Diocese de Guarapuava
Boletim Diocesano • Edição 472 • Novembro de 2018 • www.diopuava.org.br • Compartilhe: #diopuava
2º Encontro Diocesano dos Ministros da Eucaristia 15 de novembro de 2018 Na paróquia Divino Espírito Santo Guarapuava - Paraná
Cuide do meio ambiente. Não jogue este jornal em vias públicas, não queime e recicle sempre!
PÁGINA 25
Ordenação Diaconal Felipe Geraldo Madureira será ordenado diácono pela diocese de Guarapuava. A cerimônia será no dia 1º de dezembro, em Cândido de Abreu. Página 13
Pe. José de Paulo Bessa Em entrevista, Pe. Bessa fala de sua vida e sobre a experiência missionária que viverá em Goiás a partir de 2019. Página 28
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Diocese de Guarapuava
Novembro - 2018
Editorial Um tempo de reflexão, partilha e alegria A diocese de Guarapuava, pela segunda vez, promove o Congresso Diocesano dos Ministros da Eucaristia. O encontro será no dia 15 de novembro, na paróquia Divino Espírito Santo, em Guarapuava.
Voz do Pastor Por Dom Antônio Wagner da Silva Bispo de Guarapuava
Cada comunidade uma nova vocação! Aproveito-me deste veículo para convidá-los, insistentemente; ou melhor, quero convocá-los para participarem do 2º Congresso dos Ministros da Eucaristia que será realizado no dia 15 de novembro em Guarapuava. Quinze de novembro de 2017 – Congresso Diocesano dos Ministros Extraordinários da Sagrada Comunhão Eucarística – Lançamento do Projeto Vocacional com a oração – “Enviai Senhor operários para vossa messe, porque a messe é grande e os operários são poucos”. Resposta à provocação do Papa Francisco! Sintonia com o Regional Sul 2, Regionais do Sul do Brasil (SC e RS) e outras dioceses do Brasil. Faz um ano! Na Quinta-feira Santa, 29 de março – lançamento oficial do Projeto. Próximo dia 15 de novembro, será realizado o 2º Congresso de Ministros da Eucaristia. Será um momento propício para revermos o caminho feito e os novos passos a serem dados. Um momento importante, pois trabalharemos um projeto permanente que visa criar uma nova cultura vocacional. Assim sendo, aproveito-me deste veículo para convidá-los, insistentemente; ou melhor, quero convocá-los para participarem do 2º Congresso dos Ministros da Eucaristia que será realizado no próximo dia 15 de novembro, em Guarapuava. Será uma oportunidade de representar suas paróquias, suas comunidades e de refazer o compromisso de estar à frente deste projeto em favor das vocações, em favor da diocese. Estamos felizes com o que conseguimos no ano que passou. Precisamos continuar, pois a persistência de vocês aumentará o alcance, a participação de outros e, sem dúvida, frutos do projeto para a diocese, para a Igreja. Venham! Participem com entusiasmo, com alegria! A partilha dos trabalhos, das bonitas experiências, das realizações será motivo de mais confiança, segurança e criatividade! Contamos com todos vocês! Bem-vindos, Bem-vindas! Por intercessão de Nossa Senhora de Belém, pedimos as bênçãos do Senhor sobre vocês, suas comunidades, sobre nossa Igreja Diocesana. Até breve!
Esta é a edição de número 472, relativa ao mês de novembro do Jornal A Igreja na Diocese de Guarapuava, o Boletim Diocesano. Este deve ser um período de reflexão e muito entendimento, principalmente em se tratando de irmandade, de cristandade. Tivemos, no último dia 28 de outubro, o segundo turno das eleições presidenciais e também para o governo de alguns Estados do Brasil. Jair Bolsonaro foi o presidente escolhido pela maioria dos eleitores através do voto direto e democrático. Muitos comemoram a vitória do novo presidente que deve tomar posse no primeiro dia de janeiro de 2019. Mas há também quem se diga triste e lamente tal decisão da população. Mas, como vivemos em uma democracia, todos nós, brasileiros, devemos ter como prioridade o futuro do nosso país, esquecendo, portanto, as velhas rusgas políticas que em nada contribuem para melhorias para quem quer que seja. É preciso alinhar pensamentos e ações para que o País seja a meta principal de cada um de nós. A diocese de Guarapuava, pela segunda vez, promove o Congresso Diocesano dos Ministros da Eucaristia. O encontro será no dia 15 de novembro, feriado nacional por ocasião da Proclamação da República, na paróquia Divino Espírito Santo, em Guarapuava. Mais de duas mil pessoas que atuam neste serviço em favor da Igreja, deverão se fazer presentes. A data, conforme o bispo diocesano, Dom Antônio Wagner da Silva, representa um verdadeiro presente para todos da comunidade, pois reunir os ministros, conforme o bispo; significa um ato de agradecimento para quem dedica grande parte de seu tempo a outras pessoas, num imenso apoio à Igreja. Uma notícia que representa uma grande alegria para todos da diocese de Guarapuava é a ordenação diaconal de Felipe Geraldo Madureira, no dia 01 de dezembro, na paróquia Senhor Bom Jesus, em Cândido de Abreu. Para o momento considerado muito importante para sua vida, Felipe escolheu o lema: “Permanecei em mim como eu em vós” (Jo 15, 4). A cerimônia será presidida pelo bispo da diocese de Guarapuava, Dom Antônio Wagner da Silva, às 16 horas, na matriz. Amigos e parentes já preparam caravanas para participarem da celebração. “Esta será minha nova caminhada, agora como integrante do clero. Como mensagem, eu quero pedir orações para todas as pessoas. Peço que rezem por mim, pois orações encorajam, dão força, discernimento. Também convido a todos para que venham à minha ordenação. Estou me preparando e vivendo este momento”, convidou Felipe que atualmente trabalha na paróquia de Cândido de Abreu.
O mês de outubro passou muito rápido, segundo algumas pessoas. Este foi um mês de diversos acontecimentos em se tratando de Igreja, de diocese, de sociedade, enfim. No último dia 21 de outubro, se celebrou, com grande festa, a trigésima edição do Dia Nacional da Juventude (DNJ). Com o tema “Juventude Construindo uma Cultura de Paz”, mais de mil pessoas da diocese de Guarapuava participaram do encontro que foi realizado na Casa de Líderes Nossa Senhora de Guadalupe e contou com celebrações, palestras, música e muita diversão para os jovens. O momento foi importante, conforme os organizadores do encontro, pois possibilitou reforçar o compromisso de todos, principalmente dos jovens para com a Igreja. Seguindo com o tema “missão”, esta edição traz uma importante entrevista com o padre diocesano José de Paulo Bessa que conta um pouco sobre sua vida e novos desafios para o próximo ano. Padre Bessa deixará a diocese de Guarapuava por um período de dois anos, em princípio, para trabalhar em Goiás, na Região Centro-Oeste do país, na diocese de Jataí. Animado com as novas tarefas, o sacerdote destaca que é preciso servir a Igreja onde há a necessidade de missionários. “Eu vou para fazer um trabalho missionário. Em breve, estarei de volta. Embora gostando muito de viajar, eu criei raízes em Guarapuava”, disse o sacerdote durante a entrevista. Fechando este editorial, destacamos neste momento, um belo trabalho desenvolvido pela paróquia Divino Espírito Santo, por iniciativa do pároco local, padre Vinicius Araújo (CSS), sobre a devoção ao Divino Pai Eterno. Todas as quartas-feiras, a comunidade Divino Pai Eterno, no bairro Alto Cascavel, em Guarapuava, realiza uma novena. O encontro é sempre às 15 horas e reúne dezenas de pessoas todas as semanas. Segundo a oralidade popular, a história de devoção naquela comunidade começou ainda em 1843, quando o casal de agricultores, Constantino Xavier e Ana Rosa Xavier, trabalhando na lavoura, acabaram por encontrar um medalhão em barro cozido, com a estampa do Divino Pai Eterno. Embora tendo passado rápido, segundo a percepção de algumas pessoas, o mês de outubro foi de grandes feitos em nossa diocese, no Estado e também no País. Muitos desses acontecimentos já entraram para a história, como a eleição presidencial, por exemplo. Que o mês de novembro seja de muito amor, paz e consciência. Desejamos a todos ótima leitura, sempre inspirados nos exemplos de Jesus Cristo, filho de Deus e nosso irmão, sob a proteção da padroeira da diocese de Guarapuava, Nossa Senhora de Belém. Ótima leitura a todos!
Nesta edição, expressamos nossos sinceros agradecimentos às seguintes pessoas, empresas e instituições: Vatican News (www.vaticannews.va), (www.cnbb.org.br), CNBB Regional Sul 2 (www.cnbbs2.org.br), Central Cultura de Comunicação (www.centralcultura.com.br), Revista Galileu, Agência Brasil, José Graziano da Silva (ONU), FAO, Jornal O São Paulo, Arlete Bini, Regan Morris, James Cook (BBC News), Pixabay, Ernesto Yohan Remlinger, ECC, REPAM, Pe. Edvino Sicuro, Senior Airman Areca Wilson, Wikimedia Commons, Portal Jovem Nerd, Comunicação da diocese de Ponta Grossa CNBB e seminaristas da Diocese de Guarapuava. Agradecemos também, aos agentes da Pastoral da Comunicação (Pascom) das paróquias e comunidades que, com seus trabalhos voluntários e evangelizadores, nos ajudam a fazer, todos os meses, este jornal!
CONSELHO EDITORIAL
CENTRO DIOCESANO DE COMUNICAÇÃO BOLETIM DIOCESANO / INFORME INTERNO
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Dom Antônio Wagner da Silva, SCJ Padre Itamar Abreu Turco Padre Jean Patrik Soares José Luiz dos Santos Mauricio Toczek Vanessa Paula Pereira Ilustração da capa: Silvia Matos
Editor: Padre Jean Patrik Soares (Jornalista) Diagramação: Mauricio Toczek Impressão: Grafinorte - Apucarana - PR Distribuição: Mitra Diocesana de Guarapuava Tiragem: 36.000 exemplares Fechamento da Edição: 29/10/18
É permitida a reprodução total ou parcial das matérias veiculadas no Boletim A IGREJA NA DIOCESE DE GUARAPUAVA, desde que citada a fonte.
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Diocese de Guarapuava
Papa Francisco Papa: reconhecer-se pecador e rezar, os dois passos para conhecer Jesus Na homilia da missa celebrada na manhã de 25 de outubro, capela da Casa Santa Marta, o Papa Francisco disse que sem nos reconhecermos pecadores, não podemos seguir em frente na vida cristã. Quem é Jesus Cristo para você? Foi a pergunta que o Papa Francisco fez na manhã de quinta-feira, dia 25 de outubro, na homilia da missa celebrada na Casa Santa Marta. Se alguém nos perguntar “quem é Jesus Cristo”, nós diremos aquilo que aprendemos. É o Salvador do mundo, o Filho do Pai, aquilo que “recitamos no Credo”. Mas mais difícil, afirmou o Papa, é responder à pergunta sobre quem é Jesus Cristo “para mim”. É uma pergunta que nos coloca em dificuldade, porque para responder “tenho que chegar ao meu coração”, isto é, partir da experiência. São Paulo, de fato, tem justamente a inquietação de transmitir que ele conheceu Jesus Cristo através da sua experiência, quando ele caiu do cavalo, quando o Senhor lhe falou ao coração. Não conheceu Cristo a partir dos “estudos teológicos” mesmo que, depois, “foi verificar” como Jesus era anunciado na Escritura. Aquilo que ele sentiu, Paulo quer que nós cristãos sintamos. A pergunta que nós podemos fazer para Paulo: “Paulo, quem é Cristo para você?”, ele dirá a partir da própria experiência. Simples: “Ele me amou e se entregou por mim”. Mas ele está envolvido com Cristo, que pagou por ele. Esta experiência, Paulo quer que os cristãos - neste caso os cristãos de Éfeso - vivam, entrem nesta experiência a ponto que cada um possa dizer: “Ele me amou e se entregou por mim”, mas dizê-lo com a própria experiência. A Primeira Leitura de hoje, de fato, é extraída da Carta de Paulo aos Efésios (Ef 3,14-21), na qual o Apóstolo diz: “enraizados e fundados no amor. Tereis assim a capacidade de compreender qual a largura, o comprimento, a altura, a profundidade, e conhecer o amor de Cristo que ultrapassa todo conhecimento, porque repletos de toda a plenitude de Deus”. E para chegar à experiência que São Paulo teve com Jesus, o Papa destacou que recitar muitas vezes o Credo ajuda, mas o melhor caminho é reconhecer-se pecador: é o primeiro passo. Quando, de fato, Paulo diz que Jesus se entregou por ele, quer dizer que pagou por ele e conta isso em suas Cartas. A primeira definição de si mesmo é, portanto, ser um pecador, dizendo que perseguiu os cristãos, e parte justamente do ser “escolhido por amor, mas pecador”. “O primeiro passo para o conhecimento de Cristo, para entrar neste mistério - reiterou o Papa - é o conhecimento do próprio pecado, dos próprios pecados”. Francisco ressaltou que no sacramento da Reconciliação “nós dizemos os nossos pecados”, mas “uma coisa é dizer os pecados”, outra é reconhecer-se pecadores por natureza, “capazes de fazer qualquer coisa”, “reconhecer-se uma sujeira”. São Paulo, reiterou o Papa, fez esta experiência a partir da própria miséria “que tem necessidade de redenção, de alguém que pague o direito de se dizer filho de Deus”: “todos nós o somos, mas dizê-lo, ouvi-lo, era necessário o sacrifício de Cristo”. Portanto, reconhecer-se pecadores concretamente, envergonhando-se de si mesmos.
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Padres - Nascimento
Pe. Guilherme Schelbauer, CM - 3 de novembro Frei Ricardo Gomes da Silva, FMM - 6 de novembro Pe. Joubert Luciano Ferrarezi, CM - 9 de novembro Frei Domingos Sávio Francisco, FMM - 9 de novembro Pe. João Alceu Perin, CP - 17 de novembro Pe. Zbigniew Perdjon, SCHR - 22 de novembro Pe. Vinicius Araújo, CSS - 25 de novembro Frei Ir. Alexandro Nunes Ribeiro, OM - 28 de novembro Pe. Cícero Pereira de Souza - 29 de novembro Pe. João Novak, CM - 29 de novembro
Padres - Ordenação
Pe. Joubert Luciano Ferrarezi, CM - 9 de novembro Pe. André Ricardo Santos Lima - 19 de novembro Frei Eduardo Gomes Césares, FMM - 23 de novembro Pe. José Manoel Timoteo - 25 de novembro Pe. Sebastião Pereira - 26 de novembro Pe. Itamar Abreu Turco - 27 de novembro Pe. Valdecir Badzinski - 27 de novembro
Religiosas - Nascimento
Depois tem um segundo passo para conhecer Jesus: o da contemplação, da oração que pede para conhecer Jesus: “Há uma bela oração de um Santo: ‘Senhor, que eu te conheça e me conheça’: conhecer a si mesmo e conhecer Jesus”, recorda ainda Francisco. Aqui acontece esta relação de salvação - ressalta o Papa - exortando também a “não se contentar em dizer três, quatro palavras corretas sobre Jesus” porque, ao invés disso, “conhecer Jesus é uma aventura, mas uma aventura levada a sério, não uma aventura de adolescente”, porque o amor de Jesus é sem limites: O próprio Paulo diz isso: “Ele tem todo o poder para fazer muito mais do que podemos pedir ou pensar. Ele tem o poder de fazer isso. Mas nós temos que pedir isso. “Senhor, que eu Te conheça; que quando eu falar de Ti, diga não palavras de papagaio, diga palavras nascidas na minha experiência. E como Paulo possa dizer: ‘Me amou e se entregou por mim’, e dizer isso com convicção”. Essa é a nossa força, porque esse é o nosso testemunho. Cristãos de palavras, temos muitos; também nós muitas vezes o somos. Esta não é a santidade; santidade é ser cristãos que fazem na vida o que Jesus ensinou e o que Jesus semeou no coração. Ao concluir, o Papa Francisco reitera os dois passos para conhecer Jesus Cristo: Primeiro passo, conhecer a si mesmo: pecadores; pecadores. Sem esse conhecimento e também sem essa confissão interior, que eu sou pecador, não podemos seguir em frente. Segundo passo, a oração ao Senhor, que com o seu poder nos faz conhecer este mistério de Jesus que é o fogo que Ele trouxe à Terra. Será um bom hábito se todos os dias, em algum momento, pudéssemos dizer: “Senhor, que eu te conheça e me conheça”. E assim seguir em frente. Vatican News
“Conhecer Jesus é uma aventura, mas uma aventura levada a sério, não uma aventura de adolescente.” Papa Francisco
Feliz
Ir. Nilza Magron, FC - 7 de novembro Ir. Eugênia Surmas, FSF - 9 de novembro Ir. Angelina Rosa Bonfim, CS - 12 de novembro Ir. Genoveva Stafin, FC - 15 de novembro Ir. Cleidimara Barbosa Corrêa, CS - 17 de novembro Ir. Ângela Leonete Vandresen, CS - 21 de novembro Ir. Karen Danielle Klaczek, CS - 22 de novembro
Esquecemos alguém? Por favor nos avise: jornaldiocese@gmail.com
Apostolado da Oração
Intenções de oração do Papa Francisco confiadas ao Apostolado da Oração (Rede Mundial de Oração). Conheça: www.aomej.org.br Oferecimento diário: Deus, nosso Pai, eu te ofereço todo o dia de hoje: minhas orações e obras, meus pensamentos e palavras, minhas alegrias e sofrimentos, em reparação de nossas ofensas, em união com o Coração de teu Filho Jesus, que continua a oferecer-se a Ti, na Eucaristia, pela salvação do mundo. Que o Espírito Santo, que guiou a Jesus, seja meu guia e meu amparo neste dia para que eu possa ser testemunha do teu amor. Com Maria, Mãe de Jesus e da Igreja, rezo especialmente pelas intenções do Santo Padre para este mês.
Novembro:
Para que a LINGUAGEM DO CORAÇÃO...
e do diálogo prevaleça sempre sobre a linguagem das armas.
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Dicastério para os Leigos fica ainda mais “brasileiro”
Catequistas de todo o mundo participam de encontro internacional em Roma
O prefeito da Congregação para a Vida Consagrada, cardeal João Braz de Aviz; o bispo auxiliar do Rio de Janeiro, Joel Portella Amado; e o fundador da Comunidade Shalom, Moysés de Azevedo Filho, estão entre os novos membros.
Além de conferências, houve diálogos com os participantes em grupos de trinta a cinquenta pessoas para tratar de temas ligados à catequese.
O Dicastério para os Leigos, a Família e a Vida ficou ainda mais “brasileiro”. O Papa Francisco nomeou, no último dia 06 de outubro, 47 novos membros. Destes, três são oriundos do Brasil. O prefeito da Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e a Sociedade de Vida apostólica, cardeal João Braz de Aviz; o bispo-auxiliar do Rio de Janeiro, Joel Portella Amado; e o fundador
e moderador geral da Comunidade Shalom, Moysés de Azevedo Filho, são os membros brasileiros do Dicastério. Também são brasileiros, o secretário do Dicastério, padre Alexandre Awi Mello, assim como o responsável pelo Setor Juventude, padre João Chagas. O prefeito é o Cardeal irlandês Kevin Joseph Farrell. Vatican News
PORTUGAL: 1º de fevereiro, Dia Nacional da Liberdade Religiosa e do Diálogo Inter-religioso A proposta foi avançada em Lisboa no II Congresso do Diálogo Interreligioso, promovido pelo Alto Comissariado para as Migrações.
“Cuidar do Outro”. Este foi o tema que animou, no último dia 03 de outubro, na Universidade Católica em Lisboa, os trabalhos do II Congresso do Diálogo Inter-religioso. O congresso contou com a presença da Ministra da Presidência e da Modernização Administrativa, Maria Manuel Leitão Marque, da Secretária de Estado para a Cidadania e a Igualdade, Rosa Monteiro e também do Altocomissário para as Migrações, Pedro Calado, além do Presidente da Comissão da Liberdade Religiosa, José Vera Jardim. Participaram ainda do grupo de trabalho, diversas organizações governamentais e da sociedade civil, membros das comunidades científicas e representantes das diferentes denominações religiosas. Em debate, estiveram temas como o direito à profissão de diferentes crenças e religiões em contextos de acesso e assistência hospitalar; a responsabilidade
social nas ONG e sociedade civil, por via da intervenção e apoio social à comunidade; e ainda os contributos da educação formal e não formal para a aceitação e convívio entre diferentes comunidades religiosas. O Conselheiro do Instituto de Bioética da Universidade Católica Portuguesa, Walter Osswald, destacou na abertura do congresso, a importância do “Cuidar do Outro”, apontando a necessidade de um “espírito aberto” face às diferentes culturas, religiões e costumes. Os trabalhos terminaram com a proposta da criação do Dia Nacional da Liberdade Religiosa e do Diálogo Interreligioso, a ser celebrado em 01 de fevereiro. A proposta que será apresentada à Assembleia da República, foi lida no II Congresso pelo Alto-comissário para as Migrações e pelo Presidente da Comissão da Liberdade Religiosa. Vatican News
Não medindo esforços para organizar diversos eventos que têm posto em destaque a catequese, centro vital da ação pastoral da Igreja, o Conselho Pontifício para a Promoção da Nova Evangelização promoveu o II Congresso Internacional de Catequese, de 20 a 23 de setembro, em Roma. Com a temática principal “O Catequista, Testemunha do Mistério”, a intenção foi refletir sobre alguns temas ligados com a atualidade para a catequese, que derivam da segunda parte do catecismo, intitulado “A Celebração do Ministério Cristão”. Além dos coordenadores nacionais e regionais da catequese, também participaram do Congresso os catequistas de várias dioceses do mundo. A Igreja Católica do Brasil foi representada pelo arcebispo de Curitiba e presidente da Comissão para a Animação Bíblico-Catequética da CNBB, Dom José Antônio Peruzzo e o bispo auxiliar da arquidiocese do Rio de Janeiro, Dom Roque Costa, que também é referencial da catequese no regional Leste 1 da CNBB. “Eram 1500 participantes de 48 países. De língua portuguesa tínhamos 125 pessoas, sendo que delas 75 eram brasileiras”, aponta o padre Antonio Marcos Depizzoli, assessor nacional da Comissão para a Animação BíblicoCatequética e que também integrou a comitiva brasileira. Com o objetivo de perceber cada vez mais a profunda relação entre a catequese e a liturgia, durante os três dias de Congresso, os participantes tiveram contato com assuntos como a Iniciação à Vida Cristã e a Catequese Querigmática, e o Catecumenato e a Mistagogia. “Foi um tempo muito bom. Tivemos a oportunidade de conversar, de nos encontrar com catequistas, com pessoas de tantos lugares que estão refletindo sobre essa questão tão importante da vivência e transmissão da fé no tempo em que vivemos”, aponta o padre Depizzoli.
Além de conferências, houve diálogos com os participantes em grupos de trinta a cinquenta pessoas para tratar de temas ligados à catequese. “Eu destaco, de um modo especial, a ênfase que foi dada em todas as falas, no conjunto do Congresso, a respeito da acolhida como sendo uma característica que revela o quanto nós temos de inspiração catecumenal, de fé, do quanto nós acolhemos da vida cristã em nós”, afirma Depizzoli. Para ele, o encontro foi frutuoso: “Foram dias muito proveitosos, muito fecundos e acredito que dele, muitos frutos serão gerados na vida da Igreja”, finalizou.
MENSAGEM DO PAPA
Por meio de uma gravação, o Papa Francisco deixou uma mensagem a todos os presentes no encontro. O pontífice estava em viagem apostólica nos países bálticos e, por isso, dirigiu alguns pensamentos que considerava importantes, por meio de um vídeo, aos participantes. “Aproveito destes instrumentos eficazes da tecnologia para estar com vocês e dirigir-lhes alguns pensamentos que considero importantes, a fim de que a vocação para ser catequistas assuma cada vez mais uma forma de serviço, realizado na comunidade cristã, e que precisa ser reconhecido como um verdadeiro e genuíno ministério da Igreja, do qual temos especial necessidade”, disse em uma parte do vídeo. No final, Francisco fez votos para que todos vivessem o Congresso com intensidade, para que depois pudessem levar para as suas comunidades a riqueza do quanto viveram no encontro internacional. “Acompanho-os com minha bênção e, por favor, não se esqueçam de rezar por mim. Obrigado!”, disse. CNBB com informação de Catequese do Brasil
“...para que a vocação para ser catequistas assuma cada vez mais uma forma de serviço, realizado na comunidade cristã...” Papa Francisco
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Panamá recebe relíquia de Dom Romero A relíquia ficará no Panamá até o fim da Jornada Mundial da Juventude que será realizada em janeiro de 2019, e durante este período fará peregrinações em várias partes do país. A Basílica de Dom Bosco na Cidade do Panamá recebeu uma relíquia do Beato Óscar Arnulfo Romero, um dos padroeiros da Jornada Mundial da Juventude. Para a ocasião foi celebrada uma cerimônia presidida pelo arcebispo do Panamá, Dom José Domingo Ulloa. Numerosos fiéis acolheram o relicário com um pedaço de tecido com o sangue de Dom Romero após cair morto em 24 de março de 1980 enquanto celebrava a missa na capela do Hospital da Divina Providência de San Salvador. Também chegaram um busto e uma réplica da sua mitra. A relíquia ficará no Panamá até o fim da Jornada Mundial da Juventude que será realizada em janeiro de 2019, e durante este período fará peregrinações em várias partes do país. No dia 14 de outubro o Papa Francisco proclamou santo Dom Romero e o Papa Paulo VI e com eles também foram canonizados dois sacerdotes, duas religiosas e um leigo.
RELÍQUIA DE PRIMEIRO GRAU
Em julho deste ano já tinha chegado ao Panamá uma relíquia de primeiro grau do Beato Óscar Arnulfo Romero. Tratase de um pequeno fragmento de uma de
Pastorais marcam a presença da Igreja junto a parcelas específicas do povo de Deus Cada pastoral, em sua especificidade, busca atuar junto a um grupo específico, levando a presença da Igreja com linguagem e metodologias próprias.
suas costelas que foi extraído no momento em que realizaram a autópsia depois de seu assassinato em 1980. O pequeno fragmento foi posto sobre um quadro com uma imagem de Dom Romero, que foi arcebispo de San Salvador. A relíquia foi enviada pela igreja em El Salvador e entregue a Dom Ulloa pelo padre Rafael Urrutia, postulador da causa de canonização do beato salvadorenho.
PREPARAÇÃO PARA A JMJ NO PANAMÁ
Participarão da Jornada Mundial da Juventude no Panamá, mais de 600 mil jovens de todo o mundo, principalmente da América Latina. Assim, estes terão a oportunidade de homenagear as relíquias de Dom Romero. A expectativa é grande pela presença do Papa Francisco. A última visita de um Papa ao Panamá foi a de João Paulo II em 1982. Vatican News
Diocese de Montreal, no Canadá, implanta movimento “Encontro de Casais com Cristo” (ECC) O Regional Sul 2 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), foi representado pelo casal Marcos Honda e Regina Honda e pelo padre Luiz Laudino, os três da arquidiocese de Londrina. De 14 a 16 de setembro, a cidade de Montreal, no Canadá, sediou o primeiro Encontro de Casais com Cristo (ECC). O evento foi uma inciativa da diocese de Montreal que pretende implantar o Movimento religioso no país. O Regional Sul 2 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), foi representado pelo casal Marcos Honda e Regina Honda e pelo padre Luiz Laudino, os três da arquidiocese de Londrina. Padre Luiz Laudino atuou como diretor espiritual durante o encontro. Ele representou o assistente eclesiástico nacional Dom Benedito Gonçalves dos Santos. Também se fizeram presentes no evento, casais representantes das arquidioceses de Brasília (DF), Palmas (TO) e Campo Grande (MS), além de representantes da diocese de Baurú (SP). Conforme os coordenadores, o encontro internacional foi muito produtivo e possibilitou que o projeto fosse implantado em Montreal em um primeiro momento, como possibilidade de se expandir pelo vasto país da América do Norte. “Para a manutenção e consolidação desta implantação, foram designados o diretor espiritual no Canadá, padre Julien Masson e mais um casal. Eles vão atuar em nível diocesano naquele país e terão ligação direta com a secretaria do
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ECC no Brasil. Padre Laudino entregou um documento formalizando o aceite com o compromisso de zelar por suas diretrizes e organização estrutural com mandato até o final de 2021”, diz uma nota do movimento.
SOBRE O ECC
O Encontro de Casais com Cristo (ECC) é um serviço da Igreja, em favor da evangelização das famílias. Procura construir o Reino de Deus, aqui e agora, a partir da família, da comunidade paroquial, mostrando pistas para que os casais se reencontrem com eles mesmos, com os filhos, com a comunidade e, principalmente, com Cristo. Para isto, busca compreender o que é “ser Igreja hoje” e de seu compromisso com a dignidade da pessoa humana e com a Justiça Social. Com informações da coordenação regional do ECC
Reunião do Conselho Pastoral do Pescadores (CPP-MG) da Comunidade Tradicional Pesqueira e Vazanteira de Canabrava, em Buritizeiro, Norte de Minas Gerais.
Atualmente, 21 pastorais integram a ação da Igreja do Brasil junto a parcelas específicas do povo de Deus. Um conjunto delas faz um recorte etário, desenvolvendo metodologias apropriadas e voltando sua atuação para interesses específicos de faixa-etárias, como a Pastoral da Criança, Pastorais da Juventude e Pastoral da Pessoa Idosa. Outras pastorais têm o mote da mobilidade humana como foco do seu trabalho. Há na CNBB o Setor de Pastoral da Mobilidade Humana que articula o trabalho desenvolvido por pastorais, tais como: Pastoral de Brasileiros no
Exterior, Pastoral dos Nômades, Pastoral dos Refugiados, Pastoral Rodoviária, Pastoral do Turismo, entre outras. O bispo de Pesqueira (PE), Dom José Luiz Ferreira Salles, bispo referencial do Setor de Mobilidade Humana da CNBB, destacou que as pastorais do mundo da mobilidade têm trabalhado no sentido de ser uma presença da misericórdia da bondade de Deus para o povo. Na atual conjuntura, onde há muita mobilidade devido às guerras, violência e a fome, o religioso destaca as iniciativas solidárias para acolher, proteger e integrar os imigrantes e refugiados.
