Boletim Informativo Clube Niteroiense de Montanhismo Ano X - Edição Especial - 10 anos Niterói, novembro de 2014
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Clube Niteroiense de Montanhismo – Boletim Informativo Edição Especial - 10 anos!
MENSAGENS
A difícil missão de contar... Por Leandro do Carmo
Olá Pessoal! Sempre pratiquei montanhismo. Mas foi depois que comecei a escalar que tive conhecimento do que é esse movimento no Rio de Janeiro. A dinâmica dos clubes, a história, as conquistas, enfim, tudo que faz o montanhismo ser mais que um esporte, uns até o adjetivam de “estilo de vida”. O fato é que quando descobri que existia um clube em Niterói, não pensei duas vezes... Apareci na reunião social e aos poucos fui me enturmando. A receptividade foi ótima. Digna de família! Estive tão à vontade, que passados dois anos e oito meses me tornei presidente. Mas, na verdade, o que eu mais quero é poder dar continuidade ao trabalho que foi semeado a uma década atrás... Respeito e admiro muito as pessoas que um dia sonharam e não fecharam os olhos para aproveitar melhor o sonho... Pelo contrário, abriram bem os olhos e realizaram a tarefa de consolidar esse sonho! Há 10 anos era fundado o Clube Niteroiense de Montanhismo!
Gustavo Muniz O CNM me deu amigos, grandes amigos, desses que você sente falta, e curte à beça quando reencontra, e relembra das zoações, das discussões, dos perrengues, das conquistas. São pessoas que fazem você se questionar, se conhecer, crescer. Levo com carinho cada um no coração. Espero encontrá-los em breve.
Alan Marra Uma década...Difícil resumir em palavras o que isso representa. Muito ou pouco tempo? Muitas ou poucas atividades? Amigos, viagens e laços infinitos formados. Será que é possível mensurar o quanto de sentimentos passou em cada um dos membros do clube durante esse tempo? Medos e alegrias, fobias e conquistas, frios e calores, cansaços e satisfações, desavenças e amizades. Porém o número dessas últimas são infinitamente superiores. E verdadeiras, além de longas. Sentimentos comuns, porém únicos em cada um que escreveu seu nome na história do clube.
Assumi a difícil missão de tentar contar essa história. Buscar fatos, relatos, opiniões, etc. Nunca havia feito nada parecido. E longe de achar que foi completo... Faltou muito. Dediquei o tempo que pude e se não ficou melhor, não foi por falta de vontade... Espero que gostem e que esse trabalho sirva de inspiração para outros que virão.
Creio que foi uma década na qual fomos e nos sentimos mais humanos, em todos os aspectos que essa palavra representa: seja nas sensações físicas, sentidas pelo corpo exposto à força da natureza , ou nos sentimentos internos que cada um de nós sentimos ao estarmos na montanha (ou também sobre a bike, sobreo caiaque, enfim...).
Obrigado à todos que colaboraram!
Em 10 anos conheci pessoas (e continuo conhecendo), diversas delas e das mais variadas origens, que me tornaram melhor, não apenas tecnicamente, mas sobretudo pessoas que me mostraram ca-
Deixo aqui meus sinceros agradecimentos e vida longa à família CNM!!!
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MENSAGNS
minhos, trilhas talvez. Certas ou incertas? Por hora, não sei... Apenas continuo caminhando montanha acima com meus amigos, novos ou conquistados há uma década atrás.
Atila Barros Nunca acreditei em clubes, até por isso não tinha feito parte de nenhum. O formato metódico e com gente afoita e suas bandeiras nos cumes mais que gastos do Brasil me faziam pensar o quanto estávamos longe dos “Master of Stone” de Yosemite. Quando morava no Rio de Janeiro, fui voluntario na Floresta da Tijuca e vivia nos blocos do Grajaú, isso até surgir o convite de Fernando Barroso para conhecer a iniciativa de fundar algo novo em Niterói. Já haviam alguns ensaios na lista da FEMERJ, mas não tinha dado muita atenção. Seria um clube diferente, com pessoas novas e com ideias novas. Sem frescuras, sedes, brasões e bandeiras. A ideia que prevalecia era escalar, caminhar e escalar ainda mais. Comprei a ideia de cara (Mordi a língua, existem bons clubes. rs). Alan, Gustavo, Alex, Jerônimo, Leandro e sabe lá mais quantos personagens eu conheci e aprendi a admirar nos anos que passei atravessando a ponte. Estes caras faziam o máximo para garantir que todos os estilos (Boulder, esportiva, tradicional, alta montanha e trekking) se unissem em prol de um único ideal: “Montanhismo”. Palestras, cursos, aparições na mídia, site e todas as ferramentas que tínhamos foram usadas para arrebanhar os esportistas de Niterói a se juntar ao clube. Gostaria de ter contribuído com mais
tempo, escalado um pouco mais com o clube, mas fui trabalhar em outras fronteiras e deixei o Rio de Janeiro. Levo o nome do clube para as prosas de montanha e defendo o CNM todas as vezes que o assunto acaba em: “clube é coisa de quem não escala e só conta história”. Tenho orgulho de dizer que fiz parte do CNM, e que foi fundado por escaladores e feito para montanhistas. Parabéns CNM por seu aniversário de 10 anos e suas conquistas. “Comemorar os 10 anos do CNM é uma honra!
Léo Nobre Porto A 10 anos o CNM vem cumprindo cada vez mais seu papel na boa prática do montanhismo, na disseminação do minimo impacto em ambientes naturais e na união dos amantes da natureza. Foi um prazer ter participado do Clube, como Presidente e Membro, hoje um pouco afastado, mas sempre acompanhando! Desejo muito que o clube evolua e agregue cada vez mais, pela amizade, pela conservação, pela informação, pelo futuro do Montanhismo. À atual Diretoria e membros do CNM, meu parabéns por continuarem nos trabalhos e se empenharem para que o CNM seja o que é e continue existindo, principalmente, em nossos corações!”
Eny Hertz Conheci vários parceiros de escalada e trilhas dentro do clube. Alguns tornaram-se grandes amigos. Nas atividades do clube, percebo que o objetivo delas não é apenas o chegar ao destino, o trajeto torna-se também muito importante. Nelas vivencio liderança, companherismo, aprendizados entre outras facetas do viver em grupo.
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MENSAGNS
Carlos Penedo Quando me mudei para Niterói (2004) fui logo procurar companheiros de escalada pois estava no gás total. Acabei encontrando pessoas que se reuniam no muro de escalada da Tio Sam e que levantavam a bandeira do Clube Niteroiense de Montanhismo. Rapidamente me interessei e comecei a escalar com Gustavo, Marcus, Leandro Pestana, Jerônimo e outros amigos. Para minha surpresa, o CNM estava nascendo e então tive a oportunidade de estar no parto, na assembleia de fundação na AFEA no fim de 2004. Diante de uma organização sem fins lucrativos e com o intuito de reunir amantes do montanhismo, logo me dispus a ajudar de alguma forma pois o clube é feito dessas pequenas ajudas voluntárias de seus membros. Foi com imenso prazer que participei do curso de formação de guias, da diretoria e da criação do site do CNM, o qual exigiu mais suor e determinação do que a chaminé da Secundo. Pena que não pude dar seguimento na segunda versão do site, mas espero ter contribuído de algum forma com aquilo que um dia foi a única forma de marcarmos atividades e registrarmos fotos e relatórios. Vale lembrar que clubes do Rio se inspiraram em nosso site em virtude dessa dinâmica e até me propuseram fazer algo parecido para eles. Mas o tempo realmente vai ficando escasso ao mesmo tempo que as amizades vão se fortalecendo, fazendo do reencontro um momento muito especial. Nesses 10 anos de CNM, quero deixar meus sinceros parabéns a todos que passaram e estão passando pelo clube. Que
este espírito de montanhismo voluntário se fortifique ainda mais em nosso clube e que as próximas gerações possam manter a chama acesa, a corda retesada, a agarra pinçada, o nó bem feito e a trilha trilhada!”
Leandro Pestana Estive na reunião de fundação, nas discussões inicias, e em muitas atividades e viagens do CNM ao longos destes 10 anos. Por 02 anos também tive o privilégio de presidir o clube, foi uma experiência fantástica. Recentemente não estou mais tão fisicamente presente no clube, infelizmente a correria do dia-a-dia e uma mudança de endereço para o outro lado da Baía me afastou um pouco das reuniões. Mas continuo como o mesmo carinho pela instituição. Guardo com muita alegria a memória dos 10anos de existência do clube. Fiz muitos e grandes amigos neste período. Participei e guiei atividades fantásticas, sempre regadas a sour e bom humor. Torço para que o clube continue uma casa onde se aprende a montanhar com respeito, consciência e segurança, mas acima de tudo, onde se inicie e se mantenha amizades! Que venham mais 100 anos!!!
