Boletim Diocesano. Edição 470. Guarapuava.

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Boletim Diocesano • Edição 470 • Setembro de 2018 • www.diopuava.org.br • Compartilhe: #diopuava

“...se comerdes da árvore, seus olhos se abrirão, e sereis como Deus, conhecedores do bem e do mal.” (Gênesis 3, 4) “Eu sou aquele que sou.” (Êxodo 3, 14) “Se eu tiver de andar por vale escuro, não temerei mal nenhum, pois comigo estás.” (Salmos 23, 4) “Quero ver o direito brotar como fonte, e correr a justiça qual riacho que não seca.” (Amós 5, 24) “Amai a justiça, vós que governais a terra.” (Sabedoria 1, 1)

SETEMBRO, MÊS DA BÍBLIA Conhecer a Palavra de Deus é a essência de todo cristão

Cuide do meio ambiente. Não jogue este jornal em vias públicas, não queime e recicle sempre!

“Não se vive somente de pão, mas de toda palavra que sai da boca de Deus.” (Mateus 4, 4) “Quando deres esmola, não saiba a tua mão direita o que faz a esquerda.” (Mateus 6, 3) “Deixai as crianças virem a mim, porque pessoas assim é que pertencem ao Reino de Deus.” (Marcos 10, 14) “Tomai, este é o meu corpo. Bebei, este é o meu sangue da nova aliança.” (Marcos 14, 22-25) “Eis aqui a serva do Senhor. Faça-se em mim segundo a tua palavra.” (Lucas 1, 38) “Bendita és Tu entre as mulheres, e bendito é o fruto do teu ventre.” (Lucas 1, 42) “Eu sou o pão da vida. Quem vem a mim não terá mais fome. Quem crê não terá sede.” (João 6, 35) “Eu vim para que tenham vida, e a tenham em abundância.” (João 10, 40) “O amor seja sincero. Detestai o mal, apegai-vos ao bem.” (Romanos 12, 9) Toda lei se resume neste mandamento: “Amarás o teu próximo como a ti mesmo.” (Gálatas 5, 14) “O amor cobre uma multidão de pecados.” (1 Pedro 4, 8)


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Setembro - 2018

Editorial SETEMBRO: um mês dedicado à vida e à Palavra de Deus

Voz do Pastor

Dom de Deus, a vida é o bem mais precioso que possuímos. Desta forma, devemos banir de nossos pensamentos e ações toda e qualquer situação que atente contra este presente valiosíssimo e divino.

Por Dom Antônio Wagner da Silva Bispo de Guarapuava

Mês das Missões O Dia Mundial pelas Santas Missões será no domingo, dia 21 de outubro. Em preces e doação generosa, participemos conscientemente deste momento eclesial. Outubro, tradicionalmente, é celebrado como “MÊS DAS MISSÕES”. O Papa Francisco nos lembra: “A vida é missão”. Cada um de nós é chamado a refletir sobre esta realidade. “Eu sou uma missão nesta terra, e para isto estou neste mundo” (Papa Francisco, Exortação Apostólica Evangelii Gaudium, 273. - “Anunciamos Jesus Cristo até os últimos confins da terra. Um testemunho da alegria de amar e ser cristão. O Papa recorda que de corações jovens nasceram as Pontifícias Obras Missionárias, para apoiar o anúncio do Evangelho a todos os povos, contribuindo para o crescimento humano e cultural de muitas populações sedentas de Verdade. As orações e ajudas materiais, que generosamente são dadas e distribuídas através das POMs, colaboram com a Santa Sé para garantir que quantos recebem ajuda para as suas necessidades, possam, por sua vez, ser capazes do testemunho no próprio ambiente” (Encontro com os jovens, Santiago - Santuário de Maipé, 17/01/2018). Nas palavras de sua Santidade o Papa Francisco, somos chamados a colaborar na obra missionária da Igreja com nossas orações, com nossa ajuda material, com amor e alegria. O Dia Mundial pelas Santas Missões será no domingo, dia 21 de outubro. Em preces e doação generosa, participemos conscientemente deste momento eclesial. Dentro destas mesmas perspectivas missionárias, lembramos o Sínodo da Juventude - SÍNODO DOS BISPOS, XV Assembleia Ordinária, convocada pelo Papa Francisco com o tema “Os Jovens, a fé e o discernimento vocacional” de 03 a 28 de outubro, em Roma. Também fazemos menção ao Dia Nacional da Juventude (DNJ) 2018, a ser celebrado em 21 de outubro. Lembramos mais dois eventos: o Congresso Diocesano dos Ministros Extraordinários da Sagrada Comunhão com o foco no Projeto “Cada Comunidade uma nova vocação”, em – 15 de novembro de 2018. E em janeiro de 2019, somos todos convidados a participar da Missão Diocesana Juvenil (MDJ), que terá sua segunda etapa na paróquia Nossa Senhora de Fátima, em Guarapuava, com o tema: “Jovens Missionários a serviço do Evangelho”. Somos missionários! MISSÃO, um compromisso de AMOR E SERVIÇO. Com a proteção e a bênção de Nossa Senhora de Belém!

Olá, amigos leitores! Espero que estejam todos muito bem, com saúde e em paz. Faço votos de que todos valorizem a vida, este bem precioso de Deus, de forma incondicional. Esta é a edição de número 470 do Jornal a Igreja na Diocese de Guarapuava (Boletim Diocesano). Chegamos ao mês de setembro e não podemos deixar de falar na Bíblia, pois este é um mês inteiro dedicado à Palavra de Deus. O conteúdo desta edição nos chama a atenção para muitas situações porque estamos passando atualmente em nosso país e no mundo. Há que voltarmos os olhares para os fatos e, com discernimento, tentar um drible perfeito nos erros, sempre com o objetivo fito na valorização do bem-estar e da vida, de uma forma mais ampla e incondicional. E por falar em vida, devemos aplaudir e rezar, mais uma vez pelo Papa Francisco por seu ato ousado, porém extremamente humano e sensível em alterar do Catecismo da Igreja Católica o parágrafo sobre a pena de morte. O ato de Francisco foi publicado no último dia 01 de agosto. « [...] “Durante muito tempo, o recurso à pena de morte, por parte da legítima autoridade, era considerado, depois de um processo regular, como uma resposta adequada à gravidade de alguns delitos e um meio aceitável, ainda que extremo, para a tutela do bem comum”, escreve Francisco. No entanto, hoje, torna-se cada vez mais viva a consciência de que a dignidade da pessoa não fica privada, apesar de cometer crimes gravíssimos. Além do mais, difunde-se uma nova compreensão do sentido das sanções penais por parte do Estado. Enfim, foram desenvolvidos sistemas de detenção mais eficazes, que garantem a indispensável defesa dos cidadãos, sem tirar, ao mesmo tempo e definitivamente, a possibilidade do réu de se redimir. Por isso, a Igreja ensina, no Novo Catecismo, à luz do Evangelho, que “a pena de morte é inadmissível, porque atenta contra a inviolabilidade e dignidade da pessoa, e se compromete, com determinação, em prol da sua abolição no mundo inteiro”, garante o Pontífice [...] ». Seguindo com o assunto sobre a vida, não podemos deixar de ler, entender e disseminar a importante mensagem cristã dos bispos do Paraná sobre a temática polêmica da legalização do aborto no Brasil. No dia 3 e no dia 6 de agosto a descriminalização do aborto voltou à pauta do Supremo Tribunal Federal (STF). Os Bispos do Regional

Rua XV de Novembro 7466 • 4º Andar • Sala 405 Caixa Postal 300 • CEP 85010-000 • Guarapuava • PR Fone: (42) 3626-4348 jornaldiocese@gmail.com centrodiocesanoguarapuava@gmail.com

Viva e deixe viver em plenitude!

ERRAMOS: Na edição de número 469, agosto de 2018, na matéria sobre a cavalgada em Boa Ventura de São Roque, citamos a localidade de Tereza Cristina como sendo um município, quando na verdade, é um distrito do município de Cândido de Abreu. Nesta edição, expressamos nossos sinceros agradecimentos às seguintes pessoas, empresas e instituições: Vatican News (www.vaticannews.va), CNBB (www.cnbb.org.br), CNBB Regional Sul 2 (www.cnbbs2.org.br), Central Cultura de Comunicação (www.centralcultura.com.br), RIC Mais, Canção Nova, Dom Canísio Klaus, PASCOM Santuário do Rocio, Aline Machado Parodi (Arquidiocese de Londrina), Catholic Herald, Agência Brasil, Marcello Casal Júnior, Leandro Melito, TV Brasil, Juliana Mastelini Moyses, Guto Honjo, Pe. Joel Nalepa, Diocese de Ponta Grossa, Jornal Tribuna do Interior, Walter Pereira, Jornal O São Paulo, José Ferreira Filho, Naya Fernandes, Luciney Martins, Blog www.carlosmoraes.com.br, RCR e seminaristas da Diocese de Guarapuava. Agradecemos também, aos agentes da Pastoral da Comunicação (Pascom) das paróquias e comunidades que, com seus trabalhos voluntários e evangelizadores, nos ajudam a fazer, todos os meses, este jornal!

CONSELHO EDITORIAL

CENTRO DIOCESANO DE COMUNICAÇÃO BOLETIM DIOCESANO / INFORME INTERNO

Sul 2 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), que compreende as arquidioceses, dioceses, arquieparquia e eparquia do Estado do Paraná, em reunião da presidência, escreveram uma nota de manifestação quanto à Ação de Descumprimento de Preceito Fundamental 442/2017 (ADPF 442). A nota evidencia, enfaticamente, a valorização da vida, desde sua concepção até seu fim, por morte natural. “A vida da pessoa humana, dom sagrado e princípio inviolável, não pode ser tratada como se fosse uma das tantas possibilidades de existência no mundo em que nos encontramos. Ao falar de vida humana estamos falando de um ser integral, único e irrepetível. Este ser independente, autônomo, desde a sua concepção, faz parte do projeto e do desígnio divino; segue, pois, que tanto na sua fase embrionária, quanto na sua fase fetal ou na fase final, não responde exclusivamente a um conceito cronológico, mas ontológico. Isto quer dizer que em cada pessoa há uma História. Esta, além de ser humana, é também Divina. A nossa alma imortal faz de cada um de nós, seres criados à imagem e semelhança do nosso Criador, dotados de razão e sentimentos. A pessoa humana deve ser reconhecida como tal desde o momento em que ela é concebida”, escrevem os bispos paranaenses. Vivemos o Ano do Laicato e é preciso falar cada vez mais de missão e de vocações, não apenas em um período específico, mas em todos os momentos. Esta é uma oportunidade para que cada um de nós reflita sobre este assunto e, principalmente sobre a função que podemos e devemos exercer junto à Igreja, para que esta se torne cada vez mais missionária e que possa ir ao encontro e à busca dos que mais precisam. Mudanças de padres de algumas paróquias da nossa diocese também merecem destaque nesta edição. Com isso, fica evidente que viver em comunidade é fazer parte da Igreja e de seus projetos. Isto mostra que ser sacerdote é estar sempre a serviço e viver, todos os dias, um verdadeiro apostolado. Já estamos em setembro e, em nosso hemisfério, já podemos sentir a chegada da primavera. Este é um tempo de reflexão e, por isso, temos que fazer empenho para que as coisas boas floresçam e deem ótimos frutos. Para tanto, é preciso regar nossa existência com orações e com muitas ações benéficas. Que setembro traga boas novas a todos e que nossos anseios e projetos englobem a nossa comunidade de fé. Sozinhos, nada somos e o egoísmo deve ser banido de todo e qualquer pensamento. Ótima leitura e que o mês de setembro nos encha de alegrias e muitas realizações, com aromas de uma perfeita e divina primavera. Fiquem todos com Deus sob as bênçãos da padroeira da diocese de Guarapuava, Nossa Senhora de Belém.

Dom Antônio Wagner da Silva, SCJ Padre Itamar Abreu Turco Padre Jean Patrik Soares José Luiz dos Santos Mauricio Toczek Vanessa Paula Pereira Ilustração da capa: Silvia Matos

Editor: Padre Jean Patrik Soares (Jornalista) Diagramação: Mauricio Toczek Impressão: Grafinorte - Apucarana - PR Distribuição: Mitra Diocesana de Guarapuava Tiragem: 36.000 exemplares Fechamento da Edição: 29/08/18

É permitida a reprodução total ou parcial das matérias veiculadas no Boletim A IGREJA NA DIOCESE DE GUARAPUAVA, desde que citada a fonte.


Setembro - 2018

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Papa Francisco Papa Francisco recorda Paulo VI, “grande Papa da modernidade”

“Do céu interceda pela Igreja, que tanto amou, e pela paz no mundo”, disse o Papa Francisco, pedindo aplausos à multidão. O Papa Paulo VI faleceu em 6 de agosto de 1978, na Festa da Transfiguração. O Papa Francisco assim recordou dele no Angelus de domingo, 5 de agosto: “Há quarenta anos, o Beato Papa Paulo VI estava vivendo as suas últimas horas nesta terra. Morreu, de fato, na noite de 6 de agosto de 1978. Recordemos dele com muita veneração e gratidão, à espera da sua canonização, em 14 de outubro próximo. Do céu interceda pela Igreja, que tanto amou, e pela paz no mundo. Este grande Papa da modernidade, o saudemos com um aplauso, todos!”. O processo diocesano para a beatificação de Paulo VI, teve início em 11 de maio de 1993, tendo sido beatificado em 19 de outubro de 2014 pelo Papa Francisco. Ele será canonizado em 14 de outubro na Praça São Pedro, durante o Sínodo dedicado aos jovens, ao lado de Dom Óscar Arnulfo Romero, dois sacerdotes italianos, uma religiosa alemã e uma espanhola. Paulo VI foi o Pontífice que concluiu o Concílio Vaticano II iniciado pelo seu antecessor São João XXIII. É dele a Encíclica Humanae Vitae, publicada em 25 de julho de 1968, que defende a visão tradicional da Igreja sobre métodos anticoncepcionais e aborto. A Encíclica também serviu de base para outros dois documentos do Magistério da Igreja: as Instruções Donum vitae e Dignitas personae, ambas sobre moral sexual e ética reprodutiva. Dele também são as Encíclicas Populorum Progressio, de 26 de março de 1967, e a Sacerdotalis

rio

ersá v i n A

Padres - Nascimento

Pe. Valdir Sloboda - 11 de setembro Pe. Daniel Willemann, MIC - 11 de setembro Pe. Piotr (Pedro) Pochopien - 17 de setembro Pe. Elvis Nihokubwayo, SX - 18 de setembro Pe. Paulo Fernando Francini - 20 de setembro Pe. Horácio Miguel Sampaio, CSS - 27 de setembro

Padres - Ordenação

Caelibatus, de 24 de junho de 1967 e a Carta Apostólica Octogesima Adveniens, 14 de maio de 1971, esta última de natureza social em comemoração aos oitenta anos da Rerum Novarum de Leão XIII. Paulo VI foi o primeiro Pontífice a visitar os cinco continentes e o primeiro a encontrar-se com o arcebispo de Cantuária e o primeiro, em vários séculos, a encontrar-se com os dirigentes das diversas Igrejas Ortodoxas orientais. Célebre, o encontro e o abraço ao Patriarca Atenágoras I, no Fanar do Patriarcado Ecumênico de Constantinopla, em 25 de julho de 1967. Vatican News

Papa Francisco muda o parágrafo do Catecismo da Igreja Católica sobre a pena de morte

“[...] a pena de morte é inadmissível, porque atenta contra a inviolabilidade e dignidade da pessoa, e se compromete, com determinação, em prol da sua abolição no mundo inteiro. [...]”, escreve Francisco. O novo Rescrito do Papa, ou seja, a decisão papal sobre a questão da pena de morte foi publicado na manhã do último 01 de agosto, no Vaticano. O Santo Padre recebeu em audiência, no último dia 11 de maio, no Vaticano, o Prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, Cardeal Luís Ladaria, durante a qual, aprovou a nova redação do Catecismo da Igreja Católica (número 2267), sobre a “pena de morte”. “Durante muito tempo, o recurso à pena de morte, por parte da legítima autoridade, era considerado, depois de um processo regular, como uma resposta adequada à gravidade de alguns delitos e um meio aceitável, ainda que extremo, para a tutela do bem comum”. No entanto, hoje, torna-se cada vez mais viva a consciência de que a dignidade da pessoa não fica privada, apesar de cometer crimes gravíssimos. Além do mais, difunde-se uma nova compreensão do sentido das sanções penais por parte do Estado. Enfim, foram desenvolvidos sistemas de detenção mais eficazes, que

Feliz

Pe. Felipe Fabiane - 1 de setembro Pe. Horácio Miguel Sampaio, CSS - 2 de setembro Pe. Osmar Duarte do Nascimento - 2 de setembro Pe. Cláudio Gomes dos Santos, MIC - 7 de setembro Ir. Carlos Wiszniewsky, SVD - 8 de setembro Pe. Vinicius Araújo, CSS - 11 de setembro Pe. Thiago Alberto Grande - 15 de setembro Pe. Elizeu Nahm - 19 de setembro Pe. Benediktus Jemiun, SVD - 21 de setembro Pe. José De Paulo Bessa - 23 de setembro Pe. José Amarildo Novacoski - 23 de setembro Pe. Fábio Castelli, SX - 24 de setembro Pe. Diego G. Pelizzari, SX - 25 de setembro Pe. Mário Tognali, SX - 27 de setembro Pe. Sebastião Guina - 30 de setembro

Religiosas - Nascimento

Ir. Emília Hamer Schmidt, SJC - 14 de setembro Ir. Rosa Terezinha Sartori, FC - 15 de setembro Ir. Sofia Stoki, FC - 17 de setembro Ir. Marlene Tremeia, IBVM - 27 de setembro

Religiosas - Profissão Religiosa

Ir. Nadir Luiza Folador, FC - 8 de setembro Ir. Anna Martini, ISJ - 10 de setembro Ir. Nahir M. Weschenfelder, CSTJ - 13 de setembro Esquecemos alguém? Por favor nos avise: jornaldiocese@gmail.com

Apostolado da Oração

Intenções de oração do Papa Francisco confiadas ao Apostolado da Oração (Rede Mundial de Oração). Conheça: www.aomej.org.br

garantem a indispensável defesa dos cidadãos, sem tirar, ao mesmo tempo e definitivamente, a possibilidade do réu de se redimir. Por isso, a Igreja ensina, no Novo Catecismo, à luz do Evangelho, que “a pena de morte é inadmissível, porque atenta contra a inviolabilidade e dignidade da pessoa, e se compromete, com determinação, em prol da sua abolição no mundo inteiro”. Vatican News

Oferecimento diário: Deus, nosso Pai, eu te ofereço todo o dia de hoje: minhas orações e obras, meus pensamentos e palavras, minhas alegrias e sofrimentos, em reparação de nossas ofensas, em união com o Coração de teu Filho Jesus, que continua a oferecer-se a Ti, na Eucaristia, pela salvação do mundo. Que o Espírito Santo, que guiou a Jesus, seja meu guia e meu amparo neste dia para que eu possa ser testemunha do teu amor. Com Maria, Mãe de Jesus e da Igreja, rezo especialmente pelas intenções do Santo Padre para este mês.

Setembro:

Para que os JOVENS DO CONTINENTE AFRICANO...

...tenham acesso à educação e ao trabalho no próprio país.

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Cura de Parkinson e ação de graças 10 anos depois

CABO VERDE: Irmãs do Amor de Deus estão no país há 75 anos

Na JMJ, em 2008, Rick Peterson pediu que, por intercessão de Mary MacKillop, Deus o curasse.

A Congregação das Irmãs do Amor de Deus, está em Cabo Verde desde 1943 a pedido do então bispo da diocese de Santiago, Dom Faustino Moeira dos Santos.

Rick Peterson, um eletricista norte-americano do Estado de Kansas, foi diagnosticado com a doença de Parkinson. Nove longos anos depois, Rick foi à Austrália para a Jornada Mundial da Juventude, em 2008. Perto de Sidney, Rick pôde se ajoelhar e rezar diante do túmulo de Mary MacKillop, que fora beatificada em 1995. Ele pediu que, por sua intercessão, Deus o curasse: “Senhor, eu não quero nada mais do que deixar essa doença de Parkinson e esse tremor enterrados ao lado de Mary, se essa for a vossa vontade”, disse em sua oração. Poucos minutos depois, quando Rick estava no trem com sua filha mais nova, ele percebeu que o tremor de seu braço direito tinha desaparecido: “Eu checava a cada 30 segundos e dizia a mim mesmo ‘continuo sem o tremor’”, contou. Mas ele decidiu manter a discrição até que sua filha, que segurava sua mão durante a missa final, celebrada pelo Papa Bento XVI em Randwick Racecourse, percebeu que não tremia mais. Foi então que ligaram para sua esposa para

contar a novidade, que ela recebeu com profunda alegria. Quando Rick retornou aos Estados Unidos, diversos médicos o examinaram e verificaram que ele não tinha mais a doença. Sua mulher, uma enfermeira, perguntou ao médico se o diagnóstico inicial não poderia estar errado e ele lhe mostrou todos os exames que comprovavam, sem sombra de dúvidas, que ele tinha a doença. As Irmãs de São José, ordem da Santa, registraram tudo o que ocorreu com Rick e disseram que, caso o segundo milagre para a canonização não fosse aprovado, elas talvez utilizassem o seu caso, o que acabou não sendo necessário: o segundo milagre - a cura da australiana Kathleen Evans, que tinha câncer de pulmão e cérebro - foi aprovado. No dia 18 de julho deste ano, Rick voltou à Austrália e se ajoelhou diante do mesmo túmulo de Santa Mary, mas dessa vez para agradecê-la pela graça que mudou sua vida há dez anos. Catholic Herald

Congregação das Religiosas do Amor de Deus encerra o Jubileu de Diamante da sua presença missionária em Cabo Verde. Promover as vocações é a aposta da Congregação para os próximos anos, garante a Superiora regional da Congregação, Irmã Rosa Maria Morais Gomes. As religiosas missionárias do Amor de Deus estiveram reunidas primeiro fim de semana de agosto, na ilha de São Nicolau, primeiro berço que as acolheu para o encerramento do jubileu de diamante que foi aberto em 5 de Agosto de 2017 com a profissão perpétua de uma das religiosas. A atual superiora regional da Congregação em Cabo Verde, Rosa Maria Morais Gomes, considera que foram positivos os anos de missão. Segundo ela procuraram viver e transmitir o específico da vocação na realidade local. As 15 religiosas estão distribuídas em quatro comunidades: Uma na Pedreira de Fonte Francês, em São Vicente, duas em São Nicolau, Ribeira Brava e Tarrafal e uma quarta em Terra Branca, na Ilha de Santiago. A Irmã Rosa está preocupada com a escassez de vocações. O número de religiosas diminui de ano para ano e, segundo ela, há certo medo das jovens de se entregar. Apostar fortemente na pastoral vocacional, promover as vocações é o lema da congregação para os próximos anos, garante a religiosa. Durante o ano e de acordo com a realidade, as quatro comunidades incentivaram encontros, reflexões, atividades para marcar a efeméride. A atividade que teve maior impacto foi a peregrinação para a localidade de Caleijão, berço da presença das Irmãs em Cabo Verde. A ilha toda, com as suas três paróquias (Nossa Senhora da Lapa, Nossa Senhora do Rosário e São Francisco de Assis), juntou-se às religiosas, no momento muito forte de ação de graças.

Para a conclusão do jubileu teve lugar sábado, dia 04 de Agosto, uma tertúlia com quatro oradores que apresentaram a história da presença da Congregação e a obra ao longo desses 75 anos. No domingo, 05, às 11 horas, na paróquia Nossa Senhora do Rosário, Dom Ildo Fortes, bispo de Mindelo, presidiu uma missa de encerramento do jubileu. Depois da celebração, foi servido um almoço, num momento de confraternização.

UM POUCO DE HISTÓRIA

A Congregação das Irmãs do Amor de Deus, está em Cabo Verde desde 1943 a pedido do então bispo da diocese de Santiago, Dom Faustino Moeira dos Santos. As religiosas dedicam-se à educação integral da infância e juventude através de escolas. Em 1990, em São Vicente, pré-escolar e ensino básico na Escola Padre Usera. Mais tarde, na cidade da Ribeira Brava e Tarrafal com um jardim infantil, um centro de formação feminina e recentemente uma creche. Em 2000, a Congregação estendeu a sua ação à cidade da Praia, onde abriu a Escola Amor de Deus. Vatican News

Dioceses vacantes no Brasil aguardam nomeação de novo bispo

Padre Djalma Lopes de Siqueira, da diocese de São José dos Campos, explica que a escolha de um novo bispo se dá através de um longo e criterioso processo que se inicia na Nunciatura Apostólica de cada país. Desde agosto do ano passado, doze novos bispos foram nomeados para a Igreja no Brasil, além de transferências de prelados para outras dioceses. Mesmo assim, ainda há 15 Igrejas Particulares vacantes, num universo de 277 circunscrições eclesiásticas. A diocese de Carolina (MA) é a que aguarda há mais tempo, desde julho do ano passado. Renúncia, transferência, falecimento ou perda de ofício são alguns dos motivos que podem tornar uma sede vacante, expressão oriunda do latim que significa trono vazio e que é usada pela Igreja para dizer que uma Sede Episcopal está sem o seu ocupante no governo pastoral. Neste período, a Igreja Particular fica aos cuidados de um administrador diocesano, eleito pelo Colégio de Consultores, que pode desempenhar algumas funções limitadas pelo Código de Direito Canônico; ou por um administrador apostólico, um bispo nomeado pelo Papa.

A ELEIÇÃO DOS BISPOS

Padre Djalma Lopes de Siqueira, da diocese de São José dos Campos, explica que a escolha de um novo bispo se dá através de um longo e criterioso processo que se inicia na Nunciatura Apostólica de cada país. Na sequência, é encaminhado para a Congregação para os Bispos, no Vaticano, até chegar ao Papa, a quem compete a nomeação dos bispos. “Neste processo se busca obter através de consultas, sob segredo pontifício, a opinião de muitas pessoas para se chegar ao máximo de informações pertinentes acerca dos candidatos. Isto demonstra o quanto a Igreja tem consciência da importância da nomeação dos bispos. Muitas pessoas investem muitos anos de suas vidas e ministérios na dedicação a este serviço eclesial”, conta.

PERÍODO DE ORAÇÃO

Neste tempo de espera, muitos aproveitam para intensificar as orações para a escolha de um novo pastor para guiar aquela porção do povo de Deus.

CONFIRA AS 15 DIOCESES VACANTES ATÉ ESTA DATA NA IGREJA NO BRASIL: Apucarana - Paraná Bagé - Rio Grande do Sul Bonfim - Bahia Cachoeira do Sul - Rio Grande do Sul Campinas - São Paulo Carolina - Maranhão Formosa - Goiás Ganhães - Minas Gerais Ipameri - Goiás Palmeira dos Índios - Alagoas São João del Rei - Minas Gerais Teófilo Otoni - Minas Gerais União da Vitória - Paraná Viana - Maranhão Eparquia de Nossa Senhora do Paraíso em São Paulo dos Greco-Melquitas


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Dom José Maria Pinheiro fala do trabalho que desenvolve na diocese de Pontoise na França

Bispos recém-nomeados pelo Papa participam de encontro de apresentação na CNBB

Além de acompanhar as Carmelitas, o trabalho que Dom José Maria desenvolve na sede da diocese de Pontoise, consiste em atuar como uma espécie de vigário paroquial da catedral.

Na agenda, além das palestras, os recém-nomeados conheceram o Centro Cultural Missionário (CCM), as Pontifícias Obras Missionárias (POM) e também o Congresso Nacional.