LINGUAGEM E METODOLOGIA PRÓPRIAS Cada pastoral, em sua especificidade, busca atuar junto a um grupo específico, levando a presença da Igreja com linguagem e metodologias próprias. É o caso de pastorais que atuam com o povo de rua, com mulheres marginalizadas, portadores do vírus HIV, pescadores, presos e afro-brasileiros. A CNBB mantém com estes organismos vinculados uma relação que, como prevê o artigo 16º de seu regimento interno, busca favorecer a comunhão e a participação ativa na vida da Igreja. Para tanto, realiza reuniões regulares com os dirigentes dos organismos representativos das diversas parcelas do povo de Deus e dos organismos vinculados a ela bem como promove, periodicamente, encontros mais amplos para reflexão e consulta sobre a Pastoral Orgânica nacional, em vista da realidade do País.
Para que sejam consideradas vinculadas à Conferência, estas pastorais são submetidas a aprovação na Assembleia Geral dos Bispos do Brasil. É necessário que conste de seus estatutos que seguem as diretrizes da CNBB, estejam relacionadas com alguma das comissões pastorais que a entidade designar, que sua diretoria seja escolhida e homologada. Um membro aprovado pela CNBB acompanha a instituição, tendo assento e voto ao menos consultivo, junto à sua direção e Assembleia. Estas são as Pastorais vinculadas à CNBB: Afro-brasileira, Aids, Brasileiros no Exterior, Carcerária, Criança, Familiar, Menor, Mulher Marginalizada, Nômades, Operária, Pescadores, Pessoa Idosa, Povo de Rua, Refugiados, Rodoviária, Saúde, Sobriedade, Turismo e Vocacional. CNBB
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CNBB escolhe música vencedora do concurso para o hino da Campanha da Fraternidade 2019 A seleção levou em consideração fatores como caráter vibrante, vigoroso, “energizador” da música; melodia e ritmo fluentes, acessíveis a qualquer tipo de assembleia.
O hino da Campanha da Fraternidade de 2019 já tem letra e música escolhidas. O Conselho Episcopal Pastoral (Consep) da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), definiu que a melodia enviada pelo padre verbita Cirineu Kuhn irá animar as comunidades de todo o Brasil. A seleção levou em consideração fatores como caráter vibrante, vigoroso, “energizador” da música; melodia e ritmo fluentes, acessíveis a qualquer tipo de assembleia; força melódica e rítmica eficazes para a dinamização das potencialidades individuais e grupais. Foi feita uma seleção prévia com peritos ligados ao Setor Música Litúrgica da Comissão Episcopal Pastoral para a Liturgia da CNBB. As propostas mais bem avaliadas foram apresentadas aos bispos reunidos na reunião do Consep, realizada nos dias 17 e 18 de setembro, na sede provisória da CNBB, em Brasília (DF). Cireneu Kuhn também foi premiado neste ano com o troféu Margarida de Prata dos Prêmios de Comunicação da CNBB, pela direção do filme “KIWXI – Memória, Martírio e Missão de Vicente Canãs”. Sobre a recepção da notícia de que teve sua música escolhida, padre Cireneu afirma que recebeu com “muita alegria, embora não tivesse esperando por isso”. A CF 2019 tem como tema “Fraternidade e Políticas Públicas” e lema “Serás libertado pelo direito e pela justiça” (Is 1, 27). A letra escolhida, também por concurso, é de João Edebrando Roath Machado. E foi João Roath, amigo de padre Cireneu, quem o incentivou a participar do concurso. “E eu acabei atendendo ao seu pedido na última semana que ainda restava para a inscrição. E posso dizer
que talvez essa seja uma das músicas mais simples que eu tenha composto nos últimos anos”, conta. Foi exatamente a simplicidade da música que foi destacada pelo assessor da Música Litúrgica da CNBB, irmão Fernando Benedito Vieira, como elemento importante na seleção. Conforme pedia no edital, o autor explica: “a música em si não passa do escopo de uma oitava de Dó a Dó. Não tem cromatismos, nem saltos harmônicos complexos”. Segundo Cireneu, os músicos poderão, facilmente, subir um tom, ou abaixar um ou dois tons, de acordo com a necessidade, para se adaptar ao timbre predominante da assembleia. “Foi uma composição tipicamente daquelas que a gente faz de trás para frente, isto é, pensando primeiro no objetivo e em quem irá cantar. Então o objetivo é uma música litúrgica, é um hino de campanha da Fraternidade, tem que ter a sua alegria, o seu encanto, tem que ser intuitiva. E eu penso que, na simplicidade, eu acabei conseguindo isso. E é uma música que será cantada pelo povo, o povão de Deus. Então não pode ser música difícil, tem que ser música fácil de interpretação e que tenha seu apelo”, explicou. Padre Cireneu agradeceu à equipe que trabalhou na seleção das músicas e também a CNBB pela oportunidade para que músicos partilhem os “talentos a serviço do povo de Deus”. Como curiosidade, disse que participou do concurso com o pseudônimo Cecília, uma vez que é uma das regras da seleção entregar o envelope com um nome fictício. “Talvez tenha dado sorte, pois Cecília é o nome da minha mãe, e Cecília é a padroeira dos músicos”, ressalta bem-humorado.
Padre Cireneu Kuhn, da Congregação do Verbo Divino
HINO DA CAMPANHA DA FRATERNIDADE 2019 “Eis que o Senhor fez conhecer a salvação E revelou sua justiça às nações”. Que, neste tempo quaresmal, nossa oração Transforme a vida, nossos atos e ações. REF: Pelo direito e a Justiça libertados, Povos, nações de tantas raças e culturas. Por tua graça, ó Senhor, ressuscitados, Somos em Cristo, hoje, novas criaturas. Foi no deserto que Jesus nos ensinou A superar toda ganância e tentação. Arrependei-vos, eis que o tempo já chegou. Tempo de Paz, Justiça e reconciliação. Em Jesus Cristo uma nova aliança Quis o Senhor com o seu povo instaurar. Um novo reino de justiça e esperança, Fraternidade, onde todos têm lugar. Ser um profeta na atual sociedade, Da ação política, com fé, participar É o dom de Deus que faz, do amor, fraternidade, E bem comum faz bem de todos se tornar!
Cimi lança relatório que registra aumento de casos de violência contra povos indígenas no Brasil em 2017
Segundo o relatório, os três Estados que tiveram o maior número de assassinatos registrados foram Roraima (33), Amazonas (28) e Mato Grosso do Sul (17). “A nossa vida está ligada àquele território. Se sairmos de lá vamos para a cidade fazer o quê? É deste território que tiramos o sustento de nossa comunidade”. Este foi um dos trechos da fala do líder indígena Laércio Akroá-Gamela, do povo Gamela de Viana (MA) presente à Coletiva de Imprensa, realizada na sede da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) na tarde de 27 de setembro, pelo Conselho Indigenista Missionário (Cimi) para lançamento do relatório “Violência contra os Povos Indígenas no Brasil - Dados 2017”. O relatório, publicado anualmente pelo Cimi, constatou um aumento no número de casos em 14 dos 19 tipos de violência sistematizados. Em três tipos de violência foram registradas a mesma quantidade de caso que em 2016. As informações sistematizadas evidenciam que continua dramática a quantidade de registros de suicídio (128 casos), assassinato (110 casos), mortalidade na infância (702 casos) e das violações relacionadas à terra tradicional e à proteção delas. O massacre contra o povo AkroáGamella, em 30 de abril de 2017, que resultou no ferimento de 22 Gamellas,
com tiros e facões, mereceu destaque no relatório que registrou, no ano passado, 110 casos de assassinatos de indígenas. Segundo o relatório, os três Estados que tiveram o maior número de assassinatos registrados foram Roraima (33), Amazonas (28) e Mato Grosso do Sul (17). A apropriação de terras indígenas é o principal vetor de violência contra os povos indígenas, aponta o relatório. O presidente do Conselho Indigenista Missionário (Cimi), Dom Roque Paloschi, fez referência aos 30 anos da Constituição de 88 onde foram consagrados os direitos indígenas que na avaliação dele, continuam sendo sistematicamente negados. No governo Michel Temer, na avaliação do coordenador do Cimi do Regional Sul 3, Roberto Liebgott, há em curso uma anti-política indígena. “Todas as ações de fiscalização e proteção nas áreas indígenas foram desmontadas. Assim, como toda política de assistência social aos indígenas. Em 2017, também não houve nenhuma demarcação”, denunciou. O parecer 001, de 2007, da Advocacia Geral da União (AGU), segundo ele, inviabiliza qualquer processo de demarcação de terras indígenas no Brasil.
Outra publicação lançada pelo Cimi na coletiva de imprensa foi “Congresso Anti-Indígena – Os parlamentares que mais atuam contra os direitos indígenas no Congresso Nacional”. A publicação acompanha a atuação de 50 parlamentares, sendo 10 senadores e 40 deputados federais que atuam contra os direitos dos povos indígenas. A publicação também
demonstra quem são os doadores de campanha por trás destes parlamentares além de fazer uma radiografia de 33 propostas anti-indígenas que circulam no Congresso Nacional. O relatório pode ser acessado na íntegra aqui: www.cimi.org.br CNBB
Novembro - 2018
Diocese de Guarapuava
Infância Missionária intensifica visitas em comunidades de todo Brasil
Edições CNBB inaugura loja com lançamento de livro sobre iniciação cristã
Segundo o padre Maurício Jardim, diretor nacional das Pontifícias Obras Missionárias, a “missão não é só fazer coisas, mas é o nosso ser. [...]”.
Antes da mudança para o novo espaço, no meio deste ano, alguns setores da editora da CNBB ficavam distantes, aproximadamente 11 quilômetros.
Crianças e adolescentes são protagonistas na missão da Igreja. Esta é a inspiração que está por trás do trabalho que desenvolve a Infância Missionária, um dos eixos de trabalho das Pontifícias Obras Missionárias (POM), organismo da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). No mês de outubro, Mês Missionário, cujo lema é “Enviados para Testemunhar o Evangelho da Paz”, a coordenação nacional da Infância Missionária incentiva os cerca de 3.500 grupos de crianças e adolescentes presentes em aproximadamente 75% das dioceses brasileiras a realizar as visitas missionárias. Irmã Patrícia Souza, secretária nacional da Infância e Adolescência Missionária (IAM), natural de Irani (SC), informa que as visitas missionárias são organizadas por um roteiro com orientações paraos grupos. Segundo o padre Maurício Jardim, diretor nacional das Pontifícias Obras Missionárias, a “missão não é só fazer coisas, mas é o nosso ser. Por isso nossa vida vai dando um sentido maior quando a gente assume a nossa identidade e a nossa natureza missionária”. Fundada pelo bispo de Nancy (França), Dom Carlos de Forbin-Jason, em 1843, o trabalho da Pontifícia Obra da Infância e Adolescência Missionária auxilia os pais e educadores a despertar gradualmente a consciência missionária nas crianças e adolescentes, animando-os a partilhar a fé e seus bens materiais com crianças e adolescentes de regiões mais necessitadas. O gesto de doação se concretiza em cada criança e adolescente com seu compromisso de rezar uma ave-maria por dia por todas as outras crianças e a
colaborar com uma moedinha por mês. A religiosa informa ainda que a Infância Missionária ajuda a promover as vocações missionárias desde a infância, com lema: “Criança ajudando e evangelizando crianças; adolescente ajudando e evangelizando adolescentes”. A metodologia da Infância Missionária se estrutura em quatro áreas integradas: a) Realidade missionária; b) Espiritualidade Missionária; c) Compromisso Missionário; d) Vida de Grupo. Orientados por assessores (adultos), os grupos são estimulados a realizar ações concretas e a assumir o compromisso missionário, por meio de arrecadações de roupas e brinquedos, visitas à comunidade, entre outras ações. A Pontifícia Obra da Infância e Adolescência Missionária celebrou no mês de maio seus 175 anos de fundação. No Brasil, a data foi comemorada junto à 6ª Jornada nacional da Infância e Adolescência Missionária, no dia 27 de maio, nas dioceses e paroquias, com o tema: “Infância e adolescência Missionária - 175 anos fazendo discípulos missionários para o mundo”. Durante o ano, a secretária nacional da Infância Missionária informou que os grupos realizam seus encontros e formações paroquiais e diocesanos para os assessores (adultos) e também para os coordenadores (crianças e adolescentes). As crianças e adolescentes ligados à Infância Missionária, segundo a irmã Patrícia, são participantes ativos da vida das comunidades, um dos braços da Igreja no Brasil que dão vida à dimensão missionária junto às crianças e adolescentes. CNBB
“Missão não é só fazer coisas, mas é o nosso ser.” Pe. Maurício Jardim
Um novo espaço está disponível para os que moram ou visitam Brasília (DF) adquirirem documentos, livros e subsídios da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). A editora “Edições CNBB” agora oferece em sua sede, no Setor de Armazenagem e Abastecimento Norte (SAAN), uma loja com os títulos que colaboram na ação evangelizadora da Igreja no Brasil. A inauguração que ocorreu no dia 03 de outubro, contou com o lançamento de um destes títulos: “E seguiram Jesus… Caminhos Bíblicos de iniciação”. O livro é fruto do trabalho do Grupo de Reflexão Bíblico-Catequética (Grebicat) e de teólogos convidados. Alguns desses especialistas participaram de processo de elaboração do Documento 107 da CNBB “Iniciação à Vida Cristã: itinerário para formar discípulos missionários”. A obra foi organizada por Therezinha Motta Lima da Cruz e padre Antonio Marcos Depizzoli, assessor da Comissão Episcopal Pastoral para a Animação Bíblico-Catequética da CNBB e quem fez uma exposição sobre a elaboração do livro e o processo de iniciação à vida cristã no lançamento do livro. O primeiro capítulo do Documento 107 destaca o encontro de Jesus com a Samaritana como ícone para todo processo de iniciação à vida cristã. O livro “E seguiram Jesus” inspira-se, fundamentalmente, no primeiro capítulo do documento. “São 13 textos bíblicos que ajudarão Catequistas e agentes da Iniciação à Vida Cristã a continuarem criando intimidade com a Sagrada Escritura, aprendendo com Jesus a aproximarem-se, acolherem e acompanharem cada pessoa no seu crescimento na fé”, afirmou padre Depizzoli. Ele mencionou um trecho de um dos capítulos do arcebispo de Curitiba (PR) e presidente da Comissão para a Animação Bíblico Catequética da CNBB, Dom José Antonio Peruzzo, sobre os elementos no relato de Jesus na casa de Mateus que
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reforçam a afeição e a fraternidade, algo necessário para o processo de evangelização. “Com Jesus, aprendemos a viver a fé e transmiti-la com alegria e entusiasmo”, sublinhou.
OTIMIZAÇÃO DE PROCESSOS Antes da mudança para o novo espaço, no meio deste ano, alguns setores da editora da CNBB ficavam distantes, aproximadamente 11 quilômetros. “O novo espaço propicia uma maior integração de todo nosso processo editorial e logístico, otimizando todas as nossas ações para trabalharmos em prol de um mundo melhor”, afirma o diretor-geral da empresa “Edições CNBB”, monsenhor Jamil Alves de Souza. Na nova sede, estão todos os colaboradores de áreas como a administrativa, de criação, atendimento, comercial e logística. Esta última conta com um galpão para estoque e preparação do envio de materiais para todo o Brasil. “Esta nova casa é uma conquista que atende a duas demandas: a da ‘Edições CNBB’ e a de nossos clientes. Uma conquista que simboliza o esforço de todos durante seus quase 13 anos de instalação. Essa data agora é marcada por mais uma conquista e demonstra a importância da nossa editora, seja no cenário eclesial católico, seja na visibilidade da presença da Igreja no Brasil”, comemora monsenhor Jamil. Ele ressalta a colaboração da Presidência da CNBB e do conselho responsável pela editora na viabilização do endereço e se compromete em comemorar a conquista “oferecendo serviços de qualidade ao povo de Deus”. Para o diretor, a loja inaugurada no dia 03 de outubro, “possibilitará oportunidades de maior contato e entrelaçamento com nossos clientes, agregando valor e interação com todos”. CNBB
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Diocese de Guarapuava
Novembro - 2018
A Estrutura administrativa e pastoral da CNBB tem uma Matriz e 18 unidades regionais Terceira conferência de bispos criada no mundo, desde a sua fundação, em 14 de outubro 1952, até 15 de novembro de 1977, a CNBB tinha sua sede nacional na cidade do Rio de Janeiro.
NE 5 - O regional compreende o Estado do Maranhão com a arquidiocese da capital, São Luís, e mais 11 dioceses no interior do estado: Diocese de Coroatá, Diocese de Pinheiro, Diocese de Caxias do Maranhão, Diocese de Brejo, Diocese de Viana, Diocese de Balsas, Diocese de Grajaú, Diocese de Bacabal, Diocese de Carolina, Diocese de Zé-Doca, Diocese de Imperatriz. A sede do regional está em São Luís e o seu presidente atual é o arcebispo da capital dom José Belisário da Silva.
A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) tem uma estrutura bastante enxuta, mas bastante eficiente enquanto organização. Dividida em uma unidade Matriz, situada em Brasília (DF) e 18 unidades regionais, a Conferência, além da animação da ação evangelizadora da Igreja no Brasil, faz o seu trabalho contando com a colaboração de profissionais na área da secretaria, da administração, da contabilidade, do economato, da assistência social e ainda de uma assistência jurídica e canônica.
OS REGIONAIS DO LESTE
CNBB MATRIZ
Terceira conferência de bispos criada no mundo, desde a sua fundação, em 14 de outubro 1952, até 15 de novembro de 1977, a CNBB tinha sua sede nacional na cidade do Rio de Janeiro. Era constituída por um só bloco, coordenada pelo presidente e um secretário-geral. Em Assembleia Geral, realizada em 1962, em busca de maior colegialidade entre os bispos e visando efetivar um planejamento de pastoral de conjunto, a CNBB decidiu criar os secretariados que, inicialmente eram sete regionais. A CNBB Matriz é o lugar central do serviço episcopal e a referência nacional da Conferência dos Bispos do Brasil. Recebe diversas reuniões dos organismos, pastorais, movimentos e comissões, sede dos escritórios do secretariado geral, dos arquivos que guardam a memória e a documentação da entidade. É também espaço de acolhida das visitas e do trabalho dos colaboradores. Em setembro do ano passado, por causa de uma reforma geral, a primeira desde a inauguração em 1977, a CNBB Matriz passou a ter sua sede provisória num edifício novo construído pela Conferência para abrigar o novo Centro Cultural Missionário (CCM), na região chamada de Asa Norte da capital brasileira. Ao término da reforma, estimado para o início de 2019, a sede nacional volta a ser num amplo prédio que se encontra ao lado da Nunciatura Apostólica, no setor de embaixadas sul da cidade.
REGIONAIS
A evolução da criação dos regionais começou nos tempos da fundação e o último regional criado, o Norte 3, foi fruto da Assembleia Geral da CNBB realizada em Aparecida (SP), em 2016. No momento, são 18 núcleos identificados por região: três na região Norte, cinco na região Nordeste, três na região centro-oeste, sendo que um tem sede em Goiânia e é chamado de Centro Oeste e dois chamados de Oeste 1 e 2, respectivamente. No lado leste do País, dois regionais e os outros cinco regionais, chamados de Sul, têm três que estão situados na região sul do país e um na região sudeste, que compreende o Estado de São Paulo. Em cada um desses 18 regionais se reproduz a estrutura de organização da CNBB Matriz contando com presidência e bispos referenciais das diversas áreas da ação evangelizadora da Igreja. Além disso, cada uma das unidades conta com sede e colaboradores para agilizar a organização da administração e da contabilidade contando ainda com um secretário-executivo.
REGIONAIS DO NORTE
N 1 - Atualmente presidido por Dom Mário Antônio da Silva, bispo da Diocese de Roraima, o Regional representa o Estado do Amazonas e de Roraima e tem sua sede em Manaus. O regional compreende a Província Eclesiástica de Manaus e tem as seguintes unidades eclesiásticas amazonenses: Arquidiocese de Manaus, Diocese de Coari, Prelazia de Borba, Diocese de Alto Solimões, Prelazia de Tefé, Diocese de Parintins, Prelazia de Itacoatiara, Diocese de São Gabriel da Cachoeira, além da Diocese de Roraima. N 2 - Tem sede em Belém (PA) e contempla também o Estado do Amapá. É presidido por Dom Bernardo Johannes Bahlmann, bispo de Óbidos. O Regional cobre a Província Eclesiástica de Belém e conta com as seguintes Igrejas Particulares do Pará: Arquidiocese de Belém do Pará, Diocese de Óbidos, Prelazia do Xingu, Diocese de Santarém, Prelazia de Marajó, Prelazia de Itaituba, Diocese de Marabá, Diocese de Bragança do Pará, Diocese de Castanhal, Diocese de Abaetetuba, Diocese de Cametá, Diocese de Ponta de Pedras, Diocese de Santíssima Conceição do Araguaia e a Diocese de Macapá, no Amapá. N 3 - A mais recente criação de regional da Conferência, acolhe a Província Eclesiástica de Palmas (TO) com poucas Igrejas Particulares, com a estrutura em desenvolvimento, o Regional é presidido por Dom Philip Dickmans, bispo de Miracema do Tocantins (TO). As unidades eclesiásticas do Regional: Arquidiocese de Palmas, Prelazia de Cristalândia, Diocese de Miracema do Tocantins, Diocese de Porto Nacional, Diocese de Tocantinópolis e a Prelazia de São Félix, no Mato Grosso.
REGIONAIS DO NORDESTE
NE 1 - Abrange o Estado do Ceará e a sede é em Fortaleza. O Regional é presidido pelo arcebispo de Fortaleza, Dom José Antônio Aparecido Tosi Marques. Compreende a Província Eclesiástica de Fortaleza: Arquidiocese de Fortaleza, Diocese de Quixadá, Diocese de Iguatu, Diocese de Tianguá, Diocese do Crato, Diocese de Crateús, Diocese de Limoeiro do Norte, Diocese de Sobral e a Diocese de Itapipoca. NE 2 - O regional inclui vários Estados brasileiros: Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte e Alagoas. É formado
por quatro Províncias Eclesiásticas: Olinda e Recife, Paraíba, Maceió e Natal. Atualmente o presidente é o arcebispo de Olinda e Recife, Dom Antônio Fernando Saburido. As Igrejas particulares são no Pernambuco: Arquidiocese de Olinda e Recife, Diocese de Nazaré, Diocese de Petrolina, Diocese de Caruaru, Diocese de Garanhuns, Diocese de Floresta, Diocese de Palmares, Diocese de Afogados da Ingazeira, Diocese de Pesqueira, Diocese de Salgueiro; na Paraíba: Arquidiocese da Paraíba, Diocese de Guarabira, Diocese de Campina Grande, Diocese de Patos e a Diocese de Cajazeiras; em Alagoas: Arquidiocese de Maceió, Diocese de Palmeira dos Índios e a Diocese de Penedo; no estado do Rio Grande do Norte: Arquidiocese de Natal, Diocese de Mossoró e a Diocese de Caicó. NE 3 - A presidência atual do regional está sob a responsabilidade de Dom João Carlos Petrini, bispo de Camaçari. Formado por dois Estados, Bahia e Sergipe, inclui quatro Províncias Eclesiásticas: São Salvador da Bahia, Vitória da Conquista, Feira de Santana e Aracaju. As Igrejas Particulares da Bahia são: Arquidiocese de São Salvador da Bahia, Diocese de Amargosa, Diocese de Itabuna, Diocese de Ilhéus, Diocese de Eunápolis, Diocese de Alagoinhas, Diocese de Teixeira de Freitas-Caravelas, Diocese de Camaçari, Diocese de Cruz das Almas, Arquidiocese de Vitória da Conquista, Diocese de Jequié, Diocese de Bom Jesus da Lapa, Diocese de Caetité, Diocese de Livramento de Nossa Senhora, Arquidiocese de Feira de Santana, Diocese de Bonfim, Diocese de Barreiras, Diocese de Ruy Barbosa, Diocese de Barra, Diocese de Paulo Afonso, Diocese de Irecê, Diocese de Juazeiro, Diocese de Serrinha. E as Igrejas do estado do Sergipe: Arquidiocese de Aracaju, Diocese de Propriá, Diocese de Estância. NE 4 - A sede do Regional se localiza em Teresina (PI) e tem como presidente o arcebispo da capital do Piauí, Dom Jacinto Furtado de Brito Sobrinho, sucessor do cardeal Sergio da Rocha, atual presidente da CNBB. Inclui a arquidiocese da capital e mais sete dioceses do interior: Diocese de Oeiras, Diocese de Floriano, Diocese de Bom Jesus do Gurguéia, Diocese de Campo Maior, Diocese de Parnaíba, Diocese de Picos, Diocese de São Raimundo Nonato.
L 1 - O mais antigo de todos os regionais da CNBB. Abrange duas Províncias Eclesiásticas: Rio de Janeiro e Niterói. Presidido pelo arcebispo da capital fluminense, cardeal Orani João Tempesta. O regional é formado pelas seguintes Igrejas Particulares: Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro, Diocese de Barra do Piraí – Volta Redonda, Diocese de Valença, Diocese de Itaguaí, Diocese de Nova Iguaçu, Diocese de Duque de Caxias, Arquidiocese de Niterói, Diocese de Nova Friburgo, Diocese de Campos, Diocese de Petrópolis. Também faz parte do regional, a Administração Apostólica Pessoal São João Maria Vianney. L 2 - Oito Províncias Eclesiásticas fazem parte deste Regional. Abrange os Estados de Minas Gerais e do Espírito Santo e é presidido pelo arcebispo de Uberaba (MG), Dom Paulo Mendes Peixoto. Eis as Igrejas Particulares mineiras que fazem parte deste Regional: Arquidiocese de Mariana, Diocese de Caratinga, Diocese de Governador Valadares, Diocese de ItabiraFabriciano, Arquidiocese de Diamantina, Diocese de Teófilo Otoni, Diocese de Guanhães, Diocese de Almenara, Diocese de Araçuaí, Arquidiocese de Belo Horizonte, Diocese de Divinópolis, Diocese de Oliveira, Diocese de Sete Lagoas, Diocese de Luz, Arquidiocese de Pouso Alegre, Diocese de Guaxupé, Diocese de Campanha Arquidiocese de Uberaba, Diocese de Patos de Minas, Diocese de Ituiutaba, Diocese de Uberlândia, Arquidiocese de Juiz de Fora, Diocese de São João del Rei, Diocese de Leopoldina, Arquidiocese de Montes Claros, Diocese de Januária, Diocese de Paracatu e a Diocese de Janaúba. E as capixabas: Arquidiocese de Vitória, Diocese de São Mateus, Diocese de Colatina e a Diocese de Cachoeiro do Itapemirim.
REGIONAL CENTRO OESTE
CO - O bispo de diocesano de Uruaçu (GO), Dom Messias dos Reis Silveira, é o atual presidente do Regional que abrange o Estado de Goiás e o Distrito Federal. Compreende duas Províncias Eclesiásticas, a de Brasília e a de Goiânia, e é formado pelas seguintes Igrejas Particulares: Arquidiocese de Goiânia, Diocese de Rubiataba-Mozarlândia, Diocese de Jataí, Diocese de Goiás, Diocese de Anápolis, Diocese de Itumbiara, Diocese de Ipameri, Diocese de São Luís de Montes Belos, Arquidiocese de Brasília, Diocese de Uruaçu, Diocese de Luziânia e a Diocese de Formosa.
Novembro - 2018
Diocese de Guarapuava
REGIONAIS DO OESTE
O 1 - Presidido pelo arcebispo de Campo Grande (MS), dom Dimas Lara Barbosa, o Regional compreende as seguintes Igrejas Particulares: Arquidiocese de Campo Grande, Diocese de Corumbá, Diocese de Coxim, Diocese de Dourados, Diocese de Jardim, Diocese de Naviraí e a Diocese de Três Lagoas. O 2 - O Regional abrange o Estado do Mato Grosso. Seu presidente atual é Dom Neri José Tondello, bispo de Juína. As Igrejas Particulares que fazem parte deste Regional são: Arquidiocese de Cuiabá, Diocese de São Luiz de Cáceres, Diocese de Sinop, Diocese de RondonópolisGuiratinga, Diocese de Juína, Diocese de Primavera do Leste-Paranatinga, Diocese de Diamantino e a Diocese de Barra do Garças.