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HISTÓRIA
10 anos de história Por Leandro do Carmo
E foi assim que tudo começou... Lista da FEMERJ - Mensagem #7867 – Clube em Niterói Alexandre Berner – 4 de março de 2003 Olá pessoal, existe clube de montanhismo em Niterói? Caso positivo, por favor indiquem tel, endereço e horário dos encontros. Grato. A Berner Após ser questionado na lista de e-mails da FEMERJ, sobre a existência de um clube de montanhismo em Niterói, houve uma grande mobilização. Muita troca de e-mail, conversas, ligações, até que por iniciativa do Gustavo Muniz e do Alan Marra, ambos de Niterói, eles resolveram se organizar e marcar a primeira reunião. Já estava escrito... Dentro de mais alguns dias nasceria o CNM – Clube Niteroiense de Montanhismo. Três dias após a iluminada mensagem, uma lista de e-mails foi criada. Já dava para sentir a força. Num primeiro momento, foi chamada de CENIT, uma abreviatura de CENTRO EXCUSIONISTA NITEROIENSE. Houve inicialmente uma discussão sobre ser um clube excursionista, abrangendo mais atividades, ou um clube montanhismo. Prevaleceu o Montanhismo, pois à época, achava-se que o termo excursionista já estaria em desuso, tanto que alguns dias depois, o nome da lista passou a ser aquela que conhecemos até hoje: CNM-Lista. O nome se concretizou mesmo antes da primeira grande reunião. Estava batizado, de maneira provisória, o segundo clube de montanhismo da cidade, nascia o Clube Niteroiense de Montanhismo. Não bastava só vontade, era preciso colaboração e dedicação. A lista estava aberta, muitas pessoas foram entrando. Foi necessária muita conversa até que a primeira reunião oficial fosse marcada. Com a ajuda do Alex Figueiredo, então administrador do Parque Estadual da Serra da Tiririca – PESET, conseguiu-se marcar a reunião para o dia 26/03/2003, na sede AFEA, em Itacoatiara. Antes mesmo dessa primeira reunião acontecer, já se era discutido quais ações seriam tomadas. Havia grande interesse em assumir dois GT’s que a FEMERJ tocava: o GT Serra da Tiririca, coordenado pelo Andrei Helayel; e o GT Rio Interior, coordenado pelo Flávio Wasniewski. Muitas pessoas se dedicaram a esse começo, mas pode-se destacar duas: o Gustavo Muniz e o Alan Marra. A FEMERJ, principalmente na figura do Bernado Collares, contribuiu absurdamente com a criação do clube, participando de diversas reuniões, ajudando na confecção do estatuto, incentivando e divulgando as ações proposta aqui em Niterói. Muitos membros de outros clubes, escaladores independentes e montanhistas
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apaixonados pelo esporte, abraçaram a causa e participaram da primeira reunião. E essa era a ideia: unir as pessoas. A criação do CNM foi um caso a parte, totalmente diferente da história dos clubes do Rio de Janeiro. Segundo Gustavo Muniz, “o clube começou de forma diferente à dos outros clubes: não foi um grupo de amigos que se reuniu para fundá-lo, as pessoas se tornaram amigas com a vontade de criar o clube”. ATA DA 1ª REUNIÃO ORDINÁRIA CLUBE NITEROIENSE DE MONTANHISMO Aos vinte e seis dias do mês de março do ano de dois mil e três, às 19:00, na AFEA, à Rua das Rosas, 24 – Itacoatiara - Niterói. Alan Marra coordenou a reunião, secretariada por Nise Caldas Muniz na qual estavam presentes: Alex Faria de Figueiredo, Aline K. Sauerbronn, Ana Rosa Fortes, Andrei Helayel Maia, Anderson C. Martins, Atila Barros da Silva, Bernardo Collares Arantes, Bernardo Sacic, Cássio Garcez, Dave Macknight, Fernando Viana Barroso, Frederico Yasuo Noritomi, Guilherme Quacchia Miranda, Gustavo Muniz, Jerônimo Quintes dos Santos, José Carlos de Souza Falcão, Juliana de Oliveira Renna, Juratan Câmara, Leandro B. Borré, Leandro Pestana de Souza, Marcelo Ambrosio Ferrassoli, Márvio Elysio T. de Mello, Maurício Mota, Philipe Campello C. B. da Silva, Renata Fabiana Barros dos Anjos, Renato Luiz de Castro Jesus, Rodrigo Luiz da Fonseca, Solange Dias, Thais Quacchia Miranda. Iniciando os trabalhos do dia: 1) Direção do Clube: Foi decidido formar uma comissão para coordenar a atividades do Clube durante os seus quatro primeiros meses de existência. Após esse período será definida uma nova diretoria ou a manutenção da mesma. Fazem parte desta comissão: Alan Marra, Alex Figueiredo, Andrei Helayel, Dave Macknight, Gustavo Muniz e Solange Dias; 2) Definição do Nome do Clube: Duas opções para o nome do Clube foram analisadas: Clube Niteroiense de Montanhismo e Centro Excursionista Niteroiense. Por votação foi escolhido o primeiro nome: Clube Niteroiense de Montanhismo; 3) Estatuto do Clube: O Bernardo Collares Arantes irá montar uma proposta de estatuto para o Clube, com base nos modelos de alguns clubes já existentes. O assunto será discutido na próxima reunião; 4) Abertura de Temporada: Foi decidido que o Clube irá participar da Abertura de Temporada. O Alan Marra manterá contato com os organizadores do evento. Decisões relativas à divulgação e gincana serão tomadas na próxima reunião; 5) Logo: O Átila Barros da Silva irá montar propostas de logo para o Clube e o Ricardo Barcellos também. Ambos precisam de fotos para servir de modelo. Se o logo não for definido até a próxima reunião, será estampada na camisa da Abertura de Temporada apenas o nome do Clube; 6) Primeira Atividade: A primeira atividade do Clube será a subida ao Alto Mourão
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por caminhos distintos, trilhas ou vias de escalada. O objetivo será a reunião de todos no topo para uma confraternização pela criação do clube. Dia 13 de abril de 2003 (domingo), às 8h. O ponto de encontro será na entrada do Parque Estadual da Serra da Tiririca em Itacoatiara. Obs.: A trilha Bananal X Alto Mourão não será utilizada; 7) Preocupação Ambiental: Foi discutida a necessidade do fechamento da trilha Bananal X Alto Mourão. O assunto é polêmico e será tratado de forma mais efetiva posteriormente; 8) Próxima Reunião: A próxima reunião será realizada no dia 16 de abril (quarta-feira), das 18:30 às 21:00 no SESC, localizado na Rua Padre Anchieta, 56,Centro, Niterói. Nada mais havendo a se tratar, Alan Marra deu por encerrada a reunião. Eu, Nise Caldas Muniz, lavrei a presente ata que vai por mim datada e assinada. Os caminhos estavam traçados... Algumas tarefas haviam sido definidas, entre elas, a realização da primeira atividade que seria a subida ao Mourão pelas diversas vias de escalada e por trilha. Essa atividade havia sido marcada para o dia 13 de abril, um domingo. Mas não deu para esperar... O Jerônimo Quintes e o Gustavo Muniz foram mais rápidos e fizeram a Emil Mesquita alguns dias antes, dando início ao ciclo de atividades do CNM, não teve relato, mas a segunda, feita também pelo Jerônimo, foi narrada assim: Reltório da 2ª Excursão do CNM Mensagem #363 Eu havia enviado para a lista um convite para quem quisesse escalar no domingo em Niterói, duas pessoas me ligaram: o Bruno e o Leandro. Acabei marcando com o Bruno primeiro e depois o Leandro não pode ir porque não teríamos mais uma corda para irmos em três. Marquei inicialmente de fazer com o Bruno o Paredão Itacoatiara, mas quando nós chegamos na praia, o tempo estava meio “será que vai chover”, como eu não conhecia a via e não sabia se seria possível rapelar por ela, botei uma pilha para irmos fazer o paredão Osvaldo Pereira(Santa Cruz), no Mourão. Fomos para a via, chegando na base por volta de 9:00. Nos arrumamos e entramos na via, o tempo esta uma beleza, nublado com uma brisa muito boa. O Bruno mandou muito bem apesar de estar sem escalar em montanha a bastante tempo como ele me disse, realizou todos o procedimentos de forma correta, e escalou bem rápido, com isso conseguimos terminar a via em exatas 3:31h. chegando no cume por volta de 12:30h, depois disso foi, relaxar, ver o visual e descer para ir para casa. Um grande abraço a todos. Jerônimo Mas a atividade do dia 13 de abril, talvez tivesse um apelo muito maior. Várias pessoas foram convidadas. Rolou até uma lista para ver quem iria entrar em cada via,
