Diocese de Guarapuava
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Boletim Diocesano • Edição 467 • Junho de 2018 • www.diopuava.org.br • Compartilhe: #diopuava
Ano Nacional do Laicato “Sal da terra e luz do mundo.” (Mt 5, 13-14)
Pastoral da Criança No Ano Nacional do Laicato, Pastoral da Criança elege nova coordenação na diocese de Guarapuava Páginas 22 e 23
Pe. Valdecir Badzinski é o novo secretário-executivo do Regional Sul 2 da CNBB
Conheça o trabalho do Padre Surdo de Curitiba que celebra Missas em LIBRAS
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Diocese de Guarapuava
Junho - 2018
Editorial O tempo das sutilezas e das mudanças Somos únicos, pois assim Deus nos fez e, como seres únicos, possuímos particularidades que devem ser respeitadas. Mais um mês se passou. Chegamos à edição de número 467 do Jornal A Igreja na Diocese de Guarapuava, o Boletim Diocesano. Sabemos que muita coisa mudou à nossa volta, mas na maioria das vezes, não nos damos conta dessas mudanças. Em muitos momentos, as sutilezas das coisas são capazes de fazer com que as situações passem despercebidas ao nosso redor. Será que significa que nos tornamos insensíveis, desatentos ou algo do gênero? Muitas respostas podem surgir em nossas mentes e em nossos corações, mas a verdade é que para cada pessoa, há uma condição diferente na maneira de sentir e de perceber o mundo ao seu redor. Estamos no mês de junho e até a estação muda nesta parte do hemisfério neste período. É a metade do ano e o inverno, mais uma vez chega. Em se tratando de estações, não há como não perceber esta transição, pois, literalmente sentimos na pele tais mudanças do tempo. Somos únicos, pois assim Deus nos fez e, como seres únicos, possuímos particularidades que devem ser respeitadas. Dentro desse contexto, no entanto, há situações em que precisamos romper com certas individualidades e trabalhar em favor de um bem comum, de uma causa maior que faça a diferença em nossa sociedade e em nossa vida. Em se tratando de doação, de entrega, nesta ocasião falaremos um pouco do trabalho da Pastoral da Criança e de sua atuação junto à diocese de Guarapuava. Ao longo das três décadas de esforço em favor das pessoas, sobretudo das crianças carentes, esses voluntários se mostram verdadeiro seguidores de Jesus Cristo. Com alegria e o coração transbordando de bondade, eles põem a vida dos irmãos em primeiro lugar e não medem esforços para ir ao encontro de situações desesperadoras. Esses voluntários abraçam com fervor e muito serviço as mais doloridas causas humanas e, com delicadeza, amenizam a dor até que a miséria, que no silêncio havia se instaurado, aproveitando-se da falta de amor e de responsabilidade, seja extinta dos corpos e das mentes de muitas pessoas. Em assembleia, de 15 a 17 de maio, a Pastoral da Criança em Guarapuava, elegeu sua nova coordenação para os próximos três anos de trabalho. Valdecy Aparecida Lima Virtuoso, que há trinta anos atua nesta causa, agora passa a coordenar os trabalhos. “Eu me sinto muito feliz e agradecida pela escolha. Também sei do desafio que é estar à frente deste trabalho. Mas saber que tenho ao meu lado muitas pessoas de bem e prontas para me ajudar, me tranquiliza e me faz seguir com muita alegria e fé. Este serviço é uma troca, é uma partilha de conhecimento e de amor. Juntos, podemos ir cada vez mais longe, sem perder de vista nosso ponto de partida, nossa verdadeira missão, que é fazer a diferença na vida das pessoas, sobretudo, na vida das crianças”, observou Valdecy. De 26 de novembro de 2017 a 25 de novembro de 2018, a Igreja no Brasil celebra o Ano Nacional do Laicato. O tema que servirá como base para o período é: “Cristãos leigos e leigas, sujeitos na Igreja em saída, a serviço do Reino”. O trabalho tem como inspiração o livro de Mateus, capítulo 5, versículos 13 - 14 que diz: “Sal da Terra e Luz do Mundo” (Mt 5,13-14). Este é, portanto, um período para refletir sobre o papel de cada um de nós, enquanto leigos dentro desta sociedade e, sobretudo, dentro da Igreja. Estamos de fato, saindo de nossas zonas de conforto e indo ao encontro das necessidades dos mais pobres e marginalizados? É preciso pensar e agir sobre tal situação. Mais de 95% da Igreja é composta por leigos. Sendo assim, não há explicação que sustente a inércia de nossas atitudes, em muitos momentos. Sair
dos limites de nossos espaços se faz necessário. Doar-se é divino. E por falar em doação, é com muita alegria que nesta edição, abordamos o projeto paranaense “Cada Comunidade Uma Nova Vocação”. Com o intuito de falar diretamente aos jovens, a proposta é disseminar a ideia através das redes sociais, propiciando assim, um vasto campo de debate e de entendimento sobre as vocações. Além disso, o pedido é para que se reze uma dezena do terço em todos os encontros, celebrações e movimentos da Igreja, para que assim, haja o despertar das vocações nas mentes e nos corações. Além de despertar novas vocações, a Igreja também se preocupa em manter as já existentes. Com isso, a Comissão para os Ministérios Ordenados e a Vida Consagrada da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), realizou em Aparecida (SP), o 17º Encontro Nacional de Presbíteros do Brasil, entre os dias 26 de abril a 02 de maio. Com o tema “Presbítero: discípulo do Senhor e Pastor do rebanho” e o lema “Cuidai de vós mesmos e de todo o rebanho, pois o Espírito Santo vos constituiu como guardiões”, o evento contou com a presença de aproximadamente 500 presbíteros, representantes e delegados de diversas dioceses e arquidioceses do país. Dentre tantas notícias boas desta edição, também evidenciamos a nomeação do pároco de Pinhão, padre Valdecir Badzinski, para o cargo de Secretário-Executivo do Regional Sul 2 da CNBB. A notícia chegou no dia 04 de maio, após uma reunião entre o atual coordenador (do Regional Sul 2) e recém-nomeado bispo de Paranavaí, monsenhor Mário Spaki, o presidente do Regional Sul 2, o arcebispo de Cascavel, Dom Mauro Aparecido dos Santos e o bispo de Guarapuava, Dom Antônio Wagner da Silva. A escolha do sacerdote para o cargo, conforme monsenhor Mário Spaki, se deu através da indicação do clero paranaense. Ele disse que o nome de padre Valdecir figurava em primeiro lugar na lista de indicados. “Após a minha nomeação para bispo diocesano de Paranavaí, se fazia necessário eleger um novo SecretárioExecutivo para o Regional Sul 2 da CNBB. Os bispos do Paraná, reunidos em Assembleia-Geral, em Aparecida (realizada de 10 a 20 de abril), fizeram indicação de alguns nomes. O primeiro da lista, foi o do padre Valdecir Badzinski, da diocese de Guarapuava”, contou. Padre Valdecir assume seus trabalhos no Regional Sul 2 na segunda metade do mês de junho. Como sinônimo de alegria, destacamos três festas que ocorrerão em nossa diocese no mês de junho e começo de julho, respectivamente. Pinhão, em 10 de junho, Prudentópolis, em 24 de junho e Nova Tebas, em 08 de julho. Fechando este editorial, é com muita alegria que a diocese de Guarapuava felicita os 15 casais indígenas, da paróquia São João Batista, em Nova Laranjeiras, que oficializaram a união no dia 29 de abril, em uma cerimônia emocionante, na capela Nossa Senhora Aparecida, na aldeia indígena de Rio das Cobras. Através de um trabalho perseverante, a Pastoral Familiar da paróquia repassou àquelas pessoas informações e entendimento sobre o sacramento do matrimônio e a alegria de viver uma vida plena em conformidade com as doutrinas da Igreja. Nestes tempos de mudanças, há que se perceber as sutilezas e, com alegria, viver intensamente os momentos, sempre na certeza de que, agindo corretamente, as sementes florescem e os frutos viçosos brotam e ficam à espera de alguém que os colha e deles, faça bom proveito. A você, caro leitor, nosso muito obrigado pela atenção para com nosso trabalho. Desejamos que Deus, em sua infinita bondade, derrame sobre cada um a mais pura chuva de bênçãos e que Nossa Senhora de Belém interceda em favor de todos os projetos de vida, de solidariedade, de sutilezas... Ótima leitura!
Nesta edição, expressamos nossos sinceros agradecimentos às seguintes pessoas, empresas e instituições: Radio Vaticano (www.vaticannews.va), CNBB (www.cnbb.org.br), CNBB Regional Sul 2 (www.cnbbs2.org.br), Central Cultura de Comunicação (www.centralcultura.com.br), Revista Bote Fé, Canção Nova, Elen Neves de Lima, Daniel Gomes (Jornal O São Paulo), Agência Brasil, Fabio Rodrigues Pozzebom, Mobilização Nacional Indígena, Pe. Judinei Vanzeto, Luciney Martins, RCC Brasil, Letícia Paris (G1 Paraná), Estadão Conteúdo, Arlete Bini, Cardeal Dom Sérgio da Rocha, Agência EFE, Agência ANSA, Jardel Lopes, EBC, Dom Walmor Oliveira de Azevedo, Walter Unger, COB, Estela Reginato Orozco Lopes e seminaristas da Diocese de Guarapuava. Agradecemos também, aos agentes da Pastoral da Comunicação (Pascom) das paróquias e comunidades que, com seus trabalhos voluntários e evangelizadores, nos ajudam a fazer, todos os meses, este jornal!
Obrigado!
CONSELHO EDITORIAL
CENTRO DIOCESANO DE COMUNICAÇÃO BOLETIM DIOCESANO / INFORME INTERNO
Rua XV de Novembro 7466 • 4º Andar • Sala 405 Caixa Postal 300 • CEP 85010-000 • Guarapuava • PR Fone: (42) 3626-4348 jornaldiocese@gmail.com centrodiocesanoguarapuava@gmail.com
Dom Antônio Wagner da Silva, SCJ Padre Itamar Abreu Turco Padre Jean Patrik Soares José Luiz dos Santos Mauricio Toczek Vanessa Paula Pereira Ilustração da capa: Silvia Matos
Voz do Pastor Por Dom Antônio Wagner da Silva Bispo de Guarapuava
Encontro dos colaboradores, uma bênção! Deus seja louvado em nossos colaboradores (as)! Peço desculpas se às vezes não os (as) percebemos, não os (as) valorizamos devidamente! Paróquia Dom Bosco! Entrei no salão! Fiquei admirado, satisfeito. Reunião dos Colaboradores do Decanato Centro. Uma multidão. Não sei se todas as paróquias e nem se estavam todos os Colaboradores. Percebi que era uma quantidade considerável e que com muita concentração participavam de um momento de formação, parte do seu dia de reunião! Quão importante esse dia! Parar tudo, deixar de lado afazeres profissionais, o domínio dos celulares e outras preocupações. Um dia de reflexão, de oração, de encontro com os colegas colaboradores de outras paróquias, de outros serviços. Sim, um dia importantíssimo que precisa ser valorizado pelos próprios colaboradores, pelas lideranças das paróquias, da diocese. Um investimento de inigualável valor. Penso: ainda bem que acontece, senão teria que ser criado. Também me ocorreu que os outros decanatos, apesar das distâncias, também realizam seus dias de formação, de recreação, de encontros, enfim! Que bom! Como são preciosos, importantes estes momentos! Inclusive para cada um (a) individualmente. Como pai, mãe, filho (a), como família, como pessoas de fé, como católicos. Repercute em tudo o que se faz, além do campo profissional. Para nós como Igreja, como diocese é super importante porque, em geral, como gosto de afirmar, os colaboradores (as) são principalmente nas paróquias a “COMISSÃO DE FRENTE” da Igreja. As pessoas vêm procurar atendimento, os padres e mesmo o próprio Cristo e quem a encontram por primeiro? Os (as) colaboradores como pessoas, mesmo invisíveis, na organização, na limpeza, nos enfeites e em muitíssimas coisas e maneiras mais! Deus seja louvado em nossos colaboradores (as)! Peço desculpas se às vezes não os (as) percebemos, não os (as) valorizamos devidamente! Lembrei-me então de outros momentos importantes realizados pelos mesmos. Por exemplo: confraternizações, passeios, retiros e outras iniciativas importantes como a escolha periódica da Coordenação do Grupo. Fiquei muito satisfeito. Agradeci a Deus pelo encontro e pedi as bênçãos do Senhor para eles (as) e seus serviços! Foi tão bonito que resolvi registrar aqui para que outros saibam e possam partilhar de minha alegria!
Editor: Padre Jean Patrik Soares (Jornalista) Diagramação: Mauricio Toczek Impressão: Grafinorte - Apucarana - PR Distribuição: Mitra Diocesana de Guarapuava Tiragem: 36.000 exemplares Fechamento da Edição: 28/05/18
É permitida a reprodução total ou parcial das matérias veiculadas no Boletim A IGREJA NA DIOCESE DE GUARAPUAVA, desde que citada a fonte.
Junho - 2018
Diocese de Guarapuava
Papa Francisco Papa Francisco: a missão do bispo é cuidar do rebanho, não fazer carreira Francisco falou da missão do bispo inspirando-se na despedida de Paulo dos anciãos em Éfeso. “Paulo não tinha nada, somente a graça de Deus, a coragem apostólica e a revelação de Jesus Cristo”.
Feliz
rio á s r e Aniv Padres - Nascimento Pe. Itamar Abreu Turco - 03 de junho Pe. Vicente de Paula Neto, SCJ - 10 de junho Pe. Alojzy Laimann, SCHR - 10 de junho Pe. Marco Aurélio S. da Costa, CM - 17 de junho Pe. Marcos Antônio Mirek, CM - 20 de junho Pe. Pedro Gabriel Gusso, CP - 28 de junho
Padres - Ordenação Pe. Paulo Sérgio Vieira - 02 de junho Pe. Jozef Tomaszko, MIC - 03 de junho Pe. Marek Figurski - 09 de junho Pe. Alojzy Laimann, SCHR - 09 de junho Pe. Wieslaw Morawski - 11 de junho Pe. Piotr (Pedro) Pochopien - 11 de junho Pe. André Lach - 11 de junho Pe. João Novak, CM - 12 de junho Pe. Estanislau Galant, MIC - 15 de junho Pe. Marcos (Marek) Szczepaniak, MIC - 17 de junho Pe. Krzysztof Erdzik, MIC - 24 de junho Dom Antônio Wagner da Silva, SCJ - 18 de junho (Episc.) Pe. Andrzej Szarzynski, MIC - 23 de junho Pe. João Rocha, IMD -27 de junho Pe. Paulo Fernando Francini - 28 de junho Dom Giovanni Zerbini, SDB - 29 de junho (Presbiteral) Pe. José Alir Moreira - 30 de junho
Religiosas - Nascimento Ir. Laura Marcelino, CS - 04 de junho “É uma passagem forte, que chega ao coração, é também um trecho que nos mostra o caminho de cada bispo no momento da despedida”. Na homilia da missa celebrada na manhã de 15 de maio, na capela da Casa Santa Marta, o Papa escolheu comentar a Primeira Leitura, extraída dos Atos dos Apóstolos.
O MOMENTO DA DESPEDIDA
O trecho narra o momento em que Paulo convoca em Éfeso os anciãos da Igreja, os presbíteros. É feita uma reunião do conselho presbiteral para que Paulo se despeça deles e como primeiro ato ele faz uma espécie de exame de consciência, dizendo o que fez pela comunidade, submetendo-se ao juízo deles. Paulo parece um pouco orgulhoso, disse Francisco, mas ao invés é objetivo. Vangloriase somente de suas coisas: dos próprios pecados e da cruz de Jesus Cristo que o salvou. Depois, explica que agora, advertido pelo Espírito Santo, deve ir a Jerusalém. E o Papa comentou: “Esta é experiência do bispo, o bispo que sabe discernir o Espírito, que sabe discernir quando é o Espírito de Deus que fala e que sabe defender-se quando fala o espírito do mundo”. Paulo sabe que, de alguma forma, está indo ao encontro de “tribulações, rumo à cruz e isso nos faz pensar no ingresso de Jesus em Jerusalém. Ele entra para sofrer e Paulo vai rumo à paixão”. O apóstolo – disse ainda Francisco – “se oferece ao Senhor, obediente. Advertido pelo Espírito. O bispo que vai avante sempre, mas segundo o Espírito Santo. Este é Paulo”.
TESTAMENTO ESPIRITUAL
Por fim, se despede em meio à dor dos presentes, e deixa conselhos, o seu testamento: Ele não aconselha: “Este bem que deixo deem a ele, isto àquele, àquele outro...”. O testamento mundano, não? O seu grande amor é Jesus Cristo. O segundo amor, o rebanho. “Cuidai de vós mesmos e de todo o rebanho”. Cuidem do rebanho; sejam bispos para o rebanho, para proteger o rebanho, não para subir numa carreira eclesiástica, não.
Paulo confia os presbíteros a Deus certos de que Ele os protegerá, e os ajudará. Depois, retoma a sua experiência dizendo que não desejou para si ‘nem prata nem ouro ou vestes de ninguém’. O testamento de Paulo é um testemunho. É também um anúncio. É também um desafio: “Eu fiz este caminho. Continuem vocês”. Quão distante é este testamento dos testamentos mundanos: “Isso eu deixo a ele, isto àquele, isto àquele outro. Tantos bens. Paulo não tinha nada, somente a graça de Deus, a coragem apostólica, a revelação de Jesus Cristo e a salvação que o Senhor tinha dado a ele”.
DESPEDIR-SE COM AMOR
“Quando eu leio isto, penso em mim” – afirmou Francisco - “porque sou bispo e devo me despedir”. E concluiu: “Peço ao Senhor a graça de me despedir assim. E no exame de consciência, não sairei vencedor como Paulo, mas o Senhor é bom, é misericordioso. Mas, penso nos bispos, em todos os bispos. Que o Senhor dê a graça a todos nós de poder nos despedir assim, com este espírito, com esta força, com este amor a Jesus Cristo, com esta confiança no Espírito Santo”, finalizou o Pontífice. Vatican News
“Paulo não tinha nada, somente a graça de Deus, a coragem apostólica, a revelação de Jesus Cristo e a salvação.” Papa Francisco
Ir. Maria Clélia Alves, MSCS - 10 de junho Ir. Inês Penkal - 11 de junho Ir. Soeli Gross, FSF - 28 de junho
Religiosas - Profissão Religiosa Ir. Inês Penkal - 30 de junho Esquecemos alguém? Por favor nos avise: jornaldiocese@gmail.com
Apostolado da Oração Intenções de oração do Papa Francisco confiadas ao Apostolado da Oração (Rede Mundial de Oração).
Oferecimento diário: Deus, nosso Pai, eu te ofereço todo o dia de hoje: minhas orações e obras, meus pensamentos e palavras, minhas alegrias e sofrimentos, em reparação de nossas ofensas, em união com o Coração de teu Filho Jesus, que continua a oferecer-se a Ti, na Eucaristia, pela salvação do mundo. Que o Espírito Santo, que guiou a Jesus, seja meu guia e meu amparo neste dia para que eu possa ser testemunha do teu amor. Com Maria, Mãe de Jesus e da Igreja, rezo especialmente pelas intenções do Santo Padre para este mês.
Junho: Para que as REDES SOCIAIS...
...favoreçam a solidariedade e o respeito pelo outro na sua diferença.
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Junho - 2018
Igreja e Justiça do Trabalho se unem para combater o trabalho infantil Segundo a legislação brasileira, a idade mínima para a entrada no mercado de trabalho é de 16 anos. Antes disso, com 14 ou 15 anos é permitido o trabalho apenas na condição de aprendiz.
O trabalho infantil atinge aproximadamente 1,8 milhão de crianças e adolescentes no Brasil. Mais de 998 mil delas, em situação irregular. Esses números fazem parte de uma pesquisa divulgada em novembro do ano passado (2017) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Segundo, o levantamento havia, em 2016, 30 mil crianças entre 05 a 09 anos de idade trabalhando e outras 160 mil no grupo entre 10 e 13 anos. Para o bispo referencial da Pastoral do Menor, Dom Luiz Gonzaga Fecchio, o trabalho infantil e precoce rouba a infância da criança e causa danos irreparáveis à sua formação e desenvolvimento. Situações como esta só acontecem, segundo o religioso, porque há problemas de má gestão da riqueza do Brasil o que faz com que haja pobreza e situações deploráveis quanto à exploração de mão de obra infantil. As conclusões da Pnad Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua) desenham um cenário mais grave no Norte, a região com maior proporção de trabalho infantil a ser erradicado. Lá, o nível de ocupação das crianças entre 05 e 13 anos de idade chega a 1,5%. No Sudeste a taxa de ocupação desta faixa etária fica em torno 0,3%. Nesse grupo dos pequenos, de 05 a 13 anos, 74% não receberam nenhum tipo de renda monetária decorrente do trabalho, sinal de que o dinheiro pode não ter sido a principal causa do ingresso precoce no mundo das obrigações. A maior parte são meninos (65,3%), pretos ou pardos (64,1%) e chegam a trabalhar em média 25,3 horas por semana. Segundo a legislação brasileira, a idade mínima para a entrada no mercado de trabalho é de 16 anos. Antes disso, com 14 ou 15 anos é permitido o trabalho apenas na condição de aprendiz. Com 16 ou 17, o adolescente pode trabalhar desde que esteja registrado e não seja exposto a abusos físicos, psicológicos e sexuais. A lei também não permite que a pessoa com menos de 18 anos exerça atividades usando equipamentos perigosos ou em meio insalubre.
PARCERIA FRUTÍFERA
Além do trabalho de pastorais como a do Menor e a Pastoral da Criança que desenvolvem um conjunto de ações tendo em vista o desenvolvimento integral e a dignidade das crianças, a Igreja no Brasil vem desenvolvendo um conjunto
de ações de combate ao trabalho infantil. Um exemplo é o da parceria que a Arquidiocese de Campinas (SP) e o Tribunal do Trabalho da 15ª Região vêm realizando na região. O projeto de conscientização teve início em outubro de 2016, com a assinatura da Carta de Aparecida, no Santuário Nacional, por ocasião das celebrações dos 300 anos do encontro da imagem de Nossa Senhora da Conceição no Rio Paraíba do Sul e o desenvolvimento de ações, oficinas e audiências públicas para disseminação das ações. A iniciativa chegou a chamar a atenção do Papa Francisco que enviou mensagem de apoio. Campinas também assinou o documento no final da Missa da Solenidade da Imaculada Conceição de Nossa Senhora, celebrada dia 08 de dezembro de 2017, na Catedral Metropolitana. O Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região constatou um aumento expressivo do trabalho infantil no Estado de São Paulo, clamando por um forte trabalho de conscientização de toda a sociedade para a gravidade desse problema. As cartas trazem as razões pelas quais se devem lutar pela erradicação dessa chaga e, também, os compromissos para que seja eliminado o trabalho infantil em todas as suas modalidades. A desembargadora Tereza Aparecida Asta Gemignani, do Comitê Regional de Erradicação ao Trabalho Infantil do TRT 15ª Região, disse ao portal da CNBB que a parceria com a Igreja Católica tem dado bons resultados. Ela lembra que normalmente as ações são desenvolvidas nas festas das padroeiras, porque as “Nossas Senhoras” representam a imagem da mãe e da proteção das crianças. Segundo Dom Luiz Gonzaga Fecchio, lamentar apenas não resolve. Ele defende que é necessário combater a situação. O religioso aponta os compromissos da Carta de Aparecida que devem ser assumida pelo conjunto da Igreja no Brasil. “Não podemos ter uma pessoa bem desenvolvida, com sua dignidade reconhecida, se na sua infância (nos tempos iniciais da sua vida, tempo de gestão e de amadurecimento, inclusive da sua constituição física, psíquica e emocional) não teve a possibilidade de brincar, praticar esporte e estudar para só mais tarde ingressar no mercado de trabalho”, disse. CNBB
“Presbítero: discípulo do Senhor e Pastor do rebanho” é tema do 17º Encontro Nacional de Presbíteros Padre Valdecir Badzinski, participou do encontro como coordenador dos presbíteros do Regional Sul 2 da CNBB. Padre Joaquim Bernardo da Rocha representou o clero da diocese de Guarapuava.
A Comissão para os Ministérios Ordenados e a Vida Consagrada da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) realizou em Aparecida (SP) o 17º Encontro Nacional de Presbíteros do Brasil, entre os dias 26 de abril a 02 de maio. Com o tema “Presbítero: discípulo do Senhor e Pastor do rebanho” e o lema “Cuidai de vós mesmos e de todo o rebanho, pois o Espírito Santo vos constituiu como guardiões”, o evento contou com a presença de aproximadamente 500 presbíteros, representantes e delegados de diversas dioceses e arquidioceses do país. Segundo o padre Iuri Ribeiro dos Santos, o objetivo do encontro é fortalecer e fundamentar a Pastoral Presbiteral como lugar do cuidado. Para ele o clima do encontro foi de seriedade e empenho, com muito estudo, aprofundamento e vivência fraterna. “Ao mesmo tempo, impactados com a presença dos romeiros e romeiras na Casa da Mãe, experimentamos um clima de fé e emoção”, disse. O 17º Encontro Nacional de Presbíteros contou com a assessoria do padre Paulo Sérgio Carrara, de Belo Horizonte (MG), que também elaborou o texto-base da reunião. Ele refletiu sobre teologia, espiritualidade e missão do presbítero. “No espírito de cordialidade e de fraternidade nos colocamos sob o olhar da Mãe Aparecida para que o nosso encontro dê frutos de bênçãos e graças na vida dos nossos presbíteros”, acrescentou padre Iuri.
