Nesta edição
O que é Paisagismo? Jardinagem japonesa Dicas para o inverno Técnicas de poda
R$ 9,90 Edição Nº1
Out/2009
Sumário
Editorial Olá caro leitor. Os serviços de jardinagem paisagismo são muitas
Jardinagem japonesa Bonsais
04-05
Dicas para o Inverno
06-07
Técnicas de poda
08-09
vezes considerados supérfluos e desnecessários, pois Instituto Federal Sul-rio-grandense Campus Pelotas
tendem a transmitir a impressão de que são dedica-
Reitor: Antônio Carlos Barum Brod Diretora geral: Gisela Loureiro Duarte Coordenador de área: Alfredo Vianna
A edição deste mês da Revista SweetHome mostra
Trabalho prático do curso de Comunicação Visual do IFSul Disciplina de Projeto Editorial
dos a pessoas de maior poder aquisitivo.
em sua reportagem principal o que realmente é o paisagismo, os elementos de paisagem e os princípios de composição da paisagem, tentando mudar a ideia supracitada e mostrando que qualquer pessoa pode embelezar seu jardim.
Trabalho orientado pelo professor Mauro Hallal dos Anjos
Também iremos mostrar algumas reportagens sobre
Editoração e diagramação Lucas Pessoa Pereira
cas de inverno até uma resenha sobre a jardinagem
Impressão a laser em papel sulfite 170 g/m² (capa), 75 g/m² (miolo)
Além disso tudo, entrevistamos o especialista em
Imagens retiradas de: www.sxc.hu images.google.com
pouco sobre sustentabilidade e formas de melhorar
Fontes utilizadas:
TitilliumText15L Frutiger Linotype Conduit ITC Bold Fale conosco:
jardinagem, que vão desde de técnicas de poda e dijaponesa.
meio-ambiente Vijay Vaitheeswaran, que falou um o estilo de vida do ser humano em relação à harmo-
O que é Paisagismo? Paisagismo na praia
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nia do mesmo com o meio-ambiente. Finalmente, desejamos uma boa leitura a todos os leitores e um bom final de ano!
Produtos
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Meio-ambiente: Entrevista com Vijay Vaitheeswaran
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Espaço do leitor
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Lucas Pereira Editor chefe
0800 845 4321 0800 869 4321 Mande cartas para: Rua Marechal Deodoro, 724 CEP 97300-000 - Pelotas-RS E/ou e-mails para: ouvidoria@sweethome.com
Acesse nosso site! www.sweethome.com
A arte japonesa
na admiração da
Natureza
A NATUREZA REPRODUZIDA
Os elaborados jardins japoneses, com sua arquitetura peculiar, são uma homenagem do homem a natureza. São réplicas da paisagem natural, cenários ornados com árvores, arbustos, pedras, peixes, em desenhos que reproduzem a percepção artística das ondulações do relevo, dos elementos vegetais, animais, minerais, que mudam de cores conforme as estações do ano. O objetivo do paisagista japonês é tomar a paisagem emprestada. As plantas mais próximas do cotidiano dos japoneses são o bambú (take), a ameixeira (ume), a cerejeira (sakura) e o pinheiro (matsu). O bambú é utilizado na alimentação (os brotos são comidos e as folhas são utilizadas para cobrir outros alimentos), na confecção de inúmeros objetos utilitários e de decoração e, no passado, servia de material de construção. O pinheiro está presente em praticamente todos os jardins tradicionais e é uma das plantas mais preferidas para ser miniaturizada em vasos que decoram o interior das casas.