Segundo registros do setor que cuida dos dados da Organização da Igreja no Brasil na CNBB, atualmente sete bispos brasileiros vivem em outros países onde continuam exercendo diferentes serviços à Igreja. Cinco deles, a maioria, reside na Itália, um nos Estados Unidos e outro na França. Dom José Maria Pinheiro, bispo emérito de Bragança Paulista (SP), de 80 anos, vive há oito anos na diocese de Pontoise, na região parisiense. A ida para a França, segundo ele, foi obra da providência Divina. Após se tornar bispo emérito de Bragança Paulista (sua renúncia foi em 16/09/2009), ele foi à França para celebrar uma homilia de jubileu sacerdotal de um padre polonês que se tornou seu amigo quando era bispo auxiliar na diocese de Guajará Mirim (RO) de 1997 a 2003. Após esta festa jubilar, Dom José Maria foi visitar o bispo local, seu conhecido, para comunicar que ficaria pelo período de um mês em uma de suas paróquias com maior extensão e apenas três padres. Um dos três padres morreu no dia seguinte à sua instalação na paróquia e outro comunicou ao bispo local, passado um mês, que deixaria o ministério. Frente a estes acontecimentos, o bispo pediu a Dom José Maria a permanecer com ele na sede da diocese por mais um ano. No terceiro ano, o bispo pediu para que ele acompanhasse 230 jovens de sua diocese que participariam da Jornada Mundial da Juventude no Rio de Janeiro, em 2013. “Pretendia, indo ao Rio, ficar no Brasil pois a missão estaria cumprida. Foi quando o provincial dos Carmelitas de Paris e o bispo me pediram para encontrar carmelitas brasileiras para reforçar o carmelo local, onde havia nove monjas, todas idosas. Indo ao Brasil consegui nove jovens carmelitas de Pouso Alegre (MG). Então o bispo me pede para voltar a fim de acompanhar as brasileiras na fase de adaptação. E assim fui nomeado capelwwão desse Carmelo”, relembrou. O religioso disse que sente falta dos trabalhos pastorais que exercia no Brasil. “Cada país tem a sua especificidade e na minha idade é mais difícil adaptar-me a

um novo modo de pastoral. Mas o que faço é suficiente e sinto-me muito feliz, graças a Deus”, disse. Além de acompanhar as Carmelitas, o trabalho que Dom José Maria desenvolve na sede da diocese de Pontoise, consiste em atuar como uma espécie de vigário paroquial da catedral, celebrando missas, confissões, batizados, casamentos, acompanhando famílias enlutadas e ajudando o bispo nas crismas. Além disso, celebra a cada quinze dias para uma grande comunidade de portugueses e acompanha, há quatro anos, uma comunidade de cerca de 120 migrantes brasileiros na diocese de Créteil, para onde se desloca de trem. O religioso afirmou não sentir dificuldades pelo fato de estar morando em outro país. “Amo este povo e sou amado por eles. Tenho ótima relação com o bispo e com o clero local. O povo daqui elogia muito o povo brasileiro”, disse. Seu contato com a Conférence Episcopale Française, a conferência dos bispos da França, é pequeno e pontual. “Além do bispo de Pontoise, conheço alguns outros bispos, mas não tenho nenhum contato com a conferência daqui. A conferência sempre publica notas de orientação ao povo, como faz a CNBB”, compara. CNBB

De 06 a 10 de agosto, doze novos bispos recém-nomeados pelo Papa Francisco estiveram reunidos na sede da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), em Brasília (DF), para participar do 29º Encontro para Novos Bispos promovido pela Comissão Episcopal Pastoral para os Ministérios Ordenados e a Vida Consagrada da CNBB. Os novos membros do episcopado da Igreja no Brasil foram nomeados desde agosto do ano passado. Durante a semana os novos bispos tiveram contato com temas pertinentes ao ministério episcopal como, por exemplo, a liturgia no mistério, a questão do Direito Canônico,

a partilha que deve existir entre as dioceses e outros assuntos de cunho relevante. Na agenda, além das palestras, os recém-nomeados tiveram a oportunidade de conhecer o Centro Cultural Missionário (CCM), as Pontifícias Obras Missionárias (POM) e também o Congresso Nacional. Além de uma visita à Nunciatura Apostólica, onde os novos bispos se encontraram com o Núncio Apostólico no Brasil, Dom Giovanni D’Aniello. O “Encontro para Novos Bispos” ocorre anualmente na sede da CNBB. No ano passado, o evento bateu o recorde dos últimos anos, 24 bispos nomeados.

NOVOS BISPOS

Saiba quem são os novos bispos participantes do encontro, e suas respectivas dioceses:

“Amo este povo e sou amado por eles. O povo daqui elogia muito o povo brasileiro.” Dom José Maria Pinheiro

• Dom José Altevir da Silva - Bispo de Cametá - PA • Dom Aldemiro Sena dos Santos - Bispo de Guarabira - PB • Dom Vitor Agnaldo de Menezes - Bispo da Diocese de Propriá - SE • Dom Paulo Celso Dias do Nascimento - Bispo Auxiliar da Arquidiocese de São Sebastião - RJ • Dom Jailton de Oliveira Lino - Bispo de Teixeira de Freitas/Caravelas - BA • Dom Eduardo Malaspina - Bispo Auxiliar de São Carlos - SP • Dom Limacêdo Antônio da Silva - Bispo Auxiliar de Olinda e Recife - PE • Dom Mário Spaki - Bispo de Paranavaí - PR • Dom Sílvio Guterres Dutra - Bispo de Vacaria - RS • Dom Manoel Ferreira dos Santos Júnior - Bispo de Registro - SP • Dom Júlio César Souza de Jesus - Bispo auxiliar de Fortaleza - CE • Dom Valdemir Vicente Andrade dos Santos - Bispo auxiliar de Fortaleza - CE


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Setembro - 2018

Dom Darci José Nicioli: “quem mente para conquistar o voto não merece uma vitória eleitoral” “Reze antes de votar! Exerçamos o dever e o direito do voto com responsabilidade cidadã e compromisso cristão”, pede Dom Darci Nicioli.

Dom Darci José Nicioli, arcebispo de Diamantina (MG), presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Comunicação considera que “quem mente para conquistar o voto não merece uma vitória eleitoral e pode levar a mentira para o que se propõe a realizar como governante“. Ele concedeu entrevista exclusiva ao Portal da CNBB. Confira. CNBB: A campanha eleitoral já está em curso e a Igreja tem insistido na importância desse tempo para que cada cidadão aprofunde o discernimento sobre o voto. As chamadas “fake News” complicam essa tarefa? Dom Darci Nicioli : As notícias falsas confundem, espalham maus sentimentos e podem levar ao poder pessoas que não merecem o nosso voto. Quando uma pessoa mente para alcançar um objetivo, ela está completamente desqualificada para exercer uma função pública. Em uma palavra: quem mente para conquistar o voto não merece uma vitória eleitoral e pode levar a mentira para o que se propõe a realizar como governante. CNBB: A mentira é o grande pecado... Dom Darci Nicioli: A mentira é filha do Diabo. Não existe mentira leve, light, boa. Quando uma pessoa acha que uma mentira não é prejudicial, na verdade, ela está dando um nome errado para algo que não é mentira. Faltar com a verdade é sempre um problema grave. E, num ambiente como este do período eleitoral, é preciso que todos nós nos renovemos no combate a qualquer tipo de mentira. A trincheira que podemos ocupar para lutar contra a mentira se encontra no coração de cada um de nós, no seio da nossa família, nos espaços da nossa comunidade. Nesses lugares, cabem sempre algumas perguntas muito importantes: isso é verdade? De onde saiu esse tipo de notícia? Quem apurou para saber se o que está sendo dito realmente procede? Não se pode ir engolindo tudo. CNBB: Coincidentemente, Papa Francisco falou exatamente disso na mensagem que dirigiu aos comunicadores do mundo inteiro este ano. O que o senhor considera essencial no que ele afirmou naquele documento? Dom Darci Nicioli: Antes de falar do conteúdo, é importante falar do testemunho do Papa Francisco. Ele tem sido um exemplo vivo de uma comunicação transparente, comprometida com a verdade. Todos os dias, encontramos uma mensagem nova vinda da parte dele em alguma de suas atividades. Uma homilia, um discurso, uma entrevista, uma mensagem. Todas essas ocasiões têm se tornado uma oportunidade para que ele nos diga algo positivo e que nos incentiva na busca de uma vida melhor para todos, nesse mundo tão machucado dos nossos dias. Na mensagem deste ano, Papa Francisco nos convocou para uma cotidiana busca da verdade. Notícia falsa só ganha espaço na vida de quem não se compromete nessa luta. O Papa afirmou que no projeto de Deus, a

comunicação humana é um instrumento para a proclamação da verdade e para a vida em comunhão, mas, o orgulho e o egoísmo podem levar as pessoas a distorcer esse dom de Deus e o “sintoma típico de tal distorção é a alteração da verdade, tanto no plano individual como no coletivo”. Ao mentir ou colaborarmos para a difusão da mentira, estamos, portanto, faltando com a fidelidade a Deus e com seus propósitos maiores em relação à nossa vida. O Papa diz que as mentiras falsas ou falsificadas que tanto ganham espaço hoje em dia, especialmente nas redes digitais, são expressão da nossa infidelidade. Para expulsar essa prática ele fala de uma comunicação de paz, da valorização da missão dos jornalistas e, claro, de um olhar constante para Jesus, nosso Senhor, o caminho, a verdade e a vida. CNBB: Os políticos que se apresentam como candidatos nesse período costumam fazer um discurso muito parecido e dizem querer o melhor para o Brasil. No que, então, o eleitor deve prestar atenção para não cair nas ciladas da mentira? Dom Darci Nicioli: A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), na última assembleia-geral que realizamos juntos, em Aparecida, nos deixou um documento precioso que o seu conteúdo pode nos ajudar a responder a essa pergunta. Em primeiro lugar, os bispos dão como título para o documento a expressão: Compromisso e esperança. Isso já diz muito do que precisamos fazer. Não ficar apenas apontando o dedo para os outros, mas promover o compromisso de todos nós com ideias, testemunhos, projetos que possam trazer uma esperança, uma luz de mudança para o País que considere a vida dos mais pobres. Na mensagem, os bispos apresentam um caminho a percorrer. É preciso resgatar a ética na política. A vergonha na cara que deve ter todas as pessoas que lidam com a gestão do patrimônio e do dinheiro públicos. Segundo: precisamos de políticas públicas consistentes para enfrentar graves questões sociais, como o aumento do desemprego e da violência que, no campo e na cidade tornam vítimas milhares de pessoas, sobretudo, mulheres, pobres, jovens, negros e indígenas. Além de várias outras advertências que os bispos fazem, é preciso reforçar que esse tempo de campanha eleitoral torna-se “oportunidade para os candidatos revelarem seu pensamento sobre o Brasil que queremos construir. Que não sejam eleitos ou reeleitos (pois não merecem), candidatos que se rendem a uma economia que coloca o lucro acima de tudo e não assumem o bem comum como sua meta, nem os que propõem e defendem reformas que atentam contra a vida dos pobres e sua dignidade. São igualmente reprováveis candidaturas motivadas pela busca do foro privilegiado e outras vantagens”. Reze antes de votar! Exerçamos o dever e o direito do voto com responsabilidade cidadã e compromisso cristão. CNBB

Dom Peruzzo: “Catequista é muito mais uma vocação do que uma funcionalidade” Para o arcebispo de Curitiba, ser catequista não é apenas exercer algumas atividades em um horário programado, mas sim uma maneira de internalizar, de levar para dentro de si o que se crê, o que se professa.

Todo processo da evangelização começa com a catequese. Os primeiros evangelizadores são os catequistas e toda catequese começa na família, com os pais, se estende pela comunidade e atinge toda a ação da Igreja. No último domingo de agosto, 26, em que se comemora o Dia do Catequista. A Igreja, além de celebrar a semana de orações para os ministérios e serviços na comunidade, também reflete sobre a vocação do catequista. “É uma feliz ventura que o Dia do Catequista se integre ao calendário do mês vocacional justamente porque ser catequista é muito mais uma vocação do que uma funcionalidade”, afirma o presidente da Comissão para a Animação Bíblico-Catequética da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Dom José Antônio Peruzzo. Ao portal da CNBB, o arcebispo de Curitiba deixou uma mensagem especial a todos aqueles que receberam o chamado de Deus. Para ele, ser catequista não é apenas exercer algumas atividades em um horário programado, mas sim uma maneira de internalizar, de levar para dentro de si o que se crê, o que se professa e depois partilhar com quem precisa aprender a crer e professar. “Entendo isso como vocação. Cabe também interpretar como missão àqueles a quem o Senhor chamou. Se vocação é chamar, o Senhor não chamou ninguém para os seus consumos vocacionais” disse o bispo. Na entrevista, Dom Peruzzo afirmou que todos os relatos bíblicos de vocação trazem consigo uma missão e uma responsabilidade. “Eu gostaria de agradecer primeiro aos catequistas do Brasil por terem acolhido o pedido, aceitado o chamado, por terem abraçado a missão. É imenso o serviço que prestam, mas o campo de trabalho e os desafios também são imensos, provavelmente maiores que as nossas forças, mas foi assim nos primeiros dias do Cristianismo e os discípulos, apóstolos foram vencedores porque foram repletos do Espírito Santo”, disse. Ele deseja aos catequistas do Brasil que se deixem renovar-se interiormente pela plenitude do Espírito de Deus e enfatiza que os desafios nunca serão maiores que a vitalidade interior de cada um. “Ei catequista, meu irmão, minha irmã! Lembra quando você foi convidado, quando foi chamado a oferecer a sua participação, a oferecer sua ternura para a missão de catequista para a catequese? Talvez tenha se sentido incapaz, talvez tenha dito que não era apto, mas aceitou. Os anos passaram, o tempo se foi e você continua… Quem o sustentou? O Espírito de Deus estava lá!”, realçou. Por último, Dom Peruzzo desejou votos de gratidão a todos os catequistas pelo seu dia. “Neste dia do catequista entre muitos votos de gratidão eu gostaria de lhe desejar que o Espírito Santo continue a sustentá-lo, a sustentá-la, a servir, porque isso lhe faz tanto bem! Quantas e belas experiências, não?! Um grande abraço, com muita gratidão, querido catequista!”, finalizou o arcebispo. CNBB


Setembro - 2018

Diocese de Guarapuava

Ecônomo da CNBB chama atenção para os desafios da gestão no ambiente eclesial Sobre o trabalho com regionais e dioceses, o ecônomo da CNBB sustenta que busca despertar nos bispos o desejo de atuação pensando na gestão transparente. “A gestão da Igreja está sendo pensada; o que não é de hoje. A Igreja sempre foi referência de organização, agora que nós estamos nos adaptando às novas leis”. A fala é do ecônomo da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), monsenhor Nereudo Freire Henrique, que tem feito um trabalho de sensibilização dos responsáveis por instituições ligadas à Igreja para que entendam a gestão como aliada no trabalho de evangelização. No dia 07 de agosto, durante o curso para os novos bispos, realizado na sede provisória da CNBB, em Brasília (DF), monsenhor Nereudo falou aos novos prelados sobre gestão, os desafios no ambiente eclesial, o retrato atual da gestão das dioceses e paróquias e da necessidade de recuperar a espiritualidade que está atrelada a este trabalho administrativo. Foram apresentadas questões sobre personalidade jurídica, legislação, planejamento e organização patrimonial. O ecônomo sugeriu ações para o cumprimento de obrigações legais e práticas que podem ser eficientes do ponto de vista gerencial. “Temos a legislação que cobra das instituições determinados comportamentos e o gestor tem que ter conhecimento e construir equipes que deem suporte”, afirmou. Para monsenhor Nereudo, padres e bispos não devem ter medo de buscar pessoas que consigam dar esta contribuição, no caso, profissionais qualificados. A recuperação de ferramentas, como o planejamento, também é importante, segundo o ecônomo: “Assim como temos o planejamento pastoral, assim vamos ter também o planejamento administrativo, que exige a participação de todo o pessoal que está envolvido, clareza nos objetivos, estabelecimento de metas, organização que possa ajudar no percurso que será percorrido, bom senso na administração, estratégias, recuperação de lideranças e papéis a partir de necessidades”. A planilha orçamentária é outra ferramenta importante e está dentro do planejamento. Um orçamento organizado, segundo monsenhor Nereudo, dá ao gestor uma antecipação daquilo que vai acontecer no futuro do ponto de vista financeiro-econômico. A questão contábil também teve destaque na fala do ecônomo da CNBB, que explicou sobre “SPED contábil”, que é Sistema Público de Escrituração Digital, e seus benefícios no planejamento e no cumprimento das obrigações com o governo. “A contabilidade é um retrato em números daquele momento que a instituição está vivenciando. Na contabilidade você vai conseguir visualizar o patrimônio da instituição. É como aquela senhora que está na capela que compra o vinho, a vela, que paga a energia e a água da capela: tudo isso vai ter um reflexo na contabilidade da paróquia, da diocese, que mensalmente

você consegue montar os balancetes e anualmente os balanços. E aqui interessa a contabilidade, em primeiro lugar ao gestor. Se eu conheço a minha realidade, o meu patrimônio, eu vou fazer um planejamento, saber onde eu posso investir, o que eu posso planejar”. Monsenhor Nereudo também falou sobre as novidades do programa e-social, do Governo Federal, que a partir deste ano, irá incluir as informações com dados e folhas de pagamento dos funcionários de empresas do terceiro setor, como a CNBB. Foi sugerido aos bispos que em cada diocese tenha um pequeno grupo que possa fazer o levantamento das informações que vão alimentar este sistema. “A partir do momento em que as coisas estiverem organizadas, irá fluir e servir a todos com rapidez e que possa trazer benefícios”, espera. O último tópico da fala de monsenhor Nereudo foi a questão patrimonial e a necessidade de organização deste acervo nas dioceses, principalmente nas cidades antigas, onde não se tinha escritura e onde ocorriam doações sem um elemento formal. “E a gente está sugerindo que seja feito nas dioceses um levantamento patrimonial para abastecer a peça contábil com os registros e também o controle. Digo que o patrimônio bem organizado traz uma receita para a instituição”, ensina Nereudo. Sobre o trabalho com regionais e dioceses, o ecônomo da CNBB sustenta que busca despertar nos bispos o desejo de atuação pensando na gestão transparente, “para que assim possamos, nós também, cobrarmos das instituições, sejam privadas ou públicas, um comportamento transparente”. Neste trabalho de assessoria Brasil afora, ele tem sido solicitado juntamente com o assessor jurídico-civil da Conferência dos Bispos, o advogado Hugo José Sarubbi Cysneiros Oliveira. CNBB

“É como aquela senhora que está na capela que compra o vinho, a vela, que paga a energia e a água da capela.” Mons. Nereudo Freire Henrique

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Pela Graça do Batismo, os cristãos têm a missão de testemunhar a fé

A expectativa, segundo Dom Severino Clasen, é celebrar muito bem o Dia do Leigo, que é a festa de Cristo Rei em novembro.

O bispo de Caçador, em Santa Catarina, Dom Severino Clasen, presidente da Comissão do Laicato da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), em pleno Ano Nacional do Laicato vivido pela Igreja no Brasil até a Festa de Cristo Rei, celebrada em 25 de novembro deste ano, fala ao Portal da CNBB sobre a vocação dos Leigos e Leigas na Igreja e na Sociedade. Segundo o religioso, os leigos são chamados a viver os sentimentos de Cristo, que pela sua misericórdia ensina a ser irmão. “Eles têm a missão de testemunhar a fé no seu ambiente de vida comum, ou seja, na família, no trabalho, no estudo, na comunicação, na política, em todo o lugar. Também são chamados a atuar nas pastorais, movimentos, liturgia e catequese, entre outros, e a participar dos grupos de reflexão, estudos bíblicos, formação cristã para poder ser sal na terra e luz no mundo”, sublinhou. A presença e atuação dos cristãos leigos e leigas na Igreja é uma chave de ouro que enriquece a vida eclesial no seguimento do Mestre de Nazaré, defende o bispo. Para ele, os leigos são fermento na massa, ramos ligados ao tronco, que revitalizam as relações fraternas na Igreja, na família e na sociedade. “Os leigos e leigas são chamados a experimentar, no seu dia a dia, a amizade com Jesus Cristo que caminha conosco e nos ajuda a sermos solidários, amigos e fraternos”, aponta. O bispo de Caçador, também presidente da Comissão Especial do Ano do Laicato, chama a atenção para o fato de que a metade do Ano Nacional do Laicato já tenha se passado mas que tem outra parte ainda. Segundo ele, para os próximos meses, muitas dioceses continuam oferecendo semanas de estudos sobre a teologia do laicato, congressos, romarias, dentre outras atividades. A expectativa, segundo Dom Severino, é celebrar muito bem o Dia do Leigo, que é a festa de Cristo Rei em novembro. O religioso lembra aos cristãos que as igrejas particulares estão se organizando para participar, em Aparecida (SP), no dia 25 de novembro deste ano, da Romaria do Ano do Laicato. Na mesma ocasião, acontecerá a 9ª Assembleia dos Organismos do Povo de Deus, no Santuário Nacional de Aparecida (SP). CNBB

“Os leigos e leigas são chamados a experimentar, no seu dia a dia, a amizade com Jesus Cristo.” Dom Severino Clasen


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Diocese de Guarapuava

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Setembro - 2018

Regional Sul 2 da CNBB marca presença no encontro sobre a Campanha da Fraternidade

Após melhorias, Santuário do Rocio se torna um dos lugares mais visitados do Paraná

Rozalino Ramos, que mora em Guarapuava, representou o Regional Sul 2, em Brasília, de 23 a 25 de julho. Líderes de 16 dos 18 regionais da CNBB, agora têm a tarefa de multiplicar o aprendizado.

As missas do Santíssimo Sacramento voltaram a lotar a igreja de Nossa Senhora do Rocio. Conforme a coordenação do local, a praça está mais segura, a “Feira da Lua” é semanal e a igreja teve sua pintura reformada.

Estado. Sociedade. Agentes Públicos. Orçamento. Monitoramento e avaliação. Política de Governo e Política de Estado. Participação e controle social. Temas como estes fazem parte do texto-base da Campanha da Fraternidade (CF) 2019 apresentado aos 45 participantes do Seminário Nacional da Campanha da Fraternidade 2019, organizado pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), que se realizou na sede das Pontifícias Obras Missionárias, em Brasília (DF), de 23 a 25 de julho. O seminário, do qual participaram representantes de 16 dos 18 regionais da CNBB que depois multiplicarão a CF em suas localidades, busca aprofundar as três partes que integram o texto-base: ver, julgar e agir. Em 2019, o tema da Campanha da Fraternidade, será: Políticas Públicas. Esta CF tem como objetivo: “Estimular a participação em políticas públicas, à luz da Palavra de Deus e da Doutrina Social da Igreja, para fortalecer a cidadania e o bem comum, sinais de fraternidade”. Segundo o secretário executivo das Campanhas da Fraternidade, padre Luís Fernando da Silva, o seminário nacional tem como objetivo pôr os regionais da CNBB em sintonia com o projeto apresentado pelo texto-base. “O nosso grande esforço e empenho é entender quais são as linhas mestras e diretrizes que o texto-base apresenta para depois, numa linguagem acessível para nossas comunidades, poder ajudar as pessoas a entrar na dinâmica da campanha”. Além de afetar a vida de todo mundo, o tema da CF 2019 adquire importância particular porque segundo padre Luís, no ano que vem, a sociedade terá um conjunto de governantes recém-eleitos, incluindo o presidente da República. “Quando falamos de políticas públicas falamos de participação das pessoas no processo de gestão e controle. Cada um na sua medida e realidade. Todos os cristãos têm

a missão e são chamados a participar do processo das políticas públicas. Este é o grande convite e contribuição da CF 2019”, disse padre Luís Fernando. Para a coordenadora da Escola de Fé e Política Dom Amaury Castanho, de Jundiaí (SP) e representante do Regional Sul 1 da CNBB, Dolaine Coimbra Santos, o seminário cumpre um importante papel de orientar os representantes dos regionais, dando o norte e buscando construir a unidade na diversidade. O assessor da parte do “julgar”, padre Antônio Aparecida, da diocese de São José dos Campos (SP), lembra que o lema da CF 2019: “Serás libertado pelo direito e pela justiça”, extraído do livro de Isaías (1,27), nos convida a praticar a justiça e o direito. “Os profetas chamavam a atenção dos líderes exatamente porque deixavam perecer as ovelhas, não cuidavam dos animais feridos, descuidavam da ovelha mãe. A nossa fé nos impulsiona a ter o cuidado com as ovelhas feridas, machucadas e abandonadas”, grifou.

REGIONAL SUL 2

Rozalino Ramos, que mora em Guarapuava, representou o Paraná durante o Seminário em Brasília. De acordo com ele, a intenção agora é trabalhar com muita intensidade, em nível de Regional Sul 2 todos os assuntos abordados no Distrito Federal nos três dias de trabalho. Para o dia 09 de dezembro deste ano, conforme contou Rozalino, representantes de todas as dioceses e arquidioceses do Paraná se reunirão na Casa de Líderes Nossa Senhora de Guadalupe, em Guarapuava, para tratarem da CF 2019. “Neste encontro, vamos fazer uma avaliação do que foi estudado em Brasília e também, nos preparar para os desafios da Campanha da Fraternidade do Ano que vem que abordará o importante tema, Políticas Públicas”, sublinhou Rozalino.

“Todos os cristãos têm a missão e são chamados a participar do processo das políticas públicas.” Pe. Luiz Fernando da Silva

Após o primeiro ano na condução do Santuário do Rocio, em Paranaguá, o missionário redentorista, padre Joaquim Parron, disse que as ações em se tratando de melhorias no local, já surtem efeito. “É o esforço conjunto e contínuo do conselho de administração do Santuário, dos funcionários, dos voluntários, dos devotos e apoiadores que está trazendo mais vida, movimentação e evangelização neste lugar abençoado”, afirma o sacerdote. Nas missas, o religioso tem ensinado, acompanhando o calendário litúrgico, sobre as principais celebrações e os santos mais conhecidos da Igreja. No dia 01 de agosto, por exemplo, foi mostrada, abençoada e mantida em exposição uma relíquia de Santo Afonso, o fundador da Congregação Redentorista, falecido no dia 1° de agosto de 1787.

As missas do Santíssimo Sacramento voltaram a lotar a igreja de Nossa Senhora do Rocio. Conforme a coordenação do local, a praça está mais segura, a “Feira da Lua” é semanal e a igreja teve sua pintura reformada. Além disso, os eventos musicais e religiosos como shows católicos e a encenação da paixão, têm feito o Rocio voltar a ser um point das famílias, dos moradores de Paranaguá e dos turistas. Uma mostra disso pode ser vista nas redes sociais onde é comum ver belas fotos do Rocio e das pessoas que frequentam o local. Romarias e excursões são frequentes no lugar que é conhecido pela maioria dos paranaenses. Pascom Santuário do Rocio

Legião de Maria promove encontro em Guarapuava O evento foi realizado na Casa de Líderes Nossa Senhora de Guadalupe e contou com a presença de representantes da arquidiocese de Cascavel e das dioceses de Umuarama, Palmas/ Francisco Beltrão e a anfitriã, Guarapuava. De 27 a 29 de julho, Guarapuava sediou um encontro com os oficiais da Legião de Maria. Mais de cem pessoas participaram do encontro que foi pautado por palestras, orações e devoção a Nossa Senhora. O evento foi realizado na Casa de Líderes Nossa Senhora de Guadalupe e contou com a presença de representantes da arquidiocese de Cascavel e das dioceses de Umuarama, Palmas/Francisco Beltrão e a anfitriã, Guarapuava. Além dos oficiais de Regia, o padre Heitor Girardi, da Congregação Salesianos de Dom Bosco (SDB) também assessorou o encontro com palestras sobre a Legião de Maria e sua importância para a Igreja. Dom Antônio Wagner da Silva bispo da diocese de Guarapuava, também se fez presente, juntamente com padres e religiosas. No final do encontro, houve uma confraternização pelos 52 anos de sacerdócio do padre Heitor Girardi.


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Diocese de Ponta Grossa sedia encontro de coordenadores da Ação Evangelizadora Os trabalhos envolveram representantes da Ação Evangelizadora da Província de Curitiba. “Quinta Urgência: Igreja a Serviço da Vida Plena” foi o assunto abordado no encontro.

