Boletim Diocesano. Edição 468. Guarapuava.

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Diocese de Guarapuava

Especial

Boletim Diocesano • Edição 468 • Julho de 2018 • www.diopuava.org.br • Compartilhe: #diopuava

Ano Nacional do Laicato “Sal da terra e luz do mundo.”

Cuide do meio ambiente. Não jogue este jornal em vias públicas, não queime e recicle sempre!

(Mt 5, 13-14)

DÍZIMO

Uma experiência de fé para uma Igreja em saída. Página 20

Mário Spaki é o novo bispo de Paranavaí.

O Boletim Diocesano completa 40 anos.

Página 8

Página 18

40

ANOS

BOLETIM DIOCESANO

1978-2018


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Diocese de Guarapuava

Julho - 2018

Editorial Comunicação e evangelização para uma Igreja em saída Quarenta anos depois, o Boletim diocesano chega à edição de número 468. Em uma ocasião especial, há que se agradecer a pessoas especiais que mantêm este trabalho ativo: o dizimista. Quatro décadas se passaram desde julho de 1978 e muita coisa mudou no mundo. A velocidade das coisas é outra e a urgência já se tornou parte do nosso cotidiano. Em muitos momentos, deixamos de olhar para os lados, pois precisamos manter os olhos fitos no agora, no imediato, para que nossas tarefas não pereçam. Tudo passa sem que possamos notar. A vida, pode-se dizer que é um relâmpago em dias atuais. Nessa velocidade, quarenta anos depois, chegamos à edição de número 468 do nosso jornal A Igreja na Diocese de Guarapuava, o tão aclamado, Boletim Diocesano. Sim, mesmo em alta velocidade, este veículo que fala das coisas da Igreja e da vida, se manteve firme, ampliou-se e, atualmente, é o jornal impresso mais antigo em circulação na cidade de Guarapuava e um dos veículos de comunicação mais antigos da região de abrangência da diocese. Era o mês de julho de 1978, quando numa atitude ousada, o primeiro bispo de Guarapuava, Dom Frederico Helmel, junto da comunidade, decidiu que a diocese carecia de um veículo impresso que falasse das coisas da Igreja e que estivesse sempre aberto à informação, mas, sobretudo, à formação cristã. Com apenas quatro páginas, nascia este jornal do qual agora, produzimos o editorial. “Com este número, sai, pela primeira vez, a criação mais nova de nossa Diocese, o Boletim Diocesano. Sai da cidade de Guarapuava com o desejo de entrar em todas as paróquias, em todas as comunidades das capelas, nos próprios lares. É um novo jornal que está surgindo, um noticiário local? Não é isto que o nosso Boletim pretende ser. Não é jornal, nem é revista e nem noticiário. O Boletim Diocesano deseja ser, antes de tudo, um mensageiro da diocese”, escreveu Dom Frederico, em um texto publicado na capa da primeira edição do Boletim. Desde sua fundação, por aqui passaram muitos profissionais e leigos, gente que fez o jornal crescer em número de páginas e em qualidade dos assuntos publicados, editados e debatidos. Vivemos um momento de alegria pela celebração desses quarenta anos, mas, inspirados nas palavras do bispo de Guarapuava, Dom Antônio Wagner da Silva, sabemos que, “de agora em diante, é tempo de prepararmos os próximos quarenta anos”. Muitos podem se perguntar: como este veículo é mantido? Com quais recursos são feitas as matérias, a impressão, a distribuição e entrega para que as pessoas possam ler gratuitamente, todos os meses o Boletim Diocesano?

Pois bem, amigo leitor, nós explicamos: Este jornal, bem como a maioria dos trabalhos da Igreja na diocese de Guarapuava, é mantido com os recursos advindos da generosidade dos dizimistas. Com o percentual que cabe à Mitra Diocesana, muitas coisas são feitas em se tratando de trabalho vocacional, missionário, formativo, de comunicação, evangelização, dentre outras atividades vitais para a Igreja. Desta forma, nada mais propícios que agradecer a quem, de fato (mais uma vez nos utilizando das palavras de Dom Wagner), “faz a Igreja acontecer”. E, em forma de agradecimento, a equipe do Centro Diocesano de Comunicação (CDC), responsável pela produção do Boletim, visitou 27 das 47 paróquias de nossa diocese, para ouvir coordenadores, agentes e responsáveis pelo Dízimo nas comunidades, como forma de agradecimento e entendimento da missão que vem sendo desenvolvida em favor da manutenção da Igreja. “Esta é uma forma de agradecer, pessoalmente a quem possibilita o andamento dos projetos da Igreja em nossa diocese, o dizimista. Sem esta generosidade dos nossos fiéis dizimistas, nada disso seria possível. Viajar pelas paróquias, sobretudo para as que estão fora do decanato centro, foi uma experiência maravilhosa, pois possibilitou, a cada um da equipe, o contado, o encontro e a percepção da realidade de cada lugar. A partir deste conhecimento adquirido, muito se aprendeu e pode ser aplicado no dia a dia da comunicação e de outras atividades da Igreja”, destacou o coordenador da Ação Evangelizadora e do CDC, padre Itamar Abreu Turco, idealizador das visitas. Em uma semana de trabalho para além da redação, foi possível entender um pouco da maneira de viver e de ser Igreja de cada comunidade. Em celebração às quatro décadas de existência deste Boletim, fomos nós, desta equipe, quem ganhamos o presente por termos tido a possibilidade de conversar e de passar momentos felizes com cada um dos que, de fato, tomam frente nos projetos evangelizadores para que a Igreja cresça, se desenvolva e, cada vez mais, esteja presente na vida de cada um, tornando-se assim, uma verdadeira “Igreja em saída”, como pede o Papa Francisco. A você, leitor, dizimista, cristão, irmão que nos presenteia, todos os meses, com sua leitura, crítica e sugestão, nosso muito obrigado. Que as bênçãos de Deus, à luz de Nossa Senhora de Belém, nos mantenham firmes nesta caminhada de fé, perseverança e amor pela comunicação da Igreja. Finalizamos este editorial com as palavras de Dom Frederico Helmel por ocasião da primeira edição deste periódico: “Assim, meus caros amigos, mandamos este primeiro número. Mandamos com a nossa bênção, nossos votos de vida longa, de uma atuação fecunda e universal. Que nosso Boletim Diocesano possa cumprir a sua missão e ser o verdadeiro mensageiro de Nossa Senhora de Belém, excelsa padroeira desta Diocese de Guarapuava. São os votos de Frederico, bispo de Guarapuava. Julho de 1978”.

Nesta edição, expressamos nossos sinceros agradecimentos às seguintes pessoas, empresas e instituições: Radio Vaticano (www.vaticannews.va), CNBB (www.cnbb.org.br), CNBB Regional Sul 2 (www.cnbbs2.org.br), Central Cultura de Comunicação (www.centralcultura.com.br), arquidiocese de Passo Fundo (RS), Vera Lúcia Gallo, Bibiana Pignatel, Nathany Marques, Blog contandohistoria1977.blogspot.com, Agência Brasil, Marcelo Camargo, Martini Perrete/ONU, Pe. José Fernandes de Oliveira (Pe. Zezinho), Agência AFP, Portal A12, Jornal O São Paulo, Arlete Bini, Elisandra Aires Flores e seminaristas da Diocese de Guarapuava. Agradecemos também, aos agentes da Pastoral da Comunicação (Pascom) das paróquias e comunidades que, com seus trabalhos voluntários e evangelizadores, nos ajudam a fazer, todos os meses, este jornal!

Obrigado!

CONSELHO EDITORIAL

CENTRO DIOCESANO DE COMUNICAÇÃO BOLETIM DIOCESANO / INFORME INTERNO

Rua XV de Novembro 7466 • 4º Andar • Sala 405 Caixa Postal 300 • CEP 85010-000 • Guarapuava • PR Fone: (42) 3626-4348 jornaldiocese@gmail.com centrodiocesanoguarapuava@gmail.com

Dom Antônio Wagner da Silva, SCJ Padre Itamar Abreu Turco Padre Jean Patrik Soares José Luiz dos Santos Mauricio Toczek Vanessa Paula Pereira Ilustração da capa: Silvia Matos

Voz do Pastor Por Dom Antônio Wagner da Silva Bispo de Guarapuava

SOMOS ELEITORES! Então, voto consciente, transformador é o que se espera de nós. Vota Brasil! Somos ELEITORES! Por um Brasil Melhor! Somos eleitores! Aproxima-se o tempo de eleições. Faltam três meses para o dia das eleições! Procuramos o “título pessoal de eleitor” e lembramos que temos que votar; no Brasil “SOMOS OBRIGADOS a VOTAR” é a Lei. Se não o fizermos teremos grandes prejuízos. Opiniões à parte, o certo é que SOMOS ELEITORES! Que tipo de eleitores nós somos? Esta é a questão. Temos clareza a respeito? Falamos dos candidatos: bons políticos, conscientes, honestos, trabalhadores, ficha limpa, corruptos, carreiristas, vai por aí a fora. Temos candidatos para todos os gostos! É aqui que reside a questão principal: devem ser selecionados, escolhidos, eleitos. Portanto, somos nós – eleitores – que elegemos. Somos nós que confiamos a eles a missão de legislar e de governar. Antes, aqui está a questão principal: que tipo de eleitores nós somos? Qual o nosso preparo, nosso conhecimento? Qual o porquê de nossas escolhas? Não podemos ficar amarrados a pessoas, partidos, legendas, conchavos e coisas mais, por nada! Precisamos ter clareza, consciência, honestidade. Precisamos nos preparar, entender as melhores opções, os melhores candidatos! Temos muitas ferramentas para isto. De forma especial recomendo a Cartilha* lançada pelo Regional Sul 2 da CNBB – PARANÁ! Ajuda muito a pensar, refletir, conversar, dialogar e discernir sobre nosso assunto – ELEIÇÕES! MUDA BRASIL! Clamor antigo e forte! É o que queremos? Pois, somos os agentes desta mudança! SOMOS OS ELEITORES capazes, encarregados da real mudança do Brasil! Não podemos nos omitir! Então, voto consciente, transformador é o que se espera de nós. Vota Brasil! Somos ELEITORES! Por um Brasil Melhor! *Mais informações sobre a cartilha na página 9.

Editor: Padre Jean Patrik Soares (Jornalista) Diagramação: Mauricio Toczek Impressão: Grafinorte - Apucarana - PR Distribuição: Mitra Diocesana de Guarapuava Tiragem: 36.000 exemplares Fechamento da Edição: 27/06/18

É permitida a reprodução total ou parcial das matérias veiculadas no Boletim A IGREJA NA DIOCESE DE GUARAPUAVA, desde que citada a fonte.


Julho - 2018

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Apostolado da Oração

Papa Francisco AUDIÊNCIA: a paz é para ser doada. A fofoca não é obra do Espírito Santo O Papa Francisco voltou a falar da destruição causada pela fofoca na Audiência Geral de 06 de junho, na Praça São Pedro. A paz que recebemos do Espírito é para dar aos outros, não devemos destruí-la com as fofocas! Na Audiência Geral de 06 de junho, o Papa Francisco deu continuidade ao ciclo de catequeses sobre o Sacramento da Crisma, falando dos efeitos que o dom do Espírito Santo faz amadurecer na vida dos crismados. O Pontífice reforçou que o Espírito Santo é um dom e que as graças que recebemos devemos dar aos outros, e não armazená-las. “As graças são recebidas para dar aos demais. Isso faz o cristão”, considerou.

A FOFOCA NÃO É OBRA DO ESPÍRITO

Improvisando, o Papa pediu para que pensemos na nossa própria comunidade paroquial. “O bispo dá a paz ao crismando e depois a damos entre nós. Isso significa paz”, disse o Papa. O problema, de acordo com o bispo de Roma, é o que acontece depois que se sai da Igreja. “Começam as fofocas e as fofocas são guerras. Isso não está bem. Se recebemos o sinal da paz do Espírito Santo, devemos ser homens e mulheres de paz e não destruir a paz do Espírito. Pobre do Espírito Santo com o trabalho que ele tem conosco, com o hábito de fofocar. Pensem bem, a fofoca não é obra do Espírito Santo, não é obra de unidade da Igreja. A fofoca destrói aquilo que Deus faz. Por favor, vamos parar de fofocar!”, concluiu. Vatican News

Papa aceita renúncia de bispos chilenos suspeitos de pedofilia Em maio, todos os 34 bispos chilenos pediram demissão. A Conferência Episcopal do Chile confirmou que o Papa aceitou as renúncias de Barros e de mais dois bispos: Cristián Caro e Gonzalo Duarte. O Papa Francisco aceitou, em 11 de junho, a demissão de três bispos do Chile – entre eles Juan Barros, acusado de ter protegido um padre pedófilo. A decisão foi anunciada seis meses após a visita do Pontífice ao Chile, que foi marcada por protestos de vítimas de abuso sexual, cometido por integrantes da Igreja Católica. Em janeiro, o Papa mal chegou ao Chile e pediu perdão pelos crimes de abuso sexual, encobertos pelo Vaticano e que ele prometeu punir. Porém, Francisco defendeu Barros, que ele mesmo nomeou bispo de Osorno, em 2015, em meio a acusações de que o sacerdote teria protegido Fernando Karadima (padre que havia sido condenado quatro anos antes, pela própria Igreja, por pedofilia). “No dia em que me trouxerem uma prova contra o bispo Barros, falarei”, disse o Papa na ocasião, durante a visita ao Chile. “Não há nenhuma prova. Tudo é calúnia”, acrescentou. Juan Carlos Cruz, uma das vítimas de Karadima, respondeu ao Papa, no Twitter. “Como se eu pudesse tirar uma selfie enquanto Karadima abusava de mim, enquanto Juan Barros estava parado ao lado, vendo tudo”.

Oferecimento diário: Deus, nosso Pai, eu te ofereço todo o dia de hoje: minhas orações e obras, meus pensamentos e palavras, minhas alegrias e sofrimentos, em reparação de nossas ofensas, em união com o Coração de teu Filho Jesus, que continua a oferecer-se a Ti, na Eucaristia, pela salvação do mundo. Que o Espírito Santo, que guiou a Jesus, seja meu guia e meu amparo neste dia para que eu possa ser testemunha do teu amor. Com Maria, Mãe de Jesus e da Igreja, rezo especialmente pelas intenções do Santo Padre para este mês.

Julho: Para que os SACERDOTES...

A IGREJA SOMOS NÓS

“O Espírito nos descentraliza do nosso ‘eu’ para nos abrir ao ‘nó’ da comunidade cristã, como também ao bem da sociedade em que vivemos”, enfatizou. “Algumas pessoas pensam que a Igreja tem dono: o Papa, os bispos, os sacerdotes e os operários, que são os demais. Não! A Igreja somos todos nós e todos nós temos a responsabilidade de santificar uns aos outros, cuidar dos outros. A Igreja somos nós. Cada um tem o seu trabalho, mas a Igreja somos todos nós”, evidenciou o Pontífice. Assim, conforme Francisco, a Confirmação une mais fortemente como membro vivo ao corpo místico da Igreja, vinculando à Igreja universal e fortalecendo o compromisso com a vida da Igreja particular, em união com o bispo. Este, enquanto sucessor dos apóstolos, é o ministro originário deste sacramento. Na conclusão do rito da Crisma, o Papa explicou ainda que o Bispo diz a cada crismando: “A paz esteja contigo”, recordando a saudação de Cristo aos discípulos.

Intenções de oração do Papa Francisco confiadas ao Apostolado da Oração (Rede Mundial de Oração). Conheça: www.aomej.org.br

...que vivem o seu trabalho pastoral com dificuldade e na solidão se sintam ajudados e confortados pela amizade com o Senhor e com os irmãos.

Feliz

rio á s r e niv

A

Padres - Nascimento Pe. Lori Olenik - 04 de julho Pe. José Francisco do Nascimento, CP - 13 de julho Pe. Agenor Batista de França - 18 de julho Pe. Thiago Alberto Grande - 22 de julho Pe. José Amarildo Novacoski - 23 de julho Pe. Piotr Poszwa, SCHR - 28 de julho

Padres - Ordenação Pe. Fernando Antônio Stasiak - 07 de julho Pe. Claudemir da Silveira Didek - 15 de julho Pe. Mário Zavirski - 20 de julho Pe. Mateus Gonçalves da Silva - 26 de julho Pe. Heitor Girardi, SDB - 31 de julho

Religiosas - Nascimento Ir. Maria Santina S. Fernandes - 10 de julho Ir. M. Cândida Dias - 10 de julho Ir. Jucelaine Aparecida Soares, MSCS - 27 de julho Barros sempre negou as acusações. Mas os protestos levaram o Papa a encomendar nova investigação, ouvindo testemunhos de bispos e das vítimas de abuso sexual no Chile. Quando recebeu os resultados, detalhados num documento de duas mil e trezentas páginas, Francisco novamente pediu perdão. Só que desta vez por ter errado na sua avaliação. Em maio, todos os 34 bispos chilenos pediram demissão. A Conferência Episcopal do Chile confirmou que o Papa aceitou as renúncias de Barros e de mais dois bispos: Cristián Caro e Gonzalo Duarte.

Religiosas - Profissão Religiosa Ir. Thereza Kotoski, FC - 02 de julho Ir. Genoveva Stafin, FC - 03 de julho Ir. Joana Gelinski, FSF - 16 de julho Ir. Verginia Lucia Ansolin, SJC - 29 de julho Esquecemos alguém? Por favor nos avise: jornaldiocese@gmail.com

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Julho - 2018

Encontro em Singapura: evento histórico de paz, diz Dom Xuereb O núncio na Coreia, Dom Alfred Xuereb, comenta ao Vatican News o histórico encontro em Singapura entre os presidentes dos EUA Donald Trump e de Coreia do Norte, Kim Jong-un.

Um evento histórico, inimaginável até poucos meses atrás. Um encontro de paz pelo qual a Igreja coreana rezou incessantemente. O encontro de cúpula em Singapura entre o presidente dos Estados Unidos Donald Trump, e o líder norte-coreano Kim Jong-un, foi acolhido com particular satisfação pelo núncio em Seul, o arcebispo Alfred Xuereb, que faz uma avaliação deste dia histórico ao Vatican News (VN): V.N. - Dom Xuereb, o mundo inteiro está olhando para este evento, que até pouco tempo atrás, parecia algo realmente inimaginável. Qual é o seu comentário, a sua emoção para um evento tão importante para toda a Coreia? Dom Xuereb - Você pode imaginar com quanta apreensão o povo coreano e a Igreja aqui na Coreia vivem esses momentos verdadeiramente históricos. Hoje (dia 12 de junho) foi escrita uma página muito importante que marca o início de uma jornada ainda longa e árdua, mas temos esperanças, porque o começo foi muito positivo, muito bom. Passamos das palavras fortes, como “fogo e fúria”, “devastação completa” da Coreia do Norte, para palavras de distensão, que falam de paz, de relacionamentos baseados em concórdia. Por isso, estamos realmente cheios de esperança e confiança. A Igreja está vivendo este momento com grande fé. Como todos já sabem: toda terça-feira na Catedral da cidade de Seul há um momento de oração. Eu, como núncio, participo juntamente com os fiéis. Estamos confiantes de que a Mãe Celestial, a quem a Catedral é dedicada, não deixará de ouvir a oração sincera deste povo.

V.N. - Também existe outra emoção especial, porque o senhor assumiu como núncio na Coreia há poucas semanas. É a alegria de um evento aguardado por décadas por toda a população da Coreia... Dom Xuereb - Nos dias da minha nomeação como núncio na Coréia e na Mongólia, houve grandes tensões. Em vez disso, com o passar do tempo, vimos uma mudança de clima, que agora é muito bom. É muito bonita a iniciativa dos bispos coreanos de fazer uma novena, uma oração entre 17 e 25 de junho, todos os dias, com uma diferente intenção de oração. E de forma particular, me tocaram duas orações: uma é pelos políticos da Coreia do Sul e do Norte, outra, que diz muito respeito a nós, é pela evangelização do Norte. Agora é precisamente a minha missão como núncio: a Santa Sé quer apoiar qualquer possível iniciativa em favor do diálogo e da reconciliação, aproveitando também para levar a boa notícia do Senhor Jesus, que é Senhor de todos! V.N. - Abre-se, portanto, um novo espaço de evangelização além daquele da paz, outro fruto destes dias? Dom Xuereb - Obviamente, o processo - como eu dizia - ainda está no começo, mas a nossa esperança é esta: permitir ao povo da Coreia do Norte não apenas desfrutar da prosperidade, de benefícios econômicos, mas em particular de se beneficiar da vida espiritual, da fé, que dá um pouco o tom a tudo que você vive mais tarde. Vatican News Foto: AFP

“A Santa Sé quer apoiar qualquer possível iniciativa em favor do diálogo e da reconciliação, aproveitando também para levar a boa notícia do Senhor Jesus.” Dom Xuereb

Igreja envia jovens brasileiras para experiência missionária no Haiti

O intuito do projeto Juventude ad gentes é enviar jovens a essas frentes missionárias para que estas sejam presença de comunhão e fraternidade, na convivência e na partilha da vida. No início de julho duas brasileiras embarcam para uma missão no Haiti. As jovens Joice Naira, do Piauí, e Leidiane Santos, do Pará, coordenadoras da Juventude Missionária nos Regionais Norte 2 e Nordeste 4 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) partem para uma experiência de três meses, na cidade de Porto Príncipe, no Haiti. As meninas fazer parte do projeto “Juventude ad gentes” da Juventude Missionária das Pontifícias Obras Missionárias (POM) em parceria com a Conferência dos Religiosos do Brasil (CRB). Elas vão colaborar em projetos de educação, saúde, economia solidária e evangelização. Joice Naira, do Regional Nordeste 4 da CNBB, já realizou diversas experiências missionárias na diocese de Campo Maior (PI), onde mora, e já participou de encontros, intercâmbios, missão jovem e missão nacional em outros regionais. “A missão para mim é aquela que transforma a realidade com a força do Evangelho. É a alma da Igreja, é um braço na sociedade, uma resposta da Igreja para essa mesma sociedade; é aquela que mostra uma fé que salva, uma esperança que ilumina e que germina uma mudança para uma caridade que ama”, destaca. Segundo Joice, a missão é aquela que une diálogos, aquela que chega para servir num bem comum, que transforma, edifica, derruba muros para construírem-se pontes, no intuito de indicar um caminho e não impor doutrina. De Belém (PA), a escolhida foi a coordenadora estadual da Juventude Missionária do Pará, Leidiane Santos. No dia 18 de junho, na sede do Regional Norte 2 da CNBB, em Belém, foi rezada uma missa de envio presidida pelo presidente do Regional, Dom Bernardo

Johanes e pelo coordenador do Conselho Missionário Regional Norte 2 (COMIRE Norte 2), padre Paulo Andreolli. “O padre André Gamba, antigo articulador da Juventude Missionária do Pará, foi um grande incentivador da minha caminhada missionária, quem me iniciou na missão”, disse Leidiane ao agradecer aos familiares e amigos durante a celebração. O intuito do projeto Juventude ad gentes é enviar jovens a essas frentes missionárias para que estas sejam presença de comunhão e fraternidade, na convivência e na partilha da vida. “A missão não é um enfeite que a Igreja e que nós como cristãos católicos assumimos ou não. Isso faz parte do nosso ser, da nossa identidade”, diz o bispo auxiliar de São Luís do Maranhão e presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Ação Missionária e Cooperação Intereclesial, Dom Esmeraldo Barreto de Farias. Neste espírito de colaboração, os grupos da Juventude Missionária atuam também no projeto Corrente Solidária, buscando ajudar financeiramente a missão no Haiti. CNBB


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Perfil do episcopado: atualização mostra que 309 bispos estão na ativa e 169 bispos são eméritos Dos nossos 478 pastores, 309 bispos estão na ativa e 169 (bispos) são eméritos (aposentados). O professor/doutor, Fernando Altemeyer Junior, do Departamento de Ciência da Religião da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, realiza há mais de 20 anos um trabalho de atualização de estatísticas e nomes do episcopado brasileiro. Na última semana de maio, depois do falecimento do bispo emérito de Aracaju (SE), Dom Luciano Duarte, ele apresentou novos números em seu perfil do Facebook, trazendo curiosidades: Dos nossos 478 pastores, 309 bispos estão na ativa e 169 (bispos) são eméritos (aposentados). Em 30 de maio de 2018, contamos 478 bispos católicos vivos no Brasil: Destes, 80 paulistas, 67 mineiros, 57 gaúchos, 42 italianos, 35 catarinenses, 23 paranaenses, 19 baianos, 19 cariocas, 14 espanhóis, 15 pernambucanos, 11 capixabas, 9 cearenses, 7 alemães, 7 maranhenses, 6 sergipanos, 7 alagoanos, 7 paraibanos, 7 poloneses, 6 potiguares, 2 norte-americanos, 3 piauienses, 3 belgas, 2 libaneses, 3 amazonenses, 3 paraenses, 2 goianos, 2 holandeses, 2 franceses, 2 malteses, 2 austríacos, 2 suíços, 2 portugueses, 2 tocantinenses, 1 uruguaio, 1 irlandês, 1 mato-grossense, 1 brasiliense, 1 paraguaio, 1 cabo-verdiano, 1 sul mato-grossense, 1 Acriano. Sem representantes no episcopado no momento: rondonienses, roraimenses e amapaenses.

PORTANTO:

• Há 5 bispos nascidos no Centro-Oeste (DF, GO, MT e MS) ou seja, 1% do episcopado. • Há 9 bispos dos 7 Estados do Norte (AM, RR, AP, PA, TO, RO, AC), 1,8% do episcopado;

• Há 177 bispos que são do Sudeste (SP, MG, RJ e ES) , 37% do episcopado; • Há 115 bispos que são do Sul (RS, SC e PR), somam 24% do episcopado. • Há 79 bispos que são nordestinos (RN, PE, SE, PB, AL, BA, MA, PI, CE), 16,5% do episcopado; • Bispos de origem do clero diocesano e das congregações religiosas: • Cardeais brasileiros: 7 diocesanos e 3 religiosos. • Arcebispos: 41 diocesanos e 29 religiosos. • Bispos: 234 diocesanos e 165 religiosos.

PORTANTO:

Os bispos vindos do clero diocesano são 281 pessoas, 59%. Os de congregações, somam 197 pessoas, 41% do episcopado.

DIOCESES VACANTES ATÉ 30 DE MAIO DE 2018 • Diocese de Carolina (MA), vacante desde 05 de julho de 2017, administrador diocesano Padre Cícero de Jesus Cirqueira. • Diocese de Teofilo Ottoni (MG), vacante desde 20 de setembro 2017, Administrador diocesano padre Aurildes de Mantena. • Diocese de Palmeira dos Índios (AL), vacante desde 11 de outubro de 2017, administrador diocesano padre Wendel Assunção Gomes. • Diocese de Apucarana (PR), vacante desde 13 de dezembro de 2017, administrador diocesano padre João Ozório de Oliveira. • Diocese de Viana (MA), vacante desde 20 de dezembro de 2017, administrador diocesano padre Giuseppe Luigi Spiga. • Diocese de Bonfim (BA), vacante desde 03 de janeiro 2018, administrador diocesano padre Jarbas Gonçalves dos Santos. • Diocese de Cachoeira do Sul (RS), vacante desde 06 de janeiro de 2018, administrador diocesano monsenhor Elcy Arboitte. • Diocese de São João Del Rey (MG), vacante desde 19 de janeiro de 2018, administrador diocesano padre Dirceu de Oliveira Medeiros. • Diocese de Ipameri (GO), vacante desde 07 de fevereiro de 2018, administrador diocesano padre Orcalino Lopes • Diocese de União da Vitória (PR), vacante desde 08 de fevereiro de 2018, administrador diocesano padre Mário Glaab • Eparquia greco-melquita de Nossa Senhora do Paraíso de São Paulo (SP) vacante desde 28 março de 2018, rito oriental, Administrador Apostólico Dom Sergio de Deus Borges, bispo auxiliar de São Paulo. • Arquidiocese de Campinas (SP), sede vacante desde 25 de abril de 2018. p.s. Situação especial da diocese de Formosa, com administrador Apostólico, Dom Paulo Mendes Peixoto, arcebispo de Uberaba (MG).

