Boletim Diocesano. Edição 463. Guarapuava.

Page 1

Diocese de Guarapuava

Cuide do meio ambiente. Não jogue este jornal em vias públicas, não queime e recicle sempre!

Boletim Diocesano • Edição 464 • Março de 2018 • www.diopuava.org.br • Compartilhe: #diopuava

Campanha da Fraternidade 2018

FRATERNIDADE E SUPERAÇÃO DA VIOLÊNCIA “Vós sois todos irmãos.” (Mt 23, 8) Página 13

Seminário São Francisco de Paula celebra trinta anos em Guarapuava Página 20

MDJ: participantes falam das experiências adquiridas Página 8


2

Diocese de Guarapuava

Março - 2018

Editorial Este não é um tempo comum Vivemos a plenitude da Campanha da Fraternidade que este ano traz como tema: Fraternidade e superação da violência, tendo como lema “Em Cristo somos todos irmãos” (Mt 23,8). Vivemos a Quaresma. Estamos em um dos momentos mais importantes para a história do cristianismo, da Igreja, enfim. Este é o período propenso às reflexões, ao aprendizado, à penitência e, sobretudo, um tempo de partilha e de perdão. Nos passos de Jesus Cristo, nestes quarenta dias, o ensinamento que permeia nossa existência e nos norteia para o futuro, um futuro que deve ser leve, de luz, de tolerância, de paz. Em nosso Jornal A Igreja na Diocese de Guarapuava (Boletim Diocesano), contemplamos a edição de número 464 e temos muito a dizer neste momento. Estamos em plena Campanha da Fraternidade que este ano traz como tema: Fraternidade e superação da violência, tendo como lema “Em Cristo somos todos irmãos” (Mt 23,8). Nada mais propenso neste instante do que refletir sobre a violência, não como um acontecimento distante, algo do qual se ouve falar, mas sim, debater a violência que está aqui, em nosso meio, diante dos nossos olhos, muitas vezes, em nossa própria família. A Campanha da Fraternidade não deve, de maneira alguma, ser percebida, vivida apenas no período quaresmal. Este é um tema de estudo preparado para todo o ano de 2018, mas que deve ser absorvido e disseminado como verdadeira lição de vida que devemos levar para sempre. Também vivemos, em 2018, o Ano Nacional do Laicato. Uma proposta ousada tem por finalidade mostrar a importância do leigo para a Igreja. Com o tema: “Cristãos leigos e leigas, sujeitos na Igreja em saída, a serviço do Reino”. O trabalho tem como inspiração o livro de Mateus, capítulo 5, versículos 13-14 que diz: “Sal da Terra e Luz do Mundo” (Mt 5,13-14). Na diocese de Guarapuava, encontros de formação abertos às pastorais e movimentos discutem o assunto e, depois, de forma localizada, vivendo sua realidade, os coordenadores disseminam e aplicam este aprendizado nas comunidades com a esperança de um lavrador que semeia com muita fé na terra bem preparada na certeza de que os frutos virão e com muita força e beleza. Esta é a resposta ao esforço e dedicação de quem, desde o ano passado, plantou esta semente em favor da Igreja e de uma sociedade que clama por ser ouvida, vista e inserida nos diversos campos e contextos da história. Este ano também nossa diocese vive momentos intensos de festa e de alegria. A paróquia Sant’Ana, em Guarapuava, completa cinquenta nos de sua fundação. A data é muito importante para todos os cristãos e representa também um marco para a Igreja no Paraná. A paróquia Sant’Ana foi a primeira a ser criada pela diocese de Guarapuava e representa um avanço nos trabalhos

pastorais e de governo da Igreja nesta região. O tempo é de jubileu e de muitas celebrações, conforme destaca o administrador paroquial, padre Itamar Abreu Turco. E por falar em comemorações, o Seminário São Francisco de Paula celebra trinta anos de sua presença em Guarapuava. A instituição foi fundada no dia 12 de maio de 1988 pela Ordem dos Mínimos. Era o início de uma caminhada de busca e discernimento das vocações. A caminhada rendeu grandes frutos e hoje a instituição é referência em todo o país em se tratando de formação presbiteral e também para a vida. Nesta edição também destacamos um assunto muito doloroso para toda a nossa diocese, mas que também mostrou a preocupação de um povo para com seu pastor, em favor da vida. Dom Antônio Wagner da Silva, bispo de Guarapuava, foi acometido por um grave problema de saúde enquanto estava em Roma, na Itália, participando de um encontro entre os bispos de sua congregação, os Dehonianos. Dom Wagner foi internado às pressas e precisou ser levado à Unidade de Terapia Intensiva (UTI) daquela casa de saúde. O religioso permaneceu internado por duas semanas, sendo que parte deste período ficou na UTI. Debilitado, ele recebeu alta hospitalar no dia 08 de fevereiro, mas precisou ser mantido em Roma para novos exames e para recuperação. O bispo de Guarapuava, então, foi levado para uma casa de sua congregação na Capital Italiana e lá permanece até hoje, à espera de liberação médica para que possa retornar para Guarapuava. Em entrevista, Dom Wagner agradeceu a todos pelas orações e disse que: “fui pescado do outro lado”. Ele também se mostrou ansioso para voltar ao Brasil e para suas atividades na diocese. O religioso destacou ainda que a lição que tira de sua doença é a de que todos precisam cada vez mais de Deus e da Sua misericórdia. Dom Wagner lamentou não ter podido participar da Festa de Nossa Senhora de Belém, em 02 de fevereiro, mas salientou que rezou e continua rezando por todos da diocese de Guarapuava em agradecimento pelo cuidado e amor a ele dispensados. Este não é um tempo comum. Vivemos a Quaresma e como cristãos, precisamos nos manter firmes nas propostas que congregam a verdadeira plenitude de amor, de luz e de paz. Em você, caro leitor, nossa razão primeira de trabalhar e de mostrar com clareza os fatos de nossa Igreja. Muito obrigado pela sua contribuição com críticas, sugestões e, principalmente com sua leitura que para nós é mais que sinônimo de prestígio, é a resposta positiva para com nosso trabalho que fazemos com amor à luz dos ensinamentos cristãos. Em nome de toda a equipe do Centro Diocesano de Comunicação (CDC), muito obrigado. Na essência de Jesus Cristo ressuscitado, o amor que germina, brota e se fortalece, ressurgindo em forma de vida plena. Feliz Páscoa! Ótima leitura!•

Obrigado!

Nesta edição, expressamos nossos sinceros agradecimentos às seguintes pessoas, empresas e instituições: Radio Vaticano (www.vaticannews.va), CNBB (www.cnbb.org.br), CNBB Regional Sul 2 (www. cnbbs2.org.br), Central Cultura de Comunicação, BBC Brasil, Richard Helmut Windfried Angert Roch, Silvonei José Protz, Pe. Antônio Aílson Aurélio, Pe. Felipe Fabiani, L’Osservatore Romano, Vatican Media, Griselda Mutual, Jackson Erpen, Pe. Marcelo de Lara, Setor de Comunicação da diocese de Apucarana, G1, Agência AFP, Cléber Mole�a, Frei Célio Ferreira, OM, e seminaristas da Diocese de Guarapuava. Agradecemos também, aos agentes da Pastoral da Comunicação (Pascom) das paróquias e comunidades que, com seus trabalhos voluntários e evangelizadores, nos ajudam a fazer, todos os meses, este jornal!

CONSELHO EDITORIAL

CENTRO DIOCESANO DE COMUNICAÇÃO BOLETIM DIOCESANO / INFORME INTERNO

Rua XV de Novembro 7466 • 4º Andar • Sala 405 Caixa Postal 300 • CEP 85010-000 • Guarapuava • PR Fone: (42) 3626-4348 jornaldiocese@gmail.com centrodiocesanoguarapuava@gmail.com

Dom Antônio Wagner da Silva, SCJ Padre Itamar Abreu Turco Padre Jean Patrik Soares José Luiz dos Santos Mauricio Toczek Vanessa Paula Pereira Ilustração da capa: Silvia Matos

Voz do Pastor Por Dom Antônio Wagner da Silva Bispo de Guarapuava

Quaresma: Tempo de encontro e de retiro “Este é um tempo onde nos aproximamos cada vez mais uns dos outros pela fraternidade. É um tempo de conversão”, sublinha Dom Antônio Wagner da Silva. Acometido por um problema de saúde enquanto participava de um encontro de sua congregação (Dehonianos) em Roma, em janeiro, o bispo de Guarapuava, Dom Antônio Wagner da Silva não pôde escrever sua coluna “A Voz do Pastor”, como sempre faz mensalmente no Jornal A Igreja na Diocese de Guarapuava, o Boletim Diocesano, edição 464, março de 2018. Mesmo assim, de Roma, o bispo falou sobre sua saúde e também deixou mensagem para a diocese e para a quaresma. Dom Wagner também agradeceu a todos pelas orações e votos de melhoras e disse que inclui todos em suas orações. “Eu estou me recuperando de vários dias na UTI, de um hospital aqui de Roma. Não sei o que aconteceu. Não sei o que poderia comentar. Mas eu sei que perdi a festa da padroeira e toda a animação que envolvia o final da MDJ (Missão Diocesana Juvenil). Porém, desta experiência, eu digo o seguinte: agradeço a Deus pela equipe médica competente que me pescou do outro lado. Agradeço a Deus pelas irmãs que me acompanharam nesta oportunidade. Agradeço pela oração e pelo envolvimento dos nossos diocesanos, principalmente aos que se empenharam nesta caminhada para a festa de Nossa Senhora de Belém. Agradeço a Deus, também, pela fraternidade dos bispos Dehonianos que foram os convocados para a reunião. Igualmente, agradeço pelo amor e dedicação dos sacerdotes da congregação e dos padres da diocese de Guarapuava que aqui trabalham e estudam, pela atenção e apoio incondicional. Eu, agora, fora da UTI, em recuperação, me sinto muito bem, graças a Deus”, sublinhou. Conforme Dom Wagner, vivemos o tempo quaresmal e este é um período propenso e aberto à reflexão sobre a vida de Jesus Cristo e também sobre nossa vivência enquanto cristãos e católicos, com compromissos firmes para com nosso próximo. “A Quaresma, este tempo de encontro, é um retiro aonde nos aproximamos mais uns dos outros pela caridade, pela oração e pelo aprofundamento da Palavra. Este é um tempo onde devemos ter presente em cada um de nós a preparação para a festa maior da Igreja. Estamos nos preparando para celebrar a alegria da ressurreição. Neste esforço, haveremos de nos olhar uns aos outros e estender a mão para aqueles que precisam de nós, de nosso amor, de nosso carinho, principalmente neste tempo em que falamos de fraternidade e violência. Eu tenho tido uma experiência muito bonita neste momento. Tenho recebido a Eucaristia, recebi as cinzas e quero aproveitar para abençoar a todos vocês que, junto comigo, estão alimentando a fé e esta caminhada bonita, em preparação para a Páscoa. Por interseção de Nossa Senhora de Belém, o Senhor os Abençoe, guarde e proteja. Que o Senhor lhes dê alegria e paz! Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo”, rogou Dom Wagner.

Editor: Padre Jean Patrik Soares (Jornalista) Diagramação: Mauricio Toczek Impressão: Grafinorte - Apucarana - PR Distribuição: Mitra Diocesana de Guarapuava Tiragem: 36.000 exemplares Fechamento da Edição: 26/02/18

É permitida a reprodução total ou parcial das matérias veiculadas no Boletim A IGREJA NA DIOCESE DE GUARAPUAVA, desde que citada a fonte.


Março - 2018

Diocese de Guarapuava

Papa Francisco “O pecador pode se tornar santo; o corrupto, não” Na missa celebrada na Casa Santa Marta, o Papa Francisco falou de Davi e Salomão e advertiu para os riscos do “enfraquecimento do coração”.

Feliz

rio á s r e Aniv Padres - Nascimento

Pe. Marcos (Marek) Szczepaniak, MIC - 01 de março Pe. Fernando Antônio Stasiak - 02 de março Pe. José Carlos de Lima, SDB - 06 de março Pe. Jozef Wojnar, SCHR - 11 de março Pe. João Rocha, IMD - 17 de março Pe. José de Paulo Bessa - 20 de março Pe. Andrzej Wojteczek, SCHR - 20 de março Pe. Jozef Tomaszko, MIC - 21 de março Pe. Aristides Girardi, SDB - 21 de março Pe. Jean Patrik Soares - 22 de março Dom Antônio Wagner da Silva, SCJ - 25 de março Pe. Nivaldo da Silva, SVD - 25 de março Pe. Frei Célio Ferreira, OM - 27 de março Pe. Adalto José Bona - 31 de março

Padres - Ordenação Pe. José Werth - 23 de março

Religiosas - Nascimento

Ir. Gertrudes Balestieri, SJC - 04 de março Ir. Raquel Medeiros, FC - 17 de março Ir. Maria Betlinki, FC - 25 de março

Religiosas - Profissão Religiosa Ir. Celita Haefliger, CSTJ - 10 de março Ir. Hulda Lia Francener, FC - 15 de março Ir. Maria de Lurdes Silva - 15 de março Ir. Sofia Stoki, FC - 15 de março Ir. Karen Danielle Klaczek, CS - 16 de março Ir. Angelina Rosa Bonfim, CS - 16 de março Ir. Ivone Burgos Eiras, SJC - 19 de março

Esquecemos alguém? Por favor nos avise: jornaldiocese@gmail.com

Davi é santo, mesmo que tenha sido um pecador. O grande Salomão é um corrupto e o Senhor o rejeitou. O Papa Francisco concentrou sua homilia de 08 de fevereiro na capela da Casa Santa Marta, sobre este aparente paradoxo. A leitura proposta pela liturgia, extraída do primeiro Livro dos Reis, fala de Salomão e de Davi. “Ouvimos algo um pouco estranho”, comentou o Papa: “o coração de Salomão não permaneceu íntegro com o Senhor, seu Deus, como o coração de Davi, seu pai”. E explica que é estranho porque de Salomão não conhecemos que tenha cometido grandes pecados, era sempre equilibrado, enquanto de Davi sabemos que teve uma vida difícil, que foi um pecador. E mesmo assim Davi é santo e de Salomão se diz que o seu coração se “desviou do Senhor” para seguir outros deuses. Ele que havia sido louvado pelo Senhor quando pediu a prudência para governar ao invés das riquezas. “Como se explica isso?”, questiona-se o Papa. O Pontífice emenda e explica que é porque Davi sabe que pecou e toda vez pede perdão, enquanto Salomão, de que todos falavam bem e que também a Rainha de Sabá quis encontrá-lo, tinha se afastado do Senhor, mas sem perceber. E aqui está o problema do enfraquecimento do coração. Quando o coração começa a se enfraquecer, não é como uma situação de pecado: você comete um pecado e percebe imediatamente: “Eu cometi este pecado”, é claro. O enfraquecimento do coração

Apostolado da Oração

é um caminho lento, que escorrega pouco a pouco, pouco a pouco, pouco a pouco… E Salomão, adormecido na sua glória, na sua fama, começou a percorrer este caminho. Paradoxalmente, “é melhor a clareza de um pecado do que o enfraquecimento do coração”, afirmou Francisco, o grande Rei Salomão “acabou corrupto: tranquilamente corrupto, porque seu coração tinha se enfraquecido.”, pontuou. E um homem e uma mulher com o coração fraco, ou enfraquecido, é uma mulher, um homem derrotado. Este é o processo de muitos cristãos, muitos de nós. “Não, eu não cometo pecados graves.” Mas como é o seu coração? É forte? Permanece fiel ao Senhor ou você escorrega lentamente? O drama do enfraquecimento do coração pode acontecer a todos nós na vida. O que fazer, então? E Francisco respondeu: “Vigiar. Vigiar o seu coração. Vigiar. Todos os dias, estar atento ao que acontece no seu coração” e depois concluiu: Davi é santo. Era pecador. Um pecador pode se tornar santo. Salomão foi rejeitado porque era corrupto. Um corrupto não pode se tornar santo. E à corrupção se chega por aquele caminho do enfraquecimento do coração. Vigilância. Todos os dias vigiar o coração. Como é o meu coração, a relação com o Senhor. E saborear a beleza e a alegria da fidelidade. Vatican News

Intenções de oração do Papa Francisco confiadas ao Apostolado da Oração (Rede Mundial de Oração).

Oferecimento diário: Deus, nosso Pai, eu te ofereço todo o dia de hoje: minhas orações e obras, meus pensamentos e palavras, minhas alegrias e sofrimentos, em reparação de nossas ofensas, em união com o Coração de teu Filho Jesus, que continua a oferecer-se a Ti, na Eucaristia, pela salvação do mundo. Que o Espírito Santo, que guiou a Jesus, seja meu guia e meu amparo neste dia para que eu possa ser testemunha do teu amor. Com Maria, Mãe de Jesus e da Igreja, rezo especialmente pelas intenções do Santo Padre para este mês.

Março: Para que TODA A IGREJA...

... reconheça a urgência da formação para discernimento espiritual, a nível pessoal e comunitário.

A Igreja Católica na internet: Se você quiser saber o que acontece na Igreja no mundo, acesse:

www.vaticannews.va Se você quiser saber o que acontece na Igreja do Brasil, acesse:

www.cnbb.org.br Se você quiser saber o que acontece na Igreja do Paraná, acesse:

www.cnbbs2.org.br Se você quiser saber o que acontece na Igreja na diocese de Guarapuava, acesse:

www.diopuava.org.br

3


4

Diocese de Guarapuava

Março - 2018

Bento XVI: “Estou peregrinando rumo a Casa”

Terra Santa teve recorde de peregrinações em janeiro e viagens continuam aumentando

Em breve carta ao jornal italiano ‘Corriere della Sera’, o Papa emérito responde às preocupações dos leitores sobre suas condições de saúde.

Também foi constatado um aumento das Missas celebradas na Basílica do Santo Sepulcro, como declarado pelo sacristão da Capela Latina, padre Auksencjusz Gad.

“Estou circundado de amor e bondade.” Papa Bento XVI

“No lento declínio das forças físicas, estou peregrinando interiormente rumo a Casa…”: é o que escreve o Papa emérito Bento XVI em uma breve carta dirigida ao jornal italiano ‘Corriere della Sera’, em resposta às preocupações e pedidos dos leitores de notícias sobre suas condições de saúde. A carta está publicada na edição de quarta-feira, dia 07 de fevereiro de 2018, na editoria de cotidiano. “Estimado Dr. Massimo Franco – escreve Ratzinger ao jornalista responsável – comoveu-me que tantos leitores de seu jornal desejem saber como transcorro este último período de minha vida. Posso dizer somente que, no lento declínio das forças físicas, estou peregrinando interiormente rumo a Casa”. “Neste sentido – continua o Papa emérito – interpreto a solicitação de seus leitores como um

acompanhamento nesta fase. Por isso, não posso que agradecer, assegurando minha oração a todos vocês”. A carta é assinada à mão. “É uma grande graça, para mim, estar circundado neste último trecho do caminho – por vezes um pouco cansativo – por um amor e uma bondade que jamais poderia imaginar”, abrevia o Pontífice. O Papa Bento XVI anunciou a renúncia ao Pontificado em 11 de fevereiro de 2013, declarando que a Sé de Pedro ficaria vacante a partir do dia 28 seguinte. Em 13 de março, o conclave elegeu como seu sucessor o argentino Jorge Mario Bergoglio, que assumiu o nome de Francisco. Vatican News

Número de peregrinações recordes na Terra Santa em janeiro, segundo o site da Custódia da Terra Santa. Foram cerca de 770 grupos, somando mais de 26 mil peregrinos. Uma tendência que teve início em 2016 e persiste até hoje, apesar das tensões na região. O diretor do Christian Information Center (Cic), padre Tomasz Dubiel, escreve que “em janeiro de 2016, 390 grupos marcaram uma Missa no Santuário, com a participação de 11 mil peregrinos. Em 2017, no mesmo período, chegaram 16 mil peregrinos, em 529 grupos, mas em janeiro de 2018, o número de grupos aumentou para 770, em um total de 26 mil peregrinos”.

EM 2017, AUMENTO DE 23% EM RELAÇÃO A 2016

Estes dados confirmam o que já havia sido revelado pelo Central Bureau os Statistics de Israel e referido pela Agência Sir: em 2017, foram registradas 3.611.800 chegadas, um aumento de 23% em relação a 2016 e de 29% em relação a 2015. “Os números dos católicos duplicaram em 2018 – diz o franciscano. Mas também estão em aumento os grupos de outras denominações cristãs que pedem para rezar nos Santuários”. Os dados do Christian Information Center – organismo da Custódia da Terra Santa que se ocupa em oferecer um serviço de informações imediatas aos peregrinos, a partir das reservas das Missas nos

Santuários – não levam em consideração os milhares de peregrinos ortodoxos que visitaram a Terra Santa para as férias de Natal, celebradas em janeiro. Também foi constatado um aumento das Missas celebradas na Basílica do Santo Sepulcro, como declarado pelo sacristão da Capela Latina, padre Auksencjusz Gad.

PAÍSES DE ORIGEM DOS PEREGRINOS

Neste período, as chegadas são principalmente da Ásia. As cifras do Cics estão em continuidade com aquelas do Central Bureau of Statistics de Israel, que para o ano de 2017 havia falado de “ano recorde”. Em primeiro lugar, permanecem os visitantes oriundos dos Estados Unidos, com 778.800 pessoas em 2017, 20% a mais em relação a 2016. Segue a Rússia (331.500), França (308.600), Alemanha (218.100) e o Reino Unido (198.500). Os apelos durante o Natal do Custódio da Terra Santa, padre Francesco Patton e do Administrador apostólicos do Patriarcado Latino de Jerusalém, Dom Pierbattista Pizzaballa, parece terem surtido efeito. “A Terra Santa sempre foi segura e os peregrinos podem vir com toda a tranquilidade. Esperamos que a tendência de crescimento se confirme para o resto do ano que recém iniciou”. Vatican News

Contra a solidão e o aluguel caro: as colegas de casa com 68 anos de diferença Florence, de 95 anos, queria enfrentar a solidão, e Alexandra, de 27, pagar um aluguel mais barato para fazer o mestrado; no fim, construíram uma grande amizade. A britânica Florence tem 95 anos. Perdeu o marido, viu os filhos se casarem e saírem de casa. Desde então, passou a enfrentar a solidão. Para ela, tudo aconteceu “de repente”. Florence é militar reformada, ex-membro da força aérea real, e costumava jogar tênis. Passou a enxergar muito pouco e a ter medo de cair. Mas em um jornal, viu um anúncio sobre idosos que dividiam casas com pessoas mais jovens. Geralmente cobram um aluguel mais barato, mas ganham companhia. Decidiu experimentar. “Eu quis morar com alguém porque estava muito sozinha. Todos precisamos de companhia”, diz, explicando porque, há dez anos, decidiu alugar um quarto em sua casa. Desde então, nunca mais ficou sem inquilino.

“Foram diferentes pessoas ao longo dos anos, e você tem que fazer um esforço. Às vezes funciona, às vezes não. No momento está funcionando lindamente. Nós ficamos bem juntas, o que me surpreende um pouco porque Alex vem do norte e sou do sul”, diz. Alex é o apelido de Alexandra, de 27 anos, a atual inquilina. Ela é estudante e veio de Newcastle, cidade do norte da Inglaterra. Chegou a Londres em setembro para fazer um mestrado. Sem conhecer ninguém na cidade, foi morar com Florence. Surpreendeu-se: ganhou também uma amiga. “Do lado prático, tem sido importante porque pude vir para Londres e estudar, senão teria sido muito difícil. Mas eu não esperava que faria uma nova amiga. Aqui é um ambiente bem familiar. Me sinto segura e não fico isolada em uma cidade que é muito grande”, conta.

Alexandra diz que as pessoas também ficam surpresas quando ela chama Florence de amiga, dada a diferença de idade entre ambas. Na Inglaterra, é bastante comum, idosos alugarem quartos em casa por um preço abaixo do mercado e, assim, conseguirem companhia. Há entidades que cadastram proprietários e ajudam a selecionar os inquilinos. Algumas exigem dez horas por semana de ajuda em casa, mais cinco horas de “companhia amigável”. Esse tipo de programa surgiu nos Estados Unidos nos anos 1970 e começou a ser adotado, também, no Reino

Unido uma década depois, de acordo com a Share and Care, uma dessas organizações que promove esse tipo de compartilhamento de casas. “Hoje há programas do tipo em diferentes lugares do mundo, incluindo França, Alemanha e Austrália”, diz o site da organização. Texto e foto: BBC


Março - 2018

Diocese de Guarapuava

Carta Apostólica do Papa Francisco: “Aprender a despedir-se” “Quem se prepara para apresentar a renúncia precisa se preparar adequadamente diante de Deus, despir-se dos desejos de poder e da pretensão de ser indispensável. [...]”, sublinha Francisco. Na manhã de quinta-feira, dia 15 de fevereiro, o Papa Francisco em uma Carta Apostólica em forma de Motu Proprio, convidou a todos os bispos e titulares das dioceses e da Cúria Romana de nomeação pontifícia a refletir sobre a importância de “aprender a se despedir”. E com esta Carta informou as novas orientações para as renúncias por motivo de idade. “Quem se prepara para apresentar a renúncia precisa se preparar adequadamente diante de Deus, despir-se dos desejos de poder e da pretensão de ser indispensável. Isto permitirá atravessar com paz e confiança tal momento, que poderia ser doloroso e de conflito. Ao mesmo tempo, quem assume na verdade esta necessidade de despedir-se deve discernir na oração como viver a etapa que está por iniciar, elaborando um novo projeto de vida, marcado por quanto seja possível de austeridade, humildade, oração de intercessão, tempo dedicado a leitura e disponibilidade a fornecer simples serviços pastorais.” Despedir-se para o Santo Padre “pode ser também um pedido de continuar o serviço por um período mais longo onde já está, renunciando, com generosidade, ao novo projeto pessoal. (…) Cada eventual prorrogação se compreende somente por motivos ligados ao bem comum eclesial. Esta decisão pontifícia não é um ato automático de governo; de consequência implica a virtude da prudência que ajudará, através de um adequado discernimento, a tomar a decisão apropriada”. Segundo o Motu Proprio, consideravelmente a mudança consiste em dizer que quando um bispo titular, após completar 75 anos, apresentar a carta de renúncia, ela não perderá a validade se não for respondida em três meses, mas deverá aguardar a resposta do Santo Padre.