Coordenadores da Ação Evangelizadora da Província de Curitiba participaram de um encontro em Ponta Grossa, no dia 07 de agosto. Na ocasião, se discutiu a “Quinta Urgência” das Diretrizes do Regional Sul 2 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), que diz-se da “Igreja a Serviço da Vida Plena”. Da diocese de Guarapuava, o coordenador da Ação Evangelizadora, padre Itamar Abreu Turco, participou dos trabalhos e destacou que se faz necessária uma abordagem mais profunda sobre o assunto, como foco nas atividades que apresentam bons resultados à comunidade. “Tivemos a oportunidade de falar e trocar experiências com representantes da Ação Evangelizadora de outras dioceses da Província de Curitiba, da qual fazemos parte. Considero que a reunião foi muito proveitosa e serviu de embasamento para a Assembleia do Povo de Deus que será em Curitiba, de 21 a 23 de setembro deste ano. Há muitas atividades sendo desenvolvidas e os resultados estão aparecendo, uns mais rápido do que o esperado e outros, um pouco mais lentos. O importante é que a tarefa vem sendo desenvolvida, sempre com a adesão de mais pessoas”, informou padre Itamar. O representante da Ação Evangelizadora da diocese de Ponta Grossa, padre Joel Nalepa, também considerou o encontro produtivo e apontou as prioridades discutidas durante a reunião. “Alguns pontos que foram partilhados e que são sinais a serviço da vida plena a partir do que foi assumido e aprovado na 36ª Assembleia do Povo de Deus – Diretrizes Regional Sul 2 (2015 – 2019), fizeram parte da nossa conversa no dia 07. Notamos que todas as dioceses da Província de Curitiba, de acordo com suas possibilidades, estão se esforçando para desempenhar um bom trabalho em favor da Igreja, com base na Quinta Urgência. Para nós, isso é motivo de comemoração, mas também faz com que seja reforçado nosso compromisso de manter e ampliar este serviço em favor da vida humana”, sublinhou padre Joel.

SOBRE A QUINTA URGÊNCIA Com o enfoque em: “Igreja a Serviço da Vida Plena” e o tema: “Eu vim para que todos tenham vida” (Jo 10,10), a Quinta Urgência do Regional Sul 2 da CNBB, foi aprovada na 36ª Assembleia do Povo de Deus. Dentre as prioridades que constam dessa urgência, destacam-se: • Apoiar de maneira concreta a situação dos migrantes no Paraná; • Estimular o conhecimento e a adesão à doutrina Social da Igreja como maneira constitutiva de fidelidade ao Evangelho; • Retomar e fortalecer as escolas de Educação Política e Fé; • Participar ativamente junto aos Conselhos de Direitos (DGAE, n. 124); • Defender, com olhar misericordioso, a dignidade da vida humana desde a concepção até o seu fim natural com atenção especial às situações de vulnerabilidade social; • Acompanhar e fortalecer as Pastorais Sociais; • Educar para a preservação da natureza e o cuidado com a ecologia humana (DGAE, n. 122); • Continuar o processo da conscientização dos problemas relativos a festas com bebidas alcoólicas (Doc. 100, nº 286). • Cuidar da família por meio de uma pastoral intensa, vigorosa e frutuosa (DGAE n. 111).

AÇÕES Dentre as ações propostas pelas dioceses da Província de Curitiba, em consonância com a Quinta Urgência do Regional Sul 2 da CNBB, os coordenadores da Ação Evangelizadora descreveram as atividades que vêm sendo desenvolvidas ao longo do ano em cada diocese e que serão estudadas e partilhadas durante a Assembleia do Povo de Deus em setembro.

ESCOLA DE FÉ DE POLÍTICA Paranaguá: a diocese tem feito esforço para a implantação da Escola de Fé e Política, mas há resistência; Guarapuava: boas experiências, bons resultados nesse campo. Há uma maior procura pelo estudo da Ciência Política por estudiosos desse assunto e, com isso, um caminho está sendo feito; Curitiba: a arquidiocese tem feito um caminho interessante no que se refere ao acompanhamento de mandatos dos vereadores. Isso tem dado bons resultados. Há possibilidade de que esse serviço seja feito também com a Assembleia Legislativa pelo fato de que os deputados de todo o Paraná estão na Capital, seu local de atuação. A necessidade de acompanhamento existe e com o cuidado de evitar a compreensão de que se pretende ter uma “bancada” da Igreja. Ponta Grossa: o Conselho de Leigos trabalha para implantar a Escola de Fé e Política em vista da formação e exercício para a cidadania. A Cartilha de Orientação Política está sendo apresentada às lideranças como ferramenta de estudo para esse período importante que vivemos.

CONSELHOS DE DIREITO Em geral, falta orientação e acompanhamento para quem participa dos conselhos municipais de saúde, segurança, moradores de rua, presídios, dentre outros. Quem participa está nesse serviço de modo individual, sem apoio e acompanhamento. Durante a reunião, os coordenadores refletiram sobre a situação dos moradores de rua e os desafios sobre esse trabalho. Curitiba, por exemplo, tem mais de 5.000 moradores de rua e o poder público nem sempre favorece o cuidado com a dignidade de quem está nessa situação. Em Ponta Grossa a “Casa da Acolhida” tem feito um trabalho de cuidado e atendimento aos moradores de rua. As paróquias realizam uma campanha (cada mês uma paróquia fica responsável pelo projeto) para arrecadar material de limpeza, higiene pessoal e alimentos para que essa entidade tenha como atender às pessoas que buscam ajuda. Os resultados têm sido bons no resgate da dignidade, recuperação de dependentes químicos e retorno para o seio familiar e o recomeço da história que por diversos fatores teve a rua como “saída”. Em Curitiba, conforme se apurou, existe um trabalho interessante com as pastorais sociais que conta com um padre assessor. O sacerdote acompanha todas as pastorais e serviços que atuam nesse campo, inclusive destinando, de maneira equitativa, os recursos do fundo diocesano de solidariedade. Em todas as dioceses que compõem a Província de Curitiba, há destaque para a atuação da Pastoral da Criança que desenvolve trabalhos de acompanhamento com gestantes, mães e crianças. Em todas as dioceses participantes, a Pastoral da Criança está articulada e organizada e

isso reforça o compromisso da busca por resultados eficientes em se tratando do bem-estar dos envolvidos. Durante as discussões em Ponta Grossa, os coordenadores também destacaram como de suma importância para a comunidade a presença da Pastoral da Terceira Idade. Conforme integrantes desta tarefa, o foco principal dos trabalhos é manter e defender a dignidade das pessoas idosas. Visitas e acompanhamentos para verificar a situação de alimentação e saúde, bem como, os serviços religiosos, como Unção dos Enfermos e Comunhão, são alguns dos trabalhos desenvolvidos por quem atua junto à Pastoral da Terceira Idade. A presença da Cáritas nas dioceses e comunidades é considerada de importância vital, conforme se apurou no encontro dos coordenadores. No Paraná, atividades como acompanhamento aos imigrantes e migrantes, o desenvolvimento de projetos de sustentabilidade e o resgate da dignidade humana, são algumas das atividades desenvolvidas pela entidade. Em Ponta Grossa, por exemplo, a Cáritas apoiou um projeto entre a Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) e Haiti, que possibilitou a vinda de estudantes haitianos para cursarem agronomia na cidade, com a finalidade de que, após a formação, o aprendizado fosse levado para o Haiti e aplicado no cultivo agrícola naquele país. Isso já está ocorrendo e os bons resultados já foram apresentados, conforme se apurou. Finalizando o encontro, assuntos como a atuação da Pastoral Familiar, Movimentos que atendem às famílias, tais como Vicentinos, Legião de Maria e outras iniciativas, foram apontados como sinais reais de serviço da vida plena na Província.

Com informações extraídas do texto produzido pelo padre Joel Nalepa, da diocese de Ponta Grossa.


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Mensagem dos Bispos do Paraná sobre a temática da legalização do aborto no Brasil

Arquidiocese de Londrina realiza lançamento da Cartilha de Orientação Política 2018

No dia 3 e no dia 6 de agosto a descriminalização do aborto voltou à pauta do Supremo Tribunal Federal (STF).

Material produzido pelo Regional 2 da CNBB traz subsídios para o entendimento de questões éticas e políticas do Brasil.

Os Bispos do Regional Sul 2 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), que compreende as arquidioceses, dioceses, arquieparquia e eparquia do Estado do Paraná, em reunião da presidência, escreveram uma nota de manifestação quanto à Ação de Descumprimento de Preceito Fundamental 442/2017 (ADPF 442).

No dia 3 e no dia 6 de agosto a descriminalização do aborto voltou à pauta do Supremo Tribunal Federal (STF). A Corte convocou audiências públicas para discutir a petição, na qual o Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) solicita a legalização irrestrita do aborto até a 12ª semana de gravidez.

MENSAGEM DOS BISPOS DO REGIONAL SUL 2 DA CNBB POR OCASIÃO DA ADPF 442 Curitiba, 08 de agosto de 2018. “Pois em ti está a fonte da vida; graças à tua luz, vemos a luz.” (Salmo 36,9) A todas as pessoas de boa vontade, àqueles que compreendem o valor inviolável da vida, como a todos aqueles e aquelas que por alguma razão ainda não descobriram que a vida humana pertence a Deus. Nós, Bispos do Regional Sul 2 da CNBB, vimos, por meio desta, expressar a nossa posição diante dos fatos que promoveram uma audiência pública na sexta feira próxima passada, 03/08/18, e na segunda feira, 06/08/18, em cujas datas foi analisado o tema da ADPF 442, sobre a descriminalização do aborto no Brasil. Tratava-se de uma audiência pública promovida pelo STF, em Brasília. Já no número dos oradores verificou-se uma clara desproporção entre os expositores de diferentes convicções. Acreditamos e promovemos o diálogo e o debate. Todavia é justo esperar que não se deem mais oportunidades a algumas vozes e menos a outras. Sem ocultar o desapontamento, queremos manifestar o que segue: A vida da pessoa humana, dom sagrado e princípio inviolável, não pode ser tratada como se fosse uma das tantas possibilidades de existência no mundo em que nos encontramos. Ao falar de vida humana estamos falando de um ser integral, único e irrepetível. Este ser independente, autônomo, desde a sua concepção, faz parte do projeto e do desígnio divino; segue, pois, que tanto na sua fase embrionária, quanto na sua fase fetal ou na fase final, não responde exclusivamente a um conceito cronológico, mas ontológico. Isto quer dizer que em cada pessoa há uma História. Esta, além de ser humana, é também Divina. A nossa alma imortal faz de cada um de nós, seres criados à imagem e semelhança do nosso Criador, dotados de razão e sentimentos. A pessoa humana deve ser reconhecida como tal desde o momento em que ela é concebida.

A lei pétrea da defesa da vida não corresponde ao tempo de duas, três, quatro ou doze semanas. A cronologia é apenas uma referência espaço-temporal. O tempo estabelecido pode, muitas vezes, ser variável e variado. Precisamente por isso contrapomo-nos, com veemência, contra afirmações segundo as quais as células-tronco embrionárias são um mero conjunto biológico. Todo tipo de manipulação sempre será contra a Lei natural estabelecida por Deus. Sabemos da prevalência de atitudes de falsa piedade na sociedade atomizada do nosso tempo. Isso pode levar muitas pessoas a movimentos de compaixão pautados no sentimentalismo; vemos isto refletido numa cultura do descarte, da massificação e do consenso. Não é o pacto de Nuremberg, nem aquele da Costa Rica ou as decisões de conselhos da ONU os que estabelecerão o critério do valor da vida humana. Por isso mesmo, seria pertinente e prudente ouvir a população, superando as manipulações e demagogias destes últimos dias. Convocamos a todos os cidadãos para que avaliem, reflitam e se decidam a eleger candidatos que promovam a vida humana sem restrição nenhuma. Já afirmava o profeta da vida, o BemAventurado Papa Paulo VI: “Jamais uns contra os outros; muito menos contra os indefesos”. (Discurso na ONU, New York 04/10/1965). Governantes que aprovam e promovem o aborto aprovam que uns vivam e outros não. Por último, o processo não poderá ser reduzido a uma ou duas audiências. O país inteiro deverá ser ouvido, as associações, as comunidades, as igrejas, os movimentos. Percebe-se que somente dois dias se tornam cansativos e depredatórios, geradores de mais tensões do que reflexões em torno de causa tão relevante: a vida de inocentes e indefesos. Não podemos cair na superficialidade dos processos que já viveram outras nações. No anseio de respostas apenas utilitaristas, saciaram-se de atitudes simplistas e medíocres. Tudo isso nos faz clamar constantemente: “A tua Luz nos faz ver a luz!”

A Arquidiocese de Londrina lançou, em 01 de agosto, a “Cartilha de Orientação Política: Os cristãos e as eleições 2018”. Produzido pelo Regional 2 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), é a primeira vez que o material é distribuído em nível nacional. O objetivo da cartilha é levar aos eleitores e candidatos subsídios para o entendimento das questões éticas, políticas e históricas do País. Serão distribuídas em torno de 15 mil cartilhas só na arquidiocese de Londrina e mais de 500 mil no Brasil. “Percebemos (analisando o conteúdo da cartilha) que a preocupação é entender as questões que ameaçam a democracia do nosso tempo e a crise ética. Continuamos acreditando no Brasil, mas precisamos eliminar vícios históricos e ideologias que não condizem com a vocação para a paz, vida e misericórdia”, afirmou Dom Geremias Steinmetz, arcebispo de Londrina. O arcebispo ressaltou também, que o atual momento político exige uma palavra de orientação. “Infelizmente, muitas pessoas não têm orientação a respeito da eleição. É preciso fazer uma orientação histórica para que a eleição seja limpa e produza pessoas que venham contribuir com a nação”, disse. A cartilha é dividida em quatro partes. A primeira trata sobre a crise política, o descrédito com os políticos e o acirramento da polarização. A segunda, fala da Igreja e as eleições, lembrando as contribuições da Igreja católica na aprovação de leis importantes como a Lei contra a Corrupção Eleitoral e da Ficha Limpa, e pede uma maior participação dos católicos na política. A terceira parte traz informações sobre o processo eleitoral em si, explicando sobre os cargos em disputa, coeficiente

eleitoral, voto em legenda e financiamento de campanha. A última parte é sobre a responsabilidade de cada eleitor e como denunciar compra de votos. Um dos maiores desafios desta eleição será o combate às Fake News. O assunto também foi contemplado na cartilha. Dom Geremias recordou as ações que a CNBB já realizou no sentido de contribuir para o fortalecimento da democracia. “A CNBB teve forte participação em leis como a da ficha limpa. Ela só aconteceu porque os católicos tiveram participação na coleta de assinaturas. Estamos continuando (com a cartilha), mas só isso não é suficiente para o povo ter conscientização em vista das eleições”. As informações da cartilha, afirmou o arcebispo, são destinadas para qualquer cidadão, não apenas aos católicos. “Claro que sonhamos que todos os católicos leiam e consigam votar dando passos sérios na democracia, na eliminação de políticos que não conseguem mais dar conta da situação política no momento. Precisamos de gente que se coloque contra a corrupção e mais a serviço do povo do que a grupos e corporações políticos e ideológicos”, disse. O assessor da Pastoral de Fé e Política, padre Antônio Carlos da Silva, afirmou que as paróquias precisam assumir o compromisso de compartilhar a cartilha. “O conteúdo aponta um caminho para o discernimento, principalmente quando vemos a polarização entre direita e esquerda, quando fica de fora a vida e o compromisso de um Brasil mais inclusivo”, argumentou. Segundo ele, as paróquias têm o dever moral de distribuir o material e fomentar o debate saudável junto aos leigos da comunidade. Aline Machado Parodi Pascom Arquidiocese de Londrina

Padre Valdecir Badzinski

Secretário Executivo da CNBB Regional Sul 2

Dom Amilton Manoel da Silva

Bispo Auxiliar de Curitiba e Secretário da CNBB Regional Sul 2

Dom Geremias Steinmetz

Arcebispo de Londrina e Vice-Presidente do Regional Sul 2

Dom Mauro Aparecido dos Santos

Arcebispo de Cascavel e Presidente da CNBB Regional Sul 2

“Precisamos de gente que se coloque contra a corrupção e mais a serviço do povo do que a grupos e corporações políticos e ideológicos.” Dom Geremias Steinmetz, arcebispo de Londrina


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Município de Barbosa Ferraz sedia 31ª Romaria da Terra do Paraná O Paraná é o quarto Estado com mais casos de violência contra o pequeno agricultor. Em Barbosa Ferraz, há mais de 12 anos, 66 famílias lutam pela posse da terra.

Milhares de pessoas se reuniram no município de Barbosa Ferraz, no último dia 19 de agosto para a 31ª edição da Romaria da Terra do Paraná. O encontro que foi sediado pela paróquia Nossa Senhora das Graças, trouxe como tema: “Com direito a Justiça, a paz supera a violência no campo”. Romeiros, trabalhadores sem-terra, integrantes de pastorais e movimentos religiosos estivem presentes no evento que, ao longo do dia, debateu os conflitos agrários que voltaram a se desencadear no Brasil nos últimos tempos, com destaque para o Paraná.

BARBOSA FERRAZ

O bispo da diocese de Campo Mourão, Dom Bruno Vesari disse que a Romaria da Terra é uma celebração e continuidade da Campanha da Fraternidade para a superação da violência. “E nesta oportunidade nós vamos refletir sobre a superação da violência no campo. Os agricultores, os assentados e acampados ainda sofrem com esta situação”, falou o bispo em uma entrevista que concedeu ao jornal Tribuna do Interior, um dia antes do evento. Dom Bruno também lembrou que o Paraná é o quarto Estado com mais casos de violência contra o pequeno agricultor. O município de Babosa Ferraz não foi escolhido por acaso para receber a 31ª Romaria da Terra. Na cidade, há mais de 12 anos, os acampamentos Irmã Dorothy (Fazenda São Paulo) e Nossa Senhora do Carmo (Fazenda Junqueira) estão em uma luta que envolve 66 famílias ocupando uma área de terra de 500 hectares. Nestes 30 anos de Romaria da Terra no Paraná, o evento já foi celebrado em cidades, acampamentos, junto às comunidades nativas e em tantos lugares, sempre resultando em reflexões e abordagens sobre temas atuais. Nesta edição os organizadores e participantes procuraram refletir sobre o que vem acontecendo com os trabalhadores do campo não só no Paraná, mas em todo o país. A 31ª Romaria da Terra faz parte do Calendário do Regional Sul 2 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e é promovida pela Comissão Pastoral da Terra (CPT). A Paróquia Nossa Senhora das Graças de Barbosa Ferraz faz parte da diocese de Campo Mourão e apoiou o evento, bem como forneceu infraestrutura para que o mesmo fosse realizado. O padre Dirceu Fumagalli, coordenador da CPT do Regional Sul 2 da CNBB, comentou que as romarias têm um sentido simbólico e ‘acham sua fonte na própria marcha da humanidade’. “Sempre houve lugares que despertaram fascínio sobre as pessoas e para os quais as pessoas foram e vão à busca de algo para suas vidas. As Romarias da Terra aconteceram na esteira do Concílio Vaticano II, que acabou com a ruptura entre povo, palavra e altar. As Romarias tradicionais essencialmente buscam o altar e o Santo, as Romarias da Terra introduziram a ‘Palavra’, a reflexão”, explicou.

Segundo ele, as Romarias da Terra têm um caráter ecumênico incorporando ritos e símbolos de outras religiões ao universo católico. “As Romarias da Terra valorizam o religioso, e não falham na sua contribuição profética. Nelas se busca mais que confortar o coração, se busca a transformação da sociedade, a construção do Reino de Deus. A romaria contribui para transformar a mística e a espiritualidade em gesto e compromisso concretos”, sublinhou. Em entrevista à Rádio Cultura FM 94,3, emissora que pertence à diocese de Guarapuava, o arcebispo de Londrina, Dom Geremias Steinmetz, afirmou que o acesso e permanência dos agricultores na terra é um problema que está longe de ser resolvido no Brasil. Disse ainda que a Igreja Católica precisa seguir as orientações de sua Doutrina Social e “lançar luz” sobre a caminhada dos pequenos agricultores do país. “Temos muitos agricultores sem a documentação da terra, sem a formação para trabalhar no campo, portanto, a gente vê que a necessidade de organização continua muito presente”, enfatizou. Para ele, a Doutrina Social da Igreja é a chave para que o povo possa se organizar, sempre à Luz do Evangelho. “A terra deve estar a serviço, para produzir, não pode ser objeto de especulação, essa é uma mensagem da Doutrina Social da Igreja”, grifou. O financiamento das famílias é outra necessidade que deve ser suprida para promover paz e justiça no campo, conforme lembra Dom Geremias. “Muitas pessoas não conseguem produzir porque não têm como investir. O governo deveria pensar mais nisso, fazendo com que os agricultores possam ter cada vez mais tecnologia de produção”, interpelou. O arcebispo destacou, ainda, a importância do voto consciente e da participação dos católicos nas eleições. “Não podemos ficar desligados desse processo”, finalizou.

PINHÃO 2017 O mês de dezembro, geralmente, é um mês de muitas alegrias, de espera, de partilha e de perdão. Mas para vinte e duas famílias da comunidade de Alecrim, no município de Pinhão, o primeiro dia do mês do Natal representou um verdadeiro inferno, um terror desses que quando chegam através dos pesadelos, a ânsia por acordar é o único sentimento a invadir o corpo e a alma. No dia 01 de dezembro de 2017, máquinas gigantes, vigiadas por policiais fortemente armados, além de seguranças particulares, entraram comunidade adentro, destruindo casas, posto de saúde, barracões, igreja, histórias, famílias, vidas. Era o cumprimento de um mandado de reintegração de posse emitido pela justiça federal em favor dos latifundiários que dominam a maior parte do municpípio. A localidade de Alecrim fica a vinte e cinco quilômetros da cidade de Pinhão. Algumas famílias que foram expulsas de suas casas pelas autoridades através de mandado de reintegração de posse, viviam no local há mais trinta anos. Conforme informações da justiça, na ocasião, a massa falida Zattar (empresa do ramo madeireiro que acumula uma das maiores dívidas em impostos no país), possui documentos da área que lhe garante a posse da terra. Durante a ação policial que destruiu as casas e benfeitorias na comunidade, muitos moradores sequer tiveram tempo de retirar seus pertence e tudo foi demolido, estraçalhado. A tensão em todo o município só cresceu desde a ação da justiça que expulsou os moradores de Alecrim. De acordo com dados da prefeitura local, ao todo, mais de três mil famílias que vivem há várias décadas em terrenos posseiros no município e também em municípios vizinhos, podem ser alvos de despejo por ações da mesma família (Zattar). São mais de sete mil pessoas, que trabalham como pequenos produtores rurais e que estão em áreas que a massa falida alega na justiça ser de sua propriedade. Uma semana antes da reintegração de posse, uma audiência pública na cidade de Pinhão discutia o assunto, mas não se chegou a nenhum acordo que pudesse impedir a ordem judicial. Manifestações promovidas pelos integrantes do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), posseiros, e moradores das regiões de faxinal no município de Pinhão tentaram sensibilizar as autoridades com uma passeata, mas não houve meios de impedir as ações da justiça. Depois do conflito em Alecrim, houve uma trégua nas reintegrações de posse, mas ainda é grande a tensão de muitos moradores daquela região.


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Londrina sedia Encontro Regional dos Presbíteros do Paraná

Cardeal Dom Geraldo Majella Celebra 40 anos de episcopado em Londrina

O evento ocorreu de 20 a 23 de agosto e teve como tema: “Presbítero: um tesouro em vaso de barro”.

Uma caminhada de serviço à Igreja como o próprio Deus deseja. A celebração jubilar na paróquia Imaculada Conceição; foi presidida pelo próprio Dom Geraldo

Cerca de 130 padres das quatro arquidioceses e das 13 dioceses do Paraná, que compõem o Regional Sul 2 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), participaram, de 20 a 23 de agosto, do Encontro Regional dos Presbíteros, em Londrina, na Casa de Retiros Emaús. O encontro refletiu o tema: “Presbítero: um tesouro em vaso de barro” e o lema: “Para isso eu nasci e para isso eu vim ao mundo” (Jo 18,37). Os trabalhos foram organizados pelo Conselho Regional dos Presbíteros (CRP-PR), formado pelos coordenadores da Pastoral Presbiteral de cada diocese do Paraná. O assessor do retiro foi o padre Jésus Benedito dos Santos, doutor em Psicologia Social pela PUC (SP) e mestre em Filosofia pela PUC (Campinas), autor de livros como O Presbítero Católico, Presbítero Pastor e Nunca Pare de Sonhar - O presbítero que ama Jesus e sua Igreja. Palestras, trabalhos em grupo, orações e momentos de integração fizeram parte das atividades dos sacerdotes. Os padres que participaram do encontro foram escolhidos pelos coordenadores da Pastoral Presbiteral das dioceses. “A missão desses padres que trabalharam aqui é levar o conteúdo e trabalhar esses temas com a Pastoral Presbiteral diocesana. Aqueles que participam do (encontro) regional também podem participar do (encontro) nacional depois, em Aparecida”, explicou padre

André Luís de Oliveira, coordenador da Pastoral Presbiteral da arquidiocese de Londrina e pároco da paróquia Nossa Senhora da Paz, de Ibiporã. O arcebispo de Londrina, Dom Geremias Steinmetz, disse da alegria da arquidiocese em receber o evento. “O clero do Paraná inteiro se reúne aqui. Assim, as experiências das outras dioceses vêm para cá e eles também levam as experiências daqui, dos nossos padres, dos trabalhos que aqui são feitos”, falou na ocasião. Dom Geremias destacou também, que desta forma o Paraná vai se tornando um Regional em que o clero se conhece. “Não somente os bispos, mas também os padres se conhecem entre si. As práticas pastorais, devagar também vão sendo divididas, vão sendo compartilhadas. Isso é muito importante”, conclui. O padre Deoclézio Wigineski, da diocese de Palmas/Francisco Beltrão, um dos participantes do evento, falou que nesses encontros a convivência e o estudo se complementam. “Os padres precisam, não só do estudo, mas também da convivência. O assessor é um estudioso da área, levando a perceber nós mesmos, as alegrias e dificuldades, as fraquezas, as limitações e as feridas que possam ser curadas para melhor servir ao povo de Deus. Possa estar com o povo de Deus, conduzindo, orientando. Sendo sinal desse amor”, conclui o padre. Juliana Mastelini Moyses PASCOM arquidiocese de Londrina

“Não somente os bispos, mas também os padres se conhecem entre si. As práticas pastorais, devagar também vão sendo divididas.” Dom Geremias Steinmetz

Durante sua vida, o cardeal Dom Geraldo Majella Agnelo, arcebispo emérito de São Salvador, na Bahia, colocou à disposição da Igreja seus dons. Lecionou, esteve à frente de diocese, à frente da Congregação dos Sacramentos e Culto Divino da Santa Sé, e, hoje, especialmente, se dedica à oração. Maneiras diferentes de servir a Deus, conforme destaca o arcebispo de São Salvador e primaz do Brasil, Dom Murilo Krieger. “Ele nos chama a servir não das formas como talvez nós gostaríamos, mas como Ele deseja. E para Ele, é importante o que o senhor fez ao longo de sua vida: dar-lhe o seu coração”. A fala de Dom Murilo foi dirigida ao cardeal na Missa de Ação de Graças pelos seus 40 anos de episcopado, celebrado no dia 6 de agosto, na paróquia Imaculada Conceição, em Londrina. São 40 anos de bispado à luz do lema: “Caritas cum fide”, caridade (amor) com fé, exercendo seu ministério primeiramente na diocese de Toledo, depois na arquidiocese de Londrina, onde reside atualmente, e Arquidiocese de São Salvador na Bahia e sede primaz do Brasil. Neste ano, o cardeal também comemorou 61 anos de sacerdócio. A celebração jubilar na paróquia Imaculada Conceição, no decanato centro, foi presidida pelo próprio Dom Geraldo e concelebrada, entre outros, por Dom Murilo Krieger, arcebispo de São Salvador na Bahia e primaz do Brasil, Dom Anuar Battisti, arcebispo de Maringá, bispos e padres. A celebração, com a presença dos irmãos de diversos lugares com quem Dom Geraldo conviveu no seu episcopado trouxe à mente do cardeal, muitas memórias, destacou ele em sua fala. “A saudade de pessoas e acontecimentos invadem o meu coração. As amizades que me acompanham, mas especialmente a certeza de que nesses 40 anos não me faltaram a graça de Deus, a bênção materna de Nossa Senhora, a compreensão e a tolerância da querida Igreja é que me motivam a agradecer”, falou com carinho Dom Geraldo.

