Boletim Diocesano. Edição 471. Guarapuava.

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Diocese de Guarapuava

Boletim Diocesano • Edição 471 • Outubro de 2018 • www.diopuava.org.br • Compartilhe: #diopuava

Enviados para testemunhar o Evangelho da paz ”Vós sois todos irmãos” Mt 23, 8

Campanha Missionária 2018 quer reforçar a necessidade da

superação da violência

Cuide do meio ambiente. Não jogue este jornal em vias públicas, não queime e recicle sempre!

Páginas 22 e 23

Catedral Nossa Senhora de Belém

Está chegando o momento de celebrar os 200 anos da paróquia mais antiga da região. Páginas 24 e 25


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Diocese de Guarapuava

Outubro - 2018

Editorial OUTUBRO: tempo de missão e de discernimento Na diocese de Guarapuava, vivemos um momento muito importante e alegre. No próximo dia 11 de novembro, a Catedral Nossa Senhora de Belém, completa seus duzentos anos de fundação.

Voz do Pastor Por Dom Antônio Wagner da Silva Bispo de Guarapuava

Preparando 2019 O Papa Francisco convocou um MÊS MISSIONÁRIO EXTRAORDINÁRIO para outubro de 2019, com o objetivo de “alimentar o ardor da atividade evangelizadora da Igreja”. É hora de começar o planejamento de 2019. Entre tantos planos e compromissos a agendar, destaco quatro grandes eventos que deverão informar toda a nossa ação evangelizadora, durante o ano de 2019. Primeiro: - A Romaria Diocesana ao Santuário Nossa Senhora do Rosário do Rocio – Rainha e Padroeira do Paraná. Será no dia 19 de maio. Vamos empenhar todas as paróquias, todos os decanatos, a diocese inteira. Esta Romaria acontece a cada 02 (dois) anos. Envolvem, em datas diversas, todas as dioceses do Paraná – Regional Sul 2 da CNBB e neste ano em especial a Pastoral Juvenil do Regional. Desde já nos empenharemos no planejamento e organização da mesma. O segundo e o terceiro eventos acontecerão em outubro de 2019. Propostos pelo Papa Francisco, envolvem o mundo todo e o Brasil e a América do Sul, em particular. Segundo: - O Papa Francisco convocou um MÊS MISSIONÁRIO EXTRAORDINÁRIO para outubro de 2019, com o objetivo de “alimentar o ardor da atividade evangelizadora da Igreja”. Disse: “Convoco este mês... com o objetivo de despertar ainda mais a consciência missionária da ‘missio ad gentes’, de retornar com um novo impulso a transformação missionária da vida e da pastoral”. A celebração, também servirá para festejar o centenário da Carta do Papa Bento XV sobre o trabalho missionário no mundo. Terceiro: - O Papa Francisco convocou, também, para Outubro de 2019 o SÍNODO PARA A AMAZÔNIA novos caminhos para a Igreja e para uma ecologia integral. Acontecerá em Roma e os nove países que fazem parte da Bacia Amazônica estão envolvidos. Somos todos chamados a uma participação ativa e consciente. Pelo estudo do Documento Preparatório, tomaremos ciência da necessidade, importância e alcance do evento. Participemos. Lembramos, em quarto lugar, mas não menos importante, a ASSEMBLÉIA DIOCESANA DE PASTORAL. Precedida das assembleias decanais, será realizada de 18 a 20 de outubro de 2019. Importante e necessária, ela marcará os rumos da evangelização a ser desenvolvida nos próximos anos em nossa diocese. Sim! Marquemos bem em nossas agendas. Mais do que isso, disponhamo-nos a estudar, aprofundar e fazer acontecer estes eventos. É nossa IGREJA em ação.

Estamos na primavera no hemisfério sul e, em todo o mundo, a Igreja celebra, em outubro, o mês missionário. Cada vez mais as atividades missionárias se tornam urgentes em todas as nações, mas no Brasil, percebe-se que há uma necessidade ainda maior de levar a boa nova a muitas pessoas. Nosso Jornal A Igreja na Diocese de Guarapuava (Boletim Diocesano), chega à edição de número 471 e, neste momento, constata-se uma grande apreensão em se tratando do povo brasileiro, pois é neste mês, em plena primavera, que vamos escolher nossos representantes políticos para quatro anos de mandato (exceto senadores, que têm mandato de oito anos). Nesta ocasião, vota-se para candidatos a deputado estadual, deputado federal, governador, dois senadores e para presidente da república. Como bem podem observar, caros leitores, como cidadãos, como cristãos e envolvidos com nossa sociedade, temos em nossas mãos uma grande responsabilidade e, porque não dizer, uma enorme missão. Ser missionário não significa que devemos estar o tempo todo dentro dos muros das igrejas, dos templos. Como bem reforça o Papa Francisco, “é preciso ser uma Igreja em saída”. Neste instante, talvez até mais do que em outras ocasiões, necessitamos de muito discernimento, de reflexões cristãs, para que não tomemos decisões erradas. O presente e o futuro do nosso país estão em jogo e num jogo brutal, sem escrúpulos. É a nossa realidade que pode sofrer mudanças bruscas e até amedrontadoras. Portanto, como cristãos e eleitores, devemos ser o melhor dos missionários. Precisamos anunciar a boa nova e prevenir os desastres, o retrocesso. Em se tratando de missão, não podemos esquecer de que, neste ano as Pontifícias Obras Missionárias (POM) celebram 40 anos de missão, queremos lembrar a vida de tantos missionários que construíram essa história. Com o tema “Enviados para testemunhar o Evangelho da paz”, o objetivo do mês missionário é sensibilizar, despertar vocações missionárias e realizar a Coleta no Dia Mundial das Missões, no penúltimo domingo de outubro (nos dias 20 e 21). Não importa a quantia doada, mas sim, a intenção desta doação. Não se trata apenas de dinheiro, mas sim, de levar adiante o projeto missionário e, com ele, ao menos amenizar o sofrimento de tantas pessoas. Portanto, somos todos convidados a nos sentarmos a esta mesa e dividir com os demais o pouco que temos. Missão é partilha. Na diocese de Guarapuava, vivemos um momento muito importante e alegre. No próximo dia 11 de novembro, a Catedral Nossa Senhora de Belém, completa seus duzentos anos de fundação. Por noventa e sete anos, a partir do instante em que foi instituída, a comunidade paranaense era a maior paróquia do Estado, sendo elevada à condição de Catedral no dia 16 de dezembro de 1965, quando então, através da Bula “Christi Vices”, era criada a diocese de Guarapuava. E os dois séculos de existência desta que é, atualmente, a maior diocese do Paraná, já vêm sendo comemorados com muita alegria e orações desde novembro de 2017, quando então, se iniciaram os festejos jubilares.

ERRAMOS: Na edição de número 470, setembro de 2018, na matéria sobre o mês da Bíblia, o crédito da foto do Pe. Gilson Dembinski são do jornal Paraná Centro. Nesta edição, expressamos nossos sinceros agradecimentos às seguintes pessoas, empresas e instituições: Vatican News (www. vaticannews.va), CNBB (www.cnbb.org.br), CNBB Regional Sul 2 (www.cnbbs2.org.br), Central Cultura de Comunicação (www.centralcultura.com.br), ANSA, Mauro Lucas Ferreira, Agência Brasil, Dulce Araújo, Isabella Piro, Agência Fides, AFP, Conselho Nacional de Leigos do Brasil, CES.org.br, revista Veja, Pe. Arnaldo Rodrigues, Pontifícias Obras Missionárias, Tomaz Silva, Jornal O São Paulo, G1, TSE, Paulo Mendes, REPAM Brasil, Pe. Léo Pessini, FNS, ONU, BBC Brasil, Agência EFE, Fernando Frazão, Revista Galileu, Pixabay/Congerdesign/ Creative Commons, Rádio Regional/Portugal, Nayá Fernandes/do blog: www.macunaima.com.br, www.calendarr.com, Osnilda Lima, Caio Matheus Caldeira da Silva, Elizete da Aparecida Toledo, Pe. Manoel Aparecido Monteiro e seminaristas da Diocese de Guarapuava. Agradecemos também, aos agentes da Pastoral da Comunicação (Pascom) das paróquias e comunidades que, com seus trabalhos voluntários e evangelizadores, nos ajudam a fazer, todos os meses, este jornal!

CONSELHO EDITORIAL

CENTRO DIOCESANO DE COMUNICAÇÃO BOLETIM DIOCESANO / INFORME INTERNO

Rua XV de Novembro 7466 • 4º Andar • Sala 405 Caixa Postal 300 • CEP 85010-000 • Guarapuava • PR Fone: (42) 3626-4348 jornaldiocese@gmail.com centrodiocesanoguarapuava@gmail.com

Com o tema “Meu espírito exulta de alegria” (Lc, 1,47), centenas de pessoas estão envolvidas na preparação para as comemorações do jubileu dos duzentos anos da Catedral Nossa Senhora de Belém. Todos são convidados a participar deste momento importante, pois a história da Catedral Nossa Senhora de Belém, se mescla à história de muitas outras cidades e paróquias desta vasta região do Paraná. A edição de número 471, também tem a alegria de noticiar que a diocese de Guarapuava agora conta com seu Conselho de Leigos (CNLB). Um sonho de muitas pessoas, finalmente se concretizou nos dias 01 e 02 de setembro, em um encontro realizado na paróquia Bom Jesus, bairro Trianon, em Guarapuava. Mais de 100 pessoas, representantes de paróquias dos quatro decanatos e de pastorais e movimentos, participaram dos trabalhos que teve o apoio do bispo de Guarapuava, Dom Antônio Wagner da Silva. “O leigo é o alicerce da nossa Igreja. Devemos apoiar, incentivar e ajudar os leigos nas organizações, pois sem esta força de trabalho, sem este amor, nada seria possível em nossas comunidades”, destaca Dom Wagner. Estudos e discussões acerca da necessidade de um Conselho de Leigos, foram os temas debatidos nos dois dias de reunião. Na sequência foi eleita a presidência do CNLB Guarapuava que, por aclamação, teve o nome de Tales Faleiros Lemos escolhido para o cargo de Presidente, Nerci Guiné (Primeira Vice-presidente), Marcelo da Silva (Secretário-geral), Meiriele Haçul (Secretária-adjunta), José Lima da Silva (Tesoureiro-geral) e Jailson Rodrigues (Tesoureiro-adjunto). Foram também escolhidos os seis nomes para o Conselho Fiscal. Na ocasião, o presidente eleito disse que assume a missão com a certeza de que “as coisas vão acontecer”, pois o Conselho tem Cristo como fundamento para o desenvolvimento do trabalho. “Recebo este desafio como uma missão. Como cristão leigo e batizado, e também como sujeito na Igreja e na sociedade, muitas vezes nós temos que assumir algumas responsabilidades, no sentido de ajudar o povo de Deus na caminhada. Sabemos das nossas limitações, mas quando se trabalha em conjunto, com diferentes pastorais, diferentes movimentos, tendo Cristo como fundamento para o trabalho, então, temos a certeza de que podemos assumir, porque as coisas vão acontecer”, assegurou Tales. Amigos leitores, muitas são as mudanças previstas para este mês de outubro em nosso país. No entanto, não devemos esquecer, em momento algum, que toda mudança verdadeira e sólida deve partir de cada um de nós. Precisamos ter em mente que para cada ação, haverá uma reação e, sendo assim, devemos ter consciência e segurança quando formos agir, tomar decisões, enfim. Que esta primavera seja repleta de cores, felicidades e muito discernimento. Que unidos como Igreja viva, possamos desempenhar nosso papel de verdadeiros missionários a serviço do reino do Senhor, sempre inspirados na humanidade e paixão de Jesus Cristo, que se fez carne e habitou entre nós para que nossas faltas fossem expiadas em sua dor e morte na cruz. Ótima leitura e que as bênçãos de Maria, primeira missionária, sob a denominação de nossa padroeira, Nossa Senhora de Belém, resplandeça sobre cada um de nós e nos faça perceber a importância e a necessidade de um Cristo vivo e de um Deus latente em todos os dias de nossas vidas.

Dom Antônio Wagner da Silva, SCJ Padre Itamar Abreu Turco Padre Jean Patrik Soares José Luiz dos Santos Mauricio Toczek Vanessa Paula Pereira Ilustração da capa: Silvia Matos

Editor: Padre Jean Patrik Soares (Jornalista) Diagramação: Mauricio Toczek Impressão: Grafinorte - Apucarana - PR Distribuição: Mitra Diocesana de Guarapuava Tiragem: 36.000 exemplares Fechamento da Edição: 27/09/18

É permitida a reprodução total ou parcial das matérias veiculadas no Boletim A IGREJA NA DIOCESE DE GUARAPUAVA, desde que citada a fonte.


Outubro - 2018

Diocese de Guarapuava

Papa Francisco PAPA: pedir a graça de acusar a si mesmo, não os outros Sem acusar a si mesmo, reconhecer-se pecador, não se pode caminhar na vida cristã: Este é o centro da mensagem do Papa Francisco expressa na homilia na Casa Santa Marta em 06 de setembro. Sem acusar a si mesmo, reconhecer-se pecador, não se pode caminhar na vida cristã: Este é o centro da mensagem do Papa Francisco expressa na homilia na Casa Santa Marta em 06 de setembro. A reflexão de Francisco se inspirou no Evangelho do dia, de Lucas, no qual Jesus pede a Pedro que entre em seu barco e, depois de pregar, o convida a lançar as redes, com o resultado de uma pesca milagrosa. Um episódio que evoca outra pesca milagrosa, depois da Ressurreição, quando Jesus pergunta aos discípulos se tinham algo a comer. Em ambos os casos, observou o Papa, “há uma unção de Pedro”: primeiro como pescador de homens, depois como pastor. Jesus também muda seu nome de Simão para Pedro e, como “bom israelita”, sabia que uma mudança de nome significava uma mudança de missão.

AFASTA-TE DE MIM

Pedro “se sentia orgulhoso porque realmente amava Jesus” e esta pesca milagrosa representa um passo avante na sua vida. Depois de ver que as redes quase se rompiam com a grande quantidade de peixes, se jogou aos pés de Jesus, dizendo-lhe: “Senhor, afasta-te de mim, porque sou um pecador”. Este é o primeiro passo decisivo de Pedro no caminho do discipulado, de discípulo de Jesus, acusar a si mesmo: “Sou um pecador”. O primeiro passo de Pedro é este e é também o primeiro passo de cada um de nós se quisermos caminhar na vida espiritual, na vida de Jesus, servir Jesus, segui-Lo. Deve fazer isto: acusar a si mesmo. Sem acusar a si mesmo, não se pode caminhar na vida cristã. Porém, há um risco. Todos “sabemos que somos pecadores”, mas “não é fácil” acusar a si mesmo de ser um “pecador concreto”. “Nós estamos acostumados a dizer: ‘Sou um pecador’”, assim como dizemos: “eu sou humano” ou “eu sou um cidadão italiano”, disse o Papa.

SENTIR-SE MÍSERO

Acusar a si mesmo, ao invés, é sentir a própria miséria: “sentir-se miseráveis”, míseros, diante do Senhor. Trata-se de sentir vergonha. E é algo que não se faz com palavras, mas com o coração, isto é, uma experiência concreta, como quando Pedro diz a Jesus de se afastar dele porque “realmente se sentia um pecador”. Depois, se sentiu salvo.

Feliz

rio

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Padres - Nascimento

Pe. Jackson Luíz Tozetto - 3 de outubro Pe. Joelcio Saibot, CM - 4 de outubro Pe. Marek Figurski - 8 de outubro Pe. Luiz Grudzinski, MIC - 9 de outubro Pe. Antônio Aílson Aurélio - 10 de outubro Pe. Domenico Borrotti, SX - 14 de outubro Pe. Sebastião Santos Teixeira, CSS - 15 de outubro Pe. Erondi Alves da Silva - 18 de outubro Pe. Heitor Girardi, SDB - 20 de outubro Pe. Elizeu Nahm - 20 de outubro Pe. Avelino Oestreich, MIC - 22 de outubro Pe. Mário Tognali, SX - 27 de outubro Pe. André Lach - 30 de outubro

Padres - Ordenação A salvação que “Jesus nos traz” necessita desta confissão sincera, porque “não é algo cosmético”, que muda um pouco o rosto com “duas pinceladas”: transforma, mas para que entre, é preciso deixar espaço com a confissão sincera dos próprios pecados. Assim se experimenta o estupor de Pedro. Portanto, o primeiro passo da conversão é acusar a si mesmo com vergonha e sentir o estupor de se sentir salvo. “Devemos nos converter”, “devemos fazer penitência”, exortou Francisco, convidando a refletir sobre a tentação de acusar os outros: Tem gente que vive falando mal dos outros, acusando os outros e nunca pensa em si mesmo e quando vou me confessar, como me confesso, como os papagaios? “Blá, blá, blá… Fiz isso, isso…”. Mas o que você fez toca o seu coração? Muitas vezes não. Você vai lá fazer cosmética, se maquiar um pouco para sair bonito. Mas não entrou no seu coração completamente, porque você não deixou lugar, porque não foi capaz de acusar a si mesmo.

Religiosas - Nascimento

Ir. Ivone Camerini, FC - 17 de outubro

Religiosas - Profissão Religiosa

Ir. Gentil Macagnnam, CSTJ - 20 de outubro

Esquecemos alguém? Por favor nos avise: jornaldiocese@gmail.com

A GRAÇA DE SE ACUSAR

O primeiro passo então é uma graça: aprender a acusar a si mesmo e não os outros. Um sinal que uma pessoa não sabe, que um cristão não sabe acusar a si mesmo é quando está acostumado a acusar os outros, a falar mal dos outros, a colocar o nariz na vida dos outros. E este não é um bom sinal. Eu faço isto? É uma bela pergunta para chegar ao coração. Peçamos ao Senhor hoje a graça de nos encontrar diante Dele com este estupor que a sua presença nos dá e a graça de nos sentir pecadores, mas concretos, e dizer como Pedro: “Afasta-te de mim, porque sou um pecador”. Vatican News

“Sem acusar a si mesmo, não se pode caminhar na vida cristã.” Papa Francisco

Pe. Moacir Cardoso Vargas, CM - 1 de outubro Pe. Gilson José Dembinski - 3 de outubro Pe. Domenico Borrotti, SX - 3 de outubro Pe. Érico Gabriel Gurkowski - 13 de outubro Pe. José dos Santos Rodrigues - 14 de outubro Pe. João Inácio Kolling - 19 de outubro Pe. Paulo Carlos de Souza - 21 de outubro Pe. Ângelo Altair de Oliveira - 23 de outubro Pe. Jean Patrik Soares - 23 de outubro

Apostolado da Oração

Intenções de oração do Papa Francisco confiadas ao Apostolado da Oração (Rede Mundial de Oração). Conheça: www.aomej.org.br Oferecimento diário: Deus, nosso Pai, eu te ofereço todo o dia de hoje: minhas orações e obras, meus pensamentos e palavras, minhas alegrias e sofrimentos, em reparação de nossas ofensas, em união com o Coração de teu Filho Jesus, que continua a oferecer-se a Ti, na Eucaristia, pela salvação do mundo. Que o Espírito Santo, que guiou a Jesus, seja meu guia e meu amparo neste dia para que eu possa ser testemunha do teu amor. Com Maria, Mãe de Jesus e da Igreja, rezo especialmente pelas intenções do Santo Padre para este mês.

Outubro:

Para que os CONSAGRADOS E CONSAGRADAS...

revivam o seu fervor missionário e estejam presentes entre os pobres, os marginalizados e aqueles que não têm voz..

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Manifestações de apoio e solidariedade ao papa Francisco Igreja no Quênia aposta na A campanha, que atua com a hashtag #FranciscoEstouAqui, pretende inundar os espaços comunicação social para digitais com uma mensagem alegre, criativa e orante de apoio e carinho ao Pontífice. evangelizar

O arcebispo de Brasília e presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), cardeal Sergio da Rocha, enviou ao Papa Francisco uma carta na qual manifesta ao santo padre apoio, comunhão, solidariedade e orações. Na missiva, o presidente da CNBB reafirma o compromisso do episcopado e da Igreja no Brasil de estar sempre unidos ao Papa na sua missão. Dois regionais da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) também enviaram recentemente ao Papa Francisco manifestações de solidariedade por conta dos ataques que o sumo pontífice vem recebendo do arcebispo Carlo Maria Viganò, ex-núncio apostólico nos EUA. Viganó acusa o Papa de ter acobertado o caso do cardeal Theodore McCarrick. Na carta enviada ao Vaticano, os bispos do Regional Nordeste 3 da CNBB manifestam a unidade e a solidariedade ao pontífice. “Temos consciência de que a Igreja vive um momento particularmente doloroso e difícil. Se isso aflige o nosso coração de pastores de Igrejas Particulares, imaginamos quanto o faz sofrer, diante da responsabilidade que recebeu de Jesus Cristo como continuador da missão de Pedro, de confirmar todos os seus irmãos na fé”, diz um trecho da carta. Em referência à Carta ao Povo de Deus, de 20 de agosto, a presidência do Regional Sul 1 da CNBB expressa, sobretudo, o compromisso com a luta do Papa em reconhecer e condenar, com dor e vergonha, as atrocidades cometidas por pessoas consagradas, clérigos, e inclusive por todos aqueles que tinham a missão de assistir e cuidar dos mais vulneráveis. A Presidência do Regional Sul 1 reconhece, com gratidão e com senso de responsabilidade, tudo o que o Papa Francisco tem feito para combater o abuso de menores e de vulneráveis na Igreja Católica, buscando agir segundo

No Quénia, a Igreja aposta na comunicação social para auxiliar na Evangelização. Recentemente, diversos agentes foram formados para atuar neste setor. A criação de uma estação de rádio faz parte do projeto.

a verdade e a justiça. De fato, apenas na medida em que o amor estiver fundado na verdade é que pode perdurar no tempo, superar o instante efêmero e permanecer firme para sustentar um caminho comum (LF 27). Outras manifestações de apoio ao Papa também vieram a público como a Carta Aberta da Comissão Regional de Presbíteros do Leste 2, publicada no site do Regional; a carta de Dom Pedro Carlos Cipollini, bispo diocesano de Santo André e a campanha para redes sociais que a Signis Brasil Jovens – Associação Católica de Comunicação lançou esta semana. O material da campanha afirma que está em curso a disseminação de falsas notícias com a intenção de desestabilizar o pontificado do papa. “O Papa Francisco atua sem medir esforços na construção de uma cultura da paz, justiça e solidariedade”, diz o texto. A campanha, que atua com a hashtag #FranciscoEstouAqui, pretende inundar os espaços digitais com uma mensagem alegre, criativa e orante de apoio e carinho ao Pontífice. CNBB

Papa convoca conferências episcopais para falar sobre prevenção de abusos sexuais

Os cardeais reiteraram, no último dia 12 de setembro, sua plena solidariedade ao Papa Francisco pelo ocorrido nas últimas semanas.

“Chegais num bom momento; prestes teremos a Rádio e podereis, portanto, dar o vosso contributo para os programas radiofônicos, pois que as pessoas precisam saber o que se passa em nível da base”, disse Dom Paul Kariuki Njiru, bispo da diocese de Embu, que é Capital do distrito de mesmo nome e faz parta da província Oriental, daquele país. Dom Paul pronunciou essas palavras dirigindo-se a trinta agentes da comunicação social das paróquias que acabam de terminar um curso de formação organizada pela Comissão Episcopal para as Comunicações Sociais.

TRANSFORMAR A VIDA DOS OUTROS

Dom Kariuki exortou os recém-formados a ter em conta a situação dos mais necessitados e as múltiplas obras boas que a Igreja faz na sua missão de evangelização. “Transformai a vida dos outros, pondo em relevo a difícil situação dos pobres na comunidade, por forma a que as pessoas possam oferecer-se voluntariamente para os ajudar. Sede agentes que possam ajudar a recolher informações diferentes das veiculadas pelos media seculares”, destacou.

PROMOVER A PAZ E A JUSTIÇA

O Secretário executivo nacional da Comissão Episcopal para as Comunicações Sociais, padre Elias Mokua, disse que o objetivo da formação dos operadores é apoiar a Conferência Episcopal do Quênia na tarefa de comunicar tanto com os católicos como com os não católicos a desenvolver uma rede de comunicação nacional que promova a identidade e os valores católicos, a paz e a justiça.

O Papa Francisco encontrará, no Vaticano, de 21 a 24 de fevereiro de 2019, todos os presidentes das Conferências Episcopais, “para falar sobre a prevenção de abusos contra menores e adultos vulneráveis”. Foi o que disse a vice-diretora da Sala de Imprensa da Santa Sé, Paloma García Ovejero, no briefing realizado na conclusão da 26ª reunião do Conselho de Cardeais (C9), na tarde de 12 de setembro. Francisco tomou esta decisão depois de ser informado pelo cardeal Sean Patrick O’Malley sobre os trabalhos da Pontifícia Comissão para a Tutela de Menores. Todos os cardeais manifestaram sua satisfação pelo bom êxito do 9º Encontro Mundial das Famílias realizado, em Dublin, na Irlanda, congratulando-se também com o cardeal Kevin J. Farrell e com o Dicastério para os Leigos, a Família e a Vida que organizaram o evento junto com o arcebispo Dom Diarmuid Martin. O C9 pediu ao Papa Francisco, na abertura dos trabalhos no dia 10 de setembro, “uma reflexão sobre o trabalho, a estrutura e a composição do Conselho, considerando a idade avançada de alguns membros”.

A maior parte dos trabalhos do Conselho de Cardeais, instituído em setembro de 2013, foi dedicada aos últimos ajustes no esboço da nova Constituição Apostólica da Cúria Romana, cujo título provisório é Praedicate evangelium. O C9 entregou ao Papa Francisco o texto provisório destinado a uma revisão de estilo e releitura canônica. Seis cardeais participaram desta reunião do C9. Estiveram ausentes os cardeais Francisco Javier Errázuriz Ossa, arcebispo emérito de Santiago, Chile, Laurent Monsengwo Pasinya, arcebispo de Kinshasa, República Democrática do Congo, e George Pell, prefeito da Secretaria para a Economia. Os cardeais reiteraram, em 12 de setembro, sua plena solidariedade ao Papa Francisco pelo ocorrido nas últimas semanas. O C9 colabora com o Papa Francisco no governo da Igreja e no projeto de reforma da Cúria Romana. A próxima reunião do C9 será realizada de 10 a 12 de dezembro. Vatican News

EVANGELIZAR COM O AUXILIO DAS NOVAS TECNOLOGIAS

“Temos cada vez mais necessidade de utilizar as nossas forças como Igreja Católica para evangelizar, ensinar os valores do Evangelho, promover a justiça social, chegar às dioceses que não têm radio ou imprensa, criando uma Igreja católica on-line, uma Igreja que use as modernas tecnologias de comunicação para evangelizar”, sublinhou.