No caso dos bispos da Cúria Romana ou chefes de dicastérios, com a isenção dos cardeais, não será automática a renúncia, pois deverá esperar também a confirmação do Santo Padre, no qual apresentou algumas possíveis razões, tais como: “a importância de completar adequadamente um projeto muito profícuo para a Igreja; a conveniência de assegurar a continuidade das obras importantes; algumas dificuldades ligadas a composição do Dicastério em um período de transição; a importância de contribuir que tal pessoa possa trazer a aplicação de diretrizes recentemente emitida pela Santa Sé ou por novas orientações magisteriais”. Desta forma, o Papa Francisco, no que se refere à renúncia dos bispos diocesanos e dos titulares de setores da Cúria Romana de nomeação pontifícia, contida na Rescriptum ex audientia de 3 de novembro de 2014, desejou integrar na legislação canônica estas mudanças, atualizando as normas acerca do tempo e das modalidades de renúncia ao ofício por atingir os limites da idade. O texto na íntegra, com as orientações canônicas, pode ser encontrado no site vatican.va. CNBB com informações da Vaticannews.va

Instalada a diocese de Cruz das Almas com a posse de Dom Antônio Tourinho Neto São 10 municípios, 12 paróquias e 185 comunidades que compõem a nova diocese, localizada no Recôncavo Sul da Bahia. Erigida no dia 22 de novembro de 2017, a diocese de Cruz das Almas (BA) foi instalada em 28 de janeiro de 2018, durante celebração que reuniu centenas de pessoas na praça em frente à Matriz da paróquia Nossa Senhora do Bom Sucesso, no município que dá nome à nova Igreja Particular do Regional Nordeste 3 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). A missa presidida pelo núncio apostólico no Brasil, Dom Giovanni D’Anielo, também marcou a posse do primeiro bispo da diocese, Dom Antônio Tourinho Neto. São 10 municípios, 12 paróquias e 185 comunidades que compõem a nova diocese, localizada no Recôncavo Sul da Bahia. Está a 146 quilômetros da capital Salvador (BA), cujo arcebispo, Dom Murilo Krieger, vice-presidente da CNBB, ressaltou no início da celebração o sonho dos bispos da região que desde a década de 1970 pediam a criação de várias

Diocese de Guarapuava promove quarto Encontro de Formação e Planejamento Pastoral O evento é organizado pela coordenação da Ação Evangelizadora da diocese e está previsto em calendário. Padre José Carlos Pereira, especialista no assunto, será o assessor dos trabalhos. De 09 a 11 de março, a Casa de Líderes Nossa Senhora de Guadalupe, no Bairro Santana, em Guarapuava, sedia a quarta edição do Encontro de Formação e Planejamento Pastoral em nível diocesano. “Voluntariado com responsabilidade” é o tema do curso que abordará o assunto: “Captação de Recursos na Estrutura Paroquial”. O evento é organizado pela coordenação da Ação Evangelizadora da diocese e está previsto em calendário. Para trabalhar o tema, a organização do evento convidou, mais uma vez, o padre José Carlos Pereira, especialista neste assunto. Padre José Carlos já esteve em Guarapuava em 2016 para ministrar palestra sobre planejamento. Seu trabalho foi bem aceito devido à sua metodologia de ensino de fácil compreensão, conforme os participantes. “Devemos conhecer as metodologias e aprender como elaborar um planejamento para depois, obtermos os resultados. O resultado de um planejamento é o plano. Na Igreja, o planejamento de uma comunidade deve obrigatoriamente passar pelo caminho da conversão. Sem conversão, não mudamos nada, não podemos abrir a consciência das pessoas”, ressaltou o sacerdote na ocasião em que trabalhou na diocese, há dois anos. “O encontro é uma sequência de estudos formativos em nossa diocese. Em cada palestra ou grupos de estudos, procuramos debater e trazer à luz nossas prioridades, que são os Círculos Bíblicos, a Missão e o Dízimo. Sem estes três pilares, a Igreja não se sustenta”, detalhou o coordenador da Ação Evangelizadora, padre Itamar Abreu Turco. A formação é destinada a coordenadores diocesanos para assuntos econômicos (CODAE), coordenadores paroquiais para assuntos econômicos (COPAE), além de coordenadores e responsáveis pelas capelas nas diversas comunidades da diocese e membros do conselho pastoral paroquial (CPP).

SOBRE O PALESTRANTE

José Carlos Pereira é padre passionista, teólogo pastoralista, com doutorado em Sociologia pela PUC/SP. É autor de mais de 45 livros, em diversas áreas. É membro do Núcleo de Estudos Religião e Sociedade (NURES), do Programa de pós-graduação em Ciências Sociais da PUC/SP; é articulista da Revista Paróquias & Casas Religiosas, da qual também faz parte do Conselho de conteúdo e participou das pesquisas do CERIS (Centro de Estatística Religiosa e Investigações Sociais), fazendo a análise sociológica das suas últimas pesquisas sobre a realidade do clero brasileiro. É assessor do CCM (Centro Cultural Missionário), de Brasília/DF, organismo da CNBB e ministra cursos e palestras em Paróquias e Dioceses do Brasil.

SERVIÇO

O Valor das despesas dos três dias de formação será dividido entre todas as paróquias da diocese e cobrado por boleto bancário. As inscrições podem ser feitas até o dia 05 de março, por e-mail, no endereço: denise@diopuava.org.br ou pelo telefone: 42 3623 5984, com Denise Mores. dioceses no Recôncavo. Cruz das Almas foi a última delas, antecedida por Jequié, Itabuna, Barreiras, Irecê e Camaçari. Em sua homilia, Dom Giovanni D’Anielo ressaltou que uma diocese nasce da solicitude e do amor. Dom Antônio Tourinho Neto, empossado como primeiro bispo de Cruz das Almas na mesma celebração, disse que o primeiro ano será de observação para ter o controle daquilo que a evangelização precisa. CNBB

5

“Pedimos para que as pessoas interessadas na formação façam as inscrições antecipadamente para evitar transtornos. Estamos à disposição pelo e-mail e também pelo telefone para esclarecer as dúvidas. Convidamos aos representantes das paróquias e comunidades para que participem de mais este momento de estudos”, orientou Denise.

PROGRAMAÇÃO

09/03/2018 - Início com jantar às 19h30 10/03/2018 - Continuação dos trabalhos 11/03/2018 - Encerramento às 13h00

Os participantes devem levar Bíblia, material para anotações, Cobertor, Forro de cama e material de higiene pessoal.


6

Diocese de Guarapuava

Março - 2018

Propostas para o Dia Mundial do Pobre 2018 e a CF 2019 foram debatidas por membros do Consep

Instituído em 2017 pelo Papa Francisco na conclusão do Ano Santo extraordinário da Misericórdia, o Dia Mundial dos Pobres tem sua celebração marcada para o XXXIII Domingo do Tempo Comum.

Dois temas tomaram a maior parte do tempo da reunião dos bispos que integram o Conselho Episcopal Pastoral (Consep) da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) na tarde do último dia 19 de fevereiro: Campanha da Fraternidade 2019 e o Dia do Pobre. Integram o Consep a presidência da CNBB e os presidentes das 12 Comissões Episcopais Pastorais da entidade. Instituído em 2017 pelo Papa Francisco na conclusão do Ano Santo extraordinário da Misericórdia , o Dia Mundial dos Pobres tem sua celebração marcada para o XXXIII Domingo do Tempo Comum. No Brasil, a animação e coordenação das atividades foram delegadas à Cáritas Brasileira, um dos organismos da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), por sua experiência na realização da Semana da Solidariedade. O diretor-executivo da Cáritas Brasileira, Luiz Claudio Mandela, apresentou aos bispos membros do Consep a proposta metodológica, bem como as atividades de sensibilização e mobilização para o ano de 2018, incluindo uma

atividade na 56ª Assembleia Geral, em Aparecidea (SP). A proposta é realizar atividades durante uma semana denominada de “Jornada Mundial dos Pobres”. Uma novidade, inspirada no Papa Francisco, é a realização de uma Mesa Fraterna Nacional. A proposta de trabalho recebeu emendas e sugestões dos membros do Consep. Uma delas foi de Dom Esmeraldo Barreto de Farias, bispo-auxiliar de São Luís do Maranhão e presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Ação Missionária. Segundo ele é necessário inserir, na jornada, o pobre como sujeito da Igreja e de direitos. Outro assunto debatido pelos participantes foi a primeira versão do texto mártir da Campanha da Fraternidade 2019 cujo tema é: “Fraternidade e Políticas Públicas” e o lema: “Serás libertado pelo direito e pela justiça” (Is 1, 27). Os participantes consideram que é necessário traduzir o texto, em processo de elaboração por uma equipe de especialistas, para uma linguagem mais popular. CNBB

Brasil: 154 pessoas morreram com febre amarela desde julho passado

Vale lembrar que os mosquitos silvestres têm predileção por sangue de macacos e o Aedes aegypti, pelo sangue humano. Essas preferências vêm de milhões de anos de evolução.

O Ministério da Saúde atualizou os dados sobre e febre amarela no Brasil, no dia 16 de fevereiro último, de acordo com informações repassadas pelas secretarias estaduais. Desde julho do ano passado, foram 464 casos confirmados, sendo que 154 pessoas morreram devido à infecção. Foram recebidas 1.626 notificações neste período de pacientes com suspeita de febre amarela. Os órgãos de saúde descartaram 684 casos e 478 ainda estão sendo investigados. O ciclo de contabilização dos dados é feito a partir de julho e termina em junho do ano seguinte. De acordo com o Ministério da Saúde, isso ocorre devido à sazonalidade da doença, que concentra a maior parte dos casos no verão. Neste início de ano, o país está concentrando a maior parte dos casos do ciclo atual. Em comparação com o mesmo período entre 2016 e 2017, há uma queda de 12% no número de infecções confirmadas neste ano, e de 7% nas mortes. Uma das maiores preocupações dos cientistas que estudam a febre amarela e de autoridades que tentam controlar o atual surto da doença é evitar que o vírus comece a ser transmitido nas cidades

pelo mosquito Aedes aegypti, também vetor da dengue, chikungunya e zika. A epidemiologista clínica de Porto Alegre (RS) Dra. Miriam Sommer dá algumas informações sobre o que contribui para o aumento de casos da febre amarela. Por enquanto, o Brasil só vem registrando casos de contaminação por mosquitos dos gêneros Haemagoguse Sabethes, que são silvestres - ou seja, vivem em florestas. O surto poderia ter sido pior se as pessoas estivessem sendo infectadas dentro de centros urbanos, não apenas em áreas de parques e florestas. Uma das diferenças centrais entre a febre amarela urbana e a silvestre está nos mosquitos que transmitem o vírus em cada ambiente. Vale lembrar que os mosquitos silvestres têm predileção por sangue de macacos e o Aedes aegypti, pelo sangue humano. Essas preferências vêm de milhões de anos de evolução e adaptação genética desses dois tipos de inseto. Vatican News, G1 e BBC Brasil Foto: FP

Papa aos encarcerados: reconciliação e renovação na Quaresma PADRE GIANFRANCO GRAZIOLA COMENTA APELO DE FRANCISCO AOS ENCARCERADOS, FEITO NO PRIMEIRO DOMINGO DA QUARESMA. “No início da Quaresma, que é um caminho de conversão e de luta contra o mal, gostaria de dirigir um augúrio especial às pessoas encarceradas: queridos irmãos e irmãs que estão na prisão, encorajo cada um de vocês a viver o período quaresmal como ocasião de reconciliação e de renovação da própria vida sob o olhar misericordioso do Senhor. Ele jamais se cansa de perdoar”, pede Francisco. No primeiro domingo de Quaresma, o pensamento do Papa se dirigiu aos encarcerados em todo o mundo. Durante o Angelus, o Pontífice manifestou seu encorajamento aos detentos, recordando que a Quaresma é justamente um caminho de conversão.

Para o vice-coordenador da Pastoral Carcerária Nacional, padre Gianfranco Graziola, este apelo do Pontífice é uma maneira de visualizar uma realidade em que nossa sociedade está submersa, esquecida, abandonada e tratada como caso de polícia “Como Pastoral Carcerária, sabemos do carinho e da atenção do Papa para com as periferias existenciais e particularmente com o mundo do cárcere. De fato, nas suas visitas pastorais, está bem presente. Este apelo à reconciliação e à renovação e encorajamento a viver a Quaresma, feito às pessoas encarceradas podemos interpretá-lo como uma maneira de visualizar uma realidade que em nossa sociedade está submersa, esquecida, abandonada e

tratada como caso de polícia. Além disso, Francisco, dirigindo-se diretamente às pessoas encarceradas, as coloca novamente no centro da história e da própria Igreja e o faz na perspectiva da misericórdia, que muda os parâmetros punitivistas e moralistas presentes em nossa sociedade. Com isso, ele nos diz que a superação da violência – tema da Campanha da Fraternidade deste ano – passa necessariamente para um recolocar no centro a pessoa humana como imagem do Deus criador e construtor de uma sociedade mais humana e mais fraterna”, observa Graziola. Vatican News - Foto: AFP


Março - 2018

CNBB - Regional Sul 2 - Igreja no Paraná

Diocese de Guarapuava

7

Gilvan Lopes de Lima recebe ordenação diaconal em Curitiba

Morreu Dom Agenor Girardi, bispo da diocese de União da Vitória - PR

O religioso foi o fundador do Movimento Terço dos Homens na paróquia Nossa Senhora Aparecida, em Turvo. Da diocese de Guarapuava, mais de 50 pessoas participaram da ordenação.

“Dom Agenor estava ciente do seu quadro de saúde e foi respeitada a sua vontade quanto ao tratamento, tendo sido feito todo o possível por parte da equipe médica”, diz uma nota da diocese.

Em 03 de fevereiro último, a Igreja ganhou mais um religioso. Gilvan Lopes de Lima da Congregação dos Padres Mariano (MIC), que na diocese de Guarapuava atuam em Turvo e Manoel Ribas, foi ordenado diácono. O bispo-auxiliar de Curitiba, Dom Francisco Cota de Oliveira foi quem presidiu a cerimônia de ordenação de Gilvan. Na diocese de Guarapuava, o religioso já atuou em Turvo, junto à paróquia Nossa Senhora Aparecida e é o fundador do Movimento Terço dos Homens na cidade. Segundo o agente da Pastoral da Comunicação (Pascom) daquela paróquia, Everaldo Soares, o trabalho que Gilvan desempenhou na comunidade de Turvo é de fundamental importância para a vivência cristã e sustentação da Igreja em se tratando de orações. “Em 2014, o seminarista Gilvan Lopes Lima nos apresentava uma proposta ousada, que era a de implantar o Terço dos Homens em nossa paróquia. Começamos em 2014 com poucos integrantes e os trabalhos frutificaram. O movimento cresce a cada dia e a procura por estes momentos de oração aumentam. Isto é muito gratificante. Desejamos bênçãos e muita luz nos caminhos deste nosso irmão que há muito já vive o sacerdócio e doa-se inteiramente à Igreja”, salientou Everaldo.

A diocese de União da Vitória, no Sul do Paraná está de luto. O bispo Dom Agenor Girardi morreu na noite de quinta-feira, dia 08 de fevereiro. O óbito do religioso de 66 anos foi registrado às 22h30. Segundo nota da diocese, Dom Agenor estava internado no Hospital São Brás, em Porto União (SC), e morreu vítima de um quadro infeccioso grave que evoluiu para a falência múltipla de órgãos. O bispo auxiliar de Brasília (DF) e secretário-geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Dom Leonardo Ulrich Steiner, enviou nota de condolências à diocese e aos familiares manifestando o pesar e a solidariedade fraterna da entidade. A nota ainda informa que desde novembro do ano passado Dom Agenor vivia uma maratona entre sua residência e o hospital para tratar de sua saúde. Chegou a ser internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), mas seu quadro se agravou. Os últimos dias, o bispo passou no quarto de Hospital, sendo monitorado pelos médicos e acompanhado por familiares, amigos e membros do clero da diocese. Segundo a família, Dom Agenor estava ciente do seu quadro de saúde e foi respeitada a sua vontade quanto ao tratamento, tendo sido feito todo o possível por parte da equipe médica. No final da nota, a diocese de União da Vitória “manifesta profundo pesar pela morte de seu Pastor, e rende preces a Deus pelo seu descanso na vida eterna. Em solidariedade aos familiares, amigos e fiéis diocesanos, expressa também sentimentos de conforto a todos”. O velório foi realizado na sexta-feira, 09, a partir das 7h, com missas durante o dia. A Missa de Exéquias foi rezada no sábado, 10, às 9h, na Catedral Sagrado Coração de Jesus, em União da Vitória, e presidida pelo arcebispo de Curitiba (PR), Dom José Antônio Peruzzo. O sepultamento de Dom Agenor foi às 10h30, na Catedral Sagrado Coração de Jesus.

Da cidade de Turvo, várias pessoas participaram da ordenação do religioso. Dos participantes, mais de vinte fazem parte do Movimento Terço dos Homens na paróquia. “Foi um momento muito intenso para toda nossa comunidade, sobretudo para os integrantes do Terço dos Homens de nossa paróquia. Juntos, rezemos para que o diácono Gilvan trabalhe com muita vontade e amor em favor da Igreja onde quer que ele vá. Em Turvo, na paróquia Nossa Senhora Aparecida, seremos sempre gratos por todo o serviço desempenhado em favor da comunidade”, observou Everaldo. Foto: Richard Helmuth Roch

Ponta Grossa sedia encontro com os candidatos à Missão na Guiné-Bissau Esta é a terceira vez que o evento ocorre na cidade. Durante todo o dia, os candidatos a missionários tiram dúvidas e ouvem depoimentos de quem já trabalhou no país africano.

Ponta Grossa sediou, no último dia 04 de fevereiro, um encontro com os candidatos à Missão Católica Beato Paulo VI, na Guiné-Bissau, África. Ao todo, dezessete pessoas de várias dioceses do Paraná participaram da reunião que foi conduzida por Odaril José da Rosa, coordenador do Conselho Missionário Regional (COMIRE). Os candidatos que estiveram em Ponta Grossa pretendem ir ao país africano ainda este ano e lá, se integrarem aos outros missionários que vivem e trabalham em favor daquela população. O diácono Pedro Avelino Lang e sua mulher, Salete Lang que trabalham na Missão Beato Paulo VI, também participaram do encontro e falaram da experiência e dos desafios de ser missionário em outro continente, sobretudo, em um dos países mais pobres do mundo, como a Guiné-Bissau. Este é o terceiro ano consecutivo que o Regional Sul 2 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) promove o encontro com pessoas que pretendem trabalhar na Guiné-Bissau. O evento tem

por finalidade conhecer os candidatos à missão e também proporcionar a eles o diálogo com os missionários que lá estão ou estiveram e passar algumas orientações práticas como quanto ao visto e entrada no país e passaporte. Pedro e Salete falaram sobre as atividades desenvolvidas no último ano. Eles contaram sobre a construção de uma casa que está quase pronta e terá capacidade para acolher mais dez missionários a partir de julho. Os missionários também disseram das atividades de evangelização como a formação de catequistas e a iniciação cristã em novos povoados, que lá são chamados de “tabancas”. Os presentes fizeram diversas perguntas sobre o cotidiano da vida missionária, as dificuldades existentes e coisas que precisam estar conscientes ao assumir a missão. No final da manhã, Dom Sérgio Arthur Braschi, bispo de Ponta Grossa e referencial para a dimensão missionária no Paraná, presidiu a Celebração Eucarística. Em sua homilia, fazendo referência à Palavra, ressaltou que Deus conforta os corações por meio da ação do missionário e da missionária e a raiz disso é ter um dia recebido a graça, como a sogra de Pedro que foi curada, tocada por Jesus e em seguida pôs-se a servir. Após o almoço, Dom Sérgio permaneceu junto ao grupo e, ao final do encontro, concedeu a sua benção aos presentes.

BIOGRAFIA

Dom Agenor Girardi nasceu no dia 02 de fevereiro de 1952 e era natural da cidade de Orleans (SC).

ESTUDOS

Em 1966 iniciou o ensino fundamental no Seminário Menor São José, em Francisco Beltrão e concluiu o Ensino Médio na Escola Estadual Mário de Andrade, em Francisco Beltrão, em 1974. Estudou Filosofia na Pontifícia Universidade Católica de Campinas concluindo em 1977, e formou-se em Teologia pela Faculdade de Teologia Nossa Senhora da Assunção na cidade de São Paulo, em 1982. Fez sua profissão religiosa na Congregação dos Missionários do Sagrado Coração no dia 01 de fevereiro de 1982 e foi ordenado sacerdote em 05 de setembro do mesmo ano por Dom Agostinho José Sartori. Obteve a Licença em Teologia Espiritual na Pontifícia Universidade Gregoriana, em Roma. Também fez o Curso de Espiritualidade no CETESP, no Rio de Janeiro.

TRABALHOS PASTORAIS EM PARÓQUIA E SEMINÁRIO Em 1982 foi nomeado vigário da paróquia Santa Rita de Cássia em Marmeleiro; em 1983 foi vice-diretor do Seminário São José, em Francisco Beltrão. De 1984 a 1988 foi diretor do mesmo Seminário em Francisco Beltrão e mestre de noviços em Pirassununga, durante os anos 1991 a 1995. Foi coordenador do CETESP (Centro Teológico de Estudos e Espiritualidade para a Vida Religiosa), no Rio de Janeiro no período 1996 a 1998 e superior provincial da Comunidade de Curitiba, de 1999 a 2001. Atuou como reitor do Santuário de Nossa Senhora do Sagrado Coração em Curitiba, de 1999 a 2001. Também foi vigário da paróquia São José, na cidade de Francisco Beltrão, de 2002 a 2009. Desde 2002 foi consultor da Conferência dos Religiosos do Brasil, para obtenção de orientações espirituais e exercícios de treinamento sobre a Vida Consagrada. Em 2009 assumiu como pároco da paróquia São José em Francisco Beltrão.

NOMEAÇÃO EPISCOPAL Dom Agenor foi nomeado bispo pelo Papa Bento XVI no dia 22 de dezembro de 2010 indicado como bispo-auxiliar para a Arquidiocese de Porto Alegre (RS). Sua sagração episcopal se deu no dia 25 de março de 2011, na cidade de Francisco Beltrão juntamente com Monsenhor Geremias Steinmetz. Em 02 de abril de 2015 foi nomeado Vigário Geral da Arquidiocese de Porto Alegre e Bispo Referencial para a Vida Consagrada na mesma arquidiocese.

EM UNIÃO DA VITÓRIA No dia 06 de maio de 2015, dom Agenor foi transferido pelo papa Francisco, da sede titular de “Fornos Maggiore” e do ofício de auxiliar na Arquidiocese de Porto Alegre para a Diocese de União da Vitória, tomando Posse no dia 12 de junho de 2015, solenidade do Sagrado Coração de Jesus, como 3º Bispo Diocesano de União da Vitória.


8

Diocese de Guarapuava

CNBB - Regional Sul 2 - Igreja no Paraná

Março - 2018

Padre Mário Glaab é eleito administrador diocesano de União da Vitória

Diocese de Apucarana elege administrador diocesano

Com a morte do bispo diocesano, Dom Agenor Girardi, no dia 08 de fevereiro, o governo da diocese de União da Vitória passa a ser conduzido por um padre, eleito como Administrador Diocesano.

A nomeação do administrador diocesano ocorreu por causa da transferência do bispo Dom Celso Antônio Marchiori para a diocese de São José dos Pinhais, no dia 13 de dezembro de 2017.

No dia 12 de fevereiro, o Colégio dos Consultores (grupo de padres da diocese) de União da Vitória, se reuniu para tratar da eleição do administrador diocesano, que conduzirá os trabalhos daquela Igreja Particular até a chegada de um novo bispo. Através de votação, o Colégio elegeu padre Mário Fernando Glaab para a função administrativa junto àquela comunidade. Padre Mário tem 61 anos de idade e 33 anos de sacerdócio. Natural da cidade de Porto Vitória, Paraná, atualmente é diretor do Instituto de Filosofia e Teologia Santo Alberto Magno, do Seminário Diocesano Rainha das Missões, em União da Vitória e assessor diocesano para o Ecumenismo. Trabalhou em várias paróquias de União da Vitória como: Catedral, Nossa Senhora de Fátima, Nossa Senhora do Rocio, Nossa Senhora das Dores; atuou em Porto Vitória, na paróquia São Miguel Arcanjo; em Paula Freitas, na paróquia São Carlos Borromeu, e em São Mateus do Sul, na paróquia Nossa Senhora do Perpétuo Socorro. Licenciado em Teologia Dogmática, pela Universidade Santo Tomás de Aquino (Angelicum), em Roma, padre Mário além de coordenar o Instituto, leciona no curso de Teologia nas áreas de: Mariologia, Ecumenismo, Teologia Fundamental, e Sacramentos. E no curso de Filosofia é professor nas áreas da Antropologia Filosófica, Lógica e Problemas Cosmológicos. Todo ano, na diocese, padre Mário coordena a assessoria da aula inaugural do Instituto e a Semana Teológica para o Clero. “A presidência do Regional Sul 2 da CNBB acolhe com muita alegria o padre Mário Fernando Glaab e deseja um trabalho frutuoso a frente da Diocese de União da Vitória até a chegada do novo bispo”, diz uma nota da instituição paranaense.

ADMINISTRADOR DIOCESANO

O administrador diocesano tem os mesmos poderes e obrigações do bispo diocesano, em tudo o que não for próprio da natureza e do caráter do bispo, não podendo, por exemplo, ordenar um diácono ou padre, isso porque, para a ordenação requer-se caráter episcopal. O administrador diocesano deve residir dentro do território da diocese e seu governo cessará com a posse do novo bispo. Quanto ao tempo de governo, este durará quanto for preciso para que se providencie um novo bispo para a sede vacante. Com a morte, transferência ou renúncia de um bispo, a diocese fica como Sé Vacante. Nesses casos, o grupo de padres que quando tem o bispo na diocese é chamado de Conselho Presbiteral, passa a ser, sem o bispo, Colégio dos Consultores. Na falta do bispo em uma diocese, pelo Direito Canônico, (Código de Leis da Igreja), o Colégio tem oito dias, após a vacância da diocese, para se reunir e eleger o administrador diocesano. Caso não o faça dentro desse prazo, caberá ao arcebispo metropolitano escolher. Em se tratando da própria sede metropolitana, caberá ao sufragâneo mais antigo pela promoção, e não por idade, fazer tal escolha. Sem a presença de um bispo na diocese, ou seja, com a Sé Vacante, é cessado também o poder do vigário geral e do vigário episcopal. Em todo o período da vacância, é indicado que todos os fiéis rezem por aquele que virá como novo bispo, mesmo ainda sem tê-lo definido, pois é importante que a Igreja em particular (diocese) reze pelo seu novo e futuro pastor. Padre Marcelo de Lara Setor de Comunicação Diocese de União da Vitória - PR

No dia 19 de Fevereiro de 2018, o Colégio de Consultores da diocese de Apucarana reuniu-se extraordinariamente para proceder à eleição de um administrador diocesano que irá conduzir em comunhão com o Colégio de Consultores aquela Igreja Particular, no período de Sé Vacante. O padre João Ozório de Oliveira, vigário-geral e pároco da paróquia Santíssima Trindade de Arapongas (PR) foi eleito por maioria qualificada de votos. Ele iniciou seus trabalhos no mesmo dia da eleição. “Pedimos à nossa Mãe Padroeira, Nossa Senhora de Lourdes, que interceda pela missão do padre João Ozório a fim de que possamos, em unidade cristã trabalhar em prol de nossa diocese”, diz uma nota da assessoria de comunicação da diocese.