MENSAGENS O Núncio Apostólico, Dom Giovanni d’Aniello, e o arcebispo de São Paulo, Dom Odilo Scherer, não puderam comparecer à celebração, mas enviaram mensagens ao cardeal por ocasião do Jubileu. “O bispo é, sobretudo, um homem cujo interesse se dirige para Deus e assim ele se interessa pelo rebanho”, escreve Dom Giovanni. “Desejo compartilhar, pois, a gratidão de toda Igreja pelo serviço que sempre desempenhou com generosidade, dedicação, zelo apostólico, ardor missionário, esmero e amor à Igreja, dando testemunho de Jesus Cristo Bom Pastor, na caridade com a fé”, acrescenta. Dom Odilo recordou a ordenação episcopal do cardeal Dom Geraldo em 6 de agosto de 1978 na Catedral Metropolitana de São Paulo, pelas mãos do cardeal Dom Paulo Evaristo Arns. Ocasião em que, Dom Odilo, então um jovem padre com dois anos de sacerdócio, aguardava, em Toledo, com ansiedade o novo bispo da diocese. “Dom Geraldo conquistou logo as pessoas pela simplicidade, amabilidade e sabedoria pastoral”.

IGREJA DE LONDRINA O padre Mauro Pedrinelli, pároco da paróquia Sagrados Corações e a leiga da Catedral Metropolitana de Londrina, Ana Maria Peixoto, também fizeram suas homenagens ao cardeal. “Quando bispo nos ensinou de verdade o que é caridade com fé, a sua passagem nesta arquidiocese e nas nossas vidas foi sinal fecundo”, declarou o padre. Ana Peixoto falou do bispo amigo Dom Geraldo. “Como amigo o recebemos e ele conquistou muitas amizades. Era comum encontrá-lo ao redor da Catedral em situações corriqueiras. Era o bispo, mas era também o amigo que estava presente conosco”, conclui Ana. Por Juliana Mastelini Moyses Arquidiocese de Londrina. Fotos: Guto Honjo


Notícias Paroquiais

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GUARAPUAVA: Superior Estigmatino visita bispado Padre Jordélio Siles Ledo, que foi eleito para o cargo de Superior Provincial no dia 18 de maio deste ano, conversou com o bispo de Guarapuava, Dom Antônio Wagner da Silva e falou da presença da congregação na diocese. O bispo da diocese de Guarapuava, Dom Antônio Wagner da Silva, recebeu a visita do padre Jordélio Siles Ledo, na manhã de 10 de agosto. Padre Jordélio é superior da Congregação dos Sagrados Estigmas do Nosso Senhor Jesus Cristo - Estigmatinos (CSS). Na diocese, os Estigmatinos são responsáveis pela administração e coordenação da paróquia Divino Espírito Santo, no bairro Vila Bela, em Guarapuava. Em entrevista ao Centro Diocesano de Comunicação (CDC), o sacerdote falou da alegria e da experiência que está sendo viajar pelo Brasil e também pelos outros países onde há presença de padres de sua congragação. “O provincial tem uma missão muito ampla, pois precisa conhecer e entender as diversas realidades dos locais onde há a presença da congregação. Nós, os Estigmatinos, estamos presentes no Brasil, no Chile e no Paraguai. Durante as viagens, é função do superior realizar o trabalho pastoral e de animação vocacional. O que eu tenho feito neste momento, é conhecer as dioceses e as paróquias onde estamos presentes, mantendo contato com os bispos, para entender um pouco a dinâmica, as questões de transferências de padres, bem como as necessidades pastorais, também”, destacou o provincial. Especialista em catequese, padre Jardélio contou que é desafio dos Estigmatinos, bem como de toda a Igreja, trabalhar com muita dedicação e cuidado nesta área que é uma das prioridades do catolicismo. “Há algum tempo, tenho trabalho pelo Brasil afora e entendo a necessidade essencial que é a educação na fé. Eu percebo que hoje a Igreja vive momentos difíceis, de transição, de desafios socioculturais, educativos, religiosos, dentre outros. Dentro dessa mudança de época, eu entendo que, tanto nossa congregação, quanto as outras, passa por um momento de revisitação de seu próprio carisma, de suas origens, identidade e de sua missão. Muita coisa se dilui e se perde com o tempo. Eu entendo a necessidade de se mudar e se redirecionar”, descreveu padre Jardélio. Dentro do entendimento dos Estigmatinos, conforme seu superior, a prioridade está em fazer com que as paróquias onde a congregação atua se tonem cada vez mais formativas, principalmente, com maior foco no leigo, nas dimensões litúrgica, catequética e humana.

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CÂNDIDO DE ABREU: Milhares de pessoas participam da festa do padroeiro Em preparação para a festa que foi realizada em 05 de agosto, a comunidade celebrou uma novena, que teve início em 27 de julho, na matriz, com o tema: “Cristãos leigos e leigas na Igreja e na sociedade. Sal da terra e luz do mundo”.

Conforme Dom Antônio Wagner da Silva, receber a visita de padre Jardélio representa uma grande alegria e a certeza de que os trabalhos da Igreja nunca irão perecer. “A presença dos Estigmatinos em nossa diocese sempre foi muito significativa e este trabalho tem feito a diferença para muita gente. O provincial anterior, (padre José Ovídio da Costa - CSS), já trabalhou quase dez anos na paróquia Divino Espirito Santo como pároco. A presença deles sempre foi de auxílio, de vivência e de esperança. Eu agradeço imensamente a este trabalho que é feito com muito amor, simplicidade e que, de fato, faz a diferença em uma diocese tão grande quanto é a nossa, com quase 28 mil quilômetros quadrados”, sublinhou Dom Wagner.

PROVINCIAL

Padre Jordélio Siles Ledo, foi eleito Superior dos Estigmatinos para o governo da Província de Santa Cruz, no dia 18 de maio de 2018, durante um encontro que se realizou nas dependência da Fazenda Santana, em Corumbataí, São Paulo. O pleito que elegeu o Superior, bem como os demais integrantes da coordenação, é realizado a cada três anos. A gestão que vai até o ano de 2021, é composta pelas seguintes pessoas: • Padre. Jordélio Siles Ledo, Superior Provincial; • Padre. Gilberto Dias Nunes, Vigário Provincial; • Padre. Valmir Cassim da Silva, segundo conselheiro; • Padre. Elízio Pereira da Anunciação Filho, terceiro conselheiro; • Padre. José Tadeu Aguiar Lima, quarto conselheiro.

BIOGRAFIA Padre Jordélio Siles Ledo (CSS), Nasceu no dia 19 de agosto de 1976 na cidade de Vitória da Conquista, Bahia. Viveu sua infância e adolescência em Ibicoara, na Chapada Diamantina. É filho de Joaquim Silva Ledo e Edilce Siles Ledo. Desde muito cedo, se mostrou apreciador de boas leituras com ênfase em poesias. No dia 14 de dezembro de 2002, na cidade de Ibicoara na Bahia, foi ordenado padre pela Congregação dos Sagrados Estigmas de Nosso Senhor Jesus Cristo, cuja fundação é em Verona na Itália. Em 2010, recebeu o título de Cidadão Sulsancaetanense. Trabalhou como professor no Colégio Emile Villeneuve e Colégio Notre Dame onde coordenou o projeto de orientação profissional para adolescentes e jovens. Trabalhou na assessoria da Juventude Estigmatina e orientação espiritual da FABER. Foi coordenador do Primeiro Encontro Internacional da Juventude Estigmatina em 2013 na paróquia Sagrada Família em São Caetano do Sul, com a presença de bispos, padres e jovens de 15 países. Coordenou várias Semanas Catequéticas e foi membro da comissão organizadora do Seminário Nacional de Iniciação à Vida Cristã promovido pela CNBB na paróquia Sagrada Família em novembro de 2014. É mestre em Teologia Pastoral pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, Bacharel em Filosofia pela PUC de Campinas, cursou Teologia no ITESP em São Paulo, especialista em Pedagogia Catequética e Psicodrama pela PUC de São Paulo e Sociedade Paulista de Psicodrama,

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Pós-graduando em História da Arte pela Universidade Belas Artes de São Paulo, professor na Pontifícia Universidade Católica de Goiás e UNISAL, presidente do Centro de Formação Permanente - CEFOPE, membro da diretoria da Sociedade Brasileira de Catequistas, fundador do Museu Sagrada Família - Catequese e Arte. Membro da Academia de Letras da Grande São Paulo cujo patrono é o Padre José de Anchieta. Atuou como Assessor da Comissão de Animação Bíblico Catequética da diocese de Santo André, Vice- Provincial dos estigmatinos na Província Santa Cruz, pároco da Paróquia Sagrada Família em São Caetano do Sul e é assessor de catequese em várias regiões do Brasil. Autor dos livros Trilhas e Temas - Meditações do caminho pela editora Akademica, da Coleção Psicopedagogia Catequética - Catequese Conforme as idades, Vol Criança, Vol II Adolescentes e Jovens, Vol III Adultos, Vol IV Pessoas Idosas, pela Paulus Editora. O Saber e o Saber Fazer a Catequese, pela Editora Vozes. Coleção Itinerário Catequético conforme as idades, pela Editora Scala. Autor da peça teatral “O corpo deseja uma terra sem males”, cujo foco principal é a teologia e temas ligados aos povos indígenas. Padre Jordélio foi eleito Superior dos Estigmatinos para o governo da Província de Santa Cruz, no dia 18 de maio de 2018, durante um encontro que se realizou nas dependência da Fazenda Santana, em Corumbataí, São Paulo.

A paróquia Senhor Bom Jesus, em Cândido de Abreu, celebrou mais uma edição da festa do padroeiro, em 05 de agosto. Os preparativos para o evento, no entanto, começaram no dia 27 de julho com a novena. O tema das celebrações, conforme a Pastoral da Comunicação (Pascom) daquela comunidade tiveram como base o documento 105 da Conferência Nacional dos Bispos dos Brasil (CNBB): “Cristãos leigos e leigas na Igreja e na sociedade. Sal da terra e luz do mundo”. O pároco local, padre Zdzislaw Nabialczyk, acompanhado do seminarista Felipe Geraldo Madureira, presidiu as missas da novena, que foram celebradas às 19h, na matriz. Barracas de doces e salgados, danças típicas de inverno e torneio de futebol também serviram, como preparação para a festa. Em 05 de agosto, as comemorações começaram com a celebração da missa às 10h, na matriz. Ao meio dia, foi servido um almoço no salão paroquial. À tarde, brincadeiras, sorteios de prêmios e danças deram o tom das comemorações. “Todos da organização agradecem às pessoas que participaram do evento. Sem a colaboração dos voluntários que doaram seu tempo e serviço, nada teria se realizado. Que o Senhor Bom Jesus abençoe a todos”, salienta a Pascom em Nota.


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No caminho com Áquila e Priscila

Reino de Deus e semana da pátria Ter uma pátria é ter uma família onde se aprende a amar, participar, trabalhar e morrer de velho com saúde e sossego. Assim, sois concidadãos dos santos, sois da família de Deus. (Ef 2,19) No anterior artigo, (Boletim 469) reflexionamos sobre a Assunção de Nossa Senhora, a festa principal mariana, hoje pensaremos no que significa ter, amar e construir uma pátria, uma cidadania.

PRESSUPOSTOS PARA ENTENDER

Em nosso país, 7 de setembro é considerado o Dia da Pátria, pois foi neste dia, em 1822, que ocorreu a Independência do Brasil. É data de nascimento da República Federativa do Brasil. A independência é resultado de um processo de vicissitudes políticas. Vejamos: O Brasil foi desde seu descobrimento colônia ultramarina do Reino de Portugal até a sua independência no ano 1822. Colônia, neste caso, é um território dominado, explorado e saqueado, por uma potência estrangeira. No ano 1808 o ditador Napoleão Bonaparte, Imperador de França, conspirava invadir o Reino de Portugal. Dom João VI, seu rei, temeroso, como saída de proteção, fugiu com toda a sua família e corte ao Brasil estabelecendo aqui, a sede do seu governo. Passado o perigo, no dia 26 de abril de 1821, o rei e sua corte regressa a Portugal deixando como regente, no Brasil, seu filho Pedro. Pedro, apoiado pela aristocracia brasileira declarou o país independente de Portugal, criando um novo país na América, no dia 7 de setembro. Esta data, 7 de setembro é o aniversário do nascimento do país chamado Brasil. O Brasil é um país que deve prosseguir com sua construção apoiado na participação de todos os seus habitantes, mas é necessário cuidá-lo agindo ativamente em todas as empreitadas e decisões políticas para que a liberdade, a fraternidade, a igualdade sejam um bem e uma conquista de todos e a Constituição seja a lei sagrada da república.

CIDADÃOS DE DUAS PÁTRIAS

Todos nós cristãos, temos duas cidadanias porque pertencemos a dois Reinos: O Reino da política e o Reino de Deus. O Reino da política é histórico, termina com a morte. O Reino de Deus é eterno. O Reino de Deus tem simultaneamente uma dimensão pessoal, de carácter espiritual e mo­ral, em cada pessoa – e, uma dimensão universal histórica que se manifestará no fim dos tempos, no juízo final. Este Reino manifesta-se lucidamente aos homens na palavra, nas obras e na presença de Cristo (LG 5,16-25).

A CIDADANIA CELESTE

O Reino de Deus aparece por Sua chamada pessoa (Sal 139,13) e se constrói pela pregação (1 Co 1, 21). Ingressa-se por decisão pessoal (At16,31) É necessária uma conversão (At 3,10; Mt 18,3). Suas regras são a justiça, a paz e a alegria (Rm 14,17; Gl 5,22), tendo como constituição as bem-aventuranças e o amor: (Mt 5,1-16). Como é um reino interior e invisível não tem cidade perdurável, pois esta é na eternidade (Hb13,14). Característica particular do Reino de Deus é ser uma assembleia visível (Igreja), por um lado e, uma comunidade espiritual, por outro: Igreja terrestre (com sua organização) e Igreja celestes com bens celestes (Mt 16,19), constituindo uma só realidade complexa em que se funde o elemento divino e humano (CIC 1548). Exprime-se na vivência do amor, na proximidade com os outros e na intimidade com Deus.

O Reino de Deus é o Reino dos Santos, porque Deus é santo (Deus chama-se Santo. Lc 1,49; Jn 17,11). Deus é Santo (Mt 5,48). Os cidadãos do Reino devem ser santos também (Lev 19,2; 1 Pd 1,15-16). A santidade passa pela Cruz: “o caminho da perfeição passa pela Cruz”: Não existe santidade sem renúncia e sem combate espiritual” (CIC 2015). Os cidadãos do Reino de Deus, no final da sua vida terão a satisfação de ter amado e ter sido amados por Deus e pelos irmãos alicerçados na confiança profunda e na força do invisível da fé (Hb 11,1), com a certeza da Ressurreição (1 Cor 15) tendo a alegria de sentir a companhia da Igreja e o carinho dos irmãos. “Fiz o melhor que pude na corrida” (12 Tim 4,6-8), afirma Paulo, no final da sua vida (1 Cor 2,9; 2 12,4) cheguei à meta.

A CIDADANIA POLÍTICA

As pessoas ingressam neste reino pelo ordenamento jurídico do Estado de Direito tendo como referência uma Constituição. O Reino da política visa à realização plena dos indivíduos como membros de uma sociedade organizada de direito, administrada por um Estado em forma de república democrática e de direito. Os cidadãos experimentam e vivem esta organização no exercício pleno da cidadania que busca o bem-estar e a felicidade de cada cidadão e de todos os cidadãos da nação no critério da liberdade, fraternidade, igualdade e criatividade. O Reino de Deus e o Reino da política não se identificam, porém, se complementam: um, almeja a solução de todas as necessidades das pessoas, a humanização e a convivência pacífica e feliz; o outro, a verdadeira e plena felicidade oferecida pelo Pai, através da vida, morte e ressurreição do Filho, vivendo o amor e o cuidado do outro e da criação na proximidade e intimidade com Deus. Lembrar a Semana da Pátria, lembrar a data de nascimento da nação é um ato de amor pelo presente de ter uma pátria, como é um chamado e um estímulo para discernir como estamos construindo este país e como a nossa fé em Jesus ressuscitado é a razão e ser de nosso trabalho para que nele se construa a paz, a justiça e o amor.

O QUE AFIRMA A CONSTITUIÇÃO NACIONAL SOBRE A PÁTRIA DOS BRASILEIROS?

A nossa Constituição Federal vigente, nos seus quatro primeiros artigos, afirma que este país chamado Brasil é uma República Federativa, constituída em um Estado democrático, de Direitos e deveres que tendo o povo como alicerce do poder, sustentabilidade e ação, tem por alvo construir a esperança, a coragem e a felicidade dos seus cidadãos e cooperar entre os povos para o progresso da humanidade. A coluna vertebral de uma república democrática, laica e de Direitos é a sua Constituição que os cidadãos têm obrigação de conhecer e observar. Para um católico que por coerência evangélica deve participar da vida política do seu país, conhecer a Constituição é tão necessário e obrigatório para o exercício pleno da sua cidadania, como conhecer e praticar os ensinamentos bíblicos. É difícil ser cidadão e cristão responsável com cidadania e fé adulta sem conhecer as Sagradas Escrituras e a Constituição do País. O que é a Constituição? Vejamos o que diz o dicionário: A Constituição de um país, neste caso, do Brasil, é o conjunto de leis, normas e regras que indicam o caminho e alvo da nação. A Constituição regula e organiza o funcionamento do Estado. É a lei máxima que limita poderes e define os direitos e deveres dos cidadãos. Nenhuma outra lei no país pode entrar em conflito com a Constituição. Nos países democráticos, a Constituição é elaborada por uma Assembleia Constituinte (pertencente ao poder legis-

lativo), eleita pelo povo. A Constituição pode receber emendas e reformas, porém elas possuem também as cláusulas pétreas (conteúdos que não podem ser abolidos). A Constituição brasileira, que está em vigência, foi promulgada pela Assembleia Constituinte no ano de 1988. Ela recebeu o apelido de “Constituição Cidadã”. Ninguém pode esquecer que no dia 5 de outubro comemora-se o Dia da Promulgação da Atual Constituição Brasileira e, o dia propriamente da constituição é 24 de janeiro. Também vale lembrar, que em 10 de julho, se comemora o Dia Mundial da Lei. Modelo para todos os países democráticos, a constituição de San Marino é a mais antiga do mundo. Ela entrou em vigor em outubro de 1600 e permanece até os dias de hoje.

O QUE É TER UMA PÁTRIA?

A palavra pátria é sinônimo de nação (nascer). Lugar do nascimento de um indivíduo que carrega um sentimento de amor e de lembranças culturais. É o sentimento de patriotismo que leva na sua mochila vínculos com a história, as tradições, os símbolos e a religião dos seus congêneres. O nosso sentimento patriótico surge quando assistimos a desfiles militares, já que o exército é referência da segurança da pátria, quando participamos em confrontos esportivos ou culturais, entre países ou também efemérides institucionais. A ideia de pátria mantém a unidade dos cidadãos de um país. Não ter pátria é como ter a mãe morta, porém, se pode adotar como pátria a um país que aceite a naturalização cidadã. Mãe adotiva. Milhares de pessoas, homens e mulheres do mundo foram e são arrancados da pátria devido às ideologias inumanas, ambições políticas e econômicas de ditadores imbecis e fratricidas criando sofrimento, miséria e violência para um exército de imigrantes e sem pátria. O ideal seria que todos os habitantes do planeta formassem uma só pátria: A Pátria terra. Uma pátria com exercício da cidadania plena, liberdade, fraternidade e igualdade de oportunidades. Ter uma pátria é ter uma família onde se aprende a amar, participar, trabalhar e morrer de velho com saúde e sossego. Ter uma pátria é ter um Estado onde os políticos não causem temor aos cidadãos e estejam a serviço dos objetivos da política e não na espreita de rapinar e roubar o que é de todos, como também, os servidores públicos, sejam, de fato, servidores públicos. Ter uma pátria é viver em uma república, onde o bem de todos seja de todos, os bens públicos sejam públicos não dos mais vivos e ambiciosos; ter uma pátria democrática é responsabilizar-se a respeitar a vontade da maioria participante; ter uma pátria laica é ter um governo de turno a serviço de todos e onde as crenças de todos sejam respeitadas por todos à luz da Constituição tendo por vigilante o Estado. Ter uma pátria é ter um lugar, um amor, um céu, um Deus, um amigo, uma praça, um cachorro, um hospital, uma profissão que garantam rir com liberdade, chorar acompanhado, desfilar sem medo com a sua bandeira e morrer em paz. Só existe pátria feliz se a pátria terra respira sossegada em paz. OBRA REFERENCIAL Constituição Federal de 1988. Concílio Vaticano II Constituição Gaudium et Spes.


Setembro - 2018

Círculos Bíblicos

Diocese de Guarapuava

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1º CÍRCULO BÍBLICO DO EVANGELHO DE MARCOS - Setembro A verdadeira pureza que Deus deseja de nós - Marcos 7,14-23 Preparando o ambiente: Colocar no centro ou sob uma mesa uma grande jarra de água. 1. ORAÇÃO INICIAL - INVOCAÇÃO AO ESPÍRITO SANTO Animador: Prezados irmãos e irmãs de caminhada, mais uma vez estamos reunidos para encontrar na Palavra de Deus e no encontro de irmãos força e orientação para nossa caminhada. Nossa fé nos impulsiona para seguir em frente. Animador: O encontro de irmãos sempre nos fortalece pela partilha e troca de experiências. Expressemos nossa alegria saudando-nos num gesto de paz. Se houver alguém que esteja participando do grupo pela primeira vez, seja acolhido com muita alegria e carinho. Canto (à escolha) Animador: Iniciemos nosso encontro bíblico invocando a presença de Deus (Pode ser cantado): Todos: Em nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo, Amém. Animador: Com fé, peçamos que o Espírito Santo venha ao nosso encontro, iluminando todo nosso ser: Todos: Vinde Espírito Santo, enchei os corações de vossos fiéis, e acendei neles o fogo do vosso amor. Animador: Enviai o vosso Espírito, Senhor e tudo será criado, e renovareis a face da terra.

Animador: Oremos: Ó Deus, que instruístes os corações de vossos fiéis com a luz do Espírito Santo, fazei que apreciemos retamente todas as coisas, Segundo o mesmo espírito, e gozemos sempre de sua consolação. Por Cristo, nosso Senhor, amém. 2. OLHANDO A PRÁTICA DA NOSSA COMUNIDADE Animador: No Círculo Bíblico de hoje, vamos refletir sobre a questão do puro e do impuro. Visão de mundo que fazia parte da maioria dos religiosos no tempo de Jesus. Situação ainda muitas vezes presentes em nosso meio. a) A questão do puro e impuro ainda é uma realidade em nossa comunidade? Como isso acontece? b) Existe pessoas em nosso meio tratadas como impuras? Tendo presente o evangelho da misericórdia de Jesus, como tratamos essas pessoas? 3. OLHANDO A PRÁTICA DE JESUS Animador: Caros irmãos vamos ouvir atentamente a palavra de Deus, identificando nela a verdadeira pureza que Deus pede de nós. Canto de aclamação • Leitura do texto: Marcos 7,14-23 (Ler duas vezes o texto, com calma). • Momento de silêncio para retomar o texto lido. 4. PARTILHANDO A PALAVRA a) Por que Jesus relativiza os rituais de pureza dos fariseus? b) Qual é a verdadeira pureza que Deus pede de nós?

5. ORAÇÃO DA COMUNIDADE Momento das Preces: O que este texto nos leva a falar para Deus? Apresentar em forma de pedidos, tudo aquilo que refletimos sobre o Evangelho da vida. Resposta: “Senhor, ajudai-nos a alcançarmos a verdadeira pureza” Conclusão das Preces: Oração do Pai Nosso, AveMaria, Glória ao Pai. Animador: Estivemos reunidos em Nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo. Todos: Amém 6. EM CASA E PARA O PRÓXIMO ENCONTRO • Ler: Mc 7,24-30 • Combinar para que no próximo encontro alguém traga um cartaz representando uma cultura ou uma religião bem diferente da nossa.

Responsáveis pelo próximo encontro: Leitores:

Próximo encontro/data: Local:

2º CÍRCULO BÍBLICO DO EVANGELHO DE MARCOS - Setembro Jesus também acolhe o diferente - Marcos 7,24-30 Preparando o ambiente: Colocar no centro da mesa ou na parede, um cartaz que ilustre uma cultura bem distinta da nossa 1. ORAÇÃO INICIAL – INVOCAÇÃO AO ESPÍRITO SANTO Animador: Mais uma vez estamos reunidos para nosso círculo bíblico. Que a graça, a paz e a misericórdia de Deus estejam em nosso meio. Todos: Bendito seja Deus que nos reúne no amor de Cristo. Animador: A exemplo de Cristo, somos convidados a viver a paz que vem de Deus. Saudemos uns aos outros, desejando a paz, num clima de júbilo. (todos se cumprimentam). Se houver alguém que esteja participando do grupo pela primeira vez, seja acolhido com muita alegria e carinho. Canto (à escolha) Animador: Coloquemos em sintonia com Deus, invocando sua presença em nosso meio. Todos: Em nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo, Amém. (Pode ser cantado). Animador: Com fé, peçamos que o Espírito Santo venha ao nosso encontro para iluminar nosso círculo bíblico: Todos: Vinde Espírito Santo, enchei os corações de vossos fiéis, e acendei neles o fogo do vosso amor. Animador: Enviai o vosso Espírito, Senhor e tudo será criado, e renovareis a face da terra.