DESENVOLVER IDENTIDADE CATÓLICA FORTE

Padre Mokua sublinhou a necessidade de desenvolver uma identidade católica forte no âmbito da crescente competição entre diversas mídias, pondo em destaque os conteúdos católicos, dando notícias sobre a Igreja e outras informações que ajudem na evangelização, e fazendo crescer uma nova geração de operadores dos meios de comunicação católicos, informa a agência Fides. Por: Dulce Araújo e Isabella Piro Vatican News com Agência Fides


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Segundo a FAO, aumentou a fome no mundo, e também o número de obesos O relatório da FAO divulgado em 11 de setembro revelou um aumento da fome no mundo, retrocedendo para os níveis de dez anos atrás. A fome cresceu nos últimos três anos, chegando aos níveis de dez anos atrás. De fato, 821 milhões de pessoas sofreram com a fome em 2017, segundo o Panorama da Segurança Alimentar Nutricional no mundo 2018, divulgado pela FAO em 11 de setembro. Este dado chama a atenção para a necessidade de se fazer mais e com urgência, para se chegar ao Objetivo de Desenvolvimento Sustentável de Fome Zero até 2030. “Se quisermos alcançar um mundo sem fome e desnutrição em todas as suas formas até 2013, é imperativo acelerar e aumentar as intervenções para fortalecer a capacidade de recuperação e adaptação dos sistemas alimentares e dos meios de subsistência das populações, em resposta à variabilidade climática e aos eventos meteorológicos extremos”, afirmam os responsáveis das cinco organizações das Nações Unidas autoras do relatório: Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO); Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (IFAD); Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), do Programa Alimentar Mundial (WFP) e da Organização Mundial da Saúde (OMS). A situação piorou na América do Sul e na maior parte das regiões da África, enquanto na Ásia a tendência de queda dos níveis de desnutrição diminuiu de forma significativa. Entre as causas para o aumento da fome, o relatório das Nações Unidas cita a variabilidade do clima que influencia a ocorrência de chuvas e as estações agrícolas, os extremos climáticos como secas e inundações, além dos conflitos e crises econômicas.

Na África e Ásia, as taxas de amamentação são 1,5 vezes mais elevadas do que as da América do Norte onde somente 26% das crianças abaixo dos seis meses recebem exclusivamente leite materno.

OBESIDADE EM AUMENTO Fome por um lado, obesidade por outro. Um em cada oito adultos no mundo é obeso, sendo o problema mais proeminente na América do Norte, mas curiosamente nos continentes africano e asiático há uma tendência de aumento.

APELO À AÇÃO IMPACTO DO CLIMA SOBRE A FOME As mudanças climáticas têm incidido na produção de culturas como o trigo, o arroz e o milho, reduzindo a disponibilidade de alimentos e afetando toda uma cadeia que vai da perda de rendimentos ao agricultor aos preços mais elevados ao consumidor. Ademais, as culturas deverão ser ainda mais afetadas com o aumento das temperaturas, que no período de 20112016 foram superiores à média. Nos últimos cinco anos os período de calor extremo foram mais frequentes e o regime de chuvas sofreu alterações na sua sazonalidade e distribuição. O relatório revela que o número de pessoas desnutridas tende a ser maior nos países altamente expostos a eventos climáticos extremos.

PROGRESSOS LENTOS COM A DESNUTRIÇÃO INFANTIL

Cerca de 151 milhões de crianças abaixo de cinco anos têm problemas de crescimento devido à desnutrição. África e Ásia representam respectivamente 39% e 55% de todas as crianças com atraso no crescimento. Em relação a 2017, os progressos foram pequenos. Na Ásia, uma criança a cada dez, com menos de cinco anos, tem peso abaixo do recomendado para a sua altura, realidade bem diferente da América Latina e Caribe onde esta relação é de uma criança a cada 100. “Vergonhoso” é o adjetivo que o relatório usa para descrever o fato de que uma mulher a cada três em idade reprodutiva, em nível mundial, seja afetada pela anemia, com consequências negativas quer para a mulher como para seus filhos. Na África e Ásia os dados são três vezes superiores à América do Norte.

O relatório pede a instalação e o aumento das ações voltadas a garantir o acesso à comida e à ruptura do ciclo de desnutrição entre as gerações. Neste sentido exorta a adoção de políticas que deem particular atenção aos grupos mais vulneráveis à falta de alimento, como recém-nascidos, crianças abaixo de cinco anos, crianças com idade escolar, adolescentes, jovens e mulheres. Também é defendida uma mudança sustentável para uma agricultura e sistemas alimentares sensíveis à nutrição, capazes de fornecer alimento seguro e de alta qualidade para todos. Maiores esforços para construir uma capacidade de resposta às mudanças climáticas por meio de políticas que promovam uma adaptação a elas e a redução de riscos de catástrofe também é pedido pelo relatório. Vatican News

Grupo de venezuelanos deixa Boa Vista e vai para o Rio Grande do Sul Todos os venezuelanos que solicitam refúgio e residência recebem vacinas e são submetidos a exame de saúde, além de serem regularizados no Brasil, com documentos como o CPF (Cadastro de Pessoa Física) e carteira de trabalho. Mais de 200 venezuelanos deixaram Boa Vista (RR) na manhã de 12 de setembro, com destino a Canoas, no Rio Grande do Sul. É a primeira vez que a cidade participa do processo de interiorização dos imigrantes oferecendo assistência às famílias. Canoas vai receber R$ 1,2 milhão em repasses do Ministério do Desenvolvimento Social (MDS) como ajuda financeira para os próximos seis meses. O dinheiro será usado para estruturação da rede socioassistencial do município para acolhida dos venezuelanos. O avião da Força Aérea Brasileira (FAB) deixou a capital de Roraima às 8h15 (horário local). No início da tarde, o grupo chegou a Porto Alegre e, de lá seguiu para abrigos. Outro grupo também embarcou no dia 14 de outubro, com o mesmo destino, segundo a Casa Civil da Presidência da República, responsável pela coordenação do programa. O órgão também confirmou a transferência de mais famílias para Esteio, também na Região Metropolitana de Porto Alegre, no dia 16 de setembro. Esteio receberá R$ 534,4 mil.

MAIS DE 1,5 MIL IMIGRANTES FORAM TRANSFERIDOS

Desde abril, quando a interiorização começou a ser feita, mais de 1,5 mil imigrantes foram levados a outros Estados. As transferências são voluntárias. Primeiro, as cidades manifestam ter condições de receber os venezuelanos, geralmente com espaços oferecidos por organizações sociais e igrejas, e

autoridades do governo federal e organismos internacionais como a Agência da Organização das Nações Unidas (ONU) para Refugiados (Acnur) e a Agência da ONU para as Migrações (OIM). A partir daí, são identificadas as pessoas que têm interesse no projeto e enquadradas nos perfis de cada abrigo. Todos os venezuelanos que solicitam refúgio e residência recebem vacinas e são submetidos a exame

de saúde, além de serem regularizados no Brasil, com documentos como o CPF (Cadastro de Pessoa Física) e carteira de trabalho. Ao longo do mês de setembro, o governo brasileiro transportou quase 400 pessoas por semana. Só na primeira semana do mês, 408 venezuelanos foram levados de Roraima para Manaus, Cuiabá, São Paulo e Brasília. Agência Brasil


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Outubro - 2018

Para estreitar vínculos de amor, edições CNBB lança roteiro para a Novena de Natal deste ano A Novena de 2018 está em consonância com o Ano Nacional do Laicato, que quer ser ocasião para aprofundar a identidade dos cristãos leigos e leigas na igreja e na sociedade. Em vista do Natal, as igrejas cristãs orientam os fiéis a estreitarem os vínculos de amor recíproco, vivido na família. Com esta intenção, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) lançou, recentemente, um roteiro de Novena de Natal, que busca motivar os membros da família, em comunidade, à oração e reflexão à luz da Palavra de Deus. A edição deste ano tem como tema “Reunidos em família preparando a vinda do Senhor” e busca ser instrumento para a redescoberta da vocação batismal na vida das comunidades do Brasil. “A novena de Natal em família, em Comunidade, nos ajuda na receptividade da Criança que está por vir. Com ela, somos mais família e nos tornamos mais Comunidade. Abrir o espaço familiar e da comunidade para que Jesus possa nascer retempera e revigora nossas relações e nossa filiação divina. Somos sempre mais filhos no Filho”, afirma o secretário-geral da CNBB, Dom Leonardo Ulrich Steiner. A Novena de 2018 está em consonância com o Ano Nacional do Laicato, que quer ser ocasião para aprofundar a identidade dos cristãos leigos e leigas na igreja e na sociedade. “Nessa bela caminhada, confirmamos a nossa certeza de que não é possível ser sal, luz e testemunha sem a viva consciência do Batismo e do que é viver a vida de Batizado”, afirma o bispo de Castanhal do Pará, Dom Carlos Verzeletti. A Novena possui nove encontros. Segundo Dom Carlos, a mística dos nove encontros é a vivência do Batismo, que quer ser luz nas famílias, bairros, comunidades e sociedade como um todo.

“Aqueles que vivenciarem intensamente esta Novena, poderão notar que os nove encontros são transpassados pela espiritualidade da alegria”, disse. Esta alegria, conforme o bispo, não é como a do mundo que se alimenta de conquistas e aquisições, mas a alegria que brota do encontro com o Evangelho vivente, a pessoa de Jesus de Nazaré; a alegria que abrasava os corações de José e Maria no presépio; a alegria da vida nova, comunicada no Batismo: a alegria de ser filho e irmão. “De corações abrasados pela mística deste tempo rico de sentido, queremos experimentar esta alegria da espera, que gera, ilumina, acolhe, mergulha, redime, alimenta, partilha e envia para testemunhar Jesus ao mundo”, finaliza Dom Carlos Verzeletti. Além dos nove encontros, a Novena de Natal possui ritos opcionais e cânticos. O material pode ser adquirido por meio do site da Editora da CNBB: www.edicoescnbb.com.br. CNBB

Comissão para a Juventude reúne responsáveis diocesanos em Brasília Conduziu as reflexões sobre a temática do encontro, o assessor da Comissão Episcopal Pastoral para a Doutrina da Fé da CNBB, monsenhor Antônio Catelan.

A alegria deve ser a marca daqueles que trabalham com a evangelização da Juventude. É o que destacou o bispo de Imperatriz (MA) e presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Juventude da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Dom Vilsom Basso, em sua homilia na manhã de sábado, dia 8 de setembro, durante o 14º Encontro Nacional dos Responsáveis Diocesanos de Juventude. “Nós que trabalhamos, que caminhamos com as juventudes, devemos ser homens e mulheres que transparecem essa alegria de um coração que entrega, que é dado, doado a Deus e às pessoas”, afirmou. Para Dom Vilsom, que fez memória de toda a trajetória do trabalho de evangelização da juventude no âmbito da CNBB, que ele mesmo fez parte como assessor, na década de 1990, é importante “partilhar o prazer de assumir isso como vocação, com leveza, com seriedade, entregando ao Senhor toda essa causa”. O presidente da Comissão para a Juventude ressaltou a alegria de ver a comunhão acontecendo com tantas expressões juvenis. Após a criação da Comissão, em 2011, com trabalhos diversos que eram promovidos pelas Pastorais da Juventude, movimentos, congregações, tiveram momentos difíceis, “hoje sentimos o clima mais favorável”, aponta. O clamor de Jesus aos apóstolos de que sejam um se faz “atual e urgente” nos dias de hoje, segundo Dom Vilsom. “A juventude tem dado esse testemunho para as outras comissões e pastorais, para outros países. São passos que o Espírito vai suscitando e pessoas vão corajosamente propondo”. Por isso, a “alegria de partilhar esses passos dados na comunhão com tantas e tantas expressões juvenis”. Dos passos dados, a Comissão para a Juventude da CNBB propôs para o período de 2017 a 2020 um novo projeto de evangelização, chamado IDE. Ele dá continuidade às iniciativas do projeto Rota 300, trabalhando os eixos Missão, Formação, Estruturas de Acompanhamento, Ecologia e Políticas Públicas. Dom Vilsom destacou que este projeto dará “devagarinho, no respeito às diferenças, aos carismas, à metodologia”, um caminho comum como Igreja no Brasil no trabalho com os jovens.

O ENCONTRO

O 14º Encontro Nacional dos Responsáveis Diocesanos de Juventude reuniu padres, religiosos, religiosas, além de leigos adultos que trabalham com a juventude em Brasília, nos dias 7 e 8 de setembro. O tema “A mística e eclesiologia de Papa Francisco na Evangelização da Juventude a partir do Projeto IDE” animou as discussões dos cerca de 200 participantes de todas as regiões do Brasil. O Sínodo dos Bispos deste ano, que tem a juventude como centro das reflexões, também foi abordado durante o evento. Os bispos membros da Comissão para a Juventude da CNBB participaram. Conduziu as reflexões sobre a temática do encontro, o assessor da Comissão Episcopal Pastoral para a Doutrina da Fé da CNBB, monsenhor Antônio Catelan. Sobre o Sínodo, que neste ano terá a sua XV Assembleia Geral Ordinária, com o tema “Os jovens, a fé e o discernimento vocacional”, os participantes trabalharam temas que nortearão os debates dos padres sinodais escolhidos pelo Papa Francisco e que estarão em Roma no mês de outubro. A Comissão para a Juventude da CNBB preparou vários projetos para que a juventude do Brasil acompanhe o Sínodo. Estará disponível um hotsite sobre o Sínodo, no site: Jovens Conectados. Será promovido momento oracional para que os grupos juvenis rezem pelo Sínodo. Serão oferecidos ainda conteúdos sobre o Sínodo para aprofundamento, entrevistas diárias com os bispos e jovens do Brasil que estarão no Sínodo, fotos dos acontecimentos abertos do Sínodo e série de perguntas e respostas sobre o evento. A Comissão ainda apresentou os cursos na modalidade de Educação à Distância (EAD) de Acompanhamento, Assessoria, Liderança e Políticas Públicas. Já são 2000 pessoas inscritas. O calendário da Pastoral Juvenil para 2019 também foi partilhado.

LIVRO

Ainda durante o encontro nacional dos responsáveis diocesanos, a Comissão realizou o lançamento do livro “ENCONTROS – Grupos Juvenis” da editora Edições CNBB. A publicação trabalha as oito linhas de ação do Documento 85 da CNBB. CNBB


Outubro - 2018

Diocese de Guarapuava

Desafio do próximo presidente é melhorar qualidade do ensino no país Políticas como o Programa Universidade para Todos (ProUni) e o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) reduziram o número de beneficiados.

Os números da educação brasileira são tão grandes quanto o desafio do próximo presidente da República para impulsionar a educação no País. Para assegurar a melhoria da qualidade, serão necessários investimentos em áreas distintas: garantir um ensino médio mais inclusivo e atrativo, ampliar o acesso e o financiamento ao ensino superior e melhorar a formação de docentes. Na primeira matéria da série sobre desafios da educação, a Agência Brasil aponta os principais problemas do ensino médio, o maior gargalo da educação básica. A reportagem também apresenta experiências educacionais inovadoras na rede pública. Em parceria com institutos e entidades privadas, essas escolas são exemplos de como a rede pública pode atender com excelência, priorizar currículos que preparem para o mercado de trabalho, além de se preocupar com a diversidade e o desenvolvimento socioemocional de jovens.

EDUCAÇÃO BÁSICA

Na educação básica, atualmente 48,6 milhões de estudantes de 4 a 17 anos estão matriculados em 184,1 mil escolas públicas e privadas, mas cerca de 2,5 milhões não frequentam as salas de aula. Isso significa que as redes pública e privada atendem 96,4% das crianças e adolescentes brasileiros. Em 1970, esse índice era de 48%, o que mostra a evolução do acesso à educação nos últimos anos no Brasil. O nível de aprendizagem, porém não acompanhou a universalização do acesso. O Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), principal indicador de qualidade da educação do país, que mede tanto a aprovação dos estudantes quanto o nível de aprendizagem dos estudantes em português e matemática, mostra que o país cumpre as metas estipuladas apenas até o 5º ano do ensino fundamental. No ensino médio, a meta não é cumprida desde 2013. De acordo com o Ministério da Educação (MEC), quando saem da escola, ao final do ensino médio, sete a cada 10 estudantes não aprendem o básico em português. O mesmo número tem aprendizado insuficiente em matemática. Na outra ponta, apenas 4,5% dos estudantes alcançaram um nível de aprendizagem considerada adequada pelo MEC em matemática e 1,6% em língua portuguesa.

GRADUAÇÃO

No ensino superior, o desafio ainda é a ampliação de matrículas. Pelo Plano Nacional de Educação (PNE), lei em vigor desde 2014, a taxa bruta de matrículas, ou seja, o número total de estudantes matriculados, independente da idade, dividido pela população de 18 a 24 anos, deve chegar a 50% até 2024 - atualmente é 34,6%. Esse número tem caído nos últimos anos, tanto no setor público quanto no setor privado. Políticas como o Programa Universidade para Todos (ProUni) e o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) reduziram o número de beneficiados. Nas universidades públicas, o orçamento não acompanhou, de acordo com os reitores, o aumento das matrículas e a expansão das instituições que ocorreu nos últimos anos. Os recursos previstos para investimentos em 2018 caíram para quase um quarto do que eram em 2013. Além disso, sem a ampliação do número de bolsas permanência e outros auxílios - ofertados pelas instituições para estudantes de baixa renda - muitos estudantes que precisariam dos recursos acabam abandonando os estudos.

12º Encontro Nacional de Arquitetura e Arte Sacra já tem lugar marcado: diocese de Castanhal (PA) “A Pastoral do Artista Sacro pretende ser um canal de diálogo e apoio aos artistas ajudando-os a compreender a importância da arte litúrgica e o seu papel e significado no espaço celebrativo”, sublinha padre Thiago Faccini. Foi durante o encerramento do 1º Encontro Nacional da Pastoral do Artista Sacro, promovido pelo Setor Espaço Litúrgico da Comissão para a Liturgia da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) que o assessor, padre Thiago Faccini anunciou a 12º edição do Encontro Nacional de Arquitetura e Arte Sacra, que irá ocorrer na diocese de Castanhal no Pará, em data ainda a ser divulgada. Na ocasião, o assessor também apresentou a logo oficial do evento. Segundo o padre Thiago, a arte foi criada pelo artista e monge, padre Marcelo Molinero. “A logo foi inspirada na cerâmica marajoara, artesanato típico do estado do Pará”, explica. Este encontro é realizado a cada dois anos, com a intenção de promover um debate acadêmico e interdisciplinar sobre a dignidade dos espaços de celebração, bem como a importância da preservação do patrimônio artístico e cultural da Igreja. A cada edição, de maneira itinerante, uma universidade é convidada a ser parceira na realização do encontro.

PASTORAL DO ARTISTA SACRO

O 1º Encontro Nacional da Pastoral do Artista Sacro foi realizado de 07 a 09 de setembro, no Centro de Formação Sagrada Família, na cidade de São Paulo. Participaram cerca de 30 artistas sacros de diversas regiões do Brasil, com o tema “Arte como Liturgia e Liturgia como Arte”, e o objetivo de refletir sobre a importância e necessidade de uma arte autenticamente litúrgica. O evento teve como conferencistas a professora da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUCSP), Wilma Steagalli De Tommaso, doutora em Ciências da Religião e autora do livro O Cristo Pantocrator: Da origem às igrejas no Brasil, na obra de Cláudio Pastro; e do professor Jeronimo Pereira Silva, doutor em Sagrada Liturgia e professor do Instituto

de Liturgia Pastoral de Santa Giustina de Pádua- Itália. A coordenação ficou a cargo do padre Thiago Faccini, assessor do Setor Espaço Litúrgico da CNBB. Segundo o padre Thiago, na ocasião os artistas encontraram um ambiente de convivência fraterna, onde puderam partilhar seus trabalhos e juntos rezarem. “O encontro foi uma oportunidade de refletir e orientar os artistas sobre a identidade da arte das igrejas pós-concílio Vaticano II, e quais devem ser as fontes e critérios para que a arte litúrgica cumpra o seu papel de revelar o Mistério celebrado”, explica. Ainda de acordo com ele, a Pastoral do Artista Sacro foi criada durante o 11º Encontro Nacional de Arquitetura e Arte Sacra ocorrido em setembro de 2017 na Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR) em Curitiba. “A Pastoral do Artista Sacro pretende ser um canal de diálogo e apoio aos artistas ajudando-os a compreender a importância da arte litúrgica e o seu papel e significado no espaço celebrativo”, finalizou padre Thiago. CNBB

FORMAÇÃO DE PROFESSORES

Os próximos governantes também terão que voltar a atenção a quem trabalha diariamente em sala de aula. Dados do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) mostram que muitos professores não têm formação nas disciplinas que lecionam. Em 2016, na educação infantil, 53,4% não tinham formação superior adequada à área. No ensino fundamental, o percentual chegava a 49,1% nos anos finais (do 6º ao 9º ano) e 41% nos anos iniciais (do 1º ao 5º ano). No ensino médio, 39,6% não tinham formação adequada. Há ainda o desafio de valorizar esses profissionais. Atualmente, professores de escolas públicas ganham, em média, 74,8% do que ganham profissionais assalariados de outras áreas, ou seja, aproximadamente 25% a menos. Agência Brasil

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“O encontro foi uma oportunidade de refletir e orientar os artistas sobre a identidade da arte das igrejas pós-concílio Vaticano II.” Pe. Thiago Faccini


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CNBB - Regional Sul 2 - Igreja no Paraná

Comissão Regional dos Presbíteros tem novo presidente A aclamação ocorreu devido ao pedido de renúncia do atual presidente, padre Valdecir Badzinski, que exercia a função desde 26 de agosto de 2015. Padre Valdecir é o atual secretárioexecutivo do Regional Sul 2 da CNBB.

Durante o Encontro Regional dos Presbíteros, ocorrido em Londrina (PR), entre os dias 20 a 23 de agosto de 2018, o padre Donizete da Silva, do clero da diocese de Jacarezinho, foi “aclamado” como novo presidente da Comissão Regional dos Presbíteros. A aclamação ocorreu devido ao pedido de renúncia do até então presidente, padre Valdecir Badzinski, que exercia a função desde 26 de agosto de 2015. A justificativa da renúncia se deve à função que padre Valdecir, que é da diocese de Guarapuava, assumiu no Regional Sul 2 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), como secretário executivo, na qual deve agir de forma imparcial diante das pastorais, movimentos e organismos ligados ao Regional. Padre Donizete da Silva tem 42 anos de idade, é presbítero da diocese de Jacarezinho (PR) há 11 anos. Nesse

tempo de ministério foi vigário paroquial por dois anos do Santuário Eucarístico do Sagrado Coração de Jesus, em Ibaiti (PR); foi diretor espiritual no Seminário Divino Mestre em Jacarezinho (PR) por sete anos; e há dois anos é pároco da paróquia Sagrado Coração de Jesus, em Conselheiro Mairinck (PR). Até o momento, padre Donizete exercia a função de vice-presidente, assumindo a nova missão, ele afirma: “Acolho como um desafio, mas acredito que não estou sozinho nessa empreitada. Queremos que nossos presbíteros sejam valorizados e realizados em seu ministério. Presidência, comissão e irmãos presbíteros, caminhamos juntos para que Jesus, o bom Pastor, seja o manancial que sacia nossa sede de realização integral”, afirmou. Regional Sul 2

Encontro de atualização para presbíteros será em âmbito regional, a partir de 2019

A decisão foi tomada em reunião entre a Comissão Episcopal Pastoral para os Ministérios Ordenados e a Vida Consagrada da CNBB e a direção da CNP. A partir de 2019, o encontro de atualização para presbíteros será realizado em âmbito regional. É o que informa o presidente da Comissão Nacional dos Presbíteros (CNP), padre José Adelson da Silva Rodrigues. A intenção, conforme o presidente, é promover um encontro mais participativo e atraente para os padres, uma vez que se realizará no contexto de cada um dos 18 regionais da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). A decisão foi tomada em reunião entre a Comissão Episcopal Pastoral para os Ministérios Ordenados e a Vida Consagrada da CNBB e a direção da CNP. Na ocasião, consideraram “duas experiências muito ricas” de encontros regionais de presbíteros que realizadas nos regionais Sul 2 e Sul 3 da CNBB. “Um encontro que realizaríamos em janeiro, seria uma média de 20 ou 30 padres, no máximo. E nos regionais está atingindo um número maior do que esse. Na última reunião da Comissão Nacional, decidimos juntos com a Comissão Episcopal cancelar

este encontro de atualização que seria realizado em janeiro e enfatizaríamos a realização deste mesmo encontro em nível de região, que envolve mais, é muito mais atraente para um maior número de padres”, explica padre Adelson. Segundo o presbítero, continuarão sendo abordados temas sobre o “contexto geral do ser humano, o padre como um todo”, os quais abordam as dimensões pastoral, intelectual e física dos padres. Em um ano, será realizado o encontro nacional, como ocorreu neste ano o 17º Encontro Nacional dos Presbíteros, e no ano seguinte, o de atualização, será promovido regionalmente. CNBB

Outubro - 2018

Representantes do Regional Sul 2 participarão do Encontro Nacional de Comunicação e Juventude do CNLB O Regional Sul 2 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), que compreende a Igreja no Estado do Paraná, foi representado por João Paulo Angeli, e Silvana Spisila. O Conselho Nacional do Laicato do Brasil (CNLB), com o objetivo de formar com todos os regionais novas teias de comunicação e articular a caminhada da Comissão Nacional de Juventude, promoveu, em São Paulo, de 28 a 30 de setembro, o Encontro Nacional de Comunicação e o Encontro de Articulação da Juventude do CNLB. Os trabalhos foram realizados no Centro de Formação Sagrada Família, no bairro do Ipiranga. O Regional Sul 2 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), que compreende a Igreja no Estado do Paraná, foi representado pelo jovem João Paulo Angeli, da diocese de Foz do Iguaçu, e da leiga Silvana Spisila, da cidade de Imbituva, diocese de Ponta Grossa. A assessoria e análise conjuntural de mídia foram de Gibran Luis Lachowski, Assessor de Comunicação das CEBS do Regional Oeste 1.