BIOGRAFIA

João Ozório de Oliveira é filho de José Ozório de Oliveira e Geralda Borges de Oliveira. Nasceu em Campanha, Sul de Minas Gerais, no dia 04 de março de 1954. Em 1966 migrou-se com a família para o Paraná, fixando residência em Sete de Maio, município de Cambira, onde concluiu o primário iniciado em Minas Gerais e por diversas vezes interrompido devido às constantes migrações da família. Em 1970 entrou para o seminário menor da congregação dos irmãos do Sagrado Coração de Jesus em Marília, Estado de São Paulo, onde fez o curso ginasial e iniciou o curso colegial. Em 1975 o curso foi interrompido para o ano de noviciado em Campanha, Minas Gerais. No final desse mesmo ano deixou o noviciado e mudou-se para Apucarana. Fora do seminário trabalhou como auxiliar de escritório na empresa Armarinhos Paraná, período em que concluiu o Segundo Grau no então Colégio Sete de Setembro de Apucarana e marca sua entrada no Seminário Diocesano de Apucarana. Em 1977 Dom Romeu Alberti, então bispo de Apucarana o nomeou ministro extraordinário de diaconia e o instituiu leitor e acólito. Em 1978 iniciou o triênio filosófico no recém-fundado Instituto Filosófico de Apucarana. Paralela à formação intelectual, realizou diversos

estágios pastorais em Sete de Maio, Jardim Trabalhista em Apucarana, Ivaiporã, Mauá e Caixa São Pedro. Em 1980, após ter terminado o curso filosófico, Dom Romeu Alberti o nomeou ministro da paróquia Nossa Senhora de Guadalupe em Arapongas. Assumiu também nesse período como professor de tratado de lógica Formal do Instituto Filosófico de Apucarana. Em setembro de 1981 foi enviado a Roma para o curso teológico de onde retornou em outubro de 1984 Bacharel em teologia na Pontifícia Universidade Gregoriana de Roma. No dia 26 de janeiro de 1985 foi ordenado diácono na Paróquia São José de Cambira e no dia 23 de março daquele mesmo ano ordenado presbítero por Dom Domingos Gabriel Wisniewski. De março a agosto de 1985 foi vigário paroquial de Jacutinga assumindo em seguida, como pároco, Santo Inácio, Santa Inês e Cafeara, onde ficou até janeiro de 1986, para então assumir como Reitor do Seminário Menor Diocesano. Neste período, além de Reitor, foi diretor de estudos e professor no IFA, também nomeado pároco de Aricanduva e vigário cooperador na Catedral e assessor diocesano da Pastoral da Juventude. Em janeiro de 1988 foi nomeado reitor de seminário maior – IFA – continuando com as atividades de professor no Seminário e pároco em Aricanduva. Em 1991 deixa a reitoria do IFA e assume a paróquia Nossa Senhora Aparecida de Rio Bom e continua professor e diretor dos estudos. Funções que exerce até hoje. Em 1994, atendendo ao pedido de Dom Domingos foi enviado a Roma para fazer o Mestrado na Pontifícia Universidade Gregoriana. Em sua tese, trabalhou Max Scheler com o argumento “o método Fenomenológico e a Teoria dos valores em Max Scheler”. Em 1997 recebeu o título de Mestre em Filosofia Sistemática, área da Ética. No final de 2011 Dom Celso o nomeou chanceler da diocese de Apucarana, passando a assumir essa função em 02 de janeiro de 2012, 2011 a 2014 membro da Comissão Regional de Presbíteros, em 02 de janeiro de 2017 nomeado vigário-geral da diocese de Apucarana e também vice-reitor do Seminário de Teologia Nossa Senhora de Lourdes em Londrina, membro do Conselho Diocesano de Presbíteros da diocese de Apucarana e membro do Colégio de Consultores da diocese de Apucarana, membro da Equipe Pró Diaconato e membro da Equipe de Formadores da diocese de Apucarana. Continuou como pároco em Rio Bom até 04 de abril de 2012, quando em missa na Catedral Nossa Senhora de Lourdes, em Apucarana, Dom Celso Antônio Marchiori o nomeou pároco da paróquia Santíssima Trindade de Arapongas. Padre João Ozório tomou posse em celebração realizada no dia 06 de maio de 2012. Regional Sul 2 com assessoria de comunicação da diocese de Apucarana


Março - 2018

Diocese de Guarapuava

CÂNDIDO DE ABREU: Centenário de Evangelização

Cem anos da presença da Igreja em Cândido de Abreu e formação da coordenação catequética são destaques na paróquia Senhor Bom Jesus.

IGREJA E PRESENÇA

Em 2019, a Igreja comemora cem anos de sua presença em Cândido de Abreu. Para celebrar o momento, uma vasta programação vem sendo preparada por parte da paróquia Senhor Bom Jesus, ainda este ano, com o intuito de reforçar a importância daquela comunidade para os moradores. Em clima de celebração, uma novena em honra a São Sebastião (festejado pela Igreja em 20 de janeiro) foi realizada de 26 de janeiro a 03 de fevereiro. Durante os nove dias de celebração na matriz, houve encenações teatrais, exibições de vídeos, bem como explicações por parte dos moradores mais antigos, sobre como tudo começou em se tratando de Igreja naquela região. O ato, conforme os coordenadores paroquiais; tem por objetivo reviver os instantes passados, com foco no futuro. “Os paroquianos puderam perceber o quão rica é nossa Igreja em se tratando de história e de benfeitorias em favor de quem mais precisa. Nota-se um grande e necessário amadurecimento da comunidade com o passar de um século”, destaca a Pastoral da Comunicação (Pascom) em nota.

CATEQUES

Em preparação para o ano catequéticos na paróquia, Senhor Bom Jesus, em Cândido de Abreu, no último dia 04 de fevereiro, houve uma missa de envio. Na ocasião, o pároco local, padre Zdzislaw Nabialczyk rezou pelos novos coordenadores e destacou a importância da catequese para o crescimento espiritual de uma comunidade. Com experiência de longos anos na colaboração com a catequese na paróquia, Sofia Walecki foi eleita coordenadora-geral. Além dela, também receberam o envio, Rosa Gaspareto Valentim, Elizeu Valentim, Maria de Lourdes Moser, Antonia Ossak Cordeiro, Joselia dos Santos e Maria Rosinei Weber Valentim. Os trabalhos de preparação dos catequistas começaram no dia 20 de janeiro, com formação na comunidade de Palmital I. Depois, as comunidades de Três Bicos e Capinzal também acolheram os formandos. Nova regra paroquial para se receber os sacramentos, dinâmica de grupos, leitura de textos motivacionais, além de explicações acerca do Catecismo, foram os assuntos estudados durante a formação.

9

LUTO: Na antevéspera do Natal, morre o pároco de Rio Branco do Ivaí, padre Roman Ceglarski Padre “Romano” como era conhecido por todos, era polonês e vivia há muitos anos no Brasil. De acordo com informações do Hospital Bom Jesus, de Ivaiporã, o sacerdote morreu de causas naturais. Uma notícia deixou todos da diocese de Guarapuava muito tristes na antevéspera do Natal de 2017. Morreu, no dia 23 de dezembro, o pároco da paróquia Imaculada Conceição, em Rio Branco de Ivaí, padre Roman Ceglaski. De acordo com informações do Hospital Bom Jesus, da cidade de Ivaiporã, padre Roman morreu de hemorragia intestinal. Ele tinha 60 anos de idade e era polonês. O velório do religioso reuniu centenas de pessoas do Paraná e de outros Estados que foram até Rio Branco do Ivaí para prestar a última homenagem ao sacerdote. O sepultamento foi realizado dentro da matriz, às 16 horas, do dia 25 de dezembro de 2017. Dom Antônio Wagner da Silva, bispo da diocese de Guarapuava, emitiu nota de pesar à família e aos paroquianos de Rio Branco do Ivaí. “Eu me sinto profundamente consternado com a páscoa do padre Roman, Romano como era conhecido carinhosamente por todos. Rezo pelo conforto da família e para que Deus, em sua infinita bondade, acolha sua alma bondosa. A nós, resta o consolo de sabermos que padre Roman está agora ao lado do Pai, um lugar em que todos nós almejamos e esperamos merecer. Condolências à família enlutada”, destacou Dom Wagner em nota emitida na noite de sábado, dia 23 de dezembro, logo após a notícia da morte do pároco.

Padre Roman Ceglarski Y20-08-1957 U23-12-2017

Diocese de Guarapuava celebrou mais uma edição da Festa da Padroeira

No dia 11 de novembro deste ano, a Catedral Nossa Senhora de Belém, em Guarapuava, completa seus duzentos anos de fundação. No último dia 02 de fevereiro, a diocese de Guarapuava Comemorou mais uma edição da festa da padroeira, Nossa Senhora de Belém. Milhares de pessoas participaram da missa pela manhã na Catedral, seguida de uma procissão pelas ruas no entorno da igreja. A celebração foi presidida pelo bispo emérito de Guarapuava, Dom Giovanni Zerbini. Durante a missa, Dom Giovanni e também o vigário-geral da diocese, padre Acácio Evêncio de Oliveira, pediram orações pelo bispo de Guarapuava, Dom Antônio Wagner da Silva, que na ocasião, estava hospitalizado em Roma, devido a uma complicação de pneumonia pela qual foi acometido enquanto participava de um encontro de sua congregação naquela cidade, os Dehonianos. Padres de várias paróquias também participaram da missa que durou mais de duas horas e emocionou os presentes. Às 11h30, a tradicional queima de fogos mobilizou a cidade. A festa durou o dia todo, com almoço, brincadeiras, barraquinhas de doces e salgados. Às 19 horas, uma missa encerrou as comemorações. “Hoje é um dia para festejar nossa padroeira e, em união participar das atividades da nossa Igreja.

Obrigado a todos os que se juntaram a nós durante a preparação desta festa tão bonita e importante para nossa diocese”, observou o coordenador do Centro Diocesano de Comunicação (CDC), padre Itamar Abreu Turco na ocasião. Este ano, o tema escolhido para os festejos foi: “Duzentos anos, aprendendo com Maria”, em celebração aos duzentos anos de fundação da Catedral de Guarapuava, enquanto paróquia.

DUZENTOS ANOS

No dia 11 de novembro de 2018, a Catedral Nossa Senhora de Belém, em Guarapuava, completa seus duzentos anos de fundação. Por noventa e sete anos, a partir do momento em que foi instituída, a comunidade paranaense era a maior paróquia do Estado, sendo elevada à condição de Catedral no dia 16 de dezembro de 1965, quando então, através da Bula “Christi Vices”, era criada a diocese de Guarapuava. E os dois séculos de existência desta que é, atualmente, a maior diocese do Paraná, já estão sendo comemorados com muita festa desde novembro de 2017, quando então, se iniciaram os festejos jubilares.


10

Diocese de Guarapuava

MDJ

Março - 2018

Etapa 2018 da Missão Diocesana Juvenil (MDJ) é realizada em Guarapuava Por dois anos (2018 e 2019), no mês de Janeiro a paróquia Nossa Senhora de Fátima, em Guarapuava, acolhe a MDJ. Nesta ocasião, realizar missão em ambiente urbano é o grande desafio. De 20 a 28 de janeiro de 2018, a paróquia Nossa Senhora de Fátima e São Carlos Borromeu, em Guarapuava, acolheu a sétima edição da Missão Diocesana Juvenil (MDJ). Este ano, a experiência foi a de promover a Missão em ambiente urbano. Os trabalhos missionários de visita aos moradores no território da paróquia, nesta oportunidade, foram desenvolvidos na terceira semana de janeiro, período de férias estudantis. A MDJ 2018 teve como lema: “Fazei tudo o que Ele vos disser” (Jo 2,5) e contou com a participação efetiva de 184 jovens das diversas paróquias e comunidades da diocese. Também atuaram na semana de missão, os padres Sebastião Gulart, Adalto Bona, Valdecir Badzinski, além do pároco local, padre Carlos de Oliveira Egler. Outros padres da diocese também colaboraram nas celebrações e animações da MDJ. Grupos de 16 e 18 missionários visitaram dez setores, quatro em áreas urbanas e seis em localidades rurais de abrangência da paróquia. No dia 20 de janeiro, início dos trabalhos, os jovens foram recebidos na matriz, onde teve a “Manhã de Espiritualidade”, um momento de concentração para os desafios da missão.

A MDJ, no entanto, tem duração de dois anos em cada paróquia e, neste período, além dos trabalhos de evangelização, também há a oportunidade de avaliação de todos os pontos trabalhados. A sexta edição do evento foi realizada na paróquia Santo Antônio de Pádua, em Rio Bonito do Iguaçu nos anos de 2016 e 2017. O intuito dos trabalhos da MDJ é envolver o maior número de pessoas possível em prol da renovação dos compromissos cristãos e humanos. A ideia, conforme a Pastoral Juvenil; é promover discussões e desenvolver projetos que beneficiem a comunidade que recebe a missão em seus vários setores, mas sem perder o foco evangelizador dos serviços. Também de acordo com a Pastoral, há um crescimento pessoal expressivo para os jovens missionários com base na convivência e percepção de valores humanos e novas realidades que, por vezes, estão à volta, mas que não são notadas.

“A cada edição dos trabalhos, há um grande aumento no número de jovens querendo participar. Isto nos alegra, mas também nos aponta que precisamos ter responsabilidades e compromissos firmes em relação às tarefas que desenvolveremos e também aos objetivos dos nossos trabalhos que visam unir a Igreja”, contou Felipe Geraldo Madureira, coordenador da Pastoral Juvenil na diocese. Músicas, dinâmicas, brincadeiras, pregações da Palavra, vigília e celebrações de missas fizeram parte da primeira etapa missionária. Os serviços contaram com muitos voluntários, conforme os organizadores, que prepararam os missionários e também deram apoio espiritual e logístico durante a semana de MDJ. Para o administrador da paróquia Nossa Senhora de Fátima, padre Carlos de Oliveira Egler, acolher a MDJ na

comunidade, foi sinônimo de grande satisfação, pois conforme grifa, é uma oportunidade única e valiosa para se praticar a evangelização e promover a partilha junto às pessoas. “A MDJ é uma proposta evangelizadora que envolve a juventude, a família e a comunidade. Este é o décimo terceiro ano de missão em nossa diocese e já podemos contabilizar, com alegria, seus resultados positivos. Toda missão injeta novo ânimo nas comunidades que, desde os encontros de preparação para os trabalhos, vive intensamente a partilha, a solidariedade e a perseverança”, observou o sacerdote.

ENCONTROS DE PREPARAÇÃO

Desde o encerramento das atividades da MDJ anterior, as equipes passam a se reunir para planejar a nova Missão. Este é um trabalho que não pode parar, segundo destaca a coordenação, pois caso isso ocorra, há perdas em tudo o que foi desenvolvido até então. Os encontros de preparação, de acordo com os organizadores, têm por objetivo detalhar o que vai ser trabalhado ao longo das duas etapas da MDJ, mas também motivar os jovens para que se sintam em constante missão, repassando aos outros missionários seus conhecimentos e partilhando das experiências vividas.

Experiências Missionárias Participantes da MDJ 2018 falaram das experiências adquiridas com os trabalhos e reforçaram a importância da Missão tanto para quem realiza quando para quem recebe a visita dos missionários. “Foi uma semana muito abençoada e tranquila. Tivemos muitos frutos e pudemos perceber a alegria dos jovens em doar a sua vida em prol do Reino de Deus e de Seu projeto. Com isso eles apresentam uma face jovem do rosto de Deus, eles mostram uma Igreja viva e com um grande potencial em mostrar-se também o jovem. Sem dúvida, é muito gratificante ver os jovens sorrindo enquanto fazem missão, e chorando de alegria e também com sentimento de saudade durante a missa de encerramento. É muito gratificante perceber que os jovens conseguiram realizar uma experiência de Deus durante a semana de missão e que conseguiram não só transmitir isso, mas levaram outras pessoas à mesma experiência. A MDJ, mais uma vez foi exitosa em seu objetivo de evangelização juvenil. Estamos muito contentes com a edição de 2018. Foram muitas bênçãos”. Felipe Geraldo Madureira “Fui para a MDJ pela primeira vez. Voltei com uma bagagem de aprendizado tanto na espiritualidade quanto na convivência com os outros missionários. Fiquei no setor Marrecas e Matinhos. Logo na chegada, percebemos a grande e bela acolhida. Todos da comunidade já estavam nos esperando. Um momento que mexeu muito comigo, foi na noite da vigília, onde eu pude sentir a presença e o beijo de nossa mãe, Maria. Agradeço a todas as famílias das comunidades que visitei. Agradeço aos padrinhos, madrinhas e aos anjos dos grupos. Se Deus quiser, quero participar das outras etapas”. Altemio Ferreira, de Rio Bonito do Iguaçu

“Uma nova experiência que jamais irei esquecer. Para quem só fez missão no interior, chegar à cidade e ser recebido do modo que fomos, é gratificante. A missão nos chama e nos desperta para muitas vocações. Ela acende novas luzes no coração do jovem. O amor pela missão é o mesmo amor que Cristo teve por nós ao dar sua vida na cruz”. Orlei Lima, de Candói

“Não há palavras para descrever o que foi essa missão. Foi um grande aprendizado que levarei para a vida toda. Serei eternamente grata a Deus por ter me proporcionado viver esta experiência maravilhosa de fé. Nessa missão eu me reencontrei na fé, pois eu estava deixando minha chama apagar, no sentido da oração. Era gratificante chegar toda noite, mesmo muitas vezes cansados, com sono, mas Deus nos dava força de rezar o santo terço e, com isso, voltei a sentir o amor de Deus por nós. E a palavra que resume essa MDJ é Gratidão”. Suelen Taís Joas de Oliveira, de Pitanga

“Foi uma experiência muito proveitosa, totalmente diferente das outras etapas que participei, pois fiquei na cidade dessa vez. Conheci realidades que coincidem mais com a que a gente vive no dia a dia, pelo fato de morar na cidade também. Conheci pessoas de diferentes classes, formei família com pessoas de cidades distintas, realizando atividades que me fizeram mudar algumas atitudes! Foi uma missão e tanto. O objetivo era evangelizar, e acabei sendo evangelizado, foi divino, que venha 2019”. Yuri Rocha, de Candói

“Ser igreja é sair de casa e ir cada vez mais longe levando o Evangelho nos lugares mais inesperados. Fazer parte da MDJ é levar juntamente com o Evangelho, a alegria de ser jovem, para deixar marcas profundas por onde passar. Neste ano de 2018, estar no Setor Rio do Corvo mostrou ainda mais a importância do jovem trabalhando para o bem da comunidade católica e também de outras religiões. Nosso trabalho vai além do que imaginamos”. Maria Elisa Krutsch Ribeiro, da paróquia Divino Espírito Santo, em Guarapuava “Esse foi meu terceiro ano de missão e, sem duvida alguma foi um ano que vai ficar marcado na memória. Tive o imenso prazer de trabalhar no setor Morro Grande. Lá, notei a alegria das pessoas em receber os missionários. Foi uma troca de experiências e de muitas orações. Estou ansioso para a nova etapa”. João Willian Oliveira, da paróquia São Luiz Gonzaga, em Guarapuava

“Fazer parte da MDJ é ir ao encontro de Cristo que nos chama no coração daqueles que nos recebem. Quando saímos de nossas casas para ir a um lugar onde não conhecemos, Jesus passa à nossa frente e prepara milhares de pessoas para nos receber, porque não vamos para falar de algo novo, vamos apenas para reavivar o mesmo Cristo que já se encontra naquele lugar. Com a etapa de 2018, o setor Rio do Corvo pôde perceber que, não somos pessoas separadas e que caminhamos sozinhos, nós somos a Igreja de Cristo que carrega uma grande Cruz, mas carregamos juntos. Eu sou Igreja, você é Igreja, somos a Igreja do Senhor. Irmão vem e ajuda, irmã vem e ajuda a edificar a Igreja do Senhor”. Seminarista Nicolas Thanrique, de Laranjal “A palavra que define a participação na Missão Diocesana Juvenil é gratidão. Durante a semana de missão, levamos para as pessoas a palavra e o amor de Deus e em troca, recebemos inúmeras graças e uma grande bagagem de conhecimentos. Aprendemos muito com todas as pessoas da comunidade e também com os irmãos missionários do grupo”. Criseli Matias, de Boa Ventura de São Roque

facebook.com/mdj.missaodiocesanajuvenil


Março - 2018

Diocese de Guarapuava

11

GUARAPUAVA: Paróquia Sant’Ana em preparação para o Jubileu de Ouro Em celebração aos cinquenta anos de fundação, a paróquia Sant’Ana, em Guarapuava, preparou uma programação diversificada. Novena e atividades lúdicas fazem dos festejos. No dia 10 de março de 2018, a paróquia Sant’Ana, em Guarapuava, comemora cinquenta anos de sua fundação. Para celebrar o momento especial, o tema escolhido foi: “Paróquia Sant’Ana, 50 anos de evangelização”. Desde o dia 25 de outubro de 2017, durante a festa da padroeira, os festejos jubilares foram lançados. A partir de então, uma vasta programação passou a ser planejada pelos coordenadores de pastorais e movimentos da paróquia, com o intuito de deixar ainda mais bonita a comemoração pelo meio século de existência desta que foi a primeira paróquia fundada pela diocese de Guarapuava. Conforme o administrador paroquial, padre Itamar Abreu Turco, o

momento é de muita alegria pela vivência do ano jubilar. “Sant’Ana foi a primeira paróquia criada pela nossa diocese. O tempo passou e muita coisa mudou. A cidade cresceu e a Igreja se torna cada vez mais necessária na vida das pessoas. Por isso, este meio século de existência de nossa paróquia é uma oportunidade única para se celebrar e viver o Jubileu em sua plenitude. Começamos nossa preparação já no ano passado, pois tudo isso demanda dedicação e tempo. Por isso, este é o momento de fortalecermos nossos vínculos familiares e de celebrar a vida e a união. Estamos em festa e convidamos a todos para que venham celebrar conosco”, destacou padre Itamar.

“Nosso povo, nossa fé, nossa missão!” Igreja viva fazendo história. HISTÓRIA A paróquia Sant’Ana foi criada no dia 10 de março de 1968, com cerimônia presidida pelo primeiro bispo diocesano de Guarapuava, Dom Frederico Helmel, da Congregação Sociedade do Verbo Divino (SVD). O Primeiro Pároco a assumir os trabalhos foi padre Henrique Daniel’s, também da mesma congregação que o bispo. A paróquia Sant’Ana foi a primeira criada por Dom Frederico. Em princípio, seus padres passaram a atender 44 Capelas espalhadas pela

cidade e interior do município. Destas, quatro ficavam em Guarapuava e outras quarenta, nos o distritos de Turvo (hoje, município) e Guairacá. Em seus cinquenta anos de existência, a Paróquia Sant’Ana continua passando por mudanças constantes e várias reestruturações. A cada momento, oportunidades de evangelização e de inserção social são criadas. Como fonte inesgotável de fé e caridade, esta Comunidade é sinônimo de alegria para toda a diocese de Guarapuava.

Membros do Terço dos Homens de Turvo participam de Romaria Nacional em Aprecida (SP) Esta é foi a décima edição da Romaria e reuniu mais de setenta mil pessoas, conforme e coordenação do Santuário Nacional. De Turvo, foram vinte membros do Terço dos Homens e seus familiares.

Mais de setenta mil pessoas de todo o Brasil participaram, no último dia 17 de fevereiro, da Romaria do Terço dos Homens, no Santuário Nacional de Aparecida, em São Paulo. Esta foi a décima edição do evento e, segundo informações da Basílica todos os anos há um número maior de participantes. Missas, procissões e reza do terço fazem parte da programação dos devotos que saem de suas cidades dos diversos pontos do país e se concentram naquele santuário para pedir e agradecer por graças alcançadas. O tema deste ano foi “Terço dos Homens, em Comunhão com as Vocações, resgatando Famílias”. O assunto promoveu muitas reflexões, segundo os participantes, uma vez que a preocupação para com a manutenção da família é tarefa de todos os cristãos. Da paróquia Nossa Senhora Aparecida, em Turvo, vinte pessoas, juntamente com suas famílias viajaram até o Santuário Nacional para se somar aos milhares e celebrar a décima edição da romaria. Segundo o agente da Pastoral da Comunicação (Pascom) e membro do Terço dos Homens em Turvo, Everaldo Soares, a romaria foi uma grande oportunidade

de reflexão e de oração em favor de todas as famílias. “Os participantes viajaram com seus familiares até Aparecida e foi um dos melhores encontros. Além das orações, a trocas de experiências, também foi possível renovar os compromissos cristãos de manutenção e zelo para com as famílias”, destacou Everaldo. O grupo Terço dos Homens de Turvo completa quatro anos de sua fundação em junho deste ano. Esta é a terceira vez que os membros vão até Aparecida para participar da Romaria Nacional. “Este é um momento muito especial para todos nós, membros do Terço dos Homens de Turvo. Em junho, completamos quatro anos de fundação. Agradecemos imensamente à iniciativa do fundador, o diácono Gilvan Lopes Lima, que foi ousado em sua iniciativa e plantou uma semente que já vem dando muitos frutos”, sublinhou Everaldo. Uma vigília que teve início às 23h em 16 de fevereiro seguiu pela madrugada na Capela São José e no Altar Central e continuou pela manhã de sábado, 17. Às 7h30 houve uma missa campal na área externa da igreja. A celebração foi um dos destaques da programação, assim como a reza do terço, às 14h. As atividades foram encerradas às 15h30, quando os romeiros retornaram para suas casas.


12

Diocese de Guarapuava

Março - 2018

Paróquia de Pinhão realiza primeira Escola de Fé e Política na cidade

O curso tem duração de nove meses e a data prevista para o encerramento das aulas é dia 27 de novembro de 2018. Começa no dia 06 de março deste ano, a Escola de Fé e Política em Pinhão. O curso é o primeiro na cidade e tem por objetivo propor reflexão sobre conteúdos multidisciplinares, de caráter ético, filosófico e sociológico para contribuir na construção da cidadania, valorizando critérios cristãos e visando uma nova cultura política. A Escola de Fé e Política é realizada através de uma parceria entre a paróquia Divino Espírito Santo, a diocese de Guarapuava, e o departamento de Filosofia da Universidade Estadual do Centro Oeste (Unicentro), em conjunto com o curso de extensão na área de Ciência Política (Edição Especial). O curso tem duração de nove meses e a data prevista para o encerramento das aulas é dia 27 de novembro de 2018.

