Boletim Diocesano. Edição 465. Guarapuava.

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Diocese de Guarapuava

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Boletim Diocesano • Edição 465 • Abril de 2018 • www.diopuava.org.br • Compartilhe: #diopuava

Formação sacerdotal e para a vida Local de fé e de muito estudo, o Seminário Diocesano Nossa Senhora de Belém é parte de um sonho que se concretizou e continua pujante. Página 26

Assembleia dos bispos do Paraná faz balanço dos trabalhos da Igreja no último ano

Há 25 anos, padre Erondi Alves da Silva dava seu “sim” ao sacerdócio

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Diocese de Guarapuava

Abril - 2018

Editorial O tempo é Pascal, de renascimento, de renovação... Nesta edição, lembramos também, com muita alegria, os cinco anos de trabalho do Papa Francisco à frente da Igreja. O Pontífice foi eleito no dia 13 de março de 2013. Já estamos no Tempo Pascal. Esta é uma época de renascimento, de renovação. Toda renovação passa por mudanças, pois elas fazem parte de um ciclo natural na vida de cada um de nós. Devemos estar preparados e com disposição de seguir em frente, sempre com muita alegria e amor, inspirados na vida de Jesus Cristo, que se entregou em nosso favor, como o verdadeiro Cordeiro. Avançamos para a edição de número 465 do Jornal A Igreja na Diocese de Guarapuava (Boletim Diocesano) e temos ótimas notícias a dar nesta oportunidade. Dom Antônio Wagner da Silva, que passou por um grave problema de saúde, foi internado em um hospital de Roma na Itália, quando participava de um encontro de sua congregação, os Dehoonianos, retornou a Guarapuava no início do mês de março e se recupera muito bem. Em entrevista, o bispo agradeceu a todos pelas inúmeras orações e considera que Deus lhe proporcionou uma nova oportunidade na vida e é preciso aproveitar todos os momentos. “[...] Este problema de saúde me deixou muito fraco, mas, com a graça de Deus, as orações de tantas pessoas e o brilhante trabalho dos médicos, eu consegui sair daquele estado de quase morte. Não há como descrever esta sensação, a situação porque passei. Foi mais uma das experiências que Deus reserva para cada um de nós [...]”, lembrou, Dom Wagner. Nesta edição, lembramos também, com muita alegria, os cinco anos de trabalho do Papa Francisco à frente da Igreja. O Pontífice foi eleito no dia 13 de março de 2013. Neste curto espaço de tempo, o santo padre que se mostra como uma das pessoas mais importantes do mundo; dá lições de amor e humildade todos os dias e esta sua característica leva as multidões a refletir sobre o que, de fato queremos e com o quê contribuímos em favor da humanidade?! Viagens apostólicas, emissão de documentos e centenas de discursos para as mais distintas comunidades, fazem parte do dia a dia de Francisco. Com alegria, o bispo de Roma prega a paz e a união entre as pessoas, num esforço contínuo para manter a Igreja sempre firme e perseverante em sua caminhada. A Igreja no Brasil vive um momento especial, com o Ano do Laicato. Este é um tempo, conforme orientação da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), para se pensar e, sobretudo, para se valorizar o leigo como verdadeira preciosidade para a Igreja. Em mais de noventa por cento das atividades católicas, o leigo figura como o principal agente. Os trabalhos com os leigos, segundo as orientações da CNBB, devem ir além do ano de 2018, pois esta é uma tarefa permanente de esforço mútuo entre todos.

Não podemos nos esquecer de uma ideia brilhante que nasceu no Paraná, através do Regional Sul 2 da CNBB, que é o projeto “Cada comunidade uma nova vocação”. O secretário executivo do Regional Sul 2, padre Mário Spaki, foi o precursor deste trabalho que tem por objetivo, rezar uma dezena do terço em favor das Vocações em cada encontro, palestras ou celebrações da Igreja. Inicialmente, as comunidades do Paraná se envolveram no projeto que rapidamente ganhou grandes dimensões. Atualmente, diversas dioceses de todo o Brasil, passaram a rezar pelas vocações numa imensa corrente de amor. Segundo padre Mário, ao elevar os pensamentos a Deus, as resposta positivas passam a surgir em todas as comunidades, por mais isoladas que estas possam estar. A diocese de Guarapuava vive um momento muito importante de mudança e renovação. No dia 01 de março, o padre Carlos de Oliveira Egler, foi nomeado ecônomo. Ele ocupa o lugar do padre Sercio Ribeiro Catafesta, que permaneceu no cargo por seis anos. “A economia da Igreja é, antes de tudo, um trabalho de evangelização. Eu agradeço pela confiança em mim depositada pelo bispo Dom Wagner e demais Conselhos, pois conto com o apoio de uma equipe preparada e muito eficiente no desempenho das tarefas. Isso me deixa muito confiante, pois sei que posso contar com cada um desses colaboradores e amigos. Pretendo dar seguimento ao trabalho excelente que já vinha sendo feito pelo padre Sercio que, ao longo de seis anos, promoveu muitas mudanças e melhorias em nossa diocese. Conto com as orações de todos para que eu possa trabalhar com discernimento e muita dedicação sempre buscando o melhor para a nossa Igreja”, falou padre Carlos, em entrevista. Fechando o editorial da edição 465, do nosso Boletim Diocesano, noticiamos, com muita alegria, os 25 anos de sacerdócio do padre Erondi Alves da Silva, pároco da paróquia Nossa Senhora Imaculada Conceição, em Palmital. Ao longo de um quarto de século, padre Erondi desempenhou diversas funções junto à diocese de Guarapuava. Em seus trabalhos, a missão e a evangelização sempre estiveram em primeiro lugar. Assim como em todas as edições, agradecemos imensamente a você, caro leitor que sempre é sinônimo de alegria e de prestígio para com esta publicação. Sem sua leitura, crítica ou sugestão, nossa razão de estar aqui e desenvolver este trabalho, seria nula. Muito obrigado! Que todos nós vivamos este momento Pascal e que o renascimento de Jesus Cristo seja norteador de todos os nossos pensamentos e ações. Ótima leitura com as bênçãos de Deus, sob a proteção de Nossa Senhora de Belém.

Obrigado!

Nesta edição, expressamos nossos sinceros agradecimentos às seguintes pessoas, empresas e instituições: Radio Vaticano (www.vaticannews.va), CNBB (www.cnbb.org.br), CNBB Regional Sul 2 (www.cnbbs2.org.br), Central Cultura de Comunicação (www.centralcultura.com.br), Matheus Pellin, diocese de Vacaria - RS, Felipe Larozza, diocese de Paranavaí-PR, Luiz Lopes Júnior, Eloísa Criataldo (Agência Brasil), Andre Robes, Pe. Rafael Vieira, Nestor Adolfo Eckart, Rosberg Flores, Allan de Carvalho, Millena Guimarães, Pe. José Alir Moreira, Nicolas Thanrique, Salete Furman, Hildegard Angel e seminaristas da Diocese de Guarapuava. Agradecemos também, aos agentes da Pastoral da Comunicação (Pascom) das paróquias e comunidades que, com seus trabalhos voluntários e evangelizadores, nos ajudam a fazer, todos os meses, este jornal!

CONSELHO EDITORIAL

CENTRO DIOCESANO DE COMUNICAÇÃO BOLETIM DIOCESANO / INFORME INTERNO

Rua XV de Novembro 7466 • 4º Andar • Sala 405 Caixa Postal 300 • CEP 85010-000 • Guarapuava • PR Fone: (42) 3626-4348 jornaldiocese@gmail.com centrodiocesanoguarapuava@gmail.com

Dom Antônio Wagner da Silva, SCJ Padre Itamar Abreu Turco Padre Jean Patrik Soares José Luiz dos Santos Mauricio Toczek Vanessa Paula Pereira Ilustração da capa: Silvia Matos

Voz do Pastor Por Dom Antônio Wagner da Silva Bispo de Guarapuava

FELIZ PÁSCOA Assim, desejo a todos que a PÁSCOA seja duradoura, permanente. Alegria vivida e testemunhada como partilha da fé na vitória de Cristo. Fim da quaresma. Não podemos esconder a satisfação de termos cumprido os propósitos quaresmais. A busca mais intensa da PALAVRA clareou a nossa mente, nos fez entender melhor os caminhos de Deus. Assim, nos aproximamos mais de nosso próximo, reconhecendo mais o seu valor. É assim que enxergamos melhor as necessidades de nossos irmãos e irmãs e nos abrimos à caridade. É assim que superamos mais e mais o individualismo e valorizamos melhor a nossa presença e participação na Comunidade de Fé. Desta forma, o propósito quaresmal bem vivido nos ajuda a compreender e nos inserir intensamente no AMOR, na doação, no sacrifício e na cruz de CRISTO! Entendemos a paixão e morte de Cristo como sacrifício que nos liberta e nos torna possível viver a alegria da RESSUREIÇÃO! Daí, desejamos feliz Páscoa. Pode ser que se entenda “páscoa” como uma festa de comes e bebes, coelhinhos, chocolates e coisas mais! Um momento bem humano. Pode ser que se entenda como um feriado prolongado que oportunize viagens, encontros familiares, até mesmo dias de retiro ou coisa semelhante. “FELIZ PÁSCOA” pode ser que se entenda como algo mais significativo, mais profundo. Na certeza da intimidade com Jesus se tenha vivido o caminho do acolhimento da vontade do PAI, da dor, da ingratidão, do sacrifício, do desprezo, da cruz, da morte e da gloriosa vitória sobre tudo isso, da vitória sobre o pecado, sobre a morte. “FELIZ PÁSCOA” pode ser que se entenda a vitória do amor sobre o egoísmo, da Vida sobre a morte. ALELUIA é o grito de alegria de quem se sente envolvido pela RESSUREIÇÃO, pela Vitória de Cristo. É “vida nova” que se estende por todos os dias, meses, anos! “Vida nova” que nos faz participantes do “REINO DE CRISTO” como quem recebe e quem ajuda a construir o reino de Jesus para todos! Assim, desejo a todos que a PÁSCOA seja duradoura, permanente. Alegria vivida e testemunhada como partilha da fé na vitória de Cristo.

Editor: Padre Jean Patrik Soares (Jornalista) Diagramação: Mauricio Toczek Impressão: Grafinorte - Apucarana - PR Distribuição: Mitra Diocesana de Guarapuava Tiragem: 36.000 exemplares Fechamento da Edição: 26/03/18

Cristo ressuscitou e está vivo entre nós!

É permitida a reprodução total ou parcial das matérias veiculadas no Boletim A IGREJA NA DIOCESE DE GUARAPUAVA, desde que citada a fonte.


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Padre Carlos de Oliveira Egler é o novo ecônomo da diocese de Guarapuava O presbítero que atua como administrador da paróquia Nossa Senhora de Fátima, em Guarapuava, foi nomeado para o novo cargo pelo bispo Dom Antônio Wagner da Silva no dia 01 de março deste ano. No dia 01 de março de 2018, o padre Carlos de Oliveira Egler, que atua como administrador da paróquia Nossa Senhora de Fátima, em Guarapuava, assumiu a função de ecônomo da diocese. Ele ocupa o lugar do padre Sercio Ribeiro Catafesta, que permaneceu na função por seis anos. A posse foi dada pelo bispo da diocese de Guarapuava, Dom Antônio Wagner da Silva. Em entrevista ao Centro Diocesano de Comunicação, (CDC), padre Carlos disse que se sente honrado pelo convite que lhe foi oferecido e também pela confiança nele depositada através do bispo e dos conselhos. Padre carlos adiantou ainda, que pretende trabalhar muito em favor da diocese. “A economia da Igreja é, antes de tudo, um trabalho de evangelização. Eu agradeço pela confiança em mim depositada pelo bispo Dom Wagner e demais Conselhos, pois conto com o apoio de uma equipe preparada e muito eficiente no desempenho das tarefas. Isso me deixa muito confiante, pois sei que posso contar com cada um desses colaboradores e amigos. Pretendo dar seguimento ao trabalho desenvolvido pelo ecônomo anterior, padre Sercio. Conto com as orações de todos para que eu possa trabalhar com discernimento e muita dedicação sempre buscando o melhor para a nossa Igreja”, ressaltou padre Carlos. Dom Wagner, após dar posse ao novo ecônomo, rezou uma missa em ação de graças. Segundo o bispo que se recupera de um problema de saúde, o momento é de muitas orações e agradecimentos, com um olhar sempre fito no futuro e na esperança de dias melhores para a Igreja de Guarapuava. “Há sempre um período de adaptação em se tratando de mudanças, em todos os setores. Na Igreja não é diferente. Mas estes momentos são muito importantes, pois nos possibilitam refletir, pensar e planejar as ações futuras. A chegada do padre Carlos como ecônomo de nossa diocese não significa o fim de um período e o começo de outro, mas sim, o avançar em uma caminhada que deve ser contínua, de orações, de perseverança e de fé. Dou as boas-vindas ao padre Carlos e, junto com todos da diocese, me ponho à disposição para que esta caminhada seja de confiança, esperança e muito amor”, destacou Dom Wagner. O bispo também agradeceu e pediu muitas orações pelo padre Sercio Ribeiro Catafesta que por seis anos esteve à frente do setor econômico da diocese de Guarapuava. “Eu agradeço de todo coração ao padre Sercio pelo brilhante trabalho desempenhado em nossa diocese, ao longo de seis anos. O caminho não foi fácil, como nenhuma caminhada verdadeira é, mas só temos a agradecer pela dedicação, carinho, responsabilidade e inteligência com que foi conduzido este setor importante da Igreja. Muito obrigado”, agradeceu Dom Wagner. Padre Sercio, por sua vez, falou que ter trabalhado como ecônomo da diocese de Guarapuava foi uma experiência única de um aprendizado que vai levar para sempre. “Foram seis anos de muito trabalho e aprendizado. Este é um ensinamento que não se adquire nas universidades nem em um curso específico. Durante este período, vivi momentos importantíssimos da minha vida. Este

Feliz

rio á s r e Aniv Padres - Nascimento

Pe. Sebastião José Gulart - 01 de abril Pe. José dos Santos Rodrigues - 02 de abril Pe. Miguel Delgado Cedillo, SX - 03 de abril Pe. José Garibaldi, SVD - 03 de abril Pe. Leon Grzyska, SVD - 03 de abril Pe. Jaime Kniess, SDB - 07 de abril Pe. André Ricardo Santos Lima - 16 de abril

Padres - Ordenação

Pe. Leon Grzyska, SVD - 02 de abril Pe. Agostinho Orlei Grande - 06 de abril Pe. Erondi Alves da Silva - 17 de abril - 25 anos Pe. Adalto José Bona - 19 de abril Pe. Jozef Wojnar, SCHR - 20 de abril

Religiosas - Nascimento

Ir. Clotilde R.Bonfim, CS - 09 de abril Ir. Alvina Serafim, FMA - 11 de abril Ir. Ema Ilsi Seidel, CSTJ - 20 de abril

Religiosas - Profissão Religiosa Ir. Sandra Brito Fernandes, ISJ - 10 de abril

período me deu a certeza de que devo servir, cada vez mais, à Igreja e as pessoas que compõem esta grande família. Eu agradeço a todos pela confiança, em especial ao Dom Wagner que, mesmo ante as maiores dificuldades que vivenciei, nunca perdeu a confiança em meu trabalho e em meus reais objetivos enquanto padre e administrador dos bens da Igreja”; sublinhou o sacerdote. Padre Sercio, ao longo de seis anos, promoveu diversas reformas nas edificações da diocese, tais como Edifício Nossa Senhora de Belém, Casa de Líderes Nossa Senhora de Guadalupe, casa do bispo, reflorestamento de um terreno rural que pertence à Igreja, além da compra de uma chácara para acampamentos e retiros, na localidade de Saltinho, saída para o distrito de Guairacá. No local, foram construídas estruturas para a realização dos eventos religiosos. Também sob sua administração, foi implantada a loja Nossa Senhora de Belém, Livros e Artigos Religiosos, no térreo do Edifício Nossa Senhora de Belém, no centro de Guarapuava. Padre Sercio foi o responsável pela instalação do Sistema Maistre de Gestão Pastoral. Através desse sistema de informática, todas as paróquias e comunidades da diocese passaram a trabalhar interligadas e isto, conforme informações dos funcionários; possibilitou maior facilidade e transparências nas atividades da Igreja. Padre Sercio, além da formação presbiteral, também cursou Direito e fez dois mestrados em Direito Civil, um pela Universidade do Vale do Itajaí (UNIVALI), em Santa Catarina e outro pela Universidade do Minho, em Portugal. O presbítero também possui especialização em Direito do Trabalho e pós-graduação em administração eclesial. Atualmente, padre Sercio trabalha na paróquia Imaculada Conceição, em Rio Branco do Ivaí, uma vez que o pároco daquela comunidade, padre Roman Ceglaski, morreu no dia 23 de dezembro de 2017. “Sou um servo da Igreja. Onde me mandarem, eu trabalho. Estou aqui para fazer o meu melhor”, afirmou padre Sercio.

“Conto com as orações de todos para que eu possa trabalhar com discernimento, alegria e muito amor, sempre buscando o melhor para a nossa Igreja.” Pe. Carlos de Oliveira Egler

Esquecemos alguém? Por favor nos avise: jornaldiocese@gmail.com

Apostolado da Oração Intenções de oração do Papa Francisco confiadas ao Apostolado da Oração (Rede Mundial de Oração).

Oferecimento diário: Deus, nosso Pai, eu te ofereço todo o dia de hoje: minhas orações e obras, meus pensamentos e palavras, minhas alegrias e sofrimentos, em reparação de nossas ofensas, em união com o Coração de teu Filho Jesus, que continua a oferecer-se a Ti, na Eucaristia, pela salvação do mundo. Que o Espírito Santo, que guiou a Jesus, seja meu guia e meu amparo neste dia para que eu possa ser testemunha do teu amor. Com Maria, Mãe de Jesus e da Igreja, rezo especialmente pelas intenções do Santo Padre para este mês.

Abril: Para que OS RESPONSÁVEIS PELO PLANEJAMENTO...

... e pela gestão da economida tenham a coragem de rejeitar uma economia de exclusão saibam abrir novos caminhos

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Papa Francisco

Por Sergio Centofanti e Silvonei José Protz/ Vatican News

Papa Francisco celebra cinco anos de seu pontificado Francisco é o primeiro Papa jesuíta, primeiro das Américas, primeiro com o nome do Pobrezinho de Assis. Ele é 265º Sucessor de Pedro e deseja uma Igreja com as portas abertas. Cinco anos atrás, no dia 13 de março de 2013, o Papa Francisco era eleito. Alguns dados para sintetizar esses anos de Pontificado: duas encíclicas (Lumen fidei, sobre a fé, que continua o que fora escrito por Bento XVI e Laudato si, sobre o cuidado da casa comum, preservar a Criação não é dever dos verdes, mas dos cristãos), duas Exortações apostólicas (Evangelii gaudium, texto programático do Pontificado para uma Igreja em saída, fortemente missionária, e Amoris laetitia sobre o amor na família), 23 Motu próprio (reforma da Cúria Romana, gestão e transparência econômica, reforma do processo de nulidade matrimonial, tradução de textos litúrgicos, com indicações para uma maior descentralização e mais poderes às Conferências Episcopais), dois Sínodos sobre a família, um Jubileu dedicado à Misericórdia, 22 viagens internacionais com mais de 30 países visitados e 17 visitas pastorais na Itália, oito ciclos de catequese na audiência geral das quartas-feiras (Profissão de fé, Sacramentos, Dons do Espírito Santo, Igreja, família, misericórdia, esperança cristã, Santa Missa), quase 600 homilias sem texto nas Missas em Santa Marta, mais de 46 milhões de seguidores no Twitter e mais de cinco milhões no Instagram. Sem contar os inúmeros discursos, mensagens e cartas, e os milhões de homens, mulheres e crianças de todo o mundo, encontrados, abraçados, acariciados.

UMA IGREJA COM AS PORTAS ABERTAS

O primeiro Papa jesuíta, primeiro proveniente das Américas, primeiro com o nome do Pobrezinho de Assis, Francisco, 265º Sucessor de Pedro, deseja uma Igreja com as portas abertas que saiba anunciar a todos a alegria e a frescor do Evangelho. “Uma igreja acolhedora, onde há espaço para todos com sua vida fadigada, não um dogma que controle a graça em vez de facilitá-la. Uma Igreja que corra o risco de ser ‘acidentada, ferida e suja’, para chegar e estar no meio do povo, em vez de uma Igreja doente pelo fechamento e o conforto de se apegar às suas próprias seguranças”. Francisco pede para abandonar um estilo defensivo e negativo, de mera condenação, para propor a beleza da fé, que é encontrar Deus.

O ESPÍRITO SANTO PERTURBA

O convite de Francisco é um convite para deixar-se surpreender pelo Espírito Santo, o verdadeiro protagonista da Igreja, que continua a falar e a nos contar coisas novas. Uma das palavras fortes do Pontificado, Francisco a pronunciou em Istambul em novembro de 2014: “o Espírito Santo ‘perturba’, porque move, faz caminhar, empurra a Igreja a ir para frente, enquanto é muito mais fácil e mais seguro reclinar-se nas próprias posições estáticas e inalteradas. É muito mais

DIPLOMACIA DA PAZ

reconfortante acreditar que a verdade seja ‘possuir’ um pacote de doutrinas, muito bem confeccionado, que possamos gerenciar bem, ao invés de pertencermos nós mesmos à Verdade: é o Espírito que nos guia à verdade toda inteira. O cristão ainda tem muito a aprender porque Deus revela-se cada vez mais”. Tanto que Francisco pode dizer que ele tem muitas dúvidas: “em um sentido positivo” - explica – “são um sinal de que queremos conhecer melhor Jesus e o mistério de seu amor por nós”. “Essas dúvidas nos fazem crescer”. Ele observa que também Pedro, diante dos pagãos pôde dizer: “Estou compreendendo que Deus não faz discriminação entre as pessoas. Pelo contrário, ele aceita quem o teme e pratica a justiça, qualquer que seja a nação a que pertença” (Atos 10: 34-35). Cresce a inteligência da fé.

PAPA DE DIREITA OU DE ESQUERDA?

No início, as pessoas, quase que em unanimidade, falavam bem de Francisco. Aos poucos as críticas chegaram. Uma boa notícia recordando as palavras de Jesus: “Ai de vocês quando todos falarão bem de vocês”. A direita acusa o Papa de ser comunista, porque ele ataca o atual sistema econômico liberal: “é injusto, na raiz”, “esta economia mata. Prevalece a lei do mais forte que come o mais fraco”, diz. E fala demais sobre os migrantes e sobre os pobres: hoje “os excluídos não são só explorados, mas são resíduos, são restos”. A esquerda, acusa o Papa de estar parado em questões éticas: defende a vida, contra o aborto e a eutanásia: “não é ser progressista pretender resolver problemas eliminando uma vida humana”. Defende a família baseada no matrimônio entre um homem e uma mulher, condena a teoria do gênero, “erro da mente humana” e a ditadura do pensamento único e as colonizações ideológicas, também nas escolas, que correm o risco de se tornarem campos de reeducação. Ele adverte sobre questões da diminuição do direito à objeção de consciência. Ele observa a proliferação de direitos individuais, “individualistas”, diz, mas sem se preocupar com os deveres, e enquanto se fala de novos direitos - afirma - há pessoas que ainda passam fome.

CRÍTICA INTERNA

Aumentaram também as críticas dentro da Igreja. Há quem chame o Pontífice de herege e afirme que ele tenha rompido com a Tradição secular do catolicismo. Estas mesmas críticas reforçam a teoria de que o Papa “bate” em quem está perto e acaricia quem está distante. Comparações com os outros Papas também são frequentes. O Papa emérito, Bento XVI, no entanto, já havia convidado a refletir sobre o discernimento para a Comunhão aos divorciados e recasados em certos casos especiais. João Paulo II já havia respondido a Dom Lefebvre, 40 anos atrás, explicando o verdadeiro significado da Tradição que “tem origem nos Apóstolos, progride na Igreja sob a assistência do Espírito Santo”. De fato, “a compreensão, tanto das coisas quanto das palavras transmitidas, cresce (...) com a reflexão e o estudo dos crentes”. Mas é “acima de tudo contraditória” – afirmava São João Paulo II – “uma noção de Tradição que se opõe ao Magistério universal da Igreja, do qual é detentor o Bispo de Roma e o Corpo dos Bispos. Não se pode permanecer fiel à Tradição, rompendo o vínculo eclesial com o qual Cristo mesmo, na pessoa do apóstolo Pedro, confiou o ministério da unidade na sua Igreja”. “A autodestruição ou o fogo amigo - afirma o Papa Francisco - é o perigo mais sorrateiro. É o mal que ataca de dentro; e, como disse Cristo, todo reino dividido acaba em ruínas”. O Papa cita frequentemente o diabo: é Ele que tenta destruir a Igreja. A sua “é uma guerra suja” e “nós ingênuos estamos ao seu jogo”.

CANTEIROS ABERTOS

Duas ações fortemente promovidas por Francisco estão ainda em andamento: a primeira é a reforma da Cúria, devido à complexidade da reorganização de uma instituição secular (“fazer reformas em Roma é como limpar a Esfinge do Egito com uma escova de dentes” disse o Papa, citando Dom De Mérode). Mas também os escândalos, como Vatileaks2, não detém Bergoglio. A segunda ação é a luta contra os abusos sexuais na Igreja. Alguns membros da Pontifícia Comissão para a Proteção dos Menores, criada por Francisco, renunciaram, denunciando resistências e atrasos. O Papa reitera a “tolerância zero” porque “não há lugar no ministério para aqueles que abusam de crianças”. E vai avante.

