Anos 90

microcomputadores através das décadas anos 90

museu da tecnologia da informação microcomputadores através das décadas / anos 90

“Microcomputadores Através das Décadas” é uma coleção de publicações realizada em nome do Hello World - Museu da Tecnologia da Informação.

Avenida Visconde de Guarapuava, 1978 - Curitiba, PR. Telefone: (41) 2023 3221. Site: www.helloworld.com.br Diretor editorial: Mauro Hallal dos Anjos Editora executiva: Bárbara dos Santos Kurz Produção editorial: Bárbara dos Santos Kurz Diretora de produção gráfica: Bárbara dos Santos Kurz Revisão: Mauro Hallal dos Anjos Preparação de texto: Bárbara dos Santos Kurz Diagramação: Bárbara dos Santos Kurz Imagens e textos techmundo.com.br wikipedia.org Esta obra está licenciada sob uma Licença Creative Commons Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0 Internacional

KURZ, Bárbara.

Coleção Microcomputadores pelas Décadas - Anos 90 / Bárbara dos Santos Kurz. Pelotas: 2017.

44f., 20x20cm.

Trabalho de conclusão de curso (Técnico Integrado) - Instituto Federal Sul-rio-grandense, 2017.

1. Informática 2. Microcomputadores 3. História I. KURZ, Bárbara. II. Instituto Federal Sul-rio-grandense. III. Coleção Microcomputadores pelas Décadas - Anos 90.

CDD 000.0

microcomputadores através das décadas anos 90

museu da tecnologia da informação

sumário

software

hardware

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Os componentes físicos em si que fazem o computador ser o que é.

Os programas e códigos sem os quais o computador não funcionaria.

10 computador da época

20 windows e ms-dos

12 processadores intel

24 jogos

14 inovações da apple

26 photoshop

16 periféricos

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internet

sociedade

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A “interligação de redes,” e a novidade dos anos 90: a World Wide Web.

Como a sociedade recebeu e foi mudada pelos avanços da década.

30 explosão da web

36 mídia

32 linha do tempo

38 vida das pessoas

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hardware

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s anos 1990 promoveram uma revolução no mundo da tecnologia, especialmente quanto aos microcomputadores. As coisas descomplicaram e ficaram mais acessíveis, não sendo mais utilizadas somente para negócios e que somente técnicos especializados entendiam. Agora era possível e comum o uso de PCs, os computadores pessoais, para jogos, entretenimento e muito mais.

No Brasil, uma reserva de mercado impedia que novas tecnologias estrangeiras entrassem no país, mas isso mudou na década de 90 e várias empresas nacionais começaram a produzir computadores.

Entretanto, um PC não era algo barato: em 1996, um computador Itautec modelo Infoway com processador Pentium 166Mhz e 16 MB de RAM custava cerca de R$3,000, sendo que o salário mínimo nesta época era pouco mais de R$100. Mesmo os mais baratos não ficavam abaixo dos R$1,500, ou seja, um computador nessa década ainda era um investimento pouquíssimo acessível aos brasileiros.

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hardware

computador da época

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s gabinetes vinham em torre ou eram desktops, associados com aqueles usados na horizontal, em geral abaixo do monitor. Nos mais antigos, existiam visores LCD que informavam a velocidade do processador, de modestos 66 MHz, além de terem o mítico botão Turbo.

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No início da década, o padrão era 2 megabytes de memória RAM e 40MB de armazenamento no HD, e, no final da mesma, ter 64MB de RAM e 1GB de espaço no HD era incrível. Em grandes empresas esses números aumentavam, mas o preço era enorme para o público em geral.

Os softwares e arquivos eram guardados geralmente em disquetes. Os mais comuns tinham 3½ polegadas de tamanho e 1.44MB de capacidade. Eram frágeis por serem discos magnéticos, mas foram extremamente utilizados por todo mundo que teve acesso a um computador na época. Os computadores geralmente vinham com um drive de disquetes de 3½ polegadas já instalados.