Conforme Nelmo Cassiano Kitcki, membro da comissão organizadora, o evento é uma grande oportunidade de aprendizado em se tratando de fé e política. Conforme sublinha, este é um período propenso às reflexões e entendimentos tanto sobre política quanto em questões da Igreja. SERVIÇO As aulas serão ministradas todas as terças-feiras, das 19h às 22h, no Salão Catequético da paróquia Divino Espírito Santo. Informações sobre inscrições ou vagas remanescentes, podem ser obtidas pelos telefones: (42) 3677-1122 ou (42) 99938-7955.

MANOEL RIBAS: Missa especial marca encerramento da Novena de Páscoa

A celebração será na matriz, no dia 23 de março, às 19h. Todos são convidados a levar um quilo de alimento não perecível. As arrecadações serão destinadas às famílias pobres da paróquia. A paróquia Santo Antônio, em Manoel Ribas, promove uma missa solidária para marcar o encerramento das Novenas da Quaresma. A celebração especial será no dia 23 de março, às 19h, na matriz, com a participação de todos os grupos de novena das comunidades da paróquia. Todos são convidados a participar, conforme os organizadores do evento católico. Segundo Vera Lúcia Gallo, responsável pela Pastoral da Comunicação (Pascom) na paróquia, haverá a participação de diversos grupos de Pastorais e Movimentos da comunidade e, como gesto concreto, cada pessoa que for à missa é convidada a levar um quilo de

alimento não perecível. As arrecadações serão distribuídas às pessoas carentes da cidade. “Será um momento muito bonito para a paróquia de Manoel Ribas. Cada um que for a esta celebração especial, é convidado a levar um quilo de alimento como gesto concreto. Toda a arrecadação será destinada à Pastoral Social que fará a distribuição dos alimentos às famílias carentes de nossa cidade. Este é um tempo de reflexão e partilha. Um tempo de amor. Durante a missa especial, podemos pensar na Campanha da Fraternidade que este ano, fala do combate e superação da violência. Contamos com a presença de todos”, convidou Vera.

Guarapuava sedia primeiro encontro diocesano de Catequese de 2018 O evento foi realizado na Casa de Líderes Nossa Senhora de Guadalupe e teve a coordenação do vigário da paróquia Sant’Ana, padre João Inácio Kolling. Mais de 90 pessoas participaram. A Casa de Líderes Nossa Senhora de Guadalupe, em Guarapuava, sediou o primeiro encontro diocesano da Catequese de 2018. O evento que reuniu mais de 90 pessoas foi realizado no último dia 17 de fevereiro. O vigário da paróquia Sant’Ana, em Guarapuava, padre João Inácio Kolling, conduziu os trabalhos e teve apoio da coordenadora da Catequese no Decanato Centro da diocese, Joelma de Fátima Alves de Souza. Conforme disse Joelma em entrevista à Central Cultura de Comunicação, o encontro estava previsto em calendário e serviu como fator motivador para os catequistas e coordenadores da Catequese nas paróquias. Ela também destacou que o número de participantes surpreendeu a organização do evento. “O encontro estava previsto em calendário desde o ano passado. Esperávamos cerca de 60 participantes e vieram mais de 90, entre coordenadores e catequistas. Este é um número ótimo e serve de motivação para todos nós. Esperamos e acreditamos que cada um dos presentes leve o melhor deste trabalho para suas comunidades e que disseminem este conhecimento a todos à sua volta. Este encontro foi uma forma de unir os decanatos e juntos, caminharmos da melhor maneira com a Catequese em nossa diocese”, comemorou Joelma. Padre João Inácio, por sua vez, contou que trabalhar o tema foi uma experiência muito proveitosa. Ele ministrou o curso embasando a Catequese com a antropologia. Segundo o sacerdote, a proposta apontou novos caminhos e possibilitou melhor entendimento por parte dos coordenadores e catequistas que lá estavam. “Primeiramente, surgiu a proposta de se relacionar catequese com antropologia. A antropologia é uma ciência que estuda o homem e sua manifestação cultural e, como a catequese está neste contexto (cultural) e se vale destes valores, ela vive, atualmente, uma crise. A

cultura está em crise. A antropologia permite avaliar alguns elementos de leitura, de visão de mundo que movem as pessoas e permitir que estas, mesmo os catequistas, tenham uma visão muito aberta diante destes conflitos que se apresentam”, indicou padre João Inácio. O sacerdote também observou que atualmente há várias tendências dentro da sociedade e que muitas das pessoas, sobretudo os jovens, enveredam por estes caminhos e os resultados nem sempre são bons para as pessoas e também para a Igreja. “Há uma tendência fundamentalista muito forte hoje, de se voltar para o passado, de cultuar e viver de maneira diferente, desde vestes, discurso e modo de ser. Mas também há a tendência de se viver no futuro, de gente que quer tudo novo, tudo diferente. E há também, a pessoa que vive o hoje, o presente, sem buscar nada, sem pensar no futuro, nem no passado. Estas pessoas querem curtir e deixar fluir o ‘aqui e agora’, sem preocupação com nada. Isto também pode gerar o caos na sociedade. Dentro disso, de toda esta situação, a Catequese deve ter isto diante de si para que o jeito de Cristo possa fermentar alguma coisa nova, para que cada um possa ser melhor”, discorreu padre João. Teoria, dinâmica de grupos e troca de experiências entre as realidades das paróquias e comunidade também fizeram parte do dia de formação.

MEIO AMBIENTE: Lixo da região viaja quase trezentos quilômetros antes de descarte Maioria dos municípios não tem aterro sanitário e optou por transbordo dos resíduos sólidos urbanos. Isso ocorre porque não há aterros regularizados para atender essa demanda. O lixo coletado em quinze municípios da Região de Guarapuava é levado para outras cidades e pode viajar quase trezentos quilômetros antes de ser descartado. Isso ocorre porque não há aterros sanitários licenciados das próprias prefeituras. Para cumprir a lei e destinar o lixo corretamente, elas licitam e terceirizam esse serviço. Dos dezoito municípios do centro-oeste atendidos pelo escritório regional do IAP (Instituto Ambiental do Paraná), quinze levam o lixo para outras cidades. São apenas dois aterros licenciados para resíduos domiciliares na região. Um público, da prefeitura de Guarapuava, que está regular e atende somente o município. O outro é privado, em Laranjeiras do Sul. Os resíduos de Laranjeiras são depositados no local, por meio de um contrato com a empresa detentora do empreendimento. Em Virmond, a situação é preocupante, pois o lixo é jogado em um vazadouro, um lixão. É a única cidade da região que está nessa condição, segundo o IAP. Em agosto de 2017 um relatório

do IAP apontava que três municípios da região estavam irregulares. “Turvo e Marquinho já têm uma situação já revertida. Adotaram o transbordo de resíduos para um aterro licenciado particular. Somente Virmond precisa se adequar. Já há possibilidade de em breve os resíduos serem destinados para um aterro”, disse à reportagem da Rádio Cultura o biólgo Marco Antônio Silva, do IAP.

TRANSBORDO

Os demais municípios levam o lixo para longe. Depois da coleta nas casas, os resíduos são destinados a um espaço de transbordo. Esse tipo de operação é mais fácil de ser licenciada. Trata-se de um local para armazenagem temporário do lixo. “Os municípios têm optado pelo transbordo por ter um menor custo operacional. O município fica com a responsabilidade pela coleta e triagem dos resíduos, educação ambiental e por manter uma estrutura

relativamente barata, com piso e coleta de chorume para que uma empresa faça a destinação correta”, ressalta Marco Antonio. Pinhão, por exemplo, destina os resíduos para Chapecó, já que a empresa que venceu a licitação é da cidade catarinense. A distância é de cerca de duzentos e noventa quilômetros entre as cidades. Segundo a prefeitura, através da secretaria de meio-ambiente, o município já está trabalhando na definição e construção de um aterro próprio. Em Prudentópolis, o lixo é levado para Pirai do Sul, na Região dos Campos Gerais. São cento e oitenta quilômetros em caminhões para fazer a destinação final dos resíduos.

Em todos esses casos, além do custo da coleta nas casas, os municípios precisam pagar para o transporte e destinação final. Os custos variam de acordo com a licitação. Cléber Moletta Central Cultura de Comunicação


Campanha da Fraternidade 2018

Março - 2018

Diocese de Guarapuava

13

ABERTA A CAMPANHA DA FRATERNIDADE DE 2018:

“Fraternidade e superação da violência”

A ministra Cármen Lúcia, agradeceu à CNBB “pelo convite ao Poder Judiciário para participar desse momento”. Ela disse que hoje, o outro tem sido visto com desconfiança e não como um irmão, um parceiro. Na manhã de 14 de fevereiro, Quarta-Feira de Cinzas, na sede provisória da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), foi aberta oficialmente a Campanha da Fraternidade (CF) 2018. Este ano, a Campanha trata da “Fraternidade e a superação da violência”. O presidente da entidade, cardeal Sergio da Rocha, e o secretário-geral, Dom Leonardo Ulrich Steiner, receberam autoridades para o evento: a presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Cármen Lúcia, o coordenador da Frente Parlamentar pela Prevenção da Violência e Redução de Homicídios, deputado Alessandro Molon, e o presidente da Comissão Brasileira de Justiça e Paz (CBJP), Carlos Alves Moura.

MENSAGEM DO PAPA

O secretário executivo de Campanhas da CNBB, padre Luís Fernando da Silva, leu para os presentes no evento a mensagem enviada pelo Papa Francisco: “O perdão das ofensas é a expressão mais eloquente do amor misericordioso e, para nós cristãos, é um imperativo de que não podemos prescindir. Às vezes, como é difícil perdoar! E, no entanto, o perdão é o instrumento colocado nas nossas frágeis mãos para alcançar a serenidade do coração, a paz. Deixar de lado o ressentimento, a raiva, a violência e a vingança, é condição necessária para se viver como irmãos e irmãs e superar a violência”. No final da Mensagem, Papa Francisco pediu: “Peço a Deus que a Campanha da Fraternidade deste ano anime a todos para encontrar caminhos de superação da violência, convivendo mais como irmãos e irmãs em Cristo. Invoco a proteção de Nossa Senhora da Conceição Aparecida sobre o povo brasileiro, concedendo a Bênção Apostólica. Peço que todos rezem por mim”.

EXPOSIÇÕES

“Há alguns dados dos estudiosos que nos estarrecem”, disse Carlos Moura. Negros e jovens são as maiores vítimas da violência no Brasil, informou. A população negra corresponde à maioria dos 10% dos indivíduos expostos ao homicídio no País. “É oportuno refletir sobre o Manual da Campanha da Fraternidade”, chamou a atenção: “A violência racial no Brasil é uma situação que faz supor uma forte correlação entre três formas de violência, direta, estrutural e cultural. Os casos de violência direta parecem ser resultado mais concreto e evidente de questões

socioeconômicas históricas, além de deixarem entrever representações culturalmente produzidas e já naturalizadas a respeito da população negra, do índio, dos migrantes e, mais recentemente, também do imigrante”. Moura lembrou que outra Campanha da Fraternidade tratou da superação da violência contra a comunidade negra, a Campanha de 1988, que tinha como lema: “Ouvi o clamor desse povo”. Nela, segundo Carlos Moura, a Igreja renovou seu comprometimento com o combate à violência. A ministra Cármen Lúcia, agradeceu à CNBB “pelo convite ao Poder Judiciário para participar desse momento”. A presidente do STF disse que hoje, infelizmente, o outro tem sido visto com desconfiança e não como um irmão, um parceiro. “Esta campanha ajuda a ver o outro como aliado, como irmão”, reforçou. “Não basta que se faça parte da sociedade humana, mas é preciso atuar por ela para que se criem espaços de fraternidade”, acrescentou a ministra. Deputado Alessandro Molon disse: “Nós nos acostumamos com a nossa tragédia. É como se no Brasil, a vida humana valesse muito pouco”. Ele realçou que a Campanha da Fraternidade não é de combate à violência, mas a superação dela. Chamou a atenção para esse ano de discursos políticos é preciso lembrar o que diz o texto-base da Campanha que lembra que se trata de um problema complexo que não aceita soluções simplistas. “Esse carnaval nos deixou algumas lições. Quando as autoridades se omitem, por exemplo, a violência cresce”. O deputado ainda lembrou que todos têm responsabilidade, mas o Parlamento deve melhorar o Direito para proteger mais a vida que o patrimônio. Cardeal Sergio da Rocha disse que a importância da Campanha da Fraternidade tem crescido a cada ano, repercutindo não somente dentro do âmbito da Igreja Católica, mas em toda a sociedade civil, além de outras igrejas cristãs. “Construir a Fraternidade para superar a violência” é o objetivo da Campanha da Fraternidade, lembrou. “A vida, a dignidade das pessoas, de grupos sociais mais vulneráveis têm sido atingidos frequentemente”. A realidade da violência, no entanto, “não deve levar a soluções equivocadas”, disse. Por conta disso, a Campanha da Fraternidade, disse o cardeal, quer ajudar a todos para fazer uma análise profunda diante da complexidade da realidade da violência. “Embora seja importante a ação de cada um de nós, também é preciso de ações comunitárias”, disse o presidente da CNBB. A Igreja não pretende oferecer soluções técnicas para os problemas que aborda, mas o valor da fé e do amor que mostra que o semelhante não é um adversário, mas um irmão a ser amado, disse o Cardeal.

COBERTURA

Todas as emissoras de TV de inspiração católica no Brasil, cinco grandes redes e duas TVs regionais, estiveram comprometidas com a transmissão do lançamento da Campanha da Fraternidade graças ao trabalho coordenado pela Signis Brasil, entidade católica que se ocupa com os meios de comunicação da Igreja. A Rede Católica de Rádio (RCR) também se fez presente oferecendo sinal de áudio para todas as emissoras interessadas no evento. A Assessoria de Imprensa da CNBB também ofereceu transmissão pelo Facebook e o vídeo já está disponível para ser visto na página @CNBBNacional.


14

Diocese de Guarapuava

Março - 2018

No caminho com Áquila e Priscila

Campanha da Fraternidade um empreendimento quaresmal? “Um pecado gravíssimo que faz chorar a Deus, todos os dias, é a indiferença e o silêncio dos católicos bons e inteligentes, frente à ignorância, à injustiça e às propostas empreendedoras de outro mundo possível”. CAMINHAR NA MESMA DIREÇÃO “Vós sois todos irmãos” (MT 23,8). Repetiremos este convite como um mantra, até que vire o lema da nossa vida familiar, eclesial e cidadã. Estamos no tempo da quaresma, tempo de preparação e graça, indicado pela Igreja Católica para a penitência, a oração e o jejum como meios para transformar nossa vida e colocarmos em intimidade e comunhão com Deus e com os irmãos. É dentro deste contexto que a Igreja brasileira propõe a todos os católicos a Campanha da fraternidade com o tema “Fraternidade e superação da violência” e, o lema “Vós sois irmãos” (Mt 23,8). O material oferecido para esta ação evangelizadora é de valor incalculável pelo conteúdo sociológico, bíblico, teológico, catequético e pastoral. Os frutos de todo este empreendimento evangelizador e pastoral terá seu momento mais entusiasta e emotivo quando na liturgia da noite da Páscoa. Nesta oportunidade, devemos prometer a Deus e aos irmãos, no momento da renovação das promessas do batismo, que levaremos adiante sua caminhada junto à proposta da Campanha. Devemos também, nesta oportunidade, firmarmos nosso compromisso de ser discípulo e missionário na construção de uma nova sociedade possível, onde todos os cidadãos se reconheçam irmãos caminhando na mesma direção. Esta Páscoa de 2018 não será uma Páscoa a mais, será a Páscoa do reconhecimento do semelhante como irmão. Será a Páscoa do empreendimento da fraternidade com o nosso testemunho, com pequenas ações, com eventos, com atitudes e, se for o caso, com palavras, como diria Francisco de Assis. “Pregue o Evangelho em todo tempo e a toda criatura. Se necessário, use palavras”. Ou, como diz também o Irmão universal, Beato Carlos de Foucauld: “Se não viver o Evangelho, Jesus não habita em nós”. Daí: “Gritar o Evangelho com a própria vida”, com o testemunho. FRATERNIDADE E VIOLÊNCIA “Vós sois todos irmãos” (23,8). Aqui, acredito, está o nervo da Campanha: trata-se de reconhecer que o outro que está ai, ao lado, na frente, é meu irmão, minha irmã, sem outro argumento e explicação. Cabe a nós, apenas aceitar e entender que o batismo nos fez filhos adotivos de Deus e irmãos entre si. Imaginemos por um momento a seguinte cena. Em um dia qualquer, o nosso pai nos apresenta um rapaz que ele teve fora do matrimônio: “Este moço é teu irmão!”. Um calafrio interior, rodeado de um grande silêncio provocará diversas interrogações, dúvidas, esperanças e temores. O que pensará este rapaz da família apresentada? O que pensarão os membros desta família diante da revelação do pai? Qual é a reação da mãe? Como será a vida daqui em diante? Qual é a falação dos parentes? Também a família já poderia ter conhecimento da situação e comportar-se de forma hipócrita como se não soubesse nada. Esta é a nossa situação: este que está a ai é teu irmão. A Palavra de Deus nos lembra, diariamente: “Este que está ao teu lado, na frente, é teu irmão”.

Ser irmão não é somente uma consequência biológica, política ou batismal: o irmão se faz irmão, o irmão se faz mais irmão, através da vida, da presença junto ao outro, do caminhar juntos na mesma direção, na vivência dos mesmos valores, esperanças, sofrimentos e alegrias, nos atos de conversão, oração, proximidade e abertura a Deus que no silêncio sentimos que nos abraça com seu amor misericordioso e paternal. A irmandade é um estilo de vida, isto é, um modo de viver, falar, fazer e acreditar no outro, na comunidade, na Igreja, em Deus. O espaço da irmandade é a família, que é a escola da vida sadia e alegre. É a rua, playground da cidadania amadurecida e alegre, é no trabalho, na escola, na igreja, no jogo, no parlamento, nas lutas políticas ou na assembleia litúrgica. O Salmo 133,1 celebra esta consecução: “Como é bom e agradável/Que o povo de Deus viva unido/Como se todos fossem irmãos./É como azeite perfumado.” Este estilo de vida facilita e aprimora a realização do desejo de Jesus: “Eu peço que todos sejam um. E assim como tu, meu Pai, estás unido comigo, e eu estou unido contigo, que todo os que crerem, também estejam unidos a nós para que o mundo creia que Tu me enviaste“. (Jo 17,21). De outra maneira, a violência é um mal, uma injustiça, uma cegueira, uma perversidade comportamental contra o semelhante que atinge a todos os humanos. A violência dorme em nossas células e se incentiva por uma cultura inumana e sem coração, ausente de valores éticos, morais e, pior, sem nenhum valor religioso ou transcendente. A violência, na vida das pessoas, instituições e sociedade se manifesta de múltiplas formas, intensidades e crueldade. Não obstante, a violência como tudo o que deteriora a vida e a saúde dos indivíduos pode ser detida, debilitada e até superada pela força do amor, pela educação permanente para a não violência ativa que têm como resultado e consequência, a paz e a justiça. A paz e a justiça produzem a fraternidade. A fraternidade educa para a paz e a justiça. “O amor e a fidelidade se encontrarão, a justiça e a paz se abraçarão” (Salmo 85,10). É Cristo “Príncipe da Paz” (Is 9,6) que transforma os corações para o amor e a convivência fraterna, mas é também os homens que sendo responsáveis do seu destino e decisões podem e devem superar a violência com uma cultura de paz e justiça. Os que constroem a paz são os verdadeiros filhos de Deus: “Felizes as pessoas que trabalham pela paz, pois Deus os tratará como seus filhos” (Mt 5,9).

“FRATERNIDADE E SUPERAÇÃO DA VIOLÊNCIA” O convite da Campanha da fraternidade é construir irmandade entre nós para superar a violência seja pessoal ou violência institucionalizada como discorre o Documento de Medellín em 1968. Está demonstrado que a violência não se supera com conselhos açucarados, com reflexões abstratas sem fundamento bíblico, teológico, sociológico ou pastoral, com discursos vazios e cheios de obviedades. A violência é um mal que atinge o coração da pessoa humana, as estruturas econômicas, políticas e religiosas, sendo a ignorância sua coluna vertebral. É preciso mudar de mentalidade a nível estrutural por uma cultura de paz, justiça, estudo e conhecimento. Diz-se anteriormente que a fraternidade é um estilo de vida, uma maneira de viver, orientar e educar o caráter e a personalidade em direção a uma consciência transparente, límpida que discerne entre o bem e o mal e, em direção ao outro, o próximo, aquele ou aquela que estão aí, com o intuito de se reconhecer semelhantes, iguais e partícipes do mesmo destino histórico e filhos do mesmo Pai, Deus. Se vivemos, trabalhamos e testemunhamos com a vida a irmandade que tem como meta a paz e a justiça, superaremos o mal que nos oprime, aflige e nos afasta do semelhante e fazemos possível a vinda do Reino de Deus. “Pai nosso, livra-nos de todo mal”. A eficiência e força que humaniza e santifica a Irmandade cristã está demonstrada pela vida da Igreja, pela vida dos santos e pelo testemunho dos cristãos que vivem a Ressurreição. A irmandade cristã é o exercício da vida no Espírito (Gal 5,25) sadia e produtiva. É vida sadia e produtiva porque está alicerçada na rocha viva que é Cristo Jesus. “Eu sou o caminho, a verdade e a vida” (Jo 14,5). Quem vive a Ressurreição é uma pessoa empreendedora, “Quem está unido comigo e eu com ele, esse dá muito fruto porque sem mim, não podeis fazer nada” (Jo 15,5). A Campanha da fraternidade é um tesouro a ser descoberto como proposta educativa da fé, como ação evangelizadora e, como meio pedagógico de animação na celebração da Quaresma e na vivência da Páscoa. Ela é como um empreendimento a curto e longo prazo, eficaz para a vivência da fé no dia a dia do católico que, por um lado quer conhecer e viver os fundamentos da sua fé e, por outra parte, vive e exige liberdade e meios para o exercício pleno e feliz da cidadania, na busca de uma sociedade de direitos, democrática e republicana. Isto só é possível pela conversão pessoal, pela aceitação radical do outro como irmão, pela vivência da fé em pequenas comunidades, pela denúncia corajosa da injustiça, pelo comprometimento na verdadeira política que busca o bem comum e pelo conhecimento da doutrina social da Igreja. Com a Campanha da fraternidade a quaresma recebe um compromisso pontual no caminho da conversão pessoal e social que produz frutos reais (Mt 7,16), como a volta ao próximo e a Deus. Ela é um chamado a sermos consequentes e sinceros: somos irmãos pelo batismo: “Vós sois todos irmãos” (Mt 23,8), então, vivamos como irmãos. Observação. Se algum leitor estiver interessado no estudo da Fraternidade temos esta excelente obra: BAGGIO, Antonio Maria (org.). O princípio esquecido. São Paulo: Cidade Nova, 2008. A obra se encontra na biblioteca diocesana. Germán Calderón Calderón•


Março - 2018

Círculos Bíblicos

Diocese de Guarapuava

15

1º CÍRCULO BÍBLICO DO EVANGELHO DE MARCOS - Março O homem da mão seca e a reação dos fundamentalistas religiosos - Marcos 3,1-6

Preparando o ambiente: Colocar no centro ilustrações e recortes de jornais e revistas de pessoas doando suas vidas. 1. ORAÇÃO INICIAL – INVOCAÇÃO AO ESPÍRITO SANTO Animador: É bom estarmos aqui reunidos entre família. Que a graça, a paz e a misericórdia de Deus estejam em nosso meio. Todos: Bendito seja Deus que nos reúne no amor de Cristo. Animador: Para vivenciarmos bem este encontro de fé, contagiemo-nos uns aos outros, desejando a paz do Senhor (todos se cumprimentam). Obs: Se houver alguém que esteja participando do grupo pela primeira vez, seja acolhido com muita alegria e carinho; Canto (vocacional à escolha) Animador: Prezados irmãos, iniciemos este encontro invocando a presença do nosso Deus: Todos: Em nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo, Amém. Animador: Com fé, peçamos que o Espírito Santo venha ao nosso encontro com a sua luz e a sua sabedoria: Todos: Vinde Espírito Santo, enchei os corações de vossos fiéis, e acendei neles o fogo do vosso amor. Animador: Enviai o vosso Espírito, Senhor e tudo será criado, e renovareis a face da terra. Animador: Oremos: Ó Deus, que instruístes os corações de vossos

fiéis com a luz do Espírito Santo, fazei que apreciemos retamente todas as coisas, Segundo o mesmo espírito, e gozemos sempre de sua consolação. Por Cristo, nosso Senhor, amém. 2. OLHANDO A PRÁTICA DA NOSSA COMUNIDADE Animador: No círculo bíblico de hoje, juntos, vamos refletir sobre a cura de homem da mão seca. Logo após a cura, os chefes da sinagoga se enfurecem com Jesus, aos quais o Senhor questiona por colocar a letra da lei acima da vida? a) Muita gente reprovou a atitude de Jesus por curar no dia de sábado. Será que algo semelhante acontece em nossas comunidades, com pessoas apegadas às regras? b) Nossa comunidade valoriza a vida? Os doentes, idosos, mulheres e crianças são bem acolhidos em nosso meio? c) Em algum momento você se viu muito apegado a lei e distante daqueles que sofrem na sua comunidade? 3. OLHANDO A PRÁTICA DE JESUS Animador: Vamos ouvir atentamente como o evangelista descreve a ação de Jesus, no evangelho de hoje. Canto de aclamação • Leitura do texto: Marcos 3,1-6 (Ler com calma duas vezes o texto). • Momento de silêncio para retomar o texto lido

4. PARTILHANDO A PALAVRA a) Qual foi o real motivo do conflito dos chefes da sinagoga com Jesus? b) Qual foi a reação dos chefes da sinagoga e partidários quando Jesus curou no dia de sábado? c) Onde vemos nesse evangelho a atitude de misericórdia de Jesus? 5. ORAÇÃO DA COMUNIDADE Momento das Preces: O que este texto nos faz dizer a Deus? Colocar em forma de prece, de maneira espontânea, tudo aquilo que refletimos sobre o Evangelho e sobre a nossa vida. Resposta: “Senhor ajudai-nos a defender a vida humana” Conclusão das Preces: Oração do Pai Nosso, Ave-Maria, Glória ao Pai. Animador: Estivemos reunidos em Nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo. Todos: Amém 6. EM CASA E PARA O PRÓXIMO ENCONTRO • Ler: Mc 4,35-41 •Trazer para o próximo encontro uma lista com os mandamento e algumas espigas de trigo, entre outras. Responsáveis pelo próximo encontro: Leitores: Próximo encontro/data: Local:

Pe. Gilson José Dembinski


16

Diocese de Guarapuava

Círculos Bíblicos

Março - 2018

2º CÍRCULO BÍBLICO DO EVANGELHO DE MARCOS - Março Jesus acalma a tempestade - Marcos 4,35-41

Preparando o ambiente: Colocar no centro da mesa a ilustração de alguma pessoa sendo socorrida, ou alguém que está sofrendo de alguma doença grave. 1. ORAÇÃO INICIAL - INVOCAÇÃO AO ESPÍRITO SANTO Animador: Que estarmos reunidos para mais um círculo bíblico. Que a graça, a paz e a misericórdia de Deus estejam em nosso meio. Todos: Bendito seja Deus que nos reúne no amor de Cristo. Animador: Somos em Jesus irmãos uns dos outros; por isso saudemo-nos, no amor e na paz de Cristo, enchendo nossos corações de alegria (todos se cumprimentam). Obs: Se houver alguém que esteja participando do grupo pela primeira vez, seja acolhido com muita alegria e carinho; Canto (à escolha) Animador: Nesse momento coloquemos em sintonia com Deus, invocando sua presença em nosso meio. Todos: Em nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo, Amém. Animador: Com fé, peçamos que o Espírito Santo venha ao nosso encontro com a sua luz e a sua sabedoria: Todos: Vinde Espírito Santo, enchei os corações de vossos fiéis, e acendei neles o fogo do vosso amor.