Francisco promove a cultura do encontro, em campo ecumênico, inter-religiosos, na frente social e política e no nível meramente humano. Ele se move em direção à unidade, mas sem cancelar as diferenças e as identidades. Importante o seu papel no degelo entre os Estados Unidos e Cuba, assim como no processo de paz na Colômbia e na África Central. Ataca quem fabrica e vende armas. Ao mesmo tempo, denuncia fortemente as perseguições dos cristãos, talvez hoje mais graves do que ontem, no “silêncio cúmplice de tantas potências” que podem detê-las. Lança apelos contra o tráfico de seres humanos, “uma nova forma de escravidão”.

MISERICÓRDIA, MAS ATÉ CERTO PONTO

É incontestável que a palavra central deste pontificado seja “misericórdia”: é o sentido da Encarnação do Verbo. É uma palavra que escandaliza. Francisco percebe isso. Deus é excessivo no amor pelas suas criaturas. No entanto, há um limite: a corrupção. O corrupto é quem não sabe que é corrupto, que recusa a misericórdia divina. E Deus não se impõe. Existe um juízo final. É por isso que o Papa sempre propõe o capítulo 25 do Evangelho de Mateus: “Eu estava com fome e você me deu comer...”. No ocaso da vida, seremos julgados pelo amor.

MENOS CLERICALISMO NA IGREJA

Francisco se opõe ao clericalismo, porque o pastor deve “servir” e ter “o cheiro das ovelhas”. Ele afirma que os leigos devem descobrir cada vez mais sua identidade na Igreja: eles não devem permanecer à margem das decisões. Basta com os “bispos piloto”. Relança o papel das mulheres, mas olhando para o seu mistério, não à sua funcionalidade: não se trata de uma luta pelo poder ou de reivindicações impossíveis, como o sacerdócio. Trata-se de refletir sobre a hermenêutica da mulher porque - reitera - Maria é mais importante do que os Apóstolos. Convida os jovens a terem um maior protagonismo e a incomodarem os pastores com sua criatividade.

EVANGELIZADORES COM ESPÍRITO

O Papa pede a todos os cristãos que sejam “evangelizadores com Espírito” para “anunciar a novidade do Evangelho com audácia, em voz alta e em todos os momentos e lugares, também contracorrente”, tocando “a carne sofrida dos outros”, dando “razão da nossa esperança, mas não como inimigos que apontam o dedo e condenam”. “Se eu consigo ajudar uma só pessoa a viver melhor - afirma Francisco - isso já é suficiente para justificar o dom da minha vida”.


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Vinte anos da pastoral da Sobriedade e o desafio de ampliar a ação para o país

Relatório aponta barreiras à assistência religiosa aos presídios

De 2001 a 2018, a Pastoral da Sobriedade capacitou 39.682 por meio da realização de 1.518 cursos de formação e registrou a existência de 1.324 grupos de autoajuda organizados nas paróquias brasileiras.

O bispo de dourados (MS) e referencial da Pastoral Carcerária, Dom Henrique Aparecido de Lima, disse que o relatório contribuirá para dar mais nitidez ao desafiador trabalho da Pastoral Carcerária.

Em abril de 2018, a Pastoral da Sobriedade comemora vinte anos de existência. Uma agenda de atividades vai marcar este momento especial. A Comissão já criou uma logomarca e está em processo de elaboração de um panfleto, revista e agenda sobre os vinte anos da pastoral. Em abril, a coordenação nacional da pastoral, participará da 56ª Assembleia Geral dos Bispos do Brasil, em Aparecida (SP), onde promoverá a divulgação deste aniversário. No contexto de celebração de seus 20 anos, um grande desafio segundo o bispo de Itumbiara (GO), Dom Antônio Fernando Brochini, referencial da Pastoral da Sobriedade, é conscientizar as comunidades católicas da necessidade de maior empenho, como verdadeiros samaritanos, para buscar realmente a transformação das realidades de dor por meio de grupos de prevenção, apoio e recuperação, ampliando este trabalho para todas as dioceses do Brasil. Nesta celebração, o bispo destaca o trabalho das entidades terapêuticas e agradece ao trabalho dos voluntários e grupos de prevenção e apoio, bem como as parcerias com órgãos governamentais, que permitem dar uma assistência digna à esta realidade que envolve pessoas de diferentes faixas etárias e classes sociais. Dom Antônio ressalta que a Pastoral da Sobriedade não apenas celebrará vinte anos, mas propor a continuidade e a progressão do seu trabalho no próximo período. Neste sentido, de 20 a 22 de abril, na assembleia nacional da Pastoral da Sobriedade haverá a entrega do “Mérito da Sobriedade” a pessoas que contribuíram nestes vinte anos de história. Em parceria com a Associação Brasília de Estudo do Álcool e outras Drogas (Abead), a Pastoral da Sobriedade realizará dias 01 e 02 de junho um simpósio em Cabo Frio (RJ). Está prevista também, como atividade que marca esta celebração, a realização de um grande acampamento na TV Canção Nova, em Cachoeira Paulista (SP), com oferta de cursos e palestras.

MARCOS DA CAMINHADA

A coordenadora nacional da Pastoral da Sobriedade, Ana Godoy, lembra que de 1999 a 2001 foram realizadas assembleias e seis congressos em todas as regiões do Brasil. O primeiro grupo de autoajuda surgiu em 2000, na paróquia São José Operário, em Curitiba (PR). Outro marco importante da caminhada da Pastoral da Sobriedade foi a realização da Campanha da Fraternidade “Vida Sim, Drogas Não”, realizada em 2001. Em 2003, teve início o programa de TV “Sobriedade Sim”, na TV Século 21. O ano de 2005 marca o início da realização dos acampamentos na Canção Nova. Outro marco importante, conforme lembra a coordenadora, foi a pastoral tornar-se um organismo da Ação Social da CNBB, em 2007.

ABRANGÊNCIA E PAPEL

A Pastoral da Sobriedade está presente em 167 dioceses e atingindo mais de seis milhões de pessoas. A meta, segundo uma de suas coordenadoras nacionais Ana Martins Godoy Pimenta, é chegar a 75% das dioceses, organizar 3.500 grupos e mais de 500 comunidades terapêuticas para atendimento e recuperação de pessoas com algum tipo de dependência do uso de drogas. A Pastoral da Sobriedade atua na prevenção, intervenção, recuperação e articulação nos Conselhos de Políticas Públicas para lutar por melhorias e direitos. Presente em 25 Estados e no Distrito Federal, a Pastoral recebeu a medalha do Mérito da Secretaria Nacional Antidrogas por ser a organização que mais atende/ atinge dependentes químicos no Brasil. De 2001 a 2018, a Pastoral da Sobriedade capacitou 39.682 por meio da realização de 1.518 cursos de formação e registrou a existência de 1.324 grupos de autoajuda organizados nas paróquias brasileiras. CNBB

PASTORAL DA SOBRIEDADE NA DIOCESE DE GUARAPUAVA As paróquias Santa Terezinha, em Guarapuava e Santo Antônio, em Manoel Ribas, são as únicas da diocese que possuem a Pastoral da Sobriedade. Em Guarapuava, informações podem ser obtidas na secretaria paroquial, através do telefone: 42 3623 5119. A matriz fica na Rua Tiradentes, 2007, Bairro Batel. Em Manoel Ribas, a paróquia Santo Antônio está situada à Rua Ivan Ferreira do Amaral Filho, 584, centro da cidade. Informações podem ser obtidas pelo telefone: 43 3434 1208.

A Pastoral Carcerária (PCr) lançou na sede da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), em Brasília (DF), dia 23 de fevereiro, às 15h, um relatório que analisa as restrições ao atendimento religioso nas prisões brasileiras. A apresentação do relatório foi coordenada pelo assessor jurídico da PCr, Paulo Malvesi, que destacou o contexto de crescimento do impedimento da assistência religiosa, garantida pela legislação brasileira, aos presidiários. Entre as principais irregularidades relatadas em todo o país pela pesquisa estão: a suspensão sem aviso prévio ou justificativa, das visitas religiosas (muitas vezes anunciadas na porta da unidade prisional); a proibição ilegal de prestação de assistência religiosa para presos em celas disciplinares ou enfermaria e o tempo exíguo de trabalho religioso, que em alguns casos não passa de duas horas por mês. O secretário-geral da CNBB, Dom Leonardo Steiner e bispo auxiliar de Brasília, disse que as barreiras impostas por agentes penitenciários às visitas de agentes da Pastoral Carcerária são dificuldades que impedem a presença misericordiosa da Igreja aos presídios. Usando uma expressão do Papa Francisco, ele afirmou que os presos são a carne sofrida de Cristo. O bispo de dourados (MS) e referencial da Pastoral Carcerária, Dom Henrique Aparecido de Lima, disse que o relatório contribuirá para dar mais nitidez ao desafiador trabalho da Pastoral Carcerária. Pediu aos agentes de pastoral, presentes no ato de lançamento, que se mantenham persistentes na missão de levar assistência aos presos que representam o próprio rosto de Jesus. Também participaram do lançamento o padre Valdir Silveira, coordenador nacional da Pastoral Carcerária e Vera Dalzotto, agente da pastoral voltada à questão da mulher presa.

PRESENÇA LEIGA E FEMININA

A Pastoral Carcerária possui cerca de seis mil agentes de pastoral em todo o Brasil. Deste universo, cerca de 80% são mulheres. A agente de pastoral Vera Dalzotto, lembrou que esta é uma ação desenvolvida por voluntários e leigos que mantém a presença solidária da Igreja nos presídios. Sobre seu trabalho nos

presídios, ela entende que “é lá que Deus a quer”. Para Vera, não é possível ser cristão e desconhecer e ignorar os irmãos e irmãs presos. A assistência religiosa à pessoa presa é um direito constitucionalmente garantido e se vincula à própria inviolabilidade de culto e crença, também prevista na Constituição Federal e na Declaração Universal dos Direitos Humanos. Além disso, as “Regras Mínimas para Tratamento de Pessoas Presas”, da Organização das Nações Unidas (ONU), a Lei de Execução Penal (LEP) e a Resolução 8/2011 do Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária (CNPCP) garantem o atendimento religioso às pessoas privadas de liberdade, não comportando qualquer tipo de cerceamento ou restrição. No entanto, mesmo com essas garantias legais, a assistência religiosa ainda é, muitas vezes, dificultada ou mesmo impedida. Fruto de pesquisa realizada pela coordenação nacional da PCr, o relatório foi elaborado com base nas respostas de 237 agentes da pastoral de todos os estados do país, com exceção de Tocantins, que relataram suas dificuldades de entrar nos presídios e realizar tanto o trabalho religioso e humanitário quanto a identificação de possíveis denúncias de violações aos direitos humanos. “Além disso, os depoimentos mostraram procedimentos extremamente burocráticos de cadastramento de representantes da Igreja, que termina por desestimular novos voluntários a entrarem para a pastoral, a proibição de entrada de itens religiosos que não comprometem a segurança da unidade, como Bíblias, ameaças e represálias contra membros da Pastoral que realizam denúncias de irregularidades, discriminação religiosa com tratamento desigual entre as igrejas, e até revistas vexatórias contra membros da Pastoral”, afirma Paulo Malvezzi. O relatório produziu uma série de recomendações que serão encaminhadas ao Ministério e Procuradorias Públicas, aos governos estaduais e federal, dentre outros. A íntegra pode ser acessada no seguinte endereço:

http://carceraria.org.br.


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Diocese de Guarapuava

Abril - 2018

Padre Valdecir Badzinski participa de curso de formação do Clero em Roma

Dez anos do Acordo Brasil-Santa Sé: Comissão prepara eventos

O sacerdote que é pároco em Pinhão, também atua como coordenador do Clero no Regional Sul 2 da CNBB. Padre Valdecir falou do curso e da importância da formação para os padres.

“O Acordo é uma grande conquista não somente para Igreja no Brasil, mas para toda a nossa sociedade e todo o povo brasileiro”, abrevia frei Evaldo Xavier Gomes.

Na foto, da direita para a esquerda: padre Valdercir Badzinski, Dom Jorge Carlos Patrón Wong, padre Carlos Eduardo Basto (diocese de Blumenau), padre Alcimário Pereira de Oliveira (Arquidiocese de Natal - RN)

De 02 a 27 de fevereiro, o Pontifício Colégio Espanhol de São José, em Roma, Itália, acolheu mais uma edição do curso para Atualização de Sacerdotes da América Latina. Ao todo, 49 padres de 19 países da América Latina e Central participaram das quatro semanas de estudo, formação e troca de experiências em se tratando da Igreja e da vivência dos presbíteros. Da diocese de Guarapuava, o padre Valdecir Badzinski, que é pároco em Pinhão e coordenador do Clero no Regional Sul 2 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), fez parte do grupo de trabalho. Em entrevista ao Centro Diocesano de Comunicação (CDC), padre Valdecir disse que a experiência do encontro foi muito rica e destacou que, embora as realidades sejam diferentes em cada região da América, há um grande entrosamento entre os participantes e a troca de ideias é fator primordial na Igreja. “Durante as quatro semanas, vivemos grandes momentos de estudo e de reflexão. O curso nos ofereceu muitas oportunidades ricas de conteúdo, espiritualidade e entrosamento entre os padres que trabalham com a formação inicial de sacerdotes e que acompanham a Pastoral Presbiteral nos diversos países da América Latina”, contou o sacerdote. A Congregação para o Clero é uma das secretarias do Vaticano e tem por finalidade trabalhar e discutir as ações da Igreja e os serviços vocacionais em diversos âmbitos e dimensões. O encontro entre os padres da América Latina e Central é realizado anualmente, em Roma, sempre no mês de fevereiro. “O curso oferecido nestas quatro semanas é

de grande importância para o Clero de um modo geral, pois perpassa quatro dimensões: Pastoral, Espiritual, Humana e Intelectual. Cada um destes temas foi estudado de forma profunda, com trabalhos em grupos, pesquisas, oficinas e outras atividades de relação humana. Tudo isso nos transferiu também, um grande compromisso que é repassar esses ensinamentos para os irmãos padres de nossa diocese e do Regional (Sul 2)”, explicou padre Valdecir. O presbítero que também já coordenou o Clero em nível diocesano grifou que a diocese de Guarapuava está na direção certa em se tratando de preparação para com seus presbíteros, mas salienta que não pode haver descuido. Conforme afirma, desfazer uma caminhada de longa data é muito fácil, daí, a importância de se vigiar e trabalhar em favor da causa. “Comparando com outras dioceses tanto do Brasil como de outros países da América Latina e Central, vejo que nossa diocese está na direção certa em relação ao cuidado para com seu clero. Há algumas dimensões que ainda precisam melhorar e que serão revisadas com esmero e cuidado para que tudo possa caminhar corretamente. Cito uma das dimensões que devemos melhorar: trata-se do cuidado mais individualizado aos presbíteros. O bispo diocesano, a Pastoral Presbiteral e a Associação dos Presbíteros são os primeiros a prover esta ação, a estudar esta situação. Não podemos descuidar dos trabalhos já realizados. É preciso manter o que já foi conquistado com um olhar seguro para frente”, concluiu padre Valdecir.

“Comparando com outras dioceses, vejo que nossa diocese está na direção certa em relação ao cuidado com o clero.” Pe. Valdecir Badzinski

O ano de 2018 marca uma década da assinatura do acordo jurídico entre o Brasil e a Santa Sé, o documento que dá amparo aos direitos essenciais ao desenvolvimento da missão da Igreja no Brasil. Na Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), a Comissão responsável pela implantação do contrato e prepara uma série de eventos comemorativos. Durante reunião realizada na sede provisória da entidade, bispos e assessores falaram sobre publicações e realização de seminários. Durante a 56ª Assembleia Geral da CNBB, marcada para o abril, em Aparecida (SP), será realizada uma sessão comemorativa. Está previsto também o lançamento de publicações, livros e um opúsculo sobre o Acordo, conforme o consultor canônico da CNBB, frei Evaldo Xavier Gomes. O frade carmelita também informa que, em coincidência com a data exata da assinatura do Acordo, está prevista a realização de um grande seminário em Campinas (SP), de 12 a 14 de novembro.

O ACORDO

Assinado no dia 13 de novembro de 2008, na Cidade do Vaticano, o Acordo entre o Brasil e a Santa Sé trata da personalidade jurídica da Igreja Católica no Brasil. Segundo frei Evaldo, o documento “é o maior marco nas relações Igreja e Estado no Brasil” e “é o fruto de anos de diálogos e negociações entre a autoridade eclesiástica e o governo brasileiro”. O assessor canônico explica que o texto não caracteriza a concessão de privilégios ou qualquer discriminação, mas “garante à Igreja Católica no Brasil o

exercício daqueles direitos essenciais ao desenvolvimento de sua missão para o bem do povo brasileiro, especialmente os mais necessitados”. Ele ainda conta que, em seus cerca de 20 artigos, o texto do Acordo consolida em um único instrumento legal, os direitos já garantidos pela legislação brasileira e pela jurisprudência dos tribunais do país. “O Acordo é uma grande conquista não somente para Igreja no Brasil, mas para toda a nossa sociedade e todo o povo brasileiro”, abrevia frei Evaldo.

A COMISSÃO

No âmbito da CNBB, foi criada em 2011 a Comissão Episcopal para a Implementação do Acordo entre o Brasil e a Santa Sé, presidida atualmente pelo arcebispo emérito de Aparecida (SP), cardeal Raymundo Damasceno Assis, ex-Presidente da CNBB (2011-2015). Pernambuco, São Paulo, Minas Gerais e Santa Catarina já sediaram seminários sobre o acordo. Outra contribuição da Comissão foi a elaboração de um Vade-Mécum, disponível no site da editora Edições CNBB. Na reunião realizada no final de fevereiro, estiveram presentes os arcebispos de São Paulo (SP), cardeal Odilo Pedro Scherer, de Campinas (SP), Dom Airton José dos Santos, e do Rio de Janeiro (RJ), cardeal Orani João Tempesta; os bispos auxiliares de Brasília, Dom Leonardo Ulrich Steiner, e do Ordinariado Militar do Brasil, Dom José Francisco Falcão de Barros; além dos assessores, frei Evaldo Xavier Gomes, irmã Maria Teresa Diniz e o professor Paulo Fernando Carneiro de Andrade. CNBB

“O Acordo é uma grande conquista não somente para Igreja no Brasil, mas para toda a nossa sociedade e todo o povo brasileiro.” Frei Evaldo Xavier Gomes


Abril - 2018

Diocese de Guarapuava

Jovens, com Maria, rumo à JMJ do Panamá em 2019 Na Mensagem para a XXXIII Jornada Mundial da Juventude, o Papa interpela os jovens a procurarem “a intercessão de Maria, a jovem de Nazaré”.

A XXXIII Jornada Mundial da Juventude teve lugar no Domingo de Ramos, dia 25 de março neste ano de 2018. A Mensagem do Papa Francisco para este dia é mais um passo “na preparação da jornada internacional que se realizará no Panamá em janeiro de 2019”, num percurso que em outubro de 2018 terá um muito significativo momento: a Assembleia Ordinária do Sínodo dos Bispos sobre o tema: Os jovens, a fé e o discernimento vocacional. Francisco escolheu para a Jornada Mundial da Juventude de dia 25 de março, de 2018, Domingo de Ramos, uma frase do Evangelho de Lucas: “Maria, não temas, pois achaste graça diante de Deus” (Lc 1, 30). O Santo Padre recorda aos jovens, na sua Mensagem, o percurso mariano proposto para a caminhada até ao encontro do Panamá, procurando “a intercessão de Maria, a jovem de Nazaré, que Deus escolheu como Mãe do seu Filho”.

NÃO TEMAS

“Maria, não temas, pois achaste graça diante de Deus” (Lc 1, 30). Estas são “as palavras que o mensageiro de Deus, o arcanjo Gabriel, dirigiu a Maria, uma jovem simples duma pequena povoação da Galileia” que perante esta “inesperada aparição” ficou preocupada e “surpreendida” – escreve o Papa na sua Mensagem recordando que “Maria, como outras personagens da Sagrada Escritura, treme perante o mistério do chamamento de Deus”. Francisco interpela os jovens afirmando que “Deus lê também no nosso íntimo”. O Papa afirma na sua Mensagem que hoje existem nos jovens muitos medos, dúvidas e preocupações e propõe-lhes uma atitude para conviver com as dúvidas “que se aglomeram” no “coração”: a atitude do “discernimento”. Uma atitude de reflexão ativa que deve passar por interrogações pessoais, olhando para dentro de si mesmo: O discernimento pode ajudar a superar os medos, pode ajudar a buscar a própria vocação, pode ajudar a fazer “o silêncio para escutar a voz de Deus que ressoa na consciência” e pode ajudar ao “diálogo com os outros, nossos irmãos e irmãs na fé” – afirma o Papa pedindo aos jovens que não percam a prazer de viver com os outros na amizade: “Nunca percais o prazer de gozar do encontro, da amizade, o prazer de sonhar juntos, de caminhar com os outros. Os cristãos autênticos não têm medo de se abrir aos outros, de compartilhar os seus espaços vitais transformando-os em espaços de fraternidade. Não deixeis, queridos jovens, que os fulgores da juventude se apaguem na escuridão duma sala fechada, onde a única janela para olhar o mundo seja a do computador e do smartphone. Abri de par em par as portas da vossa vida! Os vossos espaços e tempos sejam habitados por pessoas concretas, relações profundas, que vos deem a possibilidade de compartilhar experiências autênticas e reais no vosso dia adia”, escreve o Santo Padre.

MARIA

“‘Eu chamei-te pelo teu nome’ (Is 43, 1). O primeiro motivo para não temer é precisamente o fato de Deus nos chamar pelo nome” – é com esta constatação que o Santo Padre sublinha na sua Mensagem aos jovens que “dar nomes é próprio de Deus”. Na obra da criação Deus “chama à existência cada criatura com o seu nome” – diz o Papa assinalando que “por trás do nome, há uma

identidade, aquilo que é único em cada coisa, em cada pessoa. Aquela essência íntima que só Deus conhece profundamente”. Desta forma, Deus “quando chama pelo nome uma pessoa” está a revelar-lhe “a sua vocação, o seu projeto de santidade e de bem pelo qual essa pessoa será um dom para os outros e se tornará única” – escreve o Papa sublinhando que o chamamento divino “exige a coragem de nos desvincularmos da pressão homogeneizadora dos lugares-comuns, para que a nossa vida seja verdadeiramente um dom original e irrepetível para Deus, para a Igreja e para os outros”. “Assim, queridos jovens, ser chamados pelo nome é um sinal da nossa grande dignidade aos olhos de Deus, da sua predileção por nós”.

ACHASTE GRAÇA DIANTE DE DEUS

Maria não deve temer porque “achou graça diante de Deus” – escreve o Papa – e a “palavra graça fala-nos de amor gratuito, não devido”. As palavras do anjo Gabriel fazem-nos compreender que “a graça divina é ininterrupta”, algo que não é “fugaz” ou “momentâneo”, mas algo que “nunca falhará”, escreve Francisco. “A presença contínua da graça divina encoraja-nos a abraçar, com confiança, a nossa vocação, que exige um compromisso de fidelidade que se deve renovar todos os dias. Com efeito, a senda da vocação não está desprovida de cruzes: não só as dúvidas iniciais, mas também as tentações frequentes que se encontram ao longo do caminho. O sentimento de inadequação acompanha o discípulo de Cristo até o fim, mas ele sabe que é assistido pela graça de Deus”, afirma o Papa. A história de cada um de nós não é apenas fruto do acaso ou como diz o Papa: “a nossa vida não é pura casualidade nem mera luta pela sobrevivência, mas cada um de nós é uma história amada por Deus”. Um verdadeiro tempo de descoberta, “um tempo favorável que nos é dado para viver a unicidade da nossa vocação pessoal e partilhá-la com os nossos irmãos e irmãs na Igreja e no mundo”, escreve o Pontífice em Mensagem.

CORAGEM NO PRESENTE No último ponto da sua Mensagem, o Papa escreve sobre “‘coragem no presente’, ou seja, a coragem para levar por diante aquilo que Deus nos pede aqui e agora, em cada âmbito da nossa vida; coragem para abraçar a vocação que Deus nos mostra; coragem para viver a nossa fé sem a esconder nem atenuar”, aponta Francisco. O Santo Padre assinala que os jovens precisam de “sentir que alguém tem verdadeiramente confiança” neles e declara aos jovens: “Sabei que o Papa confia em vós, que a Igreja confia em vós! E vós, confiais na Igreja!”. O Papa convida os jovens a contemplarem o amor de Maria frisando que é “um amor solícito, dinâmico, concreto. Um amor cheio de audácia”; acrescenta Francisco assinalando que este é “um amor que se torna serviço e dedicação, sobretudo pelos mais fracos e os mais pobres, que transforma os nossos rostos e nos enche de alegria”. No final da sua mensagem o Papa Francisco exorta os jovens a responderem à vocação que cada um tem na sua vida e convida todos os jovens a prepararem-se para a JMJ de 2019 no Panamá declarando: “A JMJ é para os corajosos! Não para jovens que procuram apenas a comodidade, recuando à vista das dificuldades. Aceitais o desafio?”. Vatican News

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Bispos-eméritos estudam Motu Proprio do papa sobre renúncia de titulares A Carta Apostólica, em forma de Motu Proprio, foi apresentada pelo Papa Francisco em fevereiro deste ano. Nela, o Pontífice fala sobre a importância de “aprender a despedir-se”.

