igreja e também apresentou dados estatísticos sobre o crescimento da Igreja no mundo, com destaque para o crescente número de novos cristãos católicos a cada dia. “A Assembleia tem uma grande importância para a diocese, para as paróquias e a comunidade de um modo geral. Aproveitamos estes momentos para refletir, rezar e planejar juntos. O estudo é como um alimento, uma bebida para nosso corpo. Dá um ânimo novo para este momento que estamos vivendo”, discorreu padre Bessa. Para o pare José Amarildo Novakoski, reitor do Seminário Diocesano Nossa Senhora de Belém, de Guarapuava, despertar a vocação nos jovens e adultos deve ser algo natural nas comunidades e
nas famílias usando dos meios possíveis para esta missão. Padre Amarildo citou o projeto “Cada comunidade uma nova vocação”, do Regional Sul 2 da CNBB, que compreende a Igreja no Paraná, como grande balizador e incentivador do despertar vocacional. “O projeto do Regional segue dois eixos: rezar pelas vocações e divulgar nos meios de comunicação testemunhos vocacionais. Além de rezar pelas vocações, o projeto quer despertar nossas comunidades para a criação de uma cultura vocacional que permeia toda a ação evangelizadora nas paroquias. O Papa Francisco afirmou aos membros da Pastoral Vocacional na Itália em 2017, que o método mais eficaz para a promoção das vocações é a oração em diálogo profícuo com o testemunho”, relembrou padre Amarildo. Ele também ressaltou que o projeto apoiase em dois alicerces: a oração e o testemunho. “Um dos gestos concretos do projeto é rezar uma dezena do terço em todos os encontros, reuniões da Igreja e grupos. Além do Paraná, as dioceses do Estado de Santa Catarina, Rio Grande do Sul, além das dioceses de Osasco-SP e de Bafatá, em Guiné-Bissal, assumiram o projeto ‘Cada comunidade uma vocação’”, lembrou padre Amarildo. Palestras, discussões em grupo e partilha, deram sequência às atividades do dia. Os trabalhos foram encerrados com uma missa presidida por Dom Wagner às 17 horas, em memória de São Jerônimo, presbítero e doutor da Igreja. Vários padres que participaram da Assembleia ajudaram na celebração.
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ARTIGO: Uma Igreja essencialmente missionária É preciso cultivar este espírito missionário. A Igreja precisa estar em saída é o que sempre conclama o Papa Francisco. As pessoas estão abertas para ouvir uma palavra de esperança que vem do Evangelho.
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Dicas de Leitura Biblioteca Diocesana Nossa Senhora de Belém Edifício Nossa Senhora de Belém Rua XV de Novembro 7466 - Sala 04 Centro - Guarapuava Fone: (42) 3626-4348 Livro: Ide todos a José Autor: Frei Wenceslau Scheper Editora: Loyola O autor procura mostrar os exemplos de bondade de José, escolhido por Deus, segundo as escrituras, para ser o pai terreno de Jesus Cristo. A narrativa descreve a personagem como um privilegiado por aceitar a missão que lhe foi incumbida. “Deus escolheu esse homem privilegiado para uma importantíssima missão de extrema responsabilidade, ser o esposo de Maria Santíssima e pai de Nosso Senhor Jesus Cristo. Devemos imaginá-lo como um esposo e pai exemplar , um homem justo, piedoso, correto, trabalhador, o sofredor paciente e fiel”, diz a apresentação do texto.