Animador: Enviai o vosso Espírito, Senhor e tudo será criado, e renovareis a face da terra. Animador: Oremos: Ó Deus, que instruístes os corações de vossos fiéis com a luz do Espírito Santo, fazei que apreciemos retamente todas as coisas, Segundo o mesmo espírito, e gozemos sempre de sua consolação. Por Cristo, nosso Senhor, amém. 2. OLHANDO A PRÁTICA DA NOSSA COMUNIDADE Animador: Caros irmãos, no círculo bíblico de hoje vamos ver que os discípulos são assustados por uma tempestade, mas Jesus repreende o vento e exige mais fé dos discípulos. a) Em sua opinião as pessoas em nossos dias sabem lidar bem com as tempestades que surgem no percurso da vida? b) Qual é atitude da nossa comunidade com aqueles que enfrentam tempestades? 3. OLHANDO A PRÁTICA DE JESUS Animador: Vamos agora ouvir atentamente a palavra de Deus que nos exortam para ter fé diante das tempestades. • Canto de aclamação • Leitura do texto: Mc 4,35-41 (Ler com calma duas vezes o texto). • Momento de silêncio para retomar o texto lido. 4. PARTILHANDO A PALAVRA a) Você conhece alguém que passa por uma tempestade? O que tem feito para ajudar essa pessoa? b) Qual a mensagem deste trecho do evangelho para nossa vida?

c) Como podemos vencer os medos quando surgem as tempestades? Animador: Somos convidados, a partir de Jesus, a ter fé para não naufragar quando somos abatidos pelas tempestades. 5. ORAÇÃO DA COMUNIDADE Momento das Preces: O que este texto nos faz dizer a Deus? Colocar em forma de prece, de maneira espontânea, tudo aquilo que refletimos sobre o Evangelho e sobre a nossa vida. Resposta: “Senhor, escutai nossa prece!” Conclusão das Preces: Oração do Pai Nosso, Ave-Maria e Glória ao Pai. Animador: Estivemos reunidos em Nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo. Todos: Amém 6. EM CASA E PARA O PRÓXIMO ENCONTRO • Ler: Mc 5,1-20 Trazer para o próximo encontro símbolos do Espírito Santo: pomba, fogo, etc. Responsáveis pelo próximo encontro: Leitores: Próximo encontro/data: Local:

Pe. Gilson José Dembinski


Reflexões Dominicais

Março - 2018

Diocese de Guarapuava

RESSUREIÇÃO DO SENHOR - PÁSCOA

2º DOMINGO DA PÁSCOA

At 10,34a.37-43 | Cl 3,1-4 | Jo 20,1-9

At 4, 32-35 | 1Jo 5, 1-6 | Jo 20, 19-31

1 de abril de 2018

7 de abril de 2018

“RESSUREIÇÃO, NOSSA ALEGRIA E ESPERANÇA!“

“2º DOMINGO DA PÁSCOA“

17

Comunidade cristã é união de vida dos que seguem aquele que deu a vida por nós, Nosso Senhor Jesus Cristo. Ele nada guardou para si. Nós também, não devemos guardar para nós nada dos bens que nos foram dados, sejam eles materiais, intelectuais ou morais, etc. Somos administradores, não proprietários, e isso é uma razão a mais para sermos muito responsáveis naquilo que nós fazemos: não nos pertence. Pertence a Deus e é destinado Neste dia em que somos impulsionados à alegria, ao júbilo da ressureição, São Paulo nos exorta em sua Carta aos Colossenses “esforçai-vos por alcançar as coisas do alto”. E este é um dever que deve ressoar constantemente em nossos ouvidos. Devemos nos esforçar para alcançar as coisas do alto, isto é, por alcançar a vida eterna prometida por Nosso Senhor Jesus Cristo, alcançar a salvação. Nisto consiste também a nossa vocação universal. Somos todos chamados à santidade, a sermos santos como Deus nos pede no livro do Êxodo. Assim, trilhamos este caminho à santidade e nos esforçamos para alcançar as coisas do alto. Quando fazemos o que diz São Paulo nesta mesma carta, quando aspiramos às coisas celestes, quando buscamos viver como Nosso senhor Jesus pede, viver conforme os mandamentos da Lei de Deus, viver buscando uma vida virtuosa aprimorando e desenvolvendo nossas virtudes. Assim, como nos diz o apóstolo, ressuscitaremos com Cristo revestidos de glória. Nos Atos dos Apóstolos, Pedro dirigindo-se aos que estavam ao seu redor relata acerca do ministério terreno de Jesus, que curava, expulsava demônios, evangelizava, que foi crucificado e ressuscitou ao terceiro dia. Relata também que Jesus ordenou para que todos fossem suas testemunhas, anunciando todas as maravilhas que Ele realizou, todas as graças que Ele concedeu. Também nós, temos esta missão, esta ordem vinda de Jesus, de anunciar e testemunhar com nossas palavras e ações, fazer de nossa vida um anúncio de Nosso Senhor Jesus Cristo, propagar as maravilhas e graças que Ele concede, anunciar que

Ele é o Deus que se encarnou, que se fez homem e que por sua morte e ressureição venceu o pecado, venceu a morte e assim, a vida venceu. No Evangelho, somos convidados a ter a atitude de Maria Madalena, isto é, somos convidados a ir ao encontro do Senhor, a buscar o Senhor. Somos convidados a fazer como os discípulos, a correr até o Senhor e acreditarmos, darmos a nossa adesão, isto é a nossa fé convicta de que Jesus Cristo ressuscitou como foi anunciado e que Ele é o Senhor da Vida, Ele venceu a morte, venceu o pecado e por sua ressureição santificou o domingo, fazendo deste dia o dia do Senhor, o dia de rendermos graças a Deus. O Salmo nos diz “Este é o dia que o Senhor fez para nós: alegremo-nos e nele exultemos! Dai graças ao Senhor, porque ele é bom! Eterna é a sua misericórdia!”. Damos graças ao Senhor quando anunciamos o Evangelho, quando anunciamos o Cristo ressuscitado que venceu a morte. Devemos nós, louvar ao Senhor que por bondade e misericórdia morreu por nós para purificar a humanidade do pecado e vencendo a morte e o pecado ressuscitou. Isto nos dá esperança, nos dá alegria. A ressureição do Senhor é o centro da vida cristã, pois, com ela Ele venceu a morte. Devemos seguir nossa busca pela santidade, nossa vida cristã, na esperança da ressureição que o próprio Cristo nos prometeu, para então, vivermos junto d’Ele. O Encontro pessoal com Cristo nos transforma e é neste sentido que devemos ir ao encontro, buscar a Cristo constantemente, crer em Cristo, e anunciá-lo motivados pela esperança e a alegria que vem do Senhor ressuscitado. Com Cristo, sejamos novas criaturas que trilham o caminho da santidade.

Reflexões elaboradas pelos seminaristas de nossa diocese que estão estudando Teologia em Curitiba: Everton Pavilaqui, Herick Rogger Pinchesk, Jacir dos Santos, Marinaldo Cheliga e José Vitor Cozechen Seller.

Hoje é o domingo da profissão

aos nossos irmãos e irmãs. Assim como

de fé de Tomé. Há uma semana ce-

o próprio Cristo deu sua vida em sinal

lebramos o Páscoa da Ressurreição.

do amor de Deus, assim também nós

Nós, batizados, fomos sepultados na

devemos dar a vida pelos irmãos. Dar

morte com Cristo e ressuscitamos com

a vida, vivendo ou morrendo... mor-

Ele. Neste Tempo Pascal, somos for-

rendo de uma morte que em Cristo se

talecidos pela Palavra de Deus e pela

transforma em vida.

Eucaristia a fim de darmos testemu-

Essa vida de comunhão, é obra do

nho de Jesus ressuscitado, seja pela

espirito de Cristo, que é sopro de Deus

nossa vida pessoal, pela participação

que ressuscitou Jesus dentre os mor-

comunitária, seja pela atuação trans-

tos. Podemos dizer que o espirito de

formadora da sociedade. É o espírito do ressuscitado que anima a vida da comunidade primitiva. O dom do espírito serve em primeiro lugar para perdoar os pecados. Pois os discípulos são os continuadores da obra que Jesus iniciara. Assim, a reconciliação com Deus e entre os irmãos é a condição necessária para que seja possível a comunidade que Jesus deseja. Na primeira leitura vimos como essa comunidade funciona. Continuando a reunir-se, depois da morte e ressurreição de Jesus, e animada pelo seu espirito, procurava viver em uma unidade perfeita: um só coração e uma só alma. Colocavam seus bens em comum, ninguém considerava seu o que possuía, e assim não havia carência no meio deles. Comunhão dos bens materiais, mas

Deus faz ressuscitar em nós a vida que Jesus viveu. Foi isso que experimentaram os primeiros cristãos, e é isso que a Igreja sempre terá de vivenciar. Não o egoísmo de uma instituição fechada sobre si mesma e de cristãos só de nome, mas uma comunhão de irmãos e irmãs que contagia todo o mundo. Essa é nossa fé que vence o mundo. A vida de Jesus ressuscita em nós. Paulo diz que não somos nós que vivemos, mas é Cristo que vive em nós. João escreve seu evangelho para que estejamos firmes na fé em Jesus e nessa fé tenhamos a vida. Mas não se trata de uma vida qualquer. Trata-se da vida que o próprio Jesus nos mostrou. Por isso João descreveu os gestos de Jesus, seus sinais que falavam de Deus.

também dos bens intelectuais, afetivos e

Seja assim a nossa vida, a nossa

espirituais. O que chamamos de frater-

comunidade, tal sinal da presença do

nidade era realidade entre eles. Não era

Cristo ressuscitado no mundo: nisto

uma mera agremiação piedosa. Era uma

conhecerão que sois meus discípulos:

união de vida.

que vos ameis uns aos outros.

Reflexões elaboradas pelos seminaristas de nossa diocese que estão estudando Teologia em Curitiba: Everton Pavilaqui, Herick Rogger Pinchesk, Jacir dos Santos, Marinaldo Cheliga e José Vitor Cozechen Seller.


18

Reflexões Dominicais

Diocese de Guarapuava

Março - 2018

3º DOMINGO DA PÁSCOA

4º DOMINGO DA PÁSCOA

At 3, 13-15. 17-19 | 1Jo 2, 1-5a | Lc 24, 35-48

At 4, 8-12 | 1Jo 3, 1-2 | Jo 10, 11-18

15 de abril de 2018

22 de abril de 2018

“PÁSCOA: ENCONTRO COM JESUS RESSUSCITADO“

“EU SOU O BOM PASTOR“

Jesus está vivo e continua a ser o centro da comunidade dos discípulos, que prosseguem a sua missão. É precisamente nesse contexto eclesial incipiente, que os discípulos podem fazer a experiência do encontro com Jesus ressuscitado. Depois desse encontro, os discípulos são convidados a dar testemunho de Jesus diante dos outros homens e mulheres. A primeira leitura, apresenta-nos o testemunho da primitiva comunidade de Jerusalém, apostada em continuar a missão de Jesus e em apresentar aos homens o projeto salvador de Deus. Os discípulos são os agentes através dos quais Jesus continua a sua obra libertadora e salvadora no mundo. Em nossa realidade, o que é preciso fazer para que essa oferta de salvação se torne efetiva? É necessário “arrepender-se” e “converter-se”. Estes dois verbos definem o movimento de reorientar a vida para Deus. O apelo ao arrependimento e à conversão que aparece no discurso de Pedro lembra-nos essa necessidade contínua de pensar melhor as nossas opções, de deixarmos os caminhos de egoísmo, de orgulho, de comodismo, de autossuficiência em que, por vezes, se desenrola a nossa existência. É preciso que, em cada instante da nossa vida, nos convertamos a Jesus e aos seus valores, numa disponibilidade total para acolhermos os desafios de Deus e a sua proposta de salvação. A segunda leitura convida o cristão à santidade e a viver uma vida de renúncia ao pecado. Deus chama-o a rejeitar o egoísmo, a injustiça, a opressão e a escolher a luz. No entanto, o pecado é uma realidade incontornável, que resulta da fragilidade e da debilidade do homem. O cristão deve ter consciência desta realidade e reconhecer o seu pecado. Não fazer isto é fechar-se na autossuficiência, é recusar a salvação que Deus oferece.Quem sente que não tem pecado, também não sente a necessidade de ser salvo.

A questão fundamental que o nosso texto propõe é a da coerência de vida. A coerência de vida deve manifestar-se no reconhecimento da debilidade e da fragilidade que fazem parte da realidade humana. O pecado não é algo “normal”, para o crente, mas é uma realidade que o crente reconhece e que sabe que está sempre presente ao longo da sua caminhada pelo mundo. A coerência que o autor da primeira Carta de João nos pede deve manifestar-se, também, na identificação entre a fé e a vida. No Evangelho, o episódio que Lucas nos relata situa-nos em Jerusalém, pouco depois da ressurreição. Os onze discípulos estão reunidos e já conhecem uma aparição de Jesus a Pedro (Lc 24,34), bem como o relato do encontro de Jesus ressuscitado com os discípulos de Emaús (Lc 24,35). Contudo, o ambiente é de medo, de perturbação e de dúvida. O medo e a insegurança vêm do fato de os discípulos não terem, ainda, feito a experiência de encontro com Cristo ressuscitado. Na sua catequese, Lucas procura deixar claro que a ressurreição de Jesus foi um fato real, incontornável, que os discípulos descobriram e experimentaram só após um caminho longo, difícil, penoso, carregado de dúvidas e de incertezas. O caminho da fé não é o caminho das evidências materiais, das provas palpáveis, das demonstrações científicas; mas é um caminho que se percorre com o coração aberto à revelação de Deus, pronto para acolher a experiência de Deus e da vida nova que Ele quer oferecer. Foi esse o caminho que os discípulos percorreram. Lucas diz que nós, como os primeiros discípulos, temos de percorrer o nem sempre claro caminho da fé, até chegarmos à certeza da ressurreição. Não se chega lá através de deduções lógicas ou através de construções de carácter intelectual; mas chega-se ao encontro com o Senhor ressuscitado inserindo-nos nesse contexto em que Jesus Se revela no encontro comunitário, no diálogo com os irmãos que partilham a mesma fé.

Reflexões elaboradas pelos seminaristas de nossa diocese que estão estudando Teologia em Curitiba: Everton Pavilaqui, Herick Rogger Pinchesk, Jacir dos Santos, Marinaldo Cheliga e José Vitor Cozechen Seller.

Na liturgia do quarto domingo da Páscoa, celebramos o “Domingo do Bom Pastor”. Este é o tema central que a Palavra de Deus apresenta hoje à nossa reflexão. Nesse sentido, a primeira leitura afirma que Jesus é o único Salvador, pois, “não existe debaixo do céu outro nome, dado aos homens, pelo qual possamos ser salvos”. Na segunda leitura, o autor da primeira Carta de João nos convida a contemplar o amor de Deus pelos homens. Já o Evangelho nos apresenta Cristo como o Pastor que ama de forma gratuita e desinteressada as suas ovelhas, até ser capaz de dar a vida por elas. Na primeira leitura Lucas nos propõe uma catequese onde apresenta Jesus como o único Salvador. Desse modo, somos convidados a não nos deixarmos iludir por outras figuras, outros caminhos, outras sugestões que nos apresentam propostas falsas de salvação. Assim, temos uma catequese destinada a todos, mostrando-nos como se deve concretizar o testemunho dos discípulos, encarregados por Jesus de levar a Sua proposta libertadora a todos os homens. Porém, antes de tudo, percebemos que Pedro está “cheio do Espírito Santo”. Portanto, entendemos que é o Espírito que conduz os discípulos na sua missão e que orienta o seu testemunho. Quanto à segunda leitura, o autor recorda aos cristãos que Deus os constituiu seus filhos e o fundamento para essa filiação reside no grande amor de Deus pelos homens. Assim, somos convidados a contemplar o amor de Deus por todos. Portanto, é porque nos ama com um amor incondicional que Deus nos leva a superar a nossa condição de debilidade e fragilidade. Nesse sentido,

entendemos que o objetivo de Deus é integrar-nos na sua família e nos tornar semelhantes a Ele, pois, evidentemente, a condição de “filhos” implica estar em comunhão com Deus e viver de forma coerente com as suas propostas. Assim, a Primeira Carta de João nos convida a contemplar a bondade, a ternura, a misericórdia, o amor de um Deus que aposta em levar o homem a superar a sua condição de debilidade. Já no Evangelho, ouvimos a palavra do próprio Cristo que nos fala: “Eu sou o bom pastor”. Portanto, vemos uma catequese sobre a missão de Jesus: conduzir o homem às pastagens verdejantes e às fontes cristalinas, de onde brota a vida em plenitude. Ora, Jesus é o modelo do verdadeiro pastor, Ele conhece cada uma das suas ovelhas, tem com cada uma delas uma relação pessoal e única, ama e conhece os seus sofrimentos, dramas, sonhos e esperanças. Esta relação que Jesus, o verdadeiro pastor, tem com as suas ovelhas é tão especial que Ele até a compara à relação de amor e de intimidade que tem com o próprio Deus Pai. As ovelhas sabem que podem confiar em Jesus de forma incondicional, pois Ele não busca o próprio bem, mas o bem do seu rebanho. O que é decisivo para pertencer ao rebanho de Jesus é a disponibilidade para escutar as propostas que Ele faz e segui-lo no caminho do amor e da entrega. Nesse sentido, nos ensina o Papa Francisco que: “Diferentemente do mercenário, Cristo Pastor é um guia atento que participa da vida de seu rebanho, não busca outro interesse, não tem outra ambição do que guiar, nutrir, proteger as suas ovelhas”. E tudo isto ao preço mais alto, o do sacrifício de sua própria vida. Portanto, a liturgia deste domingo do Bom Pastor nos convida a mergulhar na misericordiosa ternura do nosso Salvador, para que reconheçamos os direitos que Ele adquiriu sobre cada um de nós com a sua morte. Todavia, nos fica claro que somente contemplar e agradecer não basta, é necessário seguir o Bom Pastor assumindo a nossa missão na Igreja.

Reflexões elaboradas pelos seminaristas de nossa diocese que estão estudando Teologia em Curitiba: Everton Pavilaqui, Herick Rogger Pinchesk, Jacir dos Santos, Marinaldo Cheliga e José Vitor Cozechen Seller.


Reflexões Dominicais

Março - 2018

5º DOMINGO DA PÁSCOA At 9, 26-31 | 1Jo 3, 18-24 | Jo 15, 1-8 29 de abril de 2018

“PERMANECEI NO MEU AMOR!“ podemos sempre lembrar que o amor cristão não é mero sentimentalismo, mas uma decisão radical que nos leva

Diocese de Guarapuava

19

COMO PROCEDE A ELEIÇÃO DE UM NOVO BISPO? O bispo é o grau máximo do Sacramento da Ordem (recebido pelos diáconos, padres e bispos), e são os sucessores dos apóstolos, tendo o Papa à frente. Ao menos de três em três anos, os bispos das Províncias Eclesiásticas, e as Conferências Episcopais, em deliberação comum e secretamente, devem organizar um elenco de padres, mesmo de Institutos de Vida Consagrada, que sejam mais aptos para o Episcopado, e enviar à Sé Apostólica, mantendo-se ainda o direito de cada bispo indicar individualmente à Sé Apostólica os nomes de presbíteros que julgue ser idôneos para o ministério episcopal.

a assumirmos a cruz em favor dos irmãos. Desse modo saberemos que somos da verdade e poderemos sossegar nosso coração diante de Deus. O Evangelho de João traz um belíssimo discurso de Jesus aos seus discípulos, mas que fala também a todos nós hoje. Ele é a videira verdadeira e nós somos os ramos, mas só produzimos frutos quando estamos unidos a A Liturgia do 5º Domingo de

Ele: o Pai “trabalha” em nós no Cristo

Páscoa busca nos levar a um encon-

até nos configurarmos a Ele, uma

tro profundo com a espiritualidade

obra de pura gratuidade da Graça de

do Ressuscitado e a partir de então à

Deus que age em nós por primeiro.

construção de um discipulado comu-

Ser discípulo-missionário significa es-

nitário e missionário. Jesus é a videira

tar junto de Jesus, para que as nossas

verdadeira na qual somos trabalha-

ações possam ser verdadeiros frutos

dos até à plena configuração a Ele: é

de amor, de testemunho autêntico e

o que nos demonstram a experiência

de fraternidade.

paulina bem como a exortação de

Por tudo isso, neste Domingo

João para que o amor entre nós seja

podemos render graças a Deus que

verdadeiro e concreto.

nos chama e nos convoca a perma-

A Primeira Leitura, dos Atos dos

necermos n’Ele através da Palavra, da

Apóstolos, evidencia uma situação

Eucaristia e dos nossos irmãos: nesses

muito presente em nossas comunida-

lugares podemos encontrá-Lo e então

des: a chegada daquilo que é novo e

anunciarmos às pessoas um verda-

diferente de nós. Todas as experiências

deiro testemunho cristão, sempre

que trazem a novidade nos causam

pelo critério do amor concreto que

um desconcerto inicial, mas devem

nos leva a um relacionamento mais

ser sempre acolhidas e discernidas à

profundo com Deus e com os irmãos,

luz do critério apresentado também

para que, assim, possamos pedir o

por João: que o amor seja com ações e

que quisermos ao Pai, uma vez que

verdade! Aquilo que vem de Deus traz

não estaremos mais focados em nós,

a unidade, a harmonia e a paz, assim

em nossa auto-referencialidade, mas

foi com Paulo, e deve ser também em

sim no bem e no cuidado com o outro,

nossas comunidades.

como nos ensina o Papa Francisco: “O

A Segunda Leitura, da Primeira

amor a Deus e ao próximo são insepa-

Carta de João, mostra o critério pelo

ráveis e complementares. São as duas

qual a fé e a vivência eclesial devem

faces da mesma medalha. O sinal vi-

ser discernidas: o amor vivido concre-

sível com o qual os cristãos testemu-

tamente, isto é, não apenas com pala-

nham ao mundo o amor de Deus é o

vras, mas com atitudes. Nesse sentido,

amor pelos irmãos”.

Reflexões elaboradas pelos seminaristas de nossa diocese que estão estudando Teologia em Curitiba: Everton Pavilaqui, Herick Rogger Pinchesk, Jacir dos Santos, Marinaldo Cheliga e José Vitor Cozechen Seller.

Apenas o Papa pode nomear ou confirmar os bispos eleitos para uma diocese.

O PROCESSO DE SELEÇÃO DE UM BISPO

O processo de escolha de um novo bispo demora um período de nove meses a dois anos. Para ser escolhido bispo, o padre deve estar dentro de algumas regras: • Tenha fé firme, piedade, zelo das almas, sabedoria, prudência, eminente em virtudes humanas e dotado das demais qualidades para que possa estar apto a desempenhar o ofício: • Tenha boa reputação. • Tenha ao menos 35 anos de idade • Seja padre há mais de cinco anos • Tenha adquirido grau de doutor ou ao menos a licenciatura em Sagrada Escritura, teologia ou Direito Canônico. No processo de escolha e eleição de um novo bispo, tudo transcorre no mais alto sigilo. O Núncio Apostólico, representante do Papa nos países, envia carta àquele que é escolhido e uma cópia ao metropolita da região, comunicando da nomeação. Após o eleito dando resposta positiva da aceitação, é marcada a posse para a diocese onde assumirá, e é divulgado a nomeação através do site da Santa Sé e da Conferência Episcopal do país correspondente. O Código de Direito Canônico determina que a ordenação de bispo do padre eleito, ocorra em três meses após o recebimento da Carta da Nunciatura. Quem nomeia o novo bispo para uma diocese ou confirma os legitimamente eleitos é sempre o Papa. As nomeações de novos bispos são anunciadas publicamente pelo Papa na sala Paulo VI, no Vaticano, publicadas no jornal do Vaticano e no site das Conferências Episcopais de cada país, no Brasil (CNBB).

HIERARQUIA DA IGREJA Diácono:

Prega o evangelho, batiza e celebra o matrimônio. Há o diácono transitório (pretende tornar-se padre) e o permanente (pode ser casado).

Padre:

Prega o evangelho, administra os sacramentos e governa a paróquia.

Bispo:

Tem a missão de pregar o evangelho, administrar os sacramentos e governar a diocese.

Arcebispo:

Referência de unidade regional da Igreja.

Cardeal:

Assessor mais direto do Papa. Eles são escolhidos pessoalmente pelo Santo Padre.

Papa:

Sucessor do apóstolo Pedro e referência em toda a igreja.


20

Diocese de Guarapuava

Março - 2018

Seminário São Francisco de Paula celebra trinta anos em Guarapuava No dia 12 de maio de 1988 a diocese de Guarapuava contava a com a presença da Ordem dos Mínimos. Era o início de uma caminhada de busca e discernimento das vocações.

A Igreja do Paraná, através do Regional Sul 2 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), lançou, no ano passado (2017) o que foi considerada uma proposta ousada; o projeto: “Cada comunidade uma nova vocação”. O intuito, conforme o idealizador do desafio, padre Mário Spaki, é despertar as vocações em todas as pessoas, em todas as comunidades, principalmente nos jovens. Com isso, a proposta da campanha é, em cada encontro religioso, se rezar uma dezena do terço em favor de todas as vocações. A partir dos primeiros encontros no Paraná, todas as dioceses e comunidades já aderiram à ideia. Em pouco tempo, outras dioceses de outros Estados também se inseriram no projeto evangelizador e rezar pelas vocações tem se tornado rotina em todos os encontros e celebrações religiosas.