Ao longo do evento estiveram presentes o presidente da Comissão para os Ministérios Ordenados, Dom Jaime Spengler; o bispo referencial da Comissão Nacional de Presbíteros, Dom Juarez Soares; o arcebispo de São Paulo, Dom Odilo Pedro Scherer; o presidente da Comissão Nacional de Presbíteros, padre José Adelson, entre outras pessoas essenciais para que o encontro fosse bem sucedido. “Registramos, agradecidos, a parceria nos trabalhos com a presença do Conselho Nacional de Leigos do Brasil (CNLB), do Conselho Nacional dos Institutos Seculares (CNIS), da Pastoral Vocacional e serviço de Animação Vocacional (PV-SAV), da Comissão Nacional dos diáconos Permanentes (CND), da Conferência dos Religiosos do Brasil (CRB), da Associação Nacional dos Presbíteros do Brasil (ANPB) e do Colégio Pio Brasileiro”, finalizou padre Iuri. O pároco de Pinhão, padre Valdecir Badzinski, participou do encontro como coordenador dos presbíteros do Regional Sul 2 da CNBB. Padre Joaquim Bernardo da Rocha, pároco de Cantagalo, representou o clero da diocese de Guarapuava. Segundo os dois sacerdotes, o encontro foi muito esclarecedor e todo o aprendizado será repassado aos padres do Paraná e da diocese de Guarapuava, respectivamente, nos encontros que serão realizados ao longo do ano. CNBB
“Ao mesmo tempo, impactados com a presença dos romeiros e romeiras na Casa da Mãe, experimentamos um clima de fé e emoção.” Pe. Iuri Ribeiro
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Presidência da CNBB participa do XIII Encontro de Bispos dos Países Lusófonos, em Cabo Verde O próximo encontro de bispos dos países lusófonos será de 16 a 19 de janeiro de 2020, em Guiné-Bissau. O país acolhe como bispo da diocese de Bafatá o brasileiro Dom Pedro Carlos Zilli Filho.
A Cidade da Praia, capital de Cabo Verde, recebeu onze bispos, de 27 a 29 de abril, para o XIII Encontro de Bispos dos Países Lusófonos (EBPL). O grupo de prelados que atuam nos sete países de Língua Portuguesa partilhou realidades sociais e eclesiais e refletiram sobre o tema “Os Jovens na Igreja: presença efetiva e transformadora”. Representando a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), estiveram presentes os arcebispos de Brasília (DF), cardeal Sergio da Rocha, presidente da Conferência, e de Salvador (BA), Dom Murilo Krieger, vice-presidente da entidade. Na ocasião, os bispos aprovaram de forma unânime uma proposta de que a Língua Portuguesa, que é a quinta mais falada no mundo, usada por 260 milhões de pessoas, seja um dos idiomas oficiais das assembleias gerais do sínodo dos bispos. Atualmente, os encontros convocados pelo Papa utilizam apenas italiano, inglês, espanhol, francês ou alemão. Até o momento, Português geralmente era usado em trabalhos de grupos, dentro dos grupos hispânicos. Além da decisão de propor o uso da língua no Sínodo, a carta final divulgada após o encontro aponta as reflexões sobre situações e desafios eclesiais com constatações comuns, como em relação ao diálogo, à denúncia da mentalidade individualista e consumista “que contraria perspectivas de futuro para os jovens” e à dificuldade das famílias em “viver sua vocação cristã”. A reflexão do tema proposto esteve ligada ao processo de preparação da próxima Assembleia Geral do Sínodo dos Bispos, marcado para outubro e cujo tema é “Os jovens, a fé e o discernimento vocacional”.
CARDEAL SERGIO DA ROCHA
O presidente da CNBB, cardeal Sergio da Rocha, participou de uma sessão pública do encontro, que abordou “Os desafios da Igreja à sociedade”. A intervenção ocorreu na companhia do patriarca de Lisboa e presidente da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP), Dom Manuel Clemente, e do bispo nomeado de Benguela e secretário da Conferência Episcopal de Angola e São Tomé (Ceast), Dom António Jaca. “Eis a razão por que a Igreja conta com a contribuição da sociedade, para que seja interpelada e motivada no campo da justiça e da paz. Não basta aquilo que a Igreja oferece, ela precisa que também a sociedade se mobilize no campo da dignificação da pessoa humana, da Juventude, da família, do matrimônio e da preservação do meio ambiente (cuidar da casa comum)”, disse Dom Sergio durante o painel.
VISITAS E PRÓXIMO ENCONTRO
Os bispos ainda participaram, no decorrer do encontro, de uma audiência na Assembleia Nacional de Cabo Verde com o presidente da casa legislativa e o presidente da República em exercício. Também foram visitados o Instituto Internacional da Língua Portuguesa e a Cidade Velha, Patrimônio Mundial da Humanidade, onde fizeram memória da ação missionária e cultural da Igreja em Cabo Verde. O próximo encontro de bispos dos países lusófonos será de 16 a 19 de janeiro de 2020, em Guiné-Bissau. O país acolhe como bispo da diocese de Bafatá o brasileiro Dom Pedro Carlos Zilli Filho.
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Curitiba sediou 9º Encontro Regional das Pastorais Sociais e Organismos O encontro contou com a presença de 61 pessoas, representantes de 14 das 18 dioceses do Regional Sul 2 da CNBB. Entre os dias 04 a 06 de maio de 2018, foi realizada em Curitiba, a 9ª edição do Encontro das Pastorais Sociais e Organismos da Comissão Pastoral para a Ação Social Transformadora, do Regional Sul 2 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). Conforme os organizadores, o evento foi motivado pela Exortação Apostólica Gaudete et Exsultate (Alegrai-vos e Exultai), sobre o chamado à santidade no mundo atual. O encontro contou com a presença de 61 pessoas, representantes de 14 das 18 dioceses do Regional. Os trabalhos foram iniciados com uma leitura conjuntural e estrutural da economia e política do Brasil atual, com o professor, economista e cientista político, Másimo Della Justina da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR). Na ocasião, Másimo explanou sobre o quadro econômico, tendo por base a desigualdade social e os privilégios dos poucos, que abstrai o capital, não redistribui riquezas e ainda utilizam dos melhores serviços públicos e créditos. O professor falou de três problemas econômicos estruturais: (I) juros elevados [dívida publica de 3.5 trilhões], (II) concentração de renda e riqueza, (III) desempenho ineficiente e ineficaz do poder público, que agrava ainda mais a crise econômica. “A crise política atual é consequência dos problemas estruturais, todos lucraram e agora culpam um ou outro”, comenta o professor. Másimo também falou que o papel do governo deve ser o de criar ambiente para oportunidades econômicas, corrigir distorções do mercado, regulamentação (não para baixo como a atual reforma trabalhista), tributação dos grandes lucros, redistribuição de renda e inclusão educacional. Em seguida, o teólogo João Santiago, mestre pela PUCPR, assessor das CEBs e CEBI, fez a explanação da Carta Encíclica Gaudete Et Exsultate, o tema principal do encontro. “‘Alegrai-vos e exultai’ (Mt 5,12), diz Jesus aos que são perseguidos ou humilhados por causa dele, destaca o Papa Francisco [GE, 01]. Com isso, o Papa
nos aponta o caminho para viver a santidade nos tempos atuais, diante de vários desafios”, falou João Santigo na abertura de sua palestra. Ele também lembrou que o Papa Francisco retoma a sua linha pastoral, ao destacar que: “é usual falar, por exemplo, de uma espiritualidade do catequista, de uma espiritualidade do clero diocesano, de uma espiritualidade do trabalho. Pela mesma razão, na Evangelii Gaudium, quis concluir com uma espiritualidade da missão; na Laudato SI’, com uma espiritualidade ecológica; e na Amoris Laetitia, com uma espiritualidade da vida familiar”. (GE, nº 28). O caminho da santidade à Luz do Mestre somos convidados a acompanhar Mt 5, 3-12, com as bem-aventuranças. “A palavra ‘feliz’ ou ‘bem-aventurado’ torna-se sinônimo de ‘Santo’, por que expressa que a pessoa fiel a Deus e que vive a Sua Palavra alcança, na doação de si mesma, a verdadeira felicidade” [GE, 64]. Conforme Santiago, certamente, o convite de Francisco sobre o chamado à Santidade vem ao encontro da opção e do trabalho das Pastorais Sociais: “Deus não tem medo! Não tem medo! Ultrapassa sempre os nossos esquemas e não Lhe metem medo as periferias. Ele próprio Se fez periferia (cf. Flp 2, 6-8; Jo 1, 14). Por isso, se ousarmos ir às periferias, lá O encontraremos: Ele já estará lá. Jesus antecipa-se no coração daquele irmão, na sua carne ferida, na sua vida oprimida, na sua alma sombria. Ele já está lá”, escreve o Pontífice. [GE, 135]. Por fim, as 17 organizações pastorais presentes, apresentaram as suas experiências de avanços e desafios em nível de regional. Entre os principais desafios destacam-se: as populações indígena, carcerária, migrantes e povo de rua. Também foram abordadas as dificuldades porque passa a Igreja em desenvolver um trabalho sistemático e organizado. Pastorais como Afro, Operária, do Menor também enfrentam resistência na própria Igreja em expandir o seu trabalho.
DEMANDAS
Dentre as demandas apontadas no encontro, destacam-se: • Buscar estabelecer agenda em comum entre as pastorais, para fortalecer o trabalho de “pastoral de conjunto” e formação de agentes; • Compilar dados sobre a realidade de cada pastoral; • Discutir as políticas públicas; • Buscar meios de sustentabilidade econômica; • Fortalecer as pastorais sociais em nível comunitário/ paroquial/diocesano por meio de encontros entre as pastorais específicas, presentes da diocese. Ao final, a coordenação do 9º Encontro Regional das Pastorais Sociais e Organismos redigiu uma carta sobre os trabalhos desenvolvidos.
Leia na íntegra: Curitiba, 04 a 06 de maio de 2018. Entre os dias 04 a 06 de maio de 2018, no município de Curitiba (PR), estivemos reunidos o coletivo das Pastorais Sociais e Organismos da Comissão Pastoral para a Ação Social Transformadora, da CNBB Regional Sul 2, motivados pela Exortação Apostólica Gaudete et Exsultate (Alegrai-vos e Exultai), sobre o chamado à santidade no mundo atual. Diante do contexto político, econômico e social vivenciado nos últimos tempos no nosso país e, tempos difíceis de perseguições e ataques ao conjunto da Igreja, é com muita alegria que nos reunimos com a diversidades de pastorais, movimentos e organismos que atuam junto às pessoas mais vulneráveis e empobrecidas de nossas comunidades, para reafirmar nossa opção e compromisso com todos/as, Queremos caminhar juntos como Igreja de Jesus Cristo, defendendo e promovendo toda a forma de vida, nas suas diferentes expressões, e continuar sendo profetas da esperança, como sal da terra e luz do mundo nos dias atuais. Clamamos ao Deus da Vida e da Caminhada, por intercessão de Maria, Mãe da Igreja, que acompanhe todas as Pastorais Sociais, para que assim possamos ecoar no coração do mundo as suas palavras: “Fazei tudo o que Ele vos disser!” (Jo 2,5). Curitiba, 06 de maio de 2018. Por: Jardel Lopes Coordenador Regional das Pastorais Sociais Regional Sul 2 da CNBB
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O uso das redes sociais no despertar das mais variadas vocações na juventude Nesses dois anos de atuação, a avaliação do trabalho da Ação Evangelizadora é positiva e já começa a dar frutos. O projeto tem recebido, diariamente, testemunhos vocacionais de diversos lugares, de várias vocações.
Despertar as mais variadas vocações na Igreja no Brasil é o objetivo central da Ação Evangelizadora ‘Cada Comunidade Uma Nova Vocação’ que tem a cultura digital como seu principal ambiente de divulgação. A meta é chegar aos jovens pelas redes sociais (Facebook, WhatsApp, Instagram…) já que esse é um dos ambientes preferido deles. Divulgar esses vídeos de testemunhos vocacionais nas redes sociais já está atingindo muitos deles. O projeto, iniciado pelas dioceses dos Regionais Sul 2, Sul 3, Sul 4 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e as dioceses de Osasco (SP), Tefé (AM) e Bafatá no continente africano utiliza todos os meios de comunicação, em especial as redes sociais, para divulgar vídeos que mostram a beleza do chamado de Deus e testemunhos de quem vive sua vocação com alegria. De acordo com o bispo de Paranavaí (PR), monsenhor Mário Spaki, o projeto foca em duas realidades centrais referentes à vocação: a oração: a Igreja unida pedindo ao Pai mais vocações; e os testemunhos: depoimentos de quem vive com alegria a sua vocação. “Queremos divulgar esses testemunhos nas redes sociais, espalhar vídeos mostrando aquilo que temos de bonito em nossa Igreja. Acredito que com essas duas ações: oração e testemunho, é possível fortalecer a cultura vocacional”, diz o monsenhor. A inspiração dessa Ação Evangelizadora nasceu de uma reunião, no final do ano de 2016. Logo a ideia virou uma proposta que foi apresentada aos bispos do Paraná, que aprovaram, por unanimidade, a iniciativa. E, depois disso, o projeto só foi crescendo e foi assumido pelos três regionais do Sul do Brasil (Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul). E hoje tem a participação de Arquidioceses e dioceses de todas as regiões do Brasil e a Ação está aberta para quem desejar participar. “Temos tantas realidades bonitas em nossa Igreja, pessoas que se doam, que prestam um serviço magnífico à humanidade e isso, muitas vezes, fica escondido. Precisamos mostrar isso, especialmente aos jovens. Mostrar que é possível ser feliz, encontrar o sentido da vida, seguindo Jesus, entregando a vida totalmente a ele”, ressalta. Ainda segundo monsenhor Mário Spaki, outro ponto importante do projeto é o convite à oração por todas as vocações. “Sempre que nos reunirmos como Igreja,
vamos rezar uma dezena do rosário pelas vocações. É importante ressaltar sempre essa intenção”, completou. Nesses dois anos de atuação, a avaliação do trabalho da Ação Evangelizadora é positiva e já começa a dar frutos. O projeto tem recebido, diariamente, testemunhos vocacionais de diversos lugares, de várias vocações. São vídeos que estão surgindo das comunidades e que mostram as ações. Além disso, a dimensão da oração também está acontecendo, segundo o monsenhor, nas paróquias, comunidades, grupos e movimentos, que estão assumindo, com a seriedade e o compromisso de sempre, rezar uma dezena do rosário pelas vocações. “Há poucos dias uma pessoa nos rescreveu relatando a reação de um jovem ao assistir a um de nossos vídeos vocacionais. Ele se emocionou, pois na verdade, ele já me disse que sente o chamado de Deus. Tenho certeza que, no tempo de Deus, os frutos serão abundantes para a Igreja”, relata o monsenhor. Mas a ação é ousada e tem como objetivo unir a Igreja para colocar em prática o versículo: “Pedi ao senhor da messe que envie operários para a sua colheita” (Mateus 9,38), fazendo com que cada comunidade reze com fé e entusiasmo pelas vocações. Dessa forma, fortalecer uma cultura vocacional, um ambiente positivo em que os jovens encontrem condições favoráveis para responder ao chamado de Deus e, desse modo, estimular, aumentar e também cultivar as vocações na Igreja. “Claro, queremos uma nova vocação, de consagração, por comunidade. No entanto, Deus irá nos enviar as vocações que Ele quiser. Mas tenho certeza de uma coisa: o coração de Deus é pleno de amor e generosidade, se nós pedirmos com fé, como diz o Evangelho, Ele vai nos atender com grande generosidade”, finaliza. Em janeiro de 2017, o Papa Francisco, recordou a importância do testemunho, pois muitos padres e religiosas relatam que, no início de sua vocação, foram tocados pelo testemunho de outro: “quero ser como ele ou ela”. Então, segundo monsenhor Mário Spaki, “vamos mostrar aos jovens, lá onde eles estão, nas redes sociais, esses testemunhos bonitos de pessoas que vivem com alegria sua vocação. E isso já está acontecendo”. CNBB
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Diocese de Umuarama (PR) envia missionário para a Guiné-Bissau, África Durante a missa de envio, Dom João disse da importância de se sair para além dos limites de nossos olhos e evangelizar onde mais se precisa.
No dia 13 de maio, foi realizada, na Catedral Divino Espírito Santo, em Umuarama (PR) a missa de envio do missionário Frei Bernardo Luz, irmão consagrado da Fraternidade Coração Chagado de Jesus. A celebração foi presidida por Dom João Mamede Filho, bispo diocesano. Frei Bernardo Luz, mais conhecido como Irmão Bernardo, viajou para a Guiné-Bissau, África no dia 26 de maio, juntamente com a missionária Mariana Baião, da diocese de Jacarezinho. Os dois disseram que levam consigo a missão de evangelizar onde há a necessidade de seus trabalhos e ajudar os irmãos que necessitam de uma palavra de apoio e de fé. Frei Bernardo até então era secretário do Setor Diocesano de Juventude e coordenador do Conselho Missionário Diocesano (COMIDI). Ele passará, primeiramente, por um período de conhecimento e aprendizagem dos modos e costumes locais e também da língua Crioula. O idioma oficial do país é o Português, mas estima-se que atualmente a língua portuguesa seja falada somente por 15% dos guineenses, sendo que a maioria, 85%, falam o Crioulo de base portuguesa. Durante a missa de envio, Dom João disse da importância de se sair para além dos limites de nossos olhos e evangelizar onde mais se precisa. “Desejamos que Jesus Cristo ilumine os passos deste nosso irmão que hoje parte para novo trabalho em terras africanas. Que Maria, em sua bondade de mãe, interceda junto a seus trabalhos e que ele possa fazer a diferença em se tratando de união, paz e amor de Deus. Para ser missionário, é preciso que haja amor, discernimento e muita força de vontade. Isso, frei Bernardo já provou que tem. Que possamos todos nós, rezar por nosso irmão, para que possa ser instrumento de Deus nesta jornada”, ressaltou o bispo. Regional Sul 2 da CNBB
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Diocese de Guarapuava
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Jovem da diocese de Jacarezinho é enviada Missão leva o amor da Igreja a indígenas “Onde dois ou três estiverem reunidos em meu nome, eu estou aí, para Missão na África Esta é a primeira fez que a diocese de Jacarezinho envia um missionário para trabalhar em terras estrangeiras.
A diocese de Jacarezinho (PR) celebrou, em 06 de maio de 2018, o envio da jovem Mariana Baião para a Missão Católica Beato Paulo VI, na GuinéBissau, África. A missa na matriz da paróquia Santo Antônio de Pádua, em Santo Antônio da Platina, foi presidida pelo bispo diocesano, Dom Antônio Braz Benevente, e concelebrada pelos padres Rosinei Toniette, Nelson Gualiume, Marco Antônio Norberto da Costa. A celebração também contou com as presenças de seminaristas, familiares e amigos da missionária. Antes do início da missa foi feito a entronização dos santos padroeiros das missões: São Francisco Xavier e Santa Terezinha do Menino Jesus, realizada pelo Grupo de Cantos Sementinhas e pela Infância Missionária. No momento do Creio, Dom Antônio acendeu a vela no Círio Pascal e entregou a Mariana, que ficou de joelhos, e os padres impuseram-lhe as mãos rezando pelo seu envio. Em seguida Maria Luiza, que também fez essa caminhada do Conselho Missionário Diocesano (COMIDI), entregou à Mariana a Bíblia, e Odaril José da Rosa, Coordenador do Conselho Missionário Regional (COMIRE) entregou a Cruz. Em sua homilia, Dom Antônio afirmou: “comemorando os 92 anos da diocese de Jacarezinho e estamos enviando a primeira missionária jovem à missão. Que seja um sinal para que os outros
jovens se sintam motivados a caminhar em missão”. Brincando, Dom Antônio, disse que Mariana “tem oito anos para ficar na Guiné-Bissau, devendo voltar para o centenário da diocese”. O bispo fez ainda uma retrospectiva dos evangelhos anteriores, nos quais Jesus diz ser o Bom Pastor, ser a Videira, e hoje pede para permanecer no seu amor e no próximo enviará os discípulos para irem ao mundo pregar o Evangelho. “Nesta missa de envio, estamos fazendo com que o ide aconteça”, enfatizou Dom Antônio que, por fim, parabenizou os pais de Mariana pela coragem de doá-la à missão. No ofertório foram apresentadas flautas doces que serão doadas para a missão de Guiné-Bissau. A catequista da Primeira Comunhão de Mariana se comprometeu, juntamente com a comunidade, a rezar pela missionária. “Após a bênção final, Mariana foi convidada a ir até a frente para receber o abraço e uma rosa dos amigos. Entre lágrimas Mariana sentiu o carinho de todos”, relata a Pastoral da Comunicação (Pascom) em nota. Mariana, junto com Frei Bernardo Luz, da diocese de Umuarama, no norte do Paraná, viajou para Guiné-Bissau no dia 19 de maio. “Agradecemos a generosidade desses missionários e pedimos para eles as graças para viverem a anunciar Jesus com alegria junto ao povo guineense”, finaliza a nota da Pascom. Regional Sul 2 da CNBB
“Nesta missa de envio, estamos fazendo com que o ‘ide’ aconteça.” Dom Antônio Braz Benevente
no meio deles” (Mt 18, 20).
“O que valeu foi a presença, o testemunho de ‘estar junto’, de ‘ser com as pessoas’, era o mais importante. Elas perceberam isso e nós também: esse calor humano, esse contato, que é o que faz com que Jesus também esteja presente. ‘Onde dois ou três estiverem reunidos em meu nome, eu estou aí, no meio deles’. Ainda que não estivessem entendendo tanto o que tínhamos para falar”. Assim resumiu o secretário do Conselho Missionário dos Seminaristas (COMISE), Iuri Nack, a visita à reserva indígena de Queimadas e Mococa, em Ortigueira, no último dia 29 de abril. Dom Sergio Arthur Braschi, bispo referencial da Dimensão Missionária no Paraná, e o vigário geral da Diocese, padre Jaime Rossa, integraram a comitiva de cerca de 200 missionários, vindos de Ponta Grossa e da reserva de Apucaraninha, no município de Tamarana, nas comunidades de Monjolinho, e Água Branca. Participaram representantes do Conselho Missionário Diocesano (COMIDI), da coordenação da Juventude e Infância Missionária, e além de sacerdotes e religiosas. Para o seminarista Iuri, é preciso atender o apelo do Papa Francisco de uma Igreja em saída, que vai ao encontro dos que estão afastados. “Foi desafiador porque além de todas as dificuldades que enfrento geralmente nas ações missionárias pela diocese, aqui tem a questão cultural, de não ter certeza de como vão acolher, de não saber como enxergam a fé. Mas, é preciso que essas pessoas se sintam amadas pela Igreja”, afirmou, citando que a maior dificuldade foi a língua. “Não entendiam Português e os que nos acompanhavam também tinham suas limitações”. A visita à reserva, onde moram cerca de 500 famílias, durou o dia todo. Os missionários saíam acompanhados de crianças e jovens que falavam kaigangue. O bispo e padre Jaime atenderam inúmeras confissões. Dom Sergio fez orações, deu unção dos enfermos e abençoou as casas. Depois da missa, houve várias apresentações culturais dos grupos de jovens das comunidades, com encenação e coriografias de hip hop. “Estou muito
feliz. Nunca teve visita antes, com ida às casas. Nunca aconteceu. Precisa que venham mais vezes; (eles) precisam muito ler a Bíblia”, disse o cacique Marildo Correia. O coordenador da capela e da aldeia Água Branca, José Mendes, contou que na aldeia existe catequese, primeira Eucaristia e Crisma, e que vieram com integrantes de pastorais, um futuro diácono, membros da Infância e Juventude Missionárias e quatro catequistas. “O Evangelho é lido em Português e traduzido em kaigangue para que todos tenham acesso e conheçam a Palavra de Deus. Estamos correndo atrás agora de bíblias bilíngues para distribuir a todos”, conta. A aldeia pertence à arquidiocese de Londrina e tem 78 famílias católicas. “Os católicos têm de dar força uns aos outros. Por isso, decidi vir hoje aqui, estive já em Manoel Ribas e em Cândido de Abreu para ajudar, para apoiar”, sublinha José Mendes. De acordo com a coordenadora diocesana do COMIDI, Neuci Marques de Jesus, a comunidade acolheu muito bem os missionários. “Foi um dia festivo, celebrativo; as famílias receberam bem a todos, inclusive os evangélicos e os de outras crenças, abriram as portas. A presença do bispo, nosso pastor maior, tem um valor muito grande”, destacou. “Nós esperávamos há muito tempo por isso. Seria importante que viessem sacerdotes todos os domingos”, sugere Florides Nato, morador de 37 anos que nasceu na Reserva de Queimadas. A aldeia, segundo ele, tem 280 católicos, a maioria dos habitantes. Regional Sul 2 da CNBB Foto: Assessoria de Comunicação diocese de Ponta Grossa
“Estou muito feliz. Nunca teve visita antes, com ida às casas. Nunca aconteceu. Precisa que venham mais vezes; (eles) precisam muito ler a Bíblia”. Cacique Marildo Correia.
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Diocese de Guarapuava
Padre Valdecir Badzinski é nomeado Secretário-Executivo do Regional Sul 2 da CNBB Padre Valdecir, que atualmente também é presidente dos presbíteros do Paraná; permanecerá na função até o final de agosto de 2018, quando haverá nova eleição.