Já o tema Juventude teve como assessora Vanessa Araújo Correia, Coordenadora da Especialização em Juventude no Mundo Contemporâneo (FAJE). Jorge Teles dos Passos, com informações do CNLB

Londrina sedia décimo Encontro Interprovincial de Seminaristas

O encontro foi entre as províncias de Londrina e Maringá e reuniu membros das arquidioceses de Londrina e Maringá e das dioceses de Cornélio Procópio, Jacarezinho, Apucarana, Umuarama, Campo Mourão e Paranavaí. No último dia 07 de setembro, feriado nacional por ocasião da Independência do Brasil, a arquidiocese de Londrina, no Norte do Paraná, sediou a décima edição do Encontro Interprovincial de Seminaristas. Mais de 250 seminaristas, além de padres, formadores, orientadores espirituais, bispos e arcebispos das arquidioceses e dioceses que compõem as províncias de Maringá e Londrina, participaram dos trabalhos. O tema do encontro dos seminaristas foi: “Cada comunidade, uma nova vocação”, e lema: “Vinde após mim e eu vos farei pescadores de homens” (Mt 4,19). As atividades foram realizadas na Chácara Graciosa, na zona sul de Londrina e tiveram início às 08h da manhã, com recepção e café. Às 09h15, o arcebispo metropolitano de Londrina, Dom Geremias Steinmetz presidiu uma celebração eucarística. Concelebraram a missa, o arcebispo metropolitano de Maringá, Dom Anuar Batistti, e os bispos diocesanos, Dom Manoel João Francisco, de Cornélio Procópio e Dom João Mamede Filho, de Umuarama, além de padres formadores. Em sua homilia, Dom Geremias ressaltou a urgência de cada seminarista se conformar a Cristo Jesus para poder ter um ministério sacerdotal autêntico e evangélico. Também salientou que todo seminarista deve ser anunciador da comunhão de toda Igreja, pois, sem essa categoria, o anúncio é vazio e inautêntico. Após a celebração eucarística, os seminaristas participaram de uma palestra formativa com o psicólogo e psicanalista

Wellington Heleno da Silva, com o tema: “A formação humana frente aos desafios do sacerdote na sociedade atual: o desafio do ‘ser’ numa cultura do ‘ter’”. Wellington é formado em psicologia, com especialização em psicanálise. Atualmente trabalha com atendimento especializado a padres, religiosos, seminaristas e leigos. Ele também já assessorou palestras em diversas arquidioceses e dioceses do país. Depois do almoço, os seminaristas participaram de sorteio de prêmios. Um café da tarde encerrou as atividades. Segundo os organizadores, a intenção do evento, é promover entre os seminaristas, os futuros presbíteros das dioceses e os padres formadores, um espírito de comunhão e fraternidade, para que no futuro possam, no exercício de seu ministério sacerdotal, sentir e viver a Igreja como uma realidade mais missionária. Com informações de Caio Matheus Caldeira da Silva, seminarista de Teologia do Seminário Maior Beato Paulo VI, da arquidiocese de Londrina.


Outubro - 2018

CNBB - Regional Sul 2 - Igreja no Paraná

GUARAPUAVA: Mais de 40 pessoas participam da Assembleia do Conselho Missionário Regional O encontro de três dias foi assessorado pelo diretor das Pontifícias Obras Missionárias, padre Maurício da Silva Jardim. As discussões e troca de ideias foram em torno das conquistas e projetos que começaram ainda em 2017.

A cidade de Guarapuava sediou, de 07 a 09 de setembro de 2018, mais uma Assembleia do Conselho Missionário Regional (COMIRE). O evento foi realizado na Casa de Líderes Nossa Senhora de Guadalupe, Bairro Santana, e contou com a participação de mais de quarenta pessoas das quatro províncias do Regional Sul 2 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), que diz-se da Igreja no Paraná. O retiro de três dias teve como objetivo a contribuição para a elaboração do Programa Missionário Nacional. Os trabalhos foram assessorados pelo diretor das Pontifícias Obras Missionárias, padre Maurício da Silva Jardim. Os bispos, Dom Sergio Artur Braschi, da diocese de Ponta Grossa e referencial da Dimensão Missionária do Regional Sul 2 e Dom Antônio Wagner da Silva, da diocese de Guarapuava, também estiveram presentes no encontro. A Assembleia contou ainda com a participação do coordenador do COMIRE no Paraná, Odaril José da Rosa, além dos padres da diocese de Guarapuava, Itamar Abreu Turco, coordenador da Ação Evangelizadora e Carlos Oliveira Egler, responsável pela Dimensão Missionária. As discussões e troca de ideias foram em torno das conquistas e projetos que começaram ainda em 2017, em se tratando da animação missionária no Brasil. Conforme o palestrante, a construção do Programa Missionário Nacional precisa levar em conta a realidade dos 18

Regionais do país, pois se trata de um trabalho coletivo e que precisa da interação de toda a sociedade. Padre Maurício, sublinhou que a proposta metodológica do Programa Missionário Nacional conta com a indicação de alguns princípios, dentre eles o respeito às realidades, com destaque para as três prioridades: formação, articulação e missão Ad gentes. “A construção do programa deseja potencializar a ação missionária no país, fortalecer as ações exitosas já existentes. Não almeja finalizar ou fragilizar projetos em andamento nos Regionais e/ou dioceses. Que seja participativo: o presente processo almeja a participação do maior número de pessoas envolvidas na atuação missionária nas dimensões local, regional e nacional. Na disponibilidade e abertura para a novidade, novos olhares e novos processos e disponibilidade para a mudança do que está estabelecido. Em diálogo: falar constantemente sobre o assunto é necessário durante todo o processo de construção com os diferentes sujeitos envolvidos na temática missionária e, por fim, na construção coletiva, busca-se a edificação do programa, que por meio de sua metodologia; deseja contribuir para uma efetiva construção coletiva para o Programa Missionário Nacional”, explicou o sacerdote durante os trabalhos. Com informações e fotos de Elizete da Aparecida Toledo e Pe. Manoel Aparecido Monteiro

“O processo almeja a participação do maior número de pessoas envolvidas na atuação missionária.” Pe. Maurício da Silva Jardim

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Clero do Paraná envia carta de apoio ao Papa Francisco “Reafirmamos a opção por uma “Igreja em saída”, o que implica, de nossa parte, solidariedade, empenho comum, renúncia a toda forma de privilégio [...]”, diz um trecho da correspondência.

O Regional Sul 2 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), que compreende a Igreja no Estado do Paraná, enviou, no último dia 06 de setembro, uma carta em apoio ao Papa Francisco, diante das ofensas sofridas nos últimos tempos pelo Pontífice. De acordo com a correspondência, todo o clero integrante do Regional Sul 2 da CNBB manifesta “solidariedade diante das infamantes e deploráveis ofensas dirigidas contra Vossa Santidade e Pontificado. Entendemos que os autores não amam a verdade, não amam a Igreja. Se a amassem, teriam seguido outros

caminhos e métodos”, diz um trecho da carta. O documento foi assinado pelo secretário executivo do Regional Sul 2, padre Valdecir Badzinski e pelos bispos: Dom Amilton Manoel da Silva — bispo-auxiliar da arquidiocese de Curitiba e secretário da CNBB Regional Sul 2; Dom Geremias Steinmetz - arcebispo de Londrina e vice-presidente da CNBB Regional Sul 2 e Dom Mauro Aparecido dos Santos - arcebispo de Cascavel e presidente da CNBB Regional Sul 2. Leia o texto dos bispos do Paraná na íntegra:

CARTA EM APOIO AO PAPA FRANCISCO Curitiba, 06 de setembro de 2018 Amado Santo Padre, Papa FRANCISCO. “Tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela”. (Mt 16,18) Nós, que fazemos parte do Regional Sul 2 da CNBB, Paraná, Brasil queremos manifestar nossa solidariedade diante das infamantes e deploráveis ofensas dirigidas contra Vossa Santidade e Pontificado. Entendemos que os autores não amam a verdade, não amam a Igreja. Se a amassem, teriam seguido outros caminhos e métodos. Santo Padre; saiba que estamos intimamente em comunhão com a Barca de Pedro, que lhe foi confiada. Suas palavras e testemunho têm nos renovado e nos fazem assumir com novo vigor a essência e a beleza que comporta o compromisso com “uma Igreja pobre e para os pobres”. Reafirmamos a opção por uma “Igreja em saída”, o que implica, de nossa parte, solidariedade, empenho comum, renúncia a toda forma de privilégio e, sobretudo, abraçar nosso ministério como servos e irmãos que põem Cristo em primeiro lugar. Infelizmente, a “mundanidade espiritual”, tão combatida por Vossa Santidade, se deixa vislumbrar em muitos gestos de quem se porta como pastores que “apascentam a si mesmos” e não para o Supremo Pastor – Jesus Cristo. Santo Padre, agradecemos e admiramos sua coragem e intrepidez em confirmar a Igreja na fonte mais cristalina do Evangelho. Inspirados em seus gestos e palavras, nutrimos o desejo de beber na genuína mensagem de Cristo, porque só assim seremos autênticas testemunhas do Ressuscitado no mundo de hoje. Muito obrigado por nos conduzir com sabedoria, humildade e alegria do Evangelho! Pe. Valdecir Badzinski Secretário Executivo da CNBB Regional Sul 2 Dom Amilton Manoel da Silva Bispo Auxiliar da Arquidiocese de Curitiba e Secretário da CNBB Regional Sul 2 Dom Geremias Steinmetz Arcebispo de Londrina e Vice-Presidente da CNBB Regional Sul 2 Dom Mauro Aparecido dos Santos Arcebispo de Cascavel e Presidente da CNBB Regional Sul 2


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Outubro - 2018

Morre Dom Conrado Walter, bispo emérito de Jacarezinho O religioso morreu em sua residência, ao lado do Seminário Rainha da Paz, na noite de 20 de setembro. BIOGRAFIA

A diocese de Jacarezinho está de luto pela morte de seu bispo emérito, Dom Conrado Walter, que pertencia à congregação Sociedade do Apostolado Católico - Palotinos (SAC). O religioso morreu em sua residência, ao lado do Seminário Rainha da Paz, na noite de 20 de setembro. Seu corpo foi velado ao longo do dia 21 de setembro, na Catedral Diocesana Imaculada Conceição, de Jacarezinho, com a participação de milhares de pessoas da região que foram se despedir do religioso. Na ocasião, foram celebradas diversas Missas, dentre as quais, a Exequial, às 15h. Em seguida seu corpo foi levado em cortejo fúnebre para o Santuário Nossa Senhora de Guadalupe onde, por seu desejo de se enterrado naquele local.

COMUNICADO OFICIAL DA DIOCESE

Logo depois da morte do bispo emérito, a diocese de Jacarezinho emitiu uma nota oficial. Leia a nota: Com pesar, comunico a todos, o falecimento de nosso querido bispo emérito Dom Conrado Walter, SAC nesta noite de 20 de setembro em sua residência. Desde já louvamos a Deus por tudo que ele fez pela nossa diocese. O velório será na Catedral Diocesana, a missa exequial será as 15h do dia 21 de setembro em seguida segue cortejo fúnebre para o Santuário N. Sra. de Guadalupe onde, por seu desejo, será enterrado! Coloquemos esse grande pastor em nossas orações! Nós cremos na vida eterna e na feliz ressurreição! Descansa em paz querido Dom Conrado. Dom Antonio Braz Benevente Bispo Diocesano de Jacarezinho

NA DIOCESE Dom Conrado Walter destacou-se, na diocese de Jacarezinho, como o ‘bispo das vocações’, ordenando mais de noventa sacerdotes, sendo sessenta e oito padres diocesanos, vinte cinco religiosos e sagrou o arcebispo de Cascavel, Dom Mauro Aparecido dos Santos. Foi bispo co-consagrante nas sagrações dos bispos: Paulo Antonino Mascarenhas Roxo, Mosé João Pontelo e Elizeu de Morais Pimentel. Dom Walter destacou-se também com apreço às vocações religiosas do ramo feminino e masculino. Trabalhou incansavelmente no trabalho pastoral e nas visitas pastorais, enfim, deu ânimo aos movimentos e pastorais em toda a diocese e na construção do Seminário Divino Mestre. Dom Conrado foi presidente da Pastoral Indigenista no Paraná, como marca do seu episcopado em prol dos indígenas dedicou o Santuário Nossa Senhora de Guadalupe, conhecida como Padroeira da América Latina. A solenidade da inauguração ocorreu no dia 15 de agosto de 2000, na Celebração Eucarística (Missa Votiva e dedicação de uma Igreja), por Vossa Eminência, o então bispo primaz do Brasil e Arcebispo de Salvador na Bahia, cardeal Dom Geraldo Majella Agnelo, com a presença de Dom Conrado Walter, SAC, e mais dezesseis bispos das várias dioceses do país. A Missa contou com a presença de padres, diáconos, seminaristas, religiosos, além de autoridades civis, representantes das comunidades indígenas e demais fiéis, nas dependências dos Seminários.

Assim o intuito da criação deste templo contemplava vários motivos, sendo estes os principais: As festividades do Jubileu de 2000 anos da Igreja Católica e da Evangelização; o Ano Santo proclamado por Sua Santidade João Paulo; As festividades dos 500 anos do Brasil e da Evangelização Católica nessas terras, por meio dos Franciscanos e Jesuítas; os 25 anos de atuação da Pastoral Indígena da CNBB e o trabalho de Dom Conrado na mesma pastoral por 15 anos em proteção aos índios; o Jubileu de Ouro do Seminário Nossa Senhora da Assunção; o intuito de aumentar a devoção a Virgem Maria na diocese de Jacarezinho, pois “Maria é a vocacionada do Pai por excelência por cumprir a sua vontade” (trecho da homilia proferida por Dom Conrado na missa de dedicação do Santuário); e por fim, o templo representa seus anos de bispo diocesano em Jacarezinho.

“A cada movimento de meu corpo e ato do meu espírito quero dar a Deus glórias infinitas.” São Vicente Palloti

A história de Conrado começou há exatamente noventa e três anos em um pequeno distrito chamado Bichishausen, da cidade Alemã de Münsingen, no Estado de Baden-Württemberg, região sul da Alemanha. A cidade de Münsingen foi fundada no século VIII de nossa era. Já no ano de 775 aparece como cidade nos documentos de doação de Lorch Abbey e teve sua primeira Igreja datada do ano de 804. O distrito Bichishausen foi durante muitos séculos o ponto de fronteira entre o Principado Füstenberg e do ducado de Württemberg. Atualmente, Bichishausen é conhecida como ponto de partida para passeios de canoa no Lauter. Dom Conrado Walter é o segundo dos cinco filhos de Karl Walter, pequeno empresário e político alemão, e Maria Erzberger Walter. Nasceu no pequeno distrito de Bichishausen, da cidade Alemã de Münsingen, no Estado de BadenWürttemberg, região sul da Alemanha, em 19 de junho de 1923, sendo batizado na Igreja paroquial barroca de Sankt Gallus (São Galo, monge missionário do século VI) dois dias após o seu nascimento. A Igreja de Sankt Gallus foi construída em 1735 por Ferdinand Príncipe de Fürstenberg. Conrado Walter cursou Agronomia em Blaubeurem, na Alemanha de 19391941. Em meio à Segunda Grande Guerra Mundial, Conrado Walter interrompeu os estudos e entrou na guerra em 1941, como mensageiro telegrafo e Morse, após completar dezoito anos de idade, pois como no período era obrigatório o alistamento militar e quem não comparecesse era desertor (vide o exemplo do Papa Bento XVI que pertenceu à juventude hitlerista). Alguns fatos marcantes durante a guerra foi que Hitler permitia somente a missa tridentina como forma de celebração para os soldados católicos, todas as outras formas de devoções eram proibidas, mas o jovem Conrado, devotíssimo da Bem-Aventura Virgem Maria, rezava o santo terço escondido e quando se aproximava alguém, escondia o terço embaixo do keep militar e meditava trechos das Sagradas Escrituras que memorizara nas celebrações eucarísticas. Outro fato marcante, durante a guerra foi quando um amigo o salvou de um disparo de arma entrando na frente do projétil. Por fim, outro fato foi de um jovem soldado que ferido em batalha perdeu uma das pernas e foi cuidado pelo jovem Conrado Walter, passando dias e noites em claro. Ainda no período da Segunda Guerra Mundial Hitler decidiu invadir a URSS em 22 de junho de 1941, dando início a um dos episódios mais brutais da era moderna, com exército de aproximadamente três milhões de soldados rumo ao leste europeu. Hitler achava que o Exército Vermelho nunca lutaria no seu próprio território. Em outubro o exército alemão estava às portas de Moscou. A ofensiva alemã na URSS, aos poucos, perdeu seu ímpeto. As longas distâncias dificultavam o abastecimento e as comunicações. Os russos repetiam seu próprio comportamento durante o ataque napoleônico e aplicavam a tática de “terra arrasada”, enquanto guerrilheiros atacavam a retaguarda alemã. Em dezembro, em meio a um rigoroso inverno, a ofensiva alemã foi contida e boa parte das tropas

alemãs cercadas pelos russos. Milhares de alemães (cerca de 300 mil) cairiam ao fim daquela batalha. O jovem Conrado Walter diante das ordens superiores de mandar mensagens para outra guarnição alemã subir a Moscou não o fez evitando a morte de muitos outros. Muitos dos que não foram mortos foram capturados. O mito da invencibilidade alemã se desfazia. Iniciavase a retirada das tropas de Hitler. Assim, Conrado Walter cairia nas mãos dos russos como prisioneiro de guerra, onde fora torturado. Conrado conseguiu fugir dos russos, mas caiu nas mãos dos ingleses. Novamente fugitivo, desta vez se refugia na Espanha, e alguns anos após a guerra retorna à Alemanha. Desde a infância, Conrado nutria o desejo de ser sacerdote e corresponder ao chamado de Deus, mas devido à guerra o seu processo de discernimento vocacional fora interrompido. No final da década de 1940 e inicio de 1950, Conrado ingressa na Sociedade do Apostolado Católico (Padres Pallotinos), onde conheceu o servo de Deus Padre José Kentenich que teve a causa da beatificação aberta em 1975. Conrado Walter cursou filosofia em Untermmezbach, na Alemanha de 19511953. Cursou teologia em Polêsine, Santa Maria – RS de 1953-1956. Sendo ordenado diácono e presbítero por Dom Luiz Victor Sartori com mais seis irmãos palotinos, no dia 02 de dezembro de 1956, em Santa Maria. Padre Conrado Walter foi enviado a São Paulo como vigário paroquial no mesmo ano até 1963. Cursou em São Paulo especialização em Teologia Pastoral de 1957-1958. De 1963 a 1977 foi pároco da paróquia Cristo Rei em Cornélio Procópio, no Paraná, que viria a ser Catedral, elaborou a construção da Vila Mariana, da Escola Dom Pedro Filipak, da Igreja de São José Operário, paróquia São Vicente Palloti e do santuário Nossa Senhora do Perpétuo Socorro. Preparou a instalação da diocese de Cornélio Procópio. Foi também vigário geral em Cornélio Procópio até a sua eleição ao episcopado em 01 de dezembro de 1977, pelo Papa Paulo VI, sendo nomeado bispo auxiliar de Jacarezinho e bispo titular de Lysinia. Escolheu como lema Fidelitas et Obediencia. Em seu brasão destaca-se o pelicano símbolo primitivo do Cristo que dispensa a sua vida em favor do seu povo. Dom Conrado Walter foi sagrado bispo de Jacarezinho em 02 de fevereiro de 1978 pelo senhor núncio apostólico Dom Carmine Rocco. Foi recebido na diocese em 12 de fevereiro de 1978 com grande carinho por uma multidão, por autoridades eclesiásticas, civis e militares. Devido ao estado de saúde de Dom Pedro Filipak, Dom Conrado foi nomeado, pelo Papa João Paulo II em 09 de junho de 1982, administrador apostólico. Depois em 26 de novembro de 1984 Dom Conrado foi nomeado bispo coadjuntor com direito a sucessão pelo Santo Padre. Em 1991 em 10 de agosto Dom Conrado Walter, com o falecimento de Dom Pedro Filipak, se efetivou como bispo diocesano de Jacarezinho. Em setembro de 1991, o Papa João Paulo II o confirmou no pastoreio da diocese e no dia 16 de setembro de 2000 tornou-se emérito. Sendo sucedido por Dom Fernando José Penteado.


Outubro - 2018

CNBB - Regional Sul 2 - Igreja no Paraná

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Curitiba sedia a 39ª Assembleia do Povo de Igreja do Paraná envia mais um casal Deus do Regional Sul 2 da CNBB missionário à Guiné-Bissau Mais de 120 pessoas participaram dos três dias de encontro que este ano, teve como tema: “O protagonismo laical no serviço à vida plena”.

Pércio Pereira Vitória e Marcia do Rocio Pereira Vitória, estiveram na Missão por um período de três meses (de abril a julho deste ano) e agora retornam para um período de trabalho mais longo.

De 21 a 23 de setembro, a cidade de Curitiba sediou a 39ª edição da Assembleia do Povo de Deus do Estado do Regional Sul 2 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). Mais de 120 pessoas participaram, conforme a organização do evento. Durante os três dias do encontro, a Igreja Católica do Paraná foi representada pelos arcebispos, bispos, padres coordenadores da Ação Evangelizadora, leigos ligados às Pastorais Sociais das arquidioceses, dioceses e coordenadores regionais das pastorais, movimentos e organismos. Esta, segundo a coordenação, foi uma oportunidade de saber mais sobre a caminhada da Igreja no Paraná. Foram momentos de convivência, partilha, planejamento, definição do calendário de atividades para 2019 e estudo. Neste ano o tema da Assembleia foi “O protagonismo laical no serviço à vida plena”, com assessoria do professor Cesar Augusto Kuzma, doutor em Teologia pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro – PUC-Rio. No domingo, dia 23 de setembro, último dia das atividades, houve uma celebração eucarística no início da manhã presidida pelo presidente do Regional Sul 2 da CNBB, Dom Mauro Aparecido dos Santos, arcebispo de Cascavel. Na sequência, no plenário, foi apresentada uma síntese dos trabalhos realizados pelos grupos na tarde de sábado, dia 21. Os grupos responderam a algumas questões, as quais deverão lançar luzes sobre a caminhada do Regional nos próximos anos. Fortalecer as Escolas de Formação de Fé e Política, conscientizar ainda mais sobre a extinção do consumo de bebida alcoólicas nas festas de Igreja, envolver mais pessoas nas pastorais sociais, buscar maior integração entre essas pastorais sociais, foram algumas sugestões dadas pelos grupos.

Na noite de 21 de setembro, primeiro dia da 39ª Assembleia do Povo de Deus do Regional Sul 2 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), em Curitiba, os presentes viveram um dos momentos mais emocionantes do encontro. Na ocasião, o casal Pércio Pereira Vitória e Marcia do Rocio Pereira Vitória, recebeu o envio para a Missão Católica Beato Paulo VI, na Guiné-Bissau, África. A celebração eucarística foi presidida por Dom Mário Spaki, bispo diocesano de Paranavaí, Paraná e de nomeação mais recente no Regional, e concelebrada pelos demais bispos do Regional, padres e diáconos presentes na assembleia. Também participaram do momento considerado de extrema importância para os missionários, todas as lideranças das pastorais, movimentos e organismos do Paraná, familiares e amigos do casal. Pércio e Marcia estiveram na Missão por um período de três meses (de abril a julho deste ano) e agora retornam para permanecer por um período mais longo. Após a homilia, Dom Mário os convidou para contarem um pouco da experiência que fizeram no período em que lá estiveram. Márcia contou que nos três meses de vivência em território africano, foi possível sentir o Evangelho na sua plenitude: “foi a experiência das bem-aventuranças e do amor pelos pobres. Esse pobre em que percebemos uma pobreza econômica, mas uma riqueza de partilha, de um sorriso e de algo que me diz: ‘como somos pequenos’”.

Já para fortalecer a vocação laical, os grupos apontaram que é necessário incentivar os leigos, valorizar os conselhos de direito com foco na Doutrina Social da Igreja, superar o clericalismo, entre outras sugestões. Também foram apontados pelos grupos, alguns desafios e dificuldades a serem superados nos próximos períodos. A falta de formação dos leigos, a superação da indiferença e do egocentrismo das pessoas, uma preparação dos leigos para atuarem de forma cristã nos conselhos de direito, foram alguns dos apontamentos. Com base na apresentação da síntese, o professor Cesar Augusto Kuzma realizou o fechamento dos trabalhos relativos ao tema. Ao final da Assembleia, o presidente do Regional Sul 2 da CNBB, Dom Mauro, apresentou a proposta para que, a partir de 2019, a Assembleia ocorra nos anos ímpares em Curitiba (com todo o Regional) e nos anos pares (a partir de 2020) nas províncias (Curitiba, Londrina, Maringá e Cascavel), proposta que foi aceita por unanimidade. Da diocese de Guarapuava participaram da Assembleia o bispo biocesano, Dom Antônio Wagner da Silva, padre Carlos Oliveira Egler, Tales Faleiros Lemos (Conselho de Leigos), Rozilda Lemes do Nascimento (Pastoral da Pessoal Idosa) e Jorge Teles dos Passos, Coordenador Regional da Pastoral da Comunicação (Pascom). Jorge Teles dos Passos Central Cultura de Comunicação

No momento do envio, após a comunhão, Dom Mário convidou o casal missionário e também o seu filho Robert, com a esposa e os dois netos, para irem até a frente, próximo a todos os bispos. Naquele momento, Dom Mário recordou que a Igreja do Brasil teve grandes missionários, que vieram pra cá apenas com uma cruz no peito e a força da fé, mas que “não temos nada a invejar desses grandes missionários, pois temos grandes missionários aqui hoje também”. Após a oração de envio, Dom Mário abençoou a cruz e a colocou nos missionários e o coordenador do Conselho Missionário Regional (COMIRE), Odaril José da Rosa, entregou a eles um Novo Testamento, escrito na língua crioula, que é falada por aproximadamente 40% da população guineense. Para concluir, Dom Mário disse: “Esse casal é expressão da nossa Igreja do Paraná no país da GuinéBissau”, e convidou todos os presentes a darem um abraço nos mesmos. Pércio e Márcia são casados há 32 anos, têm três filhos e dois netos. Eles pertencem à arquidiocese de Curitiba e já desenvolveram várias atividades no âmbito missionário. Nos últimos anos foram coordenadores regionais da Infância e Adolescência Missionária. A viagem para a Guiné-Bissau está marcada para o dia 20 de outubro e eles estão dispostos a permanecerem em missão por um período de quatro anos. A Igreja do Paraná se alegra e acompanha com a oração a vocação missionária desses leigos que põem suas vidas a serviço de Deus.