4 1

2

3

7

5 6

9 8

1- Pe. Frei Altair Fernandes Correa | 2 - Frei José Antônio Lima| 3 - Frei Alexsandro Nunes Ribeiro | 4 - Pe. Frei Emerson Mariani| 5 - Pe. Frei André Ferreira | 6 - Pe. Frei Evélio de Jesus Munhoz 7 - Diác. Frei Leandro Queirós de Albuquerque| 8 - Frei Célio Ferreira | 9 - Padre Leon Grzyska, SVD (Coordenou o encontro de formação dos freis na Casa de Líderes ).

HÁ TRINTA ANOS

Em Guarapuava, há trinta anos, nascia uma comunidade que já carregava em sua essência a busca constante pelas vocações. Era instalado na cidade, o Convento São Francisco de Paula, da Ordem dos Mínimos (OM). Em um artigo escrito pelo reitor do convento, frei Célio Ferreira (OM), ele destaca que o momento é de gratidão e de muitas comemorações. “A Ordem dos Mínimos de São Francisco de Paula eleva a Deus o seu olhar de agradecimento por três décadas do Seminário Menor na diocese de Guarapuava. Construído com o objetivo de pescar as vocações na região Sul do Brasil, os Frades Mínimos não hesitaram em rapidamente procurar um terreno que fosse mais próximo à paróquia Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, na antiga Vila Cupertinópolis (atual Alto da XV), para tal fim. Ali, naquele local, se fazia necessária presença de uma instituição de discernimento vocacional”, escreve o religioso.

Frei Célio também grifa que, como em todo início de trabalho, houve muitas dificuldades, mas salienta que a comunidade nunca deixou de colaborar para com a obra católica. “Em um terreno medindo quase mil e quinhentos metros quadrados, na Rua Presidente Artur Costa e Silva, com uma pequena casa de madeira onde morava de aluguel uma família, deu-se início a este trabalho que começou lentamente, mas com muita garra e perseverança”, relembra frei Célio. Depois de autorizada a instalação na cidade, passou-se a buscar condições, ainda que mínimas para que a nova instituição religiosa se firmasse e desse resultado em se tratando de busca e formação vocacional. De acordo com o atual padre geral da Ordem dos Mínimos, frei Francesco Marinelli, não foi por acaso que, de fato, após a inauguração do Seminário Maior em São Paulo, os religiosos da Delegação se depararam com a urgência não somente de ampliar os horizontes, mas de enfatizar com maior zelo o aspecto vocacional. Neste contexto, o Seminário Menor da Ordem dos Mínimos em Guarapuava foi um dos

grandes alicerces na acolhida e formação dos jovens no que diz respeito ao estágio inicial do discernimento vocacional. A construção de uma sede para abrigar os religiosos e também os seminaristas se fazia necessária e, no terreno conquistado por eles, uma obra foi iniciada. Segundo frei Célio, à época, o Vigário Geral da Ordem dos Mínimos, frei Jaime Mediavilla (falecido em 2014), registrou em seus documentos que: “A construção da obra se iniciou em 1985 e foi guiada pelo frei Pasqual Montanaro, juntamente com um arquiteto”. O religioso também destaca que economicamente, foi a Ordem que, mediante a Cúria Geral, solicitou valores necessários e teve ainda a colaboração das comunidades do Rio de Janeiro e de São Paulo para que a construção não parasse. A obra terminou no ano de 1987 e foi inaugurada pelo bispo de Guarapuava à época, Dom Albano Cavallin (falecido em 01 de fevereiro de 2017, em Londrina, PR, onde era bispo-emérito) no dia 12 de maio 1988. A instituição foi erigida à Casa de Noviciado, no dia 11 de janeiro de 1988

pelo padre geral da Ordem, frei Antonio Castiglione. No dia 03 de fevereiro do mesmo ano o convento recebeu os noviços, tendo como formador nomeado, frei Costantino Mandarino. Ao terminar a sede de Noviciado, a casa continuou como Seminário Menor, com a finalidade de acolher e formar os vocacionados à Ordem no Brasil. “Esta é uma pequena parte da história de três décadas que agora celebramos, agradecendo todo o esforço da Ordem dos Mínimos de São Francisco de Paula em atender aos apelos dos frades no Brasil por uma nova casa que tivesse como fim as vocações. Há três décadas a Ordem dá a sua vida pelas vocações em Guarapuava. O Seminário é uma das casas de formação à vida sacerdotal e religiosa da diocese e desempenha sua missão no intuito de buscar os jovens que queiram fazer um discernimento como bem expressou o Padre Geral, Francesco Marinelli”, sublinha frei Célio.


Março - 2018

Diocese de Guarapuava PRESENTE

Segundo os freis da Ordem de São Francisco de Paula, um dos maiores presentes recebidos pela comunidade foi poder inaugurar a nova capela no dia 08 de novembro de 2016. Segundo os frades, o espaço religioso era um sonho antigo e foi com muito esforço e colaboração da comunidade que a obra pôde ser concluída e oferecida a Nossa Senhora dos Milagres (padroeira da Ordem dos Mínimos) e a São Nicolas Saggio de Longobadi (primeiro santo canonizado depois de São Francisco de Paula, na Ordem). São Nicolas foi elevado à condição de santo no dia 23 de novembro de 2014, pelo Papa Francisco. A construção da nova capela, segundo os religiosos, se deu pela grande procura das pessoas da cidade por um espaço de oração. “Muitas pessoas de diversos pontos da cidade passaram a frequentar as missas no Seminário e o espaço ficou muito pequeno para tanta gente. Por isso, começamos a pensar em uma nova capela que oferecesse mais conforto e pudesse acolher mais pessoas. Em 2011, nasceu na comunidade um grupo de benfeitores voltado ao

trabalho de sustento do seminário que sobrevive de doações. Até então, o seminário era mantido com o que os freis recebiam de seu apostolado. Mas com a criação deste grupo, passou-se então a um empenho maior em favor das vocações. Eu posso dizer que com a chegada deste grupo de apoiadores, o rosto do seminário começou a mudar e para melhor”, relembra o reitor. Oito meses depois de iniciadas as obras, a capela foi concluída, conforme detalha frei Célio. “Num verdadeiro milagre (não é por acaso que é dedicada a Nossa Senhora do Milagre), a nova capela foi construída num espaço de oito meses. As obras tiveram início na segunda-feira da Oitava de Páscoa (28 de março de 2016) para ter a sua inauguração na data já citada. A mão de Deus verdadeiramente atuou sobre esta obra, pois até hoje todos admiram como em pouco tempo tudo se deu. Aqui, temos que remontar a pessoa de São Francisco de Paula. Uma das marcas da sua vida, de tudo o que ele fez como santo foi a sua dedicação em construir conventos ao lado de homens e mulheres empenhados no seu tempo. Paula, Paterno, Spezzano e Corigliano; todos na Itália são exemplos das suas obras que com certeza

inspiraram a obra da nova Capela do Seminário Menor em Guarapuava”, descreve frei Célio. Às vésperas de completar trinta anos, a construção da nova capela foi oferecida à comunidade como um dos grandes presentes, simbolizando a partilha e a união em favor da Igreja. Para os Mínimos, os trinta anos do Seminário em Guarapuava representa um novo ânimo para toda a comunidade numa caminhada constante no despertar das vocações. Conforme o artigo de frei Célio, a motivação e as constantes orações são combustíveis importantes para que os vocacionados se mantenham firmes em seus propósitos. “Cada vez mais, o trabalho vocacional no Seminário Menor aumenta. Há uma consciência de trabalho pelas vocações a cada primeiro domingo do mês durante todo o ano. De fevereiro a dezembro de todo ano, os frades e seminaristas se empenham em animar os novos garotos que vão aparecendo para um começo de estrada em São Francisco de Paula. Há uma metodologia definida de fazer tal acompanhamento por três anos, recebendo os garotos a partir do sétimo ano do Ensino Fundamental, de modo que ao término desta etapa escolar, eles possam se

definir em entrar na vida do Seminário Menor durante todo o Ensino Médio. É nesse espírito que a Comunidade Seminário Menor marca a sua presença na diocese. Por meio do ‘restrito’ apostolado, nas visitas que são feitas nas paróquias e comunidades diocesanas, procura-se conduzir um trabalho de atração aos novos meninos que vão sendo conhecidos. Na retaguarda, um grande número de pessoas que reza e trabalham para que o sustento do Seminário seja alcançado dia após dia. Deste modo, há um equilíbrio entre o agir na busca de novas vocações e um suporte para aqueles que vão chegando ao Seminário. Estes trinta anos chegam com este gás para todos que fazem o presente do Seminário Menor. Há um carregamento de esperanças no coração de cada religioso e seminarista que sabem que não podem parar de jeito nenhum no caminho vocacional. A Ordem dos Mínimos hoje está plenamente consciente de que sua missão é essa, justamente por não estar comprometida com uma paróquia estabelecida que tal ação se concretiza neste único objetivo, ou seja, pensar com clareza e afinco nas vocações”, enfatiza o religioso.

FREI ALTAIR FERNANDES CORREA CELEBRA CINCO ANOS DE SACERDÓCIO O religioso é o primeiro padre da Ordem dos Mínimos, ordenado pelo Seminário São Francisco de Paula, em Guarapuava. “Eu amo estar no meio do povo e viver a missão”, afirma o sacerdote. Há cinco anos, no dia 09 de fevereiro de 2013, na paróquia Perpétuo Socorro, em Guarapuava, Altair Fernandes Correa era ordenado padre. Frei Altair foi o primeiro sacerdote da diocese de Guarapuava a concluir seus estudos pela Ordem dos Mínimos de São Francisco de Paula (OM) que em 2018 comemora três décadas de atuação junto à diocese. Em entrevista ao Centro Diocesano de Comunicação (CDC), frei Altair contou da alegria e também da responsabilidade de fazer parte de uma família tão distinta e amorosa como a Ordem dos Mínimos. “Eu, quando era criança, não tinha a mínima vontade de ser padre. Ninguém da minha família era padre e aquela vida era algo muito distante para mim. Mas eu sempre frequentei a igreja junto com meus pais e aquilo me fazia muito bem. O convite para fazer uma experiência no seminário dos Mínimos surgiu e, aos 14 anos, eu entrei. Passei a estudar e a descobrir muitas coisas, mas, mesmo assim, eu não tinha certeza de nada. Eu não sabia exatamente o que queria e acredito que isto seja natural nesta fase da vida de todas as pessoas”, contou frei Altair. Como em todas as vocações, a religiosa também exige um tempo de maturação. Durante o tempo de seminário de frei Altair, muitos meninos entraram e saíram da instituição por descobrirem que sua vocação era outra. No entanto, o aprendizado adquirido durante o tempo de estudos e convivência junto aos Mínimos é algo que fica para a vida toda, conforme contam. Quando o Seminário São Francisco de Paula completava 25 anos de sua

fundação, em 2013, uma notícia deixou todos da congregação felizes. Altair seria ordenado padre. Era, portanto, o primeiro sacerdote da congregação dos Mínimos formado a partir do seminário de Guarapuava. “Eu, que antes era cheio de dúvidas, naquele momento, tinha certeza da minha vocação. Também tinha convicção de que, todos os dias, enfrentaria desafios e medos, mas foi com muita alegria que abracei o sacerdócio como parte da minha vida. Naquele momento, alheio à minha vontade, por providência divina, eu fazia história como o primeiro padre ordenado pelo Seminário São Francisco de Paula. Isso, até hoje me emociona muito quando me dou conta. Sou grato para sempre por esta oportunidade de viver o sacerdócio com amor e alegria”, relembrou frei Altair. O sacerdote foi ordenado por Dom Antônio Wagner da Silva e destaca que nos cinco anos de trabalho junto à Igreja, estar no meio do povo é fator motivador para continuar vivendo sua vocação. “Neste meu tempo de sacerdócio, eu percebo, todos os dias, a necessidade de ser um padre do povo, de estar com o povo. Eu não pretendo, nem nunca quis ser um padre popular, alguém de sucesso, mas alguém que vive a missão, que ama ouvir e acalentar as pessoas. Eu amo visitar os enfermos, os idosos e noto que há uma grande carência neste sentido. Também amo estar com os jovens e trabalhar com eles, neste encontro constante com Deus através do ser humano e das orações”, observou o sacerdote. Nas comunidades, conforme frei Altair, a grande reclamação das pessoas é em relação à ausência do sacerdote nos momentos de maior dificuldade. Segundo ele, em muitas situações, uma palavra, um conselho ou mesmo o silêncio são fatores fundamentais na vida de quem mais precisa. “Eu noto que a primeira reclamação que as pessoas têm de um sacerdote é a ausência. Se perguntar: ‘qual tipo de padre vocês querem?’,

21

com certeza, vão dizer que é um padre presente, um padre que zele por sua comunidade. Muitas vezes confundimos as coisas e pensamos que as comunidades querem um padre midiático, um cantor, alguém que esteja sempre aparecendo, mas nem sempre é a assim. Em muitos casos, é preciso que o padre esteja pronto para ouvir confissões, para dar a unção dos enfermos, para acompanhar as famílias em seu dia a dia”, enfatiza. Frei Altair é mestre em Direito Canônico e salienta que este tipo de estudo ajuda muito em questões pastorais e a nortear os trabalhos da Igreja, sem que as obras de misericórdia fiquem comprometidas ou mesmo abandonadas. De volta a Guarapuava, frei Altair grifou que pretende auxiliar nas paróquias e continuar desenvolvendo diversos trabalhos missionários e de apoio às pessoas. “Eu quero servir à Igreja. Por isso, estou sempre à disposição para os trabalhos e desafios que surgirem”, finalizou o sacerdote.

SERVIÇO

O Seminário Menor da Ordem dos Mínimos de São Francisco de Paula está situado à Rua Presidente Arthur Costa e Silva, 285, Bairro Alto da XV, em Guarapuava. Aos domingos, há missas às 18 horas. Mais informações sobre colaborações, doações e afins, podem ser obtidas pelo telefone: 42 3623 3136.


22

Diocese de Guarapuava

Março - 2018

Notícias Paroquiais: Altamira do Paraná Festa de São Sebastião, Carnaval com Cristo, Via-Sacara e Acampamento foram as principais atividades realizadas pela paróquia Nossa Senhora Aparecida no último mês.

SÃO SEBASTIÃO

A comunidade de Bela Fonte, em Altamira do Paraná, celebrou seu padroeiro, São Sebastião. Houve visita nas casas dos moradores com bênção às famílias. Uma missa no dia 19 de janeiro, véspera do Dia de São Sebastião, encerrou as atividades. Após a celebração, foi oferecido um jantar de confraternização aos presentes no salão da comunidade.

QUARESMA

Durante o período da Quaresma, a paróquia Nossa Senhora Aparecida, em Altamira do Paraná realiza a Via-Sacra todas as sextas-feiras, às 06h20 da manhã. Depois das orações que lembram o sofrimento de Jesus Cristo no Calvário, uma missa é celebrada. “Esta é uma proposta de evangelização que tem surtido muito efeito em nossa paróquia. Este tempo da Quaresma é muito oportuno

às penitências, às orações, à comunhão. Além da Via-Sacra seguida da missa na parte da manhã, há também, na parte da tarde, muita oração com os grupos: Mães que Oram Pelos Filhos, Terço dos Homens e agora, Terço dos Jovens. A primeira edição da reza do Terço pelos jovens foi no dia 16 de fevereiro deste ano. Trinta pessoas participaram”, relatou a agente a Pastoral da Comunicação (Pascom) na paróquia, Miuza Rainha. Padre Paulo Fernando Francini, pároco local, disse que todas estas iniciativas durante a Quaresma representam a devoção de um povo e a celebração da ressurreição de Jesus Cristo. “Pedimos a Deus que acolha todo esse esforço, essa dedicação e redima todo Seu povo dos pecados, das falhas e lhes devolva a alegria, sempre”, destacou o sacerdote.

CARNAVAL

Como ocorre todos os meses, no último dia 12 de fevereiro, a paróquia Nossa Senhora Aparecida, em Altamira do Paraná, festejou sua padroeira. Houve uma missa na matriz, às 19h e, em seguida, como em anos anteriores, foi realizado o “Carnaval com Cristo”. O evento foi organizado pela Renovação Carismática Católica (RCC). Houve música ao vivo, dança, oração e bênção do Santíssimo. “Muitas pessoas participaram deste momento que antecede o

retiro espiritual de cada um, por causa da Quaresma. O momento foi de alegria, mas também de reflexão para a vivência dos quarenta dias que devem ser voltados para os passos de Jesus Cristo até sua crucificação e ressurreição, com início na Quarta-feira de Cinzas”, diz uma nota da Pastoral da Comunicação (Pascom) da paróquia.

ACAMPAMENTO

De 25 a 28 de fevereiro, as paróquias de Laranjal, Altamira do Paraná e Palmital, que fazem parte do mesmo setor do Decanato Pitanga, realizaram um acampamento. O tema que norteou os trabalhos foi: “Um coração Novo”, (Ez 36,26). O retiro espiritual foi realizado no município de Pitanga devido às estruturas já existentes e contou com dezenas de participantes.

A iniciativa faz parte da proposta do Decanato em apoiar, cada vez mais os retiros espirituais, tais como Cursilho, Acampamentos e afins. Depois do Retiro, houve uma reunião nas paróquias com os participantes do Acampamento. Em Laranjal, o encontro foi no dia 17 de fevereiro. Em Altamira do Paraná, os participantes se reuniram no dia 18 de fevereiro. “Somos gratos a Deus por muitas pessoas envolvidas que se dedicaram a este importante momento de conversão e espiritualidade. Esta foi uma grande experiência de comunhão com Deus através dos fortes momentos de oração”, disse Miuza Rainha, agente da Pastoral da Comunicação (Pascom) na paróquia.


Março - 2018

Diocese de Guarapuava

PITANGA: Paróquia Nossa Senhora do Perpétuo Socorro promove curso de pós-graduação

A formação em Aconselhamento e Orientação Espiritual é uma parceria entre a paróquia e a Faculdade Vicentina. A pós-graduação tem duração de dois anos. A paróquia Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, no bairro Pitanguinha, em Pitanga, através da Faculdade Vicentina, oferece o curso de Pósgraduação em Orientação Espiritual e Aconselhamento. O curso é semipresencial e os encontros serão mensais, na sexta-feira à noite às 19h e no sábado, das 08h até as 16h, na Casa de Formação Cristã São José Freinadmetez. A pós-graduação tem duração de dois anos, com uma carga horária de 360 horas e a primeira aula será no dia 16 de março de 2018.

23

NOTÍCIAS PAROQUIAIS: Pitanga (Paróquia Nossa Senhora do Perpetuo Socorro) Envio de novos ministros da eucaristia, restauração da matriz e assembleia paroquial foram as principais atividades da comunidade no último mês.

Interessados poderão fazer suas inscrições na secretaria da paróquia Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, em Pitanga, Rua Matilde Martins Orene, 561, Bairro Pitanguinha. Telefone: 42 3646 2299. As matrículas também poderão ser feitas pelo site da Faculdade Vicentina, em: www.faculdadevicentina.com. br, ou também pelo WhatsApp do pároco, padre Gilson José Dembinski, número: (44) 99754-0298. A taxa de matrícula é de R$ 65,000. As mensalidades podem ser divididas em 24 parcelas de R$ 190,00, através de boleto bancário.

SOBRE O CURSO

Conforme a instituição de ensino, a realização da pós-graduação vem ao encontro dos anseios do Papa Francisco que destaca a formação acadêmica como fator importante para o crescimento humano e espiritual. Nas palavras do Pontífice, os estudos “nos ajudam a entender a importância acadêmica e pastoral de um curso que ofereça uma séria formação para o acompanhamento espiritual e o aconselhamento”. Ele também observa que a “Igreja deverá iniciar os seus membros - sacerdotes, religiosos e leigos - nesta ‘arte do acompanhamento’, para que todos aprendam a descalçar sempre as sandálias diante da terra sagrada do outro”. (cf. Ex 3, 5)” (EG nº 169). Por sua vez, os bispos do Brasil lembram que “muitas pessoas procuram a Igreja nos momentos difíceis. A comunidade cristã precisa acolhê-las com carinho. Para oferecer acolhida e aconselhamento, a comunidade deverá também preparar pessoas leigas e consagradas que tenham o dom de escutar, para receber aqueles que a procuram. O aconselhamento pastoral a ser dado por pessoas habilitadas é uma urgência nas paróquias” (CNBB, Comunidade de comunidades, nº 264).

MATRIZ CURRICULAR

Eixo teológico • Espiritualidade • Antropologia bíblica • O seguimento de Jesus • Orientação espiritual Eixo psicológico • Psicopatologia • Situações limites: agressividade, luto e depressão • Psicologia do desenvolvimento e teóricos da psicologia • Psicologia da religião I e II

COORDENAÇÃO

• Dr. Luiz Balsan: cursos@faculdadevicentina.com.br • Ms. Fabio Gumieiro: fabio@faculdadevicentina.com.br

Eixo do aconselhamento • Fundamentos do aconselhamento • Construção da relação de ajuda • Aconselhamento de grupos e casais • Prática do aconselhamento I e II • O cuidado do cuidador

PÚBLICO-ALVO

Eixo das questões atuais • O enigma da sexualidade Saúde mental na vida quotidiana (culpa, raiva, rancor...) • Drogadição: prevenção e intervenção • Liderança e relações interpessoais

DURAÇÃO DO CURSO

OBJETIVOS DO CURSO

• Preparar pessoas para o ministério da orientação espiritual e aconselhamento. • Oferecer um quadro teórico-prático interdisciplinar sobre orientação espiritual e aconselhamento. • Desenvolver habilidades práticas de orientação espiritual e aconselhamento. • Capacitar para o acompanhamento de pessoas de fé no seu desenvolvimento espiritual. • Capacitar pessoas para orientar diante de situações limites.

• Leigos, religiosos e sacerdotes que desejam aprofundar seu conhecimento sobre a espiritualidade cristã e desenvolver habilidade para a orientação espiritual e aconselhamento. • 24 meses

VAGAS

• 50 (A Faculdade Vicentina reserva-se o direito de não abrir turma caso não atinja o número mínimo de 30 alunos).

CORPO DOCENTE

• Dra. Ana Maria Moser • Dra. Celia A. Ferreira Carta Winter • Dra. Juliana Radaelli • Dr. André Marmilicz • Dr. Carlo Battiston • Dr. Cloves Antonio de Amissis Amorim • Dr. Luiz Balsan • Dr. Matthias Grenzer • Dr. Saulo Pfeffer Geber • Doutoranda Renate Brigitte Michel • Doutoranda Carla Regina Françoia • Ms. Naim Akel

Oito novos ministros da eucaristia receberam envio na paróquia Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, no bairro Pitanguinha, em Pitanga. O envio dos colaboradores para com a Igreja, foi realizado durante duas celebrações, uma em 28 de janeiro e outra em 18 de fevereiro, respectivamente. Ambas presididas pelo pároco daquela comunidade, padre Gilson José Dembinski que ressaltou a importância dos ministros da eucaristia para todas as comunidades. De acordo com informações da paróquia, as oito pessoas passaram por um processo de formação e preparação espiritual no ano de 2017, para só então, se tornarem aptas a desempenhar suas funções. “Além de zelar pela Igreja, os ministros também têm a incumbência de visitar os enfermos e levar o Corpo de Cristo a quem mais precisa através da Eucaristia. Este é um serviço de suma importância para todos da nossa comunidade. Peço as orações de todos para que estes nossos irmãos permaneçam nesta caminhada importantíssima para a Igreja”, destacou padre Gilson.

AVALIAÇÃO

Importante obra de arte para toda a região, a matriz Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, em Pitanga, precisa de restauração, conforme aponta avaliação de especialista. O artista plástico e restaurador Júlio de Moraes, da cidade de São Paulo (SP), visitou a paróquia e fez um diagnóstico minucioso do estado em que se encontram as pinturas, afrescos e demais instalações nas paredes da matriz. Depois da avaliação, o artista se reuniu com membros do Conselho Paroquial para Assuntos Econômicos (COPAE) e comentou sobre a situação atual da arte na Igreja. Na ocasião, ele também fez os

devidos esclarecimentos sobre o estado das pinturas. A partir de agora, cabe ao conselho e à comunidade, planejarem o trabalho de restauração. As obras que cobrem as paredes internas da matriz foram pintadas há mais de 70 anos. O trabalho foi realizado por um artista italiano que morou em Pitanga. À época, a igreja que era inteira de madeira, fora construída onde atualmente é a paróquia Sant’Ana, na mesma cidade. Em 1984, com a construção da nova matriz naquele espaço, a igreja de madeira com a arte nas paredes internas, foi retirada do local e montada onde hoje é a paróquia Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, no bairro Pitanguinha. As pinturas não sofreram grandes danos na montagem devido ao cuidado dos trabalhadores quando da retirada das tábuas. Mas mesmo assim, conforme avaliou Júlio, há alguns retoques que precisam ser feitos para que os afrescos voltem às condições anteriores. O projeto de restauração será apresentado à comunidade, bem como seus custos e prazos de realização.

ASSEMBLEIA PAROQUIAL

Mais de setenta pessoas participaram de uma assembleia na paróquia Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, no bairro Pitanguinha, em Pitanga. O encontro foi no dia 18 de fevereiro. Lideranças da matriz e das comunidades discutiram as prioridades da diocese e também da paróquia. Ao final da reunião, os coordenadores das capelas que ainda vendem bebidas alcoólicas nas festas e eventos, foram orientados a interromper a prática que, conforme os documentos da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e da diocese de Guarapuava, ferem o curso e a proposta de evangelização.


24

Diocese de Guarapuava

Marรงo - 2018


Março - 2018

“Vós sois o Sal da terra, vós sois a Luz do mundo.” (Mt 5,13-14)

Iniciamos nossas atividades em 2018 com garra, alegria, fé e amor ao próximo. Vamos em frente, pois o Cristo Ressuscitado caminha ao nosso lado, nos encorajando a construir o seu Reino.

Diocese de Guarapuava

CAMPANHA DOS PEQUENOS REIS MAGOS Foi uma experiência muito gratificante para os catequistas e catequisandos das Paróquias Santa Terezinha, Santa Cruz e Nossa Senhora das Dores, Santana, Santuário Nossa Senhora Aparecida, Nossa Senhora de Fátima, Nossa Senhora de Belém (Reserva do Iguaçu), São João Batista (Prudentópolis), Imaculado Coração de Maria (Quedas do Iguaçu) e Nossa Senhora Aparecida (Inácio Martins). Com alegria, de porta em porta, levaram mensagens de paz e de comprometimento, despertando, assim, o verdadeiro espírito missionário em nossas crianças. O valor total arrecadado na diocese foi de R$ 13.619,00, já destinado aos países que serão beneficiados: Haiti, Guatemala, Guiné-Bissau e Moçambique, para desenvolveras ações da Pastoral da Criança junto às famílias.