REGIONAIS DO SUL
S 1 - Apesar de estar na região sudeste, o Estado de São Paulo é coberto pelo Regional Sul 1 da CNBB. O atual presidente é Dom Pedro Luiz Stringhini, bispo de Mogi das Cruzes. Abarca seis Províncias Eclesiásticas: São Paulo, Botucatu, Campinas, Ribeirão Preto, Aparecida e Sorocaba. As Igrejas Particulares são: Arquidiocese de São Paulo, Diocese de Campo Limpo, Diocese de São Miguel Paulista, Diocese de Santo Amaro, Diocese de Osasco, Diocese de Santo André, Diocese de Guarulhos, Diocese de Santos, Diocese de Mogi das Cruzes Arquidiocese de Botucatu, Diocese de Marília, Diocese de Lins, Diocese de Bauru, Diocese de Ourinhos, Diocese de Presidente Prudente, Diocese de Assis, Diocese de Araçatuba, Arquidiocese de Campinas, Diocese de Limeira, Diocese de São Carlos, Diocese de Bragança Paulista, Diocese de Amparo, Diocese de Piracicaba, Arquidiocese de Ribeirão Preto, Diocese de Franca, Diocese de
Catanduva, Diocese de Jales, Diocese de Barretos, Diocese de São João da Boa Vista, Diocese de Jaboticabal, Diocese de São José do Rio Preto, Diocese de Votuporanga, Arquidiocese de Aparecida, Diocese de Taubaté, Diocese de São José dos Campos, Diocese de Lorena, Diocese de Caraguatatuba, Arquidiocese de Sorocaba, Diocese de Itapeva, Diocese de Itapetininga, Diocese de Registro e a Diocese de Jundiaí. O regional ainda compreende duas eparquias: Eparquia de Nossa Senhora do Líbano em São
Paulo dos Maronitas e a Eparquia de Nossa Senhora do Paraíso em São Paulo dos Greco-Melquitas. S 2 - Regional da CNBB que cobre o Estado do Paraná. Presidido pelo arcebispo de Cascavel, Dom Mauro Aparecido dos Santos. São quatro Províncias Eclesiásticas, Curitiba, Londrina, Maringá e Cascavel, uma arquieparquia, a Arquieparquia de São João Batista em Curitiba dos Ucranianos e uma eparquia: Eparquia Imaculada Conceição em Prudentópolis dos Ucranianos. As arquidioceses e
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dioceses desse regional são as seguintes: Arquidiocese de Curitiba, Diocese de Ponta Grossa, Diocese de Paranaguá, Diocese de São José dos Pinhais, Diocese de União da Vitória, Diocese de Guarapuava, Arquidiocese de Londrina, Diocese de Jacarezinho, Diocese de Cornélio Procópio, Diocese de Apucarana, Arquidiocese de Maringá, Diocese de Campo Mourão, Diocese de Umuarama, Diocese de Paranavaí, Arquidiocese de Cascavel, Diocese de Foz do Iguaçu, Diocese de Toledo e a Diocese de Palmas/ Francisco Beltrão. S 3 - O Regional Sul 3 da CNBB abrange o Estado do Rio Grande do Sul e conta com quatro Províncias Eclesiásticas: Porto Alegre, Pelotas, Santa Maria e Passo Fundo. Presidido por Dom Jaime Spengler, arcebispo da capital gaúcha, o Regional tem as seguintes Igrejas Particulares: Arquidiocese de Porto Alegre, Diocese de Caxias do Sul, Diocese de Novo Hamburgo, Diocese de Osório, Diocese de Montenegro, Arquidiocese de Pelotas, Diocese de Bagé, Diocese de Rio Grande, Arquidiocese de Santa Maria, Diocese de Uruguaiana, Diocese de Cruz Alta, Diocese de Santo Ângelo Diocese de Santa Cruz do Sul, Diocese de Cachoeira do Sul, Arquidiocese de Passo Fundo, Diocese de Erexim, Diocese de Frederico Westphalen e a Diocese de Vacaria. S 4 - É o Regional que cobre o Estado de Santa Catarina. A presidência atual é de Dom João Francisco Salm, bispo de Tubarão. E as Igrejas Particulares que compõe o Regional são: Arquidiocese de Florianópolis, Diocese de Blumenau, Diocese de Lages, Diocese de Joaçaba, Diocese de Rio do Sul, Diocese de Criciúma, Diocese de Joinville, Diocese de Chapecó, Diocese de Caçador e a Diocese de Tubarão. CNBB
Série especial da Repam apresenta o trabalho de missionários na região Amazônica Segundo a Repam, essas são algumas da muitas histórias daqueles que fazem do território amazônico solo fecundo de experiências ricas para a missionariedade.
Durante o mês de outubro, mês missionário, a Rede Eclesisal Pan-Amazônica (Repam) publicou, em seu site, todas as segundas-feiras a série “Amazônia: Terra de missão e comprometimento com o Reino de Deus e o bem-viver” que inclui quatro testemunhos de missionários que atuam na região. Segundo a Repam, essas são algumas da muitas histórias daqueles que fazem do território amazônico solo fecundo de experiências ricas para a missionariedade. A Repam espera, com esta série, contribuir, valorizar e reforçar o espírito da missão presente nas diversas realidades ali encontradas. A primeira história foi a da irmã Anésia Gonçalves, que atua em Balsas/ MA, há 19 anos. Ela foi uma das primeiras religiosas das Irmãs da Providência de Gap a chegar à diocese de Balsas, a convite de Dom Franco Masserdotti, bispo diocesano falecido em 2006. “Nós trabalhamos na paróquia de Riachão e Feira Nova/MA. E o trabalho é marcado pela contribuição na formação de lideranças nas diversas pastorais”, conta. Apesar de a área paroquial não ser afetada pelo agronegócio, irmã Anésia conta que a atividade econômica é predominante no conjunto da diocese com plantações de soja, feijão arroz e milheto: “A diocese de Balsas está completamente atingida pelo agronegócio. Então é uma situação muito complicada, porque na
chegada desta atividade, muita gente perdeu as terras, então a cidade de Balsas explodiu. Essa é uma realidade muito complicada para a diocese de Balsas, porque atinge o Cerrado, atinge a Caatinga, atinge a nossa região que é da Amazônia Legal”, detalha. O segundo testemunho da série traz a história do missionário do padre Francisco Javier Martinez, espanhol da Pia Sociedade São Francisco Xavier para as Missões Estrangeiras, a congregação dos Xaverianos. O padre é vigário paroquial em uma paróquia da arquidiocese de Belém (PA). Sua relação com a Amazônia teve início há nove anos, quando veio ao Brasil para uma experiência ainda antes de fazer os votos perpétuos na congregação. Atualmente na capital paraense, padre Francisco tem marcas profundas do tempo que esteve no sul do Estado. “O Pará é uma região muito bonita, muito bela, mas com muitos desafios sociais. Nós conhecemos bem a realidade do sul do Pará que está acontecendo atualmente com esse aumento do desafio grande do agronegócio, me lembra do ano passado, quando teve o assassínio em Pau D’arco, estamos agora com essa criminalização dos movimentos sociais, estou me lembrando do padre Amaro, preso por uma acusação falsa”, já pontua o religioso sobre a conjuntura que observa na região.
Padre Francisco Javier veio ao Brasil em 2009 e fez a preparação para missionários estrangeiros oferecida pelo Centro Cultural Missionário, em Brasília/DF, e seguiu para a região amazônica. “Eu não era padre, vim como religioso, com os votos simples. Fiquei uns anos na Amazônia, primeiramente na parte norte do Estado do Pará, depois viajei para o Sul, depois voltei para a Espanha por dois anos para concluir os estudos, e de novo regressei para a Amazônia”, conta. Ele manifesta o desejo de cumprir o chamado à oferta plena na missão: “espero ficar aqui o resto da minha vida e dedicar meu serviço como missionário xaveriano para este povo e para esta terra,
neste chão sagrado que é a Amazônia, e o Estado do Pará concretamente”. Das experiências que mais o marcaram, padre Francisco escolhe o contato com o povo para dar destaque: “o contato com as pessoas que sofrem, com os mais pobres, posso dizer que tem uma densidade especial. Esse contato com os pobres… Os pobres são um lugar teologal, de experimentar Deus, e eu me lembro de rostos, de situações concretas”, diz. Acompanhe a série “Amazônia: Terra de missão e comprometimento com o Reino de Deus e o bem-viver” no site da Repam: www.repam.org.br CNBB com informações da Repam
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Diocese de Guarapuava
CNBB - Regional Sul 2 - Igreja no Paraná
Novembro - 2018
Morre, aos 66 anos, o terceiro bispo da diocese de Foz do Iguaçu
Igreja em Foz do Iguaçu elege administrador diocesano
Dom Dirceu Vegini morreu no último dia 29 de setembro. Desde o dia 28 de agosto, ele estava internado em Foz do Iguaçu, tendo passado por uma cirurgia para a retirada de um tumor no fígado.
Padre Dionísio Hülse foi eleito pelo Colégio de Consultores de Foz do Iguaçu no último dia 01 de outubro e ficará à frente da diocese até que o Papa Francisco nomeie outro bispo.
A diocese de Foz do Iguaçu, no Oeste do Paraná ficou de luto no último dia 29 de setembro. Morreu, aos 66 anos, vítima de um câncer no fígado, o bispo Dom Dirceu Vegini. Dom Dirceu estava internado no hospital Ministro Costa Cavalcanti, desde 28 de agosto deste ano. No último mês, ele passou por quatro cirurgias, mas não resistiu às operações e morreu.
O Colégio de Consultores de Foz do Iguaçu, reunido no dia 01 de outubro de 2018 – tendo em vista a vacância da Sé Episcopal pela morte do bispo diocesano Dom Dirceu Vegini, no último dia 29 de setembro, elegeu o padre Dionísio Hülse para o ofício de Administrador Diocesano. O sacerdote ficará à frente da diocese até que um novo bispo seja nomeado pelo Papa Francisco. Padre Dionísio Hülse nasceu no dia 05 de outubro de 1965, na cidade de São Martinho, no Estado de Santa Catarina. Filho de Edmundo Hülse e Alzira Steiner Hülse, ingressou em 1987 no seminário Salesiano de Ponta Grossa, onde fez seu pré-noviciado. De 1994 a 1997 cursou Teologia no Studium Theologicum, em Curitiba, recebendo seu Bacharelado pela Pontifícia Universidade Lateranense de Roma. Em 18 de dezembro de 1994 fez a profissão perpétua na Congregação Salesiana em Curitiba. Em 08 de junho de 1997, foi ordenado diácono pelo atual bispo emérito de Guarapuava, e bispo diocesano da mesma cidade, na ocasião, Dom Giovanni Zerbini. No dia 27 de dezembro de 1997 foi ordenado presbítero, por Dom Hilário Moser, bispo diocesano de Tubarão, em Santa Catarina.
VELÓRIO
O corpo de Dom Dirceu Vegini foi velado por dois dias e sepultado na Catedral Nossa Senhora de Guadalupe, em Foz do Iguaçu, no fim da manhã do dia 01 de outubro. Bispos, padres, parentes e amigos participaram do cortejo e prestaram as últimas homenagens ao religioso que dedicou sua vida em favor da igreja. O enterro na Catedral que ainda está em construção foi uma escolha do próprio religioso. O corpo foi depositado na cripta, uma sala no subsolo, onde também estão os restos mortais de Dom Olívio Fazza, o primeiro bispo de Foz do Iguaçu.
SOBRE O BISPO
Dom Dirceu Vegini nasceu em Massaranduba, em Santa Catarina, em uma família de dez irmãos. Ele foi
ordenado padre em 21 de janeiro de 1984, com 31 anos de idade. Em 2006, foi nomeado bispo auxiliar de Curitiba pelo Papa emérito Bento XVI. Mais tarde, em dezembro de 2010, Dom Dirceu foi nomeado bispo da diocese de Foz do Iguaçu, onde permaneceu até sua morte.
NOTA DE CONDOLÊNCIAS
O Regional Sul 2 da Conferência Nacional dos Bispo do Brasil (CNBB), que diz-se da Igreja no Estado do Paraná, emitiu uma nota de condolências pelo falecimento do religioso, tão logo foi recebida a notícia. Leia nota na íntegra:
No final de 2011, a convite de Dom Dirceu Vegini, decidiu fazer uma experiência como padre diocesano em Foz do Iguaçu. No fim de 2014, foi incardinado naquela diocese e atualmente exerce a função de Chanceler do Bispado, pároco na paróquia Nossa Senhora Medianeira de Todas as Graças, na cidade de Medianeira, no Oeste do Paraná e membro do Colégio de Consultores e Conselho Presbiteral. Regional Sul 2 da CNBB
Missionários paranaenses já estão na Guiné-Bissau Pércio Pereira Vitória e Marcia do Rocio Pereira Vitória, já estão no continente africano e exercem suas funções junto à Igreja, na Missão Católica Beato Paulo VI, na Guiné-Bissau.
Nota de condolências pelo falecimento de Dom Dirceu Vergini “Combati o bom combate, acabei a carreira, guardei a fé.” (2Tm 4,7) A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil – Regional Sul 2 recebeu, com pesar, a notícia do falecimento de Dom Dirceu Vegini, terceiro bispo de Foz do Iguaçu, ocorrido na manhã deste sábado, 29 de setembro de 2018, dia em que a igreja celebra a festa dos Santos Arcanjos. Desde o dia 28 de agosto, Dom Dirceu estava internado em Foz do Iguaçu, tendo passado por uma cirurgia (gastroduodenopancreatectomia) para a retirada de um tumor no fígado, permanecia internado lutando por sua vida. O Regional Sul 2 louva a Deus pela vida deste grande bispo de apenas 66 anos de idade. Dom Dirceu foi um pastor solícito, zeloso do rebanho que a Igreja lhe confiou. A Igreja paranaense agradece Dom Dirceu pela sua vida doada nessas terras e pede a Nossa Senhora do Rocio, Rainha e padroeira do Paraná, que o acolha no Céu, junto de Deus e de todos os santos. Que os Santos Arcanjos o acompanhem neste seu encontro na casa do Pai. Pe. Valdecir Badzinski Secretário Executivo da CNBB Regional Sul 2 Dom Amilton Manoel da Silva Bispo Auxiliar da Arquidiocese de Curitiba e Secretário da CNBB Regional Sul 2 Dom Geremias Steinmetz Arcebispo de Londrina e Vice-Presidente da CNBB Regional Sul 2 Dom Mauro Aparecido dos Santos Arcebispo de Cascavel e Presidente da CNBB Regional Sul 2
Os missionários paranaenses Pércio Pereira Vitória e Marcia do Rocio Pereira Vitória, já estão no continente africano e exercem suas funções junto à Igreja, na Missão Católica Beato Paulo VI, na Guiné-Bissau. Eles chegaram à nova casa no dia 22 de outubro e devem ficar no país que é considerado um dos mais pobres do mundo, por um período considerado longo. O tempo de permanência ainda não foi determinado pelos missionários. Eles entendem que é a missão a responsável por dizer o dia de chegar e de partir, de acordo com as necessidades. Pércio e Marcia são casados e receberam o envio na noite de 21 de setembro, primeiro dia da 39ª Assembleia do Povo de Deus do Regional Sul 2 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), em Curitiba. A cerimônia de envio emocionou os presentes. A celebração eucarística foi presidida por Dom Mário Spaki, bispo diocesano de Paranavaí, Paraná e de nomeação mais recente no Regional, e concelebrada pelos demais bispos do Regional, padres e diáconos presentes na assembleia. Também participaram do momento considerado de extrema importância para os missionários, todas as lideranças das pastorais, movimentos e organismos do Paraná, familiares e amigos do casal. Pércio e Marcia estiveram na Missão por um período de três meses (de abril a julho deste ano) e agora retornam para permanecer por um período mais longo. Após a homilia, Dom Mário os convidou para contarem um pouco da experiência que fizeram no período em que lá estiveram. Márcia explicou que nos três meses de vivência em território africano, foi possível sentir o Evangelho na sua plenitude: “foi a experiência das bem-aventuranças e do amor pelos pobres. Esse pobre em que
percebemos uma pobreza econômica, mas uma riqueza de partilha, de um sorriso e de algo que me diz: ‘como somos pequenos’”. No momento do envio, após a comunhão, Dom Mário convidou o casal missionário e também o seu filho Robert, com sua mulher e os dois netos, para irem até a frente, próximo a todos os bispos. Naquele momento, Dom Mário recordou que a Igreja do Brasil teve grandes missionários, que vieram para cá apenas com uma cruz no peito e a força da fé, mas que “não temos nada a invejar desses grandes missionários, pois temos grandes missionários aqui hoje também”. Após a oração de envio, Dom Mário abençoou a cruz e a colocou nos missionários e o coordenador do Conselho Missionário Regional (COMIRE), Odaril José da Rosa, entregou a eles um Novo Testamento, escrito na língua crioula, que é falada por aproximadamente 40% da população guineense. Para concluir, Dom Mário disse: “Esse casal é expressão da nossa Igreja do Paraná no país da GuinéBissau”, e convidou todos os presentes a darem um abraço nos mesmos. Casados há 32 anos, Pércio e Márcia são pais de três filhos. Eles também têm dois netos. O casal frequenta a arquidiocese de Curitiba. Os dois já desenvolveram várias atividades no âmbito missionário. Nos últimos anos foram coordenadores regionais da Infância e Adolescência Missionária.
CNBB - Regional Sul 2 - Igreja no Paraná
Novembro - 2018
Diocese de Guarapuava
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Pastoral Indigenista realiza encontro em Guarapuava
Jovens da diocese de Ponta Grossa são enviados para a Jornada Mundial da Juventude
Os trabalhos foram em nível estadual. Metas e projetos para o próximo sobre os povos indígenas fizeram parte das discussões.
Os seis jovens da paróquia São Pedro Apóstolo realizaram diversas ações para levantar fundos para a viagem ao Panamá, entre elas a peregrinação de um oratório com a imagem do Papa São João Paulo II.
De 22 a 24 de outubro, o Centro São João Diego, em Guarapuava, sediou um encontro de formação para integrantes da Pastoral Indigenista das dioceses e arquidioceses do Paraná. Ao todo, 26 pessoas participaram do evento que teve por objetivo traçar metas e organizar as prioridades para o próximo ano. A animação dos trabalhos foi da coordenadora diocesana da Pastoral AfroBrasileira, Nerci Guiné. Em sua palestra, ela pontuou temas e ações que ferem os direitos e a dignidade dos diversos povos, como negros, índios, nômades, dentre outros. Celebrações, discussões e momentos de troca de experiências marcaram o evento. Dom Antônio Wagner da Silva também esteve presente e, juntamente com padres da diocese, presidiu uma missa. Para Dom Wagner, este tipo de trabalho faz com que os olhares se voltem para a realidade não só dos índios, mas também das outras minorias que habitam o Paraná e o Brasil e que também sofrem pela opressão, desmandos e negligências. “Cada um que aqui está tem o dever de levar adiante a semente do bem e, mesmo que lentamente, procurar mudar o cenário à sua volta. Sem essa vontade e perseverança, as coisas não acontecem”, disse Dom Wagner. O secretário-executivo do Regional Sul 2 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), padre Valdecir Badzinski, também fez explanações durante o encontro. Para ele, a união entre dioceses e arquidioceses do Estado se faz necessária para que os trabalhos com os índios e demais povos possam ser levados adiante de forma pastoral e responsável. Para Antônio do Rozário, que atua junto à Pastoral Indigenista no Regional Sul 2, o encontro foi muito proveitoso e possibilitou melhor entendimento sobre as ações que são desenvolvidas em todo o Paraná. Ele também destacou que a reunião possibilitou um balanço das atividades desenvolvidas até então e a necessidade de se traçar planos para os próximos períodos, levando em conta o cenário político do país. “Este encontro foi em nível estadual e contamos com 26 pessoas envolvidas com a Pastoral Indigenista nas dioceses e arquidioceses do Paraná. Durante a
reunião, se dialogou sobre os trabalhos desenvolvidos até então e também sobre as metas para o próximo ano. Há muito trabalho a ser feito, mas noto que há muita disposição por parte de cada um que participou e isto é animador”, sublinhou. Conforme os organizadores do encontro, para os próximos períodos, há a proposta de interação entre as entidades e pessoas que trabalham com os índios e as outras pastorais da Igreja. A partir desta interação, segundo acreditam, haverá um fortalecimento das ações e medidas a serem tomadas em favor dos indígenas do Paraná.
HISTÓRIA
A Pastoral Indigenista do Regional Sul 2 é ligada ao Conselho Indigenista Missionário (CIMI) da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). O Paraná faz parte do CIMI Regional Sul, que também compreende os Estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo e Rio de Janeiro. O CIMI é um organismo que em sua atuação missionária, conferiu um novo sentido ao trabalho da Igreja Católica junto aos povos indígenas. Criado em 1972, no auge da Ditadura Militar, quando o Estado brasileiro adotava como centrais os grandes projetos de infraestrutura e assumia abertamente a integração dos povos indígenas à sociedade majoritária como perspectiva única, o CIMI procurou favorecer a articulação entre aldeias e povos, promovendo as grandes assembleias indígenas. À época, esses encontros procuravam desenhar os primeiros contornos da luta pela garantia do direito à diversidade cultural. Em sua prática junto aos povos indígenas, o CIMI assume como objetivo geral as tarefas de testemunhar e anunciar profeticamente a boa nova do Reino de Deus, a serviço dos projetos de vida dos povos indígenas. Também busca denunciar as estruturas de dominação, violência e injustiça, praticando o diálogo intercultural, inter-religioso e ecumênico. Com isso, o órgão apoia as alianças desses povos entre si e com os setores populares para a construção de um mundo para todos, que seja igualitário, democrático, pluricultural e em harmonia coma natureza, a caminho do Reino definitivo.
Em clima de Dia Nacional da Juventude, na noite de 18 de outubro, foi realizado na capela São João Paulo II, no Loteamento Roma, no Bairro Contorno, em Ponta Grossa, o envio de seis dos 18 jovens daquela diocese que irão à Jornada Mundial, no Panamá, em janeiro de 2019. A celebração foi presidida pelo bispo Dom Sergio Arthur Braschi, seguindo os ritos do Caminho, na capela do patrono da JMJ, São João Paulo II e envolveu rapazes e moças que participam do Caminho Neo-Catecumenal da paróquia São Pedro Apóstolo, do bairro Sabará. Outros doze jovens integrantes do Caminho da paróquia Nossa Senhora da Saúde também viajarão ao Panamá. Os jovens de Ponta Grossa embarcarão dia 17 de janeiro, indo até o Equador e seguindo de lá para o Panamá por terra, visitando igrejas, santuários, seminários, mosteiros e fazendo evangelização em praças. “Não temos o roteiro pronto ainda, mas é tradição do Caminho participar de todas as jornadas. Não levamos os jovens para fazer turismo e participar passivamente, mas para que evangelizarem a região que vão visitar”, comentou Jorge Munhoz Júnior, que integra o grupo de apoio escolhido para ajudar os catequistas a levar os jovens. “A participação na Jornada tem cunho vocacional. O objetivo é trabalhar com os jovens o questionamento: ‘a que o Senhor me chamou?’, tanto que, depois do encontro com o Papa, acontece a celebração da Palavra, promovida pelos fundadores do Caminho, e, ao final, é feito o chamado vocacional, e os jovens que sentem o desejo, se levantam e vão para seminários, conventos ou ainda saem em missão”, explicou. Os seis jovens da paróquia São Pedro Apóstolo realizaram diversas ações para levantar fundos para a viagem, entre elas a peregrinação de um oratório com a imagem do Papa São João Paulo II. O oratório passou pela casa de cerca de 60 famílias, junto com um cofre onde as pessoas podiam colaborar doando moedas. A peregrinação foi realizada de abril a outubro. Com 16 anos, Daniele Catarina Pereira, da quarta comunidade, diz que participar do Caminho é maravilhoso “Não se sente emoção, se sente realmente a fé. O Caminho (Neo-Catecumunal) Ensina a se preparar para a vida adulta. Quem não conhece está perdendo muito”, comentou, contando que participou das visitas às famílias. “Foi meio constrangedor porque não conhecíamos a maioria das pessoas, mas foi gratificante ver os rostos delas quando anunciávamos a Palavra; exultavam de alegria”, acrescentou. Daniele lembrou que é sua
primeira Jornada. “Não tenho muito que esperar, tenho que confiar em Deus. Ele agirá para que as coisas se encaminhem”, concluiu. O bispo Dom Sergio enfatizou que o Caminho Neo-Catecumenal faz um resgate da iniciação cristã e de elementos da liturgia judaica, do início do Cristianismo. “É muito bonito ver os cantos, a vibração, o entusiasmo, exatamente no momento em que comemoramos o primeiro aniversário da dedicação da capela e a visitação que esses seis jovens fizeram às 60 casas e famílias; eles que vão para a Jornada Mundial da Juventude, no Panamá. Estou feliz porque a semente missionária, com o passar dos anos, vai germinando, dando frutos, e vejo a Igreja diocesana se preparar para o seu centenário aberta, que olha além-fronteiras e que se propõe a evangelizar todo os povos”, afirmou o bispo.
CAMINHO
Jorge Munhoz Júnior participa há 18 anos do Caminho Neo-Catecumenal. “Experiência profunda porque foi onde redescobri o meu Batismo, não na teoria, mas na prática. O itinerário neo-catecumenal vai levando a uma descoberta gradativa da gente enquanto pecador, e vamos experimentando a misericórdia de Deus na prática. O que me atrai na Igreja é a redescoberta dessas riquezas, descobertas através do Caminho, a liturgia, o canto litúrgico a liturgia da Palavra, porque no Caminho faz a dinâmica a celebração da Palavra, Eucaristia e Comunidade, um tripé que serve para nos manter ao longo da caminhada”, detalhou. O publicitário citou que, graças ao Caminho, pôde fazer a experiência em um seminário em Granada, na Espanha. “Conheci a realidade da Igreja lá. Percebi que a Igreja é muito rica, tem uma diversidade grande de dons e que somos um carisma entre tantos que fazem a Igreja”, enfatizou. Jorge já foi a três jornadas. Na do Canadá, em 2002, ele conheceu o Papa João Paulo II. “Experimentei a providência de Deus ao levantar o dinheiro necessário para ir, a precariedade da viagem. Pude perceber que eles (os jovens) serão os casais de amanhã, e, que Deus nos usa para conversar com eles. Nossa experiência como jovens facilita a afinidade. É um desafio interessante”, concluiu. Comunicação diocese de Ponta Grossa
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Notícias Paroquiais
Diocese de Guarapuava
Novembro - 2018
RIO BONITO DO IGUAÇU: paróquia destaca atividades da catequese em 2018
INÁCIO MARTINS: 44ª edição da festa em honra a Nossa Senhora Aparecida
Iniciativas da coordenação da catequese na paróquia mostram às crianças e aos adolescentes que evangelizar deve ser tarefa contínua em todos os ambientes.
A igreja ficou lotada em todas as noites da novena, segundo a coordenação paroquial. Mesmo com chuva, centenas de pessoas da cidade e da região participaram da festa em 14 de outubro.
Desde o início de 2018, a Pastoral Catequética da paróquia Santo Antônio de Pádua, em Rio Bonito do Iguaçu, tem desenvolvido diversas atividades junto à comunidade, sempre com o intuito de reforçar os compromissos de todos para com a Igreja. Conforme a coordenação, muitas propostas foram postas em prática durante todo o ano e os resultados já começam a surgir.
MÊS MISSIONÁRIO
Em 20 de outubro, para celebrar o Mês Missionário, mais de 180 crianças e adolescentes que frequentam a catequese tanto da primeira comunhão como da crisma, na matriz, participaram de uma tarde de visitas missionárias. Junto das famílias da comunidade, as crianças rezaram, cantaram e falaram sobre Deus. Conforme a Pastoral da Comunicação (Pascom), todos os participantes tiveram grandes experiências e presenciaram muitos testemunhos de fé.
PAZ
No dia 22 de setembro, mais de 1200 catequizandos da paróquia, juntamente com pais, catequistas e líderes comunitários, participaram de uma caminhada de quatro quilômetros pela paz. Os trabalhos foram em alusão à Campanha da Fraternidade deste ano, que fala de paz e superação da violência.
AJUDA Por iniciativa da Pastoral Catequética, no dia 29 de julho, foi realizada a Festa da Ajuda. Na oportunidade, crianças e adolescentes que frequentam a catequese da primeira comunhão e da crisma, doaram alimentos e outros itens às famílias necessitadas.
AGRADECIMENTO Em nota, a Pascom agradeceu aos padres Sebastião José Gulart (pároco) e Ângelo Altair de Oliveira (vigário) e também às irmãs de São José, bem como a coordenação da Pastoral Catequética pelo trabalho desenvolvido junto à comunidade. “Agradecemos aos padres Sebastião e Ângelo que estão apoiando a catequese em todos os trabalhos. Também agradecemos às irmãs de São José que trabalham de modo exemplar para reforçar a catequese onde o centro seja a pessoa de Jesus Cristo mediante a vivência comunitária, litúrgica e festiva para que os catequizandos sejam verdadeiros discípulos missionários. De coração, todos da comunidade agradecem aos coordenadores da catequese de nossa paróquia, pois sem eles, nada disso seria possível”, diz a nota.
“De coração, a comunidade agradece os coordenadores da catequese, pois sem eles nada disso seria possível.”
A paróquia Nossa Senhora Aparecida, em Inácio Martins, realizou, no último dia 14 de outubro a 44ª edição da festa em honra à padroeira. De 04 a 12 de outubro (dia de Nossa Senhora Aparecida), às 19 horas, na matriz, foi realizada a novena com missa e exposição dos vários títulos dados a Nossa Senhora nas várias partes do mundo. Na sexta-feira, dia 12, como ocorre todos os anos, foi celebrada uma missa especial para as crianças. Na ocasião, houve a consagração das crianças a Nossa Senhora, um momento considerado importante para todos da comunidade, pois é um reforço da fé em Jesus Cristo por intercessão da Virgem Maria. Em 14 de outubro, domingo, a comunidade realizou uma festa que contou com centenas de pessoas de diversas regiões, apesar do dia chuvoso. As comemorações em louvor à padroeira começaram com uma missa às 10h, na matriz, presidida pelo pároco, padre Pedrinho Carlos da Silva, da Congregação da Missão (CM). Ao meio dia, foi servido um almoço à base de churrasco e à tarde, os participantes apreciaram diversas atividades e brincadeiras oferecidas pela paróquia.
Os organizadores da festa enviaram nota de agradecimento a todos os que compareceram às novenas e à festa para, mais uma vez, celebrar a padroeira de Inácio Martins. Também em nota, eles agradeceram ao pároco local que está deixando suas atividades na paróquia para servir às necessidades de sua congregação. “Em nome da coordenação de nossa paróquia, agradecemos aos que participaram da festa e colaboraram para que tudo se realizasse com sucesso e muita alegria. Em especial, a comunidade agradece ao padre Pedrinho Carlos da Silva, que em breve deixa seus trabalhos em Inácio Martins, para servir à Igreja em outro lugar, atendendo ao pedido de sua congregação. Somos gratos por tudo o que o pároco fez pela paróquia Nossa Senhora Aparecida ao longo desses cinco anos e meio em que esteve à frente das atividades. Não há palavras para descrever a atenção que deu às nossas comunidades do interior e pelos pobres e desprotegidos desta região. Desejamos bênçãos e muitas alegrias em sua nova tarefa, onde quer que ele vá. Que Deus e Nossa Senhora Aparecida o protejam, padre Pedrinho!”, diz a nota da paróquia.
“Somos gratos por tudo o que o padre Pedrinho fez pela paróquia Nossa Senhora Aparecida ao longo desses cinco anos e meio.”
Novembro - 2018
Notícias Paroquiais
Cândido de Abreu: notícias paroquiais Encontro dos jovens e celebração do Dia das Crianças foram os principais destaques na paróquia Senhor Bom Jesus no último mês.
LUAU MARIANO
O grupo de jovens Fire Generation, da paróquia Senhor Bom Jesus, em Cândido de Abreu, promoveu, em 13 de outubro, a primeira edição do Luau Mariano Totus Tuus Mariae. O encontro iniciou com a reza de uma dezena do terço pelas vocações, fora do salão paroquial, como preparação espiritual para a festa. A partir das 20h30 os participantes foram recepcionados no salão com animação da Banda Libertação, da cidade de Guarapuava. Em seguida, João Caciano Valentim, paroquiano local, fez uma pregação, com foco no amor incondicional de Maria. O grupo de jovens também apresentou um teatro sobre a Batalha Espiritual de Nossa Senhora. Segundo a Pastoral da Comunicação (Pascom), os participantes se emocionaram com a apresentação. Para finalizar, foi organizada a exposição do Santíssimo, seguida de uma bênção. “Foi uma noite de bênçãos e graças, pela intercessão de Nossa Senhora”, descreve a Pastoral da Comunicação (Pascom).