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As cerejeiras são o centro das atenções em um ritual bastante popular no Japão que consiste em contemplar suas flores, no início da primavera. Todos os anos, no mês de abril, os japoneses deixam suas atividades de lado e se aglomeram nos parques, como o Ueno, em Tóquio, simplesmente para ver as árvores floridas. Para ter um pouco da natureza dentro de casa os japoneses desenvolveram as artes do Ikebana e do bonsai. O Ikebana consiste em reproduzir a harmonia entre o céu, a terra e o homem dentro de um vaso. Assim, flores e galhos cuidadosamente escolhidos são fincados numa base com pregos de pontas voltadas para cima. Tenta-se respeitar a forma original dos elementos, cortando-se uma ou outra folha para que o conjunto seja harmonioso ao combinar cores, altura, largura de cada elemento, assim como o formato e tom do vaso. Com o tempo, foram desenvolvidas cerca de três mil estilos diferentes de Ikebana para retratar esse universo.
Bonsais
Jardinagem
O QUE É UM BONSAI?
A tradução da palavra para o português literal é “plantada em vaso”, e não árvore em miniatura ou anã como foi por muito tempo difundido no Brasil. Um bonsai não é uma muda ou uma manipulação a fim de deixar uma pequena árvore estressada. É a representação da natureza, dando a uma árvore madura e capaz de produzir flores e frutos a chance de expressar todas as características que ela seria capaz de apresentar no ambiente natural dela. O homem não tenta criar a natureza e ser Deus, mas dá condições para que a natureza se mostre como ela é. A arte do bonsai demanda tempo, paciência e, é claro, talento. Durante muito tempo, formatos esdrúxulos que tinham troncos exageradamente retorcidos foram os exemplares mais caros, mas hoje se admira muito mais aqueles que são representação das espécies em seus ambientes naturais.
ORIGEM DO BONSAI
Não se tem registro garantido sobre a origem do bonsai. Através de manuscritos e desenhos, se sabe, porém, que a China é o país que deu origem a esta arte. No início, o objetivo era apenas coletar árvores pequenas na natureza e criá-las em vasos, mas com o tempo o cultivo delas foi se tornando uma arte. Apesar de a China ser a dona do título de mão da arte, foi o Japão que a tornou mundialmente famosa. Primeiramente o cultivo das pequenas árvores era restrito aos nobres, mas com a expansão da cultura zen, logo o bonsai se popularizou no Japão e depois para a Europa com a chegada dos portugueses e espanhóis ao oriente. No Brasil as primeiras famílias japonesas que vieram na imigração que teve como destino São Paulo no início do século passado trouxeram os primeiros bonsais para o nosso país. Mas a arte só se popularizou em todo o território com o sucesso do filme Karatê Kid I e III.
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Jardinagem
Inverno N Dicas para o
a Europa, com o clica temperado, o inverno traz as geadas e a neve, mas na maior parte do Brasil, o inverno é apenas mais uma estação de calor. O frio que caracteriza esta estação está presente apenas nos estados do sul, sudeste e em regiões
serranas e mesmo assim não chega a ser tão rigoroso. No entanto, apesar de não esfriar em outros locais do Brasil, o tempo se modifica um pouco, é época de chuvas no nordeste e secas no centro-oeste. A região norte é a única que não se altera muito, devido a ação reguladora da floresta. No inverno característico e frio, de nossas regiões subtropicais, um pouco de atenção com o jardim pode garantir uma estação com flores e frutos, e preparar as plantas e o solo para a primavera que se aproxima. Algumas plantas são naturalmente resistentes ao frio, não exigindo tarefa alguma no inverno, como as coníferas (pinheiros e ciprestes). Outras, como as plantas tropicais, hortaliças e árvores frutíferas podem exigir alguma manutenção, mas nada que se compare às outras estações. Confira a seguir algumas dicas para a estação: A flor amor-perfeito é a rainha dos jardins no inverno, com uma beleza delicada que encanta a todos.
PODAS DE ARBUSTOS E ÁRVORES
Em locais frios, muitas espécies de plantas cessam seu crescimento vegetativo, dormindo até a chegada da primavera. Entre estas espécies, encontram-se muitos arbustos e árvores, que necessitam de podas de limpeza e formação nesta época. Remova galhos secos, malformados e doentes, pois desta forma a luz ficará mais bem distribuída pela copa da planta. Não é muito difícil reconhecer as plantas que podem ser podadas nesta época. Geralmente as plantas originárias de clima temperado e as plantas que perdem as folhas no inverno. Não pode as plantas que estão em flor ou com botões, mesmo que tenham perdido as folhas, pois elas não estão dormindo, estão em plena atividade.