Além disso, o CD-ROM começou a ganhar espaço, com o armazenamento de 700MB. Entretanto, um drive de CD era bastante caro, então muitas pessoas continuaram a utilizar os disquetes.

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gabinete clássico

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hardware linha de processadores pentium

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processadores intel

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s processadores da Intel mais comuns no início da década eram o 80386 e o 80486, conhecidos, respectivamente, somente por 386 e 486.

O 386, lançado ainda nos anos 1980 com clock (a “velocidade” de processamento, simplificando) de apenas 16Mhz, foi o primeiro processador x32 bits, e foi bastante utilizado nos anos 90, principalmente em computadores mais simples. Em 1992, a importação de computadores foi permitida novamente no Brasil, e eles começaram a ser produzidos com CPUs 386 e 486.

O 486 foi sinônimo de computador no Brasil por muito tempo. Esse processador tinha um perfil de desempenho muito bom para época e preço baixo, graças à grande quantidade de revisões promovidas pela Intel e pela competição dos vários fabricantes. Presente em uma enorme quantidade de computadores, o processador

durou bastante no mercado, e podia ser encontrado em versões com de 20 a 66 MHz, embora os DX2 de 33/66 MHz (com o famoso botão Turbo no gabinete), sejam os mais lembrados.

Em 1993, a Intel lançou o primeiro Pentium, cinco vezes mais rápido que o melhor 486, o que tornou a CPU um item cobiçado instantaneamente e manteve a Intel como fabricante de preferência para quem procurava a melhor performance possível para o PC. Outras CPUs da linha foram lançados através da década, além do Celeron e do Xeon em 1998.

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hardware

inovações da apple

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m 1991, uma aliança entre a Apple, a IBM e a Motorola produz o Power PC, processador feito para competir com a Intel e a Microsoft. A Apple conseguiu migrar rapidamente o MacOS e os softwares para essa nova plataforma e passou a colher os frutos com o sucesso dos Power Macs e dos modelos posteriores.

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Devido ao fracasso comercial do Macintosh Portable, a Apple faz uma completa repaginação da sua linha de computadores portáteis. Em outubro de 1991, a companhia lança o PowerBook, que possuía uma trackball como mouse, drive de disquete interno, e apoio para as mãos, o que eventualmente se tornaria o design padrão dos laptops dos anos 90.

Até o lançamento do iMac, em 1998, a Apple não era um líder da indústria em tecnologia de computador, tendo perdido espaço para a Microsoft depois dos anos 80.

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O primeiro iMac G3 tinha a aparência de jujuba ou de ovo, com um monitor CRT de 15 polegadas, delimitada principalmente por uma caixa de plástico translúcido colorido. A Apple evitou usar as cores bege utilizados em outros designs de PC e focou na criação de uma identidade distinta para cada um dos seus produtos. O iMac tinha um processador G3 de 233MHz, HD de 4gb e 32mb de memória RAM.

imac

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hardware monitor, teclado e mouse: os essenciais

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periféricos

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onitores CRT, de tubo, similar às televisões, eram os mais utilizados. Essa tecnologia de raios catódicos já tinha mais de 50 anos na época, mas já eram em sua maioria coloridos, apesar de existirem alguns modelos monocromáticos. Eram padrão VGA e as cores eram restritas à capacidade da placa de vídeo da máquina.

A resolução da tela mais comum era 800 x 600.

Os mouses costumavam ser acompanhados de uma bolinha. Era o movimento dela, lida por dois sensores óticos em dois eixos que traduziam a posição do cursor na tela.

Eventualmente, a bolinha coletava poeira e sujeira, que acabava emperrando os sensores, obrigando limpezas regulares do conjunto.

Um teclado muito famoso era o Modelo M da IBM, que tinha a tecnologia de “buckling spring,” contendo uma mola presa a superfícies não paralelas debaixo da capa da te-

cla. A mola encolhia normalmente quando premida mas “prendia” de lado no ponto de “clique” devido à superfície não paralela, criando um som de “clique” familiar. A parte da mola quevv ficava presa ativava o circuito e gerava um caractere.