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Felipe Geraldo Madureira será ordenado diácono pela diocese de Guarapuava
DIA DA CRIANÇA
A Pastoral da Criança em Cândido de Abreu, juntamente com a Pastoral Catequética, realizou a Mesada de Anjos no dia 13 de outubro. O evento foi em celebração ao Dia da Criança, que é lembrando em 12 de outubro, dia de Nossa Senhora Aparecida. O encontro que reuniu dezenas de crianças da comunidade se deu no salão paroquial, depois das 14h. Houve muitas brincadeiras, música e competições entre os presentes. A organização serviu lanche aos participantes no fim da tarde. “As crianças se divertiram e entenderam a magia que há em ser pequeno. Não é em vão que Jesus pede para fazer-nos semelhantes a elas, pois são puras de coração. A imagem de Nossa Senhora decorou o salão não só fisicamente, mas espiritualmente. Houve um momento de oração para fortalecer a conscientização das crianças sobre a importância de agradecer a Deus pelo dom da vida e também para que todos possam conhecer o verdadeiro sentido do Dia das Crianças. Agradecemos a todos que participaram desse momento. Que Nossa Senhora Aparecida abençoe cada um”, abrevia a Pastoral da Comunicação (Pascom).
GUARAPUAVA: Milhares de pessoas participam da festa na paróquia Santa Terezinha Segundo os organizadores, a cada ano aumenta o número de participantes na festa de Santa Terezinha. Pessoas de Guarapuava e de outras cidades comparecem ao evento que se tornou ícone na diocese. Como em anos anteriores, a paróquia Santa Terezinha, em Guarapuava, celebrou mais uma edição da festa da padroeira com grande sucesso. O dia de Santa Terezinha é comemorado em 01 de outubro. Como este ano a data caiu em uma segunda-feira, as festividades foram antecipadas para domingo, dia 30 de setembro, com o intuito de facilitar a presença de todos. O tema das festividades deste ano foi o mesmo de 2017: “A vida com Jesus é mais feliz”, numa alusão à felicidade da santa que tinha verdadeira paixão por anunciar a Jesus Cristo. As comemorações de 2018 começaram em 22 de setembro com quermesse na matriz a partir das 17h. De 23 de setembro a 01 de outubro, sempre às 19h, também na matriz, a comunidade preparou uma novena em honra à padroeira, sempre abordando diversos temas da atualidade e que, por vezes, aflige a muitos. Simbolizando a alegria, muitos participantes levaram flores para serem abençoadas durante as celebrações.
Diocese de Guarapuava
A festa, no dia 30 de setembro que reuniu milhares de pessoas, começou com uma missa às 10h. Ao meio-dia, foi servido um almoço à base de churrasco. À tarde, as festividades prosseguiram com brincadeiras e sorteio de prêmios. Às 19h, foi celebrado o penúltimo dia da novena, que se encerrou na segunda-feira, dia 01 de outubro, na matriz. Em nome do pároco local, padre Nivaldo da Silva, a comunidade agradece a todos pela presença.
A cerimônia de ordenação será no dia 01 de dezembro de 2018, na matriz da paróquia Senhor Bom Jesus, em Cândido de Abreu. Todos são convidados a participar do momento importante para a Igreja. A Igreja de Guarapuava se enche de alegria, mais uma vez. No próximo dia 01 de dezembro, Felipe Geraldo Madureira, será ordenado diácono pela diocese. Com isso, ele receberá o primeiro grau do sacramento da ordem. Em seguida, o próximo passo será a ordenação sacerdotal. Para o momento considerado muito importante para sua vida, Felipe escolheu o lema: “Permanecei em mim como eu em vós” (Jo 15, 4). A ordenação diaconal de Felipe será em Cândido de Abreu, na matriz Senhor Bom Jesus, às 16 horas. Toda a comunidade está convidada a participar da cerimônia. Ao Centro Diocesano de Comunicação (CDC), Felipe falou da alegria que sente neste momento decisivo em sua vida tanto em termos pessoais como vocacionais. “Minhas expectativas são as melhores possíveis. Estou muito feliz e também ansioso por todo este processo, por este período. Eu me sinto alegre e cheio de esperanças, depois de ter concluído meus estudos no Seminário e também por este ano pastoral aqui em Cândido de Abreu. Todas essas coisas somaram e fizeram com que eu chegasse até aqui, num período de formação, de preparação, enfim. Por isso, eu digo que é um motivo de alegria, tanto em minha vida pessoal, da minha família e também para a Igreja e, de maneira particular, para a diocese de Guarapuava. Eu só posso dizer que sou muito grato por Deus ter me escolhido para esta vocação. Também agradeço imensamente à diocese por tanto cuidado, em se tratando de formação, paciência e estudo. Esta experiência pastoral que estou vivendo, fortalece ainda mais este meu chamado. Por tudo isso, me sinto convicto de que este é o caminho pelo qual deverei seguir sempre, com muita fé e amor”, descreveu o futuro diácono.
Felipe também destacou que o diaconato não significa um ponto de chegada, em se tratando de vocação, mas sim, um ponto de partida para uma nova missão. “Durante a caminhada, passei por muitos momentos de provação, mas isso tudo só me deu mais força e a certeza de que este é o meu caminho e minha missão. Para minha ordenação (diaconal), eu escolhi o lema: ‘Permanecei em mim como eu em vós’ (Jo 15,4). E é assim que quero viver meu diaconato, permanecendo no Senhor. Só assim, eu poderei dar frutos. Quero que minhas ações condigam com o que Ele me preparou”, sublinhou Felipe. Durante a entrevista, Felipe contou também, que não só o diaconato, mas sim, a formação e a escolha pelo sacerdócio, representa uma mudança de vida e a certeza de uma nova experiência com Deus. “Certamente, tudo isso representa uma mudança de vida. Assim como muitas pessoas escolhem o matrimônio, a vida familiar, o diaconato, para mim é uma grande mudança, uma transformação. Sou eu dizendo meu sim ao Senhor e Ele dizendo seu sim para mim. Este é um novo momento que vou dedicar totalmente a Jesus Cristo, com o auxílio de Nossa Senhora. É, sem dúvida, um ponto muito marcante esta data. Vou comemorar por muitos e muitos anos como sendo o dia da minha ordenação diaconal. Para que eu chegasse a este momento, muitas pessoas passaram pelo meu caminho e eu só tenho a agradecer. Esta será minha nova caminhada, agora como integrante do clero. Como mensagem, eu quero pedir orações para todas as pessoas. Peço que rezem por mim, pois orações encorajam, dão força, discernimento. Também convido a todos para que venham à minha ordenação. Estou me preparando e vivendo este momento”, finalizou Felipe.
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Diocese de Guarapuava
Novembro - 2018
No caminho com Áquila e Priscila
Creio na vida eterna “No anterior artigo, (Boletim 471) reflexionamos sobre as Missões Católicas. Hoje, trataremos sobre um dos artigos da fé católica: Creio na vida eterna.” Pressupostos para entender Quando falamos de vida eterna, estamos falando da casa do Pai (Jo 14,2; Lc 23,43; Ap 7,2-4.9-41; 1 Jo3,1-3) de estar com Deus, de estar no céu, sentir eternamente o abraço do Pai, estar em comunhão perpetua com a Santíssima Trindade e todos aqueles que aceitaram o seu amor através do Filho Jesus Cristo que com sua vida, paixão, morte e Ressurreição nos salvou. Na teologia, a doutrina que ensina tudo o que acontece no fim da vida, chama-se Escatologia. (Tratado das últimas coisas: morte, juízo particular, céu, inferno, retorno de Cristo, ressurreição universal). Explicação encontrada no Catecismo da Igreja Católica (CIC, 988-1065). A Igreja católica na sua doutrina oficial, Direito Canônico ou Liturgia, nunca utiliza a palavra alma, almas para referir-se aos defuntos. Porém, sim para os vivos, em referência ao livro do Gênesis 2,7, que define o ser humano como uma alma vivente. No direito Canônico 1177 aparece o conceito de Fiel defunto, fieis defuntos “Fideles Defuncti”. Na liturgia, nas diversas orações eucarísticas (anáforas) utilizam-se os conceitos Filhos e filhas, Irmãos e Irmãs. A Igreja católica, diferentemente de outras igrejas cristãs, alicerçada na Sagrada Escritura e na Tradição, reza pelos fiéis defuntos (CIC 958; 2 Mac 12,46). Nós, católicos, acreditamos no purgatório. Uma explicação catequética seria assim: O falecido, no instante do juízo particular (CIC 1022) corrobora que está cheio de imperfeições para seu imediato abraço eterno com o Pai. Então, sente dor e necessidade de purificação e limpidez pessoal, na santidade proposta no batismo para ser digno da comunhão eterna com a Trindade e os santos. O purgatório não é um lugar, mas uma situação existencial, não tem tempo (porque o tempo é uma realidade do mundo dos vivos: presente, passado e futuro). Tem eternidade, que é um contínuo presente. O purgatório é um acrisolamento comovente na espera da sentencia misericordiosa do Juiz: “Servo fiel” (Mt 25,21), “venha e receba o Reino que meu Pai preparou para você desde a criação do mundo” (Mt 25,34). Linguagem e compreensão da fé. Em dias de hoje, a não utilização de uma linguagem atualizada na teologia e, sobretudo na catequese, dificulta falar e compreender o que acontece no final da nossa salvação eterna, faltando conceitos compreensíveis para o homem científico e tecnológico. Muitos católicos não conhecem bem os fundamentos da fé (1 Pedro 3,15), por isso a formulamos e praticamos de forma lamentável. E, quando se trata de pensar e perceber o que possa ser a vida eterna, as palavras e as comparações ficam curtas e pouco compreensíveis. Por exemplo, um católico ou os católicos, em geral, rezam pelas almas e não pelas pessoas que foram durante a sua vida histórica. Por que rezar pela alma ou pelas almas e não pelas pessoas concretas que conhecemos durante a sua vida? Por que se fala assim? Vejamos:
1º - Na antropologia filosófica, aparecem concepções do que possa ser o ser humano, o indivíduo, a pessoa. Uma delas é a visão grega. Para os gregos antigos, todos os seres que se movem têm matéria e alma. Corpo e alma. Alma, animus, é que dá a vida. Plantas têm alma vegetativa, animais têm alma sensitiva, pessoas têm alma racional. A alma racional é imortal. A morte é a separação da alma do corpo. Morrer é livrar a alma do cárcere do corpo. Esta visão entrou na teologia, por isso o comentador pede pela alma do falecido, em lugar de rezar pelo falecido mesmo. Porque o corpo, nesta visão, é compreendido como um acessório do ser humano, não o constitutivo essencial do indivíduo, como se entende na reflexão bíblica. 2º - Outra visão do ser humano é a bíblica: a pessoa é um ser indivisível. É uma unidade de uma dimensão material e espiritual. A união do sopro de vida com o barro inanimado tornou o homem uma alma vivente. Diferente da visão grega, aliás, o homem não tem alma, ele é uma alma vivente (ele é corpo que é vida pulsante). “E formou o Senhor Deus o homem do pó da terra, e soprou-lhe nas narinas o fôlego da vida; e o homem tornou-se alma vivente.” (Gênesis 2:7; I Tessalonicenses 5:23; Sal. 10,18). Acreditamos que exista uma confusão, se não teológica, sim, filosófica. Entendemos que rezar pela alma do seu Pedro, não seja a mesma coisa que rezar por seu Pedro. Pedro e a sua alma, podem ser dois sujeitos diferentes, mas também, serem entendidos como uma única pessoa. O pé de Pedro está inchado. Vamos curar o pé de Pedro ou vamos curar a Pedro por causa do seu pé? Na referência ao juízo final de Mateus (25,31-46) O Juiz, Jesus Cristo, diz aos falecidos : “venham vocês que são abençoados pelo meu Pai”. Os falecidos são seres concretos que comiam, bebiam, sofriam, tinham sede, dores, e não entes desprovidos de necessidades. COMEMORAÇÃO DOS FIÉIS DEFUNTOS Desde o amanhecer dos tempos, o homem intuiu que esta vida histórica não terminava com a morte e procurou uma explicação da além-morte, inclusive saber como era a relação com os falecidos. Esta percepção foi alimentada, mantida, explicada e justificada até os dias de hoje por crenças, filosofias e religiões. A compreensão da vida, após a morte biológica, aparece como um constitutivo essencial do ser humano. O homem busca sentido à sua vida. A fé cristã também tem uma visão sobre o que acontece com o ser humano, nas proximidades e além- morte. A partida do ser querido para além a morte causa tristeza, dor e diversos sentimentos e comportamentos de parte dos que ficam. Neste contexto, o apostolo Paulo instrui os cristãos: “Irmãos, queremos que saibam a verdade a respeito dos que já morreram, para que não fiquem tristes como aqueles que não têm esperança. Nós cremos que Jesus morreu e foi ressuscitado. Assim, cremos que Deus vai trazer, com Jesus, os que morreram crendo nele”. (1 Tes 4, 13-14). Em Cristo Ressuscitado encontramos a verdade e o pleno sentido da vida. A comemoração dos fiéis defuntos na Igreja Católica responde a uma das verdades da fé que proclamamos no símbolo dos Apóstolos: “Creio na comunhão dos Santos” (CIC 946). “Reconhecendo cabalmente esta comunhão de todo o Corpo místico de Jesus Cristo, a Igreja terrestre, desde os tempos primeiros da religião cristã, venerou com grande piedade a memória dos defuntos”. (CIC 958).
Desde sempre, o homem preocupou-se pelos seus mortos e procurou conferir-lhes uma espécie de segunda vida, através da atenção, do cuidado e do carinho. De certa maneira, deseja-se conservar a sua experiência de vida; e, paradoxalmente, como eles viveram; o que amaram, o que temeram e o que detestaram, nós descobrimo-lo precisamente a partir dos túmulos, diante dos quais se apinham recordações. Estas são como que um espelho do seu mundo. Por que é assim? Porque, não obstante a morte seja com frequência um tema quase proibido na nossa sociedade, e haja a tentativa contínua de eliminar da nossa mente até o pensamento da morte, ela diz respeito a cada um de nós, refere-se ao homem de todos os tempos e de todos os espaços. E diante deste mistério todos, também inconscientemente, procuramos algo que nos convide a esperar, um sinal que nos dê consolação, que abra algum horizonte, que ofereça ainda um futuro. Na realidade, o caminho da morte é uma senda da esperança, e percorrer os nossos cemitérios, como também ler as inscrições sobre os túmulos é realizar um caminho marcado pela esperança de eternidade. (Bento XVI: audiência Geral, 02/11/2011). Rezar pelo Fiéis defuntos O Apostolo Paulo nos faz uma convocação: Rezem sempre (1 Tes 5,17; Ef 6,18). A nossa vida alcança sentido e verdadeira plenitude se direcionada à relação e intimidade com Deus a imitação de Cristo que forma com o Pai uma extraordinária e íntima unidade, até tal profundidade que Jesus afirma: “Quem me vê, vê também o Pai. - Eu estou no Pai e o Pai está em mim” (Jo 14,15). É na oração que o cristão se coloca nesse caudal de vida e amor que existe entre Jesus e o Pai. Isto é, a oração é a torrente de amor, misericórdia, vida e poder que circula entre o Filho Jesus e o Pai. Quem ora, está com Jesus e Jesus está no coração do Pai (Jo15). Todos nós batizados, somos chamados a entrar nessa torrente de amor entre Jesus e o Pai pela oração, que no símbolo chamamos Comunhão dos Santos. Assim, nós, os batizados peregrinos na terra, os falecidos de todos os tempos, na eternidade, inseridos no amor e misericórdia da Santa Trindade, formamos uma comunhão de bens, de amor, solidariedade, ajuda mútua recíproca e felicidade compartilhada. Na eucaristia encontramos o zênite desta comunhão, “porque é por este sacramento que nos unimos a Cristo, que nos torna participantes do seu Corpo e de seu sangue para formarmos um só corpo” (CIC1331): a família de Deus trino. Finalmente, rezamos não para que o falecido seja salvo, mas, para na “comunhão dos santos”, unirmos na ânsia que eles têm de estarem plenos para a visão e encontro eterno com Deus e os salvados. E também, para que eles nos ajudem a confeccionar o vestido exigido para as bodas do Cordeiro (Ap 19,9) e todos juntos, usufruir a festa eterna da salvação. *Sugere-se como texto de leitura: 1 Carta aos Tessalonicenses
Novembro - 2018
Círculos Bíblicos
Diocese de Guarapuava
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1º CÍRCULO BÍBLICO DO EVANGELHO DE MARCOS - Novembro A transfiguração do Senhor - Marcos 9,2-13 Preparando o ambiente: Colocar no centro de uma mesa ou pendurado, um lençol branco, de modo que este fique destacado. 1. ORAÇÃO INICIAL – INVOCAÇÃO AO ESPÍRITO SANTO Animador: Prezados irmãos, estamos reunidos para celebrar mais um círculo bíblico. Com a Palavra de Deus somos fortalecidos e iluminados para nossa caminhada pessoal, em família e comunidade. Animador: Todo encontro é sempre um momento especial para fortalecermos os vínculos fraternos entre nós. Transmitamos uns aos outros a Paz que queremos e sonhamos. (Desejando a paz do Senhor). Se houver alguém que esteja participando do grupo pela primeira vez, seja acolhido com muita alegria e carinho; Canto (à escolha) Animador: Iniciemos este encontro de fé invocando a presença de Deus (Pode ser cantado): Todos: Em nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo, Amém. Animador: Com fé, peçamos que o Espírito Santo venha ao nosso encontro, iluminando nossos mentes e nossos corações: Todos: Vinde Espírito Santo, enchei os corações de vossos fiéis, e acendei neles o fogo do vosso amor.
Animador: Enviai o vosso Espírito, Senhor, e tudo será criado, e renovareis a face da terra. Animador: Oremos: Ó Deus, que instruístes os corações de vossos fiéis com a luz do Espírito Santo, fazei que apreciemos retamente todas as coisas, Segundo o mesmo espírito, e gozemos sempre de sua consolação. Por Cristo, nosso Senhor, amém. 2. OLHANDO A PRÁTICA DA NOSSA COMUNIDADE Animador: No Círculo Bíblico deste dia vamos refletir sobre a transfiguração do Senhor, manifestação da glória de Jesus, o servo sofredor. a) Subir a montanha significa se encontrar com Deus. Em nossas comunidades, existem retiros e experiências que ajudam as pessoas a se encontrarem com Deus? b) Na montanha, Jesus se transfigura diante dos discípulos. Quais são as situações que precisamos transfigurar em nossa caminhada de comunidade? 3. OLHANDO A PRÁTICA DE JESUS Animador: Com nosso coração aberto vamos ouvir atentamente a sua Palavra, que nos convida a subir na montanha com Jesus. Canto de aclamação • Leitura do texto: Marcos 9,2-13 (Ler duas vezes o texto, com calma). • Momento de silêncio para retomar o texto lido. 4. PARTILHANDO A PALAVRA a) O que a transfiguração de Jesus nos ensina? b) Na montanha Jesus tem um encontro com a Palavra de Deus. O que esse encontro ensina para nós?
c) Na montanha o Pai reconhece a filiação divina de Jesus. E para nós quem é Jesus, o que Ele significa para nós? 5. ORAÇÃO DA COMUNIDADE Momento das Preces: O que este texto nos leva a dizer a Deus? Colocar em forma de pedidos, tudo aquilo que refletimos sobre o Evangelho e sobre a nossa vida. Resposta: “Senhor ajudai-nos a transfigurar nossa vida” Conclusão das Preces: Oração do Pai Nosso, AveMaria, Glória ao Pai. Animador: Estivemos reunidos em Nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo. Todos: Amém 6. EM CASA E PARA O PRÓXIMO ENCONTRO • Ler: Mc 9,30-37 • Deixar combinado para o próximo encontro alguém trazer o símbolo do poder (talvez uma mala aberta com dinheiro ou um cofre).
Responsáveis pelo próximo encontro:
Leitores:
Próximo encontro/data: Local:
2º CÍRCULO BÍBLICO DO EVANGELHO DE MARCOS - Novembro O maior de todos é aquele que serve a todos - Marcos 9,30-37 Preparando o ambiente: Colocar no centro da mesa o símbolo do poder, um cofre de dinheiro ou mala com dinheiro 1. ORAÇÃO INICIAL – INVOCAÇÃO AO ESPÍRITO SANTO Animador: Com a graça de Deus, estamos reunidos para nosso encontro bíblico. Que a graça, a paz e a misericórdia de Deus estejam em nosso meio. Todos: Bendito seja Deus que nos reuniu no amor de Cristo. Animador: para começarmos bem este encontro saudemo-nos uns aos outros num clima de paz e de fraternidade. (todos se cumprimentam). Se houver alguém que esteja participando do grupo pela primeira vez, seja acolhido com muita alegria. Canto (à escolha) Animador: Coloquemo-nos na presença de Deus, invocando sua presença em nosso meio. Todos: Em nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo, Amém. (Pode ser cantado). Animador: Com fé, peçamos que o Espírito Santo venha ao nosso encontro para iluminar nosso círculo bíblico: Todos: Vinde Espírito Santo, enchei os corações de vossos fiéis, e acendei neles o fogo do vosso amor.
Animador: Enviai o vosso Espírito, Senhor, e tudo será criado, e renovareis a face da terra. Animador: Oremos: Ó Deus, que instruístes os corações de vossos fiéis com a luz do Espírito Santo, fazei que apreciemos retamente todas as coisas, Segundo o mesmo espírito, e gozemos sempre de sua consolação. Por Cristo, nosso Senhor, amém. 2. OLHANDO A PRÁTICA DA NOSSA COMUNIDADE Animador: No círculo bíblico de hoje, buscaremos compreender o caminho de Jesus, caminho este que nos convida ao serviço e doação da vida. a) O caminho de Jesus é um caminho que passa pela cruz. Como a nossa comunidade lida com a cruz que surge no caminho? b) Na lógica de Jesus, quem são os maiores no Reino de Deus? 3. OLHANDO A PRÁTICA DE JESUS Animador: Com calma, vamos ouvir a Palavra de Deus, tomar nossa cruz e seguir a Jesus Cristo. • Canto de aclamação • Leitura do texto: Mc 9,30-37 (Ler o texto com bastante, ao menos duas vezes). • Momento de silêncio para interiorização da leitura. 4. PARTILHANDO A PALAVRA a) Jesus apresenta a cruz como processo do caminho. Como enfrentamos as cruzes que aparecem em nossa caminhada? b) Maior no Reino de Deus é aquele que serve. Como devemos entender isso?
c) Quando alguns discípulos estão preocupados com o poder e privilégio Jesus apresenta uma criança como exemplo. O que uma criança nos ensina sobre o Reino de Deus? 5. ORAÇÃO DA COMUNIDADE Momento das Preces: O que este texto que refletimos nos leva a dizer a Deus? Colocar em forma de prece, espontaneamente, tudo aquilo que refletimos sobre o Evangelho e sobre a nossa vida. Resposta: “Senhor, ajudai-nos a tomar nossa cruz e seguir o caminho com coração de criança!” Conclusão das Preces: Oração do Pai Nosso, AveMaria e Glória ao Pai. Animador: Estivemos reunidos em Nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo. Todos: Amém 6. EM CASA E PARA O PRÓXIMO ENCONTRO • Ler: Mc 10,1-12 Trazer para o próximo encontro duas alianças.
Responsáveis pelo próximo encontro: Leitores: Próximo encontro/data: Local:
Pe. Gilson José Dembinski
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Reflexões Dominicais
Diocese de Guarapuava
Novembro - 2018
1º DOMINGO DO ADVENTO
2º DOMINGO DO ADVENTO
J3 33, 14-16 | 1Ts 3, 12-4, 2 | Lc 21, 25-28. 34-36
Br 5, 1-9 | Fl 1, 4-6. 8-11 | Lc 3, 1-6
2 de dezembro de 2018
9 de dezembro de 2018
“A VINDA DO FILHO DO HOMEM“
“APLAINAR OS CAMINHOS DO SENHOR COM AMOR, CONHECIMENTO E DISCERNIMENTO!“
A liturgia nos convida a vigiar, escutar, refletir e acolher a palavra do Senhor, pois, desse modo, perceberemos a ação de Deus na história da humanidade. O tempo do advento se apresenta como um tempo de piedosa e alegre expectativa, possuindo assim uma dupla característica. É um tempo de preparação para a solenidade do nascimento de Jesus, isto é, vivenciamos a encarnação do Verbo Divino que se fez homem e veio habitar no meio de nós. É também um tempo em que por meio desta lembrança, voltam-se os corações para a expectativa da segunda vinda do Cristo no fim dos tempos. A primeira leitura nos ajuda a refletir sobre o projeto de salvação. Deus manifesta-se diretamente na vida do povo. Percebemos que o profeta, em nome de Deus, vai proclamar a chegada de um tempo novo, no qual Deus vai pensar as feridas do seu povo e curá-las, proporcionar a Judá abundância de paz e segurança. O Deus da aliança anuncia que é fiel às suas promessas e vai enviar ao seu Povo um “rebento” da família de Davi. A sua missão será concretizar esse mundo sonhado de justiça e de paz. Fecundidade, bem-estar, vida em abundância, serão os frutos da ação do Messias. Deste modo, “naqueles dias Judá será salva e Jerusalém habitará em segurança” (Jr 33,16). A segunda leitura nos exorta a permanecermos firmes na fé e colocarmos em prática todos os ensinamentos que recebemos no transcorrer da nossa caminhada cristã, pois “conheceis as instruções que vos demos da parte do Senhor Jesus” (Ts 4,2). A caminhada cristã nunca é um processo acabado, mas uma construção permanente, que recomeça em cada novo instante da vida. O cristão não é aquele que se mostra perfeito; mas é aquele que, em cada dia, sente que há um caminho novo a fazer e não se conforma com o que já fez. É nesta atitude que somos chamados a viver este tempo de espera do Messias.
Outra dimensão fundamental da nossa experiência cristã é a caridade, pois “aprendestes pessoalmente de Deus a amar-vos mutuamente e a cada dia progredir mais” (Ts 4,9). Só no aprofundamento da caridade podemos sentir-nos identificados com Aquele que partilhou a vida com todos nós, até a morte na cruz. O Evangelho de hoje faz referência à vinda do Filho do Homem “com grande poder e glória” (Lc 21,27) e no convite a cobrar ânimo e a levantar a cabeça porque “a libertação está próxima”(Lc 21,28). O projeto de salvação e libertação da humanidade, concretizado nas palavras e nos gestos de Jesus, é apresentado como o resgate de uma humanidade prisioneira do egoísmo, do pecado, da morte. Tratase, portanto, da libertação de tudo o que escraviza os homens e os impede de viver na dignidade de filhos de Deus. A mensagem proposta aos discípulos é clara, isto é, espera-vos um caminho marcado pelo sofrimento, pela perseguição (Lc 21,12-19), no entanto, não vos deixeis afundar no desespero porque Jesus vem. Com a sua vinda gloriosa, cessará a escravidão insuportável que vos impede de conhecer a vida em plenitude e nascerá um mundo novo, de alegria e de felicidade plenas, pois “Cumprirei a promessa que fiz à casa de Israel e à casa de Judá” (Jr 33,14). Nessa perspectiva de vigilância somos convidados a “orar em todo momento, para ter forças e escapar de tudo o que deve acontecer e ficar de pé diante do Filho do Homem” (Lc 21,36). É necessário manter uma atenção constante, a fim de que as preocupações terrenas não nos impeçam de reconhecer e de acolher o Senhor que vem. Pedimos ao Senhor a graça de estarmos atentos e com sentimentos de vigilância para não nos distanciarmos do seu projeto de salvação. Enquanto esperamos sua vinda gloriosa rezamos como o salmista: “Mostrai-me, Senhor, os vossos caminhos, ensinai-me as vossas veredas. Guiai-me na vossa verdade e ensinai-me, porque Vós sois Deus, meu Salvador” (Sl 24/25).
Reflexão elaborada pelos seminaristas de nossa diocese que estão estudando Teologia em Curitiba: Everton Pavilaqui, Herick Rogger Pinchesk, Jacir dos Santos, Marinaldo Cheliga e José Vitor Cozechen Seller.
Neste segundo domingo do Advento, celebramos a espera, a expectativa da segunda vinda de Nosso Senhor Jesus Cristo. Todos nós cremos em sua chegada gloriosa e isso fica explícito quando rezamos o Creio. Ele virá para julgar os vivos e os mortos. Esta é a dinâmica do tempo do Advento. Nas duas primeiras semanas, celebramos a espera, a expectativa plena da segunda vinda de Jesus. Nas duas últimas semanas, no entanto, celebramos a primeira vinda, isto é, a encarnação do Verbo Divino. Comemoramos a presença de Deus que se fez humano e assumiu esta condição, em tudo, exceto no pecado. Na segunda semana do advento, destacamos a característica da esperança. Nesta liturgia, percebemos no fim da carta de São Paulo aos Filipenses, as orientações para a vida cristã. Conforme o texto, a prática destas orientações era para que todos ficassem puros e sem defeitos para o dia de Cristo. Isto é o fruto para a glória e o louvor de Deus. Em se tratando da segunda vinda de Cristo, todos nós devemos estar preparados para tal feito, uma vez que a hora exata, ninguém sabe. Paulo vai além e destaca que para nos mantermos sem pecados e sem defeitos, é necessário que cresçamos no amor e no conhecimento. Ele também reforça a importância do discernimento em nossa maneira de viver, para que cada um esteja de acordo com a vontade de Deus. Viver retamente a fé significa nunca deixa de lado o anúncio de Cristo vivo. Devemos ser como João
Batista, uma pessoa de anúncio da chegada do Messias. Toda preparação requer esforço e perseverança. Mesmo ante todas as dificuldades, não podemos, de maneira nenhuma, nos esquecer da fé e do compromisso que carregamos enquanto batizados. O discernimento deve estar enraizado em nosso modo de pensar, agir e falar, para que não incorramos em erros irreparáveis. O salmo expressa a alegria do anúncio em sua resposta: “Maravilhas fez conosco o Senhor, exultemos de alegria”. O Senhor faz maravilhas em nossas vidas, Ele nos ampara sempre. Que cada um de nós tenha o cuidado e o amor na preparação dos caminhos do Senhor para Sua chegada sem aviso, sem previsão, mas que pode ser agora, daqui a pouco, em qualquer lugar. Daí, a importância da preparação, da espera com ardor e muito amor.omo disse o profeta Baruc na leitura, Deus mostrará a Sua glória. Deus guiará e mostrará a luz da glória de seu povo através de Sua misericórdia. Preparados pelo amor, pelo conhecimento e pelo discernimento, devemos caminhar seguros, guiados por Deus para contemplar a luz da vida plena. Agindo assim, alimentamos a esperança e expectativa do Senhor que já veio, que se faz presente em nosso meio e que também virá muitas vezes para realizar as maravilhas necessárias à manutenção da alegria.