A Comissão Especial para os Bispos Eméritos da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) irá levar a Carta Apostólica do Papa Francisco “Aprender a despedir-se” para conhecimento e apreciação do episcopado brasileiro durante a 56ª Assembleia Geral da entidade, que será realizada em abril, em Aparecida (SP). A ideia, segundo Dom Luiz Soares Vieira, presidente da Comissão é fazer com que os bispos atuantes tomem conhecimento do texto que traz “boas reflexões” sobre a “emeritude”. Em reunião juntamente com os bispos referenciais dos regionais, na terça-feira, 06 de março, na sede provisória da Conferência, em Brasília (DF), o grupo também planejou atividades e projetos. A Carta Apostólica, em forma de Motu Proprio, foi apresentada pelo Papa Francisco em fevereiro deste ano. Nela, o Pontífice convida todos os bispos e titulares das dioceses e da Cúria Romana a refletir sobre a importância de “aprender a despedir-se”. No texto, Francisco também informou novas orientações para as renúncias por motivo de idade. “Esse documento faz parte de toda a vida ministerial do bispo. Faz-nos refletir sobre a preparação para a “emeritude”, principalmente para que não tenhamos aborrecimentos e amarguras”, comenta Dom Luiz Soares. Com a publicação do documento, o Papa Francisco integrou na legislação canônica algumas mudanças, atualizando as normas acerca do tempo e das modalidades de renúncia ao ofício por atingir os limites da idade. Segundo o texto, após completar 75 anos, o pedido de renúncia apresentado pelo bispo não perderá a validade se não for respondido em três meses, no entanto, o prelado deverá aguardar a resposta do Santo Padre. “Nele, o Papa traz também uma coisa interessante. Ele diz que a Igreja pode pedir a um bispo que continue na diocese mesmo após completar 75 anos de idade, por motivos que interessem à Igreja”, acrescenta Dom Luiz. No caso dos bispos da Cúria Romana, com a isenção dos cardeais, o Motu Proprio afirma que a renúncia não será automática, pois também deverá conter a confirmação do Papa. “Nossa reunião tratou basicamente de como podemos ajudar esses bispos a se prepararem para esse momento. Juntamente com esse texto estamos pensando numa maneira de oferecer um acompanhamento, uma ajuda para que eles possam desempenhar o seu ministério dentro de suas possibilidades e consequências”, afirmou o bispo de Itapipoca, Dom Antônio Roberto Cavuto, referencial do regional Nordeste 2 da CNBB. Além da reflexão sobre o Motu Proprio, na reunião, os bispos também realizaram uma análise do texto “Bispo Emérito: novidade na Igreja”. “É um resumo de um livro de bispos franceses sobre o bispo emérito. Esse documento trata de várias questões teológicas e também de orientações, consequências e práticas”, afirma Dom Luiz Soares Vieira. A proposta, segundo o bispo, é futuramente traduzir o livro para o português. Ainda na ocasião e aproveitando a presença dos bispos referenciais dos regionais, a Comissão traçou um panorama da situação dos eméritos ao redor do país. CNBB - Foto: Luiz Lopes Jr.


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CNBB - Regional Sul 2 - Igreja no Paraná

Abril - 2018

Guarapuava sedia encontro dos ecônomos do Regional Sul 2 da CNBB

Francisco Beltrão acolheu oitava edição do encontro da Pastoral da Comunicação no Paraná

A assessora do evento foi a advogada da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Vera Maria Barbosa Costa. Ela explicou sobre a Reforma Trabalhista e suas mudanças.

O nono Encontro dos Coordenadores da Pascom do Regional Sul 2 da CNBB, em 2019, será na diocese de São José dos Pinhais, no último final de semana de fevereiro.

Mais de cinquenta pessoas que trabalham nos setores administrativos, contábeis e econômicos das dioceses do Regional Sul 2 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, (CNNB), que compreende a Igreja no Paraná, participaram de um encontro em Guarapuava. O evento que foi realizado nos dias 26 e 27 de fevereiro na Casa de Líderes Nossa Senhora de Guadalupe, debateu a reforma trabalhista em seus vários âmbitos e contexto. A advogada da CNBB em Brasília, Vera Maria Barbosa Costa foi a assessora dos trabalhos. Durante os dois dias do encontro, Vera tirou dúvidas e esclareceu sobre as novas formas de proceder a partir da lei e em quê tudo isso pode implicar tanto na vida do trabalhador quanto no andamento da empresa que o emprega. “Ainda está muito recente e pode haver inúmeras mudanças nesta nova lei. Nosso enfoque neste encontro é sobre como proceder daqui para frente, sempre com muita cautela, pois esta é a orientação. Ainda há muita insegurança tanto legislativa, quanto jurídica. Muitos magistrados apresentam uma resistência muito grande em aplicar a lei como ela foi sancionada”, destacou Vera. A advogada também disse esperar que este trabalho de esclarecimentos desenvolvido pelo Regional Sul 2 é de grande valia, pois prepara e previne tanto os ecônomos quanto os funcionários em se tratando das mudanças. “Espero que, a partir deste trabalho, os participantes saiam daqui com um pouco mais de orientação sobre o que está ocorrendo na lei e quais são as mudanças trabalhistas, o que mudou na legislação e o que deve ser feito daqui para frente”, considerou a advogada. Em se tratando das mudanças futuras, Vera Maria ressaltou que muita coisa ainda pode ocorrer, uma vez que as decisões são muito recentes. Conforme explicou, a lei entrou em vigor no dia 11 de novembro de 2017 e a Medida Provisória (MP) foi publicada três dias depois, em 14 de novembro o que acarretou em alterações nas leis trabalhistas, mas muitas situações novas ainda podem ocorrer. “De início, a Medida Provisória tinha quarenta e cinco dias de validade e agora, foi prorrogada por mais sessenta (dias), até trancar a pauta para a votação dos deputados.

Todas as vezes que se tem uma MP, podem-se ter emendas. Foram apresentadas mais de novecentas emendas. Este foi o maior número de emendas já apresentadas a uma MP, hoje, no Brasil. Elas podem alterar não só os artigos desta Lei, como também, outros artigos que foram mudados na legislação trabalhista. Este é um histórico do legislativo em se tratando de mudanças e, com isso, podem ocorrer muitas outras alterações na Lei”, explicou Vera. Para o até então ecônomo da diocese de Guarapuava, padre Sercio Ribeiro Catafesta, o curso foi uma grande oportunidade de ajuda e esclarecimento tanto para os ecônomos das dioceses quanto para os profissionais das áreas contábeis e administrativas. “Esta foi uma oportunidade de sanar muitas dúvidas e um despertar da nossa atenção para as mudanças na Reforma Trabalhista, Previdenciária e também Sindical que vem ocorrendo em nosso país”, considerou padre Sercio. Ele também esclareceu que para efeitos jurídicos, a Igreja é considerada uma empresa e, como tal, deve cumprir corretamente com as leis, sendo exemplo para as demais instituições. Por isso, conforme o sacerdote, os debates são de suma importância para que as dúvidas que possam surgir sejam sanadas e as questões entendidas e aplicadas no dia a dia. “Para o governo, para os órgãos públicos, a Igreja é tratada como uma empresa. Muitas pessoas não admitem esta condição, mas a verdade é esta: para fins trabalhistas e jurídicos, somos uma empresa e esta condição precisa ser tratada com muito cuidado. A Igreja é uma empresa, porém, humana e divina. Há muita diferença na maneira de se tratar com os trabalhadores, de resolver os problemas, as divergências, enfim. A Igreja não tem dono, pois é um projeto de Deus. Aqui na terra, somos meros zeladores destas coisas materiais que são de todos e que servem aos interesses de quem mais precisa, em nome do nosso Criador”, detalhou padre Sercio.

A cidade de Francisco Beltrão acolheu coordenadores e agentes da Pastoral da Comunicação (Pascom), jornalistas e radialistas católicos no último final de semana de fevereiro. Representantes das dioceses de Umuarama, Campo Mourão, Paranaguá, São José dos Pinhais, Guarapuava, Palmas/Francisco Beltrão, Ponta Grossa, Curitiba e Londrina, participaram nos dias 24 e 25 de fevereiro, de um encontro que reuniu os coordenadores da Pascom, agentes, jornalistas que atuam em assessorias nas dioceses e radialistas de emissoras católicas do Paraná. Este foi o oitavo ano em que os coordenadores se reuniram em um encontro que se tornou itinerante e já passou pelas dioceses de Guarapuava, Curitiba, Ponta Grossa, Maringá, Umuarama, Campo Mourão e agora Palmas/Francisco Beltrão. “No início eram convocados apenas os coordenadores da Pastoral, mas com o passar do tempo objetivando articular a comunicação como um todo, oportunizar para que mais pessoas se conheçam, troquem experiências e interajam, passamos a convidar os jornalistas que atuam nas assessorias das dioceses e radialistas das emissoras católicas”, disse Jorge Teles, atual coordenador regional. Espiritualidade, formação, partilha e planejamento marcaram o final de semana. Na ocasião foi definida a sede do próximo Mutirão de Comunicação do

Regional Sul 2. A diocese de Paranaguá, no litoral do Estado, irá acolher o Terceiro Muticom Paranaense, em 2020. Neste ano o espaço destinado para formação foi ocupado pelo professor Guilherme Nunes, que na tarde do sábado (24) tratou do tema “falar em público com maestria, deixando os medos de lado e desenvolvendo a capacidade de se expressar”. Este momento contou com a presença de diversos agentes da Pascom da diocese anfitriã, seminaristas e religiosos. Sobre a participação no Encontro Nacional da Pascom em Aparecida (SP) ficou acordado entre os coordenadores que todos procurem participar e que incentivem os demais agentes nas suas dioceses. O mesmo ficou decidido com relação ao Mutirão de Comunicação, em 2019, em Goiânia. Ficou em aberto, mas deverá ser articulada entre algumas dioceses, a possibilidade de locação de um ônibus para a ida nesses encontros. Pela primeira vez o encontro não contou com a presença de Dom Antônio Wagner da Silva, bispo referencial da Pascom. Dom Wagner está se recuperando de um problema de saúde. O nono Encontro dos Coordenadores da Pascom do Regional Sul 2 da CNBB, em 2019, será na diocese de São José dos Pinhais, no último final de semana de fevereiro. Jorge Teles /Central Cultura


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Ação cada comunidade uma nova vocação é Comissão para o ecumenismo promove apresentada para cerca de 100 mil pessoas encontro de formação cristã em Guarapuava A partir do projeto paranaense, rezar uma dezena do terço pelas vocações tem se tornado uma prática multiplicadora nas paróquias e comunidades do Brasil.

A Igreja do Paraná se fez presente na maior romaria da diocese de Vacaria (RS). Nos dias 24 e 25 de fevereiro, padre Mário Spaki, secretário executivo do Regional Sul 2 da CNBB, a convite de Dom Irineu Gassen, fez a pregação em duas celebrações da Romaria a Nossa Senhora Consoladora, de Ibiaçá (RS). A cidade de Ibiaçá (RS), que possui cerca de três mil habitantes, nesses dois dias acolheu mais de 100 mil romeiros, na sua maioria dos Estados do Sul do Brasil, que foram ao encontro da Mãe Consoladora para agradecer e buscar graças. Essa foi a 66ª edição da festa que cresce a cada ano. No fim de semana, que conclui a festa, muitos percorrem quilômetros a pé, a cavalo, de bicicleta, de ônibus para participar das celebrações, procissões e também se confessar. Nos dias da Romaria, a pequena cidade de Ibiaçá se torna como que a sede da diocese de Vacaria. O bispo e a maioria dos padres ficam à disposição do povo para as celebrações eucarísticas e atendimento de confissões. Para que essa festa aconteça, a paróquia também conta com a colaboração de um terço de seus habitantes, pois mais de mil voluntários se põem a serviço, em trabalhos incansáveis. Na missa do sábado à noite, com uma multidão reunida na praça, na rua e ao redor do Santuário padre Mário falou aos romeiros sobre as três formas de se relacionar com Nossa Senhora. “A primeira delas é por meio das romarias que fazemos aos Santuários para ir ao encontro da Mãe, a segunda é por meio das orações que fazemos a Nossa Senhora, dentre as quais o Rosário. E por fim, a terceira forma é sendo ‘outra’ Maria, imitando seu exemplo de mãe e discípula de Jesus”.

Após a missa houve uma procissão luminosa conduzida por um carro-andor, belamente adornado, que levou a imagem de Nossa Senhora Consoladora e no meio da multidão havia crianças vestidas de anjo. Um momento comovente concluído com a bênção final e uma bateria de fogos de artifício para homenagear Nossa Senhora. No domingo, apesar do sol forte durante a missa das 10 horas, uma multidão de peregrinos novamente se reuniu na praça, alguns com guarda-chuvas outros procurando uma sombra embaixo das árvores, dentro e ao redor do Santuário para participar. Na sua pregação padre Mário se reportou ao tema da Romaria: No colo da Mãe o consolo dos aflitos e falou sobre a passagem do Evangelho em que Maria acolhe em seus braços o seu filho morto após a crucificação. Na dor de Maria, muitas mães se identificam e, ao mesmo tempo, encontram consolo e forças. Depois foram convidados para ir ao altar um grupo de homens, mulheres, jovens e famílias, para segurar o andor de Nossa Senhora Consoladora e rezar. Durante as duas celebrações, o sacerdote paranaense apresentou também a Ação Evangelizadora: Cada Comunidade uma Nova Vocação, exortando os romeiros a incluir em suas orações a Maria o pedido para que o Senhor da Messe envie vocações para a Igreja. “Celebrar e pregar nessa romaria foi para mim um marco em meu ministério sacerdotal” afirmou padre Mário. Regional Sul 2 com diocese de Vacaria Fotos: Matheus Pellin

Diálogo Inter-religioso foi o assunto trabalhado durante os dois dias de encontro. O bispo de Cornélio Procópio, Dom Manoel João Francisco foi o assessor dos trabalhos.

De 16 a 18 de março, a Casa de Líderes Nossa Senhora de Guadalupe, em Guarapuava sediou o Encontro Regional de Formação Cristã. Pessoas de diversas partes do Paraná e com formações religiosas distintas, participaram do evento que é uma iniciativa da Comissão Regional do Ecumenismo e Diálogo Inter-religioso do Regional Sul 2 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). O bispo de Cornélio Procópio, Dom Manoel João Francisco, referencial do Regional Sul 2 para o Diálogo Inter-religioso foi o assessor do encontro. Ele destacou a importância de nunca se fechar portas às conversas e ao bom relacionamento entre as pessoas. “Mesmo que nossas opiniões sejam diferentes, o diálogo e a união devem existir. Em união e dialogando, a gente cresce no amor e abrimos a possibilidade de fermentar ideias com novas e excelentes propostas para nossa caminhada. Este é um trabalho bastante árduo, mas que rende ótimos frutos”; classificou o bispo. Em entrevista ao repórter Tonico de Oliveira, da Central Cultura de Comunicação, o coordenador do Ecumenismo no Paraná, padre Volnei Carlos de Campos falou da importância das discussões e da formação para uma vivência em unidade. Conforme o sacerdote, o diálogo inter-religioso e a união entre os diversos segmentos da fé é a única saída para a paz entre as pessoas. “Iniciação à vida Cristã é uma das urgências do plano de ação da CNBB nacional. Este tema foi desenvolvido no ano passado, durante a Assembleia dos Bispos, em Aparecida (São Paulo), e tem por objetivo aprofundar muito mais a nossa fé e também o conhecimento,

enquanto católicos, sobre a vida de Jesus Cristo e como deve ser esta vivência nossa enquanto seus seguidores. Por outro lado, o projeto também visa fazer um paralelo em como é ser cristão católico em relação às outras igrejas cristãs e não cristãs. Em todas as religiões, para se entrar, é preciso que haja um processo de iniciação. No catolicismo, não é diferente. Por isso, aproveitamos esta oportunidade para estudar sobre este assunto não só em relação à nossa igreja, mas também, em relação às demais denominações religiosas”, explicou padre Volnei. O encontro teve por objetivo formar lideranças para que dentro das províncias, dioceses, paróquias e comunidades, o assunto possa ser repassado e estudado sem preconceito ou opinião pré-estabelecida. No domingo, dia 18, os participantes do encontro trabalharam assuntos relacionados à Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos (SOUC). Padre Volnei foi o assessor do tema e falou da importância da SOUC para todas as pessoas que buscam viver em unidade, independente de sua denominação religiosa. “Todos os anos, no hemisfério sul, é promovida uma semana de oração pela unidade dos cristãos. Este período é sempre na semana que antecede o dia de Pentecostes. Este ano, as reflexões serão realizadas do dia 13 ao dia 20 de maio. Foram repassadas informações e experiências anteriores sobre o assunto que mexe com cada um de nós e nos faz pensar no verdadeiro sentido de ser cristão”, finalizou padre Volnei. Com informações e fotos de Tonico do Oliveira / Central Cultura

“Em união e dialogando, a gente cresce no amor e abrimos a possibilidade de fermentar ideias com novas e excelentes propostas para nossa caminhada.” Dom Manoel João Francisco


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CNBB - Regional Sul 2 - Igreja no Paraná

Diocese de Guarapuava

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PARANAVAÍ: Assembleia dos Bispos do Paraná faz balanço dos trabalhos da Igreja no último ano Em Paranavaí, os arcebispos, bispos e administradores debateram sobre temas relevantes socialmente e, de modo particular para a comunidade católica do Paraná.

De 04 a 06 de março, bispos, arcebispos e administradores diocesanos do Regional Sul 2 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), que diz-se da Igreja no Paraná, estiveram reunidos em Paranavaí, no Noroeste do Estado, em uma Assembleia anual. O encontro dos bispos é realizado sempre no mês de março em uma diocese diferente e tem por objetivo tratar dos assuntos da Igreja em âmbito regional e pontuar os direcionamentos das dioceses e comunidades. A reunião também permite que se faça um balanço das atividades desenvolvidas no decorrer de um ano e é uma preparação para a Assembleia Geral da CNBB, que é realizada anualmente em Aparecida, São Paulo, sempre no mês de abril. Em Paranavaí, os arcebispos, bispos e administradores debateram sobre temas relevantes socialmente e, de modo particular para a comunidade católica do Paraná. O encontro é reservado às lideranças da Igreja. Em um dos intervalos dos trabalhos, o presidente do Regional Sul 2, arcebispo de Cascavel, Dom Mauro Aparecido dos Santos, citou como exemplo um tema prático (e polêmico) que esteve em debate: o ensino religioso confessional (de uma religião específica) nas escolas públicas, definido pelo Supremo Tribunal Federal em setembro do ano passado e ainda não implantado. Ele antecipa que não houve uma decisão, mas apenas discussão sobre o posicionamento da Igreja na aplicação da medida tomada pela corte máxima do país. Uma das ações sobre o tema é conhecer nas comunidades o que pensam os professores católicos e identificar qual a disposição governamental de se aplicar a decisão do STF. O tema deve voltar ao debate em nova reunião do Regional, desta vez na Assembleia Geral da CNBB (em momento específico). Ainda sobre a comunidade, Dom Mauro falou da Campanha da Fraternidade (CF) 2018, cujo tema é “Fraternidade e a superação da violência”. “Este tema é muito oportuno, pois é trabalhado no momento em que a segurança está no centro dos debates do país,

inclusive com intervenção militar no Rio de Janeiro. Não podemos negar que vivemos um período de muita violência não só nas grandes cidades, mas em todos os setores e localidades de um modo geral. Isso nos entristece enquanto Igreja, enquanto cristãos e seres humanos que somos. É preciso que todos nós façamos alguma coisa, que nos importemos com a situação para só então, mudar esta triste realidade”, pontuou o arcebispo. Para Dom Mauro, o assunto não se trata de uma coincidência, mas de uma “Providência Divina” (o tema da Campanha é definido dois anos antes). O bispo adverte que não se trata apenas da violência propalada diariamente pelos meios de comunicação, mas da violência em todas as suas variáveis e que acontece na forma de falta de acesso à saúde, educação e de tantos outros direitos negados ao povo. Ele entende que é a defesa do exercício da cidadania. “Quando este exercício não acontece, a violência cresce e todos saem perdendo. A violência é como uma doença não curada. Ela se espalha rapidamente e, depois de certo tempo, fica incontrolável, causando a destruição e a morte”, reforça.

COMEMORAÇÃO

Dom Mauro citou ainda que a Assembleia comemora os 50 anos da diocese de Paranavaí que vive seu Jubileu de Ouro. O religioso falou com carinho da cidade, destacando as árvores e outras belezas (a entrevista se deu sob a sombra de uma árvore, na sede do Cosdipa, local do encontro). O bispo pontuou ainda a acolhida do povo, já que um grande público participou da missa no domingo, 04 de março, à noite na Catedral Maria Mãe da Igreja. “Aqui o povo participa e responde forte. Isto é maravilhoso”, pontuou Dom Mauro. A cada ano, uma diocese é escolhida para sediar o evento. Esta foi a segunda vez em Paranavaí (a primeira foi há quase 21 anos, de 10 a 12 de março de 1997). O encontro precede a Assembleia Geral da CNBB, que será em Aparecida,

São Paulo, com representantes de todo o país. Os trabalhos se encerraram no dia 06 de março, ao meio-dia. Conforme os participantes, a meta agora é aplicar o aprendizado nas comunidades de suas respectivas dioceses.

EXPLICANDO

O Conselho Episcopal Regional Sul 2 (CONSER), constituído pelos membros da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), canonicamente domiciliados no Estado do Paraná, é o órgão do qual a CNBB exerce sua missão pastoral neste Regional. Tem sua sede na Rua Saldanha Marinho 1.266, Curitiba – PR.

OBJETIVO GERAL

“Evangelizar, a partir de Jesus Cristo e na força do Espírito Santo, como Igreja discípula, missionária e profética, alimentada pela Palavra de Deus e pela Eucaristia, à luz da evangélica opção preferencial pelos pobres, para que todos tenham vida (Jo 10,10), rumo ao Reino definitivo”. Em espírito de comunhão, o Regional Sul 2 assume o objetivo definido pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) para toda a Igreja no Brasil. Nós, Igreja no Paraná, sentimo-nos impulsionados a proclamar a mensagem do Evangelho para todos os povos e, consequentemente, o compromisso para com a vida.

PRESIDÊNCIA

A presidência é o órgão executivo, constituída de um presidente, um vice-presidente e um representante de cada uma das quatro províncias eclesiásticas do Paraná e do secretário. Presidente: Dom Mauro Aparecido dos Santos – arcebispo de Cascavel; vice-presidente: Dom Geremias Steinmetz – arcebispo de Londrina; secretário: Dom Amilton Manoel da Silva – bispo Auxiliar de Curitiba e secretário-executivo: Padre Mário Spaki. Com informações da diocese de Paranavaí e Regional Sul 2

Regional Sul 2 da CNBB promove quarta edição da Escola Vocacional O evento foi realizado em Guarapuava, de 16 a 18 de março e reuniu 45 pessoas entre sacerdotes, religiosos e seminaristas. O Centro de Formação São João Diego, em Guarapuava, acolheu, de 16 a 18 de março, a quarta turma da Escola Vocacional do Regional Sul 2 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). Ao todo, 45 pessoas entre sacerdotes, seminaristas e religiosos se fizeram presentes para o momento de formação. Em entrevista ao repórter Tonico de Oliveira, da Central Cultura de Comunicação, o padre José Alir Moreira, que é coordenador da Escola Vocacional do Regional Sul 2 e também reitor do Seminário Maior Nossa Senhora de Belém, em Curitiba, falou do encontro e destacou a importância do discernimento vocacional para todas as pessoas. Para padre José Alir, o projeto “Cada comunidade uma nova vocação”, que nasceu no Paraná, já está dando muitos resultados e vem ao encontro dos pensamentos do Papa Francisco que prima pelo despertar das vocações a todas as pessoas.

“Há quatro anos, temos trabalhado com algumas turmas que fizeram sua experiência na Escola Vocacional do Regional Sul 2. Esta é uma escola onde são preparados religiosos, religiosas, seminaristas, padres e leigos que trabalham nas dioceses, paróquias e comunidades do Paraná em favor das vocações. Este é um momento de capacitação e de troca de experiências entre nossos animadores vocacionais, num trabalho tão importante que desenvolvem todos os dias, muitas vezes, no silêncio e em ações localizadas. As orações proferidas por estes animadores, fazem toda a diferença para a Igreja. Sem elas, não haveria este trabalho tão bonito que passa pelo discernimento, busca e encontro vocacional”, sublinhou padre José Alir. Conforme o coordenador, levar adiante a proposta vocacional se faz necessário em todos os tempos e lugares, pois é através desta ideia que as obras

são desenvolvidas nas comunidades, em todos os tempos. “É desejo da Igreja, levar adiante a proposta vocacional, fortalecendo nas bases eclesiais o despertar de cada um, num trabalho articulado e integrado a toda pastoral (vocacional). A Escola quer ser para nosso Regional (Sul 2) um serviço de comunhão eclesial, uma maneira de intensificar a convicção do serviço vocacional em nossa Igreja”, afirma o padre José Alir. A Escola Vocacional começou em 2012 e cada período se estende por dois anos, divididos em seis módulos de estudos. Durante este tempo, conforme o coordenador, é oferecido ao animador vocacional, a possiblidade de se qualificar e de aplicar seus conhecimentos junto às comunidades onde atua. “Este é um momento onde a Igreja se assume e se fortalece através de suas diferentes pastorais e movimentos. Os animadores vocacionais são multiplicadores em suas paróquias e comunidades. Através

deles, com seu trabalho, podemos atingir muito mais pessoas e juntos, buscar este despertar vocacional. Em muitos lugares, há a Escola Vocacional em nível diocesano e isso muito nos alegra, pois mostra que estamos no caminho certo neste trabalho de discernimento. Nunca podemos nos esquecer de que é através do leigo que nascem as vocações”, observou padre José Alir. Com informações e fotos de Tonico de Oliveira / Central Cultura


Notícias Paroquiais

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ALTAMIRA DO PARANÁ: notícias paroquiais TURVO: Paróquia promove retiro Celebração em honra a São José, encontro de funcionários do espiritual para catequizandos da crisma Decanato Pitanga, Acampamento e um ano de fundação da Pastoral da Pessoa Idosa foram destaques na paróquia.