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COMBATE A PRAGAS E DOENÇAS
O inverno também é época ideal para combater pragas e doenças. A maioria delas reduz sua proliferação neste período, sendo um bom momento para controlá-las de forma mais eficiente. Fugindo à regra, algumas doenças fúngicas aumentam neste período, principalmente em regiões com longos períodos chuvosos. O mesmo acontece com as lesmas e caramujos, que se aproveitam da umidade, e da temperatura amena para devorar as folhas verdes. Para evitar a infestação por estas pragas e doenças, enquanto as plantas estão mais sensíveis, é importante remover os restos das plantas anuais de verão, que estão mortas ou fracas nos canteiros. Retirar galhos secos, flores, frutos e folhas caídos, e colocálos na compostagem, também é um ato que ajuda a manter as pragas afastadas. Pulverizações preventivas, com fungicidas a base de cobre, como a calda bordalesa, devem ser realizadas pelo menos a cada mês, nas frutíferas, orquídeas, arbustos, mudas, sementeiras, etc.
CORREÇÃO E ADUBAÇÃO DO SOLO
Nas plantas em repouso, as adubações químicas devem ser evitadas. Desta forma o período é bom para a correção do solo, com calcário dolomítico ou calcítico, já que a calagem não pode ser feita concomitantemente com a adubação. Durante a correção do solo, revolva os canteiros, assim mistura-se melhor o calcário e evita-se a compactação. Não se esqueça de fazer uma análise de solo completa antes, e desta forma planejar a adubação para as próximas estações. Nas plantas que estão em crescimento, floração e frutificação, adubações são bem vindas, principalmente com os adubos orgânicos, que têm liberação mais lenta. Em locais frios, misture esterco bem curtido e farinha de ossos à terra dos canteiros e vasos de bulbosas, petúnias, roseiras, prímulas, begônias e amores-perfeitos.
PROTEÇÃO CONTRA O FRIO
Coloque cobertura morta nos canteiros, seja no frio ou no calor. Esta cobertura, além de servir como isolante térmico, irá repor a matéria orgânica, melhorando a fertilidade e a textura do solo, além de proteger as plantas da estiagem. Servem para esta função, serragem, casca de pinus, folhas secas, aparas de grama, entre outros materiais. As plantas tropicais merecem uma atenção mais especial no frio. Elas são sensíveis às geadas e temperaturas muito baixas, e devem ser protegidas durante a noite com lonas, plásticos, tecidos de tnt ou mantas bidim. Este cuidado serve também às hortaliças, além de mudas de flores e forrações mais delicadas. Em resumo, o inverno é um período de baixa manutenção, mas que exige alguns cuidados, para que as plantas atravessem o inverno com vitalidade. É o período de preparar a terra para as intensas atividades de primavera. No paisagismo, é o momento de planejar, escolher as espécies que vão ser plantadas na próxima estação e decidir como serão os canteiros. Aproveite e tenha um inverno florido!
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Técnicas
Podas N
o campo da jardinagem, a poda constitui uma das operações fundamentais, e consiste na elimina-
ção periódica de uma das partes dos ramos das plantas ornamentais ou frutíferas. O corte deve ser realizado em diferentes momentos, segundo as características e a utilização das diferentes plantas, para modificar ou regular o aspecto e a floração.