Dia da Conscientização contra a Obesidade Infantil alerta para principal causa de morte no mundo

Com os altos índices de obesidade infantil, até mesmo nas idades mais precoces, a Pastoral da Criança sentiu a necessidade de atuar de forma mais enfática na prevenção do excesso de peso infantil. A Organização Mundial da Saúde (OMS) já classifica a obesidade como uma epidemia. Dados mostram que existe mais de 300 milhões de obesos no mundo, um terço deles são de países em desenvolvimento. Estima-se ainda que quatro milhões de brasileiros tenham atingido o estágio de obesidade grau três, ou mórbida, quando o IMC chega a 40. Atualmente a epidemia de sobrepeso/obesidade já afeta 39% da população adulta e 18% das crianças e adolescentes entre 5 e 18 anos. Não é à toa que o Dia da Conscientização contra a Obesidade Mórbida Infantil é celebrado anualmente na data de 03 de junho. A proposta é exatamente alertar a população sobre os cuidados necessários para combater essa doença que afeta milhares de crianças no mundo todo. A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) por meio da Pastoral da Criança, organismo de ação social vinculado à entidade, percebe a urgência desse apelo, uma vez que alicerça sua atuação na organização da comunidade e na capacitação de líderes voluntários que assumem a tarefa de orientar e acompanhar as famílias em ações básicas de saúde, educação, nutrição e cidadania, tendo como um de seus objetivos o “desenvolvimento integral das crianças”. Combater a obesidade infantil, no entanto, é um dos principais desafios da Pastoral. Segundo a nutricionista da Coordenação Nacional da Pastoral da Criança, Caroline Dalabona, há a necessidade urgente de parar, avaliar e enfrentar o desafio. “Não é só uma questão de conscientização dos pais e mudança de hábito, é preciso a união de diversos atores para que consigamos estabilizar e diminuir as taxas”, garante. Para superar o problema, a nutricionista afirma que a ação deve ser feita de forma conjunta, envolvendo a iniciativa privada, organizações não governamentais e toda a população. “Muitas vezes os pais estão sozinhos nessa luta, o que a torna muito difícil”, diz. Entre as questões que ela considera que atrapalha e dificulta a ação dos pais na tentativa de controlar o excesso de peso das crianças estão as propagandas massivas de determinados alimentos; a enorme disponibilidade de alimentos não saudáveis, baratos e atrativos para as crianças e a falta de informação segura e confiável nos rótulos dos alimentos.

ATUAÇÃO

Com os altos índices de obesidade infantil, até mesmo nas idades mais precoces, a Pastoral da Criança sentiu a necessidade de atuar de forma mais enfática na prevenção do excesso de peso infantil. A ação Acompanhamento Nutricional, iniciada em 2010 com projeto piloto na diocese de Maringá (PR) e na arquidiocese de Cascavel (PR), trouxe maior qualidade na avaliação do estado nutricional das crianças acompanhadas e nas orientações fornecidas para as famílias.

“Dessa ação podemos destacar a realização das medidas de altura e peso por equipes capacitadas especificamente para esse fim, e o uso de um aplicativo, elaborado pelas equipes técnica e de TI da Pastoral da Criança, no qual as crianças são cadastradas e os dados de peso e altura incluídos. Com esse aplicativo o estado nutricional da criança é fornecido no mesmo momento. Também indica as orientações necessárias que o líder precisa passar para a família, de acordo com o estado nutricional obtido. Foi um grande passo dado. Há ainda muito que fazer, o caminho é longo, mas é preciso começar a enfrentar esse desafio”, afirma a nutricionista. Além dessa iniciativa, outras também contribuem para prevenir a obesidade em crianças e favorecer aqueles que já estão com excesso de peso. A “Alimentação e Hortas Caseiras” tem o intuito de trocar experiências e orientar as famílias sobre a importância diária do consumo de alimentos saudáveis, e das vantagens de se ter uma horta em casa. Já a ação “Desenvolvimento Infantil” tem como foco promover o potencial de desenvolvimento das crianças, desde o recém-nascido até crianças mais velhas, tendo como um de seus pilares o “brincar”. A Pastoral da Criança também tem a ação “Brinquedos e Brincadeiras”, que incentiva o livre brincar, em especial ao ar livre, e estimula, dentre outras, brincadeiras ativas que façam a criança gastar energia. “Temos também o Guia do Líder, principal material educativo que o líder utiliza, no qual há várias dicas e orientações sobre alimentação saudável para gestantes e crianças. Desde o aleitamento materno até a alimentação tradicional da família, o Guia do Líder traz muitas informações necessárias para que bons hábitos alimentares sejam formados”, finaliza a nutricionista.

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Julho - 2018

Dom Guilherme Werlang: “O futebol como grande negócio explica a apatia dos brasileiros” A paixão do povo brasileiro também pode ser explicada pelo fato de não ser um jogo individual, mas um esporte praticado em equipe, com competição entre os dois lados.

“Os jogadores não vestem mais a camisa do Brasil, eles vestem a camisa do dinheiro”, esta é uma das razões que explicam a apatia e o pouco envolvimento dos brasileiros com a Copa do Mundo de Futebol realizada na Rússia. A avaliação é do bispo da diocese de Lajes (SC), Dom Guilherme Werlang, também presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Ação Social Transformadora. Outra razão, segundo o bispo, está na própria qualidade do futebol canarinho que está deixando muito a desejar. Para Dom Guilherme, dizer que os jogadores defendem a pátria brasileira não é verdade. O bispo aponta que eles têm mais compromissos com seus clubes internacionais e defendem contratos milionários que daí podem advir. “A copa é um grande palco para onde os grandes empresários olham em busca dos jogadores que podem lhe render muitos lucros”, disse. O bispo ainda apontou o fato de a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) estar associada à corrupção. Estes fatores, na avaliação do bispo de Lajes,

estão fazendo o futebol perder a magia que teve até o início da década de 1970, quando os principais jogadores permaneciam no Brasil; proximidade esta, que fez crescer as torcidas.

ESPORTE POPULAR

Apesar destas mudanças, o futebol ainda é uma grande paixão do povo brasileiro, segundo Dom Guilherme, em razão de ser um esporte democrático. “O futebol começou na várzea, num campo de chão batido. Em todo lugar, onde não havia muitas alternativas de esporte e lazer para o povo simples e pobre, bastava comprar uma bola, demarcar as linhas e distribuir os jogadores”, disse. A paixão do povo brasileiro também pode ser explicada pelo fato de não ser um jogo individual, mas um esporte praticado em equipe, com competição entre os dois lados. “O futebol pode ser praticado nas favelas, bairros e ruas do interior, nas roças e fazendas e é acessível aos mais pobres”, aponta. CNBB

“Os jogadores não vestem mais a camisa do Brasil, eles vestem a camisa do dinheiro.” Dom Guilherme Werlang

CNLB se reuniu em Belo Horizonte para 37ª Assembleia Geral O manifesto conclama os cristãos leigos e leigas a viverem a sua identidade, vocação, espiritualidade e missão na Igreja e na sociedade, sendo “fermento, sal e luz, até que tudo fique fermentado”.

Assembleia Nacional do Laicato do Brasil deu-se de 31 de maio a 03 de junho de 2018 na Casa de Retiro São José dos Redentoristas na Capital mineira. Do Regional Sul 2 da CNBB, participaram oito pessoas. Ao final da Assembleia foi lançado o manifesto do CNLB (Conselho Nacional dos Leigos do Brasil). O manifesto conclama os cristãos leigos e leigas a viverem a sua identidade, vocação, espiritualidade e missão na Igreja e na sociedade, sendo “fermento, sal e luz, até que tudo fique fermentado”.

MANIFESTO DO CNLB

“Enquanto não forem radicalmente solucionados os problemas dos pobres, renunciando à autonomia absoluta dos mercados e da especulação financeira e atacando as causas estruturais da desigualdade social, não se resolverão os problemas do mundo e, em definitivo problema algum. A desigualdade é a raiz dos males sociais”. (Papa Francisco, EG 102) Nós, participantes da XXXVII Assembleia Geral Ordinária do Conselho Nacional do Laicato do Brasil – CNLB, realizada em Belo Horizonte/MG, de 31 de maio a 03 de junho de 2018, refletimos, profundamente, as realidades do mundo e do Brasil, verificamos que o modelo de desenvolvimento econômico imposto ao povo brasileiro, aprofunda cada vez mais o empobrecimento e desigualdades da maioria da população, onde pessoas de todas as idades passam fome, não têm trabalho ou melhorias na qualidade de vida, para que se acumulem rendas destinadas ao capital financeiro. Nosso país sofreu a deposição de um governo eleito pela maioria do povo brasileiro, substituído por um grupo que colocou o país na mão dos ricos e seus interesses. Por isso, além de não vermos legitimidade no processo político atual, discordamos das mudanças constitucionais impostas com o congelamento dos investimentos nas políticas sociais e com a reforma trabalhista e, da intenção de fazer a previdenciária. Isso destrói os avanços democráticos conquistados. Nós, Cristãos Leigos e Leigas da Igreja Católica, sujeitos e protagonistas na Igreja e na sociedade, à luz do Evangelho e da Doutrina Social da Igreja, compreendemos que a dignidade humana, a

democracia e o cuidado com a casa comum são o centro nesta construção da sociedade do Bem Viver. Conclamamos, pois, todos os cristãos, a que assumam individualmente e nas instâncias organizativas, ações concretas que visem: • Constituir outro modelo de desenvolvimento que tenha em foco a distribuição da riqueza para todos e todas, assegurando o respeito ao meio ambiente; • Defender, em comunhão com nossos bispos, eleições diretas, a efetividade da democracia participativa, resgatar a importância da participação política e “assegurar que sejam realizadas (as eleições) de acordo com os princípios democráticos e éticos, para restabelecer nossa confiança e nossa esperança. Propostas que desrespeitam a liberdade e o estado de direito não conduzem ao bem comum, mas à violência” (cf. nota da CNBB nº 269/2018); • Romper com o círculo vicioso das más notícias, denunciar e combater o uso das “fake-news” (notícias falsas); • Mobilizar a sociedade para uma ampla reforma política com participação popular, que inclua o Poder Judiciário; • Realizar a Auditoria Cidadã da Dívida Pública Brasileira; • Defender uma reforma tributária que torne justa a tributação; • Denunciar a criminalização dos movimentos populares; • Resgatar e fortalecer a relação democrática entre sociedade e Estado; • Implementar a Lei do Renda Cidadã; • Combater as perseguições, prisões e injustiças políticas; • Estimular os eleitores (cidadãos) a não votar nos candidatos à reeleição que votaram nas Propostas de Emenda Constitucionais em desfavor do povo brasileiro e da democracia. Por fim, conclamamos aos cristãos leigos e leigas a viverem a sua identidade, vocação, espiritualidade e missão na Igreja e na sociedade, sendo “fermento, sal e luz, até que tudo fique fermentado” (Mt 5, 13-14. 13,33) Belo Horizonte, 03 de junho de 2018. XXXVII Assembleia Geral Ordinária do CNLB


Julho - 2018

Diocese de Guarapuava

ARTIGO: Conselho Nacional do Laicato do Brasil (CNLB) emite nota sobre a XXXVII Assembleia Nacional Vale dizer que cada regional apresentou, em resumo, as ações em relação aos seminários de estudo sobre o laicato e as agendas a respeito da semana missionária “Igreja em Saída”. Entre os dias 31 de maio a 03 de junho de 2018, em Belo Horizonte, Minas Gerais, cristãos dos 18 Conselhos Regionais do Laicato do Brasil se reuniram em assembleia para compartilhar experiências, vivências, organizar os trabalhos e, sobretudo, celebrar o tema: “Cristãos leigos e leigas, sujeitos na Igreja em Saída, a serviço do Reino”. Com este enunciado, as diversas comunidades religiosas são animadas e inseridas na mística do Ano do Laicato que tem como lema: “Sal da terra e Luz do Mundo” (Mt 5,13-14). O Ano do Laicato, inaugurado com a solenidade de Cristo Rei (2017), se apresenta como tempo favorável para a reflexão e conscientização sobre o papel, a missão e a importância dos leigos e leigas na Igreja e no mundo, como sinalizaram o Concílio Vaticano II, a Conferência de Aparecida (2007) e o Documento 105 da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil). Nestes dias de assembleia, tivemos a oportunidade de compreender que uma “Igreja em Saída” é uma “Igreja em encontro”, e esta é a mística subjacente à celebração do laicato brasileiro. Trata-se de uma Igreja que é Povo de Deus em comunhão e missão; que se encontra internamente ao sentar em torno da mesa da palavra e da mesa eucarística, mas que também se realiza ao se levantar e lutar pela partilha do pão de cada dia; que não impõe muros às suas práticas e que se reconhece numa casa comum; que não peregrina sozinha e é sensível a tantas causas sociais e humanas; que não se faz de proselitismo, senão de testemunho e amor. E, desta forma, uma Igreja que milita por justiça social e que promove a construção de uma sociedade fraterna. Neste sentido, a mística de uma “Igreja em Saída” tem como modelo: Jesus Cristo. O homem de Nazaré foi aquele que viveu “profundamente” o encontro. Ao caminhar pelas vilas e cidades de Israel, esteve com todos, preferencialmente com os pobres e excluídos. Ele esteve no Templo, nas ruas e nos recantos, aproximou o mundo daqueles que ninguém queria se aproximar, denunciou as injustiças dos poderes opressores e anunciou a alegria do Reino. Do mesmo modo que elevou a vida dos pequeninos com a saudação das bem-aventuranças, anunciou a tarefa de cada um como “Sal da terra e Luz do mundo”. Esta é também a dignidade do laicato: sujeitos na “Igreja em Saída” que ousa transpor as cercanias da comunidade religiosa para ser sinal de esperança na sociedade, sobretudo, em tempos de uma crise (civilizatória, moral, social, política, econômica, ambiental) que não é “passageira” ou pontual. Todavia, nestes dias de Assembleia, onde rezamos e nos emocionamos, também recordamos a vida de tantos mártires leigos brasileiros, redescobrimos que, diante de uma sociedade em crise profunda, deve ressurgir em cada um de nós o profetismo. O nosso encontro ficou também marcado por uma palavra-chave: “esperançar”. Ao tornar a “esperança” verbo, foi possível sinalizar que o nosso profetismo se propõe à ação de encher o coração do nosso povo da verdadeira espera. Ela significa que a nossa organização e a nossa união fraterna em torno de uma causa comum é capaz de vencer os sinais de morte em tempos tão difíceis. Para nós, cristãos, a espera nos remete ao Cristo que se pôs a caminho, anunciou a libertação dos cativos e transformou a realidade social de muitos que viviam à margem da estrada (Mc 10,46). Por isso, uma “Igreja em Saída” tem a tarefa de ser sacramento de esperança no mundo, que ilumina as trevas dos desesperados e que tempera com alegria a vida dos desgostosos. Assim, esperançar significa uma ação em vista da efetivação do sonho de uma realidade mais justa; também comporta uma atenção especial aos novos areópagos. Com esta expressão utilizada por Bento XVI e retomada pelo Papa Francisco, que recorda a mensagem acessível de Paulo aos gregos no Areópago de Atenas em At 17, a Assembleia assumiu o compromisso de convocar os leigos dos respectivos regionais a levar a esperança (luz e sal) aos sete novos areópagos: a família, o mundo da política, as políticas públicas, o mundo do trabalho,

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Santuário Nacional de Aparecida sedia 41ª Romaria do Apostolado da Oração Da diocese de Guarapuava, cerca de trezentas pessoas se fizeram presentes no encotro religioso.

Ano Nacional do Laicato “Sal da terra e luz do mundo.” (Mt 5, 13-14)

a cultura e da educação, o mundo das comunicações, a casa comum. Com isso, também propomos a reflexão sobre a promoção da cultura da paz e a superação da violência, a economia e a auditoria cristã da dívida pública, o mundo urbano e o direito à cidade, levando em conta o protagonismo das mulheres e as relações: Igrejasociedade e clero-laicato. A assembleia também reforçou as duas opções preferenciais: pelos pobres e pelos jovens. Estes estiveram representados pelos estandartes e bandeiras de movimentos sociais, pelo testemunho das entidades filiadas e pela voz da juventude dos regionais que se comprometeram na conscientização de outros jovens leigos sobre a sua vocação eclesial na sociedade. Vale dizer que cada regional apresentou, em resumo, as ações em relação aos seminários de estudo sobre o laicato e as agendas a respeito da semana missionária “Igreja em Saída”. Todos se empenharão em divulgar a Cartilha sobre a “auditoria cidadã da dívida pública” e exigir aos candidatos a inserção desta pauta nos seus programas de governo. Com isso, Dom José Eudes Campos do Nascimento (bispo de Leopaldina – MG e referencial do laicato do Regional Leste 2), os delegados dos Conselhos Regionais, representantes das organizações filiadas e demais presentes escreveram um Manifesto em relação à atual conjuntura política brasileira, sobre os desmontes dos direitos conquistados e as reformas desastrosas. Um dos momentos mais bonitos e significativos da Assembleia foi a entrega de um estandarte a cada presidente dos regionais do CNLB: momento feito com muita dança e espiritualidade. O Conselho Regional do Laicato do Leste 2 (constituído pelas 32 dioceses de Minas Gerais e do Espírito Santo) quis compartilhar com os outros conselhos regionais as caminhadas com os estandartes realizadas nas suas comunidades eclesiais. O estandarte representa a cultura, a religiosidade e a fé do povo mineiro. Aqueles que receberam este presente foram convidados a também caminhar pelos seus territórios eclesiais levando a mensagem do ano do laicato e o estudo do Documento 105. Enfim, saímos todos com os corações plenos em esperança e motivados a ser uma autêntica “Igreja em saída”, ainda mais porque esta Assembleia nos possibilitou identificarmos os passos dos outros irmãos leigos ao lado das nossas pegadas. “Presente! Não estamos sozinhos na caminhada!”. Em nossas mãos, levaremos o estandarte do Cristo que aponta que a Igreja se faz de encontro, especialmente com os que estão no mundo sofrendo as mazelas da falta de amor, das corrupções e injustiças sociais. Aliás, o que levamos é a alegria do nosso serviço em prol do Reino e que implica, como nos diz a poesia e o canto do irmão Zé Vicente, que: “Uma nova consciência, nossa festa vai gerar. Comunhão nas diferenças, vida nova faz brotar. Uma festa tão bonita lembra o céu aqui no chão: Deus conosco festejando nosso amor, alimentando minha vida, povo irmão”! Por: Werbert Cirilo Gonçalves - Teólogo e Doutorando em Ciências da Religião Assessor do Conselho Arquidiocesano do Laicato – Belo Horizonte Em nome do Conselho Regional do Laicato – Leste 2

Nos dia 09 e 10 de junho, o Santuário Nacional de Aparecida, em São Paulo, sediou a 41ª Romaria da Rede Mundial de Oração do Papa (Apostolado da Oração e Movimento Eucarístico Jovem). Cerca de 200 mil pessoas participaram do encontro que é referência de fé e devoção em todo o mundo. Da diocese de Guarapuava, sete ônibus lotados viajaram até o Santuário para participar do evento. Segundo o pároco de Reserva do Iguaçu, padre Elizeu Nahm, a viagem foi uma grande bênção para todos, pois esse tipo de romaria proporciona um verdadeiro encontro entre o homem e Deus. “Viajar com as pessoas foi maravilhoso. Tive a oportunidade de também ajudar na celebração da missa na Basílica. Foram momentos intensos de fé e devoção. Todos os que participaram já se preparam para a próxima romaria, no ano que vem”, ressaltou padre Elizeu. Além de muitos momentos de oração, com procissão, na oportunidade também foram realizadas palestras e houve lançamento de livros. Grande parte da programação foi realizada no Auditório Noé Sotillo, no subsolo da Basílica. As missas do movimento do Apostolado da Oração foram celebradas no sábado (9) às 18h e no domingo (10), às 10h. No domingo, a missa foi presidida por Dom Orlando Brandes, arcebispo de Aparecida, que acolheu os integrantes do Apostolado da Oração e sua missão na Igreja. “O apostolado trouxe a Igreja para perto da ternura de Deus”. E se atentou ao Sagrado Coração de Jesus, “é nele que buscamos a unidade e a paz”. Com informações do portal A12


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Diocese de Guarapuava

CNBB - Regional Sul 2 - Igreja no Paraná

Mário Spaki é ordenado bispo em Ponta Grossa Nascido em Irati, o bispo vai responder pela diocese de Paranavaí. A cerimônia de ordenação foi realizada no Parque Internacional de Exposições Presidente Arthur Costa e Silva. Uma diocese em festa. Um de seus filhos, padre Mário Spaki, nascido em Irati, de 47 anos, ordenado sacerdote em 2003, em Ponta Grossa, recebeu sua ordenação episcopal na noite de 22 de junho, na Catedral Sant’Ana. Nomeado bispo de Paranavaí pelo Papa Francisco no dia 25 de abril (que a partir dessa data o sacerdote, passou a ser nominado como Monsenhor Mário Spaki), terá sua posse como bispo da diocese de Paranavaí no dia 8 de julho. A cerimônia de ordenação foi realizada no Parque Internacional de Exposições Presidente Arthur Costa e Silva, às 16 horas. A celebração foi transmitida ao vivo pela Rádio Sant’Ana, emissora da diocese de Ponta Grossa, que também enviou o sinal a outras cinco emissoras da região de Paranavaí; pela TV Evangelizar, que esteve em cadeia com mais 120 canais de televisão do País, e, pelo Facebook, em tempo real. A poucas horas da celebração da ordenação, monsenhor Spaki contou, em entrevista, que o que passa pelo coração é um grande agradecimento. “Muito mais que ter alguma preocupação, sinto a alegria desse momento; sinto que fui invadido por uma gratidão a Deus pelo chamado, por sua misericórdia e bondade para comigo. Desde a manhã, quando acordo, me vem em mente que essa celebração será um grande louvor a Deus”, comentava o sacerdote, garantindo que a ordenação estas sendo muito bem preparada. “São várias equipes, trabalhando em vários âmbitos, tudo com muita atenção e entusiasmo. Vai ser algo bem bonito, de evangelização, não somente para os que estarão na Catedral, mas para os que acompanharão pela televisão, pela rádio e pela internet”, ressaltou na ocasião. Mário Spaki também explicou que o lema que escolheu para seu episcopado: ‘fitando-o o amou’. Habitualmente composto por três palavras e tirado da Palavra de Deus, o lema do novo bispo se refere à passagem do jovem rico que vem correndo, se aproxima e se joga de joelhos à frente de Jesus, perguntando o que precisa fazer para ter a vida eterna. Jesus conversa com ele, explica as exigências do Reino e o jovem responde que já tem vivido como Jesus orienta. “O Evangelho coloca, então, essa frase, ‘Jesus, fitando-o o amou’. E

VIDA

Mário Spaki nasceu em Irati, aos 14 de dezembro de 1971. É o quinto filho do casal Izidoro e Therezinha Spaki (in memoriam). Foi batizado em 19 de dezembro de 1971. Fez seus estudos primários na Escola Municipal do Cerro da Ponte Alta e no Colégio Municipal Olavo Anselmo Santini do Rio do Couro, ambos no interior de Irati, de 1979 a 1987. O Ensino Médio cursou no Colégio São Vicente de Paulo, em Irati, de 1988 a 1990. Em 1987, durante as Missões Saletinas, sentiu o chamado de Deus, entrando para o Seminário Propedêutico Diocesano, no início de 1991. De 1992 a 1994 estudou filosofia no Instituto de Filosofia e Teologia Mater Ecclesiae (IFITEME), da diocese de Ponta Grossa. Em 1995 recebeu permissão de Dom Murilo Sebastião Ramos Krieger, bispo diocesano, para fazer um ano de espiritualidade, na Escola Sacerdotal Vinea Mea, de Loppiano, Florença – Itália. Tendo tido ótimo aproveitamento no curso de espiritualidade, terminando aquele ano, foi convidado para prosseguir seus estudos em Roma e, obtendo autorização de Dom Murilo, cursou Teologia e Mestrado em Dogmática na Pontifícia Universidade Gregoriana, de Roma, anos 1995 a 2001. Em outubro de 2001 retornou ao Brasil e Dom João Braz de Aviz, então bispo da diocese de Ponta Grossa, o enviou para a Paróquia São José da mesma cidade, a fim de ajudar o padre Agostinho Antônio Rutkoski. Ali permaneceu por dois anos e dois meses. Nesse período, ainda como seminarista, começou a lecionar disciplinas dogmáticas no IFITEME, permanecendo como professor por dez anos. Em 02 de fevereiro de 2003 foi ordenado diácono por Dom João Braz de Aviz e, em 03 de agosto de 2003, recebeu a ordenação de presbítero, por Dom Murilo Sebastião Ramos Krieger.

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Encontro de formação vocacional é realizado em Guarapuava O retiro de três dias foi na casa de formação São João Diego e corresponde ao Segundo Módulo da Escola Vocacional. Padres, seminaristas e leigos de várias cidades do Paraná, participaram.

escolhi essa expressão porque vivo um momento muito forte da questão vocacional, pessoalmente, por ser um novo chamado, esse para ser bispo, mas também um sentido muito forte vocacional por essa linda ação evangelizadora, que elaborei, ‘Cada Comunidade Uma Nova Vocação’. Esse lema sai de uma passagem vocacional, enfatiza o amor de Deus: Jesus percebeu que havia bondade no coração daquele jovem e o ama até pelo olhar. Eu também me sinto amado por Deus, e, justamente por sentir-me amado por Deus, gera em mim uma responsabilidade de também eu viver esse amor concretamente com todas as pessoas”.

Dom Sergio Arthur Braschi, que assumiu a diocese de Ponta Grossa em agosto de 2003, o nomeou reitor do Seminário Diocesano São José, função que exerceu de 2004 a 2011. Nesse tempo, Padre Mário atuou na Pastoral da Diocese, coordenando por um quadriênio a prioridade diocesana dos Pequenos Grupos e, na sequência, um quadriênio coordenando a prioridade das Santas Missões Populares. Ainda nesse período desenvolveu a Ação Evangelizadora Nossa Igreja Mãe, em 2006, que, em poucos meses, envolveu a população da Diocese e arrecadou fundos para o término da Catedral Sant’Ana de Ponta Grossa. Naqueles anos fez três pós-graduações: Counseling, no Instituto de Aconselhamento e Terapia do Sentido de Ser (IATES), em Curitiba; Formação de Presbíteros Diocesanos no Instituto Santo Tomás de Aquino de Belo Horizonte e o curso Cultura e Meios de Comunicação no Serviço à Pastoral da Comunicação (SEPAC), em São Paulo. De 2008 a 2011 foi Presidente da Comissão dos Presbíteros do Paraná e Secretário da Comissão Nacional dos Presbíteros. Em setembro de 2011 foi eleito pelos Bispos do Paraná Secretário Executivo do Regional Sul 2 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), com sede em Curitiba, onde se encontra até o presente momento. De 2012 a 2015 fez o curso de Jornalismo na Pontifícia Universidade Católica do Paraná, em Curitiba. Atualmente é diretor espiritual do Instituto Católico de Psicologia e Pesquisa (ICaPP), com sede em Curitiba. Participou ativamente de todo o processo de abertura e desenvolvimento da Missão Beato Paulo VI da Guiné-Bissau, missão ad gentes da Igreja do Regional Sul 2. Além disso, protagonizou a Ação Evangelizadora Missão, Palavra e Pão que, em 2016, envolveu a Igreja do Paraná na arrecadação de recursos para a aquisição de 20 mil Bíblias para a África. Enfim, em 2017, teve a inspiração da Ação Evangelizadora Cada comunidade uma nova vocação, que se espalhou pelo Brasil. Comunicação diocese de Ponta Grossa

A casa de formação São João Diego, em Guarapuava, sediou, de 15 a 17 de junho, o encontro do Segundo Módulo da Escola Vocacional do Regional Sul 2 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). Padres, seminaristas e leigos de várias dioceses e arquidioceses do Paraná participaram da formação que reuniu 46 pessoas, conforme os organizadores. O tema assessorado pelo padre Valdecir Ferreira, da diocese de Apucarana (PR), foi “A Espiritualidade do animador vocacional”. O sacerdote trabalhou a partir da fundamentação da espiritualidade bíblica e cristã da vocação, destacando, na história da Igreja, os grandes místicos da espiritualidade, como Santa Catarina de Sena, São João da Cruz, Santa Tereza, bem como as escolas de espiritualidade. Ele ressaltou ainda a espiritualidade do animador vocacional na atualidade, tendo como fundamento a perspectiva do Evangelho. Essa é a quarta turma a fazer a Escola Vocacional do Regional Sul 2 que, conforme sublinhou o padre José Alir Moreira, reitor do Seminário Maior Nossa Senhora de Belém da diocese de Guarapuava e assessor da Pastoral Vocacional no Paraná, tem por objetivo capacitar os agentes vocacionais, fomentando a cultura do aprendizado para a vocação e qualificando-os para atuarem no trabalho em suas dioceses, paróquias, comunidades e congregações. Com informações e foto da Central Cultura de Comunicação


Julho - 2018

CNBB - Regional Sul 2 - Igreja no Paraná

Paróquia de Manoel Ribas acolhe ordenação sacerdotal

Diocese de Guarapuava

CNBB disponibiliza Cartilha de Orientação Política 2018

Denílson Gonçalves dos Santos foi ordenado padre pelo bispo da diocese de Ponta Grossa, Dom Sérgio Arthur Braschi, no dia 26 de maio, na matriz Santo Antônio.

Com o tema: “Os cristãos e as eleições 2018”, a Cartilha foi elaborada no Paraná, pelo Regional Sul 2 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).

A paróquia Santo Antônio, em Manoel Ribas, foi palco de uma grande festa, no último dia 26 de maio. Na ocasião, Denílson Gonçalves dos Santos, foi ordenado padre pela Congregação Sociedade dos Servos da Eucaristia (SSE). A cerimônia de ordenação sacerdotal foi realizada na matriz e reuniu centenas de pessoas do município e de outras regiões. O bispo da diocese de Ponta Grossa, Dom Sérgio Arthur Braschi, foi quem presidiu a celebração e deu a ordem ao novo padre. A autorização para que o diácono Denílson pudesse ser ordenado na diocese de Guarapuava por um bispo de outra jurisdição eclesiástica, foi concedida por Dom Antônio Wagner da Silva, bispo diocesano. Para o superior da congregação Sociedade dos Servos da Eucaristia, padre Delsi Zamboni, o momento representou muita alegria para todos e um verdadeiro presente para a Igreja que, a partir de agora, passa a contar com a dedicação, o amor e os serviços de um novo sacerdote. Denílson Gonçalves dos Santos nasceu em Manoel Ribas, em 12 de agosto de 1971. Sua família frequentava a capela São Pedro, área rural do município, que pertence à paróquia Santo Antônio.