O pároco da paróquia Divino Espírito Santo, em Pinhão, padre Valdecir Badzinski, foi nomeado novo Secretário Executivo do Regional Sul 2 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) na manhã do dia 04 de maio, em Guarapuava. Ele assume o lugar do monsenhor Mário Spaki, que foi nomeado bispo da diocese de Paranavaí, pelo Papa Francisco, no último dia 25 de abril. A escolha do sacerdote para o cargo, conforme monsenhor Mário Spaki, se deu através da indicação do clero paranaense. Ele sublinha que o nome de padre Valdecir figurava em primeiro lugar na lista de indicados. “Após a minha nomeação para bispo diocesano de Paranavaí, se fazia necessário eleger um novo Secretário-Executivo para o Regional Sul 2 da CNBB. Os bispos do Paraná, reunidos em AssembleiaGeral, em Aparecida (realizada de 10 a 20 de abril), fizeram indicação de alguns nomes. O primeiro da lista, foi o do padre Valdecir Badziski, da diocese de Guarapuava”, contou o monsenhor. Depois da indicação, o presidente do Regional Sul 2 da CNBB, o arcebispo de Cascavel, Dom Mauro Aparecido dos
Santos, juntamente com monsenhor Mário Spaki, se encontraram com o bispo da diocese de Guarapuava, Dom Antônio Wagner da Silva, para tratar do assunto referente à transferência de padre Valdecir para o novo cargo. “Dom Mauro e eu, marcamos um encontro com Dom Wagner, em Guarapuava, para tratar do assunto, assim, como posteriormente, marcamos um encontro com padre Valdecir. Dom Wagner, num gesto muito bonito, representando a diocese de Guarapuava, está nos cedendo o padre Valdecir para atuar junto à Igreja do Paraná, através da secretaria-executiva do Regional (Sul 2). Ele inicia seus trabalhos na segunda metade do mês de junho deste ano”, detalhou o monsenhor. Padre Valdecir, que atualmente também é presidente dos presbíteros do Paraná; permanecerá na função até o final de agosto de 2018, quando haverá nova eleição. “Agradecemos imensamente ao Dom Wagner, ao padre Valdecir e à diocese de Guarapuava através de seu presbitério, por este lindo presente para a Igreja do Paraná. Este é um momento de muita alegria para todos nós”, concluiu monsenhor Mário Spaki.
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Santuário do Rocio divulga o turismo com o Guia Paraná 2018
A aquisição, divulgação e disponibilização do Guia faz parte do projeto “Romeiros da Padroeira do Paraná”,uma ação de melhoria contínua na acolhida das romarias. Antecipando-se ao fluxo crescente de peregrinos e turistas, que terá seu ápice na festa da Padroeira do Paraná, no mês de novembro, o Santuário Estadual de Nossa Senhora do Rocio, irá distribuir aos coordenadores de romarias o Guia de Turismo. Mostrando 160 atrativos religiosos paranaenses, em 75 municípios o site “Romaria Brasil” lançou o Guia Paraná 2018 de Turismo Religioso. A obra é resultado de uma ampla pesquisa realizada pelo editor Eli Araújo, mostrando a surpreendente variedade de manifestações religiosas do Estado. Na capa do guia, a foto da procissão solene de Nossa Senhora do Rocio, tirada em 2017, pela jornalista Giolete Babinski, da Pastoral de Comunicação (PASCOM) do Santuário. Conhecida como “Procissão dos Milagres” e declarada como Patrimônio Imaterial de Paranaguá, dela participam cerca de 100 mil pessoas. A aquisição, divulgação e disponibilização do Guia faz parte do projeto “Romeiros da Padroeira do Paraná”, uma ação de melhoria contínua na acolhida das romarias. Tradicionalmente, a equipe do Santuário dedica o terceiro domingo do mês para a recepção de romarias. Nestas ocasiões, são realizadas procissão do manto de Nossa Senhora e missa dos romeiros. Também há o “almoço da amizade”. São ainda ofertados, passeios de barco e tour pelo centro histórico e igrejas da cidade.
O Guia Paraná 2018 será trabalhado com os coordenadores das romarias e disponibilizado na loja do santuário para o público em geral, para fortalecer a devoção a Nossa Senhora do Rocio e divulgar outros destinos de turismo do estado do Paraná. Os Missionários Redentoristas, Joaquim Parron e Jorge Tarachuque, responsáveis pela administração do Santuário, contam que o ano está cheio de novidades para quem for ao Santuário Estadual: “Estamos reformando e revitalizando toda a Igreja e a área do entorno, para ficar linda e digna de ser a casa da Padroeira do Paraná” afirma o padre Parron. “Nossa equipe está sempre em busca de parcerias para realizar a grande missão de acolher, ajudar e evangelizar”, diz o missionário Jorge Tarachuque.
SERVIÇO:
Guia Paraná de Turismo Religioso 2018. • Editora: Nova Realidade • Formato 13,5x20cm, 104 páginas • Disponível na loja e escritório do Santuário Estadual de Nossa Senhora do Rocio Paranaguá/PR • Contato: (41) 3424-2020 facebook.com/santuario.nsdorocio Por: Pascom Santuário Estadual de Nossa Senhora do Rocio Contato fone/WhatsApp – 41 99700-9357
Rota Do Rosário é carro-chefe do Ano Estadual do Turismo Religioso Para o Coordenador da Rota do Rosário, o pároco de Arapoti, padre Celso Miqueli, poder participar do 24° Salão Paranaense do Turismo em, Curitiba, foi uma experiência ímpar. Foi realizado em Curitiba, de 26 a 28 de abril, o 24º Salão Paranaense de Turismo. O evento é organizado pela Associação Brasileira de Agências de Viagens do Paraná, ABAV-PR, com apoio da Paraná Turismo e do Governo do Estado. Considerado um dos mais importantes eventos do setor de turismo do país, o Salão de Turismo do Paraná foca nos profissionais da área, que buscam subsídios para melhorar seu desempenho nos negócios. Durante o Salão, os participantes puderam contar com a Feira de Negócios, Capacitação Técnica e atividades paralelas como, por exemplo, o Fórum Nacional de Turismo Rodoviário.
ANO ESTADUAL DO TURISMO RELIGIOSO
Para o Coordenador da Rota do Rosário, o pároco de Arapoti, padre Celso Miqueli, poder participar do 24° Salão Paranaense do Turismo em, Curitiba, foi
uma experiência ímpar para selar contatos com pessoas relevantes, apaixonadas e comprometidas com o tema. “O turismo não tem fronteiras e o Paraná é um gigante em potencial que pode ser cada vez mais explorado em suas riquezas peculiares. Vimos nesta parceria junto à Paraná Turismo, ABAV, CNBB Sul 2, Fecomércio, Prefeituras de Arapoti, Bandeirantes, Andirá, Ribeirão Claro, Jaguariaíva, Pirai do Sul, entre outros municípios que fazem parte deste trabalho em rede, a oportunidade de dar maior visibilidade à Região do Norte Pioneiro e Campos Gerais, pelo viés do Turismo Religioso, aliados a tantos outros atrativos. Gratidão aos reitores e irmã, diretorias e coordenações dos Santuários, pela participação em tão prestimoso evento”, afirmou padre Celso. Regional Sul 2 da CNBB
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CNBB - Regional Sul 2 - Igreja no Paraná
Diocese de Guarapuava
Guarapuava sedia Encontro Regional da Pastoral do Dízimo
Coordenadores de Grupos de Oração recebem formação no Paraná
Um documento de 20 páginas foi produzido a partir do encontro com diretrizes e instruções sobre a consagração do Dízimo. O material servirá de base para os agentes das comunidades.
Para facilitar a presença dos coordenadores, as visitas formativas são realizadas por província.
Nos dias 15 e 16 de maio, o Centro de Formação São João Diego, em Guarapuava, sediou mais uma edição do Encontro Regional da Pastoral do Dízimo. Para os dois dias de estudo e troca de experiências, foram convidados coordenadores do Dízimo, padres referenciais desta pastoral e também os bispos e administradores das dioceses, arquidioceses e eparquias. Ao todo, quarenta pessoas do Paraná estiveram no encontro. Da diocese de Guarapuava, participaram treze pessoas que atuam no conselho presbiteral, além de um casal de leigos. Dom Antônio Wagner da Silva também esteve na reunião e ressaltou que entender o Dízimo é fator primordial para o sustento da Igreja e das comunidades. “Dízimo é doação, partilha e agradecimento. Entender o processo se faz necessário para que a Igreja se mantenha firme em sua caminhada e em suas ações missionárias”, sublinhou Dom Wagner. O evento é anual e organizado pelo Regional Sul 2 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), que compreende a Igreja no Paraná e visa a interação entre as diversas realidades das comunidades paranaenses em se tratando do Dízimo. Conforme destacou o coordenador da Ação Evangelizadora e do Centro Diocesano de Comunicação (CDC) da diocese de Guarapuava, padre Itamar Abreu Turco, a partir do encontro, sairá um material didático que servirá de apoio e subsídio para que o Dízimo seja trabalhado nas dioceses, paróquias e comunidades de todo o Paraná. “Deste encontro de dois dias, saiu um material de vinte páginas que servirá de aporte, de base para que as comunidades possam trabalhar o Dízimo localmente. Aproveitamos o momento para revisar alguns pontos
e também para acrescentar novas ideias ao documento. A partir de então, teremos uma definição clara sobre o Dízimo e todos os agentes poderão explicar às pessoas com clareza sobre o assunto”, sublinho padre Itamar. Para o bispo referencial da Pastoral do Dízimo no Regional Sul 2, Dom Bruno Versari, o encontro foi de atualização sobre o tema e teve por finalidade capacitar as pessoas envolvidas para que, em suas comunidades, possam disseminar a consagração do Dízimo como pilar de sustentação da Igreja. O Documento 106 da CNBB é base de estudo do Dízimo, conforme Dom Bruno. “Em meio ao movimento de atualização da Pastoral do Dízimo, corroborado com a publicação pela CNBB do documento 106 em 2016 e a crescente necessidade de uma formação orgânica dos agentes pastorais, percebemos que não há tempo a perder e é preciso sempre, da realização desse trabalho. Nosso encontro foi de partilha das iniciativas frutíferas em nossas Igrejas Particulares. Também nesta assembleia, constituímos uma equipe de produção e revisão do material que, a partir de agora, irá servir de base para nossas formações pastorais”, considerou o bispo. Dom Bruno também sublinhou que o Dízimo deve ser a base de sustentação da Igreja, de acordo com o entendimento e a preferência do Regional Sul 2. “Em se tratando da vida financeira das nossas Igrejas Particulares, é uma opção preferencial de nosso Regional Sul 2, que o Dízimo seja a fonte de sustento da nossa comunidade de fé. É função de nossa Pastoral implementar os meios para que essa opção seja viável e torne-se de fato uma realidade concreta em nossas paróquias”, observa Dom Bruno.
Os membros da Renovação Carismática Católica (RCC) do Estado do Paraná têm vivenciado dias de grandes graças e derramamento do Espírito Santo, segundo afirmam. Desde o mês de abril, o Conselho Estadual está visitando as Províncias Eclesiásticas, levando formação aos coordenadores dos Grupos de Oração. Nos dias 5 e 6 de maio, foi a vez da província formada pela arquidiocese de Cascavel e as dioceses de Toledo, Foz do Iguaçu, Francisco Beltrão/ Palmas. Aproximadamente 250 coordenadores estiveram reunidos no encontro. Entre os temas trabalhados estão: batismo no Espírito Santo, querigma, processo formativo da RCC, autoridade espiritual, funções de um coordenador, conversão sincera, entre outros. A presidente do Conselho Estadual da RCC Paraná, Maria Ivone Ferreira Ranieri, destacou a importância do evento. “Foram momentos de preciosa presença de Deus. Ele nos prometeu que ficaríamos
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surpresos com o derramamento que faria em cada retiro provincial e temos tocado em sua glória! No sábado à noite (05 de maio) vivemos um genuíno Grupo de Oração, com todos os coordenadores. Foi maravilhoso”, afirmou. O coordenador do Grupo de Oração Mãe da Divina Providência, Rique Gomes, da cidade de Corbélia/PR, confirmou a importância do retiro. “Quando vemos a riqueza da RCC, da estrutura e do processo para formar que ela desenvolveu, sentimos ainda mais amor por este mover de Deus! Fui impactado neste retiro”, disse. No domingo, foram entregues as capelinhas comemorativas do Jubileu de Ouro da RCC Brasil, sinalizando que a preparação para a festa dos 50 anos da RCC no Brasil já começou no Paraná. “Queremos dizer junto com todos os carismáticos brasileiros: Vem Espírito Santo!”, finalizou Maria Ivone. RCC Brasil
“Queremos dizer junto com todos os carismáticos brasileiros: Vem Espírito Santo!” Maria Ivone.
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Diocese de Guarapuava
GUARAPUAVA: Paróquia Santa Terezinha divulga atividades recentes Dia Mundial das Comunicações e dízimo mirim são os destaques.
Notícias Paroquiais
Junho - 2018
PITANGUINHA: paróquia divulga atividades recentes A celebração do tríduo marcou os dez anos de fundação da paróquia Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, em Pitanga. Centenas de pessoas participaram do momento especial para a comunidade.
52º DIA MUNDIAL DAS COMUNICAÇÕES A paróquia Santa Terezinha, em Guarapuava, comemorou o 52º Dia Mundial das Comunicações com uma missa. A celebração foi às 19h, na matriz e reuniu centenas de pessoas da comunidade. Na ocasião, agentes da Pastoral da Comunicação (Pascom), bem como colaboradores da paróquia, foram homenageados. O Dia Mundial das Comunicações deste ano abordou o tema: “Fake New e Jornalismo de Paz”, com base no livro de João, capítulo 8, versículo 32, que diz: “A verdade vos tornará livres” (Jo 8, 32). Ao final da celebração, os presentes conheceram os trabalhos da Pascom na paróquia, através de uma retrospectiva dos serviços prestados ao longo do tempo.
ENCONTRO E GINCANA
A paróquia Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, no bairro Pitanguinha, em Pitanga, promoveu um encontro com os coroinhas no último dia 29 de abril. O evento foi realizado na capela Borboleta São Roque, interior do município e reuniu mais de setenta crianças e adolescentes de todas as comunidades da paróquia. Na parte da manhã, o pároco local, padre Gilson José Dembinski, trabalhou a espiritualidade do coroinha. O sacerdote também passou aos presentes, noções básicas de liturgia e rito. Na parte da tarde, Salete Lucachevski, juntamente com a equipe de animação paroquial, promoveu uma gincana com os presentes. Houve muita diversão, momentos de confraternização e aprendizagem através das brincadeiras, segundo informaram os coordenadores do encontro.
DEZ ANOS DE PARÓQUIA
DÍZIMO MIRIM
O segundo domingo de cada mês, é dedicado à consagração do Dízimo na diocese de Guarapuava. A paróquia Santa Terezinha, no decanato centro, segue esse procedimento e na celebração de consagração, durante as missas de sábado, às 19h, domingo, às 08h, 10h e 19h; além da entrega dos envelopes por parte dos adultos, também abre espaço para que as crianças entreguem sua contribuição. A iniciativa, conforme os coordenadores da Pastoral (do Dízimo); tem por objetivo despertar no coração e na mente dos pequenos o compromisso para com a sustentação da Igreja num gesto concreto de fé e doação. A ideia é disseminada nos encontros de catequese e outras reuniões envolvendo as crianças da comunidade. A diocese de Guarapuava trabalha com três prioridades: Dízimo, Círculos Bíblicos e Missão. Conforme o coordenador da Ação Evangelizadora, padre Itamar Abreu Turco, esses três pilares são responsáveis por manter a Igreja unida e despertar no coração de cada um o compromisso cristão. “Esses são os três pilares de sustentação da Igreja. Na diocese de Guarapuava, há muito que vimos trabalhando neste sentido. Muitas de nossas comunidades já não precisam mais realizar festas para angariar recursos, pois estes chegam a partir do compromisso de cada um através da partilha do Dízimo”, sublinhou.
A paróquia Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, em Pitanga, comemorou dez anos de fundação no último dia 01 de maio. Para celebrar o momento especial para aquela comunidade, foi realizado um tríduo de 28 a 30 de abril. Na ocasião, conforme os organizadores do momento celebrativo, foram relembrados períodos especiais vividos pela comunidade e os pioneiros receberam homenagens. No encerramento dos trabalhos, um bolo de aniversário da paróquia foi dividido com os presentes.
SOBRE A PARÓQUIA
A igreja Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, foi construída em 1984, como capela da paróquia Sant’Ana de Pitanga. Em 2008 foi elevada à categoria de paróquia, pelo bispo da diocese de Guarapuava, Dom Antônio Wagner da Silva. Desde então, a nova comunidade passou a traçar seus passos com base na evangelização, sempre evidenciando o espírito de amor, base do cristianismo. Vinte e uma comunidades compõem o território da paróquia Nossa Senhora do Perpétuo Socorro.
ACAMPAMENTO
As paróquias São Roque, em Boa Ventura de São Roque e Perpétuo Socorro, do bairro Pitanguinha, em Pitanga, preparam o primeiro acampamento em conjunto. A data ainda não foi definida, mas os preparativos já começaram e o evento deve ser realizado ainda este ano.
No dia 05 de maio, os campistas das duas paróquias se reuniram em Boa Ventura de São Roque e partilharam experiências vividas neste tipo de atividade religiosa. Depois da missa, das 19h, os trabalhos foram conduzidos pelo pároco de Pitanguinha, padre Gilson José Dembinski, que detalhou sobre a função enriquecedora dos acampamentos.
CORAL INFANTIL
No dia 22 de abril, o coral “Anjos do Perpétuo Socorro”, da paróquia Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, de Pitanga, se apresentou na comunidade rural, Vorá de Cima. Após a missa as crianças participaram de um momento de confraternização com a comunidade. O objetivo das visitas das crianças às comunidades para cantar nas missas, é incentivar e fortalecer a participação de mais crianças no coral, como instrumento de evangelização. O coral infantil “Anjos do Perpétuo Socorro”, é um projeto que visa despertar e incentivar as crianças da comunidade a evangelizar através da música.
IMAGEM DA PADROEIRA
No dia 13 de maio, Dia de Nossa Senhora de Fátima, a paróquia Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, fez uma celebração de envio da imagem da padroeira, que visitará as vinte e duas comunidades que pertencem à paróquia. Segundo a coordenação da matriz, a visita tem caráter missionário e o objetivo é unir toda a comunidade através da oração e da devoção a Nossa Senhora. “Num clima de festa, as comunidades se reúnem, celebram a santa missa, rezam o terço e fazem a partilha dos alimentos. Depois de a imagem percorrer todas as comunidades, esta é levada à matriz, de onde saiu, para o início do tríduo e festejos da padroeira”, explicou o pároco local, padre Gilson José Dembinski.
HOMENAGEM ÀS MÃES
O coral “Anjos do Perpétuo Socorro”, da matriz Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, da cidade de Pitanga, homenageou todas as mães da comunidade com a apresentação de uma canção, no último dia 13 de maio, durante a missa da manhã. Segundo a comunidade, foi um momento especial de emoção e agradecimento a todas as mães, pelo dom da vida. As mães presentes receberam uma lembrancinha da Pastoral do Dízimo.
Notícias Paroquiais
Junho - 2018
FOZ DO JORDÃO: Paróquia realiza curso de noivos A formação foi para dez casais que vivem juntos, mas que não são casados na Igreja. O casamento coletivo será no dia 14 de julho, às 10h, na matriz.
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ALTAMIRA DO PARANÁ: notícias paroquiais A paróquia Nossa Senhora Aparecida, através das pastorais e movimentos, destaca as atividades da comunidade no último mês.
A paróquia São Pedro Apóstolo, em Foz do Jordão, realizou, no dia 20 de maio, um curso de preparação para dez casais que vivem juntos, mas que não são casados na Igreja. O encontro foi promovido pela Pastoral Familiar da comunidade. O casamento coletivo será no dia 14 de julho, às 10h, na matriz.
TURVO: paróquia Nossa Senhora Aparecida promove Retiro Mariano O palestrante do evento foi o padre Jair Batista Souza, provincial da Congregação dos Padres Marianos da Imaculada Conceição (MIC).
PRIMEIRA EUCARISTIA No dia 29 de abril, a paróquia Nossa Senhora Aparecida, em Altamira do Paraná, realizou a primeira eucaristia para 36 adolescentes. Uma semana antes, no dia 21 de abril, a Pastoral Catequética da paróquia promoveu um retiro para os catequizandos, com o tema: “Eu vivo em comunhão com Cristo”, com o intuito de preparar os adolescentes para receber o sacramento.
FESTA A comunidade Água da Cristalina, realizou mais uma edição da festa do padroeiro Bom Pastor, no dia 17 de maio. Antes, nos dias 14 e 15 do mesmo mês, o pároco da paróquia Nossa Senhora Aparecida, em Altamira do Paraná, à qual a comunidade pertence, visitou as famílias, proferiu bênçãos e convidou os presentes para a confraternização. A paróquia Nossa Senhora Aparecida, em Turvo, realizou o Quarto Retiro Mariano no dia 20 de maio. O encontro que se deu na matriz, foi organizado pelos movimentos: Terço dos Homens, Legião de Maria, Rosário Perpétuo, Capelinhas Marianas e Schöenstatt, com apoio da Pastoral da Comunicação (Pascom). O tema do retiro foi: “Maria, primeira leiga cristã e Laicato”. O palestrante foi o padre Jair Batista Souza, provincial da
Congregação dos Padres Marianos da Imaculada Conceição (MIC). O evento reuniu várias pessoas das imediações da matriz e das comunidades do interior do município. Além da palestra com o sacerdote, também houve momento de oração, adoração ao santíssimo, terço e missa de encerramento. A animação dos trabalhos foi do grupo Missão Bertacá, da comunidade Divino Pai Eterno, de Guarapuava.
PENTECOSTE A paróquia Nossa Senhora Aparecida, em Altamira do Paraná, festejou o Dia de Pentecostes, em 20 de maio, com uma missa, às 09h. Integrantes das diversas pastorais e movimentos da comunidade participaram da celebração que foi presidida pelo pároco local, padre Paulo Fernando Francini. “Este foi o primeiro frio do ano, mas o calor e o fogo do Espírito Santo aqueceram nossa
fé. Destacamos dentro da celebração, a importância de nossas pastorais e movimentos, que são frutos do Espírito Santo. Rezemos para que continuem a se alimentar do mesmo espírito e que possam transmitir as maravilhas de Deus em unidade”, sublinhou o pároco.
TARDE DE LOUVOR O grupo “Mães que oram pelos filhos”, de Altamira do Paraná, promoveu, no dia 20 de maio, a Segunda Tarde de Louvor Mariana. O encontro foi conduzido por integrantes do grupo “Mulheres da Vinha”, das cidades de Palmital e Laranjal. A animação dos trabalhos foi do ministério de música da Renovação Carismática Católica (RCC), da paróquia Nossa Senhora Aparecida, em Altamira do Paraná.
DIA DAS MÃES A paróquia Nossa Senhora Aparecida, em Altamira do Paraná, celebrou o dia das mães, em 13 de maio, com uma missa em ação de graças na matriz, às 09h. Na ocasião, houve sorteio de brindes às mães presentes no encontro. Uma semana antes, a Pastoral do Dízimo fez visita às mães da comunidade e levou presentes. “Foram instantes de muita alegria e agradecimento”, destaca a Pastoral da Comunicação (Pascom) em nota.
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NOVA LARANJEIRAS: notícias paroquiais Casamento indígena, Primeiro Encontro de Coroinhas e encontro com jovens na comunidade de Rio Banana foram destaques na paróquia São João Batista, no último mês.
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PINHÃO: Milhares de pessoas são esperadas para a 67ª Festa do Divino Espírito Santo Em média, 150 famílias acolhem as visitas dos foliões todos os anos. Os encontros são realizados durante a semana. Pelo menos sete casas por noite, recebem as visitas e as bênçãos sacerdotais.
CASAMENTO INDÍGENA
Após um período de preparação, a paróquia São João Batista, em Nova Laranjeiras, realizou o casamento de 15 casais indígenas no último dia 29 de abril. A cerimônia foi na capela Nossa Senhora Aparecida, na aldeia indígena de Rio das Cobras e reuniu toda a comunidade para aquele momento considerado muito especial. Conforme a Pastoral Familiar da paróquia, os trabalhos de preparação dos casais começaram ainda em 2017, quando um casal indígena (Tanazildo e Zefelina), receberam instruções sobre a importância do matrimônio para as famílias. Os dois foram incumbidos de conversar com as famílias na aldeia e explicar sobre a proposta da Igreja em oficializar a situação matrimonial daquelas pessoas. O trabalho foi muito produtivo, segundo destaca a Pastoral Familiar e um dia de formação foi realizado pelos coordenadores. Após este trabalho, os casais também passaram por uma entrevista com o pároco local, padre Miguel Delgado Cedillo, para só então, receberem o sacramento. “Foi um trabalho lento, mas muito gratificante. Através dos encontros de formação, os irmãos indígenas, aprenderam mais sobre a importância da oficialização da situação matrimonial que resulta no amor e união familiar, bem como na melhor criação dos filhos. Depois disso, em um dia perfeito, de céu límpido, os casais receberam a bênção. A cerimônia foi um testemunho vivo de fidelidade e amor”, descreve a Pastoral Familiar em nota.