O USB também surgiu nessa década. Os desenvolvedores buscavam algo para tornar mais fácil a conexão de dispositivos externos aos computadores, simplificar a usabilidade e configuração do software, e permitir maior transmissão de dados. A versão 1.0 foi lançada em 1996 e a versão 1.1 em 1998. Essa tecnologia suportava o plug and play, ou seja, era possível conectar o dispositivo e usá-lo imediatamente, o que não era possível antes. O Windows 95 foi o primeiro sistema operacional a aceitar o plug and play.

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software

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omputadores são apenas pedaços de silício e plástico quando não possuem software para fazê-los funcionar.

O principal software para um computador é o Sistema Operacional: base que faz o gerenciamento de recursos do hardware e define o modo como este se comunicará com as tarefas e processo de outros softwares.

Na década de 90, muitos dos softwares mais populares eram conectados com a internet, como navegadores da web, chats e compartilhadores de arquivos.

Na era pré-internet, os programas eram distribuídos em disquetes, ou podiam ser obtidos através dos CDs que vinham em revistas. Na era pós-internet, sites específicos de download começavam a existir.

Como na década anterior o computador passou a fazer parte do trabalho de muito mais gente, nos anos 90 cada vez mais surgiam programas específicos para trabalho, como processadores de texto, planilhas, editores de imagem, e, notavelmente, modelagem 3D – Toy Story, de 1995, foi o primeiro filme feito completamente por computação gráfica.

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software

windows e ms-dos

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essa década, os únicos lançamentos do MS-DOS foram o 5.0 e o 6.0, assim como seus .xx lançados para corrigir falhas dos anteriores, pois o Windows ganhou popularidade muito rapidamente com sua interface gráfica. A partir do Windows 1.0, as novas cópias do MS-DOS passaram a ser parte integrante do Windows. Mesmo assim, o DOS foi muito popular, especialmente com a comunidade de jogos, visto que muitos eram lançados para esses sistemas operacionais.

O Windows 3.0 foi lançado em 1990 para ser usado em microcomputadores que tinham instalado o sistema operacional MS-DOS. Era suportado pelo processador 386, podendo ser multitarefa com programas DOS e também com programas Windows. A interface de usuário tinha um gerenciador de programas baseado em ícones e um gerenciador de arquivos em estilo árvore.

Gráficos em 16 cores torna-

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ram possível a entrega de ícones renovados. Foram vendidas cerca de 10 milhões de cópias do Windows 3.0 e foi um sistema usado por muitos brasileiros.

Em 1991, sai o Windows 3.1, com uma interface de rede melhor desenvolvida, popularizando o sistema de janelas e menus e com o recurso arrastar-e-soltar, melhor suporte para a execução de arquivos multimídia e fontes TrueType.

Em apenas dois meses, vendeu 3 milhões de cópias e foi um sistema muito popular no Brasil na década de 1990. Em julho de 1993, foi apresentado o Windows NT 3.1. Apesar da semelhança de interface com o Windows 3.1, o núcleo do novo sistema era diferente, sendo o primeiro Windows em 32-bits para multiprocessamento.

Lançado em agosto de 1995, o Windows 95, foi tão importante que acabou definindo alguns padrões. A forma como o desktop é organizado, o Menu Iniciar, a barra de tarefas e o Windows Explorer foram novidades que facilitaram a utilização do sistema. Depois de algumas atualizações, o Windows 95 passou a suportar a leitura de dispositivos USB, o navegador Internet Explorer e outras funções. Foi o responsável por tornar o Windows o sistema mais usado do mundo.

O Windows 98 também era capaz de rodar programas de 16 e 32 bits. Seus principais diferenciais eram o suporte já nativo para dispositivos USB e para drivers mais avançados. Além disso, ele vinha com o DirectX 5, que garantia a execução de jogos mais avançados. Em 1999, como o próprio nome sugere, a Segunda Edição do Windows 98 veio para corrigir as falhas do antecessor. As melhorias foram realizadas na comunicação de rede, no suporte para drivers e na atualização do DirectX.