A Cartilha de Orientação Política: Os cristãos e as eleições 2018; foi produzida pela Igreja do Paraná a pedido da Presidência da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) nacional. Em 20 de fevereiro de 2018, o esquema da Cartilha foi apresentado na Reunião do Conselho Permanente da CNBB e aprovado na mesma ocasião. Durante a 56ª Assembleia Geral dos Bispos do Brasil, em Aparecida, São Paulo, no mês de abril de 2018, o material foi lançado para todos os bispos. O Regional Sul 2 da CNBB, que compreende a Igreja no Paraná, é o responsável pela publicação e distribuição do material. Trata-se de um subsídio destinado a eleitores, candidatos, grupos, comunidades e meios de comunicação, e tem por objetivo a orientar de forma clara sobre as eleições. O material, de maneira nenhuma, segundo os organizadores do mesmo, visa interferir no processo de escolha dos representantes, que é único do cidadão. O foco principal, sob a ótica da CNBB, é o pleito eleitoral de 2018, que elegerá o presidente da nação, governadores dos Estados, além de deputados estaduais, deputados federais e senadores da República.

SOBRE O PADRE

Ao perceber sua vocação, Denílson visitou o seminário da Sociedade dos Servos da Eucaristia, em Ponta Grossa. Segundo ele, após conhecer os trabalhos dos religiosos, identificou-se com o carisma e com a missão da Congregação e, por isso, decidiu iniciar seus estudos. No dia 23 de dezembro de 2017, o então seminarista foi ordenado diácono, também pelas mãos de Dom Sérgio, na cidade de Ponta Grossa. A primeira missa de padre Denílson foi rezada no dia 27 de maio, às 10h30, na comunidade São Pedro, local onde passou sua infância e onde residem seus parentes. Foto: Vera Lúcia Gallo

Guarapuava sedia encontro do Conselho Missionário Regional Mais de 50 missionários do Paraná estiveram presentes. O evento formativo foi realizado na Casa de Líderes Nossa Senhora de Guadalupe, bairro Santana.

De 15 a 17 de junho de 2018, a Casa de Líderes Nossa Senhora de Guadalupe, em Guarapuava, sediou o encontro do Conselho Missionário Regional (COMIRE). Os trabalhos foram em nível estadual e o padre Antônio Niemec, assessorou o encontro. Padre Antônio faz parte da Ação Missionária da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e também é secretário da Obra União Missionária das Pontifícias Obras Missionárias (POM). Estiveram presentes representantes do Conselho Missionário Diocesano (COMIDI), Conselho Missionário de Seminaristas (COMISE), Conselho Missionário Paroquial (COMIPA), além de integrantes da Infância e Adolescência Missionária (IAM), Juventude Missionária (JM) e pessoas vocacionadas que têm a intenção de trabalhar em Quebo, na diocese de Bafatá, na Guiné-Bissau.

Da diocese de Guarapuava, participaram dos trabalhos Jair Sebastião Golinhaki e Beatriz Maria Golinhaki (Coordenadores do COMIDI - diocese de Guarapuava), Marcos Antonio da Silva (COMIPA Manoel Ribas), Virka Neduziak (Nova Tebas - Vocacionada para Quebo), Maria P. dos Santos (Laranjeiras do Sul, Leiga Missionária Xaveriana e Vocacionada para Quebo) e Elizete da Aparecida Toledo (Laranjeiras do Sul – Leiga Missionária Xaveriana – Coordenadora do Conselho Missionário Provincial - COMIPRO e Membro do COMIDI). Dom Sergio Arthur Braschi, bispo referencial para a dimensão missionária no Regional Sul 2 da CNBB, também esteve presente na formação. Ao todo, 52 missionários representaram as dioceses do Paraná.

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A CNBB, através de sua presidência, sublinha que a cartilha é de orientação e estudo e que a entidade não se identifica com nenhuma ideologia ou partido político. Na diocese de Guarapuava, os pedidos da cartilha podem ser feitos na loja Nossa Senhora de Belém, Livros e Artigos Religiosos, Rua XV de Novembro 7466, Sala 1, Centro de Guarapuava. Mais informações sobre este e outros produtos, podem ser obtidas pelo telefone: 42 3304 8220.

Cascavel sedia Seminário Provincial das Comunidades Eclesiais de Base (Cebs) Na ocasião, foram retomados os temas trabalhados no encontro nacional, através de partilha das experiências de cada realidade com a finalidade de cumprir o mandado evangélico de uma igreja pobre para os pobres.

Dando continuidade às reflexões do 14° Intereclesial Nacional das Comunidades Eclesiais de Base (Cebs), ocorrido de 23 a 27 de Janeiro de 2018, em Londrina (PR), com a temática: “Cebs e os desafios do mundo urbano”, a arquidiocese de Cascavel e as dioceses de Toledo, Foz do Iguaçu e Palmas-Francisco/Beltrão, que formam a Província Eclesiástica de Cascavel, realizaram, no dia 10 de junho, na paróquia Rainha dos Apóstolos, em Cascavel (PR), seu seminário provincial com a participação de cerca de 50 pessoas. Na ocasião, foram retomados os temas trabalhados no encontro nacional, através de partilha das experiências de cada realidade com a finalidade de cumprir o mandado evangélico de uma igreja pobre para os pobres em suas diversas condições de pobreza: espirituais, materiais, afetivas, psicológicas entre outras.

Também foram relembradas as 13 mini plenárias que nortearam a temática central, tanto em uma plenária geral quanto nos seis grupos que foram formados, nos quais as discussões se orientaram para viabilizar meios que possam responder às exigências de uma Nova Evangelização em todas as áreas que compõem a sociedade: família, cultura, meios de comunicação, educação. De acordo com o seminarista da arquidiocese de Cascavel, Lucas Marobin, o seminário veio ao encontro do clamor do Papa Francisco para uma igreja em saída, e ao mesmo tempo, desmitificando a rótulo dado às Cebs como uma ideologia política ou um programa governamental partidário na Igreja. “As Cebs foi e continua sendo um modo de viver a fé na dinâmica do Deus que vem ao encontro dos homens que ‘vê, ouve e sente os clamores do seu povo, e desce para libertá-los’ (Ex 3,7)”, avaliou. Regional Sul 2 da CNBB


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Notícias Paroquiais

Diocese de Guarapuava

GUARAPUAVA: comunidade Sagrado Coração de Jesus prepara mais uma edição de sua festa A comunidade Sagrado Coração de Jesus pertence à paróquia Santa Terezinha, em Guarapuava e fica na Rua Coronel Luiz Lustosa, 2256, bairro Batel. A comunidade Sagrado Coração de Jesus, no bairro Batel, em Guarapuava, prepara mais uma edição da festa do padroeiro. O evento será no dia 08 de julho, mas uma programação especial para celebrar o momento, já vem sendo preparada. De 21 a 29 de junho, haverá a costumeira entronização do Sagrado Coração de Jesus e Maria nas casas dos moradores, sempre com início às 19h30. De 29 de junho a 07 de julho, haverá novena na comunidade, também com início às 19h30. De 05 a 07 de julho, depois das celebrações, os presentes poderão visitar as barracas com vendas de doces e salgados. No dia 08 de julho, as comemorações começam às 10h, com a celebração da missa em honra ao Sagrado Coração de Jesus.

Ao meio dia, será servido um almoço à base de churrasco e à tarde, as comemorações prosseguem com sorteio de prêmios, além de barracas de doces salgados e brincadeiras variadas. A comunidade Sagrado Coração de Jesus pertence à paróquia Santa Terezinha, em Guarapuava e fica na Rua Coronel Luiz Lustosa, 2256, bairro Batel.

Julho - 2018

BOA VENTURA DE SÃO ROQUE: paróquia promove formação para ministros da eucaristia e formação para noivos Mais de 50 ministros que já atuam na paróquia participaram da formação, segundo informou a Pastoral da Comunicação (Pascom) da paróquia.

*Seguindo as instruções do Regional Sul 2 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e também da diocese de Guarapuava, através de documento assinado pela maioria dos párocos e administradores paroquiais, fica proibida a comercialização de bebidas alcoólicas em todos os eventos da Igreja.

GUARAPUAVA: paróquia Bom Jesus celebra dez anos de fundação

Uma missa em ação de graças, celebrada pelo pároco, padre José de Paulo Bessa, reviveu a história da comunidade e emocionou os presentes. O dia 06 de junho de 2008 foi de muita comemoração por parte da diocese de Guarapuava. Naquele momento, era criada a paróquia Bom Jesus, no bairro Trianon, decanato Centro. O decreto que determinava a criação da nova paróquia foi emitido pelo bispo diocesano, Dom Antônio Wagner da Silva. Nele, eram apresentados os limites de abrangência da nova comunidade, bem como a localização de sua matriz. Na ocasião, o padre José de Paulo Bessa foi nomeado pároco e permanece na função até hoje. O tempo passou rápido e muita coisa mudou. A paróquia se desenvolveu graças à participação cada vez mais ativa das pessoas da cidade que percebem na comunidade uma Igreja viva e comprometida com as causas humanas e divinas. A igreja fica lotada durante as celebrações e isto é motivo de alegria, segundo a coordenação paroquial. No último dia 10 de junho, na missa das 10h da manhã, na presença de cerca de 300 pessoas, a história da comunidade foi lembrada em um texto escrito e lido pela paroquiana Elisandra Aires Flores. No material, Elisandra fala dos primeiros passos da paróquia quando ainda era uma comunidade que pertencia à Catedral Nossa Senhora de Belém. “Todos nós aqui presentes, fazemos parte desta história. Cada um tem suas lembranças”, disse Elisandra. Todos nós aqui presentes, fazemos parte dessa história e dessa história cada um tem uma lembrança. Alguns têm a lembrança de uma comunidade pertencente à Catedral Nossa Senhora de Belém, ainda de madeira nas proximidades onde é hoje o Guarapuava Esporte Clube. Outros têm a lembrança do início da construção dessa estrutura que vemos hoje. Outros ainda têm a lembrança da Igreja com duas portas frontais e janelas estreitas e verticais. Muitos aqui, também se lembram de um presbitério com paredes com variados tons de azul em com uma cruz dourada central. Há também, na cabeça da maioria de nós, a lembrança da cerca viva que rodeava o terreno e do tapete vermelho que ornamentava o presbitério. Enfim, há muitas lembranças do início de nossa comunidade. E quanta história daqueles que batalharam para erguer, desde a primeira igreja até a atual?! Quantos sacrifícios realizados, quanta solidariedade distribuída, quantos risos ouvidos, quantas lágrimas enxugadas e derramadas, quantas pessoas necessárias e quantas orações elevadas aos céus! Enquanto algumas coisas aconteciam aqui, outras aconteciam acolá. E, de repente, uma semente não somente brotou, mas se aprofundou, cresceu, se fortaleceu, criou raízes fortes, não para ficar fixa em um lugar, mas para ter força, para percorrer caminhos desconhecidos e por eles espalhar seus frutos.

A paróquia São Roque, em Boa Ventura de São Roque, promoveu uma formação para ministros da eucaristia, no último dia 09 de junho. O encontro durou o dia todo e foi na matriz. O padre André Ricardo Santos Lima, vigário da paróquia São Pedro Apóstolo, em Nova Tebas, foi o assessor dos trabalhos. Mais de 50 ministros que já atuam na paróquia participaram da formação, segundo informou a Pastoral da Comunicação (Pascom) da paróquia. O tema da palestra foi: “A Misericórdia de Deus”. “Padre André proclamou a palavra do Filho Pródigo que está em Lucas 15, 11-32, que fala o quanto o Pai é misericordioso conosco, que o Pai não olha os nossos pecados, mas sim para nós mesmos, para nossas qualidades”, sublinha Vanderlei Tintiliano, agente da Pascom. Ele também reitera que “é importante termos misericórdia de nós mesmos, pois sendo cristãos, todos têm o dever de evangelizar e vencer os obstáculos. Cristo é vida, alegria e paz”, finaliza Vanderlei.

A celebração emocionou os presentes que puderam relembrar a caminhada da paróquia e também agradecer pela década de fundação. “Que nesses 10 anos que marcam a história dessa paróquia, possamos celebrar a luta dos sacerdotes e leigos que iniciaram esse projeto que nos tornamos hoje”, grifou Elisandra. A diocese de Guarapuava, em nome de seu bispo, Dom Antônio Wagner da Silva felicita a paróquia Bom Jesus pelos dez anos de atuação junto à comunidade. Confira o texto na íntegra: E assim, esta semente andou por algumas terras, e o caminho a trouxe até as terras de Guarapuava, onde ofereceu sombra para alguns, alimento para outros. Sofreu algumas podas, algumas correções, dessas que ajudam a planta a se fortalecer, outras nem tanto. Incomodou. Alguns desejaram seu corte ou que definitivamente secasse. Desejos estes, em vão. No trajeto, esta semente encontrou uma comunidade. E ao juntar a história desse povo com a história desse padre (padre José de Paulo Bessa), ela se tornou paróquia. E como em qualquer união, vieram os desafios. O bem-querer e o malquerer surgiram. Também vieram a aproximação e o afastamento, o fortalecimento e o enfraquecimento. E nessa balança da vida, passaram-se dez anos. Sabemos que um dia a Igreja física permanece e a Igreja viva vai distribuir seus frutos em outras terras, dando a oportunidade para novas histórias e deixando as suas marcas; desconhecidas para alguns, mas vivas para outros. Que nesses dez anos que marcam a história dessa paróquia, possamos celebrar a luta dos sacerdotes e leigos que iniciaram esse projeto que nos tornamos hoje. Que possamos celebrar o passado que permite esse presente e que possamos celebrar a fé que possibilitará o futuro. Queremos e podemos celebrar a vida em comunidade, com as bênçãos do Nosso Senhor Bom Jesus. Elisandra Aires Flores

FORMAÇÃO

Oito casais que vivem juntos, mas que ainda não são casados na Igreja, participaram de uma formação no último dia 23 de junho, na paróquia São Roque, em Boa Ventura de São Roque. Os trabalhos formativos começaram às 08h, na sala de catequese da matriz, com um momento de espiritualidade. Em seguida, o pároco local, Agenor Batista de França, proferiu uma palestra sobre o matrimônio e sua importância para a formação familiar e cristã. Assuntos como namoro, diálogo, perdão, sexualidade, afetividade e planejamento familiar também fizeram parte dos trabalhos. Os presentes tiveram a oportunidade de debater os assuntos em dinâmicas de grupo o que, conforme a coordenação; proporcionou melhor interação entre os casais. O próximo passo para os oito casais que participaram do dia de formação, é a celebração do casamento em uma cerimônia coletiva na matriz.


Notícias Paroquiais

Julho - 2018

PITANGUINHA: notícias paroquiais As visitas da imagem peregrina de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, em Pitanga, têm por objetivo unir a comunidade e reforçar a devoção das pessoas.

A imagem peregrina de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, padroeira da paróquia do mesmo nome no bairro Pitanguinha, em Pitanga, passou pelas vinte e duas comunidades que compõem a paróquia como símbolo de união das famílias. Conforme informações da Pastoral da Comunicação (Pascom) da paróquia, a imagem é levada de uma capela a outra em carreata, como sinônimo de fé e devoção para com a padroeira.

“Após a missa, as comunidades fazem a confraternização com um jantar gratuito para todos. A imagem permanece um dia ou mais na comunidade com tempo para oração do terço e outras práticas devocionais. Sem dúvida é uma oportunidade muito especial para a comunidade fortalecer sua fé em Deus e amor a Nossa Senhora, reforçando assim, os laços de unidade”, destaca o pároco local, padre Gilson José Dembinski.

SANTA RITA

Com o intuito de fortalecer a devoção para com Santa Rita de Cássia, a paróquia Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, em Pitanga, realizou o Tríduo de 20 a 22 de maio. As comemorações foram encerradas com uma confraternização. Na ocasião, muitas pessoas testemunharam graças alcançadas e ao final, um bolo foi dividido entre os presentes.

GUARAPUAVA: paróquia São Pedro e São Paulo celebra mais uma edição da festa dos padroeiros No dia 08 de julho, será celebrada a comemoração pelo aniversário da paróquia. Haverá missa às 10h, almoço ao meio dia e, às 17h, os organizadores do evento realizarão um sorteio de prêmios. De 29 de junho a 08 de julho, a paróquia São Pedro e São Paulo, no Bairro Industrial (Xarquinho), em Guarapuava, celebra mais uma edição de sua tradicional festa. Nos dia 29 e 30 de junho, às 19h30, terão início os preparativos para o Cerco de Jericó, que será realizado de 01 a 07 de julho, também às 19h30. Cada celebração será presidida por um dos padres da diocese de Guarapuava, como sinônimo de união e harmonia. Nos dias 29 e 30 de junho e também nos dias 01, 05, 06 e 07 de julho, haverá barraquinhas de doces e salgados, depois das celebrações do Cerco de Jericó. No domingo, dia 01 de julho, será servido um almoço ao meio-dia, à base de churrasco e, em seguida, às 14h, haverá sorteio de prêmios para os dizimistas. O ingresso para o almoço pode ser adquirido na secretaria paroquial ou com os coordenadores e organizadores da festa na comunidade. No dia 08 de julho, será celebrada a grande festa em comemoração ao aniversário da paróquia. Haverá missa às 10h, almoço ao meio dia e, às 17h, os organizadores do evento realizarão um sorteio de prêmios.

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MANOEL RIBAS: procissão marca dia do padroeiro Como em anos anteriores, uma procissão saiu da matriz em direção ao local onde foi construída a primeira igreja da cidade. São 80 anos de devoção a Santo Antônio, conforme a coordenação da paróquia. A paróquia de Manoel Ribas realizou, no dia 13 de junho, uma missa solene em homenagem ao padroeiro local, Santo Antônio. A data comemora 80 anos de devoção ao santo naquela comunidade. Uma procissão saiu da matriz, às 09h e percorreu o trajeto até a igreja que é considerada patrimônio histórico da cidade. Uma missa foi celebrada na capela que passa por restauração e resgate histórico desde 2007. Foto: Vera Lúcia Gallo

TURVO: Apostolado da Oração promove encontro Integrantes das comunidades que compõem a paróquia Nossa Senhora Aparecida, estiveram presentes no retiro que foi realizado na matriz. No dia 03 de junho, o movimento religioso Apostolado da Oração da paróquia Nossa Senhora Aparecida, em Turvo, realizou um retiro espiritual. Os trabalhos começaram com a missa às 08h30 da manhã, na matriz. Representantes de 15 comunidades que compõem a paróquia estiveram presentes, segundo informações da Pastoral da Comunicação (Pascom). O retiro terminou às 16h. Cinco dias depois, em 08 de junho, o movimento Grande Família do Sagrado Coração de Jesus (GFASC) da paróquia, promoveu uma missa solene, na matriz. Houve momentos de reflexão e homenagens aos integrantes do grupo na comunidade.

GUARAPUAVA: Festa Julina é atração na comunidade Maria Mãe da Igreja O evento será nos dias 07 e 08 de julho. Celebração de missa, brincadeiras, concurso de rei e rainha da festa, apresentações artísticas e sorteio de prêmios, fazem parte da programação do evento.

O pároco local, padre Mateus Gonçalves da Silva, destacou a alegria que é preparar mais uma edição da festa dos padroeiros São Pedro e São Paulo. “Convido a todos para que venham celebrar conosco mais uma edição da nossa festa. Será uma alegria a presença de cada um em nossa comunidade”, reforçou o sacerdote. *Seguindo as instruções do Regional Sul 2 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e também da diocese de Guarapuava, através de documento assinado pela maioria dos párocos e administradores paroquiais, fica proibida a comercialização de bebidas alcoólicas em todos os eventos da Igreja.

A comunidade Maria Mãe da Igreja em Guarapuava celebra mais uma edição da sua Festa Julina. O evento será realizado em dois momentos, nos dias 07 e 08 de julho, sábado e domingo, respectivamente. No sábado, a festa começa às 19h, com a celebração da missa dedicada à consagração dos dízimistas. Em seguida, haverá barracas com comidas e bebidas típicas, atrações artísticas e concurso do rei e rainha da festa. No domingo, dia 08 de julho, as comemorações começam às 14h, com atrações diversas, praça de alimentação e sorteio de prêmios. Todos são convidados a participar deste momento importante para a comunidade, segundo a coordenação. A comunidade Maria Mãe da Igreja pertence à paróquia São João Bosco, em Guarapuava e está situada à Avenida Paraná, sem numero, bairro Bonsucesso, em Guarapuava. As atividades da comunidade podem ser acompanhada através do Facebook em @maedaigreja.

*Seguindo as instruções do Regional Sul 2 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e também da diocese de Guarapuava, através de documento assinado pela maioria dos párocos e administradores paroquiais, fica proibida a comercialização de bebidas alcoólicas em todos os eventos da Igreja.


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GUARAPUAVA: Milhares de pessoas participam da celebração de Corpus Christi A cada ano, o número de pessoas aumenta no evento que é sinônimo de alegria e de união. As treze paróquias do decanato centro da diocese de Guarapuava celebraram juntas o momento. Mais de dez mil pessoas participaram da celebração de Corpus Christi, em Guarapuava, na manhã do dia 31 de maio. A estimativa do público, leva em conta a quantidade de hóstias distribuídas pelos sacerdotes e ministros no momento da Eucaristia. Como em anos anteriores, as festividades começaram com a concentração de pessoas na paróquia Santa Terezinha, no Bairro Batel. Depois, os participantes seguiram em procissão até a Praça da Fé, onde ocorreu a missa presidida pelo bispo da diocese de Guarapuava, Dom Antônio Wagner da Silva e concelebrada por sacerdotes das diversas paróquias que compõem o decanato centro. Para o coordenador da Ação Evangelizadora da diocese, padre Itamar Abreu Turco, a celebração de Corpus Christi é sempre um lembrete de que a Eucaristia é essencial e motivadora da vida da Igreja. “Na celebração de Corpus Christi, se recorda e se reflete sobre a Eucaristia, que é a verdadeira motivação e inspiração para a vida da Igreja. Toda celebração é a celebração da Páscoa e, ao celebrarmos a Páscoa, todos nós lembramos a passagem. Nós passamos da morte para a vida, da escravidão para a liberdade. Eucaristia é união e, nesta união, comungamos de uma só fonte, Jesus Cristo”, sublinhou padre Itamar. Dom Wagner observou que Corpus Christi é a celebração do amor, da alegria e da fraternidade entre as pessoas. “Esta é uma celebração que tem origem exatamente no amor, louvor e presença do Cristo Eucarístico vivo entre nós. Sempre é um momento de vivermos este amor, de anunciarmos esta alegria. Este é um momento de unidade e de paz que mostra a verdadeira beleza que é a Igreja em festa”, destacou o bispo. Dom Wagner ainda se recupera de um problema de saúde pelo qual passou no início do ano em Roma, Itália, quando participava de um evento de sua congregação, os Dehonianos e, por isso, pela primeira, vez, não pôde participar da procissão. “Eu peço desculpas por não poder participar desta maravilha que é a procissão com o Santíssimo, mas agradeço a todos os que se mantiveram firmes neste propósito. Desde muito cedo, os jovens, os grupos das paróquias já confeccionavam os tapetes. Em muitos casos, este trabalho vinha sendo planejado há meses. Este é um sinal do amor do nosso povo para com esta celebração, para com este momento de muita festa e agradecimento”, sublinhou Dom Wagner. Este ano, o tema da celebração de Corpus Christi em Guarapuava foi: Isto é meu sangue (Mc 14,22). Os milhares de fiéis acompanharam o Santíssimo, exibido em carro aberto. Nas casas por onde a procissão passou muitas pessoas prepararam altares e se reuniram em família para acompanhar o momento devocional.

SOBRE CORPUS CHRISTI

A festa de Corpus Christi (Corpo de Cristo) do latim, tem por objetivo celebrar solenemente o mistério da Eucaristia, o Sacramento do Corpo e do Sangue de Jesus Cristo. A festa é realizada sempre em uma quinta-feira, em alusão à Quinta-feira Santa, quando se deu a instituição deste sacramento. Durante a última ceia de

Jesus com seus apóstolos, Ele mandou que celebrassem Sua lembrança comendo o pão e bebendo o vinho que se transformariam em seu Corpo e Sangue. “O que come a minha carne e bebe o meu sangue, tem a vida eterna e, eu o ressuscitarei no último dia. Porque a minha carne é verdadeiramente comida e o meu sangue é verdadeiramente bebida. O que come a minha carne e bebe o meu sangue permanece em mim e eu nele. O que come deste pão viverá eternamente” (Jo 6, 55 – 59). Através da Eucaristia, Jesus nos mostra que está presente ao nosso lado, e se faz alimento para nos dar força para continuar. Jesus nos comunica seu amor e se entrega por nós.

ORIGEM DA CELEBRAÇÃO

A celebração teve origem em 1243, em Liège, na Bélgica, no século XIII, quando a Freira Juliana de Cornion teria tido visões de Cristo demonstrando-lhe desejo de que o mistério da Eucaristia fosse celebrado com destaque. Em 1264, o Papa Urbano IV através da Bula Papal “Trasnsiturus de hoc mundo”, estendeu a festa para toda a Igreja, pedindo a São Tomás de Aquino que preparasse as leituras e textos litúrgicos que, até hoje, são usados durante a celebração. Compôs o hino “Lauda Sion Salvatorem” (Louva, ó Sião, o Salvador), ainda hoje usado e cantado nas liturgias do dia pelos mais de 400 mil sacerdotes nos cinco continentes. A procissão com a Hóstia consagrada conduzida em um ostensório é datada de 1274. Foi na época barroca, contudo, que ela se tornou um grande cortejo de ação de graças.

NO BRASIL

No Brasil, a festa passou a integrar o calendário religioso de Brasília, em 1961, quando uma pequena procissão saiu da Igreja de madeira de Santo Antônio e seguiu até a Igrejinha de Nossa Senhora de Fátima. A tradição de enfeitar as ruas surgiu em Ouro Preto, cidade histórica do interior de Minas Gerais. A celebração de Corpus Christi consta de uma missa, procissão e adoração ao Santíssimo Sacramento. A procissão lembra a caminhada do povo de Deus, que é peregrino, em busca da Terra Prometida. No Antigo Testamento esse povo foi alimentado com maná, no deserto. Hoje, ele é alimentado com o próprio Corpo de Cristo. Durante a Missa o celebrante consagra duas hóstias: uma é consumida e a outra, apresentada aos fiéis para adoração. Essa hóstia permanece no meio da comunidade, como sinal da presença de Cristo vivo no coração de sua Igreja.

Julho - 2018

ALTAMIRA DO PARANÁ: notícias paroquiais Casamento comunitário, festa de Santo Antônio e encontro de preparação para o Ano do Laicato foram destaques na paróquia Nossa Senhora aparecida no último mês.

CASAMENTO COMUNITÁRIO

A comunidade Santo Antônio, em Altamira do Paraná, celebrou um casamento comunitário no dia 26 de maio. Na ocasião, três casais que viviam juntos, oficializaram a situação matrimonial perante Igreja. Segundo informações da Pastoral da Comunicação (Pascom) da paróquia, houve um trabalho de preparação, para as pessoas que se mostraram dispostas a se casar na Igreja e assim, cumprir com as promessas de uma vivência matrimonial regularizada. “Após esta preparação, os casais disseram seu ‘sim’ definitivo, aceitando o chamado à vida matrimonial. Foram momentos de muita alegria para toda a comunidade”, destaca a Pascom em nota.

LAICATO

A paróquia Santa Maria Imaculada Conceição, em Santa Maria do Oeste, sediou um encontro do Laicato, promovido pelo decanato Pitanga, no dia 06 de junho. Representantes da maioria das paróquias daquele decanato participaram dos trabalhos que teve por objetivo, a preparação para o Encontro de Formação do Ano do Laicato, que será realizado na paróquia Nossa Senhora do Perpétuo Socorro (Pitanguinha), em Pitanga, no dia 28 de julho, das 08 às 17 horas. No encontro, serão aprofundados os seguintes temas: - Identidade, vocação, espiritualidade e missão dos cristãos leigos e leigas, à luz do Documento 105 da CNBB; - Dinâmicas de integração e comunhão das pastorais e movimentos paroquiais; - Ações a serem desenvolvidas nas paróquias para o estudo do Documento 105, celebração do Ano do Laicato, nas comunidades; - Escolha de dois delegados de cada paróquia para participar da Assembleia Diocesana dos Leigos e Leigas com o fim de criar o Conselho de Leigos e Leigas da diocese de Guarapuava; Cada paróquia terá 10 vagas. As inscrições devem ser feitas nas secretarias das paróquias do decanato Pitanga até o dia 20 de julho e o investimento será de R$ 15,00.

PADROEIRO

A comunidade Santo Antônio, que pertencente à paróquia Nossa Senhora Aparecida, em Altamira do Paraná, comemorou seu padroeiro no dia 11 de junho (o dia de Santo Antônio é em 13 de junho). Em preparação para o momento especial, as famílias da comunidade receberam visitas do pároco local, padre Paulo Fernando Francini.