Animador: Oremos: Ó Deus, que instruístes os corações de vossos fiéis com a luz do Espírito Santo, fazei que apreciemos retamente todas as coisas, Segundo o mesmo espírito, e gozemos sempre de sua consolação. Por Cristo, nosso Senhor, amém. 2. OLHANDO A PRÁTICA DA NOSSA COMUNIDADE Animador: Caros irmãos, no círculo bíblico deste dia vamos refletir sobre a cura da filha de uma mulher sírio-fenícia. a) Em sua opinião, existe na comunidade pessoas que são mal vistas por causa da religião, da cultura e dos costumes diferentes do nosso? b) As pessoas que representam a minoria são muitas vezes vítimas de preconceitos e perseguição. Na nossa comunidade existem minorias desprezadas e perseguidas? 3. OLHANDO A PRÁTICA DE JESUS Animador: Vamos ouvir atentamente a palavra de Deus que nos mostra a misericórdia de Jesus para com a mulher estrangeira. • Canto de aclamação • Leitura do texto: Mc 7,24-30 (Ler o texto com bastante calma, ao menos duas vezes). • Momento de silêncio para retomar o texto lido. 4. PARTILHANDO A PALAVRA a) A mulher apresentada no Evangelho era sírio-fenícia, estrangeira, mal vista pelos judeus. Ao curar sua filha,

qual a lição de Jesus para nós no tratamento com as pessoas de cultura e valores diferentes dos nossos? b) Qual a lição da mulher sírio-fenícia na nossa busca por Deus? 5. ORAÇÃO DA COMUNIDADE Momento das Preces: O que o texto refletido nos leva a dizer a Deus? Colocar em forma de prece, de maneira espontânea, tudo aquilo que refletimos sobre o Evangelho e sobre a nossa vida. Resposta: “Senhor, ajudai-nos a tratar com dignidade todas as pessoas” Conclusão das Preces: Oração do Pai Nosso, AveMaria e Glória ao Pai. Animador: Estivemos reunidos em Nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo. Todos: Amém 6. EM CASA E PARA O PRÓXIMO ENCONTRO • Ler: Mc 8,1-13 • Trazer para o próximo encontro, se possível um pão bem grande

Responsáveis pelo próximo encontro: Leitores:

Próximo encontro/data: Local:

Pe. Gilson José Dembinski


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Reflexões Dominicais

Diocese de Guarapuava

Setembro - 2018

27º DOMINGO DO TEMPO COMUM

28º DOMINGO DO TEMPO COMUM

Gn 2, 18-24 | Hb 2, 9-11 | Mc 10, 2-16

Sb 7, 7-11 | Hb 4, 12-13 | Mc 10, 17-30

7 de outubro de 2018

14 de outubro de 2018

“NÃO É BOM QUE O HOMEM ESTEJA SÓ“

“QUEM PODE ENTÃO SALVAR-SE?“

Na liturgia do vigésimo sétimo domingo do tempo comum, vemos o projeto ideal de Deus para o ser humano: O homem e a mulher formam uma comunidade de amor, estável e indissolúvel, que os ajuda mutuamente a realizarem-se e a serem felizes. Na primeira leitura percebemos que Deus criou o homem e a mulher para se completarem, para se ajudarem e se amarem. A segunda leitura lembra-nos a qualidade do amor de Deus pelos homens, pois Deus amou de tal forma os homens que enviou ao mundo o seu Filho único em proveito de todos. No Evangelho, Jesus confronta-se com a Lei judaica do divórcio, por isso, reafirma o projeto ideal de Deus para o homem e a mulher. A primeira leitura situa-nos no “jardim do Éden”, um espaço ideal onde Deus colocou o homem que criou, um ambiente de felicidade material onde todas as exigências da vida humana estavam satisfeitas. Contudo, nos chama a atenção a preocupação para com o homem: “Não é bom que o homem esteja só”. Estas palavras, postas na boca de Deus, sugerem que a realização plena do homem acontece na relação e não na solidão. O homem que vive fechado em si próprio, que escolhe percorrer caminhos de egoísmo e de autossuficiência, que recusa o diálogo e a comunhão com aqueles que caminham a seu lado, que têm o coração fechado ao amor e à partilha, é um homem profundamente infeliz. Do mesmo modo, o homem e a mulher são iguais em dignidade, eles são “da mesma carne”, em igualdade de ser, partícipes do mesmo destino; completam-se um ao outro e ajudam-se mutuamente a atingir a realização. Na segunda leitura vemos que Jesus aceitou despojar-se das suas prerrogativas divinas e fazer-se “um pouco, inferior aos anjos” a fim de

que, pelo dom da sua vida até à morte, se cumprisse o projeto salvador do Pai para os homens. Jesus fez-se homem, enfrentou a condição de debilidade dos homens e morreu na cruz. A encarnação, paixão e morte de Jesus atestam o incrível amor de Deus pelos homens. É o amor de alguém que enviou o próprio Filho para fazer da sua vida um dom, até a morte na cruz, a fim de mostrar aos homens o caminho da vida plena e definitiva. E a sua glorificação mostrou que a morte não é o final do caminho para quem faz da vida uma escuta atenta dos planos de Deus e uma doação de amor aos irmãos. No Evangelho, percebemos que entram de novo em cena os fariseus, não para escutar as propostas de Jesus, mas para experimentá-lo e para apanhar-lhe uma declaração comprometedora. Com isso, em contraste com a permissividade da Lei, Jesus vai apresentar o projeto primordial de Deus para o amor do homem e da mulher. Citando livremente Gn 1,27 e Gn 2,24, Jesus explica que, no projeto original de Deus, o homem e a mulher foram criados um para o outro, para se completarem, se ajudarem e se amarem. Unidos pelo amor, o homem e a mulher formarão “uma só carne”. E ser “uma só carne” implica viverem em comunhão total um com o outro, dando-se um ao outro, partilhando a vida um com o outro, unidos por um amor que é mais forte do que qualquer outro vínculo. A separação será sempre o fracasso do amor; não está prevista no projeto ideal de Deus, pois Deus não considera um amor que não seja total e duradouro. Só o amor eterno, expresso num compromisso indissolúvel, respeita o projeto primordial de Deus para o homem e a mulher. Assim, a perspectiva de Jesus, nessa nova realidade que Deus quer propor ao homem, o Reino de Deus, chega o momento de abandonar a facilidade, a mesquinhez, e apontar para um patamar mais alto.

Reflexões elaboradas pelos seminaristas de nossa diocese que estão estudando Teologia em Curitiba: Everton Pavilaqui, Herick Rogger Pinchesk, Jacir dos Santos, Marinaldo Cheliga e José Vitor Cozechen Seller.

O 28º Domingo do Tempo Comum apresenta uma liturgia muito rica para nossas comunidades com a seguinte temática: Jesus é a Sabedoria feito homem, dada pelo Pai como dom aos seus filhos, a fim de nos reconduzir ao sonho de Deus para nós, que é uma vida plena e feliz, eterna como a sua promessa de salvação para toda a humanidade. Cristo é a Palavra viva e eficaz, que age no hoje de nossas vidas, permitindo-nos discernir e optar sempre por aquilo que está de acordo com o seu divino plano de amor e redenção. A Primeira Leitura trata justamente do tema da Sabedoria, que, como apresentado neste trecho da liturgia, é dada gratuitamente por Deus mediante a oração. Diferenciase, por conseguinte, do esforço intelectual humano de adquirir conhecimentos, o que também é importante e tem seu valor; mas enquanto dádiva do Pai, a Sabedoria permite-nos o discernimento entre aquilo que corresponde à vontade de Deus e o que lhe é contrário. O autor bíblico a compara a uma luz “que não se extingue” e nos ajuda a distinguir entre o que vem de Deus (e então leva à felicidade), daquilo que é passageiro e ilusório. A Segunda Leitura é retirada da Epístola aos Hebreus e traz uma profunda reflexão acerca da Palavra de Deus. De acordo com a leitura, ela é viva e eficaz, cortante como uma espada de dois gumes, capaz de discernir os pensamentos e intenções do coração. Essa atuação da palavra de Deus se deve ao fato de que, para nós, ela é mais do que

a “letra escrita” ou uma mensagem meramente religiosa, mas se trata de uma pessoa: Jesus Cristo! Ele é a Palavra feito carne (Cf. Jo 1, 14), vivo e ressuscitado, atuante na História e em nossas vidas cotidianas, nos reconduzindo sempre ao projeto de Deus para nós. O Evangelho deste domingo narra uma cena muito conhecida, mas cheia de significados para nossa vida cristã: o encontro de Jesus com o “jovem rico”, que o interpela e pergunta o que se deve fazer para conquistar a vida eterna. Na pergunta desse jovem está o questionamento que todos fazemos: como chegar a uma vida plenamente feliz, na qual a salvação se torna concreta em nossa existência. Os mandamentos foram o grande sustentáculo da fé do povo de Israel, e continuam a ser o guia seguro para a justiça e a retidão. Contudo, a experiência do encontro com Jesus Cristo nos faz dar um passo a mais: o despojamento das nossas riquezas, pois todos nós temos apegos e empecilhos que precisamos abandonar. Apenas assim, é possível colocar-se no caminho do seguimento. Jesus reorganiza as prioridades da vida humana, pois somente quando Ele tem o primeiro lugar é possível amar sem querer dominar, fruir dos bens sem apegar-se a eles e dedicar-se aos afazeres sem dar-lhes um valor absoluto. Portanto, a liturgia deste domingo nos convida a pedirmos com confiança ao Pai o dom da Sabedoria, isto é, que Jesus olhe para nós com amor e também nos ensine o caminho do despojamento, para que Ele seja sempre o centro de nossas vidas e de nossas comunidades. Quando temos o Cristo como nosso companheiro de caminhada, somos capazes de fazer de nossa existência um dom para nossos irmãos e, como Ele bem ensinou na Cruz, é apenas na doação total que se chega à felicidade e à vida eterna.

Reflexões elaboradas pelos seminaristas de nossa diocese que estão estudando Teologia em Curitiba: Everton Pavilaqui, Herick Rogger Pinchesk, Jacir dos Santos, Marinaldo Cheliga e José Vitor Cozechen Seller.


Reflexões Dominicais

Setembro - 2018

Diocese de Guarapuava

29º DOMINGO DO TEMPO COMUM

30º DOMINGO DO TEMPO COMUM

Is 53, 10-11 | Hb 4, 14-16 | Mc 10, 35-45

Jr 31, 7-9 | Hb 5, 1-6 | Mc 10, 46-52

21 de outubro de 2018

28 de outubro de 2018

“O MAIOR É AQUELE QUE SERVE“

“CORAGEM, JESUS NOS CHAMA A TESTEMUNHÁ-LO!“

A liturgia nos convida a escutar, refletir e acolher a palavra do Senhor, pois, desse modo, perceberemos a ação de Deus na história da humanidade. Fomos todos chamados por Deus à vida e designados a desempenhar uma missão. A missão requer de nós um trabalho autêntico e comprometido, levando em consideração os ensinamentos de Jesus Cristo, pois, “o Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate por muitos” (Mc 10,45). A primeira leitura apresenta-nos a figura de um “Servo de Deus”, insignificante e desprezado pelos homens. Contudo, olhando à luz da lógica de Deus, a existência do “Servo” não é uma existência insignificante, perdida, sem sentido. O sofrimento que o atingiu ao longo de toda a existência não é um castigo de Deus por causa dos seus pecados pessoais, mas um sacrifício de reparação que justificará os pecados de muitos. O texto lembra-nos que uma vida vivida na simplicidade, na humildade, no sacrifício, na entrega e no dom de si mesmo não é, aos olhos de Deus, uma vida maldita, perdida, fracassada; mas é uma vida fecunda e plenamente realizada, que trará libertação e esperança ao mundo e aos homens. Assim, “após o trabalho fatigante da sua alma verá a luz e se fartará” (Is 53,11). Na segunda leitura o autor da Carta aos Hebreus fala-nos de um Deus que ama o homem com um amor sem limites e que, por isso, está disposto a assumir a fragilidade dos homens e oferecer o seu amor e a sua misericórdia. Somos convidados “a permanecermos firmes na fé” (Hb 4,14), pois Jesus Cristo é para todos nós o grande sumo-sacerdote que “atravessou os céus” para alcançar misericórdia para todos os crentes. A expressão “atravessou os céus” refere-se, naturalmen-

te, à realidade da encarnação: Jesus, o Filho de Deus, veio ao encontro dos homens como sumo-sacerdote, a fim de eliminar o pecado que impedia a comunhão entre os homens e Deus e levar os homens ao encontro do Pai. Aqui evoca-se o esforço de Deus, através do seu Filho, no sentido de refazer uma comunidade de vida com os homens e de os reconduzir ao encontro da vida eterna e verdadeira. No Evangelho, percebemos o diálogo de Jesus com os dois irmãos, Tiago e João. Nessa catequese ouvimos palavras de vida eterna, proferidas e vivenciadas pelo próprio Cristo. Jesus ensina a viver os valores do Reino com o próprio testemunho de vida, ou seja, “o Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate de muitos” (Mc10,45). De fato, toda a vida de Jesus pode ser entendida em chave de amor e serviço. Desde o primeiro instante da encarnação, até ao último momento da sua caminhada nesta terra, Ele pôs-se ao serviço do projeto do Pai e fez da sua vida um dom de amor aos homens. Ele nunca Se deixou seduzir por projetos pessoais de ambição, de poder, de domínio; mas apenas quis entregar toda a sua vida ao serviço dos homens, a fim de que os homens pudessem encontrar a vida plena e verdadeira. Portanto, todo cristão é convidado a imitar o testemunho de vida do próprio Cristo. Assim como Cristo, por amor, vestiu a nossa fragilidade e veio ao nosso encontro, também nós devemos, renunciar o egoísmo, a acomodação, a indiferença e ir ao encontro dos nossos irmãos. Assim, devemos ser solidários com eles, partilhar os seus dramas, lágrimas, sofrimentos, alegrias e esperanças. Somos sempre responsáveis pelos irmãos que conosco partilham os caminhos deste mundo, mesmo quando não os conhecemos pessoalmente ou mesmo que deles estejamos separados por fronteiras geográficas, históricas, étnicas ou outras. Pedimos ao Senhor por interseção da Santíssima Virgem Maria, a graça de sermos servos fiéis, colaboradores na construção do Reino de Deus. E assim implorarmos como o salmista: “Desça sobre nós a vossa misericórdia, porque em vós esperamos, Senhor” (Sl 32-33).

Reflexões elaboradas pelos seminaristas de nossa diocese que estão estudando Teologia em Curitiba: Everton Pavilaqui, Herick Rogger Pinchesk, Jacir dos Santos, Marinaldo Cheliga e José Vitor Cozechen Seller.

Neste trigésimo domingo do tempo comum, temos presente na resposta do salmo a exclamação “Maravilhas fez conosco o Senhor, exultemos de alegria!” O Senhor Deus fez, faz e fará maravilhas em nossas vidas, mas, nós corremos o risco de não nos darmos conta disso. Não nos damos conta das maravilhas de Deus operadas em nossas vidas quando a exemplo do cego Bartimeu no Evangelho, tomados pela cegueira que nos impede de ver o transcendente, de ver além das aparências, de não ficarmos presos ao material, ficamos à beira do caminho com o coração e a mente presos no terreno, no imanente, no material e na aparência. Jesus ao curar Bartimeu diz a ele “Vai, a tua fé te curou”, a fé na força transformadora de Deus nos cura, nos move, move nossa vontade de ir além, de transcender, de pedir “Senhor, que eu veja”. E assim percorremos nós, a vida. Através da força movente da nossa fé deixamos os mantos, deixamos os comodismos, deixamos a indiferença, deixamos o egoísmo, deixamos o individualismo, deixamos o relativismo, deixamos o materialismo e saltamos com coragem para a transcendência, para o encontro com Nosso Senhor Jesus Cristo, que nos chama a viver junto dele, que nos chama a segui-lo e a desfrutar das maravilhas de Deus que são tantas. A vida é uma delas e deve ser valorizada, defendida e promovida. Desvalorizar a vida, negar o direito à vida a alguém, por exemplo através, da prática e difusão do aborto, é impedir que as maravilhas de Deus se realizem no mundo que ao próprio Deus pertence, é impedir que Deus se manifeste ao mundo e seja presente nele. O profeta Jeremias exorta dizendo “Isto diz o Senhor: Exultai de alegria por Jacó”. Esta exortação do profeta é um grande alerta contra a indiferença, contra o egoísmo e o

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individualismo que por vezes domina nossa sociedade e até mesmo a vida de cada cristão. Alegrar-se pelo outro, receber com preces os que choram, são atitudes presentes na exortação do profeta que nos mostra que como filhos de Deus, membros do Seu povo, devemos agir com misericórdia, com compaixão, solidariedade e buscar sempre o bem comum. Este é o espírito cristão, e o profeta Jeremias prossegue expressando que a intenção é que o povo de Deus seja reunido novamente, e reunido possa viver fraternalmente, que os que regressam ao convívio e proximidade de Deus possam ser acolhidos e respeitados em sua dignidade de filhos de Deus. O grande exemplo da vivência destes aspectos é o próprio Cristo e sobre isto trata a carta aos Hebreus. Cristo não atribuiu a si mesmo a honra de sumo sacerdote, teve compaixão do povo, e ofereceu um grande sacrifício pelos seus pecados. Ofereceu a si mesmo em sacrifício para remissão, para perdão dos pecados da humanidade. Sendo ele verdadeiro Deus e verdadeiro homem, Filho de Deus encarnado, se faz homem, vive em meio do povo, e vive em favor do povo. Sem possuir pecado algum, assume os pecados da humanidade e em sacrifício se oferece para perdão do povo, se oferece em compaixão, em misericórdia. A vida de Cristo Jesus, e de modo especial, sua ação de entrega em sacrifico na cruz, é nosso grande modelo de superação da indiferença, do egoísmo, do individualismo e uma demonstração da vivência do amor que se doa, que é para o outro a presença das maravilhas operadas por Deus na humanidade. O sacerdote é tirado do povo e, em favor do povo, se consagra, se oferece a Deus pelo povo para que Deus possa operar maravilhas na vida de cada pessoa, de cada filho seu. Não somente os sacerdotes, mas, todos os filhos de Deus são chamados pelo próprio Deus a manifestar a presença das maravilhas do Pai. A todos nós, é dirigida a frase “Coragem, Levantate Ele te chama! Jesus nos chama a segui-lo e com nosso testemunho manifestar as maravilhas de Deus ao mundo.

Reflexões elaboradas pelos seminaristas de nossa diocese que estão estudando Teologia em Curitiba: Everton Pavilaqui, Herick Rogger Pinchesk, Jacir dos Santos, Marinaldo Cheliga e José Vitor Cozechen Seller.


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Diocese de Guarapuava

CANTAGALO: Paróquia promove encontro com lideranças de pastorais e movimentos

Notícias Paroquiais

Setembro - 2018

PITANGUINHA: Paróquia Nossa Senhora do Perpétuo Socorro divulga atividades

Eleição da nova coordenação do grupo “Damas do Perpétuo Socorro” festa beneficente e caminhada ecológica são destaques na comunidade de Pitanguinha, em Pitanga.

Dezenas de pessoas representando as 24 comunidades da paróquia, participaram dos trabalhos. Assuntos referentes à Campanha da Fraternidade 2018 e Ano do Laicato foram debatidos.

Na manhã de sábado, 11 de agosto, integrantes de pastorais e movimentos da paróquia Imaculada Conceição, em Cantagalo, participaram de uma palestra com o tema da Campanha da Fraternidade deste ano, “Fraternidade e superação da violência”. O evento que reuniu dezenas de pessoas; foi realizado no salão paroquial da matriz. Na ocasião, Rozalino Ramos, que trabalha na Ação Evangelizadora da diocese de Guarapuava e João Maria Ferreira, da paróquia Santa Terezinha, também em Guarapuava, falaram aos presentes sobre o tema. Eles também abordaram assuntos relativos ao Ano do Laicato. “Foi um encontro muito importante e tenho certeza de que renderá muitos frutos para todas as comunidades daquela paróquia. Durante os trabalhos, pudemos conversar com as pessoas e trocar experiências sobre nossa caminhada enquanto leigos e agentes diretos da evangelização”; sublinhou Rozalino. De acordo com Belmair Abreu, uma das organizadoras do encontro em Cantagalo, os trabalhos foram de grande valia, pois injetaram novos ânimos nos participantes. “A partir de agora, cada liderança que aqui esteve pode voltar para suas comunidades e repassar o que aprendeu às demais pessoas e assim, formar uma corrente muito grande de evangelização. Este trabalho foi muito importante, pois os palestrantes falaram de suas dificuldades, vivências e experiências”, disse Belmair.

“Agora, cada liderança que aqui esteve pode voltar para suas comunidades e formar uma corrente de evangelização.” Belmair Abreu.

DAMAS DO PERPÉTUO SOCORRO O grupo “Damas do Perpétuo Socorro”, da paróquia Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, em Pitanga, elegeu a nova coordenação no último dia 27 de julho. Carmesi de Fátima Bora é a nova coordenadora, tendo como vice-coordenadora Juliana Perico Finato e auxiliar, Marilda Kulik de Vaz. O grupo “Damas do Perpétuo Socorro” é formado por mulheres que têm por objetivo difundir a devoção a Nossa Senhora na paróquia. Seguindo o exemplo de Maria, as “Damas” vão ao encontro de outras mulheres que sofrem e, que em muitos momentos, não têm para quem pedir ajuda e oferecem auxílio. Alicerçadas pela oração e o espírito maternal, o grupo não só procura amenizar o sofrimento feminino, como também dá oportunidades para que as mulheres marginalizadas mudem de vida. O grupo “Damas do Perpétuo Socorro” existe há dois anos e foi incentivado. O pároco local, padre Gilson José Dembinski é um dos grandes incentivadores do projeto mariano.

PASTORAL FAMILIAR A Pastoral Familiar, da paróquia Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, em Pitanga, marcou presença em uma festa beneficente na capela Santa Rita. O objetivo da promoção era ajudar uma família necessitada da comunidade. Integrantes da Pastoral Familiar encenaram o tradicional “Casamento Caipira”, que levou alegria e descontração aos presentes. Conforme a coordenação, atividades dessa natureza ajudam no fortalecimento do grupo, com destaque para a evangelização e a ajuda a quem necessita.

CAMINHADA Pitanga realizou a Primeira Caminhada Religiosa e Ecológica, no dia 26 de julho, dia de Sant’Ana, padroeira daquele município. Conforme a coordenação, mais de 300 pessoas participaram da atividade que passou pelas três paróquias da cidade: Sant’Ana, Nossa Senhora do Perpétuo Socorro e Nossa Senhora da Glória, esta, de rito católico-ucraniano.

Os padres Bonifácio Zaluski, Gilson José Dembinski e Thiago Alberto Grande, contaram um pouco da história do município e falaram sobre a presença da Igreja na comunidade aos presentes na caminhada. A localidade de “Oio de água do monge João Maria” também recebeu os visitantes durante a caminhada. No local, padre Gilson falou um pouco sobre a importância daquele lugar para a religiosidade popular, sobretudo, para o povo caboclo que tinha no monge João Maria um verdadeiro líder e conselheiro. Ao todo, foram percorridos seis quilômetros em três horas de caminhada.

CURSO DE ORATÓRIA E PERSUASÃO Nas noites de 06, 07 e 09 de agosto, a paróquia Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, no bairro Pitanguinha, em Pitanga, promoveu um curso de oratória e persuasão. Mais de trinta pessoas participaram das aulas que tiveram foco nas lideranças da comunidade. Os encontros foram realizados no salão paroquial da matriz. Segundo o pároco local e responsável por ministrar o curso, padre Gilson José Dembinski, muitas pessoas sofrem por não poderem se expressar corretamente em público e, com isso, acabam por não convencer quem está ouvindo, tampouco, passar a mensagem de forma clara “Procuramos trabalhar as habilidades de cada um, sempre voltadas para falar tranquilamente em público e convencer as pessoas à sua volta através do discurso. A partir da agora, as mais de trinta pessoas que participaram das aulas poderão praticar o aprendizado durante as missas, repassando os avisos da comunidade, por exemplo. Isto é um grande ganho para nossa paróquia”, destacou padre Gilson.


Setembro - 2018

Notícias Paroquiais

GUARAPUAVA: Inspetor Salesiano visita Dom Wagner Na ocasião, padre Asídio Deretti, concedeu entrevista ao Centro Diocesano de Comunicação (CDC) e falou do trabalho de sua congregação. Na tarde de 15 de agosto, o Inspetor da Congregação Sociedade de São Francisco de Sales – Sociedade de Dom Bosco (SDB), padre Asídio Deretti, esteve em Guarapuava e visitou o bispo diocesano, Dom Antônio Wagner da Silva. A visita do inspetor faz parte das regras e do carisma da congregação que realiza seu trabalho em 132 países, dos cinco continentes. Nas visitas que faz às paróquias e comunidades onde há a presença dos Salesianos, o inspetor aproveita para discutir os trabalhos realizados, efetuar mudanças internas, bem como conversar com os bispos diocesanos para promover uma união de força e cooperação em favor da Igreja. No cargo de inspetor da Inspetoria Salesiana São Pio X desde o dia 24 de maio de 2014, para uma tarefa com duração de seis anos sem possibilidade de reeleição, padre Asídio disse que se sente gratificado pelo trabalho que lhe foi confiado e ressaltou que atuar em uma obra tão grande como é a inspetoria, às vezes assusta um pouco. “Eu digo que me senti e ainda me sinto assustado por exercer tal tarefa. Mas acredito que com as bênçãos de Deus e a proteção de Nossa Senhora, poderemos vencer os obstáculos que porventura surjam no caminho e seguir em frente, sempre levando nossa alegria que faz parte de todo Salesiano”, destacou o sacerdote. Em Guarapuava, os Salesianos são responsáveis pela paróquia São João Bosco, no bairro Vila Carli. Padre Edvaldo Nogueira da Silva é o pároco local e acompanhou o inspetor durante as visitas que fez em Guarapuava. “É sempre um momento muito importante quando visitamos as paróquias onde mantemos nosso trabalho. As obras são muitas e há também diversos desafios, principalmente nesses tempos em que vivemos, onde não se percebe limites nas coisas. Tem-se a impressão de que só o hoje interessa. Nesse contexto, com essa realidade, procuramos, como cristãos, mostrar para as pessoas que uma vida com Deus vale a pena. Embora com problemas e com dificuldades, sempre há o espaço para vivermos essa alegria de sermos cristãos”, ressaltou padre Asídio. Em relação ao Mês Vocacional (agosto) e ao Ano Nacional do Laicato, padre Asídio Deretti sublinhou que toda vocação é um dom de Deus e que todo discernimento deve ser feito livremente, sem forçar nada. “Vocação é um dom de Deus. Quando nascemos, carregamos a vocação em nosso coração. Cabe a nós, como comunidade de fé, rezarmos para que haja este despertar e com isso, a vontade do Pai se manifesta em cada pessoa. A partir desse discernimento, cada um de nós se sente motivado a buscar cada vez mais o caminho que quiser seguir, seja a família ou o ministério ordenado. Como leigos, podemos fazer muitas coisas para nossas comunidades. Ser leigo é sim, viver a vocação da Igreja, sem abrir mão da família, da sociedade e de tantas experiências bonitas e divinas”, disse o inspetor Salesiano.

SOBRE OS SALESIANOS

Congregação salesiana ou salesianos (em latim: Societas Sancti Francisci Salesii) é uma Congregação religiosa da Igreja Católica Apostólica Romana fundada em 1859, por São João Bosco e aprovada em 1874 pelo Papa Pio IX. Seu nome oficial é Pia Sociedade de São Francisco de Sales em homenagem a São Francisco de Sales, contudo, eles são popularmente conhecidos por salesianos de Dom Bosco, (em latim: Salesiani Domini Bosci) o que determina sua sigla: SDB. Os principais destinatários da missão salesiana são os jovens, especialmente os pobres e em situação de risco. Em vista destes destinatários, trabalham também nos ambientes populares, com atenção aos leigos evangelizadores, à família, à comunicação social, e entre os povos ainda não evangelizados. A Congregação é composta por irmãos de vida consagrada que fazem votos simples de castidade, pobreza e obediência. Os salesianos podem optar pelo sacerdócio, de modo que existem padres e irmãos salesianos. A Congregação Salesiana foi a primeira instituição a constituir a Família Salesiana. Entre as obras da Congregação podem-se citar os colégios e serviços beneficentes, espalhados por várias partes do mundo.

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BOA VENTURA DE SÃO ROQUE: milhares de pessoas participam da 61ª Festa do Padroeiro Uma novena em honra a São Roque marcou o início das comemorações na cidade. A cavalgada de 168 quilômetros relembrou a chegada dos pioneiros ao lugar onde é hoje a sede do município.

Para Dom Antônio Wagner da Silva, é sempre uma alegria poder receber os responsáveis pelas congregações que atuam na diocese de Guarapuava e falar dos trabalhos realizados em favor da comunidade. “É sempre com muita alegria que a gente recebe a visita dos inspetores, superiores e responsáveis pelas congregações que trabalham em nossa diocese. Padre Asídio nos presenteou nesta tarde com sua presença e vontade de fazer sempre mais em favor da Igreja. Só temos a agradecer aos Salesianos pelo compromisso firmado e cumprido para com as pessoas que atendem. Sem esse trabalho que realizam de forma pastoral e alegre, com certeza, não conseguiríamos desenvolver tantos projetos com base nos ensinamentos de Jesus Cristo”, ressaltou Dom Wagner.