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assim nenhuma ficaria congestionada. Mas o tempo não ajudou muito. Estava nublado, havia chovido no dia anterior e algumas pessoas não compareceram, mas como se diz que escalada só se desmarca na base... Abaixo o relato do Gustavo Muniz: Relato da Atividade do dia 13/04/2003 Mensagem #537 Falei com o Dave e o Alan mais cedo. Eles subiram com cerca de 10 pessoas no Costão de Itacoatiara. Parece que por volta das 11h, a galera já havia descido e saído fora. Havia uma dúvida quanto às condições das trilhas/vias por causa da chuva do dia anterior, mas parece q nem estava molhado. Peguei a trilha Itaipuaçú-Mourão, no meio daquele matagal horrível, quase no mirante e apenas um pequeno trecho estava úmido. Cheguei por volta das 13h no cume. Daí fiquei aguardando o pessoal que eu sabia que estava subindo pela CEG 30 e pela Sudoeste, a Sol e a Cristiana (Cristiane?) e o Bernardo e a Fernanda, respectivamente. Eles foram chegando e ficamos lá no topo o tempo para todos se arrumarem e se satisfazerem com o visual. Pegamos a trilha de volta para Itaipuaçú, chegando mais ou menos às 15hs no mirante, onde o Jerônimo deu uma carona para galera voltar para Itacoatiara (valeu Jerônimo!). Realmente a chuva fez o pessoal ficar em casa. Foi uma pena, porque o tempo abriu e fez um dia maneiríssimo. De qualquer forma, sugiro um repeteco desta nossa 1ª atividade, que não saiu lá como esperávamos. Aquele abraço, Gustavo. Enquanto se pensava nas atividades, o clube já se organizava para a participação na Abertura da Temporada de Montanhismo, realizada anualmente na Urca. A FEMERJ já havia aceitado a participação do CNM. Os demais clubes deram total apoio e o Guanabara se propôs em até dividir o stand, caso não houvesse um disponível. Esse e demais assuntos foram tratados na 2ª Reunião do Clube: Ata da 2º Reunião do Clube Niteroiense de Montanhismo, realizada em 16 de abril de 2003. Foram tratados os seguintes assuntos: 1. Abertura de Temporada • Todas as equipes para participar da Gincana já foram fechadas com exceção do slack-line, que ainda falta uma mulher para participar. • Diogo ficou responsável de distribuir versão final dos panfletos através da internet e cada pessoa ficou de imprimir uma parte e levar no dia da Abertura de Temporada. Foi levantada também a necessidade de escrever um texto para que seja divulgado no dia do evento sobre o CNM. • Camisetas: Será entregue somente no dia do evento. Alguns já pagaram, e os
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demais pagarão no dia. 2. Guias do CNM • Depois de formado o grupo de voluntários a guia do CNM, haverá uma reunião entre todos que será posteriormente marcada, para fazer um entrosamento e nivelar os conhecimentos. 3. Mutirão no PEST: Surgiu a idéia de um mutirão na trilha do Alto Mourão lado Itaipuaçú, para fazer capinagem, coleta de lixo e manutenção da trilha. Alex ficou de ver a possibilidade de conseguir as mudas através do IEF. Dave tentará conseguir equipamentos com a Clean. A data será marcada posteriormente. 4. Fernando sugeriu adotar um histórico médico para as pessoas que se inscrevem no clube. A ficha será preenchida juntamente com a ficha de inscrição. 5. Sede: Dave está entrando em contato com a prefeitura para angariar um espaço (sede) para o CNM. 6.
Próxima reunião: será marcada posteriormente através da lista na internet.
Nada mais havendo a se tratar, foi encerrada a reunião. Eu Fernando Barroso, assinei e lavrei a presente ata que foi por mim datada e assinada. E no dia 27 de abril de 2003, o CNM estava lá. A ATM 2013 consolidou, definitivamente, o clube no cenário carioca. Na gincana organizada nesse evento, o clube ficou em segundo lugar, mostrando a participação da galera. Abaixo, as palavras do Gustavo Muniz: Mensagem #647 Parabéns a todos nós pela nossa participação na Abertura de Temporada! Começamos com o pé direito! Galera da Gincana (Guilherme, Fábio, Sol, Fernando, Leandro, Léo, Átila, Juliana, Andrei, Diogo, Bruninho), vcs mandaram muito bem! De 5 provas tiramos 1 primeiro lugar, 2 segundo lugares e 1 terceiro lugar! Valeu pela raça! Show tb nosso clube sendo anunciado no microfone a todo momento (Contei umas 5)! Houve realmente muito interesse e várias pessoas foram na nossa barraquinha, dividida com a organização, para pegar informações. Todos os folhetos de divulgação foram distribuídos e inclusive uma galera já se inscreveu! Deu uma imensa satisfação ver todo mundo reunido e se mobilizando para fazer o clube acontecer... Bola pra frente! Abração, Gustavo.
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A partir daí, muita coisa aconteceu. O Clube foi amadurecendo. A participação dos outros clubes foi fundamental, tanto nas atividades, com o “empréstimo dos guias”, quanto na organização administrativa. O clube precisava se estruturar. Em 30 de abril de 2003, eram 14 integrantes e a tendência era que esse número aumentasse. Havia uma grande necessidade de se ter alguém responsável pelas atividades, principal objetivo do clube, fazendo a figurado Diretor Técnico atualmente. O site do clube entrou no ar, um grande trabalho foi feito pelo Átila Barros. A lista de e-mails do clube estava cheia de mensagens. Muita mobilização. Quanto mais gente junta, mas chance de haver divergências... Mas o clima de união logo prevaleceu e dá para resumir um pouco disso, numa mensagem que o Átila Barros enviou para lista, sob o título de “FAMÍLIA, SOMOS UMA NOVA FAMÍLIA” Mensagem #772 Amigos conhecidos e desconhecidos, mais todos unidos por um único ideal, criar uma nova família.Este deveria ser nosso ideal, mesmo com todas as nossas formas de pensar diferentes uma das outras, não devemos nos estranhar ao longo da criação. Somos todos capazes de discernir o certo e o errado, o bem e o mal, e vejo que se esta discussão continuar, vamos acabar nos desentendendo, magoando e jogando todo nosso potencial pelo vazio do esquecimento. Temos força, talento e garra, o que mais no falta? Organização? união? Talvez as duas... Mas quem vai fazer isso tudo funcionar? A anarquia não funcionou para os Italianos e não deve funcionar entre nós também. Aproveitando a âncora de meu amigo Gustavo, tem trabalho para todos, e não só trabalho mais a oportunidade de criarmos algo novo, algo especial, algo que possa fazer historia, e só depende de nos. Desculpem ser um pouco emotivo no e-mail, mais estou feliz em estar fazendo parte desta nova empreitada, todos temos vidas pessoais, e por muitas vezes deixamos esta de lado para dar atenção ao amor pelo esporte, e a recompensa para este sacrifício não deve ser a desavença, o desacordo e a desordem, se um assunto simples como o nome do clube toma esta dimensão, pensem quando tivermos que tomar decisões maiores. Não vamos enfraquecer agora, todas as idéias são boas o que precisamos é de democracia em nossas decisões sejam elas qual forem. Vou continuar trabalhando no site e divulgando o Clube junto aos demais, só não gostaria que o pagamento do empenho de todos fosse o descontentamento. Não gostaria de escutar e de me questionar mais uma vez com a frase “Não participo de Clubes por causa das panelinhas” e é ser hipócrita dizer que isso não existe, podemos mudar isso (...) Um forte abraço a todos. Atila Barros Talvez esse e-mail tenha feito as pessoas pensarem... E passados os testes iniciais,