No dia do padroeiro, (13 de junho), uma missa foi celebrada na comunidade às 19h e ao final, como é tradição, foram distribuídos pães aos presentes. Comidas típicas do mês de junho foram servidas em uma confraternização.

PRIMEIRA COMUNHÃO

Depois de um período de preparação, 14 adultos da paróquia Nossa Senhora Aparecida, em Altamira do Paraná, receberam a primeira comunhão. A celebração foi no dia 27 de maio, na matriz e reuniu centenas de pessoas.

TRÍDUO

O grupo Apostolado da Oração, da paróquia Nossa Senhora Aparecida, em Altamira do Paraná, realizou um tríduo de 07 a 09 de junho em honra ao Sagrado Coração de Jesus. As celebrações foram realizadas às 19 horas, na matriz e contaram com a participação de centenas de pessoas da cidade e das comunidades de interior do município. O pároco de Laranjal, padre Cícero Pereira de Sousa, presidiu a missa de abertura do tríduo. Nos outros dois dias, as celebrações ficaram a cargo do pároco local, padre Paulo Fernando Francini. Houve momentos de reflexão e meditação das doze promessas do Sagrado Coração de Jesus durante o evento religioso.

LUAU

Aproximadamente 300 jovens de Altamira do Paraná e região, participaram do primeiro Luau Jovem na paróquia Nossa Senhora Aparecida, com o tema: “Nasci para dar certo”. O evento foi realizado na noite de 09 de junho, na Associação de servidores municipais de Altamira do Paraná (ASMAP). A organização dos trabalhos foi do grupo de jovens da paróquia, “Mensageiros da Paz”. O evento foi animado pela Banda Libertação e Guilherme Nunes, da cidade de Guarapuava. “Durante o dia todo, os jovens tiveram momentos fortes de oração, louvor, palestra, espiritualidade e encontro pessoal com Deus”, escreve a Pastoral da Comunicação (Pascom) em nota. O pároco local, padre Paulo Fernando Francini, encerrou as atividades com uma bênção. Na ocasião, o sacerdote também agradeceu à coordenação do encontro pela iniciativa de promover um evento que envolvesse toda a juventude. Com informações e fotos da Pascom da paróquia Nossa Senhora Aparecida, em Altamira do Paraná


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PRUDENTÓPOLIS: Santuário Nossa Senhora GUARAPUAVA: paróquia Santos Anjos atrai das Graças celebra 60 anos de fundação milhares de pessoas na 6ª edição da novena A consagração do santuário Nossa Senhora das Graças foi de Nossa Senhora Desatadora de Nós realizada no dia 30 de maio de 1958, pelo então bispo da diocese Como ocorreu em anos anteriores, nesta edição, muitas pessoas de Ponta Grossa, Dom Antonio Mazzarotto. precisaram ficar do lado de fora da igreja, tão grande foi o número de participantes.

O santuário Nossa Senhora das Graças, em Prudentópolis, comemorou 60 anos de fundação, no último dia 27 de maio. Para festejar o momento, uma celebração foi preparada. Os trabalhos comemorativos começaram com uma carreta pelas ruas da cidade, com as imagens da padroeira (Nossa Senhora das Graças), e do Sagrado Coração de Jesus, terminando com a concentração de pessoas em frente ao santuário. Durante o percurso, houve reflexões e orações. Após a chegada, uma missa foi celebrada. Depois da missa, os presentes puderam saber um pouco mais sobre o andamento da obra de revitalização daquele local religioso. “A parte em destaque

se refere ao presbitério que passa por reformas, com a instalação de nova iluminação e pintura. A campanha termina no fim do ano. Do projeto também consta a instalação de uma imagem de Nossa Senhora das Graças de quatro metros de altura, em frente à igreja. Todo este trabalho só está sendo possível com a Campanha dos Devotos, lançada em novembro do ano passado. Desde então, mais de setenta por cento dos recursos já chegaram, através da generosidade dos fiéis”, contou o agente da Pastoral da Comunicação (Pascom), Leonardo Alessi. A consagração do santuário Nossa Senhora das Graças foi realizada no dia 30 de maio de 1958, pelo então bispo da diocese de Ponta Grossa, Dom Antonio Mazzarotto.

PRUDENTÓPOLIS: Milhares de pessoas participaram da 103ª festa em louvor a São João Batista

Novena em louvor ao padroeiro, festivais de música e dança, além de exposições de produtos coloniais, carros antigos e artesanatos, fizeram parte das comemorações da comunidade. No dia 24 de junho, a paróquia São João Batista, em Prudentópolis, celebrou 103 anos de fundação. Em consonância com o Ano Nacional do Laicato, o tema escolhido para festejar o momento foi: “Cristãos leigos e leigas, sujeitos na ‘Igreja em saída’, a serviço do Reino”; e o lema “Sal da Terra e Luz do Mundo”, (Mt 5,13-14). Nos dez dias que antecederam a data, uma vasta programação cultural e religiosa foi preparada. De 15 a 23 de junho, às 19h, uma novena foi realizada na matriz. No dia 16, a partir das 13h, a paróquia preparou uma Tarde Junina, com a apresentação da quadrilha composta por alunos do Centro Municipal de Educação Infantil (CMEI) de diversas escolas de Prudentópolis. No dia 17 de junho, foi apresentada a segunda edição do Festival de Música Sertaneja de Prudentópolis (FIMSPRUD). Um dia antes da festa, no sábado, 23 de junho, um grupo de profissionais da Faculdade Guairacá, de Guarapuava, desenvolveu atividades de saúde e lazer com os presentes.

Domingo, dia 24 de junho (Dia de São João Batista), às 09 horas, uma procissão coloriu as ruas da cidade e, em seguida, uma missa solene marcou os festejos do dia. Às 10h da manhã, foi dada a largada da Segunda Maratona de São João. Após o início da prova, foi aberta a exposição de carros antigos com exemplares raros de diversos colecionadores. Muitos visitantes apreciaram as relíquias automobilísticas. Ao meio-dia, foi servido um almoço à base de churrasco. À tarde, as festividades prosseguiram com brincadeiras, música, show de prêmios, além de atividades diversas de interação entre a comunidade.

De 02 de maio a 27 de junho deste ano, a paróquia Santos Anjos, em Guarapuava, realizou a sexta edição da novena em honra a Nossa Senhora Desatadora de nós. As missas foram celebradas sempre às quartas-feiras, às 19h30. Segundo o pároco, padre Reonaldo Pereira da Cruz, a procura pela novena tem aumentado significativamente nos últimos tempos. No entanto, o sacerdote sublinha que, desde a primeira edição, sempre foi muito grande a participação de pessoas de diversos pontos da cidade. Padre Reonaldo também lembrou que, em períodos de novena, muitos fiéis chegam à matriz antes mesmo do início das celebrações e começam a fazer suas orações para pedir ou agradecer à Virgem. “As pessoas chegam para as celebrações ainda cedo da noite. Muitas vêm de outros bairros e estão na igreja antes das 18 horas. Para todos nós, esta devoção a Maria é motivo de alegria e respeito. É uma bênção receber a todos”, comemorou padre Reonaldo. Como ocorreu em anos anteriores, nesta edição, muitas pessoas precisaram ficar do lado de fora da igreja, tão grande foi o número de participantes. “Os testemunhos são cada vez mais tocantes. As pessoas contam de empregos alcançados em meio

à desesperança e até curas de doenças graves. É a devoção a Nossa Senhora fazendo a diferença e unindo nossa comunidade através da oração”, detalha o pároco. “Durante a novena, cada pessoa levou um cordão com nove nós, que representam as nove celebrações. Toda semana, os devotos desamarraram um nó, que representava uma graça que desejavam”, escreveu a Pastoral da Comunicação (Pascom) da paróquia em uma nota. A novena contou com a parceria da Central Cultura de Comunicação, através das Rádios Cultura FM, 93 FM e também do Clube do Ouvinte. Acadêmicos da Faculdade Campo Real, dos cursos de Medicina, Nutrição, Direito, Engenharia Agronômica, Enfermagem e Publicidade e Propaganda, auxiliaram com informações e palestras nos trabalhos sociais, e de orientação a pessoas da comunidade durante o período da novena. A paróquia Santos Anjos, em Guarapuava, está localizada à Rua Manoel Mendes de Camargo, número 200, bairro São Cristóvão. Informações sobre celebrações e atividades paroquiais podem ser obtidas no blog da paróquia em: www.blogsantosanjos.com.br ou pelo telefone: 42 3624 3365.

“Para todos nós, esta devoção a Maria é motivo de alegria e respeito. É uma bênção receber a todos.” Pe. Reonaldo Pereira da Cruz


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No caminho com Áquila e Priscila

Vivendo o evangelho com garra? “Vocês os batizados sois perfume e sabor da humanidade e luz da sociedade” (Mt 5,13-14). No anterior artigo, (Boletim 467) reflexionamos sobre o sentido do sofrimento à luz do Ressuscitado. Hoje, pensaremos como é possível viver a fé no Ressuscitado e quais estratégias utilizar. Como é possível testemunhar a alegria do Evangelho em uma sociedade cheia de ameaças e medos, de propagandas e propostas contraditórias, impelida por apelos ao consumismo irrefreável, ao narcisismo, à ilusão de obter as coisas e o sucesso com o menor esforço, com indiferença frente aos outros e no isolamento dos nossos aparelhos eletrônicos?

CONTEXTO

Na nossa época da democratização da comunicação, os cidadãos do mundo passam a ideia de que entenderam que a vida só vale a pena ser vivida com felicidade. Mas como ser feliz em uma sociedade onde o direito e a justiça são atropelados? Em um espaço onde a violência, o medo e a ignorância rondam a todos como uma peste noturna? Em uma época onde os arrogantes, trapaceiros e cobiçosos devoram os fracos, pobres e ingênuos como aves de rapina? Como ser feliz em meio a uma sociedade onde os bons pecam por omissos e assustadiços, onde faltam líderes com ciência e simplicidade e onde Deus, o amor, a solidariedade e o abraço não se vendem no supermercado? Diante deste panorama, que não é apenas de hoje, surgiu um exército de pessoas versadas, otimistas, com habilidades de persuasão e visão positiva sobre a capacidade da raça humana de ser excelente e superar tudo o que impede sua felicidade, se descoberto e treinado seu poder interior e social de criatividade. Como num ato de resiliência, esse mesmo exército tenta fazer aflorar sua vocação para a sociabilidade e a cooperação. É o chamado, de forma genérica de “A Autoajuda”. O empreendedorismo “Autoajuda” inundou e inunda o planeta com receitas, propostas, reflexões, exemplos, práticas, objetos e crenças sobre como sermos felizes. E claro, a felicidade é um entusiasmo social, coletivo, político, ético, ecológico, religioso, familiar. Ao visitar uma boa livraria, na seção de “autoajuda”, nossa mente não será a mesma. Se apresentarmos um algoritmo da felicidade, quais elementos constitutivos apareceriam?

VIVER O EVANGELHO COM GARRA

Como viver e testemunhar o Evangelho com garra? Se eu ler os quatro Evangelhos sossegadamente, sentindo o que a Palavra de Deus quer me dizer, minha mente não será a mesma. Apenas se viver a mensagem das parábolas de Jesus, uma vida longa seria pouco tempo para compreender e usufruir o néctar deste alimento. Para viver e testemunhar o Evangelho com garra é preciso sentir nas veias e no coração o entusiasmo que o encontro com Jesus ressuscitado detona. Ele tem um jeito de transformar e dinamizar o coração e a mente do crente, porque Ele é a vida e, a vida completa (Jo 10,10).

Observamos que o mais importante que existe no universo é a vida e a vida com saúde. Vida sem saúde é meia vida, vida limitada. Jesus oferece a vida na sua exuberância. A excelência da vida provoca a felicidade. A felicidade é uma energia contagiosa que se não se comunica e se participa, as pedras gritam. Está na exuberância ou excelência da vida. Não obstante, existem diversas definições do que possa ser a felicidade e como ela é produzida. Os estudiosos dizem que o mais importante não é a felicidade em si mesma, que é tão efêmera, mas o que produz essa felicidade ou o contrário. De onde provém essa felicidade, o que está por trás? Para os antigos a felicidade provinha de duas fontes, identificadas com duas palavras gregas: Felicidade hedônica e felicidade eudemônica. VEJAMOS:

FELICIDADE HEDÔNICA

O termo grego hedonê significa “prazer” (Ἡδονή). É origem da palavra hedonismo, que significa a “Boa Vida”, pela experiência de maximização do prazer e minimização da dor, sendo a felicidade algo assim como a totalidade dos momentos hedônicos experimentados e vividos pela pessoa. A hedonia, nesta concepção de felicidade, aparece hoje associada à ideia de bem-estar subjetivo, felicidade subjetiva que seria a felicidade como uma satisfação com a vida emocional surgida do afeto sadio. É uma felicidade que nos faz buscar aquilo que nos faz bem em curto prazo e nos faz fugir da dor.

A FELICIDADE EUDEMÔNICA

O termo vem do grego (Eudemonia: εὐδαιμονία) felicidade ou bem-estar completo. Este conceito de felicidade está relacionado com toda a aprendizagem que a pessoa recebe ao longo da vida, principalmente na família, na religião e na escola. É resultado da nossa educação, dos nossos valores, da nossa personalidade, das nossas crenças. Essa é a felicidade que causa o nosso bem-estar psicológico e também que nos ajuda a enfrentar desafios, a manter o equilíbrio emocional e a buscar nossos objetivos pessoais. O filósofo Aristóteles afirmava que toda a atividade humana tem uma finalidade na busca da felicidade que todas as pessoas procuram. Assim, a eudaimonia, enquanto estado subjetivo, envolve os sentimentos que ocorrem quando a pessoa se move em direção à sua autorrealização, encorajando-se a desenvolver as suas potencialidades e conferir propósito e sentido à sua vida. A família e as boas relações sociais sempre foram associadas à produção de felicidade e do seu significado. A felicidade eudemônica é uma forma de bem-estar produto do significado que se lhe atribui à vida e à ação de contribuir com alguma causa grande, nobre e amorosa.

A ALEGRIA DO EVANGELHO

A Exortação do Papa Francisco “A Alegria do Evangelho” começa com um apelo à alegria. Tudo na vida do cristão e na vida da Igreja deve estar dinamizado e orientado pela alegria do Evangelho. “A alegria do Evangelho enche o coração e a vida inteira daqueles que se encontram com Jesus”. Quantos se deixam salvar por ele e são libertados do pecado, da tristeza, do vazio interior, do isolamento. Com Jesus Cristo, a alegria renasce sem cessar. (EG 1).

Da alegria deste encontro com Cristo “ninguém é excluído” e ninguém nos pode tirar a dignidade que o amor de Cristo nos confere, e que nos permite levantar a cabeça e recomeçar, com uma ternura que nunca nos defrauda e sempre pode nos restituir a alegria. A felicidade e alegria do cristão é consequência do encontro pessoal com Jesus. O encontro com Jesus abre novos horizontes, novas perspectivas, novos caminhos, novas olhadas, novos valores e sabores para quem acredita. Encontrar o Reino de Deus é uma das maiores alegrias que uma pessoa que se abre ao abraço do Pai, pode experimentar. Este é um dado que encontramos ao ler as parábolas: O reino de Deus se parece com um tesouro escondido que uma pessoa encontra, fica tão feliz que deixa tudo e compra aquele campo (Mt 13,44). A parábola das dez moças prudentes que pegaram as lâmpadas e o óleo e entraram na festa de casamento (Mt25,12). A mulher que perdeu uma moeda de prata (Lc 15,8) e a encontrou, ficando muito feliz com isso. Ao longo da história, as pessoas têm discutido interminavelmente sobre o sentido da sua felicidade. Uns a procuram no prazer dos sentidos (a hedonia), outros, na virtude (a eudemonia), outros no conhecimento da ciência das coisas e do mundo, outros na amizade e no amor. Depois de tantas discussões, sempre fica algo não conhecido e sentido na felicidade, algo misterioso e inatingível.

AS BEM-AVENTURANÇAS

Jesus nos propõe como situação de felicidade algo que as conclusões e propostas dos homens não entendem. Ele nos ensina como encontrar a verdadeira felicidade: As bem-aventuranças (Mt 5,1-12; Lucas 6,20-26). As bem-aventuranças não podem ser consideradas como uma recompensa para a triste e dura situação do presente. O presente tem seus valores próprios, pois o Espírito de Deus está na história e no caminho dos homens que cuidam e aprimoram a criação. Existe um mistério nas bem-aventuranças como causadoras da verdadeira felicidade e alegria dos homens e as mulheres como a exuberância e beleza da criação. O mistério evangélico das bem-aventuranças consiste no fato de que elas já pressupõem a felicidade no presente, embora esse presente, aqui e agora, se abra para um futuro escatológico (no fim da história). Por exemplo, os pobres já são felizes aqui e agora. Como? A razão disso é que o Reino da Felicidade genuína já começou com Cristo (Lc 17,20-21- O reino dos céus está dentro de vocês). Observe-se que a pobreza e o sofrimento se revelam como fonte de felicidade na medida em que se ligam à redenção de todos os seres. É por isso que Jesus diz que não só é melhor dar do que receber, mas também que há mais felicidade em dar do que em receber (At 20,35). Finalmente, que todos nós recebemos a benção de Neemias: “Que a força do Senhor seja nossa alegria e recompensa” (Ne 8,10). OBRA REFERENCIAL: VARILLON, François. Alegria de crer, alegria de viver. Loyola, 2018.


Julho - 2018

Círculos Bíblicos

Diocese de Guarapuava

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1º CÍRCULO BÍBLICO DO EVANGELHO DE MARCOS - Junho Quando o poder é colocado a serviço da morte - Marcos 6,14-29 Preparando o ambiente: Colocar no centro uma imagem de São João Batista ou algo que o lembre. 1. ORAÇÃO INICIAL INVOCAÇÃO AO ESPÍRITO SANTO Animador: Meus irmãos e irmãs, é bom estarmos reunidos, em comunidade, buscamos na Palavra de Deus luzes e força para nossa caminhada. Animador: Expressemos a alegria do nosso encontro, transmitamo-nos uns aos outros a Paz que queremos e sonhamos. (Desejando a paz do Senhor). Se houver alguém que esteja participando do grupo pela primeira vez, seja acolhido com muita alegria e carinho; Canto (à escolha) Animador: Iniciemos nosso encontro de fé invocando a presença de Deus (Pode ser cantado): Todos: Em nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo, Amém. Animador: Com fé, peçamos que o Espírito Santo venha ao nosso encontro, iluminando nossas mentes e nossos corações: Todos: Vinde Espírito Santo, enchei os corações de vossos fiéis, e acendei neles o fogo do vosso amor. Animador: Enviai o vosso Espírito, Senhor e tudo será criado, e renovareis a face da terra. Animador: Oremos: Ó Deus, que instruístes os corações de vossos fiéis com a luz do Espírito Santo,

fazei que apreciemos retamente todas as coisas, Segundo o mesmo espírito, e gozemos sempre de sua consolação. Por Cristo, nosso Senhor, amém. 2. OLHANDO A PRÁTICA DA NOSSA COMUNIDADE Animador: No Círculo Bíblico de hoje, vamos refletir sobre o martírio de São João Batista, pelo rei Herodes. Nosso encontro é uma reflexão sobre o sangue do justo derramado pelos poderosos deste mundo que querem sufocar a justiça, matando aqueles que lutam por justiça. a) Como os detentores do poder agem quando são questionados e criticados pelo povo oprimido? b) Nossas autoridades atuais estão a serviço da vida ou da morte? c) Identifique algumas posturas das nossas autoridades políticas a favor da morte. 3. OLHANDO A PRÁTICA DE JESUS Animador: Caros irmãos, vamos ouvir atentamente a palavra de Deus, identificando nela um sinal de morte, que devemos rejeitar. Canto de aclamação • Leitura do texto: Marcos 6,14-29 (Ler duas vezes o texto, com calma). • Momento de silêncio para retomar o texto lido. 4. PARTILHANDO A PALAVRA a) Por qual motivo São João Batista foi condenado à morte? b) Qual era o real interesse de Herodes ao condenar João Batista à morte?

c) Qual o perigo do poder em nossa vida, quando mal usado, conforme o evangelho de hoje? 5. ORAÇÃO DA COMUNIDADE Momento das Preces: O que este texto nos leva a dizer a Deus? Colocar em forma de pedidos, tudo aquilo que refletimos sobre o Evangelho e sobre a nossa vida. Resposta: “Senhor ajudai-nos a promover a vida” Conclusão das Preces: Oração do Pai Nosso, AveMaria, Glória ao Pai. Animador: Estivemos reunidos em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Todos: Amém 6. EM CASA E PARA O PRÓXIMO ENCONTRO • Ler: Mc 6,30-44 Deixar certo para próximo encontro um pão grande para partilha, ou uma cesta com paezinhos

Responsáveis pelo próximo encontro:

Leitores:

Próximo encontro/data: Local:

2º CÍRCULO BÍBLICO DO EVANGELHO DE MARCOS - Junho Jesus sacia a fome da multidão faminta - Marcos 6,30-44 Preparando o ambiente: Colocar no centro da mesa um pão grande ou uma cesta de pães. 1. ORAÇÃO INICIAL INVOCAÇÃO AO ESPÍRITO SANTO Animador: Mais uma vez, estamos reunidos para nosso círculo bíblico. Que a graça, a paz e a misericórdia de Deus estejam em nosso meio. Todos: Bendito seja Deus que nos reúne no amor de Cristo. Animador: Somos convidados, a exemplo de Cristo, a viver a paz que vem de Deus. Saudemo-nos uns aos outros, desejando a paz, num clima de alegria e de fé. (todos se cumprimentam). Se houver alguém que esteja participando do grupo pela primeira vez, seja acolhido com muita alegria e carinho; Canto (à escolha) Animador: Coloquemo-nos em sintonia com Deus, invocando sua presença em nosso meio. Todos: Em nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo, Amém. (Pode ser cantado). Animador: Com fé, peçamos que o Espírito Santo venha ao nosso encontro para iluminar nosso círculo bíblico: Todos: Vinde Espírito Santo, enchei os corações de vossos fiéis, e acendei neles o fogo do vosso amor. Animador: Enviai o vosso Espírito, Senhor e tudo será criado, e renovareis a face da terra.

Animador: Oremos: Ó Deus, que instruístes os corações de vossos fiéis com a luz do Espírito Santo, fazei que apreciemos retamente todas as coisas, segundo o mesmo espírito, e gozemos sempre de sua consolação. Por Cristo, nosso Senhor, amém. 2. OLHANDO A PRÁTICA DA NOSSA COMUNIDADE Animador: Caros irmãos, no círculo bíblico de hoje vamos ver como Jesus lidou com a multidão faminta que estava ao seu redor. a) Em sua opinião existe na comunidade pessoas que sofrem com má alimentação, crianças desnutridas, uma dieta fraca, devido às condições financeiras? b) Qual é a atitude da nossa comunidade com aqueles que enfrentam a falta de pão, em especial as crianças? 3. OLHANDO A PRÁTICA DE JESUS Animador: Vamos ouvir atentamente a palavra de Deus que nos mostra o gesto de amor de Jesus, ao partilhar o pão com os famintos. • Canto de aclamação • Leitura do texto: Mc 6,30-44 (Ler o texto com bastante calma, ao menos duas vezes). • Momento de silêncio para retomar o texto lido. 4. PARTILHANDO A PALAVRA a) Você conhece alguém que está passando por necessidades? O que o grupo pode fazer por esta pessoa, iluminado pelo evangelho? b) Com o gesto de Jesus, o que aprendemos sobre a partilha do pão? c) Alguns dizem que cuidar dos pobres é coisa dos governantes? O que Jesus fez e nos ensina, diante dos famintos?

5. ORAÇÃO DA COMUNIDADE Momento das Preces: O que este texto nos faz dizer a Deus? Colocar em forma de prece, de maneira espontânea, tudo aquilo que refletimos sobre o Evangelho e sobre a nossa vida. Resposta: “Senhor, fazei-nos solidários com o próximo!” Conclusão das Preces: Oração do Pai Nosso, AveMaria e Glória ao Pai. Animador: Estivemos reunidos em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Todos: Amém 6. EM CASA E PARA O PRÓXIMO ENCONTRO • Ler: Mc 6,45-52 Trazer para o próximo encontro, se possível uma ilustração do oceano, ou seja, do mar em turbulências.

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Leitores:

Próximo encontro/data: Local:

Pe. Gilson José Dembinski


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Reflexões Dominicais

Diocese de Guarapuava

Julho - 2018

18º DOMINGO DO TEMPO COMUM

19º DOMINGO DO TEMPO COMUM

Êx 16, 2-4. 12-15 | Ef 4, 17. 20-24 | Jo 6, 24-35

1Rs 19, 4-8 | Ef 4, 30-5,2 | Jo 6, 41-51

5 de agosto de 2018

12 de agosto de 2018

“CONFIAR-SE TOTALMENTE A DEUS!“

“EU SOU O PÃO DA VIDA“

Disse Jesus: “A obra de Deus é que acrediteis naquele que Ele enviou”. Esta resposta dada por Jesus e relatada no Evangelho é uma séria advertência para nós, cristãos. Em nossa vida, corremos o risco de acreditar em nossas próprias forças, em acreditar totalmente na ação de outros, em idolatrar e depositar toda nossa confiança em ideias, em promessas, em ações puramente humanas. Isto não permite um bom, belo e verdadeiro êxito nas ações e projetos que temos, pois, falta o essencial, falta aquilo que Jesus advertiu: confiar naquele que Deus enviou. Deste modo, se confiamos em Nosso Senhor Jesus Cristo que prometeu estar conosco todos os dias até o final do tempos, ele está e permanecerá presente em nossas vidas, continuamente nos acompanhando e agindo nela. Nada somos sem Deus. Nada fazemos por nossa própria ação. Deus nos ajuda, e nós devemos cooperar com Ele, confiando totalmente na ação e providência divina, pois, como ajudou o povo no deserto ajuda a nós nos nossos desertos da vida. Quando passamos a não confiar integralmente em Deus, em Sua divina providência, somos tomados pelo materialismo. Trocamos Deus pelo material, buscamos viver pelo material, buscamos nos mover pelo material, e, assim, o materialismo nos afasta de Deus gradativamente e consome nossa vida. Bento XVI nos diz que no Evangelho “Jesus quer ajudar a multidão a ir além da satisfação imediata das próprias necessidades materiais, por mais importantes que sejam. Deseja abrir a um horizonte da existência que não

é simplesmente o das preocupações quotidianas do comer, do vestir, da carreira. Jesus fala de um alimento que não perece, que é importante procurar e receber. Ele afirma: Trabalhai, não pelo alimento que perece, mas por aquele que dura até a vida eterna, que o Filho do Homem vos dará”. Isto é: Jesus nos convida para voltar nosso olhar para Deus, nos abandonar nele e buscar o que Deus nos oferece, e Deus nos propõe saciar nossas necessidades, nossa sede de infinito, de transcendência. Jesus nos mostra que o material não é tudo, que não devemos ficar presos a isto. Devemos ir além, ir até Deus, nosso fim último. São Paulo, na Carta aos Efésios, nos exorta: “despojai-vos do homem velho, que se corrompe sob o efeito das paixões enganadoras, e renovai o vosso espírito e a vossa mentalidade”. Devemos nos despojar da mentalidade materialista e renovar nossa vida, nosso espírito, nossa mentalidade voltando-nos para Deus, mergulhando nosso pensar e agir na justiça e santidade propostas por Deus, vivendo como cristãos autênticos que buscam viver sua vocação à santidade, confiando plenamente em Deus. O salmo nos expressa que “O Senhor deu a comer o pão do céu”. De fato, Deus nos dá o alimento celeste para nos fortalecer em nossa vida de busca pela santidade. Deus nos ampara, providencia o necessário para suprir nossas necessidades, assim como, atendeu aos clamores do povo no deserto conforme relatou o livro do Êxodo, e atende a nós nas situações da vida, e em nossos clamores. Elevemos nossas orações a Deus e vivamos com confiança, pois é Deus quem nos dá o alimento celeste, que se faz alimento nos ouve e, no momento oportuno, com sua divina providência, nos ampara. Assim sendo, devemos constantemente pedir ao Senhor para que inspire nossas ações para que em Deus comece e em Deus termine tudo o que realizarmos.

Reflexões elaboradas pelos seminaristas de nossa diocese que estão estudando Teologia em Curitiba: Everton Pavilaqui, Herick Rogger Pinchesk, Jacir dos Santos, Marinaldo Cheliga e José Vitor Cozechen Seller.