ENCONTRO DE COROINHAS
A paróquia São João Batista, em Nova Laranjeiras, realizou o Primeiro Encontro Paroquial de Coroinhas. O evento foi no dia 05 de maio, na matriz e reuniu mais de 100 pessoas, dentre estas, 75 coroinhas que atuam junto à comunidade.
Durante o dia de encontro, foram realizadas atividades de animação e oficinas sobre os ritos de uma missa. O grupo de jovens da paróquia ajudou nos trabalhos junto aos coroinhas. “Os coroinhas de nossa paróquia estavam acompanhados de seus coordenadores. Durante as oficinas, foram retomados os nomes dos objetos litúrgicos e abordados assuntos inerentes aos momentos de uma celebração. Também foram trabalhadas atividades que dizem respeito à postura de um coroinha durante a acolhida dos fiéis”, descreve a secretaria paroquial em nota. O próximo encontro com os coroinhas está previsto para o segundo semestre deste ano, em data ainda a ser definida.
ENCONTRO DE JOVENS
Cerca de 100 pessoas participaram de um encontro promovido pelo Grupo de Jovens JUSC de Nova Laranjeiras, na comunidade de Rio Banana, no dia 06 de maio. Na ocasião, tanto os jovens daquela comunidade, quanto seus familiares receberam formação sobre unidade, fé, pecado e perdão. O evento foi inspirado no livro de Mateus, 18, 20: “Pois onde dois ou três estiverem reunidos em meu nome, ali estou, no meio deles” (Mt 18, 20) “O encontro foi muito proveitoso. Jovens falaram com jovens. Os familiares participaram e também puderam entender um pouco mais dos anseios de cada um ali. Pudemos sentir a presença de Deus em nosso meio”, escreve o Grupo de Jovens.
A paróquia Divino Espírito Santo, em Pinhão, já vive as celebrações da 67ª Festa do Padroeiro. Como em anos anteriores, os meses de abril e maio se tornam coloridos e de muitas alegrias em todas as comunidades do município. A devoção católica é aprofundada neste período, com a tradicional Folia do Divino. Há música, dança e fogos de artifício quando os foliões, formando um grupo de cerca de trinta pessoas, chegam às casas, caracterizados com chapéu, capa vermelha e amarela com a estampa do Espírito Santo nas costas e fitas coloridas. Este é um momento que leva muitos participantes, principalmente os moradores que já estão à espera dos visitantes, às lágrimas, devido às fortes emoções provocadas pelo intenso momento de espiritualidade e devoção. As bandeiras são levadas para dentro das casas e, nesta ocasião, o padre que acompanha o grupo, profere uma bênção à família. Homens e mulheres de todas as idades, que fazem parte do grupo, usando diversos instrumentos musicais, entoam canções alegres e divertidas. As visitas são realizadas durante a semana. Pelo menos sete casas por noite, recebem os foliões e as bênçãos sacerdotais. Em média, cento e cinquenta famílias acolhem em suas casas as visitas dos foliões do Divino Espírito Santo, todos os anos. O lançamento oficial com a programação da Festa do Divino, em Pinhão, foi no dia 07 de abril, na missa das 19h, na matriz. Para o pároco local, e recém-nomeado secretário-geral do Regional Sul 2 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB); padre Valdecir Badzinski, este é um momento em que todos se unem e celebram o padroeiro, numa das mais bonitas manifestações religiosas da diocese de Guarapuava e também do Paraná.
“Estamos focando bastante, na dimensão espiritual da festa, com a Folia do Divino e as novenas abordando temas variados e de interesse da comunidade. São pontos importantes neste período de celebração da festa do padroeiro. Estes são, tradicionalmente, os dois momentos fortes da Festa do Divino. Neste período que antecede as comemorações, nos quase dois meses de preparação, todos vão se envolvendo em favor desta causa que é de unidade e de amor. Contamos com o apoio e a participação das cinquenta e sete comunidades de nossa paróquia, para juntos, vivermos este momento especial de Igreja viva, na unidade cristã”, grifou padre Valdecir.
PROGAMAÇÃO
De 01 a 09 de junho, haverá a novena de preparação para 67ª Festa do Divino, que será no dia 10, do mesmo mês. As celebrações abordarão diversos temas e serão na matriz, às 19 horas. A cada dia, um padre da diocese presidirá a missa. Depois das celebrações, haverá barraquinhas, além de diversas atrações artísticas e praça de alimentação no salão paroquial. Grupos regionais, como os Manos e Os Tropeiros do Sul, animarão as festividades na paróquia. No dia 10, as comemorações começam bem cedo, às 06h, com a alvorada festiva e uma bateria de fogos de artifício em honra ao padroeiro. Às 10h, será celebrada a missa solene. Ao meio dia, haverá almoço. À tarde, o cantor gaúcho, Paulinho Mocelin fará um show gratuito aos participantes. Também haverá show de prêmios, vendas de doces e salgados nas barraquinhas, e brincadeiras variadas no decorrer do dia. Conforme os organizadores, todos são convidados a participar do encontro que é um marco na história da cidade e, principalmente, na da paróquia Divino Espírito Santo.
Seguindo as instruções do Regional Sul 2 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e também da diocese de Guarapuava, através de documento assinado pela maioria dos párocos e administradores paroquiais, fica proibida a comercialização de bebidas alcoólicas em todos os eventos da Igreja.
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LARANJEIRAS DO SUL: Realizado Primeiro Retiro do Conselho Missionário Paroquial
GUARAPUAVA: Comunidade Auxílio dos Cristãos promove encontro para a juventude
Conforme os organizadores, os trabalhos serviram para firmar o compromisso entre os paroquianos e a Igreja e também para a formação de uma consciência missionária e que vá ao encontro de quem mais precisa.
Dezenas de pessoas prestigiaram o encontro que foi pautado por momentos de reflexão, oração, louvor e música. A Comunidade Auxílios dos Cristãos fica no bairro Paz e Bem e pertence à paróquia São João Bosco.
De 26 a 29 de abril, a paróquia Sant’Ana, em Laranjeiras do Sul, promoveu a primeira edição do Retiro do Conselho Missionário Paroquial (COMIPA). Ao todo, 77 pessoas, membros das diferentes comunidades, coordenadores de movimentos, pastorais e associações, participaram do encontro que foi coordenado pelo pároco local, padre Domenico Borrotti. Conforme os organizadores, os trabalhos serviram para firmar o compromisso entre os paroquianos e a Igreja e também para a formação de uma consciência missionária e que vá ao encontro de quem mais precisa, não importando o local, nem o grau de dificuldade para o desenvolvimento da tarefa. Conforme contou a missionária Elizete da Aparecida Toledo, o encontro injeta novo ânimo na comunidade e as pessoas se sentem motivadas a exercer os trabalhos missionários de forma permanente. “O encontro foi um verdadeiro impulso de forma permanente em cada um dos participantes. Esta é uma ação missionária e de fortalecimento, comunhão, formação e evangelização. Este retiro foi organizado e preparado desde setembro do ano passando. Na ocasião, foram formadas as equipes de estudos e realizados os primeiros encontros com o
intuito de organizar a formação. Nosso desafio principal, era dar novo impulso missionário na paróquia, a partir da Eucaristia”, destacou Elizete. A missionária salientou também, que a comunidade abraçou a causa e representantes de todas as capelas da paróquia se fizeram presentes, numa demonstração de interesse e amor pelos trabalhos missionários que ela classifica como uma verdadeira doação. “Ser missionário é doar-se. E foi com este espírito de doação que as 77 pessoas participaram do retiro de formação. Foram desenvolvidos trabalhos em grupo, partilha de informações e vivências, além de muitos momentos de espiritualidade”, contou Elizete. O retiro foi finalizado com uma missa no salão paroquial, ao meio-dia de domingo, dia 29 de abril.
PRUDENTÓPOLIS: 103ª edição da festa em Louvor a São João Batista
A comunidade Auxílios dos Cristãos, no bairro Paz e Bem, em Guarapuava, capela que pertence à paróquia São João Bosco, preparou uma noite voltada para a juventude em 29 de abril. O evento que reuniu dezenas de pessoas e contou com momentos de reflexão, pregação, música e partilha de informações entre os jovens participantes, teve por objetivo unir as pessoas através da fé e fomentar o amor para com Jesus Cristo. A animação do evento foi do ministério de música Doce Coração de Maria, da Catedral Nossa Senhora de Belém, em Guarapuava. Roberson Kinape da Silva foi o pregador do encontro. “Foram
momentos intensos de devoção e de encontro com o Santíssimo. Convido a todos para participar das atividades da comunidade conosco. Muitos são os eventos que serão oferecidos às pessoas ao longo deste ano”, destacou a agente da Pastoral da Comunicação (Pascom) na comunidade, Elen Neves de Lima. Mais informações sobre a comunidade e suas atividades podem ser obtidas através da página no Facebook, no endereço: www.facebook.com/ comunidadeauxilio. Com informações e fotos de Elen Neves de Lima
Novena em louvor ao padroeiro, festivais de música e dança, além de exposições de produtos coloniais e artesanatos, fazem parte da programação das festividades.
NOVA TEBAS: Paróquia São Pedro em preparação para a Festa do Padroeiro
No dia 24 de junho, a paróquia São João Batista, em Prudentópolis, celebra a 103ª festa do padroeiro. Em consonância com o Ano Nacional do Laicato, o tema escolhido para celebrar o momento é: “Cristãos leigos e leigas, sujeitos na ‘Igreja em saída’, a serviço do Reino”; e o lema “Sal da Terra e Luz do Mundo”, (Mt 5,13-14). Nos dez dias que antecedem a data, uma vasta programação cultural e religiosa foi preparada e todos são convidados a participar, conforme os organizadores. De 15 a 23 de junho, às 19h, haverá novena na matriz. No dia 16, a partir das 13h, a paróquia preparou uma Tarde Junina, com a apresentação da quadrilha composta por alunos do Centro Municipal de Educação Infantil (CMEI) de diversas escolas de Prudentópolis. No dia 17 de junho, será apresentada a segunda edição do Festival de Música Sertaneja de Prudentópolis (FIMSPRUD). Um dia antes da festa, no sábado, dia 23 de junho, um grupo de profissionais da Faculdade Guairacá, de Guarapuava, desenvolverá atividades de saúde e lazer com os presentes. A coordenação paroquial destaca também, que durante os dias de novena, haverá barraquinhas de doces, salgados, além de espaços para exposições de artes, artesanatos e produtos coloniais. Dentro da programação, também será realizado
Uma novena será celebrada de 28 de junho a 07 de julho. No dia 08 de julho, a festa terá início às 09h, com uma carreata com os padroeiros das 24 comunidades que fazem parte da paróquia.
um torneio de vôlei e festival de dança junina. Durante as festividades, os presentes também contam com parque de diversões e atividades de lazer variadas. Domingo, dia 24 de junho (Dia de São João Batista), às 09 horas, haverá uma procissão pelas ruas da cidade com missa solene em seguida, marcando o início das comemorações do padroeiro local. Às 10h da manhã, será dada a largada da Segunda Maratona de São João. Após o início da prova, será aberta a exposição de carros antigos com exemplares raros de diversos colecionadores. Ao meio-dia será servido um almoço à base de churrasco. À tarde, as festividades prosseguem com brincadeiras, música, show de prêmios, além de atividades diversas de interação entre a comunidade.
De 28 de junho a 08 de julho, a paróquia São Pedro, em Nova Tebas, realiza mais uma edição da Festa do Padroeiro. A comunidade, que em 2018 comemora 43 anos de fundação enquanto paróquia; preparou uma novena entre os dias 28 de junho e 07 de julho. As celebrações serão sempre às 19h, na matriz. A cada noite, um padre da diocese de Guarapuava presidirá a missa que abordará vários temas da atualidade. Todos são convidados a participar. Junto à novena, também haverá diversas atrações nos dias festivos. No dia da festa, 08 de julho, as comemorações começam às 09h, com uma carreata pelas ruas da cidade, com as imagens dos padroeiros das 24 comunidades que compõem a paróquia.
Às 10h, haverá missa na matriz. Ao meio-dia, será servido um almoço à base de churrasco. À tarde, às 14h, o grupo musical Os Manos, da cidade de Pinhão, fará uma apresentação. Às 15h, será realizada a coroação da rainha da festa. As comemorações prossegue com sorteio de prêmios e muita animação, conforme os organizadores. Seguindo as instruções do Regional Sul 2 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e também da diocese de Guarapuava, através de documento assinado pela maioria dos párocos e administradores paroquiais, fica proibida a comercialização de bebidas alcoólicas em todos os eventos da Igreja.
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No caminho com Áquila e Priscila
O RESSUSCITADO: a chave do sofrimento “Vocês os batizados sois perfume e sabor da humanidade e luz da sociedade” (Mt 5,13-14). No anterior artigo, (Boletim 466) tratamos sobre a dignidade do leigo. Hoje, continuando no contexto catequético, apresentar-se-á um breve comentário sobre um fato que causou não poucos sofrimentos e dor a muitas pessoas da nossa Igreja diocesana. A Palavra de Deus, em qualquer situação da vida, da história das pessoas e da comunidade, leva até a verdade. Jesus Cristo que é a verdade nos fará livres (Jo 8,31-32). Jesus Ressuscitado é a chave de todo sofrimento. Contexto. Em janeiro de 2017 um meio informativo da cidade noticiava um suposto ilícito contra o patrimônio da diocese de Guarapuava. Um ano depois o denunciante apresentou-se diante das redes sociais afirmando que, não obstante a sua maturidade física, sua lucidez mental e consciência límpida, a denúncia social e judicial feita, não passava de uma invenção febril, momento de uma birrada e sendo, ele próprio, vítima. Em palavras do poeta Horácio seria: “Parturient montes, nascetur ridiculus mus”. (Horácio, - Ars Poética, 128). Confesso que minha ponderação, aqui, é delimitada, aproximada e genérica, já que apenas tive ciência desta ocorrência pelos meios de comunicação locais, mas, move o desejo de ajudar a criar unidade e amor na nossa Igreja diocesana, ainda que também por ter sido citado na ocasião, de forma imprópria e leviana. Também acredito que este fato, além de ter provocado dor e sofrimento na Igreja, na comunidade e sobre tudo, nas pessoas involucradas, se lido e reflexionado à luz de Jesus Ressuscitado, longe de desanimar as pessoas e a comunidade, nos amadurece a todos, na fé e na esperança e nos anima decididamente na construção do Reino de Deus, já que nada nos afastará do amor de Cristo. (Romanos 8,35). A perplexidade do sofrimento. Iniciamos a reflexão com uma pergunta, sobre o sofrimento a partir de uma atitude ética ou moral: Lembrando que perguntar é a forma como a criança inicia a sua aprendizagem e conhecimento. Ainda que seja uma forma de educar a consciência. Também se afirma que as perguntas são mais importantes que as respostas. Eis a pergunta: Quando se causa um mal ou sofrimento a alguém de forma consciente e livre, mas depois voltando em si, escutando a própria consciência ou, advertidos por outros, se reconhece o dano causado. Basta pedir desculpas ou perdão? Observe-se que nenhuma pessoa está isenta desta contingência. (Romanos, 3,23). O que diz a sabedoria popular? O que diz a justiça e o direito? O que diz a Sagrada Escritura? O que diz a consciência bem formada das pessoas? Esta seria uma boa conversa de moral e ética em uma seção de catequese na paroquia. O Catecismo da Igreja Católica no tema sobre a dignidade da pessoa humana (1700) oferece um artigo sobre a Consciência moral (1776-1797) que os Catequistas tratam quando falam “Da vida em Cristo”.
Constata-se, universalmente, que o sofrimento e a dor são realidades que todos os seres da criação compartilhamos. Também sabemos que a intensidade da dor e o sofrimento sentidos são fatores libertadores. Cada situação é vivida de forma particular, de acordo com a educação, capacidade de amar, sentimentos, expectativas, convicções e crenças do sofredor. Isso acontece nas pessoas, nas comunidades, na nação, no mundo. Mas quem causa o sofrimento? A primeira e contundente resposta é que não é Deus que causa o sofrimento (Jó 34,12). A Bíblia ensina que é o pecado do homem, o mau uso da sua liberdade e conhecimento que causa dor, sofrimento e morte (Romanos 5,12). Também existe gente que causa sofrimento a outros (Eclesiastes 8,9). Em meio a esta situação, temos algo extraordinário: Deus se preocupa pelo sofrimento dos seus filhos (Êxodo 3,7; Apocalipse 12,34). E é em Cristo Jesus, o inocente que sofreu pelos pecados do mundo em quem encontramos o verdadeiro sentido do sofrimento e da dor. O sofrimento pode servir para a vida ou para a morte. Vejamos a dor de parto, as horas de leitura e estudo de um estudante, as preocupações de uma mãe. Ou também, o sofrimento pelo câncer de um fumante, os anos de prisão de um ladrão. O Evangelho que é iluminador da vida nos oferece exemplos perenes, vejamos: O sofrimento do chamado Bom ladrão permitiu-lhe ouvir o chamado de Jesus ao seu Reino, aceitou, se converteu e foi convidado a morar na comunidade trinitária (Lucas 23,43). A dor do Mau ladrão é um sofrimento inútil (Lucas 23,39). É o mal que causam aquelas pessoas que pretextando defender o direito alheio ou de si, ferem aos outros, matam o corpo ou o nome, sua reputação ou fama, como diz o Papa Francisco, são terroristas da língua. Ninguém conhece a dor de uma vítima, nem ela mesma. A dor de uma vítima não é o sofrimento de uma pessoa, é a perplexidade do sofrimento. É o sofrimento de uma família, é a dor dos amigos, é o padecimento de uma comunidade, porque nós, seres humanos, somos sociais e, como batizados, somos irmãos. Diz o apóstolo Paulo: “Pois bem, vocês são o Corpo de Cristo e cada um é parte desse corpo”. Se uma parte do corpo sofre, todas as outras partes sofrem com ela. Se uma é elogiada, todas as outras se alegram com ela” (1 Coríntios 12,26). Um sofrimento comum a todos é a doença e a deterioração do corpo e do espírito que são sentidos como impotência, como limite e como finitude e porque nos faz entrever a morte próxima. Porém, este sofrimento nos pode levar a amadurecer nossa personalidade e vocação à humanização e santidade e nos induz a discernir o que é essencial e primordial na nossa existência. A dor da doença e da enfermidade pode não ser um sofrimento estéril, mas um caminho para a vida definitiva. Ainda existe o sofrimento salvador e redentor de Jesus Cristo. O Catecismo da Igreja Católica nos lembra: “O mistério pascal da Cruz e da Ressurreição de Cristo está no centro da Boa Nova que os apóstolos e a Igreja, na esteira deles, devem anunciar ao mundo. O projeto salvador de Deus realizou-se “uma vez por todas” (Hb 9,26) pela morte redentora de seu filho, Jesus Cristo” (CIC 571). Existem pessoas com consciência deformada ou de má fé (Má fé é agir com dupla intenção) que fazem sofrer, ferem ou matam os outros, com o pretexto de defender bens, valores, crenças, costumes ou mesmo, o direito e a justiça.
O que nos espera? “Então, quem pode nos separar do amor de Cristo?”, pergunta o apóstolo Paulo. Os sofrimentos, as dificuldades, as perseguições, a fome, a pobreza, o perigo, a morte? (Romanos 8,35). O Padre Carlos de Foucauld, chamado o irmão universal, pela sua capacidade de relacionar-se de forma sadia, alegre, criativa e brilhante com todos os seres da criação que encontrava no seu caminho, oferece a nós cristãos, uma dica para resolver a complexidade dos relacionamentos humanos, sejam sadios, conflitivos, justos e injustos, criadores ou opressores a que estamos sujeitos na vida diária e na vivencia de nossa cidadania. A dica é esta: Perguntar-se: como Jesus Cristo agiria, nesta situação? O que faria Jesus? Existem eventos de perplexidades, dos quais não saberíamos o que dizer, tampouco como agir e até como fugir da situação. Jesus passou por todas as situações genuinamente humanas, menos o pecado. Como exemplo, vejamos uma situação complicada, até embaraçosa na qual Jesus Cristo foi colocado: ser juiz por um grupo de crentes exaltados. Leiamos o Evangelho de João (8,1-11). Farei uma transliteração. “Aparece um grupo exaltado de fiéis observantes da Lei e das tradições dos antepassados arrastando uma senhora e armados de pedras. O líder do grupo fala para Jesus: Mestre, esta mulher foi apanhada, por nós observantes da lei de Moisés, quando ia ser seduzida para um ato de adultério. Como o Senhor bem sabe, a Lei que Moisés nos diz que mulheres adúlteras devem ser mortas a pedradas. O Senhor o que diz?”, perguntam. Jesus, em um primeiro momento nada diz. Mas eles insistiram. Então Jesus afirmou: “Quem sou eu para julgar esta moça? Não pensem que eu vim para acabar com a lei de Moisés ou com o ensinamento dos profetas. Não vim para acabar com eles. Vim para dar o seu sentido completo” (Mateus 5,17). Então Jesus diz: “antes de consultar-me a mim, consultem sua consciência e, começou a escrever no chão com o dedo. Depois eu falo. Já foram à sua consciência? Agora façam o que sua consciência diz. Quem de vocês estiver sem pecado, seja o primeiro a atirar uma pedra nesta senhora”. Depois olhou nos olhos da mulher. A mulher sentiu uma força e uma luz forte dentro de si. Sua dor e vergonha mudaram para uma doce e alegre paz interior. Agora era uma nova criatura. Então Jesus diz: “não peques mais, seja minha discípula e evangelizadora”. Agora fica o convite de ir com pressa e ler a belíssima Exortação: Gaudete et exsultate sobre a santidade, do Papa Francisco que é uma nova luz na compreensão, vivência e compromisso da Santidade batismal. O Documento encontra-se na Livraria diocesana.
Junho - 2018
Círculos Bíblicos
Diocese de Guarapuava
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1º CÍRCULO BÍBLICO DO EVANGELHO DE MARCOS - Junho Quando o poder é colocado a serviço da morte - Marcos 6,14-29 Preparando o ambiente: Colocar no centro uma imagem de São João Batista ou algo que o lembre. 1. ORAÇÃO INICIAL – INVOCAÇÃO AO ESPÍRITO SANTO Animador: Meus irmãos e irmãs, é bom estarmos reunidos, em comunidade, buscamos na Palavra de Deus luzes e força para nossa caminhada. Animador: Expressemos a alegria do nosso encontro, transmitamo-nos uns aos outros a Paz que queremos e sonhamos. (Desejando a paz do Senhor). Se houver alguém que esteja participando do grupo pela primeira vez, seja acolhido com muita alegria e carinho; Canto (à escolha) Animador: Iniciemos nosso encontro de fé invocando a presença de Deus (Pode ser cantado): Todos: Em nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo, Amém. Animador: Com fé, peçamos que o Espírito Santo venha ao nosso encontro, iluminando nossos mentes e nossos corações: Todos: Vinde Espírito Santo, enchei os corações de vossos fiéis, e acendei neles o fogo do vosso amor. Animador: Enviai o vosso Espírito, Senhor e
tudo será criado, e renovareis a face da terra. Animador: Oremos: Ó Deus, que instruístes os corações de vossos fiéis com a luz do Espírito Santo, fazei que apreciemos retamente todas as coisas, Segundo o mesmo espírito, e gozemos sempre de sua consolação. Por Cristo, nosso Senhor, amém. 2. OLHANDO A PRÁTICA DA NOSSA COMUNIDADE Animador: No Círculo Bíblico de hoje vamos refletir sobre o martírio de São João Batista, pelo rei Herodes. Nosso encontro é uma reflexão sobre o sangue do justo derramado pelos poderosos deste mundo que querem sufocar a justiça, matando aqueles que lutam por justiça. a) Como os detentores do poder agem quando são questionados e criticados pelo povo oprimido? b) Nossas autoridades atuais estão a serviço da vida ou da morte? c) Identifique algumas posturas das nossas autoridades políticas a favor da morte. 3. OLHANDO A PRÁTICA DE JESUS Animador: Caros irmãos, vamos ouvir atentamente a palavra de Deus, identificando nela um sinal de morte, que devemos rejeitar. Canto de aclamação • Leitura do texto: Marcos 6,14-29 (Ler duas vezes o texto, com calma). • Momento de silêncio para retomar o texto lido. 4. PARTILHANDO A PALAVRA a) Por qual motivo São João Batista foi condenado à morte?
b) Qual era o real interesse de Herodes ao condenar João Batista à morte? c) Qual o perigo do poder em nossa vida, quando mal usado, conforme o evangelho de hoje? 5. ORAÇÃO DA COMUNIDADE Momento das Preces: O que este texto nos leva a dizer a Deus? Colocar em forma de pedidos, tudo aquilo que refletimos sobre o Evangelho e sobre a nossa vida. Resposta: “Senhor ajudai-nos a promover a vida” Conclusão das Preces: Oração do Pai Nosso, Ave-Maria, Glória ao Pai. Animador: Estivemos reunidos em Nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo. Todos: Amém 6. EM CASA E PARA O PRÓXIMO ENCONTRO • Ler: Mc 6,30-44 Deixar certo para próximo encontro um pão grande para partilha, ou uma cesta com paezinhos
Responsáveis pelo próximo encontro:
Leitores:
Próximo encontro/data: Local:
2º CÍRCULO BÍBLICO DO EVANGELHO DE MARCOS - Junho Jesus sacia a fome da multidão faminta - Marcos 6,30-44 Preparando o ambiente: Colocar no centro da mesa um pão grande ou uma cesta de pães. 1. ORAÇÃO INICIAL – INVOCAÇÃO AO ESPÍRITO SANTO Animador: Mais uma vez estamos reunidos para nosso círculo bíblico. Que a graça, a paz e a misericórdia de Deus estejam em nosso meio. Todos: Bendito seja Deus que nos reúne no amor de Cristo. Animador: Somos convidados, a exemplo de Cristo, viver a paz que vem de Deus. Saudemos uns aos outros, desejando a paz, num clima de alegria e de fé. (todos se cumprimentam). Se houver alguém que esteja participando do grupo pela primeira vez, seja acolhido com muita alegria e carinho; Canto (à escolha) Animador: Coloquemo-nos em sintonia com Deus, invocando sua presença em nosso meio. Todos: Em nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo, Amém. (Pode ser cantado). Animador: Com fé, peçamos que o Espírito Santo venha ao nosso encontro para iluminar nosso círculo bíblico: Todos: Vinde Espírito Santo, enchei os corações de vossos fiéis, e acendei neles o fogo do vosso amor. Animador: Enviai o vosso Espírito, Senhor e tudo será criado, e renovareis a face da terra.