Mais de 250 jovens que se preparam para a crisma participaram do encontro. Elvis Roveda, da paróquia Imaculada Conceição de Maria, do distrito de Palmeirinha, foi o assessor do encontro. A paróquia Nossa Senhora Aparecida, em Turvo, promoveu, nos dias 17 e 18 de março, um retiro para os catequizandos da Crisma. Mais de 250 pessoas participaram do retiro religioso, segundo os organizadores do encontro. Elvis Roveda, da paróquia Imaculada Conceição de Maria, do distrito de Palmeirinha, foi o assessor dos trabalhos. Houve momentos de espiritualidade, dinâmicas, além de orações e trabalhos em grupo. Os catequizandos participaram da missa na matriz, no domingo, dia 18, às 08h30 e, em seguida, deram sequências às atividades formativas.

Os trabalhos foram encerrados à tarde. O retiro faz parte do cronograma da catequese da paróquia.

RIO BONITO DO IGUAÇU: Paróquia Santo Antônio de Pádua inicia catequese 2018

SÃO JOSÉ

A comunidade de Água do Cedro, em Altamira do Paraná, celebrou o dia do padroeiro, São José, em 19 de março, com uma missa. Antes, porém, foram realizadas visitas nas casas dos moradores da região, com bênçãos às famílias proferidas pelo pároco local, padre Paulo Fernando Francini. Depois da missa, houve um jantar de confraternização.

Na ocasião, foi inaugurado o “Campinho da Catequese”. O espaço de lazer foi construído pela paróquia, no terreno atrás do Centro Catequético São José, num espaço antes baldio.

PASTORAL DA PESSOA IDOSA

A Pastoral da Pessoa Idosa de Altamira do Paraná comemorou um ano de fundação no dia 18 de março. Para celebrar a data, uma missa foi rezada na matriz com a presença da coordenação diocesana da Pastoral da Pessoa Idosa da paróquia São Luiz Gonzaga de Guarapuava. Na ocasião, houve o envio de três novas líderes que ajudarão nos trabalhos. A equipe agora é formada por 19 líderes que visitam mensalmente 88 idosos cadastrados. O grupo tem atividades mensalmente na paróquia e, no dia 19 de cada mês, há um momento de adoração e homenagens a São José, padroeiro da Pastoral na paróquia. Um almoço com a presença dos idosos cadastrados encerrou as atividades do dia.

ACAMPAMENTO

A comunidade São Sebastião, na localidade de Bela Fonte, em Altamira do Paraná, promoveu a terceira edição do Acampamento de Oração da Renovação Carismática Católica (RCC). O retiro foi organizado pela equipe da paróquia São João Batista, de Prudentópolis e realizado nos dias 03 e 04 de março. O evento contou com cem participantes das paróquias de Pitanga, Laranjal e Altamira do Paraná. Os trabalhos foram finalizados com uma missa celebrada pelo pároco local, padre Paulo Fernando Francini.

ENCONTRO

Funcionários das paróquias e comunidade do Decanato Pitanga participaram de um encontro em Altamira do Paraná, no dia 20 de março. A reunião das pessoas que trabalham para a Igreja está prevista em calendário diocesano. O pároco de Rosário do Ivaí, padre Adalto José Bona, foi o assessor dos trabalhos. O sacerdote falou sobre o Ano do Laicato e a importância que cada pessoa tem para a Igreja. Houve momentos de reflexão, espiritualidade e partilha de informações e experiências.

No final do encontro, foi eleita a nova equipe de coordenação dos funcionários daquele Decanato. Luana Lendzion, de Cândido de Abreu é a nova coordenadora e Thaís de Oliveira Emídio, de Rosário de Ivaí é a vice-coordenadora. Eliza de Melo Abreu, de Rio Branco do Ivaí assume a função de secretária. As suplentes na secretaria são: Neuraci Chekalski, de Santa Maria do Oeste e Alecsandra Cristina Betez, de Altamira do Paraná.

“CADA COMUNIDADE É UMA VOCAÇÃO”

Em atenção ao projeto “Cada comunidade uma nova vocação” do Regional Sul 2 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), que sugere que, nas reuniões, encontros e celebrações da Igreja, se reze uma dezena do terço pelas vocações, a paróquia Nossa Senhora Aparecida, em Altamira do Paraná destaca suas ações neste sentido. Segundo informações da Pastoral da Comunicação (Pascom), em toda a paróquia, tem se adotado a prática de oração e, cada vez mais, pessoas estão aderindo ao projeto. “Aqui, na paróquia Nossa Senhora Aparecida de Altamira do Paraná, se reza uma dezena do terço antes de celebrações, reuniões, encontros e programas de rádio”, destaca a Pascom, em nota. No último dia 16 de março, as irmãs da congregação Ursulinas, da cidade de Ponta Grossa, estiveram em Altamira do Paraná para rezar com a comunidade. As religiosas Manju Mathew e Nildair de Freitas chegaram à cidade, acompanhadas do casal Giane Schereiner e Auri Sorgato Moreira, da cidade de Laranjal. Durante a visita, foram tratados de assuntos relacionados às vocações com a coordenação da paróquia. No dia 14 de julho, os quatro devem retornar a Altamira do Paraná para a realização de uma “animação vocacional”.

“A participação das crianças, de seus pais e de membros da comunidade foi abundante.” Pe. Ângelo Altair de Oliveira O dia 18 de março foi de muitas festividades em Rio Bonito do Iguaçu. A data marcou o início das atividades da catequese para 2018 na paróquia Santo Antônio de Pádua. Todas as comunidades foram envolvidas no projeto, conforme destacou o padre Ângelo Altair de Oliveira que atua naquela paróquia. Além das atividades religiosas, no mesmo dia, às 17h, foi inaugurado o “Campinho da Catequese”, um espaço de lazer que foi construído numa união de forças entre a paróquia, congregação das Irmãs de São José de Cúneo, catequizandos e seus pais. “Em toda a paróquia, foram realizadas celebrações de acolhida dos novos catequizandos e início da catequese deste ano. Às 17h do mesmo dia foi inaugurado o ‘Campinho da Catequese’. O espaço de lazer foi construído pela paróquia, no terreno atrás do Centro Catequético São José, num espaço antes baldio, aproveitando a inclinação do terreno para arquibancadas, com recursos levantados em parceria entre as Irmãs de São José de Cúneo, paróquia, crianças e pais da catequese”, detalhou padre Ângelo. Conforme o sacerdote, os presentes comemoraram com muita alegria o momento da inauguração do espaço

recreativo que a partir de agora, poderá sediar diversas atividades da comunidade. “Na inauguração, a participação das crianças, de seus pais e de membros da comunidade foi abundante. Em clima de festa e integração entre as famílias, padre Sebastião Gulart, pároco local, deu a benção, destacando a importância do espaço para atividades da catequese, juventude e pastorais. Ele também lembrou que muitos santos, como São Felipe Neri e São João Bosco promoveram espaços lúdicos para a evangelização. Após a bênção, foi lido o regulamento que rege o local, e tiveram início os jogos. Irmã Anna Martini rolou a bola pela primeira vez no gramado. Muitas equipes de meninos e meninas, jovens, homens e mulheres jogaram na inauguração, organizados pela coordenação da catequese. O primeiro gol foi marcado por Jaime Seduc, ministro da comunidade matriz”, relatou padre Ângelo. As equipes vencedoras do torneio da inauguração foram: 1º lugar, time São Domingos Sávio; 2º lugar, time Santo Antônio; 3º lugar, time Santa Maria. Com informações de padre Ângelo Altair de Oliveira Fotos: Membros da comunidade


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Notícias Paroquiais

Diocese de Guarapuava

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GUARAPUAVA: Paróquia Sant’Ana comemora PITANGA: Notícias da paróquia Sant’Ana Cerco de Jericó e encontro de jovens são destaques na paróquia Jubileu de Ouro com grande festa Segundo o administrador paroquial, padre Itamar Abreu Turco, as comemorações não param e a comunidade já começa a preparar os próximos cinquenta anos. A paróquia Sant’Ana, em Guarapuava, comemorou cinquenta anos de sua fundação no dia 10 de março. Para celebrar o momento especial, o tema escolhido foi: “Paróquia Sant’Ana, 50 anos de evangelização”. Desde julho de 2017, durante a festa da padroeira, os festejos jubilares foram lançados. A partir de então, uma vasta programação passou a ser planejada pelos coordenadores de pastorais e movimentos da paróquia, com o intuito de deixar ainda mais bonita a comemoração pelo meio século de existência desta que foi a primeira paróquia fundada pela diocese de Guarapuava. Conforme o administrador paroquial, padre Itamar Abreu Turco, o momento foi de muita alegria pela vivência do ano jubilar. “Sant’Ana foi a primeira paróquia criada pela nossa diocese de Guarapuava. O tempo passou e muita coisa mudou. A cidade cresceu e a Igreja se torna cada vez mais necessária na vida das pessoas. Por isso, este meio século de existência de nossa paróquia foi uma das mais bonitas oportunidades para se celebrar e viver o Jubileu em sua plenitude. Começamos nossa preparação já no ano passado, pois tudo isso demanda dedicação e tempo. Por isso, este é o momento de fortalecermos nossos vínculos familiares e de celebrar a vida e a união. Nosso momento festivo não acaba aqui. Desde já, eu convido a todos para que juntos, passemos a preparar os próximos cinquenta anos”, sublinhou padre Itamar.

CERCO DE JERICÓ 2018

HISTÓRIA

A paróquia Sant’Ana foi criada no dia 10 de março de 1968, com cerimônia presidida pelo primeiro bispo diocesano de Guarapuava, Dom Frederico Helmel, da Congregação Sociedade do Verbo Divino (SVD). O Primeiro Pároco a assumir os trabalhos foi padre Henrique Daniel’s, também da mesma congregação que o bispo. A paróquia Sant’Ana foi a primeira criada por Dom Frederico. Em princípio, seus padres passaram a atender 44 Capelas espalhadas pela cidade e interior do município. Destas, quatro ficavam em Guarapuava e outras quarenta, nos distritos de Turvo (hoje, município) e Guairacá. Em seus cinquenta anos de existência, a Paróquia Sant’Ana continua passando por mudanças constantes e várias reestruturações. A cada momento, oportunidades de evangelização e de inserção social são criadas. Como fonte inesgotável de fé e caridade, esta Comunidade irradia alegria para toda a diocese de Guarapuava.

GUARAPUAVA: Paróquia Nossa Senhora Aparecida em preparação para a VI Festa da Polenta Milhares de pessoas são esperadas para o evento que já se tornou tradição em Guarapuava. Missas, pratos à base de polenta, e apresentações artísticas fazem parte da festa. De 11 a 15 de abril, a paróquia e santuário Nossa Senhora Aparecida, em Guarapuava, realiza a VI edição da Festa da Polenta. Durante a semana, haverá missas às 19h30. A partir das 19h, os participantes podem desfrutar de doces e salgados nas tradicionais barraquinhas. Mais de dez pratos à base de polenta serão oferecidos durante os festejos. Também haverá concurso do melhor pudim de leite. De acordo com o pároco, padre Claudemir da Silveira Didek, a exemplo de anos anteriores, milhares de pessoas são esperadas para a festa que também conta com diversas atrações artísticas. “Eu convido a todas as pessoas para que venham com suas famílias festejar conosco. Serão momentos de muitas alegrias e agradecimentos. A Festa da Polenta já é uma tradição em nossa comunidade e a cada ano, mais pessoas participam e celebram estes momentos importantes de união e devoção”, sublinhou o pároco.

no mês de março.

Seguindo as determinações do Regional Sul 2 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e também da diocese de Guarapuava, não serão comercializadas bebidas alcoólicas no local durante o evento.

De 17 a 23 de março, a paróquia Sant’Ana, em Pitanga, realizou o Cerco de Jericó. Durante sete dias, somando-se vinte e quatro horas de orações, os presentes tiveram a oportunidade de adorar o Santíssimo e participar das celebrações das missas que foram rezadas em dois horários, às 07h e às 19h. “Foram momentos fortes de oração e reflexão em preparação para a Páscoa”, diz uma nota da Pastoral da Comunicação (Pascom).

LOUVOR

O grupo de jovens Sentinela da Manhã, da paróquia Sant’Ana, em

Pitanga, realizou, nos dias 10 e 11 de março, a quarta edição do Louvor Jovem. O encontro que reuniu mais de duzentas pessoas, segundo os organizadores, é uma parceria entre o grupo e o Setor Jovem e tem por objetivo mostrar que a juventude possui espaço na igreja para desenvolver seus projetos. Segundo os organizadores, o retiro foi proveitoso e possibilitou que os participantes entendessem um pouco mais sobre a caminhada de cada um junto à Igreja. Grupos de jovens das cidades vizinhas também colaboraram para a realização do encontro, de acordo com a coordenação.

GUARAPUAVA:Comunidade implanta Círculos Bíblicos e visita famílias A cada mês, duas casas são visitadas. Durante o encontro, há leitura e reflexão sobre os textos bíblicos. O projeto que começou este ano, está unindo as famílias, segundo a coordenação. A comunidade Auxílio dos Cristãos, que pertence à paróquia São João Bosco, em Guarapuava, realizou mais uma reunião dos Círculos Bíblicos na noite de 14 de março. Os encontros são realizados às quartas-feiras, a cada quinze dias, na casa de uma família da comunidade. Conforme a coordenadora do projeto, Denize Neves, o encontro possibilita a aquisição de conhecimento e aprofundamento na Palavra de Deus. “Duas vezes por mês nos reunimos na casa de uma família da comunidade e lá, rezamos, cantamos e estudamos a Bíblia. Procuramos trazer as reflexões dos textos bíblicos para nossa realidade. Juntos, aprendemos cada vez mais. Muitas vezes, as famílias visitadas estão afastadas da Igreja e este encontro dá novo ânimo e possibilita que voltem a participar das celebrações e encontros na comunidade. Está sendo uma experiência maravilhosa para todos nós”, sublinhou Denize. As visitas às famílias são definidas através de sorteio prévio e os encontros são registrados em fotografia. “Este é um trabalho lento, de perseverança, mas estamos desenvolvendo com muito amor. A cada reunião, tiramos fotos para futuramente, construir um álbum com este trabalho”, observou Denize.

CÍCULOS BÍBLICOS

Os Círculos Bíblicos nasceram e se desenvolveram da necessidade dos católicos de se aprofundarem na “Palavra de Deus” meditando-a e confrontando-a com a vida cotidiana.

Neles, segundo os coordenadores, os participantes encontram oportunidades para animar a mente e o coração. Ajudar as pessoas a adquirirem o hábito da leitura orante da Bíblia, à luz da tradição e do ensino oficial da Igreja estão entre os propósitos dos encontros. Sob a coordenação do padre Gilson José Dembinski, pároco da paróquia Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, em Pitanga, os Círculos Bíblicos estão entre as prioridades da diocese de Guarapuava que, juntamente com Dízimo e Missão formam os três pilares de sustentação da Igreja. Com informações de Elaine Neves de Lima/Pascom Fotos: Integrantes do grupo


Abril - 2018

Notícias Paroquiais

MANOEL RIBAS: Espiritualidade e Ano do Laicato foram assuntos de retiro O evento é realizado todos os anos e é aberto à comunidade. Desta vez, o pregador foi o padre Aroldo Schinemann Filho, da Congregação dos Padres Marianos (MIC).

Como ocorre todos os anos, a paróquia Santo Antônio, em Manoel Ribas, promoveu mais um retiro espiritual para a comunidade no último dia 03 de março. O encontro que reuniu dezenas de pessoas, começou às 08 horas da manhã e foi até às 15 horas. O padre Aroldo Schinemann Filho, da Congregação dos Padres Marianos (MIC), foi o pregador do retiro. Por ocasião do Ano do Laicato, foram feitas muitas reflexões sobre a importância do leigo para a comunidade, como sujeito ativo em se tratando das atividades da Igreja. Com base no Documento 105 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, o Ano Nacional do Laicato tem por objetivo principal, dinamizar o estudo e a prática do documento 105: “Cristãos leigos e leigas na Igreja e na Sociedade” e demais documentos do Magistério, em especial do Papa Francisco, sobre o Laicato; e estimular a presença e a atuação dos cristãos leigos e leigas,

“verdadeiros sujeitos eclesiais” (DAp, n. 497a), como “sal, luz e fermento” na Igreja e na Sociedade. Durante o retiro, padre Aroldo abordou estes assuntos e convidou os presentes a refletirem sobre sua atuação em se tratando dos trabalhos da Igreja. Conforme a responsável pela Pastoral da Comunicação (Pascom), na paróquia, Vera Lúcia Gallo, tanto os momentos de espiritualidade, quanto as dinâmicas e discussões acerca do ano do laicato, foram de grande proveito, pois possibilitou aos presentes, pensarem sobre o papel e a importância de cada um tanto na família, quanto na Igreja. “Durante este retiro, foi possível obter um maior aprendizado sobre a importância do papel do leigo na Igreja. Através deste entendimento, também passamos a compreender nosso papel enquanto agentes diretos dentro da sociedade e das comunidades às quais fazemos parte”; sublinhou Vera.

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RESERVA DO IGUAÇU: paróquia dá início a ano catequético

Para marcar o início dos encontros, houve uma celebração e, em seguida, todos participaram de uma confraternização na matriz.

Na manhã do dia 03 de março, a paróquia Nossa Senhora de Belém, em Reserva do Iguaçu, promoveu um encontro de confraternização para marcar o início do ano catequético na comunidade. Mais de duzentas pessoas entre catequistas, catequizandos e seus familiares estiveram presentes na missa das 09 horas da manhã, que foi celebrada pelo pároco local, padre Elizeu Nahm, na matriz. “Hoje marcamos o início de um trabalho que nos conduzirá para o bom caminho. A catequese não é apenas mais um período, mas sim, algo que levamos para a vida inteira. Quero aqui parabenizar a todos os catequistas que abraçaram esta causa e juntos, farão um trabalho de formação e evangelização em nossa comunidade. Este trabalho, eu tenho certeza, será para toda a vida de

nossas crianças, adolescentes e jovens. Que Nossa Senhora de Belém interceda por cada um dos catequizandos e por suas famílias. Que Deus ilumine os passos de todas as pessoas que vivem o verdadeiro ensinamento cristão”, falou o pároco durante sua homilia. Depois da celebração, os catequizandos e a comunidade participaram de um lanche coletivo como forma de confraternização e celebração pelo início de mais um ano de trabalho. “Cada criança ou adolescente levou um refrigerante, doce ou salgado para a confraternização. Depois da missa, todos participaram de um piquenique. Foi uma manhã muito festiva que marca a volta dos encontros da catequese na paróquia. Foi uma festa perfeita”, comemorou a secretária paroquial, Clemir Ferrari Magri.

MARQUINHO: Movimento Eucarístico Jovem FOZ DO JORDÃO: paróquia São Pedro promove da diocese de Guarapuava promove encontro Antes da conclusão das atividades, a equipe diocesana envio de novos ministros da Eucaristia apresentou a história do Movimento aos presentes e sugeriu a Ao todo, são trinta e cinco ministros da Eucaristia ajudando na matriz e nas comunidades de abrangência da paróquia.

Nos dias 24 e 25 de fevereiro, a paróquia São Pedro, em Foz do Jordão, promoveu celebração de envio de ministros da Eucaristia na matriz. Treze novos ministros se somam aos vinte e dois que já atuam junto à paróquia num trabalho de auxílio direto às atividades da Igreja. De acordo com eles, a intenção é atender com amor e dedicação às pessoas da comunidade, levando adiante a missão de servir e de amenizar o sofrimento de cada um. Para o momento formativo, a coordenação da paróquia convidou o palestrante João Luiz Garcia, da cidade de Pato Branco. Na ocasião, João Luiz destacou a importância do comprometimento dos ministros para com a Igreja. Conforme abreviou, de nada adianta fazer um trabalho brilhante dentro dos grupos religiosos, nas quatro paredes da igreja, mas

fora, na sociedade, ser uma pessoa relapsa, sem alegria de viver e sem o desejo de ajudar a quem mais precisa. Os trabalhos foram finalizados com a celebração de uma missa presidida pelo pároco local, padre José dos Santos Rodrigues que abençoou os novos servidores da Igreja e lhes desejou sucesso. “Peço orações a estes novos ministros. Eles, mais do que nunca, precisam de nossa ajuda, de nossa confiança e do nosso amor”, grifou o pároco. Loredi Daniel Brecher Pascom

instalação de um grupo do MEJ na paróquia.

A paróquia Imaculado Coração de Maria, da cidade de Marquinho, promoveu um retiro para jovens, no dia 18 de março. Mais de 60 pessoas de vários locais de abrangência da paróquia participaram. O retiro foi conduzido por integrantes do Movimento Eucarístico Jovem (MEJ), do Decanato Centro, da diocese de Guarapuava. O encontro teve inicio pela mnhã, com a missa. Na sequência, os participantes refletiram sobre a Parábola do Filho Pródigo. Depois da leitura, os jovens desenvolveram trabalhos em grupo, partindo da espiritualidade do “Coração de Jesus”. “No encontro, os jovens tiveram a oportunidade de refletir sobre os desafios que lhes são apresentados na sociedade contemporânea. O momento com Maria, baseado nas suas sete dores, vividas por tantas mães na atualidade e um breve instante de adoração ao Santíssimo fizeram parte do encontro”, falou o coordenador do MEJ na diocese de Guarapuava, Leo Geovane Pereira.

Antes da conclusão das atividades, a equipe diocesana apresentou a história do Movimento aos presentes e sugeriu a instalação de um grupo do MEJ na paróquia. “O encontro, que se inseriu como atividade no calendário do MEJ de Guarapuava, faz parte da proposta de implantação do Movimento, não somente nas paróquias da diocese, mas também em outras regiões do Paraná, que não contam com este trabalho evangelizador. Neste retiro, diversos jovens puderam fazer uma experiência de encontro com Cristo, que é um dos objetivos do MEJ”, sublinhou Geovane. Foto: Millena Guimarães


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Notícias Paroquiais

Diocese de Guarapuava

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BOA VENTURA DE SÃO ROQUE: Movimento Legião de Maria celebra Festa de Ácies A palavra “Ácies” é de origem latina e significa exército em ordem de batalha.

Mais de quarenta integrantes do grupo Legião de Maria, da paróquia São Roque, em Boa Ventura de São Roque, realizaram a consagração a Nossa Senhora, no último dia 18 de março, durante a celebração da missa da manhã, na matriz, quando se celebra a Festas de Ácies. O momento, conforme os integrantes do Movimento Religioso; é o mais importante do ano e proporciona a todos, reflexão e oração por interseção de Maria. A palavra “Ácies” é de origem latina e significa exército em ordem de batalha. A consagração a Nossa Senhora, é a cerimônia em que os legionários se reúnem para renovar a sua fidelidade a Maria, Rainha da Legião, e dela receber a força e a benção para mais um ano de trabalho. “Foi uma celebração marcada pela fé e devoção. Os membros da Legião de Maria pronunciaram todos juntos a consagração à Virgem que diz: ‘Eu sou todo vosso, ó minha Rainha e minha Mãe, e tudo quanto tenho vos pertence’”, sublinhou a Pastoral da Comunicação (Pascom), em nota.

“Foi uma celebração marcada pela fé e devoção.”

ENTREVISTA: Centenas de jovens de Quedas do Iguaçu participam de retiro espiritual O retiro católico Thalita Kum é organizado pela Comunidade Aliança de Misericórdia. Durante os dois dias de trabalho, há momentos de reflexão, partilha e aprofundamento nos estudos da Palavra de Deus.

Nos dias 17 e 18 de março, a paróquia Imaculado Coração de Maria, de Quedas do Iguaçu, através da Comunidade Aliança de Misericórdia, promoveu um retiro para jovens. Mais de cem pessoas participaram do evento denominado Thalita Kum. Os trabalhos foram assessorados pelo animador vocacional, José Carlos Dai Prá. Em entrevista à integrante da Pastoral da Comunicação (Pascom) da paróquia, Salete Furman, José Carlos falou do retiro e de sua importância para os jovens católicos. Leia a entrevista abaixo:

Pascom: José Carlos, fale-nos um pouco sobre o que é o retiro Thalita kum? José Carlos: É um retiro querigmático (primeiro anúncio, baseado nas primeiras pregações dos apóstolos, após a vinda do Espírito Santo). É voltado para jovens com o intuito de levá-los a uma profunda conversão e encontro com Deus. Pascom: Então é um retiro só para jovens? José Carlos: Não especificamente. Temos somente o limite mínimo de idade que é de 15 anos, mas, podem participar todas as pessoas que tenham interesse. Pascom: Por que o nome Thalita Kum? José Carlos: O nome do retiro é baseado na passagem bíblica de Mc 5,41, onde Jesus se aproxima da filha de Jairo que estava morta e diz: Thalita Kum, menina levanta-te. Então o nome do retiro significa: “Jovem, Levanta-te”. Pascom: Por quem é organizado? José Carlos: É organizado pelos membros da Comunidade Aliança de Misericórdia. Pascom: Qual o objetivo deste retiro? José Carlos: É alcançar pessoas que estão mais afastadas da igreja, para um encontro pessoal com Deus através da conversão. Também é direcionado para pessoas que já estão engajadas na Igreja, mas que queiram aprofundar cada vez mais sua fé.