Ouvindo o apelo do Senhor para ir e anunciar a Boa Nova do Reino de Deus em todos os lugares, a comunidade paroquial de Manoel Ribas procura estar em estado permanente de missão. O documento do Concílio Vaticano II Ad Gentes afirma: “A Igreja peregrina é, por sua natureza, missionária, visto que tem a sua origem, segundo o desígnio de Deus Pai, na “missão” do Filho e do Espírito Santo” (AG 2). A missão está na essência da Igreja. E foi com este espírito, que no dia 09 de setembro, um grupo de missionários saiu em visita às famílias de um dos bairros da cidade; a comunidade Santa Rita. “Não nos deixem roubar o entusiasmo missionário!” (EG n. 80), nos diz o Papa Francisco. Este entusiasmo missionário era visível na face de cada um. Nem mesmo o dia de calor e sol intenso desanimou os missionários. E a acolhida da comunidade foi um sinal de que as pessoas estão sedentas de Deus. Juntaram aos missionários da paróquia, os seminaristas da Congregação dos Padres Marianos, que estavam na cidade realizando um encontro. Também estavam presentes, os
padres Rogério Tanan Diniz (reitor do Seminário Maior em Curitiba) e padre Aroldo Schinemann Filho (animador vocacional). No final, realizou-se uma procissão luminosa com a imagem de Santa Rita e, encerrando o dia de missão, celebrou-se a Santa Missa, presidida pelo provincial dos padres Marianos, padre Jair Batista de Souza. A comunidade Santa Rita é conhecida por seus diversos problemas sociais, mas os missionários viram muito mais do que isso. Viram famílias que lutam para manter os valores cristãos. Viram pessoas que superam suas dificuldades por meio da fé em Jesus Cristo. Viram corações transbordantes de alegria ao testemunharem a fé de maneira sincera e singela. É preciso cultivar este espírito missionário. A Igreja precisa estar em saída é o que sempre conclama o Papa Francisco. As pessoas estão abertas para ouvir uma palavra de esperança que vem do Evangelho. Padre Claudio Gomes dos Santos (MIC) Paróquia Santo Antônio, Manoel Ribas
Livro: Quero ser Diferente Autor: Frei Bernardo Cansi Editora: Paulinas “Todos procuram uma fonte de água diferente. Não para saciar a sede física. Todos querem água pura para saciar a sede de felicidade. Como existem os caminhos que conduzem às fontes e às cisternas, existem caminhos certos e largos, retos e seguros que nos levam à fonte da felicidade”, escreve Frei Bernardo Cansi em um trecho da obra. O livro também aborda a função do amigo na vida do cristão como pilar de sustentação, como verdadeiro amparo para saciar as necessidades espirituais. Livro: Carlos Borromeu Autor: Padre Redovino Rizzardo Editora: Paulinas Carlos Borromeu, santo e homem de ação com muita simplicidade, um homem dedicado a Deus e aos pobres em uma vida de oração e de grandes sacrifícios. Um homem de dedicação e santidade que, embora distante no tempo, ainda tem força de orientar e estimular os passos de quantos se empenham na tarefa de dar à Igreja a sua verdadeira face. Filme: Cartas de São Paulo segundo Santa Teresa D’Ávila Produção: Irmãs Carmelitas Mensageiras do Espírito Santo Distribuição: Paulinas Tida pela Igreja como mestra de oração, Santa Teresa D’Ávila discorre sobre os caminhos que precisam ser seguidos para culminar no encontro com Deus. Para ela a oração é “um trato de amor com Aquele que sabemos que nos ama”. A santa nasceu em Ávila, Espanha, em 1515. Dedicada às causas da Igreja, fez grandes progressos no caminho da perfeição e teve muitas experiências místicas. Ao empreender a reforma da sua ordem, sofreu muitas tribulações, mas tudo suportou com coragem invencível. Santa Teresa D’Ávila morreu em Alba de Tormes no ano de 1582. Suas obras são repletas de profunda espiritualidade e ensino sobre a vida de oração. O Papa Paulo VI declarou-a Doutora da Igreja em 27 de setembro de 1970.
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Muitos idiomas, muitas nacionalidades, a mesma missão: evangelizar!
Nos dias 24 e 25 de outubro, os padres da Província Brasil Sul da Congregação Sociedade do Verbo Divino (SVD) se reuniram em Guarapuava, na Casa de Líderes Nossa Senhora de Guadalupe, para participar de formações, planejar as atividades missionárias e viver momentos de confraternização. Participaram do encontro, aproximadamente 60 sacerdotes missionários de diversas nacionalidades. Alguns padres estão comemorando aniversário de ordenação, em especial o vigário da paróquia Santa Terezinha, em Guarapuava, padre José Garibaldi Uberti, que há 60 anos recebeu o sacramento da ordem.