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Notícias Paroquiais

Diocese de Guarapuava

Outubro - 2018

GUARAPUAVA: Caminhada Bíblica reúne pessoas de diversas paróquias da cidade

CÂNDIDO DE ABREU: paróquia de realiza primeira festa à fantasia

Este ano, a caminhada discutiu sobre a Campanha da Fraternidade, que aborda o tema: “Fraternidade e Superação da Violência”, fortalecendo uma reflexão mais intensa sobre a Palavra de Deus.

O evento denominado “I Catholic Fantasy Fest” atraiu mais de 200 pessoas, conforme os organizadores e foi realizado no salão paroquial da matriz.

Em celebração ao Mês da Bíblia, o decanato centro da diocese de Guarapuava organizou a XII edição da Caminhada Bíblica na cidade. O evento que já se tornou uma tradição na diocese foi realizado no dia 09 de setembro, com saída às 15 horas em frente à Catedral Nossa Senhora de Belém, Rua Visconde de Guarapuava, 236, centro da cidade. Centenas de pessoas participaram do encontro. Em oração, os peregrinos percorreram o trajeto de quase quatro quilômetros, passando pelo centro da cidade, até a Avenida Aragão de Mattos Leão, às margens do Rio Cascavelzinho, local onde se situa o Bosque Bíblico Santo Arnaldo Janssen, espaço que é uma referência em se tratando de santuário e de ecologia, na cidade. Jair Golinhaki (Betinho), idealizador e coordenador do evento, destacou que, todos os anos, a caminhada é formada

por participantes de todas as paróquias do decanato centro e tem por objetivo proporcionar momentos de fé, oração, alegria e devoção num reconhecimento do poder da Palavra de Deus para com a comunidade. “É um momento de fé, de encontro, de lazer, mas principalmente, de missão. Todos os anos, muitas famílias participam e se unem para reconhecer a importância que tem a Palavra de Deus em todos os momentos de nossa vida”, grifa o organizador. Este ano, a caminhada discutiu sobre a Campanha da Fraternidade, que aborda o tema: “Fraternidade e Superação da Violência”, fortalecendo uma reflexão mais intensa sobre a Palavra de Deus, no mês de setembro que lhe é dedicado. Cada Paróquia participante levou uma faixa com um versículo bíblico relacionado ao tema proposto.

A paróquia Senhor Bom Jesus, em Cândido de Abreu, através do grupo de jovens local, realizou uma festa à fantasia, no dia 14 de setembro. O evento denominado “I Catholic Fantasy Fest” atraiu mais de 200 pessoas, conforme os organizadores e foi realizado no salão paroquial da matriz. “Os participantes, vestidos a caráter, puderam dançar e se divertir ouvindo músicas católicas, dos anos oitenta, noventa e algumas da atualidade. A festa foi animada pelo DJ Claudinei. Vale lembrar que o evento foi promovido sem o consumo de bebidas alcoólicas, mais uma prova de que a

juventude não precisa de drogas para ser feliz e curtir a vida”, sublinhou o secretário paroquial e agente da Pastoral da Comunicação (Pascom) em Cândido de Abreu, Daniel Nelson Cizanska. Conforme os organizadores, a festa à fantasia contou com a ajuda da Pastoral Familiar. “Não podemos deixar de agradecer aos membros da Pastoral Familiar da paróquia que ajudou na confecção e venda de pastéis para atender ao público. A equipe organizadora também agradece a todos que apoiaram e ajudaram na realização da I Catholic Fantasy Fest e a todos que se fizeram presentes no dia”, finaliza Daniel.

MARQUINHO: Notícias paroquiais

Comemorações de aniversário do pároco e encontro para casais são os principais destaques na paróquia Imaculado Coração de Maria. Na ocasião, o sacerdote recebeu homenagens dos paroquianos e ganhou diversos presentes, conforme destaca a Pastoral da Comunicação (Pascom) da comunidade. “Foi um momento de muitas alegrias e agradecimentos pelo grande trabalho que o pároco tem feito pela nossa comunidade”, sublinha a Pastoral da Comunicação (Pascom).

RETIRO

ANIVERSÁRIO

A paróquia Imaculado Coração de Maria, da cidade de Marquinho, comemorou o aniversário do pároco local, padre Piotr Pochopien, no último dia 16 de setembro, um domingo, uma vez que o aniversário do religioso é no dia 17 do mesmo mês e, este ano, caiu numa segunda-feira.

A paróquia Imaculado Coração de Maria, da cidade de Marquinho, através da Pastoral, Familiar da diocese de Guarapuava, promoveu, nos dias 08 e 09 de setembro, um retiro para casais. Os dois dias de trabalho e orações, segundo os organizadores, foram muito importantes para a vida dos 29 casais que participaram. Assuntos relativos a relacionamentos, filhos e família, foram abordados. Houve troca de experiências e partilha.

Conforme os organizadores, os aprendizados obtidos durante o encontro podem ser aplicados no dia a dia de cada um que lá esteve. A intenção é de que novos encontros sejam realizados.


Notícias Paroquiais

Outubro - 2018

Diocese de Guarapuava

GUARAPUAVA: Pastoral dos Surdos da diocese promove palestra

BOA VENTURA DE SÃO ROQUE: notícias paroquiais

O evento foi no dia 29 de setembro, no colégio Antônio Tupy Pinheiro. Mauricio Gut, da cidade de Campinas, em São Paulo, foi o palestrante. Ele abordou o tema: “Estudos da tradução de textos litúrgicos na missa”.

Posse do novo pároco e encontro com jovens da catequese da crisma foram os principais destaques na paróquia São Roque.

A Pastoral dos Surdos da diocese de Guarapuava, entidade que funciona junto à paróquia Santa Terezinha, no decanato Centro, promoveu um evento no último dia 29 de setembro. O encontro formativo foi em celebração ao Dia dos Surdos, que no Brasil é lembrado em 26 de setembro. O encontro da Pastoral dos Surdos foi realizado no auditório do Colégio Estadual Antônio Tupy Pinheiro, Avenida Prefeito Moacir Júlio Silvestre, 2924, Bairro Batel, Guarapuava. Mauricio Gut, da cidade de Campinas, que atua como tradutor/intérprete de Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS) na TV Câmara Campinas (SP) e também junto ao Tiquira Centro de Desenvolvimento Humano, na mesma cidade, foi o palestrante. Na ocasião, Mauricio abordou o tema: “Estudos da tradução dos textos litúrgicos da missa”. Os trabalhos começaram às 09h, com a abertura. Às 09h30, teve início a palestra, com intervalo ao meio-dia, para almoço e, às 13h, o profissional retornou com os trabalhos que terminaram às 15h30, quando foi servido um lanche aos presentes, seguido de partilha de informações. O encerramento das atividades foi com uma missa na matriz Santa Terezinha, às 19h, que fica em frente ao colégio onde foram desenvolvidos os trabalhos durante todo o dia.

SOBRE O DIA DO SURDO

O dia 26 de setembro foi instituído como o dia do surdo por ser a data de inauguração do INES (Instituto Nacional de Educação de Surdo) em 1857, no Rio de Janeiro, que foi a primeira escola para surdos do Brasil. Até 1908, a data de fundação do Instituto era considerada 1º de Janeiro de 1857, mas o artigo 7º do decreto de nº

6892 de 19 de março de 1908, determinou a mudança para a data de fundação do INES em 26 de Setembro de 1857, isto porque, através do artigo 16º da Lei 939 de 26.09.1857, o Império Brasileiro concede a primeira dotação orçamentária para o Instituto passando então, a chamar Imperial Instituto de Educação de Surdos Mudos. O INES é tido como referência nacional na educação de surdos, mantido pelo Ministério da Educação e Cultura. Existem controvérsias quanto ao dia correto, pois a comunidade surda considera o dia 26 de setembro Dia Nacional do Surdo e o dia 28 de Setembro dia Internacional do Surdo. Já no município de São Paulo, a Lei nº12.471 institui que todo último domingo do mês de Setembro deve ser comemorado o Dia do Surdo. Sem que, no entanto exista uma referência bibliográfica acessível que justifique tal data, tomamos aqui como dia 26, o “Dia Nacional do Surdo” por ser uma data significativa historicamente e referenciar uma importante instituição para esta comunidade.

A paróquia São Roque, em Boa Ventura de São Roque, promoveu um encontro com os jovens da catequese da Crisma no último dia 08 de setembro, na matriz. Ao todo, conforme os organizadores, 64 catequizandos, da matriz e das capelas, participaram dos trabalhos de formação. O encontro foi conduzido pelo grupo de jovens da paróquia “Aventura Jovem”. O tema trabalhado foi: “Os Sonhos de

Com informações de www.ces.org.br

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Deus em Nossa Vida” e como temas específicos os coordenadores propuseram os assuntos: “Perdão”, que foi detalhado por Marcos Kaczurovski Camargo; “Amizade”, foi o tema trabalhado por Maria Eduarda Pires. O encontro foi finalizado com um momento de espiritualidade dedicado à Virgem Maria. A oração foi conduzida por Criseli Matias e Eloir Geovane Miranda.

NOVO PÁROCO Foi com uma grande festa que a paróquia São Roque, em Boa Ventura de São Roque, recebeu seu novo pároco, o padre Erondi Alves da Silva, no último dia 05 de setembro. Dom Antônio Wagner da Silva, bispo da diocese de Guarapuava, foi quem presidiu a celebração, juntamente com diversos padres da diocese. Como forma de acolhida e confraternização, a comunidade ofereceu um jantar aos presentes logo depois da missa.

Liga Apostólica Feminina de Schöenstatt realiza Primeira Jornada Missionária O evento será de 01 a 04 de novembro, na comunidade Imaculada Conceição, em Guarapuava. Poderão participar mulheres solteiras acima de 25 anos de idade.

De 01 a 04 de novembro, a comunidade Imaculada Conceição, que pertence à paróquia Divino Espírito Santo, em Guarapuava, realiza a primeira edição da Jornada Missionária da Liga Apostólica Feminina de Schöenstatt (LAFS). O encontro de quatro dias é destinado a mulheres solteiras, acima dos 25 anos de idade e que tenham interesse em conhecer um pouco mais sobre este movimento e entender a verdadeira dimensão missionária. “LAFS anuncia os passos de Maria” é o lema da Jornada Missionária. O título, conforme a coordenação; é em resposta ao Ano Nacional do Laicato que trabalha a importância dos leigos na Igreja e na sociedade. A jornada, ainda segundo a coordenação, é dedicada ao fundador do movimento de Schöenstatt, o padre alemão Josef Kentenich. A integrante da LAFS, Marciele Paidosz explicou que a Jornada Missionária faz parte do “Jubileu do Ramo”, pelos cem anos de fundação da movimento religioso, que teve início em 1920 e que terá o ano de 2019 inteiro para ser celebrado. “Será um tempo

de graças, de união, além de um novo impulso para tantos projetos em que a LAFS está comprometida. Na Jornada Missionária serão enfatizadas visitas às famílias, as vivências em comunidade, além do resgate do verdadeiro papel da mulher na sociedade, em contrapartida de valores controversos que priorizam apenas determinados padrões estéticos e materiais. Esta missão, em especial, trata-se do fortalecimento da figura e da dignidade feminina, começando por nós ‘liguistas’ e com o exemplo dado de forma concreta”, sublinha Marciele. Palestras, oficinas, consultoria, momentos de lazer, orientação sobre cuidados pessoais, valorização da mulher, além de momentos de oração e partilha, fazem parte da programação.

A Comunidade Imaculada Conceição, da paróquia Divino Espírito Santo, fica na Vila Planalto, em Guarapuava. Foto: Geslane Aparecida Bento Bueno.

SERVIÇO As inscrições para o a Primeira Jornada Missionária da Liga Apostólica Feminina de Schöenstatt (LAFS) já estão abertas, vão até o dia 18 de outubro e podem ser feitas pela internet no seguinte endereço: https://goo.gl/forms/xPdgH5oYgwB9osuI3. Cada participante deverá pagar a taxa de R$ 40,00, com direito à alimentação e alojamento. Se o mesmo optar por comprar a camiseta do movimento, o valor da inscrição sobe para R$ 60,00.


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Diocese de Guarapuava

Outubro - 2018

No caminho com Áquila e Priscila

OUTUBRO: mês das Missões Católicas “Enviados para testemunhar o Evangelho da Paz”. Trata-se de “propor aos homens a verdade evangélica e a salvação em Cristo, com absoluta clareza e com todo o respeito pelas opções livres que a consciência dos ouvintes fará” (E.N 80). No anterior artigo, (Boletim 470) reflexionamos sobre o que significa ter, amar e construir uma pátria e uma cidadania, hoje reflexionaremos sobre as Missões Católicas.

PRESSUPOSTOS PARA ENTENDER

O dia mundial das Missões Católicas que cai em um domingo de outubro é um evento de graça, onde a Igreja lembra a todos os batizados a responsabilidade, o dever e serviço de agir por todos os meios para que “o anúncio da Salvação divina seja conhecido e acolhido por todos os seres humanos em toda a terra (Ad Gentes, 3). Porque “Deus quer que todos os homens se salvem e cheguem ao conhecimento da verdade” (1 Tm 2,4). As Missões Católicas são um anúncio de salvação: Jesus Cristo é o Messias, o Salvador. Missão vem do verbo latim: Mittere, enviar e Missio, envio. Jesus é o enviado do Pai e Ele, por sua vez, envia: “Deus me deu todo poder no céu e na terra, portanto, vão a todos os povos do mundo e façam com que sejam meus seguidores, batizando esses seguidores em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo e ensinando-os a praticar tudo o que tenho ensinado a vocês. E lembrem-se disto: eu estou com vocês todos os dias, até o fim dos tempos.” (Mt 28,18-20). Este mandato de anúncio chama-se Evangelizar. Evangelizar todos os povos e todas as pessoas é missão dada por Jesus à Igreja. A Igreja nasceu para estender o reinado de Cristo a toda parte, em vista da glória de Deus Pai e de virem a se tornar, todos os seres humanos, participantes efetivos da redenção salvadora contribuindo assim para que o mundo inteiro se volte para Cristo. Toda a atividade do corpo místico ordenada para este fim merece o nome de apostolado. (Ad Gentes, 2). Todas as funções que a Igreja realiza buscam efetivar a mensagem de Jesus Cristo. Por isso, todos os discípulos de Cristo têm obrigação de propagar sua fé [...]. “A Igreja ora e trabalha para que a plenitude do universo passe a ser povo de Deus, corpo do Senhor, Templo do Espírito Santo. Trabalha também para que toda a honra e toda a glória sejam dadas ao Criador de todas as coisas em Cristo, cabeça do universo” (LG 327).

COMO A IGREJA EVANGELIZA?

Ilustremos esta pergunta com esta página brilhante do venerável Arcebispo, Dom Helder Câmara: Missão é partir, caminhar, deixar tudo, sair de si, quebrar a crosta do egoísmo que nos fecha no nosso Eu. É parar de dar volta ao redor de nós mesmos como se fôssemos o centro do mundo e da vida. É não se deixar bloquear nos problemas do pequeno mundo a que pertencemos: A humanidade é maior. Missão é sempre partir, mas não devorar quilômetros. É, sobretudo, abrir-se aos outros como irmãos, descobri-los e encontrá-los. E, se para descobri-los e amá-los é preciso atravessar os mares e voar lá nos céus, então missão é partir até os confins do mundo.

A Igreja Evangeliza pelo testemunho, a palavra, a pregação, as ações, gestos, oração, eventos e atividades condizentes com este fim. Além do testemunho diário dos batizados que, com a sua vida e obras mostram sua fé no Ressuscitado e impregnam o meio dos sentimentos de Cristo, existe um exército de cristãos que dedicam a sua vida ao serviço de evangelização, seja no seu meio onde moram ou em outros lugares e países. São os missionários. Um exemplo magnífico de missionário é Teresinha de Jesus, nascida em Alençon, França, em 1873 e falecida em 1897 que sem sair do seu mosteiro ofereceu a Deus a sua vida, sacrifícios, gestos, ações e orações pelas missões e pelos missionários. Todos nós, batizados, somos chamados a testemunhar e transmitir aos outros nossa fé em Jesus Cristo Ressuscitado. Porém, os Concílios de Trento e Vaticano II afirmam que os primeiros responsáveis pela evangelização são os bispos e seus colaboradores os presbíteros e diáconos: “Como sucessores dos apóstolos, os bispos recebem do Senhor (...) a missão de ensinar a todos os povos e pregar o Evangelho a toda criatura, a fim de que os homens todos, pela fé, pelo batismo e pela observância dos mandamentos, alcancem a salvação” (LG 24).

EVANGELIZA-SE PARTILHANDO

Como a obra missionária exige muitos meios, recursos e pessoas, “impõe-se, pois, a todos os cristãos o dever luminoso de colaborar para que a mensagem divina da salvação seja conhecida e acolhida por todos os homens em toda a parte” (Apostolicam actuositatem, 3). A missão da Igreja de fazer com que todos os homens conheçam e amem a Jesus Ressuscitado, tem como alvo a sua salvação e felicidade que se inicia, aqui e agora e, continua na vida eterna. Diz o Papa Francisco: “A missão da Igreja, destinada a todos os homens de boa vontade, funda-se sobre o poder transformador do Evangelho. Este é uma Boa Nova portadora de uma alegria contagiante, porque contém e oferece uma vida nova: a vida de Cristo ressuscitado, o qual, comunicando o seu Espírito vivificador, torna-Se, para nós, Caminho, Verdade e Vida (cf. Jo 14, 6). É Caminho que nos convida a segui-Lo com confiança e coragem. E, seguindo Jesus como nosso Caminho; fazemos experiência da sua Verdade e recebemos a sua Vida, que é plena comunhão com Deus Pai na força do Espírito Santo, liberta-nos de toda a forma de egoísmo e torna-se fonte de criatividade no amor.

MISSÃO O KAIRÓS DA SALVAÇÃO

A missão da Igreja não é a propagação de uma ideologia religiosa, nem mesmo a proposta de uma ética sublime. No mundo, há muitos movimentos capazes de apresentar ideais elevados ou expressões éticas notáveis. Diversamente, através da missão da Igreja, é Jesus Cristo que continua a evangelizar e agir; e, por isso, aquela representa o kairós, o tempo propício da salvação na história. Por meio da proclamação do Evangelho, Jesus torna-Se sem cessar nosso contemporâneo, consentindo à pessoa que O acolhe com fé e amor experimentar a força transformadora do seu Espírito de Ressuscitado que fecunda o ser humano e a criação, como faz a chuva com a terra. “A Sua ressurreição não é algo do passado; contém uma força de vida que penetrou o mundo. Onde parecia que tudo morreu, voltam a aparecer por todo o lado os rebentos da ressurreição. É uma força sem igual”. (Exort. ap. Evangelii gaudium, 276).

AS MISSÕES CATÓLICAS

A Igreja Católica possui um organismo internacional para colaborar com os Bispos e missionários na evangelização do mundo. A Administração central da Igreja Católica chama-se Santa Sé ou Sé Apostólica, no Estado do Vaticano que age através de Secretarias ou Ministérios chamados Dicastérios ou Congregações. Um desses organismos chama-se Congregação para a Evangelização dos Povos. A Congregação para a Evangelização dos povos encarrega-se de: 1. Fazer com que todo o Povo de Deus tome consciência da sua vocação missionária universal. 2. Conservar na Igreja o Espírito de Pentecostes, que abriu aos Apóstolos os confins do mundo e fez deles missionários: é o espírito católico, ou seja, universal, que corresponde à própria natureza da Igreja. 3. Manter vivo o compromisso com a evangelização universal em todos os setores do Povo de Deus: famílias, movimentos, associações, seminários, comunidades eclesiais de base, paróquias e dioceses, para Que todos os cristãos tomem consciência de sua vocação missionária. 4. Promover as vocações missionárias “ad gentes” (anúncio do Evangelho aos povos não cristãos, primeira Evangelização), em particular aquelas “ad vitam” (para toda a vida). 5. Informar os cristãos acerca da vida e das necessidades missionárias da Igreja, visando partilha de valores espirituais e gestos de solidariedade nos momentos difíceis, com apoio moral e material nas adversidades. 6. Estimular nas Igrejas locais cooperações espirituais, materiais e pessoais, inclusive enviando evangelizadores para o mundo inteiro. 7. Favorecer a educação, especialmente dos jovens, na justiça, mediante a informação e o conhecimento da Doutrina Social da Igreja, para incitá-los à solidariedade e à sensibilidade missionária, na entrega de si mesmos à Missão. Com esta finalidade, a Obra dispõe para eles do setor Juventude Missionária. 8. Promover a solidariedade dos cristãos do mundo inteiro, com o intuito de elaborar um programa de justiça econômico-social e de assistência que provenha, de forma regular, às necessidades essenciais da Igreja na evangelização. Esta Congregação é ajudada na sua missão por quatro organizações missionárias: Pontifícia Obra Missionária para a Propagação da Fé Pontifícia Obra da Infância e Adolescência Missionária Pontifícia Obra Missionária de São Pedro Apóstolo Pontifícia União Missionária.

OBRA REFERENCIAL

Paulo VI, Exortação Apostólica Evangelii nuntiandi. Editora Paulinas.


Outubro - 2018

Círculos Bíblicos

Diocese de Guarapuava

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1º CÍRCULO BÍBLICO DO EVANGELHO DE MARCOS - Outubro Jesus tem compaixão do povo faminto. Segunda multiplicação dos pães. Marcos 8, 1-13 Preparando o ambiente: Colocar no centro um grande pão ou uma cesta de pães. 1. ORAÇÃO INICIAL – INVOCAÇÃO AO ESPÍRITO SANTO Animador: Queridos irmãos, estamos reunidos para celebrar a vida. Com a Palavra de Deus somos fortalecidos e iluminados para nossa caminhada pessoal, em família e comunidade. Animador: Manifestemos a alegria do nosso encontro com Deus, transmitamo-nos uns aos outros a Paz que queremos e sonhamos. (Desejando a paz do Senhor). Se houver alguém que esteja participando do grupo pela primeira vez, seja acolhido com muita alegria e carinho; Canto (à escolha) Animador: Iniciemos nosso círculo bíblico invocando a presença de Deus (Pode ser cantado): Todos: Em nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo, Amém. Animador: Com fé, peçamos que o Espírito Santo, venha ao nosso encontro, iluminando nossas mentes e nossos corações: Todos: Vinde Espírito Santo, enchei os corações de vossos fiéis, e acendei neles o fogo do vosso amor. Animador: Enviai o vosso Espírito, Senhor e tudo será criado, e renovareis a face da terra. Animador: Oremos: Ó Deus, que instruístes os corações de vossos fiéis com a luz do Espírito Santo, fazei que apreciemos retamente todas as coisas, Segundo o mesmo espírito, e gozemos sempre de sua consolação. Por Cristo, nosso Senhor, amém.

2. OLHANDO A PRÁTICA DA NOSSA COMUNIDADE Animador: No Círculo Bíblico de hoje vamos meditar sobre a segunda multiplicação de pães realizada por Jesus. Vamos ver como Jesus lidou com os famintos, estrangeiros que passavam fome, ensinando, assim, que o amor deve nos impulsionar para a solidariedade com todos. a) Olhando para Palavra de Deus, qual deve ser nosso sentimento em relação às pessoas famintas da nossa comunidade? b) Quais são as entidades, movimentos e pastorais que trabalham em defesa dos famintos da nossa comunidade? c) Às vezes estamos prontos para ajudar nossos amigos. Na segunda multiplicação Jesus socorre os estrangeiros famintos. Qual deve ser a postura da comunidade para os famintos que não são da nossa igreja ou do nosso círculo de amigos? 3. OLHANDO A PRÁTICA DE JESUS Animador: Com nosso coração voltado para Deus vamos ouvir atentamente a sua Palavra, identificando nela a postura de Jesus em relação aos famintos. Canto de aclamação • Leitura do texto: Marcos 8,1-13 (Ler duas vezes o texto, com calma). • Momento de silêncio para retomar o texto lido. 4. PARTILHANDO A PALAVRA a) A segunda multiplicação dos pães visa saciar a fome dos estrangeiros, enquanto que na primeira multiplicação, Jesus visava fornecer o pão aos judeus, isto é, aos de casa. Qual deve ser nossa postura com aqueles que passam fome longe de nós?

b) Sabemos que muitas crianças doentes e idosos são vítimas da fome. Olhando a prática de Jesus qual deve ser nossa postura cristã? c) Muitas pessoas padecem a fome do pão do céu. O que fazemos de concreto para evangelizar as pessoas distantes de Deus? 5. ORAÇÃO DA COMUNIDADE Momento das Preces: O que este texto nos leva a dizer a Deus? Colocar em forma de pedidos, tudo aquilo que refletimos sobre o Evangelho e sobre a nossa vida. Resposta: “Senhor ajudai-nos a promovermos a partilha” Conclusão das Preces: Oração do Pai Nosso, AveMaria, Glória ao Pai. Animador: Estivemos reunidos em Nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo. Todos: Amém 6. EM CASA E PARA O PRÓXIMO ENCONTRO • Ler: Mc 8,27-30 Deixar combinado para o próximo encontro alguém trazer um grande ícone de Jesus para colocar no centro.

Responsáveis pelo próximo encontro:

Leitores:

Próximo encontro/data: Local:

2º CÍRCULO BÍBLICO DO EVANGELHO DE MARCOS - Outubro Pedro proclama sua fé em Jesus - Marcos 8, 27-30 Preparando o ambiente: Colocar no centro da mesa um ícone de Jesus 1. ORAÇÃO INICIAL - INVOCAÇÃO AO ESPÍRITO SANTO Animador: Mais uma vez nos reunimos para nosso encontro bíblico. Que a graça, a paz e a misericórdia de Deus estejam em nosso meio. Todos: Bendito seja Deus que nos reúne no amor de Cristo. Animador: A exemplo de Jesus, somos chamados a construir a paz. Saudemo-nos uns aos outros num clima de paz e de fraternidade. (todos se cumprimentam). Se houver alguém que esteja participando do grupo pela primeira vez, seja acolhido com muita alegria. Canto (à escolha) Animador: Coloquemo-nos em sintonia com Deus, invocando sua presença em nosso meio. Todos: Em nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo, Amém. (Pode ser cantado). Animador: Com fé, peçamos que o Espírito Santo venha ao nosso encontro para iluminar nosso círculo bíblico: Todos: Vinde Espírito Santo, enchei os corações de vossos fiéis, e acendei neles o fogo do vosso amor. Animador: Enviai o vosso Espírito, Senhor e tudo será criado, e renovareis a face da terra. Animador: Oremos: Ó Deus, que instruístes os corações de vossos fiéis com a luz do Espírito Santo, fazei que apreciemos retamente todas as coisas, Segundo o mesmo espírito, e gozemos sempre de sua consolação. Por Cristo, nosso Senhor, amém.