BISCOITINHOS INTEGRAIS Ingredientes: • 1/2 xícara aveia em flocos • 1/2 xícara farinha de trigo • 1/2 xícara farinha de aveia • 1 xícara farinha de trigo integral • 1/2 xícara de óleo • 1/2 colher de fermento em pó • 1 xícara açúcar mascavo • 1 colher (chá) de canela • 1/2 colher de noz moscada • ¾ xícara de água

Modo de preparo: Misturar os ingredientes secos, juntar os demais até a massa ficar homogênea. Faça bolinhas, achate-as e coloque em um tabuleiro enfarinhado. Assar em forno médio (180°) até começarem a dourar. Rende uns 70 biscoitos.

www.pastoraldacrianca.org.br

25


26

Diocese de Guarapuava

Março - 2018

Por recomendação médica, bispo de Guarapuava permanece em Roma, em recuperação Dom Antônio Wagner da Silva foi acometido por uma pneumonia quando participava de um encontro de sua congregação. Ele ficou na UTI por vários dias e recebeu alta em 08 de fevereiro. Internado em Roma, Itália, desde o dia 25 de janeiro devido a uma complicação por causa de uma pneumonia, o bispo da diocese de Guarapuava Dom Antônio Wagner da Silva, deixou o hospital na tarde do dia 08 de fevereiro. O religioso, no entanto, permanece na Capital italiana, na casa de sua congregação, os Dehonianos até que se recupere e receba autorização médica para viajar de volta ao Brasil. Depois de muitos dias de apreensão por conta do quadro de saúde de Dom Wagner, a notícia de que ele havia deixado o hospital foi recebida como um verdadeiro alívio por parentes e amigos. Quem primeiro noticiou a alta médica do bispo em sua página no Facebook, foi o padre diocesano, Felipe Fabiane que é de Guarapuava e faz mestrado em Roma. Padre Felipe, juntamente outro sacerdote da diocese de Guarapuava, padre Antônio Ailson Aurélio, prestaram apoio ao bispo durante sua doença e convalescença e juntos forneceram todas as informações acerca de seu quadro de saúde. “Hoje à tarde tivemos a alegre notícia de que Dom Antônio Wagner deixa o hospital Cristo Rei, aqui em Roma. Como já noticiado, ele permanecerá ainda alguns dias para repouso e restabelecimento da saúde na Casa Geral dos Sacerdotes do Sagrado Coração de Jesus (Congregação à qual Dom Wagner pertence). Não temos ainda informações mais detalhadas sobre quando poderá voltar ao Brasil, pois ainda está debilitado fisicamente. Todos nós ficamos contentes com Dom Wagner que agora, além de ficar mais à vontade, poderá comer alguma coisa mais saborosa e com um pouco mais de sal (com exceção do macarrão, é claro devido a sua diabetes). Continuemos em prece e saibamos expressar nossa gratidão e louvor ao bom Deus que cuida bem de todos nós”, escreveu padre Felipe, na ocasião. De acordo com o padre Antônio Ailson Aurélio, que finaliza seu doutorado na Capital italiana, e trabalha como Oficial da Congregação para os Bispos no Vaticano, Dom Wagner está muito bem, apesar de debilitado por causa da doença e dos vários dias internado. Padre Ailson

tem acompanhado todo o tratamento de Dom Wagner e, diariamente, enviado notícias sobre o bispo para a diocese de Guarapuava. “Eu agradeço a todos pelas orações e preocupação para com a saúde de Dom Wagner. Em breve ele estará em Guarapuava desempenhando suas funções com muita alegria e saúde”, destacou padre Ailson. Dom Wagner, que participava de um encontro de sua congregação, os Dehonianos, na capital italiana, foi internado naquela cidade no dia 25 de janeiro último, devido a uma complicação de pneumonia. O estado de saúde do religioso se agravou e ele precisou ficar na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), daquele hospital por quatro dias. No dia 30 de janeiro, Dom Wagner foi levado ao quarto do hospital onde permaneceu até o dia 08 de fevereiro, quando foi liberado para deixar o hospital, mas com o compromisso de permanecer em Roma para novos exames e avaliações. Conforme a equipe médica que cuidou do religioso, Dom Wagner, desde o início da internação, reagiu muito bem aos medicamentos e aos cuidados e, por isso, os resultados de sua recuperação estão sendo satisfatórios. No entanto, ainda não foi determinada uma data para que ele retorne ao Brasil e à diocese de Guarapuava para cumprir com seu trabalho.

ENTREVISTA

Em entrevista ao jornalista guarapuavano que atua no Vatican News, Silvonei José Protz, Dom Wagner falou de seu estado de saúde e disse que é uma alegria estar vivo e conceder uma entrevista a todos do Brasil. “Eu estou me recuperando de vários dias na UTI, de um hospital aqui de Roma. Não sei o que aconteceu. Não sei o que poderia comentar. Mas eu sei que perdi a festa da padroeira e toda a animação que envolvia o final da MDJ. Porém, desta experiência, eu digo o seguinte: agradeço a Deus pela equipe médica competente que me pescou do outro lado. Agradeço a Deus pelas irmãs que me acompanharam nesta oportunidade. Agradeço pela oração e pelo envolvimento dos nossos diocesanos, principalmente aos se empenharam nesta caminhada para a festa de Nossa Senhora de Belém. Agradeço a Deus, também, pela fraternidade dos bispos Dehonianos que foram os convocados para a reunião e também pelo amor e dedicação dos sacerdotes da congregação e dos padres da diocese de Guarapuava que aqui trabalham e estudam, pela atenção e apoio incondicional. Eu, agora, fora da UTI, em recuperação, me sinto muito bem, graças a Deus”, grifou Dom Wagner. Perguntado quando retornará a Guarapuava, para seus afazeres, Dom Wagner sorriu e disse que esta é uma pergunta que ele também se faz e que

gostaria de ter uma resposta, mas que infelizmente, esta é uma questão que não depende apenas de si, de sua vontade. “Eu também gostaria de ter esta resposta e ficaria muito feliz em dizer: ‘estou arrumando as malas para amanhã’, mas infelizmente não depende de mim, da minha vontade. Mas eu dependo daquela equipe médica que, como eu disse, me trouxe lá do outro lado. Eu dependo dos resultados dos exames. E, graças a Deus, vai ficando muito boa a situação. Tão logo seja possível, estarei voltando para participar deste tempo bonito e tão forte da Igreja, que é a Quaresma e a Campanha da Fraternidade”, observou Dom Wagner. Ao final da entrevista com Silvonei, Dom Wagner sublinhou que a Quaresma é um tempo de encontro, um momento de retiro onde as pessoas podem e devem se aproximar umas das outras cada vez mais. “A Quaresma, este tempo de encontro, é um retiro aonde nos aproximamos mais uns dos outros pela caridade, pela oração, pelo aprofundamento da Palavra. Este é um tempo onde devemos ter presente em cada um de nós a preparação para a festa maior da Igreja. Estamos nos preparando para celebrar a alegria da ressurreição. Neste esforço, haveremos de nos olhar uns aos outros e estender a mão para aqueles que precisam de nós, de nosso amor, de nosso carinho, principalmente neste tempo em que falamos de fraternidade e violência. Eu tenho tido uma experiência muito bonita neste momento. Tenho recebido a Eucaristia, recebi as cinzas e quero aproveitar para abençoar a todos vocês que, junto comigo, estão alimentando a fé e esta caminhada bonita, em preparação para a Páscoa”, finalizou Dom Wagner.

SOBRE O BISPO

Dom Antônio Wagner da Silva nasceu no dia 25 de março de 1944, na cidade de Luz, em Minas Gerais. Foi ordenado padre no dia 11 de dezembro de 1971, pela congregação Sagrado Coração de Jesus (SCJ) e nomeado bispo em 29 de março de 2000 quando passou a atuar como bispo-coadjutor, em Guarapuava. Depois da aposentadoria de Dom Giovanni Zerbini, Dom Wagner tornou-se bispo diocesano e atua até hoje à frente da Igreja Particular. Seu lema episcopal é: “Sint Unum”. (Que todos sejam um).

“...haveremos de nos olhar uns aos outros e estender a mão para aqueles que precisam de nós, de nosso amor, de nosso carinho...” Dom Wagner


Março - 2018

Diocese de Guarapuava

ARTIGO: A Quaresma e a Fraternidade Por Pe. Acácio Evêncio de Oliveira Vigário-geral da diocese de Guarapuava

“Aproveitemos esse tempo de treinamento para o caminho da paz, da justiça e da liberdade, promovendo em nós, nas famílias, nas igrejas, na sociedade, um ambiente favorável para a fraternidade[...]”. Um tempo especial para lançarmos um olhar para o nosso interior, para os que estão próximos de nós e vislumbrar os que estão distantes. Um tempo de fazermos um treinamento no caminho de preparação para a Grande Festa da Páscoa. E uma festa não pode ser bem celebrada se não for cuidadosamente preparada. Vamos prepará-la bem, seguindo Jesus, em seu caminho, na doação de sua vida por nós. Uns duzentos anos depois de Cristo, os cristãos, pensando em aproveitar melhor todos os frutos espirituais da Páscoa, introduziram o costume de celebrar três dias dedicados à oração à meditação e ao jejum, em sinal de luto pela morte de Cristo. Uns 150 anos depois aumentaram para 40 dias. Veio a Quaresma. Neste tempo favorável para a nossa conversão e preparação para a Páscoa, temos a Campanha da Fraternidade desde 1964, com os objetivos permanentes de: 1 - Despertar o espírito comunitário e cristão no Povo de Deus comprometendo em particular, os cristãos na busca do bem comum; 2 - Educar para a vida em fraternidade, a partir da justiça e do amor, exigência central do evangelho; 3 - Renovar a consciência da responsabilidade de todos pela ação da Igreja na evangelização, na promoção humana em vista de uma sociedade justa e solidária (todos devem evangelizar e todos devem sustentar a ação evangelizadora e libertadora da Igreja).

Neste ano, o lema proposto é: “Vós sois todos irmãos”(Mt 23,8), e o tema é “Fraternidade e superação da violência”. Aproveitemos esse tempo de treinamento para o caminho da paz, da justiça e da liberdade, promovendo em nós, nas famílias, nas igrejas, na sociedade, um ambiente favorável para a fraternidade, pois em cristo somos todos irmãos. Unidos em Cristo Jesus, como diocese de Guarapuava, na unidade que formamos e construímos juntos, continuemos invocando a intercessão de Nossa Senhora de Belém, rezando, pela saúde de nosso dispo diocesano, Dom Antônio Wagner da Silva, com votos de uma boa recuperação, podendo brevemente estar entre nós, realizando seu pastoreio nesta extensa diocese.

27

ARTIGO: Terço dos Homens no Ano do Laicato Por Dom Gil Antônio Moreira - Arcebispo de Juiz de Fora

A origem deste costume, de homens se reunirem para rezar o Terço, contudo, se perde na história. Há notícias de tais grupos ao menos desde 1912.

A Igreja presente no Brasil celebra, atualmente, o Ano dos Leigos. Teve início na Solenidade de Cristo Rei do Universo de 2017 e terá término em igual data no corrente ano de 2018. Tal ano temático diz respeito, muito de perto, aos grupos de Terço dos Homens, já conhecido, espalhado e admirado no País inteiro. É, de fato, uma das movimentações eclesiais iminentemente leigas, porquanto nasce, não por programação do clero, mas da base, reunindo hoje milhares de adeptos, de norte ao sul, de leste a oeste. São homens de idades variadas, adultos, jovens, crianças e idosos e das mais variadas classes sociais, como assalariados, profissionais liberais, funcionários públicos, médicos, juízes, professores, lavradores e outros. Muitos padres e bispos rezam o Terço com estes grupos semanalmente, mas não são os dirigentes e nem coordenadores, cabendo estas funções, de forma muito tranquila, aos leigos. A oração do Terço de Nossa Senhora, praticada historicamente pelos fiéis católicos em todo o mundo, sejam homens, mulheres, ministros ordenados ou religiosos consagrados, é uma excelente forma de meditação sobre os passos da vida de Jesus. Eis a razão pela qual o Papa São João Paulo II ensinou que o Terço é uma oração contemplativa. A sua Exortação Apostólica “Rosarium Virginis Mariae”, publicada a 16 de outubro de 2002, despertou em toda a Igreja um renovado interesse pela antiquíssima devoção do Rosário e seus efeitos continuam se propagando de forma encantadora por todo o orbe. É uma forma de contemplar Jesus com os olhos de Maria, tendo sido ela a criatura que mais perto esteve do Filho de Deus encarnado, durante toda a trajetória da Salvação. Nenhuma outra pessoa na terra esteve tão unida a Cristo quanto Maria. Desde a sua concepção até a morte na cruz, e ainda na ressurreição e após a ascensão, Maria está sempre presente e unida ao mistério de seu Filho Jesus, Deus e Homem verdadeiros. As iniciativas para formação de grupos da mencionada oração são diversas, surgindo comunidades de homens aqui e acolá, que tomam a decisão de se reunirem para rezar o Terço, quase sempre uma vez por semana comunitariamente, mas às vezes diariamente em família ou ainda solitariamente.

A origem deste costume, de homens se reunirem para rezar o Terço, contudo, se perde na história. Há notícias de tais grupos ao menos desde 1912. Porém, no Brasil, a iniciativa mais recente surgiu entre adeptos do Movimento “Maria Três Vezes Admirável de Shöensta�”, também conhecido como “Mãe Rainha”, presentes, sobretudo, no Norte e no Nordeste. Com o crescimento dos grupos, seja da experiência acima mencionada, seja de muitas outras iniciativas independentes do Movimento da Mãe Rainha, pessoalmente me interessei em apoiar todos os grupos, certo que estou do grande valor evangelizador, missionário e santificador de tal devoção. A partir de 2008, surgiram as romarias do Terço dos Homens ao Santuário de Aparecida, o que deu um extraordinário impulso ao movimento, nascendo daí muitas outras iniciativas pelo Brasil afora. Em 2009, fui nomeado pela CNBB, pelo então Presidente Dom Geraldo Lyrio Rocha, para Bispo Referencial do Terço dos Homens em todo o Brasil, serviço que venho prestando com muito gosto e disposição. Desde aquela ocasião, tenho procurado me esforçar para que a oração do Terço seja momento de contemplação dos Mistérios de Cristo, associado ao louvor e à súplica a Maria, e ainda oportunidade de maior engajamento dos homens do Terço na vida litúrgica e pastoral de suas paróquias ou comunidades. Além disso, vi nascer algo maravilhoso que veio de forma espontânea, que foi o interesse de muitos grupos no sentido de voltarem suas atenções para os pobres, realizando verdadeira obra social, caritativa e promocional, o que tem aliviado o padecimento de muitos irmãos empobrecidos e sofredores, vencendo, como podem, as situações de exclusão social. São leigos que vão assumindo sua condição de Igreja solidária no dia a dia. O Terço dos Homens tem se revelado também como força de transformação e de verdadeiras conversões. Leigos antes em descaminhos ou frios na fé, ao frequentar um grupo de Terço, têm mudado de vida e muitos têm se libertado de situações degradantes próprias de quem vive longe de Deus. Dias 16 e 17 de fevereiro de 2018, neste Ano do Laicato, aconteceu a 10ª Romaria Nacional do Terço dos Homens a Aparecida, data festiva que reuniu cerca de 70 mil homens no Santuário Nacional. No ano de 2017, as cifras ultrapassaram a setenta mil. Não há, no Brasil, atualmente, nenhum movimento e nem qualquer estrutura de Igreja que reúna tantos leigos em um mesmo lugar como o Terço dos Homens. As origens, as modalidades dos grupos são diferentes, mas todos estão unidos num mesmo objetivo: rezar o Terço de Nossa Senhora, contemplando os Mistérios de Cristo. Louvores sejam dados a Deus e a Nossa Senhora por esta surpresa animadora suscitada pelo Espírito Santo no Brasil e que vem se espalhando de forma tão encantadora e benéfica! Salve Maria, Salve Rainha!


28

Ano do Laicato

Diocese de Guarapuava

Março - 2018

Decanato Centro da diocese de Guarapuava realiza Encontro de Formação do Laicato O evento foi realizado na matriz Sant’Ana e reuniu mais 90 pessoas das paróquias e comunidades de Guarapuava. Palestras e dinâmicas mostraram a importância do leigo para a Igreja. No último dia 17 de fevereiro, 91 pessoas das paróquias do Decanato Centro da diocese de Guarapuava, participaram do Primeiro Encontro de Formação do Ano do Laicato de 2018. O evento foi realizado na paróquia Sant’Ana, e teve como tema “Sal da terra e Luz do mundo”. (Mt 5,13-14). A intenção dos trabalhos, segundo a coordenação do Laicato na diocese, foi multiplicar os conhecimentos e as informações acerca do assunto que busca nortear a importância do leigo na Igreja e na sociedade. Segundo o coordenador da Ação Evangelizadora na diocese, padre Itamar Abreu Turco, os encontros possibilitam trocas de experiências e o entendimento dos membros de cada paróquia ou comunidade acerca do assunto. “Este é um espaço para que o leigo e a leiga conheçam sua verdadeira função na comunidade. Todos nós, enquanto cristãos, temos uma missão e podemos levar esta tarefa adiante com amor, com envolvimento. A diocese de Guarapuava, com este encontro, mostrou que está preparada para enfrentar e vencer os desafios que possam surgir. A participação dos leigos é transformadora em nosso meio. Cada um que veio aqui representa muitos e leva diversas experiências. Isto é uma troca. Todos precisam fazer esta experiência numa Igreja cada vez mais participativa. Os padres e os religiosos são a minoria. Cada leigo, cada leiga tem sua missão de servir à Igreja. Obrigado a todos os que participaram e somaram conosco neste trabalho que não deve se encerrar no fim deste ano, mas que sim, precisa ser multiplicado em todos os tempos”, destacou padre Itamar. Joceli Ramos Zeni, que faz parte da comissão para o Laicato na diocese de Guarapuava, grifou que o encontro superou as expectativas e isto, conforme endossa, é fator motivador para disseminar novas ideias em se tratando da importância do leigo na Igreja e na sociedade. “O encontro foi de suma importância para nossa diocese, principalmente para o Decanato Centro. Participaram mais de cem pessoas, contando com a equipe organizadora. Ao todo, 13 paróquias da diocese se fizeram presentes, sendo 11 paróquias do Decanato Centro, mais a paróquia Santa Clara, de Candói e imaculada Conceição, de Palmital. As palestras, as dinâmicas e os estudos foram motivadores e nos apontaram caminhos claros por onde devemos seguir enquanto cristãos, enquanto Igreja que somos. A força está em cada um de nós e é preciso que o cristão leigo saiba disso e enfrente os desafios”, grifou Joceli. Todos os trabalhos tiveram como base o Documento 105 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).

No final do primeiro parágrafo da página 114 do Documento (105), está escrito que “[...] A comunidade eclesial, particularmente os bispos e os presbíteros, tem a missão de formar cristãos leigos e leigas missionários, conscientes, ativos, de forma que cada qual venha a contribuir com a educação dos demais, numa ação de aprendizagem mútua por todos os meios. [...]” , instrui o texto. “Este texto embasa com muita clareza sobre o papel de cada um de nós enquanto cristãos e leigos em nossa Igreja. Trabalhando com decanatos, contamos com a participação de mais pessoas e podemos assim, entender muito mais o Documento 105 que nos norteia e nos dá sustentação”, explicou Joceli.

SOBRE O LAICATO

De 26 de novembro de 2017 a 25 de novembro de 2018, a Igreja no Brasil celebra o Ano Nacional do Laicato. O tema que servirá como base para o período é: “Cristãos leigos e leigas, sujeitos na Igreja em saída, a serviço do Reino”. O trabalho tem como inspiração o livro de Mateus, capítulo 5, versículos 13-14 que diz: “Sal da Terra e Luz do Mundo” (Mt 5,13-14). Mesmo não estando na pauta de discussões da 38ª edição da Assembleia do Povo de Deus, que em 2017 foi realizada pelas Províncias, nos dias 23 e 24 de setembro, o assunto foi explanado no último dia do encontro, na paróquia Santo Antônio de Orleans, na Capital paranaense, aos representantes das dioceses que fazem parte da Província de Curitiba. Na ocasião, todos os bispos participantes do encontro concordaram em abrir espaço para que coordenadores do Conselho Nacional do Laicato do Brasil (CNLB) do Regional Sul 2 da CNBB, falassem do projeto que tem por objetivo principal, “celebrar a presença e a organização dos cristão leigos e leigas no Brasil” e assim, “aprofundar sua identidade, vocação, espiritualidade e missão”, para que em seguida, possam “testemunhar Jesus Cristo e seu Reino na sociedade”. Durante a explanação dos trabalhos que serão desenvolvidos ao longo de um ano, mas que servirão de inspiração para sempre, conforme a proposta, o integrante do Conselho de Leigos do Regional Sul 2 da CNBB, Tales Falleiros Lemos, que faz parte da diocese de Guarapuava, disse que envolver a sociedade no projeto é aproximar cada vez mais a igreja de quem precisa, como pede sempre o Papa Francisco.

“O trabalho será o de envolver toda a Igreja do Paraná em favor deste projeto que além de evangelizador, é vital para o crescimento de cada um em se tratando de cristianismo e de sociedade. A participação popular nos projetos é de fundamental importância, pois só através deste envolvimento é que podemos entender o que se passa com cada comunidade e trabalhar diretamente suas necessidades e anseios”, sublinhou Tales, na ocasião. Durante as explicações, o integrante também reforçou a importância de se criar a cultura do laicato na sociedade e assim, reformular a temática, bem como formar uma equipe de trabalho consistente ao longo do percurso. “Antes de qualquer ação, é preciso que se tenha capacitação. Devemos pensar e estudar a metodologia e incentivar a criação dos Conselhos de Leigos nas dioceses, paróquias e comunidades para que os assuntos de interesse público, bem como os documentos, possam ser estudados, vistos e disseminados com clareza por todos. Neste contexto, também se pretende despertar as vocações, com espaço para as vocações tardias dentro da sociedade, levando em conta a realidade de cada um”, observou Tales.

DOCUMENTO Nº 105 O Ano Nacional do Laicato pretende ainda “Dinamizar o estudo e a prática do documento 105: ‘Cristãos leigos e leigas na Igreja e na Sociedade’ e demais documentos do Magistério, em especial do Papa Francisco, sobre o Laicato; e estimular a presença e a atuação dos cristãos leigos e leigas, ‘verdadeiros sujeitos eclesiais’ (DAp, n. 497a), como “sal, luz e fermento” na Igreja e na Sociedade.

DESAFIOS Segundo o presidente do Regional Sul 2 da CNBB, o arcebispo de Cascavel, Dom Mauro Aparecido dos Santos, o Paraná é um Estado com municípios predominantemente agrícolas, com agronegócio forte, mas com muitos contrates e mazelas. Conforme o arcebispo, a população dessas regiões tem deixado o ambiente rural e seguido para grandes centros urbanos, como a grande São Paulo e a região metropolitana de Curitiba, que atualmente soma mais de 3,5 milhões de pessoas. Esse êxodo rural, com novas realidades urbanas e baixo grau de escolarização e profissionalização tem se apresentado como desafio evangelizador para a Igreja no Estado. A imigração também é uma realidade que merece atenção. Milhares de haitianos chegaram ao Estado nos últimos anos em busca de reconstrução de suas vidas. Neste contexto, Dom Mauro reforça a importância do leigo na função de aproximar a igreja de quem mais precisa. “Através do leigo, a Igreja vai ao encontro dessas pessoas que em muitos momentos, perderam até a esperança. O trabalho de cada leigo, de cada leiga forma uma base sólida de sustentação e de ajuda a quem mais precisa”, destaca o arcebispo. SERVIÇO Tanto o Documento de número 105, quanto os demais documentos da Igreja, bem como livros e materiais de estudo, estão disponíveis na Livraria Nossa Senhora de Belém, em Guarapuava, Rua XV de Novembro, 7466, Edifício Nossa Senhora de Belém, centro da cidade. Mais informações podem ser obtidas pelo telefone: 42 3304 3220.


Março - 2018

Diocese de Guarapuava

29

“Maria do sim, ensina-me a dizer meu sim!” “[...] A fé da jovem Maria da Anunciação não é a mesma da Maria do Calvário, amadurecida e provada na dor e na entrega total de si [...]”.

Papa Francisco encontra o clero da sua diocese O Pontífice identificou e reelaborou, também à luz da própria experiência e de outros presbíteros, os riscos e potencialidades que os padres encontram em sua vida e em seu ministério. Há várias idades no sacerdócio, cada uma com características peculiares que comportam dificuldades, mas possuem também recursos. Foi o que disse o Papa Francisco ao clero de Roma reunido em 15 de fevereiro na Basílica de São João de Latrão – sede da Diocese de Roma – para o tradicional encontro de início da Quaresma. O Pontífice identificou e reelaborou, também à luz da própria experiência e de outros presbíteros, os riscos e potencialidades que os padres encontram em sua vida e em seu ministério.

CONSELHO AOS JOVENS SACERDOTES

Francisco pediu aos jovens que busquem um estilo sacerdotal, como se fosse uma carta de identidade ou uma característica pessoal, porque todo sacerdócio é único. Efetivamente, é necessário olhar não tanto para as circunstâncias da vida, mas para a criação de um estilo próprio no exercício do ministério, a ser considerado, naturalmente, apesar dos limites de cada um. Aliás, Francisco convidou a identificar, envolver e a dialogar com esses limites. Em seguida, aconselhou os jovens sacerdotes a encontrar um guia espiritual, um homem sábio, porque para ser eclesiais se deve fazer as coisas diante de uma testemunha para confrontar-se. Ademais, o sacerdote é um homem celibatário, mas não pode viver sozinho, precisa de um guia que lhe seja de auxílio no discernimento neste tempo da fecundidade.

PADRES DE IDADE INTERMEDIÁRIA: TEMPO DA PODA E DA PROVAÇÃO

Referindo-se aos padres que atravessam uma idade intermediária – entre os quarenta e os cinquenta anos –, o Pontífice reservou um encorajamento e uma advertência. Este é o tempo da poda e da provação. O padre desta idade é como um marido para quem com o tempo passaram a paixão e as emoções juvenis. Assim se dá também na relação com Deus. Neste período é ainda mais preciso um guia para o discernimento e muita oração, porque é perigoso seguir avante sozinhos. É o momento no qual se vê crescer os filhos espirituais e no qual a fecundidade começa a diminuir. É também o tempo das tentações das quais se pode envergonhar-se, mas, observou Francisco, o demônio é que deveria envergonhar-se por insinuá-las. O importante é não ceder. Inicia-se também o período das despedidas, por conseguinte, é bom começar a aprender a despedir-se.