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software windows 98

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lançamento do windows 95

ms-dos 6.22

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software caixas de jogos

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jogos

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uitas das convenções da linguagem dos videogames surgiram nos anos 90. Foi neste período que os jogos em 3D se estabeleceram, além de gêneros de suma importância para a atualidade, como os jogos de ação em primeira pessoa, de estratégia em tempo real ou os adventures — cada um explorando os diferentes potenciais mecânicos e narrativos da linguagem. Os jogos vinham em CDs-ROM, algumas das vezes em vários deles por causa de seu tamanho, ou em uma pilha de disquetes.

Vários games exclusivos de computador dos anos 90 foram extremamente importantes para a história dos videogames como um todo.

Jogos portados de consoles também faziam sucesso, como Tomb Raider. Doom foi um dos jogos mais influentes da mídia, e não foi apenas um sucesso, mas afetou toda a cultura pop, efetivamen-

te voltando o mercado para jogos no mesmo estilo – tiro em primeira pessoa. Alguns outros jogos muito importantes são Diablo, Half Life, Quake, Age of Empires, Sim City e Fallout. Foram muitos títulos ótimos que criaram muitos jogadores.

No fim da década de 90, a polêmica dos emuladores de consoles ganha destaque. Por um lado, sites que oferecem ROMs – imagens completas de jogos – viviam sob a ameaça de serem fechados, por outro, não se chega à definição da legalidade dos emuladores.

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software

photoshop

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riado pelos irmãos John e Thomas Knoll, o Photoshop é um programa de edição de imagem e o software mais popular publicado pela Adobe. Thomas havia criado uma primeira versão do programa em 1987, e John viu um uso prático na criação de efeitos especiais. A Adobe viu potencial no projeto e comprou a licença de distribuição em 1989, e lançou o produto no dia 19 de fevereiro de 1990.

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A versão 3.0, de 1994, foi a primeira a ter grande impacto, porque introduziu as camadas, uma ferramenta indispensável há décadas para animadores e artistas tradicionais.

Em 1996, veio a versão 4.0, que já podia ser encontrada em CD, e trouxe camadas de ajuste, texto editável, linhas-guias e gradientes multicoloridos. As últimas versões lançadas na década de 90, a 5.0 e a 5.5, finalmente expandiram a quantidade de passos que podem ser desfeitos (anteriormente era apenas um), melhoraram questões de gestão de cores devido a expansão da fotografia digital, e ainda implementaram o “Salvar para Web.” É o programa padrão da indústria na edição de imagem, tanto que virou até neologismo para edição de imagem (“photoshopping”, ou “photoshopar”) independentemente do software usado para a edição.

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disquetes do photoshop 3

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internet

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s anos 90 foram uma época em que os avanços tecnológicos permitiram computadores, que tinham sido anteriormente caros e utilizados principalmente para o negócio, serem usados por pessoas comuns para coisas como jogos, entretenimento e de processamento de texto. Isso levou a uma das maiores conquistas da década de 90, a World Wide Web. Apesar de já existir primitivamente nas duas décadas anteriores, foi só nos anos 90 que a internet foi comercializada e aberta ao público geral, além dos cientistas e militares.

A Internet foi descrita por Noé e Nick Montfort no “The New Media Reader” como “um repositório do conhecimento humano e da cultura humana, o que permitiria que colaboradores em locais remotos para compartilhar suas ideias e todos os aspectos de um projeto comum”.

A ligação do mundo através da Internet revolucionou as formas em que nós nos comunicamos e realizamos negócios.

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internet

a explosão da web A Organização Europeia para a Investigação Nuclear (CERN) foi a responsável pela invenção da World Wide Web como hoje a conhecemos.

Tim Berners-Lee, em 1989, propôs um projeto de hipertexto que permitia às pessoas trabalhar em conjunto que ficou conhecido como a WWW. A Web funcionou primeiro dentro do CERN, e no verão de 1991 foi disponibilizada mundialmente.