Pascom: Quantos retiros Thalita Kum são organizados durante o ano? José Carlos: Depende da agenda e atividades da Comunidade Aliança de Quedas do Iguaçu. Gostaríamos de fazer pelo menos quatro por ano. Nos dias 17 e 18 de março de 2018, foi realizado o primeiro retiro deste ano, com a participação de 111 pessoas. Gostaria de salientar, que este encontro pode ser realizado também em outras cidades, como já aconteceu em Cândido de Abreu e Nova Laranjeiras. Pascom: Quanto tempo é dedicado para a organização do retiro? José Carlos: Iniciamos a organização do retiro, quando possível, com pelo menos dois meses de antecedência. Primeiramente com a preparação espiritual através do Cerco de Jericó, novenas, mil ave-marias, vigília uma vez por mês, sempre intercedendo nos encontros semanais da comunidade. Juntamente com a preparação espiritual, iniciamos também a divulgação e inscrições. Dentro da Comunidade, temos grupos responsáveis pela divulgação, decoração, arrecadação de alimentos para o retiro, visto que, é cobrada uma taxa mínima do participante para os dois dias e, caso o interessado não tenha condições de pagar é isentada essa taxa. A preparação do local é feita nos dias que antecedem o retiro.

Pascom: Quantas pessoas se envolvem no trabalho do retiro? José Carlos: Praticamente todos os membros da Comunidade, em torno de cinquenta pessoas. Pascom: Como é dividido o trabalho interno do retiro? José Carlos: É dividido por ministérios: ministérios de música, de dança, de teatro, de comunicação, além de intercessão, pregação e condução. Também há trabalhos para pessoas responsáveis pela limpeza, cozinha, secretaria, transporte e manutenção. Pascom: Como é a dinâmica do retiro? Como se desenvolve? José Carlos: Inicia com apresentações da equipe e participantes e, durante os dois dias são realizadas palestras, momentos de oração, dinâmicas, teatro, partilha, dança e muita animação. As pessoas que necessitam dialogar para tirar dúvidas, ou, pedidos de oração individual, são conduzidas aos missionários que ficam à disposição para atendê-las durante o retiro. Os sacerdotes da paróquia também atendem confissões num período do encontro.

Pascom: Quem faz as palestras no retiro Thalita Kum? José Carlos: A pregação é feita por membros da Comunidade Aliança de Quedas do Iguaçu, sejam jovens ou missionários e, quando possível, missionários vindos de outras comunidades como Maringá, São Paulo. Pascom: Depois do retiro é feito um acompanhamento com as pessoas que participaram? De que forma? José Carlos: Sim, as pessoas que fizeram o retiro são convidadas para participar dos encontros semanais e mensais como: vigília, Jornada Aliança de Misericórdia (JAM), louvor, formação humana e evangelizações, além de encontros de convivência fraterna. Para aqueles que são chamados ao carisma da Comunidade, de forma mais profunda podem seguir formações específicas, como missionário de Aliança ou caminho vocacional. A Pastoral da Comunicação de Quedas do Iguaçu agradece a José Carlos Dai Prás, pela entrevista e pelo ótimo trabalho que desenvolve na Comunidade Aliança de Misericórdia. Por: Salete Furman Pascom Quedas do Iguaçu


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Círculos Bíblicos

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1º CÍRCULO BÍBLICO DO EVANGELHO DE MARCOS - Abril Jesus derrota os demônios - Marcos 5,1-20 Preparando o ambiente: Colocar no centro ilustrações e recortes que mostra pessoas derrotando as forças do mal com boas ações. 1. ORAÇÃO INICIAL – INVOCAÇÃO AO ESPÍRITO SANTO Animador: Meus irmãos e irmãs, é bom nos para que na presença de Deus, em comunidade, buscamos na Palavra de Deus luzes e força para nossa caminhada. Animador: Para vivenciarmos bem este encontro de fé, transmitamonos uns aos outros a Paz que queremos e sonhamos, desejando a paz do Senhor (todos se cumprimentam). Obs: Se houver alguém que esteja participando do grupo pela primeira vez, seja acolhido com muita alegria e carinho; Canto (à escolha) Animador: Iniciemos nosso encontro de fé invocando a presença do nosso Deus: Todos: Em nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo, Amém. Animador: Com fé, peçamos que o Espírito Santo venha ao nosso encontro, iluminando nossos mentes e nossos corações: Todos: Vinde Espírito Santo, enchei os corações de vossos fiéis, e acendei neles o fogo do vosso amor. Animador: Enviai o vosso Espírito, Senhor e tudo será criado, e renovareis a face da terra. Animador: Oremos: Ó Deus, que instruístes os corações de vossos

fiéis com a luz do Espírito Santo, fazei que apreciemos retamente todas as coisas, Segundo o mesmo espírito, e gozemos sempre de sua consolação. Por Cristo, nosso Senhor, amém.

ser nossa postura quando nos

2. OLHANDO A PRÁTICA DA NOSSA COMUNIDADE Animador: No Círculo Bíblico deste dia vamos refletir sobre a ação de Jesus, derrotando a força demoníaca que oprime as pessoas. Ao libertar o possesso, Jesus mostra que Deus quer a libertação da pessoa, contra toda força maléfica que faz a pessoa sofrer. a) Quais as forças maléficas que oprimem as pessoas hoje? A droga, o vício, a corrupção, entre outras? b) Jesus liberta a pessoa que sofre. E a nossa comunidade como deve agir diante das pessoas que sofrem no vício, nas drogas, na violência, entre os males?

5. ORAÇÃO DA COMUNIDADE

3. OLHANDO A PRÁTICA DE JESUS Animador: Vamos ouvir atentamente como o evangelista descreve a ação de Jesus, frente ao homem possuído pelo demônio. Canto de aclamação • Leitura do texto: Marcos 5,1-20 (Ler duas vezes o texto, com calma). • Momento de silêncio para retomar o texto lido. 4. PARTILHANDO A PALAVRA a) Qual a postura de Jesus diante do homem que sofria atormentado pelo demônio? b) O evangelho nos mostra o poder de Jesus frente ao mal. Qual deve

sentirmos fracos e sofrermos? c) Onde vemos nesse evangelho a atitude de misericórdia de Jesus?

Momento das Preces: O que este texto nos leva a dizer a Deus? Colocar em forma de prece, de maneira espontânea, tudo aquilo que refletimos sobre o Evangelho e sobre a nossa vida. Resposta: “Senhor ajudai-nos a vencer o mal” Conclusão das Preces: Oração do Pai Nosso, Ave-Maria, Glória ao Pai. Animador:

Estivemos

reunidos

em Nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo. Todos: Amém 6. EM CASA E PARA O PRÓXIMO ENCONTRO • Ler: Mc 5,21-34 • Deixar certo para próximo encontro uma ou duas pessoas para testemunhar uma graça recebida de Deus. Responsáveis pelo próximo encontro: Leitores: Próximo encontro/data: Local:

Pe. Gilson José Dembinski


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Diocese de Guarapuava

Círculos Bíblicos

Abril - 2018

2º CÍRCULO BÍBLICO DO EVANGELHO DE MARCOS - Abril Jesus acalma a tempestade - Marcos 5,21-34 Preparando o ambiente: Se possível colocar no centro da mesa a ilustração de alguma pessoa curada, ou que recebeu alguma graça de Deus. Também pode colocar na mesa alguma ilustração dos sacramentos de cura: sacramento de Reconciliação e sacramento da Unção dos Enfermos. 1. ORAÇÃO INICIAL – INVOCAÇÃO AO ESPÍRITO SANTO Animador: Caros irmãos e irmãs em Cristo, estamos reunidos para mais um círculo bíblico. Que a graça, a paz e a misericórdia de Deus estejam em nosso meio. Todos: Bendito seja Deus que nos reúne no amor de Cristo. Animador: Somos convidados, a exemplo de Cristo, viver a paz que vem de Deus. Saudemos uns aos outros, desejando a paz de Cristo, para iniciarmos nosso encontro num clima de alegria. (todos se cumprimentam). Obs: Se houver alguém que esteja participando do grupo pela primeira vez, seja acolhido com muita alegria e carinho; Canto (à escolha) Animador: Coloquemo-nos em sintonia com Deus, invocando sua presença em nosso meio. Todos: Em nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo, Amém. Animador: Com fé, peçamos que o Espírito Santo venha ao nosso encontro para iluminar nosso círculo bíblico:

Todos: Vinde Espírito Santo, enchei os corações de vossos fiéis, e acendei neles o fogo do vosso amor. Animador: Enviai o vosso Espírito, Senhor e tudo será criado, e renovareis a face da terra. Animador: Oremos: Ó Deus, que instruístes os corações de vossos fiéis com a luz do Espírito Santo, fazei que apreciemos retamente todas as coisas, Segundo o mesmo espírito, e gozemos sempre de sua consolação. Por Cristo, nosso Senhor, amém. 2. OLHANDO A PRÁTICA DA NOSSA COMUNIDADE Animador: Caros irmãos, no círculo bíblico de hoje vamos como Jesus lidava com as pessoas enfermas, que nele encontravam amparo para suas vidas. a) Em sua opinião têm muita gente que sofre na doença, distante da comunidade? b) Qual é atitude da nossa comunidade com aqueles que enfrentam a doença? 3. OLHANDO A PRÁTICA DE JESUS Animador: Vamos ouvir atentamente a palavra de Deus que nos exorta para confiar na bondade de Jesus, diante do doente que sofre. • Canto de aclamação • Leitura do texto: Mc 5,21-34 (Ler o texto duas vezes, com calma). • Momento de silêncio para retomar o texto lido. 4. PARTILHANDO A PALAVRA a) Você conhece alguém que está doente e sofre no esquecimento? b) Qual a mensagem deste trecho do evangelho para nossa vida?

c) Como podemos ajudar os irmãos doentes da nossa vizinhança? 5. ORAÇÃO DA COMUNIDADE Momento das Preces: O que este texto nos faz dizer a Deus? Colocar em forma de prece, de maneira espontânea,

tudo

aquilo

que

refletimos sobre o Evangelho e sobre a nossa vida. Resposta: “Senhor, escutai nossa prece!” Conclusão das Preces: Oração do Pai Nosso, Ave-Maria e Glória ao Pai. Animador:

Estivemos

reunidos

em Nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo. Todos: Amém 6. EM CASA E PARA O PRÓXIMO ENCONTRO • Ler: Mc 6,1-6 Trazer para o próximo encontro fotos de pessoas (pioneiros) que fizeram um trabalho bonito na comunidade. Responsáveis pelo próximo encontro: Leitores: Próximo encontro/data: Local:

Pe. Gilson José Dembinski


Reflexões Dominicais

Abril - 2018

Diocese de Guarapuava

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6º DOMINGO DA PÁSCOA

ASCENSÃO DO SENHOR

At 10, 25-26. 34-35. 44-48 | 1Jo 4, 7-10 | Jo 15, 9-17

At 1, 1-11 | Ef 1, 17-23 ou Ef 4, 1-13 | Mc 16, 15-20

6 de maio de 2018

13 de maio de 2018

“AMAI-VOS UNS AOS OUTROS COMO EU VOS AMEI”

“ANUNCIAR CRISTO REI DO AMOR QUE SE ELEVOU AOS CÉUS“

A liturgia nos convida a contemplar o amor do Pai presente no testemunho de Jesus. O amor de Deus é tão grande que chegou ao ponto de se doar inteiramente a nós e por conseguinte, habitar entre nós. É importante notar que o amor divino se traduziu em gestos concretos, reafirmando assim a possibilidade de experimentarmos e transmitirmos. Na primeira leitura, o protagonismo de Pedro leva-nos a compreender a dimensão missionária na Igreja. A partir do encontro pessoal com Jesus Cristo somos impulsionados a compartilhar a experiência. O anúncio da boa notícia edifica muitos irmãos, pois é o próprio Deus que se utiliza de nossa disponibilidade para manifestar-se. Estar disposto a evangelizar implica abrir mão dos meus preconceitos e enxergar a realidade com os olhos de Jesus, pois “Deus não faz acepção de pessoas” (vv, 34). Na segunda leitura, o autor salienta que a essência de Deus é o amor. Tudo foi feito por amor e o que não se identifica com o amor não vem de Deus. A espiritualidade está em consonância com o amor, pois amar requer entrega, doação e serviço. Não é possível estabelecer uma relação com Deus esquecendo-se da realidade que nos cerca. Ao nosso redor, muitas são as situações que carecem de uma intervenção, ou seja, que precisam de nossa ajuda. Muitos são os irmãos que necessitam de um gesto concreto, uma acolhida, uma palavra amiga, uma escuta e assim consiste o princípio cristão “amemo-nos uns aos outros” (vv,7). No Evangelho, São João propõe uma catequese que o próprio Jesus ensinou. Sabendo que sua

missão se findava Jesus deixa um mandamento “amai-vos uns aos outros como eu vos amei” (vv,12). A relação de Deus com a humanidade demonstra claramente uma atitude de entrega total, pois o próprio Filho é entregue inteiramente pela salvação da humanidade. Nisso, consiste o verdadeiro amor, amor que não se esgota pelo outro, não por merecimento, mas por infinita misericórdia. O projeto de Deus não pode terminar. Os discípulos, após uma experiência profunda com Jesus são incumbidos de transmitirem tudo o que aprenderam. A missão parece bem exigente. De fato, requer um esforço grande. Nesse momento não basta apenas a palavra para descrever os ensinamentos do mestre e sim o testemunho autêntico. É preciso observar com carinho o que Jesus ofereceu, pois Ele mesmo ordenou “se observais meus mandamentos permanecereis no meu amor, como eu guardei os mandamentos de meu pai e permaneço no seu amor” (vv,10). Observar os mandamentos com assiduidade implica uma conversão interior, pois o amor deve ultrapassar a norma. Cumprir a lei simplesmente por cumprir não gera um crescimento espiritual e sim uma submissão a ela. A lei justamente vem para auxiliar uma dimensão que está em risco. Jesus ordena “amai-vos uns aos outros” (vv,17). Essa ordem denuncia que entre nós alguém ou muitos não possuem uma dignidade de vida, isto é, estão precisando de nosso auxilio. Pessoas que precisam ser respeitadas, amadas e observadas em suas limitações e necessidades. Quando conseguimos dar um sentido à lei, ou melhor, enxergar o que está além dela, percebemos que o nosso coração vibra de alegria, pois começamos a integrar a realidade ao nosso redor. Nesse sentido descobrimos a dimensão do serviço, por conseguinte a dimensão do verdadeiro amor. Na certeza que o próprio Deus nos amou, nos escolheu e nos designou, pedimos a graça de ir ao encontro dos irmãos que mais necessitam e transmitir a alegria de Jesus ressuscitado.

Reflexões elaboradas pelos seminaristas de nossa diocese que estão estudando Teologia em Curitiba: Everton Pavilaqui, Herick Rogger Pinchesk, Jacir dos Santos, Marinaldo Cheliga e José Vitor Cozechen Seller.

A resposta do Salmo nos diz: “Por entre aclamações Deus se elevou, o Senhor subiu ao toque da trombeta”. Esta frase expressa claramente o que celebramos na Santa Liturgia. Nesta oportunidade, comemoramos a Ascensão de Nosso Senhor Jesus Cristo que sobe aos céus. Neste “elevar-se”, podemos entender como a tomada de posse da “Realeza Divina”. O Senhor que foi crucificado e ressuscitado, agora está à direita do Pai. Nisto, devemos crer firmemente e, com convicção, precisamos anunciar este acontecimento com todas as forças da nossa fé. Na oração do “Creio”, que também está expresso na Carta de São Paulo aos Efésios, visto hoje na segunda leitura, nos leva a acreditar neste fato. A ressurreição de Cristo deve fazer parte da nossa vida. Também devemos trabalhar e fazer por merecer a “Realeza Divina”. Nós, cristão, como membros deste reino, somos convidados a viver o amor e a testemunhar o Cristo Jesus rei da humanidade, como nos indica a leitura dos Atos dos Apóstolos, relatando que Jesus afirmou aos discípulos: “recebereis o poder do Espírito Santo que descerá sobre vós, para serdes minhas testemunhas em Jerusalém, em toda a Judéia e na Samaria, e até os confins da terra”. Testemunhar Jesus Cristo, viver o conteúdo de nossa fé, a alegria e a esperança da ressurreição é tarefa que devemos cumprir com muita confiança e amor. Viver é um verbo de ação e, por isso, não devemos, em momento algum, permanecer parados, estagnados ante os acontecimentos. Devemos nos mexer e anunciar sem medo esta ressurreição de Jesus Cristo que também é nossa e faz parte da salvação humana.

A vida é uma preparação constante para a eternidade. Deus pede de nós muita alegria neste período de aprendizado. Este é um tempo muito importante e, por isso, devemos focar na esperança e na certeza de que fazemos parte da “Realeza Divina”. Na Segunda leitura, a Carta aos Efésios nos descreve acerca da manifestação do poder divino e da plenitude de Cristo que reina sobre tudo e sobre todos. Cristo é a cabeça da Igreja e, como tal, deve governá-la. É bela e significativa a prece a Deus feita na carta. Ela diz: “Que ele abra o vosso coração à sua luz, para que saibais qual a esperança que o seu chamamento vos dá, qual a riqueza da glória que está na vossa herança com os santos”. Neste ponto, fica claro que Deus quer que abramos nossos corações para que a graça divina entre em nossa vida e nos ilumine. Somos, assim, chamados à santidade. Devemos ter a convicção na esperança e na vocação cristã. A vida eterna ao lado do Pai dever ser entendida como nossa maior riqueza, como nosso mais valioso bem. O Evangelho de hoje, narra que antes de elevar-se aos céus, Jesus Cristo exorta aos discípulos dizendo: “Ide pelo mundo inteiro e anunciai o Evangelho a toda criatura! Quem crer e for batizado, será salvo. Quem não crer será, condenado”. E no final, o Evangelho afirma que os discípulos saíram pregar e anunciar por toda a parte e o Senhor os ajudava. Sim, Cristo Jesus está presente em nossa vida, em todos os momentos. Ele nos auxilia e nos acompanha, mesmo que não percebamos. Ele está conosco e nos ajuda em todos os momentos da vida, sejam estes de tristezas ou de alegrias. Jesus nos dá a ordem de ir, de anunciar a todos, em todos os lugares. Anunciar o Evangelho significa anunciar o próprio Cristo com nossa vida, com palavras ou mesmo com o modo de ser e de viver. E quem crer, será salvo. Acreditar é ter convicção da fé. Como consequência desta adesão que é a fé, ocorre a transformação da vida. Precisamos deixar Deus reinar e ter prioridade em nossas vidas e assim, caminharmos rumo à salvação, trilhando o caminho da santidade. Anunciar é viver a fé. Somos convidados a fazer a experiência proposta por Santo Inácio de Loyola: “Para a maior glória de Deus”. E neste dia 13 de maio, dia de Nossa Senhora de Fátima, pedimos a sua intercessão para que possamos bem viver nossa vida cristã.

Reflexões elaboradas pelos seminaristas de nossa diocese que estão estudando Teologia em Curitiba: Everton Pavilaqui, Herick Rogger Pinchesk, Jacir dos Santos, Marinaldo Cheliga e José Vitor Cozechen Seller.


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Reflexões Dominicais

Diocese de Guarapuava

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PENTECOSTES

SANTÍSSIMA TRINDADE

At 2,1-11 | 1Cor 12,3b-7.12-13 | Jo 20,19-23

Dt 4, 32-34. 39-40 | Rm 8, 14-17 | Mt 28, 16-20

20 de maio de 2018

27 de maio de 2018

“VEM SANTO ESPÍRITO DE DEUS!”

“SOLENIDADE DA SANTÍSSIMA TRINDADE“

Estamos encerrando o Tempo Pascal e a Solenidade de Pentecostes. É a plenificação do Mistério pascal. Isto é, a comunhão com o Ressuscitado só se completa pelo dom do Espírito, que continua em nós a obra do Cristo e sua presença gloriosa. A liturgia de hoje acentua a manifestação histórica do Espírito no milagre de Pentecostes e nos carismas da Igreja que são sinais da unidade e paz que o Cristo veio trazer. A essa proclamação universal da Vinda do Espírito Santo aludem a oração do dia e a primeira leitura. O Espírito leva a proclamar as Maravilhas de Deus em todas as línguas. O conteúdo desta proclamação, já o conhecemos dos domingos anteriores: é o querigma, isto é, o anúncio da ressurreição de Jesus Cristo. A segunda leitura mostra, por assim dizer, a obra “intra-eclesial” do Espírito: a diversidade dos dons, dentro do mesmo Espírito, como as múltiplas funções em um mesmo corpo. Paulo chama isto de “carismas”, dons da graça de Deus; pois sabemos muito bem que tal unidade na diversidade não é algo que vem de nossa ambição pessoal (que, normalmente, só produz divisão). É o Espírito do amor de Deus que tudo une.

No evangelho, encontramos a visão joanina da “exaltação” de Jesus: é a realidade única de sua morte, ressurreição e dom do Espírito, pois sua morte é a obra em que Deus é glorificado e seu lado aberto é a fonte do Espírito para os fiéis. Assim, no próprio dia da ressurreição, Jesus aparece aos seus para lhes comunicar a sua paz e conceder o dom do Espírito, para tirar o pecado do mundo, ou seja, para que eles continuem sua obra salvadora. Este Espírito do Senhor exaltado é o laço do amor divino que nos une, que transforma o mundo em nova criação, sem mancha nem pecado, na qual todos entendem a voz de Deus. É essa a mensagem da liturgia de hoje. O mundo é renovado conforme a obra de Cristo, que nós, no seu Espírito, levamos adiante. Neste sentido, é a festa da Igreja que nasceu do lado aberto do Salvador e manifestou sua missão no dia de Pentecostes. É Igreja que nasce, não de organizações e instituições, mas da força graciosa (“carisma”) que Deus infunde no coração e nos lábios. Assim, a Igreja, por sua unidade no Espírito, no vínculo da paz, toma-se sacramento (sinal operante), do perdão, da unidade, da paz no mundo, na medida em que ela o opõe em contato com o senhorio do Cristo pascal, no anúncio e na práxis.

Reflexões elaboradas pelos seminaristas de nossa diocese que estão estudando Teologia em Curitiba: Everton Pavilaqui, Herick Rogger Pinchesk, Jacir dos Santos, Marinaldo Cheliga e José Vitor Cozechen Seller.

A solenidade que hoje celebramos não é um convite a decifrar o mistério que se esconde por detrás de um Deus em três pessoas; mas é um convite a contemplar o Deus que é amor, que é comunidade e que criou os homens para os fazer comungar nesse mistério de amor. A Solenidade da Santíssima Trindade é um convite a descobrir o verdadeiro rosto de Deus, pois a comunidade cristã, mesmo com todos os limites humanos, pode tornar-se um reflexo da comunhão da Trindade. A primeira leitura deste domingo dá-nos algumas pistas para perceber Deus e para reconhecer o seu verdadeiro rosto: Deus revela-Se como o Deus da relação, empenhado em estabelecer comunhão e familiaridade com o seu Povo. É um Deus que vem ao encontro dos homens, que lhes fala, que lhes indica caminhos seguros de liberdade e de vida, que está permanentemente atento aos problemas dos homens. Foi o que aconteceu com os hebreus no caminho do êxodo. Quando o povo infringiu a aliança, Deus apresentou-se a Moisés na nuvem para renovar o pacto, proclamando o próprio nome e o seu significado. Este nome expressa que Deus não está distante nem fechado em si mesmo, mas é Vida que se quer comunicar, é abertura, é Amor que resgata o homem da infidelidade. O texto da segunda leitura que hoje nos é proposto, faz parte de um capítulo em que Paulo reflete sobre a vida nova que Deus oferece ao batizado e que Paulo chama “a vida no Espírito”. O crente que acolhe a

proposta de salvação que Deus faz em Jesus vive “no Espírito”. Aceitar essa proposta de vida é aceitar uma vida de relação e de comunhão com Deus. Nessa relação, o crente é alimentado com a vida de Deus. Na perspectiva paulina, o nosso Deus é o Deus da relação, do amor, preocupado em torna-nos herdeiros da vida plena e definitiva. Os membros da comunidade cristã, que pelo Batismo aderiram ao projeto de salvação que Deus apresentou aos homens em Jesus e cuja caminhada é animada pelo Espírito, integram a família de Deus. O fim último da nossa caminhada é a pertença à família trinitária. Esta vocação deve expressar-se na nossa vida comunitária. No Evangelho, a Igreja é enviada em missão ao mundo inteiro. Este texto foi escolhido para o dia da Santíssima Trindade, pois nele aparece uma fórmula trinitária usada no batismo cristão. O nosso texto sugere que antes de ser batizado, o essencial é estabelecer uma relação pessoal com a comunidade trinitária. No dia em que fomos batizados, comprometemo-nos com Jesus e vinculamo-nos com a comunidade do Pai, do Filho e do Espírito Santo. O batismo é o sacramento da fé, é fonte da vida nova em Cristo, portanto necessário para alcançar a vida eterna. O que é esta vida eterna? É o amor desmedido e gratuito do Pai que Jesus doou na cruz, oferecendo a sua vida pela nossa salvação. E este amor com a ação do Espírito Santo irradiou uma luz nova sobre a terra em cada coração humano que o acolhe; uma luz que revela os ângulos obscuros, as dificuldades que nos impedem de levar os frutos da caridade e da misericórdia. Que a Virgem Maria nos ajude a entrar cada vez mais na Comunhão trinitária, para viver e testemunhar o amor que dá sentido à nossa existência.

Reflexões elaboradas pelos seminaristas de nossa diocese que estão estudando Teologia em Curitiba: Everton Pavilaqui, Herick Rogger Pinchesk, Jacir dos Santos, Marinaldo Cheliga e José Vitor Cozechen Seller.