Jesus, Pão Vivo descido do céu, ocupa o lugar central da Liturgia da Palavra de hoje, toda ela orientada para a Eucaristia. A primeira leitura tirada do primeiro livro dos Reis fala do Profeta Elias que para se salvar do furor da rainha Jezebel, foge para o deserto. Durante a longa e difícil viagem, sentiu-se cansado e quis morrer. “Agora basta, Senhor! Tira minha vida, porque eu não sou melhor do que os meus pais. E, deitando-se no chão, adormeceu à sombra de uma árvore. Mas o Anjo do Senhor o despertou, ofereceu-lhe pão e disse-lhe: Levanta-te e come! Ainda tens um caminho longo a percorrer. Elias levantou-se, comeu e bebeu e, com a força desse alimento, andou quarenta dias e quarenta noites, até chegar ao monte de Deus.” O que não teria conseguido com as suas próprias forças, conseguiu-o com o alimento que o Senhor lhe proporcionou quando mais desanimado se sentia. Hoje, de maneira semelhante ao Anjo, a Igreja convida-nos a alimentar a nossa alma com um pão totalmente singular, que é o próprio Cristo, presente na Sagrada Eucaristia. Nele encontramos sempre as forças necessárias para chegarmos até o Céu, apesar da nossa fraqueza.No Evangelho deste domingo, o Senhor recorda-nos vivamente a necessidade que temos de recebê-Lo na Sagrada Comunhão para podermos participar da vida divina, para vencermos as tentações, para que a vida

da graça recebida no Batismo se desenvolva em nós. Na Comunhão, o poder divino ultrapassa todas as limitações humanas, porque sob as espécies eucarísticas recebemos o próprio Cristo. O amor atinge a máxima expressão neste sacramento. A Eucaristia produz na vida espiritual efeitos parecidos aos do alimento material, em relação ao corpo. Fortalece-nos e afasta de nós a debilidade e a morte: o alimento eucarístico livra-nos dos pecados e fraquezas, que causam a debilidade e a doença da alma. A Comunhão frequente ou diária torna a vida espiritual exuberante, enriquece a alma com uma maior efusão de virtudes e dá àquele que comunga um penhor seguro da felicidade eterna. Tal como o alimento natural permite que o corpo cresça, a Eucaristia aumenta a santidade e a união com Deus, porque a participação do corpo e do sangue de Cristo não faz outra coisa senão transfigurar-nos naquilo que recebemos. A Comunhão ajuda-nos a santificar a vida familiar; incita-nos a realizar o trabalho diário com alegria e perfeição; fortalece-nos para enfrentarmos com animo as dificuldades e tropeços da vida diária. Que Cristo Eucarístico nos fortaleça a cada dia e que Maria Santíssima nos ajude a seguir os passos de Seu Filho Jesus!

Reflexões elaboradas pelos seminaristas de nossa diocese que estão estudando Teologia em Curitiba: Everton Pavilaqui, Herick Rogger Pinchesk, Jacir dos Santos, Marinaldo Cheliga e José Vitor Cozechen Seller.


Reflexões Dominicais

Julho - 2018

Diocese de Guarapuava

17

20º DOMINGO DO TEMPO COMUM

21º DOMINGO DO TEMPO COMUM

Pv 9,1-6 | Ef 5,15-20 | Jo 6,51-58

Js 24, 1-2a. 15-17. 18b | Ef 5, 21-32 | Jo 6, 60-69

19 de agosto de 2018

26 de agosto de 2018

“A BUSCA PELA SABEDORIA“

“A QUEM IREMOS, SENHOR? TU TENS PALAVRAS DE VIDA ETERNA“

A Palavra de Deus não é mera palavra. A Palavra é uma pessoa que fala e fala a outra pessoa. E, por ser pessoa, busca e estabelece uma relação. Ao proclamar as leituras em nossa comunidade, a Palavra encontra a nossa pessoa, fazendo nascer uma relação de amor e esperança. Contemplamos tamanha profundidade do amor de Deus nos textos bíblicos de hoje, que podemos falar claramente de unidade entre Antigo Testamento e Novo Testamento. Vamos à reflexão. O Livro dos Provérbios é uma escola de vida, pois a sabedoria brota do contexto vivencial, isto é, a primeira escola para seguir o caminho da sabedoria é ouvir os ensinamentos do pai. É o pai quem alerta sobre os perigos da insensatez e da ingenuidade. Adquirir sábia educação é saber contemplar toda a realidade e se inserir nela, mas sem nunca perder de vista a fonte da sabedoria: o temor de Deus. A finalidade da sabedoria é a vida feliz. A sabedoria nasce da preocupação básica de preservar e defender a vida. O ser humano quer ser dono da própria vida, quer saber a rota por onde caminhar e ordenar a vida. A sabedoria é um modo de agir com prudência. É tendo sabedoria que a pessoa organiza e ordena a sua vida, mesmo que viva em um mundo desordenado, porque a fonte da sabedoria é o próprio Deus. Em nossos dias, é possível viver com sabedoria? A segunda leitura nos aponta um caminho: “compreender qual é a vontade do Senhor” e, “en-

cher-se do Espírito Santo”. Aqui o Papa Francisco nos ajuda, ao dizer que, para compreender a vontade do Senhor é preciso pedir o dom do discernimento. Viver com sabedoria, não requer apenas uma boa capacidade de raciocinar e sentido comum, é também um dom que é preciso pedir ao Espírito Santo, e esforçar-se para cultivá-lo com a oração e a reflexão. Tudo isso que falamos da sabedoria e do discernimento, faz pleno sentido quando Jesus fala, no Evangelho, que Ele é o pão da vida eterna. No início, falamos da unidade entre Antigo Testamento e Novo Testamento, e não foi por acaso. Em Jesus, os livros do Antigo Testamento, adquirem e manifestam a sua plena significação. Jesus é sabedoria encarnada de Deus. A sabedoria se fez homem e armou sua tenda no meio de nós. Jesus é a maior manifestação da sabedoria de Deus, é o próprio Deus. Eis que o Evangelho de hoje nos desafia a descobrir na Eucaristia a atualidade da sabedoria. O corpo e sangue de Jesus é um privilégio na vida dos cristãos. E, o discípulo fiel que come a sua carne e bebe o seu sangue, assimila a proposta de Jesus e compromete-se em viver sabiamente, testemunhando o amor e o projeto de vida de Cristo a toda a humanidade, onde encontrar um ser humano necessitado de uma palavra reconfortante e de esperança. Para tanto, requer-se um exercício: escutar Jesus e decidir segui-lo no caminho rumo à sabedoria da Cruz. Ser sábio pressupõe busca. Não nos cansemos de buscá-la, de pedir ao Espírito Santo o dom discernimento. Aos pais, procurem ensinar aos seus filhos uma boa conduta, não de negação das coisas do mundo, mas sim de como encontrar sabedoria e discernimento diante dos cenários atuais de desordem. Aos filhos, exercitem-se na sabedoria do discernimento a fim de que não estejam sujeitos às tendências efêmeras e enganadoras. Que Maria nos acompanhe e nos mostre o caminho da vida, da sabedoria e da santidade. Um santo e feliz Domingo a todos vocês!

Reflexões elaboradas pelos seminaristas de nossa diocese que estão estudando Teologia em Curitiba: Everton Pavilaqui, Herick Rogger Pinchesk, Jacir dos Santos, Marinaldo Cheliga e José Vitor Cozechen Seller.

A liturgia do vigésimo primeiro domingo do tempo comum nos apresenta o tema das opções. Assim, nos recorda que a nossa vida pode ser gasta a perseguir valores efêmeros e estéreis, ou a apostar em valores eternos que nos conduzem à vida definitiva. Com isso, na primeira leitura, Josué convida as tribos de Israel reunidas em Siquém a escolherem entre “servir o Senhor” e servir outros deuses. Já na segunda leitura, Paulo diz aos cristãos de Éfeso que a opção por Cristo tem consequências também no nível da relação familiar. No Evangelho, Jesus coloca diante dos nossos olhos dois grupos de discípulos, com opções diversas diante da proposta do Reino. Na primeira leitura, estamos, portanto, em Siquém, com “todas as tribos de Israel” reunidas à volta de Josué. Ele convida os representantes das tribos presentes a tirarem as devidas consequências e a fazerem a sua opção. Pois, é necessário escolher entre servir esse Senhor que libertou Israel da opressão, que o conduziu pelo deserto e que o introduziu na Terra Prometida, ou servir aos deuses dos mesopotâmios e aos deuses dos amorreus. Contudo, vemos claramente que Josué e a sua família optaram em servir ao Senhor. E assim, a resposta do povo não foi diferente. Todos manifestaram a intenção de servir o Senhor: “Nos também serviremos ao Senhor, porque Ele é o nosso Deus”(Js 24, 18b). Quanto à segunda leitura, o texto começa com um princípio geral que deve regular as relações entre os diversos membros da família cristã: “sede submissos uns aos outros no temor de Cristo” (Ef 5,21). Com isso, entendemos que “ser submisso” expressa aqui a condição daquele que está permanentemente numa

atitude de serviço simples e humilde. Já a expressão “no temor de Cristo” recorda aos crentes que o Cristo do amor, do serviço, da partilha é o exemplo e o modelo que todos devemos ter diante dos olhos. Contudo, entendemos que o compromisso com Jesus e com a proposta de vida nova que Ele veio apresentar mexe com a totalidade da vida do homem e tem consequências em todos os níveis da existência, nomeadamente ao nível da relação familiar. No Evangelho, vemos que se manifesta a perplexidade e a confusão daqueles que escutam as palavras de Jesus: “Esta palavra é dura”. Quem consegue escutá-la? Pois, a multidão esperava um messias rei que lhe oferecesse uma vida confortável e pão em abundância, no entanto, Jesus mostrou que não veio “dar coisas”, mas oferecer-Se a Ele próprio para que a humanidade tivesse vida. A multidão esperava de Jesus uma proposta humana, de triunfo e de glória e Jesus os convidou a se identificar com Ele e a segui-lo no caminho do amor e do dom da vida até à morte. Com isso, eles perceberam claramente que Jesus os tinha colocado diante de uma opção fundamental: ou continuariam a viver numa lógica humana, voltada somente para os bens materiais e as satisfações imediatas, ou assumiriam a lógica do Senhor, seguindo o exemplo do Mestre e fazendo da vida um dom de amor para ser partilhado. Por isso, o Evangelho deste domingo põe claramente a questão das opções que nós, discípulos de Jesus, somos convidados a fazer. Pois, todos os dias, somos desafiados pela lógica do mundo, no sentido de alicerçarmos a nossa vida nos valores do poder, do êxito, da ambição, dos bens materiais, da moda, do “politicamente correto”. Por outro lado, todos os dias somos convidados por Jesus a construir a nossa existência sobre os valores do amor, do serviço simples e humilde, da partilha com os irmãos, da simplicidade, da coerência com os valores do Evangelho. Todavia, cabe a cada um de nós escolher a quem iremos.

Reflexões elaboradas pelos seminaristas de nossa diocese que estão estudando Teologia em Curitiba: Everton Pavilaqui, Herick Rogger Pinchesk, Jacir dos Santos, Marinaldo Cheliga e José Vitor Cozechen Seller.


18

Diocese de Guarapuava

40

Julho - 2018

A PALAVRA DO BISPO

ANOS

BOLETIM DIOCESANO

1978-2018

Há quatro décadas e com quatro páginas, nascia o Boletim Diocesano Quarenta anos se passaram e muita coisa mudou no mundo. No entanto, a essência do Boletim Diocesano continua a mesma: informar e formar a partir dos valores cristãos. Julho de 1978. A diocese de Guarapuava, então com 12 anos, através de seu primeiro bispo, Dom Frederico Helmel, dá início a um projeto ousado para a época: nos primeiros dias do sétimo mês daquele ano, já estava disponível a primeira edição do “Boletim Diocesano”. A intenção do impresso de apenas quatro páginas, com periodicidade mensal e tiragem de algumas centenas de exemplares, era divulgar os trabalho da Igreja em âmbito diocesano e também fomentar discussões acerca da sociedade, sempre com base nos valores éticos, morais e, sobretudo, cristãos. O texto de Dom Frederico, publicado na primeira página do Boletim, sugeria um trabalho de formação e de união da Igreja em âmbito particular, através da notícia e de um trabalho pastoral e formativo. Conforme o bispo (em texto reproduzido ao lado, na íntegra), “As distâncias separam, a Igreja nos une”. No mesmo artigo, Dom Frederico também citava que “sua estrutura, conteúdo, deverão corresponder às exigências da missão”.

Com este número, sai, pela primeira vez, a criação mais nova de nossa Diocese, o Boletim Diocesano. Sai da cidade de Guarapuava com o desejo de entrar em todas as paróquias, em todas as comunidades das capelas, nos próprios lares. É um novo jornal que está surgindo, um noticiário local? Não é isto que o nosso Boletim pretende ser. Não é jornal, nem é revista e nem noticiário. O Boletim Diocesano deseja ser, antes de tudo, um mensageiro da Diocese. A Diocese de Guarapuava abrange uma área tão grande, a maior de todas as Dioceses do Paraná. São áreas diversas que, no entanto, têm algo de comum. Localizada no Terceiro Planalto do Paraná, constituem o centro e o coração de nosso Estado. Os 12 municípios formam também uma unidade espiritual, uma Igreja Particular com sede em Guarapuava. O Boletim pretende ser, portanto, um elo de união. As distâncias separam, a

Igreja nos une. Esta união necessita de instrumentos, de laços, de união. Um destes será o Boletim que hoje inicia sua vida. O Boletim será um mensageiro de união. Sua estrutura, seu conteúdo deverão corresponder às exigências desta missão. Será informativo, sim, mas será também, formativo. Um órgão destinado a formar um espírito diocesano, eclesial, a criar interesses comuns e fazer nascer laços de amizade. Deverá ser nosso, inteiramente nosso. Os acontecimentos, a problemática, a mentalidade e o espírito da “Igreja em Marcha” deverão ser nossos. Contudo, sabemos também que não somos uma ilha, que vivemos dentro de uma realidade mais ampla. Tomaremos conhecimento dessa realidade. Mais, ainda, aceitaremos tudo que poderá promover e fomentar o nosso sentimento de comunidade com as demais Igrejas à pertença à Igreja Universal. O Boletim será de união. De união entre clero e leigos, Religiosos e Agentes de Pastoral. Deverá representar o povo, o povo de Deus em toda a sua diversificação e riqueza. Assim, meus caros amigos, mandamos este primeiro número. Mandamos com a nossa bênção, nossos votos de vida longa, de uma atuação fecunda e universal. Que nosso Boletim Diocesano possa cumprir a sua missão e ser o verdadeiro mensageiro de Nossa Senhora de Belém, excelsa padroeira desta Diocese de Guarapuava. São os votos de Frederico Bispo de Guarapuava Julho de 1978

O Boletim será de união. De união entre clero e leigos, Religiosos e Agentes de Pastoral. Dom Frederico Helmel

CONTEMPORIZANDO O ano de 1978 foi de muitas mudanças e acontecimentos no Brasil e no mundo, sobretudo para a Igreja. Este foi um ano que entrou para a história como o ano dos três Papas: Paulo VI, João Paulo I e João Paulo II. Tudo isso ocorreu em um intervalo de dois meses. Nunca, na história, se teve três Papas no mesmo ano. No dia 6 de agosto, morre o Papa Paulo VI depois de 15 anos de pontificado. No dia 26 do mesmo mês, depois do conclave, foi escolhido o italiano Albino Luciani para ser o Papa João Paulo I. Seu pontificado, no entanto, durou apenas 33 dias e o santo padre morreu em 28 de setembro. Este foi o pontificado mais curto da história. Em 16 de outubro, após um novo conclave, foi escolhido para bispo de Roma, o polonês Karol Wojtyla, que era bispo de Cracóvia. Ele se tornou então, o Papa João Paulo II num pontificado que atravessou o final do século XX e rompeu o começo do terceiro milênio. O cardeal Secretário de Estado, Pietro Parolin, falou deste período muito significativo para a Igreja, no dia 02 de maio de 2018, por ocasião da inauguração de encontros dedicados à figura do pai, com o tema “De pai para filho. Que Deus faça seu pai viver longamente dentro de você”. “O ano dos três Papas – explicou Parolin – foi o ano dos três pais”. A GRANDEZA DE PAULO VI Ao recordar o Papa Montini, o cardeal Pietro Parolin evidenciou que nos anos de seu pontificado a situação na Itália e na Igreja era muito difícil. As inquietações pós-conciliar, a morte do presidente da Democracia Cristã, Aldo Moro, a lei do aborto na Itália e as grandes contestações da juventude de 1968. Foram muitos episódios que dificultaram o seu pontificado. Mas, como recordou o próprio cardeal: “a grandeza de Paulo VI emerge justamente nestes anos complicados, no seu trabalho e sofrimento para manter a Igreja unida, na sua reafirmação da verdade de fé que muitos queriam colocar em discussão, e na sua capacidade de não ceder ao pedido dos que queriam condenações definitivas e providências inquisitórias”.


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JOÃO PAULO I: UMA ESTRELACADENTE INESQUECÍVEL “Uma estrela-cadente inesquecível”. Assim o Secretário de Estado define Papa Luciani, o Papa sorridente e humilde que “tinha recém começado a olhar o mundo nas suas vestes de pastor da Igreja universal, e muito cedo nos deixou”. JOÃO PAULO II: VIVACIDADE À IGREJA A queda do muro de Berlim, a implosão do colosso comunista, a guerra étnica e fratricida dentro do coração da Europa até o fanatismo que explodiu com os episódios de 11 de setembro de 2001, nos Estados Unicos. Também os anos de João Paulo II não foram fáceis. “Durante o seu pontificado, a Igreja Católica atravessou um período de mudanças históricas que marcaram época”. Mas, apesar de tudo, recordou o cardeal, João Paulo II “com a sua fé firme e inabalável trouxe vivacidade à Igreja tendo um importante papel ao nos recordar que a Europa para respirar precisava de dois pulmões, não só o do ocidente”, destaca o cardeal. A HERANÇA DOS TRÊS PAPAS-PAIS Depois de ter recordado alguns aspectos importantes de seus pontificados, o cardeal sublinhou a importante herança que nos foi deixada por estes pais. “Todos os três nos educaram a amar a Deus e amar os irmãos. Os homens e as mulheres são antes de tudo irmãos, em busca de um sentido, de um significado, de uma resposta. O cristão vive na certeza da fé, mas jamais pode dizer que a possui, porque fazendo assim correria o risco de reduzi-la a ideologia. E esse olhar, esse sentimento, essa consciência de estar sempre a caminho, de ter necessidade de encontrar sempre o Senhor na nossa estrada, nos foi testemunhado por estes três grandes pais”, sublinha o cardeal.

Todos os exemplares do Boletim Diocesano estão disponíveis para consulta e estudos. O acervo está guardado no quarto andar do Edifício Nossa Senhora de Belém, Rua XV de Novembro, 7466, sala 407, em Guarapuava. Quem tiver interesse no material, basta entrar em contato com o Centro Diocesano de Comunicação (CDC) pelo telefone: 42 3626 4348. Ramal 202.

Notícias Paroquiais O JORNAL Em meio a tantos acontecimentos e mudanças, o Boletim Diocesano surgia e, aos poucos, passava a exercer papel importante não só em meio à comunidade católica, mas também como veículo de informação e formação cristão, como queria seu fundador, o bispo Dom Frederico Helmel. Quarenta anos se passaram e muitas pessoas deixaram sua parcela de contribuição para com este veículo de circulação mensal. Muitos foram os redatores, editores, colaboradores, fotógrafos, arte-finalistas, dentre tantos profissionais que atuaram na elaboração deste material que se tornou um ícone da comunicação da diocese. Atualmente, o Jornal “A Igreja na Diocese de Guarapuava”, o histórico Boletim Diocesano, continua com periodicidade mensal, mas possui 32 páginas (28 páginas a mais do que quando foi fundado) e leva informação e formação para 31 municípios, nas 47 paróquias e 1047 comunidades da diocese de Guarapuava. A tiragem é de 36 mil exemplares, colorido, no formato tabloide americano. O material é elaborado em parceria com a comunidade, OUTRAS MUDANÇAS O ano de 1978 foi intenso em muitos setores, tanto no Brasil, quanto no mundo. Foi neste ano, quando surgia o Boletim Diocesano, que houve o que a medicina chamou de verdadeiro milagre. Louise Brown se tornava o primeiro bebê de proveta da história. O nascimento da criança foi em Oldham, na Inglaterra. Louise foi a primeira a nascer através da fertilização in vitro. No Brasil, a ditadura caminhava para o fim com a extinção do AI-5 pelo governo de Ernesto Geisel. Seguindo a promessa de uma transição lenta e gradual, o ato que simbolizou os tempos difíceis da ditadura saiu de cena na virada de 1978 para 1979. Foi também em 1978 que o Brasil foi apresentado à figura de Luiz Inácio da Silva, o Lula que liderou a primeira greve dos metalúrgicos da história do Brasil. Na Guiana, uma tragédia sem precedentes matou mais 900 pessoas em Jonestown. O líder da seita Templo do Povo, Jim Jones promoveu o suicídio coletivo num caso considerado escabroso e muito dolorido para todo o mundo. Na Itália o primeiro ministro Aldo Moro foi assassinado por membros do grupo: “Brigadas Vermelhas”. Um incêndio destruiu praticamente todo o acervo do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro. O fogo consumiu e fez virar pó todo o acervo de obras de arte de artistas renomados.

através do trabalho voluntário dos agentes da Pastoral da Comunicação (Pascom) que produzem fotos e enviam informações que são transformadas em matérias e artigos para então, serem publicadas no jornal e também no portal: www.diopuava.org.br. Referencial da comunicação no Regional Sul 2 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), que diz-se da Igreja no Paraná, o bispo de Guarapuava, Dom Antônio Wagner da Silva é um dos grandes incentivadores do trabalho jornalístico na diocese. Conforme Dom Wagner, ter acesso à informação é um direito que todas as pessoas No tempo em que a onda disco fervia através do filme “Os Embalos de Sábado à Noite” estrelado por John Travolta, a novela Dancin Days de Gilberto Braga fez sucesso por aqui e lançou modismos como as meias de lurex e alçou definitivamente a carreira de Sônia Braga que brilhou na pele de Júlia Matos. Joana Fomm como Yolanda também roubou a cena. Bem antes de Dancin Days estourar, a novela “O Astro” de Janete Clair parava o país com a pergunta: “Quem matou Salomão Hayalla?”, personagem de Dionísio Azevedo. No último capítulo foi revelado o assassino, Felipe, personagem de Edwin Luisi. A novela teve grande repercussão e gerou um comentário irônico do poeta Carlos Drummond de Andrade no Jornal do Brasil. “Agora que O Astro acabou, vamos cuidar da vida lá fora”. FUTEBOL A Argentina foi campeã mundial de 1978 ao organizar o mundial que se tornou polêmico por conta de uma partida suspeita diante do Peru onde o goleiro Quiroga, um argentino naturalizado peruano, foi acusado de entregar a partida para os argentinos num caso jamais confirmado. O certo é que os argentinos venceram com destaque para Mario Kempes, artilheiro do campeonato. O Brasil dirigido por Claudio Coutinho terminou invicto e mesmo assim ficou de fora da final, se autoproclamando campeão moral.

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têm e precisam fazer valer em todos os tempos e lugares. “Todos nós temos direito à informação com credibilidade, com qualidade, com responsabilidade e amor. A Igreja é por si só a maior comunicadora em todos os tempos. Devemos apoiar e criar oportunidades que abram espaço para os comunicadores, para a formação ética e cristã. Chegamos aos quarenta anos com o Boletim (Diocesano) e precisamos estar sempre abertos a mudanças e melhorias. Comunicar é amar, é levar a Palavra de Deus aos lugares mais remotos”, sublinhou Dom Wagner. O Guarani de Campinas se tornou a única equipe vinda do interior campeã brasileira da história. O Bugre, como ainda é conhecido o clube, conquistou seu único título nacional em dois jogos contra o Palmeiras. Dentre os destaques do elenco estavam o meia Zenon, que jogaria depois no Corinthians, o goleiro Neneca e o atacante Careca. AUTOMOBILISMO Na Fórmula 1, o campeão daquele ano foi o americano Mario Andretti, mas o fato que marcou a temporada foi a morte do sueco Ronnie Peterson. Peterson morreu dois dias depois da largada do Grande Prêmio da Itália quando precisou ter o carro substituído e o modelo, considerado ultrapassado, teve problemas e o tanque de combustível acabou explodindo. Ele foi retirado do carro, internado no hospital, mas contraiu uma embolia pulmonar e morreu em 11 de setembro de 1978. MÚSICA Conhecido como o Cantor das Multidões, na primeira metade do século XX, o músico Orlando Silva morre em 7 de agosto de 1978, para tristeza de seus fãs que se consideraram órfãos.


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Especial - Dízimo

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DÍZIMO

Julho - 2018 Ano Nacional do Laicato “Sal da terra e luz do mundo.” (Mt 5, 13-14)

Uma experiência de fé, para uma Igreja em saída. No mês em que o Boletim Diocesano completa 40 anos de fundação, agradecer a quem mantém este veículo em funcionamento por quatro décadas é fundamental. Obrigado a todos os dizimistas. “Deus Ama que dá com alegria”. (2Cor 9,7). Desde a concepção, todos nós somos pautados por experiências. Na vida, vivenciamos, todos os dias, os mais diferentes aprendizados e experimentamos as mais variadas sensações no decorrer de nossa estada no mundo terreno. Depois desta passagem, também acreditamos e buscamos a experiência de uma vida eterna, ao lado de Deus, em um plano maior, em uma esfera que nos faz perceber a grandeza e a importância de nossos feitos. Como Igreja viva, somos chamados a ser a grande experiência espiritual e humana e, para tanto, diversas ações nos chamam ao trabalho constante de busca pela harmonia e santidade. Ser uma Igreja em saída e ir ao encontro das necessidades de um povo sedento de aprendizado e que clama por justiça, amor e paz se faz necessário. Não basta apenas começar uma missão e, no decorrer do percurso, não dar o devido suporte, a sustentação correta. A missão deve ser cumprida todos os dias com afinco, com amor, com experiências e com renovação do espírito ávido pelo amor pleno, pela alegria de realizar os anseios de uma comunidade. Na medida em que as dores surjam, é necessário que haja quem as tire, de imediato. Ser solidário e entender os próprios medos também faz parte desta experiência. Dar a quem precisa e dar-se às experiências divinas é ser instrumento perfeito da experiência de Deus. “Deus Ama que dá com alegria”. (2Cor 9,7). O que Deus espera de cada um de nós é a experiência da doação, da entrega. DÍZIMO E FÉ Muito mais que uma fonte de arrecadação de dinheiro para a sustentação das comunidades e suas obras, o Dízimo na Igreja representa a verdadeira experiência da partilha, da troca, da doação espiritual. Através da experiência do Dízimo, há um verdadeiro envolvimento de todos e uma troca de afeto que resulta em compreensão e em obras.

Em visita a algumas paróquias que pertencem à diocese de Guarapuava, a equipe de reportagem do CDC, se deparou com diversas realidades e experiências em se tratando do Dízimo. Mais de oitenta por cento das paróquias optaram pela arrecadação dos valores usando o sistema de envelope. Este formato, conforme os coordenadores; promove maior envolvimento entre as pessoas da comunidade e a Igreja e isto, segundo reforçam, é o ponto principal para alavancar os trabalhos missionários e de evangelização. A diocese de Guarapuava trabalha com três frentes: Missão, Círculos Bíblicos e Dízimo. Os três setores são responsáveis

A contribuição nasce de uma decisão pessoal, que exprime a pertença efetiva à Igreja vivida em uma comunidade concreta. Doc. 106. CNBB.

Neste mês de julho de 2018, por ocasião dos quarenta anos de fundação do Jornal A Igreja Na Diocese de Guarapuava (Boletim Diocesano), a equipe da Ação Evangelizadora e do Centro Diocesano de Comunicação (CDC), do qual o Boletim faz parte, percorreu diversas paróquias da diocese para falar dos trabalhos desenvolvidos e também para conhecer e trocar experiências sobre o Dízimo. “Tanto o CDC como todas as outras atividades da Igreja são mantidas com recursos do Dízimo. A formação de novos sacerdotes, bem como a preparação dos leigos, a manutenção das estruturas da Igreja, além da ajuda através das muitas missões, ocorrem porque há a experiência de fé que chega com os recursos do Dízimo”, explanou o coordenador da Ação Evangelizadora e do CDC, padre Itamar Abreu Turco. O sacerdote foi quem idealizou as visitas às comunidades como forma de agradecimento pelo empenho de cada um em colaborar com recurso que se transformam em obras. “Visitar as comunidades e falar dos quarenta anos do Boletim é uma maneira de agradecer a todos os dizimistas de nossa diocese. Sem eles, sem esta força viva e cristã, nada seria possível. A comunicação é vital para a Igreja. Através dos nossos veículos de comunicação, a evangelização pode chegar a todos, rompendo com as barreiras das distâncias”, reforça padre Itamar.

DOCUMENTO 106 De 14 a 16 de junho de 2016, o Conselho Permanente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) aprovou o Documento 106, que versa sobre “O Dízimo na Comunidade de Fé: orientações e propostas”. Este material reforça o Documento 100 da mesma entidade “Comunidade de comunidades - uma nova paróquia”, que foi elaborado a partir da Exortação Apostólica Evangelii Gaudium, do Papa Francisco, que fazia o seguinte apelo: “Espero que todas as comunidades se esforcem por atuar os meios necessários para avançar no caminho duma conversão pastoral e missionária, que não pode deixar as coisas como estão. Neste momento, não nos serve uma ‘simples administração’. Continuamo-nos em ‘estado permanente de missão’, em todas as regiões da terra”. Conforme o bispo auxiliar de Brasília e Secretário-Geral da CNBB, Dom Leonardo Ulrich Steiner, o pedido do Pontífice levou a CNBB a escrever o Documento 100 em 2014. Dois anos depois, reforçando a proposta do Pontífice e suprindo uma necessidade da Igreja do Brasil, o Documento 106 foi elaborado e serve como base para todos os católicos em se tratando da implantação e orientação sobre o Dízimo como trabalho Pastoral e um dos pilares de sustentação da Igreja.