A formação da planta é uma prática que se deve realizar para melhorar a distribuição dos ramos e para manter um tamanho uniforme das plantas. A poda de formação pode-se realizar normalmente na maioria das espécies de plantas. Certos tipos de poda podem prover melhor entrada de luminosidade nas copas das plantas. A indução da brotação é estimulada pela poda, assim se produzem mais ramos, portanto existe mais folhagem, o que possibilita maior florescimento da planta. O aumento da quantidade de flores, principalmente quando se trata da produção de flores de corte, é uma das razões mais importantes para o uso das podas. Obtendo-se maior número e tamanho de flores. A poda é uma prática cultural muito importante, que se realiza para o controle de pragas e doenças que afetam os ramos. A eliminação dos ramos e flores secas é um método de diminuir o ataque de pragas e doenças e pode melhorar a aeração e a penetração de produtos químicos durante a pulverização. Uma poda de rejuvenescimento (eliminação de todos os ramos velhos e secos) pode beneficiar a planta, aumentando a longevidade da mesma, melhorando as condições de sanidade, a qualidade e a quantidade de flores ao mesmo tempo em que mantêm a planta com uma forma adequada.
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TIPOS DE PODA 1. Formação Esta poda deve ser realizada geralmente em espécies arbustivas, melhorando a distribuição dos ramos. Ela se realiza geralmente ainda no viveiro, procurando obter a forma adequada, que logo podemos contemplar depois do plantio no lugar definitivo. 2. Rejuvenescimento Esta poda deve ser executada em plantas com certa idade ou com problemas fitossanitários e que têm potencial de recuperação através da poda. Neste tipo de poda, enquadra-se a poda drástica (esquelética): se deixa somente o tronco principal, tendo como conseqüência uma completa renovação da copa. Esta poda pode matar a planta e deve ser seguida de uma boa fertilização e arejamento do solo. Sua utilização é controvérsia, não sendo indicada para a maioria das espécies e deve ser utilizada com extremo critério.
3. Poda de tratamento de inverno A poda típica de auxílio ao controle de pragas e doenças é executada no outono e inverno, também pode ser feita a qualquer momento, quando for necessária. Para o controle de enfermidades dos ramos, como cochonilhas ou fumagina, a poda de tratamento de inverno tem efeito benéfico. 4. Poda lateral Essa poda é característica para o controle do tamanho da planta e pode ser aplicada de acordo com a necessidade, em sebes ou pomares. Também ajuda a dar mais espaço entre as plantas, aumentando a aeração e a luminosidade. Espécies florais: se realizam fundamentalmente para preparar a planta para a floração seguinte, melhorando a qualidade e a quantidade, ao mesmo tempo em que mantém a planta de forma adequada.
Espécies arbustivas e de folhagem decorativa: geralmente estas espécies são utilizadas como cercas vivas. Neste caso a pode deve ser para manter a forma utilizada e desejada desde o princípio, evitando assim perder a estética. O momento mais adequado para realizar a poda não pode ser uma regra geral e única, depende das exigências de cada espécie, mas de maneira geral podemos mencionar que a época de podas corresponde aos meses de outono e começo de inverno, período em que não há atividade de produção vegetativa nas plantas. Espécies frutíferas: A finalidade da poda nas espécies frutíferas é reduzir ao máximo a fase improdutiva das plantas jovens, provocar frutificações regulares, melhorar a qualidade dos frutos e modificar a forma da planta.
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Paisagismo
PRINCÍPIOS DE COMPOSIÇÃO DA PAISAGEM
A sensibilidade e a imaginação são os fundamentos básicos de qualquer obra de arte. O paisagista utiliza a criatividade e a sensibilidade para elaborar sua obra de arte em função do meio ambiente. Os princípios básicos da composição são: Mensagem: Como em toda obra de arte, deve o artista, ao compor o jardim, transmitir ao espectador uma mensagem emotiva. Para que o jardim expresse algo emotivo ao observador é importante que os elementos utilizados, por suas formas, cores, texturas, sons e aromas, também proporcionem reações emocionais. Unidade e Variedade: A unidade em um jardim se consegue quando sentimos que todo ele forma um conjunto harmônico e não existe nenhum elemento supérfluo ou em discordância. A unidade só é conseguida em todas as características dos elementos, seja em suas linhas, formas, volumes, espaços, proporções, nas cores e na soma destes fatores. Proporção: É a correspondência de uma parte com o todo ou entre os elementos relacionados entre si. Para um prazer visual é necessário que os objetos guardem entre si uma proporção harmônica. Também se deve mencionar que a proporção ou relação entre os tamanhos pode afetar o equilíbrio. Ritmo: O ritmo é a disposição inteligente dos elementos. Ele pode ser obtido através da repetição de formas, pela proporção de tamanhos e por movimento de linha contínuo. Lima (1999) menciona que o ritmo é como a repetição cíclica de um mesmo elemento ou composição de espaço em espaço.