Abril - 2018

Diocese de Guarapuava

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Há 175 anos, nascia padre Léon Dehon, patrono dos Dehonianos Padre Léon Dehon é o fundador da Congregação dos Sacerdotes do Sagrado Coração de Jesus. Dom Antônio Wagner da Silva, bispo de Guarapuava, também é dehoniano. Em 14 de março deste ano, a congregação dos Padres do Sagrado Coração de Jesus (SCJ), os (Dehonianos), comemorou 175 anos do nascimento de seu fundador. A data faz memória ao seu patrono, padre Léon Dehon. Conforme estudos e pelo carisma da congregação, padre Dehon soube entender a força da educação como o meio privilegiado da “reparação” entendida em seu sentido mais amplo. Segundo afirmam, os Dehonianos herdaram de seu fundador

um conjunto de valores que baliza a missão a ser desenvolvida em favor da Igreja. Para comemorar a data, o padre Nestor Adolfo Eckart, secretário-geral, da Escola Superior de Engenharia Comercial (ESIC) – Faculdade Dehoniana, em Curitiba, escreveu um artigo sobre a congregação. Em seu trabalho, padre Nestor discorre que os valores são primordiais em uma sociedade e servem como balizadores a apontar os caminhos as serem seguidos.

O bispo da diocese de Guarapuava, Dom Antônio Wagner da Silva (SCJ), faz parte da congregação dos Dehonianos. Segundo Dom Wagner, é sempre uma alegria celebrar o fundador da congregação que tem em seu carisma a missão e a solidariedade como os pilares de sustentação de seus trabalhos juto à Igreja e em favor das pessoas, principalmente daquelas que mais precisam.

SOBRE A CONGREGAÇÃO A Congregação dos Sacerdotes do Coração de Jesus (Dehonianos) nasceu em 1878, em Saint-Quentin, França. O Fundador, Padre León Dehon, era então sacerdote da diocese de Soissons, coadjutor da Paróquia de Saint-Quentin e diretor do Colégio São João. Autorizado pelo bispo diocesano, o padre Dehon iniciou o noviciado e fez a Primeira Profissão a 28 de junho de 1878. A nova Congregação tomou o nome de Oblatos do Sagrado Coração. O Fundador sentia ter recebido a graça e a missão de enriquecer a Igreja com um novo Instituto religioso apostólico que vivesse o seu modo de traduzir o Evangelho e a sua experiência de fé (Cf. Const, 1). Os inícios foram difíceis e o padre Dehon passou por diversas provações, que ele sempre soube acolher com humildade e grandeza de caráter, espírito de fé e de abandono aos desígnios de Deus. Em 1884 a Congregação, depois de algum tempo suprimida pela Santa Sé, renasceu Artigo de Nestor Adolfo Eckart:

VALORES DEHONIANOS O termo “valor” deriva do verbo latino “valeo, ere”, que significa “estar bem”, “estar com saúde”, “ser forte”. Valores podem ser vistos como balizas, referências seguras colocadas no deserto e que nos orientam no caminho. Alguém que quisesse seguir por nosso caminho pode orientar-se pelas balizas, pontos firmes colocados por onde passamos. Os valores são como setas orientadoras do caminho. Os alemães falam de “Wegweiser”. Indicador de caminho. As balizas, que indicam o caminho, são firmemente postadas. Mesmo que venham ventos e intempéries, o caminho continua sinalizado; as balizas não são afetadas por adversidades e contratempos. É caminho seguro. Valores dehonianos: são elementos derivados da experiência de vida, das reflexões, dos estudos, do contato com as pessoas (jovens e operários), da espiritualidade de padre João Leão Dehon (*La Capelle, 14/03/1843; +Bruxelas, 12/08/1925). Padre Dehon é o fundador da Congregação dos Padres do Sagrado Coração. Os padres e religiosos são conhecidos hoje como “dehonianos”. A Congregação foi fundada no pátio do Colégio São João, em São Quintino, na França, em 1878, onde P. Dehon trabalhava com os jovens e os orientava. Padre Dehon deixou três valores básicos para quem quisesse seguir o caminho sugerido e vivido por ele. São valores próprios do seu carisma (conjunto de qualidades pessoais): cordialidade, disponibilidade e solidariedade. São balizas orientadoras do “jeito dehoniano de educar”. São valores geradores de outros valores, orientadores no modo de proceder, de agir, de relacionar-se com as pessoas.

com o nome oficial de Sacerdotes do Coração de Jesus. Dez anos depois da fundação, os Dehonianos já eram cerca de 50, estando então a sua ação circunscrita à diocese de origem. 40 anos depois (1928), a Congregação já contava com aproximadamente 1.000 membros e com casas e obras em vários países da Europa e da América, da Ásia e da África. Em apenas trinta anos (1960), o número de Dehonianos havia triplicado (mais de 3000). Mas este apogeu coincidia, na Europa Ocidental e na América do Norte, com uma profunda mudança sociocultural, caraterizada pela secularização, pela procura de novos padrões de vida, pela diminuição da natalidade e o envelhecimento da população. Como consequência, notou-se uma redução significativa no número de entradas na Congregação. Depois dos anos 1960, o eixo de gravitação sofreu um deslocamento da Congregação para o hemisfério sul e para

oriente. Passados 138 anos da fundação da Congregação, esse deslocamento torna-se, hoje, ainda mais evidente. De fato, na Europa, a Congregação tem 879 membros, mas está em rápido processo de envelhecimento, escasseiam as vocações e a média de idade é de 62 anos. Na América do Norte o quadro é muito semelhante. Aí, a média de idade é de 67 anos. Por outro lado, no hemisfério sul, há mais de 1100 Dehonianos, com uma média de idade por volta dos 44 anos. Em nível geral, a Congregação apresenta-se com bastante vitalidade. A média de idade é de 52 anos. Dois terços dos membros estão na faixa entre os 20 e os 60 anos. O deslocamento da Congregação para o sul, não é apenas um dado geográfico e numérico. Trata-se de uma mudança sociocultural na Congregação e também na Igreja Católica. A Congregação tornou-se internacional. Quando da morte do padre Dehon (1925) já estava presente em mais

de 20 países dos quatro continentes. Hoje se estende para mais de 40 países. Inicialmente tudo se organizava em volta da Europa: a vida, o pensamento, a administração, os recursos humano. As presenças em outros continentes eram constituídas por missionários que iam da Europa. A organização da Congregação e os territórios das missões eram considerados parte da Província-mãe da Europa. Só mais recentemente é que se tornaram entidades autônomas. Estando no segundo século de existência, podemos dizer que o carisma Dehoniano continua atuante na Igreja, espalhando-se em diversas latitudes e atraindo jovens disposto a seguir o ideal de espalhar no mundo o Reino do Coração de Jesus. Nas últimas décadas este carisma herdado do padre Dehon estendeu-se também aos leigos e a alguns institutos seculares que, juntamente com os religiosos da Congregação, constituem a Família Dehoniana.

1. CORDIALIDADE Cordialidade, termo derivado de “cor, cordis”. Entende-se por este termo a parte que fica no centro de qualquer coisa ou pessoa. Algo essencial, central. Âmago, imo. Na cultura ocidental, usa-se esta palavra ou expressão para significar o “coração”. No corpo humano, o coração é visto como órgão central da vitalidade. É o órgão vital de organismos vivos. Há culturas em que o órgão vital e central seria o fígado. Ainda a conotação de “coração” é afetividade, ternura, carinho, afabilidade, compreensão, apoio, perdão. Para Padre Dehon a essência de Deus, o centro absoluto de Deus é o amor. Ele reforça ainda, que o amor se expressa, se manifesta, se exterioriza no símbolo do coração. O coração de Deus é reino de amor. Dehon usa a expressão latina “adveniat regnum tuum”, que significa: “que venha o teu reino”. Que o reino centrado no coração ou o centro do coração (amor absoluto) venha a nós. Na figura do coração ele centraliza e simboliza todo o reino de Deus. Inspirados nesta figura e nesta verdade, os dehonianos são convidados a agir sempre e com todos, cordialmente e com amor. Isto é, todos são estimulados a ver e a tratar todas as pessoas, sempre e em qualquer ambiente, com cordialidade. Uma cordialidade equilibrada e inteligente. Nas atividades educacionais, inspirados pelas intuições de padre Dehon, seremos sempre cordiais com todos. A cordialidade estará em nossas ações. Estaremos atentos em transmitir a essência da vida em nossas ações de educadores. Será uma baliza firme e segura em nossos caminhos, sabendo que estamos em caminho seguro e levando por caminho certo.

2. DISPONIBILIDADE Esta seria uma atitude de quem se acha aberto e disposto a receber influências e solicitações externas, vindas de outros. É atitude de abertura, sem preconceitos, em gratuidade alegre. Ao mesmo tempo, é atitude de quem quer estar próximo dos outros, dos mais carentes e necessitados, dos precisados, dos esquecidos. No tempo de padre Dehon, eram os operários e suas famílias e os jovens, os mais precisados de pessoas com disposição para construir e reconstruir a vida. A expressão usada era “ecce venio”: “eis que venho”. Estou disponível, estou em atitude de abertura, pode dispor de mim, estou disposto (a), quero ajudar, quero agir, quero construir… Em sociedades marcadas fortemente pelo cobrar, pelo receber em troca, pelo exigir, alguém agir dehoniamente quer dizer “quero agir e viver com alegria e gratidão”. Quero construir vidas plenas de sentido, alegre e gratuitamente.

Antropologicamente, entende-se por “solidariedade” a união firme, inseparável entre a dimensão da individualidade e da “socialidade”. A individualidade afirma que cada pessoa é absolutamente única, individual, não se repete nem em lugar nem no tempo. A dimensão da “socialidade” afirma que necessariamente somos relacionados com os outros. E nós nos realizamos como pessoas se relacionados e quando relacionados com outras pessoas. Somos “sócios uns dos outros”, precisamos uns dos outros. É ilustrativa a imagem de dois cubos de gelo que, encostados um no outro, tornam-se um só cubo. São cubos, solidamente unidos. A solidariedade fundamenta-se na indissolubilidade e inseparabilidade das duas dimensões: somos indivíduos e, ao mesmo tempo e em todos os lugares, semelhantes e parecidos com os outros. Há sempre algo de mim no outro e algo do outro em mim. Uma sociedade que privilegiasse absolutamente apenas a dimensão da individualidade ou outra que privilegiasse absolutamente apenas a dimensão da socialidade, seria uma sociedade “capenga”, desequilibrada. Padre Dehon usava a expressão “sint unum”: sejam um, sejam unidade, mantenham a união absoluta das duas dimensões. Disso decorre a vida e vivência em comunidade. Ser solidário significa dar oportunidade para que cada pessoa e todas as pessoas possam satisfazer plenamente suas necessidades básicas, possam realizar suas justas aspirações, possam viver com todos os seus direitos devidamente respeitados, que haja condições de vida digna para todos. A todos nós vem o apelo “sint unum”. Sejam solidários.

3. SOLIDARIEDADE Conforme o senso comum; entende-se por “solidariedade” a atitude de ajudar alguém que sofreu adversidades, está faminto ou sem casa, sentir com alguém que perdeu tudo em consequência de intempéries. É também isto, mas “solidariedade” é algo mais profundo e tipicamente humano-antropológico. A palavra é originada do latim “solidus, a, um”: firme, maciço, inteiro, pleno. Juridicamente, solidariedade significa “compromisso pelo qual as pessoas se obrigam umas às outras e cada uma delas a todas” (Dicionário Hoauiss).


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Diocese de Guarapuava

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Dom Antônio Wagner da Silva fala da importância do jornal impresso para a sociedade Com capacidade de adequação e interface entre as outras mídias, o jornalismo impresso resiste ao tempo e, em alguns casos, ressurge e atrai leitores de todas as idades e classes sociais. “Quando eu estava no hospital em Roma, depois que saí da UTI, com muito esforço, peguei meu tablet e, usando a internet do hospital, consegui ler uma notícia que me deixou muito feliz. Era o texto da Hildegard Angel, sobre a volta da edição impressa do Jornal do Brasil, o conhecido e histórico JB. Esta foi uma notícia que me deixou muito feliz, pois continuo acreditando na força, na delicadeza, na seriedade e no romantismo do jornalismo impresso. É um veículo de informação sensacional”. Estas foram palavras do bispo da diocese de Guarapuava, Dom Antônio Wagner da Silva. Dom Wagner que é o bispo referencial da comunicação do Regional Sul 2 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), adoeceu em Roma, Itália, quando participava de um encontro de sua congregação, os Dehonianos, em janeiro deste ano. Depois de vários dias internado, ele recebeu alta hospitalar. Mais alguns dias de recuperação e o bispo foi liberado pelos médicos para voltar ao Brasil. Atualmente Dom Wagner se recupera do problema de saúde em casa, em Guarapuava e já desempenha suas funções junto à Igreja.

O religioso defende a importância do bom jornalismo para a formação de uma sociedade com bases sólidas e com muito poder de discernimento. “Comunicar é algo maravilhoso, grandioso. A Igreja se faz com comunicação. Esta volta da edição impressa do Jornal do Brasil sinaliza que a comunicação passa sim, por mudanças e estas são necessárias. Ao mesmo tempo, também aponta que modelos e formatos que dão certo, precisam ser mantidos e ampliados. Comunicação na forma impressa é documental e permanece ao longo da história, do tempo. Eu acredito neste formato e apoio esta iniciativa”, grifou Dom Wagner.

Desde a década de 1970, o Jornal A Igreja na Diocese de Guarapuava, (Boletim Diocesano), se faz presente na sociedade e exerce a função de veículo informativo e formativo. Com uma tiragem mensal de trinta e seis mil exemplares e distribuição gratuita nas paróquias, comunidades e bancas, o Boletim Diocesano é lido para além dos limites da Igreja Católica. O jornal é mantido com auxílio das paróquias e comunidades que mensalmente investem recursos financeiros para a manutenção do periódico como veículo oficial que dissemina o trabalho da diocese de Guarapuava.

“Precisamos nos atualizar sempre e eu vejo o Boletim Diocesano como um veículo necessário em se tratando de formação pastoral e também humana. Há muito campo para ser trabalhado e, como impresso, existe muitas formas de acompanhar estas mudanças, estas transformações. Eu volto a frisar que a notícia de que um grande veículo brasileiro voltou a circular na forma impressa, é sinônimo de comemoração, de celebração”, ressaltou o bispo. Depois de quase oito anos fora de circulação, a edição impressa diária do Jornal do Brasil (JB) voltou a fazer parte do cotidiano dos brasileiros no dia 25 de fevereiro de 2018. Conforme informações do próprio veículo, os exemplares daquela edição foram esgotados perto das 11 horas da manhã. A edição especial, com quatro cadernos, trouxe depoimentos de antigos jornalistas, de personalidades e autoridades, relembrou artigos, reportagens e fotografias históricas e premiadas do JB, e apresentou a nova equipe de editores e colunistas.

Leia na íntegra o artigo de Hildegard Angel

O Samba da Volta do JB - O Jornal do Brasil voltou, e o de amanhã já vai pras bancas No momento em que a mídia impressa fecha as portas e para as máquinas em todo o mundo, o Jornal do Brasil ousadamente retorna ao jornalismo diário em tinta e papel, aquele que a gente toca, sente, apalpa, amassa, recorta e, se quiser, guarda. Três dias depois de sua morte, Jesus Cristo, cumprindo a promessa, voltou. Após ressuscitar, subiu aos céus, anunciando que retornaria. E nós, com fé, aguardamos. Os Tribalistas voltaram no ano passado, 15 anos depois do primeiro e único álbum de Arnaldo Antunes, Marisa Monte e Carlinhos Brown. A banda Led Zeppelin também ressurgiu das cinzas, após seu fim em 1980, e mais de 20 milhões de pessoas se inscreveram para concorrer aos ingressos de seu último show em 2007. O gato cantor Felipe Dylon voltou! Desde o hit A Musa do Verão, de 2007, à nova Vai Ver o Sol Nascer, com que pretende voltar a bombar na meca musical. Silvio Caldas, o cantor famoso das serenatas, que JK adorava escutar, anunciou várias vezes o fim da carreira, e não conseguia parar. O mesmo acontecia com a cantora Elizeth Cardoso, a divina. Anunciava o último show e, em seguida, vinha o show do próximo anúncio. Para alegria dos fãs, estavam permanentemente de volta.

Agora, o exemplo mais expressivo de volta bem-sucedida foi o de Frank Sinatra. Depois de fase péssima, com baixas vendas de discos e plateias pela metade, anunciou a aposentadoria aos 56 de idade, com um show em Los Angeles. Mas só conseguiu segurar o gogó por dois anos, voltando glorioso com um dos maiores sucessos de sua carreira, New York/ New York, quando então The Voice, como era chamado, viveu fase extraordinária. Pois é, meus amores, este é o plano: o Jornal do Brasil voltar como Sinatra, ao som da melódica cidade do Rio de Janeiro/Rio de Janeiro, soltando a voz por ela e para ela, a favor dela, e não contra ela, sendo noticioso, e não tendencioso, com um jornalismo independente, empenhado em que o Estado do Rio de Janeiro retome seu natural posto de tambor de ressonância do país, de lançador de tendências, irradiador de alegria, modismos, estilos, sua vocação desde sempre, pelo próprio temperamento contagiante, irreverente e descontraído de seus cidadãos.

Uma volta carinhosamente acolhida pelos leitores saudosos, que, precedendo nossa chegada, se manifestaram pelas redes sociais com entusiasmo, o que só nos estimulou e confirmou que estamos no caminho certo. Na contramão de tudo e de todos. No momento em que a mídia impressa fecha as portas e para as máquinas em todo o mundo, o Jornal do Brasil ousadamente retorna ao jornalismo diário em tinta e papel, aquele que a gente toca, sente, apalpa, amassa, recorta e, se quiser, guarda. As notícias com afetividade. Reportagens como memória nossa. O jornal que é matéria, parte da vida da gente. Não se dissolve no ar após a leitura. Fica perto, pra ser compartilhado, mostrado. Volta agora como um velho amor, saudosamente lembrado, ardorosamente esperado. A partir deste 25 de fevereiro de 2018, quando o assinante do novo Jornal do Brasil encontrar seu velho e bom amigo no capacho da porta vai lembrar dessa minha paródia da canção emblemática de Toquinho e Vinicius, o Samba da Volta (do JB): “Você voltou, meu amor / alegria que me deu / quando a porta

abriu / você me olhou, você me viu / ah, você se derreteu / e me folheou, me leu, me investigou / conferiu o que era todo seu / É verdade, eu reconheço, fui eu que quis/ mas agora tanto faz / O perdão pediu seu preço / meu leitor / Eu te amo / e Deus é mais”. Bênção Toquinho, bênção Vinicius, bênção àqueles que compartilham da silenciosa frustração e da ardorosa ansiedade por um veículo em que possam, sinceramente, confiar. Um órgão da imprensa que lhes permita a sensação de transparência, de sinceridade na apuração e na transmissão das notícias, de responsabilidade e comprometimento com os básicos princípios constitucionais e democráticos, a soberania nacional e o povo brasileiro. Um jornal que não coloque outros interesses corporativos acima do nobre objetivo de informar seu leitor de maneira correta, ética e sem manipulação. Como nos bons tempos. É este Jornal do Brasil – o novo Jornal do Brasil – que inspirou, também a mim, a voltar. Hildegard Angel

As edições antigas do jornal A Igreja na Diocese de Guarapuava, desde o ano de 1978, estão disponíveis para consulta no edifício Nossa Senhora de Belém. Em cada um deles, você vai encontrar em pedacinho da nossa história. Rua XV de Novembro 7466, 4º andar. Guarapuava - PR. Informações: (42) 3626-4348.


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Diocese de Guarapuava

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No caminho com Áquila e Priscila

A dignidade do leigo “Vocês os batizados sois perfume e sabor da humanidade e luz da sociedade” (Mt 5,13-14). No anterior artigo, (Boletim 464) tratamos sobre a Campanha da Fraternidade. Sendo este o ano do laicato, convém estudar, analisar e reflexionar a sua temática desde diversos ângulos e óticas para compreender melhor a sua importância e significado na a vida da Igreja e na humanização do mundo. Nesta ocasião, vamos comentar sobre a dignidade do leigo.

CONTEXTO

O Ano do laicato está sendo celebrado na Igreja no Brasil, a partir da Solenidade de Cristo Rei no dia 26 de novembro de 2017, até o dia 25 de novembro deste ano 2018. O tema estudado em todas as paróquias é “Cristãos leigos e leigas, sujeitos na ‘Igreja em saída’, a serviço do Reino” e o lema: “Sal da Terra e Luz do Mundo” (Mt 5,13-14). A finalidade deste evento, proposto pela CNBB, é lembrar, rever e aprofundar o papel e a missão dos batizados, dos homens, que não participam do sacramento da Ordem (não clérigos), na vida da Igreja e no contexto da sociedade onde estão inseridos. Os leigos participam da função sacerdotal, profética e régia de Cristo, sendo o povo de Deus. (1 Pe 2,9). Eles e elas estão chamados, tem por missão, ser na sociedade e no mundo inteiro “sal da terra e luz do mundo” (Mt 5,13). O Concílio Vaticano II, na constituição dogmática, sobre a Igreja (Lumen Gentium) Nº 31 afirma assim: “Denominam-se leigos todos o fiéis que não pertencem às ordens sagradas, nem são religiosos reconhecidos pela Igreja. São, pois, os fiéis batizados, incorporados a Cristo, membros do povo de Deus, participantes da função sacerdotal, profética e régia de Cristo, que tomam parte no cumprimento da missão de todo o povo cristão, na Igreja e no mundo”. “Os leigos impregnam de princípios cristãos e de fortes virtudes naturais e sobrenaturais a imensa esfera do mundo profano” (Cardeal Montini, 1962).

LEIGO OU CLÉRIGO?

Todos os batizados, chamados a participar do “Reino de Deus”, formam o “Povo de Deus”. Neste povo de Deus, aparecem duas categorias de membros: Os leigos e os Clérigos. O termo Leigo procede do grego λαικος (laikos) derivado de λαος (Laos) e significa povo. É uma palavra que se opõe ao conceito clérigo (κληρικος - klerikós): leigo é aquela pessoa que pertence ao povo (organização). Os leigos, segundo o Catecismo da Igreja Católica (897) são todos os batizados. Todas as mulheres são leigas e todos os homens são leigos, menos os que recebem as Ordens Sagradas, Diaconato, Presbiterado e Episcopado.

O termo Clero vem do grego κληρος, klêros. É um estado especial de vida e de ministério que a Igreja concede apenas a homens eleitos dentro de determinadas normas e princípios, destinados à edificação, santificação e governo do povo de Deus. Aqueles que recebem o Sacramento da Ordem são clérigos. De acordo ao Direito Canônico, Artigo 266 o indivíduo se faz clérigo com a recepção do Diaconato, sendo inscrito em uma diocese na qual realizará seu ministério sob a autoridade do Bispo. As mulheres não podem pertencer ao estado clerical. Existe outra categoria de fiéis católicos, com status especial, chamados religiosos, dos quais falaremos em outra ocasião. Os clérigos podem perder o estado clerical e serem reduzidos ao estado laical ou de leigos (Art. 290 do Código de Direito Canônico).

tindo que todos colaborem, a seu modo, na execução do trabalho comum. É preciso que “vivendo no amor autêntico, cresçamos sob todos os aspectos em direção a Cristo, que é a cabeça. Ele organiza e dá coesão ao corpo inteiro, através de uma rede de articulações, que são os membros, cada um com sua atividade própria, para que o corpo cresça e se construa a si próprio no amor” (Ef. 4,15-16). No Decreto sobre os leigos o Concílio fala sobre a sua participação na missão da Igreja. “O dever e o direito dos leigos ao apostolado decorre de sua união com Cristo cabeça. Inseridos no corpo místico de Cristo pelo batismo e, pela confirmação, corroborados pela força do Espírito, foram destinados ao apostolado pelo próprio Senhor. Consagrados como participantes do sacerdócio régio e do povo santo” (1Pe 2,4-10). A Virgem Maria, rainha dos apóstolos, é o exemplo perfeito desta vida espiritual-apostólica. És preciso e, até dever dos católicos, conhecerem com propriedade os documentos conciliares para se ter uma base sólida na compreensão da nossa dignidade e missão. O catecismo da Igreja Católica (CIC) é um instrumento fundamental nesta aprendizagem.

A CNBB E OS LEIGOS

Ano Nacional do Laicato Cristãos leigos e leigas, sujeitos na Igreja em saída, a serviço do Reino. “Sal da terra e luz do mundo” (Mt 5, 13-14)

O CONCÍLIO VATICANO II E OS LEIGOS

O Concílio Vaticano II dedica dois documentos sobre a dignidade e função dos leigos na Igreja Católica. O Capítulo IV da Constituição dogmática “Lumen Gentium” e o Decreto sobre os leigos “Apostolicam actuositatem”. A constituição diz que tudo o que se disse no Concílio sobre o “povo de Deus” aplica-se igualmente aos clérigos, aos religiosos e aos leigos, porque a dignidade base do católico encontra-se no seu batismo, nos sacramentos de Iniciação Cristã: batismo, confirmação e Eucaristia. Os leigos, porém, homens e mulheres, em virtude da sua condição e missão, têm algo de especial cujo fundamento deve ser mais bem examinado nas circunstâncias particulares do mundo em que vivemos. Os pastores sabem quanto os leigos contribuem para o bem de toda a Igreja. Sabem que não foram constituídos por Cristo para assumirem sozinhos a missão salvadora da Igreja em relação ao mundo. É sumamente importante que, no exercício da sua função, contem com o apoio dos leigos e com os seus carismas, permi-

A CNBB tem falado e falará de muitas e diversas formas sobre a dignidade e missão dos leigos na existência e missão da Igreja. Um ensino pontual é o documento 105 do 14 de abril de 2016. Este documento é estudado com muita alegria e cuidado, no ano do laicato, em todas as paróquias da Diocese. O Documento retoma tudo o que já foi dito sobre a missão dos leigos atualizando a sua exposição para Brasil. “Os leigos e leigas chamados pelo batismo e pela confirmação ao seguimento de Jesus Cristo, assumem a responsabilidade de serem sujeitos na Igreja e na sociedade: sal e luz!”.