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No Brasil dos anos 90, a Rede Nacional de Pesquisa (RNP) foi a responsável por fornecer acesso à internet a aproximadamente 600 instituições, por volta de 65 mil usuários.

Em 1991, órgãos do governo e instituições educacionais de pesquisa também a utilizavam. Somente em maio de 1995 a internet se tornou de acesso público.

O ícone mais clássico da internet dos anos 90 é sonoro: o barulho da discagem e da conexão em progresso. A velocidade máxima era de meros 56,6 kbps. As conexões

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eram feitas pela mesma linha do telefone, e você pagava o custo de uma ligação normal ao navegar na web, ou seja, se você permanecia por 30 minutos conectado, pagaria o equivalente a uma ligação de 30 minutos. Por isso, muitos utilizavam a internet apenas de madrugada ou aos finais de semana.

Um dos sites mais populares era o Geocities, cuja hospedagem permitia que muita gente tivesse uma página pessoal cadastrada nele.

Criado em 1994, a plataforma tinha um editor HTML embutido, o que já facilitava muito a criação de páginas.

Durante a década de 1990, estimou-se que o tráfego na internet pública cresceu cerca 100% ao ano.

google em 1998

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internet

linha do tempo A maior assistência para muitos dos avanços tecnológicos na década de 90 foi a melhoria nas comunicações, principalmente o acesso à Internet. Vejamos alguns marcos importantes da década da internet a seguir.

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O Netscape Communications é fundado e o primeiro browser torna-se disponível, criando um crescimento de surfistas na Web.

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Grupo de estudantes da Universidade de Illinois criam o navegador Mosaic. Casa Branca entra na Web e Bill Clinton e Al Gore criam e-mails.

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Tim Berners Lee, do CERN, propõe a World Wide Web, o HTML e o HTTP. 300 mil computadores estão conectados à rede.

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No Brasil, a Fapesp faz a primeira conexão com a Internet.

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O candidato à vice-presidência dos EUA, Al Gore, lidera um projeto para permitir o acesso de todos à Internet. O número de servidores na Internet ultrapassa 1 milhão.

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A Netscape amplia suas conexões na Internet. Microsoft lança o Internet Explorer. 10 milhões estão conectados à rede; no Brasil são cerca de 120 mil.

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Surge o acesso em banda larga, pelo sistema ADSL, assim como os modems de 56 Kbps. 12,8 milhões estão ligados à rede, em 150 países.

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O Netscape 2.0 é o primeiro browser com suporte para JavaScript. 16 milhões estão conectados à rede. 700 mil entregam declarações de Imposto de Renda pela Web no Brasil.

7,6 milhões estão conectados à rede no Brasil. O Napster é lançado. Microsoft lança o Internet Explorer 5.0 e começa a ganhar a “guerra dos browsers” contra o Netscape.

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É lançado o Google, hoje o serviço de busca mais popular do mundo. O domínio de número 2 milhões é registrado nos EUA.

Fonte: http://totallyonline.blogspot.com.br/2005/12/dcada-de-90.html

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sociedade

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omo vimos nas outras seções, o computador virou uma verdadeira febre nos anos 90 e revolucionou a sociedade inteira. Na década da clonagem da ovelha Dolly, dos primeiros telefones celulares, do Real, do CD, a vida das pessoas já eram afetadas pelo desenvolvimento e aperfeiçoamento da tecnologia (principalmente eletrônicos) nessa década, mesmo quando computadores ainda eram muito caros para que a maior parte das pessoas os tenham em casa, – seja pelos conteúdos que consumiam na mídia, muitas vezes criados ou distribuídos via computador ou programas de computador; pelos videogames, cada vez mais poderosos; por bancos que guardavam as informações dos clientes em banco de dados virtuais...

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Foram tantos avanços que a década reforçou a Terceira Revolução Industrial, conhecida como Revolução da Informação – e quer mais informação do que as possibilidades dadas pelos computadores e pela internet?