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dois meses depois, acontecia a terceira reunião. O nome do clube foi ratificado depois de uma enquete promovida no site, tendo sido escolhido por quase 80% dos votantes. A oficialização do clube era um assunto recorrente. O desejo maior, afinal de contas, precisava sair do papel. Mas o caminho era longo. Nesse meio tempo, decidiu-se por adotar o Muro da Patrícia como local para os próximos encontros. Segue abaixo a ata da Terceira reunião: ATA DA 3ª REUNIÃO ORDINÁRIA CLUBE NITEROIENSE DE MONTANHISMO Aos quatorze dias do mês de maio do ano de dois mil e três, às 18:30, no SESC, à Rua Padre Anchieta, 56 – Centro – Niterói. Gustavo Muniz coordenou a reunião, secretariada por Renata Melon na qual estavam presentes: Alan Marra, Alex Figueiredo, Altair Junior, Ana Paula Guimarães, Atila Barros, Bernardo Sacic, Clemar Martins Lessa, Diogo Ribeiro, Ezequias Ribeiro, Fábio Gomes Madeira, Fernando Barroso, Guilherme Bruno Coelho Gomes, Guilherme Ludtke, Isis Boechat, Juliana Renna, Larissa Porto Carneiro, Leandro Mendonça, Leandro Pestana de Souza, Leandro Rodrigues, Leonardo Campos, Leonardo Figueiredo Almeida, Philipe Campello, Ricardo Prado de Oliveira e Solange Dias. Iniciando os trabalhos do dia: 1. Resultado na ATM 2003: Todos foram parabenizados pela excelente primeira participação do clube na Abertura de Temporada de Montanhismo. Tiramos o segundo lugar no resultado geral da gincana, tivemos 14 inscrições e todos os folhetos de divulgação foram distribuídos, tamanho o interesse; 2. Nome do Clube: O nome Clube Niteroiense de Montanhismo (CNM) foi mantido; 3. Logo do Clube: O Fábio levou dois desenhos. Ficou combinado juntarmos todos para uma futura votação; 4. Sede do Clube: O Ricardo Prado e o Dave foram juntos ao Caio Martins para saber a disponibilidade de salas. Encontraram dificuldade devido principalmente à “politicagem”. Descartamos esta possibilidade e continuamos à procura de uma sede; 5. Pontos de Informação e Inscrição / Ponto de Encontro Semanal: Foi combinado que o Muro da Patrícia servirá temporariamente como ponto de encontro semanal. Todas às quartas-feiras, a partir do dia 21 de maio de 2003, faremos lá nossa reunião social, no horário de 19:00 às 22:30, enquanto não tivermos uma sede fixa. O muro fica na Tio Sam, localizado na Rua Miguel de Frias, 123 – Cobertura – Icaraí – Niterói. As pessoas interessadas em ingressar no clube ou obter maiores informações deverão comparecer nestes nossos encontros; 6. Doações: O Fernando Barroso se incumbiu de guardar os equipamentos doados. Será organizada a primeira festa do CNM para arrecadar fundos. O Altair, a Juliana Renna, a Nise Caldas Muniz e a Renata Melon ficarão responsáveis pela organização;
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7. Departamento Técnico: O Fernando Barroso e o Alan Marra foram apresentados como responsáveis pelo DT. Foi decidido não utilizarmos prancheta online para não tirarmos a oportunidade das pessoas comparecerem nas nossas reuniões sociais para marcarem as atividades. O Alan Marra ressaltou o canal aberto com clubes como o CEG e o CEC para fazermos intercâmbio de atividades. Foi promovida a programação de atividades para os dois últimos finais de semana do mês de maio com os presentes na reunião. Várias atividades foram marcadas e as atividades oficiais programadas previamente tiveram seus limites de pessoas quase todos preenchidos; 8. Departamento de Comunicação e Divulgação: O Atila foi apresentado como nosso webmaster. O Diogo foi apresentado como responsável pelos textos informativos oficiais do clube. O Alan Marra ficou de ajudar o Diogo no artigo a ser enviado para a Revista Universo Vertical; 9. Mutirão trilha Itaipuaçú – Alto Mourão: O Alex Figueiredo, o Dave Macknight e o Andrei Helayel são os responsáveis pela organização. O Alex já está aguardando as mudas serem disponibilizadas pelo IEF. O Dave marcará dentro em breve com a Clean a limpeza do local; 10. Oficialização do Clube: Ficou a cargo do Gustavo Muniz os assuntos pertinentes à oficialização. Ele se informará sobre o registro do CNPJ e abertura de conta corrente em banco. Além disso, entrará em contato com o Carrasqueira para discutir sobre estatuto. Nada mais havendo a se tratar, Gustavo Muniz deu por encerrada a reunião. Eu, Renata Melon, lavrei a presente ata que vai por mim datada e assinada. Niterói, 14 de maio de 2003. Naturalmente, percebeu-se a necessidade de ter guias no clube, pois as atividades foram acontecendo. E as conversas para se criar o primeiro curso de guias se iniciaram. Tudo certo, já se tinha até alunos inscritos, mas foi difícil conseguir organizar as turmas. Segundo Alex Figueiredo, os diversos compromissos fizeram com que as aulas não tivessem uma regularidade e o curso não foi concluído. Um ano se passou e foi hora de comemorar. Num churrasco na casa do Alan Marra, em Várzea das Moças, o clube comemorou 1 ano de vida. Na mesma linha do ano anterior, novamente o clube participou da Abertura da Temporada de Montanhismo, tendo ficado em primeiro lugar na gincana. A preocupação por abertura de novas atividades continuou. Mas agora, com o clube tomando forma, as coisas tinham ficado diferentes. Isso implicava em mais responsabilidade. E não foi a toa que o curso de guias estava acontecendo. O Jerônimo nessa época, teve um papel importantíssimo, conduzindo algumas ações no sentido de uniformizar a questão da abertura de atividades. Em meio a um turbillhão de acontecimentos, a assembléia de fundação foi marcada. Presidida pelo grande incentivador e então presidente da Federação de Montanhismo do Estado do Rio de Janeiro, Bernardo Collares, ela foi realizada em 20 de Novembro
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de 2004, na sede da AFEA, em Itacoatiara. Ter os nomes para compor a diretoria não foi uma tarefa difícil, pode-se dizer até que foi um processo natural. Pelo empenho, dedicação e comprometimento, a diretoria foi composta por: Presidente - Gustavo Muniz Vice-Presidente - Alan Marra Tesoureira - Nise Caldas Diretor Técnico - Jerônimo Quintes Diretor Social - Átila Barros Diretor de Meio-Ambiente - Alex Figueiredo Conselheiros - Fábio Madeira, Ana Paula Guimarães e Juliana Renna Suplente - Glaucia Freire Segue a ata dessa memorável assembléia: Ata da Assembléia Geral de Fundação do Clube Niteroiense de Montanhismo realizada em 20 de Novembro de 2004. Aos 20 (vinte) dias do mês de Novembro do ano de 2004 (Dois mil e quatro), nesta cidade de Niterói, na AFEA (Associação Fluminense de Engenheiros e Arquitetos) situada à Rua das Rosas, 24, Itacoatiara, Niterói - RJ, reuniram-se os signatários da lista de presença que antecede a presente ata, Fernando Viana Barroso, Bernardo Collares Arantes, Marcus Vinicius Carrasqueira, André Ilha, Jerônimo Quintes dos Santos, Alan Renê Marra Junior, Gustavo Muniz do Carmo, Nise Caldas Muniz do Carmo, Leonardo Figueiredo Almeida, Andréa Gomes Guimarães, Carlos Frederico Penedo Rocha, Alex Faria de Figueiredo, Atila Barros da Silva, Juliana de Oliveira Renna, Elisa Lopes Vargens, Leandro Pestana de Souza, Ricardo Prado de Oliveira, Aline de Moura Pacheco, Jefferson de Almeida, Cássio Garcez, Daniel Gama Leal, Rodrigo Cabral Mohallem, Marcus Soares Santos, Glaucia Cristina R. Freire, Ana Paula Campos Guimarães, Ryosuta Tamura, Orlando Mohallem, Maria Fernanda V. Atarian, Maria Antonia Atarian Mohallem, Carlos Alberto Viana, Carolina Ribeiro Rodrigues, Vicente Cretlon Pereira, Claudio Salles de Almeida, Fabio Gomes Madeira, objetivando a fundação do Clube Niteroiense de Montanhismo, entidade sem fins lucrativos, com o objetivo da prática e a divulgação