2. OLHANDO A PRÁTICA DA NOSSA COMUNIDADE Animador: No círculo bíblico de hoje, buscaremos compreender quem é Jesus para nós. Descobrir sua identidade é uma atitude fundamental no seguimento. a) Existe hoje muitas opiniões sobre Jesus: o milagreiro, o sábio, aquele que dá riquezas, aquele que dá bênçãos em troca de ofertas de dinheiro. Assim Jesus é apresentado de várias formas nas Igrejas. Em sua opinião qual é a verdadeira identidade de Jesus que a comunidade precisa descobrir hoje? b) Jesus é o ungido de Deus apresentado como o servo sofredor em Marcos. Em sua opinião por que é forte na comunidade a tentativa de esconder o Cristo sofredor do Evangelho, apenas para acentuar Jesus como aquele que apenas abençoa todos, sem exigir nada? 3. OLHANDO A PRÁTICA DE JESUS Animador: Vamos ouvir com ternura a Palavra de Deus que nos convoca proclamarmos a fé em Jesus, a exemplo de Pedro. • Canto de aclamação • Leitura do texto: Mc 8,27-30 (Ler o texto com bastante, ao menos duas vezes). • Momento de silêncio para interiorização da leitura. 4. PARTILHANDO A PALAVRA a) Na sua vida concreta quem é Jesus e que ele significa para você? b) Muitas vezes nos limitamos a conhecer Jesus a partir das pregações que ouvimos. Você tem lido pessoalmente o evangelho para melhor conhecer Jesus? Comente.

c) O que podemos fazer pessoalmente e na comunidade para ajudar às pessoas conhecerem mais sobre de Jesus Cristo? 5. ORAÇÃO DA COMUNIDADE Momento das Preces: O que este texto proclamado nos leva a dizer a Deus? Colocar em forma de prece, espontaneamente, tudo aquilo que refletimos sobre o Evangelho e sobre a nossa vida. Resposta: “Senhor, ajudai-nos a redescobrir a identidade de Jesus e sua importância em nossa vida!” Conclusão das Preces: Oração do Pai Nosso, Ave-Maria e Glória ao Pai. Animador: Estivemos reunidos em Nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo. Todos: Amém 6. EM CASA E PARA O PRÓXIMO ENCONTRO • Ler: Mc 9,2-13 Trazer para o próximo encontro, um lençol todo branco para colocar no centro.

Responsáveis pelo próximo encontro: Leitores: Próximo encontro/data: Local:

Pe. Gilson José Dembinski


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Reflexões Dominicais

Diocese de Guarapuava

Outubro - 2018

SOLENIDADE DE TODOS OS SANTOS

32º DOMINGO DO TEMPO COMUM

Ap 7, 2-4. 9-14 | 1Jo 3, 1-3 | Mt 5, 1-12a

1Rs 17, 10-16 | Hb 9, 24-28 | Mc 12, 38-44

4 de novembro de 2018

11 de novembro de 2018

“OLHAR PARA O CÉU E ENCHER-SE DE ALEGRIA“

“OFERECEU TUDO O QUE TINHA PARA VIVER“

Nesta solenidade, a Igreja volta seu olhar e seu coração para o céu e enche-se de alegria ao contemplar uma multidão que participa da glória e da plenitude do Deus Santo. A nossa fé nos ensina que somente Deus é Santo. Nas Sagradas Escrituras a palavra “santo” significa, literalmente, “separado”. Deus é aquele que é separado, absolutamente diferente de tudo quanto exista no céu e na terra: Ele é único, Ele é absoluto, Ele, sozinho, se basta. Sozinho, é pleno. Sozinho, é infinitamente feliz. Ele é Deus! Por isso, Santo, em sentido absoluto, é somente o Deus uno e trino, Pai, Filho e Espírito Santo. A Jesus, o Filho eterno, feito homem, nós proclamamos em cada missa: “Só vós sois o Santo”; ao Pai nós dizemos: “Na verdade, ó Pai, vós sois Santo e fonte de toda santidade”; ao Espírito, nós chamamos de Santo. Mas, a nossa fé também nos ensina que este Deus santo e pleno, dobra-se carinhosamente sobre a humanidade – sobre cada um de nós – para nos dar a sua própria vida, para nos fazer participantes de sua própria plenitude, sua própria santidade. Foi assim que o Pai, cheio de imenso amor, enviou seu Filho único até nós, e este, morto e ressuscitado, infundiu no mais íntimo de nós e de toda a Igreja o seu Espírito de santidade. É isto a santidade para nós: participar da vida do próprio Deus, sermos separados, consagrados por ele e para ele desde o nosso Batismo, para vivermos sua própria vida, vida de filhos no Filho Jesus! É assim que todo cristão é um santificado, um separado para Deus. Mas, esta santidade que já possuímos deve, contudo, aparecer no nosso modo de viver, nas nossas ações e atitudes. E o modelo de toda santidade é Jesus. Então, ser santo, é ser como Jesus, deixando-se guiar e transformar pelo seu Espírito em direção ao Pai. Esta santidade é um processo que dura a vida toda e somente será pleno na glória. São João nos fala disso na segunda leitura de hoje:“Quando Cristo se manifestar, seremos semelhantes a ele, porque o veremos tal como ele é”.

Nesta perspectiva, podemos contemplar a estupenda leitura do Apocalipse que escutamos como primeira leitura. O que se vê aí? Uma multidão. Primeiro, cento e quarenta e quatro mil de todas as tribos de Israel. Essa multidão são todos os povos da terra, chamados por Cristo, na Igreja, para a salvação, para a santificação que Deus nos oferece. Percebamos: “uma multidão que ninguém podia contar”. A salvação é para todos, a santidade não é para um grupinho de eleitos, para uma elite espiritual. Todos são chamados a essa vida divina que Deus quer partilhar conosco, todos são chamados à santidade! Eis quem são os santos: aqueles que atravessaram as lutas desta vida, as tribulações desta nossa pobre existência, unidos a Cristo; são os que venceram em Cristo - por isso trazem a palma da vitória; são os que não tiveram medo de viver e, se caíram, se erraram, foram humildemente levantados e tiveram suas vestes lavadas e alvejadas no sangue precioso de Cristo. São santos não com sua própria santidade, mas com a santidade do CristoDeus. Nunca esqueçamos: ninguém é santo com suas forças, ninguém é santo por sua própria santidade: só em Cristo somos santificados, pois somente Cristo derrama sobre nós o Espírito de santidade. O nosso único trabalho é lutar para acolher esse Espírito, deixando-nos guiar por ele e por ele sermos transfigurados em Cristo! Num mundo que vive estressado, que corre sem saber para onde… num mundo que já não crê nos verdadeiros valores, porque já não crê em Deus, contemplar, hoje, todos os santos, é recordar para onde vamos e qual é o sentido da nossa vida! Não tenhamos medo de ser de Deus, não tenhamos medo de testemunhar o Evangelho, não tenhamos medo de alimentar nossa vida com o Cristo, na sua Palavra e na sua Eucaristia para sermos inebriados da vida do próprio Deus. Que todos os Santos e Santas de Deus intercedam por nós!

Reflexão elaborada pelos seminaristas de nossa diocese que estão estudando Teologia em Curitiba: Everton Pavilaqui, Herick Rogger Pinchesk, Jacir dos Santos, Marinaldo Cheliga e José Vitor Cozechen Seller.

A liturgia deste Dia do Senhor, fala-nos do verdadeiro culto, do culto que devemos prestar a Deus. A Deus não interessa grandes manifestações religiosas ou ritos externos mais ou menos luxuosos, mas uma atitude permanente de entrega nas suas mãos, de disponibilidade para os seus projetos, de acolhimento generoso dos seus desafios, de generosidade para doarmos a nossa vida em benefício dos nossos irmãos. A primeira leitura apresenta-nos o exemplo de uma mulher pobre de Sarepta, que, apesar da sua pobreza e necessidade, está disponível para acolher os apelos, os desafios e os dons de Deus. Importante é prestar atenção na fidelidade a Deus do profeta Elias: ele é o grande defensor da fé. Elias representa os pobres de Israel, na sua luta sem tréguas contra uma aristocracia que subvertiam a seu bel prazer as leis e os mandamentos. A situação da viúva demonstra o tempo dramático de fome e seca. Ela e seu filho têm apenas um punhado de farinha e um pouco de azeite, que irão tomá-los e, depois, esperar a morte. Mas, a ação de Deus acontece na vida daqueles que são privilegiados da graça divina: a viúva, o órfão e os mais vulneráveis. A presença profética de Elias gera esperança e traz nova perspectiva aos que permanecem firmes na aliança com Deus. A segunda leitura oferece-nos o exemplo de Cristo, o sumo-sacerdote que entregou a sua vida em favor dos homens. Ele mostrou-nos,

com o seu sacrifício, qual é o dom perfeito que Deus quer e que espera de cada um dos seus filhos. Mais do que dinheiro ou outros bens materiais, Deus espera de nós o dom da nossa vida, ao serviço desse projeto de salvação que Ele tem para os homens e para o mundo. Nesse sentido, a mensagem da Carta aos Hebreus para nossa vida de fiéis, é a seguinte: diante das dificuldades, quando perdemos o entusiasmo e corremos o risco de desanimar do compromisso assumido, inclusive, no dia do Batismo, lembremos do mistério da vida de Cristo para animar e revitalizar a nossa fé e missão. A sua entrega na cruz é a lição suprema que Ele quis deixar-nos; a lição do amor que renuncia ao egoísmo e que se faz dom total aos irmãos, até às últimas consequências. O Evangelho nos diz, através do exemplo de outra mulher pobre, de outra viúva, qual é o verdadeiro culto que Deus quer dos seus filhos: que eles sejam capazes de Lhe oferecer tudo, numa completa doação, numa pobreza humilde e generosaque é sempre fecunda, num despojamento de si que brota de um amor sem limites e sem condições. Só os pobres, isto é, aqueles que não têm o coração cheio de si próprios, são capazes de oferecer a Deus o culto verdadeiro que Ele espera. O verdadeiro cristão não é o que cultiva gestos teatrais e ridículos, que impressionam as multidões e que arrancam aplausos dos homens; mas é o que aceita despojar-se de tudo, prescindir dos seus interesses e projetos pessoais, para se entregar completa e gratuitamente nas mãos de Deus, com humildade, generosidade, total confiança e amor verdadeiro. É este o exemplo que os discípulos de Jesus devem imitar; é esse o culto verdadeiro que eles devem prestar a Deus.

Reflexão elaborada pelos seminaristas de nossa diocese que estão estudando Teologia em Curitiba: Everton Pavilaqui, Herick Rogger Pinchesk, Jacir dos Santos, Marinaldo Cheliga e José Vitor Cozechen Seller.


Reflexões Dominicais

Outubro - 2018

Diocese de Guarapuava

33º DOMINGO DO TEMPO COMUM

JESUS CRISTO, REI DO UNIVERSO

Dn 12, 1-3 | Hb 10, 11-14. 18 | Mc 13, 24-32

Dn 7, 13-14 | Ap 1, 5-8 | Jo 18, 33b-37

18 de novembro de 2018

25 de novembro de 2018

“ENTÃO VEREIS O FILHO DO HOMEM VINDO NAS NUVENS COM GRANDE PODER E GLÓRIA“

“EU SOU O ALFA E O ÔMEGA“

A liturgia deste domingo é um convite à esperança, à confiança em nosso Deus. Assim, a primeira leitura anuncia aos fiéis perseguidos e desanimados a chegada iminente do tempo da intervenção libertadora de Deus para salvar o povo. A segunda leitura lembra que Jesus veio ao mundo para concretizar o projeto de Deus no sentido de libertar o homem do pecado e de o inserir numa dinâmica de vida eterna. No Evangelho, Jesus garante-nos que, num futuro sem data marcada, o mundo velho do egoísmo e do pecado vai cair e que, em seu lugar, Deus vai fazer aparecer um mundo novo, de vida e de felicidade sem fim. Na primeira leitura, vemos que aos perseguidos, o autor de tal passagem bíblica nos anuncia a chegada iminente do tempo da intervenção salvadora de Deus para salvar o seu povo. Nesse sentido, ele refere-se à intervenção de “Miguel”, o chefe do exército celestial, que Deus enviará para castigar os perseguidores e para proteger os santos. Com isso, ele fala de uma intervenção de Deus que vai colocar fim ao mundo da injustiça, da opressão, da prepotência, da morte e que iniciará um novo mundo, de justiça, de felicidade, de paz, de vida verdadeira. Portanto, tal leitura nos deixa claro que aqueles que, apesar da perseguição e do sofrimento, se mantiveram fiéis a Deus e aos seus valores, estão destinados à “vida eterna”. Quanto à segunda leitura, vemos que “cumprida a sua missão na terra, Jesus sentou-se para sempre à direita de Deus” (Hb 10,12). Esta imagem de glória e triunfo, mostra, não apenas como o caminho percorrido por Cristo

é um caminho que tem a aprovação de Deus mas, sobretudo, qual é a meta final da caminhada do ser humano. Pois, esse é a divinização, a comunhão com Deus, a pertença à família de Deus. Se o caminho de fidelidade aos projetos de Deus e da entrega por amor aos irmãos levou Jesus a sentar-se à direita do Pai, do mesmo modo, todos aqueles que seguem Jesus chegarão à mesma meta e sentar-se-ão, por sua vez, à direita de Deus. Desta forma, a Carta aos Hebreus nos exorta a vivermos com fidelidade os compromissos assumidos com Cristo no dia do Batismo. No Evangelho, iniciamos por ver que o “Filho do Homem, cheio de poder e de glória, que virá “reunir os seus eleitos” (Mc 13, 27), não pode ser outro senão Jesus. Com esta imagem, Marcos assegura aos crentes o triunfo definitivo de Cristo sobre os poderes opressores e a libertação daqueles que, apesar das perseguições, continuaram a percorrer com fidelidade os caminhos do Senhor. Portanto, a mensagem proposta por Marcos é clara: espera-vos um caminho marcado pelo sofrimento e pela perseguição; no entanto, não vos deixeis afundar no desespero porque Jesus vem ao encontro de todos. E com a sua vinda gloriosa cessará a escravidão insuportável que vos impede de conhecer a vida em plenitude e nascerá um mundo novo, de alegria e de felicidade plena. Assim, Marcos não quer amedrontar, mas abrir os corações à esperança. Pois, para Jesus, mais importante do que definir o tempo exato da queda do mundo velho é ter confiança na chegada do mundo novo e estar atento aos sinais que o anunciam. O aparecimento nas figueiras de novos ramos e de novas folhas acontece, sem falhas, cada ano e anuncia ao agricultor a chegada do verão e do tempo das colheitas. Do mesmo modo, somos convidados a esperar, com confiança, a chegada do mundo novo e a perceber, nos sinais de desagregação do mundo velho, o anúncio de que o tempo da sua libertação está a chegar. Portanto, é Deus, o Senhor da história, que irá fazer nascer um mundo novo; contudo, Ele conta com a nossa colaboração na concretização desse projeto.

Reflexão elaborada pelos seminaristas de nossa diocese que estão estudando Teologia em Curitiba: Everton Pavilaqui, Herick Rogger Pinchesk, Jacir dos Santos, Marinaldo Cheliga e José Vitor Cozechen Seller.

A Solenidade de Cristo, Rei do Universo, neste domingo, encerra o Ano Litúrgico, e nos convida a refletir e celebrar com toda a Igreja a realeza de Jesus, cujo real sentido nos é dado a partir das leituras desta solene liturgia. Essa solenidade foi instituída pelo Papa Pio XI, em 1925, quando finalizado os horrores da Primeira Guerra Mundial, foi urgente a necessidade de afirmar ao mundo que Jesus Cristo é o grande soberano do universo, não como um conquistador dominante, mas como servo de todos, cuja realeza só faz sentido na Cruz, que refaz as relações dos homens com Deus, mas também entre si. A Primeira Leitura é retirada do livro de Daniel, que é um dos últimos livros do Antigo Testamento a ser escrito, uma vez que o profeta faz a experiência do Exílio na Babilônia, e apresenta uma mensagem de esperança para o povo exilado. Desta dorma, quando ele é levado cativo, começa a irromper, não obstante aos sofrimentos, a esperança da intervenção de Deus, que enviará um “Messias”, que restaure as suas antigas glórias. Daniel expande essa convicção afirmando que o Messias virá e reinará sobre todas as nações, porque a salvação de Deus é para toda a humanidade, não apenas para alguns escolhidos, que não foram fiéis à Aliança. A Segunda Leitura, por sua vez, é extraída do Apocalipse, um dos últimos escritos agora do Novo Testamento, e também é elaborado num contexto bem difícil para as comunidades cristãs do final do séc. I d.C., que viviam dificuldades internas como desânimos e tibiezas frente à vida cristã. Eles amargavam

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a desconfiança diante da volta de Cristo, as primeiras heresias e um grande medo de testemunhar a fé, dado as grandes perseguições e martírios. Dessa maneira, também o autor do Apocalipse, apresenta a figura de Jesus Cristo, afirmando que Ele é “testemunha fiel” porque foi capaz de testemunhar até a morte aquilo que o Pai queria revelar aos homens; Ele é o “primogênito dos mortos”, porque a partir de sua Paixão-Ressurreição, demonstrou que Deus tem a palavra final também sobre a morte; Ele também é o “príncipe dos reis da terra”, porque inaugurou uma nova ordem, ou seja, o Reino de vida e plenitude. Mas, sobretudo, Jesus fez de nós um reino de sacerdotes, a obra de Cristo nos muda a partir dele mesmo, revelando a nós totalmente aquilo que Deus é, e o que Ele quer para a nossa vida. O Evangelho desta Solenidade trata do processo de Jesus diante de Pilatos, a partir da narrativa de João. O interrogatório se dá com uma pergunta direta se Jesus era o Messias, o Rei dos Judeus, que é respondida de forma positiva, mas a partir de uma concepção muito mais profunda sobre o que significa ser “rei”. Jesus é rei feito prisioneiro, traído por seus amigos e ridicularizado como um bandido qualquer, daí a pergunta: onde está sua força e seu poder? Estão no seu abandono total à vontade do Pai, até a Cruz, porque a sua realeza é puro dom de Deus para a humanidade. Portanto, a partir da liturgia deste domingo, podemos entender que a Solenidade de Cristo, Rei do Universo, celebra a profundidade da missão de Jesus para a humanidade, ou seja, revela totalmente o rosto terno do Pai e alcança toda a humanidade com as misericórdias de Deus. A sua realeza é para dar testemunho da verdade, que não se trata de um conjunto de ideias ou doutrinas, mas na Pessoa de Deus mesmo, feito carne por amor a nós (cf. Jo 1, 14). É apenas dando testemunho da verdade, até o martírio, que o poder de Deus pode irromper no mundo e inaugurar uma nova ordem, também temporal, a partir d’Ele mesmo, para que todos sejam “da verdade”, isto é, também assumam com fidelidade a vontade do Pai, inclusive na Cruz e nas contradições da vida humana.

Reflexão elaborada pelos seminaristas de nossa diocese que estão estudando Teologia em Curitiba: Everton Pavilaqui, Herick Rogger Pinchesk, Jacir dos Santos, Marinaldo Cheliga e José Vitor Cozechen Seller.


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Diocese de Guarapuava

Notícias Paroquiais

Outubro - 2018

LARANJEIRAS DO SUL: Paróquia Sant’Ana promove encontro sobre o Ano do Laicato

MANOEL RIBAS: Paróquia celebra missa de envio de coroinhas e acólitos

Mais de 160 pessoas da matriz, das comunidades do interior e também das paróquias São João Batista, em Nova Laranjeiras e Santo Antônio de Pádua em Rio Bonito do Iguaçu, participaram do dia de formação.

As 37 crianças assumiram um compromisso de colaboração junto à comunidade e o momento, conforme os paroquianos; foi muito emocionante e importante para todos.

A paróquia Sant’Ana, em Laranjeiras do Sul, sediou, no último dia 16 de setembro, um encontro em celebração ao Ano Nacional do Laicato. Ao todo, mais de 160 pessoas da matriz, das comunidades do interior do município e também das paróquias São João Batista, em Nova Laranjeiras e Santo Antônio de Pádua de Rio Bonito do Iguaçu participaram do dia de formação, reflexão e entendimento sobre o verdadeiro trabalho do leigo junto à Igreja e à sociedade. Tereza Grzybysz e Elizete da Aparecida Toledo organizaram o encontro que começou às 08h30. Às 10h30, o padre de Laranjeiras do Sul, Luís Tessarollo, da congregação dos padres Xaverianos (SX), celebrou um missa na matriz. Durante a homilia, padre Luís fez várias indagações sobre o verdadeiro papel dos cristãos junto à Igreja e também junto às comunidades onde vivem. “Quem é Jesus para mim?”, questionou o sacerdote. Ao meio-dia, foi servido um almoço aos presentes. À tarde, João Maria Ferreira e Rozalino Ramos, da diocese de Guarapuava, falaram sobre a Campanha da Fraternidade de 2018, que aborda o tema “Fraternidade e Superação da Violência”. “Rozalino e João Maria falaram em como construir a fraternidade, promovendo a cultura da paz, da reconciliação e da justiça, à luz da Palavra de Deus, como caminho de superação da violência. Eles também deram testemunho de como anunciar a boa nova da fraternidade e da paz, como expressão de conversão”, contou Elizete, que também apresentou o mês missionário. “Nossas atividades devem envolver toda a comunidade, sempre tendo o Evangelho como

nossa grande meta. Nosso trabalho neste mês missionário deve estar em consonância com a Campanha da Fraternidade de 2018 e buscar sensibilizar e despertar vocações missionárias, bem como motivar para a realização da coleta no Dia Mundial das Missões, que se dá no penúltimo fim de semana de outubro, sábado e domingo, dias 20 e 21, respectivamente”, concluiu Elizete. Também na oportunidade, o coordenador do Conselho Nacional de Leigos do Brasil (CNLB) da diocese de Guarapuava, Tales Faleiros Lemos, falou sobre o Ano Nacional do Laicato e seus desafios e propostas para todos os cristãos. Conforme o coordenador, os leigos têm a missão de fazer com que a Igreja trilhe o melhor caminho, sempre com base em Jesus Cristo, que é uma verdadeira fonte de vida e de doação. “Os leigos cumprirão mais eficazmente com sua missão de fazer com que a Igreja ‘aconteça’ no mundo, na tarefa humana e na história. ‘Os leigos são homens e mulheres da Igreja no coração do mundo e homens e mulheres do mundo no coração da Igreja’ (Puebla, n. 786). O grande desafio que se apresenta é que os leigos devem tornar-se protagonistas da transformação da sociedade com maior abertura de mentalidade para entender e acolher o ‘ser’ e o ‘fazer’ de cada um na Igreja, que por seu batismo e sua crisma torna-se discípulo e missionário de Jesus Cristo”, sublinhou Tales. O encontro terminou às 16h, com um momento especial de reflexão e oração, onde os participantes apresentaram os símbolos construídos durante o dia e os depositaram como oferta diante do sacrário.

“Nossas atividades devem envolver toda a comunidade, sempre tendo o Evangelho como nossa grande meta.” Elizete da Aparecida Toledo

A paróquia Santo Antônio, em Manoel Ribas, realizou uma missa de envio de 22 novos coroinhas e 15 novos acólitos no último dia 25 de agosto. A celebração, que foi presidida pelo pároco local, padre Marcos Dabrowski, reuniu centenas de pessoas na matriz. As 37 crianças assumiram um compromisso de colaboração junto à comunidade e o momento, conforme os paroquianos; foi muito emocionante e importante para todos, pois através das crianças, muito se renova na comunidade. “A celebração foi muito bonita e os novos coroinhas e acólitos assumiram seu compromisso junto à comunidade.

Para que isso se tornasse possível tivemos o apoio e coordenação na pessoa da senhora Marilda Schuelter que há nove anos dedica-se à Pastoral dos Coroinhas, bem como, de seus colaboradores, Edna Melak, Mariane Comunello Floriano e do seminarista Cleber Luiz Stipp Willeman. Atualmente, a Pastoral conta com um total de 60 coroinhas e 15 acólitos que desempenham suas funções junto à paróquia. Que daqui para frente, eles possam seguir firmes em seus caminhos, fortalecendo e aumentando cada vez mais o grupo e a sua fé”, escreve a Pastoral da Comunicação (Pascom) em nota.

PALMITAL: Funcionários do decanato Pitanga realizam encontro anual

Este ano, os trabalhos foram realizados na paróquia Nossa Senhora Imaculada Conceição, em Palmital e 27 funcionários participaram.

No último dia 18 de setembro, funcionários que trabalham nas paróquias e comunidades do decanato Pitanga da diocese de Guarapuava, participaram de um encontro anual previsto em agenda. Na oportunidade, a paróquia Nossa Senhora Imaculada Conceição, em Palmital, foi o local de realização dos trabalhos. O pároco local, padre André Santos Lima, foi o orientador espiritual das atividades que começaram às 08h30, com um café da manhã. Na ocasião, os funcionários também decidiram, através de votação, sobre o local onde farão a confraternização de

fim de ano. A maioria optou pleo Ody Park Aquático e Resort Hotel, na zona rural do município de Iguaraçu, Região Metropolitana de Maringá. “A confraternização dos funcionários do decanato Pitanga será no dia 20 de novembro, no Ody Park, em Iguaraçu. Estamos muito felizes com a decisão”, destacou o secretário da paróquia Senhor Bom Jesus, em Cândido de Abreu e também agente da Pastoral da Comunicação (Pascom), Daniel Nelson Cizanska. O encontro foi finalizado com um almoço.


Notícias Paroquiais

Outubro - 2018

GUARAPUAVA: paróquia e santuário Nossa Senhora Aparecida realiza 49ª Festa da Padroeira

A preparação da festa de Nossa Senhora Aparecida também contará com procissão luminosa, momentos devocionais e as já tradicionais: ciclo-romaria e moto-romaria.

No dia 12 de outubro, a paróquia e santuário Nossa Senhora Aparecida, em Guarapuava, celebra a 49ª edição da festa da padroeira. Em consonância com o Ano Nacional do Leigo, os preparativos deste ano têm como tema: “Maria, a primeira leiga”. De 30 de setembro a 11 de outubro, às 19h30, na matriz, haverá celebração da “dozena”. Depois das missas, a comunidade pode apreciar as tradicionais barracas de doces e salgados, além de músicas e brincadeiras variadas. A preparação da festa de Nossa Senhora Aparecida também contará com procissão luminosa, momentos devocionais e as já tradicionais: ciclo-romaria e moto-romaria. A ciclo-romaria será no dia 06 de outubro, às 15h, com saída do Parque de Exposições Lacerda Werneck. Já a moto-romaria, será no dia 12 de outubro, com saída ao meio-dia, também do Parque de Exposições Lacerda Werneck. Às 16h do dia 12, a comunidade receberá os participantes de uma cavalgada em homenagem à padroeira.