Reflexão elaborada pelos seminaristas de nossa diocese que estão estudando Teologia em Curitiba: Everton Pavilaqui, Herick Rogger Pinchesk, Jacir dos Santos, Marinaldo Cheliga e José Vitor Cozechen Seller.
Reflexões Dominicais
Novembro - 2018
Diocese de Guarapuava
3º DOMINGO DO ADVENTO
4º DOMINGO DO ADVENTO
Sf 3, 14-18a | Fl 4, 4-7 | Lc 3, 10-18
Mq 5, 1-4a | Hb 10, 5-10 | Lc 1, 39-45
16 de dezembro de 2018
23 de dezembro de 2018
“ALEGRAI-VOS“
“BENDITO É O FRUTO DO TEU VENTRE“
A Alegria é o tema fundamental deste Terceiro Domingo do Advento, que a antiga liturgia latina chamava de Domingo Gaudete. Quando a esperada vinda está finalmente para se realizar e todos os sinais a confirmam, a esperança e a preparação se transformam em alegria e júbilo. A curto prazo, a perspectiva da vinda transforma-se em antecipação da presença. Por isso o espírito deste domingo é de Alegria, que vem de “Gaudete”, ou seja, “Alegrai-vos”. A Alegria que brota do sentimento de viver sempre na presença do Senhor. O Senhor Jesus já está no meio de nós, pela presença do Espírito Santo. Jesus menino é nossa paz por excelência, nosso Deus salvador, que veio ao encontro do Homem caído pelo pecado. Jesus é o Senhor! São João Batista dá o seu testemunho de saber seu lugar nessa sua missão, que é preparar a vinda do Senhor. Dizia ele: “Eu vos batizo com água, mas aquele que vem depois de mim, vos batizará com fogo do Espírito Santo. (Lc 3,16) E com essas afirmações e questionamentos, vamos nos preparar para comemorarmos um Santo Natal. Tanto em família, como com os vizinhos, devemos nos perdoar mutuamente, passando por cima das diferenças e indiferenças, iluminados pela Palavra do Senhor. Como na leitura do segundo domingo do Advento: “Esta é a voz daquele que grita no deserto: Preparai o caminho do Senhor, endireitai suas veredas. Todo vale será aterrado, todas as montanhas e colinas serão rebaixadas; as passagens tortuosas ficarão retas e os caminhos acidentados serão aplainados. E todas as pessoas verão a salvação de Deus.” (Lc 3,4-6) Nosso Senhor Jesus Cristo, veio eliminar todo o mal e redimir o pecador arrependido, oferecendo a cada um de nós, uma vida nova. Portanto, o Advento é tempo de espera daquele que veio, que vem e que virá em glória, arrebatar sua Igreja. Por isso que, para nós católicos, o tempo do Advento é um tempo propício de arrependimento e conversão. É com os pobres de espírito que renasce a esperança do mundo novo. Quando Jesus vier em glória, teremos novos céus e uma nova terra, onde a paz reinará para sempre no meio dos homens novos em Cristo. Foi o que os anjos cantaram aos pastores na gruta de Belém: Glória a Deus no mais alto dos céus e paz na terra aos homens, de boa vontade. (Lc 2,14) Os que ouvem o chamado do Senhor, esses são os que acolhem a Boa Nova do Reino de Deus, se convertem ao projeto de salvação em Cristo. São Lucas, neste Evangelho, não dirige à palavra a sua comunidade, somente aos fariseus e saduceus de seu tempo, mas a todos os cristãos e a todos nós nestes finais de tempo, onde os sinais escatológicos são visíveis à nossa Fé. O fim dos tempos chegou! E agora irmãos?
O verdadeiro Cristão deve encarar o fim dos tempos com alegria e sem medo, porque temos o Espírito Santo que nos vivifica todos os dias, a Eucaristia e a Palavra de Deus, que nos fortalece e nos consola contra o pecado. Esta alegria não é uma alegria “subjetiva,” toda intima e sentimental, que muitas vezes não passa de uma excitação, mas trata-se de um sentimento “objetivo que se fundamenta sobre a realidade em si mesmo, alegre, algo que existe e pode vir de nós. Não se trata de uma alegria “individual” ou privada, mas de uma alegria comunitária fraterna e cristã. É com o Espírito do Advento natalino na comunidade Cristã, que somos hoje convidados à alegria espiritual daquele que vem nos salvar. Na primeira leitura, o profeta Sofonias recorda o povo eleito, sua missão, e procura despertar nele a esperança e a coragem dizendo: “Solta gritos de alegria, filhos de Sião! Solta gritos de júbilo, o Israel! Alegra-te e rejubila-te de todo o teu coração, filha de Jerusalém” (Sf 3,14) O canto do salmista se associa a Isaías: “O Senhor é minha força, meu louvor e salvação... Exultai, cantando alegres, habitantes de Sião, porque é grande em vosso meio o Deus santo de Israel. A água que o profeta Isaías convida a buscar em Deus é precisamente a água da alegria e da esperança, a que sacia a sede do coração, e não da boca. “Eis o Deus, meu salvador, eu confio e nada temo; O Senhor é minha força, meu louvor e salvação. Com alegria bebereis no manancial da salvação, e direis naquele dia: Dai louvores ao Senhor!” (Is 12,1-6) Por isso, São Paulo na carta aos Filipenses, fala do mandamento da alegria: “Irmãos, alegrai-vos! Hoje a Palavra de Deus nos motiva a fazer diversos propósitos. Não se pode ser feliz sozinho; “alegrai-vos” significa também: irradiai alegria. A alegria é um exorcismo, e os demônios não a suportam! Nosso Senhor Jesus Cristo era uma pessoa alegre. Também nosso Deus e Pai, é infinitamente alegre. Deus é doador de dons. Não se pode esperar estar completamente sadio e de bom humor, só por sorrir a alguém; o sorriso pode ser um pequeno grande dom, uma luz que se acende, uma janela que se abre, que deixa entrar a luz da alegria. O inimigo da alegria não é o sofrimento; é o egoísmo, o voltar a si mesmo, muitas vezes dentro de nós. Neste tempo do Advento e preparação para o nosso Natal, é propício para a nossa conversão deixarmos a tristeza do pecado, através do sacramento da reconciliação. Conversão é mudança de vida, é deixar a vida velha de pecado e voltar para Deus. Os que iam até o Batista para serem batizados e, perguntavam a João diante de sua pregação de conversão: Mestre o que devemos fazer? É a mesma pergunta que cada um de nós deve fazer nesta caminhada de preparação para o Natal. É olhando para a mensagem do Evangelho na nossa vida, esforcemo-nos na nossa conversão para receber o Cristo Menino que vem! Que a proximidade deste Natal que chega, aumente em nós o desejo de salvação. Que o Espírito Santo nos ilumine e nos dê a capacidade de formarmos uma comunidade (Sociedade) mais justa e humana, onde todos possam viver com dignidade. Pois a Palavra de Deus faz sempre nascer em nosso coração a esperança de redenção.
Reflexão elaborada pelos seminaristas de nossa diocese que estão estudando Teologia em Curitiba: Everton Pavilaqui, Herick Rogger Pinchesk, Jacir dos Santos, Marinaldo Cheliga e José Vitor Cozechen Seller.
A liturgia que antecede o Natal traz como mensagem fundamental da Palavra de Deus a missão de Jesus de Nazaré. Ele veio ao mundo, ao encontro dos homens para apresentar aos que jazem na escravidão a proposta de vida e de liberdade. Ele propõe um mundo novo por meio do anúncio de alegria e de salvação, que faz rejubilar todos os que reconhecem n’Ele a proposta de salvação que Deus nos faz. Essa proposta chega, tantas vezes, através dos limites e da fragilidade dos instrumentos humanos; mas é sempre uma proposta que tem o selo e a força de Deus. A primeira leitura do profeta Miqueias apresenta um conjunto de oráculos de salvação, destinados a animar a esperança do Povo. Num quadro de injustiça e de sofrimento e, portanto, de frustração e de desânimo, o profeta anuncia a chegada de um personagem, no futuro, que reinará sobre o Povo de Deus. Ele será a Paz, isto define o conteúdo concreto desta esperança: a palavra shalom aqui utilizada significa tranquilidade, ausência de violência e de conflito, mas também bem-estar, abundância de vida, ou seja, felicidade plena. A releitura cristã vê nesta promessa de Deus veiculada por Miqueias uma referência a Jesus, o descendente de Davi, nascido em Belém. A missão de Jesus passa pela proposta de um reino de paz e de amor no coração dos homens. Apesar do egoísmo e do pecado dos homens, Deus continua a preocupar-Se conosco, a querer indicar-nos que caminhos percorrer para encontrar a felicidade. A vinda de Cristo, Aquele que é a Paz, insere-se nesta dinâmica.
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A segunda leitura da Carta aos Hebreus é um texto destinado a uma comunidade cristã onde o entusiasmo inicial parece ter dado lugar a uma fé fraca demais e pouco comprometida; a perspectiva de novas dificuldades provoca o desânimo e começa a haver um real perigo de desvios doutrinais. Com isso, a carta deseja reavivar o ânimo da comunidade ao apresentar o mistério de Cristo, sublinhando especialmente a dimensão sacerdotal da sua missão. O autor, ao refletir sobre os traços primordiais do sacerdócio de Cristo, evidencia que no mundo da nova aliança, já não há necessidade do sacrifício de animais para realizar a comunhão com Deus. É a encarnação de Jesus, a entrega total da vida do próprio Cristo, o seu respeito absoluto pelo projeto e pela vontade do Pai, que permitem a aproximação e a relação do homem com Deus. Por isso, nestes dias de preparação ao Natal, somos convidados a contemplar a ação de um Deus que ama de tal forma os homens, que envia ao nosso encontro o Filho, a fim de nos conduzir à comunhão com Ele. No Evangelho, vemos que à saudação de Maria, o menino (João Batista) saltou de alegria no seio da mãe. Para Lucas, Jesus é o Deus que vem ao encontro do shomens e que tem uma mensagem de salvação que concretiza as promessas feitas por Deus aos antepassados. Logo, a presença de Jesus provoca a alegria, o estremecimento gozoso de todos aqueles que esperam a concretização das promessas de Deus e que veem na chegada de Jesus a realização das promessas de um mundo de justiça, de amor, de paz e de felicidade para todos os homens. A presença de Jesus, através dessa mulher simples e frágil que é Maria, é um sinal do amor de Deus, preocupado em trazer a libertação a todos os que são vítimas da prepotência e da injustiça dos homens. Com Jesus, chegou esse tempo novo de salvação, de paz e de felicidade anunciado pelos profetas. A presença de Jesus neste mundo é, claramente, a concretização das promessas de salvação e de libertação feitas por Deus ao seu Povo. Jesus, ao nascer entre nós, tem por missão propor um mundo onde a justiça, a dignidade, a vida e a felicidade das pessoas são absolutamente respeitadas.
Reflexão elaborada pelos seminaristas de nossa diocese que estão estudando Teologia em Curitiba: Everton Pavilaqui, Herick Rogger Pinchesk, Jacir dos Santos, Marinaldo Cheliga e José Vitor Cozechen Seller.
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SAGRADA FAMÍLIA JESUS, MARIA E JOSÉ J3 33, 14-16 | 1Ts 3, 12-4, 2 | Lc 21, 25-28. 34-36 30 de dezembro de 2018
“POR QUE ME PROCURÁVEIS? NÃO SABÍEIS QUE EU DEVIA ESTAR NA CASA DE MEU PAI?“
A liturgia deste domingo nos apresentam as duas coordenadas fundamentais a partir das quais se deve construir a família cristã: o amor a Deus e o amor aos outros. Assim, na primeira leitura, de forma muito prática, vemos algumas atitudes que os filhos devem ter para com os pais. Na segunda leitura contemplamos a dimensão do amor que deve brotar dos gestos de todos os que vivem “em Cristo” e aceitaram ser Homem Novo. O Evangelho sublinha, sobretudo, a dimensão do amor a Deus: o projeto de Deus deve ser prioridade de qualquer cristão, a exigência fundamental, a que todas as outras precisam submeter-se. Na primeira leitura, a Palavra de Deus lembra aos filhos o dever de honrarem pai e mãe, de socorrê-los e compadecer-se deles na velhice, ter piedade, isto é, respeito e dedicação para com eles; o que é o cumprimento da vontade de Deus. Todavia, é verdade que a vida em nossos dias é muito exigente em nível profissional e que nem sempre é possível a um filho estar presente ao lado de um pai que precisa de cuidados ou de acompanhamento especializado. No entanto, a situação fica incompreensível se o afastamento de um filho do convívio com os pais resultar do egoísmo do filho, que não está para aturar os pais. Quanto à segunda leitura, Paulo enumera as virtudes que devem reinar na família: sentimentos de compaixão, de bondade, humildade, mansidão e paciência. Suportar-se uns aos outros com amor, perdoar-se mutuamente. Revestir-se de caridade e ser agradecidos, pois, se a família não estiver alicerçada no amor cristão, será muito difícil a sua perse-
verança em harmonia e unidade de corações. Quando esse amor existe, tudo se supera, tudo se aceita; mas, se falta esse amor mútuo, tudo se faz sumamente pesado. E o único amor que perdura, não obstante os possíveis contrastes no seio da família, é aquele que tem o seu fundamento no amor de Deus. É desta forma, que no espaço familiar, se manifesta o Homem Novo, o homem que vive segundo Cristo. Já no Evangelho temos o relato da perda e do encontro de Jesus no Templo, o que é uma cena da vida familiar. O contexto encontra-se representado por duas breves descrições da vida da Família de Nazaré: a viagem anual da família de Jesus a Jerusalém para a Páscoa (Dt 16,16) e o seu retorno ao lar, onde Jesus permanece submisso aos seus pais como qualquer filho. Porém, o significado teológico do episódio é messiânio e o gesto de Jesus é profético. Pois Jesus afirma conhecer bem a sua missão e anuncia o futuro distanciamento. Isso vemos nas palavras pronunciadas por Ele quando se encontra com Maria e José: “porque me procuráveis? Não sabíeis que Eu devia estar na casa de meu Pai?” (Mc2, 49). O significado dessa resposta à pergunta de Maria é que Deus é o verdadeiro Pai de Jesus. Daqui deduz-se que as exigências de Deus são, para Jesus, a prioridade fundamental, que ultrapassa qualquer outra exigência. Por isso, a missão que o Pai lhe confiou vai obrigá-lo a romper os laços com a própria família. Assim, Lucas apresenta aqui a chave para entender toda a vida de Jesus que veio ao mundo por mandado de Deus Pai e com um projeto de salvação. Por fim, entendemos que na casinha de Nazaré, Deus ocupa sempre o primeiro lugar e tudo Lhe está subordinado. Assim, a Sagrada Família é proposta pela Igreja como modelo de todas as famílias cristãs. E se os lares cristãos imitarem o da Sagrada Família de Nazaré, serão lares luminosos e alegres, porque cada membro da família se esforçará, em primeiro lugar, por aprimorar o seu relacionamento pessoal com o Senhor e, com espírito de sacrifício, procurará ao mesmo tempo chegar a uma convivência cada dia mais amável com todos os da casa.
Reflexão elaborada pelos seminaristas de nossa diocese que estão estudando Teologia em Curitiba: Everton Pavilaqui, Herick Rogger Pinchesk, Jacir dos Santos, Marinaldo Cheliga e José Vitor Cozechen Seller.
Momento com Maria Por Arlete Bini
As dores de Maria Que Maria caminhe sempre conosco e nos oriente com sua bondade e amor, para que possamos trilhar o verdadeiro caminho que nos leva a Deus. O dia 02 de novembro é muito significativo não só para os cristãos. Pessoas, no mundo inteiro das mais diversas religiões e crenças, de diversas maneiras, celebram nesta dada, o Dia dos Mortos. Nesta oportunidade, nós, enquanto cristãos e católicos, temos o dever de homenagear nossos mortos, sem esquecer, no entanto, as lancinantes dores de Jesus Cristo no Calvário. Pelas dores de Cristo, conhecemos a salvação. Como esta coluna é dedicada a Maria, nossa reflexão nesta oportunidade é sobre suas dores, medos, angústias e desespero ante o sofrimento e morte de seu filho, Jesus Cristo. Falar ou pensar na morte é sempre motivo de tristeza para todos nós. Quando a cronologia é invertida e um filho morre antes de seus pais, não há o que contenha a dor, o desespero e a sensação de que o mundo acabou. Maria viveu tudo isso e, por muitas vezes, viu seu mundo se esfacelar em angústia e lágrimas. Mas, munida de fé e esperança num Deus vivo e pacificador, ela foi capaz de ultrapassar as barreiras e, por fim, ainda consolar os próprios discípulos de Jesus Cristo que não entendiam nem suportavam a dor da perda. Maria também foi mãe daqueles que seguiam seu filho e os fez perceber o verdadeiro sentido da existência e da santidade dentro da mais pura humanidade. Ao suportar a dor e entender que tudo fazia parte de um plano maior de Deus, Maria provou seu valor e sua santidade na mais singela das humildades. A cruz, um objeto pagão, até então, legado aos bandidos, ladrões e desordeiros, passa pela transformação através da paixão e morte de Jesus Cristo. A partir de então, carregar uma cruz não pôde mais ser visto nem tampouco sentido como um pesadelo de dor e medo, mas sim, como uma forma de vencer os desafios e acreditar que depois deste período sobre a terra, que depois do sofrimento, há a ressurreição que nos faz transcender e permanecer pela eternidade ao lado do Pai, como provou Jesus Cristo para a humanidade. Maria foi e continua sendo a intercessora neste processo de mudança, de conversão. Ela fez com que entendêssemos muito mais sobre a vida depois da cruz de Jesus Cristo. Gerar um filho e depois vê-lo morrer crucificado, parece uma tarefa surreal para nosso entendimento de ser humano, mas a verdade é que
Maria foi e continua sendo essa mulher. Através de seu ato de coragem extrema, tanto na concepção quanto na morte de Jesus Cristo, fica estampado em todas as cores possíveis, a beleza e a pureza de coração que ela carregava em si, independente da dor física e dos medos que assombraram sua alma de mulher. Muitos são os títulos atribuídos a Maria por causa de suas dores. Isso demonstra que nada do que ela passou foi em vão, pois suas atitudes se perpetuam pelos séculos e se apresentam com clareza em nossos dias, dando o verdadeiro exemplo do que é ser mãe e de como enfrentar as dores e a morte como um processo natural da existência com base no que Deus tem preparado para cada um de nós. Através da fé, concluímos que o amor e a cruz são inseparáveis e um completa o outro. Neste momento em que lembramos e rezamos pelos nossos mortos, não podemos nos esquecer de fazermos uma prece, por curta que seja, em louvou a Maria. Sem o ato de coragem daquela menina ingênua e cheia de dúvidas, que se fez mulher e venceu todas as barreiras, hoje a humanidade não saberia o real significado, nem a verdadeira dimensão da palavra amor. Maria é a tradução verdadeira e humana do amor incondicional. Ela é a presença humana nos cuidados de um Deus também humano que se apresentou a todos na pessoa de Jesus Cristo. Neste momento importante, onde em todo o mundo, de diversas maneiras, se celebra o Dia dos Mortos, cada um de nós tem a tarefa de refletir e também de comemorar a vida e se fazer presente junto àqueles que amamos em todos os momentos. Que Maria caminhe sempre conosco e nos oriente com sua bondade e amor, para que possamos trilhar o verdadeiro caminho que nos leva a Deus.
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Notícias Paroquiais
GUARAPUAVA: Milhares de pessoas participam da 49ª Festa do Santuário Nossa Senhora Aparecida Uma tradição de muitos anos que quase se perdeu no tempo, foi reavivada pela paróquia e Santuário Nossa Senhora Aparecida, em Guarapuava, a Mesada de Anjos.
Diocese de Guarapuava
BOA VENTURA DE SÃO ROQUE: notícias paroquiais Gincana da catequese em celebração ao Dia das Crianças e luau com os jovens foram os principais destaques na paróquia no último mês.
CATEQUESE
A paróquia e santuário Nossa Senhora Aparecida, em Guarapuava, celebrou a 49ª edição da festa da padroeira no dia 12 de outubro. Em consonância com o Ano Nacional do Leigo, os preparativos deste ano tiveram como tema: “Maria, a primeira leiga”. De 30 de setembro a 11 de outubro, às 19h30, na matriz, houve celebração da “dozena”. Depois das missas, a comunidade pôde apreciar as tradicionais barracas de doces e salgados, além de músicas e brincadeiras variadas. A preparação da festa de Nossa Senhora Aparecida também contou com procissão luminosa, momentos devocionais e as já tradicionais: ciclo-romaria e moto-romaria. A ciclo-romaria foi no dia 06 de outubro, às 15h, com saída do Parque de Exposições Lacerda Werneck. Já a moto-romaria, se deu no dia 12 de outubro, com saída ao meio-dia, também do Parque de Exposições Lacerda Werneck. Às 16h do dia 12, a comunidade recebeu os participantes de uma cavalgada em homenagem à padroeira. “Tivemos a oportunidade de celebrar a vida e devoção da primeira leiga da história, Maria. Nossa Senhora é o exemplo da leiga perfeita, que cumpriu e continua cumprindo sua missão até hoje. Ela esteve ao lado de Jesus nos momentos em que se fazia necessária sua presença como mulher e mãe, principalmente aos pés da cruz. Maria nunca exigiu privilégios pelo fato de ser a mãe de Jesus, mas ficou sempre ao lado dos discípulos. Foi ela quem os animou e os preparou para que recebessem o Espírito Santo e se transformassem em missionários evangelizadores. Por isso a condição de leigo na Igreja, confere uma dignidade e uma missão, que brota do próprio fato de ser batizado. Somos discípulos missionários, somos leigos evangelizadores”, destaca a Pastoral da Comunicação (Pascom) em nota.
A coroação de Nossa Senhora foi um dos pontos altos da festa, conforme a Pascom, momento este que emocionou os presentes. “Nos dias 10 e 11 (de outubro), tivemos a linda coroação de Nossa Senhora, que contou com a presença de 100 anjos e uma equipe de jovens atores que encenaram passagens da história bíblica recordando o pecado de Adão e Eva, a Anunciação, a visita de Maria a Izabel, a infância de Jesus, as Bodas de Canaã, a morte e ressurreição de Jesus Cristo e um momento que causou grande emoção na comunidade que foi a Assunção de Nossa Senhora, onde ela é elevada aos céus pelos anjos e depois coroada”, sublinha a Pascom.
MESADA DE ANJOS
Uma tradição de muitos anos que quase se perdeu no tempo, foi reavivada pela paróquia e Santuário Nossa Senhora Aparecida, em Guarapuava, a Mesada de Anjos. Neste tipo de celebração, as crianças são o motivo principal. Além de ser dia de Nossa Senhora Aparecida, em 12 de outubro, também se celebra o Dia das Crianças. Por causa da festa da padroeira, a coordenação da paróquia decidiu promover a primeira Mesada de Anjos no dia 15 de outubro, uma segunda-feira. Durante a tarde, as crianças tiveram a oportunidade de receber bênçãos, brincar e conhecer um pouco mais da história da Igreja através das atividades lúdicas. “Esta foi a primeira Mesada de Anjos que o santuário realizou. Foi uma tarde muito divertida, onde crianças de toda a cidade compareceram para receber as bênçãos de Maria, brincar e partilhar. Todos aproveitaram os brinquedos infláveis, torta na cara, muita música e a divisão do bolo de doze metros, feito pelos voluntários do santuário. Esperamos e confiamos que a Mesada de Anjos se torne parte das celebrações de nossa paróquia e que cada vez mais, crianças venham e participem desses momentos especiais com Maria”, grifa a Pascom em nota.
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LUAU
A Pastoral da Catequese da paróquia São Roque, em Boa Ventura de São Roque, promoveu uma gincana no último dia 12 de outubro. O evento foi em celebração ao Dia das Crianças e de Nossa Senhora Aparecida, respectivamente, comemorado na mesma data (12 de outubro). Durante a tarde toda, as crianças participaram de brincadeiras e diversões variadas no pátio da matriz. Houve momentos de oração e troca de experiência. Pais e familiares dos catequizandos também se fizeram presentes e interagiram com as crianças, num reforço de harmonia e convívio familiar. No fim do encontro, os coordenadores da catequese ofereceram um lanche e uma pequena lembrança às crianças pela passagem de seu dia.
O grupo de jovens “Aventura Jovem”, da paróquia São Roque, em Boa Ventura de São Roque, realizou a primeira edição do “Luau Mariano” na paróquia. O tema do encontro foi: “Maria: acolhe-me em teus braços e toma minha dor”. Os trabalhos foram realizados na matriz. Mais de 70 jovens da paróquia participaram. “O luau teve como objetivo principal, levar os jovens a um encontro com Deus e a sentir fortemente o cuidado e o amor de Maria. A espiritualidade foi conduzida por Jefferson Lima e Camila dos Santos, ambos da cidade de Guarapuava. Integrantes do grupo de oração ‘Jovem Casa de Maria’, foram os responsáveis pela animação e pelas musica durante o encontro”, detalha a Pastoral da Comunicação (Pascom). Conforme os organizadores do encontro, o luau foi um momento muito especial para os jovens, pois estes puderam refletir sobre a caminhada da Igreja e sobre os desafios que enfrentam em suas vidas e que, em muitos momentos acabam por afastá-los de Deus.
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Notícias Paroquiais
Diocese de Guarapuava
Cresce Devoção ao Divino Pai Eterno em Guarapuava Segundo a oralidade popular, a história da devoção ao Divino Pai Eterno em Guarapuava, começou ainda em 1843, quando um casal de agricultores, encontrou um medalhão de barro cozido. Com informações da Pastoral da Comunicação (Pascom) da paróquia.
Novembro - 2018
Padre Jean Patrik Soares é novo assessor da Pascom do decanato centro da diocese de Guarapuava Vanessa Paula Pereira, coordenadora da Pastoral da Comunicação (Pascom) da diocese da diocese de Guarapuava, foi reeleita e ficará à frente dos trabalhos por mais dois anos.
Todas as quartas-feiras, a comunidade Divino Pai Eterno, no bairro Alto Cascavel, em Guarapuava, realiza uma novena. O encontro é sempre às 15 horas e reúne dezenas de pessoas todas as semanas. A ideia de realizar as missas com a novena em louvor ao Divino Pai Eterno partiu do pároco da paróquia Divino Espírito Santo, à qual a comunidade pertence, padre Vinícius Araújo, da Congregação dos Estigmatinos (CSS). Os trabalhos, conforme informações da secretaria paroquial; vêm sendo realizados há quase um ano e têm dado ótimos resultados, pois é visível o envolvimento da comunidade. Durante as celebrações, as pessoas também aproveitam para agradecer por graças alcançadas, num reforço à devoção que começou há muitos anos naquela região da cidade.
HISTÓRIA DA COMUNIDADE
Segundo a oralidade popular, a história da devoção ao Divino Pai Eterno em Guarapuava começou ainda em 1843, quando o casal de agricultores, Constantino Xavier e Ana Rosa Xavier, trabalhando na lavoura, acabaram por encontrar um medalhão em barro cozido, com a estampa do Divino Pai Eterno. A família, que era católica, passou a promover encontros em casa para rezar o terço. Durante o momento de oração, o medalhão era posto sobre uma mesa, para que o Divino Pai eterno fosse lembrado e reverenciado durante as preces. A casa da família ficou pequena para os encontros devocionais e, por iniciativa dos moradores uma capela foi erguida no local. O tempo passou e havia sempre a necessidade de ampliar o espaço. Em 1878, segundo a história oral, era a terceira capela que os moradores construíam na comunidade que à época se chamava Barro Preto (atual Trindade). O tempo passou, as coisas mudaram muito naquela região da cidade. O lugar, antes uma área rural, agora
faz parte do perímetro urbano do município e, com isso, também agrega todos os problemas inerentes a uma região pobre da cidade. No entanto, a fé das pessoas daquela comunidade permaneceu e se fortaleceu de forma estrondosa. Com a criação da paróquia Divino Espírito Santo, em 19 de maio de 1991, a comunidade passou a ser atendida pelos padres estigmatinos. Conforme um relato da paróquia, desde os primeiros tempos da comunidade Divino Pai Eterno, muitas foram as romarias e caravanas que visitaram o local. Os visitantes, segundo relatos, pagavam promessas e procuravam alívio para seus sofrimentos físicos e de ordem emocional. “Do achado do medalhão até hoje, já se passaram 175 anos. A devoção nasce no seio familiar. Vizinhos, parentes e amigos se reúnem e a devoção se espalha pela comunidade do antigo Barro Preto, hoje Trindade. Foram construídas três capelas até o ano de 1878. A ação do Pai Eterno se fazia sentir na vida dos romeiros, vindos de diversos lugares do Brasil. Muitas pessoas visitavam o Santuário para buscar alívio para seus males, fazer preces ou pagar promessas. A devoção, no entanto, não para de crescer em Guarapuava. Por sua vez, esta também se estendeu pelo Brasil inteiro, como uma forma de demonstrar o amor salvífico de Deus para com seus filhos”, escreve padre Vinícius.
CONVITE
Padre Vinícius Araújo convida a todos a participarem da novena. Durante as celebrações também há bênçãos pela saúde e unção dos enfermos. “Querido devoto, a paróquia Divino Espírito Santo, bairro Vila Bela, convida a todos para participar da missa e novena em honra ao Divino Pai Eterno, com benção da saúde e unção dos enfermos. Os encontros são às quartas-feiras, às 15h. Participe conosco deste momento de Fé”, convida o pároco.