dos Esportes da Natureza em geral, do Montanhismo em particular, das atividades de Integração Ambiental e afins. Pelo presente, Sr. Gustavo Muniz do Carmo foi indicado o nome do Sr. Bernardo Collares Arantes para presidir a Assembléia, o que foi aceito pelos presentes, mediante aclamação. Assumindo a Presidência, o Senhor Bernardo Collares Arantes, convidou a Fernando Viana Barroso para exercer a secretaria dos trabalhos. Isto feito, falou o Senhor presidente dos objetivos da Assembléia, quais sejam, a fundação de um Clube de Montanhismo, submetendo à Assembléia o nome da entidade como sendo Clube Niteroiense de Montanhismo, o que merecer aprovação unânime dos presentes, sendo formalmente declarado constituído o Clube Niteroiense de Montanhismo. Prosseguindo, solicitou o Senhor Presidente, dentre os presentes, que Marcus Vinícius Carrasqueira procedesse à leitura do anteprojeto dos estatutos sociais, que durante a leitura, foram feitas diversas observações e correções pelos presentes. Ao final, não havendo quem o quisesse discutir, foi o mesmo colocado em votação, resultando aprovado por unanimidade os estatutos da entidade, contido no mencionado anteprojeto, assinado pelo Presidente e Secretário da mesa diretora
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dos trabalhos e por eles rubricadas todas as suas folhas. Dando prosseguimento, já na conformidade dos estatutos aprovados, passou-se a eleição da Diretoria e Conselho Fiscal da entidade, resultando eleitos os seguintes: (..) que foram, de seguida, empossados. Nada mais havendo, mandou o senhor Presidente que fosse lavrada a presente ata, que vai por mim e pelo Presidente assinada. Os trabalhos continuaram e o desejo de se ter uma sede esbarrou na questão financeira. Mas isso não fez os trabalhos pararem. Em Janeiro de 2005, o clube assumiu oficialmente o GT SERRA DA TIRIRICA. Esse GT foi criado porque o Parque na época não possuía nenhuma estrutura. Foi um trabalho voluntário, que durou cerca de 2 anos e pouco, envolvendo diversas atividades como: limpeza de trilhas, reflorestamento, plantio de diversas mudas de palmito Jussara na Enseada do Bananal, luta para o fechamento da trilha Bananal X Mourão. Além do CNM, diversos outros voluntários que não eram do clube, também participaram desse GT. O Curso de Formação de Guias foi reativado, tinha como principal objetivo, formar guias voluntários, para atuar pelo CNM, sem qualquer objetivo comercial ou de obtenção de remuneração, e que os interessados, estivessem conscientes da responsabilidade exigida de um guia de montanhismo, e dos riscos do exercício desta atividade, segundo palavras do Jerônimo Quintes, então Diretor Técnico. Promover as atividades de bike era uma coisa que já se fazia e foi intensificada. Talvez o CNM tenha sido o primeiro clube e oficializar as atividades de pedal, criando, mais para frente, uma diretoria técnica especificamente para a modalidade. O ano 2005 guardava mais uma boa surpresa: a tão esperada entrada para o quadro da FEMERJ, coroando de vez o belo trabalho realizado. Para entrar no quadro da FEMERJ, a aprovação deveria ser feita por meio de uma assembleia extraordinária, na qual foi convocada pela aquela entidade. E como presente de aniversário de fundação, no dia 22 de novembro, na sede Centro Excursionista Rio de Janeiro, o Clube Niteroiense de Montanhismo foi aceito, tornando-se o mais novo membro da federação. Em 2006, as escaladas continuaram acontecendo, gente nova foi entrando. Foi comemorado mais um ano da primeira reunião e mais uma vez garantimos presença na ATM. Um novo site foi lançado, com informações sobre o clube, programação de atividades, fotos e croquis de vias de escalada na seção “Guia Digital”, “Livro de Cume”, onde se pode deixar um recado, sala de bate-papo, dentre outras novidades. O endereço foi: http://www.niteroiense.org.br. Muitas pessoas contribuíram, em especial ao webmaster Carlos Penedo e aos colaboradores diretos Jane Pitrowsky, Leo Nobre e Atila Barros. Face ao constante crescimento da escalada em rocha em Niterói, novos escaladores, novos setores de escalada, conquistas, polêmicas, regrampeações, problemas de acesso, entre outros, a comunidade de escaladores de Niterói decidiu que seria hora de debater de debater o futuro do esporte na cidade através do 1º Encontro Niteroiense de Escalada, visando o crescimento ordenado da escalada em nossa região. Nesse primeiro encontro, foi abordado o principal problema levantado pelos escaladores de Niterói: a Ética na Escalada e o Mínimo Impacto. O CNM não podia ficar de fora. Com o apoio
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da FEMERJ o encontrou reuniu dezenas de escaladores e consolidou o Código de ética local, preparando terreno para o então Plano de Setorização do PESET. Dois anos haviam se passado. Era hora de mais uma eleição. No dia 02/12/2006, foi eleita a nova diretoria para o biênio 2007/2008. Foi uma renovação importante para o clube. Essa nova diretoria foi composta por: Presidente - Leo Nobre Porto; Vice-Presidente - Alan Marra; Tesoureira - Rose Anjos; Diretor Técnico - Jerônimo dos Santos; Diretor de Meio-Ambiente - Alex Figueiredo; Conselho Fiscal - Gustavo Muniz, Leandro Pestana e Patrícia Saldanha, Suplente - Nise Caldas Algumas funcionalidades foram criadas para o novo site. A dinâmica da marcação de atividades melhorou bastante. Inclusive, serviu como parâmetro para alguns clubes. Abaixo, segue a quantidade de visitas no site para o primeiro semestre de 2007, divulgado pelo Carlos Penedo: Junho – 81; Maio – 786; Abril – 650; Março – 716; Fevereiro – 645; Janeiro – 800. • Média de visitas por mês em 2007: 735 visitas. • Numero de atividades criadas no CNM neste primeiro semestre de 2007: 92 atividades. • Em um ano (isto é, de jul/2006 a jun/2007) tivemos 7660 visitas. As regras para pagamento de mensalidades foram definidas e aos poucos, outros assuntos administrativos foram sendo abordados. Um novo processo para filiação com um questionário foi elaborado. Agora todos os novos sócios e os antigos também, deveriam se inscrever no site do clube, tendo assim mais controle. Em uma reunião foram estabelecidas as competências da Diretoria Social, que ficaria responsável pela organização de churrascos e festas, encomenda e venda de camisas do clube e aluguel de espaço de propaganda no site. Ficou estabelecido também que, em 2008, o clube realizaria o primeiro CBE, além de outros assuntos. Na questão do curso de guias, o mesmo problema de sempre: um currículo grande e a dificuldade de se marcar as aulas. Algumas reuniões aconteceram, mas o problema não foi resolvido. As atividades continuaram acontecendo e um fato marcou o clube: as reuniões sociais na casa do Alex Figueiredo. Como alternativa para evitar um esvaziamento, o Alex que passara a morar sozinho no tão famoso “Sobrado”, fez a seguinte proposta: uma vez por mês, a casa é do clube! Elas começaram em fevereiro de 2007 e foram um sucesso, a galera comprou a ideia. Um assunto importante que não foi abordado até agora, mas que merece um destaque importantíssimo, foram as conquistas por membros do clube. Isso até merecia um capítulo a parte! Apesar de não terem sido oficialmente conquistas do clube, porém, foram feitas por sócios que se não estivessem no clube, talvez a amizade não tivesse sido feita e, consequentemente, as conquistas não tivessem acontecido. Talvez o período 2006-2008 tenha sido o de maior número de conquistas na cidade, principalmente