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Outubro é o mês dedicado a

Nossa Senhora Aparecida, padroeira do Brasil

Na diocese de Guarapuava, são cinco as paróquias que têm Nossa Senhora Aparecida como Padroeira. Elas estão nas cidades de Guarapuava - Bairro Bonsucesso, Altamira do Paraná, Inácio Martins, Campina do Simão, e Turvo.

CELEBRAÇÕES Serão realizadas quatro celebrações de missas no dia 12 de outubro na matriz Nossa Senhora Aparecida, em Guarapuava, nos seguintes horários: 07h, 08h30, 10h e 11h30. Durante todo o dia, haverá diversas atividades festivas, conforme a coordenação da festa e todos são convidados a participar.

GUARAPUAVA: funcionários do decanato centro realizam encontro anual Guilherme Nunes proferiu uma palestra com o tema: “enfim, caíram em terra boa”. (Mt 13, 1-9). Na ocasião, também foi eleita a nova coordenação para um período de dois anos de trabalho. No último dia 18 de setembro, funcionários que trabalham nas paróquias, comunidades e instituições da Igreja no decanato centro da diocese de Guarapuava, participaram de um encontro anual. A atividade é prevista em agenda e, desta vez, os trabalhos foram realizados na paróquia Santa Cruz e Nossa Senhora das Dores, bairro Santa Cruz, em Guarapuava. Mais de 90 pessoas estiveram presentes. Guilherme Nunes, atual gerente da Loja Nossa Senhora de Belém Livros e Artigos Religiosos, foi o coordenador dos trabalhos que teve como tema: “enfim, caíram em terra boa”. (Mt 13, 1- 9) “Devemos ter cuidado com as sementes, mas também precisamos ter muito cuidado para com o local onde esta semente vai cair. De nada adianta desperdiçar sementes boas em terras despreparadas, inférteis. Assim deve ser conosco. Em cada um de nós, deve haver a preparação para que a Palavra e as coisas boas brotem, germinem e deem bons frutos. Devemos ser sempre este chão adubado e pronto para receber a boa semente”, discorreu Guilherme. Depois do almoço, os funcionários participaram da eleição da nova coordenação (dos funcionários) e, em seguida, houve um momento de confraternização entre os presentes, com felicitações para os aniversariantes do período.

Diocese de Guarapuava

Fernanda Guiné Finger, coordenadora dos funcionários do decanato centro da diocese de Guarapuava falou sobre os trabalhos desenvolvidos por sua equipe durante os dois anos e disse se sentir gratificada pela oportunidade. “Hoje é um momento muito especial para cada um de nós desta coordenação. Depois de dois anos, chegou o momento de entregar a função para uma nova equipe. Agradeço a todos por esta oportunidade e pelo desafio. Em muitos momentos, não sabemos a força que temos. Agradeço aos amigos e à equipe que somou, ajudou em tudo e me fez caminhar nesses dois anos em que permaneci como coordenadora dos funcionários do decanato centro. Agradeço a Deus por tudo isso. A cada dia, temos a certeza de que sozinhos, nada somos”, disse Fernanda. A nova coordenação deve assumir suas funções no início de 2019 para um período de dois anos.

Mais uma vez nos aproximamos do dia da padroeira do Brasil, Nossa Senhora Aparecida. Todos os anos, além das grandes festividades no Santuário Nacional de Aparecida, em São Paulo, milhares de paróquias, capelas e comunidades em todo o país também promovem suas celebrações, romarias e momentos de fé para festejar o que, de fato, representou um grande divisor de águas na vida dos brasileiros e também de pessoas do mundo inteiro; o encontro da imagem de Nossa Senhora de Nazaré pelos pescadores, em 12 de outubro de 1717, no Rio Paraíba do Sul, no Estado de São Paulo. A devoção a Nossa Senhora Aparecida instiga a fé das pessoas para além do Brasil, e faz do Santuário Nacional erguido em homenagem à Virgem um dos lugares do mundo mais visitados e lembrado em oração. O Brasil é considerado o maior país católico do planeta. Esta estatística é do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgada em 2013. Dados apontam que há mais de 123 milhões de brasileiros seguidores do catolicismo, número que representa mais de 60% da população. Entre os santos de devoção, se destaca Nossa Senhora Aparecida, padroeira do Brasil e que tem seu dia celebrado em 12 de outubro. Neste ano de 2018, o santuário dedicado à padroeira completa seus 301 anos de existência. A história de Nossa Senhora da Conceição Aparecida, começou em 1717, quando três pescadores lançaram suas redes no Rio Paraíba do Sul, no interior de São Paulo. A época não estava boa para pesca, até que na rede apareceram, separadamente, a cabeça e o corpo da estátua de Imaculada Conceição, mãe de Jesus. A partir daí, peixes surgiram em abundância nas redes dos pescadores, segundo a história. Este é tido como o primeiro milagre da Padroeira. Em seguida, o povo nomeou a imagem como Aparecida para indicar as circunstâncias misteriosas de seu achado. Em 1745, a primeira capela dedicada a Nossa Senhora Aparecida foi aberta para visitação. Anos depois, em 1834, construiu-se uma igreja maior. Já em 1930, a Santa foi proclamada pelo papa Pio XI como Rainha do Brasil e Padroeira Oficial do País.

POPULARIDADE

O padre Carlos Miranda, da Igreja Nossa Senhora da Lapa, de Cubatão, em São Paulo, disse em entrevista no ano passado, por ocasião das comemorações dos trezentos anos do Santuário, que

entende que a popularização da santa no Brasil ocorre, entre outros motivos, pela mensagem que ela passa aos fiéis. “A história diz que Nossa Senhora Aparecida não pronuncia uma palavra. É tudo muito discreto e faz lembrar Maria (mãe de Jesus). A imagem dela retirada do rio tem uma cor enegrecida, que simboliza os irmãos escravos da época e mostra que, para Deus, somos todos iguais. Não há distinção”, detalhou o sacerdote na ocasião. Para destacar ainda mais sua presença no País, o padre recomenda a leitura da obra do jornalista Rodrigo Alvarez, com o título de: “Aparecida - A biografia da santa que perdeu a cabeça, ficou negra, foi roubada, cobiçada pelos políticos e conquistou o Brasil”.

MILAGRES MAIS CONHECIDOS

Alguns milagres são associados a Nossa Senhora Aparecida. Um deles teria ocorrido na década de 1730, quando duas velas que iluminavam uma imagem da santa se apagaram e, logo depois, se acenderam sem que ninguém as tocasse. Por volta de 1850, há informações de que, ao passar por uma igreja com a imagem da Padroeira, um escravo preso a correntes pediu para rezar. No momento em que proferia suas orações, as correntes se soltaram sozinhas, dando liberdade ao escravo. Outra graça que teria sido alcançada ocorreu em 1874. Uma mãe caminhava às margens do Rio Paraíba do Sul, local de encontro da santa, com sua filha, cega de nascença. Quando estavam próximas à Basílica Velha, a menina teria comentado: “Mãe, como é linda esta igreja”. Daquele momento em diante, a jovem passou a enxergar.

NA DIOCESE

A devoção a Nossa Senhora Aparecida na diocese de Guarapuava é muito grande. Todos os meses, centenas de pessoas da região vão até o Santuário Nacional, em Aparecida, São Paulo agradecer por graças alcançadas e também fazer seus pedidos à Virgem Negra. Em toda a diocese, são cinco as paróquias que têm Nossa Senhora Aparecida como Padroeira. Elas estão nas cidades de Guarapuava — Bairro Bonsucesso, Altamira do Paraná, Inácio Martins, Campina do Simão, e Turvo. Além das paróquias, diversas comunidades e capelas também são dedicadas à Padroeira do Brasil, dentre os quais, se destaca o Santuário de Passo da Reserva, em Reserva do Iguaçu, um lugar que recebe milhares de pessoas todos os anos que vão até lá para pagar promessas e fazer suas orações.


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Notícias Paroquiais

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Outubro - 2018

ALTAMIRA DO PARANÁ: notícias paroquiais

Sete anos da Pastoral do Dízimo, participação da paróquia em torneio, peregrinação com a imagem de Nossa Senhora Aparecida e retiro em celebração ao Ano do Laicato, foram destaques na paróquia.

DÍZIMO

A paróquia Nossa Senhora Aparecida, em Altamira do Paraná, comemorou, no mês de setembro, sete anos de implantação da Pastoral do Dízimo. Desde o início, no segundo domingo de cada mês, há uma celebração especial em agradecimento aos dizimistas da comunidade pela fidelidade e compromisso de manutenção da Igreja. “A celebração do segundo domingo de cada mês é em ação de graças pela vida dos dizimistas e pela caminhada pastoral do Dízimo. Pelos testemulhos dos dizimistas, a partilha se dá a serviço da evangelização e

manutenção da comunidade paroquial. Através do Dízimo, agradecemos a Deus pelo Dom da vida”, destacou a coordenadora na paróquia, Andréa da Cruz.

TORNEIO DA INDEPENDÊNCIA

No dia 07 de setembro, o município de Altamira do Paraná realizou mais uma edição do Torneio da Independência na modalidade de futebol de campo. A paróquia Nossa Senhora Aparecida, também participou das disputas com duas equipes, masculino e feminino. O time feminino conquistou a terceira colocação e o masculino foi campeão nesta edição do torneio.

PEREGRINAÇÃO

Como em anos anteriores, a paróquia Nossa Senhora Aparecida, em Altamira do Paraná, realizou mais uma peregrinação com a imagem da padroeira, de 17 a 26 de setembro. Em procissão, a imagem visitou todas as comunidades que integram a paróquia. No dia 22 de setembro, às 17h, foi organizada uma caminhada saindo da matriz, num percurso de seis quilômetros, até a comunidade Nossa Senhora Aparecida, na localidade de Rio do Achado. Mais de 500 pessoas participaram da peregrinação, conforme os organizadores. As atividades foram encerradas com uma missa às 19h. Depois da celebração, os presentes participaram de um jantar de confraternização.

RETIRO

A paróquia Nossa Senhora Aparecida, em Altamira do Paraná, realizou um retiro em celebração ao Ano Nacional do Laicato, no dia 15 de setembro. Dezenas de pessoas das diversas pastorais e movimentos das comunidades da paróquia participaram do encontro. O Retiro foi conduzido pelas irmãs da Caridade Social, Ângela Leonete Vandresen e Karen Danielle Klaczek. O tema trabalhado foi: “Vós sois o Sal da terra e a Luz do Mundo” (Mt 5, 13).

Guarapuava sediou XXI edição das Olimpíadas Estadual das Apaes Com informações do Portal Rede Sul de Notícias e da Assessoria de Comunicação da prefeitura de Guarapuava.

Durante toda a semana de duração do evento, houve grande movimentação dos atletas, professores, coordenadores e equipe técnica pelas ruas de Guarapuava. Os hotéis da cidade ficaram lotados durante as Olimpíadas das Apaes. De 08 a 13 de setembro, Guarapuava foi sede da XXI edição das Olimpíadas Estadual das Associações de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apaes). Esta foi a primeira vez que a cidade sediou este tipo de evento. Mais de mil e duzentos atletas, divididos em treze modalidades, de pelo menos trezentos municípios do Estado participaram dos jogos com trinta seleções. A prefeitura de Guarapuava foi parceira no evento considerado de extrema importância para a população, uma vez que mostra o potencial e o exemplo de superação dos excepcionais de todo o Paraná em se tratando das atividades esportivas. O presidente da Federação Estadual das Apaes, Fernando Meneguetti, e a presidente da Apae de Guarapuava, Marcia Cristina Faria, agradeceram as parcerias da prefeitura, empresas e outras instituições para que a cidade fosse a sede do evento. Durante o lançamento das Olimpíadas, no dia 27 de agosto, na sede da Faculdade Guairacá, o grupo Corpo e Movimento, integrado por alunos da Apae de Guarapuava, fizeram uma apresentação de dança e emocionaram os presentes. Também participaram do lançamento o secretário de Estado de Esporte e Turismo do Paraná, Douglas Fabrício; vice-prefeito e secretário de Agricultura e Turismo de Guarapuava, Itacir Vezzaro; vice-presidente da Federação Estadual das Apaes, Pedro Paulo Bazana; coordenador do evento, Paulino Hykavei Junior; secretário de Esportes e Recreação de Guarapuava, Pablo Almeida; secretária de Educação e Cultura de Guarapuava, Doraci Senger Luy; diretor geral da Faculdade Guairacá, Juarez Matias Soares; vice-presidente do Conselho Regional dos Direitos da Pessoa com Deficiência, Pedro Martendal; representantes da Polícia Militar, 26º Grupo de Artilharia de Campanha (GAC) e Corpo de Bombeiros, além de alunos da Apae.

EVENTO

Durante toda a semana de duração do evento, houve uma grande movimentação dos atletas, professores, coordenadores e equipe técnica pelas ruas de Guarapuava. Os hotéis da cidade ficaram lotados durante as Olimpíadas das Apaes. Ao fim do encontro de seis dias, muitos se disseram com saudade dos trabalhos realizados e gratificados pelas amizades que conquistaram. O encerramento dos jogos foi no dia 13 de setembro, com um almoço que reuniu todos os participantes. Logo depois, no início da tarde, as delegações retornaram aos municípios de origem, levando na bagagem, segundo disseram, a melhor impressão de Guarapuava. “A competência, a organização, a acolhida e a união marcaram o evento em Guarapuava. Pela primeira vez nossos atletas ficaram hospedados em

hotéis, porque geralmente ficam em escolas. Não houve nenhum problema e Guarapuava está de parabéns”, disse o professor Daniel Golfieri de Oliveira, da Apae de Ribeirão do Pinhal. Os organizadores do evento foram unânimes em assentir que a maior dificuldade enfrentada, foi em relação à questão financeira. O investimento de um milhão de reais, dos quais, quinhentos mil (reais) foram usados apenas com a hospedagem, foi motivo para tirar o sono de muitos dirigentes das delegações que participaram das Olimpíadas das Apaes. Realização de licitações, espera pela aprovação e chagada dos produtos esportivos adquiridos, bem como a liberação dos recursos, representaram grande estresse aos envolvidos no processo esportivo. “Foram noites de insônia, muito choro, mas também de muita união, de muita superação e de muita parceria”, disse

a presidente da entidade, Márcia Cristina Faria Nagase. Outro consenso foi em relação à participação decisiva e a vontade política do prefeito Cesar Silvestri Filho em viabilizar o evento, conforme sublinha a presidente. “Se não fosse o prefeito Cesar Filho não sabemos o que teria acontecido. A vontade política dele foi fundamental”, diz Márcia. A doação da vice-presidente da Apae, Marilda Muller também foi reconhecida. “A Marilda foi uma gigante”, resume. Mas a atuação de voluntários de todas as faixas etárias também moveu as Olimpíadas. “Esse evento nos mostrou que não somos nada sozinhos, que precisamos do outro”, sublinhou a presidente da entidade em Guarapuava. O secretário municipal de Esportes, Pablo Almeida, comunga da mesma opinião. “Foi um evento construído e realizado por muitas mãos e que nos deixa um legado de amor. Tudo saiu perfeito, sem imprevistos, um ajudando o outro. Já participei de muitos jogos, mas nenhum se iguala a este. Guarapuava não será mais a mesma depois das Olimpíadas das Apaes”, considera.

DEMANDAS

Para que tudo desse certo, as demandas foram divididas em equipes. A cozinha, por exemplo, envolveu oito cozinheiros em três turnos, com quarenta e cinco voluntários, sob a coordenação do professor do curso de gastronomia da Faculdade Guairacá, Renato Gabriel de Lima. Ele convidou acadêmicos, pais e voluntários de outros cursos para ajudar. Jéssica da Fontoura Cararo e Paulo Vier são egressos do curso de gastronomia e trabalharam os seis dias para ajudar a cozinhar vinte e quatro toneladas de alimentos, distribuídas em trinta mil refeições entre almoço, lanche e jantar, numa média diária de doze horas de trabalho. “Todos têm que se doar um pouco e é também um grande aprendizado”, disseram.


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Reunião do Conselho Pastoral traça rumos para a reflexão da Campanha da Fraternidade de 2020

Pesquisa da Pastoral Carcerária aponta que Brasil está na contramão mundial da redução de presos

Como de costume, nas reuniões do Conselho, os bispos acolhem uma ampla análise da conjuntura socioeconômica do Brasil e o papel do País no cenário internacional.

A pesquisa aponta também, que houve um crescimento de 460% em 22 anos da população carcerária no Brasil. O perfil da terceira maior população carcerária do mundo é, em sua maioria, de jovens negros.

Os membros do Conselho Episcopal Pastoral (Consep) da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) se reuniram em Brasília, nos dias 18 e 19 de setembro, para discutir sobre a Campanha da Fraternidade 2019-2020. Entre os pontos da pauta estava a tarefa de escolher o hino e definir as diretrizes gerais para a elaboração do Texto-Base da Campanha da Fraternidade de 2020 que vai tratar “Fraternidade e vida: dom e compromisso”.

ANÁLISE DE CONJUNTURA

Como de costume, nas reuniões do Conselho, os bispos acolhem uma ampla análise da conjuntura socioeconômica do Brasil e o papel do País no cenário internacional. Padre Thierry-Jean Linard de Guertechin é assessor especial e membro da equipe que normalmente prepara um trabalho minucioso, levantando os principais problemas da atualidade no campo da política na sociedade e apresenta aos membros do Conselho. Nesta terça-feira, dia 18 de setembro, a equipe também convidou Dr. César Brito, ex-presidente do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil para falar aos presentes. Depois da apresentação do padre Thierry sobre alguns pontos da Doutrina Social da Igreja face aos desafios das eleições deste ano e do depoimento do Dr. Brito, os bispos a tiveram oportunidade de apresentar suas considerações e questionamentos.

COMUNICADOS

A Comissão para a Ação Missionária e a Cooperação Intereclesial apresentou um amplo plano, que inclui todas as comissões da CNBB, para a preparação e animação do Mês Missionário Extraordinário (MME), em 2019, definido pelo Papa Francisco. Todas as propostas de atividades foram feitas considerando o movimento normal de trabalho de todas as dimensões da ação evangelizadora no Brasil, evitando “inventar” situações novas. Desse modo, o MME poderá perpassar várias atividades que as comissões já realizam durante todo o ano, antes do mês de outubro do ano que vem. Dois destaques importantes: o MME deve estar integrado com a fase

final de elaboração do Plano Nacional Missionário e com o Sínodo da Amazônia que, por uma “feliz coincidência”, como diz o Papa Francisco, se realizará também no mês de outubro de 2019. A Comissão para a Juventude fez um retrospecto de todo o trabalho realizado desde a convocação do Sínodo dos Jovens até o momento quando se aproxima a realização da Assembleia, em Roma. O Sínodo dos Jovens acontece de 3 a 28 do próximo mês. Todas as iniciativas tomadas para ouvir os jovens do Vaticano foram estendidas para o trabalho da Comissão no Brasil que procurou conectar esta preparação com o ritmo da caminhada da juventude, especialmente com o projeto missionário “Ide”, já em execução em todo o Brasil.

CF 2019 E 2020

A CNBB trabalha com um cronograma bastante rígido na elaboração do material da Campanha da Fraternidade (CF) de modo que o episcopado, por meio do Consep, tenha sua orientação contemplada no material produzido e para garantir que as comunidades sejam ouvidas em relação à escolha desse mesmo material. O Conselho também acompanha muito de perto cada uma das principais peças da campanha. O processo de escolha do hino para a CF do ano que vem se conclui e conta com o apoio do setor de música litúrgica da Comissão de Liturgia da CNBB. Aos bispos foram submetidas algumas melodias para que em sintonia com a letra já produzida possa se chegar à composição final. Além disso, os bispos do Consep, de forma ampla e livre apresentam os temas principais que devem ser tratados naquele texto principal usado para animar a Campanha de 2020. A partir deste encaminhamento do Conselho, especialistas em diversas áreas, incluindo Teologia e Bíblia, prosseguem na elaboração do texto final que ainda volta para a apreciação dos bispos. Os assessores das comissões de pastoral têm, na última parte da reunião do Consep, a oportunidade de encontrarem seus respectivos presidentes. CNBB

Atualmente, estima-se que haja mais de 11 milhões de pessoas presas em todo o mundo. O Brasil, com uma população carcerária de 725 mil pessoas, figura em terceiro lugar no ranking mundial de países que mais aprisionam. Atrás apenas da China com um milhão e seiscentas mil pessoas encarceradas e dos Estados Unidos que somam dois milhões e cem mil pessoas atrás das grades. Os dados fazem parte do relatório da pesquisa Luta antiprisional no mundo contemporâneo: um estudo sobre experiências em outras nações de redução da população carcerária, lançada no último dia 10 de setembro, em São Paulo. Segundo o padre Valdir João Silveira, Coordenador Nacional da Pastoral Carcerária, na apresentação da publicação, a pesquisa pretende dar pistas de como propostas como a “Agenda Nacional pelo Desencarceramento” podem ser incrementadas com a experiência de grupos que atuam contra o Estado Penal – a luta por um mundo sem cárcere. O religioso informa que a proposta da pesquisa foi partilhada e construída na “Agenda Nacional pelo Desencarceramento” que hoje conta com a participação de mais de 40 organizações, entre movimentos e pastorais sociais, coletivos, institutos e associações de familiares de pessoas encarceradas. A pesquisa aponta que houve um crescimento de 460% em 22 anos da população carcerária no Brasil. O perfil da 3ª maior população carcerária do mundo é, em sua maioria, de jovens negros. “A população mais encarcerada no Brasil é aquela à qual foram negadas as condições básicas de existência da história do país: o povo negro, morador dos diversos recantos empobrecidos e militarizados pelo país”, afirma o documento.

SUPERLOTAÇÃO CRÔNICA

Neste contexto, o coordenador da Pastoral denuncia que as vagas para atividades educacionais e produtivas são ínfimas, a superlotação é crônica, as denúncias de maus-tratos e tortura recorrentes, as condições de indignidade psíquica e

material são determinantes à redução da expectativa de vida e sentenciam milhares à morte anualmente. Também foi lançado, junto com o relatório, um hotsite das organizações que lutam contra o encarceramento, em defesa do desencarceramento da população prisional. O endereço do hotsite é www. desencarceramento.org.br. O lançamento ocorreu no espaço Tapera Taperá, durante o evento “as lutas antiprisão no Brasil e nos EUA”, que busca identificar os componentes das práticas pelo desencarceramento e contra a cultura punitivista em dois dos países em que mais se prende no mundo. Participaram do lançamento e do debate Miriam Duarte Pereira, da Associação de Amigos e Familiares de Presos (AMPARAR), Paulo César Malvezzi Filho, assessor jurídico da Pastoral Carcerária Nacional, Dina Alves, Advogada, atriz, feminista negra abolicionista, pesquisadora, membra do Coletivo Autônomo de mulheres pretas de São Paulo – Adelinas e Coordenadora do Departamento de Justiça e Segurança Pública/IBCCRIM e Micol Seigel, professor da Universidade de Indiana. Diante desse quadro pouco promissor, o relatório da Pastoral Carcerária traça um panorama geral para identificar os países, como Rússia, Chile e Estados Unidos, que atualmente sustentam um processo de redução contínua da população carcerária e que processos sociais dinamizam tal transformação. “Entre 2000 e 2015, a população carcerária da Europa em geral foi reduzida em 21%, processo parcialmente ligado à crescente influência de certo consenso forjado em inúmeras decisões do Tribunal Europeu de Direitos Humanos contra tratamentos desumanos e degradantes e pela redução do número de pessoas presas como medida imediata de enfrentamento à superlotação e também nas posições do Conselho da Europa”; aponta o estudo. A íntegra da pesquisa pode ser acessada em: www.carceraria.org.br CNBB


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Campanha Missionária quer reforçar a necessidade da superação da violência Com informações das Pontifícias Obras Missionárias e CNBB

A necessidade da superação da violência é o foco da Campanha Missionária 2018, que se realizará nos dias 20 e 21 de outubro. Neste ano, as Pontifícias Obras Missionárias (POM) celebram 40 anos de missão. Na ocasião, serão lembradas a vida de tantos missionários que construíram essa história. Com o tema “Enviados para testemunhar o Evangelho da paz” e o lema: “Vós sois todos irmãos” (Mt 23,8), o objetivo do mês missionário é sensibilizar, despertar vocações missionárias e retomar a temática da superação da violência. O presidente da Comissão Episcopal Pastoral para Ação Missionária e Cooperação Intereclesial da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Dom Esmeraldo Barreto de Farias, diz que a violência é uma realidade gritante e forte que perpassa todas as realidades da sociedade brasileira e, por isso, exige a retomada em termos de reflexão sobre os fatos, as raízes e os passos para, por fim, chegar às atitudes concretas da Missão. “Além de ver a realidade, a campanha missionária quer iluminar com a Palavra de Deus a fim de que estejamos conscientes da atitude de Jesus que pregou a paz e entregou sua vida pela paz, pois ele sabia muito bem que violência gera violência. Levando em conta a nossa realidade marcada pela violência e as luzes que encontramos na Palavra de Deus e em muitas experiências concreta nas comunidades urbanas e rurais, a campanha missio-

nária deseja valorizar e fortalecer as práticas já existentes que contribuem para a superação da violência e apontar caminhos de paz”; sublinha Dom Esmeraldo. Alinhados com a Campanha da Fraternidade 2018 que refletiu a construção da cultura de paz, as dioceses e arquidiocese de todo o Brasil, vão reforçar a reflexão na temática superação da violência durante o mês de outubro. O Papa Francisco, desde o início de seu pontificado, tem convidados a todos os cristãos a agirem sem medo e sem rigidez, com coragem e igualmente “dóceis” ao Espírito, para além das estruturas que asfixiam a muitos. Com isso, conforme o Pontífice; se busca “uma Igreja não burocrática, mas uma Igreja em saída, próxima das pessoas”. Neste espírito, e em comunhão com a Campanha da Fraternidade de 2018, a Campanha Missionária quer viver junto a todos o grande projeto de Deus de construir a civilização do amor. Dom Esmeraldo ressalta também, que o Papa Francisco tem sido não um proclamador da Paz, mas os seus gestos têm sido um testemunho verdadeiro de superação da violência. A campanha missionária incentiva os gestos sejam eles maiores e menores que ajudam na superação da violência. Incentivar os gestos nessa linha da superação da violência é cristã e pedagogicamente um passo muito importante.