PADRES ANCIÃOS: TEMPO DO PERDÃO INCONDICIONAL

Por fim, o Papa propôs uma reflexão para os padres que têm mais de cinquenta anos. Estes se encontram no tempo da sabedoria em que são chamados a oferecer a sua amabilidade e disponibilidade, inclusive com o sorriso. Os fiéis que se aproximam de um confessor ancião não se sentem intimidados, veem nele um homem acolhedor.

“Os padres anciãos ainda podem fazer muito, sobretudo com a pastoral do ouvido, ou seja, escutando, fazendo-se próximo de quem se encontra na dor, mostrando compaixão”, afirmou. Este é o tempo do perdão incondicional, disse o Santo Padre, que convidou os padres anciãos a dialogar com os jovens e a ajudá-los a encontrar as raízes das quais as novas gerações de hoje precisam.

DISCERNIR OS SINAIS DOS TEMPOS: NÃO HÁ SOMENTE COISAS NEGATIVAS

Concluindo, o bispo de Roma convidou os sacerdotes a discernir os sinais dos tempos, a ver a realidade escondida, porque não há somente coisas negativas. E também aconselhou a ler dois livros: um de Anselm Grũn e um de René Voillaume. Tendo chegado à Basílica de São João de Latrão às 10h30 locais, horário em que estava em andamento a liturgia penitencial conduzida pelo vigário do Papa para a Diocese de Roma, Dom Angelo de Donatis, Francisco atendeu confissão durante mais de uma hora. Ao término de sua meditação, antes da bênção conclusiva, foi oferecido a todos os presentes um volume intitulado Caros irmãos no sacerdócio... Textos dos bispos de Roma ao clero romano para o Ofício das leituras feriais da Quaresma.

VISITA SURPRESA AO PONTIFÍCIO SEMINÁRIO ROMANO MAIOR

Em seguida, fora do programa, tomando a todos de surpresa, Francisco visitou o Pontifício Seminário Romano Maior – adjacente à basílica papal –, onde rezou na capela de Nossa Senhora da Confiança e almoçou com setenta seminaristas. Na tarde precedente, o Santo Padre presidira à santa missa da Quarta-feira de Cinzas, na basílica romana de Santa Sabina, ao término da procissão penitencial que havia partido da igreja de Santo Anselmo no Aventino – uma das sete colinas de Roma. Na homilia, Francisco ressaltou que a Quaresma é um “tempo precioso para desmascarar” as “tentações e deixar que o nosso coração volte a bater segundo o palpitar do coração de Jesus”. L’Osservatore Romano

No último dia 02 de fevereiro, a diocese de Guarapuava celebrou solenemente sua padroeira, Nossa Senhora de Belém, querida e amada pelo povo, com uma história que se entrelaça profundamente com a história da cidade e da própria diocese. Celebrar Maria é sempre uma oportunidade para olharmos não apenas para ela, toda pura e agraciada, mas, principalmente, para voltarmos nosso olhar e nosso coração para a misericórdia de Deus àqueles que lhe são fiéis em seu projeto de vida e amor. Mas aí podemos nos perguntar se a fidelidade de Maria tem algo a nos dizer, enquanto vocacionados e discípulos de Jesus, visto que já na Sagrada Escritura, ela é bem-aventurada, feliz, porque acreditou na promessa que o Senhor lhe fazia; “Feliz és tu que creste, porque se cumprirá o que o Senhor te anunciou” (Lc 1, 45). Por conseguinte, questionamo-nos como a fidelidade de Maria pode nos iluminar em nossa vida vocacional? Primeiramente, percebemos uma semelhança entre a Anunciação (Lc 1, 26-38) e outras cenas de anúncio da Bíblia, como Abraão (Gn 17, 19-21), e percebemos algo muito importante: a iniciativa do chamado vocacional é sempre de Deus, Ele nos “primeireia”, como afirma o Papa Francisco. Contudo, a Anunciação mais do que elucidar o nascimento de Jesus se propõe a nos contar sobre a vocação de Maria e o seu generoso “sim”. Diante da proposta do anjo, Maria apresenta uma dificuldade, pois como seria possível engravidar se ela não “conhecia” homem, ou seja, se ela era virgem? Isso é um claro sinal de que a vocação nunca é uma certeza plena e imediata, mas sim um processo que ilumina a pessoa por toda a sua trajetória como afirmou o Papa Bento XVI: “Cada vocação encontra resposta num caminho, na busca de uma vida inteira”. Isso acontece porque a fé não é algo pronto, mas que se constrói: a fé da jovem Maria da Anunciação não é a mesma da Maria do Calvário, amadurecida e provada na dor e na entrega total de si, mas, ao mesmo tempo, ela continua sendo bem-aventurada, porque não apenas deu seu assentimento ao plano de salvação, mas porque o manteve e o sustentou durante toda a vida. Nesse sentido, também o Concílio Vaticano II, na Constituição Dogmática Lumen Gentium, discorreu sobre a importância da Virgem Maria para toda a Igreja, que é a grande vocacionada ao seguimento de Jesus. Maria é o grande modelo para toda a comunidade de fé, pois ela “entrou intimamente na história da salvação, de certo modo reúne em si e reflete as maiores exigências da fé; quando é exaltada e honrada, ela atrai os fiéis para seu Filho, para o sacrifício dele e para o amor do Pai” (Lumen Gentium, 65). Por isso, se queremos ser uma Igreja autenticamente discípula-missionária de Cristo é imprescindível que olhemos para a vida e a santidade de Maria. Por tudo isso, percebemos que a fidelidade de Maria tem muito a nos ajudar a compreender o nosso itinerário vocacional, seja no presbiterado, na vida consagrada ou como leigos engajados, uma vez que a Virgem também precisou amadurecer e discernir bem para dizer o sim que mudaria a história. Além disso, a entrega total dela a vontade do Pai só aconteceu porque esse mesmo sim foi provado nas dificuldades, uma vez que “o sofrimento produz paciência e prova a fidelidade” (Cf. Rm 5,3). E essa fidelidade comprovada hoje é contemplada e reverenciada por nós como a Mãe, Modelo e Rainha das Vocações! Nossa Senhora de Belém, rogai por nós! Seminarista José Vitor Cozechen Seller 2º ano de Teologia


30

Diocese de Guarapuava

Março - 2018

Naquele tempo, 1Jesus saiu com os discípulos para o outro lado da torrente do Cedron. Havia aí um jardim, onde ele entrou com os discípulos. 2Também Judas, o traidor, conhecia o lugar, porque Jesus costumava reunir-se aí com os seus discípulos. 3Judas levou consigo um destacamento de soldados e alguns guardas dos sumos sacerdotes e fariseus, e chegou ali com lanternas, tochas e armas. 4Então Jesus, consciente de tudo o que ia acontecer, saiu ao encontro deles e disse: “A quem procurais?” 5Responderam: “A Jesus, o Nazareno”. Ele disse: “Sou eu”.Judas, o traidor, estava junto com eles. 6Quando Jesus disse: “Sou eu”, eles recuaram e caíram por terra.7De novo lhes perguntou: “A quem procurais?” Eles responderam: “A Jesus, o Nazareno”. 8Jesus respondeu: “Já vos disse que sou eu. Se é a mim que procurais, então deixai que estes se retirem”. 9Assim se realizava a palavra que Jesus tinha dito: “Não perdi nenhum daqueles que me confiaste”. 10Simão Pedro, que trazia uma espada consigo, puxou dela e feriu o servo do sumo sacerdote, cortando-lhe a orelha direita. O nome do servo era Malco. 11Então Jesus disse a Pedro: “Guarda a tua espada na bainha. Não vou beber o cálice que o Pai me deu?” 12Então, os soldados, o comandante e os guardas dos judeus prenderam Jesus e o amarraram. 13Conduziram-no primeiro a Anás, que era o sogro de Caifás, o Sumo Sacerdote naquele ano. 14 Foi Caifás que deu aos judeus o conselho: “É preferível que um só morra pelo povo”. 15Simão Pedro e um outro discípulo seguiam Jesus. Esse discípulo era conhecido do Sumo Sacerdote e entrou com Jesus no pátio do Sumo Sacerdote. 16Pedro ficou fora, perto da porta. Então o outro discípulo, que era conhecido do Sumo Sacerdote, saiu, conversou com a encarregada da porta e levou Pedro para dentro. 17A criada que guardava a porta disse a Pedro: “Não pertences também tu aos discípulos desse homem?” Ele respondeu: “Não”. 18Os empregados e os guardas fizeram uma fogueira e estavam se João aquecendo, pois fazia frio. Pedro ficou com eles, aquecendo-se. 19Entretanto, o Sumo Sacerdote interrogou Jesus a respeito de seus discípulos e de seu ensinamento. 20Jesus lhe respondeu: “Eu falei às claras ao mundo. Ensinei sempre na sinagoga e no Templo, onde todos os judeus se reúnem. Nada falei às escondidas. 21Por que me interrogas? Pergunta aos que ouviram o que falei; eles sabem o que eu disse”. 22 Quando Jesus falou isso, um dos guardas que ali estava deu-lhe uma bofetada, dizendo: “É assim que respondes ao Sumo Sacerdote?” 23Respondeu-lhe Jesus: “Se respondi mal, mostra em quê; mas, se falei bem, por que me bates?” 24Então, Anás enviou Jesus amarrado para Caifás, o Sumo Sacerdote. 25Simão Pedro continuava lá, em pé, aquecendo-se. Disseram-lhe: “Não és tu, também, um dos discípulos dele?” Pedro negou: “Não!” 26Então um dos empregados do Sumo Sacerdote, parente daquele a quem Pedro tinha cortado a orelha, disse: “Será que não te vi no jardim com ele?” 27 Novamente Pedro negou. E na mesma hora, o galo cantou. 28De Caifás, levaram Jesus ao palácio do governador. Era de manhã cedo. Eles mesmos não entraram no palácio, para não ficarem impuros e poderem comer a páscoa. 29Então Pilatos saiu ao encontro deles e disse: “Que acusação apresentais contra este homem?” 30Eles responderam: “Se não fosse malfeitor, não o teríamos entregue a ti!” 31Pilatos disse: “Tomai-o vós mesmos e julgai-o de acordo com a vossa lei”. Os judeus lhe responderam: “Nós não podemos condenar ninguém à morte”. 32Assim se realizava o que Jesus tinha dito, significando de que morte havia de morrer. 33Então Pilatos entrou de novo no palácio, chamou Jesus e perguntou-lhe: “Tu és o rei dos judeus?” 34Jesus respondeu: “Estás dizendo isto por ti mesmo ou outros te disseram isto de mim?” 35Pilatos falou: “Por acaso, sou judeu? O teu povo e os sumos sacerdotes te entregaram a mim. Que fizeste?” 36Jesus respondeu: “O meu reino não é deste mundo. Se o meu reino fosse deste mundo, os meus guardas lutariam para que eu não fosse entregue aos judeus. Mas o meu reino não é daqui”. 37Pilatos disse a Jesus: “Então, tu és rei?” Jesus respondeu: “Tu o dizes: eu sou rei. Eu nasci e vim ao mundo para isto: para dar testemunho da verdade. Todo aquele que é da verdade escuta a minha voz”. 38Pilatos disse a Jesus: “O que é a verdade?” Ao dizer isso, Pilatos saiu ao encontro dos judeus, e disse-lhes: “Eu não encontro nenhuma culpa nele. 39Mas existe entre vós um costume, que pela Páscoa eu vos solte um preso. Quereis que vos solte o rei dos Judeus?” 40 Então, começaram a gritar de novo: “Este não, mas Barrabás!” Barrabás era um bandido. 19,1Então Pilatos mandou flagelar Jesus. 2Os soldados teceram uma coroa de espinhos e colocaram-na na cabeça de Jesus. Vestiram-no com um manto vermelho, 3aproximavam-se dele e diziam: “Viva o rei dos judeus!” E davam-lhe bofetadas. 4Pilatos saiu de novo e disse aos judeus: “Olhai, eu o trago aqui fora, diante de vós, para que saibais que

não encontro nele crime algum”. 5Então Jesus veio para fora, trazendo a coroa de espinhos e o manto vermelho. Pilatos disse-lhes: “Eis o homem!” 6Quando viram Jesus, os sumos sacerdotes e os guardas começaram a gritar: “Crucifica-o! Crucifica-o!” Pilatos respondeu: “Levai-o vós mesmos para o crucificar, pois eu não encontro nele crime algum”. 7Os judeus responderam: “Nós temos uma Lei, e, segundo esta Lei, ele deve morrer, porque se fez Filho de Deus”. 8Ao ouvir estas palavras, Pilatos ficou com mais 9 medo ainda. Entrou outra vez no palácio e perguntou a Jesus: “De onde és tu?” Jesus ficou calado. 10Então Pilatos disse: “Não me respondes? Não sabes que tenho autoridade para te soltar e autoridade para te crucificar?” 11Jesus respondeu: “Tu não terias autoridade alguma sobre mim, se ela não te fosse dada do alto. Quem me entregou a ti, portanto, tem culpa maior”. 12Por causa disso, Pilatos procurava soltar Jesus. Mas os judeus gritavam: “Se soltas este homem, não és amigo de César. Todo aquele que se faz rei, declara-se contra César”. 13Ouvindo essas palavras, Pilatos levou Jesus para fora e sentou-se no tribunal, no lugar chamado “Pavimento”, em hebraico “Gábata”. 14Era o dia da preparação da Páscoa, por volta do meio-dia. Pilatos disse aos judeus: “Eis o vosso rei!” 15Eles, porém, gritavam: “Fora! Fora! Crucifica-o!” Pilatos disse: “Hei de crucificar o vosso rei?” Os sumos sacerdotes responderam: “Não temos outro rei senão César”. 16Então Pilatos entregou Jesus para ser crucificado, e eles o levaram. 17Jesus tomou a cruz sobre si e saiu para o lugar chamado Calvário”, em hebraico “Gólgota”. 18Ali o crucificaram, com outros dois: um de cada lado, e Jesus no meio. 19 Pilatos mandou ainda escrever um letreiro e colocálo na cruz; nele estava escrito: “Jesus Nazareno, o Rei dos Judeus”. 20Muitos judeus puderam ver o letreiro, porque o lugar em que Jesus foi crucificado ficava perto da cidade. O le11, 25 treiro estava escrito em hebraico, latim e grego. 21 Então os sumos sacerdotes dos judeus disseram a Pilatos: “Não escrevas ‘O Rei dos Judeus’, mas sim o que ele disse: ‘Eu sou o Rei dos judeus’”. 22Pilatos respondeu: “O que escrevi, está escrito”. 23Depois que crucificaram Jesus, os soldados repartiram a sua roupa em quatro partes, uma parte para cada soldado. Quanto à túnica, esta era tecida sem costura, em peça única de alto abaixo. 24Disseram então entre si: “Não vamos dividir a túnica. Tiremos a sorte para ver de quem será”. Assim se cumpria a Escritura que diz: “Repartiram entre si as minhas vestes e lançaram sorte sobre a minha túnica”. Assim procederam os soldados. 25Perto da cruz de Jesus, estavam de pé a sua mãe, a irmã da sua mãe, Maria de Cléofas, e Maria Madalena. 26 Jesus, ao ver sua mãe e, ao lado dela, o discípulo que ele amava, disse à mãe: “Mulher, este é o teu filho”. 27Depois disse ao discípulo: “Esta é a tua mãe”. Daquela hora em diante, o discípulo a acolheu consigo. 28Depois disso, Jesus, sabendo que tudo estava consumado, e para que a Escritura se cumprisse até o fim, disse: “Tenho sede”. 29Havia ali uma jarra cheia de vinagre. Amarraram numa vara uma esponja embebida de vinagre e levaram-na à boca de Jesus. 30Ele tomou o vinagre e disse: “Tudo está consumado”. E, inclinando a cabeça, entregou o espírito. 31Era o dia da preparação para a Páscoa. Os judeus queriam evitar que os corpos ficassem na cruz durante o sábado, porque aquele sábado era dia de festa solene. Então pediram a Pilatos que mandasse quebrar as pernas aos crucificados e os tirasse da cruz. 32Os soldados foram e quebraram as pernas de um e depois do outro que foram crucificados com Jesus. 33Ao se aproximarem de Jesus, e vendo que já estava morto, não lhe quebraram as pernas; 34mas um soldado abriu-lhe o lado com uma lança, e logo saiu sangue e água. 35Aquele que viu dá testemunho e seu testemunho é verdadeiro; e ele sabe que fala a verdade, para que vós também acrediteis. 36Isso aconteceu para que se cumprisse a Escritura, que diz: “Não quebrarão nenhum dos seus ossos”. 37E outra Escritura ainda diz: “Olharão para aquele que transpassaram”. 38Depois disso, José de Arimatéia, que era discípulo de Jesus — mas às escondidas, por medo dos judeus —, pediu a Pilatos para tirar o corpo de Jesus. Pilatos consentiu. Então José veio tirar o corpo de Jesus. 39Chegou também Nicodemos, o mesmo que antes tinha ido a Jesus de noite. Trouxe uns trinta quilos de perfume feito de mirra e aloés. 40Então tomaram o corpo de Jesus e envolveram-no, com os aromas, em faixas de linho, como os judeus costumam sepultar. 41No lugar onde Jesus foi crucificado, havia um jardim e, no jardim, um túmulo novo, onde ainda ninguém tinha sido sepultado. 42Por causa da preparação da Páscoa, e como o túmulo estava perto, foi ali que colocaram Jesus.

Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim, ainda que tenha morrido, viverá!” “

Na essência de Jesus Cristo ressuscitado, o amor que germina, brota e se fortalece, ressurgindo em forma de vida plena.

FELIZ PÁSCOA!


Março - 2018

Diocese de Guarapuava

31

ENTREVISTA: esmola, jejum e oração: o tripé da espiritualidade quaresmal “O nome Quaresma lembra quarenta dias de purificação e penitência [...] A oração, sobretudo, deve animar a espiritualidade da Quaresma”, orienta Dom Armando Bucciol. A Igreja vive seu tempo quaresmal. O período significa inaugurar um tempo de penitência, em preparação para a Páscoa do Senhor. Essa etapa certamente desperta em todos os cristãos a necessidade de revisão de vida, tanto em nível pessoal como social. Neste sentido, o portal da CNBB realizou uma entrevista exclusiva com o bispo de Livramento de Nossa Senhora, na Bahia e presidente da Comissão para a Liturgia, Dom Armando Bucciol, que falou sobre a espiritualidade e intensidade do tempo quaresmal. CNBB: Desde quando a Quaresma é vivenciada como tempo intenso de preparação para a Páscoa? Dom Armando: Para celebrar a festa das festas, a Páscoa, a Igreja propõe desde o início de sua caminhada uma adequada preparação. Nos primeiros séculos, após ter focalizado no Dia do Senhor o centro de sua vida espiritual, em meados do segundo século, eis que se celebra a Festa da Páscoa. A Páscoa anual é celebrada com uma solene vigília. Ao redor desse núcleo forma-se o tríduo sagrado e a Páscoa é celebrada em três dias. A solenidade da Páscoa se prolonga numa festa de 50 dias até o Pentecostes. O desejo de se reproduzir os fatos da vida de Jesus, sobretudo por parte da Igreja de Jerusalém faz nascer algumas celebrações daquela que será chamada de Semana Santa. Elemento importante foi a conversão do Batismo durante a vigília pascoal no começo do terceiro século e a missa para a reconciliação dos penitentes desde o quinto século, a partir disso, forma-se a Quaresma como preparação à Páscoa. CNBB: Quais foram os primeiros testemunhos sobre a existência da Quaresma? Dom Armando: Temos os primeiros testemunhos sobre a existência da Quaresma já no século IV, um tempo de preparação de três semanas. Vários testemunhos de quarenta dias de preparação para a Páscoa se encontram ao longo do IV século. CNBB: Como era feita a preparação para o período? Dom Armando: Para o desenvolvimento da Quaresma contribuiu a organização do catecumenato, tempo de preparação aos ensinamentos de Iniciação à Vida Cristã para os Adultos que nesse século alcançam seu apogeu. No Sábado Santo celebravam-se o Batismo com a unção crismal e a celebração da Eucaristia, neste período, a Quaresma torna-se tempo forte de penitência para a reconciliação dos pecadores e acontecia uma grande celebração de acolhida na Quinta-feira da Semana Santa pela manhã. CNBB: Em sua essência, as celebrações permanecem como no início, não? Dom Armando: As características ‘batismal e penitencial’ permanecem na celebração da Quaresma até os dias atuais. O Sacrosanctum Concilium Sobre a Liturgia Sagrada as reconhece quando tanto na liturgia quanto na catequese litúrgica esclarece-se a dupla índole do tempo quaresmal que, principalmente, pela lembrança ou preparação do Batismo e pela penitência fazendo os fiéis ouvirem com mais frequência a Palavra de Deus e entregarem-se à oração os dispõe à celebração pascoal. CNBB: Qual o significado do nome “Quaresma”? Dom Armando: O nome Quaresma lembra quarenta dias de purificação e penitência.

Dicas de Leitura

da Biblioteca Diocesana Nossa Senhora de Belém Livro: Alimento Sólido Autor: Prof. Felipe Aquino Editora: Canção Nova Os grande Santos escritores dos primeiros séculos da Igreja nos deixaram, de maneira clara e profunda, as bases da fé católica e da Teologia. Eles são, como disse João Paulo II, “os melhores intérpretes da Sagrada Escritura” e, por isso, seus escritos são sempre atuais. Eles formularam a fé católica de maneira sólida. Conheça um pouco sobre esses grandes gigantes da fé, seus ensinamentos são alimento sólido!

CNBB: E Quanto à origem deste nome, Dom Armando? Há alguma outra explicação quer remonta ao período? Dom Armando: Quarenta é um número que recorda muitas páginas bíblicas. Só para lembrar um pouco, temos os quarenta dias do Dilúvio; Moisés no Monte Sinai; os quarenta anos da caminhada do Povo de Deus pelo deserto; o profeta Elias que caminha quarenta dias e quarenta noites até o Monte Horebe e o profeta Jonas que dá um tempo de quarenta dias para o povo de Nínive se converter. Mas, sobretudo, lembremos nos Evangelhos o espírito que fez sair Jesus para o Deserto e lá por quarenta dias foi posto à prova por Satanás e ele convivia com feras e os anjos o serviam. CNBB: Como podemos celebrar e viver a espiritualidade desse tempo quaresmal? Dom Armando: Na celebração da Quaresma temos como já vimos os testemunhos já nos primeiros séculos da Igreja. No entanto, hoje celebramos a Quaresma no dia de abertura na Quarta-Feira de Cinzas. Três palavras são propostas como características da espiritualidade da quaresma: esmola, jejum e oração. CNBB: em se tratando de oração, este é um dos períodos mais propensos a esta prática cristã... Dom Armando: Com certeza. A oração, sobretudo, deve animar a espiritualidade da Quaresma. Uma oração feita no silêncio do próprio quarto, da interioridade para meditar a Palavra, para deixar que a Palavra compenetre e transforme a nossa vida é a base para tudo. Depois a oração, então, aí sim seremos capazes de jejum. Lembrando que não é só jejum da carne, dos alimentos, mas de palavras inúteis, do uso do celular em excesso, do uso das redes sociais em excesso, uma esmola que se torna sensibilidade social, atenção aos mais pobres, solidariedade. São todas as coisas que poderíamos melhorar e que podemos e devemos melhorar olhando para o Senhor Jesus que nos amou até dar a sua vida, que preparou a sua missão como os grandes profetas, como o seu povo lá no Deserto, purificando-se, orando, entrando em diálogo com o Pai. CNBB: Qual mensagem deixaria para que todos possam mergulhar no mistério quaresmal? Dom Armando: Desejo a todos, irmãos e irmãs, que possamos viver a Páscoa, mesmo em dias de correrias e atribulações. Devemos abrir nossos corações e nossas mentes para que, iluminados com a Palavra de Deus, nos sintamos prontos a viver com verdade e plenitude o amor do Pai. Com isso, tornamos renovada a nossa vida também e juntos, podemos celebrar com maior intensidade espiritual o sacramento da reconciliação, passando a viver a plenitude da luz pascal em nossa vida. CNBB

Livro: Você Pode Viver Em Plenitude Autor: Frei Clemente Kesselmeier Editora: Vozes Neste livro, Frei Clemente convoca o leitor a deixar de lado a preguiça, a passividade e a resignação. Criados à imagem e semelhança de Deus, nós nunca estamos plenamente acabados, realizados, construídos. Conforme o texto, somos um projeto, um sonho, um anseio, uma meta. A liberdade responsável e a vida em plenitude foram reveladas para todos em Cristo através do mandamento do amor. Viver de uma maneira concreta e plenamente realizada é viver esta suprema lei do amor: amando a si mesmo, aos semelhantes e a Deus. Livro: Nunca Desista de Seus Sonhos Autor: Augusto Cury Editora: Sextante Os sonhos são como uma bússola, indicando os caminhos que seguiremos e as metas que queremos alcançar. São eles que nos impulsionam, nos fortalecem e nos permitem crescer. Se os sonhos são pequenos, nossas possibilidades de sucesso também serão limitadas. Desistir dos sonhos é abrir mão da felicidade, porque quem não persegue seus objetivos está condenado a fracassar em cem por cento das vezes. “Os sonhos trazem saúde para a emoção, equipam o frágil para ser autor da sua história, renovam as forças do ansioso, animam os deprimidos, transformam os inseguros em seres humanos de raro valor. Os sonhos fazem os tímidos terem golpes de ousadia e os derrotados serem construtores de oportunidades”, escreve o autor. Livro: Sandra, meu colar de brilhantes Autora: Neiva Annes Limberger Edição independente Este livro carrega em si muito mais do que uma história de vida. Cada página foi impregnada de uma intensa experiência de amor, superação, fé, esperança e de um grande testemunho de vida, de uma família inteira, mas de modo especial na atenção dedicada de uma mãe, que fez da realidade de ter uma filha “especial”, sua grande missão. Este livro é capaz de emocionar, inspirar e principalmente indicar o caminho que nos dá a força necessária, para superar os maiores desafios da vida. Filme: Jesus, Amigo da Família Diretor/Produtor: Natali Rangel Distribuidora: Paulinas DVD As histórias do Homem de Nazaré, contadas por Benjamim, Caleb, Sara, Joel, Lea e Natan, crianças que viveram em Jerusalém no ano 30 DC., que acompanham Jesus para ver o que este homem incrível, que ama as crianças vai fazer em seguida. Elas veem Jesus sendo acusado injustamente, crucificado e sepultado, mas se lembram da promessa Do Messias e creem que irão vê-lo novamente. A história é baseada no Livro de Lucas.


32

Diocese de Guarapuava

Marรงo - 2018


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.