BIOGRAFIA

Padre Asídio Daretti é o décimo Inspetor da Inspetoria Salesiana São Pio X. Ele foi nomeado para o cargo em 2014 e ficará à frente das atividades até 2019. O sacerdote nasceu em Luiz Alves, SC (hoje a localidade pertence ao município de Massaranduba), no dia 07 de novembro de 1945. Professou na Congregação Salesiana no dia 31 de janeiro de 1965 e foi ordenado padre dez anos depois, em 01 de janeiro de 1975, assumindo como lema sacerdotal: “A verdade liberta” (Jo 8, 32). Licenciado em filosofia, geografia, história e teologia. Fez o mestrado em teologia da vida espiritual na Università Pontificia Salesiana de Roma. “Eu fui nomeado Inspetor pelo Reitor-Mor anterior, padre Pascual Cháves, SDB. Até posso dizer que quando o Reitor-Mor me pediu para ser Inspetor eu me achava não tão capacitado para isso; ele falou assim: ‘Pensa um pouquinho e depois me dá a resposta”. Eu, logo depois de três dias, dei o meu sim e disse: ‘Tudo bem sim... seja o que Deus quiser’ e sorri. Comecei, assim, com a benção de Nossa Senhora Auxiliadora, confiei a ela esse trabalho. E o bonito desse serviço é que ele não se faz sozinho. Faz-se com o Conselho-Geral e, digo também, que cada Salesiano me complementa nessa missão”, finalizou padre Asídio.

REITORES-MOR DOS SALESIANOS

1. São João Bosco (Giovanni Melchior Bosco), 1859-1888.

2. Miguel Rua, bem-aventurado (Michele Rua), 01/02/1888-06/04/1910. 3. Paulo Álbera (Paolo Albera), 16/08/1910 – 29/10/1921. 4. Filipe Rinaldi, bem-aventurado (Filippo Rinaldi), 24/04/1922 – 05/12/1931. 5. Pedro Ricaldone (Pietro Ricaldone), 17/05/1932 – 25/11/1951. 6. Renato Ziggiotti, 01/08/1952 – 27/04/1965. 7. Luís Ricceri (Luigi Ricceri), 27/04/1965 – 15/12/1977. 8. Egídio Viganò, 15/12/1977 – 23/06/1995. 9. João E. Vecchi (Juan E. Vecchi), 20/03/1996 – 23/01/2002. 10. Pascual Chávez Villanueva, 03/04/2002 – 25/03/2014. 11. Ángel Fernández Artime, 25/03/2014 – atual.

A cidade de Boa Ventura de São Roque esteve em festa em 19 de agosto, em celebração ao dia do padroeiro, que é lembrado pela Igreja no dia 16 do mesmo mês. Em preparação para o momento importante, a comunidade organizou uma vasta programação. De 10 a 18 de agosto, às 19h, na matriz, houve a celebração da novena em honra a São Roque. Em cada dia da semana, um dos padres da diocese de Guarapuava presidiu a celebração. “A participação dos padres da diocese enriqueceram muito mais nossas celebrações”, escreve a Pastoral da Comunicação (Pascom), em nota.

CAVALGADA

Um grupo composto por 60 pessoas participou de uma cavalgada em celebração a São Roque. A iniciativa fez parte dos festejos pelo dia do padroeiro do município de Boa Ventura de São Roque. O início do percurso foi na capela Santa Tereza, distrito de Tereza Cristina, no município de Cândido de Abreu. Antes de começar a viagem, às 09h da manhã do dia 17 de agosto, os cavaleiros participaram de uma missa campal que foi presidida pelo pároco de Cândido de Abreu, padre Zdislaw Nabialczyk. Após a celebração, levando a imagem de São Roque, os cavaleiros começaram o trajeto de 168 quilômetros, relembrando os antigos tropeiros que desbravaram a região. Segundo os organizadores, a cavalgada teve por objetivo fazer um resgate histórico da chegada do padroeiro ao local onde é hoje o município de Boa Ventura de São Roque e também falar das dificuldades que os primeiros moradores enfrentaram nos primeiros anos como moradores da então vila. “Os tropeiros percorreram o mesmo trajeto dos primeiros moradores que chegaram para habitar as terras do nosso município. Foram momentos importantes de devoção e também de história para todos os que aqui vivem”, sublinha a Pascom.

FESTA

A cavalgada que durou dois dias, chegou à cidade de Boa Ventura de São Roque na manhã de domingo, dia 19 de agosto, dando início à festa do padroeiro. Uma missa foi celebrada às 10h da manhã, na matriz, em acolhida aos tropeiros e também à comunidade. A festa prosseguiu com almoço ao meio dia, apresentações musicais, show de prêmios e coroação da rainha à tarde. Os organizadores da festa em Boa Ventura de São Roque, em nome da paróquia, agradecem a todos que, de uma forma ou de outra, participaram e ajudaram na realização do evento que a cada ano, se firma como um marco no calendário das festas da região.


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Diocese de Guarapuava

Notícias Paroquiais

PRUDENTÓPOLIS: Padre Marco Aurélio Soares da Costa celebra dez anos de sacerdócio Em Prudentópolis, padre Marco Aurélio atua como vigário. Ele está na paróquia São João Batista há três anos. O padre Marco Aurélio Soares da Costa, da Congregação da Missão (Vicentinos), que atua como vigário na paróquia São João Batista, em Prudentópolis, celebrou, no último dia 4 de agosto, dez anos de vida sacerdotal. Para festejar o momento importante, a comunidade preparou uma missa solene, com início á 20h, que atraiu vários padres da região. Amigos e convidados do sacerdote também participaram da celebração e o parabenizaram pela década de trabalhos dedicados à Igreja. Durante os estudos e mesmo depois da ordenação, padre Marco Aurélio já passou por diversas cidades do Brasil, como São Paulo, Rio de Janeiro, Araucária e Londrina. Há três anos ele trabalha em Prudentópolis, atendendo à matriz e às 75 comunidades que compõem a paróquia São João Batista. Padre Marco Aurélio nasceu em Teresina, no Piauí e tem 45 anos de idade. Desde muito cedo, conforme conta, sentiu o chamado à vida sacerdotal e, desde então, procura seguir em frente com sua vocação, inspirado pela vida e os ensinamentos de Jesus Cristo. Em Prudentópolis, padre Marco Aurélio é conhecido pelo seu carisma e alegria, típicos das pessoas nordestinas.

A diocese de Guarapuava, em nome do bispo Dom Antônio Wagner da Silva, parabeniza padre Marco Aurélio pelo trabalho desenvolvido junto à comunidade de Prudentópolis. Com informações e fotos do blog: www.carlosmoraes.com.br

GUARAPUAVA: Paróquia Santa Cruz e Nossa Senhora das Dores realiza mais uma edição de sua festa De 07 a 15 de setembro, haverá novena na matriz. Cada celebração será presidida por um padre da diocese de Guarapuava.

De 02 a 16 de setembro, a paróquia Santa Cruz e Nossa Senhora das Dores, em Guarapuava, realiza mais uma edição de sua festa. Uma missa na matriz às 19h, seguida de uma carreata pelas ruas da cidade às 20h dá início às festividades em 02 de setembro. De 07 a 15 do mesmo mês, a comunidade realiza a tradicional novena, tendo Maria como tema. As celebrações começam sempre às 19h e cada missa será presidida por um sacerdote da diocese de Guarapuava. Após as celebrações, haverá praça de alimentação com cardápio variado, além de barracas de doces, salgados e espaço para diversão e entretenimento. No dia 16 de setembro, quando se realiza a festa, a paróquia preparou a seguinte programação:

Uma missa será celebrada na matriz às 10h. Ao meio-dia, será servido um almoço à base de churrasco. Pede-se para que os interessados em almoçar na festa, adquiram o “vale almoço” antecipadamente. Depois das 14h, haverá sorteio de prêmios e diversas atividades artísticas e de entretenimento. O pároco local, padre José Francisco do Nascimento, da Congregação da Paixão (CP) escreveu uma nota convidando a todos para a festa, destacando a importância desta atividade para o enriquecimento religioso de cada um, reforçando que através da união, a fé se renova e muitas conquistas podem ser realizadas em favor de toda a comunidade. Leia a nota na íntegra: AGRADECIMENTO É com imensa alegria que horamos a Santa Cruz de Jesus. Com ela, contemplamos Maria, a Mãe de nosso Deus, cheios de ternura e carinho. Durante onze dias, mergulhamos no amor paterno-maternal do Pai, rezando as Dores que Maria viveu por nós, e aprofundamos o nosso ser cristão, através da Oração contemplativa, olhando para o nosso Deus Vivo, enxergando a realidade do Céu no meio de nós. Obrigado a todos pela honrosa festa. Padre José Francisco do Nascimento, CP

Setembro - 2018

GUARAPUAVA: Paróquia Santa Terezinha celebra festa da padroeira em 30 de setembro

De 23 de setembro a 01 de outubro, sempre às 19h, haverá novena na matriz. Pede-se para que os participantes levem rosas para serem abençoadas durante a celebração. Como em anos anteriores, a paróquia Santa Terezinha, em Guarapuava, celebra mais uma edição da festa da padroeira. O dia de Santa Terezinha é comemorado em 01 de outubro. Como este ano a data cai em uma segunda-feira, as festividades foram antecipadas para domingo, dia 30 de setembro, com o intuito de facilitar a presença de todos. O tema das festividades deste ano é o mesmo de 2017: “A vida com Jesus é mais feliz”, numa alusão à felicidade da santa que tinha verdadeira paixão por anunciar a Jesus Cristo. Todos os anos, milhares de pessoas são esperadas para o momento de confraternização. As festividades deste ano serão abertas em 22 de setembro com quermesse na matriz a partir das 17h. De 23 de setembro a 01 de outubro, sempre às 19h, na matriz, a comunidade preparou uma novena em honra à padroeira. Pede-se para que os participantes levem rosas para serem abençoadas durante a missa. No dia 23 de setembro, haverá um almoço de confraternização no salão paroquial.

Nos dias 22 e 29 de setembro, haverá bênção dos automóveis em frente à matriz, na Avenida Moacir Júlio Silvestre, Bairro Batel, em Guarpuava. A festa, no dia 30 de setembro, começa com uma missa às 10h. Ao meio-dia, haverá almoço à base de churrasco. À tarde, as festividades prosseguem com brincadeiras e sorteio de prêmios. Às 19h, será celebrado o penúltimo dia da novena, que se encerra na segunda-feira, dia 01 de outubro, na matriz.

Santa Terezinha do Menino Jesus, intercessora dos missionários Santa Terezinha do Menino Jesus, oferecia todos os gestos e sacrifícios, do menor ao maior. “Não quero ser santa pela metade, escolho tudo”, dizia.

A santa de hoje nasceu em Alençon (França) em 1873 e morreu no ano de 1897. Santa Terezinha não só descobriu que no coração da Igreja sua vocação era o amor, como também sabia que o seu coração – e o de todos nós – foi feito para amar. Nascida de família modesta e temente a Deus, seus pais (Luís e Zélia) tiveram oito filhos antes da caçula Teresa: quatro morreram com pouca idade, restando em vida as quatro irmãs da santa (Maria, Paulina, Leônia e Celina). Terezinha entrou com 15 anos no Mosteiro das Carmelitas em Lisieux, com a autorização do Papa Leão XIII. Sua vida se passou na humildade, simplicidade e confiança plena em Deus.

Todos os gestos e sacrifícios, do menor ao maior, ela os ofereciam a Deus pela salvação das almas e na intenção da Igreja. Santa Terezinha do Menino Jesus e da Sagrada Face esteve como criança para o Pai, livre, igual a um brinquedo aos cuidados do Menino Jesus e, tomada pelo Espírito de amor, que a ensinou um lindo e possível caminho de santidade: infância espiritual. O mais profundo desejo do coração de Terezinha era ter sido missionária “desde a criação do mundo até a consumação dos séculos”. Sua vida nos deixou como proposta, selada na autobiografia “História de uma alma” e, como intercessora dos missionários sacerdotes e pecadores que não conheciam a Jesus, continua ainda hoje, vivendo o Céu, fazendo o bem aos da terra. Morreu de tuberculose, com apenas 24 anos, no dia 30 de setembro de 1897 dizendo suas últimas palavras: “Oh! Amo-O. Deus meu, amo-Vos!”. Após sua morte, aconteceu a publicação de seus escritos. A chuva de rosas, de milagres e de graças de todo o gênero. A beatificação em 1923, a canonização em 1925 e declarada “Patrona Universal das Missões Católicas” em 1927, atos do Papa Pio XI. E a 19 de outubro de 1997, o Papa João Paulo II proclamou Santa Teresa do Menino Jesus e da Sagrada Face doutora da Igreja. Canção Nova


Setembro - 2018

Notícias Paroquiais

ALTAMIRA DO PARANÁ: Notícias paroquiais Atividades da Semana Nacional da Família, eleição da nova coordenação da Renovação Carismática Católica e Jogos do Município, foram algumas das atividades realizadas no último mês na paróquia.

RENOVAÇÃO CARISMÁTICA

A Renovação Carismática Católica (RCC) de Altamira do Paraná tem nova coordenação. O pleito que elegeu Leandro Alves Godoy e Ana Fernanda da Silva Barbosa; foi realizado na matriz, no dia 05 de agosto. Os novos coordenadores assumem suas funções em janeiro de 2019. A eleição dos novos coordenadores contou com o apoio dos Servos de Oração da Sagrada Família, da paróquia Nossa Senhora Aparecida, em Altamira do Paraná, do pároco local, padre Paulo Fernando Francini e também do coordenador da RCC no Decanato Pitanga, Paulo Roberto Bonifácio.

CAMPEONATO A paróquia Nossa Senhora Aparecida, em Altamira do Paraná, participou da terceira edição dos Jogos do Município. O evento foi realizado de 04 a 25 de agosto, e contou com a participação de dezenas de times que disputaram as modalidades de vôlei e futebol de salão. A paróquia marcou presença na disputa com três times de futebol de salão, dois femininos e um masculino. A equipe “Paróquia Feminino Juvenil”; ficou em segunda colocação na disputa. A equipe “Paróquia Feminino Veterano”; conseguiu a terceira colocação e, por último, a equipe “Paróquia Masculino”, conquistou o segundo lugar nos jogos do município. Para o pároco local, padre Paulo Fernando Francini, que também participou da equipe e é um grande motivador do esporte, os jogos do município representam uma grande interação entre as pessoas e aguça o espírito de solidariedade e convivência. “Esporte faz bem para a saúde, reúne a família e mexe com a alegria das pessoas”, ressalta o pároco.

“Esporte faz bem para a saúde, reúne a família e mexe com a alegria das pessoas.” Pe. Paulo Fernando Francini

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GUARAPUAVA: Grupo Jovem Shalom da paróquia Nossa Senhora Aparecida completa 25 anos de fundação Durante os 25 anos de existência, conforme a coordenação do grupo, muitas pessoas passaram pela experiência de oração e criaram identidade com a Igreja, promovendo o amadurecimento humano e cristão.

O grupo de oração Jovem Shalom, da paróquia Nossa Senhora Aparecida, em Guarapuava, comemorou 25 anos de sua fundação no dia 26 de agosto. Para a ocasião, os integrantes do grupo prepararam uma programação especial que contou com a presença do pároco da Catedral Nossa Senhora de Belém, padre Jean Patrik Soares, além de integrantes de outras gerações que passaram pelo grupo durante este quarto de século de existência. Davi Primak é um dos servos do grupo de oração e disse que este é um tempo de graça e de unção. “Tudo o que Deus nos promete, Ele cumpre. O que se passou nestes 25 anos, não foi somente o tempo. Tampouco as pessoas passaram.

FAMÍLIA

De 12 a 19 de agosto, a paróquia Nossa Senhora Aparecida, em Altamira do Paraná, celebrou a Semana Nacional da Família. Missas e palestras pontuaram o evento que teve por objetivo reforçar a caminhada de todos junto à Igreja, alicerçada na vivência familiar. No dia 17, na matriz, foi realizada a palestra: “Espiritualidade em casa”, conduzida por Guilherme Nunes, da cidade de Guarapuava. No sábado, dia 18 de agosto, seis casais oficializaram a situação matrimonial em uma celebração de casamento coletivo. A cerimônia que emocionou os presentes foi presidida pelo pároco local, padre Paulo Fernando Francini. Os seis casais já viviam juntos e, até então a situação dos mesmos era considerada irregular perante a Igreja. Encerrando as atividades da Semana da Família, no dia 19 de agosto, domingo, uma missa às 09h da manhã na matriz, agradeceu a todos os envolvidos nos trabalhos, principalmente aos integrantes da Pastoral Familiar.

Diocese de Guarapuava

Aqui se viveram histórias, testemunhos. Houve renovação de vidas aqui, com a graça de Deus. Aqui também nasceram famílias a partir do anúncio de paz de Nossa Senhora”, disse Davi. Durante os 25 anos de existência, conforme a coordenação do grupo, muitas pessoas passaram pela experiência de oração e criaram identidade com a Igreja, promovendo o amadurecimento humano e cristão. “Muitas pessoas se foram com o tempo, e muitas outras chegaram. Cada um com sua história, com sua experiência, foram criando a identidade desse grupo, acrescentaram e ajudaram todos a crescer e amadurecer. Os primeiros responsáveis que devem ser agradecidos por esses 25 anos são Deus e Nossa Senhora Aparecida. Não se pode esquecer a importância que cada um teve neste período de caminhada que parece ter começado ontem”, sublinhou Davi. Os encontros do grupo de oração Jovem Shalom são aos domingos. As atividades se iniciam com a missa das 19h30 e depois os integrantes se reúnem na paróquia para os trabalhos semanais que têm base na oração.

MANOEL RIBAS: Notícias paroquiais Encontro de formação da Pastoral Familiar, retiro para casais em segunda união e missa em ação de graças pelos 50 anos de vida religiosa do padre Stanislaw Galant, foram destaques na paróquia Santo Antônio. FORMAÇÃO

No último dia 25 de agosto, a Pastoral Familiar do decanato Pitanga, se reuniu em Manoel Ribas para um momento de formação. Os trabalhos foram realizados no Centro Pastoral da matriz Santo Antônio e coordenados pela equipe da Pastoral Familiar da diocese de Guarapuava. Mais de 70 pessoas participaram. Durante os trabalhos, foram abordados assuntos referentes à caminhada da Pastoral da Família até o momento, bem como foram traçados novos planos e metas para o futuro.

RETIRO

No domingo, dia 26 de agosto, integrantes da Pastoral Familiar de Manoel Ribas, promoveram um momento de formação para casais em segunda união. O evento foi realizado na capela Nossa Senhora das Graças, na localidade rural de Linha Munhoz. Ao todo, 19 casais que vivem a segunda união participaram do encontro e tiveram a oportunidade de discutir e entender a importância que eles têm para a Igreja.

COMEMORAÇÃO

No dia 26 de agosto, a paróquia Santo Antônio, em Manoel Ribas, realizou uma missa em ação de graças pelos 50 anos de vida religiosa do padre Stanislaw Galant, da Congregação dos Padres Marianos

(MIC). Centenas de pessoas participaram do momento importante para a comunidade e, principalmente para o sacerdote que há meio século, dedica-se à Igreja. A ordenação sacerdotal de padre Stanislaw, no entanto, foi em 16 de junho de 1972. As festividades, no entanto, se referem aos primeiros votos do religioso. O provincial da Congregação dos Padres Marianos, padre Jair Batista Souza, também participou da celebração e agradeceu ao padre Stanislav pela dedicação e amor para com a Igreja. A missa em ação de graças foi preparada pelos movimentos e pastorais da comunidade.


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Setembro - 2018

SETEMBRO, MÊS DA BÍBLIA Conhecer a Palavra de Deus é a essência de todo cristão

Um mês inteiro dedicado à Palavra de Deus O Texto-Base para o Mês da Bíblia em 2018 se propõe a auxiliar a leitura e o estudo da primeira parte literária do Livro da Sabedoria (Sb 1,1-6,21). Estamos em setembro, e no Brasil já é uma tradição que este mês seja lembrado como o “Mês da Bíblia”. Setembro foi escolhido pelos bispos do Brasil como o Mês da Bíblia em razão da festa de São Jerônimo, celebrada no dia 30. São Jerônimo, que viveu entre 340 e 420, foi o secretário do Papa Dâmaso e por ele encarregado de revisar a tradução latina da Sagrada Escritura. Essa versão latina feita por esse santo recebeu o nome de Vulgata, que, em

latim, significa “popular” e o seu trabalho é referência nas traduções da Bíblia até os nossos dias. Ao celebrar o Mês da Bíblia, a Igreja nos convida a conhecer a fundo a Palavra de Deus, a amá-la cada vez mais e a fazer dela, a cada dia, uma leitura meditada e rezada. É essencial ao discípulo missionário o contato com a Palavra de Deus para ficar solidamente firmado em Cristo e poder testemunhá-Lo no mundo presente, tão necessitado de Sua presença. “Desconhecer a Escritura

é desconhecer Jesus Cristo e renunciar a anunciá-lo. Se queremos ser discípulos e missionários de Jesus Cristo é indispensável o conhecimento profundo e vivencial da Palavra de Deus. É preciso fundamentar nosso compromisso missionário e toda a nossa vida cristã na rocha da Palavra de Deus” (DA 247). A Bíblia contém tudo aquilo que Deus quis nos comunicar em relação à nossa salvação. Jesus é o centro e também o coração da Sagrada Escritura. Em Jesus se cumprem

todas as promessas feitas no Antigo Testamento para o povo de Deus. Ao lê-la, não devemos nos esquecer de que Cristo é o ápice da revelação de Deus. Ele é a Palavra viva de Deus. Todas as palavras da Sagrada Escritura têm seu sentido definitivo n’Ele, porque é no mistério de Sua Morte e Ressurreição que o plano de Deus Pai, para a nossa salvação, se cumpre plenamente.

ARTIGO: Dom Canísio Klaus escreve sobre a importância do Mês da Bíblia para os cristãos Ter a Bíblia em casa, não é suficiente para um cristão. É preciso também ler o que nela está escrito. E a leitura não pode ser feita da mesma forma como se lê um jornal ou um romance policial. Ciente de que a Bíblia é pouco valorizada pelos fiéis católicos, a CNBB, desde 1971 adota o mês de setembro como o “Mês da Bíblia”. A proposta é a de aproveitar o mês para incentivar os fiéis a adquirirem a sua Bíblia e organizar círculos de estudos bíblicos. Em novembro de 1965, no final do Concílio Ecumênico Vaticano II, Paulo VI promulgou a Constituição Dogmática Dei Verbum. Nela se afirma que “toda pregação eclesiástica, como a própria religião cristã, deve ser alimentada e regida pela Sagrada Escritura”, que constitui “alimento da alma e perene fonte de vida espiritual” (n. 21). O Concílio retomou a afirmação de Santo Agostinho de que “ignorar as Escrituras é ignorar Cristo”. Por isso fez um convite aos cristãos para que se achegassem ao texto sagrado “pela Sagrada Liturgia, pela piedosa leitura e por cursos bíblicos”. Citando Santo Ambrósio, alertou para a necessidade de a leitura da

Sagrada Escritura vir acompanhada pela oração, “pois a Deus falamos quando rezamos e a Ele ouvimos quando lemos os divinos oráculos” (25). A partir do Concílio, a Igreja começou a incentivar as famílias a terem a sua Bíblia em casa. Por isso, hoje já são poucas as famílias católicas que ainda não têm Bíblia. Se, por acaso alguém ainda não a possuir, pode aproveitar as promoções que as livrarias católicas fazem no mês de setembro para adquiri-la.

Ter a Bíblia em casa, não é suficiente para um cristão. É preciso também ler o que nela está escrito. E a leitura não pode ser feita da mesma forma como se lê um jornal ou um romance policial. A Bíblia deve ser lida em clima de oração e com o coração voltado para Deus, prestando atenção à mensagem que Ele nos quer passar. Colocar em prática o que a Bíblia propõe é o grande desafio para os cristãos. Mahatma Gandhi, depois de ter lido a

Bíblia se desiludiu profundamente com os cristãos que levavam uma vida em total desacordo com os ensinamentos de Jesus. Dizia ele: “Não conheço ninguém que tenha feito mais para a humanidade do que Jesus. O problema são vocês, cristãos, que não vivem o que a Bíblia ensina”. Aproveitemos a graça do mês de setembro para criar maior familiaridade com a Palavra de Deus. Procuremos dar-lhe um lugar de destaque em nossas casas e tirar alguns minutos do dia para ler algum texto bíblico. Se tivermos oportunidade, participemos de círculos e estudos da Bíblia que várias paróquias estão nos oferecendo. Acima de tudo coloquemos em prática o que a Palavra de Deus nos propõe. A exemplo da mãe de Jesus, “que guardava tudo em seu coração”, guardemos a Palavra de Deus, meditando sobre aquilo que ela nos propõe. Dom Canísio Klaus Bispo da diocese de Sinop - MT


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Pe. Gilson José Dembinski

falou de seu trabalho junto à diocese e a importância deste para as comunidades. CDC: Há quanto tempo você assessora os Círculos Bíblicos na diocese de Guarapuava? Pe. Gilson: É um pouco recente minha missão como assessor dos Círculos Bíblicos na diocese de Guarapuava. Faz pouco mais de três anos que assumi esse trabalho. Até aquele momento os grupos bíblicos estavam sem assessoria. CDC: A Bíblia Sagrada é a regente do cristianismo. Para você, como foi aceitar o desafio de organizar e trabalhar como assessor? Pe. Gilson: Ao aceitar o desafio de assessorar os Círculos Bíblicos me dei conta de que enfrentava uma missão onde teria muito trabalho, pois se em algumas paróquias, os círculos bíblicos existiam, em outras eram pouco expressivos. A missão era motivar tanto para iniciar os trabalhos quanto para fortalecer os grupos que existiam. Procuramos trabalhar na perspectiva de motivar a formação de grupos nas paróquias interessadas. Para isso, contamos com uma equipe diocesana de oito pessoas que se dispõem a dar apoio na motivação e formação de grupos em todas as paróquias da diocese. CDC: O convite para assessorar este movimento partiu de quem? Como foram os primeiros meses de trabalho? Pe. Gilson: O convite para eu assessorar os Círculos Bíblicos aconteceu numa reunião do decanato de Pitanga, na paróquia de Laranjal. Naquela ocasião, foi discutida a necessidade de um assessor, figura esta que não havia até aquele momento na diocese. Acredito que a indicação do meu nome deve ser em consequência da minha dedicação aos estudos da Bíblia Sagrada e a formação de lideranças que tenho realizado em muitas paróquias onde sou convidado. Recebi com alegria o convite, pois trabalhar a Bíblia sempre foi motivo de felicidade para mim. De modo que, ao receber o convite, a primeira coisa que fiz foi me preparar para a assembleia diocesana. Depois, como consequência da assembleia, organizamos a equipe bíblica diocesana, bem como um subsídio para formação de grupos. CDC: Como é, para você, falar sobre a Bíblia, estudar este tema e debater com as pessoas no dia a adia? Pe. Gilson: Falar sobre a Bíblia, para mim, sempre é uma alegria. Ela é o livro fundamental para todo cristão. Mais que um livro, a Bíblia é o reflexo da vida de um povo de fé, que ilumina nossos caminhos. Vida de um povo que às vezes erra e as vezes acerta, na sua busca por Deus.

Uma das prioridades da diocese de Guarapuava, os Círculos Bíblicos se mostram cada vez mais presentes na vida das famílias e das comunidades. Todos os meses, há uma nova reflexão sobre os textos estudados naquele período litúrgico. Atualmente, o pároco da paróquia Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, em Pitanga, padre Gilson José Dembinski, é o assessor deste trabalho junto à diocese de Guarapuava. Todos os meses, padre Gilson envia dois textos reflexivos para o a redação do jornal “A Igreja na Diocese de Guarapuava

– Boletim Diocesano”, a fim de que, em pequenos grupos, o material possa ser lido e estudado com mais profundidade, à luz da Palavra de Deus. Em entrevista ao Centro Diocesano de Comunicação (CDC), responsável pela produção e edição do Boletim Diocesano, padre Gilson falou de seu trabalho junto à diocese e a importância deste para as comunidades e, principalmente, para as famílias. Conforme explicou o sacerdote, é preciso trabalhar sempre com foco na evangelização, sem deixar de lado acontecimentos cotidia-

Foto: Jornal Paraná Centro

Em entrevista ao Centro Diocesano de Comunicação (CDC), responsável pela produção e edição do Boletim Diocesano,

Diocese de Guarapuava

Pe. Gilson José Dembinski, de Pitanga, é o assessor dos círculos bíblicos na Diocese de Guarapuava. Foto: Pascom da paróquia Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, em Pitanga.