As Pontifícias Obras Missionárias (POM) e a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) realizaram o Lançamento da Campanha Missionária de 2018, no dia 17 de setembro, às 14h, na sede provisória da CNBB em Brasília. Na ocasião, foi apresentado um dos vídeos da Campanha Missionária, que traz o testemunho de superação da violência na periferia de Fortaleza, onde há 21 anos atua o Centro de Defesa da Vida Herbert de Souza. Também foi apresentado o processo de organização do Mês Missionário Extraordinário, convocado pelo Papa Francisco para ser celebrado em outubro de 2019. O presidente da Comissão para Ação Missionária fez uma avaliação da realidade que o país está vivendo. “Estamos vendo como a violência está ligada a estruturas sociais injustas que beneficiam uma pequena elite e deixa milhões em situação de extrema pobreza. As camadas pobres continuam sendo violentadas em seu ser e viver, por falta de condições mínimas de vida: casa para morar dignamente, saneamento básico, trabalho estável, alimentação, tratamento decente para a saúde; educação de qualidade e outros”; aponta o bispo. Ainda nesse contexto, Dom Esmeraldo, afirma: “os pobres se sentem sem forças para reagir diante de estruturas tão esmagadoras. Mas, há pequenos sinais que alimentam a esperança. Como afirma o Papa Francisco: “Não deixemos que nos roubem a esperança”. (EG 86)”.

No Brasil, as Pontifícias Obras Missionárias foram criadas em 20 de novembro de 1978, na cidade de São Paulo.


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As POM têm por finalidade:

Suscitar nas arquidioceses, dioceses e prelazias do Brasil, através das quatro obras Pontifícias, a sensibilidade para a missão universal com iniciativas de formação missionária de diferentes sujeitos da missão (leigos e leigas, consagrados e consagradas, ministros ordenados e seminaristas); As Pontifícias Obras Missionárias (POM) são organismos oficiais da Igreja Católica que trabalham para intensificar a animação, a formação e a cooperação missionária em todo o mundo. Para este serviço a Congregação para a Evangelização dos Povos se serve especialmente das quatro Obras Missionárias, a saber: • Pontifícia Obra Missionária para a Propagação da Fé, fundada por Pauline Marie Jaricot em 1822, visa suscitar o compromisso pela evangelização universal em todo o povo de Deus e promover nas Igrejas locais, a ajuda tanto espiritual como material; • Pontifícia Obra da Infância e Adolescência Missionária, fundada pelo bispo de Nancy (França), Dom Carlos de Forbin-Janson em 1843, auxilia os educadores a despertar gradualmente a consciência missionária nas crianças e adolescentes, animando-as a partilhar a fé e os seus bens materiais com as crianças das regiões mais necessitadas; ajuda também promover as vocações missionárias desde a infância; • Pontifícia Obra Missionária de São Pedro Apóstolo, fundada por Joana Bigard e sua mãe, Stephanie em 1889, visa sensibilizar o povo cristão acerca da importância do clero local nos territórios de missão, convidando-o a colaborar espiritual e materialmente na formação dos candidatos ao sacerdócio e à vida consagrada; • Pontifícia União Missionária, fundada pelo Beato Padre Paolo Manna em 1916, visa a sensibilização missionária dos sacerdotes, dos seminaristas e da vida consagrada masculina e feminina. Esta Obra é como que a alma das outras Obras, porque se ocupa, especificamente, com a formação missionária. As três primeiras obras nasceram na França e, para se tornarem universais, foram declaradas Pontifícias em 3 de maio de 1922, com o Motu Proprio Romanorum Pontificum do Papa Pio XI. Elas convidam o Povo de Deus a expressar seu testemunho missionário por meio de cooperação espiritual, engajamento pessoal e ofertas materiais para a evangelização, criando fundos de solidariedade para sustentar programas de evangelização em todo o mundo. A quarta obra, União Missionária do Clero, nasceu na Itália, e foi declarada Pontifícia em 28 de outubro de 1956, com o Decreto do Papa Pio XII. ELEMENTOS COMUNS NAS QUATRO OBRAS: • A estas quatro Obras atribui-se a qualificação de ‘pontifícias’, porque se desenvolveram também com o apoio da Santa Sé que, ao fazê-las próprias, lhes concedeu um caráter universal” (Documento Cooperatio Missionalis da Congregação para Evangelização dos Povos, 4). • A mística das quatro obras tem um tripé: Oração, Sacrifício e Ofertas. Ou seja, a oferta existencial da própria vida e a partilha econômica para missão universal. OBJETIVO: Conforme documento Cooperatio Missionalis da Congregação para Evangelização dos Povos, as Pontifícias Obras Missionárias “têm o objetivo de promover o espírito missionário universal no seio do povo de Deus” (CM,5). As POM, como Instituição da Igreja e do Papa, por isso são Pontifícias, e de cada Igreja particular, tem a finalidade principal de despertar e aprofundar a consciência missionária do Povo de Deus; conscientizar os cristãos sobre a vida e necessidades da Missão universal; estimular as Igrejas a rezarem umas pelas outras e serem solidárias na evangelização do mundo. As POM mantêm vivo e circulante, nas comunidades eclesiais, o espírito de solidariedade e de universalismo missionário.

• Animar a atividade missionária nos regionais e dioceses a fim de que assumam e desenvolvam sua vocação missionária universal; • Promover nas comunidades cristãs as vocações missionárias e a mútua ajuda espiritual e material; • Promover a formação missionária dos sacerdotes e das religiosas, assim como dos candidatos ao sacerdócio ou à vida religiosa e a informação missionária; • Promover congressos missionários nacionais, em vista da animação, formação e cooperação missionária; • Produzir subsídios de formação missionária.

Como se organiza: De maneira especial, as POM estão à disposição do Papa que confia à Congregação para a Evangelização dos Povos a tarefa de coordenar as quatro obras pontifícias. As POM em cada país têm uma sede e direção nacional com secretários nacionais das Obras. A comunhão com a Igreja do Brasil se dá através das Comissões Episcopais da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB): Comissão Episcopal Pastoral para Animação Missionária e Cooperação intereclesial; Comissão Episcopal para a Amazônia e REPAM; Comissão Episcopal para Ministérios Ordenados e Vida Consagrada; Comissão Episcopal para Juventude; Comissão Episcopal para a Vida e Família e Comissão Episcopal para o Laicato. Além da comunhão com os Organismos eclesiais: Conselho Missionário Indigenista (CIMI) e Centro Cultural Missionário (CCM). Na prática a comunhão se realiza através da participação no COMINA (conselho missionário nacional) e Conselho de pastoral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil.

Surgimento no Brasil: No Brasil, as Pontifícias Obras Missionárias, foram criadas em 20 de novembro de 1978, na cidade de São Paulo, por iniciativa dos superiores provinciais das congregações: Missionários da Consolata, Missionários Combonianos, Missionários do Verbo Divino, Missionários Xaverianos, Missionárias da Imaculada e PIME (Pontifício Instituto das Missões ao Exterior).

Assim chegam as ofertas às Missões:

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As paróquias e comunidades recebem as ofertas, dos cristãos, na coleta para as missões em 20 e 21 de outubro. Utiliza-se um envelope próprio e identificado. Toda a arrecadação é enviada à diocese, que até o final do ano envia para a direção nacional das Pontifícias Obras Missionárias (POM), em Brasília.

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No mês de março, a direção nacional das POM, em Brasília, comunica à Congregação para a Propagação da Fé, em Roma, o valor arrecadado no país e reserva uma pequena quantidade para a animação missionária e despesas de administração.

No mês de maio, a POM nacional repassa o valor para o Fundo Mundial de Caridade, em Roma, e na Assembleia Geral, avalia, aprova e destina os valores para os cinco continentes.

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Os recursos serão utilizados nos trabalhos de promoção humana, catequese, evangelização, formação de futuros sacerdotes, manutenção de missionários em terras de missão, apoio e ajuda a centros de educação, saúde e portadores de deficiências físicas. Também são destinados à construção de capelas, igrejas, seminários, hospitais, casas para idosos, orfanatos, creches, centros de reeducação social e dependentes químicos. Também são criados subsídios de urgências em situações de desastres e calamidades públicas. São centenas de projetos que beneficiam milhares de pessoas ligadas a instituições mantidas pela Igreja nos países mais pobres do mundo.

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Os destinatários prestam contas do uso do dinheiro recebido, não apenas com documentos, mas com testemunhos de gratidão.

A sua oferta ajuda os missionários e missionárias a servirem nas missões em TODO O MUNDO.

Serviço

Todo o material de divulgação, apresentação geral da Campanha, cartaz e novena já estão disponíveis para download no site das POM. Além da Mensagem do Papa Francisco para o Dia Mundial das Missões, santinho dos Padroeiros da Missão, envelopes para a coleta do Dia Mundial das Missões, orações dos fiéis e os vídeos da Campanha Missionária de 2018. Todos os recursos arrecadados são enviados à direção nacional das Pontifícias Obras Missionárias (POM) que as repassam ao Fundo Universal de Solidariedade para serem utilizados para a animação e cooperação missionária em todo o mundo, pois é uma coleta universal.


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CATEDRAL NOSSA SENHORA DE BELÉM: dois séculos de presença da Igreja em Guarapuava E os dois séculos de existência da Catedral da maior diocese do Paraná, já vêm sendo comemorados com muita alegria e orações desde novembro de 2017, quando então, se iniciaram os festejos jubilares. No próximo dia 11 de novembro, a Catedral Nossa Senhora de Belém, em Guarapuava, completa seus duzentos anos de fundação. Por noventa e sete anos, a partir do momento em que foi instituída, a comunidade paranaense era a maior paróquia do Estado, sendo elevada à condição de Catedral no dia 16 de dezembro de 1965, quando então, através da Bula “Christi Vices”, era criada a diocese de Guarapuava.

E os dois séculos de existência desta que é, atualmente, a maior diocese do Paraná, já vêm sendo comemorados com muita alegria e orações desde novembro de 2017, quando então, se iniciaram os festejos jubilares. Com o tema “Meu espírito exulta de alegria” (Lc, 1,47), centenas de pessoas estão envolvidas nas comemorações do jubileu dos duzentos anos da Catedral Nossa Senhora de Belém.

HISTÓRIA DA CATEDRAL No Brasil, como em muitos países, a maioria das cidades foi fundada no entorno de uma Comunidade Católica. Grande parte destas cidades têm nomes de santos ou algo que remeta ao Cristianismo, ao Catolicismo, em si. Com Guarapuava não foi diferente. Embora a cidade não leve o nome de santo, o catolicismo está tão arraigado na história do município que é impossível separar uma situação da outra.

A hoje paróquia e catedral Nossa Senhora de Belém foi ponto chave para que os aspectos físicos da cidade tivessem melhor direcionamento. Muitos acontecimentos que até certo ponto seguiam paralelos, em dado momento se entrecruzaram a partir da presença da Igreja na cidade e, assim, à forma de unicidade, seguiram até os dias atuais.

Imagem da Santa Segundo a oralidade popular, a imagem de Nossa Senhora de Belém veio de Portugal em 1818, trazida por Laura Rosa da Rocha Loures. A caminho da Região, a expedição foi atacada por índios Kaigangs, às margens de um rio. Naquele instante, Laura fez a promessa de que, se conseguisse sobreviver ao ataque, construiria uma capela para homenagear Nossa Senhora. A mulher foi ferida, mas sobreviveu, apesar de muitos da expedição terem perdido suas vidas no ataque. Desta forma, o rio onde a batalha ocorreu às suas margens, passou a ser chamado de Rio das Mortes, atualmente, ponto de referência para o município e toda a Região. Em se tratando da construção da Igreja, esta já estava nos planos do vigário curitibano e grande evangelizador que atendia à região. Seu nome era Francisco das Chagas Lima, o Padre Chagas. Vale destacar que no entendimento de Padre Chagas, a comunidade se uniria cada vez mais com a construção da nova igreja, tornando a região um lugar de destaque no Estado e no Brasil que, à época, passava a se voltar para o interior com interesses visíveis e necessários de povoação e domínios territoriais. Com este intuito, ele próprio elaborou o projeto

arquitetônico e estrutural da Catedral, buscou recursos através de doações da comunidade, principalmente financiamento político e, em 1819, conseguiu inaugurar a igreja que, a partir de então passou a ser ponto referencial na cidade.

Nova Catedral

Comemorações

No dia 03 de novembro, sábado, às 14h, uma carreata passando por todas as paróquias do decanato centro, abre as festividades. Na quinta-feira, dia 08 de novembro, às 19h15, haverá encerramento da Novena Maria Passa na Frente e também, a primeira missa do tríduo, na Nova Catedral. Após a celebração, haverá barraquinhas de doces e salgados. Dia 09 de novembro, sexta-feira, as festividades começam às 09h, com bênção dos veículos. Os sacerdotes ficarão na Rua Senador Pinheiro Machado, uma quadra antes da porta principal da Catedral Nossa Senhora de Belém, centro da cidade. Quem passar pelo local e quiser, poderá ter seu veículo abençoado por um dos padres da diocese. A bênção dos veículos se encerra às 17h. Também no dia 09 de novembro, às 19h15, haverá uma missa com a “Noite de Luz”, no segundo dia do tríduo. A celebração será presidida pelo

padre Marcos Miranda, da TV Evangelizar. Após a missa, os presentes poderão prestigiar as barraquinhas de doces e salgados que estarão montadas no pátio da Catedral. Em 10 de novembro, sábado, às 19h15, haverá a celebração do terceiro dia do tríduo em preparação para o jubileu dos duzentos anos da Catedral Nossa Senhora de Belém. Depois da missa, o cantor católico Diego Fernandes fará um show. A entrada é franca e todos são convidados a participar. No dia 11 de novembro, as comemorações começam com a missa festiva dos duzentos anos, às 09h30. Ao meio-dia, será servido um almoço à base de churrasco e à tarde, os participantes poderão aproveitar as diversas atividades preparadas para os festejos dos dois séculos de fundação da Catedral Nossa Senhora de Belém enquanto paróquia, em Guarapuava.

Há dezoito anos, um sonho de muitos ganhava formas em Guarapuava. Era o início da construção da Nova Catedral Nossa Senhora de Belém. Atualmente a obra está em fase de acabamento. Todos os grandes projetos do mundo começaram com sonhos e com necessidades. As necessidades e os sonhos são verdadeiras molas propulsoras em se tradando de edificações. Com a construção da Nova Catedral Nossa Senhora de Belém, em Guarapuava, não foi diferente. A partir do sonho de muitos e também da necessidade de um local de acolhida amplo e condizente com a representatividade e importância da diocese para a Igreja Católica, tiveram início, ainda em 1997, os pré-projetos da construção. A escolha do local, os estudos das condições do terreno, os projetos para a arrecadação de fundos necessários para a edificação da nova obra, passaram por muitos estágios e divergências, mas, no fim do ano de 1999, as sondagens e escavações para a construção da nova igreja tiveram início. Assim que chegou à diocese de Guarapuava, vindo de Cascavel, em 1996, e assumiu as funções de pároco da Catedral Nossa Senhora de Belém, o padre José de Paulo Bessa contou que foi preciso dar início às obras de reforma e reestruturação dos prédios no entorno da Catedral. Ele também destaca que a igreja antiga precisou passar

por reforma e melhorias. No entanto, os pensamentos e intenções, conforme rememora, diziam-se da necessidade de se começar, o quanto antes, as obras da Nova Catedral. A escolha do local para que a igreja fosse construída foi motivo de grande debate. Por fim, ficou decidido que a nova obra seria erguida no mesmo terreno da Catedral Antiga. Paralelo aos estudos do terreno, em 1998, uma espécie de concurso entre os arquitetos de Guarapuava foi criado para que as maquetes da nova obra fossem apresentadas. Muitos profissionais, de imediato, começaram a trabalhar em seus projetos esboçando assim, seus pensamentos e ideias no sentido de contribuir ativamente para com a nova igreja. Ao final, a maquete escolhida em consenso entre todos os concorrentes, foi a apresentada pelo arquiteto Paulo Ernesto Siqueira Martins. O projeto, que tem as formas do Espírito Santo com suas asas abertas sobre a cidade, une modernidade e religiosidade fazendo com que a construção se apresente harmoniosa e bela ocupando lugar de destaque em Guarapuava, sem inibir ou ofuscar a beleza da Antiga Catedral. Mas, segundo os idealizadores do projeto, os percalços foram muitos na trajetória de mais de dezoito anos de construção da Catedral.


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O grande desafio, de acordo com padre Bessa, foi em relação a não danificar a Catedral Antiga que é um marco na história da cidade e região. Boatos à época davam conta de que haveria a necessidade de se demolir a igreja antiga para que a outra fosse erguida. O assunto maldoso passou a fazer parte das rodas de conversa na cidade e gerou muita polêmica e especulações. Com explicações verdadeiras do que estava acontecendo, segundo contou padre Bessa, pároco à época, foi possível fazer com que todos entendessem que jamais, em momento algum, sequer se cogitou a possibilidade de demolir a Catedral já existente. “Nunca passou pela cabeça de ninguém cometer um erro desta natureza. Jamais se falou em demolir a antiga Catedral. Nós tivemos sim, muitos desafios quanto a manter intactas as estruturas da igreja, pois esta não tem alicerces profundos no chão. Era como se construía naquela época. Foi preciso sim, de muitos estudos e trabalhos técnicos para que as estruturas do que já existia não fossem abaladas. Conseguimos. Não houve sequer uma rachadura nas paredes da Catedral

Nossa Senhora de Belém para que a outra fosse construída no local”, detalhou padre Bessa em entrevista. Com riqueza de informações e apresentando dados técnicos, Bessa explicou ainda, que o projeto da Nova Catedral foi aprovado com a exigência de existir um estacionamento subterrâneo na edificação. No local, há muitas vertentes de água e nas proximidades, passa um rio que não

podia ser desviado. O grande trabalho de engenharia foi no sentido de canalizar a água para que ela não prejudicasse a construção no futuro. Uma empresa especializada foi contratada em Curitiba para fazer a fundação e implantar as sessenta e cinco colunas que dão sustentação à obra. Os trabalhos foram muito delicados, segundo relatórios, pois não se podia correr o risco de

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danificar a igreja antiga. As perfurações foram feitas com bate-estacas, técnica que elimina grande parte das vibrações do terreno no entorno. Com isso, as colunas foram construídas, a água foi canalizada e os trabalhos, então, tiveram sequência. Já era o ano de 2000. “Foi um trabalho dificílimo a construção da fundação da Nova Catedral. Graças às técnicas e também ao profissionalismo das pessoas envolvidas no projeto, conseguimos sair da parte mais complicada que era a fundação. A partir de então, os desafios foram outros. Estes, no sentido de arrecadar recursos para que as obras não parassem. Durante o período em que trabalhei como pároco da Catedral, juntamente com a comunidade, foi possível dar grandes passos na construção da nova igreja. Isto é motivo de muitas alegria para todos os que participam ativamente desta obra”, classificou padre Bessa. Padre José de Paulo Bessa trabalhou como pároco da Catedral Nossa Senhora de Belém de agosto de 1996 a novembro de 2007.

As obras prosseguem Quando chegou a Guarapuava e assumiu seus trabalhos como pároco na Catedral Nossa Senhora de Belém no fim do ano de 2007, vindo da paróquia Sant’Ana em Pitanga, padre Acácio Evêncio de Oliveira tinha pela frente um grande desafio que era dar sequência às obras da Nova Catedral. As dificuldades financeiras se mostraram como os grandes obstáculos a serem vencidos, conforme explicou padre Acácio em entrevista. Ele, por sua vez, pontua a generosidade das pessoas de Guarapuava como fator fundamental para que os trabalhos de construção da nova igreja não parassem. “Graças a Deus, pudemos contar com a generosidade do povo de Guarapuava que já vinha ajudando e que nunca deixou de contribuir para com as obras da nova Catedral. Tivemos muitas dificuldades na sequência deste trabalho e entendemos as dificuldades pelas quais as pessoas passam no país”, ressaltou padre Acácio na ocasião.

CAMPANHAS Com campanhas bem elaboradas que falaram diretamente ao coração das pessoas e muita dedicação por parte dos envolvidos com o projeto, hoje se pode

inacabada, precisavam se acomodar em cadeiras de plástico que eram montadas de forma provisória no local. Mais uma vez a comunidade respondeu ao pedido e passou a doar os recursos necessários. A empresa que fabricou os bancos aceitou que os pagamentos fossem feitos de forma fracionada e, no final de dezembro de 2015, todos os bancos em madeira maciça foram montados. Além dos bancos, trabalhos de acabamento como detalhes no piso, instalação do forro e o projeto de iluminação também foram concluídos.

ESTÉTICA

dizer que a data de conclusão das obras está próxima. Atualmente, os esforços são para a realização da pintura externa da Catedral.

PEQUENOS PASSOS

“São nos pequenos passos que se percorrem grandes distâncias”, segundo o dito popular. Esta definição cabe perfeitamente se aplicada à construção da nova Catedral Nossa Senhora de Belém, em Guarapuava.

Além da campanha constante a fim de arrecadar recursos para que as obras não parem, em julho de 2015, foi lançada também a campanha “Doe um Banco”. O objetivo desta campanha era arrecadar dinheiro suficiente para que os novos bancos pudessem ser fabricados e instalados no sentido de oferecer maior conforto a quem participa das celebrações. Até então, as pessoas que participavam das missas e reuniões realizadas na Catedral

Troca de Pároco No dia 04 de maio deste ano (2018), padre Acácio Evêncio de Oliveira deixou suas funções de pároco da Catedral Nossa Senhora de Belém. Em seu lugar, assumiu o padre Jean Patrik Soares, que deu sequência aos projetos de acabamento das obras da nova Catedral Nossa Senhora de Belém. Padre Jean destacou que dentre suas prioridades enquanto pároco; estavam as comemorações dos duzentos anos da Catedral enquanto paróquia e também a conclusão das obras da nova Catedral Nossa senhora de Belém, que foi iniciada em 1997.

Informações sobre as festividades dos 200 anos de paróquia da Catedral Nossa Senhora de Belém podem ser obtidas na secretaria paroquial:

(42) 3623-1282 Rua Visconde de Guarapuava, 236 Centro - Guarapuava - Paraná

Com a vasta fachada em vidro, a luz que incide na Nova Catedral é transformadora fazendo com que as lâmpadas figurem apenas como adereços durante o dia, pois a claridade natural tem cem por cento de aproveitamento. A Igreja é considerada por arquitetos e engenheiros especialistas em obras sacras como uma das que têm maior aproveitamento de luz solar. Isto, além de gerar muita economia em se tratando de consumo de energia elétrica é tida como uma dádiva em se tratando de beleza arquitetônica.


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A Paróquia Santo Antônio, de Manoel Ribas, reunida no dia 19/09, reestruturou sua equipe de coordenação, com o objetivo de desenvolver melhor as atividades da Pastoral da Criança.

A Pastoral da Criança marcou presença na Assembleia de Criação do Conselho Nacional do Laicato do Brasil - diocese de Guarapuava, realizada nos dias 01 e 02 de setembro/2018, na paróquia Bom Jesus em Guarapuava.

A Cartilha de Orientação Política da CNBB - Os cristãos e as eleições/2018, “Alegres por causa da esperança”, continua sendo estudada com o intuito de refletir sobre este momento importante do nosso país.

Com muita alegria, as lideranças das paróquias Nossa Senhora Aparecida de Altamira do Paraná e Inácio Martins, participaram de Retiro Espiritual, refletindo sobre a missão dos Cristãos Leigos e Leigas na Igreja e na Sociedade.

BOLO DE CASCA DE BANANA

Ingredientes - Massa • 3 cascas de banana • 2 ovos • 1½ xicara de leite • 1 colher (sopa) de óleo • 1 xícara de açucar • 2 xícaras de farinha de rosca • ½ xicara de aveia • 1 colher (sopa) fermento em pó Ingredientes - Cobertura • 3 colheres (sopa) de açucar • ½ limão • 3 bananas descascadas • 1 xícara de água Líderes do Decanato Pinhão receberam capacitação para atuarem com o Guia do Líder em suas paróquias.

Modo de fazer: Massa: Lave bem as bananas e descasque, Basta no liquidificador o leite, as

gemas, o óleo, o açúcar e as cascas de banana. Em uma vasilha, misture a farinha de rosca, o fermento e a aveia. Despeje a mistura liquidificada, mexa bem e acrescente as claras em neve. Unte uma assadeira, polvilhe com fartinha de rosca e após coloque a massa. Asse em forno médio préaquecido, por aproximadamente 30 minutos. Cubra o bolo ainda quente com a cobertura.

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Intolerância entre católicos nas redes sociais: palavra de um especialista “Propaga-se uma igreja paralela digital, que não condiz nem com os tempos, nem com os lugares [...]”. Moisés Sbardelotto, jornalista, doutor em Ciências da Comunicação e autor dos livros: “E o Verbo se fez rede” (Paulinas, 2017) e: “E o Verbo se fez bit” (Santuário, 2012), publicou artigo, na segunda semana de setembro, no periódico “Mensageiro de Santo Antônio” no qual faz uma denúncia sobre o modo como muitos católicos se comportam nas redes sociais digitais.

INTOLERÂNCIA, ÓDIO E INDIFERENÇA

Na primeira parte do artigo, ele constata: “Intolerância, ódio, indiferença. Discriminação, difamação, desinformação. Não, não se trata apenas daquilo que encontramos em boa parte dos grandes meios de comunicação. Também não se trata daquilo que circula nas redes sociais digitais em geral. Infelizmente, esse é o panorama das interações entre católicos em rede - ou, pelo menos, de indivíduos que assim se identificam”. E pondera: “A pessoa que está do outro lado da tela já não é um ‘irmão ou irmã na fé’, mas apenas alguém sobre o qual se descarregam toda a raiva e o rancor pessoais, camuflados de defesa da tradição, da doutrina e da liturgia, com citações artificiosamente pinçadas da Bíblia e do Catecismo. Nada nem ninguém estão acima desse ‘Tribunal da Santa Inquisição Digital’, nem mesmo o Papa Francisco ou os bispos”.