Animador: Oremos: Ó Deus, que instruístes os corações de vossos fiéis com a luz do Espírito Santo, fazei que apreciemos retamente todas as coisas, Segundo o mesmo espírito, e gozemos sempre de sua consolação. Por Cristo, nosso Senhor, amém. 2. OLHANDO A PRÁTICA DA NOSSA COMUNIDADE Animador: Caros irmãos, no círculo bíblico de hoje vamos ver como Jesus lidou com a multidão faminta que estava ao seu redor. a) Em sua opinião existe na comunidade pessoas que sofrem com má alimentação, crianças desnutridas, uma dieta fraca, devido às condições financeiras? b) Qual é atitude da nossa comunidade com aqueles que enfrentam a falta de pão, em especial, as crianças? 3. OLHANDO A PRÁTICA DE JESUS Animador: Vamos ouvir atentamente a palavra de Deus que nos mostra o gesto de amor de Jesus, ao partilhar o pão com os famintos. • Canto de aclamação • Leitura do texto: Mc 6,30-44 (Ler o texto com bastante calma, ao menos duas vezes). • Momento de silêncio para retomar o texto lido. 4. PARTILHANDO A PALAVRA a) Você conhece alguém que está passando por necessidades? O que o grupo pode fazer por esta pessoa, iluminado pelo evangelho? b) Com o gesto de Jesus, o que aprendemos sobre a partilha do pão?
c) Alguns dizem que cuidar dos pobres é coisa dos governantes? O que Jesus fez e nos ensina, diante dos famintos? 5. ORAÇÃO DA COMUNIDADE Momento das Preces: O que este texto nos faz dizer a Deus? Colocar em forma de prece, de maneira espontânea, tudo aquilo que refletimos sobre o Evangelho e sobre a nossa vida. Resposta: “Senhor, fazei-nos solidários com o próximo!” Conclusão das Preces: Oração do Pai Nosso, Ave-Maria e Glória ao Pai. Animador: Estivemos reunidos em Nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo. Todos: Amém 6. EM CASA E PARA O PRÓXIMO ENCONTRO • Ler: Mc 6,45-52 Trazer para o próximo encontro, se possível uma ilustração do oceano, ou seja, do mar em turbulências.
Responsáveis pelo próximo encontro:
Leitores:
Próximo encontro/data: Local:
Pe. Gilson José Dembinski
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Reflexões Dominicais
Diocese de Guarapuava
Junho - 2018
SÃO PEDRO E SÃO PAULO
14º DOMINGO DO TEMPO COMUM
At 12, 1-11 | 2Tm 4, 6-8. 17-18 | Mt 16, 13-19
Ez 2, 2-5 | 2Cor 12, 7-10 | Mc 6, 1-6
1 de julho de 2018
8 de julho de 2018
“TU ÉS PEDRO, E SOBRE ESTA PEDRA EDIFICAREI MINHA IGREJA”
“QUEM É JESUS?“
Caríssimos irmãos e irmãs: celebramos neste domingo, a solenidade dos dois pilares que sustentam a nossa Igreja: os apóstolos Pedro e Paulo. Vindos de realidades diferentes, estes dois homens, Pedro, um simples pescador e Paulo, um Judeu culto de origem romana, deixaram-se conquistar por Jesus Cristo a ponto de entregarem suas vidas a serviço do Reino de Deus. Olhando para Jesus que escolhe Pedro para conduzir sua Igreja, vemos que Jesus confia a sua Igreja à, fragilidade humana, sobre a responsabilidade de um homem como nós, sujeito a falhas. Jesus não edificou a sua Igreja sobre homens grandes vistos aos olhos do mundo, mas sobre Pedro, um homem de origem simples, que representa os homens de toda a história da Igreja: santos e pecadores. O Evangelho deste domingo nos desperta para a importância de conhecermos bem Jesus, de nos tornamos íntimos Dele. O texto nos diz que Jesus, no ardente desejo de saber se os seus discípulos já haviam entendido o seu messianismo, lança lhes uma pergunta: “Quem dizem os homens ser o Filho do homem?” Para esta pergunta surgiram várias respostas, afinal, é mais fácil responder em nome do outro, não nos compromete. Mas, quando essa pergunta é dirigida aos discípulos, “e vós quem dizeis que eu sou?”. Vem o
silêncio, pois desta vez, requer uma resposta de cunho pessoal, o que exige um comprometimento. Pedro foi o único que respondeu, e respondeu com firmeza: “Tu és o Messias, o Filho do Deus vivo”. Essa resposta, de certa forma, agrada a Jesus, pois Ele sabia que esta afirmação era fruto de sua convivência com ele. A partir dessa resposta, Jesus convoca Pedro, para uma missão desafiadora: ser pedra, sobre a qual, Ele construiria a sua Igreja. Este episódio do evangelho nos toca o coração sobre a responsabilidade de quem afirma conhecer Jesus. saber quem é Jesus, é muito mais saber que ele é Deus, é estar disposto a assumir a missão que ele nos confia, mesmo que esta missão nos traga grandes riscos. Afirmar que conhecemos Jesus, implica em comprometimento com sua causa, em dar continuidade a sua presença aqui na terra. Antes de entregar a Pedro a responsabilidade de conduzir a sua Igreja, Jesus não questiona o seu passado, não faz nenhuma exigência, a não ser o seu comprometimento em transformar o seu amor por ele em cuidado com o que é mais precioso: o Povo! O amor de Jesus é o fundamento de toda comunidade, portanto, numa comunidade cujo centro é o Senhor, um líder não se destaca pela sua autoridade, e sim, pelo seu amor a Jesus transformado em serviço. A missão da Igreja consiste em revelar aos homens a ressurreição de Jesus. sua riqueza está na abertura a todos! A Igreja é unidade! Pedro e Paulo nos são testemunhas, modelos de discípulos missionários, com suas virtudes e fraquezas, mas principalmente, pelo seu amor e fidelidade a Jesus Cristo. Nesta solenidade, unamos em oração pelo Santo Padre o Papa Francisco para que continue com amor e fidelidade a missão que Deus lhe confiou.
Reflexões elaboradas pelos seminaristas de nossa diocese que estão estudando Teologia em Curitiba: Everton Pavilaqui, Herick Rogger Pinchesk, Jacir dos Santos, Marinaldo Cheliga e José Vitor Cozechen Seller.
A liturgia deste domingo revela que Deus chama, continuamente, pessoas para serem testemunhas no mundo do seu projeto de salvação. Não interessa se essas pessoas são frágeis e limitadas; a força de Deus revela-se através da fraqueza e da fragilidade desses instrumentos humanos que Deus escolhe e envia. A primeira leitura do profeta Ezequiel para que possa ser compreendida como mensagem de Deus, merece ser situada. Entre os capítulos 1-3 há uma introdução ao livro e a narração da missão que Ezequiel recebe de Deus. O texto que acabamos de ouvir apresenta uma visão: a visão do livro e de sua vocação profética. Qual é a preocupação de Ezequiel? O Templo manchado de ritos impuros. Como entender essa visão? Ezequiel é profeta de ação. Até nas provações pessoais que Deus lhe envia, ele é um sinal para Israel, é um sinal de Deus aos israelitas rebeldes. O Senhor o envia a esses de coração duro, e mesmo que não escutem o profeta, Deus sempre insiste em dar ao povo uma nova chance, um coração novo. Todo o ensinamento de Ezequiel tem por núcleo essa renovação interior. É preciso um coração novo e um espírito novo para se manter na aliança com Deus. A segunda leitura mostra Paulo em um estilo apaixonado defendendo a fé, mas sempre levado pela exigência da verdade e autenticidade de sua missão. Nos diz o texto que ele é um homem frágil e vulnerável, a quem Deus chamou e enviou para dar testemunho. É apenas um instrumento humano, através do qual a graça de Deus age no mundo, e isso é importante para a missão.
Com a graça de Deus, Paulo tudo pôde, apesar da sua debilidade. Semelhante experiência temos nós, quando experimentamos momentos de incompreensão e de oposição que, muitas vezes, vêm do interior da nossa própria comunidade e que, por isso, magoam mais. É nessas alturas que o exemplo de Paulo deve brilhar diante dos nossos olhos e ajudar-nos a vencer o desânimo e a tentação de desistir. O Evangelho fala do forte embate de Jesus com seus conterrâneos, o que fez com que ele reduzisse a sua ação restauradora em favor da vida. Ademais, Jesus se surpreende com a falta de fé e desprezo da novidade, isto é, da Boa Nova. Também por parte deles há espanto: “De onde vem tudo isto?” A surpresa revela não compreensão da mensagem de Jesus. Outra pergunta fundamental presente em Marcos é: quem é Jesus? A resposta, que encontramos nos primeiros versículos do capítulo seis, se encontra nas atividades de Jesus. Ele viola o sábado, realiza curas de alguns enfermos, pois é Filho de Deus. Isso será motivo para a sua condenação. Falta fé aos compatriotas de Jesus, falta acreditar no Evangelho, falta conversão. Para terminar fica uma pergunta: quem é Jesus para você? Imagine que alguém lhe faça essa pergunta amanhã ou durante a semana: qual a sua resposta? Com a sua experiência de fé, durante a semana, reflita mais sobre a sua vida e a sua relação com Jesus Cristo. Pode também ler outras passagens do evangelho de Marcos a fim de que as suas limitações e incompreensões não sejam causa de fracasso, mas de oportunidade e conhecimento de Jesus. Jesus conta com a nossa dedicação, ele nos chama e caminha conosco, nos mostra o caminho.
Reflexões elaboradas pelos seminaristas de nossa diocese que estão estudando Teologia em Curitiba: Everton Pavilaqui, Herick Rogger Pinchesk, Jacir dos Santos, Marinaldo Cheliga e José Vitor Cozechen Seller.
Reflexões Dominicais
Junho - 2018
Diocese de Guarapuava
15º DOMINGO DO TEMPO COMUM
16º DOMINGO DO TEMPO COMUM
Am 7, 12-15 | Ef 1, 3-14 | Mc 6, 7-13
Jr 23, 1-6 | Ef 2, 13-18 | Mc 6, 30-34
15 de julho de 2018
22 de julho de 2018
“CHAMOU OS DOZE, E COMEÇOU A ENVIÁ-LOS DOIS A DOIS“
“ERAM COMO OVELHAS SEM PASTOR E PÔS-SE A ENSINAR-LHES MUITAS COISAS“
Na liturgia do décimo quinto domingo do tempo comum, recordamos que Deus atua na sociedade por meio dos homens e mulheres que Ele chama e envia para anunciar o Seu Reino. Assim, na primeira leitura, temos o exemplo do profeta Amós que foi escolhido, chamado e enviado por Deus, para propor aos homens com verdade e coerência o projeto de Deus para o mundo. Já a segunda leitura nos garante que Deus tem um projeto de vida plena, verdadeira e total para cada um de nós, e esse se apresenta através de Jesus Cristo. No Evangelho, Jesus envia os discípulos em missão, e antes da partida, lhes dá algumas instruções acerca da forma de realizá-la. Ele nos convida especialmente à pobreza, à simplicidade, ao despojamento dos bens materiais. Na primeira leitura, vemos o confronto entre o sacerdote Amasias e o profeta Amós. Esse é um texto fundamental para entendermos a missão do profeta e sua liberdade face aos interesses do mundo e dos poderes instituídos. O sacerdote Amasias é o homem da religião oficial. Para ele, o que interessa é manter intocável um sistema que assegura benefícios mútuos, quer ao trono, quer ao altar. Neste sentido, a denúncia do profeta Amós soa a rebelião contra os interesses enlaçados do poder e da religião, a doutrina subversiva que põe em causa as estruturas e que abala os fundamentos da ordem estabelecida. Contudo, Amós deixa claro que a iniciativa de ser profeta não foi sua, pois, Deus é que veio ao seu encontro, interrompeu a normalidade da sua vida e o convocou para a missão. Quanto à segunda leitura, esta afirma que Deus tem um projeto de vida plena e total para a humanidade, um projeto que desde sempre esteve na mente de Deus. Pois, “Ele nos escolheu, antes da fundação do mundo,
para sermos santos e irrepreensíveis” (Ef 1,4). E ser santo significa ser consagrado para o serviço de Deus. Em termos concretos, entre outras coisas, implica tentar descobrir o plano de Deus, o projeto que Ele tem para cada um de nós e concretizá-lo dia a dia com verdade, fidelidade e radicalidade. Ser santo é dedicar a vida a serviço dos outros, e conforme nos diz o Papa Francisco: “é suportar os sofrimentos e adversidades sem odiar, e responder ao mal com o bem, difundindo alegria e paz. Ser santos não é um privilégio de poucos, como se alguém recebesse uma grande herança. Todos nós recebemos a herança de nos tornarmos Santos no Batismo. Ser santo é uma vocação para todos”. Já no Evangelho, temos uma autêntica catequese sobre a missão dos discípulos de Jesus no mundo. As instruções de Jesus conservam o seu sentido e valor para os discípulos de todo o tempo e lugar. Contudo, Marcos deixa claro que a iniciativa de chamar os discípulos é de Jesus: Ele “chamou os doze” (Mc 6, 7). Portanto, o Senhor chamou os doze e começou a enviá-los dois a dois. Assim, os discípulos do Senhor, desempenharam a missão com poder do Espírito Santo, e por onde passavam, as pessoas eram curadas, libertadas, tudo em nome de Jesus. A atitude de Jesus nos mostra, que Ele quer colaboradores junto Dele. Nosso Senhor podia realizar tudo, sem ajuda de ninguém, como Filho de Deus, com seu poder divino. Mas Ele quis contar com cada um, por isso nos chama à missão, como chamou os seus apóstolos e compartilhou com eles a missão do Reino. Ele nos chama pelo nome, não cessa de nos chamar. Ele nos nos capacita e nos envia em missão. O importante é nos dispormos a assumir a missão com os seus desafios, assim como fez o profeta Amós, e como fizeram os discípulos de Jesus. Contudo, é uma beleza quando olhamos nas nossas paróquias, nossas comunidades, e vemos quantos homens e mulheres estão dando o seu sim, é um testemunho maravilhoso de pessoas apaixonadas por Jesus Cristo, e por isso assumem a missão.
Reflexões elaboradas pelos seminaristas de nossa diocese que estão estudando Teologia em Curitiba: Everton Pavilaqui, Herick Rogger Pinchesk, Jacir dos Santos, Marinaldo Cheliga e José Vitor Cozechen Seller.
A Liturgia deste 16º Domingo do Tempo Comum nos convida a uma profunda reflexão sobre alguns temas centrais da nossa fé cristã: a promessa de Deus de enviar um pastor para guiar seu rebanho e a unidade que é gerada pela superação das barreiras entre nós. As leituras nos ajudam a observar a fidelidade e amor gratuitos de Deus para com o seu povo, que não o abandona jamais, mas desce do Céu para ser, Ele mesmo, o Bom Pastor para todos os que creem. A Primeira Leitura é retirada do Profeta Jeremias, num texto em que ele faz várias denúncias sobre os líderes do povo, chamados de “pastores”, acusando-os de não cuidarem das ovelhas, mas ao contrário, dispersando-nas. Essa falta de zelo para com o rebanho será cobrada por Deus, que mesmo diante da irresponsabilidade dos líderes, não abandona seu povo e firma a promessa de mandar um pastor verdadeiro, que irá unificar Israel (já que na época de Jeremias o reino havia se divido em dois: Norte e Sul) e trará justiça e paz. Já na Segunda Leitura, da Carta aos Efésios, traz um belo discurso de Paulo afirmando que Jesus, através da sua morte e ressurreição, faz da humanidade inteira um só rebanho, uma única família! Isso só foi possível porque Cristo trouxe a superação da
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lei judaica, que tornava apenas os judeus destinatários da salvação e, por conseguinte, excluía os pagãos. Jesus traz a nova lei: o seu Evangelho, que pode ser resumido no mandamento do amor, esse é o caminho que nos leva ao coração do Pai. O Evangelho de Marcos narra sobre o regresso dos discípulos que foram enviados em missão e partilham com Jesus como foi tal experiência. A missão foi fecunda, pois o povo continua a acorrer a eles, mostrando assim, que eles eram, de fato, escolhidos e enviados por Deus. Da mesma forma, vemos que pessoas de “todos os povoados” corriam até Jesus, que se comove com a situação e “ensina-lhes muitas coisas”. Isso nos mostra uma abertura da parte de Jesus para acolher também os que não eram judeus (afinal, vinham de todos os povoados), e dedica tempo e atenção às pessoas, como o verdadeiro Pastor, prometido por Deus no Antigo Testamento e realizado agora, na pessoa de Cristo, que vem para salvar todos, inclusive os excluídos e marginalizados. Assim, podemos concluir que Deus cumpre a sua promessa: Ele mesmo vem a nós através de Jesus, o Bom Pastor, que se comove e guia as suas ovelhas, antes dispersas e abandonadas, agora acolhidas totalmente no abraço misericordioso do Pai, que cuida de cada um de nós de modo único. Além disso, Jesus une a todos nós num único rebanho, rompendo com as barreiras humanas que causam divisões entre nós, mostrando, dessa forma, que a salvação de Deus é universal, para todas as pessoas, independentemente das condições e escolhas erradas, que todos fazemos. Naquele tempo, a antiga lei dos judeus era o bloqueio que separava as pessoas. E hoje, quais são as barreiras que nos desunem?
Reflexões elaboradas pelos seminaristas de nossa diocese que estão estudando Teologia em Curitiba: Everton Pavilaqui, Herick Rogger Pinchesk, Jacir dos Santos, Marinaldo Cheliga e José Vitor Cozechen Seller.
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Diocese de Guarapuava
Junho - 2018
17º DOMINGO DO TEMPO COMUM 2Rs 4, 42-44 | Ef 4, 1-6 | Jo 6, 1-15 29 de julho de 2018
“A MULTIPLICAÇÃO DOS PÃES“
A liturgia nos convida a escutar, refletir e acolher a palavra do Senhor. Percebemos quão grande é a preocupação de Deus em saciar a “fome” dos homens. A partir desse cuidado, Deus conta conosco para que também nós estejamos prontificados a ajudar nossos irmãos que passam “fome”. Fome de justiça, de liberdade, de paz, de esperança e outros cuidados que devem nos sensibilizar. Portanto, a partir de nossa atitude generosa diante de nosso próximo, estamos colocando em prática os valores do Reino. Nisso, Deus em sua infinita misericórdia sempre nos cumula de bênçãos e graças abundantes. Na primeira leitura, percebemos uma tradição religiosa, ou seja, “um homem vindo de Baal-Salisa, trouxe para o homem de Deus pão das premissas” (v42). Conforme o livro de Levítico (23, 20), adoação compreendida como ‘pão das premissas’ era oferecida e consagrada a Deus. Depois de concluída a cerimônia de consagração, o produto da oferta era destinado ao sacerdote. O texto evidencia que Eliseu ao receber os dons oferecidos, isto é, os “pães de cevada e trigo novo”, ordena que: “Oferece a esta gente para que coma”. Percebemos, no entanto, que Eliseu não detém para si o que recebeu, mas compartilha com aqueles que estão próximos. O ‘servo’ do profeta se preocupa, pois a quantidade de pães e grãos de trigo não era suficiente para alimentar a todos. Porém, Elizeu insiste, “Oferece a esta gente para que coma, pois assim falou o Senhor: ‘Comerão e ainda sobrará’” (v,43). Na segunda leitura, Paulo exorta os cristãos a viverem plenamente a vocação à qual foram chamados. A vocação a vida cristã exige de nós a pré-disposição em viver os valores do Reino. Os valores do Reino compreendem, cultivar o amor, a caridade, a oração, a partilha, ou seja, imitar a vivência de Jesus. A liturgia quer nos conscientizar da importância da partilha, na busca da eternidade. Na pri-
meira leitura, o profeta Elias não deteve o que recebeu para si, e sim partilhou. É através desse gesto com o próximo, que estou construindo o reino de Deus. É por esse exercício que estou superando todo egoísmo, e portanto, construindo comunidade e unidade. No Evangelho, percebemos uma dimensão catequética, capaz de fazer um paralelo entre os elementos do Novo Testamento e elementos do Antigo Testamento. João apresenta uma ação libertadora de Jesus, que visa passar o povo da terra de escravidão para a terra da liberdade. No primeiro momento, destacamos o itinerário de Jesus: “passou Jesus para a outra margem do mar da Galileia” (v, 1). Esse episódio faz memória do povo de Israel conduzido por Moisés, atravessando o mar Vermelho, rumo a terra prometida. A “fome” de justiça e liberdade que o povo clama a Deus, é ouvida. Com essa comparação percebemos a atitude libertadora de Deus na história da humanidade. No segundo momento, “Jesus subiu a montanha” (v,3). A subida ao monte nos remete ao encontro de Deus com Moisés, ao qual ele confia os mandamentos a serem transmitidos ao povo. Dizer que Jesus subiu ao “monte” significa dizer que é através de Jesus que realizar-se-á a nova aliança entre Deus e o povo. No terceiro momento, percebemos a multidão que segue Jesus e não tem o que comer. O mesmo aconteceu com Moisés no deserto. O povo que o seguia tinha fome e não possuía o que comer. Deus, sendo fiel à Sua promessa, responde à necessidade do povo, dando alimento em abundância. Com Jesus, novamente manifesta-se o amor e a bondade de Deus. Em outras palavras, Jesus percebe a necessidade da multidão e “distribui os pães e os peixinhos aos presentes, tanto quanto queriam” (v,11). Em conclusão, fomos chamados por Deus em Jesus Cristo a assumirmos nossa vocação à vida cristã. A vida cristã requer de nós, viver os valores do Reino, “com toda humildade e mansidão” conforme Paulo nos exorta. A vivência dos valores do Reino, nos estimulam a partilhar com o próximo aquilo que temos e que recebemos. Partilhando de coração sincero, possamos confiar nas palavras do salmista: “O Senhor é justo em todos os seus caminhos e perfeito em todas as suas obras”. Amém!
Reflexões elaboradas pelos seminaristas de nossa diocese que estão estudando Teologia em Curitiba: Everton Pavilaqui, Herick Rogger Pinchesk, Jacir dos Santos, Marinaldo Cheliga e José Vitor Cozechen Seller.
GUARAPUAVA: Decanato Centro acolhe palestras sobre Rotina Produtiva e Dízimo Para o bispo da diocese de Guarapuava, Dom Antônio Wagner da Silva, os encontros de formação propiciam momentos de reflexão e de conexão com a vida.
No dia 28 de maio, o palestrante Aristides Luís Madureira, um dos sócios da editora A Partilha, esteve em Guarapuava para a realização de duas palestras. Pela manhã, Aristides falou sobre “Rotina Produtiva” aos funcionários do decanato centro da diocese, em um encontro que constava da agenda de atividades formativas. Na ocasião, o evento foi realizado na paróquia São João Bosco. À noite, a partir das 19h30, na paróquia Nossa Senhora de Fátima, bairro Primavera, Aristides explanou sobre o tema: “Dízimo no Ano do Laicato”, com padres, lideranças e demais pessoas da comunidade interessadas no assunto. Mais de cem funcionários estiveram presentes durante o encontro formativo e mais de duzentas pessoas participaram da palestra sobre o Dízimo. “Eu percebo que a diocese de Guarapuava caminha com muita segurança em se tratando de profissionalismo de seus funcionários. Investir em pessoas é o que faz a diferença. A Igreja, através de seu trabalho, pode não
resolver os problemas, mas com toda certeza, ameniza o impacto de muitas catástrofes, de muitas desavenças”, explicou Aristides aos funcionários. Para o bispo da diocese de Guarapuava, Dom Antônio Wagner da Silva, os encontros de formação propiciam momentos de reflexão e de conexão com a vida. Sair da rotina, conforme Dom Wagner, é pôr-se no lugar do outro e agir em consonância com a situação. “Preparação é tudo. Estes encontros que a diocese de Guarapuava promove, são oportunidades de crescimento e de troca de experiências para quem está na comissão de frente de nossas paróquias e comunidades. Se faz necessário parar e aproveitar os conhecimentos que nos são repassados”; ressaltou Dom Wagner. O vigário da paróquia Sant’Ana, em Guarapuava, padre João Inácio Kolling, proferiu uma palestra sobre depressão aos funcionários, na parte da tarde. O encontro foi finalizado com uma confraternização entre os aniversariantes dos meses de abril, maio e junho.