DÍZIMO NA DIOCESE DE GUARAPUAVA

por manter a Igreja unida e compreender as diferentes realidades inseridas que existem em sua área de abrangência. Com 47 paróquias e 1047 comunidades, a diocese de Guarapuava se faz presente em 31 municípios do Paraná, se posicionando assim, como a maior do Estado. As dificuldades são muitas enquanto sociedade e enquanto Igreja e surgem a todo instante. No entanto, a força dos cristãos, sobretudo, dos leigos, é a motriz de muitos projetos missionários e de evangelização que fazem a diferença junto à sociedade, sem levar em conta o grau de dificuldade, tampouco a distância entre um lugar e outro. “Cristo nos une pelo amor incondicional. É por este amor que a Igreja se mantém viva e na

busca pela unidade sempre. Acreditar faz parte da vida do cristão. Devemos, em qualquer tempo e lugar, ser missionários e trabalhar com vontade, com verdade para esta obra do Senhor, em favor deste amor que nos mantém firmes na caminhada cristã. O Dízimo na comunidade de fé é a resposta, o gesto concreto para a vivência, para a compreensão do amor de Deus que nos dá tudo, sem medidas, sem cobranças”, observa o bispo diocesano Dom Antônio Wagner da Silva. O bispo também sublinha que todos os católicos precisam ser exemplo de amor, de doação e de esperança em suas comunidades e famílias. “O exemplo de partilha, de doação, deve começar dentro de cada um de nós. Em

Na página 13 do Documento (106), em resposta à pergunta: “O que é o dízimo?”, diz-se que: “Por meio do Dízimo, que é uma contribuição motivada pela fé, os fiéis vivenciam a comunhão, a participação e a corresponsabilidade na evangelização”. Nas 44 páginas do Documento 106, há muitas respostas sobre a importância do Dízimo para a Igreja. A partir desse comprometimento, conforme o texto, a evangelização ocorre de forma mais incisiva e direcionada, sem que outros percalços interrompam a caminhada cristã. “A contribuição com o Dízimo é um modo de reconhecer que Deus é o Senhor de todos os bens (dimensão religiosa), de manter as estruturas eclesiais no âmbito paroquial e diocesano (dimensão eclesial) e partilhar os recursos, em vida do crescimento do Reino de Deus (dimensão missionária) e do serviço da caridade (dimensão caritativa)”, diz o texto sobre “As dimensões do Dízimo” na página 22. No capítulo II do Documento 106, há orientações claras sobre a implantação do Dízimo nas dioceses, paróquias e comunidades. Conforme a página 27 do material da CNBB, “O processo de implantação do Dízimo aprofunda a compreensão da fé, a consciência da pertença a uma Igreja particular e reforça a Pastoral de Conjunto”. Com base nestas particularidades, a diocese de Guarapuava, procura entender e dar suporte a todas as paróquias e comunidades em se tratando da implantação e manutenção Dízimo como ação pastoral e de compromisso cristão. “As paróquias que abraçaram o Dízimo como fonte de manutenção e sustentação da Igreja, comemoram esta grande conquista. A eliminação das festas com bebidas alcoólicas apresentam ótimos resultados, pois nestas confraternizações há harmonia e evangelização, nossa meta principal enquanto Igreja viva”; salienta padre Itamar.

nosso íntimo, de acordo com nossa consciência, devemos ouvir o chamado para servir. Este ato de entrega não escolhe o lugar e não tem um tempo determinado. Envolver-se com as comunidades e repartir as tarefas é o dever de cada um de nós enquanto cristãos que somos. As dimensões do Dízimo vão muito além da contribuição com dinheiro. O envolvimento das famílias, a partilha e a devoção são as coisas que, de fato, importam. Dar de si para quem tem menos ou para quem não tem nada, é um gesto de amor, mas também, de compromisso, de servidão a Deus”, sublinhou Dom Wagner.


Especial - Dízimo

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DÍZIMO NAS PARÓQUIAS

CÂNDIDO DE ABREU PARÓQUIA SENHOR BOM JESUS Com mais de 17 mil habitantes, o município de Cândido de Abreu tem maioria católica. A paróquia Senhor Bom Jesus possui 42 comunidades e o trabalho do Dízimo é uma das prioridades conforme destaca o coordenador desta Pastoral, Reginaldo de Paula Ramos. “Aqui em nossa paróquia, procuramos trabalhar muito mais o coração, a consciência do que os valores, a arrecadação. Não podemos deixar de detalhar que os valores do Dízimo bancam a maioria das atividades em nossa paróquia. Sempre procuramos interagir com outras pastorais e movimentos dentro de nossa comunidade, mas ainda percebo que faltam pessoas para ajudar nesta missão que é a força viva de nossa Igreja. Não se faz obras sociais sem recursos e esta consciência de partilha precisa ser avivada em todos os momentos. Dízimo é nossa espiritualidade posta à prova”, assegurou Reginaldo. O coordenado também ressaltou que o sistema de arrecadação através dos envelopes envolve toda a comunidade, pois a presença de um agente (do Dízimo) na casa das pessoas mostra a importância que cada um tem para a Igreja. “Quando um agente do Dízimo chega até a casa da pessoa, há todo um contexto de amizade, de partilha. Ninguém vai lá para pedir dinheiro, mas sim, para fazer o trabalho missionário. Nossos agentes têm afinidades com as pessoas que visitam. Há sempre espaço para melhorar e estamos trabalhando nisso. A formação através de palestras e encontros nos mostram caminhos melhores a serem percorridos”, finaliza Reginaldo. A entrega dos envelopes com os valores referentes ao Dízimo é feita durante a celebração da manhã de domingo, na matriz. Há sempre sorteio de brindes para os presentes na celebração.

PITANGA PARÓQUIA SANT’ANA Fundada em 15 de dezembro de 1933, a paróquia Sant’Ana, em Pitanga, possui 39 comunidades sob sua responsabilidade. Em um município com mais de 32 mil habitantes, a Igreja é presença viva em se tratando de unidade, evangelização e partilha. O pároco local, padre Thiago Alberto Grande, é o coordenador do Dízimo na diocese de Guarapuava. Dentre suas atividades principais na coordenação da Pastoral, destacam-se palestras e orientações acerca do Dízimo. Estes, conforme o sacerdote; são trabalhos necessários e de suma importância para a Igreja enquanto diocese.

Em entrevista ao Centro Diocesano de Comunicação (CDC), o secretário paroquial, Ronis Gomes de Lara, contou da importância do Dízimo na paróquia, não como mecanismo responsável por angariar fundos, mas como instrumento indispensável de evangelização e unidade. “Nas missas do segundo sábado e domingo de cada mês, há a entrega dos envelopes do Dízimo na matriz. Tudo é passado por uma conferência e, em seguida é feito o lançamento no sistema da paróquia que e interligado com a diocese. Os envelopes são guardados por três meses, caso haja alguma divergência ou necessidade de conferir novamente. Nas comunidades que pertencem à matriz, os agentes fazem o trabalho de coletar os envelopes e, em seguida, encaminham para a secretaria paroquial, onde passam pelo mesmo procedimento”, sublinhou Ronis. O secretário também detalhou que é feita uma prestação de contas rigorosa durante as celebrações e isto, conforme atribui, passa confiança ao dizimista. “A oferta do Dízimo é o resultado de um trabalho de evangelização muito grande. Sem este caminho, o processo inteiro ficaria falho. Portanto, falar com clareza sobre a importância do dizimista e de sua contribuição é o mínimo que uma paróquia pode fazer. Eu me sinto muito bem fazendo parte desta caminhada”, reforçou Ronis. A paróquia Sant’Ana, conforme o secretário, tem mantido o mesmo nível de arrecadação. Mais de 40 pessoas atuam como agentes da Pastoral do Dízimo e visitam as casas todos os meses. “Há muitos pedidos de formação por parte dos responsáveis pelo Dízimo nas capelas que pertencem à paróquia. Esta atitude demonstra o interesse dos fiéis e também nos motiva a continuar dando total atenção a esta pastoral que é vital para a manutenção de todos os trabalhos da Igreja”, concluiu Ronis.

PITANGA PARÓQUIA NOSSA SENHORA DO PERPÉTUO SOCORRO Com 21 comunidades, a paróquia Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, no bairro Pitanguinha, em Pitanga, atende a uma população de milhares de habitantes. Padre Gilson José Dembinski é o pároco local e destaca que o dízimo é vital para a manutenção de todos os projetos da paróquia. “Trabalhar o Dízimo em nossa comunidade é uma tarefa muito bonita e que nos motiva todos os dias. Com esses recursos, podemos enviar pessoas para formação e também manter a comunidade em ordem. Em todas as celebrações, procuramos evidenciar esta pastoral (do Dízimo), pois sem ela, muitas coisas não poderiam ser realizadas”, contou padre Gilson. Em entrevista, a coordenadora do Dízimo na paróquia, Eliane Cristina Krupk, relatou que o sistema de arrecadação por envelopes foi implantado há quatro anos. Ela sublinha que a prática motiva a equipe formada por 27 pessoas a irem ao encontro dos dizimistas para que possam entender a realidade de cada família. “Alguns dizimistas de nossa pa-

róquia preferem pegar o envelope na secretaria. Temos uma equipe de 27 pessoas que vão até as casas, fazem a entrega dos envelopes e conversam com os moradores. Este gesto tem motivado o aumento de dizimistas comprometidos com a Igreja”, salienta Eliane. A secretária paroquial, Jucieli Korchak, falou da alegria que é trabalhar diretamente com os coordenadores, agentes e também com os dizimistas. “Percebemos neste gesto, que as pessoas estão comprometidas com a Igreja e que se sentem alegres em poder fazer parte desta grande família. A realização de palestras com pessoas de outras comunidades também pode ser fator estimulante e de troca de experiências em se tratando de conscientização para com o Dízimo”, enfatizou. Nas missas do segundo fim de semana de cada mês, (sábado às 19h e domingo, às 09h da manhã), integrantes da Pastoral do Dízimo fazem um plantão para receber os envelopes e orientar as pessoas que desejam contribuir pela primeira vez ou que tenham esquecido seu envelope em casa. “Algumas pessoas que não trazem o envelope para a celebração podem pegar com os agentes de plantão e entregarem seu Dízimo durante a missa. Há também quem queira fazer seu cadastro naquele momento e os agentes estão ali para ajudar em todo esse processo. Há sempre o sorteio de prêmios e de um bolo para os dizimistas aniversariantes, além de uma confraternização para todos os presentes naquela celebração. Tudo isso é realizado com os recursos do próprio Dízimo”, explica Eliane.

TURVO PARÓQUIA NOSSA SENHORA APARECIDA Um grupo formado por 11 pessoas recebeu a equipe de reportagem do Centro Diocesano de Comunicação (CDC), na casa paroquial de Turvo, para falar do Dízimo na paróquia. Integrantes de outras Pastorais da paróquia Nossa Senhora Aparecida, ajudam com os trabalhos do Dízimo e destacam a importância dos recursos para que a Igreja se mantenha. Ademar Tonon é coordenador paroquial da Pastoral do Dízimo e disse que usa de pelo menos 20 minutos nas celebrações para falar dos trabalhos realizados e também traçar novos caminhos missionários envolvendo a comunidade. “Como em todos os setores, eu sinto que temos muito a melhorar com o Dízimo em nossa paróquia. Destaco que nossa esquipe tem feito um trabalho bastante significativo em todo esse tempo de atuação. Também acredito que através da formação, de palestras e da troca de experiências com outras comunidades, muito ainda pode ser melhorado em favor da Igreja”, disse o coordenador. Com aproximadamente 14 mil habitantes, a maioria dos moradores do município de Turvo professa a fé católica. Destes, conforme os integrantes da Pastoral do Dízimo, 500 são dizimistas fiéis. “Sempre é muito bom contar com informações e experiências de outras comunidades. A intenção de toda equipe do Dízimo em nossa paróquia é envolver mais pessoas neste processo de evangelização. Só através dessa consciência é que podemos crescer como pessoa, como cristãos”, disse Terezinha Pilati, que também faz parte da Pastoral do Dízimo na paróquia.

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“Durante os encontros da catequese, é falado do Dízimo às crianças e adolescentes. Este tipo de trabalho cria uma consciência de partilha e motiva a formação desde cedo. Trabalhar com o Dízimo na catequese estimula a família a participar cada vez mais nas atividades da comunidade”, lembrou Leonice Braga Penteado. “Quando participo de palestras, eu nunca deixo de falar que aquele momento de formação só está sendo possível graças ao Dízimo. Sem os recursos do Dízimo, a Igreja para e, se a Igreja parar, tudo desmorona. É preciso motivar cada vez mais as pessoas para que entendam e se conscientizem sobre a importância desta partilha. Dízimo é uma questão missionária”, enfatizou Rubens Batista de Campos. Participaram do encontro para esta entrevista as seguintes pessoas: - Ademar Tonon; - Gabriel Pilati; - Terezinha Pilati; - Leonice Braga Penteado; - Juliano Penteado; - Carmelina Caetano; - Sueli Medeiros; - Maria Rosa Correa Peron; - Rubens Batista de Campos; - Robson Santelli - Everaldo Soares;

VIRMOND PARÓQUIA NOSSA SENHORA DO MONTE CLARO Com aproximadamente quatro mil habitantes, o município de Virmond é formado por maioria católica. A paróquia Nossa Senhora do Monte Claro atende a 12 comunidades e tem como pároco o padre Piotr Poszwa da Congregação Sociedade de Cristo (SCHR). Eloi Frederick é o coordenador do Dízimo na paróquia e sublinha que a comunidade tem aceitado muito bem o trabalho desenvolvido. No entanto, ele salienta que muita coisa pode ser melhorada a partir da formação. “Há muito que fazemos o trabalho de visita nas casas dos dizimistas. Todos os meses, duas famílias são sorteadas e a equipe vai até esta residência e faz uma pequena celebração com as famílias. Neste momento, além de rezarmos e cantarmos juntos, nós também oferecemos um pequeno presente em agradecimento pela partilha. É um trabalho muito bonito e que tem dado resultados positivos em se tratando de evangelização e troca de experiências”, avaliou Eloi. Para Genoveva Mierzva, que além de participar da Pastoral do Dízimo, também integra a Pastoral Familiar em Virmond, a interação entre os diversos movimentos da paróquia ajuda a alavancar a consciência do Dízimo na comunidade. “Procuramos sempre explicar, nos encontros de formação ou reuniões, que sem os recursos do Dízimo, nada poderia ser feito em nossa comunidade. A partir desta consciência de cada um, temos a capacidade de desenvolver grandes atividades em favor da Igreja”, discorreu Genoveva. Aquisição de materiais explicativos e momentos de formação com integrantes do Dízimo de outras paróquias estão entre os objetivos da Pastoral do Dízimo de Virmond. “Estamos abertos a trocas de experiências. Há sempre um grande campo de aprendizado nesta caminhada pastoral e missionária. Nossa intenção é aprender cada vez mais e repassar este aprendizado às pessoas de nossa comunidade”, finalizou Eloi.


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Especial - Dízimo fazer a contribuição referente ao ano inteiro. Temos aproximadamente mil dizimistas na matriz”, contou o pároco. No mês de julho, conforme padre Andrzej; será lançado um aplicativo de telefone celular que permite que o dizimista faça sua contribuição on-line. O sistema tem a finalidade de facilitar a tarefa de quem não pode, naquele momento, ir até a matriz para realizar a tarefa.

LARANJEIRAS DO SUL PARÓQUIA SANT’ANA O município de Laranjeiras do Sul foi fundado no dia 30 de novembro de 1946 e, conforme o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), conta com uma população de aproximadamente 33 mil habitantes. Destes, mais de 80% são católicos. A paróquia Sant’Ana, no município, conta com 46 comunidades. Os padres Xaverianos (SX) estão presentes na paróquia e o padre Domenico Borrotti é o atual pároco. O Dízimo na paróquia Santana é coordenado pela secretaria paroquial e o dizimista precisa ir até a matriz para fazer sua contribuição mensal. De acordo com a secretária paroquial, Terezinha Périco, os dizimistas da paróquia são fiéis e a comunidade tem se mantido com estes recursos. “Nossos dizimistas são fiéis. Isto nos motiva a continuar desenvolvendo cada vez mais nosso trabalho. Temos cadastrados cerca de quatro mil dizimistas em nossa paróquia. Eu considero a contribuição para com o Dízimo como um exercício de consciência e de amor pela Igreja”, grifou Terezinha. “Todos os meses, rezamos uma missa pelos nossos dizimistas. Este é um gesto de agradecimento pela fidelidade e entendimento para com os trabalhos paroquiais”, salientou o padre Aleixo Vera. Para o padre Fabio Castelli, o Dízimo faz despertar em cada um o espírito missionário e só através do trabalho missionário a Igreja pode se manter viva e acolhedora. “A Igreja precisa estar presente em todos os lugares e exercer sua missão. Os dizimistas, com sua fidelidade, proporcionam o desenvolvimento deste serviço”, sublinhou padre Fabio. Liliane Wrublak Favaretto também é secretária na paróquia Sant’Ana e conta que receber os dizimistas é sinônimo de alegria e partilha. “As pessoas vêm até a secretaria paroquial, motivadas pelo amor e pela devoção. Eu me sinto muito bem em poder atender a todos com amor e respeito”, destacou Liliane.

QUEDAS DO IGUAÇU PARÓQUIA IMACULADO CORAÇÃO DE MARIA De maioria católica, o município de Quedas do Iguaçu conta com uma população de mais de 30 mil habitantes. A paróquia Imaculado Coração de Maria foi fundada em 01 de outubro de 1954 e o atual pároco é o padre polonês Andrzej Wojteczek, da Congregação Sociedade de Cristo (SCHR). A paróquia atende a 54 comunidades e os dizimistas levam a contribuição na secretaria da matriz. Nas capelas do interior, há uma pessoa responsável pela arrecadação e os valores são repassados à paróquia. “Cada capela tem um sistema de arrecadação e contribuição para com o Dízimo. Algumas pessoas optam por

ESPIGÃO ALTO DO IGUAÇU PARÓQUIA NOSSA SENHORA DA LUZ A secretária da paróquia Nossa Senhora da Luz, de Espigão Alto do Iguaçu, Rokaia Dutra, contou que há oito meses a paróquia optou pelo sistema de envelope para a arrecadação do Dízimo. Segundo Rokaia, a experiência tem dado certo e cada vez mais pessoas aderem ao sistema. “No início, sempre há um grau de dificuldade, mas depois os dizimistas entendem que através do envelope o trabalho fica muito mais fácil”, explica a secretária. O município de Espigão Alto do Iguaçu tem uma população de menos de cinco mil habitantes. A maioria, conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) professa a fé católica. A paróquia foi fundada no dia 26 de setembro de 1996 e conta com 18 comunidades. Há três anos, a paróquia optou por implantar o Dízimo como meio de sustentação da comunidade e, para isso, os coordenadores buscaram ajuda de outras paróquias onde o sistema já estava em funcionamento. “Temos uma média de 450 dizimistas. Os envelopes são distribuídos através das coordenadoras das capelinhas e cada dizimista leva a contribuição na matriz ou nas capelas que compõem os setores da paróquia. Todo segundo domingo de cada mês, uma missa é rezada em ação de graças aos dizimistas”, contou Rokaia.

NOVA LARANJEIRAS PARÓQUIA SÃO JOÃO BATISTA Com pouco mais de 11 mil habitantes, o município de Nova Laranjeiras, a exemplo da maioria dos municípios do Paraná, é formado por uma população de maioria católica. O pároco local é o padre Miguel Delgado Cedillo, da congregação dos Padres Xaverianos (SX). Há pouco tempo, a Pastoral do Dízimo implantou na comunidade o sistema de contribuição por envelope. A prática, conforme os coordenadores e agentes (do Dízimo), facilitou a arrecadação e motivou os membros das famílias a contribuírem de forma individual. “Nós tivemos que quebrar um tabu, pois havia certo receio em mudar o sistema de contribuição. Mas depois, notamos que as pessoas aderiram a esta proposta e tudo está funcionando muito bem. Em princípio estamos trabalhando com os envelopes na parte urbana do município, mas

depois, vamos implantar o sistema gradativamente, sempre com segurança, sem perder nosso foco principal que é a evangelização”, ressaltou Osvaldino Turatto, coordenador da Pastoral do Dízimo na paróquia. “Nós trabalhamos o assunto ‘Dízimo’ em todos os encontros da Igreja. Procuramos repassar com detalhes, que através do Dízimo, a comunidade se mantém viva e pode desenvolver grandes trabalhos junto aos fiéis. Destacamos a fidelidade de nossos paroquianos em relação ao dízimo. Isso é muito gratificante”, detalhou Ivo Amandio Wittmann, integrante do grupo que coordena o Dízimo na paróquia. As entregas dos envelopes com os valores referentes às contribuições, são feitas nas missas do segundo sábado do mês à noite e na manhã do segundo domingo do mês, respectivamente. A celebração, conforme os integrantes da Pastoral do Dízimo; é voltada para este assunto. O encontro para falar sobre o Dízimo em Nova Laranjeiras foi realizado na casa paroquial e contou com a presença das seguintes pessoas: - Osvaldino Turatto; - Ivo amandio Wittmann; - Ademar Tessari; - Neiva Tessari; - Maria Bastos Ziys; - João Cia; - Darci Nogueira; - Emerson Pilarsk.

PORTO BARREIRO PARÓQUIA IMACULADA AUXILIADORA O Dízimo em Porto Barreiro é recebido pelo sistema de carteirinha, conforme contou a coordenadora desta pastoral na paróquia Imaculada Auxiliadora, Marinez Crotti. De acordo com ela, os serviços são divididos por setores. Muitas pessoas, conforme a coordenadora, também preferem contribuir na secretaria paroquial. “Divulgamos o Dízimo também na catequese como forma de conscientizar nossas crianças e adolescentes desde cedo para esta prática”, contou Marinez. De acordo com os integrantes da Pastoral do Dízimo em Porto Barreiro, o próximo passo será a implantação do sistema de arrecadação por envelopes. Segundo confirmaram com outras paróquias, a prática envolve mais pessoas da comunidade e a troca de experiências permite maior interação entre as famílias. “Estimulamos as crianças a também contribuírem com o Dízimo. Este é um gesto cristão e que conscientiza o fiel desde cedo sobre a importância de manter a Igreja viva”, destacou Liane Mognon, agente da Pastoral do Dízimo. O dizimista aniversariante também tem seu nome lembrado nas celebrações do segundo domingo de cada mês, observaram os coordenadores. Em Porto Barreiro, participaram da reunião sobre o Dízimo as seguintes pessoas: - Antonio Becker; - Rosinei Schipanski; - Edson José Ramalho; - Santina Cleusa Gonçalves; - Liane Mognon; - Marinez Crotti; - José Crotti.

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RIO BONITO DO IGUAÇU PARÓQUIA SANTO ANTÔNIO DE PÁDUA Com quase 14 mil habitantes, o município de Rio Bonito do Iguaçu é de maioria católica. A Igreja no município atua em várias frentes de trabalho, com destaque para a evangelização e a missão. A matriz e as 48 comunidades são atendidas pelos padres diocesanos Sebastião José Gulart (pároco) e Ângelo Altair de Oliveira (vigário). Em se tratando do Dízimo na paróquia, a arrecadação é feita através dos envelopes em grande parte das localidades. Segundo a coordenação, algumas comunidades ainda usam o método da carteirinha para arrecadar os valores oferecidos pelos fiéis. “Este trabalho foi iniciado pelo padre Valdecir Badzinski quanto era pároco aqui e tem dado muitos resultados positivos. Quando assumi a paróquia como pároco, procurei dar sequência àquilo que estava dando certo. O Dízimo é uma experiência motivadora e que envolve a todos, desde as crianças até os idosos. É gratificante perceber este compromisso de nossa comunidade para com as necessidades da Igreja”, abreviou padre Sebastião. “Os estudos bíblicos apontam os caminhos para a importância do Dízimo. As formações devem ser constantes. Também temos o plantão do Dízimo durante as celebrações. Este trabalho ajuda e muito aos dizimistas da paróquia, pois abre espaço para que contribua mesmo que tenha esquecido seu envelope em casa”, frisou Inês de Fátima Holek, integrante da Pastoral do Dízimo. Ao todo, 60 agentes do Dízimo atuam em Rio Bonito do Iguaçu e a intenção é atrair mais pessoas das comunidades para este trabalho que consideram essencial para a manutenção da Igreja. Participaram do encontro sobre o Dízimo em Rio Bonito do Iguaçu, as seguintes pessoas: - Izidora Moreira; - Inês de Fátima Holek; - Jucelia Simões de Oliveira Camilo; - Solange Donatto; - Andréia Leichtwei da Rosa; - Nelsi Salete Bevilaqua; - Deli Moliet dos Santos; - Padre Ângelo Altair de Oliveira; - Padre Sebastião José Gulart.

MARQUINHO PARÓQUIA IMACULADO CORAÇÃO DE MARIA No município de Marquinho, o casal Norberto de Souza Pereira e Anita Kulchamp Pereira atua na Pastoral do Dízimo há vários anos. Em 2014, após formação e troca de experiências, a paróquia optou pela arrecadação do Dízimo através dos envelopes. “Depois que passamos a adotar o envelope, a arrecadação CONTINUA →


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aumentou. Este tipo de trabalho envolve toda a comunidade e motiva os que ainda não são dizimistas a participarem deste gesto bonito e importante para a Igreja”, contou Norberto. “Eu me sinto gratificada em fazer este trabalho, pois me permite conhecer a realidade das famílias e, na medida do possível, solucionar ou, pelo menos, amenizar a situação de cada um. Eu considero o Dízimo uma verdadeira bênção”, ressaltou Anita. O pároco local, padre Piotr Pochopien, explicou que o Dízimo na comunidade vai muito além da arrecadação de valores. Segundo reforça, unir a comunidade é a grande meta da Igreja. “Não se trata apenas de dinheiro, embora este seja importante para a manutenção das obras da Igreja. O bonito neste processo é o envolvimento da comunidade, a partilha daquilo que se tem e se oferece a Deus. O Dízimo permite pôr as coisas em comum e todos nós somos comunidade e precisamos desta unidade”, grifou o pároco. Como ocorre na maioria das paróquias da diocese de Guarapuava, o segundo sábado e o segundo domingo de cada mês são dedicados ao Dízimo. Através dos recursos do Dízimo, a paróquia de Marquinho realiza diversos trabalhos missionários, como a regularização da situação familiar, bênção nas casas, além de encontros com grupos pequenos nas comunidades do interior do município. “Eu gosto de trabalhar com grupos pequenos nas comunidades, pois assim, se pode entender com clareza as dificuldades e as urgências de cada um. O Dízimo permite que cada um seja missionário”, finalizou padre Piotr.

ALTAMIRA DO PARANÁ PARÓQUIA NOSSA SENHORA APARECIDA Com pouco mais de três mil habitantes, Altamira do Paraná é um município que tem na pecuária sua principal atividade. A paróquia Nossa Senhora Aparecida, que está situada no decanato Pitanga da diocese de Guarapuava, conta com 11 comunidades além da matriz. Andrea da Cruz é coordenadora do Dízimo em nível paroquial. Segundo ela, é gratificante notar que a cada dia mais pessoas participam do projeto do Dízimo. “Os católicos de Altamira do Paraná são muito comprometidos com a Igreja e têm a consciência de que o Dízimo é fundamental para manter a comunidade e suas ações. Estou na coordenação do Dízimo há cinco anos e é com alegria que vejo o interesse das pessoas para com este trabalho missionário e de evangelização”, grifou Andrea. Em Altamira do Paraná, 24 agentes do Dízimo distribuem os envelopes nas casas. No segundo domingo de cada mês, a comunidade prepara uma celebração especial para os dizimistas, conforme explicou a coordenadora. “Na missa do Dízimo há sorteio de brindes e de um bolo para os aniversariantes. Tudo isso é feito através das parcerias com os dizimistas do comércio. Eu me sinto agradecida por também fazer parte desta grande família. No Dízimo, temos a possibilidade de crescimento e de estimular, cada vez mais, a evangelização. Com os recursos que chegam através da contribuição do Dízimo, muito se tem feito em favor das outras pastorais da paróquia. É um grande gesto de partilha”, finalizou Andrea. Em Altamira do Paraná, todos os meses, é feita uma prestação de contas com os valores arrecadados com o Dízimo. A transparência, segundo a coordenação, é fundamental para que os trabalhos pastorais cresçam.