“Querido devoto, a paróquia Divino Espírito Santo, bairro Vila Bela, convida a todos para participar da missa e novena em honra ao Divino Pai Eterno, com benção da saúde e unção dos enfermos.” Pe. Vinícius Araújo, CSS
SERVIÇO
A comunidade Divino Pai Eterno está situada na Avenida Moacir Júlio Silvestre, esquina com a Rua Acelino Palmeira, sem número, bairro Alto Cascavel, em Guarapuava.
A Pastoral da Comunicação (Pascom) da diocese de Guarapuava apresentou, na noite de 03 de outubro, o nome do padre Jean Patrik Soares como o novo assessor desta Pastoral no decanato Centro. A reunião que foi realizada no salão social da catedral Nossa Senhora de Belém, contou com a participação de agentes da Pascom das paróquias Santos Anjos, Santa Terezinha, Santa Cruz e Nossa Senhora das Dores, Nossa Senhora de Fátima, Divino Espírito Santo e catedral Nossa Senhora de Belém, além da coordenação diocesana da Pascom. Durante o encontro, o nome do pároco da catedral, padre Jean Patrik, foi apresentando para apreciação e aprovado por todos. O sacerdote disse que aceitaria a nova tarefa de promover o elo entre o clero da diocese e os agentes da Pascom. Durante os trabalhos, Vanessa Paula Pereira, coordenadora da Pascom na diocese, apresentou a proposta de realizar um encontro nos dias 08 e 09 de dezembro, para a formação dos agentes. A proposta foi aceita por todos, pois segundo acreditam, há sempre a necessidade de formação em se tratando de comunicação e, principalmente, em se tratando de Igreja. Na oportunidade, a coordenadora também lembrou a todos que seu mandato de dois anos já havia vencido e, por isso, seria necessária a realização de uma eleição para escolher um novo coordenador. Por aclamação, Vanessa foi reconduzida ao cargo e ficará à frente da Pastoral da Comunicação da diocese de Guarapuava por mais dois anos.
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Notícias Paroquiais
Missionários do Verbo Divino realizam encontro em Guarapuava
A escolha da cidade de Guarapuava para sediar o encontro, conforme disseram os coordenadores, foi em razão de a região ter acolhido muitos missionários da congregação.
Com o tema “Enraizados na Palavra, comprometidos com a missão”, a congregação Sociedade do Verbo Divino - Verbitas (SVD) realizou, de 22 a 25 de outubro, sua assembleia anual. O encontro ocorreu na Casa de Líderes Nossa Senhora de Guadalupe, em Guarapuava e reuniu 65 padres, além de dois irmãos consagrados. Nos quatro dias de trabalho, oração e partilha, o grupo estudou o capítulo 18 do documento da congregação, que trata do tema escolhido e elucida muitos pontos e divergências em se tratando do carisma. A Pastoral da Comunicação (Pascom) da paróquia Santa Terezinha, em Guarapuava, que é atendida pelos padres da Sociedade do Verbo Divino, acompanhou a reunião e, em nota, destacou que há, por parte dos religiosos, uma grande preocupação quanto à evangelização em dias atuais, principalmente em se tratando de ações missionárias no ambiente urbano, com seus problemas, desafios, mas também, com sua bela história de aceitação e transformação. A escolha da cidade de Guarapuava para sediar o encontro, conforme disseram os coordenadores, foi em razão de a região ter acolhido muitos missionários da congregação. “Por aqui passaram os missionários que ajudaram na fundação de novas cidades do Paraná, como Toledo, Foz do Iguaçu, Medianeira, Cascavel e tantas outras da Região Oeste do Estado. No início, tratava-se apenas de uma única paróquia, a de Guarapuava. Hoje o território é composto pelas dioceses de Guarapuava, Palmas/ Francisco Beltrão, Foz do Iguaçu, Toledo e a arquidiocese de Cascavel”, detalha o padre Edvino Sicuro SVD.
O anúncio do Evangelho faz parte do carisma dos missionários da congregação Verbitas. Desta forma, eles dedicam-se, principalmente, à formação bíblica nas paróquias onde atuam, bem como o uso dos meios de comunicação social e a animação missionária do povo de Deus. Dentre as preocupações dos integrantes da congregação, destacam-se: justiça, paz e integridade humana.
PRESENÇA
“A presença dos Missionários do Verbo Divino na cidade de Guarapuava começou em 1917 e foi marcante, principalmente na conclusão das obras da catedral Nossa Senhora de Belém. A igreja possui evidenciada a espiritualidade da congregação nas pinturas e no altar principal, este construído na Holanda e montado aqui. Na parede, atrás do altar, estão pintados Santo Arnaldo Janssen e a fundadora das irmãs Servas do Espírito Santo que foram as primeiras religiosas do Colégio Nossa Senhora de Belém. Também em Pitanga há uma igreja com traços típicos dessa espiritualidade, inclusive com a sigla SVD (Societas Verbi Divini), nome oficial da congregação”, detalha padre Edvino. Conforme o sacerdote, “a nova geração de missionários de vários países que está trabalhando no Sul do Brasil, teve conhecimento de toda esta história e ficou feliz porque a congregação contribuiu para a evangelização da nascente à foz do Rio Iguaçu e por ter dado o primeiro bispo para esta diocese: Dom Frederico Helmel (um Verbita austríaco)”. Com colaboração de padre Edvino Sicuro SVD
“No início, tratava-se apenas de uma única paróquia, a de Guarapuava...” Edvino Sicuro SVD
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GUARAPUAVA: Celebração na catedral Nossa Senhora de Belém encerra Ano Nacional do Laicato A celebração de enceramento do Ano Nacional do Laicato será na catedral Nossa Senhora de Belém, em Guarapuava, dia 25 de novembro, às 10h30. Dom Antônio Wagner da Silva predirá a missa. Dia 25 de novembro de 2018, a diocese de Guarapuava, através do Conselho Nacional de Leigos do Brasil (CNLB) em nível diocesano, encerra as atividades do Ano Nacional do Laicato, que teve início na mesma data (25 de novembro) de 2017. Para marcar o momento, o bispo diocesano, Dom Antônio Wagner da Silva, presidirá uma celebração na catedral Nossa Senhora de Belém, às 10h30. Todos são convidados a participar da missa solene. Tales Faleiros Lemos, presidente do CNLB na diocese, eleito no último dia 02 de setembro, em um encontro na paróquia Bom Jesus, em Guarapuava, destaca que o Ano Nacional do Laicato foi muito importante, mas que as atividades dos leigos precisam ser permanentes em todas as comunidades. Tales entende que através do esforço e dedicação de cada um, pode-se sonhar e pensar em uma sociedade igualitária e com novas perspectivas. “O caminhar da Igreja sempre se fez com o auxílio dos leigos e das leigas, inspirados e movidos pela ação do anúncio da boa nova, ungidos pelo Espírito Santo. Sendo assim, a Igreja viu a necessidade de dedicar a estes agentes do Reino um ano exclusivo para serem sujeitos em
suas comunidades eclesiais. Desta forma, desde 25 de novembro de 2017, estamos celebrando o Ano do Laicato. Neste momento importante, a diocese de Guarapuava, por meio do CNLB, convida a todos, leigos e leigas, para a celebração de encerramento do Ano Nacional do Laicato da diocese de Guarapuava. A presença de cada um reforça a mensagem de ser, de fato, ‘Sal da Terra e Luz do Mundo’. A presença dos líderes de sua comunidade é de fundamental importância para juntos celebrarmos este momento”, sublinhou Teles em um convite.
ALTAMIRA DO PARANÁ: notícias paroquiais Comunidade festeja o dia da padroeira, Nossa Senhora Aparecida, com novena e muita festa. PADROEIRA
A paróquia de Altamira do Paraná celebrou o dia de sua padroeira, Nossa Senhora Aparecida, em 12 de outubro, com uma grande festa. Três missas, às 08h30, às 10h e as 18h30, marcaram o dia festivo que também contou com diversas atrações para toda a comunidade. Antecedendo a festa, a comunidade preparou uma novena muito especial, com a presença da imagem da padroeira vinda diretamente do Santuário Nacional, em São Paulo. O pároco local, padre Paulo Fernando Francini, juntamente com algumas pessoas da cidade, viajaram até Aparecida para buscar a imagem. Antes de partir rumo a Altamira do Paraná, houve uma missa de envio na Basílica, às 09h, que foi concelebrada por padre Paulo. Os paroquianos paranaenses receberam a imagem no dia 03 de outubro na matriz Nossa Senhora Aparecida, dando início à novena, que terminou no dia 11 do mesmo mês. “Os paroquianos participaram ativamente das novenas. Foram momentos de muita devoção, oração e fé que emocionaram a todos de Altamira do Paraná e da região. Muitas foram as bênçãos recebidas, muitas graças foram alcanças através da intercessão da mãe Aparecida”, destaca a Pastoral da Comunicação (Pascom), em nota. No dia 12 de outubro, centenas de pessoas se reuniram, às 18h30, para uma celebração na matriz, finalizando assim, os festejos da padroeira deste ano. Uma caminhada de dois quilômetros até a saída da cidade reuniu centenas de devotos de Nossa Senhora, que em festa, devolveram a imagem ao Santuário Nacional. “Para finalizar o dia, em tom de despedida da imagem peregrina, mas também de muita alegria, centenas de pessoas participaram da reza do terço às 18h30, seguida de uma missa de envio, na matriz. Houve um momento de consagração a Nossa Senhora e uma caminhada luminosa de dois quilômetros até a saía da cidade. A imagem retornou ao Santuário Nacional, levando todas as intenções, pedidos e agradecimentos feitos pelo povo de Altamira do Paraná”, observa a Pascom.
NOVOS MINISTROS
A Paróquia Nossa Senhora Aparecida, em Altamira do Paraná, promoveu o envio de sete novos ministros da eucaristia no dia 27 de setembro, na celebração das 19h, na matriz. Centenas de pessoas da comunidade participaram do momento considerado muito especial para aquela paróquia, pois através dos ministros, muitos serviços são prestados às pessoas em nome da Igreja. Na ocasião, conforme destaca a Pastoral da Comunicação (Pascom), o pároco local, padre Paulo Fernando Francini, agradeceu aos novos ministros pelo “sim” que disseram em favor da Igreja, num auxílio constante e importante à comunidade. “Os ministros da eucaristia são enviados a viver este ministério na comunidade, sendo sinal de comunhão entre os irmãos. Eles têm por missão auxiliar na distribuição da comunhão eucarística nas santas missas e celebrações da Palavra. Os ministros também assistem os enfermos e idosos, impossibilitados de irem à igreja. Eles levam a comunhão em seus lares e hospitais, num dos mais belos gestos de humanidade e cristandade. Todo ministro tem a tarefa de zelar pelos objetos litúrgicos, o sacrário e a reserva eucarística. Por isso, eu digo da importância que vocês têm para a Igreja”, frisou padre Paulo.
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Coordenador da difusão do carisma da Comunidade Shalom visita Guarapuava Aurinilton Filho esteve no bispado da diocese e conversou com Dom Antônio Wagner da Silva.
Nathallya Franco Laines, Dom Antônio Wagner da Silva (SCJ), Emerson Laines, Felipe de Jesus, Danyelle de Jesus e Aurinilton Filho (Nil).
No dia 11 de outubro, véspera de feriado nacional por ocasião do Dia de Nossa Senhora Aparecida, padroeira do Brasil, o bispado de Guarapuava recebeu a visita de Aurinilton Filho (Nil), coordenador da Difusão do Carisma da Comunidade Católica Shalom. Dom Antônio Wagner da Silva, bispo da diocese de Guarapuava, recebeu o coordenador que estava acompanhado de Nathallya Franco Laines, coordenadora da Obra Shalom em Guarapuava, Danyelle de Jesus, coordenadora da Obra Shalom em Maringá, Emerson Laines e Felipe de Jesus, ambos promotores apostólicos. “Sempre é um prazer receber visitas apostólicas dos grupos que ajudam na caminhada da nossa Igreja. As Obras, os trabalhos, são fundamentais no despertar das vocações, no entendimento da Palavra”, sublinhou Dom Wagner. A visita às dioceses e arquidioceses do Paraná, conforme Nil; têm por objetivo avaliar os trabalhos da Obra Shalom, em nível de difusão e ter um momento de encontro com cada um dos pastores diocesanos, no caso os bispos, para saber como está o andamento dos trabalhos e o que pode ser melhorado em cada comunidade. “Esta nossa visita tem a missão de conversarmos com os bispos, os pastores das dioceses, saber um pouco mais como estão os trabalhos junto à comunidade e também sondar e avaliar sobre a possibilidade de um dia, termos uma casa missionária na diocese”, destacou o coordenador. Como em todos os trabalhos missionários, Nil aponta que há, em muitos momentos, barreiras quanto à instalação da Obra Shalom, junto às dioceses e paróquias, mas ele também salienta que essas mesmas barreiras, na maioria das vezes, se transformam em grandes oportunidades de trabalho e de difusão do carisma. “Eu, como coordenador da difusão do carisma, ando pelas quatro regiões do país, norte, sul, leste, oeste. Na medida em conhecemos cada uma dessas regiões, nós percebemos que, em muitos lugares, por causa da cultura, da própria história daquela região, por seu processo de colonização, há muitas diferenças e divergências quanto à aceitação dos trabalhos. Na Região Sul, especificamente, nós temos notado que há uma grande diversidade de hábitos e costumes, até mesmo pela formação europeia do lugar. No entanto, eu noto que, nesses mesmos lugares, que aparentam dificuldades, num primeiro momento, quanto à evangelização, quando conseguimos encarnar a espiritualidade do carisma nessas pessoas, aquilo que antes parecia ser uma barreira, se torna, realmente, uma grande oportunidade. Uma vez tocado na própria essência da pessoa, com sua cultura, ela consegue testemunhar aos outros, que, de fato, não é barreira nenhuma. O coração do homem é o mesmo e tem um desejo de felicidade. O coração do homem tem, por natureza, uma sede de Deus. O valor das origens que o Sudeste e o Sul têm se mostram muito especiais, pois quando surgem vocações nestes lugares, elas são muito firmes, com grandes propósitos, determinadas. Elas trazem muito isso do povo da região”, sublinhou o coordenador.
SOBRE A COMUNIDADE SHALOM
A Comunidade Católica Shalom é uma Associação Privada Internacional de Fiéis, com personalidade jurídica, reconhecida pela Santa Sé com o decreto do dia 22 de fevereiro de 2007, junto ao então Pontifício Conselho para os Leigos (cujas competências e funções são atualmente assumidas pelo Dicastério para os Leigos, a Família e a Vida). Na mesma data, em 2012, seus estatutos tiveram sua aprovação definitiva. Presente em dezenas de países do mundo, a Comunidade Católica Shalom é formada por homens e mulheres que, na diversidade das formas de vida presentes na Igreja, engajam-se em uma vida comunitária e missionária com a finalidade de levar o Evangelho de Jesus Cristo a todos os homens e mulheres, especialmente àqueles distantes de Cristo e da Igreja.
CARISMA
Em cada tempo, o Espírito Santo concede à Igreja graças necessárias para que ela responda aos desafios contemporâneos. Carisma é um desses dons divinos derramados sobre a Igreja para renová-la e atualizar a vivência do Evangelho. Assim, foi manifestado ao mundo o Carisma Shalom, que desabrochou no coração de Moysés Azevedo durante encontro com o Papa São João Paulo II, em 1980. Deus chamou pessoas a assumir essa graça em suas vidas, dando-lhes uma vocação específica: Shalom.
POR QUE O NOME “SHALOM”? COMO EU FAÇO PRA SER SHALOM?
Nascida no meio dos jovens, a Obra Shalom teve início a partir de uma ousada inspiração: criar uma interface que falasse a linguagem dos jovens, para criar uma ponte entre eles e uma experiência pessoal com Jesus Cristo e a Sua Igreja. Assim, nasceu a primeira “Lanchonete do Senhor”, no dia 9 de julho de 1982, em Fortaleza, Ceará: um lugar atraente onde os jovens tinham a oportunidade de experimentar momentos de oração, fraternidade e missão, crescendo assim em seu caminho de fé. Hoje, para levar a experiência de Jesus Cristo a muitos outros, em meio à diversidade dos povos, das culturas e dos diversos contextos da sociedade, o Shalom realiza ações evangelizadoras diversificadas e multiformes em meio aos jovens, às famílias, às crianças, aos mais pobres e necessitados, aos profissionais de diversas áreas, nos meios de comunicação, no mundo das artes, da ciência, da cultura e da promoção humana, através de obras de misericórdia que toquem os diversos sofrimentos que as pessoas atravessam. A vivência da Vocação Shalom no seio da Comunidade é fundamentada na experiência com Jesus Cristo, o Ressuscitado que passou pela Cruz, narrada no Evangelho de João. “Ao encontrar os discípulos no Cenáculo, Jesus Ressuscitado lhes diz: Paz a vós (Jo. 20,19), ou seja, Shalom! Em Jesus, esta saudação é uma real
comunicação da Paz, isto é, de toda sorte de bênçãos espirituais e materiais, a felicidade perfeita que o Messias nos traz. É, enfim, o anúncio e a doação da salvação plena” (Preâmbulo dos Estatutos). Jesus é o Shalom do Pai para o mundo, a verdadeira e única Paz que a humanidade pode ter. Como os discípulos de Cristo foram enviados por Ele, naquela ocasião, para implantar a Paz no coração dos homens, os vocacionados são chamados a anunciá-la com a vida e o testemunho. “Ser Shalom” significa, pelo poder do Espírito Santo, ser discípulo e ministro da Paz e levar o próprio Cristo a quem por Ele espera. Para aqueles que foram chamados a corresponder à Vocação, Deus concede o caminho da Contemplação, Unidade e Evangelização. Da Contemplação do Ressuscitado, que sopra sobre os discípulos, brota a força da Evangelização. Assim inspirada, a Comunidade empreende esforços para anunciar o mesmo e único Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo com eficácia, ousadia e criatividade. Para viver a Vocação é necessário, ainda, mergulhar no espírito da caridade segundo os moldes das primeiras comunidades cristãs, refletindo a Unidade da comunhão amorosa do Pai, do Filho e do Espírito Santo.
CAMINHO VOCACIONAL
Se você deseja trilhar um caminho de discernimento vocacional na Comunidade Shalom, procure engajar-se em um grupo vocacional na missão Shalom mais próxima da sua cidade, ou entre em contato com a Assessoria Vocacional para trilhar o “caminho vocacional à distância” através do e-mail: vocacionaladistancia@comshalom.org. O Caminho Vocacional tem a duração mínima de um ano, iniciando com o Encontro Vocacional Aberto (em março ou abril de cada ano). Cada vocacionado é assistido e orientado por um Acompanhador Vocacional (diretor espiritual) para, na escuta da vontade de Senhor, discernir sobre o chamado à vocação Shalom ou a outra vocação na Igreja, sobre o tempo de amadurecimento necessário para dar o passo concreto em direção ao ingresso no postulantado da Comunidade de Vida ou de Aliança. Se a Comunidade ainda não está presente na sua cidade, saiba que todo este trabalho começa com a Difusão da Obra e do Carisma Shalom. Esta difusão tem uma estrutura organizacional na Comunidade dedicada à implantação e consolidação da Obra Shalom em uma diocese que ainda não possui a presença da Comunidade Shalom. Atualmente, a Difusão do Carisma está presente em mais de 70 dioceses no Brasil e no mundo. Se a sua Diocese ainda não possui a Obra Shalom, entre em contato conosco no e-mail euquero@comshalom.org e saiba como levar o Carisma Shalom a sua Diocese.
OBRA SHALOM EM GUARAPUAVA
A Obra Shalom está presente na diocese de Guarapuava desde novembro de 2015. Em 17 de junho de 2016, integrantes do grupo na cidade, com a participação de Ana Carolina Caldas Dantas, acompanhadora da Obra Shalom em nível nacional, conversaram com o bispo Dom Antônio Wagner da Silva sobre os andamentos dos trabalhos na cidade e sobre os próximos projetos a serem desenvolvidos junto às comunidades. Na ocasião, conforme Ana Carolina; foi feito o pedido formal ao bispo para que os trabalhos pudessem ser desenvolvidos junto à diocese. Dom Wagner aprovou a presença da Obra Shalom e abençoou a equipe. Atualmente, os encontros do grupo da Obra Shalom são realizados na paróquia Sant’Ana, em Guarapuava, aos sábados, às 17h30. Conforme contou Emerson Laines, há dois grupos, um de jovens e outro de adultos. Mais de 30 pessoas participam assiduamente dos encontros. Emerson também convida a todos para que façam uma visita e conheçam os trabalhos.
Mais informações podem ser obtidas na página da Obra Shalom em Guarapuava no Facebook, no endereço:
facebook.com/obrashalomguarapuava ou pelo telefone/WhatsApp:
42 99801-4596.
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Diocese de Guarapuava
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GUARAPUAVA: paróquia Nossa Senhora de Fátima em preparação para a segunda etapa da MDJ Esta é a sétima edição da Missão Diocesana Juvenil (MDJ) na diocese de Guarapuava. Evangelizar em ambiente urbano é o grande desafio dos trabalhos. A segunda etapa dos trabalhos será de 19 a 27 de janeiro. De 19 a 27 de janeiro de 2019, a paróquia Nossa Senhora de Fátima, em Guarapuava, realiza a segunda etapa da Missão Diocesana Juvenil (MDJ), que compreende o biênio 2018 - 2019. Nesta edição, a experiência é a de promover a Missão em ambiente urbano. Como em 2018, a MDJ será realizada na terceira semana de janeiro, período de férias estudantis, uma vez que a maioria dos jovens missionários é composta por estudantes do ensino médio e universitário. Visita às casas e conversa com os moradores, além de troca de experiências, são elementos que fazem parte da missão que tem como lema: “Fazei tudo o que Ele vos disser” (Jo 2,5). Em 2018, 184 jovens de todas as paróquias da diocese, participaram efetivamente dos trabalhos, além de uma grande equipe de apoio que ofereceu suporte aos missionários. Todos se disseram preparados e ansiosos para repetir as tarefas em 2019. Também se somaram à missão, no ano de 2018, os padres Sebastião Gulart (pároco de Rio Bonito do Iguaçu), Adalto José Bona (Atual pároco de Pinhão), Valdecir Badzinski (atual secretário-executivo do Regional Sul 2 da CNBB) além do pároco local, à época, padre Carlos de Oliveira Egler (atual ecônomo da diocese de Guarapuava). Outros padres da diocese também colaboraram nas celebrações e animações da MDJ em 2018.
PREPARAÇÃO No dia 15 de outubro, integrantes da equipe organizadora da MDJ, participaram de um encontro com o bispo da diocese de Guarapuava, Dom Antônio Wagner da Silva, com o objetivo de avaliar os trabalhos realizados até então e preparar os próximos passos missionários. Conforme o coordenador da Ação Evangelizadora na diocese, padre Itamar Abreu Turco, a reunião foi proveitosa e possibilitou aos presentes exporem suas ideias e propostas para que a MDJ continue a crescer e a dar resultados positivos para a sociedade. “O objetivo foi avaliar os quase 14 anos de missão e dar qualidade no processo de evangelização missionária dos jovens. As propostas continuam a ser estudadas e novos encontros serão realizados para que possamos afinar os trabalhos que serão desenvolvidos em janeiro de 2019”, sublinhou padre Itamar.
Testemunhos
MISSÃO
Grupos de 16 e 18 missionários visitam dez setores, quatro em áreas urbanas e seis em localidades rurais de abrangência da paróquia. Antes de saírem a campo, os missionários recebem uma preparação espiritual na matriz. O intuito dos trabalhos da MDJ é envolver o maior número de pessoas possível em prol da renovação dos compromissos cristãos e humanos. A ideia, conforme a Pastoral Juvenil; é promover discussões e desenvolver projetos que beneficiem a comunidade que recebe a missão em seus vários setores, mas sem perder o foco evangelizador dos serviços. Também de acordo com a Pastoral, há um crescimento pessoal expressivo para os jovens missionários com base na convivência e percepção de valores humanos e novas realidades que, por vezes, estão à volta, mas que não são notadas. “A cada edição dos trabalhos, há um grande aumento no número de jovens querendo participar. Isto nos alegra, mas também nos aponta que precisamos ter responsabilidades e compromissos firmes em relação às tarefas que desenvolveremos e também aos objetivos dos nossos trabalhos que visam unir a Igreja”, contou Felipe Geraldo Madureira, coordenador da Pastoral Juvenil na diocese, ao final da primeira etapa da MDJ na paróquia Nossa Senhora de Fátima.
“Foi uma semana muito abençoada e tranquila. Tivemos muitos frutos e pudemos perceber a alegria dos jovens em doar a sua vida em prol do Reino de Deus e de Seu projeto. Com isso eles apresentam uma face jovem do rosto de Deus, eles mostram uma Igreja viva e com um grande potencial em mostrar-se também o jovem. Sem dúvida, é muito gratificante ver os jovens sorrindo enquanto fazem missão, e chorando de alegria e também com sentimento de saudade durante a missa de encerramento. É muito gratificante perceber que os jovens conseguiram realizar uma experiência de Deus durante a semana de missão e que conseguiram não só transmitir isso, mas levaram outras pessoas à mesma experiência. A MDJ, mais uma vez foi exitosa em seu objetivo de evangelização juvenil. Estamos muito contentes com a edição de 2018. Foram muitas bênçãos”, disse Felipe Geraldo Madureira. “Não há palavras para descrever o que foi essa missão. Foi um grande aprendizado que levarei para a vida toda. Serei eternamente grata a Deus por ter me proporcionado viver esta experiência maravilhosa de fé. Nessa missão eu me reencontrei na fé, pois eu estava deixando minha chama apagar, no sentido da oração. Era gratificante chegar toda noite, mesmo muitas vezes cansados, com sono, mas Deus nos dava força de rezar o santo terço e, com isso, voltei a sentir o amor de Deus por nós. E a palavra que resume essa MDJ é Gratidão”, descreveu Suelen Taís Joas de Oliveira, da cidade de Pitanga.
“Foi uma experiência muito proveitosa, totalmente diferente das outras etapas que participei, pois fiquei na cidade dessa vez. Conheci realidades que coincidem mais com a que a gente vive no dia a dia, pelo fato de morar na cidade também. Conheci pessoas de diferentes classes, formei família com pessoas de cidades distintas, realizando atividades que me fizeram mudar algumas atitudes! Foi uma missão e tanto. O objetivo era evangelizar, e acabei sendo evangelizado, foi divino, que venha 2019”, comemorou Yuri Rocha, da cidade de Candói. “Ser igreja é sair de casa e ir cada vez mais longe levando o Evangelho nos lugares mais inesperados. Fazer parte da MDJ é levar juntamente com o Evangelho, a alegria de ser jovem, para deixar marcas profundas por onde passar. Neste ano de 2018, estar no Setor Rio do Corvo mostrou ainda mais a importância do jovem trabalhando para o bem da comunidade católica e também de outras religiões. Nosso trabalho vai além do que imaginamos”, descreveu Maria Elisa Krutsch Ribeiro, da paróquia Divino Espírito Santo, em Guarapuava. “Fui para a MDJ pela primeira vez. Voltei com uma bagagem de aprendizado tanto na espiritualidade quanto na convivência com os outros missionários. Fiquei no setor Marrecas e Matinhos. Logo na chegada, percebemos a grande e bela acolhida. Todos da comunidade já estavam nos esperando. Um momento que mexeu muito comigo, foi na noite da vigília, onde eu pude sentir a presença e o beijo de nossa mãe, Maria. Agradeço a todas as famílias das comunidades que visitei. Agradeço aos padrinhos, madrinhas e aos anjos dos grupos. Se Deus quiser, quero participar das outras etapas”, exemplifica Altemio Ferreira, da cidade de Rio Bonito do Iguaçu.
“Fazer parte da MDJ é ir ao encontro de Cristo que nos chama no coração daqueles que nos recebem. Quando saímos de nossas casas para ir a um lugar onde não conhecemos, Jesus passa à nossa frente e prepara milhares de pessoas para nos receber, porque não vamos para falar de algo novo, vamos apenas para reavivar o mesmo Cristo que já se encontra naquele lugar. Com a etapa de 2018, o setor Rio do Corvo pôde perceber que, não somos pessoas separadas e que caminhamos sozinhos, nós somos a Igreja de Cristo que carrega uma grande Cruz, mas carregamos juntos. Eu sou Igreja, você é Igreja, somos a Igreja do Senhor. Irmão vem e ajuda! Irmã vem e ajuda a edificar a Igreja do Senhor”, enfatizou o seminarista Nicolas Thanrique, da cidade de Laranjal.
“Uma nova experiência que jamais irei esquecer. Para quem só fez missão no interior, chegar à cidade e ser recebido do modo que nós fomos, é gratificante. A missão nos chama e nos desperta para muitas vocações. Ela acende novas luzes no coração do jovem. O amor pela missão é o mesmo amor que Cristo teve por nós ao dar sua vida na cruz”, sublinha o missionário Orlei Lima, da cidade de Candói.
“A palavra que define a participação na Missão Diocesana Juvenil é gratidão. Durante a semana de missão, levamos para as pessoas a palavra e o amor de Deus e em troca, recebemos inúmeras graças e uma grande bagagem de conhecimentos. Aprendemos muito com todas as pessoas da comunidade e também com os irmãos missionários do grupo”, falou Criseli Matias, da cidade Boa Ventura de São Roque.
“Esse foi meu terceiro ano de missão e, sem duvida alguma foi um ano que vai ficar marcado na memória. Tive o imenso prazer de trabalhar no setor Morro Grande. Lá, notei a alegria das pessoas em receber os missionários. Foi uma troca de experiências e de muitas orações. Estou ansioso para a nova etapa”, grifa João Willian Oliveira, da paróquia São Luiz Gonzaga, em Guarapuava.