SOBRE O PALESTRANTE Aristides Luís Madureira é natural de São Paulo e possui formação em comunicação, com foco em mídia eletrônica e graduação em processos gerenciais. Além de sócio da editora A Partilha, Aristides também é colaborador nas revistas católicas Paróquia e Bom Pastor. Há mais de trinta anos, ele atua como missionário leigo especialista em Pastoral do Dízimo. O palestrante também é congressista na área de gestão eclesial.
Dentre as obras publicadas por Aristides, destacam-se: • O Poder da Comunicação no Secretariado Paroquial – Rotina Produtiva – Organização e métodos. • Partilhando a vida em família – Novena do Dizimista – Venha ser um agente de Pastoral – Resgatando a Alegria de servir.
“Estes encontros que a diocese de Guarapuava promove, são oportunidades de crescimento e de troca de experiências para quem está na comissão de frente de nossas paróquias e comunidades.” Dom Wagner
Notícias Paroquiais
Junho - 2018
GUARAPUAVA: Milhares de pessoas prestigiam festa na comunidade Maria Mãe da Igreja A festa superou expectativas. Tanto a parte religiosa quanto a social do evento, atraíram pessoas de diversos pontos da cidade, conforme os organizadores
A comunidade Maria Mãe da Igreja, que pertence à paróquia São João Bosco, em Guarapuava, celebrou mais uma edição de sua festa, em 27 de maio. Em preparação para o dia festivo, uma novena foi realizada, de 18 a 26 de maio, com o tema “Maria Passa na Frente”. Depois das celebrações, houve diversas atividades para a comunidade, com barraquinhas, brincadeiras e praça de alimentação com cardápios variados. Em 25 de maio, no salão de festas, os organizadores prepararam a Noite do Cupim com a participação de centenas de pessoas de diversos pontos da cidade. No dia 26 de maio, sábado, nono dia da novena, uma carreata embelezou as ruas da cidade, saindo de frente à matriz São João Bosco, às 18h, seguindo até a comunidade, Maria Mãe da Igreja, chegando naquele local às 18h50. Lá, houve a celebração de uma missa com grande festa de encerramento das atividades religiosas e a preparação para a festa no dia seguinte.
Nos dia 19, 24 e 26 de maio, a comunidade preparou o tradicional Festival das Porções e Petiscos na Barca. Junto a esta programação, também foi realizado o Festival de Música Sertaneja da comunidade, com a participação de diversos artistas locais e regionais.
FESTA
No dia 27 de maio, às 09h, as atividades festivas começaram com uma missa celebrada pelo pároco da paróquia São João Bosco, padre Edvaldo Nogueira da Silva. Esta celebração, conforme os organizadores do evento; foi em honra aos festeiros pelo trabalho desenvolvido nos dez dias que antecederam as comemorações. Ao meio-dia, foi servido um almoço à base de churrasco. À tarde, as festa prosseguiu com brincadeiras, barraquinhas e diversões variadas. “Foi um evento marcante, repleto de muita fé, alegria e compromisso para com nossa comunidade. A partir de agora, a meta de todos é preparar a festa do ano que vem que, com certeza, será ainda mais bonita”, destaca a Pastoral da Comunicação (Pascom) da comunidade.
“Foi um evento marcante, repleto de muita fé, alegria e compromisso para com nossa comunidade.”
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Coordenadoras das irmãs da Companhia Santa Teresa de Jesus visitam Guarapuava As religiosas Asunción Codes Jimenez e Alzira da Silva Nascimento estiveram em Guarapuava. Na ocasião, elas visitaram a Central Cultura de Comunicação e concederam entrevistas de rádio.
As Irmãs da congregação Companhia Santa Teresa de Jesus (Teresianas), Asunción Codes Jimenez, coordenadora-geral e Alzira da Silva Nascimento, coordenadora da congregação no Brasil, visitaram Guarapuava no último dia 17 de maio. Na ocasião, as religiosas conheceram as instalações da Central Cultura de Comunicação e falaram das atividades da congregação. “Esta é a segunda vez que venho a Guarapuava. Conheço um pouco da fé deste povo e me sinto muito contente por mais esta oportunidade. Esta é uma visita pastoral. Eu digo que é uma visita de Deus”, sublinhou Irmã Alzira. Irmã Asunción, que é espanhola e atualmente mora em Roma, Itália, disse da alegria que é visitar a América, sobretudo o Brasil e conhecer Guarapuava. “A cada visita, temos a oportunidade de partilhar de tantas coisas bonitas e também, podemos rezar junto com estas pessoas. No Brasil, podemos fazer um bom trabalho junto às pessoas, sempre apoiado em nosso carisma, em nossa missão”, destacou a religiosa. A Congregação está presente em 14 países da América Latina. Em Guarapuava, quatro religiosas Teresianas atuam junto à paróquia Santos Anjos, Bairro São Cristóvão.
SOBRE A CONGREGAÇÃO
A congregação Companhia Santa Teresa de Jesus teve início em 1876, na Catalunha, Espanha, por intermédio do então padre, santo Henrique de Ossó, que passou a apostar nas capacidades das mulheres de ampliar seus horizontes, para assim, sair do confinamento imposto pela sociedade da época. O fundador se mostrava muito preocupado em inserir a mulher na sociedade e vencer barreiras consideradas intransponíveis para o sexo feminino. Diminuir o analfabetismo, atendendo, sobretudo, às necessidades das mulheres, estava entre suas prioridades. A experiência de Teresa de Jesus lhe serviu de inspiração e o religioso, em 1883, visitou Portugal, saindo, pela primeira vez, dos limites da Espanha. Uma vez em Portugal, na diocese de Viseu, na região de Fraga, o sacerdote se estabeleceu e passou a trabalhar inspirado pelo carisma de Santa Teresa de Jesus. Acolher as moças e falar-lhes da vida da Santa Teresa de Jesus, era seu principal foco. As vocações passaram a surgir, de forma surpreendente. Dali em diante, a congregação começou a atuar nas regiões
de Torres Novas, Santa Cristina do Couto, São Martinho do Campo, além de outras cidades nas proximidades. Em 1910, com a expulsão das ordens e congregações religiosas de Portugal, surgiu o tempo da diáspora para este grupo, de teresianas, forte e cheio de pujança. Outras missões, em outros países, as chamaram. Nesta época, as teresianas chegaram ao Brasil e iniciaram seus trabalhos. “Aí, a nossa família, Companhia de Santa Teresa de Jesus, ganhou raízes para dar abundantes frutos que perduram”, diz um texto no site das religiosas. Anos depois, algumas puderam atravessar de novo o oceano em sentido inverso, regressando a Portugal. Em 1924, membros da congregação voltaram a Portugal, de forma clandestina, fixando-se em Elvas. Uma verdadeira aventura nascida do entusiasmo dos antigos alunos e alunas daquele carisma. Foi o reinício de uma nova etapa, que, pouco a pouco foi multiplicando as presenças: Braga, Portalegre, Coimbra, Porto; vinculadas à Província Sagrado Coração, do Centro da Espanha. Em 1945, o Capítulo Geral constituiu a Província Maria Imaculada, com a autonomia que as Constituições conferem. A partir de então, foi-se configurando a Província Nascente, com o Noviciado e a Casa Provincial, em Braga. Em Lisboa a Comunidade acolhia e enviava as Irmãs, que faziam caminho entre a América e a Espanha.
ÁFRICA
Desde 1949, muitas irmãs teresianas rumaram a Angola, para dar corpo à dimensão missionária. Ali foi crescendo o número de novas vocações nativas. Até se constituir a Província Nossa Senhora Rainha em 1968. Em Portugal, a obra missionária das teresianas se diversificou e muitas comunidades passaram a ser atendidas por elas. A partir de 1974, a congregação passou a trabalhar em territórios mais isolados, tanto em Portugal, quanto em outros países e continentes. Atualmente, a intenção é atender às periferias das grandes cidades, sempre com foco na educação. Elas seguem a frase dita pelo fundador, santo Henrique de Ossó: “Ir ali onde correm mais perigos os interesses de Jesus”. Com informações da Central Cultura de Comunicação e do portal da congregação Companhia Santa Teresa de Jesus
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Notícias Paroquiais
PITANGA: Paróquia Sant’Ana divulga atividades recentes A paróquia Sant’Ana, em Pitanga, através do grupo de jovens Sentinelas da Manhã, promoveu o 11º Encontro do Dia das Mães. O evento foi realizado no sábado, dia 12 de maio.
Junho - 2018
XXIII edição do Cenáculo de Pentecostes reúne cerca de 4000 pessoas em Guarapuava Os pregadores desta edição foram os padres Vicente de Paula Neto e Jean Patrik Soares, além de Ironi Spuldaro. O cantor católico Tony Allysson, fez um show de encerramento e emocionou os presentes.
TERÇO DOS JOVENS
No dia 04 de maio, o Setor Juventude da paróquia Sant’Ana, em Pitanga, iniciou as atividades de reza do terço em lugares públicos. A iniciativa é promovida pelo grupo Terço dos Jovens. O primeiro ato de oração foi realizado na Praça do Redondo, no centro da cidade e reuniu dezenas de jovens da comunidade, conforme a Pastoral da Comunicação (Pascom). A partir de agora, segundo a coordenação do Setor Juventude, as rezas do terço serão às sextas-feiras, às 19h, em um local público da cidade e todos são convidados a participar.
ASSEMBLEIA
O grupo de jovens da paróquia Sant’Ana, em Pitanga, realizou, em 05 de maio, no salão paroquial, a primeira assembleia-geral. Na ocasião, foi houve uma noite de louvor para os participantes das quatro edições do retiro promovido pelo mesmo grupo. O ministério de música Anjos do Céu, da cidade de Candói, animou o evento. De acordo com a coordenação, o Setor Juventude prepara novas atividades para os próximos meses do ano.
DIA DAS MÃES
A paróquia Sant’Ana, em Pitanga, através do grupo de jovens Sentinelas da Manhã, promoveu o 11º Encontro do Dia das Mães. O evento foi realizado no sábado, dia 12 de maio e reuniu diversas mães da comunidade. As convidadas participaram de uma palestra, com dinâmica e momentos de oração. Ao final, uma festa foi oferecida às mães e o momento causou emoção em todos, conforme relatos da Pastoral da Comunicação (Pascom).
MANOEL RIBAS: Curso de preparação para o matrimônio reúne 23 casais O objetivo do curso é regularizar, perante a Igreja, a situação dos casais que já vivem juntos mas que ainda não receberam o sacramento do matrimônio. A paróquia Santo Antônio, em Manoel Ribas, realizou, no último dia 06 de maio, um encontro de preparação para o matrimônio aos casais que já vivem juntos. Os trabalhos foram desenvolvidos no Centro Pastoral da matriz. Durante todo o dia, os 23 casais ouviram palestras, participaram de dinâmicas e de momentos de oração. Assuntos como economia doméstica e planejamento familiar também foram destaques no curso preparatório. O encontro foi promovido pela Pastoral Familiar da paróquia e visa incentivar os casais pela regularização da situação matrimonial perante a Igreja. O próximo passo para os 23 casais, é a realização do casamento na Igreja. Todos os participantes, conforme os organizadores, se mostraram dispostos a se casarem em uma cerimônia coletiva que será realizada no dia 08 de agosto deste ano. A preparação para o matrimônio dos casais que já vivem juntos em Manoel Ribas é realizada duas vezes por ano pela paróquia Santo Antônio, em datas programadas pela Pastoral Familiar.
Com o tema: “Necessário é nascer de novo” (Jo 3, 7b), a Renovação Carismática Católica (RCC) da diocese de Guarapuava, promoveu a XXIII edição do Cenáculo de Pentecostes. O evento que reuniu cerca de quatro mil pessoas, foi realizado no dia 20 de maio de 2018, no Vittace Centro de Eventos, em Guarapuava. Os trabalhos que começaram às 08 horas da manhã, duraram o dia inteiro. Houve muita música, palestras e momentos de louvor. Os pregadores desta edição foram os padres Vicente de Paula Neto e Jean Patrik Soares, além de Ironi Spuldaro. Um missa foi celebrada às 16 horas e, durante a celebração, os sacerdotes, padres Vicente e Jean, promoveram reflexões sobre o tema (Pentecostes) com base em acontecimentos vivenciados no cotidiano. O cantor católico Tony Allysson, fez um show de encerramento e emocionou os presentes. Para a coordenadora da RCC na diocese, Maria Celia Faria Guimarães, a realização de mais esta edição do evento foi uma verdadeira bênção. “A festa de Pentecostes é um dos momentos mais importantes para todos nós. Estamos felizes em preparar e realizar mais esta edição do Cenáculo. Junto a tanta gente, pudemos sentir a presença do Espírito Santo no meio de nós e isto nos alegra muito”, ressaltou Maria Célia. Fotos: Walter Unger
Notícias Paroquiais
Junho - 2018
CÂNDIDO DE ABREU: notícias paroquiais Crisma, comemorações do Dia das Mães e aniversário de ordenação sacerdotal do pároco local, foram destaques na paróquia Senhor Bom Jesus no último mês.
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GUARAPUAVA: Movimento Eucarístico Jovem promove segunda edição do chá beneficente O evento será no salão social da paróquia Santa Cruz e Nossa Senhora das Dores, em Guarapuava. Os ingressos custam R$15,00 para adultos e R$12,00 para crianças de 06 a 12 ano.
CRISMA
No dia 06 de maio, 74 jovens receberam o sacramento da crisma na paróquia Senhor Bom Jesus, em Cândido de Abreu. A celebração que teve início às 10h; foi presidida pelo bispo da diocese de Guarapuava, Dom Antônio Wagner da Silva. O pároco local, padre Zdzislaw Nabialczyk, também colaborou na cerimônia religiosa. Na parte da tarde do mesmo dia, às 15 horas, 17 adultos também foram crismados na capela Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, comunidade Bela Vista, que pertence à mesma paróquia. Nas duas oportunidades, Dom Wagner destacou a importância dos sacramentos para os cristãos e a responsabilidade que estes carregam a partir da recepção dos mesmos. “Cada cristão que recebe os sacramentos, fica incumbido de levar adiante esta missão e fazer valer o compromisso com a Igreja e a comunidade. É uma responsabilidade de fé, de amor e de esperança”, sublinhou Dom Wagner. “A paróquia parabeniza a todos os crismados, bem como a pastoral catequética que com tanto carinho preparou os paroquianos para ser operários para a messe do Senhor e anunciadores da Palavra”, ressaltou a Pastoral da Comunicação (Pascom), em nota.
DIA DAS MÃES
No dia 12 de maio, em comemoração ao Dias das Mães, a paróquia Senhor Bom Jesus, em Cândido de Abreu, promoveu um jantar. Dezenas de pessoas da comunidade participaram do evento que começou às 18h, com a celebração de uma missa na matriz. Após o jantar, houve um momento de dança e descontração. “Os coroinhas prepararam uma valsa que foi dançada entre mães e filhos. Foi um momento muito emocionante. Um grupo musical gaúcho animou a festa que foi um sucesso”, sublinha a Pastoral da Comunicação (Pascom).
ENCONTRO DE FUNCIONÁRIOS
A paróquia Imaculada Conceição de Rio Branco do Ivaí, acolheu, em 23 de maio, a reunião dos funcionários da diocese de Guarapuava que atuam no decanato Pitanga. Ao todo, 20 funcionários participaram dos trabalhos que começo às 08h, com café da manhã. Em seguida, Aristides Luís Madureira proferiu uma palestra sobre “Rotina Produtiva: Organização e métodos”. Além da palestra, os presentes também participaram de dinâmicas, momentos de oração e troca de experiências. “A coordenação dos colaboradores agradece ao missionário Aristides pela disposição em trabalhar com toda a equipe e ao padre Sercio Ribeiro Catafesta por ter aberto as portas da paróquia para que pudéssemos realizar o encontro. Foram momentos de muito aprendizado e troca de experiências”, sublinhou a coordenadora dos funcionários do decanato Pitanga, Luana Lendzion.
No dia 03 de junho, o Movimento Eucarístico Jovem (MEJ) de Guarapuava realiza um chá beneficente. O evento, que está em sua segunda edição, será no salão social da paróquia Santa Cruz e Nossa Senhora das Dores, em Guarapuava, a partir das 14h. Conforme o coordenador do Movimento na diocese, Leo Geovane Pereira, a promoção tem por objetivo arrecadar dinheiro para que os integrantes do grupo possam viajar para os encontros diocesanos, estaduais e, principalmente, para que possam ir até a cidade de Salvador, na Bahia, no mês de julho, para participar do encontro nacional do MEJ.
SERVIÇO Os ingressos, que custam R$15,00 para adultos e R$12,00 para crianças de 06 a 12 ano, podem ser adquiridos com os coordenadores paroquiais do Apostolado da Oração e do MEJ, bem como no dia do evento. “Toda a comunidade é convidada para passar uma tarde agradável, além de contribuir com os jovens e adolescentes do MEJ neste trabalho de evangelização”, sublinhou Leo Geovane.
GUARAPUAVA: Milhares de pessoas prestigiam festa da padroeira na paróquia Nossa Senhora de Fátima O evento contou com programação religiosa e festiva. Pessoas de Guarapuava e Região participaram da festa.
Milhares de pessoas prestigiaram a festa da padroeira na paróquia Nossa Senhora de Fátima, em Guarapuava, no último dia 13 de maio. Como em anos anteriores, pessoas de diferentes bairros de Guarapuava e também de outras cidades, prestigiaram o evento que é tradicional na Região. Para celebrar o momento, uma programação variada, tanto religiosa, quanto festiva, foi preparada pelos coordenadores. De 04 a 12 de maio, houve a celebração da novena com o tema: “Maria, mãe e intercessora do povo a caminho”. A cada dia da novena, o sacerdote que presidia a missa,
proferia uma bênção especial. No dia 06, no entanto, a celebração contou com a recepção de todas as imagens dos padroeiros das 15 capelas que compõem a paróquia. Este ano, o Dia de Nossa Senhora de Fátima, 13 de maio, coincidiu com o Dia das Mães que é sempre lembrado no segundo domingo do mesmo mês. No dia da festa, foi celebrada uma missa com bênção especial para as mães, com início às 10h. Ao meio-dia, a comunidade serviu o tradicional almoço à base de churrasco e, à tarde, a festa prosseguiu com brincadeiras, música e sorteio de prêmios aos dizimistas da paróquia.
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No Ano Nacional do Laicato, Pastoral da Criança elege nova coordenação na diocese de Guarapuava
A Pastoral da Criança ainda enfrenta muitas dificuldades em se tratando de encontrar pessoas dispostas a ajudar nesta tarefa que, em muitos momentos, faz a diferença entre a vida e a morte.
Junho - 2018
De 15 a 17 de maio, a Pastoral da Criança em Guarapuava, realizou a Assembleia Eletiva. Dos quatro decanatos da diocese, 42 pessoas participaram do encontro. Na ocasião, Valdecy Aparecida Lima Virtuoso, foi eleita para o cargo de coordenadora da entidade na diocese, pelo período de três anos, podendo concorrer por mais três. Valdecy vai ocupar o lugar de Joceli Ramos Zeni, que ficou à frente dos trabalhos de coordenação por seis anos, porém, tendo participado de três processos eletivos, uma vez que as regras eram outras. “Antes, era possível a coordenação ser eleita por três mandatos, mas cada mandato durava dois anos. Depois da mudança, a coordenação pode ficar à frente dos trabalhos por apenas dois mandatos, mas cada um (mandato) tem a duração de três anos. Se falarmos de tempo, este permanece o mesmo”, explicou Joceli. A nova coordenação, no entanto só assumirá os trabalhos em setembro deste ano. Enquanto isso, as tarefas serão repassadas gradativamente e as duas coordenadoras trabalharão juntas no exercício das atividades pastorais. Valdecy disse que ser eleita para o cargo de coordenadora diocesana é motivo de muita alegria. Conforme sublinhou, há muitos desafios pela frente, mas com a colaboração da equipe, todos serão transpostos, pois confia no trabalho de cada um que atua junto à pastoral. “Eu me sinto muito feliz e agradecida pela escolha. Também sei do desafio que é estar à frente deste trabalho. Mas saber que tenho ao meu lado muitas pessoas de bem e prontas para me ajudar, me tranquiliza e me faz seguir com muita alegria. Este trabalho é uma troca, é uma partilha de conhecimento e de amor. Juntos, podemos ir cada vez mais longe, sem perder de vista nosso ponto de partida, nossa verdadeira missão, que é fazer a diferença na vida das pessoas, sobretudo, na vida das crianças”, observou a nova coordenadora. A Assembleia que foi pautada por diversas atividades ao longo dos três dias, teve a assessoria da coordenadora da Pastoral da Criança no Paraná, Maria Paula da Silva Prado. Marli Szezepanik, da coordenação de núcleo, também ajudou no desenvolvimento das atividades. “Nesta oportunidade, minha participação aqui, bem como da coordenadora de núcleo, Marli (Szezepanik), é para a realização da Assembleia Eletiva. Este é um processo de escolha do novo coordenador, que é realizado a cada três anos, podendo ser prorrogado, desde que haja eleição, por mais três. Este ano, em setembro, a Joceli (Ramos Zeni) encerra suas atividades e, em seu lugar, assume Valdecy (Virtuoso), que com certeza, fará um ótimo trabalho junto à Pastoral da Criança em nosso Estado”, indicou Maria Paula. A coordenadora também salientou que durantes as assembleias eletivas, a atual coordenação apresenta todo o trabalho desenvolvido durante seu mandato, para só então, passar para a votação. “Este é um processo muito tranquilo, principalmente na diocese de Guarapuava, pois a Pastoral da Criança aqui é muito organizada e transparente. Neste processo, saem três pessoas mais votadas e, após esta votação, os eleitos são apresentados ao bispo e este, dentre as três pessoas eleitas, ratifica um dos nomes apresentados para ser o coordenador, não necessariamente o primeiro mais votado”, explicou Maria Paula. Para Joceli, o momento é de agradecimento, de sensação de dever cumprido, mas também de renovação de compromissos. Conforme sublinhou, a missão é contínua e a cada dia, novos desafios surgem e é preciso discernimento e muito amor para vencê-los. “Após seis anos trabalhando como coordenadora da Pastoral da Criança, eu afirmo que aprendi muita coisa que vou levar para minha vida toda. Esta é uma experiência fantástica e eu só tenho a agradecer a todos pelo apoio e dedicação, pois sem estas pessoas, nada seria possível. Neste e em todos os nossos trabalhos, devemos pôr Deus em primeiro lugar. Sem Deus, nada cresce, nem se desenvolve”, sublinhou.
“Saber que tenho ao meu lado muitas pessoas de bem e prontas a me ajudar, me tranquiliza e me faz seguir com muita alegria.” Valdecy Aparecida Lima Virtuoso (de azul), nova coordenadora, já atua na Pastoral da Criança há mais de 30 anos.
“Em todos os nossos trabalhos, devemos pôr Deus em primeiro lugar. Sem Deus, nada cresce nem se desenvolve.” Joceli Ramos ficou à frente dos trabalhos da Pastoral da Criança por seis anos.
“Neste ano do leigo, precisamos rezar e agir para que haja interesse por esta causa tão nobre que é salvar vidas e priorizar a alegria.” Maria Paula da Silva Prado. Coordenadora da Pastoral da Criança no Paraná
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Diocese de Guarapuava
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Indígenas
Ano Nacional do Laicato “Sal da terra e luz do mundo.” (Mt 5, 13-14)
Mas com o tempo, se conquista a confiança dos moradores e aí, desenvolver os projetos se torna tarefa menos árdua”, contou. Segundo se comprovou à época pelas autoridades de saúde, a desnutrição infantil na reserva indígena Ivaí, em Manoel Ribas, se dava, na maioria das vezes, pelo descuido das mães e não por falta de alimentação, uma vez que há apoio governamental neste sentido. Muitas das mães indígenas rejeitavam as crianças logo após o parto e algumas, mesmo optando por ficar com o bebê, não o alimentava corretamente, negando-lhe, inclusive, a amamentação. “Em muitos casos, as mães não aceitavam sequer amamentar os filhos na aldeia indígena. A criança morria de fome. Em outras situações, apenas as mães se alimentavam. Elas comiam toda a comida que era destinada às crianças e, mais uma vez, estas acabavam morrendo por desnutrição, por descuido. Conscientizar estas mães foi a principal tarefa a ser realizada pela Pastoral da Criança, juntamente com enfermeiros e outros profissionais da saúde. Mas hoje, eu vejo que este problema foi solucionado, mas de maneira alguma, se pode descuidar”, observou Dirce.
“ Amar é acolher, é compreender, é fazer o outro crescer. Dra. Zilda Arns
“
Dirce de Mello Gomes é líder da Pastoral da Criança em Manoel Ribas há 28 anos. Há seis anos ela atua na área indígena de Ivaí. Segundo Dirce, trabalhar com os índios foi um dos grandes desafios enfrentados, mas também uma oportunidade de muito aprendizado. “Quando eu comecei a trabalha na reserva indígena, em 2012, o grande problema naquela região era a mortalidade infantil por desnutrição. As autoridades, principalmente as da área da saúde, procuraram a Pastoral da Criança para que um trabalho fosse desenvolvido naquela localidade. Juntamente com as outras líderes, de imediato, passamos a ajudar àquelas famílias e, um ano depois, em 2013, já não havia nenhuma criança desnutrida naquela comunidade”, relembrou. Dirce sublinha que atuar em áreas indígenas é um dos grandes desafios para os líderes da Pastoral da Criança. Conforme explica, a diferença de costumes e até mesmo a dificuldade de comunicação por parte dos atendidos, pode pôr em risco o andamento dos trabalhos. “É muito difícil os indígenas aceitarem ajuda, principalmente de outras pessoas que não das tribos. É preciso ir ao encontro deles aos poucos, com delicadeza, com cuidado.