CDC: Em se tratando de aceitação por parte das pessoas, como você avalia esta situação? Pe. Gilson: Círculos Bíblicos envolvem formação bíblica. Uma experiência que cada vez mais está se expandido nas paróquias são as escolas bíblicas. A aceitação é boa. As pessoas sentem necessidade de uma intimidade maior com a Bíblia Sagrada, contudo, a formação de grupos bíblicos é um processo que vai acontecendo gradativamente nas paróquias, tal como uma semente que lentamente vai germinando, pois cada realidade paroquial é específica, de modo que o processo vai se desenvolvendo de acordo com a caminhada de cada paróquia. CDC: Você sempre procurou promover grupos de estudos com foco na Bíblia Sagrada com a adesão de muitas pessoas. A que você atribui esta busca? Há falta de conhecimento nas comunidades? Pe. Gilson: Com efeito, tenho incentivado bastante a promoção de grupos de estudos com foco na Bíblia. É uma oportunidade dos católicos conhecerem melhor Jesus Cristo. Nossa experiência de formação bíblica no decanato de Pitanga, no ano de 2016, levou mais de duzentos leigos a concluir o curso de Teologia Bíblica do Novo Testamento. A busca das pessoas está relacionada à carência de uma experiência maior com Jesus e a necessidade de dar razão à esperança cristã, devido à pluralidade de iniciativas de formação existentes, às vezes distorcidas do Evangelho e indiferentes à vida do povo.

CDC: Quais os benefícios para uma comunidade instruída em assuntos bíblicos? Pe. Gilson: Uma comunidade instruída em assuntos bíblicos é capaz de dar sentido à sua caminhada de fé e enfrentar os obstáculos do caminho, comprometida com Deus e com o próximo. É o que nos exorta a Primeira Carta de Pedro “Estai sempre prontos para dar a razão da vossa esperança” (1 Pd 3,15). Uma comunidade instruída na leitura bíblica não se deixa enganar por falsos pregadores da fé, que manipulam a Bíblia, para proveito próprio, indiferentes dos problemas que os pobres enfrentam. Com a Bíblia, a comunidade se torna madura e a consequência disso é o compromisso com a vida e a perseverança das pessoas na construção do Reino de Deus. CDC: Muitos Movimentos acabam por perecer, em algum momento de sua trajetória. Com os Círculos Bíblicos, notamos o contrário. A que se deve isso? Pe. Gilson: A Bíblia ilumina e alimenta a caminhada. Ela é o combustível do cristão. Nela encontramos a vida do povo de Deus, na sua busca por santidade e nos seus erros. De modo que, na medida em que lemos a Bíblia, passamos a compreender melhor nossos defeitos e ao mesmo tempo, somos iluminados por exemplos e lições de vida que nos ensinam a caminhar na fé. Daí, quem lê a Bíblia com fé está sempre se fortalecendo para caminhar.

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nos que fazem parte da vida de cada um. Padre Gilson salienta que a “Bíblia ilumina e alimenta a caminhada. Ela é o combustível do cristão. Nela, encontramos a vida do povo de Deus, na sua busca por santidade e nos seus erros”. O assessor também destaca que cresce, todos os dias, nas comunidades, o número de pessoas que procuram cursos de formação bíblica. Para ele, é sempre motivo de comemoração a adesão das pessoas em suas diferentes realidades.

CDC: A partir das reflexões sobre os assuntos da Bíblia é possível notar mudanças em uma comunidade? Caso seja, quais são elas? Pe. Gilson: Pontuamos as seguintes mudanças proporcionadas pela reflexão bíblica na vida das pessoas: • Engajamento maior na defesa da vida, contra a violência; • Fortalecimento da pessoa na luta contra os dramas da existência; • Facilidade maior da pessoa para lidar com dilemas espirituais e até mesmo emocionais; • Um esforço maior na busca e cultivo da paz; • Um senso crítico mais amplo da realidade e da vida a partir da fé; • Amadurecimento maior da fé. CDC: Há troca de experiências entre os estudos bíblicos realizados na diocese de Guarapuava e em outras dioceses do Estado? Pe. Gilson: Os estudos bíblicos realizados na diocese são trabalhados gradativamente em nossas comunidades. Entendo que essas experiências são capazes de influenciar outras dioceses na medida em que se tornam conhecidas. CDC: Para finalizar: qual a orientação que você daria a quem quer começar a estudar a Bíblia? Qual o ponto de partida? Pe. Gilson: A Bíblia Sagrada é a revelação de Deus ao seu povo. Em Jesus está a plenitude e o ápice da revelação de Deus. Para tanto, sugiro que comece lendo a Bíblia pelo Novo Testamento, com os Evangelhos. Só depois de ler o Novo Testamento, poderá ler o Antigo. Pois o Antigo Testamento só é levado à perfeição e completado pela revelação de Jesus, que é superior àquela (cf. Mt 5,17). Para uma compreensão maior do contexto bíblico sugiro que leia as introduções que antecedem os livros bíblicos. São comentários explicativos feitos por peritos, que ajudam a compreender o texto bíblico. Se desejar pode pedir por encomenda numa livraria católica a Bíblia de Jerusalém ou a Tradução Ecumênica da Bíblia. São edições da Bíblia ricas em notas de rodapés e introduções explicativas que ajudam a compreender o texto. Se desejar ainda, pode também procurar nas livrarias católicas livros de introdução à Bíblia. Lembremos o exemplo, do eunuco etíope, descrito no livro dos Atos dos Apóstolos, o qual ao ler a Escritura, sem entender, buscou a orientação de Felipe para compreender a Palavra de Deus. (cf. At 8,26-40).


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Decanato centro promove a XII edição da Caminhada Bíblica A procissão que percorre quase quatro quilômetros pelas ruas e avenidas de Guarapuava é em celebração ao Mês da Bíblia. Todos os anos, mais pessoas participam do encontro religioso.

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CÍRCULOS BÍBLICOS: Prioridade da diocese de Guarapuava desde sua fundação Em um texto de 1985, edição 97 do Boletim Diocesano, o primeiro bispo da diocese de Guarapuava, fazia um convite especial para que todos estudassem a Bíblia. Estudar a Bíblia é uma das tarefas mais importantes para todos, principalmente para os cristãos, em todo tempo e lugar. No Brasil, a Igreja dedica um mês exclusivamente a esta tarefa que, além de importante, deve ser prazerosa para todos os católicos. Através dos estudos bíblicos, se compreende cada vez mais a história da humanidade, com paralelos e entendimentos em relação aos dias atuais, sem deixar de lado a espiritualidade, a devoção incondicional a Deus. Desde sua instalação, em 26 de junho de 1966, a diocese de Guarapuava procura trabalhar os estudos bíblicos de forma clara e dedicada. Um exemplo disso são os Círculos Bíblicos que estão entre as prioridades da diocese e mostram resultados surpreendentes em se tratando de união, interesse e amor das pessoas por este processo de aprendizado e partilha da Palavra.

Como costuma dizer o bispo diocesano, Dom Antônio Wagner da Silva, “A Palavra tem o poder da transformação verdadeira, para melhor, em nossas comunidades, em nosso dia a dia, em cada um de nós”. E por falar em bispo, nesta oportunidade, reproduzimos aqui um texto do primeiro bispo da diocese de Guarapuava, Dom Frederico Helmel, por ocasião do Mês da Bíblia de 1985. Na ocasião, Dom Frederico convidava a todos para o conhecimento da Palavra de Deus através da Bíblia Sagrada. O texto “Palavra do Pastor” está na edição de número 97, do “Boletim Diocesano” e pode ser consultado nas dependências do Centro Diocesano de Comunicação (CDC), Edifício Nossa Senhora de Belém, Rua XV de Novembro, 7466, Centro de Guarapuava, quarto andar, sala 405.

PALAVRA DO PASTOR

Em celebração ao Mês da Bíblia, o decanato centro da diocese de Guarapuava realiza a XII edição da Caminhada Bíblica na cidade. O evento que já se tornou uma tradição na diocese será realizado no dia 09 de setembro, com saída às 15 horas em frente à Catedral Nossa Senhora de Belém, Rua Visconde de Guarapuava, 236, centro da cidade. Em oração, as pessoas percorrem o trajeto de quase quatro quilômetros, passando pelo centro da cidade, até a Avenida Aragão de Mattos Leão, às margens do Rio Cascavelzinho, local onde se situa o Bosque Bíblico Santo Arnaldo Janssen, espaço que é uma referência em se tratando de santuário e de ecologia, na cidade. Durante o percurso, haverá momentos de oração, louvor e agradecimento. Jair Golinhaki (Betinho), idealizador e coordenador do evento, destaca que a caminhada é formada por participantes de todas as paróquias do decanato centro e tem por objetivo proporcionar momentos de fé, oração, alegria e devoção num reconhecimento do poder da Palavra de Deus para com a comunidade. “É um momento de fé, de encontro, de lazer, mas principalmente, de missão. Muitas famílias participam e se unem para reconhecer a importância que tem a Palavra de Deus em todos os momentos de nossa vida”, grifa o organizador. Este ano, a caminhada discutirá sobre a Campanha da Fraternidade 2018, que aborda o tema: “Fraternidade e Superação da Violência”, fortalecendo uma reflexão mais intensa sobre a Palavra de Deus, no mês de setembro que lhe é dedicado. Cada Paróquia participante levará uma faixa com um versículo bíblico relacionado ao tema proposto. Além disso, os missionários das comunidades organizarão ônibus para levar os caminhantes até a Catedral e, ao final do encontro, fazer o translado das pessoas até suas paróquias de origem. Os organizadores pedem para que toda a comunidade participe deste momento de oração, evangelização e manifestação de fé. Mais informações pelos telefones: 3035-7933 e 99123-9887 com Betinho ou Beatriz.

No dia que receberem este Boletim, já estaremos no mês de outubro. Teremos passado, portanto, do mês da Bíblia para o mês do Rosário. Apesar disso, ou melhor, por isto mesmo, estou querendo dizer duas palavras sobre a Bíblia. Quando falamos “Mês da Bíblia”, não entendemos que no mês de setembro se deva ler a Bíblia, deixando depois está prática até o mês de setembro do próximo ano. O mês de setembro deveria ser o mês no qual começamos a aprender a ler a Bíblia para continuar depois, durante o ano todo. Às vezes, achamos difícil tirar proveito de uma leitura Bíblica prolongada. Ora, temos um meio quase que infalível para tornar esta leitura não apenas interessante, mas também, proveitosa. Centenas de “Círculos Bíblicos” nos convidam a participar e conhecer melhor esse livro tão falado e tão difícil. Sem dúvida, o início sempre terá suas dificuldades. A gente tem que forçar a porta para entrar no mundo da Bíblia! Uma vez por dentro e familiarizado com o ambiente, ele se transforma num país encantado.

Fazemos votos que os leitores de nosso Boletim Diocesano se familiarizem sempre mais com os nossos Círculos Bíblicos e comecem a conhece e viver o mundo da Bíblia, no seu próprio ambiente, às vezes, tão distante da época e do país da Bíblia. Dom Frederico Helmel Outubro de 1985

SERVIÇO O Texto-Base para o Mês da Bíblia em 2018 se propõe a auxiliar a leitura e o estudo da primeira parte literária do Livro da Sabedoria (Sb 1,1-6,21). Como objetivo principal, prevê-se que as pessoas, de forma individual, e as comunidades, em grupo, cheguem à leitura do texto bíblico, pois é perfeitamente possível que, juntando os diversos esforços e a oração, haja uma compreensão adequada. O material pode ser pedido pela editora: “Edições CNBB”, pelo site da instituição em: www.edicoescnbb.com.br ou ainda pelos telefones: 0800 940 3019 e 61 2193-3019.


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Como organismo vivo, a Igreja deve proporcionar sempre a verdadeira mudança A diocese de Guarapuava está em constante processo de mudança, pois confia que a partir de ideias renovadas, pode-se entender e fazer sempre mais pela comunidade à luz dos ensinamentos cristãos. A sociedade é movida por mudanças, por novos desafios. Como seres humanos, estamos sempre dispostos e impelidos a andar para frente, a buscar novas perspectivas, novas oportunidades. Uma vez uma tarefa concluída, é preciso começar outra, com nova visão, junto a pessoas e lugares diferentes. Não, nada pode ou deve ser visto como uma despedida, como um “até nunca mais”. Também não se pode carregar o ranço de que somos insubstituíveis, de que temos mais importâncias para aquele grupo de pessoas, para aquela comunidade, do que outro que nos sucederá. Nada disso, as mudanças resultam em crescimento para todos os lados, ou seja, para os que ficam, para os que se vão e para os que chegam. Mudanças resultam em respeito, em elevação do espírito que anseia pelo novo. Vejamos o que diz o livro de Mateus: “Ninguém põe um remendo de pano novo numa veste velha, porque arrancaria uma parte da veste e o rasgão ficaria pior. Não se coloca tampouco vinho novo em odres velhos; do contrário, os odres se rompem, o vinho se derrama e os odres se perdem. Coloca-se, porém, o vinho novo em odres novos, e assim tanto um como outro se conservam”. (Mt 9, 16-17) A Igreja, desde o princípio, é pautada por mudanças e novos desafios. Vivemos no Brasil o Ano Nacional do Laicato. Com isso há uma série de aberturas para novos olhares, para entender a Igreja como organismo vivo e que faz parte de nossa existência. Mãe que é; a Igreja tem todo o direito de chamar nossa atenção quando, por um motivo ou outro, nos desviamos do verdadeiro caminho cristão. Mais de noventa por cento da Igreja Católica diz-se dos leigos. Sendo assim, é preciso que cada um, enquanto fiel, saiba de sua verdadeira importância neste projeto que é divino e movido por mudanças, adequações e entendimentos, com o fim único de servir a Deus, sendo o exemplo vivo de seu filho Jesus Cristo.

MUDANÇAS

Como Igreja viva, a diocese de Guarapuava também está em constante mudança. Como parte deste projeto em favor do Povo de Deus, figuram também as trocas e realocações dos sacerdotes que atuam como párocos e atendem às diversas paróquias e comunidades da diocese. Dentre as mudanças ocorridas até o fechamento desta edição (29/08/2018) e as que foram confirmadas para os próximos dias, destacam-se: Padre Carlos de Oliveira Egler, deixou as funções de pároco da paróquia Nossa Senhora de Fátima, em Guarapuava, para assumir como ecônomo da diocese. Ele agora trabalha na Mitra Diocesana e não exerce a função de pároco. Em seu lugar, entrou o padre Thiago Alberto Grande, que atuava como pároco da paróquia Sant’Ana, em Pitanga. A posse de padre Thiago foi realizada no dia 10 de agosto. Por sua vez, padre Gilson José Dembinski, que trabalha como pároco na paróquia Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, em Pitanga, assume a função de pároco na paróquia Sant’Ana, na mesma cidade, no lugar de padre Thiago. A posse de padre Gilson foi marcada para o dia 17 de setembro. Padre Osmar Duarte do Nascimento, que trabalhou como pároco da paróquia São Pedro Apóstolo, em Nova Tebas, será o novo pároco da paróquia Nossa Senhora do Perpétuo Socorro (Pitanguinha), em Pitanga. Sua posse será no dia 18 de setembro, às 19h. No dia 11 de agosto, a paróquia de São João Batista, em Prudentópolis, acolheu seu novo pároco, padre Guilherme Schelbauer, da Congregação da Missão (CM). Ele assumiu os trabalhos na paróquia, no lugar do padre Joelcio Saibot, CM. Padre Guilherme trabalhava na cidade de Imbituva, que pertence à diocese de Ponta Grossa. Padre Joelcio, em cumprimento às determinações de sua congregação, mudou-se para a cidade de Campo Largo, e agora trabalha como pároco da paróquia Nossa Senhora da Anunciação, que pertence à arquidiocese de Curitiba.

Em se tratando dos padres diocesanos, as mudanças continuam: padre Adalto José Bona, que por vários anos trabalhou na paróquia Nossa Senhora do Rosário, em Rosário do Ivaí, assume a função de pároco na paróquia Divino Espírito Santo, em Pinhão. Ainda não há data marcada para sua posse. Ele ocupa o lugar de padre Valdecir Badzinski, que foi cedido pela diocese de Guarapuava para trabalhar como secretário-executivo do Regional Sul 2 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). Padre Valdecir assumiu o novo cargo em Curitiba em 27 de junho de 2018. Para Rosário do Ivaí, o bispo da diocese de Guarapuava, Dom Antônio Wagner da Silva, nomeou o padre Sebastião Pereira, que até então, trabalhava como pároco na paróquia São Sebastião, na cidade de Goioxim. A posse de padre Sebastião em Rosário do Ivaí foi marcada para o dia 30 de agosto. Para assumir as funções de pároco em Goioxim, foi nomeado o padre Sebastião Guina, que até então, colaborava na Câmara Eclesiástica, além de fazer atendimento nos hospitais e casas de saúde de Guarapuava. Padre Guina, mesmo atuando como pároco, permanecerá com os trabalhos junto à Pastoral da Saúde. Para o dia 31 de agosto, está marcada a posse do padre Agenor Batista de França, na paróquia Nossa Senhora

de Belém, em Reserva do Iguaçu. Ele assume os trabalhos no lugar de padre Elizeu Nahm, que está à disposição da diocese e poderá ser nomeado a qualquer momento para nova paróquia. Padre Erondi Alves da Silva, que até então era o pároco da paróquia Nossa Senhora Imaculada Conceição, em Palmital, passa a trabalhar em Boa Ventura de São Roque, assumindo as funções de pároco junto à paróquia São Roque. A data da posse de padre Erondi ainda não foi definida. Para a paróquia de Palmital, o bispo de Guarapuava nomeou o padre André Ricardo dos Santos Lima, que até então, trabalhava como vigário da paróquia São Pedro Apóstolo, em Nova Tebas. A posse de padre André como pároco da paróquia Nossa Senhora Imaculada Conceição, em Palmital, está marcada para o dia 07 de setembro. Depois de um período de licença de três meses, padre Acácio Evêncio de Oliveira, será o novo pároco da paróquia Imaculada Conceição, em Cantagalo. Ele assume o lugar de padre Joaquim Bernardo da Rocha. A data da posse do Pe. Acácio ainda não foi definida. Padre Joaquim é o coordenador do clero da diocese de Guarapuava e, até o momento, ainda não foi decidido em qual paróquia ele trabalhará.

“Não se põe vinho novo em odres velhos.” Mt 9, 17


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Os diversos grupos de Pastoral da Criança da diocese estão realizando o Estudo da Cartilha de Orientação Política da CNBB - Os cristãos e as eleições/2018, “Alegres por causa da esperança”.

Visando ampliar o acompanhamento de mais crianças, o decanato Pitanga preparou e enviou novos capacitadores que estarão atendendo às necessidades em suas respectivas paróquias.

ACOMPANHAMENTO NUTURICIONAL - Com esforço, alegria e muito empenho, equipes da paróquia Imaculada Conceição, de Rio Branco do Ivaí e São Luiz Gonzaga, de Guarapuava, também iniciaram capacitação para implantação desta nova metodologia. Líderes da Paróquia São Sebastião, de Goioxim, participaram da capacitação sobre Desenvolvimento Infantil. Pois ampliando o conhecimento no que envolve nosso trabalho pastoral, temos condições de cumprir melhor a nossa missão.

NHOQUE DE MANDIOCA Ingredientes: • 1 quilo de mandioca • 2 gemas • 2 colheres (sopa) de manteiga ou margarina • Sal a gosto • Farinha de trigo até dar o ponto de enrolar VISITA DOMICILIAR é uma das atividades que o líder realiza mensalmente, para conhecer melhor a situação de vida e as necessidades das famílias, reforçando laços de confiança e amizade.

Modo de Preparo: Coloque a mandioca para cozinhar com água e sal.

Amasse com o garfo. Junte os demais ingredientes, amasse e corte. Cozinhe em água fervente, ao subirem retire. Sirva em uma refratária com molho de tomate e queijo ralado.

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Coordenador do clero da diocese de Guarapuava emite nota de felicitações aos padres Padre Joaquim Bernardo da Rocha fala da importância dos sacerdotes para as comunidades. O dia do padre foi comemorado em 04 de agosto. Por ocasião do dia do padre, comemorado em 04 de agosto, o coordenador do clero da diocese de Guarapuava, padre Joaquim Bernardo da Rocha, escreveu uma nota falando da dedicação e do amor pelo sacerdócio. “Os doentes que você visitou, as crianças que você batizou; muitas delas veem em você esse sinal paterno de Deus. Por isso, essas crianças te abraçam,

Momento com Maria Por Arlete Bini

te beijam, te trazem presentes, embora simples”, escreve padre Joaquim em um trecho do seu texto de felicitações pelos sacerdotes. Atualmente, a diocese de Guarapuava conta com os serviços de 104 sacerdotes, entre diocesanos e de congregações e um diácono permanente. Leia o texto de padre Joaquim na íntegra:

Maria, uma mulher vocacionada Ser leigo é aceitar e também querer. Eu te convido, neste instante a se inspirar em Maria Santíssima e dizer um sim a este chamado, um sim à vida. Precisamos dizer todos juntos para que nossas vozes ecoem pelo mundo: Sim, eu quero!

Agradecimento aos padres de nossa diocese Padres, parabéns pelo seu dia! Dia este em que trouxe lembrança da data em que você deitou de bruços diante do altar do Senhor, com o povo de Deus em volta, rezando por você, que naquele instante estava dando o seu sim a Deus em prol dos seus filhos. Isso já faz anos, talvez 30, 40, 50, 60, 10, 5, 1 ou mais anos. Esse “sim” perdurou até hoje porque foi dado com o amor que envolveu a sua existência aqui na terra. Mas seu sim valeu a pena porque continua se repetindo todos os dias de tua vida na doação. Parabéns, padres de nossa querida diocese de Guarapuava! Seja você religioso ou diocesano, saiba que doou a sua vida pelo reino de Deus, como um pastor que tem o “cheiro do rebanho”, mas que leva com teu exemplo e testemunho e o odor do Cristo bom pastor, se colocando ao lado do povo sofrido que trás, em suas vidas as chagas de Jesus. Você que sofre junto com o povo, que visita os doentes... Lá na comunidade que Deus te confiou, pode ter certeza, irmão, que o povo sabe que tem um padre que espelha ou transmite a paternidade de Deus, porque você leva até as pessoas a suavidade da misericórdia expressada com amor em tudo aquilo que realiza em sua paróquia, ensinando através da Palavra e da Eucaristia. Tudo isso você faz, caro irmão, com o objetivo de levar a todos a sua união com o Pai através de Cristo vivo. Deus os abençoe por esse trabalho maravilhoso em nossa diocese. Vocês, padres, foram e sempre serão essa ponte, esse canal das graças de Deus até seus filhos. Vocês, padres, que foram chamados a pastorear as ovelhas do Senhor e deram suas vidas sem titubear, deixando tudo, assim como os primeiros discípulos, podem ter certeza que os teus exemplos, de certa forma, falam das maravilhas que Deus fez em suas vidas. Padres, irmãos, vocês não apenas anunciam dogmas, mas sim, testemunham as maravilhas que Deus realizou em suas vidas. Com o coração pleno de alegria, neste momento especial, os padres analisam a caminhada e, do fundo do coração, dizem obrigado ao Senhor. Sim, os padres entendem e têm a certeza de que valeu a pena ser sacerdote. Obrigado, Senhor, que por mim fez grandes coisas. Padre, você é um gerador de filhos espirituais para um Deus vivo e misericordioso. Com seu trabalho missionário no dia a dia, você é o anúncio vivo de um Cristo latente e cheio de amor. Você, padre, é um PAI com letras maiúsculas. Talvez você não tenha percebido isso ao longo da tua vida, devido à dedicação que dispensa à comunidade. No entanto, o povo por onde você andou em

missão, te carrega no coração. Por isso, quando nós partimos para a eternidade, as pessoas procuram repousar nossos corpos lá, no cantinho da igreja, sepultando-nos num sono eterno, porque é uma forma que encontram de dizer que você, como padre, “está sempre em nossos corações e que não queremos, jamais, te esquecer”. Os doentes que você visitou, as crianças que batizou veem em ti esse sinal paterno de Deus. Por isso, não raro presenciamos cenas maravilhosas de crianças de cinco aninhos, por exemplo, te beijando e te oferecendo presentes em forma de agradecimento por tudo o que representa para ela, para sua família, para a comunidade. Eu, aqui, cito um fato ocorrido dia destes: Uma criança de cinco anos, mandou uma mensagem de celular para a mãe que é professora e, naquele momento, estava em sala de aula. “Mãe, passa no mercado e compra um presente para o padre”, sugeriu a criança. A mãe, em tom descontraído, conhecendo muito bem o filho, pergunta: “Por que você quer dar um presente ao padre? Você nem sabe do que ele gosta!”. Sem perder a candura que é nata em todas as crianças, o filho respondeu: “Mãe, o que sei é que ele é meu amigo e que gosta de mim. Talvez ele nem use o presente, mas vai ver que eu também gosto dele. Traz logo o presente e chega de perguntas”, finaliza a criança. Irmãos padres: os presentes que ganhamos ao longo de nossa caminhada, trazem valores incalculáveis, pois são dados de coração, com amor. Esta é uma forma concreta que as pessoas das comunidades encontram para dizer: “Eu te amo”. Parabéns, padres! Fomos escolhidos para semear a bondade e o amor que contagia. Agora, você pode estar com os cabelos brancos, ou talvez nem os tenha mais, mas isso não importa. Você, irmão sacerdote, gastou sua vida dizendo sim. Quando jovem, ainda confuso, como o profeta Isaías, você não relutou em prontamente dizer: “aqui estou, envia-me”. E aqui, estamos nós. Somos padres. Amém! Abraços fraternos do padre Joaquim Bernardo da Rocha.

Vivemos o Ano Nacional do Laicato e também o Mês da Bíblia. Setembro é um mês propício à reflexão da Palavra. Como leigos, temos muitas responsabilidades para com a Igreja, embora, na maioria das vezes não nos damos conta disso. O leigo é a força viva das comunidades e, em muitos momentos, ele se faz presente com seu carisma e devoção, no auxílio mútuo aos sacerdotes. Portanto, como leigos, somos convocados a viver o apostolado e o amor de Deus, espalhando ensinamentos e aprendendo cada vez mais com a vivência das pessoas à nossa volta. Viver é por si só, uma missão, um dom, um dos mais belos apostolados. Neste espaço dedicado à Maria, não podemos esquecer de que ela foi a primeira leiga da Igreja. Sim, Maria aceitou a tarefa de gerar Jesus Cristo, sem levar em conta as chacotas, retaliações e julgamentos, principalmente em uma época obscura, onde quase nenhum valor se dava à vida humana, sobretudo, às mulheres que eram escravizadas, feridas, abandonadas. Hoje, nós, leigos, devemos nos inspirar em Maria para seguir em frente com nossa tarefa e compromisso de sermos a verdadeira Igreja em saída como pede o Papa Francisco. Divulgar a boa nova é necessário e não podemos nos furtar de fazê-lo em qualquer tempo e lugar. Com amor, lancemos mãos dos recursos que estão ao nosso alcance para que a Palavra seja disseminada, semeada, espalhada e também acolhida, como fez Maria, ao saber que em seu ventre, carregava Jesus Cristo, filho de Deus. O batismo nos convida a sermos leigos comprometidos com todos. Pelo batismo, somos conduzidos ao trabalho que não é fácil, mas muito prazeroso, que é o de servir e, todos os dias, ser Igreja viva nesta caminhada que precisa ser trilhada com amor, paciência e, sobretudo, com compromisso com a verdade e a fraternidade. Leigos precisam assumir seu lugar de destaque na Igreja e também na sociedade. Esta é uma orientação do Concílio Vaticano II e que se amplia em nossos dias, com a necessidade de se evangelizar para além dos muros dos templos, como pede o Papa Francisco. O tema do Ano Nacional do Laicato “Cristãos leigos e leigas na Igreja e na sociedade”; com base no Documento 105, da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), proporciona uma verdadeira injeção de ânimo em cada um de nós que por vezes, nos sentimos desmotivados e até inspirados a deixar de lado esta missão importantíssima que é levar adiante a Palavra de Deus através de nossas experiências e ações. Portanto, convido a todos para que, inspirados pelo amor de Maria, a primeira leiga da história da Igreja, juntos possamos rezar e pedir com muito amor e fé, para que as vocações sejam despertadas. Para que isso ocorra, é necessário que os leigos se mostrem responsáveis pela construção e andamento da Igreja e, cada vez mais, se sintam motivados a seguir os caminhos de Jesus Cristo que teve sua vida terrena gerada por uma leiga, Nossa Senhora. Ser leigo é aceitar e também querer. Eu te convido, neste instante a se inspirar em Maria Santíssima e dizer um sim a este chamado, um sim à vida. Precisamos dizer todos juntos para que nossas vozes ecoem pelo mundo: Sim, eu quero!