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Eleito presidente, Bolsonaro diz que cumprirá promessas e governará com a Constituição Em discurso, presidente eleito com 55% dos votos, citou a Bíblia e atacou esquerda. Ele lembrou que tomou a decisão de disputar a Presidência da República há quatro anos. O presidente eleito do país Jair Bolsonaro (PSL) usou sua conta oficial no Facebook, que tem mais de 8 milhões de seguidores, para transmitir seu primeiro discurso após a vitória. Com mais de 97% das urnas apuradas, o pesselista obteve pouco mais de 55% dos votos válidos, contra 44% de Fernando Haddad (PT). Foram quase oito minutos de pronunciamento na rede social, ao lado de sua esposa, Michele, e de uma tradutora de Libras (Língua Brasileira de Sinais). As imagens foram gravadas na casa do próprio candidato eleito. Sobre a mesa, havia exemplares da Bíblia, da Constituição e de um livro sobre o ex-primeiro-ministro britânico Wiston Churchill, que liderou o Reino Unido durante a Segunda Guerra Mundial. Inicialmente, Bolsonaro fez uma referência religiosa e agradeceu aos médicos que cuidaram de sua saúde, após o atentando à faca que sofreu no dia 6 de setembro. “Fizemos uma campanha diferente das outras. Nossa bandeira e nosso slogan; fui buscar naquilo que muitos chamam de caixa de ferramentas para consertar o homem e a mulher: a Bíblia sagrada”, disse. Ele lembrou que tomou a decisão de disputar a Presidência da República há quatro anos. “A verdade tem que começar a valer dentro dos lares, até o ponto mais alto, que é a Presidência da República. O povo, mais que o dever, tem o direito de saber o que acontece em seu país. Graças a Deus, essa verdade o povo entendeu perfeitamente. Alguém sem um grande partido, sem um fundo partidário, com grande parte da grande mídia o tempo todo criticando, colocando-me numa situação, muitas vezes, próximo a uma situação vexatória”.
todos uma só nação”. Ao se dirigir aos jovens, ele disse que vai governar “com os olhos nas futuras gerações e não na próxima eleição”.
FEDERAÇÃO
Bolsonaro falou também em “desamarrar” o Brasil e disse que vai descentralizar a liberação de recursos para os municípios. “Os recursos federais irão diretamente do governo central para os estados e municípios. Precisamos de mais Brasil e menos Brasília”.
ECONOMIA
Sem fazer referência a Fernando Haddad, o presidente eleito falou que o país clamava por mudança e fez críticas à esquerda, prometendo governar sem indicações políticas. “Não podíamos mais continuar flertando com o socialismo, o comunismo e o extremismo da esquerda. (...) O que eu mais quero, seguindo o ensinamento de Deus, ao lado da Constituição brasileira, inspirando-se em grandes líderes mundiais e com uma boa assessoria técnica e profissional, isenta de indicações políticas de praxe, começar a fazer um governo, a partir do ano que vem, que possa colocar o Brasil em um lugar de destaque”, afirmou. Bolsonaro disse ainda que terá governabilidade, “dado os contatos que fizemos ao longo dos últimos anos” e disse que “todos os compromissos assumidos com essas bandeiras serão cumpridos, com o povo em cada local do Brasil em que estive presente”.
PRONUNCIAMENTO
Minutos depois, Bolsonaro falou em rede nacional, para emissoras de rádio e televisão do país. Antes de ler o discurso escrito, houve um rápido momento de oração, puxado pelo senador Magno Malta (PR), integrante da bancada evangélica e aliado do presidente eleito. Nesse segundo pronunciamento, Bolsonaro voltou a agradecer a Deus e ao povo brasileiro e falou dos diversos compromissos assumidos. “O que ocorreu hoje na urnas não foi a vitória de um partido, mas a celebração de um país pela liberdade. O compromisso que assumimos foi fazer um governo decente. Nosso governo será formado por pessoas com o mesmo propósito de transformar nosso país em uma grande, livre e próspera nação. Trabalhermos dia e noite para isso”, afirmou. Em seguida, defendeu as liberdades de empreender, política, religiosa e de informar e ser informado. Bolsonaro disse que “não existem brasileiros do Sul e do Norte. Somos todos um só país, somos
O presidente eleito prometeu reduzir o tamanho do Estado. “O governo dará um passo atrás, reduzindo sua estrutura e cortando privilégios, para que a sociedade dê muitos passos à frente”. Afirmou que terá compromisso com o emprego, a renda e o equilíbrio fiscal. O pesselista defendeu o direito de propriedade e falou em “quebrar o ciclo vicioso do crescimento da dívida [pública]”. Ele disse que é preciso eliminar o déficit primário “o mais rápido possível e converter em superávit”.
POLÍTICA EXTERNA
Bolsonaro fez referência à política externa do país e disse que vai libertar o Itamaraty do que chamou de “viés de esquerda”: “O Brasil deixará de estar apartado das nações desenvolvidas”, afirmou. Ao ser questionado por um repórter que mensagem ele teria para o conjunto de eleitores, inclusive os que não o elegeram, Bolsonaro prometeu trabalhar pela pacificação do país. “Vamos pacificar o Brasil e, sob a Constituição e as leis, vamos construir uma grande nação”, afirmou. Agência Brasil
Dom Walmor Oliveira de Azevedo: “O dia seguinte às eleições não é um conto de fadas” O religioso defende que é ilusória a possibilidade de se conquistar o bem comum fora dos trilhos da democracia, por meio de escolhas unilaterais ou imposições.
Concluído o processo eleitoral 2018, o arcebispo de Belo Horizonte (MG), Dom Walmor Oliveira de Azevedo chama a atenção, em artigo, para um aspecto: “As eleições marcam o início de um novo ciclo, resultado da vontade dos cidadãos”. Para ele, as eleições não têm força mágica, com o poder imediato de tudo mudar, mas constituem um importante passo, na tarefa de se percorrer um longo caminho. “Não se pode acreditar na solução imediata dos problemas, simplesmente porque determinado candidato venceu o pleito. O dia seguinte às Eleições não é um ‘conto de fadas’. Para vencer seus muitos desafios, o povo brasileiro necessita buscar respostas alicerçadas em um profundo humanismo, em princípios e valores fundamentais conforme exige o sistema democrático”, disse. O religioso defende que é ilusória a possibilidade de se conquistar o bem comum fora dos trilhos da democracia, por meio de escolhas unilaterais ou imposições. “A participação cidadã, além de possibilitar a escolha dos representantes do povo nas eleições, assegura aos governados a prerrogativa de acompanhar e direcionar a atuação dos próprios governantes”, disse. O sistema democrático, recorda Dom Walmor, oferece mecanismos para que
o poder do Estado não seja apropriado por interesses particulares ou objetivos ideológicos. “A partir das eleições é necessário renovar a compreensão de que uma autêntica democracia requer um Estado regido pelo Direito, sobre a base de uma rica concepção do ser humano, conforme ensina a Doutrina Social da Igreja Católica”, defende.
COMPROMISSO COM A DEMOCRACIA
Os eleitos, acima de tudo, têm o compromisso de defender a democracia, para além do mero respeito formal a determinadas regras. “É preciso aceitar, com convicção, os valores que inspiram os procedimentos democráticos: o zelo pelos direitos e pela dignidade humana, a busca do bem comum”, reforça. Sem o consenso sobre a importância desses valores, a democracia perde a sua estabilidade, defende Dom Walmor. Para o arcebispo de Belo Horizonte (MG), é perigoso quando os representantes do povo, nos três poderes, navegam no leito do relativismo ético que leva à manipulação de valores, que passam a ser negociados, em vez de serem compreendidos como critérios objetivos a serem respeitados. “Uma democracia sem princípios converte-se, facilmente, em totalitarismo, aberto ou dissimulado”, disse.
Dom Walmor defende que para se preservar o regime democrático é preciso agir em conformidade com a lei moral, que é soberana e sustenta o indispensável equilíbrio entre os poderes. Nesse horizonte, defende, espera-se competência humanística daqueles que exercem o poder. “Assim se legitima a autoridade perante o povo e se conquista credibilidade”, destaca. Para corrigir as deformações do sistema democrático - a corrupção política, a traição de princípios morais e a
inaceitável negociação da justiça social - Dom Walmor aponta que os partidos políticos devem ser capazes de favorecer a participação cidadã, consolidando o entendimento da responsabilidade de todos pelos rumos da sociedade em um sistema democrático. “É exigido qualificado desempenho dos que ocupam cargos nos três poderes, mas também é indispensável a colaboração cidadã de cada pessoa na definição dos rumos do país”, finaliza. CNBB
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2º Encontro Diocesano dos Ministros da Eucaristia O encontro será no dia 15 de novembro, na paróquia Divino Espírito Santo, em Guarapuava. Todos os ministros são convidados a participar. Mais de duas mil pessoas são esperadas. A paróquia Divino Espírito Santo, em Guarapuava, será sede da segunda edição do Congresso Diocesano dos Ministros da Eucaristia, que este ano, trás como tema: “Vós sois o sal da terra e a luz do mundo” (Mt 5, 13-14). O encontro será no dia 15 de novembro, feriado nacional e todos os ministros são convidados a participar, conforme os organizadores. O encontro formativo contará com assessoria dos padres: Amarildo José Novakoski, Claudemir da Silveira Didek, Carlos de Oliveira Egler, Jean Patrik Soares e Paulo Fernando Francini. A primeira edição do Congresso de Ministros foi realizada em 2017, na mesma data (15 de novembro), na
catedral Nossa Senhora de Belém. Na ocasião, mais de dois mil ministros participaram do encontro que representou um marco histórico para toda a Igreja.
PROGRAMAÇÃO
Os trabalhos do segundo Congresso dos Ministros da Eucaristia da diocese de Guarapuava começam às 08h30, com acolhida e animação. Às 9h, haverá um momento de formação sobre o Advento, com o pároco da catedral Nossa Senhora de
Belém, padre Jean Patrik Soares. Às 09h40, o pároco de Altamira do Paraná, padre Paulo Fernando Francini, fará uma palestra formativa sobre Quaresma, Semana Santa e Campanha da Fraternidade 2019. Às 10h45, os presentes participarão de momentos de animação e descontração, em preparação para a missa que será celebrada na matriz, às 11h. Ao meio-dia, será servido um almoço preparado pela coordenação da paróquia Divino Espírito Santo subsidiado pelas paróquias da diocese. Às 13h, os participantes retornam para um momento de animação e, em seguida, às 13h30, haverá a reza do terço, na intenção de: “Cada comunidade uma nova vocação”, uma proposta do Regional Sul 2 da Conferência
Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), que começou no Paraná, com o projeto do atual bispo de Paranavaí e então secretário-executivo do Regional (Sul 2), Dom Mário Spaki. Depois do terço, haverá troca de experiências entre os presentes. Este momento será conduzido pelo reitor do Seminário Nossa Senhora de Belém e vigário-geral da diocese de Guarapuava, padre Amarildo José Novakoski. Novo momento de animação será realizado às 14h30, seguido de adoração eucarística às 15h. A segunda edição do Congresso dos Ministros da Eucaristia da diocese de Guarapuava será encerrada às 16h. Confira:
• 08h30 - Acolhida e animação • 09h00 - Formação: Advento - Padre Jean • 09h40 - Formação: Quaresma / Semana Santa / CF2019 - Padre Paulo Francini • 10h45 - Animação • 11h00 - Missa • 12h00 - Almoço preparado Paróquia Divino • 13h00 - Animação • 13h30 - Terço / Cada Comunidade uma Nova Vocação - Partilhar as experiências - Pe. Amarildo • 14h30 - Animação • 15h00 - Adoração Eucarística • 16h00 - Encerramento PALAVRA DO BISPO Conforme o bispo diocesano, Dom Antônio Wagner da Silva, durante o primeiro Congresso dos Ministros da Eucaristia, no ano passado, o evento teve por finalidade, manter a sintonia entre os projetos da Igreja e a união entre as pessoas da comunidade, num incentivo constante às vocações. “Motivados pelo projeto da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), ‘Cada comunidade, uma nova vocação’, sentimos despertar, em cada um de nós, este ardor pela vivência cristã, por estarmos inseridos nas comunidades. Eu não sei o que motivou a presença de cada um hoje aqui, mas percebo a alegria dos que aqui estão, percebo a importância que cada ministro, que cada ministra da Eucaristia tem para a Igreja, para as pessoas ao seu redor. Este tempo em que você serve à Igreja é muito importante. Não importa o quanto dure, mas vocês têm a capacidades de alimentar a esperança do povo de Deus. Se depender de vocês (Ministros), ninguém nas comunidades morre de fome. Vocês levam o pão da Eucaristia às pessoas. Este é um trabalho fundamental para a Igreja. Eu quero aqui, que vocês sintam e partilhem a graça vinda de Deus. Vocês fazem acontecer esta Igreja Missionária, capaz de suscitar cada vez mais a presença de Jesus Cristo”, disse Dom Wagner durante a homilia naquela ocasião. SERVIÇO A paróquia Divino Espírito Santo, em Guarapuava, fica à Rua Francisco de Mário, 405, Bairro Vila Bela. Mais informações sobre o Congresso de Ministros podem ser obtidas na Ação Evangelizadora da diocese de Guarapuava, Rua XV de Novembro, 7466,Edifício Nossa Senhora de Belém, 4º andar, sala 406 ou pelo telefone: 42 3626 4348, ramal 200.
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Diocese de Guarapuava
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Diocese de Guarapuava
Desenvolvimento Infantil foi o tema de Oficinas de Formação Contínua, realizadas para as líderes do Santuário Nossa Senhora da Salete, em Manoel Ribas e paróquia Nossa Senhora de Belém em Reserva do Iguaçu. As líderes da Comunidade Ronda, da paróquia São João Batista em Prudentópolis, no dia 30 de setembro, celebraram com alegria e gratidão 18 Anos de caminhada da Pastoral da Criança. Parabéns à equipe paroquial que sempre incentiva esses momentos.
Lideranças da paróquia Senhor Bom Jesus de Cândido de Abreu, concluíram a Capacitação no Guia do Líder, assumindo o compromisso de levar os ensinamentos adquiridos durante a formação, às gestantes, crianças e suas famílias.
Nos dias 22 e 23 de outubro, recebemos a visita de Karina Fernanda Grochoski da Coordenação Nacional. Dentre a pauta de atividades, foram realizadas auditorias, visitas às comunidades, bem como, apresentado a Dom Antônio Wagner da Silva, relatórios com os resultados da atuação da Pastoral da Criança na Diocese.
Retiro na Paróquia São Miguel em Entre Rios.
ROCAMBOLE DE BATATAS
O Dia da Criança foi muito festejado por toda a diocese. Os líderes não mediram esforços para proporcionar esse momento de alegria e ação de graças pela vida de nossas crianças. Rogamos a Nossa Senhora Aparecida que abençoe a todos, dando coragem para que perseverem testemunhando a alegria do servir.
MASSA • 1 kg de batatas • 2 ovos • Queijo ralado • 2 colheres de trigo • Sal a gosto • 1 colher de royal PREPARO: Cozinhar as batatas e amassar no ponto purê. Acrescentar 2 gemas, o queijo, sal trigo e as duas claras ligeiramente batidas, por último o fermento. Colocar, Assar em forma retangular untada e polvilhada com trigo. Retirar quando estiver dourada.
RECHEIO • 1 cebola picada • 1 dente de alho • Tempero verde • Colorau • 4 tomates picados • 2 latas de sardinha com o molho ou lingüiça, ou peito de frango, ou sobras de carne • Sal a gosto PREPARO: Refogar os ingredientes MONTAGEM • Retirar a massa da forma ainda quente colocando-a sobre um pano, cobrir com parte do recheio. Enrolar em forma de rocambole e cobrir com o restante do molho. Enfeite em uma refratária a seu gosto, salpique com queijo ralado e sirva com saladas.
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Diocese de Guarapuava
Novembro - 2018
Padre José de Paulo Bessa concede entrevista ao Centro Diocesano de Comunicação O sacerdote fala de sua vida, sonhos e na nova experiência missionária que viverá a partir de 2019, na diocese de Jataí, em Goiás. “Eu sou padre diocesano, sinto-me padre diocesano e gosto muito da minha diocese”, destaca. Com 61 anos de idade e exercendo o sacerdócio há 34 anos, padre José de Paulo Bessa, que faz parte da diocese de Guarapuava, concede entrevista ao Centro Diocesano de Comunicação (CDC) e conta um pouco mais sobre sua vida e seus trabalhos desenvolvidos até então. Ele também fala de seus novos desafios e sonhos enquanto sacerdote diocesano. A partir de janeiro de 2019, padre Bessa fará um trabalho na diocese de Jataí, em Goiás. Ele recebeu um convite do bispo daquela diocese, Dom Nélio Domingos Zortea e, inicialmente, ficará naquela região por um período de dois anos. “Eu vou para fazer um trabalho missionário. Em breve, estarei de volta. Embora gostando muito de viajar, eu criei raízes em Guarapuava”, disse o sacerdote. CDC: Quando foi o momento em que o senhor sentiu a vocação para o sacerdócio? P. Bessa: Eu tinha uns oito anos de idade. Fazenda Santa Adélia, em São Paulo, era o nome do lugar onde nós morávamos, nas proximidades do Rio Tietê. Foi lá que tudo começou. O professor de Araçatuba, no colégio, perguntou em sala de aula, o que cada um queria ser. Eu disse que queria ser padre. Em casa, cheguei e falei: “Olha, eu quero ser padre”. Mas exatamente o que era, como era, eu não sabia. Mas eu já tinha algumas referências de família, de algumas celebrações, de batizados, enfim. Aí, mais tarde, bem mais tarde mesmo, eu comecei a reforçar a ideia de: “eu quero ser padre”. Entre meus 15, 16 e 17 anos, foi um período de muita oração, busca e procura. Nesta época, nós já morávamos em uma comunidade chamada Bela Vista, perto de Manoel Ribas, aqui no Paraná. Ali, eu cheguei com essa intenção.
“Quando houve a notícia de que nós destruiríamos a catedral antiga para construir a nova, eu me senti chateado.” Pe. José de Paulo Bessa
CDC: Em seus primeiros anos de seminário, houve um período de dúvidas em relação à vocação? P. Bessa: Como eu já vinha de alguns anos de busca, de oração, as coisas foram se firmando um pouco. Eu tinha um pouco de resistência familiar. Da parte do meu pai, inicialmente, eu vi um pouco de resistência. E a resistência dele tinha uma lógica. Nesse período estávamos no interior e o que um jovem faz no interior? Trabalha, namora e dança. Se há um baile, você dança a noite inteira. Se há uma matinê, você dança a tarde inteira. E eu fazia muito isso, mas mesmo assim, eu achava que deveria ser padre. Então, por tudo isso, meu pai tinha certa resistência. Ele achava que eu deveria sair de casa depois dos 18 anos. Eu disse para mim mesmo: “depois dos 18 anos, eu vou ser padre”. Mas por fim, quando ele percebeu que de fato era aquilo que eu estava buscando, concordou com minha decisão. E não é que antes dos 18 anos tudo se encaminhou?! Eu fui para o seminário no dia 13 de julho de 1976. E na época não era como hoje, essa história de a família levar o seminarista de carro, essa coisa toda. Não. Eu fui para Londrina (Norte do Paraná), pois era lá que estavam os seminaristas das vocações adultas da diocese de Guarapuava. Eu lembro muito bem que minha mãe preparou um lanche, com um pão que ela havia feito na véspera, de fubá e trigo e me deu. No caminho, eu tirei uma fatia daquele pão e disse para mim mesmo: “Bem, esta fatia eu vou guardar como um ato sacramental dessa minha busca. E hoje, eu estou indo para o seminário para ser padre”. Essa consciência eu tive...
CDC: Sobre ser religioso (de congregação) ou diocesano, partiu de sua parte esta decisão? P. Bessa: Olha, coisa interessante essa tua pergunta. Quando eu tinha 16 anos e achava que já estava tarde e não dava mais para ir para o seminário, eu achei no porão da casa, um exemplar velho da revista O Cruzeiro, que trazia uma longa reportagem sobre os Monges Cistercienses. Aquilo foi como um verdadeiro achado para mim. Foi como encontrar a Torá no Antigo Testamento, na reconstrução do templo, em Jerusalém (risos). Eu fiquei muito encantado com a reportagem, com a história que ali estava escrita e então, eu pensei: “Vou ser monge, devo ser monge, pois lá não vou precisar estudar” (risos). Então, acabei entrando para o seminário e acabei tendo algumas influências como dos Redentoristas, dos Franciscanos, enfim. No entanto, depois que eu estava no seminário diocesano, já quase concluindo a Teologia... Quando eu passei da Filosofia para a Teologia, melhor dizendo, eu tive um encantamento com uma congregação italiana, onde muitos padres eram nossos professores em Ponta Grossa. Ali, naquele momento, eu balancei um pouco e cheguei até a falar com Dom Frederico (Dom Frederico Helmel, primeiro bispo da diocese de Guarapuava. Atuou de 1966 a 1986, tornando-se bispo emérito. Ele morreu no dia 12 de setembro 1993, e foi sepultado na catedral Nossa Senhora de Belém) e dizer para ele que estava muito interessado em entrar para essa congregação (italiana). Ele, de um jeito muito catequético, paternal, com uma grande vontade de ter padres diocesanos, me disse: “Muito bom, eu te entendo. Pois eu também sou religioso (de congregação). Mas vamos combinar uma coisa: você se torna diácono, diocesano. Depois, se ordena padre, também diocesano e, dois anos depois, como padre diocesano, a gente volta a falar sobre isso”. Eu falei sobre a ideia do bispo ao superior da congregação e ele entendeu. Resultado: fiquei diácono, me tornei padre e, antes de completar os dois anos de padre, ele (Dom Frederico) me fez pároco e, então, não deu mais tempo de pensar no assunto. Até hoje eu me cobro, mas fazer o quê... (risos). Estou aqui, como padre diocesano.
CDC: E foi o que aconteceu... P. Bessa: Sim, foi o que aconteceu, mas não sem dificuldades. No início, teve dias de a gente chorar bastante. Retomar os estudos depois de alguns anos não foi fácil. Eu tinha parado de estudar. Havia começado o ginásio e parei. Tive que retomar e foi um longo processo de adaptação. Era a primeira vez que saía de casa e viver em comunidade era outra história. Mas, coragem não faltou. Havia também a crise. Nós éramos muito pobres e eu, com 18 anos, no tempo de trabalhar, de ajudar, estava indo para o seminário. Era feroz a coisa. Somos quatro irmãos em casa; eu tenho um irmão e duas irmãs. Sou o mais velho. Muitos viam a ida de um jovem para o seminário como uma fuga do trabalho, mas não era esse o meu interesse, nunca foi mesmo.
CDC: O senhor se considera feliz com o caminho que escolheu, não? P. Bessa: Então... (risos) eu me considero um padre aplicado e muito dedicado àquilo que eu queria. Tenho algum arrependimento bobo, pois eu criei uma expectativa em relação à congregação italiana, mas tudo bem (risos). Agora, não há dúvida que eu tenho uma grande paixão pela vida monástica. Isso, desde o início, como falei, eu tenho mesmo essa paixão pelo monastério. E, na minha cabeça, vêm os Monges Cistercienses. Porque isso, eu não sei. Não sei mesmo... Eu acabei indo visitar esse mosteiro e não me decepcionei com o que vi e senti. O meu projeto de vida é morrer exercendo o ministério sacerdotal e penso que vou morrer como padre diocesano.
CDC: Tua família é da área urbana ou rural? P. Bessa: Bem, eu sou de família urbana e rural. Nós ficamos bastante tempo na cidade, mas um bom tempo também, no mundo rural. Pois bem: naquela época, eu já vinha, há uns três anos, pensando em ser padre. Eu comecei a pesquisar as coisas, estudar sobre o assunto e, por fim, isso se concretizou através da Pastoral Vocacional da diocese de Guarapuava. Mas foi um período de muita oração, de discernimento e de encontro.
SOBRE O PADRE
Padre José de Paulo Bessa nasceu no dia 20 de março de 1957, em Alvorada do Sul, Paraná. Ele também possui cidadania italiana. Filho de João Mateus Bessa e Jandira de Paulo Bessa, ele morou por dez anos em São Paulo, região de Araçatuba. Retornando ao Paraná com a família, Bessa entrou para o seminário pela diocese de Guarapuava e foi ordenado padre pelo primeiro bispo, Dom Frederico Helmel, no dia 23 de setembro de 1984, na cidade de Manoel Ribas, no Paraná. A partir de então, muitos foram os trabalhos desenvolvido pelo sacerdote que se considera inquieto e sempre pronto para novos desafios. Leia a entrevista na íntegra:
CDC: Em muitos momentos o senhor exerceu e exerce a função de formador, seja em seminários ou junto aos leigos. Este é um trabalho que o senhor se sente bem desenvolvendo? A igreja precisa de formação e de formadores? P. Bessa: Sabe... Um belo dia, Dom Albano (Dom Albano Bortoletto Cavallin - segundo bispo da diocese de Guarapuava - 1986 a 1992, falecido em 01 de fevereiro de 2017 como bispo emérito da arquidiocese de Londrina) estava em Pitanga e eu já era pároco (da paróquia Sant’Ana em Pitanga) nessa época. Ele estava lá, dando um dia de formação para as catequistas. Ele tinha isso, ele era um bispo formador. Em um determinado momento, ele falou para as catequistas sobre Roma, onde os padres estudam. E ele disse, nesta conversa: “É para lá que eu quero mandar o pároco de vocês”. No almoço, ele repetiu o que havia dito na reunião e me contou que meu nome tinha sido citado para estudar em Roma. E ele me pediu para que apresentasse três cursos que eu gostaria de fazer e eu obedeci. Ele recusou os três, dizendo que não tinham a ver comigo e, por fim, me falou que o ideal seria que eu estudasse Liturgia, pois era um curso que ele (Dom Albano) sempre quis fazer e não conseguiu. Ele foi duas vezes estudar na Europa e, naquele momento dava a entender que eu iria realizar um sonho dele. Eu fui. Neste mesmo período, já estava sendo criado o Centro Interdiocesano de Teologia de Cascavel. Eles já estavam formando um grupo de padres da região para ir a Roma, se especializar e voltar de lá como professores. Enquanto estava na Europa, todos os meses Dom Albano me enviava uma carta. Em uma dessas cartas, ele me dizia que eu iria trabalhar em Toledo, como professor. E foi assim, que eu entrei no mundo da formação. Fiquei três anos em Toledo como diretor espiritual, de 1992 a 1994 e, desde 1992, também comecei a dar aulas em Cascavel. Eu digo para você que não planejei isso, ser um formador, embora nas paróquias eu sempre procurasse passar um pouco disso para as pessoas. Desde o início, nas homilias, eu busquei repassar o aspecto histórico das coisas, sem aplicar aquela moral rígida. Gosto de trabalhar a questão da consciência. CDC: E em relação ao seu relacionamento com Dom Albano. Era uma amizade muito forte a de vocês, não? P. Bessa: Sim. Sabe quando você olhar para uma pessoa e sente que você vai ser amigo dela?! Pois foi isso que aconteceu entre mim e Dom Albano. Com Dom Albano, nasceu a questão da confiança. Com Dom Frederico, era questão de paternidade e nós víamos nele, um pai, que tinha um grande cuidado para com os padres, principalmente os mais jovens, que estavam começando. Mas com Dom Albano era amizade mesmo, ele era um bispo irmão. Ele dizia: “Padre, você não está trabalhando demais? Eu não quero que você trabalhe cinco anos e dê dez anos de trabalho”. Esse era Dom Albano...