De 26 de novembro de 2017 a 25 de novembro de 2018, a Igreja no Brasil celebra o Ano Nacional do Laicato. O tema que servirá como base para o período é: “Cristãos leigos e leigas, sujeitos na Igreja em saída, a serviço do Reino”. O trabalho tem como inspiração o livro de Mateus, capítulo 5, versículos 13 – 14 que diz: “Sal da Terra e Luz do Mundo” (Mt 5,13-14). Quando se refere às pastorais no âmbito da Igreja, o leigo é o agente principal, pois sem este trabalho que é inteiro feito com amor e doação, nada se desenvolveria. Para Maria Paula da Silva Prado, a Pastoral da Criança ainda enfrenta muitas dificuldades em se tratando de encontrar pessoas dispostas a ajudar nesta tarefa que, em muitos momentos, faz a diferença entre a vida e a morte de uma criança. “A Pastoral da Criança, assim como outros setores e pastorais, tem avanços e recuos. Temos nossas vitórias e algumas dificuldades. Sempre passamos por avaliações e procuramos entender o que precisa ser mudado. A Pastoral (da Criança) também enfrenta dificuldades quanto a encontrar pessoas dispostas a trabalhar. Neste ano do leigo, precisamos rezar e pedir para que haja em cada um, este despertar, este espírito de solidariedade, esta vontade de servir ao próximo com amor, dedicação e cuidado. Embora sendo de inspiração católica, a Pastoral da Criança está presente no mundo e não faz distinção nenhuma de raça, sexo, ideologia ou credo. Nosso lema está em João 10, 10, que diz ‘eu vim para que todos tenham vida, e a tenham com abundância’ (Jo 10,10). Eu digo que precisamos de ajuda sempre”, esclareceu Maria Paula. Para a coordenadora estadual, a desnutrição que levou muitas crianças à morte, não é mais o problema atual, mas sim, a obesidade. “Hoje, a obesidade infantil é um dos grandes problemas que precisa ser enfrentado. Este é um dos grandes desafios no nosso dia a dia, enquanto membros deste grupo. Mas, além disso, há também a questão do individualismo, que distancia as pessoas das causas das comunidades. Por isso, eu reitero que neste ano do leigo, precisamos rezar e agir para que haja interesse por esta causa tão nobre que é salvar vidas e priorizar a alegria, sobretudo, a alegria infantil”, considerou.
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Líderes das paróquias São João Batista, de Prudentópolis, e São Luiz Gonzaga, de Guarapuava, concluíram a Atualização no Guia do Líder/2015.
Líderes das paróquias de Santa Maria do Oeste e de Boa Ventura de São Roque participaram de retiro espiritual, assessorado pelas Irmãs da Caridade Social. De 15 a 17 de Maio de 2018, aconteceu a Assembleia Eletiva Diocesana da Pastoral da Criança, na Casa de Formação de Líderes Nossa Senhora de Guadalupe, em Guarapuava - PR. Estiveram presentes, coordenadores e coordenadoras paroquiais, a equipe diocesana, Maria Paula da Silva Prado da coordenação estadual, Marli Szezepanik coordenação de núcleo, Dom Antônio Wagner da Silva, Pe. Gilson José Dembinski, Ir. Clotilde Rodrigues Bonfim, Maurício Toczek e José Luiz dos Santos do Centro Diocesano de Comunicação (CDC). Joceli Ramos Zeni apresentou o relatório das atividades realizadas pela Pastoral da Criança na diocese, nos últimos dois anos de caminhada: capacitações, oficinas, número de acompanhamentos, avanços e dificuldades. Foi eleita Valdecy Aparecida Lima Virtuoso como nova coordenadora. A assembleia homenageou e agradeceu a Joceli pelos anos dedicados a essa missão.
CANJICA VITAMINADA
Ingredientes: • 3 copos de canjica já cozida • 1 litro de Leite • 1 vidro leite de coco • Açúcar (a gosto) • 1 colher de farelo de trigo • 1 colher ou mais de amendoim torrado • Canela e cravo a gosto Modo de Preparo: Coloque numa panela, e deixe ferver por 15 minutos. Sirva quente ou gelada, como preferir.
A equipe de coordenação da Paróquia Santa Cruz e Nossa Senhora das Dores, de Guarapuava, homenageou as líderes pelo dia das mães, proporcionando uma tarde festiva a todas.
www.pastoraldacrianca.org.br
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Papa convida bispos a colocarem no centro o serviço às vítimas de abuso
Comitê Olímpico do Brasil assina termo contra o abuso e o assédio sexual no esporte
Em sua carta, Francisco recorda os abusos “de menores, de poder e de consciência” como “acontecimentos dolorosos” que tiveram “trágicas consequências” para as vítimas.
Assinatura foi realizada em reunião com as Confederações e o Ministério do Esporte, que apresentou Cartilha de Governança em Entidades Esportivas.
Após os escândalos de abuso sexual e de poder na Igreja no Chile e esclarecimentos recebidos pelo Papa Francisco, os bispos chilenos foram a Roma para uma série de encontros com o Pontífice. Na noite de 17 de maio, encerrou-se a última sessão entre Francisco e os 34 prelados do Chile. Foi um período de “discernimento e encontro fraterno”, informou a Sala de Imprensa da Santa Sé. Em carta, divulgada pelo Vatican News, o Papa Francisco convida os bispos chilenos a seguirem construindo uma Igreja profética, “que sabe colocar no centro o importante: o serviço a seu Senhor no faminto, no preso, no migrante, na vítima de abuso”. Em sua carta, Francisco recorda os abusos “de menores, de poder e de consciência” como “acontecimentos dolorosos” que tiveram “trágicas consequências” para as vítimas. Mas também destaca o “firme propósito de reparar os danos causados” aos quais os bispos uniram-se. “Agradeço a plena disponibilidade que cada um manifestou a aderir e colaborar em todas aquelas mudanças e resoluções que teremos que tomar a curto, médio e longo prazos, necessárias
para restabelecer a justiça e a comunhão eclesial”, escreveu Francisco. A carta dos bispos é marcada pelo agradecimento ao Papa, pela sua escuta paterna e a correção fraterna; ao bispo Dom Scicluna e ao padre Jordi Bertomeu, pela dedicação pastoral e pessoal, além do esforço para tentar sanar as feridas da sociedade e da Igreja chilenas; e às vítimas, por sua perseverança e coragem, não obstante as “enormes dificuldades” que tiveram de enfrentar. “Mais uma vez, imploramos o seu perdão e sua ajuda para continuar a avançar no caminho do tratamento das feridas para que possam ser sanadas”, escreveram os bispos chilenos. Os bispos da Conferência Episcopal Chilena também comunicaram que colocaram, por escrito, os cargos à disposição do Papa Francisco, “para que ele decida livremente por cada um de nós”. “Em comunhão com ele [o Papa Francisco], queremos restabelecer a justiça e contribuir para a reparação do dano causado, para dar novo impulso à missão profética da Igreja no Chile, cujo centro sempre deveria ter sido em Cristo”.
Confira a íntegra da carta do Papa: Queridos irmãos no episcopado, Quero agradecer-lhes por terem acolhido o convite para que, juntos, fizéssemos um discernimento franco face aos graves fatos que prejudicaram a comunhão eclesial e debilitaram o trabalho da Igreja do Chile nos últimos anos. À luz dos acontecimentos dolorosos concernentes aos abusos – de menores, de poder e de consciência –, temos aprofundado a gravidade dos mesmos, bem como as trágicas consequências que tiveram particularmente para as vítimas. A algumas delas eu mesmo pedi perdão de coração, a cujo pedido vocês se uniram numa só vontade e com o firme propósito de reparar os danos causados. Agradeço a plena disponibilidade que cada um manifestou a aderir e colaborar em todas aquelas mudanças e resoluções que teremos que tomar a curto, médio e longo prazos, necessárias para restabelecer a justiça e a comunhão eclesial. Depois destes dias de oração e reflexão os convido a seguir construindo uma Igreja profética, que sabe colocar no centro o importante: o serviço a seu Senhor no faminto, no preso, no migrante, na vítima de abuso. Por favor, não se esqueçam de rezar por mim. Que Jesus os abençoe e a Virgem Santa os proteja. Fraternalmente, Francisco
O presidente do Comitê Olímpico do Brasil (COB), Paulo Wanderley, assinou, no dia 15 de maio, na sede da entidade, no Rio de Janeiro, um Termo de Compromisso para Ações de Prevenção ao Abuso e Assédio Sexual e Moral no Ambiente Esportivo. A assinatura foi realizada em reunião de trabalho com o Ministro do Esporte, Leandro Cruz, e os presidentes das Confederações Brasileiras Olímpicas. O Ministério do Esporte aproveitou a ocasião para apresentar a Cartilha de Governança em Entidades Esportivas, lançada no início de abril.
TERMO DE COMPROMISSO
A assinatura do Termo de Compromisso para Ações de Prevenção ao Abuso e Assédio Sexual e Moral no Ambiente Esportivo faz parte do Programa de Integridade do COB e se deu às vésperas do Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, lembrado em 18 de maio. Também estiveram presentes no encontro, o vice-presidente do COB, Marco La Porta, o diretor-geral do COB, Rogério Sampaio; o secretário nacional de Futebol e Defesa dos Direitos do Torcedor, André Argôlo; o diretor do Departamento de Esporte de Base e de Alto Rendimento do Ministério do Esporte, Raimundo Neto; e o diretor do Departamento de Acompanhamento e de Políticas e Programas Intersetoriais de Esporte, Educação, Lazer e Inclusão Social, Rafael Azevedo. Os medalhistas olímpicos Emanuel Rêgo, Isabel Swan e Yane Marques representaram a Comissão de Atletas do COB na reunião.
DIA NACIONAL DE COMBATE AO ABUSO E À EXPLORAÇÃO SEXUAL INFANTIL
“As ações propostas têm por objetivo a preservação da dignidade da pessoa humana e seus direitos fundamentais, tais como a liberdade, a intimidade, a vida privada, a honra, a igualdade de tratamento e o direito a um bom ambiente de trabalho, e de prática esportiva, sadio e seguro”, declarou o presidente do COB, Paulo Wanderley. “Assim como o COB assumiu o compromisso público de desenvolver ações efetivas para prevenção do abuso e assédio sexual no ambiente esportivo, solicito que as confederações também se
engajem como forma de adesão para um trabalho em conjunto com o COB”, completou o presidente do COB. Além do Termo de Compromisso, o COB elaborou uma cartilha, que foi distribuída aos presentes na reunião com informações e orientações para a prevenção do assédio sexual e moral no ambiente esportivo. Outra ação prática do COB neste sentido é a criação do Canal de Ouvidoria e Ética do COB, aberto desde o dia 22 maio, para receber relatos de denúncias, reclamações e sugestões não apenas ligadas a questões de assédio e abuso.
CARTILHA DE PREVENÇÃO
Após a cerimônia para a assinatura do Termo de Compromisso, o Ministro do Esporte respondeu a perguntas dos representantes das Confederações sobre assuntos variados como Lei de Incentivo ao Esporte, Bolsa Atleta e a própria Cartilha de Governança. “Ao mesmo tempo em que o Ministério do Esporte apoia e dá suporte às entidades de administração do esporte brasileiro para construírem a sua governança, a sua transparência e sólidos preceitos contra o assédio moral e contra o assédio sexual, a gente constrói uma via de mão dupla no ministério, se abrindo cada vez mais ao diálogo, ao debate, à construção coletiva com essas entidades, à transparência e a uma forma de gestão cada vez mais democrática”, declarou o ministro Leandro Cruz, que frisou o processo de profissionalização em curso no esporte brasileiro. “Tanto os grandes eventos que aconteceram no Brasil quanto toda essa transformação na área de transparência, representa um marco e uma transformação no sistema esportivo brasileiro junto ao movimento olímpico”, prosseguiu o ministro. O evento também contou com apresentação de Raimundo Neto, que detalhou a Cartilha de Governança em Entidades Esportivas, destacando aspectos referentes ao Princípio da Responsabilidade dos gestores e à necessidade de implantação de mecanismos que assegurem a transparência e uma melhor governança, como o Regimento Interno e Códigos de Ética. O São Paulo com informações de COB
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II Encontro Nacional dos Surdos Um destaque do encontro foi a presença do padre Wilson Czaia, surdo de nascença, que atua em Curitiba. Ele celebrou a missa do sábado, dia 19 de maio e em sua palestra, apresentou a importância do leigo surdo na Igreja.
Encerrou-se no dia 20 de maio, em Manaus (AM), o II Encontro Nacional dos Surdos, promovido pelo Instituto Filippo Smaldone com o tema “Surdo na Igreja, Sal da Terra e Luz no mundo”. REEDUCAR, REABILITAR E REINTEGRAR O evento reuniu cerca de 100 pessoas dentre alunos e ex-alunos do instituto, professores e colaboradores das Irmãs Salesianas dos Sagrados Corações. A Congregação fundada pelo santo italiano atua no Brasil desde 1972 com o carisma de reeducar, reabilitar e reintegrar os surdos na sociedade e na Igreja. Surdos venezuelanos também puderam participar do encontro, com o acompanhamento de padre Ronilson Braga, jesuíta que atua junto a esta comunidade em Boa Vista e interpreta a língua dos sinais. DOM SÉRGIO CASTRIANI ABRIU O EVENTO Na solenidade de abertura, na manhã do dia 17, o arcebispo de Manaus, Dom Sergio Castriani, lembrou: “Somos todos irmãos e irmãs, e irmão é aquele que encontramos no caminho, e por isso somos irmãos e irmãs uns dos outros e assim tenhamos mais cuidado uns para com os outros, nos interessemos mais pelo outro”. SURDOS VENEZUELANOS O Vatican News contatou a Irmã Maria Longo, delegada representante das Irmãs Salesianas dos Sagrados Corações, que defende que os surdos se tornem protagonistas na Igreja: “Queremos favorecer a presença e ajudar o surdo como protagonista na Igreja. É difícil encontrar dentro da Igreja pessoas que têm conhecimento das dificuldades dos surdos de se incluírem como batizados. Pela carência de conhecimento, muitas vezes eles se afastam da Igreja”, explicou a religiosa que emendou: “Também tratamos temas como a violência e a comunicação. Muitas vezes eles são vítimas da violência, todo tipo de violência. Aqui em Manaus, a coisa mais linda é que temos a participação de surdos da Venezuela. Eles estão aqui sendo acolhidos como irmãos entre os outros irmãos surdos. Há uma solidariedade muito linda”, descreveu. Um destaque do encontro foi a presença do padre Wilson Czaia, surdo de nascença, que atua em Curitiba. Ele celebrou a missa do sábado, dia 19 de maio e em sua palestra, apresentou a importância do leigo surdo na Igreja: “Ele precisa também ter um espírito missionário e atuar em diversas vertentes, seja na família, com as crianças, na escola, na faculdade, no trabalho, em sua profissão e atendendo aos necessitados”. Vatican News
Ano Nacional do Laicato “Sal da terra e luz do mundo.” (Mt 5, 13-14)
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Abertas as inscrições para o 6º Encontro Nacional da Pascom Evento promovido pela CNBB será realizado em Aparecida, São Paulo, de 19 a 22 de julho deste ano, e tem como tema “Comunicação e Igreja”. Estão abertas as inscrições para o 6º Encontro Nacional da Pastoral da Comunicação (Pascom), que será realizado em Aparecida, São Paulo, de 19 a 22 de julho. Com o tema “Comunicação e Igreja”, o evento que está sendo promovido pela Comissão Episcopal Pastoral para a Comunicação da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), evidenciará o que é específico do serviço comunicacional da Igreja. O encontro terá quatro conferências, dois painéis e cinco seminários que visam promover integração e partilha de experiências entre personalidades e estudiosos do setor de comunicação, bispos, sacerdotes, religiosos e os leigos agentes da Pascom de todo o Brasil. O assessor da Comissão para a
Comunicação da CNBB, padre Antônio Xavier, conta que na programação também haverá lançamentos de livros, noite cultural e celebrações eucarísticas, além da cerimônia de entrega dos Prêmios de Comunicação da CNBB. O arcebispo de Diamantina, em Minas Gerais e presidente da Comissão para a Comunicação da CNBB, Dom Darci Nicioli, explicou que o formato do evento contribuirá para a formação dos agentes da Pascom no serviço que prestam às comunidades, além da consolidação da Pastoral. O encontro, de acordo com o arcebispo, tem dimensão de festa, e transparecerá a alegria de tantos, em sua maioria, jovens, que estão comprometidos como voluntários na comunicação da Igreja.
As inscrições para o 6º Encontro Nacional da Pascom podem ser realizadas pelo site:
www.encontronacionaldapascom.com.br PROGRAMAÇÃO
O 6º Encontro Nacional da Pascom terá início na noite do dia 19 de julho, quinta-feira, com a cerimônia de abertura e a primeira conferência: “O caminho da comunicação na Igreja”, conduzida pela irmã Joana Puntel, que é doutora em Comunicação. Na sexta-feira, os participantes contarão na parte da manhã com a conferência do jornalista Ricardo Alvarenga sobre “A vivência comunicacional na Igreja na América Latina” e o painel “Leitura crítica da mídia em tempos de Fake News – A Rádio como instrumento de evangelização e integração da comunidade”, com Elson Faxina e Jessé Barbosa. Em seguida, haverá plenária e momento dos regionais. O período da tarde será reservado para seminários e terá na sequência a noite cultural com a Cerimônia de Entrega dos Prêmios de Comunicação da CNBB, em sua 51ª edição. No sábado, haverá Celebração Eucarística e a conferência “Uma Pastoral para a Comunicação” conduzida pelo bispo auxiliar de Porto Alegre (RS), Dom Leomar Brustolin, e um painel sobre “Perspectivas sobre a comunicação católica no Brasil” com Moisés Sbardelotto e
SERVIÇO
A coordenadora da Pascom na diocese de Guarapuava, Vanessa Pereira, destacou que a intenção é enviar representantes de todas as paróquias e comunidade para o evento. Para isso, uma viagem já vem sendo programada, com saída no dia 18 de julho, às 23h, em frente à Catedral Nossa Senhora de Belém. “Convidamos os padres, religiosas e agentes de pastorais e movimentos das paróquias e comunidades para que participem conosco desta sexta edição do Encontro Nacional da Pascom, em Aparecida. Serão momentos enriquecedores em se tratando de conhecimento, pois teremos a possibilidade de aplicar tudo o que aprendermos em nossas comunidades e tornar cada vez melhor a comunicação na Igreja”, destacou Vanessa.
o assessor de Imprensa da CNBB, padre Rafael Vieira. Também neste terceiro dia de encontro, o período da manhã será encerrado com plenária e momento dos regionais. O período da tarde seguirá com Seminários e lançamento de livros. Já no domingo, as últimas atividades do encontro da Pascom serão a Celebração Eucarística no Santuário de Aparecida, a Conferência “A Igreja e o período eleitoral: orientações pastorais”, conduzida pelo assessor político da CNBB, padre Paulo Renato de Campos. Haverá momento dos regionais e a cerimônia de encerramento.
SEMINÁRIOS
Vários seminários serão oferecidos durante o 6º Encontro Nacional da Pascom. Especialistas e profissionais que atuam nos âmbitos acadêmicos, eclesial e comercial conduzirão exposições sobre educomunicação, fotografia religiosa, implantação da Pastoral da Comunicação, Assessoria de Imprensa e Pascom, presença do padre nas redes sociais digitais, planejamento da comunicação, entre outras temáticas relacionadas. Conforme detalhou a coordenadora, as inscrições para o evento custam o valor de R$ 100,00 por pessoa e podem ser feitas pelo site, no endereço www.encontronacionaldapascom.com.br. Também serão cobrados R$ 340,00 de passagens de ida e volta. A hospedagem será no hotel Rainha do Brasil, com jantar, café da manhã e translado. Os valores das hospedagens estão distribuídos da seguinte forma: • Apartamento individual R$ 891,00, • Apartamento duplo R$ 639,00 • Apartamento triplo R$ 569,00 Há a opção ainda de se contratar apenas o transporte. As vagas são limitadas e as passagens devem ser confirmadas até o dia 15 de junho. Informações podem ser obtidas pelo e-mail: nessa_jesus@yahoo.com.br ou pelo WhatsApp (42) 98411-2260
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Dom Walmor Oliveira de Azevedo: extremismos revelam sociedade com sério desequilíbrio O ambiente religioso é propício para extremismos, como é possível verificar no Oriente Médio e em outras partes do mundo e, mais recentemente, no Brasil. O arcebispo de Belo Horizonte (MG), Dom Walmor Oliveira de Azevedo, escreveu um artigo intitulado “Fim dos extremismos”. O texto, publicado no portal da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), aborda as ações radicais que se manifestam em contextos como o religioso, o mundo da política, da cultura e nas pessoas. “Os extremismos revelam que a sociedade sofre com sério desequilíbrio”, lamenta Dom Walmor. E esse desequilíbrio pode estar associado à forma de enxergar o mundo. Dom Walmor indica isso em seu artigo quando chama a atenção para que “não se pode justificar o radicalismo com o argumento de fidelidade a algo ou alguém, perdendo, assim, a competência de enxergar para além do ‘próprio quadrado’”.
E também quando cita indivíduos que, sem conseguir ir além das próprias convicções e vontades, “se fecham para situações que poderiam ajudá-lo a evoluir, inclusive contribuir para a sua abertura ao exercício da generosidade e da gratidão”. Em outro trecho, revela que “a vitória sobre os fanatismos envolve superar a convicção de que o próprio ponto de vista é a bandeira única da humanidade”, indicando um “passo fundamental” para superar os extremismos e garantir mais fraternidade às relações sociais.” O ambiente religioso é propício para extremismos, como é possível verificar no Oriente Médio e em outras partes do mundo e, mais recentemente, no Brasil.
“Causas nobres, enraizadas em princípios com profunda significação, têm se transformado em dinâmicas perigosas, radicais, que comprometem a paz e a solidariedade fraterna. Quando se radicaliza as posturas, o outro que não partilha as mesmas convicções, vira adversário, verdadeiro inimigo a ser combatido. Uma situação que faz surgir o terrorismo, a violência de todo tipo, a indiferença, a busca por ideologias políticas que já perderam o sentido e as disputas mesquinhas”, escreve Dom Walmor. O arcebispo ainda sublinha que neste contexto a solidariedade fica em segundo plano, particularmente para com os pobres – “ganhando força uma dinâmica que retarda avanços humanitários, mesmo com tantos recursos tecnológicos disponíveis”.
Enfrentar ou trabalhar para o fim dos extremismos exige compreensão a partir de estudo, atenção quanto ao fenômeno, partilha de conhecimento para uma “nova consciência social”. Tecer novas dinâmicas capazes de transformar as atitudes do dia a dia é o desafiador caminho para vencer os extremismos, segundo Dom Walmor, em meio aos amplos e profundos estudos às transformações na postura de cidadãos. Também urge a reconquista de equilíbrios, “o que inclui a recuperação do autêntico sentido das diferentes causas e das práticas religiosas”, alerta o metropolita de Belo Horizonte. Confira o artigo na íntegra:
Fim dos extremismos
Dom Walmor Oliveira de Azevedo - Arcebispo de Belo Horizonte A civilização está dominada por extremismos de todo tipo, que se manifestam em contextos diversos – do universo religioso ao mundo da política, da cultura às pessoas. Os extremismos revelam que a sociedade sofre com sério desequilíbrio. Isso exige todo o empenho analítico de especialistas para que sejam alcançadas indispensáveis práticas educativas, capazes de qualificar as relações sociais e humanitárias. Afinal, não se pode justificar o radicalismo com o argumento de fidelidade a algo ou alguém, perdendo, assim, a competência de enxergar para além do “próprio quadrado”. Causas nobres, enraizadas em princípios com profunda significação, têm se transformado em dinâmicas perigosas, radicais, que comprometem a paz e a solidariedade fraterna. Quando se radicaliza as posturas, o outro que não partilha as mesmas convicções, vira adversário, verdadeiro inimigo a ser combatido. Uma situação que faz surgir o terrorismo, a violência de todo tipo, a indiferença, a busca por ideologias políticas que já perderam o sentido e as disputas mesquinhas. Em segundo plano fica a solidariedade, particularmente para com os pobres – ganhando força uma dinâmica que retarda avanços humanitários, mesmo com tantos recursos tecnológicos disponíveis. Os extremismos, portanto, precisam ser cada vez mais compreendidos e tratados a partir de estudos filosóficos, sociais e antropológicos, com a colaboração de outros campos do saber. Todos devem “abrir
os olhos” e reconhecer a gravidade desse fenômeno, urgentemente, pois os radicalismos, quando ignorados, tornam-se mais difíceis de serem combatidos. Por isso mesmo, são necessários investimentos, não somente em estudos e pesquisas, mas especialmente na partilha do conhecimento, para ajudar a tecer nova consciência social. Os radicalismos agravam os problemas de segurança pública, acentuam o desrespeito à integridade de cada pessoa na sua dignidade, contribuem para a expansão da miséria e da exclusão, que geram, entre outras consequências, as migrações de povos. Os extremismos são um fenômeno de alcance global, mas que deve ser compreendido também a partir de suas manifestações nas situações cotidianas, na conduta de indivíduos. Assim é possível tecer novas dinâmicas capazes de transformar as atitudes do dia a dia que, atualmente, inviabilizam uma sociedade justa e solidária. Dos amplos e profundos estudos às transformações na postura de cidadãos, eis o desafiador caminho para vencer os extremismos. Isso porque a velocidade na disseminação das informações, com a profusão de conteúdos diversos, a partir das redes digitais e meios de comunicação, contribui para que a humanidade desaprenda a enxergar sentido nas coisas. A sociedade contemporânea produz gente “antenada”, em busca das informações, com facilidade para lidar com tecnologias e, no entanto, ao mesmo tempo, indivíduos pouco habilidosos quando avaliados a partir das pers-
pectivas humana e espiritual. E os que não dominam essas habilidades, correm sempre o risco de considerarem muito importante fazer de tudo para proteger o que é pouco significativo. Além de tornar-se normal sacrificar o mais importante para preservar o que é secundário, há uma incapacidade na compreensão do outro. Percebe-se um enrijecimento que atrapalha a consideração de diferentes perspectivas, o entendimento mais amplo da história. Ao mesmo tempo, tudo é submetido a julgamentos a partir de critérios subjetivos altamente prejudiciais. Sem conseguir ir além das próprias convicções e vontades, indivíduos se fecham para situações que poderiam ajudá-lo a evo-
luir, inclusive contribuir para a sua abertura ao exercício da generosidade e da gratidão. Também por isso, a sociedade, saturada de extremismos, não consegue estabelecer dinâmicas de reconciliação. Urge a reconquista de equilíbrios, o que inclui a recuperação do autêntico sentido das diferentes causas e das práticas religiosas. A vitória sobre os fanatismos envolve superar a convicção de que o próprio ponto de vista é a bandeira única da humanidade. Eis um passo fundamental para superar os extremismos e garantir mais fraternidade às relações sociais.