Especial - Dízimo

PALMITAL PARÓQUIA NOSSA SENHORA IMACULADA CONCEIÇÃO Na visita às paróquias da diocese de Guarapuava pela ocasião dos quarenta anos do Jornal A Igreja Na Diocese de Guarapuava (Boletim Diocesano), a equipe do Centro Diocesano de Comunicação (CDC), procurou conversar com representantes da Pastoral do Dízimo em cada comunidade. O encontro teve por objetivo destacar o trabalho dos dizimistas e reforçar que todos os projetos da Igreja são mantidos através desses recursos. “Nosso trabalho pastoral só é possível porque os dizimistas nos garantem isso. Agradeço imensamente a todos os que levam a sério essa missão de manter a Igreja sempre ativa”, destacou padre Itamar Abreu Turco, coordenador do CDC e da Ação Evangelizadora e que viajou com a equipe para este trabalho. Em Palmital, o encontro foi com as integrantes da Pastoral do Dízimo na paróquia, Josiele Sabatovicz e Simoni Miranda Brandalise. De acordo com elas, há mais de três mil pessoas cadastradas como contribuintes com o Dízimo na paróquia, mas elas acreditam que ainda há espaço para desenvolver novos trabalhos com a adesão de mais pessoas da comunidade. “Formações e trocas de experiências sempre são bem-vindas. Estamos com o projeto de divulgar o Dízimo nos encontros de catequese e isso ajuda na formação das crianças e adolescentes. Eu me sinto muito bem trabalhando com o Dízimo”, contou Simoni. “Arrecadamos brindes que são sorteados aos dizimistas nas celebrações. Este trabalho estimula a todos. Também divulgamos os valores arrecadados nas missas por questão de transparência. Notamos que as pessoas confiam cada vez mais neste trabalho que é sério e responsável pelo sustento da Igreja em todos os setores”, discorreu Josiele.

SANTA MARIA DO OESTE PARÓQUIA SANTA MARIA IMACULADA CONCEIÇÃO Em Santa Maria Do Oeste, mais de 40 agentes do Dízimo visitam as casas todos os meses, entregam os envelopes e conversam com as pessoas. O retorno dos envelopes com o Dízimo é realizado na matriz no segundo domingo de cada mês e a participação das pessoas, conforme os coordenadores desta pastoral; aumenta significativamente. No terceiro domingo do mês, há a prestação de contas dos valores arrecadados com o Dízimo. “Eu percebo que o Dízimo é um trabalho que fazemos para Deus. É muito gratificante participarmos deste grande projeto de evangelização e de partilha. Deus faz muito por cada um de nós e é nosso dever fazer o melhor para a Igreja, em favor de quem mais precisa”, disse Marlene de Oliveira Guet Lauze, integrante da Pastoral do Dízimo.

Neuraci Chekalski é secretária paroquial em Santa Maria do Oeste e destaca a importância do Dízimo para a manutenção dos trabalhos da Igreja. “É através do Dízimo que as outras obras da Igreja são mantidas. A presença da Pastoral do Dízimo nos encontros de outras pastorais e movimentos da paróquia reforça esse compromisso. A catequese é uma grande divulgadora e incentivadora do trabalho do Dízimo em nossa comunidade”, assentiu Neuraci. A paróquia Santa Maria Imaculada Conceição, em Santa Maria do Oeste, foi fundada em 25 de março de 1991. Além da matriz, 42 comunidades compõem a paróquia. Padre Casemiro Heupa é o atual pároco. Em Santa Maria do Oeste, participaram da entrevista ao CDC, as seguintes pessoas: - Padre Casemiro Heupa (pároco). - Ana Paula Menezes de Souza; - Dorotéia Raquel Vieira; - Maria de Lurdes Carvalho; - Terezinha Aparecida Enk; - Luiz Aparecido Oliveira; - Celso Sttipp; - Cleusa Panosso Gonçalves; - Claudineia Aparecida de Lara; - Marlene de Oliveira Guet Lauze; - Andreia Ribeiro Gonçalves dos Santos.

NOVA TEBAS PARÓQUIA SÃO PEDRO APÓSTOLO Com 1893 dizimistas ativos, a paróquia São Pedro Apóstolo, em Nova Tebas, tem no Dízimo a base de sustentação dos trabalhos missionários e de evangelização na comunidade. Conforme o pároco, padre Osmar Duarte do Nascimento, trabalhar o Dízimo é tarefa de todos os cristãos. “Eu acredito muito no trabalho do Dízimo. Cada agente, cada pessoa que colabora é responsável pelo andamento dos projetos da Igreja. Sem esses recursos, muitas obras ficariam comprometidas ou nem existiriam”, destaca o pároco. O vigário da paróquia, padre André Ricardo Santos Lima, reitera que com o Dízimo, muito se pode fazer, principalmente no contexto missionário. “O Dízimo é responsável por manter ativos todos os trabalhos, sempre com a possibilidade de ampliação das experiências missionárias. Eu agradeço a cada um que se mantém fiel a este propósito que é de todos”, ressaltou padre André. A coordenadora do Dízimo na paróquia, Ana Luiza Lukasievicz, disse que se sente muito feliz em poder fazer parte desta missão que envolve toda a comunidade. De acordo com ela, a partir do Dízimo, todas as outras atividades da paróquia podem ser desenvolvidas. “Nós ainda damos muito pouco se comparado com tudo o que Deus nos dá. Temos a vida e devemos agradecer todos os dias por esta graça maior. Fazer parte da Pastoral do Dízimo é, para mim, motivo de muitas alegrias”, destacou Ana Luiza. Lucinéia Aparecida Laurentino disse que visitar as casas lhe aproxima das pessoas e faz com que entenda, cada vez mais, o sentido de ser cristão atuante. “Estar perto das pessoas é muito gratificante. Eu amo trabalhar na Pastoral do Dízimo”, contou. “Dízimo é evangelização. Eu faço este serviço com muito amor. Gosto de estar pre-

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sente e ajudar no que for necessário”, detalhou Terezinha de Jesus Greco Ribeiro, que também atua como agente do Dízimo em Nova Tebas. “Falar do Dízimo em todas as celebrações é um dever de cada um de nós. Dízimo é evangelização”, sublinhou Eliane Novaski Pirucelli, integrante da equipe do Dízimo na paróquia.

ROSÁRIO DO IVAÍ PARÓQUIA NOSSA SENHORA DO ROSÁRIO “O Dízimo nos envelopes é uma maneira que as pessoas encontram para se comunicar, para entender a caminhada da Igreja. Através deste contato e das conversas com as famílias, há uma interação cada vez maior e os laços de amor se estreitam, tornando a comunidade cada vez mais unida e sólida”. Foi com estas palavras que o pároco da paróquia Nossa Senhora do Rosário, em Rosário do Ivaí, padre Adalto José Bona, deu início à reunião promovida naquela paróquia com a equipe do Centro Diocesano de Comunicação (CDC) da diocese de Guarapuava. O trabalho de entrega dos envelopes para a contribuição com o Dízimo em Rosário do Ivaí e dividido por setores. Naquela comunidade, os agentes se tornam amigos e até conselheiros dos moradores. “Esse encontro, todos os meses, permite que o agente saiba como está a situação daquela família. É um trabalho muito bonito. Eu amo fazer este serviço”, contou a agente do Dízimo na paróquia, Angelita Aparecida Cunha dos Santos. Sueli Aparecida Pinheiro Pivati também atua como agente da Pastoral do Dízimo em Rosário do Ivaí e destacou a importância do trabalho para toda a comunidade. “É uma verdadeira Bênção fazer parte dessa equipe. Eu me sinto muito feliz em desenvolver este trabalho que é em agradecimento a Deus pelo muito que nos dá todos os dias”, destaca Sueli. Thais de Oliveira Emidio é secretária na paróquia e comenta que é com muito amor que desenvolve suas atividades. Ela sublinha que através do Dízimo a paróquia consegue honrar seus compromissos e ainda colaborar com a comunidade em muitos outros projetos. “O Dízimo é vital para nossa comunidade. As pessoas se empenham em fazer cada vez mais e eu percebo nessas atitudes, uma Igreja viva e cada vez mais atuante junto à comunidade”, relatou Thais. Depois do encontro entre a equipe do CDC e os agentes do Dízimo, a paróquia ofereceu um almoço de confraternização no salão de festas da comunidade. As seguintes pessoas participaram do encontro do Dízimo em Rosário do Ivaí: - Celi das Virgens de Souza Araújo; - Angelita Aparecida Cunha dos Santos; - Sueli Aparecida Pinheiro Pivati; - Angelita Semeghini; - Helio pereira dos Santos; - Helio Nogueira da Silva; - Marilene de Fátima Barbosa Prado; - Vaniclea da Silva Lopes; - Padre Adalto José Bona; - Thais de Oliveira Emidio; - Sebastião Martins; - Lucas Cevetti Francisco; - Heloisa Torquato; - Amálio Pereira Venâncio; - Flávio Batista dos Santos; - Josefa Budni (Jô);


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crescimento de minha comunidade. Tudo começa com o batismo e, uma vez que sou batizado, tenho o dever de manter acesa a chama do Espírito Santo e levar o Evangelho aonde quer que eu vá. Sou abençoado por poder cumprir com esta tarefa”, destacou José Tarcisio.

RIO BRANCO DO IVAÍ PARÓQUIA IMACULADA CONCEIÇÃO Em Rio Branco do Ivaí, mais de 50 pessoas, entre coordenadores e agentes, fazem parte da Pastoral do Dízimo na paróquia Imaculada Conceição. Desde 2015, o sistema de contribuição com o Dízimo é através dos envelopes. Marilda Biscaia Batista é coordenadora dos trabalhos e destaca que é muito gratificante fazer parte de uma equipe que tem papel fundamental no crescimento da paróquia. “Através do Dízimo, temos a possibilidade de lavar adiante muitas obras de misericórdia. O antigo pároco, padre Roman Ceglarski (falecido em 23 de dezembro de 2017), deixou um legado muito bonito em nossa comunidade. Ele nunca mediu esforços para que houvesse formação e estudos acerca do Dízimo. Com essa dedicação, ele possibilitou a todos uma consciência missionária e de partilha”, relembra. Segundo os agentes, a transição de contribuição de carnê para o envelope, causou certo medo na equipe no início, mas depois, conforme destacam, houve a compreensão e adesão dos fiéis e a prática foi responsável por melhorar não só a arrecadação, mas também a interação entre as pessoas da comunidade. “Na entrega dos envelopes, conversamos com as pessoas e ficamos sabendo da situação das famílias. Se está tudo bem, ótimo, mas se alguém precisa de ajuda, imediatamente procuramos recursos para sanar os problemas. É um trabalho que amo fazer”, disse o integrante da Pastoral do Dízimo na paróquia, Claudemir Assad. “A equipe do Dízimo, para mim, é uma verdadeira família. Já passei por muitas dificuldades, mas superei e aqui, eu me sinto muito bem. Quero ajudar sempre”, destacou a integrante do Dízimo na paróquia, Fernanda de Moraes. A entrega dos envelopes com a contribuição do Dízimo é feita no segundo sábado e segundo domingo de cada mês, nas missas das 19h30 (sábado) e das 09h (domingo). Do encontro com a equipe do Centro Diocesano de Comunicação (CDC) da diocese de Guarapuava, por conta dos 40 anos do Boletim Diocesano, participaram as seguintes pessoas em Rio Branco do Ivaí: - Marilda Biscaia Batista; - Rosilda Maria Santos Pinheiro; - Sidinei Tiburcio Sales; - Claudemir Assad; - Fernanda de Moraes; - Roseli Almeida; - Daniel Santos Almeida; - Teresa Pereira Sales.

“A equipe do Dízimo, para mim, é uma verdadeira família. Já passei por muitas dificuldades, mas superei e aqui, eu me sinto muito bem. Quero ajudar sempre.” Fernanda de Moraes

BARRA SANTA SALETE SANTUÁRIO NOSSA SENHORA DA SALETE Eliana Philippi e Valter Reinaldo Philippi são os coordenadores da Pastoral do Dízimo no Santuário Nossa Senhora da Salete, no município de Manoel Ribas. Eles contam que ainda há uma caminhada a ser feita e que a participação em palestras e eventos de formação poderão ajudar a conscientizar as pessoas quanto à contribuição. “Acredito que a formação ajuda muito na compreensão deste compromisso. Assumimos há pouco tempo este trabalho e estamos dispostos a fazer cada vez mais para unir nossa comunidade”, considerou Eliana. Marlete Baltazar Stipp e Edio Stipp também ajudam na Pastoral do Dízimo em uma comunidade que pertence ao Santuário. Segundo disseram, é preciso que haja mais motivação para com o Dízimo. “Sinto que precisa ser falado muito mais sobre o Dízimo nos encontros de outras pastorais e movimentos”, destacou Edio. O santuário Nossa Senhora da Salete, foi fundado no dia 08 de dezembro de 1955 e atende a sete comunidades da área rural. O pároco local é o padre Avelino Oestreich, da congregação do Padre Marianos da Imaculada Conceição (MIC).

MANOEL RIBAS PARÓQUIA SANTO ANTÔNIO Com aproximadamente 14 mil habitantes, o município de Manoel Ribas conta com os trabalhos da paróquia Santo Antônio. Além da matriz, 30 comunidades compõem a Igreja Particular naquele local. Em um encontro por ocasião dos 40 anos de fundação do Jornal a Igreja na Diocese de Guarapuava, o Boletim Diocesano, integrantes da Pastoral do Dízimo da paróquia falaram dos trabalhos desenvolvidos junto à comunidade. “Em algumas comunidades do interior, se trabalha com os envelopes, mas na matriz, com os moradores do centro, as pessoas ainda preferem contribuir usando o carnê”, contou Conceição Valeriano Acordi. Envolver mais pessoas na Pastoral do Dízimo é um dos grandes desafios da paróquia, segundo destacou Pedro Wilson Batista de França. “Precisamos despertar nas pessoas o interesse e a consciência em relação ao Dízimo. Formação e palestras de motivação estão entre nossas metas para este trabalho”, relatou Pedro. Fundada em 25 de setembro de 1951, a paróquia Santo Antônio, em Manoel Ribas, atende a 30 comunidades. O pároco local é o padre Avelino Oestreich, da congregação do Padre Marianos da Imaculada Conceição (MIC), que também exerce a mesma função no Santuário Nossa Senhora da Salete, situado no município de Manoel Ribas.

BOA VENTURA DE SÃO ROQUE PARÓQUIA SÃO ROQUE “Trabalhar com o Dízimo é estar sempre em missão. Temos a consciência de que precisamos de mais missionários, pois esta é uma obra muito importante para a Igreja, pois através deste trabalho, podemos manter outros serviços e formações”. Estas foram palavras do pároco da paróquia São Roque, em Boa Ventura de São Roque, padre Agenor Batista de França, quando da visita da equipe do Centro Diocesano de Comunicação (CDC), por ocasião dos 40 anos do Jornal a Igreja na Diocese de Guarapuava (Boletim Diocesano). Com 20 comunidades, a paróquia de Boa Ventura de São Roque tem papel fundamental na evangelização de uma população de aproximadamente sete mil habitantes. Na paróquia, o sistema de arrecadação do Dízimo é através dos envelopes. Esta, conforme padre Agenor, é uma forma missionária de interagir com as pessoas da comunidade. “O envelope com o Dízimo desperta em cada um o compromisso e também a alegria da partilha. Quem se propõe a trabalhar com esta pastoral deve estar em constante formação e aprendizado. Palestras e trocas de experiências são sempre bem-vindas na paróquia”, grifou o pároco.

PRUDENTÓPOLIS PARÓQUIA SÃO JOÃO BATISTA Segundo o recenciamento feito pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2008, a população de Prudentópolis contava com quase 51 mil habitantes. Também conforme o IBGE, a maioria dos habitantes professa a fé católica. A paróquia São João Batista atende a 75 comunidades do interior do município, além da matriz. Em entrevista com os integrantes da Pastoral do Dízimo na paroquia, José Tarcisio Pontarolo e Maria Rechetnik Schirlo, estes disseram que é preciso falar sempre do Dízimo nas missas e encontros, pois, a consciência sobre a importância deste trabalho precisa ser despertada nos católicos em todos os momentos. “Eu trabalho com o Dízimo há muitos anos e estou ciente de que este é um trabalho que precisa ser cuidado com muito amor, com muito interesse. Eu ainda sonho com o dia em que, através do Dízimo, todos os trabalhos da Igreja possam ser mantidos”, contou Maria. José Tarcisio, por sua vez, explicou que todo segundo domingo de cada mês, há celebrações de missas em ação de graças pelos dizimistas e o momento religioso desperta em cada participante o desejo de continuar contribuindo para com a Igreja. “Eu me sinto muito bem trabalhando com esta pastoral (do Dízimo), pois a partir deste serviço, posso ver o

INÁCIO MARTINS PARÓQUIA NOSSA SENHORA APARECIDA Com 33 comunidades, a paróquia Nossa Senhora Aparecida, em Inácio Martins, tem no Dízimo sua principal fonte de sustento. O pároco local, padre Pedrinho Carlos da Silva, contou que os dizimistas são fiéis ao compromisso assumido para com a Igreja, mas destaca que um trabalho de conscientização precisa ser feito com o intuito de despertar, cada vez mais, o compromisso para com esta função na paróquia. “Nós vivemos em uma comunidade que passa por dificuldades. Há muitas famílias pobres e que carecem de ajuda. Um trabalho de formação e de conscientização ajudaria no despertar desse interesse pelo Dízimo”, disse o pároco. Osvaldir Nunes Pereira é o coordenador do Dízimo na paróquia e, segundo ele, o maior desafio é promover formação em todas as capelas atendidas pela matriz. “As distâncias são longas entre uma capela e outra e as estradas não ajudam. Mesmo assim, procuramos uma maneira de levar a formação sobre o Dízimo a todas essas comunidades para que a consciência sobre esta pastoral seja despertada. A troca de experiências com pessoas de outras paróquias e dioceses ajudaria muito nesta caminhada”, relatou. Padre Marcos Antonio Mirek, que também atua na paróquia de Inácio Martins, ressaltou que a presença de mais agentes é fundamental para que a comunidade possa entender a real dimensão do Dízimo e sua importância para a manutenção dos trabalhos da Igreja. “Eu gostaria que mais pessoas se sentissem motivadas a trabalhar na Pastoral do Dízimo. Visitar os moradores e saber de sua realidade é essencial para todo trabalho de evangelização”, discorreu padre Marcos.

PINHÃO PARÓQUIA DIVINO ESPÍRITO SANTO “Eu moro na mesma casa há muitos anos, mas só depois que entrei para a Pastoral do Dízimo, posso dizer que, de fato, conheci meus vizinhos. Entregar os envelopes todos os meses e conversar com as pessoas mexe muito comigo, é um projeto de evangelização que pretendo cumprir por muitos anos”, disse a integrante da Pastoral do Dízimo em Pinhão, Odete de Souza. A paróquia Divino Espírito Santo, em Pinhão, atende a 56 comunidades, a maioCONTINUA →


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ria no interior do município. Informações da Pastoral do Dízimo dão conta de que houve muitas melhorias nos últimos anos em se tratando da conscientização dos moradores em relação ao Dízimo. “Muitas famílias que estavam afastadas de suas comunidades, voltaram a participar depois dessa conscientização sobre a importância do Dízimo. Os envelopes unem as pessoas e faz com que sejam testemunhas vivas de transformação. Eu me sinto muito bem em fazer parte deste trabalho”, disse Fernando Sviercoswski. Eliane Siroca coordena a Pastoral do Dízimo na Matriz e salienta que é gratificante exercer esta função e interagir com os moradores. “Eu me sinto útil desempenhando esta função. Aprendo, todos os dias, que Igreja se faz com a união e com a boa vontade de cada um”, destacou. Para o pároco local, padre Valdecir Badzinski, o Dízimo na paróquia é resultado de uma longa caminhada e da dedicação dos coordenadores e agentes. “Este é um trabalho feito pelos leigos de nossa comunidade e devemos agradecer todos os dias por esta tarefa que não é fácil, mas que se mostra muito gratificante. Eu só tenho a agradecer a todos por este brilhante trabalho de evangelização e de partilha. O Dízimo une as pessoas e mantém a Igreja viva”, destacou padre Valdecir. Em Pinhão, o segundo domingo do mês é dedicado ao Dízimo.

RESERVA DO IGUAÇU PARÓQUIA NOSSA SENHORA DE BELÉM Em Reserva do Iguaçu, a equipe do Centro Diocesano de Comunicação (CDC) da diocese de Guarapuava, foi recebida pela secretária paroquial, Clemir Ferrari Magri e pelas integrantes da Pastoral do Dízimo na paróquia Nossa Senhora de Belém, Márcia Regina Krupek Mendes e Maristela do Rocio Mendes Costa. A paróquia que foi fundada no dia 25 de junho de 1998, atende a 15 comunidades, além da matriz, e o pároco local é o padre Elizeu Nahm. Clemir contou que é costume dos moradores levar a contribuição do Dízimo na secretaria paroquial. “As pessoas vêm até a secretaria, entregam sua contribuição e aproveitam para conversar. Eu amo meu trabalho, pois, a partir dele, tenho a possibilidade de ajudar às pessoas da comunidade e entender suas necessidades. Eu sinto que é preciso despertar cada vez mais em cada um, a consciência do Dízimo, pois é a partir deste trabalho que muitas outras atividades na paróquia podem ser desenvolvidas”, considerou Clemir. “Vivo uma experiência única. Trabalhar com a Pastoral do Dízimo me permite entender um pouco mais sobre a vivência das pessoas ao meu redor e isto é muito gratificante”, relatou Márcia. “Eu aprendo muito todos os dias com as pessoas da minha comunidade. O Dízimo permite uma grande integração também entre as outras pastorais”, expressou Maristela. A missa em ação de graças aos dizimistas é realizada no primeiro domingo do mês, às 09h, na matriz. Depois da celebração, há sempre o sorteio de prêmios para os dizimistas.

Especial - Dízimo

FOZ DO JORDÃO PARÓQUIA SÃO PEDRO APÓSTOLO Moacir Zanin coordena o Dízimo na paroquia São Pedro Apóstolo, em Foz do Jordão. Com vários anos de trabalho em favor da Igreja, Moacir conta que percebe no Dízimo a melhor saída para manter a Igreja viva e comprometida com a evangelização e os trabalhos missionários. “O Dízimo é a saída para manter a Igreja viva e ativa. Aqui em Foz do Jordão, procuramos conscientizar os paroquianos sobre a importância deste trabalho. Em meu programa de rádio, nas celebrações, nos encontros da paróquia, eu procuro sempre falar do Dízimo. Não podemos ter vergonha de falar de dinheiro na Igreja. Sem dinheiro, não podemos realizar trabalhos, nem ajudar a quem precisa. É com dinheiro do Dízimo, com a ajuda dos paroquianos que as coisas podem ser feitas em nossa comunidade numa demonstração clara de gesto concreto”, evidenciou Moacir. A paróquia São Pedro Apóstolo, em Foz do Jordão, foi fundada em 01 de maio de 1964 e atende a sete comunidades. A paróquia também foi uma das primeiras da diocese de Guarapuava a adotar a realização de festas sem a comercialização de bebidas alcoólicas. Esta conscientização, conforme explica Moacir, só foi possível através da Pastoral do Dízimo. “Falando sobre o Dízimo, conseguimos fazer com que as pessoas entendessem que vender bebidas alcoólicas nas festas vai contra tudo o que pregamos enquanto cristãos, enquanto Igreja. Nós fazemos festas sim, mas festas da unidade, festas onde a família se vê envolvida e fazendo parte do momento de partilha”, explanou o coordenador. A celebração do segundo domingo de cada mês é dedicada ao Dízimo, em Foz do Jordão. Depois da missa, há sempre uma confraternização organizada pelos integrantes da Pastoral do Dízimo. “É importante jogar limpo com as pessoas e falar com clareza onde o dinheiro do Dízimo está sendo aplicado. Trabalhamos a consciência do Dízimo também na catequese e esta é uma prática que tem dado certo. Eu só tenho a agradecer por poder fazer parte deste grupo, por poder servir à Igreja”, comemorou Moacir. Padre José dos Santos Rodrigues é pároco em Foz do Jordão. Ele ressalta que se cada um fizer a sua parte em se tratando do Dízimo na paróquia, a comunidade pode caminhar com mais leveza e com foco nos trabalhos missionários e de evangelização. “Quando o Dízimo mantém a comunidade, não há a necessidade de se promover eventos festivos para arrecadar dinheiro para honrar os compromissos. Alguns eventos se tornam desgastantes nas comunidades e acabam fugindo da verdadeira celebração cristã. Eu acredito, que em pouco tempo, muitos eventos poderão ser dispensados em nossa paróquia, pois confio neste trabalho pastoral e evangelizador do Dízimo”, concluiu padre José Rodrigues.

CANDÓI PARÓQUIA SANTA CLARA Andrei Zeni e Luciane Aparecida de Lima coordenam o Dízimo na paróquia Santa Clara, em Candói. O casal disse que é gratificante atuar nesta pastoral, pois têm consciência de que com os recursos advindos do Dízimo muito pode ser feito para o desenvolvimento paroquial. São 39 as comunidades além da matriz que compõem a paróquia. Os trabalhos são desenvolvidos por setor e os agentes do Dízimo entregam os envelopes nas casas dos moradores. No interior do município, algumas comunidades ainda trabalham com as

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carteirinhas, conforme explicou Andrei. “Na cidade, mapeamos as regiões. São 12 setores que compõem este perímetro. Os envelopes são entregues nas casas pelos agentes. Esse trabalho é feito com muito amor, com muita dedicação, pois sabemos da importância do Dízimo para a manutenção dos projetos de evangelização da Igreja”, disse Andrei. “É um compromisso que temos para com nossa comunidade. Entregar os envelopes é uma tarefa que desempenho com muita dedicação. Às vezes, não encontramos os moradores em casa durante o dia e precisamos voltar à noite para fazer a entrega do envelope e conversar um pouco com cada um. Fazemos esse serviço depois do nosso trabalho. A cada dia, notamos o envolvimento da comunidade através do Dízimo. Vale lembrar que é um trabalho em equipe. Sem a ajuda deste grande grupo, nada poderia ser feito”, detalha Luciane. Os trabalhos do Dízimo em Candói são divulgados nos encontros da catequese e também em outras atividades pastorais e missionárias da paróquia. Todos os meses, a coordenação faz prestação de contas à comunidade.

“A Igreja não pode estar preocupada em ser o centro. Melhor uma Igreja acidentada, ferida e enlameada por ter saído pelas ruas, a uma Igreja doente pelo fechamento e a comodidade de se agarrar às próprias seguranças.” Papa Francisco

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Líderes das paróquias Santa Terezinha, São Pedro e São Paulo e Nossa Senhora de Fátima, do decanato centro, iniciaram a Capacitação de Acompanhamento Nutricional. Esta nova metodologia tem como objetivo prevenir e combater a obesidade infantil junto às famílias acompanhadas.

No dia 15/06 a equipe diocesana iniciou uma capacitação para líderes na paróquia Senhor Bom Jesus, em Candido de Abreu. Momento de muito aprendizado, troca de experiências e preparo para que cada voluntário possa realizar sua missão.

Equipes das diversas paróquias da diocese estão atualizando integrantes da Pastoral da Criança sobre o Guia do Líder. Com isso, renovam o compromisso com a missão de orientar e acompanhar gestantes e crianças.

Angela das Graças Almeida é a nova coordenadora da paróquia Nossa Senhora de Fatima, em Guarapuava. A Pastoral da Criança agradece todo empenho, disponibilidade e dedicação de Marislei Katczrouski que coordenou o grupo até então.

SOPA CREME DE ABÓBORA

A Pastoral da Criança da Paróquia Sant’Ana de Guarapuava, recebeu com alegria jovens embaixadores americanos, alunos da Escola de Inglês CCBEU, que estiveram visitando nossa cidade e conhecendo um pouco do Brasil.

www.pastoraldacrianca.org.br

Ingredientes: • 2 ½ xícaras (chá) abóbora madura • 4 xícaras (chá) água • 4 colheres (sopa) arroz • 2 ½ xícaras (chá) leite • 1 cebola pequena • 1 colher (sopa) margarina • Peito de frango desfiado • Sal a gosto • Tempero verde Modo de Preparo: Cozinhe a abóbora na água até ficar macia. Depois de cozida, acrescente o arroz e deixe cozinhar até amolecê-lo e secar a água. Bata no liquidificador a abóbora com o arroz, o leite, a cebola, o sal e a margarina. Leve ao fogo brando juntamente com o frango desfiado e temperos verdes, até engrossar.

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Momento com Maria Por Arlete Bini

DISPOSIÇÃO Abrir-se à vontade de Deus, foi uma das maiores provas de amor por parte de Maria. Ela se pôs à disposição do Espírito Santo para que a obra divina se fizesse. Maria aceitou e entendeu o anúncio do anjo e, plena de alegria, disse: “Eis aqui a serva do Senhor; cumpra-se em mim segundo a tua palavra”. (Lc, 1,38).