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de parede. Algumas delas se tornaram as mais frequentadas. Dentre elas: Uma Mão Lava a Outra, conquistada pelo Léo Nobre e Leandro Pestana; Novos Horizontes, do Leandro Pestana, Ian Will, Bia Fernandes e Leonardo Aranha; Paredão Alan Marra, do Leandro Pestana e Mauro Mello, entre outras. Foi em junho de 2008, que o então presidente do clube, Léo Nobre, lançou o Guia de Escaladas de Niterói – Parque Estadual da Serra da Tiririca, fruto de um trabalho de 2 anos sobre o principal centro de escalada em rocha da cidade. O próprio Léo afirmou que se não fosse o CNM, talvez esse trabalho não tivesse sido feito. As informações eram desencontradas, faltava organização, os croquis, quando tinha, era antigos e de pouca qualidade. Ficou mais fácil encontrar as bases das vias e isso facilitou muito a divulgação da escalada na cidade. Muitas vias novas e antigas entraram definitivamente para o currículo básico de qualquer escalador. Ratificando o comprometimento com assuntos que vão muito além das discutidas nas listas de e-mails, o CNM, representando a FEMERJ, entrou no Conselho Consultivo do Parque Estadual da Serra da Tiririca, conforme Portaria do IEF de nº 262 de publicada em 26/11/2008. Isso estreitou ainda mais a relação do clube com PESET. E para comprovar esse bom relacionamento, em novembro de 2008 foi organizado o 1º Seminário de Mínimo Impacto do Montanhismo do Parque Estadual da Serra da Tiririca. Este seminário foi uma deliberação do II Encontro de Escaladores de Niterói. Temas como a setorização das zonas de escaladas e manejo de trilhas foram discutidos, à luz da necessidade de harmonizar essas atividades com a conservação dos ecossistemas protegidos pelo parque. Foi um encontro importantíssimo. Nele, foi criado o documento que seria anexado ao plano de manejo do parque, sendo uma grande chance de materializar a visão participativa na gestão do parque. Em dezembro de 2008, precisamente no dia 04, uma nova diretoria tomou posse para o biênio 2009/2010, foi ela: Presidente - Leandro Pestana; Vice-presidente - Alex Figueiredo; Tesoureiro - Carlos Penedo; Diretor Técnico - Ian Will; Diretor de Meio Ambiente - João Henrique Marques. O GT Serra da Tiririca foi reativado e os trabalhos foram reiniciados em janeiro de 2009. Dessa vez, foi comandado pelo João Henrique e pelo Alex Figueiredo, tendo o foco no manejo e limpeza de trilhas e reflorestamento. Um cronograma de atividades foi desenvolvido. Em Abril de 2009 o boletim informativo do clube foi reativado, assim como o curso de formação de guias. A participação na ATM 2009 foi mais organizada, foram levadas fotos e croquis das vias de escaladas de Niterói. O PESET chegou a oferecer o NUPIF, que fica na trilha de acesso ao Costão. O local poderia ser usado com como sede ou base avançada, mas por questões de logística, o clube não aceitou. Ian, então diretor técnico do clube, junto com a Eny Hertz, elaboraram o quadro de etapas de caminhada, escalada e ciclismo. O formato do curso de guias (CFG) que existia não havia emplacado. A proposta era que não fosse um modelo de curso tra-
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dicional, mas sim um quadro de avaliação, onde qualquer membro do CNM seria um candidato a guia. Ele iria preenchendo os pré-requisitos e ao final, se formava guia. Com essa nova forma de avaliação, foram formados, oficialmente, o primeiros guias de caminhada, escalada e bike do clube. No dia 15 de agosto ocorreu a aula inaugural do 1º Curso Básico de Escalada. Isso mostrou a maturidade clube, sendo ministrado pelo próprio corpo de guias de escalada. O curso foi concluído em dezembro de 2009 e a formatura foi realizada num churrasco na casa do Alan Marra. Ainda na gestão 2009/2010, mais um curso básico de escalada foi concluído. Aconteceram, também, as primeiras atividades realizadas fora do Brasil. Segundo o presidente Leandro Pestana, “tudo isso só foi possível porque temos uma base que veio sendo formada desde a fundação do clube”. Com um pouco de atraso na organização da assembleia, uma nova diretoria foi eleita e empossada para o biênio 2011/2012, sendo ela: Presidente: Alex Figueiredo; Vice: Eny Hertz; Tesoureiro: Leandro Collares; Secretário: Gustavo Muniz; Diretoria Técnica: Luiz Andrade; Diretoria de Meio Ambiente: Ary Carlos; Diretoria Social: Andrea Vivas e Ana Letícia; Diretoria de Ciclismo: Vinícius Ribeiro Conselho Fiscal: Neuza Ebecken, Alan Marra, Adriano Paz / Suplente: Thiago Campos. O clube começou essa nova fase com a ausência de um dos grandes incentivadores, o Bernardo Collares, então presidente da FEMERJ, que faleceu enquanto escalava o Fitz Roy, na Argentina. O montanhismo brasileiro perdeu uma figura importantíssima. A comoção foi grande e aconteceram várias homenagens no Rio de Janeiro e em outros estados. Essa nova gestão trabalhou com a intenção de uniformizar e alinhar muitos procedimentos do clube. A parte fiscal, que até então não havia foi trabalhada, mereceu um destaque especial. Alguns guias completaram o quadro de etapas, sendo fundamentais para manter o nível de atividades abertas pelo clube. Novamente, a questão de que tipos de atividades o clube focaria veio a tona e a questão de que, à época da fundação, não se quis utilizar o termo “excursionista” no nome, foi levantada pelo Gustavo. As atividades de bike se tornaram mais intensas e até corridas/maratonas foram marcadas na lista de e-mails. Em 2011, foi realizado o 3º Curso Básico de Escalada. A biblioteca foi organizada com alguns livros doados pelo Alan Marra e comprados pelo Alex Figueiredo. O clube apareceu em algumas matérias de jornais como o Globo e o Fluminense. O boletim foi reativado e a partir da edição setembro/2012, passou a ser trimestral e em formato eletrônico. Em Dezembro de 2012, foi realizada mais uma assembleia, tendo sido reconduzida a atual diretoria para o biênio 2013/2014. Em 2013, tivemos um aumento de sócios (em parte, graças ao CBE) e alcançamos o numero de 47 membros, tendo a volta de antigos membros, e a entrada de sangue novo, que é fundamental para a manutenção
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de uma entidade. Houve também a representação do CNM junto das prefeituras de Maricá e Niterói, sobre assuntos referentes ao montanhismo, além do Conselho Consultivo do PESET, e participação da Câmara Técnica de Turismo. Participamos da Primeira Reunião do GT Montanhismo do Parque Estadual da Serra da Tiririca, na qual foram elaboradas as regras para a efetiva aplicação do Plano de Setorização de Vias de Escalada, que foi concebido no II Seminário de Mínimo Impacto do PESET. Infelizmente, um objetivo antigo ainda não havia sido cumprido, que é a instalação de uma sede física. A instituição ainda não tem aporte financeiro para o aluguel de uma sede. Alguns membros da entidade tentaram a “sessão de uso” de um espaço para suprir tal meta, mas sem sucesso. Ainda em 2013, avançou-se, também, na questão da regularização da situação fiscal. Na modalidade de escalada, foi organizada diversas oficinas capacitando os associados (descensão, artificial, nós básicos, orientação etc.), foram ministradas 3 turmas do Curso Básico de Escalada, formando, 09 alunos no total. O manual CBE-CNM foi atualizado e padronizou-se a avaliação dos novos associados escaladores. O clube permaneceu com uma cadeira no conselho do Parque Estadual da Serra da Tiririca – PESET e na Câmara Técnica de Turismo do PESET. Participamos de alguns mutirões no PESET e do primeiro evento do PESET itinerante, em Itaipu. Enfim... Muito mais coisa poderia ter sido abordada! Tenho certeza de que deixei de mencionar nomes e fatos importantes, mas não é por isso que os desmerecemos... Sei também que um dia esse trabalho será refeito e aí sim poderemos contar os mínimos detalhes de cada assunto aqui tratado. Pelo menos, o ponta pé inicial foi dado!