O PAPEL FUNDAMENTAL DO LEIGO

Vivemos uma nova época em uma sociedade em mudança permanente que tem a seu serviço as redes sociais para uma comunicação imediata, a ciência e a tecnologia. Até aí tudo bem, porém, inseridos em um sistema de vida e ação chamado capitalista que cria uma pessoa, gananciosa, individualista e consumista, com um estilo de vida onde as pessoas estão absorvidas por si mesmas, centradas no seu umbigo sem se importar com o que acontece ao seu redor. É este o mundo para o qual o leigo deve preparar-se e realizar sua missão e compromisso batismal: impregnando a sociedade do Espírito de Jesus Cristo, sendo sal e luz em todas as dimensões sociais da vida humana.

DICA DE LEITURA

Leitura indispensável para todo católico é o documento da CNBB 105 “Cristãos Leigos e Leigas na Igreja e na Sociedade. Sal da terra e Luz do mundo” (Mt 5,13-14). Encontra-se na Livraria diocesana.


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Diocese de Guarapuava

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Quarto Encontro de Formação e Planejamento Pastoral reúne mais de cem pessoas em Guarapuava O evento foi organizado pela coordenação da Ação Evangelizadora da diocese e estava previsto em calendário. Padre José Carlos Pereira, especialista no assunto, foi o assessor dos trabalhos. De 09 a 11 de março, a Casa de Líderes Nossa Senhora de Guadalupe, no Bairro Santana, em Guarapuava, sediou a quarta edição do Encontro de Formação e Planejamento Pastoral em nível diocesano. “Voluntariado com responsabilidade” foi o tema do curso que abordou o assunto: “Captação de Recursos na Estrutura Paroquial”. O evento foi organizado pela coordenação da Ação Evangelizadora da diocese e estava previsto em calendário. Para trabalhar o tema, a coordenação convidou, mais uma vez, o padre José Carlos Pereira, especialista neste assunto. Padre José Carlos já esteve em Guarapuava em 2016 para ministrar palestra sobre planejamento. Seu trabalho foi bem aceito devido à sua metodologia de ensino de fácil compreensão, conforme os participantes. “Percebo que a diocese de Guarapuava se adianta na abordagem dos temas. Isso é um grande diferencial, pois com conhecimento prévio dos assuntos, as metas podem ser tratadas com coerência e as possibilidades de erros diminuem sobremaneira. Percebi um grande interesse por parte dos participantes. Foram mais de cem pessoas que se fizeram presentes e estudaram sobre o tema. Falar deste assunto sempre requer muito cuidado, pois pode confundir um pouco, mas aqui, os trabalhos foram além do esperado e eu me sinto muito feliz com isso”, ressaltou padre José Carlos. Para o coordenador da Ação Evangelizadora, padre Itamar Abreu Turco, o encontro possibilitou troca de experiências e também motivou quem atua na linha de frente nas paróquias e comunidade para que desempenhem suas tarefas com qualidade e responsabilidade.

“O encontro é uma sequência de estudos formativos em nossa diocese. Em cada palestra ou grupos de estudos, procuramos debater e trazer à luz nossas prioridades enquanto Igreja, que são os Círculos Bíblicos, a Missão e o Dízimo. Sem estes três pilares, a Igreja não se sustenta. Este encontro foi muito proveitoso, pois de forma simples, coerente e educativa, padre José Carlos explicou sobre o tema proposto e sanou muitas dúvidas das pessoas das comunidades que estiveram conosco”, detalhou padre Itamar. A formação foi destinada a coordenadores diocesanos para assuntos econômicos (CODAE), coordenadores paroquiais para assuntos econômicos (COPAE), além de coordenadores e responsáveis pelas capelas nas diversas comunidades da diocese e membros do conselho pastoral paroquial (CPP).

SOBRE O PALESTRANTE

José Carlos Pereira é padre passionista, teólogo pastoralista, com doutorado em Sociologia pela PUC/SP. É autor de mais de 45 livros, em diversas áreas. É membro do Núcleo de Estudos Religião e Sociedade (NURES), do Programa de pós-graduação em Ciências Sociais da PUC/ SP; é articulista da Revista Paróquias & Casas Religiosas, da qual também faz parte do Conselho de conteúdo e participou das pesquisas do CERIS (Centro de Estatística Religiosa e Investigações Sociais), fazendo a análise sociológica das suas últimas pesquisas sobre a realidade do clero brasileiro. É assessor do CCM (Centro Cultural Missionário), de Brasília/DF, organismo da CNBB e ministra cursos e palestras em Paróquias e Dioceses do Brasil.

“Percebo que a diocese de Guarapuava se adianta na abordagem dos temas.” Padre José Carlos


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Campanha da Fraternidade 2018

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Juventude na Campanha da Fraternidade Secretário-geral da CNBB oferece texto-base 2018: reflexões, denúncia e acompanhamento da Campanha da Fraternidade ao ministro da para a superação da violência Segurança Pública A iniciativa chega ao segundo seminário, realizado em 09 de março, na arquidiocese de Natal (RN).

Os dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública indicam que 81,2% das pessoas assassinadas no Brasil em 2016 tinham entre 12 e 29 anos. Esse retrato da violência contra a juventude brasileira é objeto de reflexão da Campanha da Fraternidade 2018, que propõe o tema “Fraternidade e Superação da violência”. A Comissão Episcopal Pastoral para a Juventude da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, por meio de uma de suas equipes de trabalho, contribuiu para a construção do caderno: “Jovens na CF”, o qual apresenta quatro encontros com temáticas ligadas à vida da juventude: Estrutura política e social de desigualdade; Um novo olhar para os rostos vitimados; Mídias sociais promovendo a fraternidade; A vida em plenitude. “Com esses temas, os jovens desejam manifestar para a sociedade a indignação com o sistema corrupto que ceifa a dignidade e a vida das diversas juventudes do Brasil”, explica o assessor da Comissão para a Juventude da CNBB, padre Antônio Ramos do Prado. O padre explica que a Comissão tem feito o trabalho de ouvir os jovens e acompanhá-los no seu processo de formação integral, no amadurecimento da fé e na elaboração do projeto de vida. “Ela sabe que investir e acompanhar os jovens provavelmente terá uma sociedade mais justa e fraterna”, considera. Para a Comissão, a cultura de paz só é possível quando o ser humano reconhece que a outra pessoa tem direitos que precisam ser respeitados. E todo jovem traz dentro de si o dom da paz, pois é dado por Deus no ato da criação. Aos adultos é feito o convite a alimentar e desenvolver o “dom preciso” presente no coração de cada jovem. “Os jovens têm o desejo de viver a vida em plenitude. São abertos ao novo. Buscam modelos a ser seguido. Sonham com a Civilização do amor. Para que tudo isso se realize, a sociedade precisa fazer a sua parte”, conta padre Antônio, que tem feito contato direto com os jovens nas assessorias e articulações da Pastoral Juvenil.

Raul Jungmann reconheceu a importância dos estudos e do compromisso da Igreja expressados no texto-base da Campanha da Fraternidade deste ano de 2018 que trata da superação da violência.

A equipe que preparou o caderno: “Jovens na CF”, é um dos grupos de trabalho na estrutura da Comissão Episcopal para a Juventude da CNBB. Ela é composta por dez jovens que representam expressões juvenis da Igreja no Brasil, como Congregações, Pastorais da Juventude, Movimentos Eclesiais e Novas Comunidades.

AÇÃO PRÁTICA

Uma ação concreta no contexto da Campanha da Fraternidade 2018 é o projeto Rota da Vida, como ressaltou o bispo de Imperatriz (MA) e presidente da Comissão para a Juventude, dom Vilsom Basso. O projeto visa a valorização da vida e combate à violência, dá mais um passo no aprofundamento da realidade juvenil e busca trabalhar a realidade local junto ao público que lida diretamente com a juventude: professores, educadores, lideranças católicas e famílias. A iniciativa chega ao segundo seminário, realizado em 09 de março, na arquidiocese de Natal (RN). Uma das capitais brasileiras que tem números preocupantes de violência juvenil. Dados indicam cerca de 300 homicídios em menos de três meses no ano de 2018, inserindo a capital em índices comparados a crimes de guerra. Natal tem passado também por recorrentes crises penitenciárias. Durante o evento, o doutor em Pedagogia Social e membro da cátedra da Unesco, professor Geraldo Caliman, voltou a assessorar a iniciativa. No primeiro seminário, ele ressaltou que “é preciso unir forças para acompanhar as mudanças e para promover a vida acima de tudo, bem como relevar a importância desse seminário como um ímpeto missionário, para debater, confrontar e ir muito além dos números”. Assim, é preciso de fato conhecer a origem desse mal social e ajudar na promoção de Políticas Públicas, tornando a Juventude local que recebe o seminário protagonista da mudança, amenizando ou até solucionando esse problema que aflige a sociedade. CNBB

Dom Leonardo Ulrich Steiner, secretário-geral da CNBB, recebeu na tarde do último dia 16 de março, o ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann. A pedido do ministro, a audiência foi realizada na sede provisória da Conferência na Asa Norte, em Brasília (DF). O encontro durou mais de meia hora e secretário e ministro tiveram uma conversa privada. Durante a conversa, Dom Leonardo presenteou o ministro com um exemplar do texto-base da Campanha da Fraternidade 2018 que trata da superação da violência. No final do encontro, os dois atenderam aos jornalistas. Segundo Raul Jungmann, visitar a sede da CNBB é uma grande alegria, pois destaca que A entidade sempre o tratou com muita cordialidade tanto agora, como no passado, quando era ministro da reforma agrária. “Eu vim aqui fazer uma visita ao secretário-geral da CNBB, entidade na qual eu bati à porta muitas vezes no passado, quando era ministro da Reforma Agrária, por exemplo. E vim solicitar para que ele pudesse, e, evidentemente a CNBB, nos ajudar com sugestões, com críticas, com propostas para que a gente pudesse reduzir a insegurança e a violência que o Brasil vive”. O ministro recordou os compromissos públicos manifestados pelo episcopado brasileiro para com esse tema e essa realidade: “A CNBB tem uma preocupação histórica com a vida, com a defesa da vida que é um bem sagrado. E a CNBB tem sido sempre uma grande parceira em todas as grandes questões sociais e também morais do Brasil”, destacou Jungmann. O ministro anunciou também que “em breve, espero estar convidando a CNBB e também às demais confissões para que elas, na medida de suas disponibilidades e possibilidades, possam nos ajudar nessa caminhada rumo à paz e rumo à segurança e a vida”.

CAMPANHA DA FRATERNIDADE

Jungmann reconheceu a importância dos estudos e do compromisso da Igreja expressados no texto-base da Campanha da Fraternidade deste ano de 2018 que trata da superação da violência. “Ganhei este livro aqui que trata da Campanha da Fraternidade deste ano que destaca exatamente a superação da violência. Então, será também um texto que nos ajudará muito com a visão da Igreja Católica a respeito de como superar a violência que é um desejo de todos nós”, ressaltou o ministro. Dom Leonardo disse que ele o ministro também conversaram sobre a necessidade de retomar os valores que regem a vida de uma sociedade. Ele disse que falaram também na necessidade de se “investir na cultura, no esporte, pois tudo isso ajuda na superação da violência”. O secretário-geral afirmou ainda que conversaram sobre a questão do desarmamento, do estatuto do desarmamento e a questão da maioridade penal. “Coloquei a posição da CNBB sobre essas questões e também falamos sobre a Campanha da Fraternidade. Nós somos os primeiros, como Igreja Católica, a querer superar a violência para que haja uma vida mais harmônica”, sublinhou Dom Leonardo. Ao final, o secretário-geral também lembrou que, com esforço de todos, em se comprometer com a superação da violência, todos poderão ter uma convivência mais humana, isto é, de respeito de direitos, de poder ir e vir, mas também de poder se expressar publicamente e ter diálogo. CNBB Fotos: Rosberg Flores/CNBB e Allan de Carvalho/Ministério da Segurança Pública


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Lideres das diversas paróquias da diocese, estão sendo capacitados na Atualização Guia do Líder/2015. Pois, tendo acesso às informações atualizadas, o líder tem a possibilidade de melhorar o acompanhamento das famílias.

Novos coordenadores paroquias foram capacitados em Missão do Coordenador, de 13 à 14 de março na Casa de Formação de Lideres Nossa Senhora de Guadalupe em Guarapuava. Esta capacitação teve como objetivo apresentar algumas orientações e informações que ajudarão na sua missão.

Líderes das paróquias Imaculada Conceição em Palmital e do Decanato Centro em Guarapuava, participaram de Retiro Espiritual com o tema: Cristãos Leigos e Leigas na Igreja e na Sociedade -“Sal da terra e Luz do mundo’’(Mt,5., 13 -14). Com a assessoria das Irmãs da Caridade Social – CS.

MINI SUFLÊ DE LEGUMES Ingredientes: • 2 ovos inteiros e 1 clara • 1/2 cebola • 2 tiras finas de pimentão • 1/2 abobrinha Mini • 1 tomate ou 4 tomates cereja • 1 colher de chá de fermento em pó • Cebolinha à gosto • Sal a gosto Modo de preparo: Picar os legumes em pequenos pedaços e misturar em uma bacia. Ademir Elias Hagy é o novo coordenador da Pastoral da Criança na paróquia Nossa Senhora Aparecida de Inácio Martins. Juntamente com a equipe Nelcy Lemos Hagy, Terezinha Moreira, Veronica Chagas, Missiane Cabral e Vera Lucia Santana. Parabéns e muito sucesso na missão!

Acrescentar os ovos e os temperos e mexer bem. Por último, acrescentar o fermento. Colocar em forminhas e levar ao forno pré-aquecido por aproximadamente 20 minutos a 180º (ou até dourar).

www.pastoraldacrianca.org.br

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SEMINÁRIO DIOCESANO NOSSA SENHORA DE BELÉM

Formação sacerdotal e para a vida Local de fé e de muito estudo, o Seminário Diocesano em Guarapuava é parte de um sonho que se concretizou e continua pujante.

É fato notório que toda fé sem obra é morta. Há, portanto, obras que são erigidas, construídas e mantidas em função da fé, numa ânsia por saciar as necessidades desta busca tão frenética por conhecimentos que para todos, serve de alicerce, de base. Trabalhar e viver a fé são tarefas para poucos, só para os que se doam por completo sem medir as consequências deste ato e sem nada pedir em retribuição. Nada mais concreto para se ilustrar a fé do que a criação de uma instituição religiosa capaz de formar seus sacerdotes e despertar nestes, cada vez mais, a vocação, o espírito de doação e a vontade de servir sem que haja, necessariamente, uma contrapartida, algo em troca deste trabalho que tem o potencial de elevar o espírito e deixar a alma cada vez mais leve. Local de fé e de muito estudo, o Seminário Diocesano Nossa Senhora de Belém, em Guarapuava é parte de um sonho que se concretizou e, como videira em terra fértil, está no auge da produção dos mais belos e admiráveis frutos, resultado da doação e perseverança que se perpetua ao longo dos tempos. Inaugurado no dia 28 de janeiro de 1979, o Seminário foi considerado, à época, fruto de uma ideia concebida e alimentada desde a fundação da diocese, em 1966, pelo seu primeiro bispo, Dom Frederico Helmel. A nova casa de formação dos futuros sacerdotes da Igreja Católica da Região Central do Paraná foi vista pela comunidade como um verdadeiro presente para todos. Tal benesse tinha por finalidade romper com barreiras e, através dos estudos, transformar pessoas e dar-lhes bases sólidas na fé cristã e fazer com que estas disseminassem a Palavra de Deus nos mais longínquos rincões, sem levar em consideração os graus de dificuldades e também a resistência por parte de alguns. Segundo relato do primeiro reitor do Seminário Diocesano Nossa Senhora de Belém, padre Casemiro Oliszeski, a ideia de Dom Frederico era ousada para a época, mas muito provocativa e, ao mesmo tempo, necessária, uma vez que

a comunidade sentia a necessidade de um local de estudos onde pudesse formar seus próprios padres. Em um artigo escrito especialmente para o Jornal A Igreja na Diocese de Guarapuava, em maio de 2011, com o título de: “A Ousadia de um Projeto” Padre Casemiro discorre sobre a concretização dos sonhos de um homem que via na construção e criação de benfeitorias, uma grande forma de evangelizar e de alicerçar a Igreja em bases sólidas e inquebráveis. “Dom Frederico Helmel, assumindo a diocese de Guarapuava, sendo seu primeiro Bispo, percebeu logo a urgente necessidade de sacerdotes para trabalhar numa região tão vasta como esta. Imagino o que deve ter passado pela cabeça de um bispo procurando organizar e dinamizar a evangelização numa diocese recém-criada e com tantos desafios a serem enfrentados. Para formar um sacerdote levam-se muitos anos. Há necessidade de uma estrutura física, de uma equipe de formadores, de recursos para custear a formação”, discorre padre Casemiro. Antes da criação do Seminário, a alternativa para Dom Frederico, segundo relata o sacerdote, era chamar religiosos de congregações europeias para suprir as urgentes necessidades das paróquias de Guarapuava. “Dom Frederico, pelo visto, procurou uma saída alternativa para solucionar a falta de clero. Foi buscar na Europa, padres já formados. Chegaram então à diocese os valorosos e valentes padres da Itália e da Polônia. Estes homens jamais serão esquecidos pela sua dedicação, sua coragem, seu amor ao Evangelho e ao povo que serviram”, grifa padre Casemiro. Quando Dom Frederico assumiu a diocese de Guarapuava, havia três seminaristas da Região estudando em outros Seminários. O mais procurado era o Seminário São José, da diocese de Ponta Grossa. Alguns estudantes também cumpriam com suas tarefas escolares em Londrina, no Norte do Estado.

No ano de 2018, 30 seminaristas estão em formação na diocese de Guarapuava. Eles estão distribuidos da seguinte forma: • 16 estão em Guarapuava, no seminário menor e prepedêutico; • 9 estão em Francisco Beltrão cursando filosofia; • 5 estão em Curitiba estudando teologia.

Padre Casemiro Oliszeski, primeiro reitor, e Dom Frederico Helmel, SVD, primeiro bispo da diocese de Guarapuava, durante a cerimônia de inauguração do Seminário Nossa Senhora de Belém. Guarapuva, 28 de janeiro de 1979.

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Uma das primeiras turmas de seminaristas, junto com Dom Frederico Helmel, SVD, em uma viagem a Ponta Grossa.

“Para formar um sacerdote levam-se muitos anos. Há necessidade de uma estrutura física, de uma equipe de formadores e recursos.” Padre Casemiro Oliszeski, primeiro reitor do Seminário

Conheça o seminário: Rua Wilson Luiz Silvério Martins, 243 - Bairro Santana - Guarapuava - PR - Fone: (42) 3623-4406


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Trabalho Pastoral

A aposta de Dom Frederico estava focada em um trabalho de Pastoral Vocacional bem organizado. Ele acreditava que com isso, as respostas positivas chegarim. Com apoio da comunidade e de religiosos, ele conseguiu grandes resultados no despertar de jovens para a vida sacerdotal. Ao mesmo tempo, surgia um projeto que exigiria um grande investimento financeiro e também recursos humanos. Era lançado, portanto, o desafio de se construir o Seminário Nossa Senhora de Belém. Tendo muitos conhecidos e amigos na Europa, Dom Frederico buscou os primeiros recursos no exterior e assim começou a construção da nova instituição que formaria os sacerdotes. Casemiro foi ordenado padre no dia 08 de dezembro de 1978. No ano seguinte, em janeiro, ele foi convidado para trabalhar como reitor no novo Seminário. Ele lembra que ficou pensativo e até relutante quanto ao pedido do bispo, mas por fim, acreditando em sua vocação e no chamado de Deus para a tarefa, acabou por assumir os trabalhos. “O ano de 1978 já estava para terminar. A minha ordenação sacerdotal já tinha sido marcada para o dia 08 de dezembro, quando Dom Frederico, passando por Curitiba, local onde eu estudava, me fez uma visita e disse que o Conselho Presbiteral sugeriu o meu nome para assumir o Seminário Diocesano que estava sendo construído. Com muito temor e tremor, depois de muitas ponderações, disse ao Bispo que assumiria”, relembra. Depois da inauguração, organizou-se um Estágio Vocacional. Mais de trinta jovens participaram e passaram a morar no Seminário. Antes da inauguração, alguns seminaristas que cursavam o supletivo em Guarapuava, moravam na Casa de Líderes Nossa Senhora de Guadalupe, que fica nas proximidades. As dificuldades iniciais eram muito grandes, segundo relatos históricos. Além dos trabalhos de formação com os seminaristas, também pesava sobre a reitoria os trabalhos administrativos e burocráticos, os quais requeriam grande esforço e muita dedicação. Durante este período considerado crítico, padre Casemiro destaca que ele e os outros moradores sempre puderam contar com a ajuda de Dom Frederico que nunca deixou a instituição desprotegida. Irmãs da Congregação de Santa Maria Madalena Postel e duas funcionárias faziam parte da equipe de trabalho no novo Seminário. Já para o segundo ano de funcionamento da instituição, o espaço foi totalmente ocupado com o ingresso de novos seminaristas. Com a chegada de mais estudantes interessados na vida sacerdotal, houve a

necessidade urgente de concluir a as obras de edificação, uma vez que quando da inauguração, apenas cinquenta por cento do espaço estava liberado para o uso. Através da intervenção de Dom Frederico, recursos de fora do Brasil chegaram. O montante fora angariado à forma de doação e as obras do prédio puderam ser concluídas nos anos seguintes. Nos primeiros anos, mais de trinta seminaristas ocupavam a Casa e se dedicavam aos estudos. Os trabalhos de recrutamento e formação eram realizados através de um bom entrosamento entre a equipe da Pastoral Vocacional e a equipe do Seminário. O reitor permaneceu à frente da formação por cinco anos. Os planejamentos pastorais foram intensos no intuito de recrutar jovens com vocação ao sacerdócio. Os trabalhos deram grandes resultados, segundo a direção do Seminário à época e os primeiros padres, formados pela diocese de Guarapuava passaram a desempenhar seus trabalhos nas diversas paróquias, comunidade e institutos nesta vasta Região do Paraná. “Foi uma ousadia de Dom Frederico e uma atitude de fé, todo o esforço e investimento na Pastoral Vocacional e formação dos futuros presbíteros diocesanos. Nos seus últimos anos de governo da diocese de Guarapuava, os resultados eram notórios. O que hoje existe teve o seu início com o primeiro bispo diocesano. A ele o nosso reconhecimento e o pedido: ‘Dom Frederico, rogai por nós!’”, finalizou Padre Casemiro. Desde sua fundação, muitas foram as pessoas que passaram pelo seminário Nossa Senhora de Belém e lá deixaram suas marcas. Reitores, professores e funcionários que num momento ou outro tiveram a oportunidade da convivência com aquele local de estudos e de formação religiosa, se dizem agradecidos pelo que aprenderam. Atualmente, o reitor do Seminário Nossa Senhora de Belém, em Guarapuava, é o padre José Amarildo Novacoski. Ele assumiu as funções naquela casa de formação presbiteral no dia 11 de dezembro de 2015, quando foi empossado pelo bispo diocesano, Dom Antônio Wagner da Silva. Padre José Alir Moreira, que antecedeu padre José Amarildo na reitoria da instituição, passou a trabalhar em Curitiba desde janeiro de 2016. Lá, o sacerdote também exerce a função de reitor, da nova casa do Seminário Maior Nossa Senhora de Belém, instalado na Capital. A nova casa passou a abrigar estudantes de Teologia da diocese. A posse de Padre José Alir Moreira em Curitiba foi dada por Dom Antônio Wagner da Silva no dia 18 de dezembro de 2015.

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Parcerias são fundamentais na formação sacerdotal

Desde 2003, os seminaristas da diocese de Guarapuava cursam filosofia no Seminário Maior Bom Pastor, na diocese de Palmas/Francisco Beltrão. Toda formação sacerdotal, além de discernimento, demanda tempo, investimento e perseverança. Para tanto, as parcerias entre as instituições da Igreja são fundamentais neste percurso. Pensando nisso, desde o ano de 2003, um acordo entre as dioceses de Guarapuava e Palmas/Francisco Beltrão, através do seminário Bom Pastor e Instituto Sapientia de Filosofia, possibilita a formação em filosofia dos seminaristas da cidade. Em quinze anos, dezenas de jovens passaram pela instituição e muitos destes se tornaram sacerdotes que hoje atuam nas diversas paróquia e comunidades da diocese. Os que não se ordenaram padres, se mostraram como ótimos pais e profissionais das mais distintas áreas e contribuem para com a sociedade através dos valores cristãos aprendidos naquela escola formativa. O Seminário Maior de Filosofia Bom Pastor, em Francisco Beltrão, foi inaugurado em 2002. Segundo informações daquela diocese, a construção da casa de formação religiosa partiu da necessidade da Igreja em oferecer melhores condições de estudos para os futuros padres e abranger uma grande região do Estado do Paraná. Atualmente, nove seminaristas da diocese de Guarapuava estudam em Francisco Beltrão. Eles passam por uma formação de três anos em filosofia e depois, partem para o Seminário Maior, Nossa Senhora de Belém, em Curitiba, onde se dá o estudo de teologia e, por conseguinte a formação sacerdotal alguns anos depois. Em entrevista ao Centro Diocesano de Comunicação (CDC), o seminarista Nícolas Thanrique, que está no primeiro ano do curso, disse que se sente muito feliz em poder cursar

filosofia no Seminário Bom Pastor. Conforme explicou, o estudo é a etapa do “discipulado” e este é um momento considerado enriquecedor e de discernimento para todos os seminaristas. “Estudar aqui é saber que estou no caminho que escolhi para seguir a Deus. Vejo este momento como único de experiência e aprendizado de vida. O grande objetivo da etapa de filosofia na formação dos sacerdotes é para que o futuro padre tenha capacidade de olhar, perceber e compreender objetivamente as realidades humanas para que assim, possa construir um pensamento de maneira firme. A filosofia é também, um ‘despertar’ para muitas questões que serão aprofundadas neste processo formativo”, observou. Nícolas também elogiou as estruturas da instituição e ressaltou que isso facilita o crescimento enquanto ser humano e cristão. “Estou muito feliz, animado e me empenhando cada dia mais para que eu possa crescer nas dimensões de que necessito. O seminário oferece um ambiente amplo, possui uma estrutura adequada e todos aqui nos receberam com muito amor. Somos muito bem tratados e sempre temos pessoas que nos ajudam e nos apoiam. O contato com seminaristas de outras dioceses também contribui e muito para nossa formação”, observou.