Na Igreja, uma Leiga chamada Maria de Nazaré! Maria foi a primeira leiga da Igreja e também a primeira discípula de Jesus Cristo. Ela é a presença viva da fé no meio de nós. Maria testemunhou a obra de seu filho Jesus, e, nem por isso, se furtou à humildade do aprendizado. Estimulados pelo Ano Nacional do Laicato, os leigos são chamados a ser protagonistas da história na vida da Igreja. Desta forma, todos nós somos convidados a viver a vocação e estar a serviço do reino de Deus nesta constante missão que teve início com nosso batismo e foi confirmada através da crisma. Neste contexto, é preciso que estejamos sempre abertos ao convite para irmos além da nossa comunidade de fé, pondo-nos à disposição, de forma direta, para atuar nas atividades de nossas pastorais e movimentos. Com isso, pouco a pouco, vamos superando nossas limitações e crescendo em nossas responsabilidades. A partir do envolvimento com as comunidades, as atividades se tornam tarefas cada vez mais leves e inspiradoras para cada um. Se refletirmos, um pouco que seja, sobre o Ano Nacional do Laicato, percebemos que a oportunidade nos convoca ao seguimento de Jesus Cristo e à imitação de seus atos e gestos missionários e de misericórdia. Maria foi a primeira leiga da Igreja e também a primeira discípula de Jesus Cristo. Ela é a presença viva da fé no meio de nós. Maria testemunhou a obra de seu filho Jesus, e, nem por isso, se furtou à humildade do aprendizado. SERVIR Maria se pôs à disposição de sua prima Isabel quando esta estava grávida. Ela foi às pressas ao encontro de quem mais precisava de ajuda naquele momento. Este ato reforça o compromisso que todos nós devemos assumir enquanto membros dessa grande família chamada Igreja.

CONDUÇÃO Maria é a condutora em se tratando da Igreja. Como leiga, ela tem o propósito de encaminhar às comunidades aqueles que, por um motivo ou outro, estiveram afastados. Ela, mesmo sabendo que seu filho era Deus, levou-o ao templo, cumprindo com as promessas de seu tempo.

Dom MuriloKrieger: cresce consciência de que corrupção não pode mais ser tolerada A época pré-eleitoral é excelente para conhecermos a realidade do país, pois todos os que desejam se candidatar mostram problemas e necessidades aos quais prometem dar uma resposta adequada. Desde o ano passado, as movimentações em torno do pleito eleitoral de 2018 já fazem parte da agenda do país. Eventos, pessoas, partidos e entidades debatem a realidade brasileira e tentam apontar soluções para os desafios nacionais. O arcebispo de Salvador (BA) e vice-presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Dom Murilo Krieger, analisa este período que antecede a oficialização das candidaturas aos executivos e legislativos federal e estaduais.

“Se a partir dos debates, crescer a consciência de que é preciso um verdadeiro mutirão, envolvendo não só políticos, mas toda a sociedade civil, para dar um novo impulso ao nosso país, ótimo!”, pontua o arcebispo. Para ele, “não podemos continuar com os índices atuais de desemprego; é ruim para todos, mas muito mais para os pobres. Além disso, cresce a consciência de que a corrupção não pode mais ser tolerada; ela é um câncer que destrói o país a partir de dentro”. Confira a entrevista:

PARTICIPAÇÃO Presente na vida e na caminhada de Jesus Cristo, Maria não hesitou em dizer ao povo nas Bodas de Canaã, quando faltou vinho na festa. “Fazei tudo o que ele vos disser” (Jo 2,5). Esta é, portanto, uma das maiores atitudes de confiança repassada por Maria. Não que ela não tivesse medo, pois os medos estão presentes em nossa vida, mas ela conseguiu vencer as barreiras e assegurar a todos que a situação seria resolvida. PRESENÇA O compromisso de Maria em relação às demais pessoas se mostra em Atos dos Apóstolos, onde está escrito: “Então, voltaram para Jerusalém, do monte chamado das Oliveiras, o qual está perto de Jerusalém, à distância do caminho de um sábado. E, entrando, subiram ao cenáculo, onde habitavam Pedro e Tiago, João e André, Filipe e Tomé, Bartolomeu e Mateus, Tiago, filho de Alfeu, Simão, o Zelote, e Judas, irmão de Tiago. Todos estes perseveravam unanimemente em oração e súplicas, com as mulheres, e Maria mãe de Jesus, e com seus irmãos” (At 1, 12-14). Maria não se furtou a estar com aqueles que dela precisavam naquele momento de dor, perda e insegurança. Em um gesto de solidariedade, ela se fez mãe para aquelas pessoas que se sentiam órfãs de Jesus Cristo. O chamado, em nosso tempo, é para rezarmos pelas vocações e despertar em cada um a vontade de servir em qualquer tempo e lugar. O projeto do Regional Sul 2 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), “Cada comunidade uma nova vocação” mostra isso. Neste momento especial para nossa diocese, onde evidenciamos o Dízimo como base de sustentação da Igreja, todos nós devemos estar abertos à experiência mariana e, através da nossa fé e de gestos concretos, fazermos a diferença enquanto cristãos e sermos, de fato, “Sal da terra e Luz no Mundo”. (Mt. 5,13)

“Fazei tudo o que ele vos disser.” (Jo 2,5)

CNBB: Neste ano, há muita movimentação em torno das pré-candidaturas, principalmente em vista da Presidência da República, com eventos, sabatinas, entrevistas e expectativa em torno daqueles que devem disputar o Planalto. É um momento diferente que o Brasil vive na sua política? Qual a sua avaliação? Dom Murilo: Toda essa movimentação em tempos de pré-candidaturas é normal e faz parte do “jogo” da democracia. Quem viveu os tempos da ditadura militar lembra que algumas candidaturas – eu me refiro às do partido que expressava o pensamento de quem comandava o país – nasciam em gabinetes e eram impostas. Os tempos atuais são marcados por algumas particularidades: uma multiplicação de partidos sem expressão alguma, que tentam negociar seu limitado tempo na televisão – tempo que, repito, é limitado, mas que somado ao “limitado tempo” de mais alguns partidos inexpressivos, torna-se importante. Infelizmente, o povo, em geral, é um mero assistente desse processo, com quase nenhuma participação na escolha dos candidatos. Mesmo quem está filiado a algum partido, acaba apenas sacramentando os nomes que a cúpula escolheu. De certa forma, continua, ao menos em parte, a escolha feita em gabinete pelos que dirigem os partidos. CNBB: Toda a movimentação que tem sido feita por grupos sociais, empresariais e meios de comunicação tem trazido ao debate as reais demandas e problemáticas do país? Dom Murilo: A época pré-eleitoral é excelente para conhecermos a realidade do país, pois todos os que desejam se candidatar mostram problemas e necessidades aos quais prometem dar uma resposta adequa-

da. Se a partir dos debates, crescer a consciência de que é preciso um verdadeiro mutirão, envolvendo não só políticos, mas toda a sociedade civil, para dar um novo impulso ao nosso país, ótimo! Não podemos continuar com os índices atuais de desemprego; é ruim para todos, mas muito mais para os pobres. Além disso, cresce a consciência de que a corrupção não pode mais ser tolerada; ela é um câncer que destrói o país a partir de dentro. Interessante que quando o povo se manifesta sobre o país que deseja, não diz que quer um país em que todos sejam ricos e famosos, mas que quer um país em que todos tenham os mesmos direitos, e que os direitos de todos sejam respeitados, em que se respeitam os bens públicos. CNBB: Neste foco às pré-candidaturas presidenciais não estamos perdendo oportunidade de conhecer e debater candidaturas, propostas e finalidades no âmbito do Legislativo? Dom Murilo: Aqui, estamos diante de um problema sério: as atenções se voltam e quase se fixam nos candidatos à Presidência da República e nos candidatos ao governo do Estado. O problema é que, nessa situação, “velhos” políticos – muitas vezes “velhos” também nos defeitos – conseguem se candidatar, têm grandes possibilidades de se reeleger como deputados e senadores, com o risco de tudo continuar como antes. Será importante que as comunidades convoquem candidatos para debates, apresentem valores que quer ver defendidos no Parlamento e votem com um cuidado especial naquele que será seu deputado estadual, deputado federal ou senador. CNBB


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XVIII Congresso Eucarístico Nacional: “Dioceses estão todas motivadas”, diz Dom Antônio Fernando Saburido “O primeiro congresso de 1939 deixou uma lembrança muito forte: foi a construção de uma Igreja em um bairro bastante importante de Recife, o Espinheiro, uma Igreja dedicada à Eucaristia”, conta Dom Fernando. O XVIII Congresso Eucarístico Nacional será realizado em Recife (PE), de 12 a 15 de novembro de 2020. O tema já foi escolhido: “Pão em todas as mesas”. Em entrevista ao portal da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), o arcebispo de Olinda e Recife, Dom Antônio Fernando Saburido, que é presidente do regional Nordeste 2 da entidade, falou sobre a preparação para o evento e do envolvimento das dioceses e arquidioceses de Alagoas, Paraíba, Pernambuco e Rio Grande do Norte. Dom Fernando ainda recorda o lançamento de materiais do Congresso, como o hino oficial e a logomarca do 18° CEN, em um momento festivo, com apresentações culturais do Movimento Pró-criança, Instituto Dom da Paz e Orquestra Criança Cidadã, grupos pertencentes ou ligados à arquidiocese. CNBB: Como tem sido a preparação e a expectativa para sediar mais uma vez o Congresso Eucarístico Nacional? Dom Fernando: Tem sido uma ocasião de muita alegria para a arquidiocese de Olinda e Recife. Todo mundo está vibrando com essa oportunidade que, pela segunda vez, acontece lá em Recife. Já temos formada a comissão central com representantes de todas as quatro províncias eclesiásticas [do regional Nordeste 2 da CNBB] e o clima é de festa. Estamos preparando neste momento para fazer o lançamento da logomarca e do hino do congresso. Isso vai acontecer exatamente dois anos antes do congresso, no dia 12 de novembro de 2018, no Centro de Convenções de Recife. É um dos locais onde vai acontecer o congresso e onde teremos os seminários, as palestras, as feirinhas, exposições. E todo mundo está realmente bastante feliz, motivado, esperançoso.

CNBB: Como está sendo essa experiência? Dom Fernando: É a primeira vez que acontece essa experiência de todo o Regional se envolver no projeto do congresso e a gente percebe que as dioceses estão todas motivadas. É tanto que o regional Nordeste 2 aceitou fazer a coleta para o congresso antecipadamente para termos recursos para começar os trabalhos, de modo que será em setembro desse ano a coleta no Regional, enquanto no país inteiro vai ser em setembro do próximo ano. CNBB: Para o próximo ano também estão previstos eventos nas sedes das províncias? Dom Fernando: Estamos pensando isso, como vai acontecer. Não serão congressos, mas eventos de preparação para o Congresso e quem vai ficar à frente são os representantes das províncias que vão entrar em contato com as demais dioceses para organizar isso. Mas está tudo no começo, começamos a pensar isso agora e vamos para frente.

CNBB: E sobre o tema “Pão em todas as mesas”, o que motivou é uma realidade local e de todo o Brasil? Dom Fernando: Acho que no Brasil, o Norte e o Nordeste são duas regiões muito sofridas. Então, havendo um Congresso Eucarístico em Recife, não poderia ser diferente. Pensamos num tema inspirado um pouco em um dos cânticos do Zé Vicente, que fala em Pão em todas as mesas, e procurar mostrar essa realidade diversa do Recife: as grandes potências que tem lá – pessoas que realmente têm bastantes condições – e a miséria – que é muito presente também. E procurar trabalhar e moldar, para levar à partilha, levar as pessoas a pensar no outro, nos pobres de maneira especial, para que o congresso seja fruto de um esforço nesse sentido de fazermos comunhão, de sermos solidários, para com os nossos irmãos mais sofridos.

CNBB: Essa é a segunda vez que arquidiocese sedia o Congresso Eucarístico Nacional. O que tem de legado de lá para cá? Dom Fernando: O primeiro congresso foi em 1939, portanto há bastante tempo. Muita coisa mudou, são décadas de diferença, mas nós vamos fazer um elo entre os dois acontecimentos. Estamos pesquisando para encontrar elementos que possam se completar e aproveitar as ideias, lembranças do primeiro congresso para poder então agora dar continuidade nessa ocasião, de modo que tudo isso está sendo trabalhado por equipes específicas. Temos 13 equipes montadas e trabalhando para podermos, então, fazer um congresso bonito e que possa fazer um bem não só à arquidiocese e ao mundo, mas a todos aqueles que vão participar conosco lá no Recife em 2020. CNBB: Um dos legados do congresso de 1939 foram igrejas construídas e os locais de eventos. Dom Fenando: O primeiro congresso de 1939 deixou uma lembrança muito forte: foi a construção de uma Igreja em um bairro bastante importante de Recife, o Espinheiro, uma Igreja dedicada à Eucaristia. E essa Igreja atualmente é uma paróquia muito frequentada que todos se recordam do congresso a partir dela. Não somente a igreja, mas também o parque Treze de Maio, que é um parque importante de Recife. Lá que foi a sede do Congresso. Naquela época não tinha absolutamente nada e hoje é um parque bastante importante e frequentado e que foi um legado do congresso eucarístico de 1939. Regional Nordeste 2 /CNBB

Papa: o ecumenismo é sempre mais uma necessidade e um desejo À delegação da Igreja Evangélica Luterana Alemã, Francisco encorajou o diálogo teológico e um maior envolvimento dos fiéis no ecumenismo. O mês de junho do Papa Francisco começou com o tema do ecumenismo. O Pontífice recebeu no Vaticano, no dia 04, uma delegação da Igreja Evangélica Luterana Alemã, guiada pelo bispo Ulrich. Em seu discurso, Francisco recordou “com alegria” os momentos vividos juntos no ano passado por ocasião da Comemoração comum da Reforma. “Graças a Deus, constatamos que os 500 anos de história que nos contrapuseram – às vezes muito dolorosa e em conflito –, deixaram espaço nos últimos 50 anos a uma crescente comunhão.”

LÓGICA DO EVANGELHO Os encontros fraternos, acrescentou o Papa, foram realizados segundo a lógica do Evangelho e não de estratégias humanas – o que permitiu superar antigos preconceitos de ambas as partes. Francisco destacou que a Comemoração da Reforma confirmou que o ecumenismo continuará a marcar o caminho conjunto, pois está se tornando sempre mais uma necessidade e um desejo. “Não podemos nos esquecer de partir da oração, para que não sejam os projetos humanos a indicar o caminho, mas o Espírito Santo.”

ECUMENISMO DE SANGUE E DA CARIDADE O Papa voltou a falar do ecumenismo de sangue e do ecumenismo da caridade. Católicos e luteranos são chamados antes de tudo a se amarem intensamente, mas são chamados também a aliviar, juntos, as misérias dos necessitados e dos perseguidos. “Os sofrimentos de tantos irmãos oprimidos por causa da fé em Jesus são também um premente convite a alcançar uma unidade sempre mais concreta e visível entre nós.”

DIÁLOGO TEOLÓGICO Francisco encorajou o diálogo teológico, propondo como temas a Igreja, a Eucaristia e o ministério eclesial. Pediu ainda que o ecumenismo não seja elitista, mas envolva o mais possível os inúmeros irmãos e irmãs na fé, “crescendo como comunidade de discípulos que rezam, amam e anunciam”. “Que o Senhor nos acompanhe, para que o nosso ser cristão seja mais centralizado Nele e corajoso na missão; para que o cuidado pastoral se enriqueça de serviço”, concluiu o Pontífice. Vatican News


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Artigo do arcebispo de Passo Fundo fala sobre “jeitinho brasileiro” “Da desconfiança nasce a burocracia”, afirma o bispo. Para ele, há múltiplas exigências, muitas descabidas, acrescidas de morosidade, para impedir a transgressão da regra, para controlar o jeitinho.

A primeira edição do livro “Crítica da Razão Tupiniquim” do professor Roberto Gomes chegou ao público em 1977. Segundo o arcebispo de Passo Fundo, Dom Rodolfo Luís Weber, o projeto do livro é pensar a “Razão Brasileira”, isto é “pensar o que se é e como se é”. Desde a primeira edição do livro até hoje, Dom Luís Weber aponta que houve alterações no modo de pensar brasileiro, porém muitas das instituições permanecem atuais. O livro foi, inclusive, o ponto de partida para o arcebispo escrever o artigo intitulado “A gente dá um jeito”, baseado no mito da concórdia do brasileiro de que tudo “se dá um jeito”. No texto, o bispo afirma que a sociedade tem leis e normas que regulamentam a convivência e o funcionamento social, mas que isso soa como formalismo, legalismo: “Eu sei que esta é a regra, mas não dá para dar um jeito?”. “Seu guarda, eu sei que infringi a norma de trânsito, mas porque me multar?”. Destes pequenos jeitos, Dom Luís afirma que se chega aos milionários que

resultam em grandes corrupções. “As normas são estas, mas para mim ou para aquele grupo são diferentes”, diz em um trecho. O arcebispo também comenta que hoje em dia temos inúmeras regras de fiscalização, seja por legislação ou norma interna, nos processos licitatórios com objetivo de prevenir desvios. Ele cita ainda que vários tribunais analisam os contratos e seu cumprimento e que múltiplos documentos são exigidos. “Com todo o aparato burocrático, a corrupção não diminuiu”, acrescenta. Em seu artigo, ele concorda com o que diz o professor Roberto Gomes em seu livro – de que o “jeitinho brasileiro” traz efeitos colaterais sérios. Um deles seria a desconfiança. “Quem está falando comigo está sendo transparente? É isto mesmo que quer dizer?”, diz em um trecho. “Da desconfiança nasce a burocracia”, afirma o bispo. Para ele, múltiplas exigências, muitas descabidas, acrescidas de morosidade, para impedir a transgressão da regra, para controlar o jeitinho. “Para provar que ‘eu sou eu’ preciso de uma série de documentos, repetidos, carimbados para dizer a mesma coisa. Constantemente é preciso provar a minha veracidade e que sou eu mesmo”, garante no texto. “Ouvimos com frequência as pessoas reconhecerem que temos muitas e boas leis. Se fossem cumpridas a vida seria mais fácil e tudo funcionaria melhor. O cumprimento das leis, portanto, não pode ser compreendido como formalismo ou legalismo. Seu cumprimento é o respeito aos valores fundamentais da sociedade. O jeito é uma maneira marota de desrespeito aos valores maiores”, finaliza o bispo no artigo. CNBB

“Ouvimos com frequência as pessoas reconhecerem que temos muitas e boas leis. Se fossem cumpridas a vida seria mais fácil e tudo funcionaria melhor.” Dom Rodolfo Luís Weber

“Incapacidade para aprender pode explicar o desenvolvimento pífio do país”, afirma Dom Walmor Oliveira de Azevedo “É preciso modificar funcionamentos para recuperar a credibilidade perdida, importante para o urgente processo de mudança: um tempo novo para o aprendizado das lições, Brasil!”.

Em artigo publicado, o arcebispo de Belo Horizonte, Dom Walmor Oliveira de Azevedo, fala sobre os acontecimentos da vida, que segundo ele além de ser uma escola, são lições. Por isso, no texto, ele afirma que é muito comum ouvir o dito popular “vivendo e aprendendo”. “As lições são muitas e o desafio maior é aprendê-las. Só as aprende quem se coloca no lugar de aprendiz”, explana o bispo. Consequentemente, no artigo intitulado “Lições, Brasil”, Dom Walmor diz que há o travamento das dinâmicas que promovem as evoluções na compreensão. Para ele falta lucidez para a solução dos problemas e a sociedade permanece ameaçada pelos extremismos. Nesse contexto, o bispo afirma que se convive ainda com desmandos e corrupção. “Falta vergonha aos que se permitem usufruir de privilégios, que alimentam exclusões e discriminações. Eis a névoa que confunde as feições e paira sobre a sociedade brasileira, obscurecendo a verdade e tornando a mentira a protagonista da história”, diz. O arcebispo reitera que as coisas não deveriam ser assim, pois a sociedade brasileira, em seus mais de cinco séculos de história, já deveria ter assimilado muitas lições. Mas, de acordo com ele, a incapacidade para aprender pode explicar o desenvolvimento pífio do país. “Se as lições da história fossem aprendidas, a classe política brasileira poderia, agora, ajudar o Brasil a sair do caos dos desencontros e aproveitar melhor as oportunidades deste tempo, valendo-se das riquezas ambientais e culturais da nação”, diz. Ao invés disso, Dom Walmor afirma que se vê um pavoroso “bate-cabeça” entre os que ocupam os lugares de lideranças sem serem líderes. Para ele, a consequência é a disseminação de um jeito de ser que contamina também os espaços políticos. “A demagogia torna-se a tônica principal, contracenando com a desconfiança e os ataques mútuos”, confessa.

Os posicionamentos polarizados, quando se transformam em hostilidades, segundo ele, ferem ‘visceralmente’ o andamento da vida do povo, enfraquecem as indispensáveis alianças, obscurecem os diálogos e instalam o caos. “Há uma completa perda do sentido de limite. A insistência nos equívocos e as miopias que impedem enxergar as soluções agravam os problemas e multiplicam os pesos sobre os ombros de todos. Assim, o cidadão se distancia das lições que o possibilitariam ajudar na construção de um país melhor. Passa-se a enxergar apenas a própria causa, a considerar como único e intocável o discurso que se defende. O resultado é a gravíssima perda da sensibilidade para se abrir a uma inadiável dinâmica de conversão, capaz de inspirar atitudes com força de mudanças”, argumenta. Sem os aprendizados necessários, Dom Walmor reforça que as pessoas se contentam apenas com o conforto institucional do lugar ocupado e seus privilégios – “a incapacidade para se colocar no lugar do outro, a quem se deveria servir e ajudar”. Para mudar essa postura, segundo ele, devem-se habilitar os olhos para enxergar além dos próprios interesses e comodidades. “Admitir que o exercício qualificado da cidadania não pode conviver com os conchavos, os privilégios e a busca por vantagens a partir da corrupção”. No final do artigo, o arcebispo anuncia que a sociedade brasileira anda precisada de um novo ciclo de aprendizagens das muitas lições que estão inseridas em sua história. “As instituições e segmentos da sociedade carecem de gestos corajosos para aprender, por meio do diálogo, a cuidar do bem comum a todo custo. A transformação do país, para conseguir sair dos limites perigosos a que chegou, exige de todos, gestos de conversão bem concretos”. E finaliza: “É preciso modificar funcionamentos para recuperar a credibilidade perdida, importante para o urgente processo de mudança: um tempo novo para o aprendizado das lições, Brasil!”. CNBB


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ARTIGO: Minha catequese sobre as curas de agora!

As muitas curas dos novos padres. Há uma enorme diferença entre orar por curas e anunciar curas. Esclarecer é dever de todo o sacerdote. Corrigir os exageros, também.

É uma temeridade discordar deles, mas sei de milhares de padres que discordam e dizem abertamente que isso de “curar” as almas e corpos já passou dos limites da fé e da ciência. Nem a medicina tem tantas respostas, nem a fé as oferece com dias, noites e horas marcadas. Alguém está extrapolando das atribuições do seu ministério! Não obstante, vejo novenas ou encontros de quartas-feiras à noite, anunciando pregação de jovens padres a propor e até a anunciar curas das emoções: afetividade, ansiedade, depressão, lembranças dolorosas, tristeza, insônia, síndromes... E os fiéis vão lá, não para orar. A proposta é de “curas”.

São todos jovens. E não anunciam que vão orar juntos. Os cartazes anunciam curas durante a novena! É aí que eles extrapolam. O que estudei de psicologia ou li de psiquiatria, os inúmeros livros que tenho e li sobre esta Pastoral, jamais aconselham chamar de cura o que é apenas um consolo espiritual. Se nós cremos que só Deus cura e quando Ele quer, então está errado anunciar “curas nas novenas”. Ninguém está autorizado pela Igreja a anunciar curas antecipadas, nem antes nem depois, sem aceitar a orientação dos médicos, psicólogos, psiquiatras, bispos e padres que realmente estudaram o sofrimento da alma e da mente. São enfermidades tão dolorosas quanto as disfunções do corpo. Se pentecostais abusam com tais curas, era de se esperar que padres católicos seguissem outras diretrizes. Os bispos estão aí para isso. O que tenho visto é um modismo que está longe de ser Renovação Carismática Católica (RCC), que tem regras e doutrinas e obedece a orientação dos bispos e especialistas para que não se confunda Pastoral dos Enfermos (todas as enfermidades) com histeria. As curas existem, mas quando se anuncia do primeiro ao nono dia da novena que haverá curas, alguém está brincando de Psicólogo ou de Psiquiatra em nome da fé. Que mostrem que estudaram isso e que mostrem que conhecem Teologia Dogmática e Moral da Igreja. Como tem acontecido não é nem fé no Espírito Santo, e menos ainda, no Cristo, que deixou claro que ninguém deve usar o nome dele com temeridade. Que tal uma novena de esclarecimento do que é graça, cura, milagre e o que é profecia ousada, que Jesus e os apóstolos foram os primeiros a condenar e que Jeremias 650 anos antes de Jesus já condenava? Há uma enorme diferença entre orar por curas e anunciar curas. Esclarecer é dever de todo o sacerdote. Corrigir os exageros, também. E é nosso dever reconhecer milagres onde eles existem e denunciar onde é mais impostura do que fé católica. A RCC pode prestar uma enorme ajuda com suas escolas de formação. Pena que nem todos a levam a sério. O espetáculo não pode substituir a seriedade do púlpito. Por: padre José Fernandes de Oliveira SCJ padre Zezinho

Rádio Cultura FM e TV Humaitá recebem prêmio de qualidade profissional e empresarial As duas empresas são ligadas à diocese de Guarapuava. A entrega dos certificados foi no dia 11 de junho, no hotel Küster e reuniu representantes de empresas de diversos setores. Em um evento no hotel Küster, em Guarapuava, na noite de 11 de junho, a Ângulo Pesquisas e Eventos premiou duas empresas ligadas à diocese de Guarapuava: Radio Cultura FM e TV Humaitá foram contempladas. A emissora de rádio foi apontada pela pesquisa como destaque em jornalismo e a TV Humaitá, por sua vez, foi considerada como a emissora de televisão aberta com maior audiência, atingindo o percentual de 65% em toda a região. Representantes das duas emissoras participaram da entrega de prêmios em uma confraternização realizada em um dos salões do hotel. De acordo com o diretor da TV Humaitá, padre Itamar Abreu Turco, as pesquisas apontam a preferência popular e isto, conforme reforça, aumenta a responsabilidade em se tratando da maneira de fazer os trabalhos. A Rádio Cultura FM comemorou, em 13 de junho, um ano desde a migração da Cultura AM 560 para a faixa de frequência modulada (FM) e tem como carro-chefe da programação a produção de conteúdo nas áreas de jornalismo, evangelização e esporte.

Dicas de Leitura

da Biblioteca Diocesana Nossa Senhora de Belém EDIFÍCIO NOSSA SENHORA DE BELÉM RUA XV DE NOVEMBRO 7466 - CENTRO - GUARAPUAVA (42) 3626-4348 - Ramal 208

OS MAIS DE 10.000 LIVROS DA BIBLIOTECA DIOCESANA ESTÃO DISPONÍVEIS PARA EMPRÉSTIMO. FAÇA O SEU CADASTRO! Livro: Mulheres de Aço e de Flores Autor: Padre Fábio de Melo Editora: Gente Mulheres de aço e de flores representa a essência da mulher comum, a feminilidade no cotidiano, a inquietação e a sutileza que lhe são particulares. Padre Fábio, por meio de histórias simples, consegue discutir questões elevadíssimas do ser humano e conflitos internos de uma forma que só alguém com grande sensibilidade poderia fazer. O autor apresenta, por meio de suas personagens femininas, uma postura muito mais humana e compreensiva do que religiosa. Independentemente da crença do leitor, o livro o toca e aproxima-o dos anseios e angústias de mulheres que fazem parte da vida de todos nós. Livro: Todo Mundo Tem um Anjo da Guarda Autor: Pedro Siqueira Editora : Sextante Os Anjos da Guarda são presentes de Deus para todas as pessoas, sem exceção. Essa é a verdade que Pedro Siqueira quer transmitir nesta obra. Muitas vezes esquecidos, ignorados ou até desacreditados, nossos protetores ainda são um mistérios para a maioria dos fiéis. Neste livro, Pedro abre esse universo aos leitores. Partindo de uma visão geral das criaturas celestes, ele explica que é possível ver nossos anjos da guarda e até saber seus nomes. Além disso, mostra como podemos nos comunicar com eles para estreitar os laços com Deus. “Aonde quer que eu vá dirigir grupos de oração, os fiéis me perguntam se têm um anjo protetor. Minha resposta é sempre a mesma: todo mundo tem um anjo da guarda! desde a concepção, Deus designa a todos um ser angélico para acompanhá-los em sua jornada neste mundo”. Livro: As Exigências do Silêncio Autor: Anselm Grün Editora: Vozes O livro traz experiências que os antigos monges (do III ao VI século) fizeram com o silêncio. Ele contribui para se ter mais de clareza sobre a prática e mostra que o silêncio pode ser fundamental para que o ser humano trabalhe seu interior para conviver melhor nos dias de hoje. DICA DE FILME Filme: Kirikú e a feiticeira Direção: Miguel Ocelo Distribuição: Paulinas DVD Uma história que celebra a coragem, a curiosidade e a astúcia sobre uma comunidade subjugada por uma terrível feiticeira. Kirikú, um menino que nasceu para lutar e combater o mal; enfrenta o poder de Karabá, a feiticeira maldosa e seus guardiões. Kirikú aprende em sua luta que a origem de tanta maldade é o sofrimento e só a verdade, o amor, a generosidade e a tolerância, aliados à inteligência, são capazes de vencer a dor e as diferenças. Um desenho animado moderno que fala a língua das crianças sem subestimar a inteligência dos adultos.


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Diocese de Guarapuava

Julho - 2018


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