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FOTOS
Assembleia de Fundação - 20/11/2004
Reunião no Carioca
Alan Marra - 06/2007
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REUNIÕES SOCIAIS
Fotos das Reuniões Sociais no Sobrado
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FOTOS DIVERSAS
Primeiro Encontro de Escaladores - 21/10/2006
Reunião - 29/01/2006
Mutirão PESET - 08/2005
Em algum cume - 07/2007
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FOTOS DIVERSAS
ATM 2004
ATM 2005
ATM 2006
ATM 2007
Costão - 08/2007
Paredão K2 - 09/2008
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RELATO DE ATIVIDADES
RELATO DE ATIVIDADES
Trilhas de Ibitipoca
Paredão K2 - Corcovado
Por Alan Marra
Data: 03/07/2004 Atividade: Trilhas de Ibitipoca Participantes: Diversos Excelente atividade, grupo unido e coeso, caminhadas fantásticas. No 1o dia Fizemos Lombada-Janela do Céu. No 2o dia, circuito das águas. Participaram também o Édsom, Maíra, Juliani e Juliana. à noite era só festa na cidade, com o menor integrante do grupo dançando com cachorra... Muitas outras virão. Abc Alan
Por Gustavo Muniz
Data: 21/04/2006 Atividade: Paredão K2 - Corcovado Participantes: Gustavo, Rose, Carlos Penedo e Marcus Eu e o Carlos saímos de Niterói e encontramos no estacionamento das Paineiras com o Marcus, a Rose e mais 2 amigos do Marcus. Seguimos para a base da via, primeiramente pegando um atalho pelo trilho do bonde e depois a estrada que leva até o Cristo. Numa das muitas curvas apareceram 2 sujeitos bem esquisitos e lembrei logo dos muitos casos de assalto que temos notícia naquelas redondezas. Ficamos um tanto apreensivos, mas graças à Deus passaram apenas por nós sem problemas. Chegamos na curva à direita e pegamos a trilha à esquerda que leva à base da via, e fiquei impressionado com a quantidade de sujeira, de certo jogada pelos \’turistas\’ lá de cima. Chegamos na base e nos pusemos a nos arrumar, apesar do pouco espaço. O visual é alucinante, pois a via já começa bem alto, e fiquei prestando atenção aos
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sons da cidade, principalmente o barulho das freiadas dos ônibus, que por incrível que pareça eram bem nítidos apesar da altura. O único que já havia feito a via era um dos amigos do Marcus, e como levei friends para proteger melhor os lances de fenda, perguntei pra ele ainda no estacionamento quais deveria levar que pudessem ser úteis. Ele começou a via com o outro amigo do Marcus, em seguida foram o Marcus e a Rose e a última cordada foi composta por mim e pelo Carlos. Na 1ª enfiada, a Rose sofreu uma queda e eu estava vindo embaixo, mas o suficiente para ela não
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rada, sai um pouco pra direita da linha que eles fizeram e, um pouco abaixo do grampo, me deparei com uma aderência chata pra passar. Dei uma adrenada e olhei pra baixo, avaliando a situação, nada boa por sinal, pois a queda seria de fator 2 e pra desescalar não rolava. Respirei fundo e contornei pela esquerda num lance delicado, chegando no grampo com grande alívio. Depois deste acontecimento fiquei meio pilhado até chegar na 3ª parada, exatamente antes do lance do palavrão. O Marcus passou tranquilamente e ainda deixou na fendinha um nut para nossa proteção. Passei bem também, tranquilo, e não precisei xingar ninguém. Após este lance existe um mais exposto, que é possível proteger em móvel também, mas decidi por não usar. Precisei pedir orientação à Rose, que estava mais acima, pois achei que a via poderia seguir a esquerda, quando ela subia pela fenda. O 5º esticão fizemos sem problemas e chegamos no cume, com as pessoas assustadas olhando a gente chegar, por volta das 12 h. Arrumamos o material e curtimos o visual como qualquer turista alí durante algum tempo. E logicamente tiramos fotos que com certeza guardaremos para mostrar aos nossos filhos e netos.
me atingir. Ela reclamou muito da sapatilha, que em um pé estava furada, e chegou a sofrer um arranhão no braço. No lance mais exposto de fenda do 1º esticão, coloquei um friend médio, que aparentemente ficou bom, mas o Carlos disse depois que tirou com tanta facilidade que fiquei com dúvidas. Optamos por fazer a 2ª parada após a diagonal pra esquerda, após a fenda inicial, pois a cordada da frente fez o mesmo e precisamos dar tempo pro Marcus e a Rose avançarem de modo que as cordas não se cruzassem. Guiando após a 2ª pa-
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RELATO DE ATIVIDADES
RELATO DE ATIVIDADES
Travessia Petrô X Terê
Dedo de Nossa Senhora
Por Marcus Silva Sucram
Data: 26/08/2006 Participantes: Diversos Uma grande vitória para nosso clube, ter completado essa travessia com muito companheirismo, amizade e principalmente alegria. Foi um grupo atípico, muito alegre, divertido e comprometido com a atividade. No sabado tivemos um dia maravilhoso, muito sol, paisagens deslumbrantes e podemos curtir bastante tudo que o PARNASO poderia nos proporcionar até o paraíso, local onde fizemos nosso pouso do primeiro dia. No domingo, pegamos um dia impraticável até para os caminhantes mais experientes em função do tempo muito fechado, molhado e ventando muitooooooo. Graças ao nosso guru (leia-se GPS), podemos ficar tranquilos e seguir o caminho sem problemas, estavamos realmente sem visão nenhuma do trajeto em função do mal tempo. Conseguimos completar nosso trajeto com conforto de hora, alegres e sorridentes, satisfeitos por mais essa aventura realizada com exito. Valeu pessoal pela participação, pelo companheirismo, compreensão e principalmente pela amizade que conseguimos. Abraços, Sucram
Por Alan Marra
Data: 27/05/2006 Participantes: Diversos Chegamos ao Paraídso das plantas dentro do horário previsto. No trecho de caminhada o grupo foi bem e sem nenhum atraso. Porém na parte do artificial e das escaladas, a inexperiência do grupo pesou e houve muito, muitos atrasos. Determinei como horário limite para a volta 14h. Nesse horário estávamos a 1 cordada do fim, no trecho de cabos de aço, mas o grupo estava lento demais. Determinei a volta, e chegamos à estrada já noite breve. Felizmente a decisão de voltar foi acertada, evitando trechos longos de trilha à noite e sem preparo. A montanha está lá, voltaremos.
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RELATO DE ATIVIDADES
Via Iemanjá Por Jerônimo Quintes
Data: 18/02/2007 Participante(s): Carlos P., Patrícia Cardoso Saldanha Essa escalada tem seu acesso pela face leste de Pão de Açúcar, estando localizada nessa mesma face tendendo para face norte e com bela vista da entrada da Bahia de Guanabara. Eu e Patrícia estávamos de carro e pegamos o Carlos as 07:00h na Marques de Paraná próximo ao Corpo de bombeiros, após o que seguimos direto para Urca. Já as 07:00h o dia se anunciava bem quente, algo preocupante, visto que essas escalada pega Sol durante toda manhã e boa parte da tarde. Iniciada a caminhada, chegamos a base próximo das 09:00h, onde rapidamente nos equipamos. Todos equipados eu iniciei a escalada guiando a primeira enfiada, formada por uma grande horizontal para direita, onde em seu final é preciso desescalar um lance para após chegar em P1. Como formávamos uma cordada de 3 onde somente eu conhecia a via, e mesmo assim tendo escalado ela a alguns anos, a escalada transcorria de forma lenta. Após a chegada do Carlos e da Patrícia em P1, continuei seguindo em horizontal para direita em direção ao grampo de P2, alcançado após cerca de 25m. Não parei no grampo de P2 seguindo para o próximo grampo, de onde fiz a parada e puxei o Carlos e a Patrícia. Seguimos escalando até P4, onde pelo avançar da hora quando já escalávamos a aproximadamente 2:00h, e o Sol já nos castigava demasiadamente, onde o Carlos chegou reclamando do calor e um pouco de dor nos pés. Como já era muito tarde, muito quente e ainda faltava aproxima-
damente 2/3 para o término da escalada, resolvi que o melhor seria descermos. Iniciamos o rapel de P4 fazendo dois rapeis de 50m até chegar em P1, de onde escalamos de volta a primeira enfiada em horizontal. Ao chegarmos na base, a Patrícia e o Carlos principalmente concordaram que aquela foi a decisão mais acertada, e que continuar escaladando seria um sacrifício desnecessário. Os participantes escalaram muito bem, com ótimo desempenho técnico na execução dos procedimentos da escalada. Atribuo o insucesso da escalada a uma falha de organização, quando marquei o encontro para escalada muito tarde, principalmente por se tratar de uma cordada de 3 pessoas onde somente uma delas conhecia a via, uma via longa, muito exposta ao Sol, em pleno verão do Rio de Janeiro.