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sociedade

na mídia Computadores estavam por toda parte da mídia nos anos 90, já que passaram a fazer parte do cotidiano de muito mais gente. Isso inclui propagandas de sistemas em revistas e na televisão, bem como de revistas ou programas de TV especializados propaganda da apple

no assunto. Muitas pessoas compravam essas revistas pois elas vinham com CDs de programas incluídos, principalmente demos ou softwares livres e, considerando a maior dificuldade de conseguir software na época, isso era algo bastante atrativo.

Revistas de jogos faziam a mesma coisa.

Também víamos aparições de computadores em séries de TV. Em um episódio de Friends, Chandler fala sobre seu novo laptop, que tem 12MB de RAM e 500MB no HD. O episódio foi ao ar em 1995 e, então, esse laptop, um Compac Contura, era bem poderoso. A série Seinfield, do início da década, constantemente mostra vários modelos de Macs em diversos episódios – e, conforme as temporadas passavam, versões mais novas apareciam também. Em Sex and the City, o PowerBook G3 de Carrie, seu “laptop 98” teve bastante importância.

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pôster do filme matrix

Stan Winston Studios (com efeitos produzidos através de animatrônica), mostra alguns computadores no filme em si.

No cinema, muitos filmes tinham como tema a tecnologia, computadores e até hackers, mesmo que vários mostrassem coisas extremamente fora da realidade.

Jurassic Park, de 1993, além de ter sido aclamado como um marco na indústria de efeitos especiais, produzidos pela Industrial Light & Magic (com efeitos criados através de computação gráfica) e pela

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Mais proeminentemente, o filme Matrix, de 1999, incorporou muito do crescimento dos computadores na sociedade que ocorreu na época, criando a cyberpunk que vimos. Neo, o protagonista, é um programador e, é claro, todo o mundo dos personagens é criado em cima de uma realidade virtual.

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sociedade matéria no jornal o globo sobre o bug do milênio

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vida das pessoas

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cotidiano obviamente mudou muito nessa década, como foi discutido previamente. Muitas mais crianças agora ficavam em casa com seus jogos eletrônicos, ou faziam pesquisas escolares na internet.

Apesar de se tornarem realmente populares apenas a partir dos anos 2000, sem os anos 90 nada disso teria acontecido.

Vamos falar de uma curiosidadade então: no final da década, o público experienciou um medo coletivo de que, na virada de 1999 para 2000, os computadores da época não entendessem a mudança e causassem uma pane geral em sistemas e serviços. Foi o chamado bug do milênio (Y2K bug). Isso porque, desde os anos 1960, eles usavam calendários internos com dois dígitos. Depois do ano 99, viria o 00, que as máquinas entenderiam como 1900 ou como 19100, e não como 2000.

Mas o medo tinha pouco fundamento: muitos computadores da época já vinham com as datas em quatro dígitos. Isso não impediu, porém, que o pânico se espalhasse pelo globo e que fossem gastos cerca de US$ 300 bilhões em todo o mundo em medidas preventivas.

Na prática, o Bug do Milênio não fez quase nada: houve falhas em terminais de ônibus na Austrália, em equipamentos de medição de radiação no Japão e em alguns testes médicos na Inglaterra. Além disso, alguns sites no mundo todo mostraram a data 1/1/19100.

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cólofon

Instituto Federal Sul-rio-grandense - Campus Pelotas Curso técnico em Comunicação Visual - Turma CVI8M Trabalho acadêmico desenvolvido no período 2017/1 para a disciplina de Projeto Editorial Professor: Mauro Hallal dos Anjos Impressão: Graphos 40

Capa: impressão a laser, Papel Couché 300g/m2 Miolo: impressão a laser, Papel Couché fosco 115g/m2 Tipografia: Pix Chicago (títulos e legendas) e Merriweather (corpo de texto) Bárbara dos Santos Kurz barbarakurz1998@gmail.com

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microcomputadores através das décadas Surgidos nos anos 70, o microcomputador é o que conhecemos hoje como computador. Nessa coleção, vamos explorar a evolução do campo quanto aos componentes físicos e os programas, além de conhecer a história da internet e ver o impacto que os computadores tiveram na sociedade.

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