O que é Paisagismo? ELEMENTOS DA PAISAGEM
P
odemos definir o paisagismo como a ciência e a arte que estuda a organização do espaço exterior em fun-
ção das necessidades atuais e futuras e aos desejos estéticos do homem. O paisagismo é a arte de recriar a beleza da natureza, proporcionando paisagens bonitas e melhorando a qualidade de vida dos indivíduos e da sociedade. É uma necessidade para a sobrevivência dos habitantes das grandes cidades. O paisagismo serve para manter o equilíbrio do ecossistema destruído pelo homem em suas construções e estradas.
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A Forma: O relevo do terreno, os espelhos d’água e a vegetação são características que interferem na forma. É o volume ou superfície de um objeto que aparece unificado e se apresenta na superfície do terreno. As características do território que mais interferem na forma são a geomorfologia, a vegetação e os espelhos d’água. As formas irregulares e as composições de grandes volumes salientes, como morros, tem maior relevância visual e se acentuam com o relevo. A Linha: É o caminho natural ou imaginário percebido pelo observador quando existem diferenças bruscas entre os elementeos cor, forma e textura. A silhueta da terra contra o céu, a separação dos tipos de vegetação, cursos d’água e caminhos se manifestam como linhas na paisagem.
A Cor: A combinação de cores é muito importante na construção da paisagem. É a propriedade de reflexão da luz em uma intensidade e comprimento de onda específica. As cores são definidas por pigmentação (verde, azul, vermelho, etc), logo se divide em cores quentes ou frios pelos tons (claro, escuro) e brilho (brilhante ou opaco). A combinação das cores na paisagem determina a qualidade estética da mesma. A Textura: É a combinação das formas e das cores percebidas como variações ou irregularidades da superfície do terreno ou objeto. A textura se caracteriza por grão (tamanho relativo das irregularidades da superfície, grosso, fino), densidades (espaço), regularidade (grau de ordenamento do espaço) e contraste (diversidade de cores e luminosidade).
Equilíbrio: É a estabilidade que se determina quando forças opostas se encontram, se compensam e se destroem mutuamente. O equilíbrio essencial para qualquer projeto é responsável pela sensação de estabilidade oferecida por uma composição presente no campo visual. O equilíbrio se classifica em simétrico ou estático e o assimétrico ou dinâmico. Centro de Interesse: Em toda paisagem deve haver um elemento de destaque que atraia a atenção e desperte um sentimento de admiração e prazer. Se considera um centro de interesse uma representação de um componente ou elemento de grande peso visual e conceitual. É um ponto para o qual se deseja atrair a atenção do observador. Vários centros de interesse, quando visíveis ao mesmo tempo podem gerar divisão, confusão. Para isso o número de focos ou detalhes observados de cada ponto de vista deve ser cuidadosamente planejado.
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Produtos
Vestimenta LUVAS
Luvas são uma vestimenta que cobre as mãos, punho e parte do antebraço. Pode ter proteção em aço inox que protege as mãos contra cortes indevidos em facas, lâminas ou outros objetos cortantes de todos os tipos. As luvas podem ser usadas nos esportes, como luvas de boxe, luvas de esgrima, luvas de beisebol e luvas de goleiro. Existem também as luvas descartáveis, usadas por pessoas que lidam com produtos de limpeza ou profissionais da área da saúde. As de jardim, fabricadas geralmente de borracha, servem como proteção para trabalhos manuais de contato direto e são indispensáveis na hora de cuidar das plantas.