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RELATO DE ATIVIDADES
Chang Wei - Costão Por Carlos Penedo
Data: 11/07/2008 Participante(s): João Henrique Marques de Souza No domingo pela manha, eu e Joao chegamos na base da nova via aberta Chang Wei para repeti-la. Para iniciar a guiada, optei por colocar um móvel no diedro da Alan Marra. Depois fui descendo numa diagonal para a esquerda e passei um cordelete numa laca para melhorar a proteção. Desci mais um pouco e cheguei na 1a. chapeleta da Chang Wei. Depois segui para a esquerda e, enganosamente, optei por descer, ficando mais próximo ao mar, e cheguei num buraco com uma fenda no meio, a qual protegi com um móvel. Desse buraco, segui para a esquerda e passei por uma outra fenda, que também protegi. Continuei mais um pouco e cheguei na 2a. chapeleta, de onde puxei o Joao. O Joao subiu para tirar o móvel do diedro da Alan Marra e seguiu para a esquerda. A 1a. chapeleta estava muito abaixo e ele teve que desescalar bastante, uma queda ali talvez o levasse na agua. Chegando na chapeleta, ele teria que descer novamente para tirar o móvel que coloquei no buraco com a fenda no meio (depois da 1a. chapeleta, eu poderia ter ido numa linha reta para a esquerda, ao invés de descer como fiz, isso prejudicou o participante. Fui enganado pelo croqui). Em virtude disso, falei pro Joao deixar a 1a. chapeleta costurada, descer para o móvel do buraco e depois subir novamente para tirar a costura da chapeleta. Depois de feito isso, Joao chegou a mim. Parti então para a P2. Cheguei no diedrão da via, protegi com 3 pecas e toquei pra cima para fazer a P2 na chapeleta. Cheguei na 2a. chapeleta acima do diedro
e puxei o Joao, que ficou numa chapeleta abaixo (são bem próximas, alias). Para chegar na P3, tem que ter um olho bom pra achar o grampo. Tive bastante dificuldade de acha-lo, pois subi direto e depois fiquei procurando de cima e não o encontrava. Ele fica acima de um mato bem denso (comparado aos matos que tem ali). Puxei o Joao e seguimos. Assim foi ate a 6a. enfiada, quando chegamos no platô. Nesse platô tem uma boa laca que dá pra se ancorar com um friend de 3 ou 4 dedos de largura (não é necessário, mas dá um maior conforto). Joao seguiu guiando até a P7, que fica acima de uns cristais bem brancos. E daí pra cima, eu e ele fomos revezando a guiada. Foi uma ótima escalada. Demoramos bastante na horizontal do inicio pela dificuldade de encontrar as chapeletas e pelo fato de ter que desescalar. Mas depois foi tranquilo. La pra cima tem muitas pedras soltas. Bom, é isso. Valeu João.
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RELATO DE ATIVIDADES
Chminé Bolha Dágua Por Carlos Penedo
Data: 25/10/2008 Participante(s): João Henrique Marques de Souza Por volta das 8:15h, iniciamos a caminhada, que levou cerca de 1 hora até o bico do papagaio, na floresta da tijuca. Como não conhecíamos a trilha, nos orientamos pelo guia da tijuca, que está com as informações bem precisas. Ao chegarmos na pedra, preferimos fazer um rapel para chegar no grande platô e, depois, seguimos a trilha até a base da via, onde nos equipamos. Iniciei a guiada pela fenda de meio corpo, que é praticamente uma chaminé estreita, que joga um pouco nosso corpo para fora. Após muita ralação, cheguei no 2o. grampo, de onde fiz segurança pro João e puxei as mochilas. Na sequência, fui para o pequeno diedro que existe e achei mais difícil do que sugere o guia, principalmente porque a parede fica empurrando a mochila, não nos deixando ficar em pé. Chegando numa árvore, fiz segurança pro João que, ao chegar em mim, continuou a escalada por baixo de uma grande pedra. Chegamos, então, no platõ onde havíamos terminado o rapel. A segunda etapa começou com uma chaminé estreita, mas muito legal por ser bem lisa e reta. Chegando no grampo, puxei as 2 mochilas e segui pela outra pequena chaminé do papagaio. Ao chegar na parada dupla de onde fizemos o rapel inicial, fiz segurança pro João. Depois, João iniciou a guiada pela Liliput, uma pequena via de aderência de V grau e chegou ao primeiro grampo. Não conseguimos passar desse grampo, ficará
para uma próxima tentativa, quando estivermos com mais pique. Valeu pela ralação e pelo grande visual que tivemos do bico do papagaio.
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RELATO DE ATIVIDADES
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Silvado X Espraiado
PESET 19 Anos
Por Alfredo Castinheiras
Data: 24/05/2009 Participante(s): Ana letícia souza araujo, Andréa Rezende Vivas, José Eduardo Ramos França, Maria de Lourdes Souza Moreira, Thiago Campos Pereira Como eu nunca fiz esta travessia, pedi ao amigo Ary Carlos para conduzir-nos, já que ele e o amigo Luciano procuraram e descobriram todo o trajeto, em 3 diferentes dias. O ponto de Encontro foi na segunda entrada de Maricá, aonde os carros ficaram estacionados.Tomamos o ônibus para o Silvado. Começamos a caminhar às 8h55min. O trajeto é muito bonito e longo. Nota-se que o Município de Maricá tem um grande potencial para turismo ecológico e montanhismo; mesmo sem grandes elevações. Descemos a Serra do Espraiado, aonde tomamos ônibus, de volta ao local aonde os carros ficaram. No total, foram 8 horas e meia de atividade, considerando caminhada e paradas.
Por Leandro Collares
Data: 27/11/2010 Participante(s): Diversos A participação do CNM nesse evento foi constituída da montagem de um ponto de exposição do Clube, com fotos de atividades oficiais e fotografias da escalada à Agulha Jorge Guarish, de Renato Sobral Pinto, na década de 1960; equipamentos de escalada (e conquista) e caminhada; painel com demonstração de nós; folhetos e adesivos do clube. Diogo ficou encarregado de levar o material para montagem da exposição que foi deixado com ele pelo Collares na noite anterior. Alessandra Neves cedeu um painel sobre lesões nos dedos das mãos. A montagem inicial ficou por conta do Diogo, Ary, Pestana e Luiz, que representaram o clube na solenidade oficial. No início da tarde chegou o Collares com as fotos do Sobral. Todos ajudaram a montar os painéis na parede e a receber a visitação de alunos do ensino fundamental dos municípios de Maricá e Niterói. Logo depois chegaram Alex e Andréa. O estande do clube teve frequente visitação e atraiu o interesse dos visitantes.
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Paredão Sangue Bão Por Ary Carlos
Data: 02/10/2011 Participante(s): Alessandra de Almeida Neves, Glauber Carvalhosa, Igor Holzer Fomos em 2 cordadas de 3. Enquanto uma fez a via Sangue Bão a outra foi para a Visão Oposta. Eu, Alessandra e Igor fizemos a sangue bão que eu ainda não tinha feito. A Eny, o Glauber e o Armando foram para a visão oposta. Todos adoraram as vias e o visual lá de cima. realmente é uma escalada muito boa. A Sangue Bão está um pouco suja no início e também na saída da segunda enfiada. Tivemos um problema com um vespeiro grande bem no meio do caminho para a base pouco depois dos eucaliptos, passei bem ao lado dele e não vi, felizmente não me picaram mas quem veio atrás não deu tanta sorte e levaram algumas picadas das vespas principalmente a Alessandra que foi a mais premiada..rs. Valeu a companhia pessoal!!
Formatura do Primeiro CBE Cume do Cão Sentado
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BOLETIM INFORMATIVO CNM
Alguns de nossos boletins...
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EXPEDIENTE
CLUBE NITEROIENSE DE MONTANHISMO Início das Atividades em 26 de Março de 2003 Fundado em 20 de Novembro de 2004 Website: www.niteroiense.org.br e-mail: cnm@niteroiense.org.br Contato: 98608-1731 (Leandro do Carmo) Presidente: Leandro do Carmo Vice: Vinícius Araújo Tesoureiro: Leonardo Carmo Diretoria Técnica - Ary Carlos Diretoria Social - Patrícia Gregory Diretoria Ambiental - Stephanie Maia Conselho Fiscal Efetivos: Adriano de Souza Abelaria Paz; Andréa Rezende Vivas; Alex Faria de Figueiredo; Suplente: Denise Gonçalves do Carmo Representante do CNM no PESET Eny Hertz Informativo Edição Especial 10 Anos: As matérias aqui publicadas não representam necessariamente a posição oficial do Clube Niteroiense de Montanhismo. Ressaltamos que o boletim é um espaço aberto a todos aqueles que queiram contribuir. Envie sua matéria para: cnm@niteroiense.org.br Participe!!! Edição e Diagramação: - Leandro do Carmo
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