“Não se pode justificar o radicalismo com o argumento de fidelidade a algo ou alguém, perdendo, assim, a competência de enxergar para além do ‘próprio quadrado’.” Dom Walmor Oliveira de Azevedo.
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ENTREVISTA: “A Igreja Católica é a última que apaga a luz” O bispo espanhol Dom Juan José Aguirre atua há 17 anos em uma diocese localizada na República Centro-Africana que desde 2013 enfrenta grandes dificuldades. ximadamente 12 mil, mas a maior parte é de nacionalidade marroquina, que são mulçumanos, e, assim, muitas vezes, agem como cúmplices de outros mulçumanos. Então, é triste ver como na República Centro-Africana muitos soldados da paz são odiados pelo povo.
Nascido na Espanha, Dom Juan José Aguirre, 63, vive há 38 anos na África Central, como missionário comboniano, e há 17 anos é bispo na diocese de Bangassou, na República Centro-Africana. O cenário caótico do País com o pior Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do mundo está ainda pior desde 2013, com a chegada do grupo islâmico fundamentalista Séléka e com a ação violenta dos grupos não mulçumanos chamados de “anti-Balaka”. Dom Aguirre esteve no Brasil em abril a convite da Ajuda à Igreja que Sofre (ACN) e falou aos bispos brasileiros na 56ª Assembleia Geral da CNBB. Antes, concedeu esta entrevista ao O SÃO PAULO. Leia a íntegra a seguir: O SÃO PAULO: O senhor vive há quase quatro décadas na África Central como missionário. Como isso impactou na sua experiência de fé? Dom Juan José Aguirre: Você estuda Teologia, Filosofia e Antropologia e pensa conhecer sobre tudo, mas chega na África Central e encontra um jeito de vida completamente diferente, que leva você a entender a vida de outra maneira. Isso mudou completamente meus pensamentos e me obrigou a ser muito mais humilde. O SÃO PAULO: Como é Bangassou, a diocese onde o senhor é bispo há 17 anos? Dom Juan José Aguirre: Bangassou é uma diocese grande, com 60 mil quilômetros. É uma diocese na selva tropical. Para se ter ideia, as três cores de Bangassou são o vermelho, dos caminhos da selva; o verde, da selva tropical e o azul, do céu. Não há carros, ruas, asfalto ou casas. A Diocese tem 11 missões e cerca de 300 capelas. A vocação missionária, se eu posso descrevê-la de modo figurado, é como uma moeda com duas faces: de um lado aparece a palavra evangelização – levar o Evangelho, formar comunidades, fazer crescer a Igreja – e do outro, a palavra desenvolvimento humano, pois todos os projetos que temos são para que o homem não seja vítima do homem, para que tenha direito e que esteja bem. E se me perguntar o que une essas duas faces da moeda, eu direi que é o amor, o amor que nós missionários temos para estar ali. O SÃO PAULO: Mas tem sido uma sobrevivência difícil, especialmente pela presença dos radicais islâmicos, não? Dom Juan José Aguirre: Sim. Isso já dura cinco anos. Em março de 2013, radicais islâmicos entraram à força na República Centro Africana. Chegaram por Chade, que é um país que há ao norte, financiados pelos países do Golfo com petrodólares. Esses países estão fomentando o jihadismo mais radical, de maneira que todo o coração da África está incendiado. Há cinco frentes de jihadistas tentando penetrar na África Central, que é onde estão os minerais do continente: ouro, manganês, cobalto, cobre, coltan, petróleo. O SÃO PAULO: E no caso específico da República CentroAfricana como tem sido? Dom Juan José Aguirre: Quando chegaram esses grupos radicais islâmicos chamados Séléka, eles privilegiaram os muçulmanos, que representam somente 10% da população, e pisotearam todo o resto. Porém, houve uma reviravolta com a chegada de um novo presidente, e os não muçulmanos, com os grupos chamados de ‘anti-Balaka’, começaram a atacar os mulçumanos. Houve um choque frontal, que é a guerra que estamos vivendo atualmente.
O SÃO PAULO: Há algum tipo de diálogo entre os cristãos e os muçulmanos não radicais? Dom Juan José Aguirre: Sim. Há uma plataforma de diálogo inter-religioso muito importante. O Cardeal Dieudonné Nzapalainga, de Bangui, a capital do país, tem um grupo de diálogo inter-religioso. Em Bangassou nós também temos. O presidente do grupo de diálogo inter-religioso no mês de janeiro foi atacado por muçulmanos que quase o mataram. A última facada entrou pelo pescoço e passou a meio centímetro da jugular. Recentemente, na Caritas diocesana, ameaçaram outro padre e a mim também. O SÃO PAULO: E qual é a postura dos cristãos diante dessas situações? Dom Juan José Aguirre: Muitos cristãos fogem, sobretudo quando têm crianças e mulheres. Eles têm fugido para o Congo, que faz fronteira com a República Centro-Africana. As pessoas passam o rio e estão a salvo. Muitos fogem, mas muitos outros ficam. Vivemos há cinco anos com esse medo que muitas vezes se transforma em choque pós-traumático, também pelos tiros, pela violência, pela morte de mulheres, pela morte de crianças. Por tanto sangue derramado, muitas vezes os cristãos fogem de Bangassou. O SÃO PAULO: E de onde vem a força para os que decidem ficar? Dom Juan José Aguirre: Quando há muita violência, muitos organismos internacionais vão embora. Somente quem fica é a Igreja Católica. A Igreja Católica é a última que apaga a luz. Então, essa força vem de Deus, sem dúvida alguma. Eu reúno alguns padres, todas as noites, fazemos uma oração de esperança e de força, olhamos para Cristo crucificado, para o Cristo no calvário, e sabemos que existe a ressurreição, e daí encontramos força. Muitas vezes o coração grita, a descarga de adrenalina é constante, e isso deixa o coração sempre agitado. Eu já tive três infartos. O SÃO PAULO: E o governo tem feito algo pela população? Dom Juan José Aguirre: O governo está ausente e não controla nem 80% do país. Chamam o presidente de prefeito da capital, porque ele não sai de Bangui enquanto todo o resto do país está controlado por um grupo de 14 senhores da guerra, todos sélékas, mas que não se entendem. Contra eles, nascem os grupos ‘anti-Balakas’, que até começam defendendo a população civil, por dois dias, mas já no terceiro se tornam criminosos piores que os outros. Eles matam pessoas, retiram as tripas, profanam cadáveres. São jovens criminosos com uma perda de sentido comum de humanidade enorme. O SÃO PAULO: E por que isso acontece? Dom Juan José Aguirre: Por que não há governo, não há exército, não há administração. É, como dizem alguns, uma selva. Então, quando não há qualquer controle, sempre pode haver mais barbaridade e a mais completa impunidade, além de muita corrupção. Nas partes do país não controladas pelo governo estão os soldados da ONU, apro-
O SÃO PAULO: O mundo está atento ao que ocorre na República Centro-Africana? Dom Juan José Aguirre: Não, absolutamente não. O mundo olha de lado. Não convém socorrer os países do coração da África, porque ali estão os minerais que podem ser explorados de maneira gratuita e que servem muito bem às companhias multinacionais norte-americanas, inglesas, espanholas, da União Europeia, do continente asiático, do Golfo. Lá eles podem roubar ouro, a China, por exemplo, rouba ouro na República Centro-Africana. Rouba o cobalto, que é a matéria-prima para baterias. A Rússia chegou à República Centro-Africana no começo deste ano dizendo que vai formar soldados centro-africanos, mas na verdade está buscando o cobalto. Sem falar no coltan, e o seu componente o tântalo, um supercondutor que é usado em aparatos bélicos, como drones e mísseis, por exemplo. Hoje quem tem o controle do coltan tem o controle das guerras. E 95% do coltan do mundo, está na República Democrática do Congo. Então, colocar foco sobre certos países da África não interessa aos Estados Unidos, à China ou ao Japão. Para eles, é melhor que sejam lugares esquecidos para que sigam roubando. O SÃO PAULO: O que o senhor veio ao Brasil para falar aos bispos na Assembleia Geral da CNBB. Qual a motivação para essa vinda? Dom Juan José Aguirre: A Igreja é universal. Todos os quatro mil bispos do mundo têm o mesmo solidéu. Então, todos devem conhecer a realidade em que vivem nossos irmãos. Alguns bispos brasileiros até conhecem a situação na República Centro-Africana, pois são combonianos e eu já lhes falei sobre. Vivemos em uma aldeia global, de modo que os problemas de um continente interferem no outro. O problema do radicalismo islâmico toca a todos, não se pode deixar de pensar nele. Outro ponto é que acreditamos que até 2050 a África será o continente com a maior população do mundo, porque tem muitos jovens e lá existem 53 países com muita população. Então, todo mundo precisa saber o que se passa nesse continente. Além disso, a África tem uma igreja tremendamente viva, que tem bebido um pouco das fontes das comunidades eclesiais de base do Brasil e que estamos tentando imitar na República Centro-Africana. A África é um continente onde a Igreja será muito forte nas próximas décadas, forte no sentido de igrejas muito evangelizadoras. Hoje a África é uma terra de fronteira, como nos tem dito o Papa Francisco. Portanto, convém a toda a Igreja Católica saber o que há nesse continente. O SÃO PAULO: Por fim, gostaria de deixar uma mensagem aos brasileiros? Dom Juan José Aguirre: Sim, deixo uma mensagem a todos: Deus não quer que olhemos para o próprio umbigo. Deus quer que levantemos o olhar e vejamos nossos irmãos cara a cara. Deus quer que sejamos como o Bom Samaritano, que quando desce do seu cavalo para socorrer o homem que estava caído, não pergunta a ele sobre qual era sua religião, se é homem, se é mulher, se é negro, se é branco, se é rico, se é pobre. Ele simplesmente pega o melhor dele, que é seu coração, e oferece a essa pessoa que estava no solo. Que nós sejamos capazes ter um olhar de fé, um olhar de amor aos cristãos de todo o mundo. Luciney Martins / O São Paulo
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Padre surdo celebra missas em Libras e trabalha para a inclusão no Paraná: “Aquele medo se transformou em ajuda”
Momento com Maria Por Arlete Bini
Wilson Czaia coordena A pastoral dos Surdos em Curitiba e relata as dificuldades que vive no dia a dia por causa do preconceito.
Alma de mãe na experiência de um amor maior
O padre católico, Wilson Czaia, de 49 anos, transformou a dificuldade que vivia, por ser surdo, em incentivo: hoje celebra missas na Língua Brasileira de Sinais (Libras), desenvolve atividades de inclusão e ensina Libras na paróquia onde trabalha, em Curitiba. O sacerdote afirma que, atualmente, é o único padre surdo a celebrar missa. “Hoje eu sou o único em atividade, mas espero que surjam outros”, diz. Em outras comunidades, o que existe, normalmente, é a presença de um intérprete que traduz o discurso do padre para Libras. Em todo o Brasil, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), são 9,7 milhões de surdos. No Paraná, são aproximadamente 500 mil pessoas com algum grau de deficiência auditiva. Os números fazem parte do último Censo Demográfico, de 2010. Há 16 anos, em abril de 2002, a Libras passou a ser considerada, por lei, uma língua nacional. Isso significa que, depois do Português, Libras é a segunda língua oficial do país. Apesar do tempo, a realidade mostra que a linguagem não está disseminada no Brasil. Na capital paranaense, a paróquia Nossa Senhora da Ternura, onde Czaia é pároco, por exemplo, é a única comunidade na cidade com celebrações em Libras.
COMUNIDADE
A aceitação e a participação da comunidade, segundo o padre, foram conquistadas com o tempo. Há sete anos, a paróquia Nossa Senhora da Ternura recebeu o sacerdote, determinado a começar o trabalho de inclusão com a Pastoral dos Surdos. “Nunca tinham ouvido falar que existia um padre surdo, que a comunidade surda estava vindo para cá, então, ficaram amedrontados. Mas hoje aquele medo se transformou em ajuda”, ressalta. Além do ensino de Libras e das missas semanais na comunidade, que reúnem fiéis com e sem deficiência auditiva, Czaia também celebra casamentos na linguagem de sinais e viaja por paróquias de vários Estados do Brasil.
Ele destaca que os surdos têm conquistado espaço e que devem ser respeitados dentro e fora das comunidades. “Graças a Deus, é muito gratificante para nós, hoje, termos surdos na faculdade, estudando, surdos aprendendo, trabalhando, e também vindo à nossa igreja”, afirma.
DIFICULDADES
Czaia nasceu com surdez total. Com o tempo, passou a usar um aparelho que lhe permite sentir vibrações sonoras, apenas para se orientar. Padre Wilson conta que, desde criança, enfrenta dificuldades por falta de acessibilidade. Ainda na época da escola, acompanhava as aulas sem conseguir entender totalmente o que os professores ensinavam. Para Czaia, sempre foram necessárias a ajuda de colegas e muita determinação para aprender. “Não tinha muitos intérpretes naquela época. Eu ia para a escola, faculdade, palestras e apenas eu era surdo. Muitas pessoas tentavam me ajudar, mas eu me sentia excluído, muita coisa eu não entendia”, relembra o sacerdote. No dia a dia, o preconceito também causa transtornos a ele, como por exemplo, ao usar o direito à fila preferencial em uma agência bancária. “Muitas pessoas começam a reclamar. Já cheguei a ter que voltar para a fila geral para não ter problema com aquelas pessoas que não respeitam e não entendem que existem leis que amparam os deficientes”, sublinha. Os mesmos problemas, segundo o sacerdote, fazem parte da realidade de outras pessoas com deficiência. “Graças a Deus as leis estão evoluindo e sendo mais vistas, mas muitas vezes no trabalho ou em outros ambientes, os colegas dos surdos não estão preparados para conviver com eles”, diz. Em 2012, padre Wilson teve que recorrer à Justiça para conseguir cancelar um cartão de crédito de uma loja. Ao contratar o serviço não houve problemas. Entretanto, a empresa informava que somente o titular do cartão poderia fazer a solicitação de cancelamento e que deveria ser por telefone. Por Letícia Paris, G1 PR
“Hoje eu sou o único em atividade, mas espero que surjam outros.” Pe. Wilson Czaia
Peçamos a Maria, que nessa missão, interceda junto a Jesus, para que aprendamos, cada vez mais, sobre a vida, sobre a partilha e, principalmente, sobre o amor incondicional. Neste mês de junho, temos a alegria de nos unir a Nossa Senhora. Consagramos todos os nossos momentos a Maria, na certeza de que, através dela, chegamos a Jesus Cristo, Deus em forma de homem. Maria é a mãe da igreja e sua trajetória nos remete diretamente a seu filho, que abraçou a humanidade, vivendo as dores mais lancinantes, para que todos nós, em todos os tempos, tivéssemos a salvação. Nesta ocasião, nossas reflexões e orações, estão voltadas para a solenidade de Corpus Christi, que nos insere no Tempo Comum da Igreja, numa longa preparação para o Advento. Jesus Cristo é vida em abundância. Seu sangue nos redime das falhas, mas ao mesmo tempo, é capaz de nos impulsionar à existência plena de amor, serenidade e discernimento. Na quinta-feira Santa, foi instituída a Eucaristia. A partir de então, passamos a ver os milagres da Igreja em nossas vidas, pois este é um momento sagrado e de remissão para todos os cristãos. Quando vamos à missa e prestamos atenção ao que se transmite, em especial no momento da consagração, fazemos parte da riqueza daquele instante e percebemos, através das mãos do sacerdote, que o Corpo de Cristo se materializa em nossas mentes e em nossos corações. Tornamo-nos mais fortes e preparados para os desafios. É um instante de reflexão, agradecimento e compromisso. Cristo, na comunhão, é o alimento vivo e, depois de ingeri-lo, devemos estar abertos para que a graça aconteça em nossas vidas. Na Eucaristia, temos a fonte de todos os sacramentos da Igreja. Sem a Eucaristia, não haveria cristandade, pois Cristo é a comunhão e a partilha das alegrias e das dores. Corpus Christi é a festa que celebramos publicamente, compreendendo que é a suprema das festas cristãs, celebrada pela Igreja Católica. Peçamos a Maria, que nessa missão, interceda junto a Jesus, para que aprendamos, cada vez mais, sobre a vida, sobre a partilha e, principalmente, sobre o amor incondicional.
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ARTIGO: Provável descoberta da causa do vício das drogas A revista Time relatou que, entre os soldados americanos na Guerra do Vietnã, usar heroína estava se tornando um hábito tão corriqueiro quanto mascar chicletes. Há mais de um século, famílias, professores e governantes travam guerra contra o vício das drogas. Qual a causa do vício? Como reverter essa guerra em paz? Nos Estados Unidos, na década de 1980, foi apresentado à psique americana um experimento simples. Colocou-se um rato numa gaiola, sozinho, com duas garrafas d’água. Uma apenas com água e a outra com água misturada com cocaína ou heroína. O resultado demonstrou que o rato sozinho ficou obcecado com a água com drogas e morreu de tanto tomá-la. O professor de Psicologia da cidade canadense de Vancouver, Bruce Alexander, percebeu algo curioso no experimento. Chamou-lhe a atenção o fato de o rato estar sozinho na gaiola. Nessa condição não tinha nada para fazer além de usar a água com droga. Então resolveu tentar algo diferente e criou o Rat Park (Parque dos Ratos). Uma gaiola sofisticada com vários ratos e colocou nela bolas coloridas, túneis para brincar e boas comidas. Durante certo tempo todos os ratos tomaram água das duas garrafas por não saberem o que elas continham. Mas aconteceu algo surpreendente. Os ratos passaram a não gostar da água com drogas. Passaram a ignorá-la e consumir menos de um quarto dessa água, em comparação com os ratos isolados. Nenhum deles morreu. Todos os ratos que estavam sozinhos em suas gaiolas se tornaram dependentes da droga, o que não aconteceu com os do Rat Park. A revista Time relatou que, entre os soldados americanos na Guerra do Vietnã, usar heroína estava se tornando um hábito tão corriqueiro quanto mascar chicletes. Segundo um estudo publicado no Archives of General Psychiatry, cerca de 20% deles ficaram viciados. Segundo o mesmo estudo, quase 95% dos viciados pararam de usar heroína. Eles passaram de uma situação aterrorizante para uma agradável, e não queriam mais usar drogas, ou seja, da primeira gaiola para a segunda.
Dicas de Leitura
da Biblioteca Diocesana Nossa Senhora de Belém
OS MAIS DE 10.000 LIVROS DA BIBLIOTECA DIOCESANA ESTÃO DISPONÍVEIS PARA
EMPRÉSTIMO.
Na interpretação de Alexander, o vício é uma adaptação, ou seja, o meio, a “gaiola” em que a pessoa vive. A falta de amor, afeto, laço de familiar, conexão humana e a solidão, bem como a falta de educação de qualidade, saúde, esporte, lazer, religiosidade e de políticas públicas sociais podem contribuir para o uso de drogas. Afirmar que o vício é causado simplesmente por agentes químicos não faz sentido, pois o viciado pode ser comparando ao rato da primeira gaiola, isolado, sozinho, com uma única fonte de conforto e o outro, ao grupo da segunda gaiola, que oferece condições de lazer, comida e conexões. Portanto, o mistério da origem do vício acredita-se estar na falta de conexões humanas. Por padre Judinei Vanzeto *O autor pertence à Congregação Sociedade do Apostolado Católico (SAC) e também é jornalista. Atualmente é vigário da paróquia Nossa Senhora Rainha dos Apóstolos, em Cascavel, Paraná.
“Fake news e jornalismo de paz” foi o tema do Dia Mundial das Comunicações Sociais Em Guarapuava a data foi celebrada no sábado, dia 12 de maio, com uma missa na Catedral Nossa Senhora de Belém, às 19h, seguida de uma mesa redonda tratando do tema.
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EDIFÍCIO NOSSA SENHORA DE BELÉM RUA XV DE NOVEMBRO 7466 - CENTRO - GUARAPUAVA (42) 3626-4348 - Ramal 208
Livro: Isto é obra do Senhor: Um milagre aos nossos olhos! Autor: padre Jonas Abib Editora: Canção Nova Sinopse: “Se é bom conversar escondido o segredo do rei, é coisa louvável revelar e publicar as obras de Deus”. Este livro narra curas, milagres e prodígios que o Senhor realizou na vida daqueles que depositaram Nele sua confiança. É preciso proclamar as maravilhas de Deus, porque as palavras comovem, mas os testamentos arrastam. Livro: O Antônio que une os corações Autor: Antônio Bággio Editora: Paulinas Sinopse: Antônio é um santo dos mais populares no mundo. Vive de modo especial, nos corações dos que esperam encontrar o amor de sua vida. Este livro conta a história de Santo Antônio e propõe-se a apresentar, com detalhes, quem é o mesmo. Santo Antônio viveu em Lisboa e em Pádua, sempre pregando o Evangelho. Ele sempre foi exemplo vivo do amor de Deus e uma verdadeira imagem de bondade, acolhimento e conciliação. Sendo assim, ele é tido como “um santo que une os corações”. “O amor possui uma dimensão eterna e só se realiza quando leva ao encontro no tempo e na eternidade”. Livro: O milagre de Guadalupe Autor: Francis Johnton Editora: Santuário Sinopse: O livro traz à luz muitos outros aspectos extraordinários da história da imagem da Virgem e mostra, claramente, que ela tem um pedido e uma mensagem dirigida a todo o mundo, especialmente, relevante para as necessidades da sociedade contemporânea.
No último dia 13 de maio, a Igreja celebrou o 52º Dia Mundial das Comunicações Sociais (DMCS). A mensagem do Santo Padre, o Papa Francisco, trouxe neste ano como tema “Fake news e jornalismo de paz”, baseado na passagem do Evangelho de João (Jo 8, 32) – “A verdade vos tornará livres”. O Dia Mundial das Comunicações Sociais foi instituído através do Decreto Inter Mirífica, no ano de 1966, durante o Concílio Vaticano II e traz, todos os anos, o pensamento do Papa sobre determinado tema aos comunicadores católicos e não católicos de todo o mundo. É sempre uma tentativa de ajudar na reflexão de assuntos atuais e que dizem respeito à comunicação.
GUARAPUAVA
No decanato centro da diocese de Guarapuava, a data foi lembrada no sábado, dia 12 de maio, com uma missa na Catedral Nossa Senhora de Belém, às 19h, celebrada pelos padres Jean Patrik Soares (pároco da Catedral) e Itamar Abreu turco (coordenador da Ação Evangelizadora e do Centro Diocesano de Comunicação i CDC).
No final da missa, a coordenadora diocesana da Pastoral da Comunicação (Pascom), Vanessa Paula Pereira, falou do trabalho desenvolvido junto às comunidades e paróquias e também apresentou os agentes da Pascom que ajudam a divulgar os trabalhos da Igreja em âmbito local. Juntos, todos proferiram a oração pelo Dia Mundial das Comunicações. Em seguida, no salão social, foi apresentada uma mesa redonda tratando do tema. O Coordenador da Pastoral da Comunicação no Regional Sul 2 da Conferência Nacional dos Bispo do Brasil (CNBB), que compreende a Igreja no Paraná, o jornalista Jorge Teles dos Passos, falou sobre “a mensagem do Papa Francisco para o 52º DMCS”. Já o jornalista Francisco Carboni abordou o tema “fake news e internet” e o jornalista e mestre em jornalismo Cléber Moletta discorreu sobre “mídia tradicional e o combate aos fake news”. Com informações da Central Cultura de Comunicação Fotos: Vanessa Paula Pascom Diocesana
Filme: Caminho de Chão Batido Santa Maria Bertilla Distribuidora: Paulinas DVD Sinopse: Retrata a bonita história de Santa Maria Bertilla, religiosa da Congregação das Mestras de Santa Doroteia que, apesar de ter pouco estudo, compreendeu a vida em plenitude, tornou-se uma enfermeira capacitada e distinguiu-se pelo amor e ajuda aos doentes pobres.
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