Paisagismo na Praia EM HARMONIA COM O MAR
Muitas pessoas podem acreditar que o jardim na casa de praia é difícil de implantar e manter. Realmente, como passamos a maior parte do ano longe do litoral, o jardim fica praticamente abandonado durante este tempo. Da mesma forma não queremos desperdiçar o tempo das férias como jardineiros, bem pelo contrário, estamos mais propensos a admirar a natureza e curtir as flores e frutos que ela nos dá. Além do abandono durante o ano, o jardim está sujeito às adversidades climáticas comuns ao litoral, como altas temperaturas no verão, chuva, vento e maresia constantes, solos arenosos e com salinidade excessiva, além do frio durante o inverno. Todos estes detalhes devem ser levados em consideração durante o planejamento do jardim, que também deve apresentar flores ou frutos no verão e ser de baixa manutenção. Afinal, de nada adianta plantarmos uma flor belíssima e adaptada ao litoral se ela floresce apenas no inverno, quando não estamos lá para admirá-la. Planejar o jardim à beira-mar exige mais do paisagista, pois além dos fatores acima listados, a paisagem deve ser harmônica e não contrastar com a beleza
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natural da orla marítima. É como uma orquestra que precisa ser conduzida com cuidado para que tudo dê certo e os moradores fiquem satisfeitos. Um regra que vale muito nestes casos: observe atentamente as plantas que ocorrem naturalmente no local, elas estão adaptadas e em condições de suportar as adversidades, uma vez que o litoral gaúcho não é o mesmo que o capixaba; e assim por diante. Outro cuidado importante é em relação ao relevo. Terrenos muito baixos podem ser invadidos pela maré alta, capaz de destruir o jardim. Caso seu terreno seja à beira-mar, pode ser uma solução elevá-lo um pouco para prevenir o problema. A maioria dos paisagistas opta por jardins tropicais para adornar as construções litorâneas. As plantas deste jardim são as mais adaptadas às intempéries e combinam bastante com a paisagem da praia. Alternativamente jardins de estilo mediterrâneo ou contemporâneo podem ser executados sem problemas. Após análise adequada, o solo deve ser corrigido em pH e nutrientes, de forma que possa receber as novas plantas. Não poupe esforços e dinheiro nesta fase, o solo convenientemente preparado pode prevenir futuras dores de cabeça, pois esta etapa é muito difícil de remediar após a implantação do jardim.
Práticas e eficientes, elas protegem as mãos de possíveis contatos com insetos, pequenos animais e plantas venenosas típicos de jardim.
Ferramentas REGADORES
O regador é um dispositivo para espalhar direcionalmente a água (ou outros líquidos) sobre plantas, vasos e canteiros. Se encontra atualmente em crescente uso devido à preocupação global com o uso consciente da água. É um equipamento de jardinagem atualmente adotado como objeto de decoração nostálgica pelo fato de ser feito artesanalmente na maioria das comunidades agrícolas nos séculos XIX e XX. É normalmente constituído por um corpo que acumula água e um crivo ou chuveiro que dispersa a água em gotas, ligado ao corpo por um bico cônico. Possui ainda alça para o manuseio. A fim assegurar a sobrevivência de uma planta, você deve mantê-la molhada bem. Você deve escolher uma lata molhando que tenha um bico longo a fim coloc tão perto a água às raizes como possível. Sem a quantidade apropriada de água, sua planta shrivel acima e morrerá.