Seminário Maior Nossa Senhora de Belém: uma conquista para a diocese de Guarapuava Os seminaristas da diocese de Guarapuava que moram em Curitiba, estudam Teologia na Faculdade Claretiana, também conhecida como Studium Theologicum. No dia 18 de dezembro de 2015, quando se iniciavam as comemorações dos cinquenta anos da diocese de Guarapuava, era inaugurado, oficialmente, o Seminário Maior Nossa Senhora de Belém, em Curitiba. Desde o início de 2016, a nova casa abriga estudantes de Teologia da diocese e o padre José Alir Moreira, que trabalhava como reitor, em Guarapuava, foi transferido para o novo local e empossado na nova função em cerimônia presidida pelo bispo de Guarapuava, Dom Antônio Wagner da Silva. Quem assumiu seu lugar em Guarapuava, foi o Padre José Amarildo Novacoski, que trabalhava como pároco da paróquia Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, em Pitanga. A cerimônia de posse do padre José Amarildo foi realizada na noite de 11 de dezembro de 2015, nas dependências do seminário, em Guarapuava. Durante a inauguração, padre José Alir destacou a importância da nova residência para os seminaristas e disse que a diocese de Guarapuava passava por uma nova realidade. “A nova casa será a residência dos estudantes da Teologia que passam agora para uma nova realidade na formação presbiteral. Rezemos a Deus, que por Sua graça, conceda a todos os seminaristas e padres dedicados

Seminaristas da diocese de Guarapuava estudando teologia em Curitiba no ano de 2018.

à formação, discernimento, coragem e fé para que a cada dia saibam responder positivamente aos apelos de Deus e de seu povo. Nossa Senhora de Belém, rogai por nós”, ressaltou o reitor na ocasião. Para a celebração de posse, bem como para a de inauguração da nova casa, estiveram presentes, o bispo diocesano Dom Antônio Wagner da Silva, além dos padres José Werth, Adriano Toczek, Sercio Ribeiro Catafesta e José Alir Moreira. Os seminaristas também participaram da cerimônia. Os seminaristas da diocese de Guarapuava que moram em Curitiba, estudam Teologia na Faculdade Claretiana, também conhecida como Studium Theologicum. O Seminário Maior Nossa Senhora de Belém, da diocese de Guarapuava, em Curitiba, está situado à Rua Estanislau Trzebiatowski, 684, bairro Boqueirão.


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Dom Antônio Wagner da Silva se recupera bem de problema de saúde

Centenas de pessoas participam da 3ª edição do CONASPAR, em Aparecida, SP

O religioso participava de um encontro em Roma, Itália, quando adoeceu e foi levado ao hospital. Ele permaneceu na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) por vários dias.

Da diocese de Guarapuava, 16 pessoas foram enviadas ao Congresso que tem por objetivo capacitar o profissional que atua junto às secretarias paroquiais.

Dom Wagner presidindo a Missa dos Santos Óleos em 2017, na Catedral Nossa Senhora de Belém.

Depois de mais de quarenta dias fora de Guarapuava, o bispo diocesano, Dom Antônio Wagner da Silva retornou à cidade no último dia 01 de março. Dom Wagner, que viajou a Roma para participar de um encontro de sua congregação: Sagrado Coração de Jesus (SCJ), conhecido como os Dehonianos, de 18 a 23 de janeiro de 2018, foi acometido por um grave problema de saúde e precisou ser internado às pressas na Capital italiana. Uma vez no hospital, os médicos notaram um agravamento no quadro de saúde do religioso e ele foi encaminhado à Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Cristo Rei. Os cuidados médicos foram redobrados e Dom Wagner reagiu muito bem aos medicamentos, conforme boletim expedido pela casa hospitalar. No dia 30 de janeiro, o religioso deixou a UTI e foi levado ao quarto, lá permanecendo até o dia 08 de fevereiro, quando recebeu alta hospitalar. Dom Wagner foi então encaminhado à casa dos Dehonianos enquanto realizava mais exames e se recuperava do problema de saúde. Depois de dezenove dias na casa religiosa, finalmente embarcou para o Brasil e chegou a Guarapuava na tarde de 28 de fevereiro. Em entrevista ao Centro Diocesano de Comunicação (CDC), Dom Wagner falou do problema de saúde e ressaltou que se sente muito bem agora, embora

careça de mais tempo para se recuperar totalmente. “Este problema de saúde me deixou muito fraco, mas, com a graça de Deus, as orações de tantas pessoas e o brilhante trabalho dos médicos, eu consegui sair daquele estado de quase morte. Não há como descrever esta sensação, a situação porque passei. Foi mais uma das experiências que Deus reserva para cada um de nós. Eu me sinto muito bem agora, embora ainda em recuperação. Tenho um longo caminho a percorrer com realização de exames, consultas médicas e muitos cuidados, principalmente na alimentação, mas o importante é que estou reagindo da melhor forma possível a tudo isso e tenho a alegria de agradecer a Deus por mais esta oportunidade de estar vivo”, vibrou Dom Wagner.

SOBRE O BISPO

Dom Antônio Wagner da Silva nasceu no dia 25 de março de 1944, na cidade de Luz, em Minas Gerais. Foi ordenado padre no dia 11 de dezembro de 1971, pela congregação Sagrado Coração de Jesus (SCJ) e nomeado bispo em 29 de março de 2000 quando passou a atuar como bispo-coadjutor, em Guarapuava. Depois da aposentadoria de Dom Giovanni Zerbini, Dom Wagner tornou-se bispo diocesano e atua até hoje à frente da Igreja Particular. Seu lema episcopal é: “Sint Unum”. (Que todos sejam um).

“Tenho a alegria de agradecer a Deus por mais esta oportunidade de estar vivo.” Dom Wagner.

De 06 a 09 de março, o Santuário Nacional de Aparecida, em São Paulo, sediou a terceira edição do Congresso Nacional de Secretários Paroquiais (CONASPAR). O objetivo principal do evento, segundo seus organizadores, é capacitar o profissional e o voluntário na assessoria de gestão eclesial. O Congresso é organizado e promovido pela Promocat Marketing Integrado, responsável também pela ExpoCatólica, maior feira de artigos e serviços religiosos da América Latina, CONAGE, Congresso de Gestão Eclesial, e o CONADIZ, Congresso Nacional da Pastoral do Dízimo e da Partilha. Da diocese de Guarapuava, dezesseis pessoas participaram do evento. Palestrantes de renome nacional trabalharam durante os três dias, proferindo palestras e promovendo oficinas com os diversos grupos formados por pessoas de diferentes partes do Brasil. O aprendizado obtido, conforme sublinham os participantes será de grande valia para o dia a dia nas tarefas que desempenham junto às comunidades. Nomes conhecidos no meio católico, como Eliana Ribeiro e o padre José Fernandes de Oliveira, (padre Zezinho), da congregação do Sagrado Coração de Jesus (SCJ), também fizeram parte dos trabalhos do CONASPAR. Eles compartilharam experiências e alternativas encontradas para atuar de forma mais estratégica nos trabalhos do secretariado paroquial. O Congresso também ofereceu informações e tendências sobre o mercado de secretarias profissionais, além de promover o encontro de profissionais da mesma área para troca de experiências.

estratégica, obter o reconhecimento da alta administração e incentivar para a mudança de comportamentos. O Congresso, desde sua primeira edição, objetiva ainda, oferecer informações e tendências sobre o mercado de secretarias profissionais, além de promover o encontro de profissionais da mesma área para troca de experiências. O encontro ainda busca capacitar o profissional e o voluntário para assessorar, por meio de suas funções, em todas as áreas da gestão eclesial assim como nas atividades que fazem parte de sua agenda de trabalho. Durante os dias de Congresso, os participantes aprendem sobre questões básicas como dominar técnicas de redação de cartas e documentos, até mesmo questões comportamentais como antecipar-se aos problemas cotidianos interagindo com precisão e exercendo a liderança. Atividades simuladas da prática secretarial e da gestão eclesial, assim como a participação na organização e elaboração de eventos e cerimoniais e no desenvolvimento de ações sociais com a comunidade, fazem parte dos trabalhos desenvolvidos durantes os dias do Congresso. Ao final, conforme ementa curricular, o Congressista será capaz de planejar, organizar, coordenar e avaliar as atividades de sua área de atuação entendendo os processos da sua comunidade eclesial, seu modelo de gestão e seus objetivos específicos e pastorais, bem como suas inter-relações com o ambiente externo e com toda a Igreja local, mantendo postura profissional e ética condizentes ao cargo que ocupa.

SOBRE O EVENTO

Até o ano passado, o encontro era realizado no Centro de Reuniões Santo Afonso de Ligório, na Cidade do Romeiro, também em Aparecida. Neste ano, com o crescimento do Congresso, ele passou a ser executado no Centro de Eventos. O espaço pode abrigar até oito mil pessoas tanto nas arquibancadas quanto na arena.

O CONASPAR também tem como objetivo debater os maiores desafios da profissão de secretário de paróquias, cúrias e casas religiosas para compartilhar experiências e alternativas encontradas pelos palestrantes e pelos próprios participantes para atuar, de forma mais

LOCAL


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Decanato Centro da diocese de Guarapuava promove encontro de funcionários

Em consonância com a Campanha da Fraternidade, “Violência” foi o tema escolhido para o encontro. Padre Jean Patrik Soares, vigário da Catedral Nossa Senhora de Belém, assessorou os trabalhos.

“Como cidadãos, temos o dever de cumprir as leis, mas como cristãos, temos a obrigação de fazer o extraordinário, de agir para além do óbvio.” Pe. Jean Patrik Soares

Aproximadamente noventa pessoas que trabalham para as paróquias, comunidades e instituições do Decanato Centro da diocese de Guarapuava, participaram de um encontro de formação no dia 20 de março. O evento que é previsto em calendário, desta fez foi realizado no salão social da paróquia Santos Anjos, Bairro São Cristóvão, em Guarapuava. O padre Jean Patrik Soares, vigário da Catedral Nossa Senhora de Belém, foi o assessor dos trabalhos que teve como foco o tema da Campanha da Fraternidade (CF) deste ano, “Fraternidade e superação da violência” e lema “Em Cristo somos todos irmãos”. (Mt 23,8). “A violência pode estar nos lugares mais improváveis e se manifesta de muitas formas. A formação, a educação e a vivência cristã são fatores primordiais no combate a este tipo de problema que, cada vez mais, machuca nossa sociedade e fere a dignidade de cada um”, destacou padre Jean durante os trabalhos. Os problemas pelos quais o Brasil e o mundo passam, conforme lembrou o padre, têm deixado muitas feridas nas famílias e, em muitas vezes, provocado a degradação e a extinção destas. “Não

há como negar que esta onda crescente de violência tem afetado e muito as famílias, a sociedade, de um modo geral. Como cristãos, não podemos simplesmente abaixar nossas cabeças e deixar que as coisas aconteçam sem que façamos algo. Devemos ter em mente que podemos trabalhar nossa formação e canalizar nossos esforços para coisas boas. Os maus hábitos se tornam vícios, mas os bons hábitos se tornam virtudes. Quem é odiado, tende a odiar, mas quem é amado, tende a amar e é em função deste amor que devemos lutar, pensar e agir. Como cidadãos, temos o dever de cumprir as leis, mas como cristãos, temos a obrigação de fazer o extraordinário, de agir para além do óbvio”, discorreu padre Jean. À tarde a coordenação do encontro promoveu um trabalho em grupo e o tema discutido foi “Depressão”. Houve espaço para partilha de informações e, ao final, foi pedido que para o próximo encontro, haja a presença de um profissional de saúde para falar sobre o assunto. Aniversariantes dos meses de janeiro, fevereiro e março receberam presentes. Houve uma confraternização ao final do encontro.

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Há 25 anos, padre Erondi Alves da Silva dava seu “sim” ao sacerdócio Atual pároco da paróquia Nossa Senhora Imaculada Conceição, em Palmital, padre Erondi já desempenhou diversas funções junto à diocese de Guarapuava neste quarto de século de sacerdócio. Em muitos momentos, quando pensamos ou falamos sobre o tempo, várias sensações ocorrem em nosso corpo e em nossa mente. Perguntas como: o que eu fiz com minha vida? Por quantos anos mais vou viver? Quais projetos eu deveria ter priorizado? Sou feliz? Sou realizado no que me propus a fazer como profissão, como ofício? Há tempo para mudar? As perguntas são tantas que encheriam muitas páginas. Mas a grande verdade é que relativizar o tempo depende de cada um de nós. Para algumas tarefas, um ano pode ser muito, para outras, um ano é apenas um piscar de olhos. Desta forma, dimensionar o tempo e entendê-lo é algo muito mais sentimental do que físico. Nesta oportunidade, falaremos também do tempo, mas muito mais das ações de um sacerdote da diocese de Guarapuava que, há 25 anos (um quarto de século, portanto), dizia seu sim à Igreja e iniciava assim, uma caminhada de perseverança e amor pelas pessoas à sua volta, em uma cruzada diária em favor da união e da paz. No dia 17 de abril de 1993, Erondi Alves da Silva era ordenado padre. Daquele momento em diante, ele passou a contar seu tempo de outra maneira e entender as coisas à sua volta como um processo natural de crescimento e de estudos em favor da vivência cristã. Padre Erondi, atual pároco da paróquia Nossa Senhora Imaculada Conceição, de Palmital, nasceu em Guarapuava, em 18 de outubro de 1963. É filho de Paulino da Silva e Renilde Alves da Silva. Sentindo o despertar da vocação para o sacerdócio, entrou para o Seminário Nossa Senhora de Belém, em Guarapuava e deu início aos seus estudos. Ele permaneceu no Seminário Menor de 1982 a 1985.

Pe. Erondi Alves da Silva Aniversário de ordenação: 17 de abril

De 1986 a 1987, estudo Teologia, em Ponta Grossa. Em 1988, Erondi passou a estudar Filosofia em Curitiba, concluindo seu curso em 1991. No dia 17 de abril de 1993, o então seminarista foi ordenado padre pelo bispo de ponta Grossa à época, Dom Murilo Sebastião Ramos Krieger. A cerimônia foi na paróquia Imaculada Conceição, em Cantagalo e reuniu centenas de pessoas da diocese e de outras cidades. Padre Erondi, que há muito vinha trabalhando em diversos projetos da Igreja, passou a atuar em muitas outras frentes evangelizadoras e missionárias. Dentre as funções exercidas pelo presbítero junto à diocese de Guarapuava, destacam-se: Coordenador da Pastoral Catequética e da Pastoral Vocacional, do Adolescente e da Juventude, sub-reitoria e reitoria do Seminário Nossa Senhora de Belém, vigário da paróquia São Luiz Gonzaga, em Guarapuava, administrador da paróquia Nossa Senhora Aparecida, também, em Guarapuava, pároco de Rio Bonito do Iguaçu e coordenador da Ação Evangelizadora da diocese. Desde 09 de março de 2009, padre Erondi trabalha como pároco da paróquia Nossa Senhora Imaculada Conceição, de Palmital. Ele atende a 45 comunidades além da matriz num município com uma população de mais de 14 mil habitantes. “Em nome da diocese de Guarapuava, eu felicito o padre Erondi pelos seus 25 anos de sacerdócio e agradeço por tanto trabalho desempenhado em favor da diocese de Guarapuava e da Igreja. Felicidades em seu caminho e que as bênçãos de Jesus Cristo, por intercessão de Nossa Senhora de Belém desçam sobre sua vida e seu trabalho”, disse o bispo da diocese de Guarapuava, Dom Antônio Wagner da Silva.

“Eu felicito o padre Erondi pelos seus 25 anos de sacerdócio e agradeço por tanto trabalho desempenhado em favor da diocese.” Dom Wagner

ENTREVISTA: reconhecimento da mulher na Igreja deve ser real, não poético A professora da PUC de São Paulo, Rosana Manzini, participou no Vaticano da Plenária da Pontifícia Comissão para a América Latina sobre o tema da mulher na Igreja. “A mulher, pilar da edificação da Igreja e da sociedade na América Latina”, foi o tema escolhido pelo Papa Francisco para a Assembleia Plenária da Pontifícia Comissão para a América Latina, que se encerrou no dia 09 de março, no Vaticano. Já que todos os membros e conselheiros da CAL são cardeais e bispos, desta vez – em caráter excepcional – foi convidado para a Plenária um grupo restrito de personalidades femininas provenientes da América Latina, com diferentes cargos de responsabilidade sociais e eclesiais. Neste grupo, estava a professora da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), Rosana Manzini, que leciona disciplinas de Teologia Moral. Em entrevista concedida à Patricia Ynestroza, do Vatican News, Rosana Manzini faz um balanço da Plenária e fala dos desafios da mulher na Igreja e na sociedade. Vatican News: Qual tua visão geral deste encontro? Rosana: O que é muito interessante e que está nos causando uma agradabilíssima surpresa é que percebemos que neste encontro nós sentimos um movimento do Espírito. São relatos das mulheres nas diversas condições de toda a América Latina e a corresponsabilidade seja dos

homens, clérigos ou não, nesta situação, neste posicionamento solidário para que a mulher possa continuar sendo solidária onde ela está. Vatican News: O tema da Plenária é a mulher como pilar na edificação da sociedade e da Igreja. Quais são os desafios, as mudanças que se enfrentam agora? Rosana: Na Igreja, eu acredito que seja necessário um reconhecimento da mulher, um reconhecimento real e não um reconhecimento poético, “que a mulher é boa ou importante”, mas um reconhecimento em que a mulher participe de forma mais ativa na gestão eclesial. Quanto à sociedade, nós devemos ir ocupando os lugares devidos. Já houve na América Latina, em vários países, mulheres que chegaram à presidência da República ou a diversos organismos de decisão e legislação dos países, mas devemos ocupar mais. O olhar da mulher, seja para a Igreja, seja para a sociedade é diferente. A mulher tem um olhar pelo seu próprio modo de ser, ela vê não só além, mas de forma diferente a realidade. Consequentemente, vai propor algo diferente . Vatican News: Que trabalho você faz com as mulheres? Rosana: Eu sou professora de Teologia. Trabalho no apoio

às mulheres que têm a coragem de entrar neste mundo teológico. Ajudá-las a enfrentar os inúmeros obstáculos, porque é um curso praticamente destinado aos seminaristas, apesar dos cursos noturnos serem para leigos. Mesmo assim, depois que se conclui o curso, a inserção para ser professora não é fácil. Trabalho também com moças de outros cursos, sendo uma presença mostrando uma realidade espiritual muito importante que não pode ser abdicada. Vatican News


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GUARAPUAVA: Biblioteca Diocesana completa 15 anos em 07 de abril Os bispos Dom Giovani Zerbini e Dom Antônio Wagner da Silva foram incentivadores do projeto desde sua fundação. Milhares de livros, DVDs, revistas e jornais fazem parte do acervo da biblioteca.

Dicas de Leitura

da Biblioteca Diocesana Nossa Senhora de Belém

Atendimento de segunda a sexta-feira, das 14h às 20h Edifício Nossa Senhora de Belém Rua XV de Novembro, 7466, Centro Guarapuava - PR

Fundada em 2003, pela iniciativa dos bispos da diocese de Guarapuava, Dom Giovanni Zerbini (atualmente bispo emérito) e Dom Antônio Wagner da Silva (bispo diocesano), a Biblioteca Diocesana de Guarapuava é ponto de referência em se tratando de cultura e local de pesquisa na cidade. Com um acervo que envolve milhares de livros e DVDs dos mais variados assuntos, além de revistas, jornais, informativos e também publicações antigas, a Biblioteca que funciona no térreo do Edifício Nossa Senhora de Belém, no centro de Guarapuava tem o objetivo principal de permitir acesso à cultura e disseminar conhecimentos a toda comunidade. Estudantes, pesquisadores ou simplesmente amantes da leitura, encontram no silêncio e aconchego do local a oportunidade única de dar vazão às suas ideias e ampliar seus horizontes de conhecimentos através dos milhares de assuntos que podem ser pesquisados nos mais de dez mil livros que compõem o acervo a biblioteca. Com espaço para acesso à internet e sala de leitura para crianças, a visitação ao local já se tornou rotina de muitas pessoas que encontram no coração da cidade a oportunidade de enriquecimento em se tratando de cultura e conhecimento. Segundo Alessandra Pereira Custódio Mrosczko, uma das responsáveis pelo local, cada vez mais pessoas estão descobrindo a Biblioteca Diocesana e fazendo uso do acervo disponível. A pesquisa e os trabalhos acadêmicos ganham forma na biblioteca. “Muitas pessoas vêm aqui para fazer pesquisas escolares e acadêmicas. Elas também podem emprestar DVDs e livros e usar a

internet. Quem quiser, pode se associar à biblioteca, pagando uma taxa de dois reais por mês. Com esta taxa a pessoa tem direito a empréstimo de livros, DVDs e usar a internet pelo menos uma hora por dia. O dinheiro arrecadado com esta pequena taxa é revertido na compra de mais livros e DVDs”, detalhou Alessandra. Sidney Ida, que também trabalha na Biblioteca Diocesana, explicou que o local vem passando por mudanças e melhorias no sentido da organização, e catalogação dos exemplares. Sidney também sublinha que a criação de um site para a biblioteca que já está em fase de teste, facilitará a pesquisa dos materiais e títulos disponíveis. “Este sistema que será implantado em breve unirá a Biblioteca Diocesana às bibliotecas do Seminário Nossa Senhora de Belém, tanto de Guarapuava como de Curitiba. Através da internet, será possível saber onde está cada exemplar e, se for necessário, fazer seu remanejamento. O leitor também poderá buscar informações sobre o livro que pretende emprestar antes mesmo de sair de casa”, destacou Sidney. Todos os dias, conforme os funcionários, muitos exemplares são doados pela comunidade à Biblioteca Diocesana de Guarapuava. Eles ressaltam que com este gesto, a cultura se dissemina e o conhecimento se torna acessível a todos. “As doações são importantíssimas para a biblioteca. Todas as semanas, recebemos muitos exemplares de livros, revistas e outros materiais de pessoas que vêm até aqui, de forma voluntária e nos entregam os donativos. Isto é muito gratificante”, frisou Alessandra.

Livro: Maria da nossa Fé Autor: Dom Edson de Castro Homem Editora: Paulinas Maria da nossa Fé mostra o verdadeiro lugar da mãe de Jesus na história da salvação. A obra favorece a compreensão do mistério revelado por Deus a respeito de Maria e trata da relação dela com cada pessoa divina: o Pai, o Filho e o Espírito Santo. Aborda também os dogmas marianos, explicando seu significado; apresenta o culto a Maria na liturgia e na devoção; esclarece o valor da veneração das imagens, distinguindo-a do culto de adoração a Deus. O autor ainda percorre o sentido das aparições e das peregrinações em santuários e devoções marianas, “a devoção mariana constitui uma admirável riqueza da nossa fé. Maria de Nazaré, mãe de Jesus e nossa, ocupa um lugar especial no coração do povo brasileiro”. Livro: O pobre de Nazaré Autor: Ignacio Larrañaga Editora: Loyola O Pobre de Nazaré é uma criação original que oferece uma rica e variada informação documental, histórica e doutrinal sobre a memória viva do homem Jesus de Nazaré. Na obra, se é possível descobrir-nos como verdadeiros filhos de Deus. A novidade deste livro, está no testemunho e na originalidade que se inscreve propriamente, transmitindo-nos com propriedade e eficácia o mais substancial da vida e da mensagem de Jesus. Livro: O silêncio de Deus Autor: Catherine de H. Doherty Editora: Paulinas É tempo de mergulhar no mar infinito de amor e de misericórdia de Deus. No mar do coração, cada uma de suas ondas nos convida: “Vem, vem, vem!”. E nós temos de ir. Apenas uma força nos atrai: o amor que não conhece limitações. Uma vez dentro do silêncio de Deus, abriremos os braços, como o fez Cristo, para abraçar o mundo inteiro, todas as pessoas, todas as raças, até os inimigos. DICA DE FILME Filme: Damião, o Santo de Molokai Direção: Paul Cox Elenco: David Wenham, Kris Kristofferson, Peter O’Toole e outros. Gênero Drama Nacionalidade: Nova Zelândia e Bélgica Distribuição: Paulinas Esta é a história verdadeira de Padre Damião (1872), um jovem sacerdote missionário, belga que, cheio de saúde e de entusiasmo, ofereceu-se, como voluntário para ser pároco numa colônia de leprosos, na ilha de Molokai, no Oceano Pacífico. Vencendo a indiferença das autoridades locais e inúmeras dificuldades, sozinho conseguiu transformar a vida e a história daqueles leprosos, amenizando seus sofrimentos, providenciando remédios e alimentos, além de despertar a fé no coração da maioria dos moradores da ilha. Padre Damião foi beatificado pelo Papa São João Paulo II, em 1996.


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