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Educar é uma tarefa que tem começo e não tem fim para os pais O professor Luiz Marins falou sobre os desafios na educação dos filhos no contexto atual. O São Paulo: Como tornar o aluno “conectado” em um aliado no aprendizado da matéria e não apenas limitá-lo no uso do celular dentro da sala de aula? Luiz Marins: O professor e a escola não têm mais o monopólio do saber, menos ainda da informação. Escola, professores e alunos, devem, juntos, buscar o conhecimento, discutir, aprender a pensar, a desenvolver uma consciência crítica sobre a informação e, principalmente, alicerçar o conhecimento e a própria vida em valores permanentes que farão com que aquela criança e aquele jovem possam ser pessoas que contribuam para a construção de um mundo melhor, mais ético, mais humano, menos injusto.

Em entrevista ao O São Paulo, o professor Luiz Marins falou sobre os desafios na educação dos filhos no contexto atual, tema da palestra “Filhos: Educar, Delegar ou Abdicar?”, ministrada por ele no Colégio Catamarã, em São Paulo, no dia 22 de agosto. Luiz Marins é professor da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), ex-professor da Faculdade de Tecnologia de São Paulo (FATEC-SP) e Professor Convidado em cursos de pós-graduação em universidades no Brasil e no exterior. É Presidente da Fundação Luiz Almeida Marins Filho, que realiza projetos comunitários tendo como foco ensinar a aprender. O projeto conta com a participação de mais de 25 mil crianças em escolas públicas. Leia a entrevista: O São Paulo: Quais são os principais desafios e oportunidades no processo educativo dos filhos atualmente? Luiz Marins: A sociedade atual é espantosamente dinâmica, instável e evolutiva. A velocidade e a universalidade das informações fazem com que seja um desafio educar os filhos a terem domínio da vontade, a escolher e focar nas coisas essenciais e não nas acidentais e saber selecionar, sintetizar, discernir e distinguir. Para isso, temos de saber o que queremos para nós próprios como pais, e, em seguida, para nossos filhos, e transmitir a eles, pelo diálogo permanente e principalmente pelo nosso exemplo e coerência de vida, uma educação alicerçada em valores permanentes e não transitórios, com base em princípios elevados de ética e civilidade.

Por isso, a educação alicerçada em valores permanentes, moral e eticamente construída, é essencial. Os pais devem ter em mente que sua missão é formar uma pessoa para ter sucesso, mas lembrar de que “sucesso” não é ser uma pessoa rica e famosa, mas, sim, uma pessoa de bem.

O São Paulo: Tua palestra no Colégio Catamarã (22/8) tem o título “Filhos: educar, delegar ou abdicar?” como você aborda esse tema? Luiz Marins: Educar tem sua origem etimológica em ex-ducere que significa extrair do educando seu potencial de líder. Essa é uma tarefa que tem começo e que não tem fim para os pais. Os pais podem e devem delegar parte desse processo para a escola, para a empresa, para a sociedade, mas jamais poderão abdicar. Delegação exige total participação daquele que delega para garantir que os objetivos sejam atingidos. Abdicar significa desistir, entregar totalmente a outro uma tarefa. Vejo hoje que muitos pais confundem delegar com abdicar. Muitos pais querem terceirizar a educação de seus filhos de forma totalmente abdicada e quem abdicar o indelegável sempre pagará muito caro por seu erro.

O São Paulo: Muito se tem falado dos millennials (geração y). Como os pais podem entender mais o jeito de ser e a cabeça dos filhos? Luiz Marins: Essa é a “Geração C” (conectada). Por ter sido superprotegida pelos pais, apesar de trabalharem bem com novas tecnologias, é uma geração muito insegura e com medo. Esses jovens foram “vacinados” pelos pais contra problemas e dificuldades e, portanto, não desenvolveram a resiliência. Têm medo do trabalho, do casamento, das relações permanentes e duradouras. Querem viajar, experimentar e acreditam poder viver como eternos adolescentes, o que no fundo sabem ser impossível.

O São Paulo: Nesse contexto, como ser um melhor pai, uma melhor mãe? Luiz Marins: Participar, ativamente. Dar exemplo de coerência de vida. Ser pai ou mãe não é tarefa de meio período, de meia responsabilidade. Com a aceleração da informação e do processo de mudança científica e tecnológica, os pais devem proporcionar aos filhos ferramentas que os farão ter sucesso em qualquer profissão, em qualquer lugar do mundo e em qualquer cultura ou nacionalidade.

O São Paulo: Quais são os métodos mais adequados e eficazes para pôr limite nos filhos? Luiz Marins: O exemplo. O que os filhos mais odeiam é a incoerência entre o discurso e a prática dos pais. Primeiro, os pais precisam decidir qual é o seu próprio conjunto de crenças e valores e viver isso no cotidiano, no dia a dia, sem falsidade e discursos vãos. Depois, o diálogo franco, aberto, afetivo e com autoridade (que vem de augere = fazer crescer) fará o resto.

Os pais erraram ao superproteger os filhos. Foram sempre muito permissivos e, hoje, os jovens os criticam por sentirem-se despreparados e inseguros para enfrentar o mundo fora de casa, a vida real. O São Paulo: O que se pode fazer para que o uso de smartphones, vídeo games e outros recursos digitais não prejudiquem a convivência entre pais e filhos? Luiz Marins: Esses produtos da tecnologia não são ruins ou bons em si. São como uma faca, que posso usar para descascar uma laranja ou ferir outra pessoa. Pais que dialogam, que educam verdadeiramente e não abdicam da educação, saberão usar as tecnologias de forma positiva na educação de seus filhos, pois são ferramentas espetaculares para a formação, aprendizagem, diálogo e autoconhecimento. O que assisto são tentativas inúteis de proibir e querer que os filhos pensem e ajam como adultos no uso dessas tecnologias. Esses jovens são “nativos digitais” – já nasceram com um mouse na mão –, e os pais são “imigrantes digitais” com um horrível “sotaque” ao usar novas tecnologias porque nasceram no tempo da televisão, das revistas e jornais impressos. Como é uma geração conectada, que vive e trabalha em rede, se os pais não entenderem isso, estarão falando para as paredes e o gap geracional aumentará todos os dias.

“Muitos pais querem terceirizar a educação de seus filhos de forma totalmente abdicada...” Prof. Luiz Marins

O São Paulo: No Brasil e em outros países, o número de adolescentes com depressão cresce. Como especialista em educação e motivação, você acredita que existe alguma relação desse aumento da depressão com a educação dos filhos? Luiz Marins: Claro que sim. O problema é que esses jovens não veem sentido na vida. A família não é mais um lugar de alegria, felicidade e paz. Pais e mães, exaustos de tanto trabalhar, mais discutem e competem do que formam um lar alegre. Os pais dizem lutar para que os filhos tenham sucesso. Mas sucesso para eles é que os filhos sejam “bem-sucedidos” materialmente. A depressão e o suicídio entre jovens são falta de um propósito para viver. Para eles não vale a pena viver a vida de seus pais, isso sem contar a corrupção, as mazelas da sociedade, as mentiras por toda a parte. Vale a pena? É esse o questionamento que fazem. Essa nova geração não quer a vida de seus pais. Ela quer uma vida com sentimento de missão e propósito. E nós não temos sido capazes de oferecer isso a ela. O São Paulo: Como você enxerga a relação entre pais e filhos nos próximos 10 anos? Como devemos nos preparar para essa nova realidade? Luiz Marins: A educação irá retornar às suas origens filosóficas. Os pais compreenderão que precisam exercer, sem medo, a sua autoridade, para construir pessoas de bem e não só efemeramente felizes. Pessoas que sejam livres pela autodisciplina, pela clareza de propósitos, pelo servir, pela ética, pela coerência entre o que pensam, o que dizem e o que fazem. Pessoas que façam bom uso dos bens materiais sem serem escravizados por eles e que consigam ver que a verdadeira felicidade está realmente no amor cristão, livre e consciente e que, portanto, equilibradas mental e emocionalmente, sejam roteiristas de sua própria história. O São Paulo


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Dom Mauro Aparecido dos Santos concede entrevista sobre a Cartilha de Orientação Política “Os leigos e leigas ainda não sabem a força que têm. Eles parecem, muitas vezes, um elefante amarrado numa estaca. O documento 105 quer mostrar essa força. Devem ser os protagonistas, os sujeitos. [...]”, sublinha do Mauro. Sul 2: O slogan antigo e atual: “Voto não tem preço, tem consequência”. O que se pode dizer sobre os cidadãos que continuam vendendo seu voto? Dom Mauro: De fato, repetimos este slogan em muitos ambientes. Na prática há pessoas que falam sobre a moralidade e a corrupção, mas essas mesmas pessoas vão aos candidatos pedir emprego. Precisamos crescer na consciência que para ser um servidor público precisa prestar concurso e ter conhecimento técnico. O cidadão deve criticar os cabides de empregos nas prefeituras, governo do estado e federal. Muitos dos impostos são gastos para manter os “chupins” que não estão fazendo nada, apenas recebendo salário e sem condições de trabalhar em prol do bem comum. O cristão leigo não deve pedir emprego e nem favor, mas exigir seus direitos e cumprir com os seus deveres.

Dom Mauro Aparecido dos Santos, arcebispo metropolitano de Cascavel e atual presidente do Regional Sul 2 da CNBB, concedeu entrevista exclusiva, através do jornalista padre Judinei Vanzeto, colaborador das revistas Catedral e Rainha dos Apóstolos, sobre a “Cartilha de Orientação Política: Os cristãos e as Eleições 2018”. Confira a entrevista: Sul 2: Dom Mauro, qual a sua análise sociopolítica brasileira? Dom Mauro: Não estamos sendo protagonistas da nossa caminhada e destino político. Deixamo-nos levar pelos meios de comunicação social, principalmente, do exterior e das grandes multinacionais. Não somos livres para decidir o nosso destino, pois somos influenciados pelas falsas informações que nos induzem ao erro. Os direitos dos cidadãos brasileiros não estão sendo respeitados. Nossos representantes estão surdos e mudos. Querem incutir em nós uma política econômica excludente, ditada pelo poder econômico internacional. Não estamos tendo liberdade econômica, social e política. Se não acordarmos para essa realidade, o que conseguimos com a Constituição Federal de 1988; podemos perder tudo e depois vêm a miséria, a violência e a injustiça imperar em nosso meio. Sul 2: A Igreja sempre procurou dar sua contribuição a partir de encíclicas sociais? Dom Mauro: Desde a Rerum Novarum (Das Coisas Novas - encíclica escrita pelo Papa Leão XIII, em 15 de maio de 1891), a Igreja vem propondo ensinamento político, social e econômico e, por causa disso sempre foi muito criticada. Porém, procura não ser a protagonista da política, mas quando percebe que seus membros, bem como o povo de um país estão sendo deixados de lado, procura, então, dar orientações. No entanto alguns grupos de pessoas atingidas não aceitam as observações. Como esses grupos têm a força econômica, da política e da comunicação, criticam a Igreja, mas esta não pode ter medo das críticas, porque Jesus, sendo nosso Mestre, foi pregado numa cruz, porque quis que os excluídos fossem incluídos e pudessem fazer parte da sociedade. Sul 2: O Regional Sul 2 produziu um subsídio para o entendimento de questões éticas políticas. Como foi a construção desse subsídio e qual o seu objetivo? Dom Mauro: O Regional Sul 2 sempre teve essa criatividade, sobretudo, a partir das últimas eleições produziu cartilhas. Numa reunião do Conselho Permanente da CNBB, o secretário geral, Dom Leonardo Steiner, pediu para que o nosso Regional estivesse à frente de uma que saísse em nome da CNBB Nacional. Aceitamos o desafio e conversamos com os assessores da CNBB Nacional e profissionais que entendem de legislação política, como, por exemplo, advogados e pessoas ligadas ao Tribunal Regional Eleitoral. Passamos a nos reunir em Curitiba e lá elaboramos um texto base que foi apresentado numa reunião do Conselho Permanente. Na Assembleia Geral da CNBB apresentamos uma ideia da “Cartilha de Orientação Política: Os cristãos e as eleições 2018”. Depois de pronta, diversos

regionais começaram a solicitá-la. Já temos mais de 500 mil exemplares chegando a todo o Brasil. Nosso objetivo é fazer com que o cidadão tome consciência e atenda as palavras do Papa Francisco sobre o engajamento na política. O desejo é ajudar a refletir como escolher e eleger um bom candidato. Como não se omitir e cruzar os braços, porque da política dependem o salário, o emprego, a saúde, os preços dos alimentos e mercadorias em geral. Tudo isso envolve política e nós não podemos achar que política é coisa suja, algo de ladrão. Política faz parte do ser cidadão e quando ele se omite, abre espaço para os profissionais da política. Sul 2: A CNBB sempre esteve atenta para a orientação dos fiéis. Qual a novidade da Cartilha? Dom Mauro: Muitas pessoas estão tão desanimadas com a política e não querem mais votar. Querem anular o voto ou votar em branco. Então, a cartilha vem mostrar que se eu votar em branco, anular ou deixar de votar, estou colaborando para com aqueles profissionais do voto, que continuem ganhando as eleições. Porque os fiéis desses candidatos podem chover até canivetes, irão votar. E esses candidatos com poucos votos conseguem se reeleger devido a nossa omissão. Sabemos que votos brancos ou nulos não valem e não anula eleição como dizem alguns fakes news que se espalham por aí. Ficam dizendo que se votar em branco e atingir mais que 50%, a eleição será anulada e os candidatos não poderão mais se candidatar. Isso é mentira. Voto branco ou nulo não conta como votos válidos. Por isso, as pessoas querem que você pense dessa forma porque os espertalhões da política têm seus eleitores no cabresteados. Sul 2: O Documento 105 da CNBB trata sobre os leigos e leigas: “Sal da terra e luz do mundo”. Ele aponta para a necessidade da formação, espiritualidade e acompanhamento daqueles que tem aptidão para atuar na política. Na prática, como isso acontece? Dom Mauro: Os leigos e leigas ainda não sabem a força que têm. Eles parecem, muitas vezes, um elefante amarrado numa estaca. O documento 105 quer mostrar essa força. Devem ser os protagonistas, os sujeitos. Não só na política partidária, mas na política brasileira como um todo, onde ocupam muitos espaços. Precisam assumir a Palavra de Deus e exigir que as coisas sejam transparentes, honestas, ocupar o seu espaço na sociedade. Se eu não ocupo o meu espaço, com certeza outros ocuparão. Alguns assumem tantos espaços que ficaram vazios e agem como ditadores. Isso não é democracia. Estamos acostumados a viver de favores. Chegamos até a agradecer o servidor público que atendeu bem. Atender bem é um dever do servidor nas esferas: municipal, estadual ou federal. Servidor público, no próprio nome, é aquele que está a serviço. Servidor público, candidato ou político que faz favor comete um crime. Porque toda sua ação deve estar dentro da lei. Fora da lei não tem privilégio, não tem favor.

Sul 2: Além de votar, o cidadão precisa acompanhar o eleito, mas não o faz. Como mudar essa realidade? Dom Mauro: Primeiro, votar em candidato que tem cheiro do povo. Os eleitores devem perguntar o que ele está fazendo, fiscalizando. Escutamos dos eleitos: “Trouxe verba para isso e para aquilo”. Trazer verbas não é missão de um legislador. Sua missão é fiscalizar o executivo e o judiciário. Estamos, porém, vendo o Supremo Tribunal Federal legislando. Isso é um passo antidemocrático. Muitos agem como se fossem deuses, tomam decisões e o povo tem que engolir. Isso é omissão do nosso legislativo. Lembro o ditado: “Não existe prefeito, governador ou presidente corrupto. O que existe é o poder executivo e legislativo corrupto”. O executivo tem a chave do cofre e legislativo o segredo. Esse cofre só abre com anuência dos dois poderes. Nós eleitores precisamos exigir fiscalização dos desvios de verbas, para que o dinheiro do povo, arrecadado através dos impostos, seja revertido em seu benefício. Sul 2: Onde adquirir a Cartilha e qual a sua orientação? Dom Mauro: A cartilha pode ser adquirida em todas as paróquias ou diretamente na CNBB Sul 2 pelos telefones (41) 3224 7512 ou e-mail: secretaria@cnbbs2.org.br. O mais importante não é adquiri-la, mas refletir seu conteúdo. Não ter medo e nem vergonha de apoiar um candidato. Fui a todos os decanatos (da arquidiocese de Cascavel) explicar a cartilha e percebi que em um ou outro ainda há a preocupação: “Será que a Igreja não está se intrometendo no ambiente que não é dela?” Mas quando essas pessoas começam ouvir o bispo se questionam: “Se o bispo está falando, então porque nós também não temos coragem de começar a discutir sobre o assunto?”. Nós sabemos que não é Brasília a culpada. Quando vou à reunião do Conselho Permanente, em Brasília; quantas vezes eu escutei: “Aqui em Brasília está a sujeira do Brasil”. Os brasilienses não aceitam. E dizem: “Quem manda essa sujeira são vocês”. Eles veem de todos os lugares do Brasil. Que essa cartilha seja discutida na base. O voto acontece no município e é ali que moram as pessoas. Sul 2: Ainda gostaria de dizer algo que não foi perguntado? Dom Mauro: Não podemos deixar a polarização tomar conta. Há algum tempo, víamos uma polarização muito forte em nossa região. Os “pães com mortadela” e os “coxinhas”. Um brigando com o outro. Nisso quem sofre é o povo, os mais desprotegidos. Em Angola tem um ditado: “Quando dois elefantes brigam, quem sofre é a grama”. Acontece muito em nossa região essa bipolarização. Também vemos agora outro tipo de bipolarização política: quem é corrupto e o não corrupto. Temos que observar se a pessoa tem condições de administrar em prol do bem comum, de ouvir quem pensa diferente. A ditadura de pensamento não é democrática. Nem alguém que acha que tem poder e manda. Nós achamos que não temos poder e obedecemos. O nosso poder é igual ao de todos: o voto! Votar bem e analisar se o candidato sabe o porquê e para quê será eleito. Depois ele não pode fazer coisas absurdas e esquecer-se do povo que o elegeu. O povo é o tesouro de um país. O tesouro não é uma economia boa, mas o povo ter o que comer. Ter trabalho digno e o pão de cada dia com o suor de seu rosto. Não adianta dizer que o Brasil é um país rico, quando o povo é pobre, passa fome e morre. Entrevista concedida no dia 02 de agosto de 2018 ao jornalista padre Judinei Vanzeto, SAC, especial para o Regional Sul 2 da CNBB


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LUTO: Morre em Guarapuava Sueli Marcante Alexius

Catequista, ministra da Eucaristia, madrinha do Seminário Nossa Senhora de Belém e atuante nas pastorais, Sueli deixa um legado de muito trabalho e dedicação junto à Igreja de Guarapuava. A diocese de Guarapuava, com pesar, comunica o falecimento de Sueli Marcante Alexius, ocorrido na manhã de 22 de agosto, no hospital São Vicente de Paulo, em Guarapuava. Segundo informações não oficiais, Sueli foi vítima de um Acidente Vascular Cerebral (AVC) e não resistiu. Ela, no entanto, há um longo tempo, sofria de um problema na perna e estava internada há vários dias. Seu corpo foi velado na Capela do Sistema Pax Cristo Rei, Rua Andrade Neves, 1717, Bairro Trianon. Às 16h, do dia 22 de agosto, foi celebrada uma missa de corpo presente na Catedral Nossa Senhora de Belém. Seu sepultamento ocorreu em seguinda, às 17 horas, no Cemitério Municipal.

Dicas de Leitura

da Biblioteca Diocesana Nossa Senhora de Belém EDIFÍCIO NOSSA SENHORA DE BELÉM RUA XV DE NOVEMBRO 7466 - CENTRO - GUARAPUAVA (42) 3626-4348 - Ramal 208

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VIDA

Sueli era muito conhecida na cidade de Guarapuava por seus trabalhos desenvolvidos junto à Igreja. Ela atuava na Catedral Nossa Senhora de Belém como ministra da Eucaristia, mas tinha muito envolvimento com diversos trabalhos voluntários, com destaque para a Catequese e Pastoral Social. Dedicada às vocações, Sueli também era madrinha do Seminário Nossa Senhora de Belém. “Sempre vou me lembrar da Sueli como uma pessoa muito alegre, divertida e pronta para ajudar a todos. Hoje é um dia muito triste para mim, pois uma amiga de muitos anos foi embora. Mas tenho certeza que de junto de Deus, ela estará olhando por sua família e por nós e sorrindo, como sempre fazia”, disse Maria Aparecida Karsten Tratz (Cida), integrante da Pastoral Social e amiga de Sueli. Dom Antônio Wagner da Silva, bispo da diocese de Guarapuava, emitiu nota de pesar pelo falecimento de Sueli. Conforme Dom Wagner, a páscoa é um processo que faz parte da existência humana e que precisa ser acolhido por todos com alegria. “Nós não perdemos uma pessoa quando temos a certeza de que ela está do lado do Pai. Sueli estará em minhas orações sempre. Embora tristes neste momento, precisamos levantar a cabeça e pensar em tantas coisas bonitas e importantes que ela realizou

e que ficarão para sempre. Nós, enquanto Igreja; temos muito a lhe agradecer por tanta doação em favor dos que mais precisavam em nossa comunidade. Que sua alma repouse em paz”, destacou Dom Wagner. Em nota, o pároco da Catedral Nossa Senhora de Belém, padre Jean Patrik Soares, lamentou a morte de Sueli e disse que rezará por sua alma. “Lamentamos profundamente o falecimento da senhora Sueli Alexius, devota de Nossa Senhora de Belém, catequista por muitos anos em nossa comunidade e por seu incansável trabalho em prol das vocações, dedicando-se com afinco ao Seminário Diocesano Nossa Senhora de Belém. Aos familiares nossos sentimentos!”, escreveu padre Jean. Sueli nasceu no dia 08 de março de 1943. Ela era viúva e deixa cinco filhos.

Santo Inácio de Loyola: o jesuíta apaixonado por Deus Na celebração da memória do fundador da Companhia de Jesus, se recorda a figura de Santo Inácio, o seu carisma e a grande atualidade dos Exercícios Espirituais. “Como Santo Inácio de Loyola, coloquemo-nos ao serviço do próximo”, esta é a essência da mensagem que Papa Francisco, o primeiro Pontífice jesuíta, escreveu no seu twitter, um ano atrás. O fundador da Companhia de Jesus era um homem que, antes do encontro com Cristo, amava o poder e a vida mundana, mas depois, com dedicação, estudo e ouvindo a Palavra de Deus entregou-se à sua vontade.

ESTILO JESUÍTA

“O estilo do jesuíta faz com que cada um se especialize no âmbito ao qual é chamado - acrescenta o religioso - por isso nos dedicamos à nova evangelização, aos desafios do saber atual, mas também aos migrantes que representam a emergência dos nossos tempos”. O Centro Astalli (Serviço dos Jesuítas para os Refugiados) que se encontra próximo da Igreja de Jesus em Roma, é uma das muitas respostas postas em campo pelos jesuítas, mais de 17 mil presenças em 100 nações do mundo.

Livro: Não deixeis que vos roubem a Esperança Autor: Papa Francisco Editora: Paulus Não enterreis os talentos! Apostai em grandes ideais, aqueles ideais que dilatam o coração, aqueles ideais de serviço que fecundam vossos talentos. A vida não nos é dada para que a conservemos zelosamente para nós mesmos, mas nos é dada para que a doemos. Caros jovens: tende ânimo grande! Não tenhais medo de sonhar coisas grandes! Livro: Eu vi o Senhor! Autora: Luzia Santiago Editora: Loyola Este é um livro “semente” que fecundará muitos corações, porque fala de vida. Nele, Luzia Santiago abre o seu coração e compartilha conosco a experiência do encontro com o Senhor. O Papa Francisco considera que o primeiro encontro com Jesus é aquele que causa uma mudança na vida. A graça do encontro pessoal com Jesus nos faz redescobrir os privilégios de sermos membros de uma Igreja viva, como os ramos na videira. Filme: Não tenham Medo - A vida de João Paulo II Distribuidora: Paulinas O filme narra a trajetória de uma das personalidades mais importantes do século XX, João Paulo II. Com força de vontade férrea, preparou a humanidade para a chegada ao século XXI. É a história de um homem destemido que encorajou o mundo, convidando-o a “não ter medo”. Medo dos desafios da fé, das ideologias, das próprias fragilidades e mesmo, da morte.

OBEDIÊNCIA E LIBERDADE DO CORAÇÃO

Em Roma, na Igreja de Jesus, onde se encontra o túmulo de Santo Inácio, o padre Jean Paul Hernandez o descreve como “um homem que dá preferência ao processo e a dinâmica”, “em saída” como Papa Francisco gosta de afirmar. “O centro do carisma do jesuíta afirma - é a obediência que é a liberdade do coração. O jesuíta é um homem entregue a Deus que aplica um estilo: analisa a realidade na qual se encontra, aprofunda-a, reza e faz o discernimento”. Neste processo são fundamentais os Exercícios Espirituais, codificados na metade do século XVI, ainda hoje de grande atualidade. “Praticado não só pelos religiosos - explica padre Hernandez - mas também pelos leigos que se inspiram na espiritualidade inaciana e pelos irmãos ortodoxos”.

Livro: O Poder do Entusiasmo Autor: Norman Vincent Peale Editora: Cultrix Em O Poder do Entusiasmo, o autor de O Poder do Pensamento Positivo ensina uma fórmula que considera mágica para o sucesso. Ele ressalta que os resultados foram comprovados na prática, mostrando como o entusiasmo desenvolve e mantém a capacidade de decisão que possibilita superar os temor.

SANTO INÁCIO

Nasceu em Azpeitia, região basca ao norte da Espanha, em 1491 e faleceu em Roma em 1556. Caçula de 13 irmãos; era destinado à vida sacerdotal, mas o seu desejo era a carreira militar. Foi a Castilha onde recebeu esmerada formação tornando-se exímio cavaleiro na corte do ministro do rei Fernando II de Aragão, o Católico. Ferido em batalha em 1520, foi obrigado a uma longa convalescença no Castelo de Loyola, como não havia livros de Cavalarias - seus preferidos - Inácio começou a ler, com relutância, textos religiosos que o fizeram encontrar a Deus. Um momento que mudou a sua vida, levando-o mais tarde a fundar a Companhia de Jesus aprovada pelo Papa Paulo III em 1538. Por obediência ao Pontífice, Inácio permaneceu em Roma para coordenar as atividades da Companhia e para se dedicar aos pobres, aos órfãos e os doentes, a ponto de ser chamado de “apóstolo de Roma”. Seus restos mortais estão conservados na Igreja de Jesus. Vatican News


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Diocese de Guarapuava

Setembro - 2018


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