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Espaço do Leitor
Meio-ambiente
Leitor do mês
Entrevista Vijay Vaitheeswaran, especialista em Meio Ambiente e Energia, da The Economist, publicou no ano passado o livro “Power to the People”, no Reino Unido, um profundo estudo sobre revolução energética e a forma como ela irá transformar nossas vidas e o futuro do planeta. SweetHome - Você está otimista ou pessimista sobre a possibilidade de termos um futuro menos poluente para o planeta? Vijay Vaitheeswaran - Há três sérios problemas energéticos ameaçando o planeta. Um é a forma como usamos energia, que cria problemas ambientais graves, como o aquecimento global. Em segundo lugar, os países estão preocupados com a segurança do fornecimento, devido à concentração do petróleo no Oriente Médio. E um terceiro ponto, do qual as pessoas nunca se lembram, é a existência de um contingente de quase duas bilhões de pessoas sem acesso a energia, seja eletricidade ou sejam combustíveis limpos. Vivem isolados da modernidade e na pobreza. O sistema energético mundial, montado em cima de petróleo e carvão, é um fracasso e é insustentá-
Fabrício Bertuol da Silva Fotógrafo, Belo Horizonte - MG
vel. Por outro lado, vivemos num tempo de muitas inovações e oportunidades em energia. Mais do que tivemos nos últimos 100 anos, desde que Thomas Edson inventou a lâmpada e desde que os primeiros carros motorizados apareceram. É uma era de grande inovação em energia sustentável, o que me fez otimista sobre as soluções.
E aí pessoal da SweetHome! Fiquei sabendo através da divulgação que vocês fizeram que a revista iria ser lançada ainda esse ano e logo me empolguei, pois sempre me interessei pelo assunto, e mais ainda quando soube que a revista teria um espaço dedicado para o material que os leitores enviam pra vocês!
SH - No seu livro, o senhor diz temer que China e Índia optem por um modelo de crescimento semelhante ao que os países ricos usaram até agora, mas esses países continuam altamente dependentes de carvão. Vaitheeswaran - A China também está extremamente preocupada com poluição local, por causa das repercussões na saúde da população e tem recorrido a tecnologias interessantes para tentar contornar o problema. A usina hidrelétrica Três Gargantas é o projeto mais conhecido, mas há dez ou doze usinas nucleares em andamento. Há projetos de usinas eólicas. Mas os chineses também estão construindo mais de uma grande usina de carvão por semana, usando energia suja. São 70 por ano. Precisam de tanta energia, que apostam em tudo. O problema é o acesso a carvão em abundância e barato. Se a China continuar construindo usinas a carvão nesse ritmo, pelos próximos 20 anos, não há esperança para o mundo combater o aquecimento global. Será impossível. SH - O senhor diz também que os americanos são viciados em petróleo. Há cura? Vaitheeswaran - Logo depois dos atentados do 11 de setembro, escrevi uma capa da Economist que era “Viciados em Petróleo”. Entre outros argumentos eu dizia que, ao comprar petróleo da Arábia Saudita, os americanos financiavam também o terrorismo. Só quando nos livrarmos do petróleo, estaremos livres de problemas assim. É aí que entra o Brasil. Uma das mais promissoras soluções para reduzir a dependência mundial do petróleo é o etanol. Não que o mundo vá usar 100% álcool e zero petróleo. O Brasil não tem como abastecer o mundo, mas álcool terá um papel muito importante ao reduzir nossa dependência do petróleo. Junto com outros combustíveis alternativos, como o biodiesel, e até carros movidos a hidrogênio. É por aí que podemos chegar a um mundo que enxergue além do petróleo.
Bom, como essa é a primeira edição, nada melhor do que apoiar vocês fazendo uma singela homenagem. Eu estava tirando fotos do meu jardim, tentando fazer uma composição legal quando achei esse caracol carismático, e como eu já tinha visto o símbolo de vocês, achei que ficaria bacana. Finalmente, queria parabenizá-los, pois sei como é difícil e trabalhoso tudo dar certo nesse tipo de projeto. Abraço!
Fala Fabrício! Muito bacana a sua iniciativa, a equipe inteira da revista adorou a homenagem, todos nós agradecemos. Continue mandando material, será sempre um prazer divulgar o que os nossos leitores tem a mostrar.
Tirinha do mês
enviada por Beatriz Almeida Costa, Campinas - SP
Revista SweetHome | 2009 | Outubro 15