PALAVRA DA CNBB

O autor lembra que a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), na mensagem pública dada durante a última assembleia-geral, em abril deste ano, advertia: “vivemos um tempo de politização e polarizações que geram polêmicas pelas redes sociais e atingem a CNBB […] A liberdade de expressão e o diálogo responsável são indispensáveis. Devem, porém, ser pautados pela verdade, fortaleza, prudência, reverência e amor”. Apesar dessa palavra clara do episcopado, o autor considera que “cada vez mais, as redes sociais digitais convertem-se em patíbulos para a realização generalizada de novos ‘autos de fé’. Nessas ‘fogueiras digitais’, são condenados os supostos ‘hereges’ atuais, expressão-agressão que circula abundantemente em páginas e grupos católicos nas redes, dirigida contra todos aqueles que têm uma visão de Igreja diferente da do agressor. Esses ‘linchamentos simbólicos’ não ocorrem por determinação da hierarquia da Igreja, mas por decisão de grupelhos de leigos, que se arrogam o direito – e até o dever –, em nome da ‘sã doutrina’, de atirar a primeira pedra”.

CIBERMILÍCIAS CATÓLICAS

Sbardelotto continua: “Os atores que dinamizam esse triste fenômeno intracatólico já ganharam algumas definições, como os chamados ‘catolibãs’, ou seja, católicos-talibãs, que atuam com base na violência simbólica (mas nem por isso menos preocupante e hedionda). Pregam a exclusão de tudo o que seja ‘catolicamente diferente’ e de todos os ‘catolicamente outros’. Para tais extremistas, haveria apenas um único catolicismo, puro, cristalino, são e verdadeiro, sem nuances, bem delimitado e definido - pelos próprios esquemas e padrões mentais ou por documentos da Igreja de séculos passados”.

O autor informa que o teólogo e historiador italiano Massimo Faggioli denominou tais grupos de “cibermilícias católicas”, dada sua militância venenosa em prejuízo da comunhão eclesial. Para ele, essas cibermilícias “usam uma linguagem extremista de ódio em defesa da ortodoxia católica. Elas não veem isso nem como vício nem como pecado”. Ainda lembrando a contribuição de Faggioli, afirma que isso é grave, afirma, porque pode originar uma eclesiologia que “humilha a Igreja, incluindo as suas lideranças institucionais que parecem impotentes perante a pressão social midiática”.

PAPA FRANCISCO O autor do artigo recorda que, recentemente, “o Papa Francisco sentiu a necessidade de se pronunciar com autoridade sobre esse fenômeno. Em sua última exortação apostólica, Gaudete et exsultate [Alegrai-vos e exultai]: sobre o chamado à santidade no mundo atual, ele dedicou um parágrafo inteiro a esses pecados digitais: ‘Pode acontecer também que os cristãos façam parte de redes de violência verbal através da internet e vários fóruns ou espaços de intercâmbio digital. Mesmo nas mídias católicas, é possível ultrapassar os limites, tolerando-se a difamação e a calúnia e parecendo excluir qualquer ética e respeito pela fama alheia. Gera-se, assim, um dualismo perigoso, porque, nestas redes, dizem-se coisas que não seriam toleráveis na vida pública e procura-se compensar as próprias insatisfações descarregando furiosamente os desejos de vingança. É impressionante como, às vezes, pretendendo defender outros mandamentos, se ignora completamente o oitavo: ‘Não levantar falsos testemunhos’ e destrói-se sem piedade a imagem alheia. Nisto se manifesta como a língua descontrolada

‘é um mundo de iniquidade; […] e, inflamada pelo Inferno, incendeia o curso da nossa existência’ (Tg 3,6)” (GE, n. 115). Sbardelotto considera que, assim, fica claro não se tratar de algo menor, mas, como afirma o Papa Francisco, se tratam de verdadeiras “redes de violência” paradoxalmente internas ao catolicismo, embebidas por difamação, calúnia vingança, iniquidade, falsidade. O autor prossegue: “Propaga-se uma igreja paralela digital, que não condiz nem com os tempos (para tais católicos, só vale aquilo que veio antes do Concílio Vaticano II), nem com os lugares (qualquer tentativa de inculturação da fé nas expressões populares ou periféricas seria inconcebível), nem com as pessoas (o Papa Francisco seria um ‘antipapa’, e os bispos brasileiros, simplesmente ‘trezentos picaretas’). Uma Igreja em mudança um mundo em mudança gera incerteza e insegurança demais para eles. E, para buscar certezas e seguranças, onde melhor do que em um passado eclesial mítico e na letra envelhecida e enrijecida de doutrinas de antanho? ‘Sempre se fez assim’, afirmam, ‘e assim sempre deve continuar sendo feito’… Mas o papado de Francisco vai por outros caminhos. Ele pede uma ‘Igreja em saída’, em movimento, em missão”. Sbardelotto lembra que o Papa Francisco, em uma homilia na Casa Santa Marta, no dia 24 de abril deste ano, comparou a Igreja a uma bicicleta: se ficar parada, cai. “O equilíbrio da Igreja”, afirmou, “está precisamente na mobilidade, na fidelidade ao Espírito Santo”.

CATÓLICOS EXTREMISTAS Já encaminhando para o seu final, a reflexão de Sbardelotto constata que “os católicos extremistas, defendem o imobilismo e a fixidez de dogma e rito. Buscam ficar fora dessa ‘Igreja franciscana’.

Constroem universos eclesiais paralelos, especialmente em rede. Assim, tais católicos se manifestam como verdadeiros ‘e-reges’, hereges da era digital. Fazem uma ‘livre escolha’ (em grego, hairesis) de aspectos do catolicismo que mais lhes agradam (mesmo que ultrapassados ou até fictícios) e das pessoas mais aptas, segundo eles, para comungar desse pseudocatolicismo. Tudo e todos os que não estão de acordo com a sua visão de Igreja devem ser excluídos. Tal exclusão, muitas vezes agressiva e violenta, é comunicada em rede como excomunhão (do latim, excomunicatio) dos supostos ‘hereges’, ou seja, de todos aqueles que se desviam desse imaginário eclesial. Para isso, opera-se uma ‘excomunicação’, uma comunicação de que a comunicação alheia (do Papa, dos bispos, dos demais católicos) deve cessar ou não deveria nem existir”. Sbardelotto explica: “‘Excomunicar’ é a comunicação voltada ao silenciamento ou ao aniquilamento de outra comunicação, para que o discurso próprio se torne único e dominante. ‘Excomunicando’ os próprios irmãos na fé, tais católicos vão corroendo a comunhão eclesial. Ao agirem comunicacionalmente como não cristãs, essas pessoas se autoexcluem da comunhão eclesial. ‘Excomunicando’, excomungam-se. A ‘autoridade digital’ desses católicos fundamentalistas não vem do saber teológico (academia) nem do poder eclesiástico (hierarquia), mas de um saber-fazer e de um poder-fazer midiáticos. Muitas vezes, trata-se de pessoas sem qualquer relevância ou reconhecimento acadêmicos ou hierárquicos. Mas que captaram muito bem as lógicas das mídias digitais (saber-fazer) e dominam seus meios e linguagens (poder-fazer). E assim vão conquistando visibilidade, notoriedade e autoridade sociais e eclesiais, atuando em rede como ‘inquisidores digitais’“.

EXISTE SOLUÇÃO? Sbardelotto lembra, por fim, que “tudo isso explicita o possível ‘fim de um mundo’ para a Igreja, marcado por declarações de autoridade institucional sobre a comunicação católica, como o imprimatur (‘imprima-se’, autorização da Igreja para a impressão de livros) e o nihil obstat (‘nada obsta’, permissão da Igreja para a publicação de livros). Mas tais ‘selos de garantia’ não fazem sentido em um ambiente ‘desordenado’ como o digital. Em rede, é o próprio indivíduo que se autocomunica como católico ou não, é ele mesmo quem atribui um ‘selo de catolicidade’ àquilo que lê, escreve, compartilha”. O autor conclui: “Tertuliano, escritor eclesiástico da Igreja primitiva, testemunhava que os primeiros cristãos viviam tão concretamente o ‘novo mandamento’ de Jesus, que os pagãos exclamavam, admirados: ‘Vejam como se amam!’ Não é bem isso que se vê hoje no ambiente digital”. CNBB


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Momento com Maria Por Arlete Bini

A cura do corpo e da alma pode estar num sorriso sincero

mãs do Carmelo. O pai de Terezinha, muito devoto de Nossa Senhora das Vitórias, mandou rezar uma novena de missas em sua intenção e colocou ao lado de sua cama a imagem de Nossa Senhora das Vitórias. E todos da família começaram a rezar para a menina doente em uma verdadeira corrente do bem.

Em Maria, o exemplo da mulher que, mesmo ante as dificuldades, nunca deixa de sorrir e levar a candura a quem mais precisa. NOSSA SENHORA DO SORRISO Outubro é o mês missionário, um tempo propenso à reflexão e, sobretudo, à proclamação do amor incondicional. Ser missionário é desconsiderar tempo, lugar e dificuldade e adentrar em terras desconhecidas para levar o amor e o acalento a quem mais precisa. Intitulada doutora da Igreja, pelo então Papa São João Paulo II, em 1997, Santa Terezinha do Menino Jesus contou, em sua autobiografia “História de uma Alma”, como foi curada pelo milagre da Virgem Maria. Ela escreveu as seguintes palavras sobre Nossa Senhora, considerada a primeira missionária da Igreja, quando ficou curada da síndrome do pânico e da depressão, doenças que à época, assim como hoje, poderiam e podem levar uma pessoa à morte: “Dia 13 de maio de 1883, festa de Pentecostes. Do leito, virei meu olhar para a imagem de Nossa Senhora, e, de repente, a Santíssima Virgem apareceu-me bonita, tão bonita que nunca vira algo semelhante. Seu rosto exalava uma bondade e uma ternura inefáveis, mas o que calou fundo em minha alma foi o ‘sorriso encantador da Santíssima Virgem’. Todas as minhas penas se foram naquele momento, duas grossas lágrimas jorraram das minhas pálpebras e rolaram pelo meu rosto. Eram lágrimas de pura alegria… Ah! pensei, a Santíssima Virgem sorriu para mim, estou feliz… […] Fora por causa dela, das suas intensas orações, que eu tivera a graça do sorriso da Rainha dos Céus […]”. Depois do que foi considerado um milagre pela Igreja atribuído à intercessão de Maria, Santa Terezinha do Menino Jesus denominou a Virgem como Nossa Senhora do Sorriso. Até então, Maria

DEVOÇÃO A NOSSA SENHORA DO SORRISO Santa Terezinha, intuitivamente, passou a chamar a imagem de Virgem do Sorriso. Por isso, a devoção iniciou mesmo em sua própria casa, junto dos membros de sua família. Depois disso, ela levou esta devoção para o Carmelo da cidade de Lisieux. Lá, a jovem santa entrou com 15 anos, depois que o Papa Leão XIII deu autorização especial. Após a morte de Santa Terezinha, a devoção começou a ser divulgada por todos os conventos Carmelitas e também fora destes, por todo o mundo.

era considerada como Nossa Senhora das Vitórias. Santa Terezinha disse em uma ocasião: “Não eram meus desejos que poderiam produzir um milagre, e para minha cura se fazia mister um milagre. Foi Nossa Senhora das Vitórias que o fez”. HISTÓRIA DE NOSSA SENHORA DO SORRISO Quando era pequena, Santa Terezinha perdeu sua mãe. Sua irmã mais velha, Paulina, passou a cuidar dela e da família. Passado algum tempo, Paulina entrou para o Carmelo. Terezinha, já muito triste com a morte da mãe, fica doente com a separação de sua irmã. Uma depressão muito forte se abateu sobre ela e nenhum médico consegue descobrir qual a sua doença. Ela ficou de cama, sofrendo muito, com apenas 14 anos de idade. O MILAGRE DE NOSSA SENHORA DO SORRISO Paulina, sabendo da doença, intensificou as orações a Nossa Senhora, junto com as ir-

A IMAGEM DE NOSSA SENHORA DO SORRISO A escultura original de Nossa Senhora do Sorriso tem aproximadamente um metro de altura. Ela é a reprodução perfeita da obra de um artista chamado Bouchardom. A imagem ficou em frente à enfermaria do Carmelo até quando Santa Terezinha, ainda muito jovem, com 24 anos, morreu no ano de 1897. Hoje, a imagem original está na Igreja do Carmelo francês de Lisieux, onde Santa Terezinha viveu e morreu. A imagem fica sobre uma cripta de vidro onde estão depositadas suas relíquias. A comemoração de Nossa Senhora do Sorriso se dá no dia 15 de agosto. ORAÇÃO A NOSSA SENHORA DO SORRISO Ó Maria, mãe de Jesus e nossa, que, com um claro sorriso vos dignastes consolar e curar vossa filha Santa Terezinha do Menino Jesus, da depressão, devolvendo-lhe a alegria de viver, e o sentido da sua existência em Cristo Ressuscitado. Ó Virgem do Sorriso, olha com maternal afeto para tantos filhos e filhas que sofrem com a depressão, transtornos e síndromes psiquiátricas e males psicossomáticos.

Que Jesus Cristo cure e dê sentido à vida de tantas pessoas, cuja existência às vezes está deteriorada. Maria, que seu belo sorriso não deixe que as dificuldades da vida obscureçam nosso ânimo. Sabemos que só o seu filho Jesus pode satisfazer os anseios mais profundos no nosso coração. Maria, mediante a luz que brota de seu rosto, transparece a misericórdia de Deus. Que seu olhar nos acaricie, e nos convença que Deus nos ama e nunca nos abandona. A sua ternura renove em nós, a autoestima, a confiança nas próprias capacidades, o interesse pelo futuro e o desejo de viver feliz. Que os familiares dos que sofrem com depressão ajudem no processo de cura, nunca os considerando farsantes da enfermidade com interesses de comodidade, mas os valorizem, escutem, compreendam e os animem. Virgem do Sorriso; alcance-nos de Jesus, a verdadeira cura, e livra-nos de alívios temporários e ilusórios. Curados, comprometemo-nos a servir com alegria, disposição e entusiasmo Jesus, como discípulos missionários, com nosso testemunho de vida renovada. Amém. MISSÃO Neste mês dedicado inteiramente às missões, que a busca pelo sorriso de quem está do nosso lado seja a principal meta. Que o exemplo de Maria que, mesmo ante tantas dificuldades nunca deixou de sorrir e levar adiante o amor; permaneça em cada um de nós. Que este mesmo exemplo nos faça seres humanos melhores e cristãos com vontade de vencer as intempéries sem desânimo, sem perder a verdadeira candura das flores e do amor, como fez Santa Terezinha do Menino Jesus. Sorríamos hoje e sempre. Sorríamos, pois a vida é feita de beleza e unicidade e, como seres únicos temos a obrigação de levar adiante tudo o que há de belo e o sorriso é a coisa mais bela e preciosa que Deus, em sua infinita bondade, nos confiou.

Embaixador do Brasil junto à Santa Sé e os últimos acontecimentos: repulsa ao radicalismo O atentado a Jair Bolsonaro e o incêndio no Museu Nacional são comentados pelo Embaixador junto à Santa Sé, Sr. Luiz Felipe Mendonça Filho. mente no Brasil e aqui em Roma. Isso deve nos servir de um grandíssimo alerta para que não se repita mais.

Por ocasião da festa de 7 de setembro, o Embaixador junto à Santa Sé, Sr. Luiz Felipe Mendonça Filho, concedeu uma entrevista ao Vatican News (VN) sobre a festa e sobre os últimos acontecimentos no Brasil, como o atentado a Jair Bolsonaro e o incêndio no Museu Nacional.

VN: Que mensagem o senhor deixa aos brasileiros que vivem fora o País? Embaixador: Aos brasileiros fora do Brasil, recordo que assim como eu, somos um pequeno pedaço deste país em qualquer lugar que estivermos. Por isso, convido a exercer e assumir bem este papel onde estivermos, com dignidade, representando bem a nossa nação.

VN: Embaixador, o que deve representar a festa de 7 de setembro para os brasileiros? Embaixador: A festa de 7 de setembro é a recordação da independência do Brasil, marca de modo muito especial a entrada deste grande país na história mundial. É o principal motivo que não deve ser esquecido. VN: Estamos nos aproximando das eleições, que serão em outubro. O que o senhor nos orienta? Embaixador: O Brasil no próximo mês vai eleger o novo presidente, aquele que vai nos governar. Por isso, devemos pensar em que tipo de país queremos. Este é o norte para a nossa escolha. Nossa responsabilidade com o nosso país está em acompanhar nossos candidatos e escolher bem. VN: Como o senhor observa os últimos acontecimentos em nosso país? Embaixador: Vejo com muita repulsa o que aconteceu ontem [quinta-feira, 6 de setembro, em referência ao atentado a Jair Bolsonaro, (Nota da Redação)], pois esta prática

A EMBAIXADA DO BRASIL JUNTO À SANTA SÉ

não faz parte da nossa tradição. Não me recordo de algum candidato à presidência ter sofrido algo semelhante. Minha repulsa é contra o radicalismo, pois temos que ser inclusivos, aprender a conviver com pessoas que têm ideias diferentes das nossas. Como cidadãos, como cristãos, temos que aprender a conviver com o outro. Isso faz grande uma nação. Manifesto aqui também a minha enorme tristeza com o ocorrido no Museu Nacional, no Rio de Janeiro. A tragédia acontecida ali representa uma perda muito grande para o nosso país, para a nossa história. Uma nação sem história é uma nação sem identidade. Repito minha manifestação de tristeza junto a todos os brasileiros espalhados pelo mundo, especial-

A embaixada do Brasil no Vaticano é uma das 176 representações diplomáticas estrangeiras acreditadas junto à Santa Sé, das quais 83 chefiadas por Embaixadores residentes em Roma. Sua missão fundamental é representar o Governo Brasileiro junto à Sé Apostólica e à Ordem de Malta, acompanhar a atuação do Papa e informar sobre o posicionamento da Santa Sé com relação a assuntos relevantes da atualidade, procedendo à análise de seus desdobramentos de cunho político. A missão também tem, entre outras, as atribuições de fornecer assessoramento e assistência protocolar a autoridades brasileiras em visita ao Vaticano e de prestar serviços de natureza consular e notarial a religiosos (fonte: site da embaixada). Vatican News/Padre Arnaldo Rodrigues


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GUARAPUAVA: Tales Faleiros Lemos é eleito presidente do Conselho de Leigos da diocese A assembleia de fundação do Conselho Nacional do Laicato do Brasil em nível de diocese de Guarapuava foi realizada nos dias 01 e 02 de setembro na paróquia Bom Jesus. Com informações extraídas da entrevista feita pelo jornalista e diretor da Central Cultura de Comunicação, Jorge Teles dos Passos.

A paróquia Bom Jesus, acolheu, nos dias 01 e 02 de setembro, um encontro para a criação do Conselho Nacional de Leigos do Brasil (CNLB) em nível diocesano. Mais de 100 pessoas, representantes de paróquias dos quatro decanatos e de pastorais e movimentos, participaram dos trabalhos. O encontro contou com a uma análise de conjuntura apresentada pelo professor Cláudio Andrade (Unicentro) e momentos de formação com assessoria de Carlúcia Maria da Silva, da Comissão Nacional de Formação do CNLB, sobre o tema ‘Cristãos Leigos e Leigas Comprometidos com a Transformação’, baseado no Documento 105 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). Foram também desenvolvidos trabalhos em grupos com o objetivo de os participantes apontarem sugestões para a caminhada do CNLB na diocese. Em boa parte do tempo, o grupo dedicou-se ao estudo e discussão da minuta do estatuto do Conselho, o qual foi aprovado na manhã do domingo, dia 02. Na sequência foi eleita a presidência do

CNLB Guarapuava que, por aclamação, teve o nome de Tales Faleiros Lemos escolhido para o cargo de Presidente, Nerci Guiné (Primeira Vice-presidente), Marcelo da Silva (Secretário-geral), Meiriele Haçul (Secretária-adjunta), José Lima da Silva (Tesoureiro-geral) e Jailson Rodrigues (Tesoureiro-adjunto). Foram também escolhidos os seis nomes para o Conselho Fiscal. O presidente eleito disse que assume a missão com a certeza de que “as coisas vão acontecer”, pois o Conselho tem Cristo como fundamento para o desenvolvimento do trabalho. “Recebo este desafio como uma missão. Como cristão leigo e batizado, e também como sujeito na Igreja e na sociedade, muitas vezes nós temos que assumir algumas responsabilidades, no sentido de ajudar o povo de

CRISTÃOS LEIGOS E LEIGAS COMPROMETIDOS COM A TRANSFORMAÇÃO

Deus na caminhada. Sabemos das nossas limitações, mas quando se trabalha em conjunto, com diferentes pastorais, diferentes movimentos, tendo Cristo como fundamento para o trabalho, então, temos a certeza de que podemos assumir, porque as coisas vão acontecer”, assegurou Tales. Os próximos passos que serão dados, conforme o presidente; têm por objetivo trabalhar com base no que foi levantado nos dois dias de assembleia, enquanto desafios de propostas e atividades. “Em primeiro lugar, temos que analisar os desafios e propostas das atividades. Temos muitos problemas em se tratando da dimensão geográfica da nossa diocese e a dificuldade de organização de alguns decanatos. E precisamos também, melhorar e muito a comunicação, para priorizar a ques-

tão do encontro, como nos convoca o Papa Francisco. Temos que conscientizar o leigo de que, a partir do seu batismo, ele se torna discípulo missionário. Ele é um sujeito ativo, um membro do povo de Deus. Também temos que superar o individualismo, para ter comunhão. Precisamos ter o sentido de pertença e de unidade”, concluiu Tales. O Bispo da diocese de Guarapuava, Dom Antônio Wagner da Silva, presidiu a celebração de encerramento. Ele afirmou estar confiante no trabalho do Conselho acreditando que este trará excelentes frutos para a diocese. “Esta é uma forma de fazer com que o Ano do Laicato seja marcado, aqui, com uma ação e com uma presença que é fundamental. Presença essa dos nossos leigos e leigas, assumindo esse projeto de compromisso e de transformação, de uma forma muito unida, muito organizada e que há de trazer excelentes frutos para nós”, grifou Dom Wagner.

“Até que tudo fique fermentado.” Mt. 13, 33


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Em 29 de outubro, se comemora o

Dia Nacional do L ivro

O Dia do Livro no Brasil surgiu em homenagem à fundação da Biblioteca Nacional do Livro, em 1810, pela Coroa Portuguesa. O primeiro livro a ser editado foi “Marília de Dirceu”, do escritor Tomás Antônio Gonzaga. A data celebra uma das invenções mais enriquecedoras do ser humano: o livro! O livro pode ser uma fonte inesgotável de conhecimento, transportando os leitores para os lugares mais espetaculares da imaginação humana, além de informar e ajudar a diversificar o vocabulário das pessoas. Os livros surgiram há centenas de anos e, desde então, continuam maravilhando as gerações com contos fantásticos e registrando os principais acontecimentos da história da humanidade. No Brasil ainda se comemora o Dia Nacional do Livro Infantil, em 18 de abril, uma homenagem ao escritor Monteiro Lobato, que nasceu nesse dia.

Livro: “Marília de Dirceu”, do escritor português Tomás Antônio Gonzaga.

ORIGEM DO DIA NACIONAL DO LIVRO O Dia do Livro surgiu em homenagem à fundação da Biblioteca Nacional do Livro, em 1810, pela Coroa Portuguesa. Na época, Dom João VI trouxe para o Brasil milhares de peças da Real Biblioteca Portuguesa, formando o princípio da Biblioteca Nacional do Brasil (fundada em 29 de outubro de 1810). Vale lembrar que o Brasil começou a editar seus próprios livros ainda em 1808, quando Dom João VI fundou a Imprensa Régia. O primeiro livro a ser editado foi “Marília de Dirceu”, do escritor português Tomás Antônio Gonzaga. Os aficionados por livros ainda celebram anualmente o Dia Internacional do Livro, em 23 de abril, que surgiu na região da Catalunha, na Espanha, em homenagem ao escritor Miguel de Cervantes.

Dicas de Leitura

da Biblioteca Diocesana Nossa Senhora de Belém EDIFÍCIO NOSSA SENHORA DE BELÉM RUA XV DE NOVEMBRO 7466 - CENTRO - GUARAPUAVA (42) 3626-4348 - Ramal 208

OS MAIS DE 10.000 LIVROS DA BIBLIOTECA DIOCESANA ESTÃO DISPONÍVEIS PARA EMPRÉSTIMO. FAÇA O SEU CADASTRO! Livro: Cura Interior Autor: Léo Tarcísio Gonçalves Pereira (Padre Léo) Editora: Loyola Sinopse: A cura Interior é um grande presente do Coração rasgado de Jesus Cristo para todos nós que queremos servi-lo. Cada vez mais, precisamos descobrir e tomar posse do infinito amor que Deus, amor este que derramou e continua derramando sobre a humanidade. Do Coração de Jesus, nasce o homem de coração novo, nasce e possibilidade da Cura Interior. Pela cura interior, Cristo nos faz acreditar que o amor é infinitamente maior que nossos pecados. Livro: Qualidade de Vida Interior - Uma Maravilhosa Mudança Está ao Seu Alcance Autor: Diversos Editora: Árvore da Vida Sinopse: Você precisa ter mais, saber mais, ganhar mais. Você precisa ser feliz, ter paz, conquistar amigos, ser amado. Você precisa sentir-se realizado, completo, satisfeito. Mas nada disso ocorre, por quê? E se você dedicasse mais tempo ao seu emprego? Ou se sacrificasse um pouco mais seu relacionamento familiar? Ou se aceitasse aquele convite para ganhar um dinheiro fácil? Isso lhe traria a vida que você realmente busca? Qualidade de Vida Interior apresenta a você a única forma de sentir-se completamente realizado. Livro: O Espírito Santo - Fogo interior, doador de vida e Pai dos pobres Autor: Leonard Boff Editora: Vozes Sinopse: Neste novo livro Leonardo Boff, influente teólogo da libertação e pensador da ecologia, oferece um pequeno tratado sobre o Espírito Santo, a Terceira Pessoa da Santíssima Trindade, apresentando os grandes movimentos do espírito e sua paulatina compreensão, do mundo bíblico à teologia moderna, da experiência à reflexão.

Filme: O Milagres das Águas Direção: Rolando Pelaquim e Marcos J. Jorge Sinopse: O filme “O Milagre das Águas”, conta a história de um homem paraplégico que é levado pelo seu filho João, de lugar em lugar, em uma cadeira de rodas. Ao saber mais sobre a história do pai, o menino quer, a todo custo fazer a longa viagem até o Santuário de Aparecida, em busca de um milagre. Contragosto por não ter mais fé, o pai consente na viagem, e no caminho vai contando a história da Santa encontrada nas águas do Rio Paraíba do Sul. A fé inocente e poética do menino acaba por provocar uma situação emocionante.


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