CDC: Na diocese de Guarapuava, o senhor já desempenhou muitas tarefas, dentre elas, ocupou o cargo de pároco da catedral Nossa Senhora de Belém por mais de dez anos. Começar a obra da nova catedral foi seu grande desafio enquanto padre? P. Bessa: Foram onze anos e cem dias como pároco da catedral. Veja bem: Dom Giovanni (Dom Giovanni Zerbini [SDB] bispo emérito da diocese de Guarapuava. Exerceu suas funções frente à Igreja, como bispo, de 1995 a 2000) me intimou a voltar para a diocese. Eu já estava há sete anos fora. Dois anos e meio em Roma, fazendo especialização, três anos em Toledo e um ano e meio em Cascavel. E eu te digo que eu estava muito bem, com tudo encaminhado para que eu fosse fazer meu doutorado. Felizmente não fui fazer o doutorado, pois teria me arrependido muito. Eu cheguei à cidade de Guarapuava no dia 03 de agosto de 1996. Eu vim com aqueles ideais de quem estudou arte, história da arte, arquitetura, liturgia, espaço litúrgico, celebrações, enfim... É natural você cair num ambiente assim e falar: “puxa-vida, aqui tem alguma coisa para fazer”. Nós tínhamos que reformar a igreja e reformamos muito. Procuramos resolver as questões de bancos, iluminação, presbitério, o entorno da igreja, a torre, o sino... Depois, passamos para os salões, estacionamento, reforma da casa paroquial que estava bem danificada por fora. Também construímos a casa ao lado, em anexo, pois precisávamos de mais espaço. De início, não se pode fazer muita coisa, mas sim, observar. De 1997 a 1999, fizemos isso. Foram três anos de muito trabalho. Neste período, eu entrei para o Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico Artístico e Cultural de Guarapuava. Automaticamente, por todo esse envolvimento, inclusive com a área de comunicação, junto com as pessoas, deu para perceber que o espaço na catedral era pequeno e seria necessária a construção de uma igreja nova. Assim, nasceu a ideia, junto com o Conselho da Igreja, atual Copae (Conselho Paroquial para Assuntos Econômicos). Foi reunido um grupo de pessoas que eu já conhecia de outras épocas, quando eu era conselheiro espiritual da Radio Cultura e assim, quando vimos, a ideia tinha sido lançada e as pessoas a abraçaram. Aí começaram a surgir as maquetes... Então, nasceu assim, da reflexão, da proposta que as pessoas acolheram. Em relação ao local, ficou definido que a nova catedral seria construída no marco zero da cidade, ou seja, no mesmo terreno onde está a catedral Nossa Senhora de Belém. Começamos a construir e digo que os trabalhos foram muito rápidos de início. CDC: Ainda em se tratando da construção da nova catedral, olhando para trás, o senhor mudaria algo em suas decisões? P. Bessa: Olha... Quando nós tivemos aquela “fake News” (risos) que naquele tempo nem existia essa palavra... Quando houve a notícia falsa de que nós queríamos destruir, derrubar a igreja para construir a outra eu me senti chateado. Eu vinha de uma experiência nada boa em Ponta Grossa. Eu era seminarista na época em que derrubaram a catedral para construir outra. Houve até acidente... E, enfim, foi construída a igreja. Nós estivemos lá, com arquiteto e engenheiro, para uma visita e saber como proceder na construção da catedral daqui, principalmente em se tratando de cripta e outros detalhes. Com essas ideias todas, é claro que não iríamos destruir o maior patrimônio de Guarapuava que se chama Igreja Nossa Senhora de Belém... Jamais. Ainda mais para quem vem do mundo da arte, da história da arte, como eu. Mas quando houve aquela polêmica, que foi até para o Ministério Público, onde acabaram entendendo a situação e nos liberaram para prosse-
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guir com as obras; naquele momento, eu me arrependi sim, de ter começado. “Eu não deveria ter começado nada”, pensei. Mas esse foi um momento bobo, uma tentação ao comodismo. Mas a vida é uma batalha, em todos os sentidos. Nós estamos aqui para a luta. Não luta armada, claro que não (risos). Estamos aqui para vencer os desafios, para vencermos a nós mesmos, nossos medos. Mas depois, quando fizemos a primeira missa na laje (da nova catedral) eu me senti muito contente e muito mais seguro. CDC: E o convite para entrar para a Academia de Letras, Artes e Ciências de Guarapuava, como foi? Era o esperado? P. Bessa: Não. Em absoluto, não. Primeiro, começaram a surgir Academias de Letras pelas cidades do interior. As cidades despertaram para esse assunto. Mas como não temos muitos escritores há uma união entre Letras, Artes e Ciências. Eu entrei pelas Artes. E fui convidado por ter apresentado um conceito de reforma, por ter a proposta de criar um museu de Artes Sacras, de recuperar obras de arte e coisas que foram extraviadas. Eu me vi sim, envolvido nesse processo, pois a igreja acabou tendo uma nova face, bem como as construções no entorno também se apresentavam em melhores condições. Desta forma, quando chegou o convite inesperado, acabei aceitando, mas ciente de que este é um compromisso assumido. Eu queria a cadeira que tem como patrono Dom Frederico, mas não foi possível (risos). Mas eu recebi uma cadeira com um número que eu gosto muito, que é o sete. CDC: Depois de ter trabalhado na catedral, o senhor passou a exercer a função de pároco na paróquia Bom Jesus. Embora menor, certamente havia alguns desafios a serem vencidos. Quais foram esses desafios? Eles, de fato, existiram? P. Bessa: Eu pensava, que pelo histórico da construção (da catedral) eu ficaria até o fim das obras. Mas não foi isso que ocorreu. E para mim, foi uma frustração, não levar adiante e nem ter terminado a obra. Com isso, eu me senti frustrado. Mas parti do seguinte princípio: “Eu nunca pedi para vir para a catedral. Eu não peço para sair. Eu me coloco à disposição”. Então, quando houve a primeira proposta, pois eu já tinha passado dos dez anos (como pároco), eu aceitei e entendi que era hora de sair. Inicialmente, depois da catedral, eu pensava e ir para o interior. Mesmo estando há muitos anos na cidade e em sala de aula, eu queria muito fazer uma experiência no interior, ir para as capelas, como eu fazia quando estava em Pitanga. Ser um padre missionário, como Dom Albano dizia, que eu era. Não foi possível ir para o interior e acabou surgindo a proposta de criar uma paróquia universitária. Infelizmente, a Pastoral Universitária não foi adiante, mas nunca fiquei parado. O desafio aqui, foi o seguinte: primeiro, que a população desta parte da cidade sequer pensava em transformar a capela em paróquia. Quando cheguei, insisti que fosse criada uma paróquia. E foi assim que tudo começou aqui na paróquia Bom Jesus. Sem carro, sem casa, mas não vi problemas e assumi assim mesmo. Eu parto do princípio de que, se você tem um quarto onde se organizar, você já está em casa. E eu, naquela época, tinha um quarto lá no seminário e me ajeitei muito bem. Aí, foi construída a casa, reformamos salões, compramos carro e fizemos o que era possível na igreja, ajudando a comunidade a se estruturar, cada vez mais. CDC: Hoje, quase onze anos depois, como pároco da paróquia Bom Jesus, o senhor considera sua tarefa como cumprida? P. Bessa: Eu penso hoje, que a tarefa foi cumprida sim. Como aqui é uma paróquia pequena, neste período me sobrou muito tempo para desenvolver outras tarefas e trabalhar em muitos outros lugares. Até 2016, eu não havia parado de dar aulas em Cascavel. Nos anos de 2017 e 2018, eu dei aulas em União da Vitória. E tive muitos outros convites que não pude atender, como o que Dom Albano me fez para dar aulas em Londrina. Até hoje eu me arrependo de não ter podido atendê-lo. Isso me corta o coração. Eu devia ter correspondido... CDC: Como que o homem padre Bessa lida com as frustrações? O senhor tem algum medo? P. Bessa: Ah, sim! Ter medo faz parte da vida da gente. Eu me preocupo muito em não escandalizar. Eu tenho em mente isso, que o padre não pode causar escândalos. Nós padres, a meu ver, devemos ter aquela consciência e a vontade de estar em pé, sempre. Mas também nunca me vejo deixando o ministério. Eu faço isso porque gosto mesmo.
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CDC: O que o senhor sabe sobre a Igreja naquela região do Brasil e a realidade do seu povo? P. Bessa: Desde o início da nossa conversa, Dom Nélio disse que precisa muito de ajuda no campo da formação. Formação de leigos, leigas, gente do povo na diocese. Ele me disse que precisa de padres, neste momento. Há muito trabalho por lá que requer urgência. Na última conversa que tivemos, eu pedi para que ele não se preocupasse que chagando lá, a partir de janeiro de 2019, nós veríamos em quê eu poderia ajudar nesta missão. Sim, este é um trabalho missionário que estou fazendo. Como é um costume entre os padres, depois de muito tempo em uma paróquia, vou tirar uns dois meses de férias e conhecer alguns lugares (risos), pôr algumas coisas em ordem. Em resumo, eu chego lá em janeiro e o que tiver para fazer e que for do meu alcance, vou fazer... Pe. José de Paulo Bessa concedeu entrevista para o Centro Diocesano de Comunicação no dia 17 de outubro de 2018.
Agora, voltando aos medos; é claro que um pouquinho de medo do amanhã, todo nós temos. Nós queremos viver muito. Mas como? A qualidade de vida e a consciência, dizem muito sobre nós. Alzheimer, por exemplo, a perda de memória são coisas com as quais eu me preocupo muito. Por isso, há muitos anos eu tenho comigo a tarefa de viver o momento presente. O passado, foi. O futuro não chegou. O que eu tenho então? O presente. Só o presente. CDC: Todos sabem que viajar, conhecer novos lugares e realidades faz parte de sua vida. Em quê esse hobby, digamos assim, somou ao seu trabalho pastoral, missionário? P. Bessa: Pois bem. Eu li uma entrevista há pouco tempo e o autor dizia assim: Nós temos pais que tentam dar coisas para os filhos e, para eles, o filho é como uma árvore que precisa de cuidados para criar raízes, para não sair dali. Na mesma entrevista, havia um trecho onde o autor dizia que muitos pais pensam de forma diferente e que, em vez de deixar bens, tentam passar formação aos filhos, para que estes tenham asas e possam voar. Eu estou na categoria dos que voam (risos). Eu estou voando, literalmente (risos). Eu penso que isto vem um pouco da minha estrutura familiar, de mudanças, de viagens. Também esta minha mania de viajar vem um pouco com a inquietação que é natural e própria do ser humano. Artistas, poetas, escritores são pessoas inquietas e, através desta inquietação, vão aperfeiçoando, cada vez mais, seus trabalhos. Eu tinha uma proposta comigo, ainda enquanto seminarista, que era a de, até os cinco anos de padre, eu fazer uma viagem para Roma. Para a Terra Santa, eu nem pensava. Com menos de cinco anos de padre, eu já estava estudando em Roma, como falei anteriormente. Naquela ocasião, Dom Albano me deu a seguinte ordem: “Não volte para o Brasil sem conhecer a Terra Santa e sem conhecer alguns santuários”. E lá, no segundo dia de aula, eu conheci um argentino, chamado Antonio Navaro. No intervalo daquela aula, ele veio falar comigo e ficamos amigos íntimos. Amizades são verdadeiros mistérios, elas nascem e a gente tem a obrigação de conservar... Pois bem, a partir dali, começamos a viajar. Ele achava que tinha que conhecer o mundo e não podia ir sozinho e então, eu ia junto (risos). E viajamos mesmo. Voltando para cá, comecei a organizar viagens para tantos lugares. E o turismo está em alta e acredito que vai salvar a economia de muitos lugares. Eu gosto de viajar em grupos grandes, com grupos pequenos, duas ou três pessoas e também gosto de viajar sozinho. CDC: Seguindo este caminho de evangelizar e de se integrar ao povo através da Igreja, agora o senhor parte para um novo trabalho, além dos limites da diocese de Guarapuava. Em primeira mão, o senhor conta que vai para Goiás. Em qual diocese vai trabalhar? Como surgiu esta oportunidade? P. Bessa: Bem, eu sou padre diocesano, me sinto padre diocesano e gosto muito da minha diocese. Aqui, de certa forma, acabei criando raízes (risos). No quarto ano de Teologia, eu não voltei para o seminário, mas
sim, fui trabalhar em uma paróquia, em Carambeí, aqui no Paraná. Fui convidado a morar naquela paróquia e estudar. De segunda-feira a sexta-feira eu ia para o seminário, mas morava na paróquia. Eu já havia me tornado diácono em setembro daquele ano. Esse foi meu primeiro desafio. Também aconteceu algo peculiar. Eu estava muito bem em Pitanga e achava que fosse ficar lá por muitos anos, uma vez que já estava envolvido com o mundo da comunicação e tantos outros projetos, mas Dom Albano me convida para ir estudar em Roma. E eu te digo que esse foi sim, um grande desafio, ter que ir para a Itália. Eu estava muito cansado, pois em Pitanga, eu trabalhava muito, enfim... Lá eu fiquei dois anos e meio, sem voltar para o Brasil. Quando voltei, eu não vim para Guarapuava. Fui direto para Toledo e lá, fiquei por mais três anos. E reforço que lá sim, eu tive outro grande desafio, mas também foi um tempo de muito crescimento. Eu lecionava no seminário e também dava aulas de Filosofia em uma faculdade leiga. Visões diferentes, uma carga em cima dos seminaristas, jovens de cinco dioceses. Depois disso, nossos seminaristas passaram a estudar em Francisco Beltrão e eu, então, fui morar em Cascavel. Em Cascavel eu me senti muito bem e tenho que falar aqui de um arcebispo que foi meu grande irmão, um homem acolhedor e muito inteligente, Dom Armando Círio. (Dom Armando Círio foi nomeado bispo em 1979 e renunciou ao cargo por motivos de idade em 1995, tornando-se bispo emérito. Ele morreu no dia 11 de agosto de 2014, aos 95 anos de idade). Com isso, acabei ficando em Cascavel e ajudei em muitas atividades. Acontece que, o bispo de Jataí (GO) Dom Nélio (Dom Nélio Domingos Zortea foi nomeado bispo de Jataí pelo Papa Francisco em 18 de novembro de 2015), foi aluno do CINTEC (Centro Interdiocesano de Teologia de Cascavel), onde eu ensinava teologia. Há uns três anos, se tornou bispo. Quando assumiu a diocese, ele sentiu a grande necessidade de padres por lá. Em julho do ano passado (2017) ele me ligou, fazendo um convite que balançou um pouco comigo. Apanhado de surpresa, eu disse a ele que ia verificar minha agenda. Pelo fato de eu estar aqui em Guarapuava há mais de 22 anos, acabei tendo muitos contatos, me envolvendo muito com as pessoas da comunidade. Aqui eu já realizei muitos batizados, casamentos, primeira comunhão e agora, casamentos dos filhos, batizados dos netos. É muito envolvimento mesmo. Esse convite mexeu muito comigo, mas eu disse que essa decisão não seria comigo e que Dom Nélio precisava falar com Dom Wagner (Dom Antônio Wagner da Silva, bispo da diocese de Guarapuava). Mas ele precisava do meu trabalho ainda para o ano de 2017. Em outro contato, uma semana depois, eu falei que naquele momento, por causa dos compromissos aqui, não podia atendê-lo, mas disse que, para o fim de outubro de 2018, se ainda precisasse da minha presença, eu iria. A partir de então, fomos afinando a conversa. Eu fui para Jataí este ano e vi um pouco da realidade da diocese e me interessei. Eu parto do seguinte princípio: onde há pessoas, o padre deve estar presente também. Não existe questão de gostar do lugar ou não. Foi um convite para um desafio e eu estou indo para este desafio.
“...se fosse para voltar no tempo, eu seria padre de novo e tornaria a percorrer o mesmo caminho.” Pe. José de Paulo Bessa
CDC: O senhor sai da paróquia Bom Jesus em que dia? P. Bessa: Saio em 11 de novembro. Já está tudo certo. CDC: Sendo da diocese de Guarapuava, certamente o senhor pretende voltar para cá depois de certo tempo. Tem algum projeto que o senhor gostaria de desenvolver aqui num futuro próximo? P. Bessa: Eu preciso voltar. Vou voltar sim. Eu estou saindo com um contrato de dois anos, inicialmente, mas o bispo (Dom Nélio) manifestou interesse em me manter lá por uns cinco anos. Dois anos voam; eu sei, mas eu já estou com 61 anos e uns quebrados, muitos quebrados (risos)... Ficando cinco anos lá, eu já estaria com quase 67 anos... Ainda dá para fazer muitas coisas com essa idade, mas não se pode desconsiderar este fator... Eu vou com esse propósito, o de fazer o máximo possível por lá, com esse trabalho que é, para mim, uma missão. O acerto é feito de bispo para bispo, mas tudo pode mudar num momento ou noutro e devemos estar abertos às mudanças. Mas como é bom sonhar e o mundo é feito pelos sonhadores, eu tenho sim, interesse em voltar para cá e ajudar na construção de um museu de artes sacras, aqui da diocese de Guarapuava. Ainda fazendo parte dos sonhos, eu gostaria muito de ter uma casa da cultura ligada à igreja. Se possível, com o museu, é claro. Isso, para mim, é um desafio. Também vou além. Eu tenho uma coleção muito grande de livros de escritores de Guarapuava, eu tenho um projeto, que pode ser por ocasião dos 60 anos da diocese, quem sabe, em também lançarmos um livro, contando toda essa história. Esse seria um trabalho em conjunto, com pessoas da comunidade, da Academia, com outros padres e conhecedores do assunto. Já que nós estamos falando de sonhos; se possível, eu gostaria de morrer aqui por Guarapuava mesmo (risos). CDC: Para finalizar: O que o senhor gostaria de dizer ao povo da diocese de Guarapuava em se tratando de Igreja? Há algum agradecimento em particular? E em relação às vocações, alguma mensagem? P. Bessa: A história ponteia minha vida... Pelos anos 1968, 1969, nós morávamos no Estado de São Paulo. Eu nasci em Alvorada do Sul, aqui no Paraná, mas minha família mudou-se para São Paulo, voltando tempos depois. Naquela época, se falava muito no Paraná e eu queria voltar para cá. Tinha uma música que falava de Guarapuava e, meu primeiro contato com a cidade, foi assim. Nós não tomamos consciência de que estamos escrevendo a história, mas de algum modo, estamos. Eu sou muito grato a Deus, por fazer parte da história da diocese de Guarapuava. Também sou muito grato por fazer parte da história da cidade. Eu fui muito bem acolhido aqui. São muitas amizades, muito trabalho. Eu agradeço ao pessoal da catedral (Nossa Senhora de Belém), da paróquia Bom Jesus, às pessoas da cidade, enfim, que me ajudaram muito a construir meu sacerdócio, minha história de vida nesse período. Sinto-me enriquecido. Em relação às vocações, embora à distância, estou ligado há alguns anos. Eu diria que um grande desafio para as vocações, em nosso tempo, é em relação ao número de filhos nas famílias. Parece-me que não sobram muitos para irem para o seminário. Os pais também determinam muito sobre a vocação dos filhos e isso dificulta um pouco. Mas eu digo que vale a pena ser padre. Eu não quero falar isso como clichê, mas se fosse para voltar no tempo, eu seria padre de novo e tornaria a percorrer o mesmo caminho. Eu sou muito grato por tudo, pelos bispos que me possibilitaram realizar todo esse trabalho. Eu não estou indo embora. Logo, logo, estarei de volta. Só vou ali, prestar um trabalho de missão (risos).
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Diocese de Guarapuava
Diocese de Guarapuava oferece curso de pós-graduação
As aulas terão início no dia 29 de março de 2019. Teologia Bíblica e Ensino Religioso e Aconselhamento e Orientação Espiritual, são as matérias oferecidas. No dia 29 de março de 2019, terão início os cursos de pós-graduação oferecidos pela diocese de Guarapuava, através da Pastoral da Educação, em parceria com a Faculdade Vicentina (FAVI). Teologia Bíblica e Ensino Religioso e Aconselhamento e Orientação Espiritual, são as matérias oferecidas pela instituição de ensino, com duração de dois anos. As aulas serão realizadas todos os meses, às sextas-feiras à noite a aos sábados durante o dia, no Edifício Nossa Senhora de Belém, na Rua XV de Novembro, 7466, centro de Guarapuava. Com duração de dois anos e 360 horas-aula, a pós-graduação tem por objetivo tornar o aluno apto a desenvolver as atividades junto à comunidade, tão logo conclua o curso. “O curso de Aconselhamento e Orientação Espiritual tem como objetivo preparar pessoas para este ministério, usando de teorias e práticas desenvolvidas por profissionais da área. Já a pós-graduação em Teologia Bíblica e Ensino Religioso, visa aprimorar os conhecimentos da Sagrada Escritura, formando lideranças que poderão divulgar nas comunidades seus conhecimentos e experiência da Palavra de Deus”, destaca a Pastoral da Educação da diocese de Guarapuava, em nota. INVESTIMENTO A inscrição custa R$ 65,00. As mensalidades são divididas em 24 parcelas de R$ 190,00. Quem não possui curso superior, pode fazer as aulas que serão contabilizadas como curso de extensão. Conforme sublinham os organizadores, o curso possui registo no Ministério da Educação e Cultura (MEC). Mais informações podem ser obtidas pelo telefone: (42) 3626-4348.
Novembro - 2018
ARTIGO: Monsenhor Romero: a voz da paz e dos direitos humanos “Monsenhor Romero tornou-se um símbolo da nova cidadania em construção. Sua canonização neste domingo (dia 14 de outubro de 2018) glorifica, de certa forma, todas as vítimas do conflito armado”.
Foi com enorme satisfação que recebi o convite da Santa Sé para a cerimônia de canonização de Monsenhor Romero, nesse domingo. Monsenhor Romero pregou sua mensagem de paz numa San Salvador cindida por uma sangrenta guerra civil que durou quase uma década. Nunca se calou diante das barbaridades praticadas por esquadrões da morte contra a população campesina, que reivindicava o direito ao trabalho e à alimentação. Mesmo em face de reiteradas ameaças de mortes, seus sermões denunciavam o arbítrio e a exclusão social. Até que no fatídico dia 24 de março de 1980, durante mais um apelo contundente pelo fim da violência armada, Romero recebeu um tiro certeiro no peito e veio a falecer dentro da Igreja da Divina Providência. Foi um ato deliberado, profissional, que ficou impune por falta de provas. Durante seu funeral, cerca de 40 mil salvadorenhos, jovens e idosos, cantavam e oravam naquela derradeira homenagem. Sem piedade alguma, os extremistas de então fizeram explodir uma bomba ao lado da Igreja, para espalhar o pânico. Em seguida, dispararam tiros na multidão, um massacre que levou com o pastor uma parte de seu rebanho. As imagens deste massacre transmitidas pelas redes de televisão causaram profundo mal-estar na opinião pública internacional, que passou a acompanhar os relatos das atrocidades com crescente indignação. Finalmente, em 1991, as Nações Unidas mediaram um acordo de paz entre o governo e os grupos armados de oposição reunidos na Frente Farabundo Martí para la Liberación Nacional.
A mediação da ONU possibilitou a reconciliação nacional e o início do caminho democrático que El Salvador vem trilhando desde então. Como parte desse esforço para a consolidação da jovem democracia salvadorenha, foi constituída uma Comissão da Verdade para esclarecer os crimes contra a humanidade perpetrados por esquadrões da morte durante a década de 1980. O relatório final da Comissão recomenda medidas legislativas para que tamanha barbaridade não se repita e tampouco seja esquecido, ou negado. Monsenhor Romero tornou-se um símbolo da nova cidadania em construção. Sua canonização neste domingo (dia 14 de outubro de 2018) glorifica, de certa forma, todas as vítimas do conflito armado e convida ao perdão os algozes que genuinamente se arrependeram dos crimes praticados. O engajamento de Romero pela paz e pelos direitos humanos faz ecoar nos corações e mentes aquele que foi associado como o seu grande epíteto: ele era conhecido como a “voz dos sem voz”. Sua alcunha nunca esteve tão em moda, a julgar que esse objetivo foi elencado como prioridade pela nova Alta Comissária da ONU para os Direitos Humanos, Michele Bachelet: “em meio à reaparição do nacionalismo e do populismo, as pessoas têm medo, medo do desconhecido. Temos que atacar problemas de fundo para evitar que voltemos a uma situação de hostilidade importante. Precisamos dar voz a quem não tem voz, trabalhando com a sociedade civil e com os defensores dos direitos humanos, e trabalhar também com governos, para que eles assegurem o pleno exercício desses direitos”, disse ela em sua primeira entrevista no cargo. Vejo o espírito do arcebispo Oscar na imagem de um romeiro que caminha por terras latino-americanas, a propor o diálogo democrático no lugar da violência armada e a lutar incessantemente pelos direitos humanos. No momento em que a sociedade brasileira vê preocupantes sinais de que o debate de ideias é substituído pelo ódio, pelo rancor e até mesmo pela força bruta, proponho uma reflexão sobre o legado do arcebispo Romero e sua cruzada por uma sociedade mais justa, coesa e pacífica. Por: José Graziano da Silva, diretor da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) /Vatican News
Papa Francisco estreia Follow JC Go, jogo católico nos moldes de Pokémon GO
a! o b tícia o N
O jogo será uma das principais atrações da Jornada Mundial da Juventude do Panamá, que será realizada entre 22 e 27 de janeiro de 2019. No dia 18 de outubro, o Papa Francisco foi o primeiro a jogar Follow JC Go, novo jogo católico de realidade aumentada que se inspira nas mecânicas consagradas por Pokémon GO. O evento lançou oficialmente o título para dispositivos móveis. Assim como acontece em Pokémon GO, você precisa andar pelo mundo real para encontrar personagens bíblicos, santos e mais para se juntarem à sua “Equipe de Evangelização”. “Em suas caminhadas, jogadores encontrarão espiritualidade, pão, água e denários que o ajudarão a aumentar o nível de seus suprimentos para continuarem vivos no jogo”, explica o Panama Today. O jogo será uma das principais atrações da Jornada Mundial da Juventude do Panamá, que será realizada entre 22 e 27 de janeiro de 2019. Follow JC Go, que foi criado pela Fundação Ramón Pané, está disponível para iOS e Android. Jovem Nerd
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Pastoral da Comunicação (Pascom) da diocese de Guarapuava promove encontro de formação Os trabalhos começam às 13h30 do sábado, 08 e se encerram ao meio-dia de domingo, dia 09 de dezembro. Todos são convidados a participar. Mais informações podem ser obtidas pelo telefone ou WhatsApp 42 9 8411 2260. A Pastoral da Comunicação (Pascom) da diocese de Guarapuava promove um encontro de formação para agentes e interessados na comunicação católica. O evento será no salão paroquial da catedral Nossa Senhora de Belém, em Guarapuava, nos dias 08 e 09 de dezembro. O tema de trabalho será: “Implantação e articulação da Pascom”. O assessor do encontro será Ricardo Alvarenga, membro da Comissão Nacional da Pascom. Ricardo também é autor do livro: Guia de Implantação de Pascom. Os trabalhos começam às 13h30 do sábado, 08 e se encerram ao meio-dia de domingo, dia 09 de dezembro. Todos são convidados a participar. “O encontro tem por objetivo apresentar o Guia de Implantação da Pastoral da Comunicação, elaborado pela Comissão Episcopal Pastoral para a Comunicação da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, CNBB. O Guia traz orientações tanto para aqueles que estão iniciando a Pastoral da Comunicação, quanto para quem já trabalha com a Pascom, sugerindo formas práticas de como articular o trabalho da Pastoral na paróquia ou comunidade. Empenhados na formação e capacitação de agentes pastorais em toda a diocese, contamos com a participação de representantes de todas as paróquias neste encontro”, destacou Vanessa Paula Pereira, coordenadora da Pascom na diocese de Guarapuava.
Dicas de Leitura
da Biblioteca Diocesana Nossa Senhora de Belém EDIFÍCIO NOSSA SENHORA DE BELÉM RUA XV DE NOVEMBRO 7466 - CENTRO - GUARAPUAVA (42) 3626-4348 - Ramal 208
OS MAIS DE 10.000 LIVROS DA BIBLIOTECA DIOCESANA ESTÃO DISPONÍVEIS PARA EMPRÉSTIMO. FAÇA O SEU CADASTRO! Livro: A Porta Estreita de Santa Teresinha Autor: Héber Salvador de Lima Editora: Loyola Neste livro, se examina, pela primeira vez, a oferta de si mesma, como vítima ao Amor Misericordioso, feita por Santa Teresinha dois anos antes de sua morte. A obra procura aprofundar-se também, biblicamente, na questão da infância espiritual, numa retomada e análise profundo de sua existência enquanto pessoa e cristã. Embora volte a relatar fatos referentes à vida e, sobretudo, à morte da santa, o livro também visa aprofundar seu pequeno caminho de infância espiritual e a essência da sua santidade. Livro: Passaporte para a Vida Autor: Alejandro Bullón Editora: Casa Publicadora Brasileira Por que estou neste mundo? Para onde vai a humanidade? Deus existe? Ele cuida das pessoas? Ele se interessa por mim e minha família? Este livro é a resposta para essas e muitas outras inquietações. Deus não fez o ser humano e o abandonou à própria sorte. Ele tem um plano e um propósito para cada uma de Suas criaturas. É possível conhecer esse plano. Basta querer.
Antes de realizar cirurgia em garoto, médico também “opera” ursinho
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Uma criança de oito anos que estava prestes a realizar cirurgia no cérebro fez o pedido ao médico, que o atendeu prontamente. Pequenos gestos fazem toda a diferença: prestes a realizar uma cirurgia no cérebro, o garoto Jackson McKie, de oito anos, perguntou ao doutor Daniel McNeely se o seu inseparável ursinho de pelúcia, chamado Little Baby (Pequeno Bebê, em português), também poderia ser tratado pelo médico. McNeely atendeu prontamente ao pedido e levou o amigo do garoto para a “mesa de cirurgia”: ao notar um pequeno buraco embaixo de um dos braços do ursinho, o médico pôs uma “máscara de oxigênio” e realizou o conserto. A história ocorreu no Canadá e foi divulgada no Twitter pessoal do doutor McNeely, fazendo sucesso nas redes sociais. Profissional de um hospital na cidade de Nova Scotia, o médico acompanha a saúde de McKie desde os seus primeiros anos de vida - a criança sofre de hidrocefalia, causada pela acumulação de um líquido no interior da cavidade craniana. Esse quadro é responsável por aumentar a pressão intracraniana, podendo ocasionar diversas lesões cerebrais. A cirurgia realizada no garoto foi bem-sucedida, o líquido foi drenado e a pressão intracraniana diminuiu. O ursinho Little Baby também passa bem. A família de McKie afirmou que se sentia muito grata pela maneira como o médico exerceu seu trabalho,
deixando o garoto confortável em uma situação extremamente delicada. Em entrevista à rede norte-americana CBC, o pai de McKie afirmou que a criança está muito orgulhosa de ter o ursinho de pelúcia ao seu lado, “se recuperando” na cama do hospital junto dele. “O paciente me pediu se eu poderia consertar seu ursinho de pelúcia antes de colocá-lo para dormir... Como eu poderia dizer não?”, escreveu McNeely em sua mensagem no Twitter. Revista Galileu
Livro: Reconciliar-se com Deus Curando as feridas da alma Autor: Anselm Grün Editora: Vozes Anselm Grün procura ajudar pessoas a encontrarem um caminho de reconciliação com Deus. Assim, elas podem entrar em contato com o Senhor que lhes oferece abrigo e amor. Filme: Laura Vicuña Distribuidora: Paulinas Mais que uma síntese história da jovem adolescente, o filme é uma proposta de vida para o mundo de hoje. Laura Vicuña nasceu em Santiago do Chile, no dia 5 de abril de 1891. Ainda criança, ela perdeu repentinamente o pai, que deixou a família na indigência. Sem recursos para sobreviver, Mercedes, sua mãe, emigrou para a Argentina. Ali chegando, Laura foi recebida no Colégio das irmãs salesianas, em Junin de los Andes. Antes de partir para o colégio, Laura percebeu que sua mãe vivia em situação irregular com um rico fazendeiro e ofereceu a vida a Deus pela conversão da mãe. Morreu muito jovem, com apenas treze anos. O papa João Paulo II, em 03 de setembro de 1988, declarou-a bem-aventurada.
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8 1 0 2 J N D Diocese de Guarapuava celebra Dia Nacional da Juventude com festa
O evento foi realizado no dia 21 de outubro, na Casa de Líderes Nossa Senhora de Guadalupe. Houve Celebração Eucarística, formação, música e teatro. Mais de mil pessoas participaram. Com o tema “Juventude Construindo uma Cultura de Paz”, a diocese de Guarapuava, realizou, em 21 de outubro, a celebração do Dia Nacional da Juventude (DNJ). O evento que foi no Salão Social da Casa de Líderes Nossa Senhora de Guadalupe, no Bairro Santana, reuniu mais de mil pessoas de todas as paróquias da diocese. O encontro foi pautado por celebração eucarística, presidida pelo bispo diocesano Dom Antônio Wagner da Silva, formação, pregação com a missionária Thayna Azevedo, da comunidade Católica Kairós, apresentação de peças teatrais que falaram da realidade e sonhos dos jovens na atualidade, além de espetáculos musicais, com as bandas Casa de Maria, Libertação e Padre Jean Patrik Soares. Também marcou presença no evento, o DJ Jonas, que participou da Neon Fest.
HISTÓRIA DO DNJ
O Dia Nacional da Juventude surgiu em 1985, durante o Ano Internacional da Juventude, promovido pela Organização das Nações Unidas. Estava evidente que a juventude precisava mobilizar-se e construir espaços de participação, para pensar e repensar uma nova sociedade. Todos os anos, organiza-se um dia de festa da juventude, sempre com um tema importante a ser debatido e trabalhado com grupos. O DNJ é realizado em todo o país, todos os anos, no último domingo do mês de outubro, exceto nos anos eleitorais, quando a data é alterada, como neste ano de 2018. FOTOS: PASCOM da diocese de Guarapuava e Ernesto Johann Remlinger: (42) 3625-1500 / 99966-9331